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Complexo Educacional FMU São Paulo/SP – 12 e 13 de Novembro de 2015

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COMITÊ CIENTÍFICO

Prof. Dr. Alessandro Marco Rosini

Prof. Dr. Celso Machado Junior Profa. Dra. Claudia Rosa Acevedo

Profa. Dra. Daielly Melina N Mantovani Ribeiro Profª. Dra. Elza Fátima Rosa Veloso

Prof. Dr. Fernando de Almeida Santos Prof. Dr. Germano Glufke Reis Profa. Dra. Izabel Petraglia

Prof. Dr. José Osvaldo de Sordi Profa. Dra. Jouliana Jordan Nohara

Prof. Dr. Luiz Felipe Quel Profa. Dra. Maria da Gloria Marcondes Gohn

Prof. Dr. Milton de Freitas Chagas Junior Prof. Dr. Orlando Roque da Silva

Profa. Dra. Patrícia Morilha Muritiba

COORDENAÇÃO DO EVENTO

Prof. Dr. Alessandro Marco Rosini Profª. Drª. Daielly Melina N Mantovani Ribeiro

Profª. Drª. Elza Fátima Rosa Veloso

EQUIPE ORGANIZADORA

Adriana Martins Brancalion

Complexo Educacional FMU São Paulo/SP – 12 e 13 de Novembro de 2015

SUMÁRIO

APRESENTAÇÃO ....................................................................................... 9

A INFLUÊNCIA DA INOVAÇÃO NAS DECISÕES ESTRATÉGICAS: UMA VISÃO BASEADA NA GOVERNANÇA CORPORATIVA ...................................................................... 10

TÉCNICAS DE ESPAÇO-TEMPO NO GERENCIAMENTO DE CRISES AMBIENTAIS E O DIREITO À CIDADE .............................................................................................. 15

A MULHER CEO: ALGUMAS REFLEXÕES SOBRE LIDERANÇA E GÊNERO NO ÂMBITO DAS ORGANIZAÇÕES ...................................................................................... 19

EMPREENDEDORISMO SOCIAL: DESENVOLVENDO O CICLO COMERCIAL E SOCIAL. ........ 23

REDUÇÃO DO CUSTO OPERACIONAL ATRAVÉS DA ANÁLISE DE INDICADORES FINANCEIROS E SUA UTLIZAÇÃO PARA A GESTÃO NA ORGANIZAÇÃO ........................................ 28

A IMPLANTAÇÃO DO TELETRABALHO APOIADA NA RESPONSABILIDADE SOCIAL CORPORATIVA: UM ESTUDO DE CASO EM EMPRESA DE TECNOLOGIA ....................... 35

INFLUÊNCIA DA PROPAGANDA NA SATISFAÇÃO COM A AUTO IMAGEM ENTRE MULHERES ......................................................................................................... 38

COMPORTAMENTO INFORMACIONAL DOS DOCENTES DA EDUCAÇÃO PROFISSIONAL ..... 42

REFERÊNCIAS ......................................................................................... 45

ESCOLA TÉCNICA SÃO PAULO: UM ESTUDO SOBRE O CURSO TÉCNICO EM ADMINISTRAÇÃO ..................................................................................... 46

A GOVERNANÇA CORPORATIVA NO ENSINO DE ADMINISTRAÇÃO DE EMPRESAS DAS INSTITUIÇÕES DE ENSINO SUPERIOR DA CIDADE DE SÃO PAULO ............................. 50

ESTATUTOS SOCIAIS E SUCESSÃO NAS ORGANIZAÇÕES DO TERCEIRO ...................... 54

A INFLUÊNCIA DA PROPAGANDA EMOCIONAL NA ATITUDE DE MARCA: COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR BANCÁRIO ....................................................................... 58

OPERAÇÕES DE FUSÃO E AQUISIÇÃO: UM ESTUDO DE AQUISIÇÃO DE ORGANISMO CERTIFICADOR ....................................................................................... 62

EDUCAÇÃO PROFISSIONAL A JOVENS E DEFICIENTES ATRAVÉS DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO EMPRESARIAIS – PERFIL DE UMA ORGANIZAÇÃO DO TERCEIRO SETOR ..... 66

ENVOLVIMENTO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO NA ESTRATÉGIA DAS ORGANIZAÇÕES ......................................................................................................... 71

4

A PERCEPÇÃO DOS ALUNOS DO CURSO DE GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO DA IMPORTÂNCIA PARA AS ORGANIZAÇÕES NO NEXO DE CONTRATO E AS RELAÇÕES ....... 75

COMPETÊNCIAS DO GESTOR ESCOLAR............................................................ 79

A CONSISTÊNCIA E A MANUTENÇÃO DA ESCOLHA PROFISSIONAL DE ALUNOS DE CURSOS TECNÓLOGOS ........................................................................................ 83

MOVIMENTOS SOCIAIS E A ORGANIZAÇÃO DA SOCIEDADE CIVIL ............................. 87

DIAGNÓSTICO DE COMPETÊNCIAS DOS CONSELHEIROS INDEPENDENTES DE EMPRESAS DE CAPITAL FECHADO .................................................................................. 91

O AGRICULTOR FAMILIAR E AS TENSÕES ENTRE O AGRONEGÓCIO E OS MOVIMENTOS SOCIAIS ................................................................................................ 96

TRANSPARÊNCIA DA GOOGLE: INFORMAÇÕES DISPONÍVEIS NO WEBSITE PARA ATENDER AS DEMANDAS DA SOX E GERAR CONFIANÇA .................................................... 99

TRANSFORMANDO O TORCEDOR EM CONSUMIDOR: O PROGRAMA SÓCIOTORCEDOR DO CORINTHIANS ....................................................................................... 103

A IMPORTÂNCIA DA EDUCAÇÃO CORPORATIVA PARA O DESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICO DA ORGANIZAÇÃO E DE SEUS COLABORADORES COMO DIFERENCIAL DE MERCADO ....................................................................... 107

A IMPORTÂNCIA DA SEGURANÇA ESTRATÉGICA DE INFORMAÇÕES PARA A LONGEVIDADE DAS INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS ................................................................ 111

A INOVAÇÃO SOCIAL NAS EMPRESAS BRASILEIRAS ........................................... 117

INOVAÇÃO ABERTA E A SUA RELAÇÃO COM O MEIO AMBIENTE: OPORTUNIDADES E AMEAÇAS PARA A INDÚSTRIA FARMACÊUTICA BRASILEIRA .................................. 121

O IMPACTO DA POLÍTICA NACIONAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS EM EMPRESA PRESTADORA DE SERVIÇO DE COLETA NA CIDADE DE SÃO PAULO ............................................. 126

ATITUDE EM RELAÇÃO AO PATROCÍNIO DE GRANDES EVENTOS ESPORTIVOS: UM ESTUDO SOBRE A COPA DO MUNDO NO BRASIL ......................................................... 130

TRANSFORMAÇÃO NAS ORGANIZAÇÕES: UMA ANÁLISE DO ESTADO DA ARTE ............ 135

O EMPREENDEDORISMO NO BRASIL: MODELOS DE FRANQUIAS ............................. 141

GREEN SUPPLY CHAIN MANAGEMENT: UMA ANÁLISE SOBRE A PRODUÇÃO CIENTÍFICA EM PERIÓDICOS NACIONAIS (2004-2014) ........................................................... 145

EDUCAÇÃO CORPORATIVA COMO INSTRUMENTO PARA MITIGAR RISCO EM SEGURADORAS ....................................................................................................... 150

5

UM ESTUDO SOBRE A INOVAÇÃO E COMPETITIVIDADE NAS STARTUPS BRASILEIRAS NO SEGMENTO DE TECNOLOGIA ..................................................................... 154

A GOVERNANÇA CORPORATIVA E A OBRIGATORIEDADE DO PROGRAMA INTERNO DE INTEGRIDADE PRESCRITO PELA LEI ANTICORRUPÇÃO PARA AS EMPRESAS QUE CONTRATAM COM O PODER PÚBLICO. ......................................................... 159

GESTÃO DE PESSOAS: UM ESTUDO SOBRE AS DIFERENTES PRÁTICAS DE GESTÃO DE PESSOAS EM UMA EMPRESA E SUAS INFLUENCIAS SOBRE AS EQUIPES DE OUTROS DEPARTAMENTOS .................................................................................. 162

A INFLUÊNCIA DA NECESSIDADE COGNITIVA NA PERCEPÇÃO DE LUXO DAS EMBALAGENS: REFLEXOS NO COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR .......................................... 166

OS FATORES INFLUENCIADORES DA ATITUDE E DA INTENÇÃO DE COMPRA DOS CONSUMIDORES DE LUXO ......................................................................... 170

O ENDOSSO DE CELEBRIDADES E A INFLUÊNCIA NO COMPORTAMENTO DE COMPRA ... 175

INFLUÊNCIA DO USO DAS FERRAMENTAS DE BI PARA UM MELHOR GERENCIAMENTO DE PROCESSOS ......................................................................................... 178

ALINHANDO PRÁTICAS DE GOVERNANÇA CORPORATIVA COM A APLICABILIDADE DE METODOLOGIA NO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO DE UMA EMPRESA PÚBLICA ......... 182

MODELOS MACROECONÔMICOS DE COMBATE À INFLAÇÃO.................................. 186

CAPACITAÇÃO NA PROFISSÃO DE SECRETARIADO EXECUTIVO ............................. 189

INVESTIGANDO AS RELAÇÕES ENTRE O COMPROMETIMENTO ORGANIZACIONAL E A JUSTIÇA ORGANIZACIONAL ...................................................................... 192

PERCEPÇÃO DE CULTURA EM UMA ORGANIZAÇÃO DE REFERÊNCIA EM MEDICINA DE GRUPO NO BRASIL ................................................................................. 197

NORMAS CONTÁBEIS APLICADO NAS COOPERATIVAS ........................................ 202

A LÍNGUA PORTUGUESA NOS MANUAIS DE REDAÇÃO: MUDANÇAS NA COMUNICAÇÃO DO SETOR PÚBLICO .................................................................................... 206

SISTEMA DE ASPIRAÇÃO ENDOTRAQUEAL ABERTO X FECHADO: RELAÇÃO CUSTO-BENEFÍCIO .......................................................................................... 209

GOVERNANÇA CORPORATIVA: AS MULHERES NOS CONSELHOS DE ADMINISTRAÇÃO ... 213

A ABORDAGEM DOS IMPACTOS DA CULTURA GOSPEL BRASILEIRA COMO ELEMENTOS NA DECISÃO DE COMPRA DO CONSUMIDOR DE MUSICAS ......................................... 220

A METÁFORA DA ORGANIZAÇÃO VISTA COMO CÉREBRO DENTRO DE UMA ORGANIZAÇÃO NO SETOR DE ESTÉTICA .......................................................................... 225

6

PERSPECTIVAS DO GLOCAL NO EMPREENDEDORISMO: REFLEXÕES TEÓRICAS ........... 229

REALINHAMENTO DO PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO DO TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO – TCC DO CURSO TECNÓLOGO EM GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS. ....... 233

ADERÊNCIA DAS BOAS PRÁTICAS DA QUALIDADE E GOVERNANÇA CORPORATIVA DA EMPRESA FRAS-LE GANHADORA DO PNQ – PRÊMIO NACIONAL DA QUALIDADE .......... 238

GESTÃO DE CONHECIMENTO E INFORMAÇÃO: TOMADA DE DECISÃO NO COMÉRCIO ELETRÔNICO BRASILEIRO ......................................................................... 242

GOVERNANÇA CORPORATIVA COMO APOIO AO DESENVOLVIMENTO DAS EMPRESAS DE PET SHOP ........................................................................................... 247

CARGOS PÚBLICOS NA ÁREA DE SECRETARIADO EXECUTIVO ............................... 250

INTELIGÊNCIA COMPETITIVA: PERCEPÇÕES E PRÁTICAS NAS EMPRESAS DA REGIÃO AUTÔNOMA DOS AÇORES ......................................................................... 253

DEBATE SOBRE O PLANEJAMENTO DA CARREIRA DE MULHERES NEGRAS................. 257

LINGUAGEM VERBAL NO SECRETARIADO ....................................................... 261

CARREIRAS SEM FRONTEIRAS: QUAIS SÃO DESAFIOS E AS OPORTUNIDADES QUE IMPLICAM A ESCOLHA DE UMA CARREIRA SEM FRONTEIRAS? ............................................ 264

TOMADA DE DECISÃO DE CRÉDITO COM BASE NA TEORIA INSTITUCIONAL EM UMA INSTITUIÇÃO FINANCEIRA NO SEGMENTO VEÍCULOS EM UM CENÁRIO DE CRISE ECONÔMICA......................................................................................... 273

DILEMA ORGANIZACIONAL EM GOVERNANÇA CORPORATIVA ............................... 277

AS SOLUÇÕES DE TIC NA POLÍTICA PÚBLICA DE ACESSO À INFORMAÇÃO E TRANSPARÊNCIA DA UNIÃO – O CASO DO E-SIC ............................................... 283

GESTÃO HORIZONTAL ASSOCIADA À TEORIA DE CHESTER BARNARD ...................... 287

A MULHER CEO: ALGUMAS REFLEXÕES SOBRE LIDERANÇA E GÊNERO NO ÂMBITO DAS ORGANIZAÇÕES .................................................................................... 291

BENEFÍCIOS COMO FATOR MOTIVACIONAL – UM ESTUDO DE CASO DE COM O BIBANCO E SUAS PRÁTICAS DE RECURSOS HUMANOS ...................................................... 295

OS IMPACTOS OPERACIONAIS E SEUS REFLEXOS NA IMPLEMENTAÇÃO DE MELHORES PRÁTICAS DE GOVERNANÇA DE TI EM EMPRESAS PÚBLICAS POR MEIO DE UM ESTUDO DE CASO NA DATAPREV– EMPRESA DE TECNOLOGIA E INFORMAÇÕES DA PREVIDÊNCIA SOCIAL ............................................................................................... 300

O PROFISSIONAL DE SECRETARIADO E A EVOLUÇÃO PARA O TRABALHO REMOTO E EMPREENDEDOR ................................................................................... 304

7

FERRAMENTAS INDUSTRIAIS: UMA ANÁLISE DO COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR ORGANIZACIONAL ................................................................................. 307

A GESTÃO DA GOVERNANÇA CORPORATIVA E A .............................................. 311

INTEGRAÇÃO DOS FUNCIONÁRIOS AOS MODELOS IMPLANTADOS .......................... 311

INTERFERÊNCIA DO BRINDE NA ATITUDE E INTENÇÃO DE ESCOLHA DA CRIANÇA NA ALIMENTAÇÃO ...................................................................................... 315

UMA ANÁLISE BIBLIOMÉTRICA SOBRE A EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA E TECNOLOGIA ....... 319

A GOVERNANÇA CORPORATIVA E OS INDICADORES DE SUSTENTABILIDADE AMBIENTAL ....................................................................................................... 323

PLANEJAMENTO DE CARREIRA ................................................................... 326

A FORMAÇÃO EM SECRETARIADO EXECUTIVO: O PAPEL DO EGRESSO NO PROCESSO DE ENSINO- APRENDIZAGEM DOS DISCENTES ...................................................... 330

A GOVERNANÇA CORPORATIVA E A SUSTENTABILIDADE NA ÁREA HOSPITALAR ......... 333

O CLIMA ORGANIZACIONAL E SUA RELAÇÃO COM O APERFEIÇOAMENTO PROFISSIONAL ....................................................................................................... 337

ESTUDO DA CAPACIDADE DINÂMICA DE COORDENAÇÃO EM EMPRESAS DO SETOR TÊXTIL DO PARANÁ ......................................................................................... 340

A PARTICIPAÇÃO DO ASSISTENTE EXECUTIVO NO PROCESSO DE MOBILIDADE GLOBAL DE PROFISSIONAIS NAS EMPRESAS .................................................................. 344

BI – O QUANTO PODE SER IMPORTANTE COMO FERRAMENTA DE DECISÃO ............... 348

GOVERNANÇA CORPORATIVA EM HOSPITAIS PARTICULARES ............................... 352

RELAÇÕES DO TRABALHO - INFLUÊNCIAS DAS RELAÇÕES DE TRABALHO NO CENÁRIO LEGAL E COMPORTAMENTAL. .................................................................... 356

A INFLUÊNCIA DAS CONEXÕES POLÍTICAS NO CUSTO DE CAPITAL E NO DESEMPENHO DAS EMPRESAS BRASILEIRAS LISTADAS NA BM&FBOVESPA ....................................... 359

DESEMPENHO DAS EMPRESAS GANHADORA DO PRÊMIO NACIONAL DA QUALIDADE (PNQ), NO CENÁRIO DA GOVERNANÇA CORPORATIVA: UM ESTUDO COMPARATIVO ............. 364

UMA DISCUSSAO SOBRE TAXA DE CAMBIO A PARTIR DO MODELO KEYNESIANO BASICO 367

A BUSCA DE RESULTADOS ATRAVÉS DA GESTÃO DE PESSOAS .............................. 372

A DINÂMICA DA INOVAÇÃO EM SISTEMAS COMPLEXOS ....................................... 374

QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO ............................................................ 379

8

PERCEPÇÃO SOBRE A COMUNICAÇÃO ENTRE PROFISSIONAIS DE SAÚDE EM UM HOSPITAL EM LAURO DE FREITAS-BA: ESTUDO DE CASO ................................................. 380

PERCEPÇÃO DE VALOR DA GOVERNANÇA CORPORATIVA ENTRE OPERADORES LOGÍSTICOS E PRESTADORES DE SERVIÇOS, UM ESTUDO DE CASO ........................ 384

THE PERCEPTION VALUE OF CORPORATE GOVERNANCE BETWEEN LOGISTICS OPERATORS AND SERVICE PROVIDERS, A CASE STUDY ...................................... 385

O DESEMPENHO ECONÔMICO-FINANCEIRO DE INSTITUIÇÕES DE ENSINO SUPERIOR PRIVADAS EM EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA COM ESTRATÉGIAS DE CRESCIMENTO VIA FUSÕES, AQUISIÇÕES E ORGANICAMENTE ................................................................ 389

GERAÇÕES DE PROFISSIONAIS: O PROCESSO DE TOMADA DE DECISÃO NO DESENVOLVIMENTO DE STARTUPS .............................................................. 393

COMUNICAÇÃO INTERNA, EFICAZ, EFICIENTE E EMPREENDEDORA: ANÁLISE E PROPOSTA ....................................................................................................... 398

SOCIAL MEDIA COMO FERRAMENTA COMPLEMENTAR NA CAPTAÇÃO DE ALUNOS NO ENSINO SUPERIOR ................................................................................. 402

BRASIL X ÍNDIA: UM ESTUDO SOBRE AS EXPERIÊNCIAS DE ADAPTAÇÃO INTERCULTURAL, EM UMA PERSPECTIVA FENOMENOLÓGICA ..................................................... 406

AUMENTO DE PRODUTIVIDADE, REDUÇÃO DE RISCOS E DISPERDICIOS NO STRECHAMENTO DE PALETES EM CENTRO DE DISTRIBUIÇÃO RELATO TÉCNICO EM PROVEDOR LOGISTICO ............................................................................ 411

RESPONSABILIDADE SOCIAL CORPORATIVA, EMPREENDEDORISMO E INOVAÇÃO: EVIDÊNCIAS EM EMPRESA BRASILEIRA .......................................................... 420

O PAPEL DA EDUCAÇÃO CORPORATIVA NO DESENVOLVIMENTO DAS COMPETENCIAS ESSENCIAIS PARA ATENDER AS BOAS PRÁTICAS DE GOVERNANÇA CORPORATIVA ...... 424

A RELEVÂNCIA DO CPC 16 PARA GOVERNANÇA CORPORATIVA ............................ 428

PROPOSTAS DE EDUCAÇÃO FINANCEIRA NAS ESCOLAS BRASILEIRAS: UMA VISÃO DE ENTIDADES BRASILEIRAS QUE ATUAM NA ÁREA ............................................... 432

A GOVERNANÇA CORPORATIVA NO HOSPITAL DAS CLÍNICAS DE SÃO PAULO ............ 436

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APRESENTAÇÃO

O I Fórum Integrado de Pesquisas em Administração é uma iniciativa dos Programas

de Pós-graduação Scrito Sensu em Administração (Mestrado em Administração e Mestrado Profissional em Administração em Governança Corporativa) do Centro

Universitário das Faculdades Metropolitanas Unidas.

Este fórum acadêmico e científico tem como objetivo promover o intercâmbio de

conhecimento entre pesquisadores. Nesse espaço serão facilitadas as discussões de tópicos contemporâneos pertinentes à administração e às áreas afins, com destaque

às boas práticas de pesquisa.

Nesta edição do Fórum os pesquisadores, alunos de Graduação, Especialização e

MBA, Mestrado e Doutorado estão convidados a apresentar seus projetos de pesquisas e artigos científicos. As sessões, em formato de Apresentação de Pôsteres, possibilitarão a discussão de temas de interesse dos participantes com a

comunidade científica. Serão realizadas também Mesas Redondas com pesquisadores de referência na área de Administração que promoverão debates sobre a qualidade

da pesquisa científica.

Entre as atividades do Fórum, é possível destacar as palestras com os Keynote

Speakers Prof Dr. Arnoldo José de Hoyos Guevara, docente da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) e com a Profa. Dra. Maria do Carmo Romeiro,

docente da Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), além dos painéis de debate sobre a qualidade em pesquisa.

Em uma visão geral, o I Fórum Integrado de Pesquisas em Administração é um espaço para o debate de ideias e para a difusão do conhecimento científico, bem como para

o estímulo ao desenvolvimento de alunos e pesquisadores.

O Programa de Mestrado em Administração e o Programa de Mestrado Profissional em

Governança Corporativa convidam todos a participar deste evento que, certamente, fortalecerá a comunidade científica de Administração e da FMU.

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A INFLUÊNCIA DA INOVAÇÃO NAS DECISÕES ESTRATÉGICAS: UMA VISÃO BASEADA NA GOVERNANÇA CORPORATIVA

Rosangela Riccotta - Complexo Educacional FMU ([email protected]) Alessandro Marco Rosini - Complexo Educacional FMU ([email protected])

OBJETIVO GERAL

O Objetivo desse estudo é entender como as decisões estratégicas acompanham a velocidade das inovações.

Objetivos Específicos 1. Reconhecer como os riscos da inovação são identificados, calculados e ou

classificados. 2. Identificar como é realizado o mapeamento dos riscos que envolvem a tomada

de decisões estratégicas em um cenário onde velocidade da inovação tecnológica interferem diretamente no negócio da empresa.

3. Identificar a atuação de um novo Conselheiro de Inovação dentro da estrutura de Governança Corporativa e entender como sua atuação pode ser pertinente ao posicionamento estratégico na empresa.

RELEVÂNCIA DA PESQUISA

A constatação de que “tudo muda o tempo todo”, nos faz refletir e analisar como as empresas se prepararam atualmente para as mudanças que a inovação nos apresenta todos os dias.

O mundo dos negócios é caracterizado por um dinamismo que altera as configurações das organizações de forma bastante acentuada. Parte deste dinamismo possui a inovação como agente de alteração. Conforme a proposição inicial de Schumpeter (1982) a inovação é a mola propulsora do desenvolvimento da economia.

O tema Governança Corporativa e Inovação vem de encontro a constante necessidade de atualização e evolução nas empresas no cenário atual.

Para que se possa esclarecer os conceitos envolvidos, dentre as várias definições para Governança Corporativa, a definição que mais se aproxima do contexto do projeto a

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ser apresentado, está descrito em Governança Corporativa e as Decisões Financeiras no Brasil, SILVA (2005, p.15).

[...] Na definição de Witherell (1999), “governança corporativa é o sistema pelo qual as empresas são dirigidas e controladas. Sua estrutura especifica a distribuição de direitos e responsabilidades entre os diferentes participantes da empresa, tais como conselhos de administração, diretoria, proprietários e stakeholders, entre eles empregos, fornecedores, clientes e a comunidade geral”

A inovação transita por todos nós todos os dias, conseguimos constatar no momento em que precisamos de alguma informação, temos hoje uma grande quantidade de informações dispostas em menos de um segundo através da internet, bem como a facilidade da nova geração de pessoas em aprender e dominar todo o avanço tecnológico.

A inovação nas empresas está diretamente relacionada à criação ou melhoria de seus produtos visando exclusivamente a competitividade no mercado em que atuam.

Para Peter Drucker (2001), a inovação pode ser definida como a tarefa que dota os recursos humanos e materiais de novas e maiores capacidades para produzir riquezas.

A velocidade das inovações tecnológicas, o surgimento de novos skills profissionais diariamente pode afetar diretamente o funcionamento das empresas.

Há mudança em funções, atuações e em comportamentos por parte do capital humano na empresa, assim como o surgimento de novos produtos e serviços, o que demonstra que a tomada de decisão de uma companhia pode ser influencia pelo cenário de inovação, e os resultados dessas decisões impactam seu funcionamento gerando oportunidades de trabalho na sociedade que está inserida.

Haja visto que a tomada de decisão das empresas é suportada pela Governança Corporativa, inserida no Conselho Administrativo, essa pesquisa pode lançar um novo olhar da academia diante da própria estrutura do conselho administrativo e abrir espaço para novas investigações.

Como o conselho administrativo considera o risco da inovação nas decisões estratégicas?

PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

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A metodologia a ser utilizada será a análise exploratória, por meio de realização de um estudo de caso. A pesquisa será realizada com base em dados empíricos coletados na empresa Cielo.

O conselheiro administrativo responderá à uma entrevista aberta para a pesquisa que norteia aspectos como 1) Inovação na tomada de decisões; 2) Mapeamento de riscos; 3) Tratamento dos riscos e 4) Investimento nas decisões estratégicas

O diretor da área de inovação de produtos e o gerente da área de inovação tecnológica responderão à uma entrevista aberta para a pesquisa que busca saber em que níveis hierárquicos das áreas envolvidas em inovação, as decisões são tomadas.

A criação da base de informações estabelecerá procedimento para análise dos dados.

CONCEITOS ESSENCIAS

Segundo Motta (2014), a Liderança Essencial, mostra como todo o cenário histórico, econômico e político ao longo de anos e como a gestão das empresas determinam se a empresas evoluem ou retrocedem, ou ainda se mantém no mercado ou simplesmente desaparecem.

Segundo o manual de Oslo (1977), desenvolvido pela OCDE, a importância da estruturação para a coleta dos dados da pesquisa, bem como conceitos de inovação para a interpretação dos dados são declarados, além da clareza dos diferentes níveis da tomada de decisão dentro de uma pesquisa sobre inovação e/ou desenvolvimento e pesquisa.

Em A Revolução da Inovação Aberta, Lindegaard (2011) expôs como realizar a inovação aberta em uma empresa, os obstáculos desse processo, bem como superá-los, onde os limites se tornam intransponíveis, bem como a preparação dos líderes e/ou gestores que precisam desenvolver competências especificas para o sucesso do processo de inovação na companhia.

Toda a estrutura de Governança Corporativa é descrita através de um estudo detalhado na obra de Silva (2005), que possibilita um estudo sobre o contexto financeiro das empresas brasileiras, passando por uma questão de extrema importância no contexto de controle e propriedade, teoria da agencia.

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Segundo Hambrick e Mason (1984), a forma como os executivos de alto escalão, tomam as decisões estratégicas e quais os aspectos psicológicos, cognitivos, bem como dados de sua história de vida, experiência, formação e panorama sócio cultural influenciam nessas decisões. O artigo Upper Echelons : The Organizations as a Reflection of its Top Managers, traz esse “pano de fundo” que norteia inclusive, a propensão de assumir riscos, ter atitudes inovadoras, trabalhar em conflitos com grupos heterogêneos, o que reflete diretamente na saúde da companhia bem como os resultados e desempenho da instituição.

RESULTADOS

A projeto de pesquisa busca descobrir elementos necessários e situações ainda não exploradas em estudos anteriores no que tange ao assunto inovação no Conselho Administrativo em Governança Corporativa

DISCUSSÕES E CONCLUSÕES

Por se tratar de um assunto novo, e com inúmeras possibilidades de aprofundamento, descobrir como a tomada de decisão, que envolve a inovação, no planejamento estratégico da empresa pode nos proporcionar uma visão ou revisão da estrutura atual de Governança Corporativa.

LIMITAÇÃO DO ESTUDO

As informações sobre o planejamento e implementação de inovação, diante do conselho administrativo de apenas uma empresa expressa que o estudo deve ser ampliado para uma amostra maior, bem como um estudo de caso múltiplo.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

HAMBRICK, Donald C. & MASON, Phyllis A. Upper Echelons : The Organizations as a Reflection of its Top Managers, Acadmademy of Management Review, 1984, Vol. 9. No. 2. 193-206

Instituto Brasileiro de Governança Corporativa. Disponível em : <http://www.ibgc.org.br/index.php> Acesso em : 03 abr. 2015.

LINDEGAARD, Stefan. A Revolução da Inovação Aberta. 1ª ed. Editora Évora, 2011.

MOTTA, Daniel Augusto. A Liderança Essencial. 1a ed. São Paulo: Virgliae, 2014.

OCDE. Manual de Oslo – Diretrizes para coleta e interpretação de dados sobre inovação. 3a ed. Finep, 1997.

SHUMPETER, Joseph A. Teoria do desenvolvimento econômico: Uma investigação sobre lucros, capital, crédito, juro e o ciclo econômico. São Paulo: Abirl Cultural, 1982.

SILVA, André Luiz Carvalhal. Governança Corporativa e as decisões financeiras no Brasil. Edição 2. Mauad Editora Ltda, 2005.

TIDD, Joe; BESSANT, John; PAVITT, Keith. Gestão da Inovação. 3ª Edição. Bookman, 2005.

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TÉCNICAS DE ESPAÇO-TEMPO NO GERENCIAMENTO DE CRISES AMBIENTAIS E O DIREITO À CIDADE

Carlos Henrique de Oliveira - Complexo Educacional FMU ([email protected])

INTRODUÇÃO

O presente estudo não necessariamente deve ser encarado, em princípio, como

sendo um ensaio essencialmente educacional. Seja como for, acreditamos que a investigação pode ser muito bem adaptada a qualquer corporação, conquanto que

seja desenvolvida de forma holística, com técnicas espaciais, temporais e no contexto axiológico da sociedade da informação. A expressão “meio ambiente” é

uma terminologia que pode muito bem ser substituída por “meio” ou por “ambiente” e se assim cotidianamente não ocorre é devido à força que nos impõe esta majestosa

e evolvente marca da era pós-industrial, altamente capaz de estimular o capital e manipular o comportamento humano. Seja nos permitido, então, dar o enfoque

desejado: o exercício dos direitos fundamentais durante o gerenciamento de crises ambientais, sendo exercidos com um mínimo de lucidez, bom senso e efetividade, no

âmbito de tantas informações que nos são maliciosamente apresentadas como certas, mas que na verdade decorrem de princípios muito duvidosos e incertos. Objetiva-se sensibilizar a percepção ambiental no que tange à necessidade da

utilização de criteriosas técnicas de espaço-tempo durante o gerenciamento das supostas crises ambientais, como, por exemplo, a crise hídrica; enfatizando ações

locais e mitigando as intoxicações decorrentes de publicidades abusivas que distorcem as notícias e desviam nossas atenções para assuntos globais (distantes e

abstratos). O presente ensaio possui expressiva importância socioambiental na medida em que a exponencial ascensão das inúmeras ciências particulares durante o

século XX, conforme nos explica Santos (1995, p. 695), nos proporcionaram, de fato, substanciais evoluções no campo do conhecimento metodologicamente organizado,

não obstante, tal fenômeno também nos tenha levado a uma extrema especialização burocrática do saber, cujo efeito é, por vezes, o próprio comprometimento da

cognição daquilo que entendemos por “mundo”. Dessa forma, a possibilidade dos saberes antigos sucumbirem aos novos faz com que sejamos prisioneiros de uma visão

ortodoxa, e, nesse sentido, corremos o sério risco de ficarmos à deriva diante da interpretação do presente. Vivenciamos uma crise hídrica ou uma crise ambiental

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urbana? A água realmente é um recurso ambiental esgotável? Em se tratando de água, se existe um recurso esgotável, esse recurso chama-se “água gratuita”. O

momento exige uma premente e metódica revisão das técnicas aplicadas ao gerenciamento das “crises” ditas “ambientais”, sobretudo, no que diz respeito ao

objeto, pois, segundo Virilio (1996, p. 23) a “observação direta dos fenômenos visíveis é substituída por uma tele observação na qual o observador não tem mais

contato imediato com a realidade observada”.

METODOLOGIA

O método científico principal é o indutivo, logo, a metodologia se constrói com reflexão crítica; hermenêutica legislativa; teleologia e axiologia jurídicas;

delimitando seu objeto a um estudo de caso materializado no Projeto CEAMA (Centro de Educação Ambiental “Chico Mendes”). O público alvo integra um grupo de 20

estudantes do Ensino Médio de uma escola privada. O gerenciamento das crises ambientais e a efetividade dos direitos fundamentais mantêm vínculo axiomático com o direito de acesso à boa informação. Conhecer (percorrer) a região onde

vivemos, habitamos e convivemos é determinante para exercer com plenitude o Direito à Cidade, pois é dessa forma que percebemos as características dinâmicas do

município, seus pontos estratégicos, o grito dos hipossuficiente, o abuso das autoridades e onde a corrupção é instalada.

Tabela 01. Cronograma das excursões. Fonte: o próprio autor (2015).

DATA TEMÁTICA 30/04/2015 Tema 1: Recursos Hídricos. 14/05/2015 Tema 2: Esgoto (resíduos líquidos). 28/05/2015 Tema 3: Lixo (resíduos sólidos).

RESULTADOS E DISCUSSÕES

Depoimento 01. Quando andamos pela cidade, não sabemos o que tem por trás, não sabemos o eles fazem. Foi uma experiência muito boa, pois conseguimos visualizar

como foi o tratamento de água e esgoto. Conhecemos tudo, é um grande trabalho. Há muito o que melhorar, muitas coisas não estavam funcionando, e isso é uma

vergonha.

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Depoimento 02. Infelizmente vimos cenas muito chocantes, como a represa de captação de água assoreada. Isso me fez refletir no que eu posso fazer para mudar

isso. Depoimento 03. Nunca procurei saber para onde nosso lixo ia, ou nem fazia ideia de

como a água passa por tantos tratamentos até chegar na minha torneira, e nem sabia como são feitos os processos para cuidar do lixo, agua e esgoto. Depoimento 04. O que mais lhe torna um excelente projeto é o fato dele sair daquela nossa realidade chata e monótona, onde existe apenas lousa, papel e

caneta [...] vimos tudo como realmente é, sem edição ou censura [...] descobri lugares que eu nem sabia como era na minha cidade.

IMAGENS QUE DENUNCIAM A VERDADEIRA CRISE AMBIENTAL

Figura 01. “Aterro Sanitário” de Araraquara. A foto mostra uma vaca ilegalmente descartada

entre os resíduos sólidos. Fonte: o próprio autor (2015).

Figura 02. Captação de água. Assoreamento do Ribeirão das Cruzes. O local abastece cerca de

30% de Araraquara. Fonte: o próprio autor (2015).

DISCUSSÕES E CONCLUSÕES

Os resultados demonstram claramente a impotência estatal frente o poder

econômico e a especulação imobiliária. Não há outro meio de garantir a materialidade dos direitos fundamentais, dente os quais, a de se viver em um

ambiente ecologicamente equilibrado, senão por intermédio de uma metódica estruturação holística; aliada a criteriosos estudos ponderados por uma visão mais

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prudente e menos imediatista; mais dinâmica e menos estática; contra as falácias que aguçam o senso de coletividade global e anulam o senso de coletividade local;

mais compromissada com a dignidade da pessoa próxima. A gestão ambiental, como já dito, vincula-se ao direito à cidade de modo dinâmico e itinerante. Assim,

encerramos a presente proposta, no sentido de exaltar o local como o ponto de partida para qualquer questão relacionada ao “meio ambiente”, de modo que o

caminho inverso consiste em um verdadeiro exemplo de lógica falaciosa. Os objetivos não só foram alcançados, como também superaram todas as nossas

expectativas. Acreditamos que os novos valores e paradigmas, agressivamente impostos na sociedade da informação, não podem ser combatidos em sua causa,

todavia, seus efeitos podem ser amenizados com o exercício de equilibradas técnicas de espaço e tempo, cuja abordagem exige cautela, criticidade e tratamento multi,

inter e transdisciplinar. Contudo, quando a investigação científica gira em torno do tema “meio ambiente”, seja ele concebido como natural, urbano, cultural ou

digital, nunca é demais frisarmos o fato de que estamos diante de um meio acadêmico hostil, onde a discussão se apresenta de forma fundamentalista, imperialista, controladora de opiniões, além do que as imagens são

assustadoramente perversas na medida em que pregam o apocalipse e prenunciam o fim dos tempos; aposentando prematuramente os conceitos e os transformando em

tabus sociais, assuntos moralmente proibidos e severamente sancionados pela opinião pública, estrategicamente regida e orquestrada pela mídia através da

utilização de uma prática milenar: o terrorismo da linguagem! Por fim, desenvolver a questão local torna-se atualmente uma medida de extremo rigor, porquanto,

permite uma abordagem ambiental crítica e muito mais coerente, sobretudo, ao se falar de crise.

REFERÊNCIAS

SANTOS, Milton. Técnica, espaço, tempo: globalização e meio técnico-científico-informacional. 5. ed. São Paulo: EDUSP, 2008. 176p.

VIRILIO, Paul. O Espaço Crítico e as Perspectivas do Tempo Real. Paulo Roberto Pires (trad.). Rio de Janeiro: Editora 34, 1993. 160p.

Complexo Educacional FMU São Paulo/SP – 12 e 13 de Novembro de 2015

A MULHER CEO: ALGUMAS REFLEXÕES SOBRE LIDERANÇA E GÊNERO NO ÂMBITO DAS ORGANIZAÇÕES

Júlio Cesar Gomes – Complexo Educacional FMU ([email protected])

As organizações no mundo contemporâneo se transformaram a partir dos anos 1980 para responder às demandas de um contexto de crise econômica e de

crescente competitividade, que exigia mais do que o desempenho habitual da chefia, que realizava as ações de supervisor no âmbito de uma estrutura

hierarquizada de cargos e funções. Deste modo, o engajamento pessoal, as atitudes e os valores, além das capacidades de aprendizagem dos indivíduos

passaram a ser como um capital intangível de que depende cada vez mais o sucesso das organizações no mercado. Nesta perspectiva, a liderança se impõe

como um aspecto a ser enfatizado no mundo do trabalho por criar condições de desenvolvimento e canalização de potencialidades humanas a serviço dos

objetivos corporativos, incrementando os níveis de motivação pessoal e de produção do conhecimento e da técnica.

A liderança pode ser exercida por homens e mulheres, em diferentes postos de trabalho, embora as mulheres ainda não tenham conseguido equiparar-se aos homens em seu processo de ascensão profissional ainda em muitos países. Após

décadas de emancipação feminina, impõe-se ainda o fenômeno do “teto de vidro”, no universo corporativo de muitos países, que funcionou como obstáculo

institucional à plena inserção das mulheres no trabalho nos últimos trinta anos.1

O “teto de vidro” consiste “numa barreira que impede o alcance de algumas

mulheres ao topo da hierarquia organizacional”2, o que demonstra um nível menor de “empoderamento” por parte das mulheres, ou seja, que elas

apresentam um controle mais restrito “de seus próprios assuntos, de sua própria

1 Com a evolução dos componentes eletrônicos, surge a necessidade argumentada das empresas de substituir a mão de obra masculina pela feminina por estas apresentarem maior habilidade manual, maior capacidade de trabalho delicado e minucioso e mais paciência para trabalharem com pequenas peças de microchips e outros componentes.” (MELO, M. C. DE O. L. Mulheres gerentes entre o empoderamento e o teto de vidro. In: FREITAS, M. E.; DANTAS, M. (Org). DIVERSIDADE SEXUAL E TRABALHO. São Paulo: Cengage Learning, 2012, p. 351).

2 Ibid., p. 350.

20

vida, de seu destino (....) de sua habilidade e competência para produzir, criar e

gerir”.3

Poucas mulheres atingem, por exemplo, a condição de CEO, que desempenha

atualmente um papel central na gestão e nas ações constantes de reengenharia que são demandadas nas organizações para manter os seus níveis de

competitividade - um novo fenômeno do mundo do trabalho cuja inserção na realidade brasileira não tem sido ainda estudada.

Na edição de 10 de maio de 2015, a Revista Exame resume as qualidades de chefia e liderança exigidas para um CEO, dentre as quais se incluem as atitudes

de identificação pessoal do indivíduo com os objetivos da organização e a plena disponibilidade para adaptar-se às mudanças, como fatores decisivos para a sua

seleção e manutenção do cargo.

Estas características do CEO são corroboradas pelas teorias de liderança como

qualidades relevantes atribuídas ao líder?

Em um contexto mais favorável à sua ascensão profissional, a inserção das mulheres nas esferas decisórias das organizações poderia alterar estas formas de

exercício de chefia e liderança?

Neste sentido, este estudo investiga as características da atuação profissional do

CEO, à luz das vertentes consideradas mais consistentes de liderança, e levanta uma série de questionamentos sobre as possibilidades de alteração deste modelo

de gestão/liderança no contexto de uma inserção mais significativa das mulheres nos escalões superiores do mundo corporativo.

Para responder adequadamente a este questionamento, este trabalho pretende realizar uma pesquisa bibliográfica sobre gênero, liderança, formas de atuação

profissional do CEO, e sobre o modo de funcionamento das organizações do mundo contemporâneo.

Supõe-se, portanto, que as mulheres reajam às pressões dos ambientes corporativos, reconstruindo os padrões comportamentais da sociedade

tradicional, recompondo os papeis sexuais tradicionais em novos termos. Desta forma, considera-se que os resultados da inserção das mulheres podem gerar não

precisamente a plena aceitação e sucesso das mulheres como CEO, mas em

3 Ibid., p. 346.

21

processos conflituosos, de luta cotidiana por posições, com avanços e recuos das

mulheres na direção dos ‘’tetos de vidro’’, com a criação de novas estratégias femininas para cumprir plenamente as atribuições do cargo.

Além dos conflitos, supõe-se que poderão ser reconstruídas formas complexas de estilo de chefia e liderança de CEO, construído até então pelos homens, que

poderá reestabelecer padrões antigos de comportamento de gestão, inspirando-se no modelo gerencial, ampliando-se o controle, ao mesmo tempo em que pode

restabelecer formas mais personalizadas de convivialidade, diminuindo as distâncias entre chefe e subordinados.

Ou seja, a mulher terá que reinventar, a partir das ferramentas disponibilizadas pela sociedade e pela cultura, uma forma específica de atuar nas esferas

decisórias, pois tanto o gênero quanto a liderança são repertórios de conceitos e práticas sociais que não se desenvolvem no vazio, mas são imbricados às

instituições sociais, às relações de poder, aos processos de transformação social, ao influxo das ideologias. Dependem também das políticas de gênero e das formas de organização de trabalho das próprias organizações que, apesar de enfatizarem

atualmente a adesão a padrões éticos e de responsabilidade social e aos imperativos da sustentabilidade, ainda não incorporaram em seu cotidiano as

implicações práticas destes aparatos éticos de cunho humanista que partem de premissas democráticas e liberais, que valorizam os indivíduos e os bens

coletivos, e não somente a obtenção de lucros e de vantagens competitivas no mercado, como as corporações.

Em síntese, algumas transformações relativamente recentes do mundo do trabalho, como a inserção das mulheres e a adoção de atitudes de altruísmo e de

desprendimento da chefia e liderança, como tem sido preconizado pela Teoria das Organizações dos últimos anos, parecem se conflitar com a natureza mais

profunda dos sistemas econômicos do capitalismo avançado, que perseguem cada vez mais lucros para sobreviver em cenários cada vez mais adversos, gerando não

poucas aporias e contradições, mas também ensejando possivelmente a formulação de novos modos de gerir o trabalho e as relações de gênero, a serem

discutidos e redimensionados no contexto das corporações de um século XXI ainda incipiente.

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REFERÊNCIAS

BOLTON, Patrick. Leadership. Coordination and Mission-Driven Management, working paper Columbia University and Mission-Driven Management, 2008.

BOURDIEU, Pierre. A distinção: crítica social de julgamento. Porto Alegre: Zouk, 2011.

KAPLAN, Steven N; KLEBANOV, Mark N; SORENSEN, Mark. Which CEO Characteristics and Abilities Matter? Disponível em: http://booth.chicagoexec.net/public/public_files/kks.pdf Acesso em 25.08.2015.

JALBERT, T. The Relationship Between CEO Gender, Financial Performance, And Financial Management. Journal of Business & Economics Research, 2013. Disponível em: <http://www.cluteinstitute.com/ojs/index.php/JBER/article/viewFile/7520/7586>Acesso em 25/08/2015.

LAFLEY, A. G. "What Only the CEO Can Do." Harvard Business Review,87 (5):54-62. 2009.

STRATHERN, M. O gênero da dádiva: problemas com as mulheres e problemas com a sociedade na Melanésia. Campinas, SP: Editora UNICAMP, 2006.

WEST, C; ZIMMERMANN, D. Doing Gender. Gender and Society, London, v.1, n.2, jun., p. 125-151, 1987.

Complexo Educacional FMU São Paulo/SP – 12 e 13 de Novembro de 2015

EMPREENDEDORISMO SOCIAL: DESENVOLVENDO O CICLO COMERCIAL E SOCIAL.

José Augusto Grassi - ([email protected]) Maria da Glória Gohn - ([email protected])

OBJETIVOS DO ESTUDO

Neste trabalho procuramos investigar qual a dificuldade das microempresas

brasileiras atuarem na área do empreendedorismo social, de maneira protagonista assumindo um compromisso com a sociedade a fim de equilibra-la de maneira

sistêmica. Desta maneira abordamos os conceitos de empreendedorismo, empreendedorismo social, responsabilidade e compromisso social, cidadania e

empresas do terceiro setor, utilizando Joseph Schumpeter, José Dornelas, Francisco Paulo de Melo Neto, César Froes, Edson Marques de Oliveira e Maria da

Glória Gohn como grandes referenciais teóricos. Para embasar nossa hipótese, de que, os microempreendedores brasileiros não têm conhecimento sobre

empreendedorismo principalmente na área social.

A pesquisa irá verificar o nível de confiança das microempresas para a

implantação do empreendimento social e assim especificamos outros objetivos:

§ Verificar se o conceito empreendedor esta bem conceituado nas

microempresas;

§ Observar os vários impactos que os empreendimentos sociais realizam na

sociedade, buscando assim a base da pesquisa e justificando a importância da mesma;

§ Pesquisar e discutir a dificuldade das microempresas em realizar

empreendimentos sociais visto inúmeros fatores como internos ou externos;

§ Discutir e posicionar as hipóteses provando ou não a eficiência da pesquisa.

RELEVÂNCIA DA PESQUISA

Algumas instituições são voltadas para resolver ou minimizar estes problemas

sociais, denominadas terceiro setor, “as novas ONGs do Terceiro Setor não têm perfil ideológico definido. Falam em nome de um pluralismo, defendem as

políticas de parcerias entre o setor público com as entidades privadas sem fins lucrativos e o alargamento do espaço público não estatal.”(GOHN, 2004). Mas

24

através de grandes e graves problemas encontrados no dia a dia e cada ano que

passa torna-se pior o cenário, buscamos nas microempresas, que hoje maioria no mercado, o desenvolvimento de uma “cidadania responsável”, assumindo algumas

vezes o papel do Estado, este é nosso objeto de pesquisa. Buscamos então a resposta para tal problema, qual é a dificuldade das microempresas brasileiras

atuarem na área de empreendimentos sociais?

Iremos trabalhar com a hipótese principal de que os microempresários não detêm

o conhecimento do empreendedorismo e empreendedorismo social, demandando consequências tais:

§ A dificuldade de implantação do empreendedorismo social como estratégia;

§ A falta de poder monetário para a realização e apoio aos projetos sociais;

A intenção da pesquisa é fazer com que as microempresas olhem o empreendedorismo social como compromisso social, analisando e coletando dados

através de pesquisa sob o olhar da dificuldade de elaborar empreendimentos sociais. A pesquisa baseará em conceitos e teorias do empreendedorismo ligados a

cidadania e responsabilidade social já que empresas de diversos setores poderão contribuir com a sociedade de maneira sistêmica o qual poderia tornar um

caminho para futuras pesquisas de desenvolvimento social.

Temos uma perspectiva que se as microempresas trabalharem com o

empreendedorismo social, iremos passar de uma sociedade de doações e pedidos, para uma sociedade com consciência social de ajuda mútua, seja pelo meio

ambiente ou pela sociedade em si. Teremos uma sociedade que empresas não nomeadas como organizações não governamentais, associações ou filantrópicas,

ajudando a sociedade de maneira mais eficiente e com resultados rápidos.

Esperamos que as microempresas implantem o empreendedorismo social de forma

a tratar como um compromisso social, desenvolvendo a cidadania da sociedade, isso ocasionará uma “competição social” que têm como objetivo principal pensar

em prol da sociedade. Através dela podemos ter como linhas futuras, uma nova forma estratégica de transformação social como um ciclo, ou seja, as empresas investem no campo social, este por si só desenvolve, dimensiona a cidadania, e

torna mais forte, revertendo os resultados como estabilidade e confiança para as próprias microempresas, eis o ciclo comercial e social.

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CONCEITOS ESSENCIAIS

O conceito de empreendedorismo é fundamentado de diversas maneiras por diversos autores mas em linhas distintas, No início do século XX, a palavra

empreendedorismo foi utilizada pelo economista Joseph Schumpeter em 1950 como sendo, de forma resumida, uma pessoa com criatividade e capaz de fazer

sucesso com inovações. Já em 1967 com K. Knight e em 1970 com Peter Drucker foi introduzido o conceito de risco, uma pessoa empreendedora precisa arriscar

em algum negócio.

Mais novo ainda o conceito de empreendedorismo social, mas na sua essência já é

implantado a muito tempo, alguns especialistas apontam Luther King, Gandhi, entre outros, como empreendedores sociais. Para (LEITE, 2002) “O empreendedor

social é uma das espécies do gênero dos empreendedores. [...] São empreendedores com uma missão social, que é sempre central e explícita.” Já para (RAO, 2002) “Empreendedores sociais, indivíduos que desejam colocar suas

experiências organizacionais e empresariais mais para ajudar os outros do que para ganhar dinheiro.”

A grande possibilidade de que faz uma empresa ter oportunidade de utilizar em suas estratégias o empreendedorismo social é única para aproximar empresas

privadas com fins lucrativos, ao terceiro setor, com a missão de provocar mudanças e bem estar social, complementa a dinâmica da economia passa por

três vertentes: o Estado, o mercado e a sociedade civil (terceiro setor). (DIAS, 2009)

E o que vale tudo isso sem pensarmos em responsabilidade e compromisso social, como base particular de desenvolvimento da cidadania por empresas particulares,

para melhor entender a relevância de nossa pesquisa precisamos partir do pressuposto que:

“as empresas têm responsabilidade porque têm lucros, os cidadãos pagam impostos, mas nem todos têm acesso aos bens produzidos, e as empresas também devem colaborar na criação de condições gerais para a manutenção do modelo econômico. Assim, a responsabilidade social é vista não apenas no campo do produtor/suporte da ação (no caso, a empresa, mas também da parte daquele que a recebe, visto como usuário/consumidor).” (GHON, 2008)

E na concepção de compromisso social:

“supõe-se, assim, que deva predominar outra lógica das ações empreendidas, formadas em rede e articuladas por princípios da

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solidariedade e da cooperação, em que o compromisso social vincula-se ao desenvolvimento sustentável, o qual promove a emancipação dos grupos populacionais envolvidos e a melhoria da qualidade de vida.” (GHON, 2008)

PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

Para melhor elaboração da pesquisa será utilizado um estudo de campo. Elas

serão realizadas através de reuniões com microempresários e leitura e reflexões de artigos científicos e referencias teóricos referente a empreendedorismo, empreendedorismo social, terceiro setor, cidadania, responsabilidade e

compromisso social.

RESULTADOS

A pesquisa esta em andamento, os resultados atuais estão no nível das hipóteses construídas a partir das leituras teóricas.

DISCUSSÕES E CONCLUSÕES

Observamos que todas as pesquisas recentemente realizadas segundo o tema de

empreendedorismo social, mencionam a problemática de ações sociais realizadas pelo Estado, períodos de conturbação social. Muitas delas visualizam no

empreendedorismo social a grande valia para resolução ou criação de oportunidades para muitos desses empreendimentos.

LIMITAÇÕES DO ESTUDO

Como a pesquisa esta em andamento, suas limitações e possibilidades serão atualizadas ao final da pesquisa.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

DORNELAS, J. Empreendedorismo: transformando ideias em negócios. São Paulo: Editora Campus, 2005. Empreendedorismo corporativo. Rio de Janeiro: Campus, 2003.

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GOHN, M. Gloria. Sociedade civil no Brasil: Movimentos Sociais e ongs. Nómadas, ISSN-e 0121-7550, Nº. 20, 2004, páginas 140-151

MELO NETO, Francisco Paulo de; FROES, César. Empreendedorismo social: a transição para a sociedade sustentável. Rio de Janeiro: Qualitymark, 2002.

OLIVEIRA, Edson Marques. Empreendedorismo social no Brasil: fundamentos e estratégias. 2004. Tese (Doutorado)-Universidade Estadual Paulista - Unesp, Franca, 2004.

SCHUMPETER, Joseph A., Ensaios - Empresários, inovação, ciclos de negócio e evolução do capitalismo, 1996, Celta Editora, Oeiras.

Complexo Educacional FMU São Paulo/SP – 12 e 13 de Novembro de 2015

REDUÇÃO DO CUSTO OPERACIONAL ATRAVÉS DA ANÁLISE DE INDICADORES FINANCEIROS E SUA UTLIZAÇÃO PARA A GESTÃO NA

ORGANIZAÇÃO Marcelo Silva de Andrade - Complexo Educacional FMU ([email protected])

Izabel Petraglia – Complexo Educacional FMU ([email protected])

1. OBJETIVOS DO ESTUDO;

Apresentar indicadores que analisados em conjunto, irão demonstrar a

capacidade da organização para suprir o seu déficit de caixa e reduzir os seus custos.

2. RELEVÂNCIA DA PESQUISA;

Apresentar algumas ferramentas utilizadas para elaboração de cálculos dos

índices através de indicadores, para a viabilização do negócio e conter os gastos e reduzir os custos em tempos de crise.

3. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS;

Os métodos utilizados para esse trabalho serão a análise de balanços, um conceito sob a ótica descritiva e qualitativa para poder chegar aos resultados.

4. CONCEITOS ESSENCIAIS;

4.1. Indicadores da estrutura de capital. Os índices de Estrutura de Capital analisam a estrutura do endividamento da empresa, comparando as origens de capitais, suas fontes de recursos com o Ativo

Permanente. O seu resultado demonstra o grau de dependência da empresa em relação à imobilização da empresa e o capital alheios.

4.2 Participação do capital de terceiros. É recomendável manter valores mínimos para o caixa, pois mais do que a sua manutenção, precisamos garantir que as atividades operacionais da organização e

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seus objetivos, sejam preservar e manter os custos e os gastos com uma baixa

disponibilidade de recursos financeiros para poder supri-los.

4.3 Composição do endividamento. O processo de planejamento financeiro da organização decorre da necessidade da

empresa em crescer, de forma ordenada, técnicas e procedimentos racionais, tendo em vista a implantação e a adequação de padrões, princípios práticos e

competitivos no tempo, métodos e maneiras fáceis de solucionar situações embaraçosas.

Para Groppelli, “[...] o índice de endividamento indica o porcentual dos ativos totais que é financiado por capital de terceiros”. (GROPPELLI, 2010, p.362).

4.4 Imobilização do patrimônio líquido. Uma demonstração do patrimônio mostra a habilidade e a força de uma organização em financiar suas operações, obrigações e apresentar um

crescimento, pois é possível examinar todas as aplicações de recursos e suas origens de recursos que envolvem a organização.

4.5 Imobilização dos recursos não correntes. A demonstração dos fluxos contábeis de caixa é uma das demonstrações financeiras mais úteis, entretanto não é divulgado pelas organizações por não ser

exigida e nem obrigatória pelas Leis das Sociedades por Ações. Por isso que existe a necessidade de aplicarmos índices para analisar sua viabilização da imobilização

dos recursos não correntes que é medido pela divisão dos seus ativos permanentes pelo seu patrimônio líquido mais o exigível em longo prazo.

5. INDICADORES DE LIQUIDEZ.

Os índices de Liquidez revelam a capacidade da organização de obter recursos

para saldar suas obrigações ou não, pois revelam a capacidade de pagamentos, em liquidar suas obrigações a curto e ao longo prazo. Uma organização pode

transformar rapidamente seus ativos em disponibilidades rapidamente de forma a conseguir arcar com a liquidação e baixa das obrigações na data de seus vencimentos.

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Para Hoji, “A liquidez é a capacidade de pagar compromissos financeiros no curto

prazo. Em sentido amplo, a liquidez é relacionada com as disponibilidades mais os direitos e bens realizáveis no curto prazo”. (HOJI, 2009, p.11).

Para que os índices de liquidez tenham eficácia é necessário que ocorra vários outros meios de liquidação e pagamentos. Os indicadores de liquidez mostram o

quanto à organização possui para cada unidade monetária que deve.

5.1 Índices de liquidez corrente. O índice de liquidez corrente mostra quanto à organização possui de caixa para

cada valor de pagamento. Esse índice é calculado dividindo-se o ativo circulante pelo passivo circulante e indica o quanto existe de ativo circulante para cada Real

de obrigações e dívidas no curto prazo.

“Decompondo-se o índice de liquidez corrente, é possível verificar que as suas

alterações não afetam o fluxo de caixa da empresa”. (MATARAZZO, 2008, p. 276).

5.2 Índices de liquidez seca. O índice de liquidez seca mostra quanto à organização possui em Real para cada

liquidação fora os seus estoques, pois tão logo esse serão transformados em espécie. Para Gitman, “O índice seco (quociente ácido) é parecido com o índice

de liquidez de curto prazo, exceto por excluir o estoque, que em geral é o ativo circulante de menor liquidez”. (GITMAN & MADURA, 2008, p.195).

5.3 Índices de liquidez imediata. Os indicadores de liquidez imediata são obtidos dividindo-se as contas do grupo do disponível pelo total do grupo do passivo circulante, este índice revela a

porcentagem das dívidas em curto prazo em condições de serem liquidadas imediatamente, dependendo da disponibilidade de caixa, bancos ou valores em

aplicações financeiras. Esse quociente é normalmente baixo pelo pouco interesse das empresas em manter recursos monetários em caixa, pois é um ativo

operacionalmente de baixa rentabilidade.

5.4 Índices de liquidez geral. O índice de liquidez geral é obtido através da divisão do grupo do ativo circulante

somando com o grupo do ativo não circulante e dividindo pela somatória das

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contas do passivo circulante mais o grupo do passivo não circulante. Esse

indicador mostra a liquidez, tanto a curto como em longo prazo, ou seja, quanto à organização possui em reais para valores das suas obrigações.

6. ÍNDICES DE RENTABILIDADE.

Uma empresa só é rentável se ela estiver remunerando bem seu capital e seu

fluxo de recursos e para isso existe a necessidade de alguns indicadores para mensurar e ver o seu aproveitamento.

6.1 Giro total do ativo. Este índice mostra a eficiência com a qual a organização usa todos os seus ativos para gerar vendas. Geralmente, quanto maior o giro do ativo total da empresa,

mais eficiente seus ativos foram usados. Esse indicador é de maior interesse para os administradores, já que indica se as operações da empresa foram ou não

financeiramente eficientes. Para calcularmos o giro do ativo dividimos seu total pelo resultado final das vendas liquidas.

6.2 Margem liquida das vendas. A Margem Liquida das Vendas, reflete o quanto de lucro Líquido a empresa possui sobre o seu resultado com as suas receitas após as deduções, impostos e

abatimentos.

Nesse indicador quanto menor, melhor para uma viabilização e análise

econômica.

6.3 Rentabilidade do ativo. A rentabilidade do Ativo mostra quanto que a empresa possui de lucro Líquido em

relação ao total do ativo.

Este índice demonstra quanto a empresa conseguiu rentabilizar o seu Ativo, qual

foi o Lucro Líquido em relação ao Ativo Total.

6.4 Rentabilidade do patrimônio líquido. A rentabilidade do Patrimônio Líquido mostra quanto a empresa possui de lucro

Líquido em relação ao seu Patrimônio Líquido.

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7. ÍNDICES DE ROTAÇÃO.

Os índices de rotação, ou de atividades, são calculados relacionando-se os elementos patrimoniais com os itens da demonstração de resultados e evidenciam

o prazo de renovação dos elementos patrimoniais dentro de um determinado período de tempo.

7.1 Prazo médio de rotação dos estoques. O prazo médio de estocagem indica o tempo médio que o produto permanece no estoque à espera da venda. Para calcular-se o prazo médio de estocagem deve-se

primeiramente calcular o giro do estoque, dividindo-se o período anual os 360 dias pelo resultado obtido na primeira operação.

7.2 Prazo médio de pagamento das compras. O prazo médio de pagamentos a fornecedores indica em quanto tempo médio a organização demorará em saldar suas compras. O cálculo é obtido através da

equação, dividindo-se o seu saldo médio do grupo das contas de fornecedores pelas compras brutas valor encontrado no Custo das Mercadorias Vendidas e após

serão divididos por 360 dias do ano.

7.3 Prazo médio de recebimento das vendas. O prazo médio das contas a receber indica a média de tempo que a empresa

espera para receber as vendas realizadas. Para calcular o PMR, primeiramente calcula-se o giro das contas a receber dividindo-se a receita operacional bruta

menos as devoluções e abatimentos pelo saldo médio das contas a receber, divide-se 365 pelo resultado da primeira operação.

8. CICLO OPERACIONAL.

O ciclo operacional inicia-se na compra passando pelo pagamento, estocagem, e

depois o recebimento. Este índice é calculado através da somatória do prazo médio das contas a receber e o prazo médio de estocagem.

O ciclo operacional e o ciclo financeiro são conceitos que também estão

associados à administração do caixa e mostram quanto tempo demorará em a empresa reaver o dinheiro que empregou no processo produtivo.

33

9. CICLO FINANCEIRO.

O ciclo financeiro inicia-se no pagamento aos fornecedores passando pelo período de estocagem até o recebimento.

É o período de necessidade do Capital de Giro, pois se inicia com o pagamento dos fornecedores e termina com o recebimento das vendas.

10. RESULTADOS;

10.1 Finanças e a customização operacional. Em virtude de a necessidade das empresas terem visão a curto, médio e longo prazo das suas movimentações financeiras, o fluxo de caixa no orçamento da

organização é uma ferramenta útil para as empresas, pois, permite o planejamento e o controle das entradas e saídas de recursos durante um período

determinado e isso ajuda na redução de seus custos.

Para Assaf Neto, “O fluxo de caixa é instrumento que relaciona os ingressos e

saídas de recursos monetários no âmbito da empresa em determinado intervalo de tempo”. (ASSAF, 2002, p.39).

O fluxo de caixa tem sido de suma importância para auxiliar na redução de custos e para provisão dos compromissos que a organização venha a assumir,

considerando os prazos para serem liquidados e ou quitados todos os seus documentos.

11. DISCUSSÕES E CONCLUSÕES;

Todo investimento deve render aos acionistas, ou aos empreendedores, o merecido retorno do capital investido, e é através de um conjunto de indicadores

que, possibilita a visualização desse retorno e como está sendo efetivado.

Os empreendedores, acionistas, administradores e contadores, enfatizam o fluxo

de caixa que é a entrada e a saída de dinheiro, uma ferramenta que ajuda a controlar todas as movimentações financeiras da empresa em um determinado

período, viabilizando assim a sua eficácia na redução dos custos.

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12. LIMITAÇÕES DO ESTUDO;

Quanto aos objetivos quantitativos e qualitativos, a empresa ganhará agilidade na tomada de decisões financeiras, pois terá como base uma série de índices

financeiros, com informações confiáveis e com a credibilidade necessária, desta forma o gestor financeiro terá mais confiança nas informações fornecidas e mais

segurança nas decisões a serem tomadas.

O assunto que foi abordado tem por finalidade propor a implantação de

indicadores para uma melhoria continua no processo de customização operacional e na tomada de decisão através da análise financeira.

13. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS;

ASSAF NETO, Alexandre. Estrutura e Análise de Balanço: Um Enfoque Econômico-Financeiro. 7ª ed. São Paulo: Atlas, 2002.

GITMAN, Lawrence J & MADURA, Jeff. Administração Financeira. 7. ed. São Paulo: Pearson, 2008.

GROPPELLI, A. A. Administração Financeira, 3. ed. São Paulo: Saraiva, 2010.

HOJI, Massakazu. Administração Financeira e Orçamentaria. 8. ed. São Paulo: Atlas, 2009.

MATARAZZO, Dante C. Análise Financeira de Balanços: abordagem básica e gerencial. 6ª ed. São Paulo: Atlas, 2008.

Complexo Educacional FMU São Paulo/SP – 12 e 13 de Novembro de 2015

A IMPLANTAÇÃO DO TELETRABALHO APOIADA NA RESPONSABILIDADE SOCIAL CORPORATIVA:

UM ESTUDO DE CASO EM EMPRESA DE TECNOLOGIA Roseli Aparecida Cifarelli – ([email protected])

Mario Augusto Thomé de Souza – ([email protected]) Celso Machado Júnior – ([email protected])

O estudo aborda os aspectos de planejamento, execução, dificuldades e gestão dos resultados alcançados na implantação de teletrabalho em uma subsidiaria

brasileira. A evolução das tecnologias da informação e das comunicações aproximou as nações e estabeleceu facilidades para que empresas passassem a

atuar mundialmente, estabelecendo equipes com integrantes de vários países. Os grandes centros urbanos possuem dentre o rol de características, períodos longos

de deslocamentos dos indivíduos aos seus locais de trabalho, em decorrência dos problemas de mobilidade. Vale destacar que estar longos períodos em processo de

locomoção urbana potencializa a queda de qualidade de vida dos envolvidos. As soluções tecnológicas para a integração de equipes internacionais, que trabalham tanto com culturas e fuso horários distintos, tornou-se uma possibilidade entre

indivíduos de uma mesma empresa, mesmo que estejam localizadas em um centro urbano comum. A solução de comunicação virtual entre as equipes de trabalho

potencializa vários benefícios, como facilidade de incorporação na força de trabalho de pessoas com restrições de locomoção e rapidez para tomadas de

decisão em assuntos críticos. A relevância deste estudo está no modelo estratégico adotada pela empresa alinhada a responsabilidade social, viabilizando

o modelo de teletrabalho de maneira a poder ser utilizado inclusive para inserção de portadores de necessidades especiais no mercado de trabalho. A

quebra de paradigmas da gestão focada no bem-estar do indivíduo e no ambiente produtivo é um aspecto a ser considerado. Para atendimento ao

objetivo estabelecido neste estudo desenvolveu-se uma pesquisa qualitativa apoiada em estudo de caso único. Para tanto, se utilizou fontes distintas de

informação a saber: i) coleta de informações de documentos internos da empresa, ii) entrevista com agentes que participaram ativamente no projeto. Face a

natureza da pesquisa optou-se por documentar e embasar os principais conceitos do tema de forma bibliográfica. O campo de pesquisa referente ao teletrabalho

apresenta conceitos relevantes no campo da pesquisa. Segundo Goulart (2009) Teletrabalho é o processo de levar o trabalho ao empregado em vez de levar estes ao trabalho; atividade periódica fora da empresa, um ou mais dias por

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semana, seja em casa ou em outras áreas intermediaria de trabalho. É a

substituição parcial ou total das viagens diárias ao trabalho por tecnologia da informação e comunicação. Para Cairncross (2000) o fator mais importante

proporcionado pelo teletrabalho é a satisfação profissional e redução do estresse do trabalhador. A Empresa objeto de estudo faz parte de um grupo que está

presente em 72 países. O processo de implantação na filial brasileira se inicia no final do ano de 2011, com 80 funcionários em um universo de 300 colaboradores

elegíveis (16%) que passaram a trabalhar um dia da semana em casa para testar a aplicabilidade da solução. Após um ano o percentual atingido foi de 200

trabalhadores (cerca de 67% dos colaboradores elegíveis) desenvolvendo atividades na forma de teletrabalho de suas residências. Frente a necessidade de

acompanhar o teletrabalho em cada uma de suas unidades a matriz estabeleceu indicadores de desempenho para cada regional. Indicadores estes que refletiram

tanto a evolução quantitativa dos funcionários em teletrabalho, quanto a avaliação de desempenho após a mudança. Adicionalmente a matriz adotou formalmente o teletrabalho com uma política organizacional, com fluxos

regulatórios para adoção, suspensão e regulamentação dos direitos e deveres dos colaboradores e gestores. A decisão da empresa, por ser do ramo tecnológico e

provedora de ferramentas que possibilitam a integração entre diversos ambientes de trabalho, também buscou no teletrabalho uma forma de reduzir custos e

contribuir para práticas socioambientais positivas, tornando-se um exemplo para seus clientes e atrativo para jovens talentos. Desta forma, foram estabelecidas as

seguintes metas: i) fornecer preços competitivos aos clientes; ii) ser uma empresa atraente para se trabalhar; iii) promover a qualidade de vida; iv) reduzir a

emissão de carbono; v) efetivamente ser uma empresa global; vi) utilizar todo o potencial de Tecnologia da Informação mostrando aos clientes o que pode ser

disponibilizado para eles como referencial de inovação; vii) tornar o dia-a-dia de trabalho mais agradável e com menos stress aos trabalhadores. Algumas

diferenças legais e culturais foram observadas para a adoção do teletrabalho: na filial brasileira fez-se necessário ajustes dos critérios estabelecidos com a

legislação local e lidar com a resistência dos gestores de área que foram inicialmente contrários a adoção desta prática. Para que o colaborador aderisse

ao teletrabalho, algumas premissas foram aplicadas como por exemplo a necessidade de que pelo menos 60% de suas atividades fossem possíveis de serem realizadas sem o contato direto com outros colaboradores, gestores, fornecedores

ou clientes. Outro pré-requisito foi a obrigatoriedade de participação em treinamentos e-learning sobre teletrabalho da universidade corporativa da

empresa, com testes de conclusão e certificação de aprendizagem. A

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universidade corporativa adotada em plataforma global e no idioma inglês, exigiu

ainda necessária fluência no business english para participar da seleção para teletrabalho. A implantação do teletrabalho foi objeto de ajustes em função das

características de paradigmas, legislação e gestão; entretanto a adequação se mostrou adequada e garantiram os objetivos propostos. As vantagens do

teletrabalho se basearam na melhoria da qualidade de vida e satisfação do trabalhador. Por outro lado, o teletrabalho exigiu do profissional uma postura

disciplinar elevada pois estando em um ambiente familiar há possibilidades de distrações bem maiores do que no ambiente profissional. Importante ressaltar que

o modelo estratégico adotado contribuiu para a disseminação da tecnologia na inserção laboral de pessoas com deficiência onde através de ferramentas

especificas é possível incluir portadores de deficiências e proporcionar que eles trabalhem remotamente. Como limitação deste estudo destaca-se o emprego de

estudo de caso único.

REFERÊNCIAS

Goulart, Joselma Oliveira (2009). Teletrabalho: alternativa de trabalho flexível (1ª ed.). São Paulo: Senac.

Cairncross, Frances (2000). O fim das distancias: como a revolução nas comunicações transformará nossas vidas (1ª ed.). São Paulo: Nobel.

Batista Filho, Cicero (2012). Teletrabalho e suas regulamentações através do Art. 6º da C.L.T. (Trabalho de Conclusão de Curso de Graduação em Direito). Universidade Federal da Paraíba – Campus Campina Grande, Campina Grande, PB, Brasil.

Organização Internacional do Trabalho. (2015). Proteção dos Trabalhadores num mundo de trabalho em transformação. ILO International Labor Organization – Conferência Internacional do Trabalho. Relatório 6 p. 34.

Pwc (2013) NextGen Estudo Gerencial Global da Pwc. Disponível em: <http://www.pwc.com.br/pt_BR/br/publicacoes/servicos/assets/consultoria-negocios/nextgen-13e.pdf> Acessado em: 08 de junho, 2015.

Complexo Educacional FMU São Paulo/SP – 12 e 13 de Novembro de 2015

INFLUÊNCIA DA PROPAGANDA NA SATISFAÇÃO COM A AUTO IMAGEM ENTRE MULHERES

Aline Maria Santos Silva Zerbini - ([email protected]) Daielly Melina Nassif Mantovani - ([email protected])

OBJETIVO DO ESTUDO

As peças publicitárias fazem uso de modelos com características físicas que nem

sempre são compatíveis com as características da mulher comum, criando padrões de aparência e até estereótipos de imagem. O processo de estereotipia

domina a mente das pessoas, promovendo desvios e distorções em sua visão real, tornando-se uma percepção falsa da realidade.

O objetivo do estudo é avaliar se existe influência da propaganda na satisfação das mulheres com sua aparência física e se a satisfação influencia na intenção de

compra do produto anunciado. Será pesquisado o nível de satisfação da mulher com sua aparência, a percepção da mulher sobre as modelos representadas nas

propagandas e a intenção de compra do produto anunciado. Também será avaliado o nível de comparação social das mulheres, ou seja, o quanto a mulher

se compara com outras mulheres, o nível de autoestima que possuem, e será identificado o nível de locus de controle, ou seja, a medida que o indivíduo

acredita que possui o controle sobre sua vida ou que os eventos da vida ocorrem devido a fatores externos, independentes de sua vontade. A percepção sobre as

propagandas será relacionada com a satisfação com a autoimagem da mulher brasileira, tendo em vista a grande preocupação das mulheres com sua aparência

física.

RELEVÂNCIA DA PESQUISA

Entender o conceito de identidade feminina, compreender o papel da mulher em

nossa sociedade e analisar seus comportamentos relacionados ao consumo, são fundamentais ao Marketing. A identidade feminina tem sido objeto de estudo por

muitos teóricos, a partir das mudanças das relações sociais e ao longo da história do universo feminino.

A relevância do estudo é enfatizar a importância da propaganda realizada com modelos comuns, usufruindo e democratizando a beleza real da mulher brasileira,

independente de forma, cor ou peso, sem enfatizar ou criar estereótipos de

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beleza, gerando a oportunidade de crescimento de novas propagandas utilizando

mulheres comuns mostrando a sua beleza natural.

A mulher conquista diariamente participação importante na sociedade,

destacando-se no mundo público e muitas vezes proporcionando grande força para diferentes segmentos de mercado. Atualmente, seu poder de compra tem

sido foco de atenção de diversas empresas, que necessitam deste estudo para aprimorar suas ideias e desenvolver além de produtos e serviços destinados a este

público poderoso.

PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS;

Será realizado um estudo experimental com dois grupos de mulheres jovens universitárias com faixa etária de 20 a 35 anos.

O grupo um receberá como estímulo a propaganda com uma mulher denominada “atraente”.

O grupo dois será denominado como Grupo de Controle e receberá como estímulo

a mesma propaganda, porém com a modelo denominada “mulher comum”.

Serão utilizadas variáveis dependentes e independentes, ou seja, como variáveis

dependentes, utilizaremos a satisfação com autoimagem e a intenção de compras. Como variáveis independentes, serão utilizadas: locus de controle,

comparação social e autoestima.

Para construir o constructo locus de controle, serão utilizadas doze questões de

escolha entre alternativa A ou B.

A escala Likert de cinco pontos será utilizada para o constructo de Autoestima,

Comparação Social, Consciência de Moda, Intenção de Compra, Satisfação com a Imagem e Variáveis de Manipulação do Experimento.

Primeiramente, as participantes da amostra responderão às escalas de locus de controle, autoestima, comparação social e consciência de moda. Depois,

receberão os estímulos e responderão as escalas de satisfação com imagem, intenção de compra e percepção sobre a modelo do anúncio.

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CONCEITOS ESSENCIAIS

Rocha e Christensen (1999), afirmaram que a diferenciação entre os gêneros sexuais era muito importante para o Marketing, tendo em vista que a

segmentação por sexo pode resultar ações de Marketing completamente diferentes. É exatamente esse conceito que pretende-se trabalhar neste estudo,

ou seja, quanto mais se conhece o seu consumidor, melhor será o resultado das ações de marketing realizadas. A diferença de comportamentos de consumo é de

grande importância e quanto mais se entender o comportamento de compra, a identidade feminina e todo seu universo, melhor será a ação de Marketing para

este público.

Bourdieu (2002) afirma que a distinção de papéis e suas mudanças ao longo do

tempo seriam resultado de interesses de instituições como Estado, Igreja e Família, encarregadas até então de manter e controlar o sistema de oposição entre os sexos. Atualmente, essa distinção não é somente de interesse destas

instituições, mas da sociedade como um todo, tendo em vista a grande mudança de comportamento das mulheres, que as vezes não se deixam dominar,

conquistando seu espaço por meio de escolarização, evolução profissional e aumento do poder de consumo.

Entretanto, sem qualquer coação física, a mulher também assume um papel submisso de acordo com códigos socioculturais, e a família é vista como o

primeiro contato deste papel de submissão. Segundo Bourdieu (2002), embora grandes mudanças estejam acontecendo, o autor acredita que os habitus e

disposições históricas e inconscientes ainda continuam a construir uma diferenciação entre os papéis sociais de homens e mulheres.

No livro Poderosas Consumidoras, Petterle e Maletta (2010) descrevem a segregação de papéis entre gêneros e a posição submissa da mulher brasileira no

passado. Entretanto, a estrutura de nossa sociedade está se transformando e a nova mentalidade das mulheres, com seus comportamentos e novos poderes,

abriram e continuam abrindo espaços para novas atividades sociais e profissionais, enfatizando e ampliando a participação feminina na sociedade, embora no Brasil,

ainda seja predominante a imagem de que a mulher deve ser a maior responsável pelo cuidado com o lar e com os filhos, apesar de buscar o equilíbrio entre o lar e o aperfeiçoamento acadêmico, vida profissional e cuidados com a beleza e corpo.

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RESULTADOS

Espera-se que o experimento apresente o poder de consumo feminino, sua influência na compra e principalmente a percepção da identidade feminina em

nossa sociedade, ou seja, a autoestima, a satisfação com sua aparência física e como a propaganda influencia este universo.

DISCUSSÕES E CONCLUSÕES

As mudanças sociais e culturais vividas por nossa sociedade nas últimas décadas

provocaram grandes transformações nos papéis das mulheres. Discutir a percepção das mulheres na sociedade e seus diversos papéis assumidos

diariamente, muitas vezes sem perceber exigem que da mulher moderna muita destreza. A grande questão está em entender o universo feminino e compreender suas necessidades, percebendo sua influência e poder de consumo. Será que a

propaganda influência a mulher, ou a mulher influência a propaganda?

LIMITAÇÕES DO ESTUDO

O experimento está limitado a jovens universitárias com faixa etária entre 20 e 35 anos de idade, da cidade de São Paulo, o que de certa forma, limita o estudo.

Ampliar este universo seria interessante para verificar diferentes comportamentos, necessidades e expectativas. Espera-se que estudos futuros

possibilitem maior e melhor entendimento da questão.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BARTOS, Rena. The Moving Target: The Impacto f Women’s Employment on Consumer Behavior. Journal of Marketing Research, v.41, Jul 1977.

BOSI, Ecléa. Entre a opinião e o esterótipo. O tempo vivo da memória: ensaios de psicologia social. São Paulo: Ateliê Editorial, 2003.

BOURDIEU, Pierre. A Dominação Masculina. Rio de Janeiro: Bertrand do Brasil, 2002.

JOHNSON, Lisa: LEANERD, Andrea. Porque as Mulheres Compram? São Paulo: Saraiva,2012.

PETTERLE, Andiara: MALETTA, Bruno. Poderosas Consumidoras: o que quer e

pensa a nova mulher brasileira. Rede de Mulheres, 2010.

Complexo Educacional FMU São Paulo/SP – 12 e 13 de Novembro de 2015

COMPORTAMENTO INFORMACIONAL DOS DOCENTES DA EDUCAÇÃO PROFISSIONAL

Roberto Alexandre Urtado – Complexo Educacional FMU ([email protected])

A Educação Profissional no Brasil tem apresentado um vigoroso crescimento,

superando a marca de 1,4 milhão de matrículas em cursos técnicos de nível médio, segundo dados do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais

Anísio Teixeira (INEP) Censo Escolar 2013.

Os cursos da educação profissional, conforme estabelecido nas Diretrizes e Bases

da Educação Nacional, lei federal nº. 9.394 de 20 de dezembro de 1996, permitem diferentes articulações com a Educação Básica e Superior e com outras

modalidades de ensino, podem ter oferta organizada administrativamente de distintas formas: integrada, concomitante ou subsequente ao Ensino Médio.

Os cenários para a Educação Profissional sugerem continuidade do crescimento

registrado nos anos 2000, incluindo novos investimentos governamentais, crescente demanda dos setores produtivos e ampliação da oferta (principalmente

no segmento público), segundo dados do Anuário Brasileiro da Educação Básica de 2014.

Ao professor cabe atuar como mediador, comunicar suas concepções e experiências, desvelar o conhecimento e elucidar as diferentes formas de se

posicionar em relação a ele.

A área de comportamento informacional, abrange estudos dos fatores que geram

a necessidade de informação, nas etapas do processo de busca, nos elementos que influenciam este comportamento e para qual finalidade o usuário utiliza a

informação obtida.

Wilson (2000) define comportamento informacional como as atividades de busca,

uso e transferência de informação, nas quais uma pessoa se engaja quando identifica as próprias necessidades de informação, o information behaviour do

indivíduo.

Para Gasque e Costa (2010) os estudos de usuários e de comportamento

informacional envolvem os conceitos de: necessidade de informação, como sendo um déficit de informação podendo estar relacionado a motivos psicológicos, afetivos e cognitivos; a busca da informação ativa ou passiva, o uso da

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informação, como a maneira que as pessoas utilizam a informação; fatores que

influenciam o comportamento informacional; a transferência da informação, relativo ao fluxo de informações entre as pessoas e os estudos dos métodos.

Desta forma, insere-se na temática - comportamento informacional, o processo dinâmico de busca e uso da informação desencadeado pelas necessidades que, de

acordo com a competência informacional do ator pode ser facilitado ou dificultado. (CHOO, 2006).

Este trabalho pretende contribuir para o entendimento do comportamento informacional dos docentes da Educação Profissional Pública. Choo (2006) ressalta

a importância dos estudos do uso e das necessidades de informação, afirmando que esses estudos devem avançar em direção à análise dos motivos que geram as

necessidades da informação e como essas necessidades são percebidas.

Portanto o recorte da pesquisa diz respeito aos sujeitos que se encontram na

situação de docente da Escola Técnica São Mateus (escola da rede Centro Paula Souza) em busca de informações, usando-as e disseminando-as. Pergunta-se:

Como se comportam no processo de busca, seleção e uso da informação os

docentes da educação profissional?

E especificamente objetiva-se:

1. Identificar e descrever o comportamento informacional dos professores do ensino profissionalizante nos processos de busca, seleção e uso da

informação, segundo o Modelo de Wilson (2000) atualizado por Choo (2006);

2. Analisar o comportamento informacional deste público, oferecendo

subsídios aos gestores e formuladores de políticas públicas voltados para a educação profissional.

A pesquisa se justifica na medida em que a informação representa um

instrumento de trabalho indispensável no caso da docência, para possibilitar inclusive o aprendizado dos discentes. Os docentes da educação profissional

representam um grupo de pessoas em busca de determinadas informações – tipos de usuários que relacionam em e com o seu ambiente informacional específico,

apresentando um comportamento passível de ser analisado.

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O comportamento informacional de Wilson (2000) considera a interveniência de

elementos internos (sentimentos, percepções e estados mentais), bem como elementos externos (contextos ambientais, demográficos, econômicos e sociais).

Choo (2006, p. 110) aponta que os elementos mais importantes que influenciam o uso da informação são as atitudes individuais “em relação à informação e à sua

busca, atitudes que são fruto da educação, do treinamento, da experiência passada, das preferências pessoais”, esses elementos estão diretamente

relacionados aos fundamentos de competência informacional.

Foi realizada uma investigação de tipo primário, com a recolha de dados acerca

do problema de pesquisa, de forma descritiva e quantitativa, por permitir uma maior neutralidade e objetividade entre o investigador e o objeto.

Considera como instrumento de coleta de dados, levantamento do tipo Survey, aplicado de forma censitária aos 66 (sessenta e seis) docentes da escola técnica,

o instrumento é composto por 14 questões baseadas em indicadores extraídos dos Modelos de Wilson (2000) e Choo (2006). Para Marconi e Lakatos (2009) questionário é um instrumento de coleta de dados constituído por uma série

ordenada de perguntas, respondidas por escrito e sem a presença do entrevistador.

Na perspectiva desta pesquisa adotou-se o método delineado por Bruyne, Herman e Schoutheete (1977) denominada metodologia dos quatro polos: epistemológico,

teórico, morfológico e técnico.

Quanto à finalidade configura-se como uma pesquisa descritiva, uma vez que se

proporciona o mapeamento dos fatos, fenômenos e variáveis de um processo ou de um grupo, buscando conhecer as inúmeras situações e relações ocorridas

(ACEVEDO, NOHARA, 2013).

O questionário elaborado foi primeiramente avaliado, com a realização de um

pré-teste, sendo possível constatar a clareza do questionário, sua abrangência e aceitabilidade, posteriormente foi disponibilizado, durante todo o mês de

setembro de 2015, para preenchimento por parte dos docentes por meio do endereço eletrônico <http://www.survio.com/survey/d/W3Q7B9S0I5X9N9U7O>.

Desta forma, os docentes da educação profissional representam um grupo de pessoas que apresentam um comportamento passível de ser analisado.

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O fato de o reconhecimento das necessidades informacionais ter emergido como a

variável com maior intensidade, dentre as investigadas durante a realização da pesquisa, evidencia a prontidão para a busca e posterior uso da informação com

reflexos na aprendizagem do discente.

Esforços devem ser promovidos para o desenvolvimento das demais competências

que possam propiciar mudanças da estrutura cognitiva do indivíduo que é resultado tanto da busca quanto do uso efetivo da informação.

A contribuição deste artigo é disseminar reflexões do comportamento e da competência informacional de docentes da educação profissional, com foco nos

processos de ensino e de aprendizagem que possam oferecer subsídios aos gestores educacionais, pesquisadores e comunidade.

REFERÊNCIAS

ANUÁRIO BRASILEIRO DA EDUCAÇÃO BÁSICA. Brasília: Moderna, 2014. Disponível em: <http://todospelaeducacao.org.br//arquivos/biblioteca/anuário_brasileiro_da_educacao-basica-2014.pdf> Acesso: 01 mar. 2015>.

CHOO, C. W. Como ficamos sabendo: um modelo de uso da informação. In: A organização do conhecimento: como as organizações usam a informação para criar significado, construir conhecimento e tomar decisões. 2. ed. São Paulo: Senac, 2006. Cap. 2, p. 63-120.

DE SORDI, J. O.; MEIRELES, M. Administração de Sistemas de Informação. São Paulo: Saraiva, 2010.

GASQUE, K. C. G. Comportamento dos professores da educação básica na busca de informação para a formação continuada. Ciência da Informação, Brasília, v. 32, n.3, p.54-61, set/dez. 2003. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/ci/v32n3/19024.pdf>. Acesso: 06 mar. 2015.

WILSON, T. D. Models in information behaviour research. Journal of Documentation, v.55, n.3, p. 249-270, jun. 1999. Disponível em: <http://210.48.147.73/silibus/model.pdf> Acesso: 12 dez. 2014.

