Teoria de ComunicaoJoo Fonseca / Nelson Dias

Competncia Comunicativa (Introduo)O conjunto de pr-condies, conhecimentos e regras que fazem com que a qualquer indivduo seja possvel e realizvel significar e comunicar. (Zuanelli Sonino, 1981) Capacidade de produzir e entender mensagens que o pem em interaco comunicativa com outros interlocutores. No compreende s a habilidade lingustica e gramatical, como tambm habilidades extra lingusticas, sociais (adequar a mensagem a uma situao especfica) ou semitica (saber utilizar outros cdigos, por exemplo o cinsico, as expresses faciais, movimentos do rosto, das mos, linguagem gestual, etc.).

Uma pessoa dotada de uma competncia meramente lingustica seria apenas um monstro cultural: conheceria as regras gramaticais da lngua mas no saberia quando f a l a r, q u a n d o f i c a r c a l a d a , q u e o p e s sociolingusticas usar em determinadas situaes, etc. (Gighioli 1973, 34).

Dimenses de conhecimento em que se baseiam os procedimentos interpretativos e regras de interpretao (Kjolseth, 1972)1.

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Background Knowledge os conhecimentos que todos possumos, princpios e pressupostos verdadeiros e universais de conversao, sempre vlidos em toda a parte. Foreground Knowledge Conhecimento das regras de comunicao que se adequam a uma situao mas no a outras. Emergent Groundes Conhecimentos especificamente necessrios num determinado momento de troca comunicativa. Transcendent Grounds Conhecimentos sciosituacionais (Orletti 1973), ou seja, pressupostos de uma Cultura de situao, que fazem parte do contexto imediato: os interlocutores , o auditrio, o lugar fsico em que se realiza a comunicao, os objectos a presentes e o momento em que decorre a conversao.

Competncias de Berruto (1974)

A competncia lingustica - capacidade de produzir e interpretar signos verbais, que pode ser decomposta em competncia fonolgica, (sons) sintctica (frases), semntica (significao) e textual (textos). A competncia paralingustica, - capacidade de modular algumas caractersticas do significante, como por exemplo a nfase e a cadncia da pronncia, alm de intercalar risos, exclamaes, etc. A competncia cinsica - capacidade de realizar a comunicao mediante signos gestuais.

A competncia proxmica - capacidade de fazer variar as atitudes espaciais e as distncias interpessoais do acto de comunicao, distncias estas que possuem significados culturalmente determinados.

A competncia pragmtica - capacidade de usar os signos, lingusticos ou no, de um modo adequado situao e s suas prprias intenes. A competncia socio-cultural - capacidade de reconhecer as situaes sociais e as relaes entre os papis desempenhados, bem como a capacidade de conceber significados e de neles reconhecer os elementos distintivos de uma determinada cultura. Outras eventuais competncias.

Fraser (1978)Segundo Fraser (1978), um primeiro passo no sentido da descoberta e compreenso da riqueza prpria dos processos de comunicao consiste em analisar uma interaco comunicativa com base nos sistemas (de comunicao) de que ela se compe. Este autor distingue quatro: o sistema verbal, o intonacional, o paralingustico e o cinsico.1- Verbal 2- Intonacional 3- Paralingusticos 4- cinsico No verbal No-lingusticas No-vocal Canal visual verbal Lingusticos vocal Canal auditivo

Comunicao No-Verbal

As principais formas de comunicao no-verbal baseiam-se em:

Rosto Olhar Gestos e movimentos corporais Postura e distncia pblica Aparncia pessoal

Rosto

A melhor fonte de sinais no-verbais (sentimentos, atitudes). Olhar o rosto de uma pessoa olhar para o indivduo que se esconde por detrs da sua persona (mscara).(Tentativa de controlar o rosto por ele ser o nosso espelho emocional.)

Olhar

Os olhos podem hipnotizar, atrair, seduzir, desafiar, fulminar, , matar.Introvertido Cauteloso defensivo Extrovertido aberto, franco O Olhar fala.

Comunicar presencialmente com uma pessoa , antes de tudo, trocar o olhar.

Gestos

Linguagem Gestual Uma lngua em que as palavras no so necessrias ou a lngua que acompanha as palavras.Os gestos e outros movimentos corporais do ilustrao grfica ao discurso comunicativo, marcam o ritmo e estabelecem o sincronismo na troca recproca de mensagens (feedback) entre comunicadores.

Postura e distncia pblica

Alto status social - relao mais fria, entre sujeitos mais distantes, que evitam o contacto fsico (aperto de mo), acontecendo o contrrio com pessoas de classes mais baixas. H uma relao prxima entra postura e personalidade. A rigidez, o porte altivo, a postura tmida ou de superioridade podem dar indicaes teis sobre a personalidade, embora a pessoa possa utilizar intencionalmente essas posturas para reforar o papel que deseja representar socialmente.

Aparncia Pessoal

Alguns traos de aparncia pessoal, como a roupa e os ornamentos a ela associadas, so inteiramente dominveis pelo indivduo que os adopta, enquanto que os outros elementos, como a cabelo, o rosto e a pele e o fsico, s parcialmente so dominveis. O que vestimos d indicaes aos outros sobre o modo como nos posicionamos face sociedade em particular, por exemplo, quanto ao grau de submisso, agressividade, rebeldia, formalidade, superioridade, inferioridade e, at, disponibilidade sexual.Na sociedade actual, a relao interpessoal privilegia acima de tudo o parecer ser em vez do ser, da a preocupao excessiva com os ditames da moda.

Habilidades de Comunicao H cinco habilidades verbais:Codificadoras: Escrita e Palavra (falada); Decodificadoras: Leitura e Audio; Pensamento: inerente codificao e decodificao. Como codificadoresfontes, os nossos nveis de habilidade comunicativa determinam de duas formas a fidelidade da nossa comunicao. Primeiro, influenciam a nossa capacidade de analisar os nosso prprios objectivos e intenes, de dizer alguma coisa quando nos comunicamos. Segundo, influenciam a nossa capacidade de codificar mensagens que exprimam o que pretendemos. Se escrevermos a mensagem, precisamos ter um vocabulrio adequado para exprimir as nossas ideias. No queremos usar palavras que revelem simplesmente que somos educados. Queremos usar palavras que expressem com a maior clareza o nosso sentido .

Temos de dispor as palavras de forma que fique claro o nosso pensamento. Plato introduziu a ideia de que o pensamento requer smbolos mentais - imagens que o homem leva consigo. Podemos ir alm e concordar com os filsofos primitivos, em que o pensamento est em geral ligado directamente s experincias a objectos concretos, especficos . Tambm concordamos com berkeley em que difcil, se no impossvel, pensar sem usar unidades de pensamento ligadas a experincia. Em essncia, a hiptese Sapir-Whorf diz que a linguagem de uma pessoa determina em parte o respeito e o mtodo que usa para pensar e tomar decises. Pensamos mais provavelmente em coisas que j experimentmos e para as quais temos nomes que podemos empregar. A denominao essencial ao pensamento.

Bibliografia:

Bitti, Pio Ricci, Zani, Bruna, A comunicao como Processo Social, Lisboa, 1993, pp. Ana Cristina Monteiro e outros, 1 Edio Lisboa, 2006. Berlo, David K., O Processo da Comunicao: Introduo teoria e prtica, Martins Fontes, So Paulo, 1991.