_____________. Human Information Behavior. Informing Science, v. 3, n. 2, p. 49-53, 2000. Disponível em: http://ptarpp2.uitm.edu.my/ptarpprack/silibus/is772/HumanInfoBehavior.pdf Acesso: 30 nov. 2014.

Complexo Educacional FMU São Paulo/SP – 12 e 13 de Novembro de 2015

ESCOLA TÉCNICA SÃO PAULO: UM ESTUDO SOBRE O CURSO TÉCNICO EM ADMINISTRAÇÃO

Marcelo Silva de Andrade - Centro Universitário FMU ([email protected])

OBJETIVOS DO ESTUDO;

O objetivo desse estudo é conhecer o Curso Técnico em Administração da Escola

Técnica São Paulo (Etec São Paulo) unidade Bom Retiro.

O que realmente nos interessa e desperta curiosidade é saber por que o curso

Técnico em Administração da Escola Técnica São Paulo unidade Bom Retiro tem uma boa demanda para os ingressantes desse curso em relação aos outros cursos

ministrados nesta mesma unidade?

RELEVÂNCIA DA PESQUISA;

Esta pesquisa tem relevância profissional, já que o autor está envolvido dentro do contexto acadêmico e administrativo da Escola. A escolha do tema também se

deu pelo alto número de inscritos no curso, logo, indica a relevância social do estudo. Inclusive, já tivemos a oportunidade de localizar algumas pesquisas

acadêmico-científicas desenvolvidas nesse mesmo cenário.

PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS;

A pesquisa terá uma abordagem qualitativa. Conforme Severino: “ São várias metodologias de pesquisa que podem adotar uma abordagem qualitativa, modo de dizer que faz referência mais a seus fundamentos epistemológicos do que

propriamente a especificidades metodológicas”. (SEVERINO, 2015, p. 119), e através dessas informações e conceitos, iremos utilizar os recursos e materiais

disponíveis, como livros e revistas científicas, documentos da própria Instituição de Ensino, dissertações, e faremos entrevistas com grupos de alunos dos três

módulos cursante, ou seja, iniciantes, intermediários e os estudantes prestes a concluir o curso.

A técnica da pesquisa seguirá a análise de conteúdo que, segundo Severino:

É uma metodologia de tratamento e análise de informações constantes de um documento, sob forma de discursos pronunciados em diferentes

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linguagens: escritos, orais, imagens, gestos. Um conjunto de técnicas de análise de comunicação. (SEVERINO, 2015, p. 121).

CONCEITOS ESSENCIAIS;

O Centro Paula Souza é uma autarquia do Governo do Estado de São Paulo, vinculada à Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e

Inovação (SDECTI). A instituição administra 218 Escolas Técnicas Estaduais (Etecs) e 65 Faculdades de Tecnologia (Fatecs), reunindo mais de 285 mil alunos em

cursos técnicos de nível médio e superiores tecnológicos, em mais de 300 municípios. (CEETEPES, 2015)

A Etec São Paulo – Bom Retiro foi a 13ª décima terceira escola a ser criada no Estado de São Paulo, conforme a Legislação 28.217 de 29/02/1988, ela recebeu a

denominação de ETEC. Com a missão de colocar vários estudantes no mercado de trabalho, vem disseminando sua grade de cursos voltados para a tecnologia e a

globalização, entre eles Ensino médio, agenciamento de viagens, automação industrial, desenho de construção civil, eletrônica, eventos, informática, meio

ambiente, transporte metroferroviário, transporte rodoviário e o técnico em administração que é o nosso objeto de estudo.

Conforme Grinspun:

É fundamental não perder de vista que o papel primordial da tecnologia é servir ao homem. Desse modo a educação tecnológica deve promover a integração entre tecnologia e humanismo, não no sentido de valorizar a relação educação/produção econômica, mas principalmente visando à formação integral do indivíduo (GRINSPUN & CARDOSO, 1999, p.219).

O profissional do curso técnico em Administração trabalha na elaboração de

relatórios de planejamento administrativo e financeiro. Na execução de rotinas dentro do ambiente administrativo como recursos humanos, administração de

materiais, realiza atividades e controle de processos, enfim, cria diversas perspectivas para o mercado de trabalho.

RESULTADOS;

Entendemos que podem haver várias hipóteses para essa demanda tão

significativa, tais como, a boa localização da unidade e o fácil acesso. Também existe a facilidade para o jovem ingressar no curso já que um vestibulinho é

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realizado duas vezes no ano. E ainda, consideramos a boa remuneração do

mercado de trabalho para os egressos da ETEC. Essas são as hipóteses que procuraremos verificar ao longo do trabalho, ainda embrionário, cujos resultados

serão demonstrados e estudados à luz de teóricos da administração e da educação, em especial, do ensino técnico profissional.

DISCUSSÕES E CONCLUSÕES;

Tendo em vista os fatos que serão analisados, ainda não temos um parecer sob a

conclusão da dissertação com o tema da abordagem conceitual dos cursos da ETEC – SÂO PAULO, Escola Técnica São Paulo, por esse motivo, ainda ficará em

aberto a questão.

LIMITAÇÕES DO ESTUDO;

De acordo com Montoya:

As escolas, então incorporadas, trouxeram consigo graves problemas de infra-estrutura, defasagem tecnológica de equipamentos, instalações precárias de oficinas e laboratórios, currículos desatualizados e corpo docente despreparado (professores sem formação superior). Tal quadro constitui-se, na época, um grande desafio à Administração Central da Instituição (MONTOYA, 1995, p. 361).

Diante da citação acima entendemos que esse quadro se reverteu na última

década. O Governo de São Paulo tem trabalhado muito na realização de novas unidades, embora uma das maiores limitações hoje seja a falta de investimentos

em insumos e materiais. Mesmo assim ocorreu a restauração de toda infra- estrutura do prédio da Etec São Paulo. Então, o grande desafio desse trabalho

será o do pesquisador em relação ao tratamento dos dados coletados, já que está profissionalmente envolvido com o objeto da pesquisa. Ciente dessa relação

sujeito-objeto de estudo, tomaremos todos os cuidados que a ciência exige, com a integração da subjetividade à objetividade.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

AZEVEDO, J. (1991b). Ensino técnico-profissional – Papel do Estado e sociedade civil. In Actas da Conferência Nacional Novos Rumos para o Ensino Tecnológico e

Profissional. Ministério da Educação: GETAP.

BASTOS, João Augusto S. L. A. A educação técnico-profissional - Fundamentos,

perspectivas e prospectiva. Brasília : SENETE/MEC, 1991.

CUNHA, L. A. Ensino médio e ensino profissional: da fusão a exclusão. Tecnologia

& Cultura. Rio de Janeiro: v. 2, n. 2, jul./dez. 1988.

FERRETTI, C.J. Formação profissional e reforma do Ensino Técnico no Brasil: Anos

90”. Educação & Sociedade no 59. Campinas: Cedes, ano XVIII, ago. 1997.

MORAES, C.S.V. A relação trabalho-educação e o “novo conceito de produção”:

algumas considerações iniciais. In: MORAES, C.S.V.; FERRETTI, C. (Coord.). Diagnóstico da formação profissional: ramo metalúrgico. São Paulo: CNM-CUT/Rede UNITRABALHO; Artchip., 1999. p. 15-28.

Complexo Educacional FMU São Paulo/SP – 12 e 13 de Novembro de 2015

A GOVERNANÇA CORPORATIVA NO ENSINO DE ADMINISTRAÇÃO DE EMPRESAS DAS INSTITUIÇÕES DE ENSINO SUPERIOR DA CIDADE DE

SÃO PAULO Wendell Alves Soares - ([email protected])

Izabel Petraglia - ([email protected])

OBJETO

O objeto desta pesquisa são os programas da disciplina de Governança

Corporativa ou disciplinas afins dos cursos de Administração.

OBJETIVO GERAL:

Conhecer qual é a percepção dos professores da disciplina Governança Corporativa com relação ao seu programa específico nos cursos de graduação em

Administração da cidade de São Paulo”.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

1. Compreender a Governança Corporativa no Brasil e no mundo e os seus

avanços ao longo do tempo;

2. Conhecer e identificar as Instituições de Ensino Superior da cidade de São Paulo que mantém curso de Graduação em Administração de Empresas que

contemplam a área de Governança Corporativa;

3. Verificar a percepção dos professores do curso de Administração sobre o

plano de ensino da disciplina;

4. Identificar os conteúdos ministrados, a carga horária, a bibliografia básica e complementar, ofertados no Plano de Curso da disciplina Governança

Corporativa e/ou afins.

RELEVÂNCIA DA PESQUISA

Várias são as razões que fomentam a realização de uma pesquisa. Para este estudo destacam-se as seguintes:

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§ a possibilidade de contribuir para o aprimoramento de pesquisas já

realizadas e sobre a oferta de contéudos pertinentes à formação do profissional que irá atuar nesta área;

§ identificar aspectos que ainda não foram explorados a respeito do assunto

porposto;

§ permite contribuir para que a pesquisa sirva de instrumento ou de uma

metodologia para outros interessados que desejam identificar e estudar as condições de oferta da disciplina Governança Corporativa e afins nos cursos

de graduação em Administração, no que diz respeito a tópicos e/ou matérias da mesma;

Outras justificativas esta diretamente ligada a formação acadêmica com o

exercício profissional são:

§ a atividade de Governança Corporativa é uma opção de atuação

profissional ao atual gestor de organizações/entidades;

§ ela requer conhecimento técnico de outras áreas, tais como, Economia,

Administração, Finanças e Legislação, dentre outras;.

§ ela é de importância social na soluções de questões controversas em relação as divergências entre a demanda do mercado é o que o meio

acadêmico esta fomentando e atendendo a demanda em relação a formação do profissional para atuação nesta área de governaça

corporativa.

PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

Para os meios de investigação, Vergara (2003, p. 46) afirma que podem

classificar-se em “pesquisa de campo, pesquisa de laboratório, documental, bibliográfica, experimental e estudo de caso”. A pesquisa de campo, conforme a

autora, “é uma investigação empírica realizada no local onde ocorreu o fenômeno ou que dispõe de elementos para explicá-lo. Pode incluir entrevistas, aplicações

de questionários, testes e observação participante ou não”.

Essa pesquisa qualitativa, portanto, terá como metodologia estudo bibliográfico, documental e pesquisa de campo.

A pesquisa de campo será realizada em duas partes: (i) por meio de um

questionário dirigido aos professores da disciplina afim das IES na cidade de São Paulo; e, (ii) pela pesquisa dos programas e ou planos de aulas da disciplina de

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Governança Corporativa e afins oferecida pelas IES da cidade de São Paulo a

serem selecionadas.

CONCEITOS ESSENCIAIS

A educação possui uma importante função, que é possibilitar há humanidade de planejar seus próprios horizontes por meio do conhecimento, permitindo a

construção de uma sociedade com desenvolvimento e respeito às pessoas e ao meio ambiente (RODRIGUES, 2011).

Ao longo do século 20, a economia dos diferentes países tornou-se cada vez mais marcada pela integração aos dinamismos do comércio internacional, assim como

pela expansão das transações financeiras em escala global. Neste contexto, as companhias foram objeto de sensíveis transformações, uma vez que o acentuado

ritmo de crescimento de suas atividades promoveu uma readequação de sua estrutura de controle, decorrente da separação entre a propriedade e a gestão empresarial. A origem dos debates sobre Governança Corporativa remete a

conflitos inerentes à propriedade dispersa e à divergência entre os interesses dos sócios, executivos e o melhor interesse da empresa. (IBGC, 2015).

No Brasil, o oferecimento desse conhecimento sobre a GC é importante devido à fragilidade das práticas de governança adotadas no país, cujo impulso para

adoção veio com o programa de privatização ocorrido na década de 1990, o qual para possibilitar maior preço de venda a algumas empresas pública, retirou alguns

direitos dos acionistas não controladores. (RODRIGUES, 2011).

A preocupação da Governança Corporativa é, portanto, criar um conjunto

eficiente de mecanismos, tanto de incentivos quanto de monitoramento, a fim de assegurar que o comportamento dos administradores esteja sempre alinhado com

o melhor interesse da empresa. (IBGC, 2015).

Para isso, criou-se alguns princípios balizadores da governança corporativa

(transparência = disclosure, prestação de contas = accountability), equidade = fairness e cumprimento de normas = compliance) essenciais para minimizar a

teoria da agência (conflitos de interesses) entre os grupos de acionistas, cuja perspectiva é assegurar à investidores, proprietários, gestores e demais

stakeholdersuma gestão eficiente e eficaz (BOGONI et al., 2010).

Está proposição colocado por Bogoni et al (2010) proporciona um maior desempenho da entidade à criação de valor e perpetuidade da empresa.

53

Mendes-da-Silva (2003), Mendes-da-Silva et al. (2009), Dedonatto e Beuren

(2010), Grün (2005), Koh, Laplante e Tong (2007), Castro et al. (2009) e García-Meca e Sánchez Ballesta (2009) são pesquisadores que retratam a criação de uma

cultura com disclosure, apoiada num crescente respeito aos direitos dos stakeholdersda entidade.

Souza e Borba (2007), Bernardi (2008), Bertero, Vasconcelos e Binder (2003), Martns, Hildebrand e Ziviani (2008), Saraiva e Carrieri (2009), Bianchi, Silva e

Gelatti (2009), Serra e Ferreira (2010), Walter et al. (2010), Huang e Ho (2011) e Muritiba et al. (2010) realizaram estudos bibliométricos sobre Governança

Corporativa servindo como a evolução e grande contribuidores sobre o assunto no Brasil e internacional.

REFERÊNCIAS

IBGC – Instituto Brasileiro de Governança Corporativa. Código das Melhores Práticas de Governança Corporativa, 4ª edição, São Paulo: IBGC, 2009

BOGONI, Nadia M.; ZONATTO, Vinícius C. da S.; ISHIKURA, Edison R. & FERNANDES, Francisco Carlos. Proposta de um modelo de relatório de administração para o setor público baseado no parecer de Orientação n. 15/87 da Comissão de Valores Mobiliários: um instrumento de governança corporativa para a administração pública. Revista de Administração Pública, v. 44, n. 1, p. 119-142, Rio de Janeiro, janeiro/fevereiro, 2010.

OLIVEIRA, T. M. V. Escalas de mensuração de atitudes: Thurstone, Osgood, Stapel, Likert, Guttman, Alpert. Revista de Administração OnLine – FECAP, São Paulo, v. 2, n. 2, Abr.-Jun. 2001. Disponível em: <http://www.fecap.br/adm_online/art22/tania.htm> Acesso em : 10 Fev. 2008.

RODRIGUES, A. A. D. O. N. O estudo do conteúdo de Governança Corporativa no ensino contábil no Brasil. Dissertação (Mestrado em Ciências Contábeis) – Universidade de São Paulo, Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade de Ribeirão Preto, Ribeirão Preto - SP, 2011.

WALTER, Silvana Anita; LANZA, Batriz B. B.; SATO, K. H.;SILVA, Eduardo D. da. & BACH, Tatiana. Análise da produção científica de 1997 a 2009 na área de estratégia: produção e continuidade de atores e cooperação entre instituições brasileiras e estrangeirasIn: XXXIV ENCONTRODA ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISA EM ADMINISTRAÇÃO – ENANPAD. Anais etrônicos… Rio de Janeiro:Anpad, 2010. Disponível em: <http://www.anpad.org.br/ vento.php?acao=trabalho&cod_edicao_subsecao=626&cod_evento_edicao=53&cod_edicao_trabalho=12095>. Acesso em: 08 de novembro de 2011.

Complexo Educacional FMU São Paulo/SP – 12 e 13 de Novembro de 2015

ESTATUTOS SOCIAIS E SUCESSÃO NAS ORGANIZAÇÕES DO TERCEIRO Humberto Pereira Damasceno - ([email protected])

Celso Machado Júnior - ([email protected])

RESUMO

A Governança Corporativa que possui grande importância para a sociedade, principalmente para os investidores do mercado financeiro, esta ampliando sua

possibilidade de utilização para outros tipos de empresa. As empresas do terceiro setor se beneficiam das boas praticas de governança propostas pelo Instituto

Brasileiro de Governança Corporativa - IBGC. Neste sentido vale destacar que o novo código civil brasileiro no artigo 62 informa que ao instituir-se uma fundação,

o seu criador fará uma escritura pública ou testamento especificando sua finalidade, bens e a maneira como deverá ser administrada. O conceito de

fundação é ampliado para associações e organizações não governamentais. Esta construção jurídica estabelece a necessidade de elaborar estatutos sociais, com a previsão, de como serão incentivadas, dirigidas, monitoradas e controladas, as

organizações. Condição esta necessária para garantir a perenidade destas organizações. De acordo com Santos e Souza (2014), a criação de uma

Organização do Terceiro Setor exige a elaboração de um estatuto social que traga um conjunto de regras sobre a constituição, funcionamento e as obrigações da

organização. Apesar de também ser uma Organização, as Instituições do terceiro setor apresenta-se carentes de estudos acadêmicos que explicitem suas dinâmicas

internas, principalmente as relacionadas a sucessão. Neste sentido Fischer e Godói-de-Souza (2012) apontam que os pesquisadores brasileiros ainda não se

atentaram para a importância de pesquisas sobre o tema Sucessão em empreendimentos sociais. Vale destacar que para Oliveira e Bernardon (2008) o

planejamento da sucessão empresarial é uma oportunidade para os gestores pensarem sobre o futuro de seus negócios, e prepararem pessoas para o evento de

troca na direção das suas organizações. Frente a importância do tema sucessão em empresas do terceiro setor emana o objetivo desta pesquisa que é analisar a

influência da previsão estatutária dos temas planejamento da sucessão e processo sucessório nas Organizações do Terceiro Setor. Para o atendimento do objetivo

proposto se desenvolve uma pesquisa exploratória exploratório-descritiva, com abordagem qualitativa. A técnica empregada se apoia em estudo de múltiplos casos. Esta abordagem justifica-se em virtude da necessidade de aprofundamento

de conhecimento do fenômeno social “Sucessão” nas Organizações do Terceiro

55

Setor, com intuito de possibilitar a formulação de respostas às questões de

pesquisa e “criar novas proposições” a partir da apresentação das respostas às perguntas formuladas. A coleta de dados utilizou dois recursos. O primeiro

recurso se apoia em pesquisa documental realizada no site e nos documentos das organizações. O segundo recurso empregado foi a de realizar entrevistas semi-

estruturadas com os principais executivos das organizações escolhidas. As duas Organizações do Terceiro Setor, objeto deste estudo, estão localizadas na região

da Grande São Paulo, e atuam nos segmentos de educação e assistência social. Vale destacar que ambas possuem importância e representatividade no segmento

de atuação. As empresas objeto de estudo foram a Worldfund e a LAR VICENTINO. A análise dos estatutos foi realizada levando em consideração a existência de

cláusulas sociais relativas aos seguintes critérios: i) divulgação da abertura do processo sucessório, com informações sobre datas, horários e locais de inscrições,

requisitos exigidos, possibilidade de reeleição, vedações e proibições, períodos de formações de chapas, e ampla divulgação de todos os dados que sejam vinculados ao processo de escolha de sucessão; ii) divulgação das regras do

processo de escolha do candidato vencedor dentre os candidatos inscritos; iii) divulgação do resultado objetivo de votação ou escolha; iv) divulgação dos

resultados do processo sucessório e das condições da posse dos escolhidos; v) regras e relatório da atuação do presidente do conselho de administração; vi)

regras e relatórios da atuação dos conselheiros; vii) requisitos para um membro tornar-se membro da diretoria, do conselho e/ou comitês; e viii) Períodos de

mandato ou de posse em cargos executivos. A Worldfund é uma instituição voltada ao aperfeiçoamento professores da área de ciências biológicas,

matemática, física e química, além de engenharia e inglês, por intermédio do programa de aperfeiçoamento denominado STEAM. No alto escalão da Worldfund

é composto pela fundadora Luane Zurlo, o vice-presidente do conselho, a diretora executiva “CEO” e o conselho de administração composto por diversos

conselheiros. No Brasil, a Worldfund o cargo de Presidenta do Conselho de Administração e Diretora Executiva é ocupado por Kelly Maurice, com o

assessoramento de pessoas que exercem os cargos de diretor-presidente e diretora administrativa, além do conselho de administração é composto, doze

conselheiros. Na Worldfund, para a nomeação dos conselheiros de administração, o pré-requisito principal é a aceitação do convite para o cargo que é feita pela Sra. Kelly Maurice, cujo critério de seleção é convidar pessoas de destaque em

seus ramos de atividade e que tenham aderência aos princípios, missão e visão da fundação. Na sede da Worldfund a frequência das reuniões do conselho é

semestral, com duração aproximada de 4 horas, sendo a agenda dirigida pela

56

presidenta do conselho.Todo trabalho dos conselheiros é voluntário, não

remunerado, sendo que a permanência dos conselheiros no é espontânea, bastando um pedido prévio, por escrito, com a devida antecedência. Os trabalhos

da Diretora-presidenta do conselho e demais cargos profissionais são remunerados pela mantenedora da WorldFund. Em 25 de setembro de 1972, preocupados com o

sofrimento dos idosos carentes dispersos pela região, um grupo de católicos vicentinos que trabalhavam nas indústrias Matarazzo, constituiu uma entidade

sem fins lucrativos chamada “Centro de Promoção Humana Lar Vicentino”, tendo como metas principais: apoio à criança; oferecer espaço aos jovens para suas

manifestações artístico-culturais; amparo aos idosos abandonados e a promoção da comunidade carente. Pensaram que os recursos financeiros seriam

provenientes de prolongadas quermesses e outros inúmeros eventos tais como gincanas, juntamente com outras atividades, como por exemplo, o bazar

beneficente, mantido por voluntários, e o apoio através de doações de roupas, móveis, remédios e alimentos que davam a segurança necessária para a continuidade dessa obra. As valiosas contribuições mensais dos sócio-

colaboradores, possibilitavam saldar compromissos com os salários dos funcionários, despesas com farmácia, água, luz e telefone. Para a administração

dessa entidade, se estabeleceu uma diretoria formada por voluntários que possuíam a atribuição de ofertar serviços sociais aos necessitados e angariar

fundos para a manutenção das atividades. Os resultados obtidos na presente pesquisa apontam que, as organizações do terceiro setor pesquisadas apresentam

aderência a teoria relacionada a governança corporativa e ao processo de sucessão. A sucessão dos principais executivos das empresas esta previsto em seu

estatuto social, porém de forma não detalhada, motivo pelo qual, de acordo com os entrevistados, a previsão no estatuto desempenha um papel fundamental no

processo sucessório. A transparência do processo é prejudicada quanto aos quesitos tempo de antecedência na divulgação do processo e, formas de escolha

dentre candidatos aceitos, notadamente quando a situação exige indicação do principal mantenedor da entidade, possibilidade ou não de reeleição, limitações

ao número de reeleições. Como limitação do estudo entende-se que a base de apenas duas instituições de análise, apresenta-se modesta, no entanto a negativa

de empresas em participar da pesquisa impedem a ampliaçao da investigação.

Palavras Chave: Estatuto Social. Sucessão. Governança Corporativa.

57

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

OLIVEIRA, L. R., BERNARDON, R. A; Instrumento para avaliação de Diretrizes estratégicas de sucessão empresarial. Revista Gestão e Planejamento, v. 9, n. 2, p. 141-158, jul/dez. Salvador, 2008.

SANTOS, L. T., SOUSA, E. G.; A sucessão em empreendimentos sociais analisada a partir dos estatutos sociais; Encontro de Gestão e Negócios EGEN – 2014, Anais..., Uberlândia, MG, 2014.

GODÓI-DE-SOUZA, E.; FISHCHER, R.M.; The sucession process at social enterprises in Brazil. Revista de Administração, v.47, n.3, p.473-488, 2012.

GODÓI-DE-SOUSA, E. O processo sucessório em associações produtivas no Brasil: estrutura, desafios e oportunidades. Tese de Doutorado. Faculdade de Administração da Universidade de São Paulo, São Paulo, 2010.

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A INFLUÊNCIA DA PROPAGANDA EMOCIONAL NA ATITUDE DE MARCA: COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR BANCÁRIO

Suzi Elen Ferreira Dias - ([email protected]) Daielly Melina Nassif Mantovani - ([email protected])

OBJETIVOS DO ESTUDO

Este trabalho tem como objetivo geral analisar a influência da propaganda

emocional sobre a formação da atitude do consumidor em relação à marca no setor bancário. Este objetivo se desdobra nos seguintes objetivos específicos:

§ Identificar a percepção do consumidor em relação aos sentimentos despertados por meio da propaganda emocional;

§ Identificar a percepção do consumidor em relação à credibilidade da

propaganda emocional;

§ Identificar a atitude do consumidor em relação à propaganda emocional;

§ Identificar a crença do consumidor em relação à marca anunciada

RELEVÂNCIA DA PESQUISA

Há grandes investimentos em propaganda, mesmo em épocas de crise, o índice de

crescimento no setor no Brasil ficou acima das taxas de crescimento da economia e da inflação.

Por outro lado, a saturação e a sobrecarga de informações provocam desafios para as marcas alcançarem a atenção do público-alvo pelos meios de massa. Para

superar esse desafio, os bancos, cujos seus produtos são classificados como commodities, estão cada vez mais interessados em modelos diferenciados que promovam suas marcas e despertem interesse do público-alvo, com isso, algumas

instituições tem optado por modelos de comunicação com apelos emocionais. Sabe-se ainda que a atitude é um dos constructos mais importantes da psicologia

social, pois direciona os comportamentos, porém, por estar relacionada a avaliação psicológica, muda ao longo do tempo, necessitando de atualizações de

estudos. Além disso, autores que estudaram o relacionamento da propaganda emocional com a atitude em relação à marca indicam a necessidade de novos

estudos em busca de reduzir a limitação da generalização.

59

PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

Estudo quantitativo e descritivo por meio de uma survey. A amostra foi composta por clientes do setor bancário, escolheu-se um Banco XPTO cuja a marca é mais

valiosa do Brasil, além de estar entre as 25 marcas mais valiosas do mundo e na lista dos 15 maiores anunciantes do Brasil. Foi utilizado como base um modelo de

equações estruturais de Yoo e MacInnis (2005). Foram feitas análises: descritivas, fatorial e regressão linear. O questionário foi composto por uma propaganda em

vídeo da marca bancária XPTO, além de seis escalas validadas e renomeadas no assunto:

§ Propaganda Emocional ou Informacional de Puto e Wells (1984);

§ Credibilidade da Propaganda de Yoo e MacInnis (2005);

§ Sentimentos (Positivos e Negativos) de Edell e Burke (1987);

§ Crenças de Parasuraman, Zeithaml e Berry (1988) – SERVQUAL adaptada para o setor bancário;

§ Atitude em relação à propaganda de Yoo e MacInnis (2005);

§ Atitude em relação à Marca Yoo e MacInnis (2005).

HIPÓTESES DE PESQUISA:

H1. Sentimentos influenciam a atitude em relação à propaganda diretamente (a) ou indiretamente (b) com a mediação da credibilidade da propaganda;

H2. Sentimentos influenciam os atributos da crença diretamente (a) ou indiretamente (b) com a mediação da credibilidade da propaganda;

H3. Sentimentos influenciam diretamente (a) a atitude em relação à marca ou indiretamente (b) com a mediação da atitude em relação à propaganda (nova);

H4. Credibilidade da propaganda influencia a atitude em relação à marca diretamente (a) ou indiretamente (b) com a mediação da atitude em relação à

propaganda;

H5. Atitude em relação à propaganda influencia a atitude em relação à marca.

H6. Crenças influenciam a atitude em relação à marca diretamente (a) ou indiretamente (b) com a mediação da atitude em relação à propaganda;

60

CONCEITOS ESSENCIAIS

Utiliza-se como base um modelo de formação de atitude de marca de Yoo e MacInnis (2005). Para os autores, a propaganda emocional influencia a formação

da atitude de marca que tem como antecedentes os construtos: (1) sentimentos positivos ou negativos - relacionados as emoções despertadas durante a exposição

do anúncio; (2) credibilidade da propaganda – a percepção da confiabilidade das informações divulgadas; (3) atitude em relação à propaganda – reação do

receptor, se sua percepção foi positiva ou negativa e; (4) crenças em relação às ações do anunciante - a forma com que o consumidor relaciona os atributos da

empresa com a marca.

RESULTADOS

A amostra foi composta por 591 casos válidos, compreendendo pessoas com

idades entre 15 e 68 anos (média = 26,87 anos, desvio-padrão = 10,45 anos); 73% das pessoas possuem renda familiar até R$4.000; 60% da amostra são mulheres;

56,9% dos participantes tem nível superior ou estão cursando e 8,6% possuem pós-graduação. Além disso, 95% dos participantes afirmaram ter algum produto

bancário, destes 52% disseram possuir algum produto da marca pesquisada. Para classificação da propaganda em informacional ou emocional, realizou-se uma

análise descritiva por meio da média das respostas da escala de Puto e Wells (1984), no qual verificou-se que a maioria (77%) dos participantes da pesquisa

classificou a propaganda apresentada da marca estudada como emocional.

A análise fatorial exploratória mostrou que as escalas utilizadas são consideradas

consistentes. O Kaiser-Meyer-Olkin (KMO) indica que a amostra é adequada para a realização da análise fatorial; o teste de Bartlett (sig. <0,05) indica a existência

de correlação significativa entre as variáveis das escalas; além disso, nota-se que os fatores extraídos conseguem explicar um percentual relevante da variância dos

dados estando acima do satisfatório; por fim, o alfa de cronbach indica forte confiabilidade das escalas.

A análise da regressão linear foi utilizada para entender a influência entre as variáveis. Na pesquisa apresenta-se um quadro com resumo da análise de

hipóteses e classificação em:

§ comprovadas;

§ comprovadas parcialmente;

61

§ não aprovadas.

DISCUSSÕES E CONCLUSÕES

As escalas utilizadas estão bem estruturadas e consistentes, a formação da

atitude em relação à marca na propaganda emocional é influenciada diretamente por todos os constructos, com exceção dos sentimentos negativos e a

credibilidade, sendo que esses constructos influenciam a atitude em relação à marca indiretamente. Nota-se importância das empresas considerarem como

importantes todas as variáveis do modelo de equação estrutural apresentado para formação de marca, ou seja, não adianta as empresas fazerem uma propaganda

que o público-alvo adore se ela não se atentar em melhorar as crenças prévias que as pessoas possuem em relação aos atributos em relação à marca. Foram

encontrados alguns resultados diferentes do artigo de Yoo e Macinnis (2005) utilizado como base, uma justificativa é pelo fato de ter sido estudados diferentes setores, além de ser e outro país cuja cultura é bem diferente.

LIMITAÇÕES DO ESTUDO

Devido a amostra ter sido escolhida por conveniência, não podem ser

generalizados para outras áreas ou categorias.

REFERÊNCIAS

AJZEN, I.; FISHBEIN, M. Attitude-Behavior Relations : A Theoretical Analysis and Review of Empirical Research. Psychological Bulletin, v. 84, n. 5, p. 888–918, 1977.

EDELL, J. A.; BURKE, M. C. The Power of Feelings in Understanding Advertising Effects. Journal of Consumer Research, v. 14, n. 3, p. 421–433, 1987.

PARASURAMAN, A.; ZEITHAML, V. A.; BERRY, L. L. Servqual: A Multiple-Item Scale For Measuring Consumer Perceptions of Service Quality. Journal of Retailing, v. 64, n. 1, p. 12-40, 1988.

PUTO, C. P.; WELLS, W. D. Informational and transformational advertising: the differential effects of time. Advances in consumer research, v. 11, n. 1, p. 638–644, 1984.

YOO, C.; MACINNIS, D. The brand attitude formation process of emotional and informational ads. Journal of Business Research, v. 58, n. 10, p. 1397–1406, 2005.

Complexo Educacional FMU São Paulo/SP – 12 e 13 de Novembro de 2015

OPERAÇÕES DE FUSÃO E AQUISIÇÃO: UM ESTUDO DE AQUISIÇÃO DE ORGANISMO CERTIFICADOR

Renata Carolina Grotta - ([email protected]) Celso Machado Júnior - ([email protected])

No mercado brasileiro atual, as operações de Fusão e Aquisição – F&A são

crescentemente realizadas por organizações que buscam um instrumento para sua expansão acelerada. Apesar do fraco crescimento econômico do Brasil em 2014, o KPMG (2014), na sua pesquisa de fusões & aquisições referentes ao segundo

trimestre de 2014, verificou que o mercado de fusões e aquisições continua ganhando força no Brasil, e portanto, permanece como uma das estratégias mais

utilizadas pelas organizações.

As operações de fusão e Aquisição – F&A podem ter diversas finalidades, como a

conquista de novos mercados, aumento de participação no mercado com relação a produtos e serviços oferecidos e área geográfica de atuação, absorção de

concorrentes, obtenção economia de escala e aumento da capacidade. (SUENE; KIMURA, 1997; ROSS; WESTERFIELD; JAFFE, 2009). Porém, destaca-se que o

objetivo principal das operações de F&A é a geração de riquezas para os acionistas, mesmo que o resultado seja um lucro menor à curto prazo

(RAPPAPORT, 2006). E, ainda segundo Jensen e Ruback (1983), a utilização das operações F&A’s podem gerar ganhos econômicos positivos e benefício para os

acionistas.

Uma vez que os benefícios econômicos e a criação de valor para os acionistas nas

operações de F&A ainda são muito debatidos na literatura, o aperfeiçoamento dos mecanismos de controle dos acionistas sobre os gestores das organizações se faz

necessário (CAMARGOS; BARBOSA, 2005). As boas práticas de governança corporativa, com seus mecanismos de controle como o conselho de administração, conselhos fiscais e auditorias externas, auxiliam as organizações

para a verificação de que os planos estratégicos estão sendo executados pelos diretores (IBGC, 2015).

Nesse contexto, este relato tem por objetivo analisar, por meio de pesquisa qualitativa de estudo de caso, a operação de F&A da empresa BRACERT,

organismo de certificação de sistemas de gestão, adquirida pelo organismo de certificação RINA.

63

A organização RINA, depois de analisar seus dados internos, tinha a percepção

que possuía boa participação de mercado nas regiões sul e sudeste, e ambos os mercados encontravam-se bem desenvolvidos. Sendo assim, o RINA se posicionava

com o esforço de venda, crescimento e participação de mercado direcionado para outras regiões do Brasil.

A escolha pela expansão na região norte do país se deu devido ao crescimento econômico dessa região nos últimos anos. Vale destacar que, embora no Brasil

observa-se a desaceleração econômica, nos estados das regiões norte, nordeste e centro-oeste, a economia e o mercado de trabalho ainda crescem e exibem

resultados melhores do que sul e sudeste, de acordo com os dados do IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE, 2013).

O crescimento do grupo RINA, definido pelo conselho de administração, alinhados a assembléia geral de acionistas, está também orientado pela estratégia de

aquisições pelo mundo.

Nos estudos realizados na empresa BRACERT antes da compra, observou-se que a empresa possuía em torno de 170 (cento e setenta) certificados válidos. E

também, estudos de viabilidade econômica foram realizados, com o levantamento de todos os custos referentes à aquisição. Os estudos de viabilidade econômica

realizados e o balanço patrimonial foram auditados pelo conselho fiscal do grupo RINA e auditoria externa contratada no Brasil, que demonstravam que a empresa

adquirida possuía bons resultados, com parecer favorável a aquisição.

A decisão pela aquisição da BRACERT em Manaus teve como objetivo:

§ Aumento de riqueza para a organização / acionistas;

§ Maior participação no mercado da região norte do Brasil;

§ Crescimento acelerado da organização;

§ Facilidade de contato comercial com a possibilidade de atendimento mais

próximo aos clientes da região;

§ Preços mais baratos em relação aos concorrentes, uma vez que foram adquiridos também, juntos com a BRACERT, toda a equipe de auditores locais da organização, que diminui consideravelmente os gastos com

despesas de deslocamento da equipe auditora, caso fossem alocados de outros região, que não de Manaus;

§ Maior valor de venda e lucratividade por proposta para o RINA, devido à

menor concorrência da região.

64

Com relação ao processo de integração das duas empresas, que está em processo

de andamento, devido à operação ter sido realizada recentemente, em agosto de 2014, podemos destacar que as maiores dificuldades encontradas são:

§ Adequação a cultura organizacional e ambiente operacional RINA;

§ Dificuldade técnica à adequação as instruções e procedimentos internos do RINA, que são mais criteriosos e rigorosos;

§ Aprendizagem sobre as normas, regulamentos e sistemas de informação RINA pela equipe de Manaus;

§ A transferência gradual dos certificados para o RINA. O processo de

transferência necessita de análise com verificação de relatórios anteriores, reclamações obtidas, não-conformidades emitidas, etc., que constituem

num processo de auditoria individual para cada transferência realizada;

§ A realização de auditorias em conformidades com as instruções e sistemas

informatizados RINA pelos auditores. A realização de treinamentos e monitoramento da equipe auditora local foram necessários para a devida

adequação.

§ Qualificação gradual da equipe auditora local, conforme instruções RINA, que são criteriosas e rigorosas com relação à competência necessária dos

auditores.

As dificuldades de integração podem afetar os resultados da organização, uma vez

que podem levar anos (BRITO; BATISTELLA; FAMÁ, 2005), e devem ser acompanhadas de perto pela diretoria e conselho de administração, para que os

resultados e sinergias esperadas sejam alcançados (RAPAPPORT, 2006). Sendo assim, o organismo de certificação RINA acompanha de perto o processo de

integração, e envia um responsável técnico mensalmente para Manaus, para treinamentos e monitoramentos necessários. Ressalta-se também que,

anualmente, os escritórios no Brasil recebem auditoria interna técnica (de sistemas de gestão) e também de governança corporativa, que avalia, além de

aspectos financeiros e contábeis, a gestão, os processos, indicadores e resultados locais.

Apesar das dificuldades encontradas com a integração das empresas e na criação de identidade de valor único, a organização RINA está atingindo seus objetivos:

conseguiu aumentar sua participação em outras regiões do país, principalmente a região norte - foi verificado que a participação da região norte da organização RINA passou de 0,7% para 7,2% do número de certificados emitidos válidos em

menos de um ano, e também atingiu seus objetivos secundários, que eram:

65

crescimento acelerado da organização, facilidade de contato comercial com a

possibilidade de atendimento mais próximo aos clientes da região, preços mais baratos em relação aos concorrentes e maior valor de venda e lucratividade por

proposta para o RINA.

Com relação a resultados econômicos de aumento de riqueza para a organização /

acionistas, a organização espera começar a operar com lucro na unidade de Manaus para o final de 2015, corroborando com os resultados encontrados por

Jensen e Ruback (1983), Camargos e Barbosa (2005) e Brito, Batistella e Famá (2005), que não encontraram ganhos anormais de criação de valor para os

acionistas, porém, verificou-se que outros benefícios econômicos e estratégicos foram alcançados, confirmando os resultados encontrados por Shelton (1988) e

Brito, Batistella e Famá (2005).

Como limitações, vale destacar que o estudo foi realizado em um processo de

aquisição recente, portanto, outros resultados ainda podem ser alcançados ou melhorados pela organização. Destaca-se também que, como trata-se de um estudo de caso único – metodologia de estudo de caso, os resultados obtidos não

compreendem generalizações, uma vez que trata-se de estudo com conclusões sobre a realidade de apenas uma organização.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BRITO, G. A. S.; BATISTELLA, F. D.; FAMÁ, R. Fusões e Aquisições no Setor Bancário: Avaliação Empírica do efeito sobre o Valor das Ações. Revista de Administração, v. 40, n. 4, p. 353-360, 2005.

CAMARGOS, M. A.; BARBOSA, F. D. Análise empírica da hipótese de maximização da riqueza dos acionistas nos processos de fusão e aquisição ocorridos no mercado de capitais brasileiro pós-plano real. Revista de Gestão USP, v. 12, n. 4, p. 33-53, 2005.

JENSEN, M. C.; RUBACK, R. S. The market for corporate control: the scientific evidence. Journal of Financial Economics, v. 11, n. 1, p. 5-50, 1983.

RAPPAPORT, A. 10 Maneiras de Gerar valor para um acionista. Harvard Business Review, p. 36-47, 2006

ROSS, S. A.; WESTERFIELD, R. W.; JAFFE, J. Corporate Finance. 9ª ed. Mc Graw-Hill Irwin, 2009.

Complexo Educacional FMU São Paulo/SP – 12 e 13 de Novembro de 2015

EDUCAÇÃO PROFISSIONAL A JOVENS E DEFICIENTES ATRAVÉS DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO EMPRESARIAIS – PERFIL DE UMA

ORGANIZAÇÃO DO TERCEIRO SETOR Alexandre Satya - ([email protected]) Maria da Glória Gohn - ([email protected])

OBJETIVO DO ESTUDO

Objetivo deste estudo é conhecer o papel exercido de uma Organização do

Terceiro Setor – o Instituto da Oportunidade Social (IOS), que atua no campo da educação profissional, capacitando jovens e deficientes através de Sistemas de

Informação Empresariais, tais como: ERP, CRM e AdvPL4. Para tal, foi traçado o perfil do IOS; o perfil dos cursos de formação profissional e o perfil da equipe

técnica e comportamental do IOS.

RELEVÂNCIA DA PESQUISA

Há no site do IBGE um estudo feito através do IPEA, Instituto de Pesquisa

Econômica Aplicadas, da ABONG, Associação Brasileira de Organizações Não Governamentais e do GIFE, Grupo de Institutos, Fundações e Empresas, que

mostra que as FASFIL, Fundações Privadas e Associações Sem Fins Lucrativos no Brasil, são de 290,7 mil associações e fundações privadas sem fins lucrativos e

possuem uma parcela de 2,1 milhões de funcionários assalariados. Estes números correspondentes às FASFIL representam 57% do total das 509,6 mil organizações

sem fins lucrativos e 5,7% do total de 5,1 milhões de organizações públicas e privadas, lucrativas e não lucrativas, do CEMPRE, levando sem consideração a

base de 2010.

Se fizermos um recorte a partir das FASFIL, por campo de atuação, teremos

17,664 organizações do terceiro setor, ou seja, 6,1% do total, que estão ligadas à Educação e Pesquisas. Segundo os estudos de Itelvino, (2015), ela menciona em

sua tese que as fundadas somente na área da Educação Profissional foram, respectivamente, em 2006, 2008 e 2010, de 451, 499 e 531 organizações.

4 Ferramentas corporativas conhecidas como: ERP (Sistemas de Gestão Empresarial); CRM (Sistemas de Gestão com Clientes); AdvPL (Linguagem de Programação nativa do grupo TOTVS).

67

PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

Esta pesquisa trata de um estudo de caso único de uma organização do terceiro setor. O estudo de caso detém a capacidade de lidar com uma ampla variedade

de evidências (documentos, entrevistas, observações) (YIN, 2010, p: 32). Objetivo deste estudo é conhecer o papel exercido de uma Organização do Terceiro Setor –

o Instituto da Oportunidade Social. Para tal, foi traçado o perfil da Organização; o perfil dos cursos de formação profissional; e o perfil da equipe técnica e

comportamental.

CONCEITOS ESSENCIAIS

Terceiro Setor O que se entende por Terceiro Setor, no Brasil, é o resultado de um longo

processo de organização da associação civil voluntária, visando atuar sobre os problemas relacionados à desigualdade social, à educação, sobretudo profissional,

e à pobreza. Este setor pode ser denominado de forma bastante simples como:

A definição proposta, tão sucinta, é portadora de uma ambiciosa mensagem: surge no mundo um terceiro personagem. Além do Estado e o mercado, há um ‘terceiro sertor’. ‘Não-governamental’ e ‘não-lucrativo’, é no entanto, organizado, independente, e mobiliza particularmente a dimensão voluntária do comportamento das pessoas. (Fernandes, 1994: 19)

Quadro 1 – Setores e Tipologia Organizacional

Setores Tipologia Organizacional

Primeiro Setor Estado

Segundo Setor Mercado

Terceiro Setor Sociedade Civil Fonte: Adaptado (Fernandes, 1994: 19)

Educação Profissional

A educação profissional que é uma formação ao exercício de uma profissão, promove o aprendizado de saberes ligados aos diversos exercícios do trabalho, tanto para estudantes quanto para profissionais, ampliando suas qualificações.

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No Brasil, em 2004, o Decreto 5.154 revogou o Decreto 2.208/97,

reestabelecendo o ensino médio integrado ao ensino técnico profissional. Hoje, a Educação Profissional é regida pela lei nº 11.741 de 2008, que altera mais uma

vez a LDB, cujo objetivo é redimensionar, institucionalizar e integrar as ações da educação profissional e tecnológica. Os cursos são organizados em três níveis para

saber: I – formação inicial e continuada ou qualificação profissional; II – educação profissional técnica de nível médio; III – educação profissional tecnológica de

graduação e pós-graduação. Segundo Belizzia (2012), os cursos oferecidos pelas organizações do terceiro setor são classificados pelo nível I, são classificados

cursos livres e não subordinados às normatizações legais e ao MEC, facilitando, assim, sua oferta.

Jovens/Juventude Quando se menciona a categoria juventude, é necessário lembrar que o tema é relativamente recente, assim como seu conceito. Com o conceito enfatizou o

sentido plural da ideia de juventude, na medida em que se reconheceu a imensa diversidade de situais existentes e sociais: classe, gênero, etnia etc, que afetam

os jovens (Sposito, 2003).

No meio acadêmico, na sociedade a discussão e o debate são iniciais, embora já

bastante relevantes. Por exemplo, quando se relacionada à questão do trabalho, os jovens têm como seus porta-vozes órgãos mundiais como UNESCO, ONU, OIT. No Brasil, nas últimas décadas também, através das mobilizações da sociedade

civil, surgiram ações governamentais, criando-se o SNJ, Secretaria Nacional da Juventude e do CONJUVE, Conselho Nacional da Juventude5.

RESULTADOS

Perfil da organização O Instituto da Oportunidade Social – IOS é uma organização do terceiro setor,

mantida pelo grupo TOTVS, que usa a educação profissional voltada para jovens entre 15 e 24 anos e pessoas com deficiência física, visual (parcial) ou auditiva a

partir de 16 anos. Ela capacita por volta de 2000 jovens por ano em 15 unidades.

5 Disponível em: www.juventude.gov.br

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PERFIL DOS CURSOS DE FORMAÇÃO PROFISSIONAL Principais: a) Gestão Empresarial com software ERP (disponível em todas as

unidades); b) Folha de Pagamento TOTVS (disponível somente em Diadema, para ex-alunos); c) CRM – Gestão de Relacionamento com os clientes (indisponível em

2015); d) Automação Comercial (indisponível em 2015); e) AdvPL – Advanced Protheus Language (disponível somente no Núcleo/SP para ex-alunos).

Complementares: a) Sistema Operacional Windows; b) Word, Excel, PowerPoint; c) Mídias Digitais; d) Comunicação e Expressão; e) Matemática, f) Temas

Transversais; g) Projeto Solidariedade; h) TCC.

Minicursos: a) Excel; b) Espanhol; c) Palestra sobre o Programa de Aprendizagem;

d) Oficina de Redação; e) III Circuito de Profissões.

Perfil da Equipe Técnica e Comportamental A formação técnica é composta por um Instrutor e um Monitor. O Instrutor domina

as funcionalidades dos sistemas de informação empresariais e instrumentaliza o aluno de forma pedagógica, o qual diferencial é ensinar a regra de negócios e o

conhecimento técnico. O Monitor apoia o instrutor/alunos nas aulas do sistema e é responsável por lecionar as aulas da Educação Digital. A formação

comportamental: um Pedagogo leciona os conteúdos de reforço de Português, Matemática e aplica workshops. No total são 50 educadores.

DISCUSSÕES E CONCLUSÕES

Conforme a investigação realizada foi possível traçar os perfis, de acordo com

objetivos estabelecidos. E no que se refere o perfil dos cursos de formação profissional, pôde-se se perceber também os “complementares” e “minicursos” que, embora não estejam ligados diretamente aos sistemas de informação

empresariais, agregam aos currículos dos ingressantes.

LIMITAÇÃO DO ESTUDO

O trabalho limitou-se a uma pesquisa de estudo de caso único numa organização do terceiro setor. Seria recomendado que futuramente existissem outros estudos

de caso múltiplo ou história de vida.

70

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Bellizia, Ana Paula (2012). Educação profissional e organizações não governamentais: panorama dos cursos de formação profissional de jovens trabalhadores no município de SP. Ana Paula Bellizia; 183 p.

Fernandes, Rubem Cesar. Privado porém público, o terceiro setor na Ámerica Latina. Rio de Janeiro. Civicus, 1994.

Gohn, Maria da Gloria. O Protagonismo da sociedade civil: movimentos sociais, ONGS e redes solidárias / Maria da Glória Gohn.–2. Ed – São Paulo, Cortez, 2008. – (Coleção Questões da Nossa Época; v. 123).

Itelvino, Lucimar da Silva (2015). Empreendedor social: entre a educação formal, informal e não formal. Lucimar da Silva Itelvino; 224 p.

Sposito, Marília Pontes. Os jovens no Brasil, desigualdades multiplicadas e novas demandas políticas. São Paulo: Ação Educativa, 2003.

Yin, Robert K. Estudo de Caso: Planejamento e Métodos / Robert K Yin; tradução Ana Thorell; Revisão técnica Cláudio Damacena. – 4. Ed. – Porto Alegre: Bookman, 2010.

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ENVOLVIMENTO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO NA ESTRATÉGIA DAS ORGANIZAÇÕES

Paulo Evaristo Urbani Carvalhina - ([email protected]) Patricia Morilha Muritiba - ([email protected])

Artur Carlos Neves - ([email protected])

OBJETIVOS DO ESTUDO

Considerando-se a não clareza sobre o papel que os conselhos desempenham na

gestão estratégica, o objetivo deste estudo é de investigar como se dá o envolvimento dos conselhos de administração na estratégia das empresas de

capital fechado. E se desdobra nas seguintes questões de pesquisa.

§ QP 1: Como os conselheiros de administração de empresas de capital

fechado se preparam para contribuir com a formação da estratégia?

§ QP 2: Como os conselheiros de administração de empresas de capital fechado se preparam para contribuir com a análise da estratégia?

§ QP 3: Como os conselheiros de administração de empresas de capital fechado se preparam para contribuir com o monitoramento da estratégia?

RELEVÂNCIA DA PESQUISA

A principal contribuição é tratar o tema mais geral do foco do conselho em

atividades pró ativas capazes de criar valor para suas empresas, analisando no presente estudo as diversas formas de envolvimento desse órgão no processo de

elaboração e gerenciamento da estratégia dessas empresas e as vantagens ou desvantagens desse diferentes modos de atuação.

No Brasil a Governança Corporativa esta mais formalizada nas empresas de capital aberto, por ser obrigatória (Lei das SAs) e por imposições regulatórias (BRASIL,

1976). Mas, nos conselhos dessas empresas tende a prevalecer atividades voltadas ao dever de diligencia com relação à conformidade com requisitos legais e

regulatórios - compliance, ou seja, conselhos atuam com certa predominância reativa.

72

PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

Para responder às questões de pesquisa, será feito um estudo qualitativo utilizando-se o método de grounded theory (GLASER; STRAUSS, 1967). Esse

método consiste em um levantamento de informações qualitativas de forma exploratória e, a partir destas informações, são formuladas proposições que

poderão ser utilizadas por outros pesquisadores em estudos futuros para testes de hipóteses. Diz-se, dada à formulação das proposições, que se está gerando teoria,

daí o nome do método. Para a análise, foram feitas 10 entrevistas com conselheiros de administração de empresas de capital fechado.

CONCEITOS ESSENCIAIS

Governança Corporativa é a maneira como as organizações são dirigidas, monitoradas e incentivadas e envolve o relacionamento entre proprietários,

conselho de administração, diretoria e demais órgãos (IBGC, 2015).

O conselho de administração é o componente central do sistema de governança,

consiste no elo de ligação entre a propriedade e a gestão e visa orientar e supervisionar a relação desta com as demais partes interessadas. É o órgão

colegiado encarregado do processo de decisão de uma organização em relação ao seu direcionamento estratégico (IBGC, 2009). Sua missão é proteger e valorizar a

companhia, maximizar o retorno do investimento em longo prazo, buscar o equilíbrio entre as expectativas das partes interessadas (shareholders e

stakeholders) e preservar valores, objeto social e sustentabilidade da organização. Independente do tipo de sociedade (aberta ou fechada) toda

companhia deve ter um conselho eleito pelos sócios e seu papel é ser o elo entre a propriedade e a gestão, deve orientar a relação com as demais partes

interessadas.

Segundo Ansof, (1990), a estratégia diz respeito basicamente à utilização dos

diversos recursos empresariais - humanos técnicos e financeiros - que estão à disposição da empresa.

RESULTADOS

Por meio de análise das entrevistas realizadas pode-se verificar que em média 20% do tempo das reuniões do conselho de administração de empresas de capital

73

fechado é dedicado a discussão da estratégia da empresa. E considerando o pouco

tempo disponível, os conselheiros se preparam para contribuir para a estratégia das empresas analisando previamente as operações da empresa, bem como os

relatórios e prestações de contas que recebem para análise.

Sobre o processo de aprovação final do plano estratégico, é realizado em alguns

casos pelo comitê de diretores e em outros pelo próprio conselho que traz sugestões de alterações no plano realizado pelos diretores e dá seu aval ou não

par ao plano estratégico sugerido.

O processo de acompanhamento da execução da estratégia (alinhamento) e da

sua adequação frente à evolução com os fatos reais (revisão, ajustes estratégicos) é feita em alguns casos anualmente em outros mês a mês, dependendo do ramo

de atuação da empresa, mas o fato é que é realizado esse acompanhamento e é de grande importância para que a estratégia dê certo, pois, de fato só se chegará

ao objetivo traçado se “o relógio de todos for regulado no mesmo horário” para que ninguém se perca ou se atrase.

DISCUSSÕES E CONCLUSÕES

Em relação a QP 1, pode-se perceber que os conselheiros estão sempre se preparando para conhecer bem do assunto a que vai tratar antes de chegar às

reuniões, e eles vão além de apenas estudar os relatórios que são enviados a eles, fazem ainda estudo do setor e mesmo das operações da empresa, o que faz

resgatar as exigências do IBGC (2009) para ser um bom conselheiro.

Quanto a QP 2 esses conselheiros estão ativos nessas empresas, apesar da não

obrigatoriedade de conselho nesse tipo de empresas. O conhecimento do setor e do negócio da empresa tem sido primordial para que esses conselheiros possam

contribuir com esse processo estratégico, outra característica importante é a diversificação e experiência do conselho, que ajuda nesse momento de contribuir

com a análise do que está sendo realizado pela empresa com o que está sendo realizado pelo setor, podendo assim ter um paralelo sobre o andamento da

empresa em relação a estratégia que foi traçada para ela e em relação ao setor.

Sobre a QP 3 pode-se afirmar, após análises da pesquisa de campo, que os

conselheiros estão cada vez mais ligados com a estratégia da empresa, o que faz com que esse monitoramento, como propões Kaplan e Norton (1997) ocorra de forma natural, pois como na afirmação de Muritiba (2009) que diz que os

74

conselhos estão aumentando seu envolvimento em diferentes tipos de decisões

estratégicas, esses conselheiros tem cada vez mais dividindo decisões importantes, como o monitoramento da estratégia com os executivos e agindo no

processo de aconselhamento.

O que em suma pode trazer há uma tendência de que o envolvimento dos

conselhos de administração na estratégia das organizações vem aumentado e se tornando uma realidade em cada vez mais empresas de capital fechado.

LIMITAÇÕES DO ESTUDO

Este estudo tratou sobre o envolvimento dos conselhos de administração na

estratégia das organizações de capital fechado. Uma limitação desse estudo é que não se pode afirmar que todos os conselhos de administração estão envolvidos

com a estratégia das empresas, pois como se tratou apenas com empresas de capital fechado não é possível generalizar os resultados. Como sugestão, pode-se reproduzir essa pesquisa com conselheiros de empresas de capital aberto e se

comparar com os resultados aqui alcançados para que se possa ou não generalizar os resultados obtidos. Outra sugestão para pesquisas futuras é de pesquisar a

contribuição do conselho atuando de forma pró ativa com relação suas demais atribuições.

REFERENCIAS

ANSOFF, H. I. Administração estratégica. São Paulo: Atlas, 1990.

GLASER, B. G.; STRAUSS, A. L. The discovery of grounded theory: Strategies for qualitative research. Chicago: Aldine, 1967.

IBGC. Código das Melhores Práticas de Governança CorporativaGroupBrasil, 2009.

IBGC. Instituto Brasileiro de Governança Corporativa. Disponível em: <http://www.ibgc.org.br/inter.php?id=18163>. Acesso em: 07 jan. 2015.

KAPLAN, R. S.; NORTON, D. P. A estratégia em ação: balanced scorecard. São Paulo: Elsevier Editora, 1997.

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A PERCEPÇÃO DOS ALUNOS DO CURSO DE GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO DA IMPORTÂNCIA PARA AS ORGANIZAÇÕES NO NEXO

DE CONTRATO E AS RELAÇÕES Wendell Alves Soares - ([email protected])

Mario Augusto Ranzatti - ([email protected]) Fernando de Almeida Santos - ([email protected])

OBJETIVOS DO ESTUDO:

O objetivo geral consiste em identificar a percepção dos alunos do curso de

graduação em administração da importância para as organizações do nexo de contratos e relações com os steakholders. Os objetivos específicos são:

1. Pesquisar a ética empresarial com nexo de relações nas organizações;

2. Verificar, com os discentes da região pesquisada a importância do

conhecimento do nexo de contratos e relações nas organizações;

RELEVÂNCIA DA PESQUISA;

Segue para análise algumas razões que justificam a realização de uma pesquisa. Para este trabalho, destacam-se as seguintes:

1. Apresentar aos leitores uma percepção dos alunos de administração de empresas a respeito do conhecimento dos nexos de contrato;

2. Relacionar a ética com a relação da teoria da firma dentro das empresas;

3. Conhecer no curso de administração o conteúdo referente a nexo de contrato abordado, mesmo de forma não muito aprofundada;

4. Explorar outros aspectos que foram identificados ou mesmo não explorados

por trabalhos de mesma natureza anteriormente realizados;

5. Estabelecer uma relação de troca através dos nexos de contratos e os

steakholders.

PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS;

A pesquisa de campo foi realizada no segundo semestre de 2014 com 93 estudantes do curso de administração nas universidades localizadas na cidade de

São Paulo, aonde foi elaborado um instrumento de pesquisa com perguntas

76

fechadas e utilização de escala de likert. O instrumento de pesquisa foi dividido

em duas partes, sendo a primeira parte caracterização do perfil do respondente e já a segunda parte assertiva relacionada à pesquisa.

CONCEITOS ESSENCIAIS;

Para Watts e Zimmerman (1986), a empresa é composta por indivíduos com

contratos com uma entidade legal, em termos de direitos de propriedade, e são estes indivíduos que têm objetivos (e não a firma que tem o objetivo de

maximizar lucros). Os indivíduos envolvidos na relação contratual querem maximizar suas utilidades.

Para Sastre (2008, p.: 3) organizações são vistas como um nexo de contratos que regula o comércio e transações.

A organização como um todo, principalmente os administradores necessitam usar de estratégia para perpetuar a empresa no mercado e definir em seu planejamento estratégico: a) como a empresa está; b) para aonde a empresa; c)

como a empresa irá?

As necessidades de ferramentas para auxiliar as decisões estratégicas sempre vão

existir. Para todos os seus efeitos, a matriz de portfólio BGC tenta responder a um problema que as organizações ainda necessitam decidir como alocar seus

escassos recursos entre uma série de reivindicações concorrentes ao mesmo tempo. As organizações têm que decidir onde concentrar seus esforços para

decidir o que é importante. (Nicholls, 1995)

Para Gilli (2014) o campo de estudos de distintas disciplinas afeta orientações e

conteúdo como; engenharia; psicologia industrial; sociologia; ciência política; administração e economia.

No panorama atual do campo de estudos para as escolas de administração Pfeffer (2000, p.: 216) afirma:

1. Ênfases em modelos econômicos em lugar de sociais ou psicossociais, mas aptos.

2. Atenção em temas específicos: desempenho; lideranças e cultura;

3. Ausência de consenso paradigmático; no contribuiu para concentrar a investigação em temas como design, intervenção e mudanças.

77

RESULTADOS;

A pesquisa realizada no segundo semestre de 2014, com 93 discentes do curso de administração em universidades particulares, localizadas na cidade de São Paulo,

constatou-se que: 59% dos respondentes eram do gênero feminino e 41% masculino, demonstra um maior interesse do gênero feminino pelo curso de

administração.

Em relação a faixa etária observou-se que, 50,53% do respondente possuiam até

25 anos; 33,33% de 26 a 30 anos; 13,98% de 31 a 40 anos e somente 2,15% acima de 40 anos.

O porte da empresa que os estudantes trabalham corresponde, a grande porte (59%); médio porte (21%); pequeno porte (20%), 31,18% são de empresas que

possuem capital aberto em bolsa.

Ainda o departamento da atuação dos estudantes em suas respectivas empresas é: 40,86% administrativo; 27,96% financeira; 7,53% recursos humanos e 23,65%

outras áreas, sendo que 30,11% possuem carga de gestão dentro da organização.

Do universo dos respondentes 95% tiveram a disciplina de administração

estratégica no curso de administração. Sendo que 88,17% conhece o conceito stakeholders.

O conteúdo de ética empresarial foi aplicado no curso para 83,87% dos respondentes e 68% conhecem a importância do nexo de contrato para a relação

com os stakeholders. Ainda 44,08% considera que o conteúdo de ética empresarial foi de grande valia para o curso de administração. O conteúdo de governança

corporativa foi importante para o curso para 62% dos respondentes.

Para 63,44% dos respondentes a ética, a governança corporativa, a auditoria e o

nexo de contratos podem contribuir para mitigar o desvio e conduta do colaborador na organização.

Para finalizar, sugerem-se as seguintes ações de pesquisa:

§ replicar a pesquisa, tendo por parâmetro a metodologia e o questionário

desenvolvidos, para analisar as condições de ensino de outras disciplinas, na Grande São Paulo ou em outras regiões do País;

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§ replicar a pesquisa para analisar as condições de ensino de Administração

Estratégica em outras regiões do País, o que permitirá a comparação com os resultados aqui obtidos e apresentados.

LIMITAÇÕES DO ESTUDO;

O estudo apresentado foi realizado em um universo de universidade da cidade de

São Paulo, com apenas 93 alunos do curso de administração, apresentando:

Limitações quanto à sua população e amostra.

REFERÊNCIAS

Albandes-Moreira, L. (2004). Pós- Globalização, Administração e Racionalidade Econômica. A Síndorme do Avestruz. Revista De Administração Contemporânea, 8(4), 203-205. Retrieved from <http://search.proquest.com/docview/1458280205?accountid=43603>

Bertrando Molinari - Vice-presidente de assuntos corporativos do BankBoston e membro do comitê de ética,do banco. (2005, Apr 04). Reflexões sobre ética empresarial. Gazeta Mercantil Retrieved from <http://search.proquest.com/docview/335555908?accountid=43603>

Nicholls, J. (1995). The MCC decision matrix: A tool for applying strategic logic to everyday activity. Management Decision, 33(6), 4. Retrieved from <http://search.proquest.com/docview/212086111?accountid=43603>

Powell,William R.,,Jr. (2007). The Impact of Managerial Leadership in Strategic Direction on Organizational Effectiveness. Futurics, 31(1), 1-32. Retrieved from <http://search.proquest.com/docview/219832911?accountid=43603>

Vergara. S. C. (2003) Projetos e relatórios de pesquisa em administração. 4. ed., São Paulo: Atlas.

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COMPETÊNCIAS DO GESTOR ESCOLAR Vagner Alcides Jesus - ([email protected])

Izabel Petraglia - ([email protected])

OBJETIVO GERAL:

Investigar a percepção de Professores de duas escolas da Rede Pública estadual de São Paulo no município de Mauá, acerca das competências comportamentais,

especificamente liderança, autocontrole e trabalho em equipe dos diretores escolares e como a existência destas competências impacta na cultura e no clima

organizacional.

OBJETIVO ESPECÍFICO:

1. Verificar quais competências comportamentais são mais relevantes para que um diretor escolar exerça o seu trabalho;

2. Identificar, se existem por parte do Governo Estadual políticas que visam reforçar as competências comportamentais dos diretores escolares;

3. Verificar quais das competências analisadas é considerada pelo grupo como

mais relevante para estes trabalhos;

4. Verificar se a presença destas competências nos diretores, impactam;

positivamente, no clima e na cultura organizacional das escolas estudadas.

RELEVÂNCIA DA PESQUISA

Nas últimas décadas a educação tem ganhado destaque nas ações de políticas públicas do governo brasileiro. Expansões da rede federal de ensino tecnológico e

das universidades públicas estão no centro das discussões. Lemas como da “educação para todos” e “Brasil, pátria educadora” estão presentes na temática

das políticas educacionais. A melhora na qualidade de ensino está no centro das atenções.

Para alcançarmos cada vez mais a qualidade esperada no ensino, além dessas ações, nossos governantes precisam estar preocupados também na melhoria

gradativa da qualidade das competências dos gestores educacionais e na melhoria do clima organizacional de suas escolas, tendo para isso que tomar ações focadas na melhoria do capital humano e na gestão de pessoas. Estas ações devem fazer

80

parte das estratégias governamentais e das politicas organizacionais, discutindo

melhorias na educação através do aperfeiçoamento da Gestão Escolar. E é por essas razões que se justifica essa pesquisa científica.

PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

Esta pesquisa foi desenvolvida, considerando o método qualitativo, descritivo-

correlacional exploratório utilizando-se da técnica do estudo de casos múltiplos.

Participaram deste estudo homens e mulheres, todos trabalhadores empregados

em escolas Públicas do Estado de São Paulo no Município de Mauá, que atuam como professores ou em outras atividades ligadas à educação na escola estudada.

Verificamos também dados referentes ao tempo de empresa tanto do entrevistado quanto de seu gestor imediato.

A pesquisa foi concebida tomando como base as competências de liderança, autocontrole e trabalho em equipe para diretores de escolas responsáveis pela gestão.

CONCEITOS ESSENCIAIS

Gerar talento humano está se tornando indispensável para o sucesso das

organizações. Ter pessoas, não significa ter talento. Para se considerar com talento a pessoa precisa possuir um diferencial competitivo que o valorize

Nas escolas este cenário não é diferente, este talento precisa ser oferecido aos alunos com a obtenção dos conhecimentos, habilidades e atitudes que possam

permitir um exercício consistente da cidadania através da participação ativa no mundo do trabalho, utilizando de forma consistente os bens que são oferecidos

para ele (Luck, 2009).

Mas para que isso seja possível, para que o diretor seja um agente na melhoria da

qualidade escolar, ele precisa estar preparado. Ter um portfólio de competências, que permitam a ele exercer de maneira efetiva as

responsabilidades oriundas das suas funções.

A educação, juntamente com experiências adquiridas no decorrer de suas

experiências como gestor, aparece aqui como meio para proporcionar o

81

aprendizado que permitirá aos diretores alcançarem uma melhoria continuada em

suas competências.

Fleury; Fleury (2001) consideram que a competência não se limita a um estoque

de conhecimentos teóricos e empíricos detido pelo indivíduo, nem se encontra encapsulada na tarefa.

Para Moscovici (2003), trabalho em Equipe é a capacidade de interação e compartilhamento de ideias objetivando o atingimento de metas institucionais.

Esta crença no valor das ações coletivas podem ser observadas desde os tempos bíblicos. Existem várias referencias a atividades praticadas em grupo tais como

cultos religiosos ou mesmo as referências a Jesus e aos seus discípulos.

Ter Autocontrole significa ter domínio dos impulsos, desejos e sentimentos, ser

equilibrado, tendo segurança quanto às próprias ações, ser paciente, disciplinado entre tantas outras possibilidades. Em psicologia, autocontrole é definido como

uma força interior que controla as ações de um indivíduo (Hanna & Todorov, 2002).

Focando nosso estudo nas análises comportamentais sobre o tema, temos a

definição dada por Skinner (1953). Para ele autocontrole não pode ser entendido como algo interno ao indivíduo, como por exemplo ‘força de vontade’, e sim uma

situação onde o indivíduo manipula o seu ambiente de forma a alterar o seu comportamento em um futuro próximo.

Robbins (2005, p.371) descreve liderança como um “processo de influência pelo qual os indivíduos, com suas ações, facilitam o movimento de um grupo de

pessoas rumo a metas comuns e compartilhadas”.

Para Schein (2009), cultura é uma abstração, construída ao longo do tempo e

formando os valores expostos e o credo das organizações. Cultura e liderança são os dois lados da mesma moeda. A Liderança é capaz de criar e mudar a cultura.

RESULTADOS

Após a realização das entrevistas com docentes, os dados serão interpretados

levando em consideração a percepção dos professores quanto às competências comportamentais de liderança, trabalho em equipe e autocontrole, buscando

observar nas respostas o quanto a presença destas competências é capaz de impactar a cultura e o clima organizacional das escolas analisadas.

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DISCUSSÕES E CONCLUSÕES

A discussão proposta se dará a partir das análises e sínteses fundamentadas nos conceitos de competências, dando ênfase a liderança, autocontrole e trabalho em

equipe, dos estudos de Joel de Souza Dutra, das políticas públicas de educação existentes atualmente no Brasil e nas características dos diretores escolares

tomando como referência os trabalhos de Eloisa Luck e conceitos de Clima e cultura organizacional a partir da teoria apresentada por Edgard Schein.

LIMITAÇÕES DO ESTUDO

O estudo poderá sofrer certa resistência das entidades educacionais,

principalmente dos diretores que poderão não sentir-se confortáveis em abrir suas escolas para um trabalho que poderá evidenciar necessidades de melhorias em algumas de suas competências comportamentais.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

DUTRA, Joel Souza. Gestão por Competências: um modelo avançado para o gerenciamento de pessoas. Organizador e autor Joel Souza Dutra ... [et. al.]. – São Paulo: Editora Gente, 2001.

LUCK, Heloisa. Dimensões da gestão escolar e suas competências. Curitiba: Editora Positivo, 2009.

SCHEIN, Edgar. Cultura Organizacional e liderança. São Paulo: Editora Atlas, 2009.

Complexo Educacional FMU São Paulo/SP – 12 e 13 de Novembro de 2015

A CONSISTÊNCIA E A MANUTENÇÃO DA ESCOLHA PROFISSIONAL DE ALUNOS DE CURSOS TECNÓLOGOS

Nelson Fender - ([email protected]) Izabel Petraglia - ([email protected])

OBJETIVO DO ESTUDO:

Analisar a perenidade da escolha profissional, dúvidas e problemáticas

enfrentadas no final do curso por alunos de 5º semestre do curso de Tecnologia da Informação, modalidade Tecnólogo em Escola de ensino superior (São

Paulo/Capital), bem como verificar se a escolha profissional é condizente com os interesses e aptidões dos alunos e comparados com pesquisas disponibilizadas por

Institutos especializados.

RELEVÂNCIA DA PESQUISA

Será relevante à comunidade universitária e a jovens que estão em fase de escolha profissional oferecendo subsídios para que efetue tal escolha com maior

segurança e convicção, além de contribuir para a concretização de políticas públicas no campo de carreira e orientação profissional e para consolidação dos

cursos de tecnólogos como curso superior de acordo com a legislação, quebrando com preconceitos acerca da formação de tecnólogo.

PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

Método utilizado será Qualitativo por meio de Análise do Discurso: O público a ser pesquisado serão alunos do último semestre dos Cursos de Tecnologia na modalidade de Tecnólogos de Faculdade Particular;

Pesquisa – Como foi realizada a escolha profissional e aspectos que interferiram no processo de escolha. Vantagens e desvantagens da escolha. Método qualitativo

com entrevista pessoal e grupo de foco para entender esse processo, satisfação quanto à carreira e a formação do profissional. Esta amostra será formada de um

universo de 20 alunos cursando o último semestre, com idade de 20 a 30 anos e verificando a consistência da escolha e em atividade profissional.

84

CONCEITOS ESSENCIAIS

O princípio básico para a identificação de uma profissão é ter conhecimento de seus interesses, traços de personalidade, informações sobre as profissões,

mercado de trabalho, rotinas das profissões, cursos, vantagens e desvantagens, conforme relata Silvio Bock em seu livro Orientação Profissional – A abordagem

Sócio Histórica, diz que a questão da escolha profissional é um problema que atinge a sociedade global, pois se baseia nos aspectos materiais, o capital e não

somente a questão da sobrevivência. Neste contexto, surgem, de forma mais sistematizada, teorias que tratam da questão da escolha profissional e procuram

entender e dar significado a esse processo; são elas:

1. “Teoria não Psicológica” - Entende que a escolha da profissão é causada

por fatores externos ao indivíduo. Consideraremos as seguintes teorias: teoria do acidente; teoria econômica; teoria cultural e sociológica. Todas consideram o processo de inserção do sujeito ao mundo do trabalho

independente dos fatores internos descritos nas Teorias Psicológicas.

2. “Teorias Psicológicas” – Consideram que os fatores internos explicam o movimento da escolha profissional. Neste cenário as condições

socioeconômico-culturais estariam em segundo plano. Consideraremos as seguintes teorias: teoria de traço e fator, teorias psicodinâmicas, teorias

desenvolvimentistas e teorias de decisão.

3. “Teorias Gerais” – Procuram entender o processo de escolha profissional,

ora se atendo os fatores e aspectos psicológicos, ora por aspectos socioeconômicos.

Teorias, estudos, conceitos antigos e novos, buscam compreender o significado da

escolha, porém a pergunta continua a existir:

Fiz a escolha certa e estou satisfeito? Ela é consistente?

O propósito deste trabalho não é e, tão pouco, será discutir qual é a melhor

teoria para efetivar o processo de decisão quanto à profissão e sim como esta decisão se mantém quanto à satisfação, manutenção/perenidade e consistência

ao longo do curso de formação.

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RESULTADOS

Os resultados serão interpretados levando em consideração perfil, interesses, aptidões dos participantes comparando-os com as necessidades mercadológicas e

demandas empresariais.

DISCUSSÕES E CONCLUSÕES

A discussão proposta estará baseado nos dados colhidos em situações de pesquisa e discutido a luz das teorias que sustentam os processos de escolha profissional,

sendo a conclusão uma forma de contribuir com jovens no momento de efetuarem escolhas profissionais, respeitando suas características e usando do

autoconhecimento e análise de mercado de trabalho que possam dar perenidade na escolha.

Os fundamentos teóricos que serão utilizados serão os conceitos de carreira, suas

fases e motivadores de escolhas propostos por Edgard Schein, a Estratégia Clínica desenvolvida por Rodolpho Bohoslavsky e conceitos mercadológicos e de carreira

abordados por Joel de Souza Dutra.

LIMITAÇÕES DO ESTUDO

O estudo conta com pouca referência teórica e certa resistência das entidades educacionais em abrir suas portas a este tipo de pesquisa.

Outro fator limitador é a resistência dos jovens em abordar um tema que coloque em riscos suas escolhas e se deparar com o receio de conscientizar-se que

escolheu erroneamente e de certa forma investiu recursos financeiros de maneira errada.

Existe pouco pesquisa quantitativa que possa subsidiar estatisticamente a proposta deste trabalho.

86

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BOHOSLAVSKY, R. Orientação Vocacional – A Estratégia Clínica – Ed. Martins Fontes, 2003

SCHEIN, Edgar. Career anchors: discovering your real values. Revised Edition. San Diego Pfeiffer & Company, 1993.

DUTRA, Joel de Souza. Administração de Carreiras. Ed. Atlas, 1996.

Complexo Educacional FMU São Paulo/SP – 12 e 13 de Novembro de 2015

MOVIMENTOS SOCIAIS E A ORGANIZAÇÃO DA SOCIEDADE CIVIL Nelson Fender - ([email protected])

Simona Banacu Melo - ([email protected]) Giuliano Aron Alves - ([email protected])

Tiago Luciano Alves - ([email protected]) Maria da Glória Gohn - ([email protected])

OBJETIVO DO ESTUDO:

Analisar nos movimentos sociais atuais que têm ocorrido no Brasil, a transformação da sociedade em Sociedade em Rede.

RELEVÂNCIA DA PESQUISA

Será relevante à comunidade universitária e a sociedade a compreensão das

mudanças que ocorreram no século XXI em relação à transformação tecnológica e organizacional, com a emergência da auto comunicação em massa, baseada em

redes horizontais de comunicação multidirecional, interativa na internet e, mais ainda nas redes de comunicação sem fio, atualmente a principal plataforma de comunicação em toda parte, o surgimento da rede como nova estrutura social em

que os novos movimentos sociais se constituem.

PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

Método utilizado será Bibliográfico, pesquisa da literatura, análise de textos de autores consagrados clássicos e contemporâneos e qualitativo por meio de Análise do Discurso e

pautado em e pesquisa em campo:

O público pesquisado foi participante da manifestação de 16 de agosto de 2015

que ocorreu na cidade de São Paulo, amostra heterogênea;

Pesquisa – A pesquisa busca demonstrar a utilização do ambiente virtual como principal meio de convocação e participação nos atuais movimentos em massa,

assim como a motivação de seus participantes.

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CONCEITOS ESSENCIAIS

A Análise de Redes Sociais surgiu com a apropriação de conhecimentos da Sociometria e da Teoria dos Grafos e de redes por estudiosos de humanidades,

como antropólogos e sociólogos, que visam compreender fenômenos sociais, analisando-os a partir das relações interpessoais. Dentro desta perspectiva, uma

rede social é compreendida como um conjunto de dois elementos: os atores (pessoas, grupos ou instituições) e suas conexões, conexões compreendidas como

laços e relações que ligam as pessoas através de sua interação social. Segundo Wasserman e Faust (1964), interpretar a sociedade como uma rede de atores, é,

portanto, uma abstração que viabiliza a análise de sociedades. Nessas redes, os indivíduos, os atores são considerados como nós, as interações entre atores são

consideradas como canais de fluxo de recursos, materiais e imateriais, e contextualizam-se estruturas (econômicas, sociais e políticas), como padrões duradouros de relações entre indivíduos.

Segundo Alain Touraine, os movimentos sociais são “ a ação conflitante de agentes das classes sociais, lutando pelo controle do sistema da ação histórica e

para o autor em cada sociedade existe um movimento social que encarna não uma simples mobilização, mas um projeto de mudança social”. Segundo o autor

nenhum movimento social se define somente pelo conflito, mas pela aspiração a controlar o movimento da história

Observando o momento atual o sociólogo Manuel Castells faz uma leitura sensível dos movimentos sociais contemporâneos de contestação, analisa a “formação,

dinâmica, valores e perspectivas de transformação”, apontando que” é cedo demais para construir uma interpretação sistemática e acadêmica desses

movimentos”.

Castells aponta como se formou o que ele denomina de rede da esperança, como

se inicia na conexão social da internet, um espaço de autonomia além dos controles governamentais e organizacionais que ao longo da história haviam

monopolizado os canais de comunicação como alicerces de poder, investiga o significado do poder constituído e do contrapoder, da comunicação e do que

autor define como autocomunicação, o uso da internet e das redes sem fio como plataformas para a comunicação digital. O autor analisa a comunicação em massa, pois compreende que neste espaço se processam mensagens de muitos

para muitos, com potencial de alcançar uma multiplicidade de receptores e de se conectar em redes, define as redes de poder constituídas por redes financeiras e

multimídias globais como “metarrede” e demonstra que as grandes redes,

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política, produção administração do conhecimento não se fundem, mas todas têm

um interesse comum: controlar a capacidade de definir as regras e normas da sociedade mediante um sistema político que responde basicamente aos seus

interesses e valores.

A pergunta que o autor busca responder talvez seja “quem detém o poder na

sociedade em rede? Ele contrapõe as redes autônomas de comunicação horizontal a meios de comunicação amplamente controlados por governos e empresas, a

sociedade em rede versus elites dominantes, busca explicar a formação de um espaço público que não se limita à internet, mas se torna visível nos lugares da

vida social através da ocupação de espaço urbano e prédios simbólicos, justifica e nos dá compreensão sobre a existência dos espaços ocupados, pois os espaços em

questão criam comunidades que ajudam superar o medo da repressão , controlam simbolicamente o espaço e reivindicam para si a própria cidade que dá

significado ao controle da vida das pessoas e cria um espaço público livre para realização de assembleias, desta forma criando-se um espaço híbrido composto da internet e o espaço urbano ocupado, um espaço de comunicação autônoma.

O propósito deste trabalho é de discutir as mudanças que ocorrem na sociedade atual, comparar o formato dos movimentos atuais aos movimentos tradicionais,

compreender significados, ser um ponto de partida para trabalhos ulteriores que buscam a participação da sociedade em torno de projetos sociais de maior

significado.

RESULTADOS

Os resultados da amostra pesquisada serão interpretados levando em consideração perfil, interesses, formação, idade dos participantes do movimento

social ocorrido em agosto de 2015 em São Paulo.

DISCUSSÕES E CONCLUSÕES

A discussão proposta estará baseada nos dados colhidos em situações de pesquisa e discutido a luz das teorias que sustentam os processos de formação dos

movimentos sociais atuais, sendo a conclusão uma forma de contribuir com a compreensão das mudanças ocorridas no século XXI, da participação dos jovens e

da população em geral em protestos que ocorreram na Tunísia e se tornaram

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marco para a Primavera Árabe, na Islândia e outros países da Europa, Estados

Unidos e Brasil.

Os fundamentos teóricos que serão utilizados serão os conceitos rede,

ciberativismo, movimentos sociais em rede que são simultaneamente locais e globais, textos e pesquisas realizados e propostos por Manuel Castells e a

abordagem dos mesmos pela pesquisadora e professora Maria da Glória Gohn,

LIMITAÇÕES DO ESTUDO

O estudo conta com uma pequena amostra de participantes do movimento ocorrido em agosto de 2015 em São Paulo, no Brasil, existindo a necessidade de

ampliar a discussão e observar outros estudos similares realizados no mesmo período.

Existe pouca pesquisa quantitativa que possa subsidiar estatisticamente a proposta deste trabalho.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

CASTELLS, Manuel. Redes de Indignação e Esperança – Movimentos sociais na era da internet – Ed. Zahar, Rio de Janeiro, 2013.

CASTELLS, Manuel. A Sociedade em Rede – Ed. Paz & Terra , São Paulo, 2013

GOHN, Maria da Glória. Manifestações de junho de 2013 no Brasil e Praças dos indignados no Mundo – Ed. Vozes, Petrópolis, 2013.

GOHN, Maria da Glória. Movimentos Sociais e Redes de Mobilizações Civis no Brasil Contemporâneo, Ed. Vozes, Petrópolis, 2010.

GOHN, Maria da Glória. Os jovens e as praças dos indignados: territórios da Cidadania – Revista Brasileira de Sociologia, volume 1, número 2, 2013.

Complexo Educacional FMU São Paulo/SP – 12 e 13 de Novembro de 2015

DIAGNÓSTICO DE COMPETÊNCIAS DOS CONSELHEIROS INDEPENDENTES DE EMPRESAS DE CAPITAL FECHADO

Artur Carlos Neves - ([email protected]) Patricia Morilha Muritiba - ([email protected])

Paulo Evaristo Urbani Carvalhinha - ([email protected])

OBJETIVOS DO ESTUDO

Este estudo tem por objetivo identificar competências essenciais para os

conselheiros de administração, dando foco aos conselheiros independentes de empresas de capital fechado. Procura-se, então, responder à questão de

pesquisa: Quais são as competências requeridas aos conselheiros de administração independentes em empresas de capital fechado?

Adicionalmente a responder esta questão, pretende-se também propor um modelo qualitativo que identifique categorias de competências requeridas a

diferentes perfis de conselheiros.

RELEVÂNCIA DA PESQUISA

Esse estudo é importante por que ajuda no desenvolvimento da teoria de competências, visto que ajuda a entender melhor as competências que

conselheiro de administração possui.

Esse estudo ajudará a entender melhor as competências dos conselheiros de

empresas de capital fechado, que ainda é incipiente. Seus resultados buscarão ajudar a melhorar a governança corporativa das empresas, pois a partir do

momento que se tiver listadas as competências dos conselheiros, o processo de seleção dos conselhos será melhorado, assim adotando de melhor maneira os princípios de governança corporativa.

PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

Para atender aos objetivos propostos será feito um estudo com o método de

grounded theory, baseado em entrevistas com conselheiros de administração de empresas de capital fechado.

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Espera-se que, ao final deste estudo, seja possível contribuir com a arquitetura

de conselhos de administração de maior competência e, para o estudo da governança corporativa, com o melhor entendimento das competências essenciais

para conselheiros de administração.

CONCEITOS ESSENCIAIS

A Governança Corporativa (GC) consiste em um sistema de normas que tem por objetivo levar a empresa a ter um bom desempenho, o que é esperado pela

sociedade como um todo, a GC funciona como um guia que demonstra os comportamentos esperados dos executivos acionistas e investidores

(HASPESLAGH, 2010). Outra definição para GC é trazida pelo IBGC que em suma diz que a governança é o sistema como a empresa é dirigida no que diz respeito

ao relacionamento entre acionistas e proprietários (IBGC, 2009).

Quando se fala em Governança Corporativa, a primeira palavra a vir à mente é Conselho de administração, que é o principal componente da governança

corporativa e pode ser definido como o elo de relacionamento entre a propriedade e os sócios (IBGC, 2015) e tem por missão gerar valor para a empresa

e protegê-la, maximizando o retorno do investimento em longo prazo, bem como buscar o equilíbrio entre as expectativas das partes interessadas e preservar

valores, objeto social e sustentabilidade (IBGC, 2009).

Um dos primeiros artigos sobre competências nas organizações foi o de Prahalad e

Hamel (1990), que tratou das competências essenciais das organizações. As competências essenciais são as características de uma empresa que se relacionam

a uma maior competitividade (PRAHALAD; HAMEL, 1990). Para os autores, a competência essencial é uma característica que a empresa possui que é difícil de

copiar, valorizada pelos seus clientes e que agregue valor à organização. A estratégia da empresa deveria, portanto se orientar por essa competência e não

necessariamente pela dinâmica do mercado.

O estudo das competências individuais teve suas origens na psicologia, em

trabalhos que davam continuidade à necessidade de selecionar os melhores profissionais para as organizações. Um dos artigos seminais é o de McClelland

(1973). Na época, o usual nas organizações era fazer a seleção dos profissionais com base no quociente de inteligência ou na sua experiência profissional. Mc Clelland questiona essa abordagem – para ele, além da inteligência, que ele

chama de “conhecimento”, profissionais adequados possuem também habilidades

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(capacidade de colocar o conhecimento em prática) e atitudes (vontade de

colocar suas habilidades em prática, ou o comportamento adequado). Ele define competência como o conjunto de conhecimentos, habilidades e atitudes – que

ficou conhecido como o CHA.

RESULTADOS

Quando se pergunta aos entrevistados sobre o que distingue os melhores conselheiros dos demais em termos de competências, a resposta foi em torno de:

conseguir trabalhar em equipe, ser capaz de dar suas opiniões, de contribuir com o conselho, mas ao mesmo tempo conviver com a opinião dos outros. Além da

competência técnica que é inerente ao cargo de cada conselheiro.

Em relação ao que um conselheiro de excelência precisa demonstrar em termos

de competências numa empresa de capital fechado. O principal apontado foi: “conhecer sobre os conceitos de governança corporativa, porque ele provavelmente vai estar vivendo em um conselho com membros que não

conhecem nada sobre governança corporativa e podem fazer uma grande confusão entre o que são atividades de conselho, atividades de gestão e etc...” .

Quantos aos conhecimentos técnicos: “é e não é necessário [...] ter caras que não entendem nada daquele assunto, mas que tem experiências em outros tipos de

negócios as vezes é fantástico porque ele não entra nos paradigmas que teria no caso de um aconselhamento restrito”

Sobre as competências identificadas pelos entrevistados como pré-requisitos de conselheiros de excelência foram citadas: experiência profissional, senioridade,

capacidade de visão, capacidade de convivência em equipe, foram também citadas competências pessoais, porém foi destacado que essas competências não

devem ser requisito para inclusão ou exclusão do conselheiro, pois pode ocorrer do conselheiro não ser “bom com pessoas” mas ter uma experiência profissional

que agregue sobremaneira ao conselho.

Perguntando-se sobre quais as competências necessárias e diferenciadoras que

conselheiros de diferentes tipos precisam ter? Foi identificada como competência básica o conhecimento teórico sobre governança, seu funcionamento e com quais

órgãos ela se relaciona. E como competência diferenciadora as experiências pessoais e profissionais, manifestar a sua opinião e atitude proativa.

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As situações em que as competências diferenciadoras serão importantes será em

situações de conflito que ocorrem principalmente em empresas familiares, e se o conselheiro possui competências como atitude proativa e experiência ele lidará

melhor com esses conflitos.

DISCUSSÕES E CONCLUSÕES

As principais competências levantadas na pesquisa de Campo veio ao encontro da literatura pesquisada e sintetizada no quadro 01, onde aparecem, a experiência,

conhecimentos administrativos e de governança e características pessoais como competências importantes para o conselheiro de administração. Apesar de na

pesquisa de campo ter sido ressaltado que as competências pessoais não devem ser utilizadas como fatores decisivos de contratação devido á importância de que

o conselho seja diversificado para ajudar na melhor tomada de decisões e resolução de conflitos.

LIMITAÇÕES DO ESTUDO

A principal limitação desse estudo é que seu foco foi apenas empresas de capital fechado, portanto não pode-se generalizar os resultados para todos os

conselheiros de administração. Sugere-se que seja reproduzida essa pesquisa com conselheiros de empresas de capital aberto para que se compare os resultados.

Outra limitação é que os entrevistados estão localizados no estado de São Paulo, o que pode trazer características culturais do local, portanto outra sugestão é

reproduzir a pesquisa em outros estrados brasileiros e mesmo fora do país para que se possa generalizar os resultados para todos os conselhos de administração.

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REFERÊNCIAS

FLEURY, M. T. L.; FLEURY, A. Construindo o conceito de competência. Revista de Administração Contemporânea, v. 5, n. spe, p. 183–196, 2001.

IBGC. Código das Melhores Práticas de Governança CorporativaGroupBrasil, 2009.

IBGC. Instituto Brasileiro de Governança Corporativa. Disponível em: <http://www.ibgc.org.br/inter.php?id=18163>.

MCCLELLAND, D. C. Testing for competence rather than for “intelligence”. The American psychologist, v. 28, n. 1, p. 1–14, 1973.

PRAHALAD, C. K.; HAMEL, G. The Core Competence of the Corporation. Harvard Business Review, v. 68, n. 3, p. 79–91, 1990.

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O AGRICULTOR FAMILIAR E AS TENSÕES ENTRE O AGRONEGÓCIO E OS MOVIMENTOS SOCIAIS

Douglas Machado Simão – Complexo Educacional FMU ([email protected]) Maria da Glória Marcondes Gohn - FMU/Unicamp/CNPq ([email protected])

Palavras–chave: agricultura; agronegócio; agrotóxicos; defensivos; familiar;

movimentos; sociais; transgênicos.

INTRODUÇÃO

Ao tratar da agricultura familiar, o agronegócio e os movimentos sociais de luta

pela terra aparecem em posições antagônicas. Enquanto o primeiro afirma que o uso de tecnologias, como sementes transgênicas e os agrotóxicos são necessários

para alavancar a produção agrícola brasileira, o segundo rebate dizendo que este modelo é desfavorável ao agricultor familiar, pois o uso dessas tecnologias, além

de ser um risco à saúde de quem as aplica e quem as consome, é apenas vantajoso para os grandes proprietários de terra – os latifundiários – já que a

aplicação destes produtos potencializados com maquinário tecnológico proporciona a estes uma “agricultura sem agricultores”. Para eles, a agricultura

familiar deveria adotar um método de cultivo que seja feito de maneira orgânica, sustentável e manual, compondo assim a classe trabalhadora no campo.

Em meio a este embate, está a figura do agricultor familiar sendo abordado pelos dois lados. Um que trabalha com a dinâmica do capital, da maximização da

produção e do lucro, mas ao mesmo tempo capitaliza os latifundiários que mais tarde podem vir a adquirir as terras dos pequenos agricultores. E outro que

propõe um fortalecimento das comunidades, agricultura orgânica e sustentável, porém, tem como um de seus pilares o governo atual que parece não dar a devida atenção à agricultura familiar, dados os últimos acontecimentos na gestão Dilma

Rousseff, como a indicação da ruralista Kátia Abreu ao Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) e o baixo número de assentamentos criados nessa gestão.

Dessa forma, instala-se a pergunta desta pesquisa: “Como é a abordagem do agronegócio junto ao agricultor familiar e quais são as tensões desta abordagem

nos movimentos sociais de luta pela terra?”

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RELEVÂNCIA DA PESQUISA

Esta pesquisa tem relevância porque traz como tema central a questão da terra e como os sujeitos que a protagonizam estão interagindo na conjuntura política e

mercadológica atual. O direito à terra e à produção vem sendo objeto de lutas sociais no decorrer de nossa história. Além de tratar-se de um terreno onde os

sujeitos firmam seu espaço na sociedade, carrega também a temática da alimentação, uma necessidade primária e inerente à condição humana. Há uma

série de questões éticas, políticas, econômicas e sociais a serem estudadas, com o propósito de entender melhor as relações do agricultor familiar com o mercado

e movimentos sociais da terra.

OBJETIVOS

OBJETIVO GERAL: Pesquisar a abordagem do agronegócio junto ao agricultor

familiar e quais são as tensões desta abordagem nos movimentos sociais de luta pela terra.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS: pesquisar os pontos de vista e estratégias de marketing das empresas do agronegócio com foco no agricultor familiar; capturar a crítica

dos movimentos sociais de luta pela terra quanto a essas estratégias; entender qual é a opinião do agricultor familiar quanto a esses dois atores; desenvolver

análise crítica do discurso de acordo com as entrevistas realizadas; analisar o papel do governo e o desenvolvimento de ações voltadas à agricultura familiar.

METODOLOGIA

MATERIAIS E MÉTODOS: Pesquisa bibliográfica e sobre os estudos já realizados;

leitura e análise de textos e documentos oficiais ligados ao tema; cotejo das diversas abordagens ao tema; entrevistas qualitativas com representantes de cada

grupo.

FORMA DE ANÁLISE DOS RESULTADOS: leitura e discussão dos textos; análise de

conteúdo e discursos coletados; trabalho com o orientador.

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REFERENCIAIS TEÓRICOS

Os referenciais teóricos serão apontados a partir da pesquisa que será dividida por etapas:

§ CAPÍTULO 1 - A AGRICULTURA E O AGRICULTOR FAMILIAR: panorama atual com abordagem dos conceitos de agricultura e agricultor familiar, partindo

da visão teórica dos autores elencados nas referências bibliográficas e dos órgãos governamentais. (ABRAMOVAY; KAUTSKY)

§ CAPÍTULO 2 - O AGRONEGÓCIO NO BRASIL: análise histórica sob o aspecto econômico e político do agronegócio brasileiro e das principais empresas

fornecedoras de insumos agrícolas no Brasil (Syngenta, líder em agrotóxicos e Monsanto, líder em sementes híbridas e transgênicas) (GRAZIANO;

NAVARRO)

§ CAPÍTULO 3 - OS MOVIMENTOS SOCIAIS DE LUTA PELA TERRA: pesquisa concentrada nos dois movimentos sociais com maior destaque nessa

questão no Brasil: o MST (Movimento dos Sem Terra) e a Via Campesina. Abordaremos a construção histórica destes movimentos, diretrizes,

ideologias e ações desenvolvidas e a atual agenda destes grupos. (GOHN; STEDILE)

§ CAPÍTULO 4 - ENTREVISTAS COM OS REPRESENTANTES DE CADA GRUPO:

nesta etapa serão realizadas as entrevistas qualitativas com representantes

dos três grupos abordados na pesquisa: empresas do agronegócio; agricultores familiares e movimentos sociais.

REFERÊNCIAS

ABRAMOVAY, R. Paradigmas do capitalismo agrário em questão. São Paulo / Rio de Janeiro / Campinas: Hucitec / Anpocs / Unicamp, 1992.

GOHN, Maria da Gloria. Teoria dos Movimentos Sociais: Paradigmas Clássicos e Contemporâneos. 10. Ed. São Paulo. Loyola, 2012.

GRAZIANO, X.; NAVARRO, Z. S. de. Novo mundo rural: a antiga questão agrária e os caminhos futuros da agropecuária no Brasil. São Paulo. Unesp, 2015.

KAUTSKY, K. A questão agrária. São Paulo. Nova Cultural, 1986.

STEDILE, João Pedro. A Reforma Agrária e a Luta do Mst. São Paulo. Vozes, 1997.

Complexo Educacional FMU São Paulo/SP – 12 e 13 de Novembro de 2015

TRANSPARÊNCIA DA GOOGLE: INFORMAÇÕES DISPONÍVEIS NO WEBSITE PARA ATENDER AS DEMANDAS DA SOX E GERAR CONFIANÇA

Savio Luna Pinto - ([email protected]) Fernando de Almeida Santos - ([email protected])

Essa pesquisa apresenta os 11 capítulos da lei Sarbannes-Oxley de 2002 e

identifica as informações de relação com o investidor da empresa Google. Essas informações são analisadas abordando os critérios de classificação propostos por Andrade e Rossetti (2006). A hipótese inicial propõe que a empresa Google,

listada na NASDAQ, apresenta mais informações do que as necessárias por lei. Esse estudo de caso confirma a hipótese, encontrando 14 áreas, e sugere uma

nova lista de 17 categorias que devem ser informadas por empresas que desejam alcançar alto grau de transparência. A justificativa dessa pesquisa é a

importância da relação de transparência das empresas com seus stakeholders, que obteve maior visibilidade com os escândalos de 2001.

A metodologia proposta foi o estudo de caso realizado a partir da identificação das áreas de menu e submenu da página web de relação com o investidor da

empresa Google (https://investor.google.com/). Em seguida, foi utilizada a categorização da SOX (2002) proposta por Andrade e Rossetti (2006) para analisar

a qualidade das informações de transparência apresentadas pela Google.

O estado da arte sobre o tema considera o desenvolvimento da lei Sarbannes-

Oxley (SOX, 2002) e a os escândalos que culminaram na sua necessidade. Além disso, pesquisas relacionada a informações não financeiras foram desenvolvidas

por: Razali e Arshad (2014) referente a existência de comitês de auditoria internos e independentes; Pace, Basso e da Silva (2003) e a capacidade de prever

valor correlacionada a medidas estratégicas não-financeiras que geram a credibilidade dos administradores e em consequência, do balanço.

Outras pesquisas sobre indicadores de transparência foram realizadas por Haro,

Caba e Sánchez (2012) e Almeida (2009) e convergem em uma fator importante: Relação positiva entre capitalização e transparência.

A pesquisa realizada para analisar a transparência implementada pela Google foi documentada no quadro I ao descrever as informações da página de relação com

os investidores (https://investor.google.com/). Essa pesquisa descritiva foi

100

realizada no dia 10 de Junho de 2015 e se propôs a listar as áreas dispostas no

menu e submenu do site.

Quadro I – Informações disponíveis pela Google

1. Criação do órgão de Supervisão de Auditores independentes

2. Independência do Auditor

3. Responsabilidade Corporativa

4. Aumento do Nível de Divulgação de Informações Financeiras

5. Conflito de Interesses de Analistas

6. Comissão de Recursos e Autoridade

7. Estudos e Relatórios

8. Prestação de Contas das Empresas e Fraudes Criminais

9. Aumento das Penalidades para Crimes de Colarinho Branco

10. Restituição de Impostos Corporativos

11. Fraudes Corporativas e Prestação de contas

Fonte: Dados da Pesquisa

Após as informações apresentadas pelo Quadro I é possível utilizar a classificação

proposta por Andrade e Rossetti (2006) para entender o objetivo de cada área do site dentro da transparência e sua correlação com a SOX (2002)

Quadro II – Resultados da Pesquisa

Classificação SubCategorias Propostas

Transparência Novos Produtos

Transparência Aquisições

Transparência Composição do Conselho de Administração

Transparência Composição do Conselho de Auditoria

Transparência Informações sobre outras empresas

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Transparência Canal de relacionamento com investidores

Prestação de Contas Relatórios Financeiros por trimestre

Prestação de Contas Relatórios Financeiros por ano

Prestação de Contas Notas Explicativas

Prestação de Contas Histórico das Ações

Prestação de Contas Comparação das Ações (por tempo) com outras empresas

Prestação de Contas Declaração enviada a Receita por trimestre

Prestação de Contas Declaração enviada a Receita por ano

Conformidade Legal Código de Ética

Conformidade Legal Guia de Governança Corporativa

Conformidade Legal Canal de denúncias dos relatórios enviados

Justiça Atualizações das informações enviadas ao órgão reguladores

Fonte: Classificação realizada com Dados da Pesquisa

O Quadro II conclui que a Google informa ao seus investidores como trata os

principais pontos da SOX (2002), e além disso apresenta informações além do necessário por lei. Dessa forma, compactua para a boa Governança Corporativa e

a redução de possíveis fraudes fiscais como as ocorridas em 2001.

Como contribuição social, esse estudo permite que outras empresas utilizem o modelo do Quadro II para estruturar sua transparência e relacionamento com

investidores. Dessa forma, se preparar para altos níveis de mercado selecionado para abertura do capital e maior confiança dos resultados financeiros.

REFERÊNCIAS

ALMEIDA, María Mar Alonso. La Transparencia de Las Empresas en Internet para la Confianza de los Accionistas e Inversores: un Análisis Empírico. Cuad. Adm. Bogotá, Bogotá, v. 22, n. 38, p. 11-30, jan/jun. 2009.

ANDRADE, Adriana ; ROSSETTI, José Paschoal. Governança Corporativa. 2a ed. São Paulo: Atlas, 2006.

102

BORGERTH, Vania Maria da Costa. SOX: Entendo a Lei Sarbannes-Oxley. (1a ed.) São Paulo: Thomson Learning, 2007.

HARO DE ROSARIO, Arturo; CABA PÉREZ, María del Carmen; SÁNCHEZ CAÑADAS, María del Mar. Determinantes de la Transparencia Online del Sector del Capital Riesgo: el Caso de España. Cuád. Contab Bogotá, Bogotá, v. 13, n. 32, jan/jun. 2012.

PACE, Eduardo Sérgio Ulrich; BASSO, Leonardo Fernando Cruz; SILVA, Marcos Alessandro da. Indicadores de Desempenho como Direcionadores de Valor. RAC, Curitiba, v. 7, n. 1, p.37-65, Jan/Mar. 2003.

RAZALI, Wan Ainul Asyiqin Wan Mohd; ARSHAD, Roshayani. Disclosure of Corporate Governance Structure and the Likelihood of Fraudulent Financial Reporting. Procedia - Social And Behavioral Sciences, [s.l.], v. 145, p.243-253, ago. 2014.

SEC. Sarbanes Oxley Act of 2002. 2002. Disponível em: <https://www.sec.gov/about/laws/soa2002.pdf>. Acesso em: 17 maio 2015.

Complexo Educacional FMU São Paulo/SP – 12 e 13 de Novembro de 2015

TRANSFORMANDO O TORCEDOR EM CONSUMIDOR: O PROGRAMA SÓCIOTORCEDOR DO CORINTHIANS

Fabaino Fernandes Martins - ([email protected])

OBJETIVO DO ESTUDO

Avaliar a contribuição do marketing de relacionamento no alcance dos objetivos

empresariais dos clubes de futebol, tendo como principal foco o programa sócio torcedor.

Como objetivos específicos o estudo visa :

1. Demonstrar como o clube, neste caso o Sport Club Corinthians Paulista,

está usando o programa sócio torcedor para criar diferenciação para sua marca.

2. Verificar a efetividade do programa sócio torcedor na transformação de

torcedores em potenciais consumidores.

3. Entender qual a participação direta do programa sócio torcedor em termos

de lucratividade e como este contribui para incrementos em outras fontes de receitas do clube.

RELEVÂNCIA DO ESTUDO

Percepção dos clubes de futebol para importância do marketing de

relacionamento, através do sócio torcedor, para aumento das receitas.

Carência de trabalhos sobre marketing de relacionamento no âmbito dos esportes

no Brasil.

PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

Através de um estudo de caso do programa de relacionamento e fidelização do Sport Club Corinthians Paulista, denominado Fiel Torcedor, a pesquisa usa bases

teóricas do marketing esportivo, comportamento do consumidor e do marketing de relacionamento, para confrontá-las com as ações de marketing do clube.

Neste sentido, além da pesquisa bibliográfica, foram utilizados materiais

amplamente divulgados sobre as ações de marketing do Corinthians,

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principalmente sobre seus programas de relacionamento, denominados Fiel

Torcedor e República Popular do Corinthians, estudos produzidos por consultorias especializadas em marketing no futebol, notícias do meio esportivo e uma

entrevista em profundidade com o gerente de marcas e responsável pelo programa sócio torcedor do clube.

CONCEITOS ESSENCIAIS

Marketing Esportivo: De acordo com Hardy et al (2004), o marketing esportivo tem a função de satisfazer as necessidades e desejos dos consumidores através do processo de

troca em relações onde há o envolvimento da imagem do esporte, usado tanto para produtos e serviços diretamente voltados para sua prática, quanto para

aqueles outros que visam a promoção através da sua associação.

Para Melo Neto (2003), além da tentativa de conquistar novos clientes e mercados

para potencializar as vendas através de uma maior exposição, a associação de uma marca a um clube, um atleta ou um evento esportivo, procura a

identificação desta com as sensações positivas que o esporte oferece. Neste sentido, buscam atrelar o consumo dos produtos da marca às experiências

positivas que o esporte proporciona, criando-se assim um diferencial na concorrência pela lembrança do consumidor no ato da escolha.

Marketing de Relacionamento: Segundo Gronroos (2004), marketing de relacionamento é o processo de identificar e estabelecer, manter e aprimorar e, quando necessário, encerrar

relacionamentos com os clientes de modo que sejam atendidos os objetivos de todas as partes envolvidas, relativas às variáveis econômicas e outras. Isso se

consegue através de trocas mútuas e promessas.

Hunt, Arnett e Madhavaram (2006) afirmam que os consumidores entram em um

relacionamento com as empresas quando eles percebem que os benefícios excedem os custos. Quando o fornecedor oferece esses benefícios, os

consumidores sentem que podem confiar e se comprometem também com o relacionamento. Nesse sentido, a existência da troca de benefícios é a base para a manutenção de relacionamentos entre clientes e empresas.

105

Contudo, o uso do marketing de relacionamento, no âmbito do marketing

esportivo do futebol ajuda a compreensão que os torcedores são na verdade clientes que procuram bons produtos e serviços, e que, como em qualquer

mercado atual, a concorrência está cada vez mais acirrada. Assim, a instituição esportiva pode se preparar para o aguçamento da visão de consumidor do

torcedor.

RESULTADOS

Fortalecimento da marca pela diferenciação criada no relacionamento proporcionado com modelo sócio torcedor.

Diminuição da dependência do resultado esportivo (imprevisível) para manutenção de receitas.

Impulso gerado pelo sócio torcedor nas outras frentes de marketing, como patrocínio, direitos de imagens, licenciamentos e arenas esportivas

DISCUSSÕES

Marketing de relacionamento fideliza ainda mais o torcedor e ajuda a transformar uma simples partida de futebol em um evento. Assim, uma experiência favorável

vivida pelo torcedor impulsiona o consumo de produtos da marca esportiva e de seus patrocinadores (WANG e KAPLANIDOU, 2013).

LIMITAÇÕES

Dificuldade de generalização: um único caso, ou mesmo, alguns casos podem não

ser suficientes para uma inferência mais geral.

Não abordagem de um possível conflito entre o amadorismo do esporte, que

envolve o comprometimento dos participantes com o jogo em si, e o evento esportivo moderno, que busca todas as formas de entretenimento para geração de

receitas aos clubes e aos demais parceiros no negócio.

106

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

MORGAN, R.; HUNT, S. The commitment-trust theory of relationship marketing. Journal of Marketing, v. 58 (3), p. 20-38, 1994.

REICHHELD, F.F; TEAL, T. The Loyalty Effect. Boston: Harvard Business School Press, 1996

VARGO, S. L; LUSCH, R. Evolving to a new dominant logic for marketing. Journal of marketing, v. 68, n. 1, p. 1-17, 2004.

WANG, R. T; KAPLANIDOU, K. I want to buy more because I feel good: the effect of sport-induced emotion on sponsorship. International Journal of Sports Marketing & Sponsorship. v. 15, n. 1, Oct . 2013.

CARDOSO, M. V; SILVEIRA, M. P. A Importância da Adoção do Sócio Torcedor como Estratégia de Inovação para Aumentar as Receitas dos Clubes de Futebol no Brasil. Podium Sport, Leisure and Tourism Review, Edição Especial, v. 3, n. 3, p.12-24, 2014.

Complexo Educacional FMU São Paulo/SP – 12 e 13 de Novembro de 2015

A IMPORTÂNCIA DA EDUCAÇÃO CORPORATIVA PARA O DESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICO DA

ORGANIZAÇÃO E DE SEUS COLABORADORES COMO DIFERENCIAL DE MERCADO

Giuliano Aron Alves - ([email protected]) Alessandro Marco Rosini - ([email protected])

1 INTRODUÇÃO

Em função das novas exigências postas às organizações em nível mundial a partir de fins da década de 1990, principalmente motivadas pelo advento da

globalização, rompimento das barreiras comerciais e por um avanço tecnológico sem precedentes na história, surge uma “Nova Era”: “A Era do Conhecimento, da

Informação e da Tecnologia” e, com ela, consolida-se o conceito da “Empresa Educadora”, timidamente iniciado em 1980 por ocasião da aplicação de novos

modelos e sistemas de negócios, produção, logística e administração, conforme Meister (1999), Lastres e Albagli (1999). Como consequência imediata, a dinâmica

do mercado de trabalho, as qualificações e os requisitos para a formação profissional foram reconfigurados, transformaram-se e seguem se transformando

continuamente no decorrer do tempo e no Novo Milênio.

Devido à importância, o autor propôs-se a realizar uma pesquisa de campo, ainda

em curso, com foco na Educação Corporativa (EC) e nas Universidades Corporativas no setor financeiro nacional através de referenciais teóricos e

estudo de instituições financeiras atuantes no Estado de São Paulo, porém, com larga representatividade em território nacional e internacional.

2 OBJETIVOS

Em primeiro plano, após o devido embasamento teórico sobre o tema e seus desdobramentos, desenvolver um estudo sobre uma tradicional instituição

financeira brasileira, de natureza privada, que opera no país há mais de 200 anos, identificada em função de cláusula de sigilo, como “INSTITUIÇÃO FINANCEIRA X”,

e sua Universidade Corporativa.

Em paralelo e como complementação do estudo, abordar duas outras empresas do

setor – a “INSTITUIÇÃO FINANCEIRA Y” que, igualmente, desenvolve a educação corporativa com foco nas novas tecnologias, e a “INSTITUIÇÃO FINANCEIRA Z” que

108

não dispõe deste recurso, de forma a estabelecer a comparação entre dois grupos

de organizações: empresas que oferecem EC e aquelas que não oferecem o benefício aos seus colaboradores, com o objetivo de investigar o impacto que a

EC exerce sobre a qualidade das atividades e operação no mercado destas organizações.

Como parte do estudo, será realizado um levantamento de cunho histórico e documental para avaliar as organizações em período anterior e posterior à adoção

e implantação da EC com foco nas novas tecnologias, de forma a investigar alguns aspectos relevantes, tais como: o rendimento operacional, lucratividade da

empresa, retenção de talentos, satisfação dos clientes, otimização da dinâmica de trabalho, tempo e custo, prós e contras da EC no ambiente interno e no

mercado.

A proposta igualmente verifica níveis de atualização da EC com foco nas novas

tecnologias e sua correspondência com as necessidades do mercado, através da análise dos cursos, frequência, duração, áreas, disponibilidade, acesso e modo – presencial, Ensino à Distância (EAD) –, abrangência em relação às inúmeras

agências, os planos de carreira e a frequência de atualização e densidade tecnológica das empresas.

3 METODOLOGIA

A abordagem proposta é estruturada basicamente por dois níveis de pesquisa:

Pesquisa de Natureza Bibliográfica e Documental para a composição teórica e levantamento histórico, e Pesquisa de Natureza Quali-quantitativa com Caráter

Exploratório para a constituição do Estudo de Caso das organizações selecionadas.

A sustentação teórica para a metodologia de Pesquisa de Natureza Bibliográfica e

Documental, bem como para a Pesquisa de Natureza Quali-quantitativa com Caráter Exploratório e Estudo de Caso classificado na Categoria Observacional, é

fornecida por Gil (2002) e Yin (2010).

Serão utilizados os seguintes instrumentos:

a) “Autorização para Uso de Informações e Marca”, que fornece permissão da instituição financeira para a realização da pesquisa com fins estritamente

científicos;

109

b) “Autorização para Uso de Informações dos Entrevistados”, que informa os

sujeitos da pesquisa e formaliza os propósitos e uso dos dados de pesquisa; e

c) “Instrumentos de Coleta de Dados (ICD)”, sob a forma de Roteiro de

Entrevista Semiestruturado, Questionário e Check-list para coleta de informações e impressões do pesquisador junto aos objetos e sujeitos da

pesquisa.

Após elaboração dos referenciais teóricos e da pesquisa de campo, os dados serão

tabulados e classificados em categorias de análise.

4 CONCEITOS FUNDAMENTAIS

A abordagem será constituída pelos principais conceitos relacionados ao tema

principal: a “Era do Conhecimento, da Informação e da Tecnologia”; o conceito, o contexto e a evolução da educação e da universidade corporativa no Brasil e no

mundo; a importância, mitos e verdades e as novas perspectivas da educação e da universidade corporativa. Na sequência, serão apresentados a Pesquisa de Campo

e Estudo de Caso da Universidade Corporativa da “INSTITUIÇÃO X”, a discussão dos resultados, as limitações do estudo e encaminhamento para futuras

pesquisas, seguido das Conclusões.

5 HIPÓTESE DA PESQUISA

A EC com foco nas novas tecnologias promove o desenvolvimento profissional e tecnológico da organização e de seus colaboradores e atua como um diferencial

de mercado, à medida que agrega valor e qualifica as atividades e operações de uma organização.

6 CONCLUSÕES PRELIMINARES

A Era do Conhecimento, da Informação e da Tecnologia impulsionou mudanças de todas as ordens, mas, em especial, de paradigmas e escala de valores para

empresas e profissionais mediante a releitura dos processos e à aplicação da mais alta tecnologia. Surge também um novo ativo e/ou patrimônio, o capital

intelectual ou capital humano, considerado, hoje, de extrema importância para a condução dos negócios de toda e qualquer organização, pois somente recursos e

110

tecnologia não bastam, o potencial humano ainda é a chave-mestra do sucesso,

ou seja, o homem permanece como protagonista em um cenário organizacional que se reinventa todos os dias (CHIAVENATO, 2009).

A inovação, a produção e ampliação de conhecimentos apresentam-se como a nova tônica, sob todos os aspectos, assim como o seu estudo, e figuram como

prioridade máxima na pauta de empresas, instituições e meio acadêmico. Segundo Eboli (2004, p. 29), “Educação é um tema que interessa a todos os

setores da sociedade, inclusive o corporativo, e está na agenda de todas as empresas empenhadas em aumentar a competitividade”, compondo um novo

fator estratégico.

Especificamente, o meio acadêmico, na atualidade, posiciona-se como um campo

fértil onde germinam as pesquisas, o intercâmbio de experiências e saberes das mais diversas áreas, capazes de propiciar o aperfeiçoamento humano, pessoal e

profissional através de uma gama de cursos de graduações e pós-graduações oferecidas pelas universidades, com vistas à aplicação no universo do trabalho.

Hoje, a formação continuada e o aperfeiçoamento profissional, inclusive para

domínio das novas tecnologias, são de tal importância e magnitude que empresas em âmbito mundial criaram e mantêm Universidades Corporativas (UCs), ou em

acordo com as universidades estabelecidas, definem grades curriculares adequadas as suas necessidades, para o treinamento, formação e aprimoramento

de seus colaboradores e staffs e, ainda, como um investimento viável e necessário ao sucesso no ranking de seus setores econômicos, com vistas a sua

produtividade e lucratividade e, mais, como uma contribuição social.

REFERÊNCIAS

CHIAVENATO, Idalberto. Recursos humanos: o capital humano das organizações. 9 ed. Rio de Janeiro: Elsevier – Campus, 2009.

GIL, Antonio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 4 ed. São Paulo: Atlas, 2002.

LASTRES, Helena M. M., ALBAGLI, Sarita. Informação e globalização na era do conhecimento. (Org.). Rio de Janeiro: Campus, 1999.

MEISTER, J. Educação corporativa. São Paulo: Makron Books, 1999.

YIN, Robert K. Estudo de caso: planejamento e métodos. (Tradução Ana Thorell). 4 ed. Porto Alegre (RS): Bookman, 2010.

Complexo Educacional FMU São Paulo/SP – 12 e 13 de Novembro de 2015

A IMPORTÂNCIA DA SEGURANÇA ESTRATÉGICA DE INFORMAÇÕES PARA A LONGEVIDADE DAS INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS

Giuliano Aron Alves - ([email protected])

1 INTRODUÇÃO

O processo de evolução da Tecnologia da Informação (TI) é considerado um fato

incontestável. Trata-se de um fenômeno mundial que permeou todos os âmbitos, do público ao privado, ao redesenhar o curso e a cultura das sociedades e das

organizações, além de condicionar novas formas de comportamento e exigências por parte dos consumidores.

Inicialmente incrementada à sombra dos desenvolvimentos tecnológicos efetivados em outras e diversificadas áreas, a TI apresentou especial impacto

sobre as atividades das instituições financeiras, posto que imprimiu velocidade e flexibilidade aos mais variados sistemas de informações, a fim de atender às

contínuas exigências e dinâmicas do mercado globalizado com suas complexas e mutáveis atividades e trâmites.

A TI outorgou vantagens potenciais para as organizações e para a sociedade em todos os setores de atividades ao facilitar o rápido processamento e acesso às

informações em qualquer tempo e lugar. Entretanto, criou, igualmente, uma nova necessidade: garantir a segurança de seus sistemas e canais de dados e

informações, de modo a eliminar a possibilidade de falhas e fraudes capazes de prejudicar, simultaneamente, empresas e seu público consumidor (clientes,

usuários) e as próprias instituições financeiras que detêm e operam tais informações.

A segurança dos sistemas de informações, hoje, no país, em seu aspecto mais

evoluído e consolidado, apresenta-se não apenas como uma necessidade, mas como obrigatoriedade submetida a ditames normativos e legais, que dispõem

sobre a implantação e implementação de sistemas de controles internos de operações e procedimentos para a prestação de serviços aos clientes e ao público

em geral.

112

2 JUSTIFICATIVA E RELEVÂNCIA DO TEMA

O estabelecimento da normalização e da legislação vigentes como forma de regulação dos controles e procedimentos para a operação das instituições

financeiras é relativamente recente e, portanto, a história do mercado de capitais registra a dissolução de organizações em território mundial, e também no

Brasil, devido à quebra de sigilo e de segurança de dados e informações, bem como de fraudes, que justifica a importância de estudos sobre o tema.

3 OBJETIVOS GERAL E ESPECÍFICO

Como objetivo geral reunir informações para a análise da importância da

segurança estratégica de informações para a longevidade das instituições financeiras, através da exposição de quatro eixos temáticos: (1) as instituições financeiras; (2) os órgãos reguladores – o Banco Central do Brasil (Bacen), o

Sistema Financeiro Nacional (SFN), o Conselho Monetário Nacional (CMN), o Acordo de Basileia e respectiva legislação e diplomas legais; (3) a segurança dos

sistemas de informações; (4) a segregação de informações e atividades, acrescidos de exemplos do mercado.

Como objetivo específico, apresentar um Estudo de Caso Único de uma instituição financeira que opera no mercado de capitais, identificada, para fins deste

trabalho, como "INSTITUIÇÃO ABC", com destaque para o resgate histórico da evolução da empresa em relação à aplicação da tecnologia da informação e

segurança e recursos atualmente empregados, além de entrevistas com gestores e assistentes da organização para evidenciar as práticas e procedimentos adotados

e verificar a importância dos sistemas de segurança para a longevidade da empresa e de seus negócios.

4 METODOLOGIA E INSTRUMENTOS DA PESQUISA

A abordagem proposta é estruturada basicamente por dois níveis de pesquisa:

Pesquisa de Natureza Bibliográfica e Documental para a composição teórica e atendimento ao objetivo geral, e Pesquisa de Natureza Qualitativa com Caráter

Exploratório para a constituição do Estudo de Caso Único da "Instituição ABC".

A Pesquisa de Natureza Bibliográfica e Documental revisa a literatura disponível em meio eletrônico e editorial e sumariza os resultados de estudos experimentais

113

já produzidos e das contribuições científicas disponíveis e documentadas sobre a

segurança estratégica de informações para a longevidade das instituições financeiras. Já, a Revisão Documental inclui o levantamento de dados,

informações e análise do processo de controle interno e segregação de informações para a composição do Estudo de Caso Único da “Instituição ABC”.

A Pesquisa de Natureza Qualitativa com Caráter Exploratório visa à coleta de dados e informações relevantes junto aos gestores e assistentes da “Instituição

ABC”, de forma a registrar e analisar a sua prática em relação ao tema estudado. O processo inicia-se com a autorização e concessão de informações fornecidas

pelos profissionais da organização, plenamente esclarecidos sobre os propósitos do trabalho, através da assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

– o primeiro contato com os sujeitos entrevistados –, e segue com os Instrumentos de Coleta de Dados (ICDs – Questionários), e respectiva tabulação.

5 HIPÓTESE DA PESQUISA

A longevidade e saúde das instituições financeiras no mercado dependem diretamente dos seus sistemas estratégicos de segurança de dados e informações

e da precisão de seus controles internos.

6 RESULTADOS DA PESQUISA

No Brasil, hoje, a segurança dos sistemas de informações (SSIs) apresenta-se como obrigatoriedade normativa e legal, que é determinada em nível nacional pelas

Resoluções n. 2.554 e n. 3.694, respectivamente de 24.09.98 e 23.03.09, do Banco Central do Brasil (Bacen), com amplitude global pelo Acordo de Basileia,

entre outros diplomas de igual relevância.

Os SSIs alcançaram alto grau de desenvolvimento através da evolução da

Tecnologia da Informação (TI), que outorgou vantagens potenciais para todos os níveis de organização empresarial e, especialmente, ao setor financeiro, ao

facilitar o rápido processamento e acesso às informações em qualquer tempo e lugar. Entretanto, criou, igualmente, uma nova necessidade: garantir a segurança

dos sistemas e canais de dados e informações, de modo a eliminar a possibilidade de falhas e fraudes capazes de prejudicar, simultaneamente, empresas e

consumidores.

114

No contexto nacional, um levantamento divulgado pela Serasa Experian6, em 2 de

abril de 2014, informa que o Brasil perdeu R$ 2,3 bilhões com fraudes em transações financeiras em 2013 – um dado importante e que revela um aspecto negativo da expansão e densidade tecnológica: a tecnologia do crime, ou voltado às

ações criminosas, igualmente evoluiu, segue evoluindo com ares de sofisticação e deu origem ao “cibercrime”.

Com isso, possíveis fragilidades e/ou deficiências nos sistemas de segurança e de

acesso às informações ainda podem permitir invasões, vazamentos e fraudes, além da apropriação e/ou divulgação indébita de informações por indivíduos ou grupos de indivíduos, não apenas de natureza financeira, mas também de outras ordens, como,

por exemplo, a quebra de sigilo e divulgação de informações confidenciais de Estado, como publicado recentemente pela mídia, no ano de 2014, em relação aos Estados Unidos – protagonistas de uma das maiores polêmicas de disposição ética e política

dos últimos tempos e que mobilizou a atenção mundial ao expor uma complexa rede de espionagem.

O caso dos Estados Unidos evidencia-se como exemplo das possíveis fragilidades dos

sistemas de dados e informações que atingem não apenas as instituições financeiras, mas instituições e entidades com maior vulto e âmbito de atuação. A estatística da Serasa Experian, portanto, imprime um caráter de atualidade ao tema, ao mesmo

tempo em que define o seu grau de importância enquanto matéria de estudo, que assume ainda maior proporção e interesse, principalmente se considerado o contexto de crise econômica mundial instaurado a partir de 2008, conforme notícias vinculadas

pelas mídias.

A "Instituição ABC", conforme atestado pelos manuais, procedimentos e normas internas utilizadas para o Estudo de Caso, possui um sistema de controle interno

bem estruturado, informatizado e aliado à tecnologia de ponta, porém, conforme dados obtidos na Pesquisa de Campo com seus Gestores e Assistentes, necessita

de reforços em termos de treinamento de suas equipes para a utilização adequada dos recursos disponíveis.

6 SERASA EXPERIAN – Empresa brasileira de análises e informações para decisões de crédito e apoio a negócios. Faz parte do grupo Experian. A Serasa Experian atua por meio de acordos com empresas de informações de todos os continentes (SERASA EXPERIAN, 2014).

115

7 CONCLUSÃO

A composição teórica do trabalho revela que apesar da extensa legislação e normalização definidas por entidades brasileiras e também internacionais, da

plena aderência das instituições financeiras às determinações e dos investimentos em tecnologia, estas ainda são vítimas de golpes e fraudes, tanto de origem

interna, quanto externa, o que sinaliza fragilidades e deficiências de controle interno, da segregação de funções e atividades e, principalmente, de seus

sistemas de segurança de informações – três fatores presentes e reafirmados pelo conjunto de documentação que rege e norteia o setor e, inclusive, reforçado

pelas Resoluções Bacen e pelo Acordo de Basileia.

A "Instituição ABC" apresenta-se como exemplo positivo, posto que se encontra

em operação há 206 anos no país, figura entre os cinco maiores bancos do Brasil e continua em franca ascensão. A sua ascensão, crescimento e tempo de vida (206 anos) comprova que longevidade e saúde das instituições financeiras no mercado

dependem diretamente dos seus sistemas estratégicos de segurança de dados e informações e da precisão de seus controles internos.

É necessário esclarecer que não houve a perspectiva ou intenção de esgotar um assunto tão vasto, atual e importante como a segurança estratégica da

informação, por isso a abordagem limita-se aos aspectos mais essenciais relativos ao tema e abre espaço para a continuidade de estudos e pesquisas futuras.

REFERÊNCIAS

BRASIL. Banco Central do Brasil. Institucional. Disponível em: <http://www.bcb.gov.br/?BACENFAQ>. Acesso em: 8 ago. 2014.

BRASIL. O acordo de Basileia. Sistema Financeiro Nacional. Disponível em: <http://www.bcb.gov.br/?BASILEIA>. Acesso em: 13 ago. 2014.

BRASIL. Resolução n. 2.554, de 24 de setembro de 1998. (Dispõe sobre a implantação e implementação de sistema de controles internos). Banco Central do Brasil (Bacen). Disponível em: <http://www.bcb.gov.br/pre/normativos/busca/normativo.asp?tipo=res&ano=1998&numero=2554>. Acesso em: 13 ago. 2014.

BRASIL. Resolução n. 3.694, de 26 de março de 2009. (Dispõe sobre a prevenção de riscos na contratação de operações e na prestação de serviços por parte de instituições financeiras e demais instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil). Banco Central do Brasil (Bacen). Disponível em:

116

<http://www.bcb.gov.br/pre/normativos/busca/normativo.asp?tipo=res&ano=2009&numero=3694>. Acesso em: 13 ago. 2014.

SERASA Experian registra aumento de fraudes contra o consumidor. Disponível em: <http://agenciabrasil.ebc.com.br/economia/noticia/2014-08/serasa-experian-registra-aumento-de-fraudes-contra-o-consumidor>. Acesso em: 3 set. 2014.

Complexo Educacional FMU São Paulo/SP – 12 e 13 de Novembro de 2015

A INOVAÇÃO SOCIAL NAS EMPRESAS BRASILEIRAS Monica Martins Caparroz - ([email protected])

Humberto Aparecido Pereira Damasceno - ([email protected]) Celso Machado Júnior - ([email protected])

Claudia Rosa Acevedo - ([email protected])

INTRODUÇÃO

O desenvolvimento da economia e da sociedade encontra na teoria do desenvolvimento econômica elaborada por Schumpeter (1997) elementos que

suportam explicações da evolução de mercados, países e empresas. Na concepção deste autor, a inovação possui intima relação com o estabelecimento de novos

mercados e com o surgimento de empreendedores. Autores como Nelson (2006) que identifica a importância do apoio governamental em pesquisa e

desenvolvimento para o crescimento econômico do país, La Rovere (2006) que analisa como os conceitos de paradigmas e trajetórias tecnológicas estão vinculados a inovação e ao crescimento econômico, e Dosi (2006) que associa o

crescimento e a competitividade da sociedade industrial com a realização de pesquisa tecnológica e cientifica são exemplos de pesquisadores que colaboram

com a abordagem de Schumpeter. A abordagem da sustentabilidade é tema emergente da sociedade e das organizações, assim as inovações além de

estabelecerem atenção com os aspectos econômicos, também devem se atentar com os aspectos ambientais e sociais. Esta abordagem se apoia na proposta de

Elkington (2001) em que a sustentabilidade deve integrar as dimensões econômica, social e ambiental.

OBJETIVO

O entendimento das inovações voltadas para aspectos sociais e não mais

meramente econômicos se posiciona como objeto de interesse para a sociedade. Desta forma esta pesquisa estabelece como objetivo identificar se as empresas

divulgam inovações sociais que executam.

REFERENCIAL TEÓRICO

Autores como Bhatt e Altinay (2013) e Maclean, Harvey e Gordon (2013) indicam que a pesquisa em inovação social se apresenta em estágio embrionário,

118

resultando em uma carência de estudos teóricos e empíricos. Para Cajaiba-

Santana (2014) os estudos de inovação social são fracionados e dispersos entre várias áreas do conhecimento. Bignetti (2011) aponta que as pesquisas sobre

inovação social são rudimentares e escassas. Bouchard (2012, p. 50) propõe que inovações sociais “[...] são, portanto, não apenas as respostas às necessidades

específicas, mas também propostas que visam à mudança social, na medida em que implica uma nova visão, uma nova forma de avaliar e definir os problemas,

bem como as possíveis soluções”. Segundo Chambon, David e Devevey (1982) as inovações sociais são dinâmicas que permitem as pessoas apoiar uma

necessidade social, ainda não atendidas de forma satisfatória. Segundo os autores, a inovação social proporciona aos indivíduos uma condição melhor do

que a que vivem no momento, e que não mais satisfazem as suas necessidades, caracterizando assim o grau de novidade. O estudo de Holmes e Smart (2009),

indica a inovação aberta com proximidade a responsabilidade social corporativa, condição esta que estabelece intima relação da inovação social com o empreendedorismo social. Os autores ressaltam a importância de as empresas

expandirem suas fronteiras, para fortalecer o processo de inovação e da legitimação social. A existência de relações entre o desempenho superior nas

empresas, a gestão de diversidade dos colaboradores, o processo de inovação e a maior atenção ao social é observada na pesquisa de Bridgstock et al. (2010). Para

os autores a inovação social converge aspectos culturais, no entendimento de que a dimensão social poderia ser melhor e diferente.

METODOLOGIA

O presente estudo, de acordo com seu objetivo geral, pode ser caracterizado

como qualitativo e descritivo, fazendo uso de dados secundários. Os dados foram obtidos no anuário “Guia Exame de Sustentabilidade”, edição de 2014, publicado

pela Editora Abril. Esta publicação teve sua primeira edição em 2000 e segue uma metodologia desenvolvida pelo Centro de Estudos em Sustentabilidade da

Fundação Getúlio Vargas, (GUIA EXAME DE SUSTENTABILIDADE, 2014). A publicação possui como foco de atenção no processo de estabelecer um ranking

das empresas que declaram atenção de sua gestão para a sustentabilidade. No ano de publicação da revista em 2014, 228 empresas responderam ao questionário proposto. Deste universo as 61 empresas que se destacaram no Brasil por suas

políticas e práticas em sustentabilidade tiveram seus resultados publicados. Este estudo desenvolve uma análise de conteúdo, que por meio da pré-análise,

119

segundo Bardin (2009), possibilita estabelecer a categorização e a codificação nos

relatos apresentados pelas empresas.

APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS DADOS

Os dados apresentam 22 inovações sociais que representam 30% do avaliado nas 61 empresas. A Tabela 1 indica o foco de atenção da inovação social identificada

nas empresas. Os relatos de inovações sociais apresentam um único beneficio observado. É possível ponderar que ações sociais desenvolvidas pelas empresas

resultem em mais de um beneficio social, no entanto, para efeito desta pesquisa os dados se restringem ao relatado pelas empresas.

Tabela 1 - Temas de beneficio das inovações sociais

Tema Qde. Tema Qde.

Apoio a comunidade 9 Educação para o transito 1

Capacitação profissional 3 Educação financeira 1

Parceria com catadores 2 Combate a corrupção 1

Mitigação dos efeitos decorrentes da atividade 2 Igualdade de gênero 1

Fornecedores locais 1 Inclusão digital 1

Fonte: Dados da pesquisa.

O apoio a comunidade com nove eventos (41%) se estabelece predomínio de

atenção das empresas que realizam inovação social. Depois aparece a capacitação profissional, que de acordo com os dados, em duas situações o publico alvo era

externo a empresa, e em uma situação tratava-se dos próprios funcionários. Na sequência aparecem dois temas com duas ocorrências: a parceria com catadores,

e a mitigação dos efeitos decorrentes da execução das atividades da empresa. Com apenas uma ocorrência aparecemos temas: fornecedores locais, educação

para o transito, educação financeira, combate a corrupção, igualdade de gênero e inclusão digital.

DISCUSSÃO

Os dados confirmam a posição embrionária da inovação social conforme apontado por Bhatt e Altinay (2013) e Maclean, Harvey e Gordon (2013). Neste sentido, não

apenas as pesquisas de inovação social são embrionárias, como o próprio processo de inovação voltada a mudança social.

120

REFERÊNCIAS

BHATT, P.; ALTINAY, L. How social capital is leveraged in social innovations under resource constraints? Management Decision, v. 51, n. 9, p. 1772 - 1792, 2013.

BIGNETTI, L. P. As inovações sociais: uma incursão por ideias, tendências e focos de pesquisa. Ciências Sociais Unisinos, v. 47, n. 1, p. 3 - 14, 2011.

CAJAIBA-SANTANA, G. Social innovation: moving the field forward: a conceptual framework. Technological Forecasting and Social Change, v. 82, p. 42 - 51, 2014.

MACLEAN, M.; HARVEY, C.; GORDON, J. Social innovation, social entrepreneurship and the practice of contemporary entrepreneurial philanthropy. International Small Business Journal, v. 31, n. 7, p. 747 - 763, 2013.

SCHUMPETER, A. Teoria do desenvolvimento econômico: uma investigação sobre lucros, capital, crédito, juro e ciclo econômico. São Paulo: Nova Cultural, 1997.

Complexo Educacional FMU São Paulo/SP – 12 e 13 de Novembro de 2015

INOVAÇÃO ABERTA E A SUA RELAÇÃO COM O MEIO AMBIENTE: OPORTUNIDADES E AMEAÇAS PARA A INDÚSTRIA FARMACÊUTICA

BRASILEIRA Anderson Smalci - ([email protected])

Orlando Roque da Silva – Docente do Programa de Pós-Graduação em Administração do Complexo Educacional FMU ([email protected])

OBJETIVOS DO ESTUDO

Sabemos que o país tem passado há décadas por sérias dificuldades estruturais, e

que estas não podem ser administradas pelas organizações, e esse custo acaba tendo impacto diretamente nos preços dos produtos. Considerar o entendimento

de desenvolvimento sustentável é estar apto a produzir produtos, processos e serviços que preservem o meio ambiente e garantam os recursos de

sobrevivência; os objetivos deste trabalho são verificar se a inovação aberta na produção tem contribuído para processos mais eficientes na indústria farmacêutica e conhecer se práticas de sustentabilidade ambiental são aplicadas

por meio da Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) e/ou inovação aberta.

RELEVÂNCIA DA PESQUISA

O relacionamento entre empresas e meio ambiente tem sido cada vez mais objeto de estudo das instituições que promovem a preservação e conservação dos

recursos naturais para a garantia da vida para as próximas gerações. Segundo Martine (1996) a relação entre desenvolvimento e meio ambiente é confusa,

porque a ampliação da consciência ambiental desde a década de 1980 tem se concentrado em problemas típicos da industrialização.

Gadelha (1990) afirma que empresas inovadoras por meio dos seus departamentos individualizados de engenharia da produção e, principalmente da P&D, se

dedicam a busca de inovações que possam ser incorporadas aos seus produtos e processos. Além das suas próprias atividades de pesquisa e desenvolvimento

desses dois departamentos, pode também se apropriar da parceria científica e tecnológica com as atividades desenvolvidas por universidades, institutos de

pesquisa e empresas de tecnologia, elevando suas contribuições para um processo endógeno da geração de tecnologia.

122

PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

A pesquisa a ser aplicada neste estudo será qualitativa e o seu método será através da coleta de dados/informações por meio de questionário e entrevista. As

questões, fechadas e abertas, sobre o objeto serão respondidas pelos responsáveis das áreas de produção, inovação e/ou P&D da empresa, por escrito

ou oralmente. Neste último caso, o pesquisador se encarrega de preencher as questões respondidas (CHIZZOTTI, 2000).

Conforme Chizzotti (2000, p.45)

“A entrevista é uma comunicação entre dois interlocutores, o pesquisador e o informante, com a finalidade de esclarecer uma questão. Pode ser livre (o informante discorre como quiser sobre assunto), estruturada (o informante responde sobre algumas perguntas específicas), ou semi-estruturadas (discurso livre orientado por algumas perguntas-chaves).”

CONCEITOS ESSENCIAIS

Segundo (Freeman & Soete, 2008, p.19)

“As inovações, portanto, são cruciais não apenas para aqueles que desejam acelerar ou sustentar a taxa de crescimento econômico de seus próprios países ou de outros, mas também para os que se assombram com preocupações sobre a quantidade de bens e que desejam mudar a direção do avanço econômico, em busca de melhor qualidade de vida. Elas são cruciais para a conservação dos recursos naturais a longo prazo e para a melhoria do meio ambiente. E a prevenção das mais diversas formas de poluição, como a reciclagem econômica de produtos inúteis, depende também do avanço tecnológico, bem como das inovações sociais.”

Para Stoeckicht e Bastos (2011), as inovações fechadas, até o fim dos anos 1990, eram empregadas pelas grandes empresas em todo mundo, gerando resultados

por meio dos seus laboratórios de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D), empregando centenas de profissionais qualificados e recebendo grandes quantidades de

dinheiro. Quando necessário, recorria-se a alguma universidade ou instituto de pesquisa para resolver dificuldades pontuais no processo. A partir da década

seguinte, cientes do fato de que existem recursos para a inovação para além das fronteiras organizacionais, as empresas “olham para fora”, e suas estratégias de

inovação passam a contemplar a busca de recursos ao longo de toda a sua rede de valor, promovendo uma maior relação com clientes, fornecedores, universidades,

123

institutos de pesquisa ou inventores independentes, denominada de inovação

aberta ou open innovation.

124

De acordo com (Stal, Nohara e Chagas Jr., 2014)

“Na inovação aberta, existe uma interação sistemática com agentes externos – universidades, institutos de pesquisa, colaboradores individuais, outras empresas, e redes de inovação. Aqui, buscam-se resultados no ambiente externo, que outras empresas estejam dispostas a negociar – o tradicional licenciamento de tecnologia – ou conhecimentos que possam contribuir para a geração de inovações na empresa. É possível associar competências e esforços para a geração de inovações que não poderiam ser criadas, exclusivamente, dentro da organização.”

RESULTADOS

Ainda não é possível ser apresentado nenhum resultado por conta que a pesquisa se encontra na fase inicial em um estágio de levantamento bibliográfico.

DISCUSSÕES E CONCLUSÕES

A indústria farmacêutica tem sido fundamental na melhoria da qualidade de vida

das pessoas e a criação de projetos sustentáveis dependerá da enorme habilidade em desenvolver sistemas de produção e torná-los cada vez mais produtivos por

meio de investimentos em ciência e tecnologia.

LIMITAÇÕES DO ESTUDO

Considerando o grau de complexidade da indústria farmacêutica por conta do

sigilo das informações, acredita-se que seja possível encontrar dificuldade para obter certas respostas.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

CHIZZOTTI, A. Pesquisa em ciências humanas e sociais. 4ª ed. São Paulo: Cortez, 2000.

FREEMAN, C.; SOETE, L. A economia da inovação industrial. Campinas: Editora da Unicamp, 2008.

GADELHA, C. A. G. (1990) - Biotecnologia em Saúde: Um Estudo da Mudança Tecnológica na Indústria Farmacêutica e das Perspectivas de seu Desenvolvimento no Brasil. Campinas: Instituto de Economia da Unicamp. (Dissertação de mestrado)

125

MARTINE, G. População, meio ambiente e desenvolvimento: verdades e contradições. 2ª ed. Campinas, SP: Editora da Unicamp, 1996.

STAL, E.; NOHARA, J. J.; CHAGAS JR., M. F. Os conceitos da inovação aberta e o desempenho de empresas brasileiras inovadoras. RAI: Revista de Administração e Inovação, v. 11, p. 295-320, 2014.

STOECKICHT, I. P.; BASTOS, V. N. R.. Modelos e Estratégias de Gestão de Inovação e o Mercado Brasileiro. In: Martius Vicente Rodriguez y Rodriguez (Org.). Gestão do conhecimento e inovação nas empresas. 1ª ed. Rio de Janeiro: Qualitymark, 2011.

Complexo Educacional FMU São Paulo/SP – 12 e 13 de Novembro de 2015

O IMPACTO DA POLÍTICA NACIONAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS EM EMPRESA PRESTADORA DE SERVIÇO DE COLETA NA CIDADE DE SÃO

PAULO Andris Alvares Wasser Pintor – ([email protected])

Jouliana Jordan Nohara – ([email protected])

OBJETIVOS DO ESTUDO

O presente artigo tem como objetivo analisar se a PNRS impacta ou não nas

empresas prestadoras de serviço de coleta de lixo na cidade de São Paulo.

PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

Verifica-se dois componentes básicos: (1) revisão bibliográfica a respeito da evolução histórica das questões ambientais; (2) pesquisa qualitativa de caráter

exploratório, como estudo de caso, realizada através de entrevistas diretas, coletadas por questionário com gestores do setor de resíduos sólidos. O levantamento dos dados envolve uma entrevista semi estruturada com

representantes da Amlurb e de uma (entre duas) empresa prestadora de serviços de coleta de resíduos sólidos da cidade de São Paulo.

RELEVÂNCIA DA PESQUISA

Há uma preocupação atual e mundial sobre a degradação do meio ambiente e

ações governamentais são cada vez mais frequentes para a busca da sua melhor gestão sobre os impactos sobre os países e sobre as pessoas. Estudos que buscam

compreender as melhores práticas regionais podem contribuir para a ampliação de ações que contribuam para as metas globais de redução dos impactos ao meio

ambiente.

CONCEITOS ESSENCIAIS

Para Yin (2001), os estudos de caso apresentam maior condição para levantar variáveis com uma investigação mais profunda, considerando as percepções num

determinado período de tempo e uma observação ampliada do contexto em que ocorrem os fenômenos.

127

Godoi e Mattos (2006) sugerem que não há um número exato e padronizado de

entrevistas, apenas o cuidado em saber se elas foram suficientes para saturar as conclusões da investigação.

Nas décadas de 60 e 70 os países começaram a preocupar-se com a extração dos recursos naturais pela indústria e a consequente devastação do meio e suas

consequências. Em 1972 houve a primeira Conferência Global e em 1983, foi criada a Comissão Mundial sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento cuja

preocupação foi a geração exagerada dos resíduos produzidos. Em 1992 a ONU organizou a ECO-92 ou RIO-92 no Rio de Janeiro, considerado um marco na

história pelo esforço conjunto de governos mundiais ao traçar medidas para a prática do desenvolvimento sustentável.

A Cúpula Mundial sobre o Desenvolvimento Sustentável, em 2002 caracterizou-se pelo esforço em sensibilizar os Estados para as ações conjuntas e o apoio às

iniciativas dos municípios.

O que antes era de responsabilidade dos geradores industriais, pela recente Lei 12.305, os resíduos sólidos agora são considerados em sua origem, entre eles, os

domicílios, os estabelecimentos comerciais e as indústrias.

Foi elaborado em 2012 o Plano de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos da Cidade

de São Paulo (PGIRS). Nele estão destacadas as metas e os meios para atingir os resultados de gestão ambiental.

RESULTADOS

A escolha dos entrevistados foi feita em função das diferentes perspectivas. A

primeira, pelo gestor da Amlurb (Secretário), diretamente pressionado pelo Governo Federal e; a segunda, pelo gestor da empresa prestadora de serviços de

coleta de resíduos sólidos, impactado pela responsabilidade da execução da coleta final no Município de São Paulo.

O Secretário destacou as iniciativas junto às contratadas pela coleta dos resíduos sólidos domiciliares (RSD), como a inauguração de duas centrais mecanizadas de

triagem e a meta de mais duas até 2016. Passar de 350 para 1.250 toneladas de resíduos reciclados e secos.

A necessidade da mudança de paradigma de gerador, passando a responsabilidade do poder público para quem produz, comercializa, consome ou gera o resíduo.

128

Afirma: “Se não quer ser o responsável, não gere; se gerou, reduza; se reduziu,

reutilizou ou reciclou?”

São três fases no plano: Primeira Campanha: 2014 – expansão da coleta seletiva;

Segunda Campanha: 2015 – início da utilização de composteiras e orientação técnica e; Terceira Campanha: 2016 – articulação da coleta seletiva de RSD

Orgânicos e coleta conteinerizada de rejeitos. Todas para diminuir a quantidade de resíduos desta categoria nos aterros.

Concomitantemente a implantação de duas mil composteiras em domicílios, a criação de um fundo privado de coleta seletiva e de logística reversa e a

ampliação dos Ecopontos para os depósitos rejeitados pela construção civil e dos dejetos domiciliares de grande porte, passando de cerca de100 para 140

Ecopontos em 2016.

Destaca aquisição de 16 novos caminhões para a coleta seletiva em 11 distritos

novos.

Na entrevista realizada na empresa Logística Ambiental de São Paulo S.A (LOGA), a Coordenadora de Resíduos Sólidos de Saúde, Francini Efigênia Breitenbach,

destaca que a LOGA é uma empresa com propósito específico para realização dos serviços divisíveis previstos no Contrato de Concessão 027/SSO/2004 com o

município de São Paulo ao longo de 20 anos de concessão.

Com a publicação da PNRS alguns dos investimentos foram adiantados o que por

consequência alterou o planejamento estratégico da empresa, como o investimento na Mega Central Mecanizada de Resíduos com foco na reciclagem.

Outro investimento imediato foi aquisição de novos caminhões destinados para materiais reciclados. A Mega Central que tinha o objetivo de ser por coleta

manual, foi alterada para mecanizado.

Para a LOGA, a legislação não interferiu na qualidade dos serviços, mas

essencialmente na antecipação dos investimentos em novas infraestruturas e na inclusão de mão de obra, o que provavelmente implicará em aumento de custo.

DISCUSSÕES E CONCLUSÕES

Como conclusão demonstra-se que a PNRS tem sim impactado diretamente no

planejamento dos órgãos governamentais e seus prestadores de serviço de coleta de resíduos sólidos, incluindo a demanda de antecipação de investimentos.

129

Ambas as organizações, pública e privada, demonstraram em seu discurso a

intensidade que existe na busca pela qualidade dos serviços prestados, bem como o esforço para a evolução dos novos conceitos e exigências na PNRS.

Há uma preocupação latente no que diz respeito à proteção dos recursos naturais, o que pode ser verificado pelas recorrentes Conferências realizadas nos últimos

40 anos sobre o tema. O Brasil foi sede de duas Conferências: a Rio+10 e a Rio+20 e como resultado dos fóruns de discussões, o governo brasileiro definiu a criação

de uma política que estabelece a correta destinação dos resíduos sólidos: a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS).

O Brasil está caminhando em conformidade com os discursos mundiais, embora para entender se está mais ou menos desenvolvido poderiam ser realizados

estudos comparativos com as iniciativas de outros países inseridos na busca por uma gestão sustentável.

Limitações do estudo Deve-se considerar significativo o levantamento realizado no município de São Paulo, pela importância e complexidade no Brasil, mas novos estudos são

necessários em diferentes municípios, seja pela dimensão, complexidade ou modelo de gestão, pois podem ampliar a percepção.

Palavas-chave: Política Nacional de Resíduos Sólidos, desenvolvimento sustentável, coleta seletiva.

BIBLIOGRAFIA

BOCCASIUS-SIQUEIRA, A. O direito ambiental na legislação brasileira – um contributo para o resgate da história. Rev. eletrônica Mestr. Educ. Ambient., v. 09, n. 1517-1256, p. 112–123, 2002

BRASIL. Câmara dos Deputados. Comissão de Defesa do Consumidor, Meio Ambiente e Minorias. Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento: Agenda 21. Brasília: 1995.

GODOI, C.; MATTOS, P. L. C. L. Entrevista qualitativa: instrumento de pesquisa e evento dialógico. Pesquisa qualitativa em estudos organizacionais: paradigmas, estratégias e métodos. São Paulo: Saraiva, p. 301-323, 2006.

SÃO PAULO. Prefeitura de São Paulo – Secretaria de Serviços. Plano de gestão integrada de resíduos sólidos – PGIRS. Abril de 2014.

YIN, R. K. Estudo de caso – planejamento e método. 2ª. ed. São Paulo: Bookman, 2001.

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ATITUDE EM RELAÇÃO AO PATROCÍNIO DE GRANDES EVENTOS ESPORTIVOS: UM ESTUDO SOBRE A COPA DO MUNDO NO BRASIL

José Fernando De Sousa Mielli - ([email protected]) Daielly Melina Nassif Mantovani - ([email protected])

OBJETIVOS DO ESTUDO

O objetivo geral da pesquisa é identificar a atitude do espectador em relação ao

patrocínio de grandes eventos esportivos, tendo a Copa do Mundo 2014, no Brasil, como instrumento de investigação. Adicionalmente, busca-se identificar a

influência da percepção sobre o patrocínio sobre a intenção de compra dos produtos dos patrocinadores. Portanto, o estudo busca responder a seguinte

pergunta de pesquisa: Qual a atitude dos consumidores em relação ao patrocínio de eventos esportivos e qual a sua influência sobre a intenção de compra de

produtos patrocinados?

Alguns objetivos específicos: A. Identificar o envolvimento dos consumidores com os grandes eventos

esportivos.

B. Identificar a atitude dos consumidores em relação aos grandes eventos esportivos.

C. Identificar a atitude dos consumidores em relação aos patrocinadores dos grandes eventos esportivos.

D. Identificar a intenção de compra de produtos dos patrocinadores de

grandes eventos esportivos.

E. Verificar a ocorrência de animosidade envolvendo o evento esportivo.

Identificar a relação entre os construtos atitude, envolvimento, animosidade e intenção de compra.

F. Identificar o nível de reconhecimento, por parte dos consumidores, das

marcas patrocinadoras do evento.

RELEVÂNCIA DA PESQUISA

O patrocínio é uma ferramenta de comunicação estratégica de marketing em expansão no Brasil e no mundo. No que se refere aos eventos esportivos o

patrocínio tem como objetivo associar a marca da empresa patrocinadora com o

131

esporte patrocinado, chegando ao espectador em momentos de descontração, o

que leva a resultados importantes, tais como melhora da consciência de marca e da imagem da marca; melhora da atitude em relação à marca e incremento na

intenção de compra de produtos patrocinados. Embora a literatura internacional sobre patrocínio esportivo seja vasta, no Brasil poucos estudos são encontrados

em língua portuguesa, de forma que o assunto ainda não pode ser considerado esgotado. Em relação a grandes eventos esportivos, a escassez da literatura

nacional também pode ser observada, isto pode se dever ao fato de o Brasil ter realizado poucos eventos internacionais de grande porte, já que a última Copa do

Mundo de Futebol realizada no Brasil foi em 1958. Na prática o Futebol é um dos esportes no Brasil que recebe maior investimento em patrocínio esportivo,

estando em expansão, o que justifica seu estudo. A presente pesquisa propõe um modelo de análise do patrocínio esportivo que pode ser aplicada pelos gestores de

marketing esportivo na busca de compreender o comportamento da audiência e com isso utilizar os resultados para formular estratégias de longo prazo para alvancar o retorno sobre o investimento. Além disso, o estudo apresenta como

contribuição científica o entendimento dos construtos atitude, envolvimento, animosidade e intenção de compra no contexto de eventos esportivos de grande

porte, o que eleva o conhecimento na área de marketing esportivo no contexto nacional.

PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

Neste capítulo serão apresentados a definição da pesquisa, de acordo com seu

objetivo geral, métodos de coleta e análise de dados e o cronograma para as próximas etapas do projeto.

DEFINIÇÃO DA PESQUISA

A presente pesquisa, de acordo com seu objetivo geral pode ser definida como

quantitativa e descritiva considerando que o estudo busca caracterizar a atitude do espectador da Copa do Mundo em relação ao patrocínio de eventos esportivos

e relacionar as atitudes à intenção de compra de produtos do patrocinador.

COLETA DE DADOS

132

A estratégia de pesquisa escolhida para o desenvolvimento do trabalho foi o

levantamento. A presente pesquisa utiliza a técnica do levantamento a uma amostra de espectadores da Copa do Mundo FIFA. Os dados utilizados para as

análises quantitativas podem ser definidos como secundários, pois foram coletados anteriormente, durante o período de realização da Copa do Mundo 2014

no Brasil (de junho a julho de 2014), para utilização em seu projeto de pesquisa. O procedimento de amostragem aplicado foi o não-probabilístico, por

conveniência, totalizando 281 casos. O questionário foi construído em formato eletrônico e físico; o primeiro formato divulgado aos contatos dos pesquisadores

via email e redes sociais; o segundo formato foi aplicado em empresas e restaurantes e bares aos quais os pesquisadores tinham acesso, contemplando

pessoas brasileiras do município de São Paulo – SP, umas das cidades sede do evento. A coleta iniciou-se no primeiro dia do evento (abertura) e encerrou-se no

final do evento. Destaca-se que, embora muitos estrangeiros estivessem visitando o país devido ao evento, o foco da pesquisa foi apenas os espectadores brasileiros e suas percepções acerca do evento realizado em seu país. A escala utilizada para

a coleta de dados foi adaptada dos estudos de Nufer e Bühler (2010), Meng-Lewis, Thwaites e Pillai (2013) e Lee, Sandler e Shani (1997). O instrumento de coleta

contemplou os construtos de interesse da pesquisa: lembrança do patrocinador (recall), envolvimento com o evento, atitude em relação ao patrocínio, atitude

em relação ao evento, animosidade e intenção de compra de produtos do patrocinador, conforme amplamente discutidos no capítulo 2. Cada um dos

construtos foi mensurado por um conjunto de variáveis ou assertivas, medidas em escala Likert de 7 pontos, em que 1 equivale à total discordância e 7 equivale à

concordância total. Contêm ainda no questionário: variáveis demográficas, como renda familiar, idade, gênero, estado civil e cidade de origem.

AS HIPÓTESES DO ESTUDO PODEM SER DEFINIDAS:

§ H1: O envolvimento com o evento influencia diretamente a atitude em

relação ao patrocínio

§ H2: O envolvimento com o evento influencia diretamente a intenção de

compra dos produtos do patrocinador

§ H3: O envolvimento influencia a atitude em relação ao patrocínio e a intenção de compra, moderado pela atitude em relação ao evento

§ H4: A atitude em relação ao evento influencia diretamente a atitude em relação ao patrocínio

133

§ H5: A atitude em relação ao evento influencia a intenção de compra

§ H6: A atitude em relação ao patrocínio influencia a intenção de compra

§ H7: A animosidade influencia a atitude em relação ao patrocínio

§ H8: A animosidade influencia a intenção de compra

INDICADORES PARA A AVALIAÇÃO DOS MODELOS ESTATÍSTICOS

KMO, Bartlett test, Comunalidade, MSA, Carga factorial, Variância explicada, Alfa de Cronbach e Analise de correlação, Regreção e Testes Não-paramétricos

CONCEITOS ESSENCIAIS

Patrocínio esportivo, Atitude, Envolvimento, Animosidade e Estudo sobre grandes

eventos.

DISCUSSŌES E CONCLUSÕES

Após a análise dos dados poderemos validar ou refutar as hipóteses, o trabalho

ainda não está concluído.

LIMITAÇÕES DO ESTUDO

Estudo realizado apenas com brasileiros, moradores do estado de São Paulo e coletados por conveniência.

REFERÊNCIAS

AJZEN, I.; FISHBEIN, M. ATTITUDES AND NORMATIVE BELIEFS AS FACTORS INFLUENCING BEHAVIORAL INTENTIONS l. Journal of Personality and Social Psychology, v. 21, n. 1, p. 1–9, 1972.

LEE, R.; LEE, K. T. The longitudinal effects of a two-dimensional consumer animosity. Journal of Consumer Marketing, v. 30, n. 3, p. 273–282, 2013.

MENG-LEWIS, Y.; THWAITES, D.; GOPALAKRISHNA PILLAI, K. Consumers’ responses to sponsorship by foreign companies. European Journal of Marketing, v. 47, n. 11/12, p. 1910–1930, 11 nov 2013.

134

NUFER, G.; BUHLER, A. How effective is the sponsorship of global sports events ? A comparison of the FIFA World Cups. International Journal of Sports Marketing & Sponsorship, n. July, p. 303–320, 2010.

OLSON, E. L. Does sponsorship work in the same way in different sponsorship contexts? European Journal of Marketing, v. 44, n. 1/2, p. 180–199, 2010.

Complexo Educacional FMU São Paulo/SP – 12 e 13 de Novembro de 2015

TRANSFORMAÇÃO NAS ORGANIZAÇÕES: UMA ANÁLISE DO ESTADO DA ARTE

José Augusto Grassi - ([email protected]) Marcelo Silva De Andrade - ([email protected])

Luis Felipe Quel - ([email protected])

OBJETIVOS DO ESTUDO

O nosso objetivo é proporcionar visões de diferentes autores sobre o tema de

mudanças e transformações organizacionais, permitindo avaliar a importância das adaptações, refletindo os conceitos, evolução do tema e a resistência, deixando

claro que as mudanças são intencionais ou não intencionais, fazem parte de nosso ambiente interno controlável e de nosso ambiente externo incontrolável.

RELEVÂNCIA DA PESQUISA

O artigo apresenta discussões de grandes pensadores sobre o tema, no qual a

necessidade de revisar os conceitos como emergência na redefinição e reflexão sobre os princípios envolvidos com a gestão da mudança para um universo de

transformação.

CONCEITOS ESSENCIAIS

As mudanças transformam o comportamento humano nas organizações e isso é imprevisível. Conforme (KOTLER, 1947, p.17):

As evidencias mostram que a maioria das empresas públicas e privadas pode se aperfeiçoar de forma significativa, a um custo aceitável, mas que frequentemente cometemos enganos terríveis quando tentamos isso, pois a historia simplesmente não nos preparou para os desafios de transformação.

A organização como um sistema integrado nos permite visualizar e identificar diversos conjuntos de valores como as relações de poder e autoridade, sistemas

de comunicação, processos de liderança, clima, cultura, que são expressos por indivíduos que as compõem, assimilando-os e retransmitindo aos envolvidos de

todos os grupos.

136

Judson (1980, p. 77) já havia comentando sobre a grande influencia que as

pessoas têm nas organizações, dividindo em características individuais de personalidade e pressões da orgânico e do grupo, como fatores principais das

mudanças organizacional.

Figura 1 - Adaptado de Judson, 1980, p.77. Fonte: JUDSON, 1980, p. 77.

A análise das relações e dos comportamentos individuais e coletivos nos permite identificar a cultura existente, pois tais interações retratam o grau de

formalidade e informalidade presentes nos ambientes organizacionais, sendo que denotam maior ou menor flexibilidade das relações entre os componentes.

Segundo (QUEL, 2006, p.53):

A velocidade das mudanças na economia e na sociedade globalizada afetará as empresas que não forem competentes, bem como os trabalhadores que resistirem às tendências mercadológicas e não se posicionarem a favor da estabilidade interna e externa das empresas a que estão ligados.

137

(Beer e Nohria, 2001, p. 4) tiveram a percepção que as mudanças podem

favorecer as organizações em dois principais fatores, para a econômica, ou seja, valores estendidos aos acionistas e o comportamento da organização, voltado

para a mudança de melhoria da cultura organizacional, conforme o quadro abaixo expõe.

Uma parte dos livros e artigos, questiona muito sobre as mudanças tecnológicas,

sociais, políticas e econômicas e mostra como as organizações precisam ter esse equilíbrio, desde o início do século XXI para se manterem no mercado.

Alguns autores questionam as mudanças como Lewin (1951), ele define que as organizações sofrem a influência de um conjunto de forças opostas que seriam de

mesma intensidade, gerando assim o equilíbrio de forma constante, mostrando flutuação em volta de um determinado nível. O deslocamento para um novo

patamar é que ocasiona a mudança.

O que nos faz refletir que somente o simples fato da mudança do hábito ou

pensamento de uma pessoa não ocasiona a mudança e sim quando os resultados são sentidos. Morgan (1996) dizia que a mudanc a, por ser um processo gerador,

traz também o componente de negac ão, tornando-se ameac a ao processo. A resistência é válida por se pensar nas pessoas, pois nem todos aceitam as

mudanças ou então não estão condicionadas a ela e assim complementando (Boyett e Boyett , 1999, p. 63) “O verdadeiro problema dos programas de

mudanc a foi que as pessoas que deveriam mudar resistiram teimosamente em fazer o que os defensores da mudanc a queriam que fizessem.”

138

Assim Motta (2001, p.72) complementa a resistência dizendo que: “em meio à

variedade de objetos gestores da mudança, tendem a privilegiar algumas dimensões organizacionais em detrimento de outras, conforme a perspectiva de

análise ou a teoria substantiva em que se baseiam”, e apresenta o quadro abaixo:

A mudança organizacional interrompe rotinas e cria as mesmas condições que tornam as organizações mais jovens sem probabilidade de falhar, a chamada

responsabilidade de novidade (Stinchcombe,1965; Carroll e Delacroix, 1982;Freeman, Carroll, e Hannan, 1983).

Freeman, menciona que a mudança organizacional é um processo que solidifica com os adventos do dia-a-dia, mostrando que a atual posição da organização e

dos indivíduos está diretamente relacionadas.

Conforme estudado na teoria clássica, o processo administrativo de uma

organização, baseia-se no processo de direção, planejamento, controle e coordenação, já conceitualmente na escola das relações humanas, frisa a

importância para as pessoas, focando tanto o ambiente organizacional, como nos

139

processos e também no indivíduo. O modelo mecanicista de mudanças estruturais,

ao longo dos tempos tem sido abandonado e dessa forma visa valorizar o conceito ético-humanistas, sociais e políticos dentro do contexto de mudanças

organizacionais.

Mudança Organizacional é entendida como uma alteração qualquer, sendo

planejada ou alguma semelhança acontecida, dentro do ambiente organizacional ou em suas inter-relações dentro do processo organizacional.

PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

Nós utilizamos pesquisas bibliográficas e a evolução dos conceitos como método

para a coleta de dados de natureza qualitativa, assim vimos que algumas mudanças são totalmente influenciadas por ambiente externo e acontecidas exclusivamente no ambiente interno como protagonista, as pessoas da

organização.

RESULTADOS

A evolução do tema é notável, Judson (1980), colocava as pessoas como os grandes fatores de mudanças, falando sobre o comportamento real do individuo

seja ela influenciando a organização ou a si próprio, individualmente. Já Beer e Nohria (2001), defendem duas visões de mudanças essas ainda enfatizadas pelo

ambiente interno, uma voltada para o valor econômico para acionistas e outra para a evolução da cultura organizacional. Motta (2001), já ainda com o

pensamento de intervenções internas faz se resumir no querer para mudar

140

dependendo de vários fatores e assim entra a nossa discussão em relação aos

recursos complementado as teorias E e O de Beer e Nohria fortalecendo a posição que os fatores externos também influenciam as mudanças. Analisamos também

alguns artigos a partir dos anos 2000, onde alguns reflexos como a fusão e compra de grandes empresas passaram a influenciar muito nas mudanças das

organizações.

DISCUSSÕES E CONCLUSÕES

Constatamos que a medida que os estudos evoluíram ficaram mais presentes os recursos, as pessoas e os processos como fatores principais das mudanças. Antes

as pessoas (natural pelas questões filosóficas), após os processos onde a influência principal eram as pessoas e por fim os recursos onde começaram a

fazer sentido nas influências externas as organizações e as organizações que não olham as mudanças como um fator natural estão condenadas ao esquecimento.

LIMITAÇÕES DO ESTUDO

O grande fator limitador foi a quantidade enorme de informação sobre o tema nos quais divergem e convergem por linhas de pensamentos diferentes.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BARON, Robert A.; GREENBERG, Jerald. Behavior in organizations: understanding and managing the human side of work. 3. ed. London: Allyn and Bacon, 1999. 704 p.

BEER, Michael; NOHRIA, Nitin. Breaking the code of change. Boston: Harvard BusinessSchool, 2001. 507p.

JUDSON, Arnold S. Relações humanas e mudanças organizacionais. São Paulo: Atlas,1980. 245p.

MOTTA, Paulo R. Transformação organizacional: a teoria e a prática de inovar. Rio de Janeiro: Qualitymark, 2001. 224p.

QUEL, Luiz Felipe. Gestão de conhecimentos e os desafios da complexidade nas organizações. 1 ed. São Paulo: Saraiva, 2006.

Complexo Educacional FMU São Paulo/SP – 12 e 13 de Novembro de 2015

O EMPREENDEDORISMO NO BRASIL: MODELOS DE FRANQUIAS Bruna Lamy de Freitas – FMU ([email protected]) Fabiola de Oliveira – FMU ([email protected])

Larissa Jéssica da Costa – FMU ([email protected]) Paulo Henrique Santinelli – FMU ([email protected])

Thiago Pio Benicio Barrionuevo – FMU ([email protected])

O termo Franchising, tem origem na palavra francesa franchise, traduzida para o

português franquia, onde o termo “fran” significava “concessão de um privilégio ou de uma autorização”.

O Franchising, surgiu nos Estados Unidos por volta de 1851 ou 1852, onde a fabricante de máquinas de costura Singer Sewing Machine Company, concede

licenças para o uso de sua marca e de seus métodos de operação para comercialização de produtos, com a intenção de adentrar no mercado com

investimentos relativamente pequenos.

Santos (2015), Jornalista, discorre no site franquia educacional, que “a Singer

abriu as portas para muitas outras empresas nos EUA que começaram a adotar o sistema de franchising. Alguns exemplos são Coca Cola, General Motors, Mc Donald’s e assim por diante.” Acrescentando ainda, que os pioneiros do

franchising no Brasil, foram as redes de idiomas Yázigi e CCAA em 1960, onde se espalharam rapidamente em todo território brasileiro.

Em 1994, entrou em vigor no Brasil a Lei de Franquia, nº 8.955/94, onde também é conhecida como Lei Magalhães Teixeira, que dispõe sobre o contrato de

franquia empresarial (franchising) e dá outras providências.

Na essência, o Franchising consiste em replicar um mesmo conceito de negócio,

como: alimentação/fast food, automotivo/serviços, hotelaria, saúde, beleza, vestuário, etc.

O cenário brasileiro apesar da crise é promissor para investimentos, segundo Bertozzi (2015), pois acredita ter mais fundos soberanos (recursos de países)

vindos para o Brasil em 2015 e 2016, onde afirma que houve uma evolução nos negócios, principalmente nos estados de São Paulo, Mato Grosso do Sul, Goiás,

Paraná, Espírito Santo e Piauí.

Na edição de 08 de setembro de 2015, a Revista Exame resume a ideia de que

“crise gera oportunidades não apenas clichê”. Para os governos, os momentos

142

mais críticos são os ideais para implementar mudanças que seriam mais difíceis

em períodos de normalidade, quando não há um sentido de urgência. Em nota do dia 30 de janeiro de 2015, é publicado pela Revista Exame que “o Brasil é quinto

maior destino de investimentos estrangeiros diretos no mundo, superando todos os países europeus”.

Cristina Franco, Presidente da ABF (Associação Brasileira de Franchising), se pronuncia em nota do canal do empreendedor, que

O franchising é uma indústria promissora, nos momentos bons e difíceis. Temos um cenário complexo que nos pede cautela. O governo fará uma série de ajustes que impactam o varejo e, portanto, o franchising nacional, mas somos capazes de produzir resultados mesmo diante dessa situação.

Estas características de um Brasil em crise estariam contribuindo para o desenvolvimento de grandes empreendimentos?

Em um contexto mais favorável o Brasil seria um país para se olhar com uma visão mais branda para que haja um engajamento de novas franquias?

Desta forma, este estudo investiga como as organizações atuam no mercado em momento de crise, onde há um grande número de incertezas, porém, há exemplos

de bons resultados.

Para responder adequadamente a estes questionamentos este trabalho pretende

realizar uma pesquisa bibliográfica sobre empreendedorismo no Brasil e modelos de franquias.

O conceito de empreendedorismo foi utilizado inicialmente pelo economista Joseph Schumpeter, onde associa empreendedor ao desenvolvimento econômico,

publicado em 1942, no livro “Capitalismo, socialismo e democracia”.

Apresentando um conceito mais vasto, Maria Alice W. Nascimento e Rosany S.

Riguetti - Administração Geral pela Faculdade Novo Milênio, em seu artigo sobre empreendedorismo cita que, “o empreendedor é aquele que destrói a ordem

econômica existente pela introdução de novos produtos e serviços, pela criação de novas formas de organização ou pela exploração de novos recursos e

materiais.”

De acordo, com a Revista Exame publicada no dia 29/03/2015, no artigo intitulado “Brasil é o primeiro em ranking de empreendedorismo” dispõe que,

143

Três em cada dez brasileiros adultos entre 18 e 64 anos possuem uma empresa ou estão envolvidos com a criação de um negócio próprio. Em dez anos, a taxa total de empreendedorismo no Brasil aumentou de 23%, em 2004, para 34,5% no ano passado. Metade desses empreendedores

abriu seus negócios há menos de três anos e meio.

A Revista Exame, discorre ainda que:

o Brasil se destaca com a maior taxa de empreendedorismo, quase 8 pontos porcentuais à frente da China, o segundo colocado, com taxa de 26,7%. O número de empreendedores entre a população adulta no país é também superior ao dos Estados Unidos (20%), Reino Unido (17%), Japão (10,5%) e França (8,1%). Entre as economias em desenvolvimento, a taxa brasileira é superior à da Índia (10,2%), África do Sul (9,6%) e Rússia (8,6%).

Para Paulo Cesar, 1994, franchising consiste em duas vertentes, de um lado, está

a empresa que possibilita a implantação de uma rede para distribuição de produtos ou serviços, denominada franqueador. De outro lado, esta a pessoa

física ou jurídica que se propõe a implantar a unidade de distribuição, de acordo com os padrões definidos pelo franqueador. Essa figura é denominada

franqueado.

O franchsing é o sistema de distribuição que mais cresce no Brasil, Cherto e

Rizzo, demonstram que no final de 1992, já havia a existência de 50 mil estabelecimentos em funcionamento em todo território brasileiro, onde coloca o

Brasil na 3º posição no ranking dos países com maior número de franquias, atrás apenas dos Estados Unidos e do Japão.

Além disso, levantamentos feitos por órgãos especializados, mostram que o sistema gera no Brasil, cerca de 530 mil empregos diretos.

Para Priscila Zuini, de Exame.com, em publicação de 03/03/2011, informa que

Brasil tem mais redes de franquia que os EUA.

Conforme, números divulgados pela ABF em 2014, apontam que o setor gerou

6,5% mais empregos e que 239 novas marcas ingressaram no mercado, apresentando um crescimento de 7,7%, registrando faturamento da ordem de R$

127,331 bilhões.

A ABF também destaca que em Pesquisa de Desempenho Trimestral publicado em

29/05/2015, que o crescimento da indústria do franchising, ampliou seu faturamento nominal em 9,2% no 1º trimestre deste ano, comparado ao mesmo

144

período do ano passado. O faturamento do setor no 1º trimestre foi de R$ 31,3

bilhões, contra R$ 28,7 bilhões no mesmo período de 2014. Os dados apresentados abrangem um ajuste realizado pela ABF no faturamento do mercado em 2014, que

passou de R$ 127,331 bilhões para R$ 128,876 bilhões, em virtude de novos dados relevantes identificados.

Assim sendo, esta pesquisa, ressalta que o Brasil se destaca com a maior taxa de empreendedorismo quase 8% à frente da China, além disto órgãos especializados

demonstram que o sistema de Franchising gera cerca de 530 mil empregos diretos.

REFERÊNCIAS

BERTOZZI, R. Apesar da crise, cenário de investimentos no Brasil é promissor para 2015. Disponível em: http://www.sitecontabil.com.br/noticias/artigo.php?id=131 Acesso em 13.08.2015.

CHERTO M., RIZZO, M. Franchising na Prática. São Paulo: Makron Books, 1994.

LEONEL, J. O Brasil vai aproveitar oportunidades da crise? In: Revista Exame 08/09/2015. Disponível em: http://exame.abril.com.br/economia/noticias/o-brasil-vai-aproveitar-oportunidades-da-crise Acesso em: 13.08.2015

MAURO, P. C. Guia do franqueador: como crescer através do franchising. – São Paulo: NOBEL, 1994.

RABELO, ISABELLA. Surgimento do Franchising no Brasil e no mundo. Disponível em: http://www.franquiaeducacional.com/surgimento-do-franchising-no-mundo-e-no-brasil/ /Acesso em: 26.09.2015.

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GREEN SUPPLY CHAIN MANAGEMENT: UMA ANÁLISE SOBRE A PRODUÇÃO CIENTÍFICA EM PERIÓDICOS NACIONAIS (2004-2014)

Roger Augusto Luna - ([email protected]) Fernando Luiz Emerenciano Viana - ([email protected])

INTRODUÇÃO

Os estudos bibliométricos são ancorados em três leis clássicas, i) medição do

trabalho do cientista; ii) lei de dispersão do conhecimento cientifico e iii) distribuição e frequência de palavras. Para Silva, Toledo Junior e Pinto (2009), os

estudos bibliometricos, se efetuados com rigor metodológico, tornam-se uma ferramenta relevante para a análise e quantificação da produção científica e da

evolução do conhecimento produzido.

Nota-se que a produção acadêmica vem passando por modificações em suas

metodologias e problemas de pesquisa. Soma-se a isso o estimulo da Coordenação de Aperfeiçoamento do Ensino Superior (CAPES) para que a produção acadêmica

construída pelos pesquisadores seja divulgada em periódicos de abrangência nacional.

Assim, frente a este contexto, este estudo se propõe a analisar as publicações em periódicos de brasileiros sobre a temática da gestão verde da cadeia de

suprimento ou Green Supply Chain Management (GSCM), objetivando a ampliação do conhecimento sobre a temática analisada e a disponibilização do perfil

metodológico destas publicações.

Para uma maior compreensão das informações analisadas, cabe aqui a

conceitualização de GSCM e suas práticas. O debate sobre os conceitos de GSCM foi iniciado entre as décadas de 1980 e 1990, momento em que as empresas despertaram para a ideia de eliminação dos impactos ambientais causados por

suas produções (ZHU; SARKIS, 2004). Para Seuring e Muller (2008), a adoção de práticas de preservação e sustentabilidade é algo que deve ser iniciado

imediatamente, com o objetivo de preservação do futuro.

Neste sentido, as empresas têm investido em desenvolvimento sobre questões

relacionadas à gestão ambiental, isto é, adotando projetos de logística reversa, programas de redução de resíduos e reciclagem, inserção de metas de redução de

consumo de matérias-primas, energia elétrica e água, além do uso de tecnologias

146

que buscam a redução de impactos ambientais, sendo estas ações práticas de

GSCM (ZHU; SARKIS, 2004; MISHRA; KUMAR; CHAN, 2012).

PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

Este estudo foi desenvolvido utilizando a base de dados EBSCOhost, delimitando o período de busca entre janeiro de 2004 e dezembro de 2014. O método de

pesquisa bibliométrica foi utilizado com o objetivo de analisar as produções acadêmicas sobre a temática da gestão ambiental e suas práticas de

sustentabilidade, a partir dos termos-chave: Gestão Verde da Cadeia de Suprimento ou Green Supply Chain Management. Quanto aos resultados, a

pesquisa tem caráter exploratório, já que sua natureza é investigativa e descritiva dos fatos analisados pelo pesquisador (COOPER; SCHINDLER, 2011).

Para a obtenção dos dados foram utilizados os seguintes passos na base de dados EBSCOhost: i) Busca por texto completo; ii) Busca pelo termo-chave; iii) Busca apenas por artigos na língua portuguesa. Ao final da pesquisa foram contemplados

quarenta e quatro artigos para a análise. Como próximo passo, foi analisado em quais periódicos os artigos foram publicados e qual o seu respectivo estrato

Qualis/CAPES.

Ao final, procedeu-se a leitura dos artigos para análise e definição daqueles que

realmente pesquisavam a temática definida neste estudo. Para o suporte ao tratamento dos dados, foi utilizado o software MS-Excel 2010.

RESULTADOS

As pesquisas bibliométricas costumam vir carregadas de informações e demandar

do pesquisador envolvido na análise um discernimento sobre o que realmente deve ser utilizado como informação relevante. Neste estudo, a utilização da base

de dados EBSCOhost proporcionou como resultado quarenta e quatro artigos, dos quais todos os resumos foram lidos e analisados sobre o seu conteúdo. Porém,

após a leitura, o efetivo conteúdo buscado por meio das premissas estabelecidas na metodologia representou a quantidade de trinta e cinco artigos, conforme

Tabela 1.

147

Tabela 1 - Publicações por Periódico

Fonte: Elaborado pelos autores (2015)

Nota-se uma dispersão nos periódicos responsáveis pelas publicações, demonstrando que a temática sobre GSCM possui grande relevância para as

pesquisas acadêmicas e para profissionais da área de gestão ambiental, operações, entre outras, corroborando com Zhu e Sarkis (2004), que relataram

que as empresas despertaram para a ideia da sustentabilidade e buscam formas de reduzir seus impactos no meio ambiente.

Também é relevante destacar onde estas pesquisas estão sendo publicadas, uma

vez que a maioria dos periódicos está classificada entre os estratos Qualis/CAPES A2 e B2, existindo também publicações nos estratos B3, B5 e de outras revistas

que não estão classificadas (N/P).

Verificou-se também, a partir das leituras realizadas, uma variedade de

procedimentos metodológicos de pesquisa utilizados pelos autores dos artigos, conforme Tabela 2, porém com um predomínio da metodologia de estudo de caso,

representando quase metade dos artigos analisados, seguido pelas metodologias de estudo bibliométrico e ensaio teórico.

148

Tabela 2 - Metodologias utilizadas nos Artigos Publicados

Fonte: Elaborado pelos autores (2015)

Com isto, observa-se que os autores focam suas pesquisas na busca pela aplicação prática dos fenômenos estudados. Ademais, nota-se que os estudos bibliometricos

sobre a temática de GSCM também são foco de análise, confirmando Silva, Toledo Junior e Pinto (2009), que afirmam que o estudo bibliométrico é uma ferramenta

importante para o conhecimento, quantificação e evolução das pesquisas.

Por fim, na evolução temporal da pesquisa sobre GSCM, pode-se observar um

forte interesse dos pesquisadores brasileiros a partir de 2011, verificando em suas publicações um apelo nas práticas de GSCM, como por exemplo, a discussão sobre

logística reversa, Política Nacional dos Resíduos Sólidos e indicadores de desempenho ambiental.

CONCLUSÃO

A partir do objetivo proposto de analisar a produção acadêmica em periódicos de

brasileiros sobre a temática da gestão verde da cadeia de suprimento ou Green Supply Chain Management (GSCM), destacam-se como resultados uma grande

variedade de periódicos disponíveis para publicação de pesquisa com esta temática e a forte utilização dos Estudos de Caso como uma metodologia

aplicável às pesquisas em GSCM. Ademais, pode-se constatar o aumento das produções acadêmicas a partir de 2011, norteadas pelas práticas de GSCM, entre elas, logística reversa e indicadores de desempenho ambiental.

Vale ressaltar, entretanto, as limitações desta pesquisa. Esta análise foi realizada apenas na base de dados da EBSCOhost, o que pode limitar o numero de

publicações sobre a temática no período analisado. Como proposta para estudos futuros, a possibilidade de novas análises em outras bases de dados, garantindo

uma maior cobertura dos artigos publicados.

149

REFERENCIAS

COOPER, D. R.; SCHINDLER, P. S. Métodos da Pesquisa em Administração. 10 ed. Porto Alegre: Bookman, 2011.

MISHRA, N.; KUMAR, V.; CHAN, F. T. S. A multi-agent architecture for reverse logistics in a green supply chain. International Journal of Production Research, v. 50, n. 9, p. 2396-2406, 2012.

SEURING, S.; MULLER, M. From a literature review to a conceptual framework for sustainable supply chain management. Journal of Cleaner Production, v. 16, p. 1699-1710, 2008.

SILVA, A.J.; TOLEDO FILHO, J.R.; PINTO, J. Análise bibliométrica dos artigos sobre controladoria publicados em periódicos dos programas de pós-graduação em ciências contábeis recomendados pela Capes. Revista ABCustos, v. 4, n. 1, p. 1-16, 2009.

ZHU, Q.; SARKIS, J. Relationships between operational practices and performance among early adopters of green supply chain management practices in chinese manufacturing enterprises. Journal of Operations Management, v. 22, n. 3, p. 265-289, 2004.

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EDUCAÇÃO CORPORATIVA COMO INSTRUMENTO PARA MITIGAR RISCO EM SEGURADORAS

Roseli Cifareli - ([email protected]) Paulo André Oppici Bento - ([email protected]) Celso Machado Júnior - ([email protected])

Daielly Melina Nassif Mantovani - ([email protected])

O objetivo é avaliar se a Educação Corporativa é utilizada pelas seguradoras para capacitar seus colaboradores e mantê-los atualizados sobre processos e

legislações e mitigarem os riscos inerentes ao mercado segurador.

O mercado segurador possui regulamentações e processos frequentemente

atualizados e muitas das seguradoras são listadas na bolsa de valores necessitando de transparência em seus relatórios contábeis e financeiros.

No mercado de atuação das seguradoras são constantes ações ilegais ou ilícitas que buscam vantagens. Com o preparo das pessoas que trabalham em seguradoras

é possível minimizar ou mesmo anular as ações ilegais e ilícitas. Para isso são necessários colaboradores capacitados a operar os processos e ferramentas da

empresa, antecipando os riscos do negócio. Atingido o objetivo deste estudo, queremos verificar se a estrutura da Educação Corporativa além de atender a

legislação também agrega valor ao negócio.

Para Tauhert (1998), a importância da gestão do conhecimento no mercado de

seguros decorre do fato de quase 2/3 do valor de seus ativos serem ativos intangíveis, como a marca, a experiência de seus funcionários e o conhecimento

de mercado, o que pode ser verificado comparando-se o montante excedente ao seu valor contábil, caracterizado pelo total de seus ativos financeiros.

Para manter os treinamentos as empresas podem se utilizar das tecnologias computacionais como a Educação Corporativa como importante facilitador para a disseminação do conhecimento e divulgação de informações.

Desta forma, com os colaboradores sempre atualizados com os treinamentos obrigatórios e capacitados para atuar preventivamente em relação aos riscos, as

seguradoras mitigam problemas que venham a comprometer suas operações e valorizam a organização, demonstrando atuarem de acordo com as melhores

práticas da Governança Corporativa.

151

Segundo Meister (1998a), as empresas não deveriam ver o treinamento apenas

como um meio de ajudar seus empregados a adquirir novos conhecimentos ou mesmo como um cardápio de habilidades. Deveriam, na verdade, enxergar o

aprendizado como um meio de atingir seus objetivos estratégicos e aumentar sua performance. Uma Universidade Corporativa é, portanto, uma solução interna

centralizada para treinamento e educação com o objetivo de antecipar-se ao curto prazo de validade do conhecimento e ao alinhamento do treinamento e

desenvolvimento com a estratégia do negócio (MEISTER, 1998b).

Devido a velocidade de novos conhecimentos, o forte desenvolvimento da

tecnologia digital, capacidade de expansão exponencial do volume de informações e da velocidade de acesso, as organizações e os indivíduos

necessitam canalizar os esforços de aprendizado para um objetivo comum.

Os interesses dos indivíduos não são necessariamente os mesmos da organização,

e nem todos os colaboradores sabem quais são as novas competências que devem adquirir para agregar valor à instituição. Por outro lado, as empresas têm necessidade de incorporar as atividades de aprendizagem integradas ao processos

e atividades funcionais, propiciando o desenvolvimento continuo. É neste cenário que a Educação Corporativa ganha importância para a Governança Corporativa.

A Educação Corporativa pode utilizar modernas tecnologias para levantamento das necessidades educacionais, pesquisas, planejamento, mapeamento e

disseminação de conhecimentos através de material multimídia e e-learning.

De acordo com Eboli (1999), um dos objetivos da Universidade Corporativa é a

formação e desenvolvimento dos talentos humanos na gestão dos negócios, promovendo a Gestão do Conhecimento Organizacional, e consequentemente o

desenvolvimento e a aplicação das competências profissionais, técnicas e gerenciais essenciais para as estratégias da organização. Mas é necessário que a

empresa também saiba e tenha domínio de suas competências empresariais, bases de seu diferencial competitivo e responsável pelo seu sucesso.

Segundo Eboli (2004), foi devido a necessidade das empresas de desenvolverem em seus colaboradores atitudes, posturas e habilidades referentes aos negócios,

demandando modelos educacionais específicos, que surge o conceito de Universidade Corporativa.

Dentro destes conceitos, entendemos que a Educação Corporativa, é uma ferramenta primordial de apoio à disseminação de boas práticas, informações e

152

regulamentações, contribuindo positivamente para a identificação, redução ou

extinção de riscos.

Duarte (1999), define risco como uma medida de incerteza associada aos retornos

esperados de investimentos. Porém para o mercado segurador o conceito de risco está relacionado a eventos que podem trazer perdas a patrimônios e vidas.

Assim sendo, saber identificar e mensurar riscos é um conhecimento e habilidade que devem estar presentes em todos os envolvidos no mercado segurador, cada

qual em sua área de atuação, mas atentos a eventos relacionados as situações em andamento. Mas não basta ter o conhecimento e a habilidade na identificação dos

riscos, pois é necessário saber agir para evita-los ou reduzir os possíveis impactos negativos.

Sob este ponto de vista que podemos mensurar a importância da educação corporativa em uma seguradora, pois capacitar os colaboradores vai além de

apresentar leis, normas e regulamentos. É necessário desenvolver o colaborador e mantê-lo atualizado com as novas ferramentas, processos e modelos comportamentais, e prepara-lo para ser proativo em relação as nuances do

mercado.

Além da necessidade de negócio, é percebido ainda que a SUSEP, que atua como

principal reguladora do setor determina que as seguradoras mantenham processos de controles internos e sejam efetivas em seus treinamentos.

As principais fontes de informação sobre o assunto são as publicações da SUSEP e bibliografias produzidas por membros da academia como Marisa Eboli e Meister,

entre outros.

Foram adotadas pesquisas bibliográficas, qualitativas e estudos de casos

múltiplos, sendo consultados artigos científicos publicados em periódicos, dissertações e livros. Duas seguradoras multinacionais com subsidiárias no estado

de São Paulo, que optaram por ser manterem anônimas, foram objeto de pesquisas não estruturadas. É uma análise do cenário pesquisado, com pouca base

para generalizações, utilizando critério não probabilístico e intencional por conveniência.

A conclusão deste estudo é avaliar se as seguradoras estudadas, que por força de lei necessitam manter treinamentos antifraude para seus colaboradores diretos e

indiretos, o fazem de forma a agregarem a esta obrigatoriedade iniciativas

153

voluntárias que capacitem os colaboradores a atuarem de forma mais eficaz na

prevenção de riscos, como treinamento de produtos, processos internos, ferramentas, iniciativas globais, entre outros.

Este estudo ficou limitado às organizações do segmento de seguradoras, e a análise foi de forma geral e considerando o pleno cumprimento das normas e

diretrizes da SUSEP, que é o órgão dedicado exclusivamente às regulamentações do setor.

REFERÊNCIAS

EBOLI, Marisa. (1999). Universidades Corporativas. 1.edição. Brasília: USP/ PROGEP.

EBOLI, Marisa. (2004) - Educação Corporativa no Brasil - Mitos e Verdades. Ed. Gente, Brasília.

DUARTE, Antônio Marcos Jr. et al (1999). Gerenciamento de riscos corporativos: classificações, definições e exemplos. In: Resenha BM&F n. 134, p. 25-32.MEISTER (a), J.C. Extending the short shelf life of knowledge. Training & Development, p. 52-59, June, 1998.

MEISTER (b), J.C. Ten steps to create a corporate university. Training & Development, p. 38-43, November, 1998.

TAUHERT, C. Building people power. Insurance & technology, p. 30-34, October 1998.

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UM ESTUDO SOBRE A INOVAÇÃO E COMPETITIVIDADE NAS STARTUPS BRASILEIRAS NO SEGMENTO DE TECNOLOGIA

Silvano França - ([email protected]) Rosangela Riccotta - ([email protected])

Alessandro Marco Rosini - ([email protected])

OBJETIVO GERAL

O objetivo principal do estudo é procurar entender quais são os fatores que

dificultam a criação e continuidade de uma Startup no Brasil.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

1. Conhecer a evolução e os fatores que geraram o ambiente atual de inovação e competitividade para as empresas nascentes de tecnologia

(Startup).

2. Identificar como é realizado o processo de criação e desenvolvimento de uma empresa Startup, passando por sua constituição, fontes de

financiamento e tempo de vida.

3. Identificar a influência dos princípios da Governança Corporativa bem como

sua aplicação em empresas nascentes (Startup).

RELEVÂNCIA DA PESQUISA

A velocidade com que novos produtos e novos serviços surgem é reflexo de uma geração criativa, inovadora e urgente. A constatação que a sociedade mudou após

o advento da internet, está representada nos novos hábitos de consumo e novas posturas do comportamento humano.

O estudo se justifica pela necessidade de conhecer a evolução e os fatores que geraram o ambiente atual de inovação e competitividade para as empresas

iniciantes de tecnologia do Brasil, com vistas a identificar fatores positivos e negativos que direcionem possíveis ações para melhoria no âmbito de inovação e competitividade na realidade brasileira.

Segundo Chiavenato (2004) vivemos a era da informação, mudanças na sociedade ocorrem de forma inesperada, o planeta se tornou uma aldeia global, onde a

155

informação é disseminada muito rapidamente, tornando a competitividade entre

as organizações muito intensa.

O empreendedorismo, de alguma forma, se faz presente neste processo e as

universidades desempenham papel de fundamental importância, uma vez que incentivam o surgimento e desenvolvimento de novas empresas a partir das

incubadoras de empresas, estas, na sua maioria, são classificadas como startups.

Gitahy (2010) (citado em Land, Schreiber. 2015, p. 07) define Startup como:

“modelo de negócio repetível que tem a capacidade de entregar o mesmo produto ou serviço novamente, sem precisar desenvolver novas customizações ou alterações individuais ou sem a necessidade de criar novas estruturas”.

O tema Governança Corporativa e Inovação vem de encontro a constante necessidade de atualização e evolução das empresas no cenário atual. Por tratar-

se de empresas nascentes, é esperado que os conceitos e práticas de GC não estejam explícitos, mas sim implícitos eu seu processo de gestão desde o início,

principalmente quando se tratar das fontes de financiamento que podem se originar de instituições públicas ou privadas.

Uma característica preocupante das empresas startups está relacionada com seu tempo de vida, ou seja, por serem empresas de alto risco no aspecto econômico-

financeiro, é comum o desenvolvedor e investidor buscarem o retorno do investimento no menor tempo possível.

Outra questão que merece destaque é a necessidade de se estabelecer critérios jurídicos próprios para a criação de uma empresa startup, atualmente elas

obedecem aos mesmos critérios de empresas convencionais.

PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

A metodologia a ser utilizada refere-se a dados secundários obtidos a partir de pesquisas às seguintes fontes: a) Estudos divulgados pelo SEBRAE (Serviço Brasileiro de Apoio a Micro e Pequenas Empresas) revista ANEGEPE. b) Pesquisa

realizada pela Endevour (empresa privada de apoio ao empreendedorismo). c) Estudos realizados pelo Sebrae. d) Pesquisa de inovação (PINTEC) desenvolvida

pela IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

156

CONCEITOS ESSENCIAS

Segundo ANPEI (2004), existe uma deficiência do esforço de pesquisa e desenvolvimento da indústria brasileira e tais razões devem ser analisadas com

critério, haja vista as particularidades das atividades e o seu significado mais amplo para os processos de mudança tecnológica.

De acordo com Merton (2013), novos produtos e serviços são criados para que as pessoas possam realizar algo de forma melhor que faziam no passado, ou para

fazer coisas que até então não podiam. No entanto, a inovação também traz riscos; estes dependem das escolhas feitas pelas pessoas no momento de usá-las.

A Startup é um modelo de empresa jovem em fase de construção de seus projetos, normalmente está vinculada fortemente à pesquisa, investigação e

desenvolvimento de ideias inovadoras e tecnologias. Normalmente vai de encontro às expectativas de pessoas que buscam um modelo de negócio repetível e escalável, operando em condições de extrema incerteza.

Fernandes (2015) esclarece que as atividades das startups do setor de tecnologia, informação e comunicação, são relacionadas ao conceito de inovação e fica mais

completa na medida em que resulte na criação de novos produtos, de novos processos de produção e de novas técnicas organizacionais.

Investir no desenvolvimento de empresas inovadoras tem sido uma estratégia adotada por diversos países em busca de aumento de competitividade, criando

um ambiente propício ao florescimento da criatividade, da pesquisa aplicada e da transferência de tecnologia. No Brasil, as primeiras fontes de financiamento à

inovação foram criadas a partir de deduções das despesas com P&D no imposto de renda (IR) e isenção do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados), incidentes

sobre equipamentos e instrumentos destinados à P&D. Entre 1999 e 2002, foram criados os fundos setoriais e estabelecidos novos instrumentos como a subvenção

econômica, a equalização de taxa de juros e os mecanismos de provisão de liquidez aos investimentos em fundos de investimentos em empresas de base

tecnológica.

Conforme preconiza o Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC),

governança corporativa é o sistema pelo qual as organizações são dirigidas. Monitoradas e incentivadas, exigindo o desenvolvimento dos relacionamentos entre proprietários, Conselho de Administração, Diretoria e Órgãos de Controle.

Apesar de uma startup, no início de suas atividades, não exigir uma estrutura de

157

GC completa, se espera que tais conceitos estejam implícitos em sua reduzida

estrutura.

Contudo, isso não a isenta da possibilidade de sofrer os efeitos dos conflitos de

agencia, ou seja, as divergências entre os interesses de principal x agente.

RESULTADOS

O projeto de pesquisa visa identificar quais são os fatores que dificultam a criação e continuidade de uma Startup no Brasil.

DISCUSSÕES E CONCLUSÕES

O modelo brasileiro de empresa Startup ainda é muito recente, portanto existem

várias possibilidades de desenvolvimento de estudos e regulamentações, que vão desde um modelo próprio de constituição da empresa até a democratização das linhas de crédito para financiamento, passando necessariamente pelo apoio e

inventivo ao desenvolvimento de pesquisas e desenvolvimento, seja por parte das entidades públicas (União, estados e Municípios) bem como pela iniciativa

privada.

LIMITAÇÃO DO ESTUDO

Por falta de regulamentação e oficialização de empresas startups, até por se tratar de assunto recente, não foram encontrados muitos dados quantitativos

disponíveis para análise.

REFERÊNCIAS

Associação Nacional de Pesquisa, Desenvolvimento e Engenharia das Empresas Inovadoras (2004). Os novos instrumentos de apoio à iovação: uma avaliação inicial.

CHIAVENATO, Idalberto. Introdução à Teoria Geral da Administração. 7ª ed. Rev. e atual. – Rio de Janeiro: Elsevier, 2004.

Endevour & Serviço Brasileiro de Apoio a Micro e Pequenas Empresas (2014). Empreendedorismo nas Universidades Brasileiras 2014, resultados quantittivos.

158

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (2011). Pesquisa de Inovação Tecnológica.

LAND, Deise Natalia Simas & Schreiber, Dusan (2015). Análise compreensiva do empreendedorismo de base tecnológica. Simpoi, 2015, 7-9.

MERTON, Robert C. (2013). Risco da inovação, como tomar decisões melhores. Harvard Business Review Brasil.

Serviço Brasileiro de Apoio a Micro e Pequenas Empresas (2011). Taxa de sobrevivência das Empresas no Brasil. Coleção de Estudos.

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A GOVERNANÇA CORPORATIVA E A OBRIGATORIEDADE DO PROGRAMA INTERNO DE INTEGRIDADE PRESCRITO PELA LEI ANTICORRUPÇÃO

PARA AS EMPRESAS QUE CONTRATAM COM O PODER PÚBLICO. Daniel Henrique Tonon - ([email protected])

A regulamentação da lei anticorrupção obrigou as empresas que contratam junto ao Poder Público Brasileiro a instituírem o programa interno de integridade

segundo princípios e ferramentas da governança corporativa, em especial a implementação de compliance, configurando um novo cenário nas relações da

governança corporativa Brasileira. A diminuta importância dada aos princípios da governança corporativa, a negligência e costume de normalidade de negócios

jurídicos sem transparência, especialmente quanto a atos ilícitos de corrupção anteriormente ao Decreto nº 8.420/15 que regulamentou a lei anticorrupção, deu

lugar ao elevado nível de relevância à política de compliance através da adoção das boas práticas de governança corporativa nas empresas, servindo de preparo

para consecução dos negócios jurídicos junto ao Poder Público.

A nova realidade imposta pela lei de anticorrupção indica que posturas ilícitas não tem mais espaço, sob pena de responsabilização civil e criminal, tanto da

empresa, quanto de seus diretores e demais agentes envolvidos nestes atos. Assim, a obrigatoriedade do programa interno de integridade, via implementação

de boas práticas de governança, conjugado com a implementação de ambiente transparente, responsável e íntegro para as transações e contratos com o Poder

Público Brasileiro passa a ser objeto de atenção destas empresas. A inobservância atuará contra a perenidade da empresa expondo-a publicamente em relação aos

atos ilícitos de corrupção que sejam objeto de investigação e conclusão da presença de atos ilícitos. A punição de proibição da continuidade da contratação

com o Poder Público acarretará prejuízo aos proprietários, agentes e stakeholders, redução do valor das ações em bolsa, consequente aumento dos

custos para obtenção de crédito, redução da credibilidade e prejuízo de sua imagem no mercado. Com este novo quadro, a importância dos procedimentos,

documentação, controles e publicidade de relatórios que atestem a integridade da empresa passam a ser objeto para a utilização de ferramentas de governança

corporativa, exatamente para evitar que tais consequências de atos ilícitos se concretizem. Por outro lado, há de ser observado que tanto a empresa, quanto o

Estado e a Sociedade, de forma direta e indireta, experimentam prejuízos. Especificamente para boa implementação do programa de integridade interna os

160

questionamentos do quê se faz necessário, quais são os requisitos prescritos e

quais modelos podem ser úteis, surgem e necessitam de atenção. Para resposta de tais questionamentos a identificação de cada um dos requisitos prescritos

pelos artigos 41 e 42 do Decreto 8.420/15 devem ser analisados com detalhamento e rigor científico. Conhecidos os requisitos prescritos, a forma de

trabalhar a construção de projeto para implementação do programa de integridade que não seja restrito aos altos diretores, mas que seja apto também a

envolver todos os empregados, sócios, conselhos de administração e fiscal. A construção de modelo que atenda as exigências e resulte na defesa dos melhores

interesses da empresa, servirá não só para o atendimento das prescrições da lei anticorrupção, como servirá também para o aprimoramento dos processos,

documentação, relacionamento interno, relacionamento externo, valorização da imagem e do respeito da empresa, aumento do valor de suas ações, redução de

custos para tomada de créditos e bom ambiente de possível perenidade, já que não há necessidade de se restringir ao compliance, a implementação servirá também para implementar a boa transparência constante do princípio disclosure,

tão relegado pelas empresas brasileiras que contratam com o Poder Público. Nova ordem de postura das empresas com a prática do programa interno de integridade

proporcionará às empresas a concretização de sua função social tal como prescrito pela Constituição Brasileira vigente, ao mesmo tempo em que esta nova

ordem de postura proporcionará o respeito aos princípios constitucionais dos valores sociais do trabalho, livre iniciativa e livre concorrência, atuando então as

empresas como vetores de promoção de valores sociais do mais alto nível. A excelência na transparência, postura e respeito aos stakeholders contribuirá à

perenidade das empresas, almejada não só por proprietários e agentes, mas também por empregados que serão beneficiados com o pagamento de salários e

benefícios, como ao Estado com pagamento de tributos e à sociedade com a economicidade nos contratos públicos que não mais serão objeto de atos ilícitos

de corrupção. Desta forma, o programa interno de integridade contribuirá para o crescimento da economia, com respeito a função e justiça social,

especificamente com redução da corrupção prévia ou concomitante nos negócios jurídicos das empresas brasileiras com o Poder Público, consequentemente

ocorrerá a minimização dos custos dos contratos do Poder Público, com possível retorno disto aos cidadãos, quer em benefício, quer em redução da carga tributária frente a redução das despesas públicas. A utilização dos princípios da

governança corporativa para construção deste novo padrão de integridade anticorrupção proporcionará novo cenário à governança corporativa no Brasil.

Para tanto, o objetivo da pesquisa é apontar as necessidades de adoção de boas

161

práticas que sejam conformes e suficientes para que a empresa não termine com

risco da continuidade de suas atividades na hipótese de ocorrência de ato ilícito de corrupção. O método de pesquisa utilizado de natureza quantitativa -

qualitativa, com enfoque descritivo, observará pesquisa bibliográfica e técnica de pesquisa multidisciplinar. Conclusão: a necessária adoção de instrumentos que

demonstrem a integridade da empresa servirá não só para o atendimento da norma jurídica regulamentada nos artigos 41 e 42 do Decreto 8.420/15,

proporcionará a defesa dos melhores interesses da empresa na continuidade de suas atividades, conjugada com nova ordem íntegra, anticorrupção, baseada na

observância dos princípios da governança corporativa via implementação de boas práticas, que servem não só para evitar sanções, mas servem também para

crescimento e valorização das empresas e da sociedade.

REFERÊNCIAS:

AGUILERA, Ruth V. e Cuervo-Cazurra, Alvaro. Codes of Good Governance. Corporate Governance: An International Review, 2009, 17(3): 376–387.

BEUREN, Ilse Maria et. al. Disclosure de informações sobre gestão de riscos e controle interno pelas empresas listadas na BM&FBOVESPA. Revista de Economia e Administração. São Paulo, 2011.

EISENHARDT, Kathleen M. Teoria da Agência: Uma avaliação e revisão. Republicação de artigo originalmente publicado no Academy of Management Review; Janeiro 1989; 14, 1. Tradução e publicação com autorização de direitos autorais cedidos pela Academy of Management. ACAD MANAGE REV January 1, 1989 vol. 14 no. 1 57-74.

Lei nº 12.846, de 1º de agosto de 2013.

Decreto nº 8.420, de 18 de março de 2015.

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GESTÃO DE PESSOAS: UM ESTUDO SOBRE AS DIFERENTES PRÁTICAS DE GESTÃO DE PESSOAS EM UMA EMPRESA E SUAS INFLUENCIAS

SOBRE AS EQUIPES DE OUTROS DEPARTAMENTOS Agris Laimonis Dumpe – PUCSP ([email protected])

OBJETIVO GERAL

Identificar como é vista a relação subordinado gestor pelo profissional, e se a

visão que este tem sobre a relação subordinado gestor de outros departamentos da empresa causa alguma influencia sobre si ou a equipe.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Identificar se há diferenças no modo de sentir a relação subordinado gestor entre

os profissionais de um departamento com relação aos profissionais de outro departamento.

Analisar se com as diferentes práticas de gestão há impacto sobre a eficiência das

equipes.

PROBLEMA DA PESQUISA

É natural do ser humano se relacionar, principalmente no ambiente de trabalho onde passamos a maior parte de nosso tempo, dentro da empresa nos

relacionamos principalmente com pessoas que temos mais afinidades e esses relacionamentos acontecem entre pessoas de mesmo departamento ou entre

pessoas de departamentos diferentes.

Em uma empresa temos diversos departamentos, cada qual com suas respectivas

funções e objetivos, em cada departamento temos seus líderes e gerentes com os conhecimentos técnicos específicos e necessários à sua área, quanto às práticas

de gestão de pessoas, mesmo que a empresa tenha uma regra geral não podemos descartar as características pessoais e a cultura de cada um, com isso podemos

ter práticas de gestão de pessoas bastante diferentes de um departamento a outro.

Essas diferentes práticas de gestão podem influenciar positiva ou negativamente gestores, membros e até equipes inteiras de outros departamentos, devido aos

163

relacionamentos as pessoas trocam ideias e opiniões dos mais variados assuntos, e

um assunto recorrente é o que acontece em outros departamentos, com ênfase maior as ações dos gestores com relação a seus subordinados.

Tendo em vista o relacionamento das pessoas entre os departamentos se faz necessária uma avaliação sobre como é vista a relação gestor subordinado pelo

profissional de um departamento, e se a visão que este tem sobre a relação gestor subordinado de outros departamentos causa influencia em suas atitudes.

JUSTIFICATIVA

Em uma empresa temos departamentos com diferentes práticas de gestão de

pessoas, podemos ter um departamento com um gestor autoritário e seus subordinados irão se relacionar com ele de uma maneira, porém podem ver o

relacionamento gestor subordinado de outro departamento com um gestor democrático como sendo o desejável.

Passamos grande parte de nossas vidas no ambiente de trabalho, nos

relacionamos com os mais diversos tipos de pessoas e culturas, relacionamentos esses que nos influenciam no modo de agirmos, e com o passar do tempo nas

nossas atitudes.

Xavier (2006) nos diz que “Por meio de informação recebida. Relatos que ouve,

leituras que faz. Tudo isso pode levar à formação de atitudes positivas ou negativas”, o que nos faz pensar em quanto direta ou indiretamente nossas

atitudes podem estar sendo influenciadas pelo que vivenciamos e vemos as pessoas com que nos relacionamos vivenciarem.

Vários são os fatores que estão ligados ao relacionamento interdepartamental, e que influenciam para que esse relacionamento aconteça de forma sadia. O clima

organizacional é importante, pois é através do clima que muitas atitudes são tomadas, se for um clima negativo, consequentemente as atitudes das pessoas

serão negativas (Mundim e Felippe, 2008).

Thomason (1961) sita que “O temperamento, a imaginação, ou a sensibilidade de

um individuo podem ser tão mal conduzidos que sua atitude se torna antagônica e por isso menos produtiva”, o gestor não deve deixar de observar e avaliar as

atitudes de seus subordinados a fim de manter o ambiente saudável, porém isso nem sempre acontece.

164

Bergamini (1971) faz uma observação interessante “Se por acaso, a política de

ação de qualquer um desses setores não seguir a mesma direção dos demais, ela poderá comprometer seriamente não só o bom desempenho dos demais, como

também impedir que os alvos inicialmente estabelecidos pela política empresarial sejam atingidos”, o que nos faz pensar que as ações dos gestores estão

diretamente ligadas não só a eficiência de sua equipe, mas também de outros departamentos.

Bergamini (1971) complementa que “Se um dos assuntos contidos na política de pessoal não for harmônico aos demais, esses sofrerão o seu efeito distonico e o

transmitirão às outra áreas da empresa, que, provavelmente, sentirão o seu desencontro no atendimento imperfeito da grande política empresarial”, o que

sugere que a mínima diferença na gestão de pessoas entre os diversos departamentos pode ser sentida.

Chiavenato (1999) também enfatiza que “As pessoas podem ampliar ou limitar as forças e fraquezas de uma organização, dependendo da maneira em que elas são tratadas”, as pessoas regem de formas diferentes a maneira com que são

tratadas, e a maneira que veem as reações das pessoas sendo tratadas causam sentimentos que podem influenciar suas ações.

Ana e Ligia (2010) sita que “O comportamento dos indivíduos também é formado por suas satisfações e necessidades; desta forma o clima da organização se dá,

não somente, mas de acordo com o bem estar de seus participantes”, nesse contexto a pessoa sentindo que um colega de outro departamento não foi tratado

como gostaria pode afetar o clima organizacional como um todo.

Kátia (2002) nos diz que “Os indivíduos são considerados pensadores ativos que,

mediante inumeráveis episódios cotidianos de interação social, produzem e comunicam incessantemente suas próprias representações e soluções específicas

para as questões que colocam a si mesmos”, os indivíduos tiram suas próprias conclusões e as comunicam em seus relacionamentos interdepartamentais.

A compreensão de como as pessoas enxergam as relações de seus colegas com seus gestores, somada a compreensão do que a pessoa entende por uma relação

gestor subordinado como ideal, pode nos dar uma dimensão de quanto isso afeta sua produtividade.

METODOLOGIA DA PESQUISA

165

Será realizado um estudo de campo, de natureza descritiva e exploratória, com

análise qualitativa dos dados para compreender quais os significados que os participantes atribuem à situação que está sendo estudada, para a coleta de

dados serão realizadas entrevistas, questionários estruturados, observações e análise de documentos (Godoy, 2006).

O universo da pesquisa será delimitado por gestores e seus subordinados dos diversos departamentos de uma planta industrial privada.

BIBLIOGRAFIA

XAVIER, Ricardo. Gestão de pessoas na prática. ed. Gente, 2006.

MUNDIM, Rodrigo Souza A.; Felippe, Adélia Denisia. Avaliação da satisfação do cliente interno com foco na relação interdepartamental na empresa Tribo Industrial Ltda. Revista Interdisciplinar Científica Aplicada, Blumenau, v.2, n.2, p.01-25, Sem I. 2008 ISSN 1980-7031

THOMASON, Calvin C. Relações humanas problemas e casos no trato das pessoas, ed. Ibrasa, 1961.

BERGAMINI, Cecília. Avaliação de desempenho humano na empresa. ed. Atlas, 1971.

CHIAVENATO, Idalberto. Gestão de pessoas; O novo papel dos recursos humanos nas organizações. Ed. Campus, 1999.

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A INFLUÊNCIA DA NECESSIDADE COGNITIVA NA PERCEPÇÃO DE LUXO DAS EMBALAGENS: REFLEXOS NO COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR

Eliane Herrero Lopes - ([email protected]) Jouliana Jordan Nohara - ([email protected])

Este Projeto de Pesquisa apresenta, resumidamente, o plano de ação elaborado

com a intenção de se estudar e analisar a influência do efeito placebo (relacionado à percepção) das embalagens de luxo em sujeitos que apresentam alta Necessidade Cognitiva (NC) em comparação com aqueles que apresentam

baixa NC. Existem vários estudos relevantes sobre os temas levantados e acredita-se na importância desta pesquisa para a área de marketing, visto que tanto o

efeito placebo quanto a presença da NC em consumidores - e o quanto estes fenômenos os influenciam em decisões de compras - são objetos de pesquisa,

além de gatilhos para a formulação e aplicação de estratégias de marketing. A alta Necessidade de Cognição é uma tendência, segundo Cacciopo, Petty e Kao

(1984), dos indivíduos para apreciar e empreender esforço para aprender, pensar, reunir informações, resolver problemas, baseados numa motivação intrínseca. Ao

contrário, indivíduos com baixa NC tendem a encontrar soluções menos elaboradas para os problemas e não empreendem esforços de pensamento e

reunião de informações.

Os estudos de Cacciopo e Petty (1982) acerca da Necessidade de Cognição (NC),

derivadas dos achados de Cohen et al. (1955 e 1957) que procuravam, pela primeira vez, mensurar a NC em indivíduos, trazem como instrumento uma escala

de mensuração com 34 itens. Dois anos mais tarde, os autores se unem a Kao e “recriam” seu próprio instrumento, com 18 itens reorganizados e validados em

alguns experimentos (Cacioppo, J.T.; Petty, R.E. & Kao, C.F., 1984). A escala de Cacciopo, Petty e Kao é ainda amplamente utilizada.

Placebo pode ser literalmente descrito, de acordo com o Dicionário Michaellis,

como toda “substância ou preparado inativo, outrora receitado para comprazer ao doente, agora também usado em estudos controlados para determinar a

eficácia de substâncias medicinais.” Atualmente, o termo não é mais empregado apenas nos campos da farmacologia e da medicina. Em marketing, muitas ações,

como preços, embalagens e endossamento visam influenciar o julgamento do consumidor no que diz respeito à eficiência ou qualidade de certas marcas e

produtos. Estes atributos do produto podem gerar expectativas sobre a eficácia e até mesmo alterar a percepção e o julgamento que os consumidores realizam.

167

Huber & McCann (1982) e Rao & Monroe (1989) foram alguns dos pesquisadores

que abordaram estas questões em seus estudos, conduzindo experimentos que concluíram que os indivíduos acreditam que produtos de baixo preço, por

exemplo, têm também baixa qualidade. Isto significa que o alto preço pode gerar um efeito placebo junto aos consumidores.

Além desses autores e estudos, existem vários outros pesquisadores da área de marketing voltados à busca de mais informações sobre o efeito placebo, por meio

da análise e condução de experimentos: (BERNS, 2005); (SHAPIRO; MORRIS, 1978); (LANE, V. R., 2000); (SHIV; CARMON; ARIELY, 2005), apenas para citar alguns.

Shiv et al. (2005) demonstram, em seu estudo que ações de marketing, que marca, precificação, propagandas e embalagens podem modificar a percepção

dos consumidores em relação aos produtos. Os autores conduziram três experimentos acerca de descontos nos preços de uma bebida isotônica e

comprovaram, em sua amostra, que os consumidores que pagaram menos pela bebida obtiveram menos benefícios físicos do produto em comparação com os consumidores que pagaram o preço regular.

Estudos como os conduzidos por Shiv et al. (2005) também suportam a importância da expectativa (e da motivação) na condução do efeito placebo. O

interesse e as descobertas destes pesquisadores também validam a relevância do estudo do tema relacionado às ações e pesquisas em marketing, além das

fronteiras da medicina, nas quais os estudos sobre os efeitos do placebo estão mais avançadas.

O método escolhido para este estudo foi a pesquisa experimental com a análise quantitativa de dados. Após a seleção (por 10 compradores profissionais de uma

rede de lojas femininas) de embalagens de alto luxo percebido e baixo luxo percebido para um xampu, as embalagens contendo o produto serão distribuídas

para estudantes universitárias (n=200, sendo que 100 estudantes receberão as embalagens de alto luxo, enquanto outras 100 receberão as embalagens de baixo

luxo percebido) de uma grande instituição de ensino superior brasileira. Será informado às estudantes que o objetivo do trabalho é realizar uma pesquisa sobre

a qualidade de um xampu que seria lançado brevemente no mercado brasileiro. Após a primeira apresentação, acontecerão as etapas de: a) mensuração da

expectativa da amostra de respondentes em relação ao produto a ser testado; b) estimulação e motivação para o uso do produto por meio de incentivo via telefone e redes sociais; c) avaliação das respondentes após três semanas de uso do

168

produto; d) mensuração da Necessidade Cognitiva por meio de escala própria

(Cacciopo & Petty, 1982); e) análise dos dados.

A avaliação do produto será efetuada por meio de afirmativas para mensuração

da percepção de qualidade, das intenções de compra e recomendação do produto (em escala de 5 pontos, variando de 1-Discordo Totalmente e 5-Concordo

Totalmente), e dos preços adequado e máximo para venda do produto. Além disso, haverá uma questão para checagem da eficiência da manipulação, além de

questões para mensuração da expectativa e da motivação das usuárias com relação à eficácia do xampu no que se refere à melhoria estética dos cabelos.

Para verificação do efeito das embalagens no comportamento das usuárias, utilizaremos fotografias dos rostos das estudantes, sendo a Foto 1 registrada no

início do experimento e a Foto 2 registrada ao final do teste, ou seja, após a utilização do xampu.

As fotografias serão fixadas em folhas de papel preto, duas a duas, na ordem em que foram obtidas. Ao final, as fotos serão avaliadas por um terceiro grupo de estudantes, para verificação do efeito do cosmético.

Palavras-chave: Necessidade Cognitiva; Efeito Placebo; Percepção de Qualidade; Produto Cosmético.

Observação: Esta pesquisa conta com o apoio financeiro do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) em atendimento ao Edital

MCTI/NNPQ/MEC/CAPES no. 22/2014.

REFERÊNCIAS

Kardes, F. R., & Sanbonmatsu, D. M. (1993). Direction of comparison, expected feature correlation, and the set-size effect in reference judgment. Journal of Consumer Psychology. 2 (1)

Cacciopo, J.T., Petty, R.E. (1982). The Need for Cognition. Journal of Personality and Social Psychology, vol. 42.

Cacciopo, J.T., Petty, R.E., Feinstein, J.A., Jarvis, B.G. (1996). Dispositional differences in cognitive motivation: The life and times of individuals varying in need for cognition. Psychological Bulletin by the American Psycholooeal Association, vol. 119, n. 2,

169

Rao, A. R. & Monroe, K.B. (1988). The Moderating Effect of Prior Knowledge on Cue Utilization in Product Evaluations. Journal of Consumer Research. Vol. 15, n. 2.

Shiv, B. Carmon, Z., Ariely, D. (2005). Placebo Effects of Marketing Actions: consumers may get what they pay for. Journal of Marketing Research. Vol. 42.

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OS FATORES INFLUENCIADORES DA ATITUDE E DA INTENÇÃO DE COMPRA DOS CONSUMIDORES DE LUXO

Monica Martins Caparroz - ([email protected]) Claudia Rosa Acevedo - ([email protected])

INTRODUÇÃO

Para Kotler e Keller (2006, p. 172) “o campo do comportamento do consumidor

estuda como pessoas, grupos e organizações selecionam, compram, usam e descartam artigos, serviços, ideias ou experiências para satisfazer suas

necessidades e desejos”. Por essa razão, percebe-se a necessidade e a importância que os gestores adquiram conhecimento sobre os fatores que

influenciam o comportamento de compra, a fim de proporcionar produtos e serviços que agreguem valor ao cliente. O luxo é um conceito abstrato como o seu

significado, é determinado por motivos pessoais e interpessoais, e construído essencialmente na percepção do consumidor (VIGNERON; JOHNSON, 2004). Os

bens de luxo são os que mais apresentam significados simbólicos, com uma importância relativa bem menor da sua função utilitária (STREHLAU, 2007), pois

conseguem corporificar significados sociais e individuais, além de culturais e emocionais. Admitindo que os objetos luxuosos correspondam à expressão dos

desejos e das emoções humanas, por meio deles podem-se conhecer um pouco dos valores, crenças e atitudes das pessoas que os consomem (ALLÉRÈS, 2006;

D´ANGELO, 2011). Diante deste panorama apresentado, o presente estudo se insere no contexto e debate sobre os fatores influenciadores da atitude e do

comportamento de compra dos consumidores de luxo. Para esta análise, pretende-se recorrer as linhas de pesquisas relacionadas a Teoria do Comportamento Planejado (TCP) de Icek Ajzen (2011) e fundamentações

conceituais como recursos de suporte, dentre as quais se destacam: o Modelo BLI (Brand Luxury Index) de Johnson e Vigneron (2004), o Modelo das dimensões de

Luxo, Wiedmann et al. (2009), e as Dimensões de valores de marcas de luxo, Berthon et al. (2012), modelos de Engel; Blackwell; Miniard, (2009), bem como

Dubois, Czellar e Laurent (2005), dentre outros.

OBJETIVO

O objetivo geral desta pesquisa será identificar quais são os fatores influenciadores da atitude e da intenção de compra dos consumidores de luxo.

171

Deste objetivo geral originaram-se os seguintes objetivos específicos:

i)Desenvolver uma revisão teórica que apresente as variáveis que motivam o comportamento de compra dos consumidores; ii) Identificar o grau de importância

de tais variáveis (influência social, valor simbólico, hedonismo, vaidade, posse e sucesso, status) na influência da atitude de intenção de compra dos

consumidores; iii) Finalmente, buscar-se-á traçar perfil do consumidor de luxo, a partir da amostra analisada no estudo proposto.

REFERENCIAL TEÓRICO

Este projeto aborda um tema contemporâneo e objeto de estudo de vários

pesquisadores nacionais e estrangeiros. Os esforços de investigação do passado no mercado de bens de luxo têm analisado os comportamentos de consumo de

consumidores ricos (VEBLEN 1983; HIRSCHMAN, 1982), estudos sobre o luxo e tipos de marca (DUBOIS; DUQUESNE, 1993), os determinantes da compra de luxo (MASON, 1992; DUBOIS; LAURENT, 1993), a comparação transcultural de atitudes

em relação ao conceito de luxo (DUBOIS; LAURENT, 1996; DUBOIS), e da comparação de motivações entre sociedades asiáticas e ocidentais (WANG;

WALLER, 2006). Na linha de estudos dedicados a analisar as ligações entre traços de personalidade dos consumidores e seus comportamentos de mercado, grande

parte tem se concentrado sobre as características e influenciadores de consumo, como o envolvimento e o materialismo; efeitos sobre a compra e consumo do

indivíduo para tipos específicos de produtos (LAURENT e KAPFERER, 1985; O CASS, 2000; AJZEN, 2011). Levando-se em consideração que as variáveis Infuência Social

(IS), Valor Simbólico (VS), Hedonismo (H), Vaidade (V), Posse Sucesso (PS) e Status (S) representam uma importante influência sobre o comportamento do

consumidor, é importante para os pesquisadores e profissionais de marketing explorar as diferenças que caracterizam o consumo e seu comportamento

relacionado (WIEDMANN et al., 2009; HAATAJA, 2011). Já em âmbito brasileiro, podem-se citar as importantes contribuições dos trabalhos de D´Angelo (2006),

Strehlau (2007), Galhanone (2008) e Solomon (2011). Desta forma, algumas contribuições são vislumbradas ao final deste estudo: a) compreender o grau de

influência das variáveis na atitude e intenção de compra dos bens de luxo; b) que os resultados da investigação possam servir de orientação na adoção de ações específicas no campo empresarial.

172

PROCEDIMENTO METODOLÓGICO

De cunho exploratório, a primeira parte do trabalho consistiu no levantamento da literatura existente sobre o tema de luxo, comportamento do consumidor e dos

construtos de influência da atitude e intenção de compra. A segunda fase caracterizar-se-a por uma pesquisa descritiva utilizando-se o método

quantitativo, com o objetivo de aprofundar os conhecimentos gerados pelos diferentes autores estudados e compreender a análise de correlação proposta. Optou-se por delimitar o universo da pesquisa empírica a cidade de São Paulo, de ambos os sexos, idade acima de 25 anos. Por se tratar de produtos e serviços com

preço elevado, a renda do público a ser pesquisada naturalmente se concentrou nas classes econômicas B2, B1, e A segundo o critério da ABEP – Associação

Brasileira de Empresas de Pesquisa (ABEP, 2015). Diante da dificuldade de determinar uma amostra probabilística da população, optou-se por utilizar uma amostra não-probabilística de uma base de consumidores pertencentes a esta

faixa econômica. A operacionalização das variáveis em estudo será feita a partir das escalas existentes na literatura sobre a temática.

Variável | escala Autor Ano

Atitude face ao luxo Heine 2010

Hedonismo Yu; Bastian 2010

Influência social Hung et al. 2011

Posse e sucesso Comegys; Fitzmaurice 2006

Status Strehlau; Aranha 2004

Vaidade Hung et al. 2011

Valor simbólico Hung et al. 2011

Intenção de compra Hung et al. 2011

Em função do caráter quantitativo, as escalas utilizadas para mensurar todas as dimensões são do tipo Likert, composta de um a cinco, sendo 1 “discordo

totalmente” e 5 “concordo totalmente”. Para coleta dos dados, será utilizado o questionário eletrônico, de forma que isso maximize o número de respondentes.

Para a execução deste projeto, a escolha do questionário eletrônico foi realizada através do Survey Monkey (2015). O objetivo central do estudo será identificar

173

quais são os fatores influenciadores da atitude e da intenção de compra dos

consumidores de luxo. Visando alcançar tal objetivo, serão consideradas no estudo as seguintes variáveis independentes: Infuência Social (IS), Valor Simbólico

(VS), Hedonismo (H), Vaidade (V), Posse Sucesso (PS) e Status (S). Procurar-se-á identificar e relacionar todas as variáveis latentes, tornando, por fim, as variáveis

Atitude Face ao luxo e Intenção de compra dependentes das demais variáveis e por fim compreender o grau de influência da variável dependente Atitude sobre a

Intenção de compra. O método de análise a ser utilizado será a regressão múltipla usada para analisar relações entre variáveis e inferir sobre o valor de uma ou mais

variáveis dependentes a partir de um conjunto de variáveis independentes e validar a correspondência ao teste de hipóteses do modelo. Desta forma,

pretende-se averiguar se as hipóteses são corroboradas, ou não, bem como as relações de interdependência entre as variáveis.

RESULTADOS DO ESTUDO E LIMITAÇÕES

O presente trabalho está na fase de coleta da pesquisa, e o que foi realizado até o momento foi um pré-teste com 110 respostas que validou o instrumento de

pesquisa utilizando a MANOVA – análise de variância multivariada - como técnica estatística para compreender a influência dos fatores sobre os dois atributos

dependentes Atitude e Intenção, bem como conferir nesta etapa a significância dos fatores.

Desta forma, a investigação espera compreender aspectos importantes e relativos aos fatores influenciadores estudados: Infuência Social (IS), Valor Simbólico (VS),

Hedonismo (H), Vaidade (V), Posse Sucesso (PS) e Status (S); em relação a atitude e intenção de compra dos consumidores do segmento de luxo. A revisão literária

apresenta uma breve introdução sobre a sociedade de consumo e da sua relação com a cultura, revelando uma preocupação na apresentação de conceitos e

características do mercado de luxo. Espera-se que o presente estudo possa contribuir para o enriquecimento teórico da temática apresentada, bem como

contribuir com informações necessárias para uma melhor gestão de marketing junto ao mercado.

174

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

AJZEN, I. The theory of planned behaviour: Reactions and reflections. Psychology & Health, v. 26, n. 9, p. 1113–1127, 2011.

DUBOIS, B.; CZELLAR, S.; LAURENT, G. Consumer Segments Based on Attitudes Toward Luxury: Empirical Evidence from Twenty Countries. Marketing Letters, v.16, n.2, p. 115–128, 2005.

HEINE, K. A Theory-based and Consumer-oriented Concept of Luxury Brands, Presented at the In Pursuit of Luxury Conference, London, 2010.

HUNG, Kuang.Peng; Chen, Annie Huiling; Peng, Norman; Hadckkley, Chris; Tiwsakul, Rungpaka Amy; Chou, Chun-Lun. Antecedents of luxury brand purchase intention. Journal of product & brand Management. p. 457-467, 2011.

SOLOMON, Michael R. O comportamento do consumidor: comprando, possuindo e sendo. 9. ed. Porto Alegre: Bookman, 2011.

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O ENDOSSO DE CELEBRIDADES E A INFLUÊNCIA NO COMPORTAMENTO DE COMPRA

Eliane Herrero Lopes - ([email protected]) Maria Cristina Tecilla - ([email protected])

Jouliana Jordan Nohara - ([email protected]) Orlando Roque da Silva - ([email protected])

Este ensaio tem como objetivo realizar levantamento bibliográfico da produção brasileira relacionada ao endosso de celebridades em produtos e marcas. Para

tanto, levantou-se nos sites de busca dos periódicos da Capes, no Scielo e no Ebsco os estudos produzidos sobre o tema, sem especificação de um período de

tempo. Além disso, realizou-se pesquisa nos portais Ebsco e Proquest para levantamento da produção em periódicos internacionais sobre o mesmo assunto,

buscando-se entender o estudo do fenômeno em contexto internacional em periódicos relevantes nas áreas de marketing e psicologia social.

O poder de influência da marca no comportamento de compra de produtos e serviços tem sido foco de estudos em pesquisas de marketing, devido à relevância

do assunto e de sua aplicação em estratégias que visam a construção de marcas fortes e a implementação de extensões de marcas. A criação de uma marca

agrega força à empresa e ao produto e influencia na comunicação da imagem destes junto aos consumidores, por meio de um conjunto de atributos,

associações, percepções e concepções (Aaker, 1996). Keller (1998) realizou seus estudos sobre influência no consumo e no comportamento do consumidor com

base nas teorias cognitivas de resposta do indivíduo e em seus processos cognitivos de criação de valores percebidos em relação a marcas, produtos e

serviços. A associação de elementos da marca envolve um conjunto de atributos inerentes, responsáveis pela transmissão de significados da marca para o consumidor. De modo geral, podem-se agrupar as respostas dos consumidores em

relação à marca em três categorias: benefícios percebidos, atributos e atitudes (Keller, 1993). Espera-se que a atitude em relação à marca leve o indivíduo ao

comportamento de consumo. Westbrook (1987) apontou a função do status e da afetividade das marcas como atributos a elas inerentes. O status e a afetividade

podem levar o consumidor a ter sentimentos de admiração e percepção de prestígio ao comprar produtos de determinadas marcas. Entendendo que a marca

pode influenciar o comportamento do consumidor, pesquisa-se se a influência do endosso de celebridades com as transferências simbólicas sobre produtos e

marcas, como são utilizadas em campanhas e comerciais, pode gerar

176

comportamentos de compras esperados ou comportamentos negativos e

antagônicos em relação ao processo de tomada de decisão e compra dos indivíduos.

Em 2005, McCracken propôs um modelo do processo de transferência que o endosso por celebridades pode trazer a uma marca de produtos. Esse modelo é

composto por três etapas, as quais passam pela cultura em que o consumidor e a celebridade estão inseridos, pelo endosso pelo qual a celebridade demonstra sua

relação com o produto e, por último, pelo comportamento de consumo do indivíduo em relação ao produto endossado. No contexto brasileiro, existem ainda

poucos estudos sobre o endosso de celebridades a produtos, apesar de esta ser uma prática largamente utilizada em campanhas publicitárias. Tavares, Urdan e

Shigaki (2014) propuseram, a partir do modelo desenvolvido por McCracken (2005), um novo modelo, por meio da transferência de significados com

influências recíprocas (celebridade-produto-consumidor-celebridade) e envolvendo a análise de quatro papéis que o endossador pode assumir. Outro estudo de Caputo et al. (2008) analisou o caso da marca Bombril, passando pela

influência do garoto propaganda (papel do homem comum) na solidificação da marca como estratégia de mercado. Em 2012, Dal Bó, Milan e De Toni realizaram

um estudo sobre a influência de uma modelo brasileira no endosso da marca de chinelos Ipanema. O estudo foi empírico e pretendeu medir a transferência de

significados simbólicos de uma celebridade para um produto, visando o posicionamento da marca. Ainda em relação a estudos nacionais, Silva et al.

realizaram um levantamento bibliográfico, seguido de estudo experimental, os quais visaram entender o efeito da marca na avaliação de propagandas

endossadas por celebridades. Os autores apontaram o efeito positivo significante do endosso das celebridades para o contexto de marcas ainda desconhecidas pelo

público, mas verificaram que, quando se tratam de marcas reconhecidas e já posicionadas no mercado, a influência do endosso não foi significante.

Tais estudos, ainda que escassos, esboçam um direcionamento para o prosseguimento de pesquisas nesta área. O endosso por celebridades é um

fenômeno largamente utilizado em campanhas publicitárias tanto no Brasil como em vários outros países. Os estudos acima mencionados abrem novos

questionamentos e apontam para validação de modelos propostos, indicação de outros contextos para pesquisa ou ainda, por se tratar de um assunto ainda muito pouco explorado na academia, para o aprofundamento da pesquisa sobre

influência de celebridades no comportamento dos consumidores como um todo.

177

Palavras-chave: Endosso; Celebridade; Influência no Comportamento

Consumidor.

REFERÊNCIAS

Aaker, D. (1996). Building Strong Brands. Free Press: New York.

Keller, K. (1993). Conceptualizing, Measuring and Managing Customer-Based Brand Equity. Journal of Marketing, vol. 57.

Tavares, M.C., Urdan, A.T., Shigaki, H.B. (2014). Transferência de Significados entre Consumidores, Personagens e Marca: proposição de um novo modelo. Revista Brasileira de Marketing, vol. 13, n. 1.

Westbrook, R.A. (1987). Product/consumption-based affective responses and post-purchase processes'', Journal of Marketing Research, Vol. 24, August, pp. 258-70.

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INFLUÊNCIA DO USO DAS FERRAMENTAS DE BI PARA UM MELHOR GERENCIAMENTO DE PROCESSOS

Gabriela Rodrigues Salomao - ([email protected]) Paulo Regis Moreira Lopes - ([email protected]) Maria Cristina Tecilla - ([email protected])

Milton Chagas Junior - ([email protected])

OBJETIVO DO ESTUDO

Identificar a importância do BI (Business Intelligence) para dar suporte a tomada

de decisão que facilitem ao gestor a interação e o entendimento dos dados, com finalidade, de fornecer, por exemplo, informação adequada para a decisão mais

correta.

RELEVÂNCIA DA PESQUISA: FINALIDADE DO BI

O BI tem finalidade formatar adequadamente dados gerados pela empresa e transforma-los em estruturas de informação resultando relevância e uma melhor

gestão. Pois essa tecnologia permite que os gestores empresariais visualizem informações sob diferentes lentes e, assim, obtém de uma forma diferente,

eficiente e eficaz; controlar; avaliar; mensurar; simular e disponibilizar novos caminhos para a gestão. Segundo Olszak e Ziembra (2007), os sistemas de BI

surgem como um importante apoio para responder as necessidades de gestão da informação, quer seja a nível estratégico, tático ou operacional de uma

organização. De acordo com Santos (2007) podemos citar como indicadores de gestão: Sistema de Processamento de Transações (Transactions Processing System – TPS); Sistemas de Trabalho com o Conhecimento (Knowledge Work

System – KWS); Sistemas de Automação de Escritório (Office Automation System – OAS); Sistema de Informações Gerenciais (Management Information System – MIS);

Sistema de Suporte à Decisão (Decision Support System – DSS); Sistema de Suporte a Executivos (Executive Support Systems – ESS).

No mercado existem várias ferramentas de gestão, de geração de BI , esta Inteligência de Mercado de informações relevantes ao gestor como: Módulo de

ETL (Extract, Transform and Load); Data Warehouse (DW); Data Mart; Áreas de Apresentação ou Front-End como Data Mining e OLAP. As principais ferramentas

ou sistemas de BI são Qlikview; Pentaho; BI Oracle; RM BIS.Net Totvs entre outros no mercado menos relevantes.

179

PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

Será realizado um estudo experimental com quatro empresas do setor do varejo, uma de pequeno porte B.Lém padaria, médio porte como um Café Vanilla e duas

de grande porte como Chilli Beans e Hering.

Passaremos um dia em cada loja realizando uma pesquisa qualitativa referente ao

uso da ferramenta de gestão, do CRM que eles utilizam para ajudar o gerente da loja na gestão de fluxo de pessoas dentro de sua loja e o perfil de seus clientes.

Por fim, entrevistaremos o dono destas organizações ou o diretor de marketing para entendemos como funciona este fluxo de BI. Se o resultado deste BI é

relevante ou falho?

CONCEITOS ESSENCIAIS

Segundo glossário de Gartner ² (c2014), BI é um termo genético que inclui as

aplicações, infraestrutura e as ferramentas e melhores práticas que permitem o acesso e análise de informações para melhorar e otimizar decisões e desempenho.

Já Barbieri (2001) conceitua BI de uma forma mais extensa onde pode ser compreendida como a utilização de diversas fontes de informação para se

determinar estratégias de competitividade de negócios da organização. Santos e Ramos (2009) corroboram quando dizem que os sistemas de BI combina a recolha

de dados operacionais, permitem o seu posterior armazenamento em repositório adequados, que por sua vez vão permitir a gestão de conhecimento através de

diferentes ferramentas de analise, exploração e apresentação da informação, dita essencial, para a tomada de decisão.

Brognoli (2010) menciona que extrair e integrar dados de múltiplas fontes; fazer uso de experiência passada; trabalhar com hipóteses e simulações; procurar

relações de causa e efeito e transformar os registro obtidos em informação útil para o conhecimento empresarial.

Segundo Turban et al (2009, p. 27) Bussines Intelligence ou Inteligência de Negócios “é um termo ‘guarda-chuva’ que inclui arquiteturas, ferramentas,

bancos de dados, aplicações e metodologias”

“Em sociedades caracterizadas por um difundido “espirito empresarial” e por

tecnologias altamente desenvolvidas, as ameaças competitivas de novos produtos, novas técnicas, novos canais de distribuição, novas maneiras de influenciar a

180

demanda dos consumidores exercem uma maior influencia no comportamento dos

produtores existentes do que qualquer outro tipo de concorrência. O principal efeito dessas ameaças é o de forçar as firmas desejosas de se manter no mercado

de determinados produtos a procurarem aprender tudo o que for possível a respeito dos produtos em questão, dos mercados deles, e particularmente acerca

da tecnologia relevante, e a se esforçarem para antecipar as inovações de outras firmas”. (Penrose, 2006, pag. 181-182).

RESULTADOS

Se espera que as ferramentas adotas por esta loja de gerenciamento de BI seja

relevante e que, realmente, obtém se informações necessárias para um sistema de gestão eficiente neste foco que é o varejo.

DISCUSSÕES E CONCLUSÕES: VANTAGENS E DESVANTAGENS DO BI PARA AS ORGANIZAÇÕES

Segundo pesquisa realizada por Wayne Eckerson com 510 empresas, no seu

trabalho “Empresas inteligentes no Século 21: os segredos da criação de soluções inteligentes de negócios bem sucedido ¹°”, os benefícios do BI são (ECKERSON, 2003, p. 11): Geração de relatórios mais rápida e precisa (81%); Melhor tomada de

decisão (79%); Melhor serviço ao cliente (56%) e, Maior receita (49%).

Entretanto Turban et al. (2009) afirmam que mensurar o valor para o negócio do

BI é ainda difícil, pois as metodologias para avalia-lo são complexas devido aos muitos benefícios intangíveis e ao fato do data warehouse, uma das tecnologias

utilizadas no contexto da BI, ser uma infraestrutura que serve também para muitas outras aplicações da empresa. Como desvantagens referentes ao BI,

podem ser citadas: o elevado custo; as despesas com hardware e softwares necessárias para a implementação eficaz; os problemas ocasionados pela falta de

levantamento das reais necessidades da organização e dos processos que precisam ser englobados e, a dificuldades de suporte técnico.

LIMITAÇÕES DO ESTUDO

O experimento está limitado a empresas do setor do varejo que recebe um fluxo

elevado de pessoas em suas lojas por mês para ter dados o suficiente relevantes

181

para mensurar uma realização de amostra considerável e resultar numa geração

de BI interessante.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BARBIERI, C. BI – Business Intelligence: modelagem e tecnologia. Rio de janeiro: Axcel Books, 2001.

BROGNOLI, A. Implementação de um sistema de inteligência de negócios; Business Intelligence (BI), 2010.

ECKERSON, W. Smart Companies in the 21st Century: The Secrets of Creating Successful Business Intelligence Solutions. Seatle, WA: The Data Warehousing Institute, 2003.

GARTNER, IT Glossary. Business Intelligence (BI). C2014.

OLSZAK, C.; ZIEMBRA, E. Approach to Building and Implementing Business Intelligence Systems. Interdisciplinary Journal of Information, Knowledge and Management, v. 2, p. 135-148, 2007.

PENROSE,E. Teoria do Crescimento da Firma, p. 181-182, 2006.

TURBAN, E. et al. Business Intelligence: um enfoque gerencial para a inteligência do negócio. São Paulo: Bookman, 2009.

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ALINHANDO PRÁTICAS DE GOVERNANÇA CORPORATIVA COM A APLICABILIDADE DE METODOLOGIA NO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO

DE UMA EMPRESA PÚBLICA Mario Augusto Ranzatti - ([email protected])

Wendell Soares - ([email protected])

Palavra-chave: Governança Corporativa, Gestão de Pessoas, Clima Organizacional

1. OBJETIVOS DO ESTUDO

Este relato reúne os resultados obtidos na pesquisa realizada entre os anos de 2012 e 2014, por meio do estudo de caso de uma empresa pública, com relevante

atuação na prestação de serviços em soluções de tecnologia e na disponibilização de informações à sociedade brasileira. Tem como objetivo, descrever o

alinhamento de práticas de Governança Corporativa com uma metodologia aplicada no processo de formulação do seu Planejamento Estratégico.

A iniciativa em se adotar uma metodologia diferenciada e complementar, busca valorizar a participação de um de seus mais importantes stakeholders da organização no processo – os empregados, facilitando a construção do

Planejamento Estratégico. O estudo ora apresentado, consolida os resultados obtidos com a aplicabilidade desta metodologia, bem como sua evolução,

inicialmente em um único Departamento da organização onde concentra aproximadamente 18% do total de seus empregados. Como resultado deste

processo, além de apontar e definir as especificidades de cada ação departamental nos mais diversos processos propiciando a formulação das

estratégias, ações e resultados esperados, possibilita elaborar um diagnóstico de clima organizacional do Departamento em estudo.

Ao intensificar e valorizar a participação dos empregados na formulação de seu Planejamento Estratégico, esta instituição pública alinha a metodologia aplicada

aos princípios e as práticas de governança corporativa, adotando a total transparência propiciada pela participação de um de seus mais importantes

stakeholders na formulação de suas ações estratégicas – os empregados, consubstanciando assim o objetivo principal deste relato tecnológico.

183

2. RELEVÂNCIA DA PESQUISA

Este relato tecnológico tem como principal objetivo descrever uma metodologia de trabalho inserida no processo de planejamento de uma empresa pública

alinhando-o ao princípio da transparência (disclousure), um dos pilares da Governança Corporativa. Esta metodologia inserida propiciou a participação de

empregados no processo de planejamento de forma construtiva através de técnicas que propiciam a comunhão de objetivos e a identificação clara do papel

de cada um dos participantes nos resultados a serem obtidos pela organização nas ações descritas no Plano de Ação da empresa.

O grande benefício obtido de todo este processo, está na melhoria refletida nos serviços prestados pela empresa descritos claramente em seu Planejamento

estratégico anual. As melhorias nos resultados finais do Plano de Ação da empresa impactam diretamente na qualidade dos serviços prestados pela organização aos seus clientes, representados pela sociedade por se tratar de uma empresa pública

prestadora de serviços.

3. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

O Planejamento Estratégico da Empresa, inicialmente formulado pelos gestores da organização, necessitava envolver outros stakeholders no processo de

planejamento e identificou no princípio da transparência da Governança Corporativa a importância desta prática nas relações com os seus principais

envolvidos nos resultados estratégicos – os empregados – cuja extensão de responsabilidades se alinham com os objetivos para os quais a organização é

governada. Ao entender a importância desses elementos neste relacionamento o processo de formulação com a participação dos empregados e clientes no

Planejamento Estratégico passa a ser prioritário para a organização, com o qual visualiza de forma mais ampla todos os envolvidos em um determinado processo

ou projeto e identifica as formas em que os mesmos poderiam contribuir para a sua otimização, tornando o processo estratégico transparente a todos os níveis

hierárquicos da estrutura organizacional.

Apesar de fazer parte do calendário anual da empresa nos últimos 10 (dez) anos,

a inserção da participação dos empregados no processo de Planejamento Estratégico, vem se consolidando nos últimos 4 (quatro) exercícios fiscais e se fortaleceu após a implantação da metodologia adicional aplicada.

184

Com os resultados obtidos com a metodologia implementada é possível aferir um

estudo comparativo e evolutivo do processo de participação dos empregados no Planejamento Estratégico da empresa.

4. CONCEITOS ESSENCIAIS

A Governança Corporativa proporciona a melhoria do desempenho das empresas e

contribui para o seu desenvolvimento sustentável garantindo a confiabilidade de uma organização para os seus diversos grupos interessados, externos e

internamente – stakeholders - nos quais se alinham: acionistas, clientes, fornecedores, investidores, comunidade, sociedade, governo além do conselho de

administração, executivos e demais empregados como parte do grupo de interesses internos e que passam a exigir maior clareza e controle nas transações

comerciais e maior transparência nos negócios como também à responsabilidade social da empresa (VIEIRA, 2002).

Com base nessas teorias e conceitos, podemos afirmar que os princípios de

Governança Corporativa se tornam presentes no âmbito stakeholders que reflitam outros aspectos com ética e transparência, governo e sociedade uma vez que as

empresas públicas representam o braço empresarial do governo na atuação do Estado como empreendedor da sociedade (ALMEIDA et al, 2008) e possuem um

papel preponderante nesta devendo posicionar-se a gerar lucro para o proprietário (Estado) e criar riqueza para o agente (sociedade).

5. RESULTADOS

A construção do Plano de Ação da empresa em estudo com esta metodologia, vem

apresentado resultados surpreendentes ao longo dos últimos 3 anos de sua aplicação.

Os resultados sugeridos e consolidados pelos Departamentos participantes da amostra, constata uma elevada qualificação nos resultados sugeridos e apontados

na pesquisa realizada entre os anos de 2012 e 2014, além da viabilidade de sua implementação, demonstram de grande relevância para o aprimoramento da

qualidade dos serviços prestados pela empresa no âmbito público, sendo o principal benefício deste processo.

185

6. DISCUSSÃO / CONCLUSÃO

Conclui-se que o processo de agregar os empregados de uma empresa pública na formulação do Planejamento Estratégico reflete as expectativas dos mesmos

como parte integrante do processo e será diretamente relacionada em melhorias nos resultados finais do Plano de Ação da empresa que impactam diretamente na

qualidade dos serviços prestados pela organização aos seus clientes, representados pela sociedade por se tratar de uma empresa pública prestadora de

serviços.

7. LIMITAÇÕES DO ESTUDO

A possibilidade de agregar outros departamentos da mesma organização ao processo, p bem como poderá ser foco para estudos e aplicabilidade em outras empresas da área pública, uma vez que propicia a visão estratégica da

organização. Aliada a participação dos empregados na sua formulação, traz resultados muito mais expressivos aos objetivos propostos. A metodologia

aplicada ao processo simplesmente facilita o processo de consolidação dos resultados da pesquisa elaborada junto aos empregados, mas o ponto alto do

processo é propiciar a integração entre os grupos na construção de um dos instrumentos balizadores dos processos estratégicos da organização.

8. REFERÊNCIAS

ALMEIDA, F.A.S. et al. A Governança Corporativa em Empresa Pública e a visão de suas práticas pelos stakeholders. In: XXXII Encontro da Anpad, 2008, Rio de Janeiro. Anais... Rio de Janeiro, 2008.

VIEIRA, L.; Cidadania e globalização, Rio de Janeiro: Record, 2002.

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MODELOS MACROECONÔMICOS DE COMBATE À INFLAÇÃO Maveica Santos de Oliveira - ([email protected])

Miguel Moacir Placer Apa - ([email protected])

OBJETIVOS DO ESTUDO

Analisar a volatilidade da inflação e consequentemente o PIB no período da nova república, entre os anos de 1985 e 2002, entre o governo Sarney e final do

governo FHC; Elaborar críticas quanto às estratégias utilizadas pelos governantes e ministros

para frear a hiperinflação; Proporcionar solução para o controle inflacionário a partir da analise dos períodos

analisados.

RELEVÂNCIA DA PESQUISA

Realizar estudos sobre crises Inflacionaria vivido Pós-ditadura Militar buscando

soluções para o Governo atual.

PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

O presente trabalho foi embasado na pesquisa bibliográfica, textos e notícias sobre economia que remetem ao período da ditadura militar e pós-ditadura. Para

coleta e tratamento dos dados foram coletadas informações em livros, referencias teórica e pesquisa em “sites” especializados na internet.

A analise dos dados foi feita de forma qualitativa com base nas pesquisas bibliográficas, para melhor compreensão e visualização das ideias que serão

apresentadas.

CONCEITOS ESSENCIAIS

Analisar os diferentes modelos de políticas econômicas implantados no período Pós-Ditadura Militar, entre os anos de 1986 até 2001, entre os governos de José

Sarney e Fernando Henrique Cardoso, confrontar as medidas implantadas para o controle à inflação.

187

RESULTADOS

Serão analisadas as principais características, impactos e fases de cada modelo, começando pelo Plano Cruzado, Plano Bresser, Plano Verão, Plano Collor (I e II) e

Plano Real; aos quais após cada descrição serão realizadas reflexões e justificativas para o insucesso dos planos anteriores ao Real e análise do Plano

Real, que finalmente, obteve êxito na estabilização da economia brasileira. Posteriormente, após a descrição sistemática de cada um dos planos e reflexões

sobre seus efeitos, concluiremos sobre o impacto de cada uma das medidas no contexto inflacionário do período de análise, com o propósito de avaliar a gestão

da política econômica e os problemas estruturais que estão na origem desse fenômeno.

DISCUSSÕES E CONCLUSÕES

Analisando os modelos de controle inflacionários implantados posteriores o período da ditadura militar discutirá os aspetos que acarretaram o não sucesso e

assim o fracasso dos planos anteriores ao plano real e os principais pontos que podem ser considerados assertivos que proporcionaram o controle inflacionário.

Também serão propostas discussões sobre os efeitos colaterais da implantação do plano real, como o aumento do desemprego e a concentração de renda.

A solução para o controle inflacionário passa por uma visão de longo prazo, de crescimento econômico e equilíbrio entre compradores e vendedores, que agrega

redução e controle da dívida pública, melhor gerenciamento dos gastos, mudanças no sistema de tributação do consumo e produção, chegando a

estabilidade econômica. Para alcançar estes objetivos, são propostas as seguintes medidas:

Coma a possibilita do planejamento de longo prazo é possível diminuir os custos de investimentos e prever resultados mais sólidos. Nesse contexto, os

financiamentos são mais acessíveis, pois o investidor sente-se mais seguro ao investir e exige menor retorno para manter suas aplicações, enquanto as

empresas conseguem captar recursos para investir em inovações e ampliação da capacidade produtiva. Porém, este cenário ideal depende da estabilidade

política do governo, que para assegurar a situação necessita do equilíbrio fiscal.

Ao longo da história econômica brasileira, os governantes e ministros da fazenda utilizaram e utilizam a taxa básica de juros da economia, para controlar a

188

aceleração inflacionária. As autoridades da área econômica alteram a taxa

conforme o nível inflacionário, hora aumentando a taxa para frear o consumo, diminuir a quantidade de moeda em circulação, provocar queda nos preços e

consequentemente diminuindo a inflação do período; hora diminuindo a taxa para estimular o consumo e promover aumento da quantidade de moeda em

circulação, o que acarreta em aumento dos preços e consequentemente aumento da inflação no período.

A proposta da discussão é chegar à conclusão de que a solução para o atual momento de alta dos índices inflacionários pode ser encontrada em crises

anteriores, crises nas quais a situação era muito mais complicada e foi possível a reversão do quadro. Assim, analisando os modelos macroeconômicos anteriores,

facilmente poderemos embasar a discussão quanto a solução para o atual momento, a fim de conquistar a estabilidade econômica.

LIMITAÇÕES DO ESTUDO

A pesquisa teve limitações quanto ao tempo para o desenvolvimento da análise, vasto acervo bibliográfico e dificuldades com o ambiente acadêmico. O tempo

para análise não foi considerado suficiente devido a quantidade de informações a serem reunidas e livros a serem analisados, que demandam tempo para a leitura e

reflexão. O contato com o ambiente acadêmico foi um choque de realidade, onde foi apresentado um novo padrão de apresentação e discussão de trabalhos.

BIBLIOGRÁFIA

GREMAUD, Amaury Patrick; VASCONCELLOS, Marco Antônio Sandoval; JUNIOR Rudnei Toneto. Economia Brasileira Contemporânea. 7ª Edição. São Paulo: Atlas, 2014.

Lanzana, Antônio Evaristo Teixeira. Economia Brasileira, Fundamentos e Atualidade. 1ª Edição. São Paulo: Atlas, 2001.

SCHMIDT, Cristiane A.J. & GIAMBIAG, Fabio. Macroeconomia para Executivos: Teoria e Prática no Brasil. 1ª Edição. Rio de Janeiro: Elsevier, 2015.

SOUZA, Nilson A. Economia Brasileira Contemporânea - De Getúlio a Lula. 2ª Edição ampliada. São Paulo: Atlas, 2014.

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CAPACITAÇÃO NA PROFISSÃO DE SECRETARIADO EXECUTIVO Alexandra Carlini Testa - ([email protected])

Com a regulamentação da profissão de secretario executivo, surge também a

necessidade da regulamentação e da formalização da formação superior desse novo profissional. Em 23 de junho de 2005, o Conselho Nacional de Educação, por

meio da Câmara de Educação superior, divulgou as diretrizes que permeariam a formação do profissional de secretário executivo no Brasil. À medida que ocorreu

tal fato, foi registrado o que os cursos de graduação deveriam proporcionar aos seus alunos, fazendo que estes tivessem a possibilidade de desenvolver

competências e habilidades voltadas para a área de gestão e de idiomas, a entender tal junção como alinhada aos preceitos do atual mercado. Por meio

desse preparo acadêmico disponibilizado no Brasil, o profissional pode ou não estar preparado ou não, em razão de se inserir em um universo que, por incluir

diretamente outras áreas, incorpora-se a essas; é portanto multi e interdisciplinar. Nessa direção, as oportunidades que se apresentam no mercado de trabalho dialogam com as especificidades da competitividade do ponto de

vista profissional, a qual, em consonância com Marioto (1991, p. 40), é entendida “como a capacidade da empresa de explorar, em seu proveito, a estrutura e os

padrões de concorrência do mercado em que atua (ou quer atuar) e, assim, conseguir rentabilidade a longo prazo”. Tendo por base tal conceito, pode-se

dizer que o profissional que pretende iniciar sua carreira precisa explorar suas oportunidades e se preparar para oferecer as empresas ou instituições o seu

melhor, para conquistar determinada vaga. Ele precisa, pois, observar a concorrência para, assim, saber como se portar e ou como melhorar o seu

desempenho. Para tanto, é necessário que o profissional busque meios de aprimorar seus conhecimentos e é nesse momento em que a formação acadêmica

influi de forma direta em seu sucesso ou não. Em especial, na profissão de secretariado executivo, apesar de ela ter acompanhado as significativas mudanças

do mundo globalizado, principalmente, no que tange às orientações Conselho Nacional de Educação, tal como indicado, nota-se que, no ambiente corporativo,

a formação acadêmica de Secretários Executivos não corresponde a um requisito solicitado por todas as organizações no ato da contratação. Assistentes de

importantes CEOs, por exemplo, possuem diversos títulos de graduação, dentre eles, destacam­se: Direito, Jornalismo, Hotelaria e Turismo, Letras. Por outro lado, o idioma é tido como requisito fundamental, e o profissional que possui

habilidade com mais de uma língua é forte candidato para ocupar o cargo,

190

fazendo que as habilidades específicas da profissão sigam como segunda

exigência. Nesse contexto, de um mundo globalizado, pode-se dizer que a comunicação via linguagem verbal, em suas modalidades falada e escrita, torna-

se imprescindível para conclusão de novos negócios e abre novas oportunidades no mundo corporativo, tanto para empresas quanto para os profissionais. Dessa

forma, esta pesquisa buscou responder a seguinte questão: há um perfil especifico que englobe os profissionais de secretariado executivo a partir do qual

se tende a obter destaque nessa área de atuação? Tal questionamento e a necessidade de se entender melhor o novo perfil do secretariado executivo que se

apresenta no mercado, a presente pesquisa, a qual faz parte da linha de pesquisa ‘‘Estudos acerca do ensino superior na área de Secretariado Executivo do curso de

Secretariado Executivo Trilíngue’’, teve por objetivo observar o perfil, habilidades e capacidade de grandes profissionais de secretariado executivo em

atuação no mercado de trabalho, de forma a compreender a posição e o destaque que eles possuem na área. Em específico, buscou-se identificar a existência de características comuns entre os profissionais de sucesso, este entendido a partir

da posição hierárquica e atividades executadas na parte de gestão. Para se alcançar os objetivos enunciados, a metodologia consistiu de pesquisa

bibliográfica, para que se desenvolvesse um escopo teórico, sob o qual pesquisas quantitativas e qualitativas fossem desenvolvidas posteriormente. Entre os

autores selecionados, destacamos: Alonso (2002) e Balassiano, Ventura (2004), sobre os estudos de carreira e assessoramento de executivos; Bortolotto, Rinaldi

(2015), Lima e Ventura (2015), sobre os estudos de carreira e assessoramento de executivos; Bortolotto, Rinaldi (2008), Lima e Cantarotti (2015), acerca da

formação superior e a construção de competências; Mariotto (1991), a respeito de competitividade. A pesquisa quantitativa foi desenvolvida por meio de coleta de

dados de um grupo selecionado de indivíduos, para, assim, observar um dos objetivos específicos acima citados. Por meio da pesquisa quantitativa foi possível

a análise das características comuns que se crê existir entre os profissionais de sucesso. Assim, foram observados se conhecimentos específicos como idioma,

gestão documental, gestão de atividades e conhecimentos básicos de informática são fatores que diferenciam esses profissionais dos demais. Já a pesquisa

qualitativa foi selecionada, com o intuito de se diagnosticar outros fatores que podem, de certa forma, auxiliar esses profissionais tanto no desenvolvimento de suas atividades como no reconhecimento destas. Por meio dessa etapa, entendeu-

se a possibilidade de observar o local de trabalho, a forma de contratação do profissional, entre outros fatores que não podem ser mensurados por meio da

191

pesquisa quantitativa. Em razão de a pesquisa estar em desenvolvimento, os

dados ainda estão sendo examinados.

Palavras-chave: Secretariado Executivo. Formação Acadêmica. Carreira. Mercado

de Trabalho.

REFERÊNCIAS

ALONSO, M. E. C. A arte de assessorar executivos.São Paulo: Edições ulsar, 2002.

BALASSIANO, M.; VENTURA, E. C. F.; FONTES FILHO, J. R. Carreiras e idades: existiria um melhor lugar para se fazer carreira?.Revista de Administração e Contemporaneidade,Curitiba , v. 8, n. 3, p. 99­116, set. 2004 . Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1415­65552004000300006 &lng=en&nrm=iso>. Acesso em: 07 Set. 2015.

BRASIL. LEI No 7.377, DE 30 DE SETEMBRO DE 1985. Brasilia: Planalto, 1985. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l7377consol.htm>. Acesso em: 31 ago. 2015

BORTOLOTTO, R. M.; RINALDI, R. N. O secretário executivo e sua formação nas instituições de ensino na região sul do Brasil. Paraná. Revista Expectativa,v. 7, n. 7, p. 9­25, 2008. Disponível em: http://www.unioeste.br/cursos/cascavel/pedagogia/eventos/2008/4/Artigo%2016.pdf. Acesso em: 06 set. 2015

LIMA, T. F.; CANTAROTTI, A. A Formação e a construção de competências para a atuação do profissional de secretariado executivo – um estudo de caso em uma empresa júnior. Revista de Gestão e Secretariado, [S.l.], v. 1, n. 2, p. 93­121, abr. 2011. Disponível em: < http://www.revistagesec.org.br/ojs­2.4.5/index.php/secretariado/article/view/17>. Acesso em: 01 set. 2015.

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INVESTIGANDO AS RELAÇÕES ENTRE O COMPROMETIMENTO ORGANIZACIONAL E A JUSTIÇA ORGANIZACIONAL

Edson Hiroshi Takata ([email protected]) Patricia Morilha Muritiba ([email protected])

OBJETIVO DO ESTUDO

Investigar as relações entre a justiça organizacional, o perfil dos respondentes e o

comprometimento organizacional em uma empresa pertencente ao segmento industrial e outra pertencente ao segmento varejista.

RELEVÂNCIA DA PESQUISA

As empresas procuram na psicologia do indivíduo explicações que possam auxiliá-

las na predição das ações e reações humanas que afetam o contexto empresarial (BASTOS, 1993), onde o comprometimento organizacional e seus antecedentes

estão inseridos nesse contexto (MOWDAY; PORTER; STEERS, 1982; MATHIEU e ZAJAC, 1990). A justiça organizacional é considerada um importante antecedente

para entendimento do comportamento humano nas organizações por interferir nos seus resultados (SCHUSTER; DIAS; BATTISTELLA, 2014; COLQUITT et al., 2001b) e

influenciar os compromissos de seus colaboradores (FILENGA; SIQUEIRA, 2006; REGO; SOUTO, 2004). Apesar disso, Schuster, Dias e Battistella (2013) apuraram

que no Brasil, entre 2.001 a 2.012 (base SCOPUS), houve registro de apenas uma publicação sobre o tema.

PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

A pesquisa foi feita a partir da análise quantitativa de um banco de dados secundário contendo informações sobre o perfil dos respondentes, o

comprometimento organizacional e a justiça organizacional.

O comprometimento organizacional foi mensurado através do instrumento de

Mowday, Steers e Porter (1979), composto por 15 assertivas, e a justiça organizacional foi mensurada através do instrumento de Colquitt (2001a),

composto de 20 assertivas, ambas na escala Likert.

193

Foram apuradas as medidas tabulares e numéricas das variáveis, média, mediana,

desvio padrão, e calculado Alpha de Cronbach, correlação de Pearson e regressão linear simples e múltipla.

CONCEITOS ESSENCIAIS

Comprometimento Organizacional

Perspectiva Unidimensional - Enfoques Afetivo, Instrumental e Normativo

Mowday, Steers e Porter (1979) conceituaram o comprometimento organizacional

afetivo como uma forte relação da identificação e envolvimento do indivíduo com uma organização em particular e que pode ser caracterizado por um (a):

§ Forte crença e aceitação dos objetivos e valores da organização;

§ Disposição de exercer um esforço em nome da organização;

§ Forte desejo de manter a participação na organização.

O enfoque instrumental, também denominado de side-bet (apostas laterais), está

relacionado com o custo de saída do funcionário da organização associado aos investimentos feitos por ele durante sua permanência no local. (BASTOS, 1993).

No enfoque normativo, a principal característica está no fato dos funcionários comprometidos adotarem determinados comportamentos porque acreditam que é

certo e moral fazê-los (MEDEIROS et al., 2003).

Perspectiva Multidimensional Meyer e Allen (1990) desenvolveram estudos objetivando fornecer evidências de

que os componentes afetivo, instrumental e normativo são conceitualmente e empiricamente separáveis e passíveis de serem medidos individualmente (MEYER;

ALLEN, 1991).

ANTECEDENTES DO COMPROMETIMENTO ORGANIZACIONAL

194

O entendimento dos aspectos comportamentais dos funcionários envolve a

necessidade de conhecer os antecedentes do comprometimento organizacional (MOWDAY; PORTER; STEERS, 1982).

Mowday, Porter e Steers (1982), e Mathieu e Zajac (1990) definiram diversas categorias de antecedentes de vínculo afetivo com a organização (características

pessoais, características do trabalho, características estruturais da organização, experiência de trabalho e relações entre o grupo/líder). Colquitt et al. (2001b)

alega que o comprometimento organizacional tem sido objeto de estudos tendo as percepções da justiça organizacional como antecedente.

JUSTIÇA ORGANIZACIONAL

A justiça é um conceito subjetivo, captando o que os indivíduos acreditam ser

certo, sendo uma avaliação pessoal sobre a posição ética e moral de conduta gerencial (CROPANZANA; BOWE; GILLIAND, 2007) e uma tentativa de explicar o papel da equidade: a) como uma consideração no local de trabalho (GREENBERG,

1990); b) na distribuição dos resultados; e c) na equidade dos procedimentos utilizados para determinar a distribuição dos resultados (COLQUITT et al., 2001b).

As linhas da justiça distributiva e processual predominaram entre as décadas de 80 e 90 (GREENBERG, 1990; ASSMAR; FERREIRA; SOUTO, 2005), surgindo

posteriormente, a justiça interacional (ASSMAR; FERREIRA; SOUTO, 2005).

A justiça distributiva compara a relação entre a percepção dos resultados de seu

próprio trabalho com a percepção do seu próprio insumo de trabalho, em comparação com as de outras pessoas (COLQUITT et al., 1990). A existência de

relações desiguais pode ocasionar sentimentos de culpa ou raiva (GREENBERG, 1990).

A justiça processual refere-se à equidade percebida das políticas, processos e procedimentos usados para tomar as decisões (GREENBERG, 1990).

A justiça interacional foca na importância da qualidade do tratamento interpessoal que as pessoas recebem quando os procedimentos são

implementados e passou a ser vista separadamente como a) a justiça interpessoal, que reflete o grau com que as pessoas são tratadas com cortesia,

dignidade e respeito por autoridades ou terceiros envolvidos na execução dos

195

procedimentos ou na determinação dos resultados; e b) a justiça informacional,

que foca sobre os procedimentos (BIES; MOAG, 1986 apud GREENBERG, 1990) .

RESULTADOS

Os resultados da pesquisa mostram que, no cômputo geral, os funcionários são comprometidos com a organização. Os funcionários da empresa industrial se

mostraram ligeiramente mais comprometidos do que os empregados da empresa varejista, sobressaindo aqueles que estão situados numa faixa etária maior, são

casados, são do gênero feminino, trabalham há mais tempo na organização e que têm mais tempo de trabalho com o atual supervisor. Já os portadores do ensino

médio possuem um comprometimento inferior àqueles que possuem o curso superior, e aqueles alocados em áreas fins (produção, vendas) são mais

comprometidos do que aqueles locados em áreas administrativas.

O nível da percepção da justiça organizacional geral está acima da média e a empresa industrial obteve uma maior pontuação do que a empresa varejista em

todos os itens e dimensões avaliados.

O coeficiente de Pearson apontou correlações entre o comprometimento

organizacional e a justiça organizacional tanto a nível geral quanto ao nível de cada empresa pesquisada. Observou-se também a correlação entre esses dois

construtos à maior faixa etária e ao maior tempo de casa dos funcionários.

A análise de regressão mostrou a existência de relações entre o

comprometimento (variável dependente) com a justiça organizacional (variável independente) em todos os casos, exceto na dimensão da justiça informacional na

empresa industrial.

DISCUSSÕES E CONCLUSÕES

A pesquisa mostrou a existência de relações entre o comprometimento organizacional e a justiça organizacional (com ressalva à justiça informacional na

empresa industrial), assim como também a existência de associações do perfil do respondente (faixa etária, estado civil, gênero, tempo de casa e o tempo de

trabalho como supervisor) com o comprometimento organizacional.

196

LIMITAÇÕES DO ESTUDO

O estudo sugere que novas pesquisas sejam desenvolvidas para verificar a hipótese de haver diferenças de resultados em razão do segmento de atuação das

organizações, ampliar a amostra da pesquisa para ter uma base estatística mais consistente e aprofundar as análises mediante investigação qualitativa.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ASSMAR, Eveline Maria Leal; FERREIRA, Maria Cristina; SOUTO, Solange de Oliveira. Justiça organizacional: uma revisão crítica da literatura. Psicologia: Reflexão e Crítica, v. 18, n. 3, p. 443-453, 2005.

COLQUITT, Jason A. On the dimensionality of organizational justice: a construct validation of a measure. Journal of Applied Psychology, v. 86, n. 3, p. 386, 2001a.

GREENBERG, Jerald. Organizational justice: Yesterday, today, and tomorrow. Journal of Management, v. 16, n. 2, p. 399-432, 1990.

MOWDAY, Richard T.; PORTER, Lyman W.; STEERS, Richard. Organizational linkages: The psychology of commitment, absenteeism, and turnover. 1982.

MOWDAY, Richard T.; STEERS, Richard M.; PORTER, Lyman W. The measurement of organizational commitment. Journal of Vocational Behavior, v. 14, n. 2, p. 224-247, 1979.

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PERCEPÇÃO DE CULTURA EM UMA ORGANIZAÇÃO DE REFERÊNCIA EM MEDICINA DE GRUPO NO BRASIL

Tatiana DUTRA ([email protected]) Damares Fediuk ([email protected])

Elza Veloso ([email protected]) Germano Glufke Reis ([email protected])

OBJETIVOS DO ESTUDO

O presente estudo visa investigar se os colaboradores de uma mesma organização

com diferentes características de idade, gênero, formação, área de atuação, posição hierárquica e tempo de empresa têm diferentes percepções quanto à

cultura organizacional.

A empresa estudada atua na área médica e, para cumprir o objetivo proposto, foi

aplicado um instrumento fundamentado no modelo de valores competitivos de Cameron e Quinn (2006), dos quais se obteve 104 respostas que foram analisadas

por agrupamentos em categorias.

RELEVÂNCIA DA PESQUISA

Os avanços da tecnologia conduzem as organizações a um cenário altamente competitivo e complexo. Nesse cenário, a cultura organizacional é fundamental

para o desenvolvimento dos negócios.

Essencialmente, a cultura auxilia a padronização de crenças e práticas,

combinando exemplos de ordem social em termos de ideias comuns, crenças e valores. Nesse caso, a organização passa a ser um organismo vivo, com identidade própria que representa a sua cultura. (MORGAN, 2013).

Morgan (2013) coloca que, quando analisamos uma organização como cultura, podemos vê-la como uma minissociedade com seus valores rituais, ideologias e

crenças próprias. O autor diz, ainda, que algumas culturas corporativas podem ser uniformes e fortes, outras são fragmentadas pela presença de subsistemas, o que

corrobora com os diferentes estudos culturais.

Smirch (1983) identificou diferentes focos e visões de organizações culturais,

além dos estudos transculturais, que comparam colaboradores em diferentes países ou regiões. Sendo assim, a relevância deste estudo está na suposição de

198

que a cultura organizacional pode ser analisada de maneiras diferentes em uma

mesma organização, dependendo da idade, gênero, área de atuação, posição hierárquica e tempo de empresa.

PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

Neste estudo, foi realizada uma survey, com aplicação de um questionário

quantitativo em que os dados são objetivos e seus resultados estatísticos e não dependem da opinião do pesquisador (HAIR, 2005).

O instrumento de pesquisa foi elaborado com base em Cameron e Quinn (2006), que desenvolveram uma estrutura teórica de quatro tipos de culturas, visando o

diagnóstico e a mudança da cultura organizacional. Nesse caso, os autores denominam os Valores Competitivos como sendo as culturas: Hierárquica:

ambiente e estrutura formais, prazos e eficiência; Clã: flexibilidade e trabalho em equipe; Inovativa: Criatividade, flexibilidade e inovação; De Mercado: foco em resultados e produtividade. Foram também consideradas as diferentes

gerações dos respondentes.

A empresa escolhida foi fundada em 1970 e desde então vem crescendo e se

desenvolvendo a cada ano, com novas aquisições, tornando-se uma organização de referência em medicina de grupo no Brasil e no exterior.

CONCEITOS ESSENCIAIS

Cultura Organizacional Segundo Freitas (2007) e Zavareze (2008) a cultura organizacional é composta

por: valores; crenças e pressupostos; rituais, ritos e cerimônias; sagas e heróis; estórias; tabus e normas. Morgan (2013) afirma que cultura derivou metaforicamente de cultivo, do processo de lavrar e desenvolver a terra. A

cultura se refere a padrões de desenvolvimento, refletidos em sistemas que refletem os estilos de vida de diferentes grupos sociais.

Para Cameron e Quinn (2006), a cultura é tratada como vantagem competitiva, pois, representa um conjunto de percepções, memórias, valores, atitudes e

definições geradas por consenso comum que integram esses elementos.

199

Gerações: As diferenças entre gerações expõem traços relevantes e direcionam para as

tendências sociais e organizacionais. Chiuzi et al. (2011), informam que o discurso sobre o tema é uma constante e que as empresas cada vez mais possuem

diferentes gerações em sua estrutura que hoje são classificadas em cinco perfis diferentes que atuam em determinada espaço pesquisados nesta organização de

baby boomers, e gerações X e Y.

RESULTADOS

Na percepção dos respondentes, a cultura Hierárquica e de Mercado é predominante, com igual percentual de 27%. Para a cultura Inovativa foi atribuído

24% e o menor percentual foi da cultura Clã com 22%.

Em relação ao gênero, o sexo masculino 27% atribuiu para a cultura Hierárquica e

27% para a cultura de Mercado, já o sexo feminino 27% para a Hierárquica e 26% para a cultura de Mercado.

Descartamos a percepção do Baby Boomers, pois apenas uma pessoa compõe esta categoria. A geração X atribuiu 31%, para a Hierárquica e as Y e Z 27% para a

cultura de Mercado. Este resultado pode denotar maior agressividade na busca por resultado e competitividade inerentes a essas novas gerações.

Quanto ao grau de instrução, no nível de pós-graduação houve empate, 27% para

as culturas Hierárquicas e de Mercado. No nível superior, a maior parte da amostra, foi atribuída 27% para a Hierárquica e 26% para a cultura de Mercado.

No nível médio, 29% para a cultura de Mercado e 25% para a Hierárquica. Este resultado é semelhante aos obtidos na análise das gerações Y e Z, pois todos os

respondentes de nível médio pertencem a essas gerações.

Com relação às posições, os líderes privilegiam a cultura Hierárquica com 31% e

para a cultura de mercado, 27%. Os respondentes de nível operacional atribuíram 27% para a Cultura de Mercado e 26% para a Hierárquica.

Para o tempo de empresa, os respondentes com até cinco anos atribuíram de 28% e 27% para a cultura Inovativa e 24% e 26% para a Hierárquica. Nos dois casos, as

gerações predominantes foram de Y e Z, em um total de 55, apenas seis pertencem à geração X, o que corresponde a 11%. Para as pessoas com seis a oito

anos de empresa houve um empate de 27% atribuído a cultura Hierárquica e de

200

Mercado. Dos 30 respondentes, sete são da geração X que corresponde a 23%.

Entre os com mais de oito anos de empresa houve a predominância da cultura Hierárquica, sendo que 11 dos 19 são da geração X e um da Baby Boomers, que

corresponde a 63%.

Com relação ao setor, as divisões foram pouco representativas. No setor de pós-

vendas obtivemos o maior número, 60 respondentes em 104 questionários recebidos, resultados semelhantes ao da população total com um empate no

percentual para as culturas Hierárquicas e de Mercado de 26%.

DISCUSSÕES E CONCLUSÕES

Embora os resultados não demonstrem grandes diferenças entre a percepção de cultura pelos recortes realizados, observou-se uma possível tendência de que as

gerações Y e Z sejam mais voltadas para a cultura de Mercado, com foco externo, buscando o alcance de resultados e com grande competitividade. Já as gerações Baby Boomers e X são mais voltadas para a cultura Hierárquica, com foco interno

e cumprimento de normas e regras. Este pode ser o tema de uma nova pesquisa sobre o assunto.

Observou-se, ainda, que a cultura grupal é a de menor percentual neste estudo, em praticamente todos os recortes, com exceção da geração X, no recorte por

gerações, no qual a cultura Inovativa obteve um menor percentual.

REFERÊNCIAS

CHIUZI, R.; PEIXOTO, B.; FUSARI, G. Conflito de gerações nas organizações: Um fenômeno social interpretado a partir da teoria de Erik Erikson. Temas em Psicologia. (2011)

FREITAS, M. E.. Cultura Organizacional: evolução e crítica. Coleção Debate em Administração. 4a. Impressão da 1a ed. São Paulo-SP: Editora Cengage Learning, 2007.

HAIR, J.F.: BABIN, B.; MONEY, A. Fundamentos de Métodos de Pesquisa em Administração. Porto Alegre: Bookman, 2005

MORGAN, G. Imagens da Organização. São Paulo, Atlas, 2013

SMIRCICH, L. Concepts of culture anda organizational analiysis. ASQ, v. 28, n.3, 1983.

201

ZAVAREZE, T. E. Cultura Organizacional: Uma revisão de literatura. O portal dos psicólogos. 2008. Disponível: http://www.psicologia.com.pt/artigos/textosA0441.pdf Acessado 27/01/2015.

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NORMAS CONTÁBEIS APLICADO NAS COOPERATIVAS Viviane Stein ([email protected])

Fernando Almeida Santos ([email protected])

O objetivo deste trabalho consiste em apresentar e analisar as Normas Brasileiras

da Contabilidade, nas cooperativas na região Sul do País e identificar, por meio de estudo de caso, se elas utilizam tais instrumentos para a gestão. Para análise

foi realizado um estudo de caso nas empresas cooperativas na região Sul do Brasil, no qual foi verificado se ela elabora o modelo utilizado em conformidade à

Norma NBC T 10.8 – Dos aspectos contábeis específicos NBC T 10 – Dos aspectos contábeis específicos em entidades diversas, NBC T 10.8 – Entidades

Cooperativas.

O Brasil possui hoje mais de 6,8 mil cooperativas, distribuídas em 13 ramos de

atividade, uma vez que o crescimento de cooperados nos últimos 10 anos foi de 87,9% passando do patamar de 11,5 milhões de associados, representando 5,7% da

população brasileira com uma estimativa de a cada sete pessoas no mundo uma é associada a uma cooperativa.

O Brasil tem quatro cooperativas do ramo de agropecuária, no ranking das 30

maiores cooperativas do mundo, sendo elas Coamo, Aurora Alimentos, Cooperativa Regional de Cafeicultores em Guaxupé LTDA e a C.Vale, sendo que

três das cooperativas são da região Sul do pais.

O trabalho foi desenvolvido em três capítulos, sendo que o primeiro capítulo

aborda as Cooperativas no Brasil, o segundo capítulo aborda as Normas Contábeis Especificas e Demonstrações Contábeis e por fim no ultimo capitulo, aborda o

estudo de caso que foi realizado nas cooperativas da região sul do Brasil, sendo os estados de Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, com uma amostra total de

137 cooperativas sendo aproximadamente 50% do total de cooperativas registradas nessa região. O questionário foi realizado via e-mail, telefone e

website e tem como o objetivo de analisar a estrutura financeira e patrimonial das cooperativas com base na NBC T 10.8, sendo aplicado online com oito

questões sendo dissertativas e alternativas.

O conceito de cooperativas são sociedades de pessoas, com forma e natureza

jurídica próprias, de natureza civil, não sujeitas à falência, constituídas para prestar serviços aos associados e celebram contrato de sociedade cooperativa as

203

pessoas que reciprocamente se obrigam a contribuir com bens ou serviços para o

exercício de uma atividade econômica, de proveito comum, sem objetivo de lucro.

As cooperativas são estruturadas internamente com três principais pontos, como assembleia geral, direção ou conselho administrativo e o conselho fiscal,

Segundo Sistema OCB (2015) existe 14 ramos de cooperativas, sendo eles Agropecuário, Consumo, Credito, Educacional, Especial, Habitacional,

Infraestrutura, Mineral, Produção, Saúde, Trabalho, Transporte e Turismo e Lazer.

Os princípios do cooperativismo são Adesão Voluntária e Livre, Gestão Democrática, Participação Econômica dos sócios, Autonomia e Independência,

Educação, Formação e Informação, Inter cooperação, Preocupação com a Comunidade.

As normas brasileiras de contabilidade são um conjunto de regras e procedimentos que devem ser observados no exercício dessa função, além de outras determinações e conceitos que devem ser aplicados nos trabalhos

previstos, conforme estipulado pelo CFC.

As Normas Contábeis de Cooperativas é a NBC T 10.8 Entidades Cooperativas, na

qual estabelece critérios e procedimentos específicos de avaliação, de registro das variações patrimoniais e de estrutura das demonstrações contábeis, e as

informações mínimas a serem incluídas em notas explicativas para as Entidades Cooperativas.

As demonstrações contábeis são representações da situação financeira e patrimonial das empresas situadas em determinado momento, com o objetivo de

apresentação informações para empresa por obrigatoriedade das leis e por auxiliar em tomada de decisões na empresa.

Como apresentado às definições das demonstrações contábeis, pelas as autoridades, se resume em relatórios que mostram a real situação de uma

empresa, quanto financeira quanto patrimonial, para fins de tomada de decisão, analise ou obrigações para com a lei, sendo estes relatórios, Balanço patrimonial,

Demonstração do Resultado do Exercício, Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido, Demonstração dos Fluxos de Caixa, Demonstração do Valor

Adicionado, Notas Explicativas.

204

A pesquisa foi realizada na região Sul do Brasil, pois esta região esta concentrada

um número significativo de cooperativas agrícolas que contribuem para a economia Brasileira e internacional, como as cooperativas que foram classificadas

das 30 melhores no ranking mundial das cooperativas, sendo duas do estado do Paraná e uma de Santa Catarina.

Uma amostra de quatorze cooperativas, sendo aproximadamente 10% da amostra coletada, pode se observar que as cooperativas utilizam quase 79% de

empréstimos e financiamentos. A amostra das cooperativas variam de 34 a 26.000 associados. A divisão do resultado do exercício varia entre a divisão de associados

e a aplicação em novos investimentos, sendo uma proporção de 21% e 14% sendo que os 6% utilizam as duas modalidades. No caso de elaboração e publicação de

demonstrativos contábeis, as cooperativas respondem que todas elaboram e publicam o balanço patrimonial, e a maioria elabora e publica o demonstrativo de

sobras ou perdas, demonstrativo de mutações do patrimônio líquido, demonstrativo de fluxo de caixa e as notas explicativas. As cooperativas utilizam os demonstrativos contábeis para tomada de decisão, sendo balanço patrimonial,

demonstrativo de sobras e perdas e fluxo de caixa. Segundo a amostra realizada nas cooperativas, os associados, bancos e fiscalizações são que mais consultam as

demonstrações contábeis.

REFERENCIAS

ASSAF NETO, A Estrutura e Analise de Balanços, um enfoque econômico-financeiro. 10 ed. São Paulo: Atlas, 2012.

BRASIL. Lei Nº 5.764, de 16 de Dezembro de 1971. Define a Política Nacional de Cooperativismo, institui o regime jurídico das sociedades cooperativas, e dá outras providências. Brasília: Presidência da República Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos, Disponível em <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l5764.htm>. Acesso em: 07/04/2015.

CFC - CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE. Resolução CFC nº 920, de 19 de dezembro de 2001. Aprova, da NBC T 10 – Dos aspectos contábeis específicos em entidades diversas, o item NBC T 10.8 – Entidades Cooperativas. Brasilia: CFC, 19/12/2001.

MARÍN H. L. Las cooperativas no agropecuarias en Cuba REVESCO. Revista de Estudios Cooperativos [online] 2014, (Mayo-Agosto), Disponível em: <http://www.redalyc.org/articulo.oa?id=36731313005> . Acesso: 20/09/15.

205

SISTEMA OCB. Propostas do Sistema OCB à Presidência da Republica 2015-2018. Brasília|: Sistema OCB, 2015. Disponível em <http://www.brasilcooperativo.coop.br/gerenciador/ba/arquivos/propostas_do_sistema_ocb_a_presidencia_da_republica_2015_2018.pdf>. Acesso em: 07/04/2015.

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A LÍNGUA PORTUGUESA NOS MANUAIS DE REDAÇÃO: MUDANÇAS NA COMUNICAÇÃO DO SETOR PÚBLICO Laiz Gomes Nascimento ([email protected])

A origem de um idioma está ligada à história de um povo ou nação. 7A língua

portuguesa, em específico, é originada do latim vulgar. O latim possuía variações, por conta das diferenças sociais dos povos, e era classificado em latim clássico e latim vulgar. A população mais culta, com influência política e religiosa tinha

acesso aos textos escritos, comunicavam-se utilizando o latim clássico, já a população menos culta utilizava o latim vulgar como principal linguagem de

comunicação. Esse tipo de linguagem chegou até nós através dos romanos após a conquista da antiga Península Ibérica, hoje território Europeu, onde se encontra

Portugal, os soldados que ocuparam a Península eram falantes do latim vulgar e, por estar de posse do território, acabaram impondo esse idioma aos povos da

região. O latim clássico é caracterizado por palavras mais rebuscadas, encontradas em textos religiosos e em textos jurídicos, herdamos do latim

clássico a estrutura e normas gramaticais. A maioria das palavras existentes em nosso vocabulário é derivada do latim, existem algumas expressões que são

escritas da mesma forma, como por exemplo, “per capita”, que significa por pessoa, e é escrita da mesma forma que no latim. Segundo definição do

dicionário, linguagem é a "maneira de exprimir-se própria de um povo, uma área geográfica", e como toda língua, o latim vulgar também recebeu influências de

outros povos, até se tornar o português falado e escrito em Portugal, Ilha da Madeira, Arquipélago dos Açores, Moçambique Angola, Guiné-Bissau, Cabo Verde

e São Tomé e Príncipe. Por volta de 1440, os espanhóis e os portugueses começaram a busca pela conquista de terras e, em 1500, os portugueses descobrem o Brasil e o colonizam. Os índios foram os primeiros á conhecerem

essa nova língua, que, com o passar dos anos, e com os acontecimentos históricos também recebeu influências de outras nacionalidades em com isso, sofreu

algumas alterações. Na primeira metade do século XVI, recebeu influência dos povos africanos, na época da escravatura e, em 1888 após aprovação da lei áurea,

com a chegada dos imigrantes italianos, alemães, espanhóis, russos, suíços, poloneses e japoneses que vieram para o Brasil para trabalhar nas plantações de

7 Fonte: Castro, Ivo - Curso de História da Língua Portuguesa - Editora Universidade Aberta – Lisboa – 1991.

207

café e açúcar, alimentos com produções predominantes na época. 8O contato com

essas outras línguas resultou no surgimento da chamada língua mista, uma junção de idiomas que contribui para a formação de uma nova forma de se comunicar,

segundo o professor Viário (2011) “mútuas influências entre idiomas podem estar por trás de palavras, como "chuchu", que pode ter origem asiática”, o que mostra

que as palavras que usamos no português são de maioria estrangeiras, “de geração para geração as palavras mudam de forma” (MATEUS, 2005 p. 12). A

influência recebida pelos imigrantes contribuiu para que existissem essas variações linguísticas, mais percebidas no modo de falar, como por exemplo, a

região sul do Brasil recebeu maior influência de imigrantes italianos e alemães, por isso, a entonação de algumas vogais é mais forte em sua maneira de falar.

Podemos notar essas mudanças em nossa língua, utilizando o exemplo do pronome de tratamento você, que iniciou como Vossamecê, depois vosmecê, logo após

chegou ao você, e hoje é mais encontrado na forma contraída vc, na linguagem do internetes. Diferente da escrita comum, que se atualiza com o passar dos anos, a escrita oficial se mantem engessada, por conta do contexto que está inserida que

exige uma formalidade que carregamos desde o início de nossa história, como, por exemplo, os pronomes de tratamento, em alguns ofícios, dependendo do

destinatário, usa-se ainda Vossa Senhoria (V.S.ª), embora no cotidiano empresarial a comunicação estratégica adequa-se a mudanças frequentes do

mercado e do dia a dia social. Com o intuito de padronizar e universalizar a escrita da comunicação oficial foram criados manuais de redação oficial, como o

da presidência da república, secretaria da fazenda, entre outros, para que independente do segmento ou secretaria, todos pudessem compreender a

mensagem e a linguagem utilizada, sem fugir da formalidade histórica. Conforme descrito no texto de apresentação do Manual de Redação da Presidência da

República, o manual “trata das comunicações oficiais, sistematiza seus aspectos essenciais, padroniza a diagramação dos expedientes, exibi modelos, simplifica os

fechos que vem sendo utilizados desde 1937”. A partir do exposto, o presente estudo foi motivado no intuito de analisar a evolução do texto oficial encontrado

em ofícios, após a elaboração e implantação do Manual de Redação Oficial do Centro Paula Souza, a fim de favorecer os atuais profissionais no que tange ao seu

preparo para comunicação do setor público. Em especial, fazer comparações de ofícios redigidos antes e depois da implantação do Manual, para entender os processos de mudanças comunicativas na atuação pública e favorecer a formação,

8 Fonte: Mateus, Maria Helena Mira - A mudança da língua no tempo e no espaço – 2005.

208

incluindo o preparo do secretariado executivo na esfera pública. Essa pesquisa

documental, de caráter descritivo e qualitativo, segue os seguintes passos: a. discussão teórica sobre estudos da variação da língua em seu tempo e espaço,

principalmente, em autores como Castro (1991) e Mateus (2005), dialogados com pesquisas correspondentes a atuação no setor público e sua comunicação por

meio das diretrizes dos manuais oficiais etc; b. seleção de ofícios efetivados antes e depois do manual e comparação das principais modificações em termos

linguísticos; c. levantamento de dados e análise. Tendo em vista que a pesquisa está em andamento, os resultados ainda estão sendo avaliados.

Palavras-chave: Língua e história. Língua e sociedade. Comunicação oficial.

REFERÊNCIAS

ALI, M. S. Gramatica histórica da língua portuguesa. São Paulo: Melhoramentos, 1921.

CASTRO, I. Curso de História da Língua Portuguesa. Lisboa: Universidade Aberta, 1991.

MATEUS, M. H. M. A mudança da língua no tempo e no espaço. São Paulo: Instituto de Linguística Teórica e Computacional, 2005.

SOUSA, V. V. Os (des) caminhos do você: uma análise sobre a variação e mudança na forma, na função e na referência do pronome você. João Pessoa: Universidade Federal da Paraíba, 2008.

COELHO, M. S. Estudo diacrônico do processo de expansão gramatical e lexical dos itens ter, haver, ser, estar e ir na língua portuguesa. Belo Horizonte: Faculdade de Letras da UFMG, 2006.

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SISTEMA DE ASPIRAÇÃO ENDOTRAQUEAL ABERTO X FECHADO: RELAÇÃO CUSTO-BENEFÍCIO

Priscila Gonzaga Atuati ([email protected]) Roberto Navarro Morales Junior

Eduardo Filoni Tania Theodoro Soncini Rodrigues

Os objetivos desse estudo são revisar as publicações científicas que comparam os custos dos sistemas de aspiração endotraqueal aberto (SAA) e fechado (SAF) em

pacientes submetidos à ventilação mecânica e ainda, projetar possíveis gastos comparando os dois métodos quando aplicados nas UTI´s. A relevância é

minimizar os custos. Foi realizado revisão bibliográfica em caráter quantitativo e perspectivo através das estimativas dos custos. As buscas dos artigos científicos

nas bases de dados MedLine e Cochrane, abrangendo o período entre 2004 e 2012, com as palavras-chaves nos idiomas inglês e português.

Foram incluídos os estudos que comparavam os custos entre os sistemas de aspiração aberto e fechado, realizados em pacientes de todas as idades. As

publicações que diferiam dos critérios de inclusão eram automaticamente rejeitadas.

Para projeção dos custos, utilizado como base os custos dos materiais de um Hospital público de São Paulo, que trabalha com kits de aspiração pré-montados.

A partir disso, a definição da média de custo de cada kit e a projeção de custos para cada paciente internado, ficou melhor delimitado.

Para a estimativa de custo entre os sistemas, definimos 26 pacientes “virtuais”, os quais houve o sorteio de uso dos kits definindo os dias e os sistemas utilizados,

além da quantidade de aspirações e divididos em dois grupos com 13 pacientes cada.

Para análise da estimativa, foi realizado teste T-student não-pareado bicaudal,

para a comparação entre as médias dos custos totais dos SAF/SAA. O teste estatístico e parâmetros analisados foram: média, desvio-padrão e erro-padrão.

A escolha do material, tempo de internação, quantidade de aspirações e trocas do SAF a cada 72h foram definidas via sorteio para gerar a perspectiva de gastos,

já que o estudo não foi prospectivo.

210

O valor dos materiais como referência era aquele vigente na época

(Janeiro/2015).

Encontrados 42 artigos, dos quais apenas 20 foram aproveitados conforme os

critérios de inclusão.

A cada paciente “virtual” sorteado, foram calculados os valores dos Kits conforme

o tipo de sistema de aspiração utilizado por procedimento/dia com o custo médio e total por paciente. Após o sorteio e análise dos dados, foram interpretados e

houve a realização da análise estatística.

O SAF apresentou custo 80% maior que o sistema aberto.

Quando realizada a análise pelos custos diários, a diferença estatística é ainda mais evidente (***P<0,0001). Isso significa dizer que podemos afirmar com 99,99%

(~100%) de certeza que o SAF tem custo 293% maior que o aberto, ou seja, o SAF é quase 3 vezes o valor do SAA quando comparados os custos diários. Os

resultados encontrados comprovam a vantagem no uso do SAA em relação ao SAF.

Em ambos os grupos foram selecionados 13 pacientes, e os custos totais para SAA e o SAF foram: R$ 360,62 e R$ 710,58 respectivamente. Com esses dados foi

possível, pela análise estatística, estabelecer que o custo do SAF é 80% maior que o do SAA.

Os custos diários também foram levados em conta e à partir dos valores encontrados (SAA: R$82,12; SAF: R$261,30) com ajuda de outra de outra análise

estatística, estabeleceu que o custo do SAF se torna 293% maior, ou seja, quase 3 vezes maior.

Outros autores chegaram a resultados e conclusões semelhantes aos deste trabalho: no estudo de PAGOTTO et al (2008) refere que foram encontrados

quatro estudos comparando os custos entre os sistemas. Nos dois primeiros, o custo do SAF foi maior. No terceiro estudo, o custo do SAF foi menor e no quarto

estudo, o SAF mostrou ter custo superior se utilizado por menos de 4 dias. Ele concluiu que na maioria dos estudos o custo é maior quando se utiliza o SAF, pois

incluiu uma sonda de aspiração comum adicional para aspirar nariz e boca, com o intuito de diminuir a incidência de pneumonia associada a ventilação mecânica.

Segundo JOHNSON et al (1994) diz que o custo para SAA foi 93 dólares cada. Baseado na média de 16 procedimentos de aspiração por paciente por dia, o custo para o paciente para o SAA foi US$ 14,88 por dia. O custo para o paciente com o SAF foi de

211

US$ 13,00 por dia, ou US$1,88 a menos por dia do que o SAA. O custo para o SAA foi um pouco maior neste estudo, pois os parâmetros utilizados não foram padronizados para ambos, ou seja, para a análise do SAA foi selecionado 19 pacientes e com total de 127 procedimentos de aspiração, enquanto para o SAF, 16 pacientes foram submetidos a 149 procedimentos.

Segundo CARLON et a (1987) relata que o SAF foi 25 vezes mais caro e na conclusão do estudo o paciente teria que ser aspirado mais de 24 vezes/dia para chegar a um ponto de equilíbrio. O ponto de equilíbrio seria de 14 procedimentos de aspiração por dia (SAA US$ 13,03 versus SAF US$ 13,00).

O custo de equilibrio depende do número de procedimentos aplicados por dia e, como nesse estudo não houve um padrão da quantidade de aspirações diarias, não há como calcular o ponto de equilibrio entre os sistemas. No estudo de LORENTE

et al (2006) sugere que o uso do SAF é financeiramente mais vantajoso quando o paciente permanece em VM por período superior a quatro dias.

Apesar dos exemplos citados acima, segundo os dados apresentados neste estudo, foi observado que o SAA apresenta-se mais vantajoso que o SAF considerando o

número de procedimentos e o número de dias de internações sorteados para o estudo. Foi observado que em quantidades maiores de procedimentos, os custos

de SAA e SAF se equivalem, ou até mesmo se invertem, isso porque como o custo do procedimento do SAA é maior que do SAF, e essa diferença acaba superando o

custo da SAF.

Tanto nas revisões publicadas quanto na perspectiva de custos, conclui-se

que o SAA tem um valor significantemente menor se comparado a custos diários. Sugere-se que o SAF pode ser mais vantajoso quando há um número muito

elevado de utilizações ou de dias de internação.

O estudo teve limitações quanto a projeções de custos em reais. Deve-se levar em

consideração que o número de aspirações é sempre diferente para cada paciente, o que leva às diferenças entre os custos diários e totais entre ambos.

É importante levar em consideração que não existe padronização do número de aspirações endotraqueais em nenhum serviço de saúde e que devemos nos preocupar além dos gastos, da real necessidade de indicação dos dois tipos de

sistemas para o paciente, conforme a sua demanda individual.

212

REFERÊNCIAS

American Association of Respiratory Care. AARC clinical practice guidelines: endotracheal suctioning of mechanically ventilated patients with artificial airways 2010. Respir Care. 2010 jun;55(6):758-64.

Carlon GC, Fox SJ, Ackerman NJ. Evaluation of a closed tracheal suction system. Critical care medicine.1987; 15: 522-525

Carvalho CRR, Junior CT, Franca AS. III Consenso brasileiro de Ventilação mecânica. J Bras Pneumol. 2007;33(Supl 2): S 54-S 70

Copnell B, Tingay TG, Kiraly NJ, Sourial M, Gordon MJ, Mills JF et al. A comparison of the effectiveness of open and closed endotracheal suction. Intensive Care Med. 2007; 33: 1655–1662.

Dodek P, Keenan S, Cook D, Heyland D, Jacka M, Hand L, et al. Evidence based clinical practice guideline for the prevention of ventilator-associated pneumonia. Ann Intern Med. 2004; 141(4): 305-13.

Complexo Educacional FMU São Paulo/SP – 12 e 13 de Novembro de 2015

GOVERNANÇA CORPORATIVA: AS MULHERES NOS CONSELHOS DE ADMINISTRAÇÃO

José Donizette Basileu – Complexo Educacional FMU ([email protected])

RESUMO:

A desigualdade de gêneros nos Conselhos de Administração (CAs) e a

participação de mulheres, vem sendo um tema bastante discutido e estudado no mundo todo, no ambiente acadêmico e organizacional. Os CAs tem sido

denominados “old boys club”, um ambiente dominado pelo gênero masculino. No Brasil, tramita no Senado Federal um Projeto de Lei nº 112, de 2010, que tem

por objetivo tornar efetiva “cotas” com a presença de mulheres na composição dos CAs das empresas públicas, de sociedade mista, de empresas controlados pela

União, prevendo em um dos seus artigos e parágrafos, a seguinte composição: 10%, até o ano de 2016; 20%, até o ano de 2018; 30%, até o ano de 2020 e 40%,

até o ano de 2022.

Palavras chave: Governança Corporativa; Cotas para mulheres nos Conselhos de

Administração; Vantagens da participação feminina nos Conselhos de Administração.

ABSTRACT:

Gender inequality in the Boards of Directors and the participation of women, has

been a very discussed subject and studied worldwide in the academic environment and organizational. The Boards of Directors have been called "old boys club" (Burke, 1993), one dominated by male environment. In Brazil, clears

the Senate a bill (No. 112, 2010), which aims to make effective "quotas" with the presence of women in the composition of the Boards of Directors of public

companies, joint enterprise, companies controlled by the Union, predicting in one of its articles and paragraphs, as follows: 10% by the year 2016; 20% by the

year 2018; 30% by the year 2020 and 40% by the year 2022.

Keywords: Corporate Governance; Quotas for women on boards of directors;

Advantages of women's participation in Boards of Directors.

214

RESUMEN:

La desigualdad de género en los Consejos de Administración (CA) y la participación de las mujeres, ha sido un tema muy discutido y estudiado en todo

el mundo en el ámbito académico y organizacional. Los Consejos de Administratión se han llamado "club de los muchachos viejos" (Burke, 1993), uno

dominado por el ambiente masculino. En Brasil, se borra el Senado un proyecto de ley (Nº 112, 2010), que tiene como objetivo hacer "cuotas" eficaces con la

presencia de las mujeres en la composición de las entidades emisoras de las empresas públicas, la empresa conjunta, sociedades controladas por la Unión, la

predicción, en uno de sus artículos y apartados, de la siguiente manera: 10% para el año 2016; 20% para el año 2018; 30% para el año 2020 y 40% para el año 2022.

Palabras clave: Gobierno Corporativo; Las cuotas para mujeres en los consejos de administración; Ventajas de la participación de las mujeres en los Consejos de Administración.

INTRODUÇÃO: A RELEVÂNCIA DA PESQUISA

A crescente inserção da mulher no mercado de trabalho resulta,

fundamentalmente, dos movimentos ocorridos historicamente ao longo do tempo, com destaque para aqueles ditos “feministas”, que contribuíram para as

transformações dos valores relativos ao papel da mulher na sociedade. Pode-se assegurar que foi por meio dos movimentos feministas que se obtiveram

conquistas significativas para as mulheres, como o direito ao voto e a inserção no mercado de trabalho. FLECHA (2007)

A desigualdade de gêneros e a participação das mulheres nos Conselhos de Administração (CAs), tem siso um tema bastante discutido e estudado no mundo

todo. Os CAs tem sido denominado “old boys club” (BURKE, 1993), um ambiente dominado pelo gênero masculino.

Dado a importância do assunto e a divisão das opiniões no ambiente empresarial e acadêmico, o tema se torna relevante diante do contexto apresentado e juntos

buscam a resposta para a seguinte pergunta de estudo: Que características de formação acadêmica e experiência profissional podem contribuir para participação das Mulheres nos Conselhos de Administração (CAs)?

215

A Linha de Pesquisa 1: Estruturação da Governança Corporativa analisa os aspectos essenciais da

governança corporativa como tema central, que trata da concepção de gestão, bem como os mecanismos de operação e controle das organizações, visando

harmonizar a busca de lucratividade e os objetivos sociais e de sustentabilidade nas economias de mercado. A Linha engloba estudos e pesquisas da estrutura de

governança da empresa, as relações entre proprietários, conselho consultivo, conselho de administração, alta administração e auditoria independente e a

estratégia das organizações. Seu escopo também incorpora os códigos e manuais de boas práticas de governança, as leis de proteção aos investidores, a

transparência contábil, financeira e fiscal, as normas contábeis e de auditoria e os acordos nacionais e internacionais que tratam do tema.

Objetivos do Estudo da Pesquisa: A pesquisa pretende analisar a participação das mulheres brasileiras nos cargos dos Conselhos de Administração em empresas listadas na Bolsa de Valores. Tendo

como questão fundamental para o Objeto de Pesquisa: Qual o perfil das mulheres que atuam nos Conselho de Administração em organizações listadas na Bolsa de Valores? Especificamente, investigar se é possível promover igualdade de acesso entre homens e mulheres aos cargos da Alta Administração

das empresas brasileiras.

Objetivo Geral: A contribuição e a participação das mulheres e a composição de gênero dos

Conselhos de Administração nas empresas brasileiras de capital aberto, analisando as práticas de Governança Corporativa.

Objetivos Específicos: a) Contextualizar a composição de gêneros nos Conselhos de Administração.

b) Identificar os elementos e as características de formações e experiências profissionais que auxiliam as mulheres nos Conselhos de Administração.

216

METODOLOGIA: PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS.

Esta seção apresenta a metodologia e os procedimentos de pesquisa que norteiam esta dissertação. A metodologia é elemento essencial para a construção e

desenvolvimento do conhecimento científico, pois, como ressalta OLIVEIRA (2002), a ciência necessita de métodos para poder compreender e explicar os

fenômenos, seja eles da realidade do mundo natural ou social, que o pesquisador deseja estudar. Existem basicamente duas modalidades de metodologia de

pesquisa:

Metodologia Qualitativa e Metodologia Quantitativa. Cada um dos métodos

mencionados pode ser usado separadamente ou em conjunto, dependendo do objeto de pesquisa. A pesquisa quantitativa geralmente envolve a obtenção de

um conjunto extenso de informações que, após serem coletadas mediante a utilização de formulários e questionários (entre outros instrumentos) necessitam de análise estatística. É justamente o tratamento estatístico dessas informações

que possibilita enquadrar uma pesquisa com o “rótulo” de “quantitativa”.

Em contraste, a pesquisa qualitativa tem o foco de investigação em fenômenos

complexos na sua totalidade, que impossibilita o tratamento estatístico das informações e dados obtidos. De modo geral, o acervo de informações obtidas

numa pesquisa qualitativa exige o emprego de variados instrumentos de coleta de dados, que devem receber tratamento específico por meio de uma análise

interpretativa detalhada elaborada pelo pesquisador.

Neste capítulo, serão apresentados, além do tipo de investigação, os

procedimentos metodológicos utilizados na pesquisa, referentes à natureza do estudo, população, amostra e técnicas de coleta, tratamento e análise dos dados.

Amostra e sujeitos:

O universo da pesquisa abrange mulheres brasileiras que integram os Conselhos de Administração das empresas listadas na Bolsa de Valores em seus vários níveis de

Governança Corporativa.

Procedimento da coleta de dados:

Esta pesquisa estará estruturada, com um roteiro pré-definido de questões. O

principal objetivo desta técnica é a obtenção de informações sobre determinado assunto ou problemática, em que o entrevistado detenha conhecimento ou

217

vivência do assunto de modo que possa contribuir com elementos essenciais para

a pesquisa.

GOVERNANÇA CORPORATIVA E O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO (CAS):

Conceito de Governança Corporativa:

O termo “Governança Corporativa” tornou-se mais conhecido no território brasileiro a partir de 1999, com a intervenção do IBGC – Instituto Brasileiro de Governança Corporativa, que cunhou e oficializou sua definição:

“Governança Corporativa é o sistema pelo qual as organizações são dirigidas, monitoradas e incentivadas, envolvendo os relacionamentos entre proprietários, Conselho de Administração, Diretoria e órgãos de controle. As boas práticas de Governança Corporativa convertem princípios em recomendações objetivas, alinhando interesses com a finalidade de preservar e otimizar o valor da organização, facilitando seu acesso a recursos e contribuindo para sua longevidade. Assegurando aos seus sócios os princípios que são: Transparência, Equidade, Prestação de Contas e a Responsabilidade Corporativa”. (IBGC, 2009, p.19.)

A função dos Conselhos de Administração:

A função básica de um CAs é manter, na tomada de decisões, o direcionamento estratégico dos negócios, de acordo com os principais interesses da organização como um todo, protegendo seu patrimônio e maximizando o retorno sobre seus

investimentos.

Os membros do CAs são escolhidos, pelos sócios, em assembleia. Na maioria das

vezes, a indicação dos candidatos é feita por meio de chapa, proposta pelos acionistas, e em muitos casos, são os próprios conselheiros e executivos. Se a

seleção é feita entre os profissionais que se preparam ou se apresentam ao mercado, por meio de canais do IBGC, novamente se depara com número muito

maior de homens do que de mulheres.

As Cotas de Participação das Mulheres nos Conselhos de Administração:

Um recente levantamento realizado pela Catalyst em outubro de 2014, em parceria com a consultoria DMG - Data Morphosis Group, apontou que a Noruega

218

possui o maior índice de representação feminina nos Conselhos de Administração, com 35,5%, este número, apesar de ser o primeiro do ranking, não chega a cumprir a cota de 40%, exigida por lei desde 2008 no país. Seguido

de Finlândia - 29,9%; França - 29,7%; Suécia - 28,8%; Bélgica - 23,4%; Reino Unido - 22,8%; Dinamarca - 21,9%; Holanda - 21%; Canadá - 20,8% e Austrália - 19,9%, Estados Unidos – 19,2%; Espanha – 18,2%; Suíça – 17%; Áustria – 13%; Irlanda - 10,3%; Hong Kong – 10,2%; Portugal – 7,9%; Índia – 9,5% e Japão – 3,1%.

De acordo com a Global Summit of Women, no fórum que aconteceu em São Paulo em maio de 2015, as mulheres ocupam apenas 6,4% dos Conselhos de Administração das 100 maiores empresas da América Latina. Das 47% dessas empresas não têm uma só mulher em seus CAs. Entre os países da América

Latina, a Colômbia lidera, com 13,4%, o número dos cargos de direção de grandes empresas ocupados por mulheres, um número que representa mais do

que o dobro da região. O Brasil, com 42 companhias na lista das 100 maiores empresas da América Latina, possui uma média de 6,3% de presença feminina, enquanto o Chile tem 3,2%, a porcentagem mais baixa da região. Na escala

mundial, a mesma pesquisa, apontou que a Europa lidera a lista de regiões que tem mulheres nos Conselhos de Administração com 20%, seguida da América do

Norte (19,2%) e da região de Ásia-Pacífico (9,4%) e a África foi desconsiderada na pesquisa.

No Brasil, no entanto, já tramita no Senado Federal um Projeto de Lei (nº 112, de 2010), de autoria da Senadora Maria do Carmo Alves, que tem por objetivo

tornar efetiva “cotas” com a presença de mulheres na composição dos CAs das empresas públicas, de sociedade mista, cujo capital majoritário sejam

controlados pela União, prevendo em um dos seus artigos e parágrafos, a seguinte composição: 10%, até o ano de 2016; 20%, até o ano de 2018; 30%, até o ano de

2020 e 40%, até o ano de 2022.

DISCUSSÃO E CONCLUSÃO

Apesar de ser maioria populacional e ter maior taxa de escolaridade, porque estudam mais que os homens, a presença feminina em cargos de liderança ainda

está em evolução, especialmente no topo da pirâmide hierárquica das organizações.

As barreiras para atingir a equidade de gêneros, dentro das organizações ainda

são muitas. Visando mitigar a desigualdade de gênero nos CAs, tem sido destaque

219

no cenário mundial a intervenção governamental nas organizações, fixando regras

relacionadas ao estabelecimento de cotas dentro dos CAs. Apesar de ser ainda um tema relativamente incipiente, há sinais de que o Brasil seguirá tendência

internacional valorizando a diversidade de gênero na gestão dos negócios, embora por meio coercitivo (obrigatoriedade legal).

Mulheres que participam de conselhos são novas neste universo e faltam menos às reuniões, acompanham mais os processos de decisão, se comunicam melhor.

Resultando em decisões mais criativas e inovadoras, inspirando e estimulando outras mulheres a conquistarem esses espaços, bem como favorecer a entrada de

novas conselheiras, o que contribui para ampliar o número de mulheres nos CAs (BURKE, 1994).

REFERÊNCIAS

BURKE, R.J, Women on coporation boards of directors. Equal Opportunities International, v. 12, n.6, p. 5-13, 1.993

BURKE, R. J. (1994) Women on corporate board of directors: Views of Canadian Chief Executive Officer. Women in Management Review, 9(5): 3-10.

CATALYST CENSUS 2014: “Women Board Directors”, publicado em 13 de janeiro de 2015. Disponível em: http://www.catalyst.org/system/files/2014_catalyst_census_women_board_directors_0.pdf. Acessado em 03 de julho de 2015.

CWDI - Corporate Women Directors International - Global Summit of Women, evento ocorrido de 14 a 16 de maio de 2015, São Paulo, Brasil. https://globewomen.org/globalsummit/. Acessado em 03 de julho de 2015.

FLECHA, Marilia Mariano de Lima. A Inserção da Mulher no Mercado de Trabalho: Um Retrato da Desigualdade na Região Metropolitana de Belo Horizonte. XXXI Encontro da ANPAD. Rio de Janeiro, RJ – 22 a 26 de setembro de 2007.

INSTITUTO BRASILEIRO DE GOVERNANÇA CORPORATIVA (IBGC). Código das Melhores Práticas de Governança Corporativa. 4.ed. / Instituto Brasileiro de Governança Corporativa. São Paulo, SP: IBGC, 2009, p. 19.

OLIVEIRA, Sílvio Luiz de. Metodologia científica aplicada ao direito. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2002.

PROJETO DE LEI 112 de 2010, de autoria da Senadora Maria do Carmo Alves. Publicado do DSF, em 28/04/2010. http://www.senado.gov.br/atividade/materia/getPDF.asp?t=76495&tp=1. Acessado em 03 de julho de 2015.

Complexo Educacional FMU São Paulo/SP – 12 e 13 de Novembro de 2015

A ABORDAGEM DOS IMPACTOS DA CULTURA GOSPEL BRASILEIRA COMO ELEMENTOS NA DECISÃO DE COMPRA DO CONSUMIDOR DE

MUSICAS Maria Da Glória Gohn – Complexo Educacional FMU ([email protected])

Marco Antonio Fonseca – Complexo Educacional FMU ([email protected])

APRESENTAÇÃO

Ao fazer uma análise da cultura gospel brasileira é comum questionarmos sobre a

quantidade de produtos artísticos vendidos por ano bem como quais estão relacionados a popularidade dos artistas ou a qualidade de suas apresentações

musicais. Para investigar este fenômeno, a pesquisa pretende conhecer os fatores da cultura gospel que mais influenciam na decisão de compra do consumidor de

musicas.

OBJETOS E PROBLEMA DA PESQUISA

Considerando o item-musica dentro do universo da cultura gospel brasileira, a

pesquisa pretende verificar se a popularidade do artista se sobrepõe ao desempenho de suas apresentações musicais tendo como base a quantidade de

CDs vendido.

HIPÓTESES E OBJETIVOS

Hipóteses Uma apresentação musical que considere de forma minuciosa os elementos da cultura gospel brasileira é capaz de implementar estratégias para influenciar na decisão de compra do consumidor de música desta cultura.

Objetivo Geral Definindo os elementos da cultura gospel brasileira como (valores, crenças, ritos,

histórias, mitos, heróis, tabus, normas e comunicação) a pesquisa objetiva investigar quais destes elementos impactam na decisão de compra do consumidor de musicas gospel brasileiras.

221

Objetivos Específicos § Aprofundar o conhecimento na cultura gospel brasileira, suas origens e a

relação com os evangélicos.

§ Conhecer as mídias utilizadas pelo publico gospel.

§ Identificar quais são os canais de distribuição escolhidos pelo consumidor gospel.

§ Verificar e caracterizar o que o publico gospel espera de um artista em uma apresentação musical.

§ Correlacionar os fatores popularidade no meio gospel e a apresentação

musical como relevância na decisão de compra.

RELEVÂNCIA DA PESQUISA

Ao descobrir um padrão de comportamento do consumidor de produtos artísticos,

as empresas fonográficas se beneficiarão com informações especificas a ponto de conseguir melhorar os produtos com base nos elementos da cultura gospel que

influenciam na escolha dos produtos artísticos. A escolha do tema da pesquisa teve como base a experiência do autor vivenciada no meio da cultura gospel

brasileira. A pesquisa também visa contribuir com o estado da arte aumentando a quantidade de artigos relacionados ao tema da pesquisa.

METODOLOGIA

Tipo de pesquisa Qualitativa e Quantitativa

Universo e amostra

Cidade de São Paulo. Amostra de igrejas evangélicas onde são feitas as apresentações e os centros comerciais que comercializam músicas gospel.

Instrumentos e coletas de dados Entrevistas e questionários

222

Método de análise Análise de conteúdo das Entrevistas

CONCEITOS ESSENCIAIS

Origem do termo Gospel A forma do termo gospel popularizada nos Estados Unidos “Movimento de Jesus”,

foi transplantada para o Brasil no inicio dos anos 90. Gospel ( “Evangelho” no inglês) é sinônimo da música religiosa moderna ou da Música Cristã

Contemporânea (MCC), ou seja, passou a ser classificada um gênero musical que combina formas musicais seculares ( em especial as populares como o rock, as

baladas, o samba, o sertanejo e até o axé music). A música gospel disseminada pelas gravadoras especializadas é o repertório musical privilegiado. Alguns adeptos de igrejas evangélicas recusam-se a ouvir outro tipo de música e

consideram a música gospel “abençoada”, “a serviço de Deus”. Além do rádio e da produção fonográfica, há outras mídias que alimentam os membros os

membros das igrejas, referenciadas na produção musical: programas de clipes gospel, de variedades evangélicas, revistas gospel. Os artistas gospel passam a ser

conhecidos, comentados e copiados nos moldes dos artistas “seculares”. (Cunha 2004)

Os movimentos sociais ao redor da cultura gospel “Na realidade histórica, os movimentos sempre existiram, e cremos que sempre existirão. Isso porque representam forças sociais organizadas, aglutinam as

pessoas não como força-tarefa de ordem numérica, mas como campo de atividades e experimentação social, e essas atividades são fontes geradoras de

criatividade e inovações socioculturais. A experiência da qual são portadores não advém de forças congeladas do passado – embora este tenha importância crucial

ao criar uma memória que, quando resgatada, dá sentido às lutas do presente. A experiência recria-se cotidianamente, na adversidade das situações que

enfrentam. Concordamos com antigas análises de Touraine, em que afirmava que os movimentos são o coração, o pulsar da sociedade. Eles expressam energias de

resistência ao velho que oprime ou de construção do novo que liberte. Energias sociais antes dispersas são canalizadas e potencializadas por meio de suas

práticas em “fazeres propositivos”. Os movimentos realizam diagnósticos sobre a

223

realidade social, constroem propostas. Atuando em redes, constroem ações

coletivas que agem como resistência à exclusão e lutam pela inclusão social. Constituem e desenvolvem o chamado empowerment de atores da sociedade civil

organizada à medida que criam sujeitos sociais para essa atuação em rede. Tanto os movimentos sociais dos anos 1980 como os atuais têm construído

representações simbólicas afirmativas por meio de discursos e práticas. Criam identidades para grupos antes dispersos e desorganizados, como bem acentuou

Melucci (1996). Ao realizar essas ações, projetam em seus participantes sentimentos de pertencimento social. Aqueles que eram excluídos passam a se

sentir incluídos em algum tipo de ação de um grupo ativo”. (Gohn 2011)

Elementos da cultura gospel como influenciadores na decisão de compra Com o surgimento do conceito de consumidor consciente, passa a ser essencial

que o indivíduo reflita sobre os seus hábitos de consumo, procurando fazer as melhores escolhas e cobrar constantemente uma postura ética e ambientalmente

responsável das empresas e dos demais consumidores (IDEC, 2004). Segundo o Instituto Akatu (2009): O consumidor consciente busca o equilíbrio entre a sua

satisfação pessoal, a preservação do meio ambiente e o bem-estar da sociedade, refletindo sobre por que comprar, o que comprar, como comprar, de quem

comprar, como usar e como descartar produtos ou serviços, buscando também prestigiar empresas comprometidas com a responsabilidade social. (Mazzei 2012)

RESULTADOS – DISCURSSÕES E CONCLUSÕES

Pesquisa em andamento.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

CUNHA, Magali do Nascimento. Um olhar comunicacional sobre a explosão gospel no cenário religioso evangélico no Brasil. 2004. Tese (Doutorado em Comunicação e Artes) – Universidade de São Paulo, São Paulo.

CUNHA, Magali do Nascimento. A explosão gospel: um olhar das ciências humanas sobre o cenário evangélico no Brasil. Rio de Janeiro: Mauad e Instituto Mysterium 2007. 231 p.

GOHN, Maria da Glória. Educação Não Formal e Cultura Política. 5ª ed. S.Paulo. Cortez. 2011

224

GOHN, MARIA DA GLÓRIA - Movimentos sociais na Contemporaneidade Revista Brasileira de Educação v. 16 n. 47 maio-ago. 2011 Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/rbedu/v16n47/v16n47a05.pdf>

GOHN, Maria da Glória. Educação Não Formal no Campo das Artes. S Paulo. Cortez Ed. 2015.

MAZZEI, Andréa Tôgo. A influência das ações de Responsabilidade Social Empresarial na decisão de compra dos consumidores conscientes. 28/09/2012, 76 folhas,UNB, Brasília,2012.Disponível em: <http://bdm.bce.unb.br/bitstream/10483/42 82/6/2012_AndreaTogoMazzei.pdf> acesso em 23/07/2013

KOTLER, Philip; KELLER, Kevin L. Marketing Management 14ª edição, New Jersey: Pearson Education 2012, 787 p.

Complexo Educacional FMU São Paulo/SP – 12 e 13 de Novembro de 2015

A METÁFORA DA ORGANIZAÇÃO VISTA COMO CÉREBRO DENTRO DE UMA ORGANIZAÇÃO NO SETOR DE ESTÉTICA

Gabriela Almendra Dutra – ([email protected]) Vilma Aparecida Caseiro - ([email protected])

Elza Rosa Veloso – ([email protected]) Fernando Zavarizzi – ([email protected])

Germano Glufke Reis – ([email protected]) Tiago Luciano Alves – ([email protected])

INTRODUÇÃO

O objetivo deste estudo é analisar uma organização do setor de estética sob a

ótica da metáfora “As organizações vistas como cérebro” de Gareth Morgan (2013). Dessa forma se investigou como a abordagem baseada em metáforas, e a

metáfora do cérebro em particular, podem contribuir com a análise dos processos e fenômenos organizacionais.

A organização surgiu nos anos 1980, a partir da ideia da fundadora de agregar, a um negócio familiar já existente, alguns serviços de estética. A empresa se

expandiu rapidamente através de novas unidades e, posteriormente, através de franquias.

Foram feitas buscas de indícios sobre se uma organização pode ser analisada a partir da metáfora de cérebro, utilizando os elementos apontados por Morgan

(2006): visão de futuro, o aprender a aprender e a visão holográfica, na qual as partes são vistas como o todo.

Para o cumprimento do objetivo proposto, foi realizada uma entrevista com a fundadora da empresa, buscando identificar a ocorrência de elementos similares

à metáfora do cérebro em seu discurso, sempre em referência à organização objeto do estudo.

CONCEITOS ESSENCIAIS

Segundo Morgan (2006), a metáfora é uma figura de linguagem comparativa, frequentemente usada para dar um toque criativo a nossa maneira de falar, como

quando dizemos que "a vida é um jogo" ou que "o mundo é um palco". Mas, a natureza e o efeito da metáfora são muito mais completos e fundamentais. O

autor propõe que as metáforas sejam utilizadas como o recurso para análise de

226

processos e fenômenos organizacionais, as diferentes metáforas (cultura, prisão

psíquica, cérebro, máquina, entre outras) permitem capturar e examinar aspectos e camadas distintas desses fenômenos.

Morgan (2013) argumenta que o cérebro é um sistema que dá início a ação inteligente, permanecendo supremo entre todos os sistemas naturais e feitos pelo

homem dos quais se tem conhecimento. A metáfora do cérebro é usada para análise do planejamento corporativo e estratégia organizacional.

Fleury e Oliveira (2002), dizem que as organizações que enfrentam incertezas e intensa competição têm que saber aprender e se renovar, desenvolvendo novos

conhecimentos. O processo de aprender e criar algo novo se inicia com o indivíduo.

Segundo Morgan (2013), o processo de aprender como o cérebro artificial, é conhecido como cibernética, que ressalta quatro princípios: a capacidade de

sentir, monitorar e explorar o ambiente; relação das informações das normas operacionais que guiam o sistema comportamental; detectar desvios significativos das normas; iniciar ação corretiva quando há discrepância. Esse autor compara o

cérebro a um holograma, afirmando que todas e cada uma das partes representam o todo, contudo permite que o sistema aprenda e se auto organize.

Os sistemas de informações podem ser acessados de vários pontos e criam um potencial para que as pessoas em toda a empresa, mesmo os que estão em locais

distantes, se tornem plenamente participantes de um sistema evolutivo de memória e inteligência organizacional. Eles podem aprender com o banco de

dados da organização e as ideias expressas, bem como contribuir com eles. (MORGAN, 2006).

Morgan (2006), escreve sobre o desafio que é a mudança constante e as rápidas transformações, fazendo com que as organizações busquem sempre estar

atualizadas, aprendendo constantemente e destaca o aprender a aprender. Dentro desta mesma perspectiva da constante mudança, Burrell e Morgan (1993),

acreditam que o mundo está cada vez menos tangível e as organizações precisam descobrir um meio de lidar com esta estrutura e se adaptar a novas realidades.

227

PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

Foi realizado um estudo de caso, qualitativo, explorando uma entrevista, feita pelos autores, filmada no dia 27 de maio de 2015, no escritório da organização,

com a fundadora e presidente do grupo de uma rede de estética líder no seu segmento.

Yin (2010) define “estudo de caso” com base nas características do fenômeno em estudo e com base num conjunto de características associadas ao processo de

descoberta de dados e análise dos mesmos.

Foram feitos três questionamentos com respostas não diretivas, são estes:

§ Como surgiu a ideia para o seu negócio?

§ Fale sobre a expansão e crescimento da empresa.

§ Como líder atual de mercado, qual a sua visão de futuro da organização?

Segundo Severino (2007), entrevistas não diretivas extraem informações dos sujeitos, a partir da fala livre. O entrevistador mantém-se na escuta, registrando

todas as informações e só interferindo discretamente para, eventualmente, instigar o entrevistado, levando-o a praticar um diálogo descontraído e sem

constrangimentos.

Foram também analisados materiais institucionais da organização para entender

como ela funciona e comparou-se com a metáfora do cérebro.

RESULTADOS

A entrevista mostrou uma organização forte, com visão de futuro e de mercado, que está sempre se atualizando. Há um contínuo treinamento dos funcionários e

de novos proprietários que desejam abrir uma franquia.

A organização surgiu de uma ideia da fundadora nos anos 80, começou pequena,

junto com outro negócio da família já existente, oferecendo alguns serviços de estética e foi crescendo rapidamente, sendo uma das primeiras em sua área.

Após o sucesso dos primeiros passos, começou a se expandir e abrir filiais, algumas da própria fundadora e outras franquiadas, sem que nenhuma franquia

saia do padrão estabelecido na matriz.

228

DISCUSSÕES E CONCLUSÕES

A organização pesquisada tem grande relação com o trabalho de Morgan (2006), a organização vista como cérebro, como, por exemplo, estar focada em aprender

para aumentar a inteligência organizacional. As filiais da empresa representam a excelência da matriz, como Morgan (2006), coloca que, com a holografia, é

possível que os processos que aparecem no todo apareça também em todas as partes, e, do mesmo modo, todas e cada uma delas representa o todo.

Analisando o “aprender” dos autores Fleury e Oliveira (2002), observamos também que a organização pesquisada que está sempre aprendendo novas

técnicas e tecnologias, para não ficar ultrapassada, e sempre buscando novos mercados em sua área atuante.

LIMITAÇÕES DO ESTUDO

Existem algumas limitações para este estudo, por se tratar da análise de apenas uma entrevista, com a fundadora da empresa além da coleta de material

institucional da organização. Ampliar a coleta deste material e efetuar entrevistas com os colaboradores da empresa e com os franquiados seria

interessante, para verificar a relação com uma maior profundidade entre a metáfora do cérebro e a empresa. Para aprofundamento, espera-se que estudos

futuros possam pesquisar outras empresas em setores diversificados.

REFERÊNCIAS

BURRELL, G.; MORGAN, G. Sociological Paradigms and Organisational Analysis. Arena, Burlington, 1993.

FLEURY, Maria Tereza Leme; OLIVEIRA Júnior, Moacir de Miranda. Aprendizagem e gestão do conhecimento. In:___. (Coords.) As pessoas na organização. Editora Gente, São Paulo, 2002.

MORGAN, Gareth. Imagens da Organização. Atlas, São Paulo, 2006 e 2013.

SEVERINO, Antônio Joaquim. Metodologia do Trabalho Científico, 23º. Ed., São Paulo, Editora Cortez, 2007.

YIN, Robert K. Estudo de Caso: Planejamento e Métodos, trad. Ana Thorell, 4ª. Ed. Porto Alegre, Editora Bookman, 2010.

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PERSPECTIVAS DO GLOCAL NO EMPREENDEDORISMO: REFLEXÕES TEÓRICAS

Delma Gonçalves - [email protected] Auldreen Moreira Urbano - [email protected]

Danilo Laurindo Pinto - [email protected] Edson Keyso Miranda Kubo - [email protected]

Como objetivo principal, pretende-se verificar o perfil do empreendedor do início do século XXI, destacando a necessidade de inovação em mercados cada vez mais

competitivos e consumidores que exigem produtos e/ou serviços de qualidade. O tratamento desse assunto é justificado pelo fato de que a capacidade de inovar

tem se demonstrado vital para o sucesso do negócio, devido ao dinamismo do mercado.

Assim o empreendedor glocal cria localmente e gera impacto globalmente. A literatura sobre o empreendedorismo brasileiro é ampla, porém é importante

ressaltar que enfrenta um cenário econômico desafiador, o que sugere novas práticas a serem desenvolvidas. No caso dos empreendedores glocais, é possível

perceber que existe grande influência do empreendedor e suas habilidades internacionais e conhecimento nacional para que o negócio tenha sucesso.Nesse

contexto dinâmico, a inclusão de estratégias glocais é utilizada para atingir o mercado global, fato que motivou a elaboração desse ensaio.

É notável que a capacidade multicultural do empreendedor e seu conhecimento de costumes locais, são chaves para o sucesso de um empreendimento em nível

global, por meio da estratégia glocal (padrão global adaptado ao local). Para atingir os objetivos propostos, a pesquisa utilizou-se de pesquisas bibliográficas.

Este ensaio teórico trata de perspectivas das estratégias Glocais e Empreendedorismo.

O empreendedorismo é definido por Nassif, Hashimoto e Amaral (2014) como a

capacidade de criar, inovar, reinventar algo, que pode ser um produto ou serviço, descobrir um nicho no qual se obtenha sucesso, planejar, desenvolver e executar,

disposto a assumir e driblar riscos para obter-se lucro e sucesso na etapa final.

Assunto esse importante para estimular reflexões em uma economia em

constantes mudanças. A capacidade de inovar, arriscar e investir em uma ideia é fundamental.

230

Como objetivo principal, pretende-se relatar o perfil do empreendedor glocal do

início do século XXI, destacando a necessidade de inovar em mercados cada vez mais competitivos, e com consumidores que exigem produtos e/ou serviços de

alta qualidade.

Em contrapartida, Fiorin, Mello e Machado (2010); Vasconcellos e Delboni (2015)

caracterizam o empreendedor brasileiro com propensão a ser menos inovador e mais conservador, o que se justifica pelo fato dos empreendedores brasileiros

abrirem um negócio por necessidade e não por oportunidade. Logo, o empreendedor reage frente às mudanças na economia, em mercados globalizados

e, consequentemente provoca à competitividade presente nas atividades econômicas.

É relevante, também, mencionar sobre a influência que a cultura local tende a exercer acerca do empreendedor. Chu & Wood Jr. (2008) apresentam algumas

características culturais que podem influir na tomada de decisão do empreendedor glocal brasileiro. Ainda de acordo com Chu & Wood Jr. (2008) podem ser citados como características da cultura brasileira: postura de

espectador, falta de planejamento, aversão à conflitos e cordialidade.

Tratar destes assuntos justifica-se pelo fato de que o perfil do empreendedor e a

capacidade de inovar tem se demonstrado vitais para o sucesso do negócio. No cenário atual, a economia tende a receber novos empreendedores, fato este que

motivou a elaboração deste ensaio teórico, no qual almeja a elucidação do empreendedorismo em época de competição internacional, onde aspectos globais

e locais se mesclam e, assim, não parecem serem efetivos a visão para apenas um aspecto. Além disso, o aspecto glocal inclui a cultura local frente à dimensão

internacional.

Os empreendedores são indivíduos que desempenham um papel fundamental no

ambiente empresarial, pois a eles é atribuída grande parte da responsabilidade pelo sucesso da empresa. E, para que se possa direcionar o treinamento que

melhor prepara estes indivíduos é necessário determinar as características de sua personalidade e comportamento. Uma vez identificadas suas características,

torna-se possível analisar, verificar e correlacionar o embasamento teórico e empírico.

A existência de indivíduos conhecidos como empreendedores é a condição básica para o surgimento de novos empreendimentos. Estes são os agentes responsáveis pelo desencadeamento e condução do processo de criação de unidades

231

produtivas. Os empreendedores através de sua ação inovam e desenvolvem o

universo empresarial permitindo, que o fluxo e desenvolvimento da economia seja catalisado.

São pessoas que criam algo novo, diferente, mudam ou transformam valores, não restringindo o seu empreendimento a instituições exclusivamente econômicas.

São essencialmente inovadores, com capacidade para conviver com riscos e incertezas envolvidas nas decisões.

No entanto, muitos estudos realizados sobre este assunto confirmam que, o sucesso de um empreendimento está relacionado com atributos e

comportamentos de seus empreendedores. Nas primeiras etapas do desenvolvimento, a debilidade e o vigor são também os do empreendedor. A

personalidade do empreendedor configurará a imagem da empresa, os valores e o comportamento social da nova firma.

No caso dos empreendedores glocais, é possível perceber que existe grande influência do empreendedor e suas habilidades internacionais e conhecimento nacional para que o negócio tenha sucesso.

Diversos trabalhos empíricos demonstram esta afirmação e confirmam que, mesmo em regiões com grandes diferenças socioeconômicas, as similaridades

entre os empreendedores são muito grandes.Possuem padrões globais, como base para continuidade de negócios e operações, porém usam da percepção local e se

adequam aos costumes, cultura e preferências nacionais para maior penetração e ganho de mercado.

É certo que a existência de indivíduos conhecidos como empreendedor é a condição básica para o surgimento de novos empreendimentos, pois são estes os

agentes responsáveis pelo desencadeamento e condução do processo de criação de unidades produtivas. É certo também que muitas pessoas criam empresas, mas

só os empreendedores as fazem durar e crescer.

REFERENCIAS:

CHU, Rebeca Alves; WOOD JR, T. Cultura Organizacional Brasileira Pós-globalização: Global ou Local?.RAP. Revista Brasileira de Administração Pública, v. 42, p. 969-991, 2008.

FIORIN, M. M. B.; MELLO, C. M.; MACHADO, H. V. Empreendedorismo e inovação: análise dos índices de inovação dos empreendimentos brasileiros com base nos

232

relatórios do GEM de 2006, 2007 e 2008.Revista de Administração da UFSM, v. 3, n. 3, art. 8, p. 411-423, 2010

NASSIF, V. M. J.; HASHIMOTO, M.; AMARAL, D. J. Entrepreneurs self-perceptionofplanningskills: evidencesfromBrazilianentrepreneurs. Revista Ibero-Americana de Estratégia, v. 13, n. 4, p. 107-121, 2014.

VASCONCELLOS, L. H. R.; DELBONI, D. P. Empreendedorismo e precarização do trabalho: o desenvolvimento e a aplicação de uma estrutura para análise de empreendedoras no estado de São Paulo. Revista de Empreendedorismo e Gestão de Pequenas Empresas, v. 4, n. 1, p. 54-78, 2015.

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REALINHAMENTO DO PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO DO TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO – TCC DO CURSO TECNÓLOGO

EM GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS. Silvia Regina Guberovic – ([email protected])

Mauricio Pedro Silva – ([email protected])

OBJETIVOS DO ESTUDO

Diagnosticar e reestruturar o processo de desenvolvimento do trabalho de

conclusão de curso – TCC do curso de tecnólogo em gestão de recursos humanos tornando-o uma pesquisa empírica pautada em aprofundamento teórico.

Organizar e direcionar a construção do conhecimento teórico e prático por meio de pesquisa científica, com a definição de linhas de pesquisa que direcionarão os

estudantes e aos orientadores específicos em suas áreas de conhecimento.

Tornar acessível aos estudantes pesquisadores do Trabalho de Conclusão de Curso

– TCC a aproximação ao grupo de pesquisa científica da faculdade, incentivando-os à pesquisa e apresentação dos trabalhos nos seminários ENIAC, Encontro de Engenharia do Conhecimento e Encontro de Iniciação Científica como objetivo

final a publicação nos anais da revista científica da faculdade Eniac – Fapi.

Propor a diminuição do número de Trabalhos de Conclusão de Curso – TCC

avaliados pelos orientadores e revisão da quantidade de horas pagas para orientação, acompanhamento e correção.

RELEVÂNCIA DA PESQUISA

Uma das finalidades da educação universitária que se dedica a cursos de

tecnologia é aproximar o estudante ao mercado produtivo, sem se perder a primazia acadêmico-científica, tendo em vista o processo de mudança que vem

ocorrendo, nos últimos vinte anos, motivado principalmente pelas inovações tecnológicas. Nesse contexto, a ênfase no curso Tecnólogo em gestão em recursos

humanos é considerar as pessoas como seres pensantes e críticos, capazes para participarem do capital intelectual das empresas e assim contribuir com a

sociedade do conhecimento.

Em comunhão com a sua missão e considerando o cenário de mudanças, a

instituição, mesmo não sendo obrigatório pelo Ministério da Educação e Cultura,

234

institui no seu plano pedagógico de curso a produção de um trabalho de conclusão

de curso – TCC, com o objetivo de aproximar o aluno ao mercado de trabalho.

PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

O método de estudo prevalente nesta pesquisa apoia-se na pesquisa documental bibliográfica, que corresponde à investigação dos documentos com o propósito de

descrever e comparar usos e costumes, tendências, diferenças e outras características, como afirmam Cervo, Bervian e Da Silva (2014).

CONCEITOS ESSENCIAIS As Metodologias Ativas de Ensino e Aprendizagem vem sendo discutidas no cotidiano educacional. De acordo com Araujo &Sartre (2009, p. 7) “[...] as

metodologias Ativas de Aprendizagem são o cerne dessa perspectiva, e a Aprendizagem Baseada em Problemas (ABP), é umas das formas que vem se

adequando a esse novo papel”. Ao se pensar nas novas metodologias ativas, vê-se a Aprendizagem Baseada em Problemas (ABP), que para Freire (1996, p. 31) “o

aluno inserido em problemas estará cada vez mais preparado para os novos desafios”.

De Mayo (1993) descreve que a aprendizagem baseada em problemas, oportuniza

o indivíduo a vivenciar situações significativas no contexto real. Cabe ao mediador, o docente, definir o processo de aprendizagem com recursos,

orientações e instruções à medida que desenvolvem competências para a resolução de problemas.

No que diz respeito à avaliação, Sant’anna (1995) afirma que a eficiência e eficácia da avaliação só ocorrem a partir da interação do professor e do aluno na

busca dos mesmos objetivos no ensino e aprendizagem.

Quanto à aquisição de habilidades e competências, Prado, (2006, p. 225) assinala

que “[...] é necessário adquirir certas habilidades e competências, capazes de preparar os futuros tecnólogos para compreender e analisar o processo em que

atuam, criticá-lo e, se preciso melhorá-lo”. As habilidades e competências para a Administração são muito importantes e, de acordo com Jones (2010), existem

uma variedade de tipos de trabalho em uma organização e é possível o desenvolvimento de especializações na divisão do trabalho.

235

E por último, Salomon (1977) diz que no trabalho científico faz-se necessária

investigação e análise das questões abordadas metodologicamente.

RESULTADOS O relato tecnológico desenvolvido para Mestrado profissional em Administração

em Governança Corporativa com as propostas de melhorias, foi apresentado ao coordenador geral do trabalho de conclusão de curso - TCC que organizou

oficinas, a partir de 2015, para discussão dos pontos de melhoria neste estudo.

Para início das discussões, foram convidados os orientadores de todos os cursos

tecnólogos da instituição e o coordenador geral do trabalho de conclusão de curso – TCC. Com o esgotamento da pauta das oficinas, será gerado um documento com

as propostas de melhorias para aprovação Conselho Educacional.

Após a aprovação do Conselho educacional, serão envolvidas as áreas de

tecnologia e secretaria.

DISCUSSÕES E CONCLUSÕES

O trabalho de conclusão de curso – TCC foi institucionalizado em 2008 e, desde então, vem passando por uma série de ajustes para oportunizar o melhor aprendizado. Dois atores são os principais agentes do processo: os orientadores e

os discentes.

O processo de desenvolvimento é dividido em cinco fases, totalizando em média,

três meses para o desenvolvimento.

Verificou-se que para 70% dos alunos isto é uma formalidade curricular e não

entende como um fortificador na construção do conhecimento de sua área. Ao ver o trabalho apenas como complicador por não fazer parte da exigência curricular

do MEC, o aluno não atinge o objetivo de desenvolvimento em sua essência. Apenas 30% dos alunos entendem o trabalho como uma oportunidade de articular

e fortificar o processo formativo.

As devolutivas aos alunos pelos orientadores, são via portal e o atendimento

presencial uma vez por semana por três horas. Em média são orientados 70 trabalhos por semestre. A remuneração corresponde ao período de atendimento

presencial.

236

A proposta de intervenção discute alternativas para a resolução da situação-

problema, oportunizando mudanças para o redesenho do processo de desenvolvimento e entrega do trabalho de conclusão de curso – TCC que atinja o

seu objetivo.

A matriz curricular foi agrupada em três grandes áreas do conhecimento,

denominadas Linhas de Pesquisa:

§ Gestão do Conhecimento

§ Mercado de trabalho e pessoas

§ Legislação trabalhista

O trabalho de conclusão do curso TCC deverá ser desenvolvido e concluído em um ano corrido.

Os melhores trabalhos desenvolvidos metodologicamente serão submetidos a avaliação do grupo de pesquisa para apresentação no Seminário anual da instituição e o aluno dará continuidade transformando o tema desenvolvido em

artigo para publicação nos Anais da instituição.

Os professores responsáveis de cada área de estudo, serão responsáveis por no

máximo 20 duplas para acompanhamento e orientação e receberá por 10 horas semanais para atendimento e correção.

LIMITAÇÕES DO ESTUDO

O estudo apresentou limitações importantes quanto à população. Não foram

realizadas entrevistas qualitativas com os orientadores dos demais cursos tecnológicos e os discentes

REFERÊNCIAS

ARAUJO, Ulisses F. & SASTRE, Genovena (Org.). Aprendizagem baseada em problemas no ensino superior. São Paulo: Summus, 2009.

FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1996.

JONES, Gareth. R. Teoria das organizações. 6a ed. São Paulo: Pearson, 2010.

237

MAYO, Peter, et al Student perceptions of tutor effectiveness in problem based surgery clerkship.Teaching and Learning in Medicine,1993.

PRADO, Fernando Leme do. Os novos cursos de Graduação Tecnológica. Histórico, Legislação, Currículo, Organização curricular e didática. Curitiba: Opet, 2006.

SANT’ANNA, Ilza Martins. Porque avaliar? Como avaliar? Critérios e instrumentos. 4a ed. Rio de Janeiro: Vozes, 1995.

SALOMON, Décio Vieira. Como fazer monografia: elementos de metodologia do trabalho científico. 5a ed. Belo Horizonte: Interlivros, 1997.

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ADERÊNCIA DAS BOAS PRÁTICAS DA QUALIDADE E GOVERNANÇA CORPORATIVA DA EMPRESA FRAS-LE GANHADORA DO PNQ – PRÊMIO

NACIONAL DA QUALIDADE Roger Rogério de Campos - [email protected] Celso Machado Júnior - [email protected]

A atual conjuntura do Brasil, estabelece vários desafios para as empresas executarem suas atividades de forma rentável e buscam aperfeiçoamento de

fatores como: melhorias de processos, qualidade e gestão onde estabelecem vários desafios significativos a serem superados. Frente a estes desafios esse

estudo é relevante para as empresas que necessitam ter modelos diferenciados para concorrer ao prêmio nacional da qualidade - PNQ.

Segundo (RODRIGUES, 2014) o Prêmio Nacional da Qualidade (PNQ) foi criado em 1992 com base no modelo americano denominado Malcolm Baldrige National

Quality Award. O autor destaca que o PNQ apresentou nos últimos anos diversas melhorias nos seus fundamentos e estrutura, e que constitui em um framework moderno e de grande importância para orientar as organizações brasileiras na

busca da excelência da gestão.

Segundo (ROSSETI, 2014) as empresas precisam inovar e adaptar suas práticas de

Governança Corporativa (GC) para atender as exigências e aproveitar as novas oportunidades. Os investimentos são atraídos pela existência de condições

favoráveis ao pleno desenvolvimento dos negócios corporativos. E entre estas condições estão as práticas adotadas pelas empresas, em conformidade com os

princípios, com os códigos e com as condições institucionais dos países.

As empresas de capital aberto além de realizarem uma adequada gestão

necessitam apresentar ao mercado os bons resultados aferidos, proporcionando assim aos seus acionistas e stakeholders a garantia necessária para que

mantenham a posse das ações que possuem. O Baixo desempenho financeiro, e a ausência de indicadores que mostre o bom desempenho da empresa pode ser

interpretado pelo mercado como problemas interno e por consequência gerar motivação para a venda das ações, reduzindo assim a credibilidade e o valor da

empresa (IBGC, 2009).

Os objetivos e as estratégias a serem perseguidos pela organização devem

estabelecer os parâmetros para um conceito e uma estrutura da organização. As

239

mudanças e adaptações estruturais estão vinculadas a novos conceitos, valores e

posturas organizacionais, diante de um mercado dinâmico e da velocidade com que surgem as tecnologias (RODRIGUES,2014).

O estudo explora a parte documental do relatório de gestão do PNQ e a pesquisa bibliográfica. Assim nesse estudo documental será verificado a importância de

processos, qualidade e Governança Corporativa da empresa Fras-le ganhadora do Prêmio e assim entender a importância do modelo utilizado para sucesso junto ao

prêmio do PNQ e a sua influência para diferenciação para a qualidade, processos e gestão.

O tipo de pesquisa é documental e conforme (MARCONI, 2012) a característica da pesquisa documental é que a fonte de coleta de dados está restrita a

documentos, escritos ou não, construindo o que se denomina de fontes primárias.

O estudo irá mostrar os resultados obtidos na gestão da empresa Fras-le

ganhadora do PNQ em 2007 e assim entender os diferenciais nos processos de gestão utilizados para obtenção da qualidade empresarial. De acordo com o relatório do PNQ (Fras-le, 2007). A Fras-le S.A., fundada em 22 de fevereiro de

1954, tem seu complexo industrial sediado em Caxias do Sul – RS, instalado em uma área total de 310.000 m 2 , com 58.583 m2 de área construída. É uma

Empresa de capital aberto, com o controle acionário exercido pela Randon Implementos e Participações S.A (Holding). A Fras-le, em 2006, produziu 86

milhões de peças, obteve um faturamento bruto total de R$ 489 milhões (17% do faturamento da Holding) e emprega 2426 funcionários (base Dez.2006).

Na linha de produtos da Fras-le, constam mais de nove mil referências, entre pastilhas, lonas e sapatas para freios, revestimento de embreagens, produtos

industriais e especiais para aplicação em caminhões, ônibus, semi-reboques, automóveis, máquinas industriais e agrícolas, trens e metrôs, elevadores, sondas

petrolíferas, aviões e motocicletas. A Fras-le foi o primeiro fabricante de materiais de fricção no Brasil a obter a certificação ISO 9001 e pioneira na

América Latina na conquista da certificação internacional de gestão ambiental ISO 14001, em seu segmento. Obteve também, o certificado QS 9000 e a

homologação como fornecedora Qualidade Assegurada em montadoras americanas e na maioria das montadoras brasileiras. Em maio de 2004, obteve a certificação

ISO/TS 16949:2002, sistema de gestão que engloba, entre outros, todos os requisitos das normas ISO 9001 e QS 9000. Em 2005, realizou a re-certificação na

240

ISO 14001, versão 2004 e em 2006 a re-certificação na ISO/TS 16949:2002. (PNQ,

2007).

O atendimento aos requisitos legais relacionados a produtos e processos é apoiado

por laboratórios que permitem a realização de testes para adequação às normas governamentais e requisitos de clientes. Legislações pertinentes e aplicáveis:

CONAMA - Conselho Nacional do Meio Ambiente, IBAMA – Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis, SMAM– Secretaria Municipal do

Meio Ambiente, CONSEMA – Conselho Estadual do Meio Ambiente, ANP – Agência Nacional do Petróleo, FEPAM – Fundação Estadual de Proteção Ambiental. Nos

últimos três anos, a Fras-le não recebeu nenhuma sanção relacionada aos requisitos legais e regulamentares, aos quais está sujeita (PNQ, 2007).

A Fras-le, de forma pró-ativa e por decisão conjunta assinou em 2004, termo de adesão na Bovespa, relativo ao nível 1 de governança corporativa, expressando

publicamente seu compromisso na implementação e aplicação de práticas que assegurem a transparência da Empresa no relacionamento com o mercado de capitais e com a sociedade de um modo geral. O planejamento da sucessão, foi

criado, em 2005, o Programa Sucessão de Gestores, que visa reter e desenvolver talentos para funções estratégicas nas Empresas Randon (PNQ, 2007).

A metodologia estabelecida para desenhar um novo processo ou alteração considera a identificação e definição do objetivo do processo, dos clientes, das

entradas, das saídas e do indicador principal, de eficiência e de eficácia. Desta forma, sempre que um novo processo é definido ou é realizada a alteração em um

existente, a análise destes parâmetros é feita e são identificados os requisitos a serem atendidos, considerando, principalmente, os clientes e as entradas do

processo. (PNQ, 2007).

Os resultados relevantes alcançados foram: Prêmio RS Sustentável Empresa

parceira na Conservação do Meio Ambiente Urbano de Caxias do Sul, Empresa parceira na Sustentabilidade, Re-certificação ISO 14001:2004, 13º Prêmio

Expressão de Ecologia na categoria Controle da Poluição, Certificado Empresa Amiga do Meio Ambiente - Secretaria Municipal Meio Ambiente, 100 Melhores

Empresas em Cidadania Corporativa – Gestão & RH Empresa Cidadã – ARH Serrana.

O estudo possui limitação por ter sido avaliado somente uma empresa ganhadora

do PNQ, outros estudos podem ser realizados em duas ou mais empresas com pesquisa quantitativa para entender melhor o tipo de aderência das empresas ganhadoras do PNQ.

241

REFERÊNCIAS:

Relatório da Gestão – PNQ 2007 – Fras-le.

I59c Instituto Brasileiro de Governança Corporativa. Código das melhores práticas de Governança corporativa. 4.ed. / Instituto Brasileiro de Governança Corporativa. São Paulo, SP IBGC, 2009. 73 p.

MARCONI, Marina de Andrade. Técnicas de pesquisa: planejamento e execução de pesquisas, amostragens e técnicas de pesquisa, elaboração, análise e interpretação de dados / Marina de Andrade Marconi, Eva Maria Lakatos. – 7.ed. – 6.reimpr. – São Paulo : Atlas, 2012.

RODRIGUES, Marcus Vinicius. Ações para a qualidade: gestão estratégica e integrada para a melhoria de processos na busca da qualidade e competitividade, 5ª.ed. – Rio de Janeiro: Elsevier, 2014.

ROSSETI, José Paschoal e ANDRADE, Adriana. Governança Corporativa: fundamentos, desenvolvimento e tendências – 7ª.ed. – São Paulo : Atlas, 2014.

Complexo Educacional FMU São Paulo/SP – 12 e 13 de Novembro de 2015

GESTÃO DE CONHECIMENTO E INFORMAÇÃO: TOMADA DE DECISÃO NO COMÉRCIO ELETRÔNICO BRASILEIRO

Paulo Regis Moreira Lopes – ([email protected]) Gabriela Rodrigues Salomão – ([email protected])

Maria Cristina Tecilla – ([email protected]) Fernando Zavarizzi - ([email protected])

Orlando Silva – ([email protected])

OBJETIVO DO ESTUDO:

Analisar se empresas do comércio eletrônico brasileiro realizam processos de

gestão do conhecimento e informação para apoiar suas respectivas tomadas de decisão em seus negócios. O estudo pretende pesquisar, da forma mais

abrangente possível, lojistas on-line dos mais variados segmentos do Brasil, a fim de tornar o universo mais representativo. Busca-se quais informações são as mais

importantes (qualidade) para cada empresa e se a obtenção destas estão sendo de fato utilizadas no cumprimento de seus objetivos. Visa-se identificar em que

momento estas empresas estão dentro do processo de gestão de conhecimento para cada uma das dimensões selecionadas como as mais importantes, assim como

entender e avaliar, se houver, as falhas nos processos.

RELEVÂNCIA DA PESQUISA:

Considerando-se que o setor pesquisado carece de maiores estudos, a pesquisa trará evidências sobre qual cenário o comércio eletrônico brasileiro se encontra

atualmente, no que tange o uso de dados disponíveis para coleta com a finalidade de transforma-los em informação e conhecimento relevante para apoiar nas decisões empresariais, a fim de fomentar a importância desses procedimentos

perante a forte concorrência do mercado, inclusive internacional, e o dinamismo característico da área.

PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS:

Inicialmente objetiva-se aplicar uma pesquisa dividida em duas fases, uma com

método Quantitativo e outra Qualitativa, por meio de entrevistas e análise do discurso das respostas abertas.

243

O público pesquisado serão funcionários de empresas de comércio eletrônico

brasileiro, de preferência de nível gerencial:

1ª. Pesquisa – Questionário a ser disponibilizado em ambiente virtual, que visa

realizar perguntas que possam dar indícios sobre a fase da gestão do conhecimento e informação destas empresas por meio da análise das respostas.

2ª. Pesquisa – Serão realizadas entrevistas aprofundadas com alguns dos respondentes da primeira pesquisa, no qual os mesmos deverão escolher quais são

as categorias de informação mais importantes para ele, conferindo-lhes “pesos”. Irá buscar-se identificar os principais problemas da empresas e quais informações

mais faltam a elas (fatores críticos de sucesso), na visão destes funcionários.

CONCEITOS ESSENCIAIS:

O comércio eletrônico, em qualquer parte do mundo, é um setor em que virtualmente todos os estímulos são passíveis de serem enquadrados no modelo de Boisot e Canals (2004), visto que podem ser capturado em dados, e portanto,

agrupados em conjunto e interpretados segundo um propósito relevante e de consenso para o público alvo (DE SORDI, 2008, p.10), até se tornar conhecimento

para o observador. A transformação da informação em conhecimento é o resultado de duas dinâmicas complementares: "estruturação" de dados e

informações que impõem ou revelam padrão e ordem; e "atuação humana” em dados e informações que atribuem sentido e relevância. (CHOO, 2006. pag 132-

133.)

Neste sentido, a ideia de gestão do conhecimento, que ficou popular com o livro

de Nonaka e Takeuchi em “Empresas Criadoras de Conhecimento” (NONAKA e TAKEUCHI, 1995), que faz a separação entre conhecimento tácito e explícito, é

importante para poder se organizar e categorizar o que é de fato, fator chave de sucesso (KPI) para os processos de tomada de decisão destas empresas, visto que,

como afirma Murray Gell-Mann em “Information versus Knowledge and Understanding” a “explosão de informação” é também, em grande medida, uma

explosão errada e mal organizada na qual a revolução digital apenas agravou o problema.

Parte integrante da avaliação, absorção e aplicação do novo conhecimento, Choo (2006) destaca que uma organização avalia as informações em relação as crenças sobre como a aplicação de conhecimento irá melhorar: sua posição competitiva,

244

suas interpretações sobre como o mercado irá reagir aos novos produtos ou

serviços, e a expectativa sobre como as novas capacidades auxiliam no cumprimento das metas e na visão de longo prazo.

Para tanto, classificar a qualidade da informação dentro de um dos modelos existentes é essencial, já que sem este entendimento não se consegue definir

tampouco medir o que é de interesse para a empresa e apoia nos processos de tomada de decisão que objetivam sua perenidade.

Esta pesquisa busca ainda mostrar se existem problemas de medição do capital intelectual (Marsick & Watkins, 1999, p. 207) ou codificação do conhecimento

(Van Zolingen & Streumer, 2001), e se há falta de atenção aos fatores sociais (Ruggles, 2003) ou problemas voltados para divisão do conhecimento e ações

(Brown & Duguid, 2000).

RESULTADOS:

Os resultados serão interpretados levando em consideração cargo, região

geográfica e nível de formação dos entrevistados. Espera-se que estes mostrem se há carência, por parte das empresas, nas definições de KPIs, no acompanhamento

do mercado, se existem dificuldades em coletar dados e transforma-los em informações, assim como os problemas encontrados por organizações que utilizam

da gestão de informação e são intensivas em conhecimento.

DISCUSSÕES E CONCLUSÕES:

Com base nas teorias apresentadas e nos dados colhidos resultantes da pesquisa, irá inferir-se sobre um determinado recorte além de obter-se uma direção com

relação a gestão do conhecimento no comércio eletrônico brasileiro, a fim de poder sugerir possíveis caminhos para solucionar os “gargalos” encontrados e

oferecer novas perspectivas que contribuam com o desenvolvimento e crescimento do setor.

LIMITAÇÕES DO ESTUDO:

O trabalho possui atualmente pouca referência teórica e uma metodologia de

complexa aplicabilidade que poderá ser alterada no decorrer do projeto. Outro

245

fator limitante será a dificuldade em se coletar uma amostra representativa no

contexto do comércio eletrônico enquanto Brasil, assim, sugere-se que após a validação do método, o mesmo possa ser utilizado por entidades competentes a

nível nacional a fim de contribuir com o mercado brasileiro frente a concorrência internacional.

246

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

BOISOT, M.; CANALS, A. Data, information and knowledge: have we got it right? Journal of Evolutionary Economics, Heidelberg, v.14, n.1, p.43-67, jan. 2004.

CHOO, C. W. The Knowing Organization: How Organizations Use Information to Construct Meaning, Create Knowledge, and Make Decisions. 2. ed. [s.l.] OXFORD UNIVERSITY PRESS, 2006.

DAVENPORT, T. H.; LONG, D. W. DE; BEERS, M. C. Building Successful Knowledge Management Projects. Center for Business Innovation - Working Paper, n. JANUARY 1997.

DE SORDI, J.O. Administração da Informação: Fundamentos e Práticas para uma Nova Gestão do Conhecimento. 2 ed. São Paulo: Editora Saraiva, 2015.

NONAKA, I. & TAKEUCHI, H. The knowledge creating company. NEW YORK: OXFORD UNIVERSITY PRESS, 1995.

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GOVERNANÇA CORPORATIVA COMO APOIO AO DESENVOLVIMENTO DAS EMPRESAS DE PET SHOP

Gustavo Timbó Patrício Ribeiro - ([email protected]) Fernando de Almeida Santos – ([email protected])

Entende-se por Pet Shop ou loja de animais de pequeno porte como sendo o

estabelecimento comercial especializado em vender filhotes, alimentos e acessórios, além de oferecer serviços de embelezamento como banho, tosa e perfumaria. O perfil é constituído por microempresas e empresas de pequeno e

médio porte.

O perfil deste segmento empresarial analisado está concentrado em

microempresas, empresas de pequeno e empresas de médio porte. A distinção de cada perfil de empresa está associada à área (serviço comércio e indústria),

faturamento e número de funcionários.

De acordo com o IBGC – Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC,

2015), o principal benefício da Governança Corperativa é monitorar e incentivar o crescimento e perpetuação das empresas envolvendo as práticas e os

relacionamentos entre proprietários, conselho de administração, diretoria e órgãos de controle.

O Objetivo deste trabalho consiste em analisar o resultado da empresa do segmento de Pet Shop e avaliar se a administração da empresa adota Governança

Corporativa. Esta pesquisa foi feita mediante uma amostra aleatória de empresas do mesmo setor e a população deste trabalho será todas as empresas de Pet Shop

registrados na Junta Comercial da Cidade de São Paulo.

Para justificativa deste trabalho, apresentam-se as seguintes afirmações:

§ O ramo dos pequenos negócios pode ser considerado uma das principais frentes para a sustentação da economia no Brasil, tanto pelo número de pequenas empresas e a distribuição geográfica, quanto pela sua capacidade

de gerar empregos e inclusão social e o crescimento econômico que gera, mesmo ainda tendo dificuldades de se manter devido às altas taxas de

impostos e grande burocratização da legislação a sua constituição (CANELA, 2009);

248

§ O setor é novo na economia, tendo constatado a sua formalização no início

da década de 80 e acompanhamento de resultados a partir de 2005, conforme através da Assufauna, 2005;

§ 63% das famílias brasileiras de classe A e B possuem animais de estimação e os consideram como membros da família. Incluindo as famílias brasileiras da classe C, o número chega ao índice de 64% (Assufauna, 2005);

§ O Brasil é o terceiro maior produtor mundial de rações. Segundo a Associação Nacional dos Fabricantes de Alimentos para Animais de

Estimação (ANFAL, 2005), a venda de alimentos para animais cresceu 400% de 1995 a 2002;

§ A Anfal (2005) contabiliza que o Brasil tem 28 milhões de cães domesticados, 12 milhões de gatos e quatro milhões de outros animais de

estimação. Destes, 37% consomem ração industrializada. Quantitativo baixo se comparado a países como França e Inglaterra, onde os pequenos

bichinhos que consomem ração ultrapassam a marca de 80%;

§ O setor apresenta um crescimento médio de 17% ao ano, desde 1995. O serviço não era muito difundido antes dessa época. Segundo a Assofauna

(2005), o mercado movimenta cerca de US$ 1,5 bilhões ao ano. Cerca de 25 milhões de cães, 11 milhões de gatos, 4 milhões de pássaros e ainda 500

mil aquários no país – esses números correspondem aos animais domésticos que são os responsáveis por todo esse crescimento.

§ Segundo o SEBRAE SP (2012), é um dos segmentos que mais cresce no País, e que o crescimento de animais domésticos vem crescendo na contra mão

do crescimento populacional.

O trabalho desenvolvido adotou a seguinte metodologia:

§ Pesquisa bibliográfica, associando teorias, fundamentos com a prática

encontrada, associando a teoria com a prática;

§ Levantamento de dados, com busca de informações, destaques e

relevâncias deste segmento econômico;

§ Pesquisa documental, para que possa representar a realidade do setor de Pet Shop, empresas de forte presença dentro do segmento de pequenas e

médias empresas. Informação constatada por meio de análise de informações obtidas na Junta Comercial do Estado de São Paulo – JUCESP, entre os anos de 2000 e 2014.

Na pesquisa realizada na Junta Comercial do Estado de São Paulo – JUCESP foram

extraídas as informações anuais sobre abertura e encerramento do Pet Shops.

249

Com estes dados foi possível analisar:

§ O tempo de vida médio das empresas de Pet Shop; (Informações extraídas da Junta Comercial do Estado de São Paulo – JUCESP);

§ A evolução do setor (do ano de 2000 a 2014). Esta análise destaca as

estratégicas desenvolvidas por estas empresas para uma perpetuação da atividade econômica. Com base nestas informações o trabalho irá

construir, melhor, desenvolver indicadores de desempenho a ser aplicado em demais empresas do setor.

Os Conceitos essenciais deste trabalho são apontados com a finalização deste

trabalho, ou seja, quando a teoria se juntar ao resultado da pesquisa, propiciando uma relação direta entre conceitos e práticas.

O Resultado desta pesquisa foi que não existe a formalização da governança corporativa para o Setor de Pet Shop. Nota-se que a maioria dos empresários traz

experiências como empregadas de empresas de outros segmentos e poucos, muito poucos traziam experiências como criadores e conhecedores de animais. O setor é

jovem e surgiu no País no começo da década de 80, e apenas se firmou em meados da década de 90. O surgimento deste ramo empresarial veio por meio de

uma perspectiva abstrata de seus proprietários, com poucos estudos e análises ou até mesmo sem análise do setor da qual montaram seus negócios, ao contrário do

que acontecem nos demais setores da economia, pois não tinham informações para pesquisa.

Com isso constata-se a necessidade ou mesmo um espaço para a formação de

profissionais especializados para auxiliarem os empresários da área em sua tomada de decisão, criando indicadores e ferramentas de gestão para o setor,

pois o mercado está cada vez mais especializado e competitivo (SEBRAE, 2014) e apresenta inovações nos ramos empresariais, mostrando que apesar de possuírem

semelhanças com outros ramos de empresas, cada atividade possui suas particularidades e que administrar um ramo de negócio como se administra outro

ramo pode não ser a melhor opção para o empresário. Com a formalização de uma governança corporativa poder ser criadas grandes empresas do Setor de Pet

Shop, tendo algumas abrindo seu capital.

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CARGOS PÚBLICOS NA ÁREA DE SECRETARIADO EXECUTIVO Valéria Ribeiro Ribeiro Datcho - ([email protected])

Há trinta anos, a profissão de secretariado executivo foi homologada no Brasil.

Nessas três décadas, os profissionais da área tiveram de buscar mais conhecimentos, além dos já existentes – voltados à rotina administrativa – em

razão de esse profissional passar a atuar como assessor e gestor nas corporações. Nesse período, outros motivos levaram os profissionais de secretariado a

ajustarem seu perfil. Entre eles, a aprovação do código de Ética em 1983 e sanção da lei em 1985, as quais orientaram a categoria a irem além dos requisitos

já existentes. Além disso, os cursos técnicos tornaram-se obsoletos, sendo imprescindível a formação em nível superior, conhecimento em informática e

outros idiomas, tais como o inglês e o espanhol. Segundo Medeiros e Hernandes (1999) apud Sala (2008, p.04), o Secretário Executivo é um profissional que presta

serviços de assessoria e consultoria técnica a outros profissionais que, geralmente, exercem cargos de direção nas organizações. De acordo com a ótica dos autores, a constante transformação dos negócios no mundo moderno e a

globalização na economia transformaram os profissionais de secretariado em assessores capazes de dominar várias habilidades exigidas no mercado,

demonstrando inclinação a assumir responsabilidades sem supervisão direta e aptidão para tomar decisões. A partir do exposto, embora se tenha em vista o

avanço quanto ao reconhecimento da profissão e às diretrizes a ela determinadas, pode-se dizer que pouco se sabe a respeito das especificidades dos cargos

públicos no que tange à atuação e à inserção do profissional de secretariado executivo e às oportunidades existentes para ele. Talvez essa falta de

conhecimento deixe uma lacuna a ser preenchida por pesquisas científicas, a partir das quais seja possível examinar a área pública para executivos e

assessores como um lugar específico, desde que se entenda a divisão existente entre o público e o privado, favorecida pelo caminho histórico percorrido por

países europeus, cujo produto consistiu de uma burocratização clássica. Além desse muro entre o público e o privado, tem-se que, com o capitalismo

industrializado, chega-se à burocratização moderna com a separação do político e do administrador público. Para Weber (1982), “[...] coube à total

despersonalização da direção administrativa pela burocracia, e à sistematização racional do Direito, realizar a separação entre o público e o privado, cabalmente e em princípio”. Nessa mesma direção, diz Machado (2003, p.9) que a

“administração burocrática é realizada sem se considerar as pessoas, o governo

251

das pessoas só existe na medida em que elas ocupam os cargos, ou seja, o poder

de cada indivíduo deriva unicamente da norma que cria o cargo e define suas atribuições”. É de conhecimento que, para ingressar em qualquer função ou

emprego público, torna-se necessária a aprovação prévia por meio de concurso público (inciso II Art. 37 Emenda Constitucional nº 19 de 1998). Destaca-se que,

ao se falar da profissão de Secretariado Executivo em cargo público, é necessário que se observe as diferenças entre cargo público e função pública, já que em

inúmeras situações, os dois termos são usados erroneamente como sinônimos. De acordo com o Art. 3º da Lei 8.112, de 11-12-1990, que dispõe sobre o regime

jurídico dos servidores civis da união, cargo público “é o conjunto de atribuições e responsabilidades previstas na estrutura organizacional que devem ser

cometidas a um servidor” (BRASIL, 1990). Já a função pública diz-se das atribuições que a Administração Pública confere a cada categoria. Nesse cenário,

voltamo-nos, em especial, ao setor público, a fim de se observar as especificidades que afetam a carreira do profissional, tendo em vista seu cargo e funções. Notou-se que, dependendo da área do conhecimento na qual o cargo se

situa, alguns requisitos incluem-se. Para ilustrar esse exame, tomamos o exemplo a investidura do cargo público em Secretariado Executivo no Município de

Clevelândia – Estado do Paraná, na qual são necessárias atribuições em que o profissional tenha conhecimentos básicos em diversas áreas, incluindo história do

local e conquistas, registro na Superintendência Regional do Trabalho e Emprego (SRTE), noções de qualidade internacional, gerenciamento eletrônico da

informação (GED), etc. Por essa razão, questionamo-nos: Qual é o perfil desejado de secretariado executivo na carreira pública atualmente? Mediante essa dúvida,

este trabalho tem por objetivo geral analisar as necessidades do cargo de Secretária Executiva do concurso público, a fim de colaborar para as reflexões

acerca da formação do profissional em nível superior, conforme proposta do núcleo de Educação do Curso de Secretariado Executivo Trilíngue do Centro

Universitário das Faculdades Metropolitanas Unidas. Por específico, busca-se apontar as exigências e identificar a necessidade de maior especialização para

tomar posse do cargo. A metodologia utilizada corresponde à bibliográfico-descritiva, de caráter qualitativo e documental. O estudo está sendo realizado a

partir do exame de editais de cargos públicos de 2015, em especial, de vagas oferecidas na área de educação superior, em universidades públicas, cujos cargos são nomeados como Secretario Executivo. Também são analisadas as vagas

oferecidas no setor privado e suas especificidades, a fim de se observar possíveis particularidades da carreira pública.

252

Palavras-chave: Cargo Público; Educação Nível Superior; Secretariado Executivo.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

BALASSIANO, M.; VENTURA, E. C. F.; FONTES FILHO, J. R. Carreiras e idades: existiria um melhor lugar para se fazer carreira?.Revista de Administração e Contemporaneidade,Curitiba , v. 8, n. 3, p. 99­116, set. 2004 . Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1415­65552004000300006 &lng=en&nrm=iso>. Acesso em: 07 Set. 2015.

BORTOLOTTO, R. M.; RINALDI, R. N. O secretário executivo e sua formação nas instituições de ensino na região sul do Brasil. Paraná. Revista Expectativa,v. 7, n. 7, p. 9­25, 2008. Disponível em: http://www.unioeste.br/cursos/cascavel/pedagogia/eventos/2008/4/Artigo%2016.pdf. Acesso em: 06 set. 2015

BRASIL. LEI No 7.377, DE 30 DE SETEMBRO DE 1985. Brasilia: Planalto, 1985. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l7377consol.htm>. Acesso em: 31 ago. 2015

MACHADO, R. A. dos R. Problemas e Impasses da Carreira Pública no Brasil: a Experiência dos Gestores Governamentais na Administração Pública Federal. Dissertação de Mestrado. Campinas: Universidade de Campinas, 2003.

WEBER, M. Ensaio da Sociologia. Rio de Janeiro: Guanabara, 1982.

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INTELIGÊNCIA COMPETITIVA: PERCEPÇÕES E PRÁTICAS NAS EMPRESAS DA REGIÃO AUTÔNOMA DOS AÇORES

Alfredo Passos Silva - Centro Universitário Estácio Radial de São Paulo, Marketing ([email protected])

Teresa Ferreira - Universidade dos Açores, Inteligência Competitiva ([email protected])

OBJETIVOS DO ESTUDO A inteligência competitiva é um conceito que ganhou importância no âmbito da

literatura dedicada à gestão organizacional quer pelo aumento da competitividade dos mercados, quer pela atual conjuntura económica mundial. Porém, carece ainda de sistematização, consenso e uniformização de conceitos

bem como de uma avaliação mais profunda e alargada das práticas empresariais e organizacionais.

Este trabalho procura contribuir para fechar estes hiatos avaliando as percepções e práticas de inteligência competitiva nas empresas da Região Autónoma dos

Açores. Nesta investigação o estudo centrou-se nas 200 Maiores empresas da Região.

RELEVÂNCIA DA PESQUISA

O cenário da IC em Portugal é de gestação lenta, mas já começa a ser animador

no que respeita à investigação académica, à reflexão e produção de papers sobre a temática, as propostas de formação académica e profissional em IC, as

iniciativas de organizações ligadas à dinamização económica científica e tecnológica e também na criação de estruturas formais para prática de IC

assumidas publicamente. No mundo empresarial, por via dos inquéritos dirigidos às empresas, no âmbito das várias dissertações de mestrado e doutoramento, até

à data realizados, o conceito de IC deixou de ser um completo desconhecido. Ao nível da investigação académica já existem, tanto quanto foi possível apurar, 7 pessoas com mestrado sobre o tema da IC e uma Tese de doutoramento.

PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

Na presente investigação foram utilizados os métodos quantitativo e qualitativo

que correspondem a paradigmas diferentes. O processo de pesquisa adotado neste

254

trabalho tendo por base o modelo “Onion” proposto por Saunders et al.

(2009,p.138)[i].

Consideramos que o estudo desenvolvido é de caráter exploratório e descritivo e

foi desenhado para identificar dados quantitativos e qualitativos do contexto da Inteligência Competitiva nas 200 maiores empresas sediadas nos Açores. É

exploratório, porque visa recolher informações e apreender uma realidade que é ainda desconhecida e da qual se pretende obter uma visão geral acerca de um

determinado fenômeno (A.Bervian, 2002, p. 69); (Malhotra, 2007, p. 80). Este é o caso em análise uma vez que é a primeira vez que se efetua, nos Açores, um

trabalho de investigação aplicada sobre este tema.

Entendemos ser descritivo porque, “consiste em descrever simplesmente um

fenómeno ou um caminho relativo a uma população, de maneira a estabelecer as características desta população” (Fortin, 1996, p. 146) visando pois o

entendimento da relevância de certo fenómeno e, também, porque se procura identificar perfis, estruturas, formas, funções e conteúdo de um determinado grupo.(BERVIAN, 2002, p. 67). É de abordagem quantitativa porque o objetivo da

investigação é reconhecer fatos e conseguir a generalização da população alvo dos resultados obtidos com amostras.(Fortin, 1996, p. 31).

Embora a abordagem predominante seja de natureza quantitativa também se recorreu, como já referido, à abordagem qualitativa uma vez que o método de

recolha de dados utilizados (questionário) contempla questões que são de resposta aberta.

A técnica de amostragem utilizada foi a não probabilística de amostragem por conveniência (Barañano, 2008). O inquérito foi enviado para a totalidade da

população alvo/acessível: as 200 empresas do ranking, com o objetivo de obter a informação necessária sobre a mesma. Os resultados obtidos da amostra foram

analisados através dos recursos dos testes estatísticos Anova e Scheffe. É importante salientar que todas as inferências efetuadas só serão válidas para a

população considerada alvo deste estudo e não ao universo total das empresas açorianas.

CONCEITOS ESSENCIAIS

A Inteligência Competitiva (IC) é uma componente emergente na atual economia do conhecimento aqui entendida como um capital de valor estratégico.

255

O conceito de inteligência relaciona-se com a informação analisada que auxilia a

tomada de decisão estratégica e tática. A palavra competitiva relaciona-se com a aquisição de informações públicas, legais e acessíveis, relativamente a

concorrentes e a parceiros. Enquanto processo, a IC constitui-se como um método ético e legal pelo qual as informações dispersas se transformam em conhecimento

estratégico para uma organização (YAP; RASHID, 2011).

RESULTADOS

Considerou-se importante caracterizar de forma sumária o universo de contextualização da população alvo. Neste sentido serão apresentados dados,

considerados relevantes, referentes à totalidade das empresas açorianas tendo por base informação retirada de fontes oficiais regionais. O arquipélago dos

Açores é composto por nove ilhas e tinha em 2010 (Anuário Estatístico dos Açores 2010) cerca de 245 811 habitantes, distribuídos de forma muito irregular pelas ilhas (a ilha do Corvo tem cerca de 507 habitantes).

Em todo o arquipélago, existem cerca de 19 803 empresas, sendo a sua grande maioria micro e pequenas e médias empresas (PME´s). Aquelas estão, também na

sua maioria, juridicamente organizadas como empresários em nome individual (ENI).

Os setores do comércio e da distribuição representam 46% do total das “100 Maiores”. Se consideradas as empresas de prestação de serviços, conclui-se que

mais de dois terços das “100 Maiores” se inscrevem no setor terciário da economia, revelando uma subida face ao ano anterior. É também de referir que

as empresas inseridas no grupo da Agricultura e Pescas/Agroindústria representam 13% do total do ranking, assumindo um peso de 15% as que desenvolvem atividade

no setor da construção. S. Miguel, em termos geográficos é a ilha de maior representação uma vez que as empresas micaelenses correspondem a 75% das

“100 Maiores” em 2010. As empresas da ilha Terceira correspondem a 20% do total, Marinho (Açormédia, 2011).

DISCUSSÕES E CONCLUSÕES

A inteligência competitiva é um conceito que ganhou importância no âmbito da

literatura dedicada à gestão organizacional quer pelo aumento da competitividade dos mercados, quer pela atual conjuntura econômica mundial.

256

Porém, carece ainda de sistematização, consenso e uniformização de conceitos

bem como de uma avaliação mais profunda e alargada das práticas empresariais e organizacionais.

Este trabalho procura contribuir para preencher estes hiatos avaliando as percepções e práticas de inteligência competitiva nas empresas da Região

Autónoma dos Açores, Portugal. Nesta investigação o estudo centrou-se nas 200 Maiores empresas da Região. Da análise efetuada ressalta-se principalmente o

fato de não haver uma correta correspondência entre as percepções da inteligência competitiva que as empresas possuem e as suas práticas. Destaca-se,

ainda, que as práticas informais de inteligência competitiva não são reconhecidas como tal.

LIMITAÇÕES DO ESTUDO

Como aconteceu com outras ferramentas de gestão ao longo dos anos, a Inteligência Competitiva tenderá a alargar a sua influência e reconhecimento ao

nível da gestão empresarial, necessitando de um acompanhamento e aprofundamento que servirá de incentivo a futuras investigações.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

AÇORMÉDIA - COMUNICAÇÃO MULTIMÉDIA E EDIÇÃO DE PUBLICAÇÕES S.A. Revista 100 Maiores Empresas dos Açores. 79.

AMARAL, R. M. do. Análise dos perfis de atuação profissional e de competências relativas à inteligência competitiva.2010. 187 f. Tese (Doutorado em Engenharia de Produção, Universidade Federal de São Carlos, São Paulo, 2010).

BALESTRIN, A. Inteligência competitiva nas organizações, 2001.

MAGRINHO, A. A Inteligencia Económica: um modelo empírico de exploração da Inteligência Económica pelas Empresas Portuguesas. Tese (Doutorado em Gestão)- Universidade da Beira Interior, Covilhã,2009.

QUESADO, Jaime. Inteligência Competitiva: uma solução estratégica.In: ENCONTRO DA PLATAFORMA ACTIVA DA SOCIEDADE CIVIL – PASC. 7., 2 março 2011. Disponível em:< http://www.apdsi.pt/uploads/news/id400/universidade%20de%20%C3%A9vora%20-%20intelig%C3%AAncia%20competitiva.pdf>. Acesso em: 26 jun. 2012.

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DEBATE SOBRE O PLANEJAMENTO DA CARREIRA DE MULHERES NEGRAS

Iara Vieira Rocha – ([email protected])

OBJETIVOS DO ESTUDO

O presente estudo surgiu de uma pesquisa maior, ainda em andamento, que será

apresentado como resultado da Dissertação de Mestrado. O tema proposto tem por objetivo debater a carreira de mulheres negras revelando não somente as

dificuldades determinadas pelo gênero, mas também a discriminação racial que, mesmo após anos de luta, persiste como limitador das oportunidades de trabalho

e da ascensão na carreira. Além disso, visa identificar a percepção da mulher sobre sua carreira, definindo seu papel na estratégia de desenvolvimento

profissional, bem como analisando se um planejamento estruturado pode amenizar as desigualdades pelas oportunidades.

RELEVÂNCIA DA PESQUISA

A relevância da pesquisa repousa nas contribuições do processo de

“encarreiramento” e da consolidação da identidade da mulher negra que, por meio do planejamento, desvela suas reais aptidões reduzindo equívocos que

podem resultar em desgastes emocionais e na morosidade no desenvolvimento profissional. Além disso, apesar dos estudos não constituírem uma abordagem

recente, o tema permanece relevante pelo fato de evidenciar uma realidade repleta de diferenças que são transformadas em desigualdades no mercado de trabalho.

PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

Como referencial teórico-metodológico, este trabalho tem por fundamento os

critérios propostos por Gonçalves e Meirelles (2004), obedecendo a tipologia qualitativa, com ênfase na interpretação dos elementos subjetivos e objetivos dos

elementos pesquisados, com investigação de valores, atitudes e percepções do público analisado, através da adoção de pesquisa estruturada.

258

Conceitos Essenciais A evolução do trabalho feminino passou por diversas etapas de atuação,

enfrentando as barreiras impostas pela sociedade que sempre privilegiou o trabalho masculino. Apesar dos estudos existentes, a história do trabalho

feminino ainda é pouco conhecida e marcada por vários estereótipos, persistindo a referencia às guerras na contratação expressiva de mulheres. Entretanto, as

mulheres sempre trabalharam, mas durante um longo período suas atividades não foram consideradas sob a análise econômica e social, dificultando o registro

histórico de sua participação no mercado de trabalho. (GARDEY, 2003, p.37)

Contudo, partir da década de 70, um novo modelo de sociedade foi

concebido e a presença da mulher no mercado passou a ser admitida e melhor conceituada. Avalia-se que as mudanças tecnológicas e a reestruturação da

encomia foram determinantes para a inserção da mulher no mercado de trabalho, introduzindo uma variedade de comportamento até então desconhecidos e

cedendo espaço para a mulher trabalhar, estudar, cuidar dos filhos e reorientar sua carreira. (CHANLAT, 1995)

Embora as mudanças, progressivamente, tenham possibilitado uma nova perspectiva profissional às mulheres, no caso das mulheres negras o teto de vidro

não implica somente na questão de gênero, mas também da discriminação racial como impeditivo para o crescimento profissional. Neste caso, a dificuldade de ascender na carreira está intimamente ligada com o racismo que tem raízes no

regime escravista e que, mesmo após a Abolição, abandonou o negro à própria sorte, obrigando-o a aceitar trabalhos de pouco status que outros grupos não

estavam dispostos a aceitar. (OLIVEIRA, 2004).

Pesquisa do DIEESE de 2014 relata que a mulher negra está entre o grupo

vulnerável no mercado de trabalho, com desvantajosa inserção e em situação precária de trabalho, baixo rendimento e as mais altas taxas de desemprego.

Oliveira (2004) considera que esta posição seja resultado de sua educação estereotipada e parcialmente remetida à escravidão, que singulariza a carreira da

mulher negra a uma imagem de pouco prestígio.

A carreira, conforme afirma Dutra (2007) é entendida por muitos como algo dado,

mas está situação não corresponde à realidade das mulheres negras, pois poucas são as oportunidades que lhes são oferecidas.

259

Neste cenário, a gestão de carreira é recebida como aliada para superar os

obstáculos, conferindo à mulher a responsabilidade sobre sua vida profissional e desenvolvendo novas habilidades e competências que auxiliem-na em sua

trajetória de carreira. Cabe destacar que esta trajetória não se assemelha à trajetória das mulheres brancas, uma vez que suas experiências de vida são

diferentes. Daí a importância de debater o planejamento da carreira destas mulheres, que precisa ser construído e enriquecido com as experiências de vida e

de trabalho, levando em consideração suas limitações, possibilidades, necessidades e objetivos pessoais e profissionais.

A carreira pode ser definida como o caminho percorrido durante a vida profissional de uma pessoa e, neste sentido, o planejamento da carreira tem por

finalidade levar a pessoa, neste caso, a mulher negra, ao lugar desejado, por meio de escolhas e do desenvolvimento de novas habilidades e competências que

priorizem o sucesso psicológico e permita a sua mobilidade ocupacional (TREVISAN, 2005; DUTRA, 2010).

RESULTADOS

Para o presente estudo, ainda, não há resultados efetivos, tendo em vista que a pesquisa está em andamento, com previsão de conclusão para o início de 2016.

DISCUSSÕES E CONCLUSÕES

Análise em andamento. Contudo, considera-se, que o planejamento da carreira é

tido como uma prática positiva, que pode estruturar o processo de desenvolvimento de carreiras das mulheres negras, otimizando suas escolhas e

oportunidades.

LIMITAÇÕES DO ESTUDO

A limitação da pesquisa encontra-se na abrangência da população e nos critérios para delimitar a amostra da população pesquisada.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

260

CHANLAT, Jean-François. Quais carreiras e para qual sociedade? Revista de Administração de Empresas, São Paulo, v. 35, n. 6, p. 67-75, nov./dez. 1995.

Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos – DIEESE. Disponível em: <http://www.dieese.org.br/analiseped/2014/2014pednegrossao.pdf> Acesso em: 26 de Set. 2015.

DUTRA, Joel Souza. Administração de Carreiras: uma proposta para repensar a gestão de pessoas. São Paulo: Atlas, 2007.

DUTRA, Joel Souza. Trajetórias de carreira nas organizações. In: DUTRA, Joel Souza. (Org). Gestão de carreiras na empresa contemporânea. São Paulo: Atlas, 2010.

GARDEY, Delphine. Perspectivas históricas. In: MARUANI, Margaret; HIRATA, Helena. (Orgs.). As novas fronteiras da desigualdade: homens e mulheres no mercado de trabalho. São Paulo: Senac, 2003.

OLIVEIRA, Eliana. Tese de Doutorado. Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social. Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas. Departamento de Antropologia Social. Universidade de São Paulo, 2004.

TREVISAN, Leonardo. Produtividade, gestão de carreiras ou convivência inteligente com o inevitável? As trajetórias profissionais na era da incerteza. In: VELOSO, Elza; TREVISAN, Leonardo. (Org). Produtividade e ambiente de trabalho: gestão de pessoas e carreiras. São Paulo: Senac, 2005.

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LINGUAGEM VERBAL NO SECRETARIADO Beatriz Aparecida da Silva - ([email protected])

O objetivo da monografia busca analisar o reconhecimento da linguagem verbal

no mercado corporativo e como isso se relaciona e influencia na carreira de secretariado. Quais as exigências do mercado. Abordará sobre a evolução do

perfil do Profissional, como a habilidade de se comunicar tem sido cada vez mais essencial para o crescimento na carreira. Um dos destaques será o impacto que o

mercado teve nessa profissão, discorrerá também sobre as competências exigidas nas vagas de emprego. O principal motivo para o desenvolvimento dessa

monografia será mostrar aos graduandos em Secretariado Executivo Trilíngue como é importante saber se relacionar com outras pessoas, principalmente para

esse profissional que lida o tempo todo com diversos públicos, com isso, tentar estimular o interesse dos profissionais em investir mais tempo em progredir a

língua materna e identificar quais as formas que os mesmos utilizam para aprimorar a linguagem. Além disso, a monografia foi fundamentada em pesquisa bibliográfica descritiva, amparada por artigos e teses, livros e publicações e o

objetivo de utilizar esse meio de pesquisa foi para reunir estruturas teóricas que complementem o objetivo principal do trabalho. Ademais, foram realizadas

entrevistas com perguntas fechadas com profissionais já inseridos na categoria. O ato de se comunicar está atrelado ao Profissional de Secretariado diretamente,

visto que, o mesmo é responsável pela gestão de conflitos em uma organização, e nada mais que dominar a maior habilidade que ele poderia ter para liderar toda a

equipe, desempenhar suas funções e lidar com o público interno e externo adequadamente. Desta forma, olhando o cenário mercadológico, identifica-se

porque a comunicação de um ser humano com outro deve ser qualificada em um ambiente organizacional. Segundo Abreu (2005, p. 11) “Passamos grande parte do

tempo defendendo nossos pontos de vista, falando com pessoas, isso nos leva a pensar seriamente em desenvolver essa habilidade, pois o mais importante não é

a informação, mas o ato de transformá-la em conhecimento”. Quando se trata do ambiente empresarial, é possível localizar uma quantidade imensa de

personalidades, culturas diferentes e isto é comum, visto que, cada profissional tem o seu perfil. Devido a isso, é fundamental que o Profissional de secretariado

entenda esses diversos ‘sotaques’ para aplicar em sua rotina e saiba se direcionar as tantas hierarquias na empresa. Não é simples, expor ideias a tantas pessoas e esperar que todas entendam, principalmente que todas entendam da mesma

forma. Para Charaudeau (2010, p 39) “Comunicar, informar, tudo é escolha, não

262

somente escolha de conteúdos e nem de formas adequadas para estar de acordo

com o falar com clareza, mas escolha de efeitos de sentidos para influenciar o outro. Trata-se de escolha de estratégias discursivas”. Contudo, mesmo que ainda

existam muitos que possuem a dificuldade de se comunicar com outras pessoas, há meios para praticar e desenvolver a linguagem. Atualmente, neste mercado

tão competitivo que tem exigido cada vez mais dos Profissionais, se atualizar nas inovações mercadológicas, entender as necessidades é um grande diferencial. A

competitividade está cada vez maior desde que ocorreram transformações na carreira de secretariado, tais quais influenciaram na imagem que hoje o

profissional transmite no mercado. Essas mudanças impactaram no plano de carreira de muitos, principalmente daqueles que antigamente não tinham

perspectivas para crescimento nas empresas. Essa profissão, hoje, está mais relacionada a gestão do que antes se via e tais mudanças estimularam o

crescimento de pessoas nessa área, visto que, há muitas possibilidades de crescer profissionalmente devido ao reconhecimento por parte das empresas. Muitos ingressam nesta profissão com o objetivo de se tornarem lideres de equipes,

participantes nas tomadas de decisões da empresa, alcançarem cargos de gestores ou até mesmo diretoria, tudo depende do diferencial que o profissional

busca e faz para conquistar um lugar de sucesso em uma organização e um grande passo para o crescimento continuo é através da maior habilidade que o ser

humano possui, a habilidade da fala. Frota (2013, p. 396) complementa “No cenário moderno e globalizado, com tantas mudanças, o Profissional de

Secretariado encontra-se numa posição favorável no mercado. A somatória das habilidades forma-o com um perfil de competências necessárias para uma

senioridade profissional”. Além disso, com o avanço das tecnologias, tem sido mais fácil desenvolver essas habilidades, visto que, surgiram muitas

oportunidades de ingressar em cursos de extensão, especializações que antigamente não se via. Conforme Vieira (2012, p. 19) “O aumento da oferta de

nível superior, permitiu um maior número de estudantes a este nível, verificou-se um aumento substancial desde os anos sessenta”. Desta forma, houve muitas

possibilidades de pessoas interessadas ingressarem nessa carreira, pois tiveram a chance de investir em cursos para aprimorar suas competências, cursos

relacionados à gestão, ética, marketing, línguas, até mesmo cursos relacionados à oratória e dissertação, cursos de etiqueta, etc. O mundo precisa de profissional qualificados, não só em diplomas, mas em qualidades pessoais que o conduzam a

um crescimento contínuo e de sucesso em uma organização. São sobre esses tantos assuntos que a monografia abordará mais a fundo, além de expor a real

importância da linguagem verbal na carreira de secretariado.

263

Palavras chave: Linguagem verbal. Evolução no perfil de Secretariado. Exigências

do Mercado.

REFERENCIAL BIBLIOGRÁFICO:

ABREU, Antonio Suárez. A arte de Argumentar – Gerenciando Razão e Emoção. 8ª Edição. Cotia: Ateliê Editorial, 2005.

CHARAUDEAU, Patrick. Discursos das mídias. Editora contexto, 2010.

VIEIRA, Diana Aguiar. Transição do ensino superior para o Trabalho: O Poder da Autoeficácia e dos Objetivos Profissionais. Porto: Edições Politema, 2012.

Complexo Educacional FMU São Paulo/SP – 12 e 13 de Novembro de 2015

CARREIRAS SEM FRONTEIRAS: QUAIS SÃO DESAFIOS E AS OPORTUNIDADES QUE IMPLICAM A

ESCOLHA DE UMA CARREIRA SEM FRONTEIRAS? Fernanda Carvalho da Silva – ([email protected])

Camila Magalhães Menzel – ([email protected]) Elisangela nascimento de Serqueira – ([email protected])

Evandro Dias – ([email protected]) Luciana de Magalhães Pereira – ([email protected])

INTRODUÇÃO

O objetivo geral deste estudo é verificar a adaptação do gerenciamento pessoal

da carreira quando se manifesta uma oportunidade de escolha de uma Carreira Sem Fronteiras e investigar quais os aspectos comportamentais de quem escolhe

uma carreira sem fronteiras. A intenção é traçar um comparativo de pessoas que realizaram uma transição de carreira para o modelo sem fronteiras com aquelas

que atuam em uma carreira organizacional

Segundo Defillipi e Arthur, 1994 (apud Lacombe e Chu 2010, p. 4) a carreira sem fronteiras tem sido proposta como modelo para a relação das pessoas com a

organização no contexto atual de grande competitividade e consequente necessidade de agilidade e flexibilidade e prevê o desenvolvimento de uma

relação independente e transacional entre organização e indivíduo, em que trabalho é trocado por uma remuneração estipulada e em que cabe às pessoas a

responsabilidade pelo desenvolvimento do conhecimento e das habilidades necessárias para a movimentação profissional.

Mediante a esse estudo as organizações terão um modelo definido de como reduzir os impactos para o desenvolvimento desse modelo de atividade que

futuramente será utilizado pela maioria das organizações, tendo em vista que todo o cenário do mundo atual nos leva para esse caminho, exemplo: questão de

localização está cada vez mais difícil conseguirmos nos locomover dentro das grandes Capitais é mais fácil e mais barato ter um profissional que tenha uma

estação de trabalho em sua própria casa os em escritórios, com faço acesso.

A contribuição dessa pesquisa também vincula com as pesquisas já existentes

sobre o tema, pois ela será um complemento do assunto trazendo uma visão facilitada de fácil compreensão por todos os interessados alunos, formados,

gestores, stakeholders. Esse esforço também está baseado na curiosidade de

265

entender como estará o mercado para as próximas gerações, e se o modelo de,

Carreiras sem fronteiras é de fácil adaptação e quais são os principais desafios encontrados a fim de orientar e mitigar os possíveis “erros” na escolha de uma

carreira alternativa.

Nossa relação profissional com este tema é aderente a nossa vida atual, pois

estamos no último ano do curso superior e ainda estamos em uma fase de transição, ou seja, a maioria das empresas trabalha no formato tradicional de

vinculo total do funcionário com a organização, mas como já mencionado em um futuro próximo essa pesquisa poderá beneficiar nossas experiências, pois já

estaremos preparados para atuar em um ambiente onde a principal relação de trabalho serão os conhecimentos empíricos, acadêmicos e profissionais, deixando

assim a formalidade e priorizando as habilidades e as competências confiando na assiduidade de cada individuo.

Formulação do Problema da Pesquisa Para alcançar o objetivo central do nosso trabalho, precisamos entender os desafios e as oportunidades na escolha de uma carreira sem fronteiras, pois

segundo Veloso as carreiras sem fronteiras traz para o indivíduo múltiplas situações de emprego, sustentam networks, desenvolvem arenas de

multiempregadores;

O nosso problema é entender quais são os desafios e as oportunidades que implicam a escolha de uma Carreira sem Fronteiras

REFERENCIAL TEÓRICO

De acordo com Chanlat 1995 (apud, Andrade, pg 17) O modelo tradicional, que

vigorou até os anos 70, foi marcado pela estabilidade, enriquecimento, progresso e divisão sexual e social do trabalho, em que apenas os homens trabalhavam, ou

seja, a possibilidade de ascensão pertencia apenas aos grupos socialmente dominantes.

Carreira tradicional é dada por estabilidade os profissionais procuravam ficar em uma mesma organização durante toda sua vida profissional até se aposentar.

266

Outro tipo de carreira é a proteana, vindo de vem de Proteus que segundo a

mitologia tinha o poder de transformar as coisas conforme sua vontade. Para Andrade (2009, pg 19) definição, a carreira proteana é:

Um processo que a pessoa, não a organização, está gerenciando. Consiste de todas as variadas experiências da pessoa em educação, treinamento, trabalho em varias organizações, mudanças no campo ocupacional, etc. A carreira proteana não é o que acontece a uma pessoa em qualquer organização. As próprias escolhas pessoais de carreira e busca por autorrealização da pessoa proteana são os elementos integrativos e unificadores em sua vida. O critério de sucesso é interno (sucesso psicológico), não externo. Em resumo, a carreira proteana é desenhada mais pelo indivíduo que pela organização, e pode ser redirecionada de tempos em tempos para atender às necessidades da pessoa. (Hall, 1996:20, apud Andrade, 2001:32)

Na carreira sem fronteiras não há vinculo com a organização. Os indivíduos

mudam de empresa de acordo com necessidades pessoais e dos projetos a serem desenvolvidos (DEFILLIPI e ARTHUR, 1994, apud COSTA e BALASSIANO, 2012).

Para Veloso (2009) a carreira sem fronteiras é o conjunto de decisões e atitudes que refletem várias áreas da vida da pessoa. A independência dos arranjos

tradicionais faz com que o indivíduo tenha que buscar seus próprios conhecimentos e se auto desenvolver.

Além de necessidade, o modelo de Carreiras sem fronteiras no cenário atual se dá devido á vários fatores comportamentais, a mudança de foco das novas gerações as tecnologias avançadas o aumento de trabalhos mais estratégicos ao invés de operacionais.

Para Dutra (2009 pg.55) necessidade de flexibilidade impõe-se às organizações

para sua atuação em um ambiente altamente competitivo, o que leva à tendência de que elas próprias se tornem organizações sem fronteiras.

Devido a isso a Carreira sem fronteiras torna-se uma tendência, pois quanto mais flexível o indivíduo se torna e começa a buscar o auto desenvolvimento, cada vez

maior se torna a auto valorização e a busca pela contribuição e maximização de ganhos.

267

METODOLOGIA

Utilizaremos o modelo de pesquisa exploratória que Segundo GIL (2008,pg 27) “As pesquisas exploratórias têm como principal finalidade desenvolver, esclarecer e

modificar conceitos e ideias, tendo em vista a formulação de problemas mais precisos ou hipóteses pesquisáveis para estudos posteriores.”

Explicitaremos o problema com levantamento bibliográfico sobre o tema e faremos entrevistas com pessoas experientes e praticantes da Carreira sem

Fronteitas.

Amostra Será realizada uma entrevista estruturada com perguntas previamente

estabelecidas (MARCONI e LAKATOS, 2012), com pessoas que por motivos diversos estão em atividade em um formato de Carreiras sem Fronteiras.

SIGNIFICADO DE CARREIRA

Segundo dicionário Aurélio a definição de Carreira significa caminho a percorrer

estudando o tema identificamos que existem três formatos de carreira.

Os autores que explicam esse tema de Carreiras tem um consenso comum de que com a Globalização se dá a necessidade dos profissionais serem mais flexíveis e

assim como as organizações também sofreram grande impacto com a chegada da tecnologia.

Antes também o trabalho era percebido de forma mais operacional, onde o profissional entrega o que é demandado e recebe remuneração.

No cenário atual o trabalhador está muito mais envolvido e comprometido com a organização e com a prestação do serviço em si.

Tipos de Carreira Carreira Tradicional - Chanlat 1995 (apud, Andrade, pg 17 2003) O modelo tradicional, que vigorou até os anos 70, foi marcado pela estabilidade,

enriquecimento, progresso e divisão sexual e social do trabalho, em que apenas os homens trabalhavam, ou seja, a possibilidade de ascensão pertencia apenas

aos grupos socialmente dominantes.

268

Carreira tradicional é dada por estabilidade os profissionais procuravam ficar em

uma mesma organização durante toda sua vida profissional até se aposentar.

Ainda hoje em alguns países a carreira tradicional é encontrada e geralmente por

pessoas que estão á muitos anos na mesma organização.

Carreira Proteana- vem de Proteus que segundo a mitologia tinha o poder de transformar as coisas conforme sua vontade.

Para Andrade (2009, pg 19) definição, a carreira proteana é:

Um processo que a pessoa, não a organização, está gerenciando. Consiste de todas as variadas experiências da pessoa em educação, treinamento, trabalho em varias organizações, mudanças no campo ocupacional, etc. A carreira proteana não é o que acontece a uma pessoa em qualquer organização. As próprias escolhas pessoais de carreira e busca por autorrealização da pessoa proteana são os elementos integrativos e unificadores em sua vida. O critério de sucesso é interno (sucesso psicológico), não externo. Em resumo, a carreira proteana é desenhada mais pelo indivíduo que pela organização, e pode ser redirecionada de tempos em tempos para atender às necessidades da pessoa. (Hall, 1996:20,apud Andrade)

Carreira Sem Fronteiras Para Veloso (2009) a carreira sem fronteiras é o conjunto de decisões e atitudes que refletem várias áreas da vida da pessoa.

A independência dos arranjos tradicionais faz com que o indivíduo tenha que buscar seus próprios conhecimentos e se auto desenvolver.

Além de necessidade, o modelo de Carreiras sem fronteiras no cenário atual se dá devido á vários fatores comportamentais, a mudança de foco das novas gerações

as tecnologias avançadas o aumento de trabalhos mais estratégicos ao invés de operacionais.

Para Silvia Gusmão (2013, pg1):

Tudo isso implica novos desafios ao profissional. Não bastará aperfeiçoar o conhecimento técnico. O investimento em leitura, na atualização sistemática, na interação com novas culturas e na abertura para novas experiências, para o novo e o diferente, desenvolvendo a capacidade de

269

unir diferentes áreas do saber e dando um novo significado a elas, fará o profissional se sobressair.

Contextos de Carreiras Sem Fronteiras

Para Dutra (2009 pg.55) necessidade de flexibilidade impõe-se às organizações para sua atuação em um ambiente altamente competitivo, o que leva à tendência

de que elas próprias se tornem organizações sem fronteiras.

Devido a isso a Carreira sem fronteiras torna-se uma tendência, pois quanto mais flexível o indivíduo se torna e começa a buscar o auto desenvolvimento, cada vez

maior se torna a auto valorização e a busca pela contribuição e maximização de ganhos.

Oportunidades na escolha de uma Carreira sem Fronteiras Formatando os conceitos de todos os autores que estudamos até o momento as maiores oportunidades que o individuo encontra ao escolher uma carreira sem

fronteiras é a aplicação do seu Know How e aumentar sua rede de relacionamentos.

EXPLORANDO A PRÓPRIA CARREIRA

Existem 2 momentos em que as profissionais começam a busca pela exploração da

sua própria carreira

A primeira delas são os indivíduos da geração Y que não acreditam mais em

carreiras tradicionais são levados pelo pensamento que chamamos de Jogador de Futebol “Quem comprar o passe leva”. Essa linha de raciocínio se da ao novo

formato mais estratégico das organizações especialistas em tecnologia por exemplo não ficará amarrado em um organização se tem varias habilidades

fundamentadas em desenvolver mais tecnologias.

E a outro momento são pessoas anteriores a esta geração que em dado momento

da carreira sentem a necessidade de transição para uma carreira sem fronteiras, pois já são muito especialistas e querem novos desafios.

270

Administração do tempo Segundo Nuno Cobra(2003, pg 172) o pensamento é linear, caminha sempre na

mesma direção permanecendo dia após dia, como, aliás nosso estado mental permanece se estivermos bem de corpo e alma.

Essa maneira filosófica quer dizer que nosso tempo deve ser voltado a um equilíbrio.

Nas organizações a agenda é sempre bem delimitada já começamos o dia todo planejado o que muitas vezes facilita a rotina.

O benefício de poder administrar seu próprio tempo em uma carreira sem fronteiras deve ser aplicado de modo que sua vida seja pautada em você

(alimentação, atividade física,estudos) Trabalho e Família. Não se deve confundir a escolha de uma carreira sem fronteiras com workaholics, exemplo a partir de

agora que não trabalho em uma organização fechada vou trabalhar á todas ao mesmo tempo.

Deve-se enxergar a administração do tempo para seu benefício próprio usando o tempo como aliado às novas conquistas.

Expandir o conhecimento e network em vários mercados Para Veloso (2009, pg 342) os profissionais que fazem transição de carreira para uma carreira sem fronteiras 92% utilizam de amizades para recolocação e

indicação de trabalhos.

Ter um network (rede de relacionamentos) expressivo, é de suma importância

para carreira do indivíduo em todas as fases é através da rede que as pessoas tem acesso ao seu currículo descobrem suas habilidades e propagam seus

comportamentos.

Os conhecimentos cursos e desenvolvimentos pessoais também nos ajudam a ampliar essa rede.

Desafios na escolha da Carreira sem Fronteiras

Ultrapassar as Barreiras Burocráticas

271

Para Lin (1999) (apud Lacombe & CHU2010) a autonomia de uma carreira sem

fronteiras associada a Know-how remete ao conceito de capital social.

Sendo assim o mais importante para se ultrapassar a barreira da burocracia é o

indivíduo em si com boa vontade desenvolver conhecimento auto-suficiente para conseguir replicar seu método de trabalho para as pessoas de sua rede de

relacionamentos e conseguir vender seu próprio produto.

Esse conceito se torna um desafio, pois é mais do que ser flexível é tomar as

rédeas da sua própria carreira, percorrendo um caminho que sempre retorna ao próprio indivíduo a disciplina o coaching e a aplicação de sua nova carreira.

Segundo Dutra(2009, pg 60):

Dessa forma, dentro desse contexto, foram criadas as hipóteses das carreiras sem fronteiras e das carreiras inteligentes, o modelo baseado em competências, adequado à economia do conhecimento. No mundo sem fronteiras, onde é necessário o movimento entre organizações, é preciso desenvolver competências transferíveis entre companhias.

O que ele chama de economia do conhecimento é literalmente fazer do seu

conhecimento sua fonte de renda de modo á conquistar recursos e investir no próprio intelecto.

RESULTADOS

Os resultados estão em construção serão apresentados no Fórum.

REFERÊNCIAS

ANDRADE, G. A. Carreira tradicional versus carreira proteana: um estudo comparativo sobre a satisfação com a profissão, carreira e emprego. Dissertação Faculdade de Ciências Empresariais da Universidade Fumec. Belo Horizonte: Fumec, 2009.

COBRA, Nuno - A semente da vitória,Editora Senac São Paulo 46° edição,2003.

COSTA, I. S. A.; BALASSIANO, M. (Org.) Gestão de carreiras: dilemas e perspectivas. São Paulo: Atlas, 2012.

272

DUTRA, J. S. et al. As carreiras inteligentes e sua percepção pelo clima organizacional. Revista Brasileira de Orientação Profissional. v. 10, n. 1, pp. 55-70, 2009.

GIL, Antonio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2008.

LACOMBE, B. M. B.; CHU, R. A. Carreiras sem fronteiras: investigando a carreira do professor universitário em administração de empresas no Brasil. In: ENANPAD, 29, 2005. Brasília, Anais... Brasília: ENANPAD, 2005. Disponível em: http://www.anpad.org.br/diversos/trabalhos/EnANPAD/enanpad_2005/GPR/2005_GPRA2566.pdf. Acesso em: 02/09/2015.

MARCONI, M. A. e LAKATOS, E. V. Técnicas de pesquisa: planejamento e execução de pesquisas, amostragens e técnicas de pesquisa, elaboração, análise e interpretação de dados. 7. ed. São Paulo: Atlas, 2012.

Complexo Educacional FMU São Paulo/SP – 12 e 13 de Novembro de 2015

TOMADA DE DECISÃO DE CRÉDITO COM BASE NA TEORIA INSTITUCIONAL EM UMA INSTITUIÇÃO FINANCEIRA NO SEGMENTO

VEÍCULOS EM UM CENÁRIO DE CRISE ECONÔMICA Adagoberto Junior Felicio – Complexo Educacional FMU

([email protected]) Luiz Felipe Quel - Complexo Educacional FMU ([email protected])

OBJETIVO DO ESTUDO

A tomada de decisão nas instituições financeiras no segmento veículos, são

realizadas com base nos procedimentos, normas e políticas de concessão de crédito estabelecidos pela instituição e aderentes as regras do órgão regulador

Banco Central de Brasil (BACEN). O processo de análise e decisão de crédito pode ser manual, com a decisão pelo analista de crédito ou automática com decisão

pelo sistema com utilização de modelos estatísticos de score.

O objetivo deste estudo é avaliar a tomada de decisão de crédito com base na teoria institucional em uma instituição financeira no segmento veículos em um

cenário de crise econômica, pesquisando e comparando os procedimentos e políticas de concessão de crédito adotados pela instituição financeiras, em

relação aos adotados por outra instituição financeira líder no segmento veículos. Serão avaliados as diferenças e similaridades nos procedimentos e políticas de

crédito, as influencias na tomada de decisão e impacto no resultado e risco de crédito.

RELEVÂNCIA DA PESQUISA

Pesquisar o processo de análise e concessão de crédito de uma instituição

financeira no segmento veículos, identificando e analisando as decisões estratégicas implementadas em virtude do ambiente de crise econômica, com

base na teoria institucional e isomorfismo que podem tornam as instituições financeiras parecidas.

A relevância deste estudo é avaliar se as instituições financeiras no segmento veículos, assumem características similares, utilizando processos e políticas de

concessão de crédito e assumindo riscos parecidos, no mesmo ambiente de crise econômica.

274

O processo de análise, politicas, normas e procedimento de concessão de crédito,

sofre influência direta das características da cultura da instituição financeira, que podem afetar a estratégia. A instituição financeira deve estar preparada para as

oportunidades do mercado, desenvolvendo formas de mitigar o risco de fraude, protegendo o ativo e reduzindo o risco de inadimplência.

PROCEDIMENTO METODOLÓGICO

Será utilizado estudos de casos, comparando uma instituição financeira no

segmento veículos, com a instituição financeira líder no segmento veículos, através do levantamento das informações do processo, politicas, normas e

procedimento de concessão de crédito.

CONCEITOS ESSENCIAIS

O conceito de crédito é definido como o ato de vontade ou disposição de alguém

ceder, temporariamente, parte do seu patrimônio a um terceiro, com a expectativa de que essa parcela volte a sua posse integralmente depois de

decorrido o tempo previamente estipulado. Essa parte do patrimônio pode ser materializada por dinheiro (empréstimo monetário) ou bens (venda com

pagamento parcelado ou a prazo). Sendo um ato de vontade, sempre caberá ao cedente do patrimônio a decisão de cedê-lo ou não (SCHRICKEL, 1997).

O crédito tem um papel econômico e social muito importante na vida das empresas e das pessoas. Possibilita às empresas aumentar seu nível de atividade,

estimula o consumo, influenciando a demanda, ajuda as pessoas a obterem moradia, bens e até alimentos e facilita a execução de projetos para os quais as

empresas não dispõem de recursos próprios sufi cientes. Todavia, cabe salientar que o uso inadequado do crédito pode levar uma empresa à falência ou um

indivíduo à insolvência, assim como pode ser parte de um processo inflacionário (SILVA, 2008).

Segundo DiMaggio e Powell (2005), o isomorfismo constitui um processo de restrição que força uma unidade a se assemelhar a outras unidades que

enfrentam o mesmo conjunto de condições ambientais. As organizações não competem somente por recursos e clientes, mas por poder político e legitimação

institucional, por adequação social, assim como por adequação econômica.

275

De acordo com Machado-da-Silva e Fonseca (1993), é mediante a interpretação

das demandas competitivas e socioculturais de seu contexto institucional que a organização se estrutura e define suas estratégias de ação. Nesse sentido, a

tecnologia se torna o elemento que pressiona as instituições financeiras a exercerem o isomorfismo mimético, ou seja, a se assemelharem no que diz

respeito ao uso da teoria institucional.

Silva (2008) comenta a respeito da adoção de comportamentos isomórficos por

parte de empresas de crédito, considerando, por exemplo, a questão da cultura da região ou do país em que a empresa irá atuar.

RESULTADOS

O resultado esperado é que o estudo apresente um comportamento isomórfico por

parte da instituição financeira, com a implantação de procedimentos, normas e políticas de concessão de crédito com maior rigidez como uma forma de proteger os ativos da instituição e de situações de risco no momento de crise econômica.

DISCUSSÕES E CONCLUSÕES

O ambiente de crise econômica, impactou diretamente o mercado de veículo,

aumentando o risco nas operações e instituições financeiras que atuam neste segmento. As instituições financeiras, para ajustar-se ao ambiente de crise

econômica e aumento do risco, ajustam os processos e tipos de análise de crédito, adotando políticas de créditos rígidas, dificultando a reação para as

oportunidades de negócios e de inovação.

LIMITAÇÃO DO ESTUDO

O estudo está limitado em uma instituição financeira no segmento veículos. Ampliar este estudo em instituições financeiras segmentos de crédito como

imobiliário, consignado, empresa, entre outros, possibilitam melhor entendimento desta questão nas instituições de forma mais abrangente.

276

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

Selau, L.P. Tomada de decisão de crédito: uma discussão sob a luz das teorias organizacionais. Gestão Contemporânea, n.10. 2011, p, 125- 40.

SCHRICKEL, W. K. Análise de crédito: concessão e gerência de empréstimos. 3. ed. São Paulo: Atlas, 1997.

SILVA, J.P. Gestão e análise de risco de crédito. São Paulo: Atlas, 2008.

MACHADO-DA-SILVA, C.L.; FONSECA, V.S. Estruturação da estrutura organizacional: o caso de uma empresa familiar. Organizações e Sociedade, v.1, n.1, 1993.

DIMAGGIO, P.J.; POWELL, W.W. A gaiola de ferro revisitada: isomorfismo institucional e racionalidade coletiva nos campos organizacionais. Revista de Administração de Empresas – RAE, v.45, n.2, 2005, p.74-89.

Complexo Educacional FMU São Paulo/SP – 12 e 13 de Novembro de 2015

DILEMA ORGANIZACIONAL EM GOVERNANÇA CORPORATIVA Andris Alvares Wasser Pintor – ([email protected])

Jouliana Jordan Nohara

OBJETIVOS DO ESTUDO

O presente Relato Técnico tem como objetivo apresentar as intervenções para a profissionalização do corpo diretivo e de gestão de uma organização de pequeno

porte, com base no modelo da Governança Corporativa. O Relato Técnico se apresenta de forma anônima por solicitação da empresa.

PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

Verificam-se três componentes básicos: (1) revisão bibliográfica sobre Governança

Corporativa; (2) descrição do projeto e da intervenção. O levantamento dos dados compreende o acompanhamento direto para a implantação do projeto enquanto consultor de Recursos Humanos na organização, que teve a duração de dois anos

específicos neste projeto.

RELEVÂNCIA DO ESTUDO

A Governança Corporativa e os códigos de boas práticas já são exigidos em inúmeros países.

Em uma pesquisa sobre a implantação da Governança Corporativa em empresas de capital aberto no Brasil, o IBGC (2007) observam-se várias consequências

positivas resultantes das ações praticadas pelas empresas que implantaram a Governança Corporativa, dentre as quais: aprimoramento dos controles internos,

práticas e instrumentos gerenciais; ingresso de conselheiros independentes e comitês enriquecidos nas discussões; melhor reputação da empresa

externamente; reconhecimento do mercado e maior número de investidores; valorização dos ativos; mudança cultural e formalização dos processos internos;

menor dependência pessoal; aumento de emissões internacionais para captação de recursos; separação clara de papéis. criação de sistema decisório eficiente;

melhor percepção por parte de bancos de fomento (BNDES e IFC) e; maior tranquilidade para os gestores buscarem bons projetos (IBGC, 2007).

278

CONCEITOS ESSENCIAIS

A necessidade da elaboração dos códigos de boas práticas de governança surgiu por causa das crises empresariais, que deixavam os investidores à mercê das

decisões dos gestores. Como garantir a boa prática da gestão, como assegurar os investimentos dos acionistas e garantir a perenidade da empresa, como gerenciar

os conflitos de interesse entre acionistas e os dirigentes são dilemas que os códigos de Governança Corporativa procuram responder. (AGUILERA; CUERVO-

CAZURRA, 2009).

No código de Governança Corporativa temos que:

As boas práticas de Governança Corporativa convertem princípios em recomendações objetivas, alinhando interesses com a finalidade de preservar e otimizar o valor da organização, facilitando seu acesso a recursos e contribuindo para sua longevidade.(IBGC, 2009. P. 12)

A implantação das boas práticas da Governança Corporativa presume que alguns valores estarão sustentando suas ações e envolve a transparência, cuja finalidade

é a geração da confiança; a equidade, propiciando um o tratamento justo com todos os stakeholders; a prestação de contas, comprometendo em todos os

envolvidos na sua prestação de contas de atuação, sejam sócios, administradores, conselheiros fiscais e auditores e, por fim; a responsabilidade corporativa, com a

finalidade de zelar pela sustentabilidade organizacional (IBGC, 2009)

São apresentados pelo IBGC (2009) no Código de Governança Corporativa

praticado no Brasil, as estruturas e os objetivos de cada papel na empresa que adota estas práticas de Governança Corporativa. A Estrutura de Propriedade, o

Conselho de Administração, a Gestão, a Auditoria Independente, o Conselho Fiscal e a Conduta e Conflito de Interesses devem ser constituídos para guiar a empresa

na sua jornada sustentável.

Para Oliveira et al. (2013), embora não seja obrigatoriedade legal, muitas empresas de capital fechado já implantaram um Conselho de Administração.

(OLIVEIRA et al., 2013).

Fica claro observar o papel do Conselho de Administração que tem em sua missão

a proteção e aperfeiçoamento do negócio para o retorno do investimento, além de equilibrar as partes interessadas para que todos recebam seus benefícios

(IBGC, 2009).

279

Doern (2011) destaca que a implantação da Governança Corporativa na realidade

brasileira passa por estágios de maturação. Inicialmente começa com a contratação de um Conselho Consultivo, cuja principal atribuição é oferecer um

aconselhamento.

A estrutura das reuniões começa a integrar as boas práticas da Governança

Corporativa, como pautas e atas e já se pensa em contratar uma secretária do conselho, papel até o memento exercido pelos próprios participantes do

Conselho.

Posteriormente o estágio avançado é percebido após o Conselho de Sócios, que

leva de 3 a 5 anos. Neste estágio, os sócios e demais conselheiros já se sentem incluídos e preparados nas análises contábeis e dos demais relatórios e inicia-se o

direcionamento para a estratégia, ao planejamento de investimentos e monitoramento dos riscos.

Uma vez implantados tais monitoramentos, os riscos para a tomada de decisão que levam a riscos desnecessários tende a diminuir, porém não há como prever se outros tipos de conflitos entre os participantes do Conselho, por seus interesses

pessoais ou mesmo por falta de afinidade ou percepção da realidade, possam gerar conflitos.

As práticas da Governança Corporativa não se resumem apenas em um código de ética, mas presumem que seja um sistema que amplia as possibilidades da

direção, do monitoramento e do incentivo para o envolvimento das pessoas nestas práticas (DOERN, 2011).

No código da Governança Corporativa não se discute se há ou não conflito, mas sim que os conflitos já existentes são decorrentes de interesses diferentes e o

controle sobre suas consequências, quando negativas para o desempenho organizacional, devem ser considerados para a proteção da própria organização.

No caderno de boas práticas de Governança Corporativa para empresas de capital fechado (IBGC, 2014) são divulgadas as motivações para adoção destas práticas,

que são:

§ Preservar e otimizar seu valor

§ Obter melhorias de gestão

§ Facilitar o acesso a recursos financeiros e não financeiros

§ Contribuir para a longevidade e sustentabilidade

280

§ Administrar os conflitos de interesses de forma mais efetiva

RESULTADOS

Caracterização do Projeto/problema analisado.

Nome do Projeto: Profissionalização empresarial. Principal responsável: os dois proprietários da empresa.

Responsabilidade pelo Desenvolvimento: Consultor estratégico e Consultor de RH.

Temas centrais do Projeto: Preparação dos líderes para assumir maior autonomia no negócio e transparência na gestão financeira.

Caracterização do problema: em 2010 a empresa não tem transparência na divulgação dos resultados, ou mesmo no controle sobre sua gestão do negócio. Os

gerentes da empresa não tem formação adequada para a gestão do negócio e não há controle sobre os indicadores de resultados. Não há autonomia e participação.

Descrição da intervenção:

1. Consultoria especializada: para fortalecer a estratégia organizacional e construção com o grupo gerencial dos indicadores nos negócios, como:

índice de satisfação dos clientes, Receita operacional Líquida, Custo dos Produtos Vendidos, Ebitda, Lucro Líquido, Margem de Contribuição, Margem Operacional e Índice de Clima Organizacional.

2. Planejamento Estratégico: construção do planejamento estratégico,

envolvendo a ideologia, as Análises Ambientais e os Objetivos Estratégicos.

3. Implantação do Comitê de Gestão: implementação de reuniões semanais para o gerenciamento da construção da gestão estratégica.

4. Treinamento Gerencial: participação de todo o corpo diretivo e gerencial em módulos de formação e capacitação nos seguintes temas: Contabilidade

e Finanças, Logística, Marketing, Gestão de Pessoas, Planejamento Estratégico e Gestão de Processos.

5. Auditorias e controles: implantação de Auditorias com o apoio de empresas externas especializadas, a fim de trazer consistência na gestão do estoque em conformidade com o sistema.

DISCUSSÕES E CONCLUSÕES

281

O dilema apresentado pelo sócio-diretor teve intervenção direta e possibilitou

diversas mudanças para fortalecimento da estrutura organizacional.

Antes da implantação do projeto de profissionalização, os resultados eram

medidos apenas pelo Fluxo de Caixa, ou seja, se houvesse dinheiro para pagar as contas ou para investir e distribuir, acreditava-se que o negócio ia bem. Com a

implantação da gestão por indicadores, foi possível prevenir perdas, melhorar a gestão das contas, perceber quais produtos traziam rentabilidade ou não e

envolver as pessoas da empresa na gestão do clima organizacional. A partir das análise, que passaram a ser feitas mensalmente para alguns indicadores, várias

mudanças de estratégia foram tomadas, como a eliminação da fabricação de um dos produtos antes considerado de alto valor agregado, mas que na verdade não

era. Produtos pouco valorizados tomaram a sua real importância pela alta margem de lucro. As contas da empresa se ajustaram e o próprio quadro de

funcionários teve alteração em função dos novos processos.

Com a implantação do planejamento estratégico, durante dois meses foram conduzidos encontros frequentes com a participação efetiva de todo o corpo

gerencial e alguns convidados, envolvendo a empresa na construção conjunta das novas metas.

As reuniões que antes eram informais, passaram a ter registro e frequência semanal para assuntos de gestão e mensais para assuntos estratégicos. Todos

podiam opinar sobre os rumos que a empresa tomaria.

Todos os seis gerentes e os dois sócios passaram a participar de uma formação

considerada mundialmente de qualidade, fornecida por entidade de renome nacional e mesmo com respaldo internacional. Este processo permitiu o

alinhamento de todos para uma intervenção mais efetiva no dia a dia dos negócios na empresa.

Foi considerada essencial a implantação de auditorias externas que pudessem dar consistência aos estoques, fazendo perceber o real valor da empresa nos assuntos

da área de suprimento. Um novo sistema de gestão financeiro, de controle de estoque e de gestão de clientes foi adquirido, permitindo transparência das

informações essenciais para o negócio.

Após dois anos de intenso trabalho, o projeto de profissionalização se encerrou,

mas as consequências continuaram interferindo favoravelmente nos negócios, pois

282

as discussões estratégicas passaram a ser frequentes e o envolvimento dos

gestores nunca mais deixou de acontecer para a tomada das decisões.

Passaram-se mais três anos após o término do projeto e hoje já se fala da

possibilidade de formação de um Conselho de Administração, uma vez que o conflito de perfis entre os sócios voltou a se intensificar e cogita-se nova

possibilidade de dissolução de sociedade, porém agora com a segurança de que o negócio continuará independente se tal fato acontecer, pois a empresa já está

segura das suas estratégias, como dos números que envolvem o negócio.

A procura por uma ajuda permanente com a figura de um conselheiro

independente, com perfil conciliador, poderia ser o primeiro passo. Conforme Doern (2011), isso pode ajudar no processo de transição e dar maior segurança

para decisões importantes que culminem no foco da perenidade empresarial.

A formação do Conselho de Administração em alguns anos poderá influenciar

positivamente a decisão de implementar a GC na organização, independentemente como será a formação deste conselho.

REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS

AGUILERA, R.; CUERVO-CAZURRA, A. Codes of good governance. Corporate Governance: Na International Review, v. 17, n. 3, p. 376-387, 2009.

DOERN, Richard. O Conselho consultivo como transição para o mundo da governança corporativa. In: FONTES FILHO, Joaquim Rubens; LEAL, Ricardo P.C. (coordenadores), Governança corporativa em empresas familiares. São Paulo, Saint Paul Editora, 2011. Cap. 10.

IBCG Instituto Brasileiro de Governança Corporativa. Governança corporativa em empresas de controle familiar: casos de destaque no Brasil; São Paulo: Saint Paul Editora, 2007.

IBCG Instituto Brasileiro de Governanca Corporativa. Código das melhores práticas de governança corporativa. 4.ed. / Instituto Brasileiro de Governança Corporativa. São Paulo, SP : IBGC, 2009.

IBCG Instituto Brasileiro de Governança Corporativa. Caderno de Boas Práticas de Governança Corporativa Para Empresas de Capital Fechado: um guia para sociedades limitadas e sociedades por ações fechadas. / Instituto Brasileiro de Governança Corporativa. São Paulo, SP : IBGC, 2014.

Complexo Educacional FMU São Paulo/SP – 12 e 13 de Novembro de 2015

AS SOLUÇÕES DE TIC NA POLÍTICA PÚBLICA DE ACESSO À INFORMAÇÃO E TRANSPARÊNCIA DA UNIÃO – O CASO DO E-SIC

Patricia Alves Moreira – ([email protected]) Mario Augusto Ranzatti – ([email protected])

RESUMO EXPANDIDO

As soluções de Tecnologia de Informação e Comunicação - TIC estão cada vez

mais presentes nas relações, sejam pessoais, comerciais ou sociais. No âmbito do Poder Público não poderia ser diferente, com as eras digitais, virtuais e

informacionais, as ações do governo perante à sociedade acompanharam essas tecnologias e as Políticas Públicas são cada vez mais exigidas e monitoradas pelo

cidadão por meio desse tipo de acesso à informação. É nesse contexto que se justifica o objetivo do presente estudo, avaliar se as soluções de TIC, como o

sistema e-SIC, contribuem para a Política Pública em relação ao acesso da sociedade às informações da União.

O acesso à informação advém do princípio da publicidade, garantido no artigo 37, da Constituição Federal de 1988, segundo o qual, as informações do Estado serão

públicas e publicadas, de modo a garantir o acesso à sociedade. Também no contexto do arcabouço legal, a recente Lei de Acesso à Informação – LAI

(nº.12.527/2011), bem como seu Decreto, nº. 7.724/2012 vieram para regular como se dá o acesso das informações à sociedade, de modo que ela possa solicitá-

las e ser devidamente atendida em suas solicitações, propiciando o chamado controle social, que é o monitoramento da sociedade/cidadãos aos recursos

aplicados nos órgãos governamentais.

Além da imposição legal, o acesso à informação passa ser um elemento de boa governança, pois segundo o Instituto Brasileiro de Governança Corporativa – IBGC

(2009), a transparência integra um dos princípios gerais das boas práticas em Governança Corporativa.

Segundo Mello & Slomski (2010), no contexto governamental, governança está relacionada à habilidade e capacidade do governo na gestão responsável,

transparente (fornecendo acesso à informação) e democrática em gerir recursos na forma de políticas públicas em benefício comum à sociedade.

Nesse enfoque, o termo governança é descrito como um processo pelo qual os órgãos públicos dirigem-se à sociedade. Essas interações estão sendo cada vez

284

mais condicionadas e modificadas pela influência das tecnologias da informação e

comunicação (TIC). Isto converge no fenômeno da governança eletrônica ou e-governança ou governança digital. (Diniz, 2014).

Outro conceito importante é a Governança da Informação que, segundo Datskovsky (2009), é o conjunto de políticas e procedimentos que o órgão utiliza

para controlar a informação com o apoio das soluções de TIC que, segundo Souza (2014), entende-se por governo eletrônico a oferta de serviços aos cidadãos por

meio de TIC, integrando governança, transparência e controle social.

Como procedimento metodológico, foi realizada uma pesquisa bibliográfica,

levantando todo o embasamento teórico que sustentou o estudo realizado em seguida: a análise dos dados quanto aos pedidos de informação ao Sistema

Eletrônico do Serviço de Informações ao Cidadão - e-SIC do Poder Executivo Federal, disponibilizados no portal eletrônico de Acesso à Informação, mantido

pela Controladoria Geral da União - CGU.

Criado em 2012 o e-SIC permite que qualquer pessoa, física ou jurídica, encaminhe pedidos de informação, acompanhe o prazo, receba resposta de

solicitações, entre com recurso e apresente reclamações. O sistema já estava sendo utilizado pelo Governo Federal há três anos, contudo, foi instituído

oficialmente como sistema central de informação do Poder Executivo Federal apenas em maio de 2015, por meio da Portaria Interministerial nº 1.254/2015,

que institui o Sistema Eletrônico do Serviço de Informação ao Cidadão (e-SIC) como sistema centralizado para o tratamento de pedidos de acesso à informação

amparados pela Lei de Acesso (Lei 12.527/2011). A CGU mantém uma página eletrônica na Internet contendo os dados referentes aos pedidos de informação

solicitados pela sociedade em geral desde maio de 2012 (início da vigência da LAI) para os órgãos do Poder Executivo Federal até então cadastrados no sistema.

Deles foi possível extrair algumas análises.

Do período analisado de maio de 2012 a agosto de 2015, foram realizados 300.429

(trezentos mil e quatrocentos e vinte e nove) pedidos de informação aos órgãos cadastrados no sistema até então.

O perfil dos solicitantes de informações é, na maioria, pessoa física (94,95%), do gênero masculino (54,8%), com nível de escolaridade entre superior (35,87%) e

médio (24,4%), residente na Região Sudeste do Brasil (50,48%), com maior concentração no Estado de São Paulo (25,43%).

285

Os assuntos mais solicitados relacionam-se principalmente à Economia e Finanças,

acompanhado de Governo e Política.

O número de pedidos de informação podem ser considerado importante, tendo

em vista a possibilidade recente de acesso às informações (apenas três anos de legislação obrigatória vigente) quanto à disponibilização de acesso e,

principalmente por se tratar de uma mudança de cultura na Administração Pública de anos de cultivo ao sigilo e restrição às informações, bem como à

absorção pela sociedade dessa nova possibilidade.

E, corroborando com a pesquisa bibliográfica de consulta à teoria analisada, que

afirma de maneira consistente que as ferramentas de soluções de TIC contribuem diretamente não apenas ao acesso da sociedade às informações da União, como

também agregam à Administração Pública o princípio da transparência e fortalecem o controle social, que é o monitoramento das ações governamentais

(Políticas Públicas) pelos cidadãos. Pode-se ainda constatar a grande maioria (97,19%) dos cidadãos usuários do serviço de acesso à informação ao cidadão que fizeram uso desse direito utilizaram-se das soluções de TIC para obter suas

respostas e informações, no período analisado de maio/2012 a agosto/2015.

As limitações de pesquisa referem-se aos dados disponibilizados, já com prévia

análise estratificada e; ao curto período de tempo analisado: apenas três anos para avaliação de uma postura da sociedade frente a um elemento de

transformação cultural, bem como, a não obrigatoriedade de utilização do sistema e-SIC por todo o Poder Executivo Federal, o que ocorreu em maio/2015,

tornando o resultado válido no âmbito apenas dos órgãos usuários do sistema no período. Entretanto, estudo revela-se importante para a Administração Pública,

tendo em vista a constatação de maior transparência em seus atos, para a sociedade em geral, com o fomento do controle social e, para a Academia, que

passou a contar com olhar multidisciplinar, concluindo, pela importância da integração cada vez maior entre Políticas Públicas, Tecnologia da Informação e

Comunicação, Controle Social e Governança.

Palavras-Chave: Políticas Públicas; Tecnologia da Informação e Comunicação,

Controle Social e Governança.

286

REFERÊNCIAS

Datskovsky, G. (2009). Information Governance. In J. Lamm (Org.). Under Control: Governance across the enterprise. (Vol. 1, Chap. 11, pp. 235). New York: Apress.

Diniz, E. R. S. (2014). Governança eletrônica no Brasil e o papel das tecnologias da informação e comunicação. Trabalho de Conclusão de Curso, Universidade Federal de Santa Catarina, Araranguá, SC, Brasil. Recuperado em 15 setembro, 2015, de https://repositorio.ufsc.br/bitstream/handle/123456789/130046/TCC_Elias_Diniz.pdf?sequence=1&isAllowed=y

IBGC, (2009). Código das melhores práticas de governança corporativa. Instituto Brasileiro de Governança Corporativa, 4.ed. pp.73. Recuperado em 15 setembro, 2015, de http://www.ibgc.org.br/inter.php?id=18180

Mello, G. R. de, & Slomski, V. (2010). Índice de governança eletrônica dos estados Brasileiros (2009): no âmbito do poder executivo. JISTEM: Journal of Information Systems and Technology Management, 7(2), 375- 408. Recuperado em 15 setembro, 2015, de http://www.redalyc.org/pdf/2032/203219572007

Souza, F. J. V. de. (2014). Práticas de governança eletrônica: um estudo nos portais dos municípios mais populosos do Brasil. Dissertação de Mestrado Multiinstitucional, Universidade de Brasília, Universidade Federal da Paraíba, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, 2014, RN, Brasil. Recuperado em 15 setembro, 2015, de <http://repositorio.unb.br/bitstream/10482/15596/1/2014_FabiaJaianyVianadeSouza.pdf>.

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GESTÃO HORIZONTAL ASSOCIADA À TEORIA DE CHESTER BARNARD Natalia Franco Ferreira – ([email protected])

Milton Chagas Junior – ([email protected])

O objetivo deste artigo exploratório é relacionar a teoria de Chester Barnard

(1938) – ‘As funções do Executivo’ ao modelo de Gestão Horizontal.

Devido à alta competitividade nos mercados locais e globais, as empresas em

busca da sua sobrevivência buscam extrair o melhor de suas equipes a fim de entregar soluções que minimamente atendam as expectativas de seus clientes.

Neste contexto complexo de globalização, ganha importância o tema: Gestão Horizontal. Este modelo de Gestão apresenta uma ruptura ao modelo tradicional

hierárquico verticalizado muito vivenciado e que ganhou o mundo no início do século XX devido ao advento da produção em massa, que teve Henry Ford como

um dos seus precursores.

A relevância do tema deve-se ao fato de ser pouco vivenciado nas empresas,

especialmente no Brasil, apesar de abordado há muitas décadas na academia, oriundo da teoria da Contingência. As poucas empresas que experimentam esse modelo de gestão garantem conseguir mais comprometimento e engajamento de

suas equipes.

Segundo Monteiro (2006), “instituições horizontais são orientadas ao cliente. Os

gerentes hierárquicos são substituídos pelos donos dos processos/projetos, os quais operam com autonomia e responsabilidade, independente da estrutura

hierárquica”.

Segue abaixo quadro comparativo entre as principais características das empresas

horizontais X empresas verticais:

Figura 1 – Tabela comparativa das características das empresas verticais e horizontais.

ESTRUTURA VERTICAL ESTRUTURA HORIZONTAL

Liderança hierárquica imposta Liderança situacional

Estímulo à competição Estímulo ao trabalho em grupo

Previsibilidade Criatividade e Inovação

288

Visão concentrada na tarefa Visão de propósito

Regras e procedimentos definidos

Decisão com base no consenso

Postura passiva Postura ativa, participativa

Comunicação passa por filtros Comunicação clara e direta

Cultura “Faça o que eu digo” Cultura baseada no exemplo

Gestor é o tomador de decisões Todos tomam decisões e se responsabilizam por elas

Fonte: do autor, 2015

Segundo Peter Drucker (2001), daqui a 20 anos, as empresas terão menos da

metade dos níveis gerenciais em comparação com as dos dias de hoje. Elas serão baseadas em conhecimento, uma organização composta por especialistas que dirigem e disciplinam seu próprio desempenho, por meio de feedback sistemático

de colegas, dos clientes e da alta administração.

É interessante relacionar à Gestão Horizontal a teoria de Barnard (1938), escrita

há quase 80 anos atrás. Barnard foi um visionário na área de administração, concebendo, desenvolvendo e aplicando teorias de organizações, consideradas

como de vanguarda ainda hoje. Ele conceitua a organização como um sistema de atividades conscientemente coordenadas por duas ou mais pessoas. Para ele, as

organizações podem ser vistas como sistemas cooperativos. Segundo Barnard:

§ Toda comunicação deve ser autêntica;

§ Os canais de comunicação devem estar definidos e todos devem conhecê-

los;

§ Quanto mais curta e direta a linha de comunicação, melhor;

§ O líder de uma organização existe para favorecer a comunicação entre

todas as pessoas envolvidas em atingir um propósito, bem como o de ser um ponto de referência que permita que a cooperação seja estabelecida e

mantida. A liderança é vista como um meio de “inspirar decisões pessoais no ambiente de cooperação criando-se confiança”

§ É preciso ter eficácia, isto é, alcançar os objetivos, e agir com eficiência, ou seja, satisfazer seus motivos individuais, na medida em que tenta

realizar os objetivos de sua organização;

289

§ Os valores e os objetivos têm de ser introduzidos em ação e não somente

em discursos motivacionais.

§ Os propósitos individuais precisam estar alinhados com os propósitos da organização. Se esses interesses individuais não estiverem alinhados com os

interesses gerais do sistema cooperativo, a cooperação tende a deixar de ocorrer. Ou seja, deve-se ter uma relação de alinhamento ao invés de uma

relação de subordinação.

Conclui-se que na obra de Barnard, podemos contemplar os principais aspectos

presentes nas organizações que adotam o modelo de Gestão Horizontal.

Esse modelo de gestão quebra paradigmas à medida que descentraliza o poder e

inseri os indivíduos da organização na tomada de decisões. A cultura de cooperação substitui a cultura de competição e a comunicação passa a ser clara e

transparente para todos. A liderança surge naturalmente devido a especialização em determinado tema por determinado tempo, e subordinação deixa de ser

imposta. Além do compartilhamento do proposito entre a organização e o individuo.

Segundo ARAÚJO (2006) a gestão horizontal diminui o poder e enxuga os níveis hierárquicos, portanto a desverticalização reduz esses níveis, assim os clientes

estão mais próximos dos colaboradores, que por sua vez se sentem mais valorizados e responsáveis, além do que o comprometimento torna-se mais

elevado, pois o poder decisório dos funcionários aumenta.

BIBLIOGRAFIA

DRUCKER, Peter Ferdinand. O advento da nova organização. CAMPUS, 13º edição, 2001

MONTEIRO, J.M. Da organização vertical para a organização horizontal. Aspectos da transição empresarial tendo um sistema ERP como elemento facilitador. eGesta, v. 2, n. 1, jan.-mar./2006, p. 128-130.

ARAÚJO, Luiz César G de. Organização, Sistemas e Métodos e as tecnologias digestão organizacional. 2ª ed. – São Paulo: Atlas, 2006 (volume 2).

BARNARD, C. I. The Functions of the Executive. Cambridge, MA: Harvard University Press, 1938

JUNIOR, Milton de Freitas Chagas, GALDINO, Fernando de Almeida. Projeto como uma organização temporária: uma associação com a teoria administrativa de

290

Chester Barnard, In: XIII SEMINÁRIO EM ADMINISTRAÇÃO (SEMEAD). UNINOVE, São Paulo, Setembro de 2010.

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A MULHER CEO: ALGUMAS REFLEXÕES SOBRE LIDERANÇA E GÊNERO NO ÂMBITO DAS ORGANIZAÇÕES

Júlio Cesar Gomes - Doutor em Ciências Sociais PUC/RJ e Professor da FMU ([email protected])

As organizações no mundo contemporâneo se transformaram a partir dos anos

1980 para responder às demandas de um contexto de crise econômica e de crescente competitividade, que exigia mais do que o desempenho habitual da chefia, que realizava as ações de supervisor no âmbito de uma estrutura

hierarquizada de cargos e funções. Deste modo, o engajamento pessoal, as atitudes e os valores, além das capacidades de aprendizagem dos indivíduos

passaram a ser como um capital intangível de que depende cada vez mais o sucesso das organizações no mercado. Nesta perspectiva, a liderança se impõe

como um aspecto a ser enfatizado no mundo do trabalho por criar condições de desenvolvimento e canalização de potencialidades humanas a serviço dos

objetivos corporativos, incrementando os níveis de motivação pessoal e de produção do conhecimento e da técnica.

A liderança pode ser exercida por homens e mulheres, em diferentes postos de trabalho, embora as mulheres ainda não tenham conseguido equiparar-se aos

homens em seu processo de ascensão profissional ainda em muitos países. Após décadas de emancipação feminina, impõe-se ainda o fenômeno do “teto de

vidro”, no universo corporativo de muitos países, que funcionou como obstáculo institucional à plena inserção das mulheres no trabalho nos últimos trinta anos.

O ‘’teto de vidro’’ consiste “numa barreira que impede o alcance de algumas mulheres ao topo da hierarquia organizacional”, o que demonstra um nível menor

de ‘’empoderamento’’ por parte das mulheres, ou seja, que elas apresentam um controle mais restrito “de seus próprios assuntos, de sua própria vida, de seu destino (....) de sua habilidade e competência para produzir, criar e gerir”.

Poucas mulheres atingem, por exemplo, a condição de CEO, que desempenha atualmente um papel central na gestão e nas ações constantes de reengenharia

que são demandadas nas organizações para manter os seus níveis de competitividade - um novo fenômeno do mundo do trabalho cuja inserção na

realidade brasileira não tem sido ainda estudada.

292

Na edição de 10 de maio de 2015, a Revista Exame resume as qualidades de

chefia e liderança exigidas para um CEO, dentre as quais se incluem as atitudes de identificação pessoal do indivíduo com os objetivos da organização e a plena

disponibilidade para adaptar-se às mudanças, como fatores decisivos para a sua seleção e manutenção do cargo.

Estas características do CEO são corroboradas pelas teorias de liderança como qualidades relevantes atribuídas ao líder?

Em um contexto mais favorável à sua ascensão profissional, a inserção das mulheres nas esferas decisórias das organizações poderia alterar estas formas de

exercício de chefia e liderança?

Neste sentido, este estudo investiga as características da atuação profissional do

CEO, à luz das vertentes consideradas mais consistentes de liderança, e levanta uma série de questionamentos sobre as possibilidades de alteração deste modelo

de gestão/liderança no contexto de uma inserção mais significativa das mulheres nos escalões superiores do mundo corporativo.

Para responder adequadamente a este questionamento, este trabalho pretende

realizar uma pesquisa bibliográfica sobre gênero, liderança, formas de atuação profissional do CEO, e sobre o modo de funcionamento das organizações do

mundo contemporâneo.

Supõe-se, portanto, que as mulheres reajam às pressões dos ambientes

corporativos, reconstruindo os padrões comportamentais da sociedade tradicional, recompondo os papeis sexuais tradicionais em novos termos. Desta

forma, considera-se que os resultados da inserção das mulheres podem gerar não precisamente a plena aceitação e sucesso das mulheres como CEO, mas em

processos conflituosos, de luta cotidiana por posições, com avanços e recuos das mulheres na direção dos ‘’tetos de vidro’’, com a criação de novas estratégias

femininas para cumprir plenamente as atribuições do cargo.

Além dos conflitos, supõe-se que poderão ser reconstruídas formas complexas de

estilo de chefia e liderança de CEO, construído até então pelos homens, que poderá reestabelecer padrões antigos de comportamento de gestão, inspirando-se

no modelo gerencial, ampliando-se o controle, ao mesmo tempo em que pode restabelecer formas mais personalizadas de convivialidade, diminuindo as

distâncias entre chefe e subordinados.

293

Ou seja, a mulher terá que reinventar, a partir das ferramentas disponibilizadas

pela sociedade e pela cultura, uma forma específica de atuar nas esferas decisórias, pois tanto o gênero quanto a liderança são repertórios de conceitos e

práticas sociais que não se desenvolvem no vazio, mas são imbricados às instituições sociais, às relações de poder, aos processos de transformação social,

ao influxo das ideologias. Dependem também das políticas de gênero e das formas de organização de trabalho das próprias organizações que, apesar de enfatizarem

atualmente a adesão a padrões éticos e de responsabilidade social e aos imperativos da sustentabilidade, ainda não incorporaram em seu cotidiano as

implicações práticas destes aparatos éticos de cunho humanista que partem de premissas democráticas e liberais, que valorizam os indivíduos e os bens

coletivos, e não somente a obtenção de lucros e de vantagens competitivas no mercado, como as corporações.

Em síntese, algumas transformações relativamente recentes do mundo do trabalho, como a inserção das mulheres e a adoção de atitudes de altruísmo e de desprendimento da chefia e liderança, como tem sido preconizado pela Teoria

das Organizações dos últimos anos, parecem se conflitar com a natureza mais profunda dos sistemas econômicos do capitalismo avançado, que perseguem cada

vez mais lucros para sobreviver em cenários cada vez mais adversos, gerando não poucas aporias e contradições, mas também ensejando possivelmente a

formulação de novos modos de gerir o trabalho e as relações de gênero, a serem discutidos e redimensionados no contexto das corporações de um século XXI ainda

incipiente.

REFERÊNCIAS

BOURDIEU, Pierre. A distinção: crítica social de julgamento. Porto Alegre: Zouk, 2011.

KAPLAN, Steven N; KLEBANOV, Mark N; SORENSEN, Mark. Which CEO Characteristics and Abilities Matter? Disponível em: http://booth.chicagoexec.net/public/public_files/kks.pdf Acesso em 25.08.2015.

JALBERT, T. The Relationship Between CEO Gender, Financial Performance, And Financial Management. Journal of Business & Economics Research, 2013. Disponível em: <http://www.cluteinstitute.com/ojs/index.php/JBER/article/viewFile/7520/7586>Acesso em 25.08.2015.

294

LAFLEY, A. G. "What Only the CEO Can Do." Harvard Business Review,87 (5):54-62. 2009.

STRATHERN, M. O gênero da dádiva: problemas com as mulheres e problemas com a sociedade na Melanésia. Campinas, SP: Editora UNICAMP, 2006.

Complexo Educacional FMU São Paulo/SP – 12 e 13 de Novembro de 2015

BENEFÍCIOS COMO FATOR MOTIVACIONAL – UM ESTUDO DE CASO DE COM O BIBANCO E SUAS PRÁTICAS DE RECURSOS HUMANOS

Patricia de Santana Palma – Complexo Educacional FMU ([email protected])

Amanda Lucia da Costa – Complexo Educacional FMU ([email protected]) Luciana de Magalhães Pereira – ([email protected])

INTRODUÇÃO

O objetivo deste estudo é abordar o desafio que as empresas enfrentam para

identificação, e principalmente a forma de benefícios oferecidos para motivar a organização e o indivíduo, por isso, a política de benefícios do BICBANCO foi

atrativa o suficiente pra nos provocar curiosidade.

Este estudo mostra-se relevante, pois os benefícios são regalias e vantagens

concedidas como forma de motivar seus funcionários e tem por objetivo agregar ambas as partes, tornando a empresa competitiva ao mercado. Por isso, são bons

atrativos de forma indireta para atrair e torna-se competitivo, e atrair novos talentos para dentro da organização.

METODOLOGIA

A metodologia escolhida para esta investigação será um estudo de caso, pois visa

compreender “[...] os fenômenos sociais complexos. [...] Permite que os investigadores retenham as características holísticas e significativas dos eventos

da vida real – como [...] o comportamento dos pequenos grupos”. (YIN, 2010, p. 24).

Será realizada uma pesquisa documental na empresa Bibanco, e uma entrevista

estruturada com perguntas previamente estabelecidas (MARCONI e LAKATOS, 2012), aos funcionários do Banco fim de identificar a percepção destes em

relação aos benefícios como fatores motivacionais.

REFERENCIAL TEÓRICO

Gestão de Pessoas resume-se no conjunto de atribuições de gestores, com o intuito de proporcionar competências e competitividade à organização, das quais

296

podemos destacar: agregar, aplicar, recompensar, desenvolver, manter e

monitorar pessoas. (CHIAVENATO, 2009).

As práticas de gestão são conjuntos de processos, técnicas e métodos usados para

promover decisões e para nortear as ações em toda a organização e em sua relação com o ambiente externo (Dutra, 2013). O termo Gestão de Pessoas

ganhou forças nos últimos anos, pois proporcionou às organizações um salto na administração estratégica. Uma vez que a empresa consegue mensurar e valorizar

a mão obra, ela se destaca das demais e consequentemente tem um melhor resultado.

Marras (2010) nos remete a ideia de que, por conta da concorrência as empresas têm exigido de seus gestores a manutenção e o aumento da participação dos

empregados. Isso porque diante deste cenário a única forma de a empresa se destacar é arquitetando uma estratégia de Gestão de Pessoas que atraia e

retenha os talentos certos para o crescimento e desempenho da empresa no mercado. Os benefícios têm se mostrado um importante instrumento para este feito.

O plano de benefícios deve atender a dois objetivos, os dos indivíduos e o da organização. Analisando os interesses da organização os benefícios devem atender

as necessidades básicas dos colaboradores mantendo baixos os índices de absenteísmo e rotatividade e torne a empresa competitiva em relação ao

mercado. Por parte do colaborador, os mesmos têm a finalidade de melhorar a sua qualidade de vida integrando sua remuneração (Marras, 2010).

Reter bons profissionais, agregando bons valores e que se dediquem para alcançar seus objetivos, vem sendo cada vez mais frequente. Com isso, as organizações

têm procurado novas formas de remuneração, formulando estratégias para ampliar seu pacote de benefícios para motivar cada vez mais esse profissional.

RESULTADOS

A entrevista foi realizada com 30 funcionários, alocados em distintas áreas da

Instituição. Separamos estes em dois grupos, dos quais denominamos de Grupo 01 e Grupo 02. O GRUPO 01 que corresponde a 50% da amostra, composto por

colaboradores que possuem menos de cinco anos de empresa, que tenham tempo médio de atuação e possam de igual forma descrever suas percepções. O GRUPO 02 corresponde aos outros 50% composto por funcionários com mais de dez anos,

297

o que nos permitirá obter uma amostra caracterizada por profissionais

experientes. A entrevista foi elaborada de acordo com os benefícios indicado pelo RH do Banco.

Os funcionários com menos de cinco anos de empresa, classificaram de 0 a 10 seu interesse pelas 15 modalidades de benefícios indicadas, conforme abaixo:

§ Programa de promoção á saúde;

§ Incentivo ao esporte;

§ Assinatura de fruta;

§ Plano de assistência médica;

§ Plano odontológico;

§ Seguro de vida;

§ Seguro educação;

§ Assistência funeral;

§ Seguro auto / residência;

§ Bolsa de estudo;

§ Parcerias e convênios;

§ Empréstimos;

§ Financiamento;

§ Cheque especial;

§ Cartão de crédito.

Em seguida, foi pedido que indicassem o nível de satisfação que tinham com

relação aos mesmos benefícios. Conseguimos notar uma pequena variação na expectativa com ralação a percepção efetiva que os mesmos causavam nos

funcionários.

O Seguro Educacional é o que mais provoca interesse, esta modalidade de seguro

não existe mais no mercado e o Banco conseguiu mantê-lo após exaustivas negociações. Este seguro tem a finalidade de assegurar a escolaridade dos filhos

até o ensino médio em decorrência da ausência dos pais ou titular (funcionário). Já o Cartão de Crédito mesmo com taxas diferenciadas e isenção de anuidade é o

que causa menos interesse, acreditamos que como este produto é conseguido de forma fácil em outras instituições com as mesmas condições ou até melhores, não

é um item de primeira necessidade.

298

Nas percepções das respostas dos funcionários com mais de dez anos de empresa,

pudemos notar uma redução no nível expectativas. Acreditamos que por já terem esses benefícios a mais tempo não enxergam com tanto entusiasmo como os mais

novos. Identificamos uma proximidade de interesse e satisfação entre Assistência Médica e Cartão de Crédito, isso porque existe uma preocupação com o cuidado e

manutenção da saúde principalmente dos dependentes, o que nos possibilita entender que este é um benefício muito bem estruturado. Já para o Cartão de

Crédito, associamos o interesse também ao cuidado com a família, já que este possibilita a compra fácil de qualquer item de necessidade.

Em seguida, analisamos os benefícios com menos interesses e identificamos a Assistência Funeral, outro fator que nos causou curiosidade, pois este benefício

implica na assistência funerária para ascendentes e descendentes no valor de R$ 3.000,00. Em estudo do motivo pelo desinteresse, compreendemos que existiam

muitas reclamações do benefício, e isso causou um desconforto na população mais velha.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

O objetivo principal deste trabalho foi mostrar a política de benefícios oferecidos pelo BICBANCO, onde mostra que os resultados são satisfatórios para a grande

maioria, que utiliza dos recursos.

Com os resultados apresentados podemos verificar que por se tratar de um grupo

restrito, é difícil generalizar o resultado para a sociedade.

REFERÊNCIAS

CHIAVENATO, Idalberto. Recursos Humanos: O Capital Humano das organizações. 9 ed. Rio de Janeiro : Elsevier, 2009.

DUTRA, Joel Souza. Competências: conceitos e instrumentos para a gestão de pessoas na empresa moderna. 1.ed. São Paulo. Atlas, 2013.

MARCONI, M. A. e LAKATOS, E. V. Técnicas de pesquisa: planejamento e execução de pesquisas, amostragens e técnicas de pesquisa, elaboração, análise e interpretação de dados. 7. ed. São Paulo: Atlas, 2012.

MARRAS, Jean Pierre. (org) Ana Cristina Giulian [et. Al.]. Gestão Estratégicas de Pessoas: Conceitos e Tendências. São Paulo. Saraiva, 2010.

299

YIN, R. K. Estudo de caso: planejamento e métodos. 4. ed. Porto Alegre: Bookman, 2010.

Complexo Educacional FMU São Paulo/SP – 12 e 13 de Novembro de 2015

OS IMPACTOS OPERACIONAIS E SEUS REFLEXOS NA IMPLEMENTAÇÃO DE MELHORES PRÁTICAS DE GOVERNANÇA DE TI EM EMPRESAS PÚBLICAS POR MEIO DE UM ESTUDO DE CASO NA DATAPREV–

EMPRESA DE TECNOLOGIA E INFORMAÇÕES DA PREVIDÊNCIA SOCIAL

Mario Augusto Ranzatti - Complexo Educacional das FMU ([email protected])

OBJETIVOS DO ESTUDO

A adoção dos conceitos de Governança Corporativa vem ao longo dos últimos anos apontando como um dos alicerces da administração que busca garantir a

confiabilidade da empresa para seus acionistas e o setor público não poderia ser indiferente a esses objetivos de governança em seus ativos. Segundo WEILL e

ROSS (2004) a informação e a Tecnologia da Informação tornaram-se elementos fundamentais para os serviços organizacionais e a base para os processos

empresariais. As tendências de gestão utilizadas inicialmente em organizações privadas foram incorporadas em organizações públicas com foco na melhoria dos

serviços prestados à sociedade, na redução dos gastos públicos, na participação efetiva da sociedade nas políticas públicas e principalmente na transparência

soba a gestão de seus recursos – o bem público.

Este artigo tem como objetivo apresentar um projeto de pesquisa objeto de

dissertação de mestrado em Administração em Governança Corporativa das Faculdades Metropolitanas Unidas busca avaliar os impactos e os custos

operacionais com a implementação de um modelo em melhores práticas de Governança em Tecnologia da Informação modelo ITIL em empresas públicas de

TI, e tem como objeto de pesquisa um estudo de caso. Acredita-se assim na mitigação dos processos produtivos, na otimização de recursos – humanos e tecnológicos, no fortalecimento e na consolidação dos processos e ações com

reflexo positivo na tomada de decisão e na qualidade dos serviços prestados à sociedade.

Traz também como proposta avaliar teoricamente de forma qualitativa como um modelo específico em Governança de TI se relaciona com os princípios e conceitos

de Governança Corporativa no segmento público em serviços de Tecnologia da Informação.

301

RELEVÂNCIA DA PESQUISA

Este projeto de pesquisa tem como proposta, avaliar teoricamente de forma qualitativa um modelo em específico de Governança de Tecnologia da Informação

e suas ferramentas – nesta análise, o modelo ITIL implementado entre 2009 e 2014 – em um estudo de caso na Empresa Pública – Dataprev – Empresa de

Tecnologia e Informações da Previdência Social). De acordo com a ITSMF (2007) a implantação do modelo ITIL (information Technology Infrastructure Library) tende

a melhorar os processos e como consequência a melhoria dos serviços prestados. Visa, portanto, auxiliar não apenas na identificação do relacionamento entre

Governança Corporativa e Governança de TI no segmento de órgãos e empresas no âmbito público, mas principalmente o quanto impactam na melhoria contínua e

na qualificação dos serviços concedidos à sociedade brasileira. Não se trata simplesmente em identificar esses resultados para o oferecimento de um serviço público mais ágil e adequado, mas possibilitar a otimização do tratamento da

informação com impactos positivos nos custos operacionais, de investimento em tecnologia e de adequações estruturais nas áreas de TI de governo, estratégicos

para a Administração Pública. Acredita-se assim, como na iniciativa privada, na mitigação dos custos operacionais dos processos produtivos e na otimização de

recursos humanos e tecnológicos evidenciando o fortalecimento dos processos e ações, refletindo assertivamente na tomada de decisão e na qualidade dos

serviços prestados à sociedade como oportunidade na obtenção de vantagens competitivas RASILA E GERSBERG (2007).

PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

Para subsidiar este projeto de pesquisa e obter os resultados a serem avaliados,

os conceitos e procedimentos metodológicos de pesquisa a serem adotados serão baseados na observação direta extensiva em um instrumento de pesquisa para

coleta de dados, neste caso, um questionário a ser aplicado aos gestores dos departamentos para as medidas de opinião e atitudes e por se tratar de um

estudo de caso com problemas específicos, que compõe o universo de implementação dos métodos que configuram o ITIL (Information Technology

Infrastructure Library) no gerenciamento de serviços. O instrumento de pesquisa a ser utilizado será estruturado, orientado pela fundamentação teórica a ser pesquisada, ordenado por uma série de perguntas a serem respondidas do tipo

aberta a conceitos previamente definidos, que mensurará a maturidade de Governança conforme premissas identificadas na pesquisa teórica quanto aos

302

processos, ferramentas e o modelo de governança implementado. Os

respondentes serão profissionais que possuem conhecimento sobre Governança Corporativa e Governança de TI e que ocupem cargos de gestão estratégicos nos

departamentos diretamente envolvidos com a implementação dos processos do modelo ITIL (Information Technology Infrastructure Library) em questão. O

instrumento de pesquisa será elaborado e disponibilizado por página na web especificamente criada visando facilitar seu encaminhamento e a tabulação dos

resultados a serem analisados.

Os questionários que identificarão os perfis dos respondentes, serão

posteriormente tabulados e classificados, de forma a revelar por meio de técnicas estatísticas a relação entre Governança de TI e Governança Corporativa onde se

espera identificar o comportamento entre elas e o impacto dessas relações na prática e nos resultados quanto aos serviços disponibilizados.

A revisão, pesquisa e estudo da literatura existente sobre governança corporativa e governança de TI contribuirá na formatação do instrumento de pesquisa além de identificar as ferramentas, os processos e os modelos existentes e adotados.

CONCEITOS ESSENCIAIS

A base teórica fundamental para esta pesquisa se concentra inicialmente nos

princípios e conceitos da Governança Corporativa sob a ótica da esfera pública Federal, onde as empresas públicas constituem a representatividade do Governo

na atuação do Estado como empreendedor (BENTO 2003). Estes conceitos de Governança Corporativas aliadas aos de Governança de Tecnologia da Informação,

buscam demonstrar que as melhores práticas representadas por modelos estruturados visam facilitar e quantificar o processo de gestão dos ativos de

tecnologia e informação e se apresentam de forma a buscar a dimensão dos processos produtivos e operacionais dessas organizações, totalmente

gerenciáveis, transparentes e adaptados na busca de resultados aprimorados para a prestação dos serviços propostos a sociedade.

Neste estudo de caso, o modelo ITIL (Information Technology Infrastructure Library) será amplamente conceituado teoricamente, como framework, definido

como padrão para a empresa objeto deste estudo.

Direcionado especificamente para a Governança Corporativa em Tecnologia da Informação na Administração Pública Federal, pesquisas e estudos darão base a

303

pesquisa bibliométrica que subsidiará os resultados e análises a serem

apresentadas objetivando mensurar os impactos nos custos operacionais de uma organização pública após a implementação e maturação de seus processos

produtivos que buscam a melhoria e a qualificação dos serviços de Tecnologia da Informação prestada à sociedade Brasileira no segmento de políticas sociais do

Governo Federal.

RESULTADOS E LIMITAÇÕES DO ESTUDO

Por se tratar de um Projeto de Pesquisa de Dissertação de Mestrado ainda em andamento, não é possível neste momento quantificar e qualificar os resultados a

serem obtidos dos estudos propostos e apresentá-los conclusivamente neste artigo, cuja limitação, por se tratar de um estudo de caso, se concentra em uma

única empresa de tecnologia da Informação do âmbito público federal – DATAPREV – Empresa de Tecnologia e Informações da Previdência Social.

REFERÊNCIAS

WEILL, P; ROSS, J. IT Governance: how top performers manage IT decisions rights for superior results. Watertown:Harvard Bussiness School Press, 2004.

ITSMF. The IT Infrastructure Library. An Introductory Overview of ITIL V3, ITSMF Ltd, 2007.

RASILA, H. m; GERSBERG, N. F. Service quality in outsourcerd facility maintenence services. Journal of Corporate Real Estate, v. 9, n. 1, pp. 39-49, 2007.

BENTO, Leonardo Valles, Governança e Governabilidade na Reforma do estado: entre a eficiência e democratização, Barueri, SP, Manole, 2003.

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O PROFISSIONAL DE SECRETARIADO E A EVOLUÇÃO PARA O TRABALHO REMOTO E EMPREENDEDOR

Elen Martins Sousa – Complexo Educacional FMU ([email protected])

RESUMO

O fato de se estar vivendo em um mundo tecnologicamente configurado disponibiliza novos nichos de mercado ao profissional de secretariado que merecem ser investigados, tendo em vista sua atualidade e a rapidez de suas

transformações. É nessa direção que este trabalho tem por objetivo geral investigar a função secretarial em Home Office, a fim de se entender o novo

nicho que se apresenta ao profissional; por especifico, foram considerados os procedimentos de análise mercadológica das reais oportunidades de um

profissional de secretariado na prestação de serviço remoto, de verificação de seus processos de evolução e principais pontos legais e jurídicos para a prevenção

das partes envolvidas com qualidade do trabalho oferecido.Foi apresentado ao leitor o processo para introdução ao nicho de mercado do trabalho do profissional

de secretariado remoto, desde a sua formação educacional, transição de pessoa física para jurídica, como elaborar uma carteira de clientes eficiente, formas de

montar um espaço Home Office, releitura sobre as principais leis referentes à abertura de uma empresa, pequeno manual de instruções juntamente com relatos

de profissionais da área. Apresenta ao leitor as possibilidades de inclusão nas empresas com um cuidadoso relato sobre as principais medidas a seguir como a

importância de programas piloto ou um programa de integração na empresa, se é valido a abertura de uma consultoria ou um comitê interno, os investimentos

iniciais, a seleção de possíveis candidatos com perfil para o trabalho remoto dentro de um pool de profissionais de secretariado e outros departamentos, comparativo de um empresa e de um escritório remoto e seu ambiente favorável

para o início de um programa. Destaque de formas tecnológicas para segurança de dados de informações e o trabalho em conjunto do colaborador remoto, da

gerência e departamento de tecnologia. Reflexão do papel do gestor em administrar uma equipe presencial ou remotamente e o quão respeitável é a

abertura com uma visão de gerenciamento por produtividade de trabalho e não de quantidade de colaboradores em um espaço, aonde de forma inovadora e

sustentável beneficiará a qualidade de vida dos envolvidos, da redução de gastos deste contratado até os valores investidos em imóveis de locação das sedes destas

305

empresas. A proposta como modelo de inclusão de trabalhadores portadores de

deficiência no mercado de trabalho e a possibilidade de aumento da licença maternidade exaltando a qualidade desta prestação de serviço a diferentes

públicos em diversos locais. Com um balanço entre os dois meios de implantação A metodologia usada foi incialmente uma pesquisa bibliográfica, com autores

renomados no campo de empreendedorismo com destaque para Idalberto Chiavenato e seu livro “Empreendedorismo - Dando asas ao espírito

empreendedor” que a há anos desenvolve a conscientização e educação neste setor e também Fábio Ulhoa Coelho que auxiliou com seus livros de forma clara os

principais pontos da legislação brasileira dos cuidados de abertura, iniciação até a falência de uma empresa encontrados no exemplar de “Curso de Direito

Comercial, volume 3: Direito de Empresa”.Outra descoberta no desenvolvimento da pesquisa devido a escassez de conteúdo bibliográfico especifico sobre o

empreendedorismo e as técnicas remotas ou como conhecido no Brasil de Home Office foi dos autores e pioneiros sobre o assunto Marina Sell Brink e André Brink um casal curitibano que desde 2006 desenvolvem técnicas de implementação

sobre o Home Office e lançaram 2 livros “100 dicas do Home Office” lançado no ano de 2011 e o segundo livro lançado no ano de 2013 “Trabalho

Portátil”.Conteúdos bibliográficos internacionais como “Managing the Telecommuting Employee: Set Goals, Monitor Progress, and Maximize Profit and

Productivity” dos autores Michael Amigoni e Sandra Gurvis e “Making Telework Work: Leading People and Leveraging Technology for High-Impact Results” de

Nicholas Brealey foram de ajuda satisfatória para o progresso do desenvolvimento da monografia.Seguida da aplicação de um questionário enviado por e-mail em

grupos das redes sociais voltados a profissionais de diversos ramos de atividades, com o qual se fez o levantamento do percentual da população que tem

conhecimento sobre este nicho de mercado e suas possibilidade de exercer a atividade principalmente no seguimento do profissional de secretariado.Foram

realizadas também entrevistas com profissionais que atuam no Brasil neste setor descrevendo suas experiências como pioneiros nesta nova possibilidade laboral,

onde se fornece conhecimento útil para quem deseje tornar-se microempreendedores ou empresas que desejam diminuir custos com espaço e

demais despesas de ambientes físicos, quanto também valorizar seus colaboradores com uma opção mais sustentável e qualidade de vida. A pesquisa encontra-se em andamento, os resultados das pesquisas, sua discussão e

conclusão deverão ser entregues até o fim do semestre letivo de 2015. Está monografia defende principalmente a importância de toda a evolução do

profissional de secretariado desde seu início, quando era exercida pelos escribas

306

no antigo Egito, sua transição de gêneros após a Revolução İndustrial, passando

pela recente evolução tecnológica a partir da década de 1980 aos dias atuais, procure manter consolidada sua posição no mercado de trabalho e perante a

sociedade, desempenhando papel importante ao lado de grandes líderes, gestores capacitados e sendo capaz de manter-se sempre em constante aprimoramento,

mesmo que para isso seja necessário tornarem-se empreendedores nesta nova era do trabalho remoto.

Palavras-chave: Escritório virtual. Secretariado remoto. Prestação de serviço. Empreendedorismo.

REFERENCIAL BIBLIOGRAFICO

BRIK, Marina Sell & BRIK André - 100 dicas do Home Office, 1 ed. Curitiba, Edição do Autor,2011

BRIK, Marina Sell & BRIK André – Trabalho Portátil, 1 ed. Curitiba, Livraria Cultura. 2011

BARBOSA, Sheila M. C; DURANTE, Daniela G. Secretariado Executivo e empreendedorismo: Realidade ou Utopia? GESEC, São Paulo, v. 4, n. 1, p 56-74, jan. /jun. 2013.

CHIAVENATO, Idalberto. Empreendedorismo - Dando asas ao espírito empreendedor, 4 ed. São Paulo, Manoel, 2012.

COELHO, Fabio Ulhoa. Curso de direito comercial, volume 3: direito de empresa. 15 ed. São Paulo, Saraiva, 2014.

Complexo Educacional FMU São Paulo/SP – 12 e 13 de Novembro de 2015

FERRAMENTAS INDUSTRIAIS: UMA ANÁLISE DO COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR ORGANIZACIONAL Valmir Tubini - ([email protected])

OBJETIVO DO ESTUDO:

A pesquisa a ser desenvolvida analisará a dinâmica entre marcas nacionais e

estrangeiras que se estabelecem no mercado de equipamentos industriais no Brasil, atualmente atendido por produtos de fabricação nacional, bem como por

produtos importados, principalmente da China.

Os objetivos propostos são: a) analisar as preferências e necessidades do

consumidor industrial de ferramentas em seu processo de aquisição; b) estudar o fenômeno do foco no produto nacional versus importado; c) identificar

possibilidades de resgate da indústria brasileira perante a concorrência de produtos importados; d) verificar quais atributos e características influenciam a

decisão de compra do consumidor industrial de ferramentas pneumáticas; e e) revelar a relevância da marca e outros atributos de produto, segundo a percepção

do consumidor industrial.

RELEVÂNCIA DA PESQUISA:

As empresas se veem em um constante processo de avaliação e readequação, em função de os mercados já não são serem mais limitados geograficamente, como

eram no passado, e tendo em vista que cada vez mais os consumidores têm acesso às informações com rapidez e facilidade. Inseridos nesta nova dinâmica, que os expõe a uma ampla gama de possibilidades de compra, eles desenvolvem grande

interesse pelas novidades apresentadas ao mercado. Cria-se, dessa forma, um cenário propício para o surgimento de novos negócios, novas marcas e para o

desenvolvimento de produtos com funções aprimoradas.

Buscando melhor entender e atender às necessidades e expectativas destes

consumidores e aprofundar o conhecimento sobre o comportamento do consumidor industrial neste ambiente turbulento e competitivo, e com o objetivo

de definir pontos importantes que devem ser considerados quando da elaboração de estratégias por parte de empresas nacionais fabricantes de equipamentos de

uso na indústria, justifica-se esta pesquisa.

308

PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS:

Estudo de caso sobre pistolas para pintura industrial, por meio de pesquisa exploratória, qualitativa e quantitativa. Serão distribuídos questionários

exploratórios com perguntas abertas, direcionados para 30 empresas consumidoras de ferramentas industriais e distribuidores na cidade de São Paulo.

Também serão realizadas visitas in loco, nas áreas de pintura industrial, funilarias, marcenarias etc., em empresas que utilizam pistolas para pintura.

Serão avaliados aspectos como a importância e valor da marca, posicionamento de produto/marca, atributos, características, benefícios, identidade,

posicionamento, reputação, preço, distribuição, promoções e vantagens competitivas dos produtos oferecidos. Estas características influenciam e

determinam a pré-seleção e escolha final pelos consumidores industriais que fazem parte de um pacote complexo e relevante para este estudo.

CONCEITOS ESSENCIAIS (REFERENCIAL TEÓRICO)

Serão considerados conceitos de Marketing, objetos de estudo de autores ao longo dos anos, em busca de evolução e desenvolvimento contínuo de ferramentas, para

melhor entender e identificar comportamentos e expectativas dos consumidores.

Aspectos como a importância e valor da marca, posicionamento de

produto/marca, atributos, características, benefícios, identidade, posicionamento, reputação, preço, distribuição, promoções e vantagens

competitivas dos produtos oferecidos, que influenciam e determinam a pré-seleção e escolha final pelos consumidores industriais fazem parte de um pacote

complexo e relevante para este estudo.

RESULTADOS ESPERADOS

Espera-se buscar possíveis soluções para melhorar a performance e competitividade das empresas nacionais neste cenário macroeconômico adverso,

principalmente quando se trata de atividade industrial no Brasil, em relação à taxa de juros elevada, instabilidade cambial, excessiva carga tributária, alta

burocracia, infraestrutura deficitária, falta de mão de obra qualificada, elevados custos trabalhistas etc.

Para pesquisa do tema escolhido, levantaram-se as seguintes questões:

309

1. No processo de aquisição de ferramentas manuais, quais os principais

fatores que influenciam os compradores em sua tomada de decisão?

2. Há possibilidade de se identificar qual a verdadeira importância de uma marca forte e o quanto esta influencia o comportamento do consumidor?

Pretende-se também aprofundar o conhecimento sobre o comportamento do consumidor industrial neste ambiente turbulento e competitivo, com o objetivo

de definir pontos importantes que devem ser considerados quando da elaboração de estratégias por parte de empresas nacionais fabricantes de equipamentos

usados na indústria.

DISCUSSÕES E CONCLUSÕES

Nota-se que, ao longo do tempo, houve a constante redução da força de trabalho nas indústrias brasileiras nos mais variados segmentos de atuação, como por

exemplo couro, calçadista, automotivo, metal mecânico, ferramentas, equipamentos de medição, ferramentas pneumáticas etc. É ainda importante

considerar, para a preservação e ampliação de empregos na indústria nacional em oposição à situação em que nos encontramos, a exportação de postos de trabalho

para outros países, principalmente a China.

Profissionalmente, o autor da pesquisa atua no segmento de equipamentos para

pintura, tendo como uma das principais linhas de produto as pistolas manuais, o que permite trânsito ágil em toda a cadeia, da produção, venda, distribuição, atuação de competidores e principalmente junto a consumidores destes

equipamentos. Acredito que este estudo poderá esclarecer aspectos relevantes da inserção de produtos importados no cenário industrial brasileiro.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BIEL, A. L. How brand image drives brand equity. Journal of Advertising Research, 1992.

KAPFERER, J.N. Strategic Brand Management: new approaches to creating and evaluating brand equity. New York: Free Press, 1994.

OLIVEIRA, Daniela Ferro de. Mensurando o Valor da Marca, reputação e identidade no setor automotivo. Programas de Pós-graduação da CAPES. 2007.

TAVARES, Mauro Calixta. Gestão de Marcas: construindo marcas de valor. São Paulo: Harbra, 2008.

310

TORQUATO, Gaudêncio. Tratado de Comunicação Organizacional e política. São Paulo: Cengage Learning, 2008.

Complexo Educacional FMU São Paulo/SP – 12 e 13 de Novembro de 2015

A GESTÃO DA GOVERNANÇA CORPORATIVA E A

INTEGRAÇÃO DOS FUNCIONÁRIOS AOS MODELOS IMPLANTADOS Silvia Regina Guberovic - ([email protected])

OBJETIVOS DO ESTUDO

O objetivo geral da pesquisa é verificar como os funcionários se integram aos processos da empresa com a implantação do modelo de Governança Corporativa.

Os objetivos específicos são:

1. Identificar como a adoção das praticas da Governança Corporativa, afeta o

comportamento rotineiro dos funcionários;

2. Identificar quais práticas foram adotadas pelos gestores no processo de mudança das estratégias organizacionais para garantir a reconstrução da identidade do indivíduo com a empresa.

3. Identificar como os valores organizacionais foram introjetados pelos

funcionários no processo de mudança.

As proposições são:

P1: Planejar as ações de mudança, auxilia na compreensão do que se espera das pessoas.

P2: Ao longo do tempo, os novos valores organizacionais são incorporados pelos funcionários a partir do entendimento da sua importância para o negócio.

RELEVÂNCIA DA PESQUISA

Este é um assunto relevante pela abrangência. Em tempos de tanta concorrência

e mercados cada vez mais próximos, as empresas precisam buscar seu diferencial nos produtos, pessoas e na forma de se apresentar para o mercado de credores e

consumidores.

As empresas são formadas por pessoas e é através das pessoas que as estratégias

acontecem. Conhecer e saber lidar com competência com as reações humanas é primordial para o alcance das estratégias.

312

PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

A pesquisa será do tipo qualitativo e descritivo, utilizando a estratégia de estudo de caso único, numa empresa que implantou Governança Corporativa. O objetivo

da pesquisa é investigar quais ações a empresa adota para preparar seus funcionários de acordo com as suas necessidades e como os funcionários

assimilam e adotam novas posturas frente a essas demandas.

CONCEITOS ESSENCIAIS

De acordo com Andrade e Rossetti (2004) os modelos de Governança Corporativa vão dos menos abrangentes até os mais abrangentes, levando em conta as partes

interessadas no desempenho da empresa.

O planejamento da mudança é vital para atingir os resultados esperados de acordo com recursos disponíveis e habilidades que permitam retornos aos

stakeholders internos e externos. Visando aumentar a eficiência em um ou mais de quatro níveis diferentes: recursos humanos, recursos funcionais, capacidades

tecnológicas e capacidades organizacionais.

Os recursos humanos são o bem mais importante de uma organização e funcionam

como competências distintivas para as organizações. As competências distintivas conferem vantagens competitivas em relação aos seus competidores, portanto, as

organizações precisam monitorar continuamente suas estruturas para encontrar a maneira mais eficaz de motivar e organizar os recursos humanos para adquirir e

usar suas habilidades. Destaca Robbins (2005, p. 426):

Nenhuma discussão sobre a resistência à mudança poderia estar completa sem uma menção às políticas da mudança. Como a mudança invariavelmente ameaça o status quo, ela implica, inerentemente, atividade política. Os agentes internos de mudança geralmente são indivíduos de dos altos escalões da empresa e têm muito a perder. Na verdade, eles chegaram aonde estão por meio do desenvolvimento de habilidades e padrões de comportamentos que são favorecidos pelas organizações.

Conforme Senge (1990) a aprendizagem é essencial para a mudança organizacional. Incorporar informações não á aprender. Aprender é construção da

construção da capacidade de criação e rompimento das maneiras rotineiras e habituais de pensar e agir.

313

Para Hernandez e Caldas (2002) a resistência à mudança é vista como uma das

principais barreiras na implementação de processos de mudança e inovação. É importante destacar que essa resistência muitas vezes se deve ao fato de que a

mudança implica uma reconstrução das identidades dos indivíduos no ambiente de trabalho. No entanto, como as mudanças geralmente dizem respeito à

estratégia da empresa e ao seu modo de funcionamento, aqueles elementos profundos da identidade dos indivíduos, que estão bastante incorporados e

dificilmente se transformam, não devem ser vistos como fonte de resistência ao processo de mudança, pois as identidades dos indivíduos podem ser reconstruídas

sem alterá-los.

DISCUSSÕES E CONCLUSÕES

As empresas, para atenderem aos seus objetivos, precisam preparar seus profissionais para que assimilem e apliquem as novas formas de trabalhos.

As competências adquiridas ao longo do tempo de trabalho, muitas vezes, torna o

profissional resistente à abertura a novas formas de gestão trazendo, muitas vezes, reflexos negativos para a empresa, equipe de trabalho e si mesmo. Pela

própria experiência adquirida ao longo do tempo. Formas de aprendizagem.

Pretendo concluir que a resistência muitas vezes é gerada pela forma como as

mudanças são apresentadas pela empresa aos funcionários. Sendo bem planejada e apresentada, Governança Corporativa trará o resultado esperado para todos os

stakeholders envolvidos. Preparar todos os níveis hierárquicos para a adoção das praticas de Governança Corporativa torna da empresa mais profissional.

O entendimento do que se esperado pela empresa e o preparo dos profissionais faz com que a empresa atinja os resultados diante das metas estabelecidas.

Resistir à mudança é um comportamento inerente ao ser humano. É função de a Gerência identificar a amplitude dos conflitos causados e resolvê-los em benefício

do funcionário, da equipe e da empresa.

LIMITAÇÕES DO ESTUDO

Por se tratar de um estudo de caso único, o resultado não poderá ser generalizado.

314

REFERÊNCIAS

ANDRADE, A.; ROSSETTI, J. P. Governança Corporativa. Fundamentos, desenvolvimento e tendências. São Paulo: Atlas, 2004.

DUTRA, Joel de Souza. Gestão por competências: um modelo avançado para o gerenciamento de pessoas. 3.ed. São Paulo: Editora Gente, 2001.

HERNANDEZ, José Mauro da Costa e CALDAS, P Miguel. Resistência à mudança: uma revisão crítica. RAE – Revista de Administração de empresas, São Paulo, v. 41, nº 2, p. 31 – 45, abr./jun. 2001.

ROBBINS, Stephen. Comportamento organizacional. 11. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2005.

SENGE, P. M. A. Quinta Disciplina: arte, teoria e prática da organização de aprendizagem. São Paulo: Best Seller, 1990.

Complexo Educacional FMU São Paulo/SP – 12 e 13 de Novembro de 2015

INTERFERÊNCIA DO BRINDE NA ATITUDE E INTENÇÃO DE ESCOLHA DA CRIANÇA NA ALIMENTAÇÃO

Sandra Maria Martini - ([email protected]) Claudia Rosa Acevedo - ([email protected])

OBJETIVOS DO ESTUDO

Compreender a interferência do brinde na atitude e intenção de escolha da

criança entre 7 e 8 anos de idade, em relação à alimentação refeição e à alimentação lanche, quando feitas fora de casa.

RELEVÂNCIA DA PESQUISA

A escolha do tema justifica-se nos seguintes argumentos:

1º As crianças vêm se tornando cada vez mais um público-alvo em evidência para os comerciantes (VALKENBURG, 2000), porque elas se tornaram mais capazes de

fazer suas próprias escolhas de compra e podem influenciar fortemente as compras domésticas. Os profissionais de marketing estão se tornando cada vez

mais sofisticados no desenvolvimento de técnicas capazes de influenciar os consumidores infantis, agora eles baseiam suas estratégias em um trabalho de

compreensão das crianças e seus interesses, motivações, valores e crenças (ACUFF, 1997).

2º A diversão representa um fenômeno de consumo marcante no comportamento alimentar da sociedade hipermoderna, que se reflete como uma tendência

estratégica no mercado de alimentos. Conforme GALINDO (2008) a indústria de produtos alimentícios (especialmente os alimentícios infantis) baseia suas estratégias de comunicação e marketing na combinação alimentação diversão com

o intuito de atrair e falar com o seu público-alvo (as crianças).

3º Observa-se, que uma das propostas modernas na indústria de alimentícios que

mais se destaca junto ao público infantil (e que se utiliza da combinação de brindes e personagens nos seus produtos) é representada pelo segmento de fast

food, lanches de todos os tipos, cores, sabores, com brindes e personagens.

4º Há uma crescente pressão de opinião pública nos Estados Unidos e em outros

países para a mudança da legislação. De acordo com as autoras MCALISTER e

316

CORNWELL (2012), os lobistas das cadeias de fast-food têm oferecido suporte aos

legisladores na Flórida e Arizona para impedir que aconteça a proibição de brinquedos associados às refeições nestes estados. A regulamentação

governamental do marketing de alimentos para crianças deve ajudar os governos a diminuir os efeitos de alimentação pouco saudável, e capacitá-los a cumprir as

suas obrigações no direito internacional para proteger os direitos das crianças (THORNLEY et al., 2010, p. 31, tradução dos autores).

Ao longo dos anos sabe-se que o marketing se apropriou de recursos das ciências sociais, da psicologia e da comunicação para chegar ao consumidor; um estudo

crítico sobre o marketing é desafiar as práticas das empresas, face a face com suas técnicas de liderança que exercem no mercado. Este estudo tem o objetivo

de trazer conhecimento a luz de marketing crítico para a área acadêmica, contribuir para o desenvolvimento de políticas públicas, e tornar os estudos

críticos um desafio para os novos pesquisadores.

PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS:

Para alcançar o objetivo geral proposto, este estudo terá como método o

experimento.

A amostra será selecionada em uma instituição educacional do curso de Ensino

Fundamental para crianças com idade entre 7 e 8 anos, das classes B/C, de uma escola particular da capital paulista situada na zona sul, onde serão selecionadas

100 crianças para a pesquisa.

CONCEITOS ESSENCIAIS:

O referencial teórico que norteia este estudo abordará a apresentação e a discussão de temas como: a variável atitude e intenção de compra, a teoria

experiencial do consumo hedônico de Holbrook e Hirschman, a motivação, e os estudos anteriores.

O conceito de atitude é muito importante para o entendimento dos consumidores, pelo Marketing, pois oferece uma compreensão completa de seu comportamento.

Fishbein e Ajzen (1975, p. 216) definem atitude como “sentimento positivo ou negativo de um indivíduo com relação a um determinado objeto de

comportamento”. Os consumidores têm atitudes em relação a uma ampla gama

317

de objetos: desde comportamentos muito específicos relacionados a produtos até

comportamentos rais relativos ao consumo

O conceito da intenção atua como mediador entre atitudes e comportamento. As

intenções comportamentais são compreendidas como um resumo da motivação necessária para desempenhar um comportamento particular, refletindo uma

decisão do indivíduo de seguir um curso de ação, bem como um índice sobre o quanto uma pessoa estaria disposta a tentar e desempenhar um comportamento

(FISHBEIN e AJZEN, 1975).

À noção experiencial do consumo, pode ser caracterizada por um fluxo de

fantasias (sonhos, imaginação, desejos inconscientes), sentimentos (emoções tais como amor, ódio, raiva, inveja, divertimento) e diversão (prazer hedônico

derivado de atividades divertidas, alegres e prazerosas) associado ao consumo (HOLBROOK; HIRSCHMAN, 1982).

Para HOLBROOK (1982) a experiência compreende o consumo como um estado subjetivo e consciente, com uma variedade de significados simbólicos, respostas hedônicas e critérios estéticos, onde duas pessoas não podem vivenciar a

experiência da mesma forma.

De acordo com Huertas (2001) a motivação é entendida, como um processo

psicológico, ou seja, ela é proporcionada por meio dos componentes afetivos e emocionais. Porém, as pessoas possuem diferentes tipos de motivação para um

determinado assunto.

Na verdade, os brindes são um forte estímulo e grande motivador para o público

infantil, e uma técnica muito utilizada pelas indústrias alimentícias e de alimentação fast food para atrair o segmento infantil.

No levantamento de estudos anteriores sobre o tema vemos relatos de autores como: KOTLER ET AL (2007) colocou que os prêmios são bônus oferecidos como

brindes para incentivar a compra de um produto; ANA R. MCALISTER e T. BETTINA CORNWELL (2012) mostraram que os prêmios de brinquedos de coleção oferecidos

como bônus para promover a compra de alimentos em crianças, influenciam as atitudes das crianças para uma alimentação saudável e não saudável; e que as

escolhas alimentares, são influenciadas pela presença ou ausência de um prêmio com brinquedo de coleção, porque as crianças escolhem uma alimentação se há

um bom prêmio de brinquedo de coleção; SCHLOSSER (2001) observou que do

318

ponto de vista da criança, um prêmio com brinquedo junto com alimentos facilita uma

experiência de aprendizagem associativa que pode influenciar a preferência alimentar.

Baseado nos estudos anteriores, e na revisão teórica, essa pesquisa evidência a

teoria de experiência do consumo hedônico, no segmento infantil com relação à interferência do brinde na atitude e intenção de escolha da criança em relação às

práticas de promoções alimentares com refeição e lanche, quando feitas fora de casa.

RESULTADOS: EM FASE DE APLICAÇÃO DO EXPERIMENTO.

Discussões e conclusões: Serão apresentados após a análise dos resultados.

Limitações do estudo: Serão apresentados após a análise dos resultados

Até cinco referências bibliográficas consideradas mais relevantes pelo autor:

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

BOMTEMPO, E.; HUSSEIN, C. L.; ZAMBERLAN, M. A. T. Psicologia do brinquedo: aspectos teóricos e metodológicos. São Paulo: Editora da USP Nova Stella, 1986.

FISHBEIN, Martin, AJZEN, Ice. Belief, Attitude, Intention and Behavior: An Introduction to Theory and Research. Reading, MA: Addison-Wesley, 1975 Theory-based behavior change interventions: Comments on Hobbis and Sutton. Journal of Health Psychology, 2005, 10,p.27-31.

HOLBROOK, M . B.; HIRSCHMAN, E . C. The experiential aspects of consumption: consumer fantasies, feelings and fun, Journal of Consumer Research , Vol. 9 , No. 2 , 1982, pp. 130 – 140.

HIRSCHMAN , E . C; HOLBROOK , M . B.; Hedonic consumption: Emerging concepts. Journal of Marketing, 46, 1982, 92–101.

MCALISTER, Anna R., T. Bettina Cornwell, and Emilita Krisanti Cornain (2011), “Collectible Toys and Decisions to Share: I’ll Gift You One to Expand My Set,” British Journal of Developmental Psychology, 29 (1), 1–17.

Complexo Educacional FMU São Paulo/SP – 12 e 13 de Novembro de 2015

UMA ANÁLISE BIBLIOMÉTRICA SOBRE A EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA E TECNOLOGIA

Mauricio Pedro da Silva - ([email protected]) Marcia Welita - ([email protected])

Eduardo Paz Diz de Araujo - ([email protected])

OBJETIVOS DO ESTUDO

Este artigo tem como foco principal o estudo de uma base de dados e mostrar a

relação e o crescimento do estudo sobre a educação a distância, ensino superior e a tecnologia.

De acordo com CAIO (2013) nos mostra o alinhamento das instituições Banco Mundial e Unesco quanto as propostas básicas de políticas e diretrizes para o

desenvolvimento da educação.

Para o Banco Mundial, vemos a ampliação de investidores, o aumento de

Instituições de Ensino Superior, ampliar o apoio ao ensino superior e Principalmente desenvolver ferramentas de controle e melhorar a qualidade,

adaptabilidade e equidade do ensino superior.

Já para a Unesco, um dos itens que hoje mais vemos as instituições de ensino

superior é a diversificação da capacidade de oferta o aumento da demanda de cursos e adoção de ideias de desenvolvimento da educação.

Mas, a concorrência a cada dia que passa está maior, e não podemos esquecer das questões éticas, como menciona a GRINSPUN (1999) que a educação estabelece

princípios para este novo caminho e que a ética não orienta somente a relação dos profissionais, mas as relações do homem com a natureza, com outros homens.

Olhando para todo este cenário, vemos que todo crescimento envolve novas tecnologias, e o investimento se faz necessário para o alcance de pessoas, para MARTINEZ (2003) o armazenamento, o processamento e a transmissão na de

imagem, video, texto ou audio.

RELEVÂNCIA DA PESQUISA

O objetivo deste trabalho foi analisar autores referenciados no campo da educação a distância e tecnologia. Foram selecionados 14 artigos publicados nos

320

últimos seis anos, verificamos que dos 14 artigos analisados 03 autores

produziram sobre o tema.

Identificamos que as palavras “Educação a Distância”, “Ensino Superior” e

“Expansão do Ensino e Avaliação”, foram bastante utilizadas nestas pesquisas. No que diz respeito a quantidade de palavras utilizadas nos resumos verificou-se que

dentro da amostra selecionada não houve uma padronização de quantidade de palavras. A pesquisa Bibliográfica foi a metodologia com maior utilização nas

pesquisas seguindo da análise dos autores.

Adicionalmente utilizamos para analisar dos autores a (ARS) Analise de Relação

Sociais, buscando identificar relação dos autores em relação ao tema pesquisado. Verificou que os autores referenciados nos artigos possuem pouca ou nenhuma

associação entre eles, com isso não conseguimos identificar nenhum “nó” entre os autores.

Baseado na amostra disponibilizada verificamos que o tema educação a distância e tecnologia, possui pesquisas que tratam do assunto em diversos universos da educação. No entanto, ao analisar os dados verificamos que os alunos

referenciados não possuem associações ou “nós” que se relacionam entre si, ou seja, o tema é pesquisado, mas seus autores não utilizam de uma rede comum de

referências no sentido de agregar ou forma um grupo referencial.

PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

Este estudo tem como princípio a pesquisa qualitativa e quantitativa, descritivo e Bibliográfico. Utilizado neste trabalho o período de 2006 a 2014, a base de analise

foi a base cientifica da Scielo, como forma de extrair a informação tendo como parâmetro as palavras chaves Tecnologia, Educação a Distância e Ensino Superior,

após a seleção verificamos que vários artigos científicos tratam do assunto mas nem todos focam no assunto de forma especifica, desta forma, selecionamos 14

artigos que tratam do assunto Tecnologia, Educação a Distância e Ensino Superior.

CONCEITOS ESSENCIAIS

Spinak (1996, apud Santana, 2004, p.51) cita que a bibliometria:

“Aplicação de análises estatísticas para estudar as características do uso e criação de documentos; estudo quantitativo da produção de

321

documentos como se reflete nas bibliografias; aplicação de métodos matemáticos e estatísticos ao estudo do uso que se faz dos livros e outros meios dentro e entre os sistemas de bibliotecas; estudo quantitativo das unidades físicas publicadas, ou das unidades bibliográficas, ou de seus substitutos.”

A educação a distância é o processo de ensino, no qual professores e alunos estão separados espacial e/ou temporalmente (MORAN, 1994).

Olhando para todo este cenário, vemos que todo crescimento envolve novas tecnologias, e o investimento se faz necessário para o alcance de pessoas, para

MARTINEZ (2003) o armazenamento, o processamento e a transmissão na de imagem, vídeo, texto ou áudio.

O maior acesso ao ensino superior no Brasil sempre foi alvo de diversas normativas relacionadas a políticas públicas, sendo que a educação a distância também é incluída neste contexto. Conforme normatizado no art. 80 da Lei as

Diretrizes Básicas da Educação Nacional (9.394/96). O artigo 1º do decreto nº 2.494, de 10 de fevereiro de 1998 que regulamenta o referido art. 80 define:

"Educação a Distância é uma forma de ensino que possibilita a autoaprendizagem, com a mediação de recursos didáticos sistematicamente organizados, apresentados em diferentes suportes de informação, utilizados isoladamente ou combinados, e veiculados pelos diversos meios de comunicação".

RESULTADOS

Utilizado neste trabalho o período de 2006 a 2014, a base de analise foi a base cientifica da Scielo, como forma de extrair a informação tendo como parâmetro

as palavras chaves Tecnologia, Educação a Distância e Ensino Superior, após a seleção verificamos que vários artigos científicos tratam do assunto mas nem todos focam no assunto de forma especifica, desta forma, selecionamos 14 artigos

que tratam do assunto Tecnologia, Educação a Distância e Ensino Superior.

DISCUSSÕES E CONCLUSÕES

Foram selecionados 14 artigos publicados nos últimos seis anos, verificamos que dos 14 artigos analisados 03 autores produziram sobre o tema.

322

Identificamos que as palavras “Educação a Distância”, “Ensino Superior” e

“Expansão do Ensino e Avaliação”, foram bastante utilizadas nestas pesquisas.

Baseado na amostra disponibilizada verificamos que o tema educação a distância

e tecnologia, possui pesquisas que tratam do assunto em diversos universos da educação. No entanto, ao analisar os dados verificamos que os alunos

referenciados não possuem associações ou “nós” que se relacionam entre si, ou seja, o tema é pesquisado mas seus autores não utilizam de uma rede comum de

referências no sentido de agregar ou forma um grupo referencial.

LIMITAÇÕES DO ESTUDO

As limitações para a realização deste estudo, destaca-se pelo período e tamanho da amostra, para pesquisas futuras é necessário realizar uma nova pesquisa com

um volume maior de artigos e bases cientificas para pesquisa.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

ALMEIDA, M. E. B. Tecnologia e Educação a Distância: Abordagens e Contribuições dos ambientes Digitais e Interativos de Aprendizagem. Revista Brasileira de Educação a Distância Ano 20 - 110 - Rio de Janeiro: 2012.

GRINSPUN, M.P.S.Z. Educação Tecnologia. Desafios e perspectivas. São Paulo, Cortez, 1999 p. 34

MARTÍNEZ, J.H.G. Educação e Novas Tecnologias: esperança ou incerteza. São Paulo, Cortez, 2003 p 96

MORAN, J. M. O que é educação a distância. Disponível em: <http://www.eca.usp.br/prof/moran/dist.htm> consultado em 03.10.2015 as 22:50

SANTANA, Cláudio Moreira. Produção do conhecimento em contabilidade social no Brasil (1990 a 2003): abordagem bibliométrica. Dissertação de Mestrado. FEA/USP. São Paulo, 2004.

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A GOVERNANÇA CORPORATIVA E OS INDICADORES DE SUSTENTABILIDADE AMBIENTAL

Ricardo Garrido Schwach - ([email protected]) Robson Danúbio da Silva César - ([email protected])

Celso Machado Junior - ([email protected])

INTRODUÇÃO

A dimensão ambiental da sustentabilidade ambiental vem se destacando na

sociedade à medida que a população e o consumo aumentam, demandando por sua vez maior participação no planejamento e na tomada de decisão pelas

organizações. A incorporação da sustentabilidade pela gestão das empresas se expande para um contexto maior ao se incorporar a própria Governança

Corporativa, estabelecendo assim sinergia com toda a estrutura organizacional. Neste contexto as organizações implementam ações ambientais motivadas por

aspectos ligados à legislação ambiental, a questões de imagem e mercado, e que em muitos casos estão expressos em seus Relatórios de Sustentabilidade. Uma das

formas de se avaliar uma organização quanto ao seu impacto ambiental é por meio de indicadores que expressem a gestão da organização. No entanto, as

formas de avaliação de uma organização quanto ao seu impacto ambiental podem ser diversas e não há um padrão de sistema de indicadores, podendo estes

estabelecer focos diferenciados de atuação. O propósito deste estudo é identificar indicadores ambientais similares de desempenho sustentável utilizados

pelas organizações que apresentam as boas práticas da GC. Esses indicadores são apresentados em um modelo que as empresas devem seguir, como forma de

padronizar as informações declaradas para que todos os envolvidos diretamente ou indiretamente, possam entender o desempenho da organização no mercado em que participam. Os indicadores são apresentados nos relatórios de

sustentabilidade, e disponibilizados para sociedade em seus websites e em muitos casos, também de forma impressa. O objetivo geral desta pesquisa se apoia nos

seguintes objetivos específicos: a) identificar empresas que possuem GC e apresentam relatórios de desempenho sustentável; b) identificar empresas que

representem o setor da economia Indústria; c) identificar os indicadores de sustentabilidade mais utilizados pelas empresas; d) comparar e analisar os

indicadores ambientais. Metodologia - A busca por este objetivo se apoiará em um banco de dados em elaboração com as informações das empresas

disponibilizadas em seus relatórios publicados para a sociedade. A investigação será realizada nas empresas que possuem Governança Corporativa, e a

324

identificação destas será apoiada na relação divulgada pelo Valor Econômico no

anuário Grandes Grupos Econômicos. As informações disponibilizadas nos relatórios das empresas serão utilizadas no levantamento de um banco de dados,

no qual se aplicará a técnica do Data mining. A pesquisa se apoia ainda em um referencial teórico em fase de elaboração, mas que se encontra em estágio de

elaboração avançado. Referencial teórico este que se apoia no objetivo geral e busca estabelecer arcabouço teórico que sustente a discussão. Discussão – A

discussão sobre os dados apresentados e defendidos neste estudo, apresenta a pesquisa com 217 empresas distribuídas pelos ramos de atividades, sendo:

Comércio, que representa 15,2% do total das empresas, o ramo Finanças que representa 15,2%, o ramo Indústria que apresenta um percentual expressivo com

40,1% e o ramo Serviços com 29,5% em relação ao total das empresas foco desta pesquisa. No entanto, apenas 91 das 217 empresas apresentaram indicadores em

suas publicações nos relatórios de sustentabilidade, que conforme o estudo de Wildstrom (1997), traz uma abordagem sobre a importância das empresas em publicar o relatório de sustentabilidade, mesmo que as informações apresentem

diferenças na abordagem dos fatores social e ambiental, e que, apesar de algumas empresas já estarem começando a lidar com essa nova forma e meio

para oferecer aos stakeholders um pacote de informações muito mais interessante, eles tendem a acreditar muito mais nas boas notícias, existindo uma

discussão franca e detalhada sobre os problemas apresentados em relatórios mais bem aceitos e mais eficientes (ELKINGTON, 2012). De acordo com esta

abordagem, os indicadores de sustentabilidade apresentados nos relatórios de sustentabilidade são divididos entre os aspectos econômico, social e ambiental,

que seguem a estrutura do modelo GRI, por satisfazer de forma clara e transparente uma estrutura confiável para a elaboração de relatórios de

sustentabilidade e que possa ser usada por organizações de todos os tamanhos, setores e localidades (GRI, 2006). Assim, os dados obtidos apresentam o

percentual dos indicadores, que conforme Pereira e Barbieri (2011) explicam, o agrupamento adequado desses indicadores, possibilitando uma eficaz forma de

comunicação da organização com os stakeholders. Marimon et al. (2012) defendem também, que por meio do uso de vários indicadores em prol do

Desenvolvimento Sustentável, é possível demonstrar o desempenho das empresas em iniciativas, resultados, atitudes e investimentos. Dessa forma, o ramo que mais se destacou foi a Indústria com 26,7%, distribuídos no aspecto ambiental

com 10,7%, no aspecto econômico com 2,9% e 13,1% no aspecto social. Os outros ramos apresentaram um percentual de aderência aos indicadores de

sustentabilidade abaixo que a Indústria como, Comércio em 7%, Finanças em 9% e

325

Serviços com 24,7%. Por tanto, o estudo discutiu e focou a pesquisa no Ramo de

Atividade Indústria apresentando os indicadores ambientais devido terem o maior destaque e influência para o Desenvolvimento Sustentável. Assim, autores como

Hardi (1997), Veleva e Ellenbecker (2001), Parris e Kates (2003), Becker (2004), CSD (2002) e Labuschagne et al. (2005), entre outros, explicam sobre a

necessidade de integração das decisões econômica, social e ambiental nas organizações, que mensuradas por indicadores, possibilitam uma melhor a

compreensão por parte de todos os stakeholders, contribuindo com a gestão da sustentabilidade empresarial. Neste contexto, Kardec, Flores e Seixas (2002)

defendem que os indicadores são capazes de medir a eficácia e a relação entre o programado e o realizado, e destacam que sem a utilização de indicadores é

muito remota a possibilidade de realizar a avaliação do desempenho da corporação. No entanto, fica evidente quando os princípios de transparência,

prestação de contas, equidade e responsabilidade corporativa, norteiam as boas práticas de governança e que as empresas se preocupam em apresentar os indicadores com o objetivo de maximização de seu valor. Os dados mostram ainda

a preocupação das empresas no setor industrial, em apresentar esses indicadores nos aspectos econômico, social e ambiental com um percentual médio de 15% de

aderência aos indicadores no modelo GRI.

REFERÊNCIAS

ELKINGTON, J. Sustentabilidade, canibais com garfo e faca. São Paulo: Makron Books, 2012.

KARDEC, A.; FLORES, J.; SEIXAS, E. Gestão estratégica e indicadores de desempenho. Rio de Janeiro: Qualitymark: ABRAMAN, 2002.

LABUSCHAGNE, C. et al. Assessing the sustainability performance of industries. Journal of Cleaner Production, v. 13, n. 4, p. 373–385, 2005.

MARIMON, F. et al. The worldwide diffusion of the global reporting initiative: what is the point? Journal of Cleaner Production, v. 33, p. 132-144, 2012. Disponível em: <http://dx.doi. org/10.1016/j.jclepro.2012.04.017>.

PARRIS, T. M; KATES, R. W. Characterizing and measuring sustainable development. Annual Review of Environmental Resources, n. 28, p. 559-586, 2003.

Complexo Educacional FMU São Paulo/SP – 12 e 13 de Novembro de 2015

PLANEJAMENTO DE CARREIRA Patricia Oliveira Ferreira – Complexo Educacional FMU ([email protected])

Diego Moutinho Meyer - ([email protected]) Paloma Balduino Castanheira - ([email protected]) Luciana de Magalhães Pereira - ([email protected])

INTRODUÇÃO

O presente estudo visa demonstrar a importância do planejamento de carreira no desenvolvimento de competências e habilidades indispensáveis para se tornar um

profissional bem sucedido.

Diante deste desafio, procuraremos elucidar o questionamento de muitos

profissionais: Como desenvolver um planejamento de carreira que atenda às necessidades das organizações contemporâneas e também as expectativas

profissionais?

Esta investigação se mostra relevante, pois o planejamento de carreira nos permite focar nossas habilidades e competências, possibilitando uma melhor

aplicação de nosso tempo e dedicação em algo que nos impulsionará rumo aos nossos objetivos traçados. O que o torna basilar para uma melhor relação das

empresas com seu colaborador, pois estariam investindo em um profissional qualificado e determinado a cooperar com o crescimento da empresa,

fomentando assim uma modificação no perfil dos colaboradores procurados no mercado de trabalho. Ao se candidatar para uma vaga de emprego, hoje, seria

um diferencial apresentar um planejamento de carreira, demonstraria que você tem metas, dedicação e organização necessárias para cumpri-las, além de deixar

claro qual o papel que pretende figurar dentro da organização. No âmbito social, teríamos profissionais financeiramente mais prósperos e organizados, uma maior

segurança política e financeira e consequentemente uma menor desigualdade.

PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

Conforme Ribeiro (2008), o instrumento que o pesquisador utilizará para atingir resultados ideais será estipulado por ele mesmo. Sendo assim, o principal método

que utilizaremos para coleta de dados e informações será a entrevista.

327

Para Marconi e Lakatos (1999), a entrevista é um procedimento utilizado na

investigação social, para a coleta de dados ou para ajudar no diagnóstico ou no tratamento de um problema social.

Gil (1999) afirma que outro fator que leva a utilização desta técnica é sua flexibilidade em atingir os mais diversos campos.

As entrevistas semiestruturada serão realizadas com quatro profissionais: dois em inicio de carreira, dois com carreiras já estabelecidas e dois profissionais de RH.

As entrevistas estruturas serão realizadas na própria FMU com 50 alunos ingressantes do 1°ano e 50 alunos do 4°ano matriculados no curso de

Administração período noturno.

Levando em consideração o perfil dos entrevistados utilizaremos dois formatos de

entrevistas:

Semiestruturada: parecida com um bate papo, não chega a ser informal, mas

deve ser focada no assunto em questão. As perguntas não precisam ser previamente definidas, podem ser adaptadas ao decorrer da entrevista.

Estruturada: através de formulários serão apresentadas perguntas fixas cuja

ordem e redação permanece invariáveis para todos os entrevistados.

Desta forma poderemos recolher importantes dados que nos ajudarão a gerar

informações quantitativas e qualitativas.

CONCEITOS ESSENCIAIS

"Carreira é o autoconhecimento de como as experiências pessoais e profissionais relacionam-se com seu trabalho atual e futuro para maximizar suas habilidades e

comportamentos e atingir seus objetivos de vida" (SAVIOLI, 1999, p. 14).

Já Dutra (1996) apresenta outro conceito que compõe a dinâmica das

expectativas entre a pessoa e a organização, garantindo que a carreira envolve uma série de estágios e a ocorrência de mudanças que refletem necessidades,

motivos e aspirações individuais e expectativas e imposições da organização e da sociedade.

Sendo assim, Toni (2004) alega que quando surge no indivíduo questionamentos sobre se o caminho que ele está percorrendo é o que ele realmente deseja seguir

328

e se as ações que estão sendo empregadas são as necessárias para atingir suas

metas, será dado inicio ao debate sobre planejamento.

Sendo assim, enfatiza-se que "pouquíssimas pessoas terão a "sorte" de progredir

sem planejamento, mas "sorte" não é um fator que possa ser considerado, quando se fala de carreira" (CASE e BOTELHO, 2001, p. 46).

Muitos profissionais querem um lugar de destaque no mercado de trabalho, porém, segundo Dutra (2014), a maior parte possui uma resistência natural ao

planejamento de sua vida profissional, por acreditarem, na maioria das vezes, que isso lhe será entregue em algum momento de sua trajetória profissional.

Segundo Houaiss (2002) planejamento significa determinar etapas, procedimentos ou meios que devem ser usados no desenvolvimento de um trabalho, porém

sabemos que a maiorias das pessoas não têm esse hábito, seja por preguiça, falta de estímulo, de conhecimento, orientação ou simplesmente por não acharem isso

importante.

O sistema educacional brasileiro não ensina, desde cedo, as pessoas a importância de se planejar para a vida profissional. A maioria das pessoas acaba sendo

conduzida pela “sorte” ou simplesmente pelas circunstâncias do acaso.

O mercado de trabalho vem se transformando e a as organizações passaram a

exigir profissionais mais completos, preparados e competitivos, por isso é cada vez mais importante existir um planejamento de carreira. Dutra (2014) diz que a

carreira deve ser pensada como uma estrada que vem sendo construída pela pessoa e pela empresa, ou seja, o profissional deve ser responsável por essa nova

postura e a empresa dará o estimulo e o apoio para que sua carreira se desenvolva.

RESULTADOS

A pesquisa está sendo realizada e os dados serão compilados para analise e

apresentação.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Trabalho em desenvolvimento

329

LIMITAÇÕES DA PESQUISA

A pesquisa será realizada com uma amostragem pequena de estudantes e profissionais, pois o intuito é que este trabalho seja o primeiro passo para futuras

pesquisas sobre a importância de estimular o planejamento de carreira desde o inicio da trajetória acadêmica.

REFERÊNCIAS

CASE, T. A.; BOTELHO, J. M. Gerenciamento da carreira do executivo brasileiro: uma ciência exata. São Paulo: Catho, 2001

DUTRA, J. S. Administração de carreira: uma proposta para repensar a gestão de pessoas. Sao Paulo: Atlas, 1996.

DUTRA, J. S. Gestão de pessoas: modelos, processos tendências e perspectivas. São Paulo: Atlas, 2014.

HOUAISS, Antônio. Míni Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa. Rio de Janeiro. Objetiva, 2002.

RIBEIRO, Elisa Antônia. A perspectiva da entrevista na investigação qualitativa. Evidência: olhares e pesquisa em saberes educacionais, Araxá/MG, n. 04, p.129-148, maio de 2008.

SAVIOLI, Nelson. Carreira: manual do proprietário. 3. ed. Rio de Janeiro: Qualitymark., 1999.

TONI, Jackson de. O que é planejamento estratégico situacional? Revista Espaço Acadêmico, nº 32, janeiro de 2004.

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A FORMAÇÃO EM SECRETARIADO EXECUTIVO: O PAPEL DO EGRESSO NO PROCESSO DE ENSINO- APRENDIZAGEM DOS DISCENTES

Yasmin de Oliveira Cardoso - ([email protected])

A profissão de secretário executivo no Brasil vem crescendo a cada dia e

conquistando muitos espaços no cenário corporativo, atendendo as mais diversas demandas organizacionais. O profissional da área vem conquistando lugar em posições estratégicas, auxiliando dessa forma as organizações no direcionamento

de suas atividades, atuando como gestora de resultados. Para atender a essas exigências do mercado, quanto ao novo perfil do profissional secretário, a

formação e a preparação para atuar na área é imprescindível, pois com a regulamentação exigindo o registro profissional e o mercado buscando por pessoal

qualificado, o cenário reduziu para aqueles que ainda estão sem formação específica e a devida capacitação. Diante do exposto, é fundamental que no

processo de ensino-aprendizagem na formação em secretariado executivo, os discentes possam ser guiados através de bases sólidas, conhecimentos

significativos quanto a sua futura área de atuação bem como expostos a informações e conteúdos que fornecerão a eles ao final deste ciclo uma formação

de qualidade. Neste trabalho, busca-se então apresentar a atual formação em secretariado executivo delimitando o tema para o papel do egresso da área,

sendo este uma peça-chave no processo de ensino-aprendizagem dos discentes deste curso, auxiliando-os na sua formação para que possam tornar-se

profissionais qualificados e capacitados que poderão atender às exigências do mercado competitivo bem como auxiliar cada vez mais na valorização e

reconhecimento desta profissão para as organizações e sociedade. É preciso olhar para aqueles que se formaram na área e como seria de suma importância a participação mais efetiva destes na formação dos discentes. Diante do exposto, a

questão principal a ser analisada neste trabalho está em torno da seguinte pergunta: Como os egressos em secretariado executivo podem atuar e contribuir

no processo de ensino-aprendizagem e formação dos discentes? A presente pesquisa, a qual faz parte do núcleo de pesquisa ‘‘Estudos acerca do ensino

superior na área de Secretariado Executivo” tem como objetivo geral analisar a atual formação em secretariado executivo e como os egressos da área podem

contribuir no processo de ensino-aprendizagem destes futuros profissionais, como objetivos específicos foram definidos analisar a formação investigando as

percepções, necessidades ou dificuldades dos discentes no seu processo de ensino-aprendizagem bem como analisar as possibilidades de atuação e

331

contribuição do egresso na formação dos discentes. O interesse por esse estudo

surgiu mediante a participação da autora no 3º Congresso Internacional de Secretariado Executivo, em que foi abordado e levantado questões acerca das

competências e desafios do profissional secretário, enfatizando não só a necessidade do olhar se voltar apenas à atuação do profissional, mas sim para a

formação e preparação destes profissionais no cenário atual, sendo necessária a participação e contribuição mais efetiva dos egressos em Secretariado Executivo.

Para alcançar tal propósito, a metodologia utilizada baseou-se em referências bibliográficas para que posteriormente fossem desenvolvidas pesquisas com

abordagem qualitativo-quantitativa, na qual questionários escritos serão aplicados, presencialmente, aos discentes, bem como entrevistas encaminhadas

por e-mail para egressos da área para atingimento destes objetivos. Para o desenvolvimento deste trabalho acerca da formação do profissional de

secretariado executivo e entender como o egresso da área pode contribuir com os discentes em seu processo de ensino-aprendizagem, é necessário entendimento prévio quanto este importante trabalho relacionando-o à melhores práticas no

Ensino Superior. Para isso, o trabalho consiste em embasamento teórico acerca deste tema, sendo consultadas para atingimento desses objetivos obras de

autores renomados e artigos científicos. Entre os autores selecionados sobre este tema destacam-se: Freire (2011), Gil (2011) e Masetto (2012), que destacam os

elementos fundamentais no processo de ensino-aprendizagem bem como o novo olhar para este processo na educação superior, enfatizando a necessidade da

aprendizagem ocorrer de forma mais ativa, sendo todos os sujeitos do processo (docentes, discentes, colegas de turma e de profissão) participantes ativos da

aprendizagem por meio da co-construção dos conhecimentos e saberes. Para relacioná-los com a formação em Secretariado Executivo e o papel do egresso

neste contexto, foram consultas as Diretrizes Curriculares do curso de Secretariado Executivo bem como destaque para as obras e artigos dos autores

Stece et. al. (2014), Martins et. al (2010), Durante et. al (2011) em que tratam da formação e atuação destes profissionais no cenário corporativo atual. Por meio

dos levantamentos bibliográficos e o que determina as Diretrizes Curriculares do curso, foi possível relacionar os egressos da área de Secretariado Executivo com

os aspectos imprescindíveis e necessário para o êxito no processo de ensino-aprendizagem, evidenciando desta maneira o impacto e a responsabilidade que estes têm na formação destes discentes. Faz-se necessário ainda, por meio de um

questionário quantitativo e qualitativo a ser aplicado aos discentes do curso, compreender também a sua visão acerca da formação e seu processo de

aprendizagem no decorrer da sua trajetória acadêmica, verificando como o

332

egresso da área impacta ou impactaria na sua formação. Já com relação ao

egresso, é necessário também questioná-lo e evidenciar a sua opinião sobre o papel que assumem ao atuar na educação e formação destes futuros profissionais,

bem como nos dizer sob seu olhar quais são as possibilidades de atuação destes contribuindo e auxiliando na formação dos futuros profissionais secretários. Em

virtude da pesquisa estar em desenvolvimento, as informações ainda serão analisadas.

Palavras-chave: Ensino-aprendizagem. Papel do Egresso. Formação. Secretariado Executivo.

REFERENCIA BIBLIOGRÁFICA

DURANTE, Daniela Giareta et al. Atuação e ascensão profissional a partir da formação em secretariado executivo: levantamento com egressos da UPF/RS. Revista de Gestão e Secretariado – GeSec, São Paulo, v. 2, n. 2, p 170-193, julho/dezembro, 2011.

FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: Saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 2011.

GIL, Antonio Carlos. Metodologia do Ensino Superior. 4 edição. São Paulo: Editora Atlas S.A, 2011.

MASETTO, Marcos de. Docência universitária: repensando a aula. In: (Org.) TEODORO, Antônio. VASCONCELOS. Maria Lucia. Ensinar e Aprender no Ensino Superior: por uma epistemologia da curiosidade na formação universitária. 3ª edição. São Paulo: Cortez Editora, 2012

STECE, Vanderleia, et. al. Características dos cursos superiores de tecnologia e bacharelado em secretariado: um estudo com base na interpretação das diretrizes curriculares. Revista de Gestão e Secretariado – GeSec, São Paulo, v. 5, n. 1, p 62-81, janeiro/abril, 2014.

Complexo Educacional FMU São Paulo/SP – 12 e 13 de Novembro de 2015

A GOVERNANÇA CORPORATIVA E A SUSTENTABILIDADE NA ÁREA HOSPITALAR

Robson Danúbio da Silva César - ([email protected]) Ricardo Garrido Schwach - ([email protected])

Celso Machado Junior – Complexo Educacional FMU ([email protected])

INTRODUÇÃO

Os hospitais além de desenvolverem a importante função social de proporcionar

saúde ao cidadão estão sujeitos às leis da concorrência do mercado. Neste sentido, devem buscar uma gestão eficiente, a sustentabilidade de suas

atividades, e ainda possuir uma governança que atenda aos anseios de seus acionistas e da sociedade em geral. Uma questão recorrente a divulgação dos

relatórios de desempenho são os critérios e as referencias utilizados pelas empresas para estabelecer os indicadores que melhor expressão a gestão e

atendem de forma satisfatória as informações que a sociedade deseja conhecer.

OBJETIVO

Neste contexto, este estudo tem por objetivo analisar o envolvimento do Conselho de Administração no estabelecimento e na manutenção das ações e

indicadores de sustentabilidade ambiental da administração hospitalar.

METODOLOGIA

A pesquisa será qualitativa apoiada em um estudo de caso único, buscando investigar em profundidade, como uma empresa da área hospitalar que possui Governança Corporativa incorpora a abordagem da sustentabilidade no seu

Conselho de Administração, e na evidenciação de seus indicadores. A busca pelo cumprimento desse objetivo se apoia em um estudo de caso em profundidade,

com triangulação de dados. A utilização da triangulação dos dados possibilita maior robustez dos dados, no entanto, por se tratar de um estudo de caso está

condicionado as limitações intrínsecas desta técnica. A investigação também incorpora uma etapa destinada a entrevistar os agentes envolvidos, tanto no

processo de governança corporativa, quanto no de sustentabilidade ambiental.

334

REFERENCIAL TEÓRICO

A governança corporativa originou-se na década de 1980 a partir de um movimento originado nos EUA, podendo ser entendida como um conjunto de

relações estabelecidas entre os gestores (de uma empresa), acionistas (shareholders), seus conselhos de administração e demais interessados

(stakeholders), tais como: sociedade, fornecedores, funcionários, governos, credores, entre outros. De acordo com Neto e Famá (2001), a governança

corporativa estabelece como a empresa deve se relacionar, e como as empresas devem ser governadas. A adoção de melhores práticas de governança corporativa

tornou-se mais acentuada nos últimos anos, principalmente a partir de escândalos como o da empresa Enron. Segundo Carvalho (2002), os agentes de mercado e

autoridades devem prospectar junto às empresas a importância de adoção de boas práticas de governança corporativa. Para evidenciar boas práticas de governança corporativa, o IBGC (2009) ressalta a independência do conselho em

relação à gestão das empresas. Neste ponto, o IBGC ressalta que os conselheiros não devem ter vínculos com a gestão da empresa e também não devem sofrer

influências do controlador da mesma. O IBGC (2009) ressalta que o conselho de administração deve conhecer as crenças e o propósito dos sócios bem como

conhecer os valores da empresa, de forma a aprimorá-los. Este conselho de administração deve, também, administrar divergências de opiniões e situações de

conflitos de interesse de forma a garantir a prevalência do interesse empresarial e a perenidade da mesma. Conforme Volpin (2002) a função dos conselhos de

administração é fiscalizar e avaliar o desempenho da gestão da empresa, ou seja, os executivos que nela atuam, de forma a minimizar os conflitos de agência entre

os executivos e os acionistas (criando valor para este). Jensen (1993) contribui com estudo sobre grandes conselhos, no qual afirma que o diretor executivo pode

ter facilidade de controle do grupo quanto maior for o conselho de administração. Deste modo podemos ressaltar que devido ao grande número de membros do

conselho, com formações, experiências, habilidades e conhecimentos distintos, as cobranças do Conselho de Administração para diretor executivo não é tão efetivo.

De acordo com o Instituto Brasileiro de Governança Corporativa - IBGC (2009) a administração deve ter o desejo de informar, por meio da boa comunicação interna e externa, de forma espontânea, franca e rápida, resultando em um clima

de confiança, internamente, e nas relações da empresa com terceiros. A exigência por parte dos stakeholders é abordada no trabalho de Cormier, Ledoux

e Magnan (2011) no qual as atitudes socialmente responsáveis são cada vez mais exigidas, pelos consumidores, para as empresas de forma que divulguem suas

informações socioambientais ao invés de mostrarem apenas suas informações

335

econômicas e financeiras. A governança corporativa corrobora para criar este

ambiente mais atrativo para investimentos por meio de seu princípio da transparência. Donnelly e Mulcahy (2008) enfatizam que para a empresa

aumentar seu nível de divulgação voluntariamente, os diretores e acionistas devem possuir conhecimentos, habilidades e motivação de forma que possam se

sobressair ao que é exigido por lei ou pelas regras do mercado. Os consumidores se interessam mais por empresas que estão em evidência, lembradas mais

facilmente em um mercado bem concorrido, razão pela qual as empresas divulgam suas informações, conforme aponta o trabalho de Idowu e Papasolomou

(2007). Á medida que a empresa possui um maior disclosure, sua reputação organizacional é intensificada ou, muitas vezes, fortalecida. Desta forma, é

possível inferir que as empresas buscam uma maior divulgação de informações tanto quantitativas, quanto qualitativas. Soares (2010) contribui afirmando que a

empresa avalia o que é mais importante ou útil para divulgar as partes interessadas, ou seja, os stakeholders. Esta decisão espontânea da empresa e seus gestores em divulgar suas informações são benéficas para que o usuário

possa ser subsidiado em sua tomada de decisão com relação a empresa. Murcia et al. (2008) relata que empresas divulgam em seus relatórios corporativos boas

informações ambientais conseguidas pela empresa. Sendo assim, empresas que possuem indicadores que participam do ISE, publicam voluntariamente mais

informações que outras empresas que não participam de nenhum programa ambiental. De acordo com Epstein (2003), nas últimas décadas, houve um

aumento no número de empresas que elaboram e divulgam seus relatórios socioambientais, porém a qualidade com que as informações contidas nestes

relatórios são divulgadas, não reflete este aumento da adesão a seus relatórios. O trabalho de Aburaya (2012) aborda que os relatórios corporativos com

informações ambientais são práticas recentes diante dos relatórios financeiros, onde percebemos que o valor da informação ambiental para os stakeholders é

fundamental sob o aspecto da governança corporativa.

RESULTADOS

Analisando as vinte e nove pautas discutidas no Conselho de Administração, pode-se evidenciar que as atas demonstram ações voltadas ao meio ambiente, que se manifestam tanto na esfera interna quanto externa da empresa. As pautas são

acompanhadas pelos membros dos conselhos, evidenciando o cumprimento do que foi discutido na data estipulada. As atas de reuniões do conselho de

administração dos últimos dois anos da empresa focal, apontam um conjunto

336

consistente de ações voltadas para a questão da sustentabilidade e sua dimensão

ambiental. É possível observa um conjunto de ações que impactam de forma sistêmica na organização, ou seja, são ações que estabelecem benefícios para

todas as pessoas e processos, não apenas de forma pontual, mas sim ao longo do tempo. O comitê de administração também incorpora ações voltadas a mudança

de comportamento dos empregados. Estas medidas possuem tanto um perfil de conscientização, como se pode observar nas ações de: celebração do dia mundial

do meio ambiente, treinamento voltado a sustentabilidade, treinamento voltado a sustentabilidade. Analisando os trinta e dois indicadores constantes no relatório

de sustentabilidade divulgado pela empresa, é possível evidenciar que os mesmos demonstram o interesse da empresa em divulgar ações sustentáveis. Estas ações

divulgadas são, por muitas vezes, oriundas do desejo do Conselho de Administração.

REFERENCIAS

ABURAYA, R. K. The Relationship between Corporate Governance and Environmental Disclosure: UK Evidence. 2012. 460f. Thesis (Doctor of Philosophy in Accounting), Durham University, 2012.

CORMIER, D.; LEDOUX, M.; MAGNAN, M. The informational contribution of social and environmental disclosures for investors. Management Decision, v. 49, n. 8, p. 1276-1304, 2011.

DONNELLY, R.; MULCAHY, M. Board structure, ownership, and voluntary disclosure in Ireland. Corporate Governance: An International Review, v. 16, n. 5, p. 416-429, 2008

IDOWU, S. O.; PAPASOLOMOU, I. Are the corporate social responsibility matters based on good intentions or false pretences? An empirical study of the motivations behind the issuing of CSR reports by UK companies. Corporate Governance: The international journal of business in society, v. 7, n. 2, p. 136-147, 2007.

MURCIA, F.; ROVER, S.; LIMA, I.; FÁVERO, L. P. L.; LIMA, G. A. S. F. Disclosure Verde nas Demonstrações Contábeis: Características da Informação Ambiental e Possíveis Explicações para a Divulgação Voluntária. Revista UnB Contábil, v. 11, n. 1-2, p. 260-278, jan/dez. 2008.

Complexo Educacional FMU São Paulo/SP – 12 e 13 de Novembro de 2015

O CLIMA ORGANIZACIONAL E SUA RELAÇÃO COM O APERFEIÇOAMENTO PROFISSIONAL

Danilo S. Benevides – Complexo Educacional FMU ([email protected]) Deysiane R. Vila Verde – Complexo Educacional FMU ([email protected])

Kleber Rodrigo de Souza – Complexo Educacional FMU ([email protected]) Luciano R. C. da Silva – Complexo Educacional FMU ([email protected]) Patrícia Molnar Florio – Complexo Educacional FMU ([email protected])

O fator importante e impactante nas rotinas dentro de um ambiente organizacional é o chamado clima organizacional. O clima organizacional está

ligado também a fatores de satisfação, como motivação, qualidade e produtividade no trabalho e também na satisfação das pessoas envolvidas com a

organização.

O Clima Organizacional baseia-se em medir a satisfação dos colaboradores de uma

organização, identificando cada indivíduo com sua cultura e com sua realidade particular, desta forma busca evitar conflitos entre os mesmos e com a

organização em geral.

A pesquisa de Clima Organizacional visa em um primeiro momento, proporcionar a

análise da organização com o seu ambiente, bem como o conjunto de condições que caracterizam o estado de satisfação e/ou insatisfação dos colaboradores na

empresa e das demais pessoas que com eles interagem.

O objetivo deste trabalho está na apresentação de Clima organizacional que se

trata do resultado de um conjunto de valores, comportamentos e padrões formais e informais, que são definidos em uma organização e representa a concepção de

como o colaborador entende a empresa e sua cultura, e como ele reage a isso.

Clima organizacional é a percepção coletiva que as pessoas têm da empresa. Essa

percepção pode ser positiva ou negativa de acordo com a interpretação pessoal que cada colaborador tem ás normas e conduta da empresa frente às diversas questões, tanto referentes ao mercado em que ela atua, como com relação às

pessoas e a sociedade. Nos últimos tempos, o tema clima organizacional tem gerado um interesse cada vez maior nos administradores. O que com certeza não

se trata de modismo ou algo passageiro.

Mediante ao uso de ferramentas de índices de qualidade como, por exemplo:

pesquisa de clima organizacional, absenteísmo, índice de desligamento, processos

338

trabalhistas entre outras o gestor pode controlar o clima organizacional de uma

empresa, para com isso traçar novas estratégias visando alcançar os resultados esperados.

Pensando em como aperfeiçoar a forma de como os funcionários veem a empresa, o clima organizacional estuda as percepções comuns que os funcionários têm com

relação à empresa e ao ambiente de trabalho. Esses conflitos terminam por gerar tensão e prejudicar o clima organizacional. Essa constatação foi o ponto de

partida para estabelecer como objeto de estudo desse projeto integrado o clima organizacional como índice de qualidade.

Por meio da presente temática de pesquisa, busca-se questionar a respeito das possibilidades das organizações e/ou gestores por meio de índices de qualidade,

podem ter controle sobre o clima organizacional? E assim sendo obter um clima organizacional satisfatório?

Pelo que também esse assunto se torna cada vez mais comum dentro das organizações e demonstra como esta ferramenta pode ser útil na administração de uma empresa.

Nos últimos tempos o clima organizacional tem gerado cada vez mais interesse nos administradores e que existe uma relação direta entre clima e o ambiente de

trabalho. O Clima Organizacional neste ponto é a percepção coletiva que a pessoa tem da empresa. Esta percepção pode ser positiva ou negativa de acordo com a

opinião pessoal de cada colaborador.

Deste modo este trabalho tem como objetivo investigar o clima organizacional da

empresa como instrumento de modernização permitindo aos gestores uma tomada de decisão. No que diz respeito à análise do clima organizacional há indicações

das variáveis a serem estudadas que todos reconhecem a importância, entretanto muito se tem falado sobre esse tema em particular.

Para responder adequadamente a este questionamento, este trabalho pretende realizar uma pesquisa bibliográfica sobre impacto do Clima organizacional, formas

de atuação profissional dentro da organização, e sobre aspectos motivacionais bem como comunicação e Feedback.

O clima organizacional está presente nas organizações e pode ser considerado um fator importante nas melhorias e mudanças tanto individual como coletiva.

339

A motivação é um dos fatores que influencia o Clima Organizacional, nos dias

atuais, conciliar trabalho e vida pessoal tem sido um grande desafio e com a globalização e as constantes mudanças as empresas precisam buscar uma forma

para elevar a motivação e autoestima de seus colaboradores.

Quando se fala em motivação dentro da organização, muitas pessoas pensam em

aumento salarial, sendo que a motivação não está relacionada somente a remuneração, muitas vezes um simples elogio, ou seja, o reconhecimento de um

trabalho bem feito faz a pessoa sentir-se motivada. Nesse sentido Palácios, Vieira e Freire (2010) em seu artigo diz que esse impacto efetivado é pela falta de

motivação e afeta as equipes de trabalho que são constituídas de células de desempenho e utilizadas com bastante frequência nas organizações, (o modo

tradicional herdado pelas organizações americanas), tendo em vista as vantagens e desvantagens que podem oferecer.

O clima social do trabalho, também chamado de ambiente de trabalho, exerce grande e boa influência sobre o comportamento do indivíduo. Por sua vez, esse clima é influenciado por aspectos tanto do sujeito como a organização. Palácios

(1995) ainda enfatizam uma relação bidirecional entre esses dois elementos que agem de forma conjunta nas organizações.

REFERÊNCIAS

BARÇANTE, Luiz C. e CASTRO, Guilherme C. Ouvindo a voz do cliente interno. 3. ed. Rio de Janeiro: Qualitymark., 1999.

GASPARETTO, Luiz Eduardo. Pesquisa de Clima Organizacional: o que é e como fazer. 1ª ed. São Paulo: Scortecci, 2008.

MISSEL, Simoni. Feedback corporativo. 1. ed. São Paulo: Saraiva, 2012.

PUENTE-PALACIOS, Katia; VIEIRA, Rafaella de Andrade; FREIRE, Raphael Andrade Nunes. THE IMPACT OF CLIMATE ON AFFECTIVE COMMITMENT INWORK TEAMS. Aval. psicol., Porto Alegre , v. 9, n. 2, ago. 2010 . Disponível em <http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1677-04712010000200015&lng=pt&nrm=iso>. acessos em 22 out. 2015.

PUENTE-PALACIOS, Katia Elizabeth; PACHECO, Érica Augusta; SEVERINO, Aline Fernandes. Clima organizacional e estresse em equipes de trabalho. Rev. Psicol., Organ. Trab., Florianópolis , v. 13, n. 1, abr. 2013 . Disponível em <http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1984-66572013000100004&lng=pt&nrm=iso>. acessos em 29 out. 2015.

Complexo Educacional FMU São Paulo/SP – 12 e 13 de Novembro de 2015

ESTUDO DA CAPACIDADE DINÂMICA DE COORDENAÇÃO EM EMPRESAS DO SETOR TÊXTIL DO PARANÁ

Vanessa de Oliveira Marques – Graduanda em Marketing na Pontifícia Universidade Católica do Paraná ([email protected])

Heitor Takashi Kato – Professor Doutor em Administração pela EAESP/FGV. Pesquisador e Professor adjunto do Programa de Pós-Graduação em Administração pela Pontifícia

Universidade Católica do Paraná, na área de Marketing e Estratégia. ([email protected])

OBJETIVOS DO ESTUDO

Esta pesquisa teve como objetivo relacionar capacidades dinâmicas à vantagem

competitiva da indústria têxtil, visto que capacidades dinâmicas são aquelas que habilitam a organização a renovar suas competências chave conforme ocorrem

mudanças no ambiente operacional. Pois para que a indústria têxtil desenvolva capacidades dinâmicas é necessário, em primeiro lugar, um conjunto de

comportamentos de habilidades relacionadas à mudança e inovação.

RELEVÂNCIA DA PESQUISA

O intuito de abordar a capacidade dinâmica na indústria têxtil se deve aos processos de reorganização que a cadeia têxtil tem passado, com a tendência em

inovar em produtos e rotina de trabalho se diferenciando e segmentando o mercado baseado na inovação. Este estudo buscou analisar objetivamente a

importância das fontes de inovação em gestão e processos adotados pelas organizações paranaenses, mencionando por quais múltiplas fontes essa

capacidade é induzida para inovar, como: comunicação interna entre departamentos, relação de gestores com as demais áreas da organização, capacitação do corpo de funcionários e a relação entre clientes e consumidores

como fonte de conhecimento para inovar.

PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

A pesquisa se dividiu em três etapas, respectivamente: identificação das indústrias têxteis no Paraná, pesquisa exploratória com técnicas qualitativas,

pesquisa quantitativa visando identificar os fatores que contribuem para a

341

ocorrência dos fenômenos ou variáveis que afetam o processo, com elaboração de

questionários.

CONCEITOS ESSENCIAIS

As capacidades dinâmicas estão relacionadas à capacidade adaptativa da empresa em uma situação de ambiente em mutação. Portanto, ao atuar como uma ponte

entre os recursos da empresa e o ambiente de negócios em transformação, as capacidades dinâmicas auxiliam a empresa a ajustar seu conjunto de recursos e,

desta forma, sanando os problemas no círculo de empresas que fazem uso de inovação em seus processos, para assim, manter a sustentabilidade da vantagem

competitiva. As capacidades dinâmicas consolidam a visão baseada em recursos ao introduzir argumentos evolucionários.

Sob o ponto de vista das Capacidades Dinâmicas, Eisenhard e Martin (2000) consideram que a inovação é um processo específico organizacional e estratégico que se constitui em uma capacidade dinâmica da organização. Sendo a inovação

uma capacidade, vale ressaltar que sua operacionalização somente é possibilitada com o suporte de outras capacidades. A capacidade relacional e formação de uma

rede de contatos constituem-se em fatores importantes para a o desenvolvimento da capacidade inovativa.

RESULTADOS Os resultados se direcionaram as oportunidades tecnológicas e estratégicas, pois se observou que o processo de acumulação de conhecimento da indústria têxtil é

visto com baixo nível de oportunidades tecnológicas e de apropriação, relacionado à dependência de fontes externas para inovar, como insumos

químico-petroquímicos e bens de capital. O estudo apontou que as indústrias do Paraná já seguem tendência nacional e procuram agregar valor aos produtos em

busca de novos mercados.

DISCUSSÕES E CONCLUSÕES O Paraná é um grande produtor de marcas, com produtos de altíssima qualidade.

Uma forma de minimizar a concorrência é produzir moda, e não somente roupas, o que reforça a importância de compreender os processos de inovação. (Sindicato

da Indústria do Vestuário do Paraná – SIVEPAR).

Dados do Departamento Econômico da FIEP mostram a dimensão da indústria

têxtil no Estado. As 5.400 indústrias do estado, a maioria micro e pequenas

342

empresas, empregam mais de 89 mil trabalhadores, o que representa 6,8% de

todos os empregados do setor no País. No Paraná, o setor é o segundo que mais emprega entre toda a indústria do Estado.

No que diz respeito às oportunidades tecnológicas e estratégicas, observou-se que o processo de acumulação de conhecimento da indústria têxtil é tido por baixo

nível de oportunidades tecnológicas e de apropriação, o que está relacionado à dependência de fontes externas para inovar, como insumos químico-

petroquímicos e bens de capital, segundo pesquisa realizada pelo PINTEC/IBGE, 2006.

LIMITAÇÕES DO ESTUDO

Um dos problemas mais agravantes para a não adesão do questionário se deve ao

fato das empresas do ramo têxtil do Paraná serem micro e pequenas, segundo dados do IBGE, sindicato das indústrias e Fiep, fazendo com que desistissem no meio do questionário quando as questões começavam a se relacionar com

tecnologia, inovação em processos e comunicação interna ou externa.

Os esforços de inovação na indústria têxtil no Paraná ainda são tímidos e

baseados na compra de máquinas e equipamentos, o que enfraquece a própria estratégia competitiva escolhida o que faz com que abra cada vez mais espaço

para produtos importados. Em relação às oportunidades tecnológicas e estratégicas, observou-se que o

processo de acumulação de conhecimento da indústria têxtil é tido por baixo nível de oportunidades tecnológicas e de apropriação, que está relacionado à

dependência de fontes externas para inovar.

Palavras-chave: Capacidades dinâmicas, coordenação, inovação, indústria têxtil.

REFERÊNCIAS

EISENHARDT, KATHLEEN M.; MARTIN, JEFFREY A. Dynamic Capabilities: what are they? Departamentof Management Science andEngineering, Stanford University, Stanford, California, U.S.A., 2000.

AGÊNCIA BRASILEIRA DE DESENVOLVIMENTO INDUSTRIAL – ABDI. Panorama setorial têxtil e confecção. Brasília: ABDI, 2008 (Série Cadernos da Indústria, Volume V).

343

TEECE, D. J. Dynamic capabilities & strategic management. Oxford University Press, 2009.

AMBROSINI, VÉRONIQUE.; BOWMAN, CLIFF. What are dynamics capabilitiesand are they a useful constructo in strategic mangement?InternationalJournalof Management Reviews, 2009.

RANGEL, A. S; SILVA, M. M. DA; COSTA, B. K. RAI – Competitividade da Indústria Têxtil Brasileira. Revista de Administração e Inovação, v. 7, n. 1, p. 109-126, 2010.

Complexo Educacional FMU São Paulo/SP – 12 e 13 de Novembro de 2015

A PARTICIPAÇÃO DO ASSISTENTE EXECUTIVO NO PROCESSO DE MOBILIDADE GLOBAL DE PROFISSIONAIS NAS EMPRESAS

Tatiane Lima de Moraes - ([email protected])

Esta pesquisa tem por objetivo geral o esclarecimento sobre os aspectos da

mobilidade global no âmbito das organizações, para que os profissionais de secretariado se preparem para ter participação mais efetiva no auxílio a processos logísticos e interculturais de ajustamento para expatriados. Na

introdução do leitor à temática do estrangeiro em território nacional, foram apresentados os diversos órgãos que atuam na estruturação da legislação e das

políticas que tratam do campo das relações internacionais além da participação dessas instituições na logística dos processos de expatriação. A abordagem dos

mecanismos que envolvem os processos de mobilidade global são fatores chave no desenvolvimento da análise para que o leitor possa estabelecer uma conexão

entre o estudo dos recursos disponibilizados por empresas e órgãos do governo que foram mencionados na pesquisa e a implementação dos conhecimentos

absorvidos na rotina empresarial. A motivação para o desenvolvimento do tema surgiu devido ao fato de que a sociedade pós-industrial, a qual pertencemos nos

dias de hoje, carecer de conhecimentos que abordem soluções adequadas às problemáticas atuais inseridas nas organizações. Autores como Mendellhan

afirmam que na sociedade moderna os conceitos que envolvem a mobilidade global e os processos que permeiam a expatriação são pouco abordados em

estudos recentes, bem como a valorização do capital intelectual, que é para muitas empresas um conceito relativamente novo. Desta forma, a proposta do

desenvolvimento do tema é ampliar a visão dos profissionais por meio da compilação de estudos bibliográficos especializados, que agreguem por meio da projeção de ideias e fatos, conhecimentos corporativos pertinentes à realidade

vivida por estes profissionais no ambiente empresarial. Na concepção do tema sobre a evolução das estratégias de mercado das organizações e a busca pelo

capital intelectual estrangeiro, foram relacionadas referências sobre o desenvolvimento da economia globalizada em países emergentes que culminou no

interesse em longo prazo de empresas estrangeiras e respectivamente de profissionais buscando entendimento sobre como expandir o alcance das

organizações para estes mercados e as novas expectativas que envolviam essas oportunidades de negócio. Um dos fatores precursores da evolução estratégica

das empresas em busca de competitividade de mercado descritos por diversos autores e estudos especializados é o avanço dos recursos tecnológicos, que

345

possibilitou a troca de informações entre empresas de todo o mundo em tempo

real, a cooperação entre empresas de diversos países tornou-se parte do cotidiano nos negócios. A análise sobre o avanço na demanda de mão de obra

estrangeira no Brasil também nos permite refletir sobre perspectivas econômicas futuras para o país e nos direciona para uma nova visão de mercado de trabalho

voltada para o desenvolvimento intercultural de profissionais brasileiros e estrangeiros, além da inserção de visão e valores mais voltados para o incentivo

do aprimoramento de mecanismos de cooperação entre essas organizações independentemente de questões relacionadas às fronteiras territoriais. Ainda

sobre a análise dos mecanismos de cooperação entre as organizações, a linha de raciocínio da pesquisa engloba alguns planejamentos estratégicos comuns no

ambiente comercial das empresas, relacionando os fatos que impulsionam as empresas a estabelecerem redes como fusões, aquisições e alianças estratégicas

para a expansão de seus negócios e aumento de sua vantagem competitiva. Também foram analisados mais a fundo os aspectos culturais que envolvem a rotina do expatriado durante a designação internacional e os impactos que podem

ser observados no ajustamento do profissional e de sua família durante o período de adaptação. A observação de padrões sobre as características dos profissionais

que participam das designações internacionais é um ponto importante incorporado ao objeto de estudo. Dados estatísticos compilados do Ministério do

Ministério do Trabalho e Emprego traçam o padrão cultural, intelectual e socioeconômico dos indivíduos que normalmente se candidatam à expatriação

dentro do território nacional. Baseando-se na análise destas informações foi possível descrever com mais propriedade aspectos comuns ao perfil destes

candidatos. Para alcançar o propósito de esclarecimento, a pesquisa caracteriza-se por ser bibliográfica exploratória e descritiva, tendo por métodos e técnicas a

finalidade de entender os fatos analisados. Seguiram-se para a análise os seguintes passos de pesquisa: foram articulados estudos relacionados ao cotidiano

empresarial, adaptabilidade cultural, competências e habilidades do profissional de secretariado, estudos sobre a gestão do conhecimento e do capital intelectual

nas empresas, relações internacionais e leis que tratam do direito dos estrangeiros. Também foram utilizadas como base dados, pesquisas extraídas de

instituições governamentais que fiscalizam os procedimentos e permissões emitidas à diferentes tipos de estrangeiros classificados na legislação brasileira. Estudos relacionados à temática das relações internacionais também contribuíram

para agregar conceitos ao estudo. Tendo em vista que se trata de uma pesquisa em andamento, os dados ainda estão sendo analisados e observados. Até o

presente momento o estudo revelou que o processo de mobilidade global de

346

expatriados no Brasil vem crescendo constantemente à medida que as

organizações evoluem suas estratégias de negócios. O conhecimento aprofundado sobre os diversos recursos disponibilizados e o aprimoramento de habilidades que

competem aos profissionais de secretariado são formas de contribuir para a logística da expatriação, tornando-se essencial para uma designação internacional

bem-sucedida dentro da organização.

PALAVRAS-CHAVE: Mobilidade Global. Expatriado. Globalização. Assistente

Executivo. Capital Intelectual.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

BLACK, Stewart I.; MENDENHALL, Mark; ODDOU, Gary. Toward a comprehensive model of international adjustment: an integration of multiple theoretical perspectives. Academy of Management Review. Vol. 16. No. 2, 291-317. 1991.

CAVUSGIL, S. Tamer; KNIGHT, Gary; RIESENBERGER, John R. Negócios Internacionais: Estratégia, gestão e novas realidades. 1 ed. São Paulo: Pearson Education Inc., 2010.

TREVISAN Jr., Paulo. Oportunidades em tempos de globalização: Mercados inexplorados, dicas de exportação, associações com empresas estrangeiras, casos de sucesso. São Paulo: Editora Nobel, 1998.

Estatísticas do Ministério do Trabalho e Emprego sobre o trabalho estrangeiro no trimestre. Disponível em: ttp://portal.mte.gov.br/data/files/FF8080814F05451F014F3BB0A8CE1EC0/relat%C3%B3rio%20II%20trimestre%20CGIg.pdf.

BONELLI, Regis. Fusões e aquisições no MERCOSUL. Rio de Janeiro. Abril.2000 Disponível em - IPEA Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada. http://www.ipea.gov.br/portal/images/stories/PDFs/TDs/td_0718.pdfhttp://www.ipea.gov.br/portal/images/stories/PDFs/TDs/td_0718.pdf Acesso em: 19/10/2015.

CONCEIÇÃO, Marcela Silva da; SANTOS, Maria Fabiana Silva. Artigo: A consultoria intercultural como oportunidade estratégica de negócio. Revista Comemorativa de Secretariado da UEPA. Paraná. Out.2010, p. 22 a 32. Disponível em: http://pt.scribd.com/doc/39349955/Revista-Comemorativa-de-Secretariado. Acesso em: 19/10/2015.

KLEIN, David A.. A gestão estratégica do capital intelectual: Recursos para a economia baseada em conhecimento. 1. ed. Rio de Janeiro: Qualitymark Editora Ltda., 2012.

PEREIRA, Neuri Amabile Frigotto; PIMENTEL, Ricardo; KATO, Heitor Takashi. Artigo:

347

Expatriação e estratégia internacional: o papel da família como fator de equilíbrio na adaptação do expatriado. Revista de Administração Contemporânea. Vol.9, nº. 4, Curitiba. Out./Dez.2005. Disponível em: <http//www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S141565552005000400004&lang=pt>.

Complexo Educacional FMU São Paulo/SP – 12 e 13 de Novembro de 2015

BI – O QUANTO PODE SER IMPORTANTE COMO FERRAMENTA DE DECISÃO

Aretusa M. Gomes Vieira – Especialista – Faculdade de Informática e Administração

Paulista ([email protected]) Henry Julio Kupty – Mestre e Doutorando em Administração ([email protected])

Ricardo Lerche Eleutério – Mestre em Administração – professor da FMU ([email protected])

RESUMO

A ferramenta de decisão é um tema pertinente para a nossa realidade, onde tudo é dinâmico, as tomadas de decisões precisam ser interativas ao que ocorre na

concorrência. Estratégias estão em plena execução, a eficiência e velocidade de informações pode ser uma ferramenta determinante para o tomador de decisões.

O interesse por esse objeto de pesquisa surgiu devido a mobilidade de informações; hoje não há necessidade de reuniões presenciais. A informação não

só pode, como deve ser acessada por uma plataforma mobile; é um recurso que pode ser utilizado tanto por executivos, como gestores, gerentes e até líderes.

Ela precisa estar disponível e atualizada. No Brasil 98% da composição das empresas são formadas por pequenas e médias, ou seja, significa que existe um

vasto mercado e em franca expansão; as boas práticas de negócios como planejamento e otimização de recursos de curto, médio e longo prazo também

podem ser previstas e estruturadas nesses nichos de mercado, independentemente de seu segmento; uma tendência mercadológica é a

inovação, então há que se dedicar mais tempo em pesquisas de mercado, informações de clientes e suas necessidades, focando o ambiente externo e os processos burocráticos internos que demandam tempo, dedicação e com o uso de

tecnologias como grande parceira facilitadora, como ERP, CRM, BI e SMA, por exemplo, na transformação de dados em informações.

Palavras-chave: Inteligência de Negócios, vantagem competitiva, tomada de decisão.

INTRODUÇÃO

Um assunto atual e dinâmico nos núcleos que contemplam a formação de dados,

que no decorrer deste artigo, trazemos algumas explicativas relacionadas às

349

terminologias utilizadas hoje nas empresas. Os desafios são enormes, como

operações que estão sendo executadas via internet, ferramentas de análise de informação são mais que essenciais, as empresas precisam saber usar a

informação em favor do negócio. Mas, do que adianta ter um acumulado de dados armazenados, transformar esses números em informações se não se tornar um

diferencial e se ela não for tratada? O mais importante é saber interpretar os números que foram gerados.

A hipótese desse trabalho é descobrir se os estudantes universitários conhecem as ferramentas de decisão. O objetivo geral do trabalho é constar o conhecimento

das ferramentas junto aos estudantes universitários. Serão feitas pesquisas quantitativas para análise desse trabalho.

E é dessa forma, que a ferramenta de apoio decisão BI vem sendo classificada, como a terceira onda tecnológica, sendo precedida pelas anteriores, ERP

(Enterprise Resource Planning) que tem a função de demonstrar a visão integrada de uma organização e o CRM (Consumer Relationship Management), atuando na gestão de relacionamento com cliente. Considerando o que foi descrito e

previamente apresentado. A pesquisa junto aos universitários buscará entender se ao menos, eles têm entendimento sobre ERP.

SISTEMAS DE APOIO A DECISÃO

O indicador de resultado analisa o passado; não pode ser alterado, e, a partir dos

dados já existentes, pode-se fazer uma simulação de qual deveria ser o novo projeto ou próximo objetivo a ser alcançado; assim os fatores de análise e

projeção impactarão nos resultados futuros.

O mercado tem usado o termo KPIs (Key Performance Indicators) para as

principais variáveis que estão de forma mais eficiente, direcionando as ações para alcance dos objetivos definidos e alinhados com a missão e visão da empresa.

Toda empresa, independentemente do segmento, precisa saber quem são seus stakeholders e de que maneira influenciam nas ações da organização. Para

ilustrar, a seguir, alguns exemplos de stakeholders, as formas de influência e os indicadores de desempenho. Tais indicadores, geralmente vêm através de

ferramentas de apoio à decisão.

350

Quadro 1 - Indicadores para medir o desempenho da organização em relação ao objetivo Stakeholder Meios Indicadores de Desempenho Clientes Preço

Qualidade Variedade de produtos Rapidez de entrega Confiabilidade no prazo de entrega Inovação dos produtos

Preço de venda do varejo. Nível de satisfação dos clientes. Tempo de atendimento de um pedido. Nº de pedidos entregues no prazo e atraso médio. Participação de novos produtos no faturamento.

Empregados Moral Segurança do trabalho Salários Crescimento pessoal e profissional

Turnover. Nº de acidentes. Salário médio em relação ao mercado. Treinamento e nº de pessoas treinadas no mesmo período.

Acionistas Dividendos Valorização do patrimônio

Lucro. Valorização da ação no período.

Fornecedores Parceria Volume de transações Preço de compra

Nº de pedidos recebidos, de itens fornecidos num período de tempo e de devoluções. % de participação do fornecedor no total gasto. Preço médio do item.

Sociedade Preservação do meio ambiente.

Nº de ocorrências ambientais e valor das multas recebidas.

Fonte: (GARVIN, D.A. 1998)

As plataformas de tomadas de decisão que estarão no questionário, inicialmente,

são: O ERP é uma plataforma de software que foi criada para integrar todos os processos e dados em um único sistema. (YU, 2011). Já o CRM oferece um

tratamento mais personalizado tem o objetivo de compreender o cliente e desenvolver produtos mais adequados às necessidades dele. Deve ser usada com

uma postura corporativa e não como uma simples ferramenta de tecnologia (PERIN, 2010).

CONCLUSÃO

Decidir definitivamente não é uma tarefa simples. O que podemos fazer para

tornar esse processo mais ágil, dinâmico e interativo é facilitar o acesso de dados que se transformam rapidamente em informações, que bem estruturadas podem

contribuir na interpretação para o melhor direcionamento e alternativa dentre as possibilidades mapeadas.

351

O ambiente organizacional é complexo, diferentes interesses em diferentes áreas

levam a diferentes critérios. Para que a utilização com efetividade aconteça, ferramentas de apoio como B.I, por exemplo, precisam fazer parte da estratégia

das empresas, que precisam se preocupar com a gestão da informação. É um exercício interno: as empresas precisam se conhecer melhor, saber quais são seus

pontos fracos para poder desenvolver, melhorar e potencializar os pontos fortes. É de extrema importância, conhecer o mercado, quais são as tendências,

oportunidades e variações, sejam políticas, tecnológicas, mercadológicas ou de qualquer outra natureza.

Assim, tendo todas as informações estruturadas, efetuando manutenções preventivas e corretivas, nos hardwares e softwares, fazendo bom uso do B.I a

empresa terá outra postura e posicionamento no mercado.

O artigo pretende apresentar o conhecimento e quais ferramentas de decisão com

alunos universitários conhecem e utilizam. As limitações desse trabalho será a amostra selecionada em uma única universidade da cidade São Paulo, em diferentes cursos. Novos estudos poderão ser feitos com amostra de pesquisa

maior e outros programas de tomadas de decisão. O artigo investigará o nível de conhecimento de futuros profissionais acerca de ferramentas tão importantes.

REFERÊNCIAS

DAVID, A. Garvin. Managing Quality, New York, Free Pass, 1998.

PERIN, Edson. TI para negócios, São Paulo, Netpress Books, 2010.

YU, Abraham Sin Oih (Coordenador) Tomada de decisão nas organizações, São Paulo, Saraiva, 2011.

Complexo Educacional FMU São Paulo/SP – 12 e 13 de Novembro de 2015

GOVERNANÇA CORPORATIVA EM HOSPITAIS PARTICULARES

Márcio Miguel Acevedo – ([email protected])

Palavras-chave: Governança Corporativa, Hospital, Sucessão.

INTRODUÇÃO

Governança Corporativa consiste em gerir as organizações de forma

compartilhada com todos os stakeholders. As Boas Práticas de Governança Corporativa envolvem harmonizar os interesses dos stakeholders com os objetivos

de preservação e otimização da empresa, de modo que ela tenha uma vida longeva.

Este estudo trata da Governança Corporativa no setor da Saúde, o foco principal da pesquisa são os hospitais de médio porte no Estado de São Paulo. De um modo

simples, pode-se definir a Governança Corporativa como um sistema ou um conjunto de regras que visam direcionar os negócios de uma empresa e mitigar os

problemas de agência (CARVALHO, 2002).

A visão dominante caminha para uma concepção mais ampla da governança

corporativa, seguindo os princípios da OCDE e a Lei Sarbanes-Oxley, que incluem um sistema tanto de controle e accountability (transparência de resultados) como

de transparência de gestão, tanto interno como externo às empresas, visando garantir a criação de mecanismos de auditoria e segurança confiáveis, incluindo regras para a criação de instâncias encarregadas de supervisionar suas atividades

e operações, de modo a mitigar riscos aos negócios, evitar a ocorrência de fraudes e assegurar que haja meios de identificá-las quando ocorrem (ROSSETTI,

ANDRADE, 2012).

No setor de saúde brasileiro, a grande maioria das empresas é de capital fechado.

De acordo com os dados do Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde, no Brasil existem 6.654 hospitais, desses 30% são públicos e 70% são particulares, ou

seja, existem 4.658 hospitais privados, sendo que destes, 1.658 são sem fins lucrativos e 3.000 são com fins lucrativos (CNES, 2015).

Esta pesquisa alinha-se com os recentes estudos sobre governança corporativa em empresas de capital fechado, como é o caso do Caderno de Boas Práticas de

353

Governança Corporativa para Empresas de Capital Fechado, editado em dezembro

de 2014 pelo IBGC.

Desta forma este trabalho visa contribuir e agregar conhecimento aos estudos na

área de Administração e Governança Corporativa.

OBJETIVO GERAL

O objetivo deste estudo é identificar fatores determinantes para que os hospitais particulares adotem boas práticas de governança corporativa. Esse objetivo se

desdobra nas seguintes questões de pesquisa:

Questão 1: Que boas práticas de governança corporativa são adotadas e evitadas

pelos hospitais particulares?

Questão 2: Quais são os fatores para a adoção ou não das boas práticas de

governança corporativa pelos hospitais?

Questão 3: Dentre as boas práticas de governança corporativa adotadas, quais foram os impactos (positivos ou negativos) percebidos pelos proprietários e

gestores dos hospitais a partir da adoção de práticas de governança corporativa?

METODOLOGIA

Para responder a essas perguntas planeja-se a realização de um estudo qualitativo, de múltiplos casos com hospitais privados de propriedade familiar no

Estado de São Paulo. Serão realizadas entrevistas semiestruturadas com proprietários e gestores. O método escolhido para este estudo foi o de grounded

theory.

Segundo Yin (2005, p. 32) “O estudo de caso é uma investigação empírica que

investiga um fenômeno contemporâneo dentro de seu contexto da vida real, especificamente quando os limites entre o fenômeno e o contexto não estão

claramente definidos. ”

Conforme Glaser e Strauss (1967), Grounded Theory, ou Teoria Fundamentada nos

Dados, é uma metodologia de pesquisa qualitativa, que se baseia na análise de dados colhidos da realidade, com intuito de acrescentar novos conceitos as

teorias existentes.

354

A grounded theory é indicada quando existem aspectos pouco explorados no

campo teórico e que sugerem a elaboração de novas teorias que possam ser testadas em estudos futuros (EISENHARDT; GRAEBNER, 2007).

RESULTADOS E DISCUSSÃO

A empresa da área hospitalar se difere muito em relação a outras empresas desde

de sua importância pois presta um serviço primordial ao bem-estar da população até sua constituição com os diversos setores muito específicos, tais como:

Emergência, Ambulatório, CC, UTI, SADT, SND, entre outros (CASTRO, 2007).

Os hospitais são empreendimentos complexos pela sua própria natureza,

necessitam de um alto e frequente valor de investimento devido as constantes inovações tecnológicas da área da saúde, possuem uma concorrência acirrada e

além disso, uma grande parte dos hospitais particulares são empresas familiares ou multifamiliares, que tiveram sua origem nas décadas de 1960 e 1970 estando agora muitos deles em fase de sucessão, tudo isto os tornam empreendimentos de

alto risco no que tange a perenidade (SOUZA, 2014).

Os resultados parciais mostram que as empresas do setor buscam se adequar ao

sistema de governança corporativa de forma tardia e quando já se instalaram conflitos sucessórios e a primeira geração está se retirando da empresa.

Alguns hospitais da amostra foram vendidos para uma grande rede de hospitais que possui capital estrangeiro, segundo os proprietários a negociação foi baseada

numa questão de mercado, mas também acreditam que se a empresa tivesse um sistema de governança corporativa mais robusto, provavelmente o desfecho de

empresa seria outro. Do ponto de vista dos gestores não houve transparência na negociação e muitos gestores e colaboradores foram demitidos.

CONCLUSÃO

A priori as pesquisas indicam que os hospitais particulares são empresas muito

especializadas e consequentemente são mais frágeis do que empresas de outras áreas.

A adoção de um sistema de governança corporativa pelos hospitais particulares é uma prática que pode definir sua perenidade e sustentabilidade.

355

A adoção das melhores práticas de governança corporativa agrega valor à

empresa, traz maior transparência e confiabilidade a todos os Stakeholders, mesmo que haja a possibilidade de aquisição por terceiros, essa negociação se

dará de forma mais natural e com menos traumas para todos os envolvidos.

LIMITAÇÕES DO ESTUDO

A quantidade de entrevistas efetuada são um fator limitante aos resultados da pesquisa, visto que não poderão ser generalizados para todos os hospitais, embora

perceba-se que os problemas enfrentados pelos hospitais estudados pareçam ser muito comuns as empresas que tenham perfis semelhantes.

REFERÊNCIAS

CARVALHO, Antônio Gledson de. Governança corporativa no Brasil em perspectiva. Revista de Administração, São Paulo, v.37. n.3, p.19-32, julho/setembro 2002.

CASTRO, Carlos Infante de. Tema em Debate: Análise de Resultados. In: Josier Marques Vilar (Org). Governança Corporativa em Saúde: Receita de Qualidade para Empresas do Setor. São Paulo: Mauad X, 2007. P. 46-55.

CONSELHO NACIONAL DE ESTABELECIMENTOS DE SAÚDE. Dados Datasus. Disponível no site do CNES: http://cnes.datasus.gov.br/

EISENHARDT, Kathleen.; GRAEBNER, Melissa E.. Theory Building from Cases: Opportunities and Challenges. Academy of Management Journal, v. 50, n.1, 25–32, 2007.

GLASER, Barney G.; STRAUSS, Anselm L.. The discovery of grounded theory: Strategies for qualitative research. London: Wiedenfeld and Nicholson. 1967.

INSTITUTO BRASILEIRO DE GOVERNANÇA CORPORATIVA. Código das Melhores Práticas de Governança Corporativa. 4. ed. - São Paulo: IBGC, 2009

ROSSETTI, José Paschoal; ANDRADE, Adriana. Governança Corporativa: Fundamentos, Desenvolvimento e Tendências. 6.ed. – São Paulo: Atlas, 2012.

SOUZA, Paulo M. Senra. A saúde no Brasil na visão de um médico gestor. In: Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (Org.). Governança Corporativa em Saúde. São Paulo: Saint Paul, 2014. p. 131-150.

YIN, Robert K. Estudo de caso: planejamento e métodos. trad. Daniel Grassi, v. 2, 2005.

Complexo Educacional FMU São Paulo/SP – 12 e 13 de Novembro de 2015

RELAÇÕES DO TRABALHO - INFLUÊNCIAS DAS RELAÇÕES DE TRABALHO NO CENÁRIO LEGAL E COMPORTAMENTAL.

Jussiara Armando da Silva – ([email protected]) Ingrid Aparecida da Silva

Maísa Bruno do Nascimento

As relações de trabalho são os vínculos que se estabelecem no âmbito do trabalho. De uma forma geral, fazem referência às relações entre o trabalho/ a

mão-de-obra (que presta o trabalhador) e o capital (pago pela entidade empregadora) no âmbito do processo de produção.

Com o crescente avanço da globalização, percebe-se que as organizações necessitam adaptar o seu ambiente coorporativo, antecipando-se a possíveis

mudanças que possam contribuir para sua permanência no mercado, podendo-se notar esse fato, devido as constantes inovações do mundo tecnológico. Ao mesmo

tempo, torna-se necessário não apenas observar o cenário externo, as organizações precisam acompanhar de perto seu ambiente interno,

principalmente as pessoas que a compõe, visto que esse recurso é essencial para o desenvolvimento da empresa como um todo, pois nada adiantará investir em

recursos materiais, tecnológicos e financeiros se não houver um capital intelectual habilitado para lidar com esses fatores.

No entanto, para que haja uma afinidade entre as pessoas e a organizações é de suma importância estabelecer uma estreita ligação entre ambos a fim de deixar

bem claro seus objetivos, que poderão ser distintos, isso porque tanto as pessoas como as organizações possuem culturas diversas.

Assim, para medir a relação entre empregado x empregador e melhor entender, este estudo irá procurar identificar os fatores que se caracterizam como determinantes, discursando o conceito de relações do trabalho, as políticas e

práticas jurídicas, os efeitos do contrato de trabalho, jornada de trabalho, remuneração e o conceito de suspensão e interrupção do contrato de trabalho e

seus efeitos.

Atualmente, o mundo está altamente globalizado e competitivo, onde as

empresas precisam cortar seus gastos ao máximo para continuarem vivas. No Brasil, grande parte dos gastos do setor empresarial vem da folha de pagamento,

temos como legislação trabalhista a Consolidação das Leis do Trabalho, que não vem sendo cumpridas. Problemas existentes para que se estabeleçam de forma

357

cordial as relações trabalhistas, além de onerar e muito tanto os empregadores

quanto empregados.

Diante deste contexto, levanta-se a seguinte pergunta de pesquisa: Como se

desenvolvem as relações do trabalho nos dias de hoje?

Nesse contexto, torna-se pertinente conhecer os principais trabalhos que tratam

do tema Relações do Trabalho – Influência das relações de trabalho no cenário legal e comportamental, motivo pelo qual, a presente investigação tem como

objetivo, realizar um estudo, tendo como bases de pesquisa bibliografias renomadas e artigos publicados referentes a este tema.

Diante de um ambiente organizacional formado de pessoas, que atuam constantemente em diversos setores com necessidades e desejos individuais, isso

porque cada um possui culturas diferentes, objetivos distintos, que atendidos, o colaborador tende a ficar motivado e consequentemente produzirá um reflexo

positivo no ambiente de trabalho, contribuindo para um clima organizacional favorável.

Acreditando na importância do tema para o mundo dos negócios o presente

trabalho será desenvolvido para fornecer sustentação teórica a respeito de estudos sobre o tema para que as organizações permaneçam competitivas no

mercado, a valorização de fato seu cliente interno, buscando conhecer ao máximo o seu colaborador e o seu grau de satisfação, pois se torna evidente que

são eles que buscam o maior patrimônio da empresa, os clientes externos.

Portanto diante de um ambiente cada vez mais competitivo, as empresas

precisam estar focadas em um de seus principais recursos, as pessoas, hoje vistas como parte essencial para o desenvolvimento organizacional.

Para elaborar este trabalho, inicialmente, serão analisados os melhores meios para se pesquisar e apresentar as informações sobre este estudo. Em seguida,

partir para uma análise teórica, do material disponível para consulta relacionado ao assunto, verificando dessa maneira, os aspectos mais relevantes e os mais

recentes diretamente ligados ao tema, ou seja, os aspectos sociais e administrativos organizacional. Por fim, evidenciar todo o sistema de gestão para

as práticas de relações do trabalho, passando por cada ferramenta utilizada, além de mostrar os meios de controle para acompanhamento dos processos.

358

A realização deste trabalho nos possibilitará o conhecimento sobre o tema e uma

prévia do seu embasamento jurídico e social no Brasil.

Verificar se a necessidade de conhecer melhor os fatores associados em prol do

trabalhador Brasileiro, sensibilizando Gestores de pessoas/RH sobre o tema e principalmente de forma a oferecer melhores condições de trabalho aos

profissionais e, consequentemente, melhorar a qualidade dos serviços prestados.

REFERÊNCIAIS

SCHWARZ RODRIGO GARCIA. Direito do trabalho, CAPÍTULO 3 - Relações de trabalho e Relações de emprego.

AMARAL MARIA VIRGÍNIA BORGES. Discurso e Relações de Trabalho, Editora Edufal, 2005.

Complexo Educacional FMU São Paulo/SP – 12 e 13 de Novembro de 2015

A INFLUÊNCIA DAS CONEXÕES POLÍTICAS NO CUSTO DE CAPITAL E NO DESEMPENHO DAS EMPRESAS BRASILEIRAS LISTADAS NA

BM&FBOVESPA Jaison Caetano Silva - Mestrando do Programa de Pós-graduação em Administração da

Universidade do Sul de Santa Catarina ([email protected]) Cinara Gambirage - Mestrando do Programa de Pós-graduação em Administração da

Universidade do Sul de Santa Catarina ([email protected]) Wlamir Gonçalves Xavier - Professor Dr. do Programa de Pós-Graduação em

Administração da Universidade do Sul de Santa Catarina ([email protected])

OBJETIVOS DO ESTUDO

Desde a nova constituição (1988), o Brasil apresenta avanços políticos e

econômicos, entretanto o governo ainda faz intervenções consideráveis na política econômica e na alocação de recursos. Dada a importância desse ator na

economia, as empresas podem desenvolver estratégias para se conectar com o intuito de suplantar vazios institucionais, obter recursos e melhorar seu

desempenho. Tal relação é ilustrada na Figura 1, a seguir.

Figura 1 – Modelo conceitual proposto. Fonte: elaborada pelos autores (2015).

Diante disso, esse estudo se propõe a mensurar a influência das conexões

políticas no custo de capital e no desempenho das empresas brasileiras listadas na BM&FBovespa, compreendendo cinco ciclos eleitorais, mais especificamente nos

anos de 1998 a 2014.

360

RELEVÂNCIA DA PESQUISA

Pesquisadores têm desprendido esforços com o intuito de medir o valor da relação empresa-governo, entretanto, a literatura tem apresentado resultados ambíguos

e aponta a necessidade de aprofundar a discussão para o melhor entendimento acerca do tema, dado que os estudos até então se mostraram inconclusivos em

relação a vários aspectos. Além disso, a ampliação do período analisado e o uso de ferramental estatístico mais elaborado pode ser útil para solucionar limitações

de modelos mais simples, notadamente a endogeneidade dos modelos e multicolinearidade das variáveis utilizadas (CAMILO, MARCON E BANDEIRA-DE-

MELLO, 2012).

Com isso, o presente estudo agrega-se à temática, mapeando os principais

trabalhos e evidenciando suas metodologias e resultados, ampliando o período pesquisado, atualizando os dados das conexões políticas, incluindo no modelo empírico variáveis explicativas e dependentes sugeridas pelos autores e até então

não aplicadas e utilizando ferramental estatístico mais elaborado.

METODOLOGIA

Metodologicamente o estudo enquadra-se como uma pesquisa empírica, descritiva, explicativa, quantitativa, longitudinal e incorpora o método

hipotético-dedutivo. No que tange ao objeto de estudo, foi considerado como população as empresas listadas na BM&FBovespa e como amostra o conjunto de

empresas não financeiras, no período de 1998 a 2014. A escolha de empresas listadas em bolsa se deve ao fato da confiabilidade e do acesso aos dados.

As variáveis dependentes, independentes e de controle fundamentam-se conforme elucidado nos Quadros a seguir:

Quadro 1 - Variáveis dependentes

Variável Significado e mensuração

Alavancagem financeira Expressa quanto a empresa se capitalizou através da razão das dívidas totais contábeis e o valor contábil do Patrimônio Líquido.

Custo do capital terceiros Expressa o custo da dívida adquirida através

da Razão do valor dos juros pagos e a dívida

361

total.

Desempenho dos ativos (ROA) Expressa a rentabilidade dos ativos através

da razão do lucro líquido e o ativo total.

Desempenho dos investimentos (ROE)

Expressa a rentabilidade dos acionistas

através da razão do lucro líquido e o patrimônio líquido.

Desempenho de mercado

(Market-to-book)

Expressa o valor da empresa, com base nas ações, através da razão do valor total de

mercado das ações e o valor contábil do patrimônio líquido.

Fonte: elaborada pelo autor (2015).

Quadro 2 - Variáveis independentes

Variável Significado e mensuração

Doação

(i) o valor monetário da contribuição (forma logarítmica) que a empresa registrou no Tribunal Superior Eleitoral. E zero indica que não houve doação registrada; (ii) a variável dummy candidato vencedor: igual a 1 se o candidato foi eleito e zero significa o oposto.

Firma com ex-político na Administração

Identifica se os membros do conselho de administração são ou foram ex-funcionários do governo ou políticos. Variável dummy igual a 1 se possui membro da administração com experiência política e zero se não.

Firma com interlocking político

Identifica o compartilhamento de membros do conselho de administração com experiências. A variável dummy igual a 1 se possui membro da administração com experiência política compartilhada interfirmas e zero se não.

O governo como acionista minoritário

Indica se o governo possui ações de forma minoritária da empresa. A variável dummy igual a 1 indica se o governo possui participação menor que 10% na empresa e zero o oposto.

Fonte: elaborada pelo autor (2015).

362

Quadro 3 - Variáveis de controle

Variável Significado e Mensuração

Reformas de

mercado

Expressa o nível de implementação das reformas de mercado

através do índice de liberdade econômica da Heritage Foundation. O índice varia de 0 a 100 e quanto mais próximo

de 100, maior o grau de implementação.

Tamanho da

empresa

Expressa o porte da empresa através da receita bruta

convertida em logaritmo natural.

Tamanho do

conselho

Expressa a conexão da empresa com o ambiente externo

através do logaritmo natural no número de membros do board.

Capital controlador

Indica a origem do capital controlador através de dummy, atribuindo 1 quando associada à determinada categoria e 0

às categorias não associadas.

Setor da Economia

Indica o setor da economia em que a empresa está inserida através de dummy, atribuindo 1 para quando associada a

determinado setor da economia e 0 para os setores não associados.

Fonte: elaborada pelo autor (2015).

A coleta de dados é secundária. No site do TSE foram coletadas as contribuições de campanha das empresas e dos membros da administração a partidos e a

candidatos. No software Economática®, coletou-se as informações acerca do controle de propriedades das empresas. Na base Infoinvest®, foram coletados dados a respeito da experiência política dos conselheiros. Já com base nos dados

da BM&FBovespa, foram coletados dados econômico-financeiros das empresas. Ressalta-se que os dados estão coletados e a próxima etapa diz respeito ao

tratamento dos dados e redação final estudo.

Para análise e interpretação dos dados será utilizado a técnica econométrica de

dados em painel. Para a estimação dos modelos, optou-se em utilizar a ferramenta estatística Stata/SE® na versão 13.0. Serão utilizadas técnicas

descritivas de regressão e correlação, testes de normalidade multivariada,

363

método de efeitos fixos (fixed effects- FE) e efeitos aleatórios (random effects –

RE). Por meio de testes de robustez, disponibilizada pelo programa Stata/SE®, buscar-se-á verificar a questão do controle da heteroscedasticidade.

RESULTADOS ESPERADOS

Com a efetivação da pesquisa, espera-se poder mensurar a influência das

conexões políticas no custo de capital e no desempenho das empresas e ainda poder fazer inferências estatísticas no resultado obtido, visto que o arcabouço

teórico sinaliza a redução do custo de capital e melhora do desempenho das empresas conectadas, podendo essa hipótese ser corroborada ou refutada.

REFERÊNCIAS

CAMILO, Sílvio Parodi Oliveira; MARCON, Rosilene; BANDEIRA-DE-MELLO, Rodrigo. Conexões políticas e desempenho: um estudo das firmas listadas na BM&FBOVESPA. RAC: Revista de Administração Contemporânea, v. 16, n. 6, p. 784-805, 2012.

CLAESSENS, Stijn; FEIJEN, Erik; LAEVEN, Luc. Political connections and preferential access to finance: The role of campaign contributions. Journal of Financial Economics, v. 88, n. 3, p. 554-580, 2008.

INOUE, Carlos; LAZZARINI, Sergio; MUSACCHIO, Aldo. Leviathan as a Minority Shareholder: Firm-Level Implications of Equity Purchases by the State. Academy of Management Journal, v. 56, n. 6, dez. 2013.

XAVIER, W. G.; MELLO, R. B.; MARCON, R. Institutional environment and Business Groups' resilience in Brazil. Journal of Business Research, v. 67, n. 5, p. 900-907, 2014.

Complexo Educacional FMU São Paulo/SP – 12 e 13 de Novembro de 2015

DESEMPENHO DAS EMPRESAS GANHADORA DO PRÊMIO NACIONAL DA QUALIDADE (PNQ), NO CENÁRIO DA GOVERNANÇA CORPORATIVA:

UM ESTUDO COMPARATIVO Maria do Carmo Oliveira – Complexo Educacional FMU ([email protected])

Alessandro Marco Rosini - Complexo Educacional FMU ([email protected])

RESUMO

Este estudo retrata o desempenho das empresas ganhadoras do Prêmio Nacional

da Qualidade - PNQ, a partir da análise dos seus indicadores de desempenho econômicos e financeiros, no cenário da Governança Corporativa.A governança

corporativa vem trazendo contribuições para instrumentalizar as organizações,nas tomadas de decisões estratégicas e nos controles operacionais. Através dos

códigos de boas práticas da governança corporativa, implementando a gestão de riscos e alinhando as decisões e processos aos princípios de transparência,

equídade, prestação de contas e responsabilidade corporativa.Esses pilares são os sustentáculos para a condução de direção das organizações no cenário de negócios.Adotar boas práticas tem se tornado uma condição mercadólogica

estratégica, para validar o gerenciamento de recursos humanos e tecnologicos das organizações e transformá-los através de modelos de gestão eficazes em

resultados significativos que melhorem o valor e o desempenho da corporação.Assim o modelo de gestão adotado pela governança corporativa e o

modelo de excelência em gestão adotado pelo PNQ, demosntram o alinhamento e fortalecem a imagem, desempenho e posisionamento das empresas. Trata se de

um estudo quanti – quali aplicado junto as empresas ganhadoras do Prêmio Nacional de Qualidade, dos anos de 2011, 2012 e 2013.A pesquisa quantitativa,

aborda os estudos pertinentes ao desempenho economico e financeiro das organizaçoes,examinando sua performance nos ultimos anos, avaliando a

evolução economica e financeira atraves de seus indicadores empresariais das ganhadoras do Prêmio Nacional da Qualidade – PNQ,verificando os resultados

posteriores e anteriores à premiação.Olhando para os indicadores de desempenho econômicos e financeiros publicados no balanço patrimonial. Os indices de

liquidez e rentabilidade foram objetos de estudo,através da aplicação da ferramenta Análise Envóltoria de Dados- DEA. A liquidez corrente e a liquidez

geral a fím de que possamos analisar o comportamento dos indices da empresa em relação a sua capacidade de pagamento. Já o indicadores referentes a rentabilidade investigados no estudo, nos demosntram como a organização pode

ser entendida olhando para aspecto economico e de seus investimentos.

365

Percebemos a existência de similaridade em relação aos principios da

governança corporativa dos pilares de prestação de contas , transparência e reponsabilidade corporativa. Foram efetuados estudos objetivando medir a

evolução a partir do acompanhamento de indicadores do balanço patrimonial do periodo de três anos, ano da premiação e posteriores e anteriores ao recebimento

do prêmio. A ferramenta Analise Envoltória de Dados - DEA, que nos permitiu atuar com progressões lineares capazes de identificar as fronteiras de eficiência

nos indicadores de desempenho estudados.A pesquisa Qualitativa foi aplicada junto aos avaliadores do Prêmio Nacional da Qualidade, e buscou saber como são

percebidos os dados apontados via relato das empresas candidatas, como acontece as visitas a validação dos dados informados pela empresa candidata ao

PNQ e a transformação de dados em relatos técnicos, realizados pelos avaliadores do prêmio. A pesquisa buscou conhecer os bastidores do processo de avaliação,

indagando por experiências, emoções, impressões percebidas quando da visita de avaliação nas empresas da amostra deste estudo, que compreende o perído de 2011, 2012 e 2013. Foram realizados estudos comparativos ao desempenho entre

as ganhadoras e empresas não ganhadoras do PNQ. Manter a empresa em patamares de excelência é uma exigência do mercado corporativo. Os modelos de

excelência em gestão são usados estrategicamente pela Governança Corporativa através das boas práticas, na direção das estratégias, nas tomadas de decisões,

desenvolvimento de controles e indicadores financeiros, que permitem ao conselho a condução de caminhos na busca do desempenho organizacional. O

resultado demonstrou um alinhamento entre alguns critérios do modelo de excelência em gestão adotado pelo PNQ e as boas práticas da governança

corporativa do IBGC. A investigação acerca das empresas ganhadoras do PNQ se sobressaírem em relação as não ganhadoras, através do uso da análise envoltória

dos dados DEA, em relação as premiadas de dois mil e doze houve demonstrações que situam as empresas ganhadoras do prêmio na fronteira de

eficiência. As questões referentes a governança corporativa e seus pilares de transparência, equidade, prestação de contas e responsabilidade corporativa e o

tratamento dado pelos critérios de avaliação do modelo de excelência adotado pelo PNQ, constatou-se junto aos documentos avaliados da premiação que existe

o alinhamento. A contribuição desse estudo demonstra o quanto as premiações ligadas a gestão da qualidade , neste modelo de excelência em consonância com a governança corporativa estimulam o desempenho positivo das organizações,

desmistificando o mito de que as premiações são apenas para fins de marketing.As limitações dessa pesquisa estão no período de avaliação pós

366

premiação ser de apenas doze meses,o que sugere novos estudos acerca da

premiação e modelos de excelência em gestão.

Palavras-chave: Governança Corporativa. Desempenho.Prêmio Nacional da

Qualidade.

REFERÊNCIAS

FERREIRA, Carlos Mauricio de Carvalho, GOMES, Adriano Provezano. Introdução à Analise Envoltória de Dados:Teorias,Modelos e Aplicações.Editora UFV-Universidade Federal de Viçosa.Viçosa-MG.2009.

FNQ-FUNDAÇÃO Nacional da Qualidade: Critérios de Excelência: Avaliação diagnostico da Gestão Organizacional.20 ed – São Paulo – SP, 2014.

IBGC-INSTITUTO Brasileiro de Governança Corporativa. Código das Melhores Práticas de Governança Corporativa. 4 ed. São Paulo, 2009.

JENSEN, M. C; Meckling, W. H. Theory of The firm:managerial bebavior, agency costs and ownership struture. Journal of Financial Economics , v3 1976.

SILVEIRA, Alexandre di Miceli da. Governança Corporativa e Estrutura de Propriedade:Determinantes e Relação com o Desempenho das Empresas do Brasil.Saint Paul Editora Ltda.São Paulo.2006.

GODOY, Arilda Schmidt – introdução a pesquisa qualitativa e suas possibilidade – RAE - Revista de Administação de Empresas.São Paulo,v.35,n.2.p57-63 mar./abril.1995.

Complexo Educacional FMU São Paulo/SP – 12 e 13 de Novembro de 2015

UMA DISCUSSAO SOBRE TAXA DE CAMBIO A PARTIR DO MODELO KEYNESIANO BASICO

Karyne Martins Araujo - ([email protected])

OBJETIVO

§ Analisar o mercado de câmbio e suas implicações na renda nacional a partir

do modelo keynesiano básico;

§ Evidenciar o desenvolvimento nacional segundo Keynes;

§ Entrar na discussão sobre taxa de câmbio, crescimento e desindustrialização no Brasil.

RELEVÂNCIA DA PESQUISA

Esta pesquisa consiste em estudar o mercado de câmbio e o crescimento econômico a partir do modelo keynesiano básico. Para isto contrastamos a

recente discussão sobre o mercado de câmbio e PIB em declínio na economia brasileira pautada por Bresser Pereira (2011,2013), Oreiro e Ferrari Filho (2013).

A teoria keynesiana foi desenvolvida no período da crise de 1929, devido ao elevado volume de desemprego e a crise econômica da época. Keynes acreditava

que mantendo a taxa de câmbio em equilíbrio era possível exportar mais, possibilitando o desenvolvimento do país, uma vez que as exportações geram

empregos, visto que os exportadores são em sua maioria a indústria, portanto aumentaria o PIB. Havendo conjuntamente investimentos adequados ou

adequação dos investimentos, seria possível ofertar bens e serviços em larga escala “gerando novos e mais empregos”. E para isso acontecer seria necessária

uma reformulação de conceitos econômicos políticos e fiscais, para alcançar a regulamentação dos recursos levando assim ao desenvolvimento nacional e pleno

emprego, se utilizando da seguinte equação de demanda agregada, para dimensionar o PIB.

368

Y=C+I+G+X-M ou (Z).9 Y=a+by+I+G+X-u-vy.10 Y= 1 x (a+I+G+X-u) gastos autônomos (1-b+v) multiplicador dos gastos autônomos 11

A taxa de câmbio anda de mãos dadas com o desenvolvimento econômico, uma vez que o câmbio é o preço de referência para negociações nos setores de

importação e exportação, é importante que a taxa cambial seja alta, ou seja, uma moeda desvalorizada, com relação ao dólar para aumentar o volume de

produção de bens e serviços exportáveis aquecendo a economia interna estimulando a geração de empregos.

O governo precisa das empresas para manter-se, é delas que surge a renda dos trabalhadores (famílias), que por sua vez geram consumo, investimento,

poupança e impostos por isso a necessidade de atingir o pleno emprego. Uma família que trabalha e ganha bem, isso em âmbito nacional é sinal de pais em desenvolvimento.

METODOLOGIA

Revisão bibliográfica e análise comparativa de dados e artigos científicos.

CONCEITOS ESSENCIAIS

Este projeto apresenta a analise comparativo do mercado de cambio, sua relação

com o PIB e seus impactos na balança comercial, com base na teria keynesiana básica, seu conceito de desenvolvimento econômico social e obtenção do pleno

emprego em nome do bem comum.

9 Y= Demanda Agregada, C= Consumo, I= Investimento, G= Gastos do Governo, X= Exportações e M(Z) = Importações.

10 C= a+by (propensão marginal a consumir) e Z= u+vy (propensão marginal a importação).

11 Modelo baseado no livro de FROYEN, Richard P. 5º ed. 2006.

369

RESULTADOS E CONCLUSÕES

Com base em referências bibliográficas e artigos científicos, foram evidenciados acontecimentos, que tornam relevante o estudo desta pesquisa, para entender

como age o mercado de câmbio e qual sua influência no desenvolvimento de um país, sua relação com a balança comercial, PIB e industrialização, conforme

teoria keynesiana, possibilitando uma vasta discussão e compreensão sobre o modo como a economia tem se desenvolvido nos últimos anos e como uma taxa de

câmbio positiva ou negativa interfere no setor de importação e exportação. Fazendo uma comparação dos últimos 4 anos entre a evolução do PIB e o índice

cambial, é notável que a variação cambial tem grande influência no PIB. Nos gráficos abaixo podem ser observadas as comparações entre PIB e taxa cambial

desde a criação do plano Real.

Fonte: elaboração própria a partir dos dados de BANCO CENTRAL.

Fonte: Elaboração própria a partir dos dados de FINANCEONE.

370

Autores como Bresser Pereira (2011,2013) Oreiro, (2013) vêm alertando sobre os

efeitos deletérios da taxa de câmbio valorizada para o PIB e a balança comercial brasileira, como podemos ver a partir dos dados abaixo:

Fonte: elaboração própria a partir de dados de IPEADATA.

Estes autores enfatizam a queda de participação da indústria no PIB.

A participação da indústria no PIB vem caindo não só no Brasil; onde passou de 25%, na década de 80, para 13% agora, como na Europa (de 1970 para cá, passou de 31% para 13,5%), na América do Norte (de 25% para 12%) e até na China. No país asiático, a tendência é declinante

também, apesar de ainda estar em 31%. Leitão (2014).12

A tendência declinante do saldo da balança comercial é reforçada pelo comportamento das exportações que têm apresentado movimento de queda. Esta

queda teria sido o facilitador do impacto da taxa de cambio no PIB, o que justifica este estudo.

LIMITAÇÕES DO ESTUDO

Por tratar-se de um projeto de iniciação cientifica, este estudo limita-se apenas ao modelo Keynesiano básico ainda que a despeito existam outros modelos

interessantes para o estudo de comercio exterior, indústria e conceitos de desenvolvimento econômico.

12 http://oglobo.globo.com/economia/miriam/posts/2014/05/23/industria-menor-participacao-no-pib-menos-competitiva-536963.asp

-4.058,60

-2.129,00

113505,4714,72.362,10

1.573,601.162,90

-939,6-1.177,10-2.350,50

293

-3.174,00

-5.000,00-4.000,00-3.000,00-2.000,00-1.000,00

0,001.000,002.000,003.000,00

2014.01

2014.02

2014.03

2014.04

2014.05

2014.06

2014.07

2014.08

2014.09

2014.10

2014.11

2014.12

2015.01

Balança Comercial - saldo (milhões US$)

371

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

LOPES, Alexandre B. - Finanças internacionais: Uma Introdução. São Paulo: Atlas, 2013.

FROYEN, Richard T. - Macroeconomia. 5 ed. University of North Carolina: Saraiva 2006.

BRESSER, Luiz Carlos P.- A taxa de câmbio no centro da teoria do desenvolvimento. Disponivel em:<http://www.bresserpereira.org.br/papers/2011/431-Macro-c%C3%A2mbio-centro-teoria-desenvolv-Est-Avan%C3%A7ados.pdf> 25/03/2014 10h24.

OREIRO, Jose Luiz C. - Novo-desenvolvimentismo crescimento econômico e regimes de política macroeconômica. Disponível em: <http://joseluisoreiro.com.br/site/link/37bb524af181788c6c8ecb0409b4ff500489a095.pdf> 22/03/2015.

LEITAO, Miriam - Industria: Menor participação no PIB e menos competitividade. Disponivel em: <http://oglobo.globo.com/economia/miriam/posts/2014/05/23/industria-menor-participacao-no-pib-menos-competitiva-536963.asp> 26/03/2014 16h19.

Complexo Educacional FMU São Paulo/SP – 12 e 13 de Novembro de 2015

A BUSCA DE RESULTADOS ATRAVÉS DA GESTÃO DE PESSOAS Sindh Souza Mendes - ([email protected])

O objetivo do presente trabalho é demonstrar como as organizações podem

manter-se vivas e competitivas no mercado, como gerar mais produtividade da equipe tendo em vista o alcance de melhores resultados. Buscou-se embasamento

teórico sobre a relação entre ganho de resultados e gestão de pessoas, identificar os fatores que influenciam positivamente no nível de satisfação e motivação dos

colaboradores. Analisaram-se resultados de uma pesquisa de clima organizacional de uma grande instituição financeira como ferramenta de Gestão de Pessoas,

reforçando o embasamento teórico explorado nos acervos de pesquisa. Dentre os autores mais utilizados no presente trabalho estão o Idalberto Chiavenato e

Dutra, ambos são referência no tema Gestão de Pessoas. A questão da valorização de colaboradores vem sendo discutida incansavelmente nas organizações e entre

pesquisadores. As necessidades são de caráter subjetivo e variam de acordo com cada colaborador, sendo um ponto importante em como reconhecer e valorizar os diversos perfis de funcionários envolvidos na empresa de acordo com cada

necessidade e desempenho. Sabe-se que um dos maiores desafios entre os gestores do mundo corporativo é a dificuldade em interpretar claramente a real

necessidade de mudança no ambiente de trabalho e ainda estabelecer quais serão as ferramentas utilizadas para tais mudanças. Através das teorias motivacionais

expostas no vasto acervo cientifico que começaram a surgir ferramentas de Gestão de Pessoas como a Pesquisa de Clima Organizacional, qualidade de vida no

trabalho, sempre com o objetivo de maior produtividade ou melhor desempenho no trabalho. A pesquisa de clima organizacional tem sido uma ferramenta cada

vez mais utilizada para medir e avaliar o nível de satisfação dos colaboradores de uma organização em relação aos gestores e a própria organização em que

trabalham. O objetivo das pesquisas de clima realizadas em diversas organizações é buscar problemas reais tanto na gestão dos executivos quanto na gestão do

setor de Recursos Humanos. Através da pesquisa é possível fazer um diagnóstico preciso dos problemas, capacitando a alta gestão de ter a visão crítica de

“resolução – problema”. Pesquisa aplicada por uma instituição financeira global de grande porte, com sede em 11 estados brasileiros, sendo seu público alvo,

clientes de alto padrão. Hoje a empresa conta com 5.522 colaboradores sendo 48% mulheres e 52% homens e 1.485 colaboradores em cargos de liderança. A pesquisa Voz do Funcionário é uma ferramenta de gestão que permite que os

colaboradores expressem a sua opinião sobre a instituição e avalie a área que o

373

colaborador atua, bem como seus líderes e gestores diretos. Através dos

resultados da pesquisa de 2013 e 2014, pretende-se analisar os itens que tiveram um aumento significativo entre um ano e outro, indicando o ganho de melhoria no

ambiente de trabalho da área de tecnologia da empresa.

Complexo Educacional FMU São Paulo/SP – 12 e 13 de Novembro de 2015

A DINÂMICA DA INOVAÇÃO EM SISTEMAS COMPLEXOS

Virginia Lucia Nunes - Mestranda em Administração – Complexo Educacional FMU ([email protected])

Milton Chagas Junior – Docente do Programa de Pós-Graduação em Administração – Complexo Educacional FMU ([email protected])

RESUMO ESTENSIVO

O presente estudo tem como objetivo aprofundar o entendimento acerca da dinâmica de inovação em Sistemas Complexos tendo como foco principal análise

dos ciclos de vida de produtos e os processos de tomada de decisão organizacionais relacionadas a esses ciclos. Para isso será realizado um estudo de

caso em uma empresa brasileira considerada inovadora em sistemas complexos - Petrobras. Esse trabalho embasará sua análise nos seguintes referenciais teóricos:

1 no modelo Chain-Linked de Kline e Rosenberg (Rosenberg,1986) associado a racionalidade limitada de Herbert Simon (Simon,1978) para demonstrar seus

aspectos inerentes ao desenvolvimento de novas tecnologias; 2 o modelo COPS de Mike Hobday (1998) e a capacidade de integração de sistema de Hobday, Davies e

Prencipe(2005) , abordando os aspectos da dinâmica dos sistemas complexos.

O estudo sobre inovação é recente e carente de literatura especializada,

principalmente sobre sistemas integrado (Kline e Rosenberg,1986) e poderá promover insights aos tomadores de decisão com proposito de melhorias na

qualidade da inovação e aceleração dos processos, trazendo mais riquezas para organização.

Pesquisas em inovações tecnológicas e seus processos frente a exploração e

produção de petróleo em águas profundas, têm apresentado quão complexa é a produção e a aplicação de tecnologias nas atividades relacionadas (Morais,2013)

O presente estudo trata de uma pesquisa exploratória (Gil,1999) por meio de um estudo de caso de utilizando como técnica a triangulação de dados e informações

(Yin,2015) com abordagem qualitativa (Acevedo e Nohara,2013) do projeto SSAO-Separador de água e óleo em águas profundas da Petrobras instalado no Campo de

Marlin na P-37. O propósito do estudo é responder aas seguintes questões:

a) como ocorre o processo de tomada de decisão numa inovação complexa

frente a riscos e incertezas?

375

b) como ocorre a interação entre conhecimento e aprendizagem numa

inovação complexa?

c) como é criada a capacitação tecnológica numa inovação complexa?

1.1 Sistemas complexos De acordo com Hobday (1998) sistemas complexos são aqueles de alto custos ,

que envolve diversos atores e cuja produção ocorre em pequenos lotes.

1.2 Riscos e Incerteza na Inovação Segundo Kline e Rosenberg (1986) as incertezas, informações insuficientes,

pessoas falíveis, fazem parte da realidade do mundo, bem como as deficiências e os fracassos fazem parte do processo de criação do conhecimento e da

aprendizagem e a inovação exige feedbacks rápidos, entendimentos corretos, ações apropriadas.

1.3 Racionalidade Limitada A racionalidade limitada foi instituída por Simon (1978), ganhador do Prêmio Nobel da Economia, que a conceitua como a incapacidade do decisor de dominar

a complexidade do mundo, da compreensão das informações e do domínio do tempo.

A racionalidade limitada é contrária a racionalidade perfeita, conceituada pela economia tradicional, que crê na maximização do lucro e o homem detentor de

todas as informações (Simon,1978)

No modelo de racionalidade limitada as decisões são satisfatórias e não ótimas.

Elas são influenciadas pelas limitações do homem em acessar e processar conscientemente todas as opções, pela impossibilidade de adquirir informações sobre problemas de custos, rentabilidade, de tempo, de conflitos e jogos de

interesse que ocorre no dia a dia das empresas (Simon,1978).

O administrador/empresário trabalha nos limites da capacidade de valores e

ampliação dos conhecimentos que afetam o indivíduo na tomada de decisão. Criam-se mecanismos, premissas e referencias aceitos pelo indivíduo como

subsídios para sua escolha, que influenciam as decisões do grupo em prol do objetivo da empresa.

376

1.4 Processo de tomada de decisão Na concepção de Simon (1978), o administrador possui duas atividades

importantes, a resolução de problemas e a tomada de decisão. Na resolução de problemas busca-se o problema, colhem-se as informações referentes ao

problema e identificam-se os objetivos a serem atingidos, selecionam-se as alternativas convenientes e dentre essas é escolhida uma considerada como

melhor opção para implantação. Essas atividades estão associadas ao modelo decisório apontado por Simon (1977).

1.5 MODELO CHAIN LINKED

Kline e Rosenberg (1986) instituiu um modelo interativo de inovação ou cadeia

ligada como alternativa ao modelo de inovação linear devido ao fato de que o modelo linear não atende às necessidades de inovação complexa. Esse modelo é

formado pela combinação entre as capacidades das organizações, os conhecimentos técnicos e as necessidades de mercado com o propósito de que

sejam alcançados simultaneamente resultados econômicos, tecnológicos e outros inseridos ao processo de pesquisa e desenvolvimento e inovação (PD&I), O

modelo possui 5 ciclos de vida do produto, os quais são flexíveis entre eles, não possuindo assim limites rígidos. Os fluxos de informações são de curto e longo prazo com possibilidades de modificações em cada fase do processo. O modelo

está exibido na figura 01e é um dos mais divulgados nos estudos de inovação.

Figura 01 - Modelo Chain Linked. Fonte: Kline & Rosenberg (1986).

Processo de tomada de decisão com racionalidade limitada

R R PESQUISA R3 3 3

D k 4 K

4

I S

4

1 2 1 1

C C 2 C 2C

Mercado Potencial

Invenção e ouconcepção análitica deproduzir( Projeto Básico)

Projeto detalhado eteste Redesenho e

produção (Prototipo)

Distribuição e comecialização

f f f f1 2 3 4 5

G

R fA fU

FD

E

I

N

C

E

R

T

E

Z

A

R e t r

o a l i m

e n t a

ç ã oCONHECIMENTO POSSUÍDO

377

1.6 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Conforme Kline e Rosenberg (1986), no modelo Chain Linked, o conhecimento tecnológico existente numa organização, pode não ser suficiente e ou adequado

para o desenvolvimento de produtos e processos para atender as necessidades de mercado conforme identificação da empresa.

Para superar problemas tecnológicos, as empresas primeiro buscam solução no conhecimento já existente, acumulado nas organizações e mentes das pessoas e

somente na ausência desses conhecimentos é que as organizações procuram o conhecimento através das investigações.

O ponto importante do sucesso do modelo Chain Linked consiste na possibilidade dos feedbacks testando a evolução dos conceitos definidos e do desenvolvimento

do projeto nas fases sugeridas, examinando detalhadamente todos os elementos do processo de inovação, tais como definição de processos, matérias primas, nível de produção, entre outros, com finalidade de elaboração de um projeto ideal e

que atenda a expectativa do mercado.

Um outro ponto importante do modelo Chain Linked é o fato de que a pesquisa

atua junto com o processo de inovação. Em cada fase do processo de inovação busca-se primeiramente solução de problema através do estoque de

conhecimento existente, que de acordo com a racionalidade limitada as decisões são tomadas de acordo com as informações disponíveis (Simon,1978).

Em todas as fases decisões são tomadas com base nas informações disponíveis, buscando as decisões satisfatórias (Simon,1978) e a medida que as etapas vão

sendo evoluídas ajustes podem ser realizados, porque no dia a dia é impossível prever todos os riscos.

2 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ACEVEDO, C.R; e NOHARA.J.J. Como fazer Monografia. 4ªedição. SP: Atlas, 2013.

DAVIES, A; e HOBDAY, M. The Business of Projects: Managing Innovation in Complex Products and Systems, Cambridge University Press, 2005.

GIL, A.C.M. Métodos e Técnicas de pesquisa Social: São Paulo: Atlas,1999.

HOBDAY, M. Product Complexity, Innovation and industrial organisation. Research Policy, n.26. p. 689-710, 1998.

378

KLINE, S.J.; ROSENBERG, N. No overview of innovation. NAP, 1986, 275-305.

MORAIS, J.M. Petróleo em águas profundas. Uma história tecnológica da PETROBRAS na exploração e produção offshore. Brasília. IPEA, 2013

ROSENBERG, N. Por dentro da caixa preta. Campinas. Editora.Unicamp, 2006

SIMON, H.A. As ciências do Artifical. Carnegie-Mellon University.Tradução de Luiz Moniz Pereira. Universidade de Lisboa.Armenio Amado- Editor, Sucessor. Coimbra,1981.

SIMON, H.A. Rational Decision-Making in Business Organizations - Nobel Memorial Lecture, 8 December 1978. Carnegie-Mellon. University, Pittsburgh, Pennsylvania,USA

SIMON, H.A. The shap of automation: a psychological analysis of conflict, choise and commitment. New York: Macmillan, 1977 a 111p.

SIMON, H.A. Comportamento administrative. Estudo de processos decisórios nas organizações. 2ªedição.RJ. FGV.1965.

YIN,R.K. Estudo de caso. Planejamento e Método. 5ªedição.Porto Alegre: Bookman,2015.

Complexo Educacional FMU São Paulo/SP – 12 e 13 de Novembro de 2015

QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO Renata Alves Silva - ([email protected])

Este trabalho tem como objetivo mostrar a importância da qualidade de vida nas

organizações que vem se consolidando cada vez mais dentro das Empresas. Além disso o quanto essa qualidade pode interferir na produtividade do funcionário em

suas tarefas.

Com o passar do tempo e com as mudanças no mercado de trabalho ficou

evidente a importância da QVT (qualidade de vida na organização). Estudiosos, pesquisadores, cientistas como Adam Smith, Frederick Taylor, entre outros,

fizeram experiências para mostrar tamanha importância. A qualidade de vida nas organizações tem sido estruturada e reconhecida atualmente como um dos

elementos principais dentro de uma organização. Porém, mesmo sendo bastante conceituada algumas empresas não sabem o significado de QVT.

Segundo Nadele e Lowere, “a QVT é a grande esperança das organizações para atingirem altos níveis ou produtividade, sem esquecer a motivação e satisfação do indivíduo” (apud RODRIGUES, 2014, p. 75). Os trabalhadores são peças

fundamentais deste quebra cabeça e as condições como trabalham são fatores que devem ser analisados e bem estudados para que sejam oferecidas da melhor

forma possível, assim as empresas poderão atingir seu resultado esperado.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

AQUINO, Italo de Souza. Como escrever artigos científicos. Sem arrodeio e sem medo da ABNT. 8.ed. São Paulo: Saraiva, 2012.

BALCÃO, Yolanda Ferreira; CORDEIRO, Laerte Leite. O comportamento humano na empresa. 2.ed. Rio de Janeiro: Fundação Getulio Vargas, 1975.

CHIAVENATO, Idalberto. Gestão de pessoas: O novo papel dos recursos humanos nas organizações. 1.ed. Rio de Janeiro: Campus, 1999.

FILHO, Enadio Moraes. Qualidade de vida! Possibilidade ou utopia? 3.ed. São Paulo: Oiti Editora LTDA, 2000

RODRIGUES, Marcus Vinicius. Qualidade de vida no trabalho: Evolução e análise no nível gerencial. 14. ed. Rio de Janeiro: Vozes, 2014.

Complexo Educacional FMU São Paulo/SP – 12 e 13 de Novembro de 2015

PERCEPÇÃO SOBRE A COMUNICAÇÃO ENTRE PROFISSIONAIS DE SAÚDE EM UM HOSPITAL EM LAURO DE FREITAS-BA: ESTUDO DE CASO

Geovana Andréa Moreira - ([email protected])

O presente trabalho é resultado de uma dissertação de Mestrado em

Administração e consiste em um estudo de caso que busca descrever o processo de comunicação no Hospital Geral Menandro de Faria no município de Lauro de Freitas-BA. O setor de saúde no Brasil tem passado nas últimas

décadas por constantes transformações para se posicionar perante a sociedade e fazer frente aos desafios da complexidade contemporânea. Estas mudanças

estão presentes tanto na gestão como no tratamento dos pacientes, configurando um processo de mudanças neste setor, tais como: reforma de

políticas de saúde; promessas de melhoria e qualidade do atendimento baseado em propostas de humanização; modificações em práticas clínicas;

demanda dos usuários com outro perfil, tecnologias avançadas e inovações da internet; dentre outras. O hospital é considerado parte integrante deste

sistema e como uma organização de saúde representa uma das formas mais complexas de organização humana. Se caracteriza por ser unidade prestadora

de serviços de saúde com 24 horas de atendimento que reúne em um mesmo espaço físico, uma gama de atividades executadas separadamente por diversos

fornecedores tais como: exames laboratoriais; diagnósticos por imagem; cirurgias e cuidado direto ao paciente; dentre outros (NASSAR,2006). Diante

deste contexto, o dinamismo da comunicação é um fator diferencial para o alcance do sucesso da organização de saúde, pois a prática entre os

profissionais dentro do hospital configura uma grande rede de relacionamentos em que muitas informações transitam pelos diversos subsistemas (KUNSCH,2008). O sucesso da prestação dos serviços de saúde depende da

qualidade e veracidade destas informações. Entretanto, é necessário que as informações fluam com o mínimo de ruídos possíveis entre todas as pessoas

envolvidas em uma organização de saúde com eficiência e qualidade, objetivando um atendimento humanizado ao paciente, pois falhas nos sistemas

de comunicação afetam negativamente o processo de transmissão e geração de conhecimento entre os profissionais do hospital. Outro aspecto refere-se às

organizações hospitalares serem formadas por subsistemas que envolvem profissionais de áreas muito diversificadas como médicos; psicólogos;

assistentes sociais; enfermeiros; nutricionistas; farmacêuticos; bioquímicos; administradores; engenheiros; serviços gerais; dentre muitos outros,

381

configurando-se uma organização complexa com pessoas com grau de instrução

e categorias distintas, formando dessa forma uma rede de relacionamentos. Essa classificação influencia no entendimento, fluxo e barreiras da

comunicação que podem facilitar ou comprometer a recepção das mensagens. Perante este quadro complexo e partindo do princípio que um atendimento

integral requer constante troca de dados e informações entre todas as pessoas envolvidas no processo terapêutico, torna-se imperativa a ampliação das

discussões das interfaces da comunicação e saúde. É importante destacar que, com o passar dos anos, as relações entre a saúde e a comunicação se

expandiram, sendo preponderantes, nos dias atuais, na gestão da comunicação e no relacionamento com o cliente/paciente dentro das organizações de saúde,

mas ainda é incipiente. Com esta pesquisa foram levantados os parâmetros mais relevantes para estimular a criação de um plano de ações de comunicação

programada para o Hospital Geral Menandro de Faria (HGMF). Objetivo geral deste trabalho é analisar o processo de comunicação interna junto aos funcionários do Hospital Geral Menandro de Faria, Lauro de Freitas/BA. E como

objetivos específicos temos: identificar os meios de comunicação mais utilizados internamente; identificar as fluências, canais e instrumentos

utilizados na comunicação interna; levantar os aspectos que dificultam e os que facilitam a comunicação interna na organização; compreender o processo

e os fluxos da comunicação da organização estudada; apresentar os parâmetros mais relevantes que possam estimular a criação de um plano de ações de

comunicação para o HGMF. A Metodologia deste trabalho consiste em um estudo de caso com abordagem qualitativa, que inclui observação in loco e

investigação descritiva e exploratória. Com o intuito de realizar um trabalho de forma compartilhada ao HGMF optou-se pela pesquisa ação totalizando 416

profissionais de saúde. Os dados primários foram coletados através de questionário, e a pesquisa secundária foi documental. Os resultados alcançados

pela pesquisa foram os seguintes: Foi feita uma reflexão sobre a importância da comunicação nesse hospital, cujo papel é preponderante no

desenvolvimento de práticas estruturadas de saúde, com vistas à qualidade na execução de práticas clínicas. Evidenciaram-se os principais atributos que

favorecem ou dificultam a comunicação interpessoal entre a equipe de saúde e foram apontados os parâmetros mais relevantes para a criação de um plano de ações para o HGMF. A comunicação nesse hospital tem um papel importante no

desenvolvimento de práticas estruturadas na saúde. A organização apresenta a interação entre profissionais de vários setores e diversas categorias. É vista de

forma integrada, predominantemente informal, pois os profissionais de saúde

382

valorizam a comunicação boca-a-boca. Muitos profissionais encontram

informações com os colegas de trabalho e nas conversas de corredores. A comunicação considerada informal é o meio mais eficaz de troca de

informações entre os diversos agentes do público interno, como foi encontrado em 71,9% das respostas dos participantes. No hospital estudado, cerca de 80%

dos profissionais busca um ambiente favorável à comunicação, no que tange à integração e a articulação com colegas, permitindo um aumento na velocidade

de compreensão e na troca dos dados, reduzindo a obsolescência das informações em saúde. Sendo assim, os fatores identificados como impulsores

da comunicação no HGMF, para facilitar a troca de informações, foram a integração entre os pares; a interação baseada na proximidade pessoal e a

experiência ou o tempo de serviço no setor em que trabalha. A comunicação flui em todos os setores e a maioria dos participantes ressaltou que a mesma é

eficiente em seu objetivo de transmitir as mensagens. Uma comunicação que produza bons resultados, em que a informação flui com mais rapidez e facilidade, favorece a organização. Considerações finais: A comunicação

interna é um dos fatores que impulsionam o sucesso do HGMF, pois assume uma relevância na assistência ao paciente e nas inter-relações da equipe de saúde.

Percebe-se que a interface entre a comunicação e a saúde é um espaço importante a ser explorado. Existem poucos trabalhos que estudam a

comunicação nas organizações de saúde, especificamente em hospital. Um processo de comunicação eficiente é capaz de melhorar os fluxos de

informação dentro da instituição de saúde, de forma a despertar a sensação de pertencimento nos profissionais, motivando-os a realizarem um trabalho de

qualidade em prol do cuidado do outro. Os profissionais utilizam da informalidade para resolver as situações intersetoriais e intrasetorial. A

comunicação interna planejada e coordenada pode facilitar os processos administrativos, sendo capaz, inclusive, de aperfeiçoar os serviços prestados e

oferecer uma assistência com mais qualidade, pois através dela há espaço para diálogo, estímulos e socialização de experiências. Considera-se que a

comunicação organizacional informal e uma ação planejada aumentem a eficácia e a eficiência da comunicação interna em um hospital público,

impulsionando o sucesso da organização de saúde.

383

REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS

KUNSCH, M.M.K. A produção científica em relações públicas e comunicação organizacional no Brasil: análises, tendências e perspectivas. Comunicação e Sociedade, São Bernardo do campo, Pós Com-Unesp, V. 24, N.39, p; 93-125.2008.

NASSAR, M.R.F. O Papel da Comunicação nas Organizações de Saúde: oportunidades e desafios. Brasília. In: Artigo apresentado no XXIX Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação – UnB – 6 a 9 de setembro de 2006 - Intercom – Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação. 2006.

Complexo Educacional FMU São Paulo/SP – 12 e 13 de Novembro de 2015

PERCEPÇÃO DE VALOR DA GOVERNANÇA CORPORATIVA ENTRE OPERADORES LOGÍSTICOS E PRESTADORES DE SERVIÇOS,

UM ESTUDO DE CASO

Carlos Alberto da Rocha – Mestrando no programa de pós-graduação em administração – Complexo Educacional FMU ([email protected])

Prof. Dr. Alessandro Marco Rosini – Docente no programa de pós-graduação em administração – Complexo Educacional FMU ([email protected])

RESUMO

O objetivo desse estudo é investigar se o entendimento de valor da Governança Corporativa entre Prestadores de Serviços e Operadores Logísticos podem influenciar em parcerias comerciais no sentido de assinarem contratos de

fidelização e compartilhamento de resultados financeiros. Pretende-se contribuir com esses estudos na proposição de mensuração de valor da Governança para

melhoria de qualidade dos serviços logísticos na cadeia de abastecimento (Supply Chain) de tal forma que haja uma melhor integração no relacionamento

comercial entre as empresas, onde o provedor logístico tem um amplo espectro de fornecedores. A pesquisa também explora se princípios como da Ética,

Transparência, Equidade e responsabilidade Corporativa, pilares da governança, podem influenciar diretamente embarcadores, clientes dos Operadores Logísticos,

no sentido de criarem facilitadores de interesse comum para que a fidelização de contratos entre as empresas seja consolidada. O estudo seguiu uma estratégia de

pesquisa com envio de questionário estruturado e perguntas fechadas há 30 empresas sendo 2 delas contratantes e 28 contratadas para prestação de serviços

em uma amostra não aleatória por conveniência. A partir da análise da coleta desses dados espera-se identificar os agrupamentos de parcerias comerciais com

variáveis que podem mostrar facilitadores de fidelização de parcerias e do valor da Governança, sendo que no primeiro grupo de prestadores de serviços se espera

observar uma maior integração com o provedor e a cadeia de abastecimento além do entendimento do valor da Governança e no segundo grupo de fornecedores, embora possam ocorrer a mesma sinergia de integração incluindo a melhoria na

cadeia há também possiblidade do compartilhamento de resultados financeiros e de interesses comuns na aplicação de investimentos e divisão de lucros no longo

prazo o que no primeiro grupo podem ter a mesma sinergia na divisão desses riscos financeiros com o provedor além de uma forte percepção de valor da

Governança o que na visão de investidores e acionistas é uma garantia contra fraudes e atuação de seus agentes em posição de representantes das empresas.

385

Palavras Chaves: Governança Corporativa. Prestadores de Serviços. Operadores

Logísticos.

THE PERCEPTION VALUE OF CORPORATE GOVERNANCE BETWEEN LOGISTICS OPERATORS AND SERVICE PROVIDERS, A CASE STUDY

ABSTRACT

The aim of this study is to investigate whether the understanding of the value of

Corporate Governance among Service Providers and Logistics Operators can influence on commercial partnerships in order to sign loyalty agreements and

sharing financial results. It is intended to contribute to these studies in the value measurement proposition Governance for improving the quality of logistics

services in the supply chain (Supply Chain) so that there is better integration in the commercial relationship between the companies, where the logistics provider

has a wide range of vendors. The survey also explores whether principles like the Ethics, Transparency, Equity and Corporate responsibility pillars of governance, can directly influence shippers, customers of logistics operators, to create

facilitators of common interest for the loyalty contracts between the companies to be consolidated. The study followed a research strategy with sending

structured questionnaire and closed questions for 30 companies being 2 of them and 28 contractors hired to provide services in a nonrandom convenience sample.

From the analysis of the collection of such data is expected to identify clusters of commercial partnerships with variables that can show facilitators loyalty

partnerships and value of Governance, and the first group of service providers is expected to see a greater integration with the provider and the supply chain

beyond the understanding of the value of Governance and the second group of vendors, although there may be the same Synergy integration including improving

the chain there is also possibility of sharing financial results and common interests in the application of investment and profit-sharing in the long term than

in the first group may have the same synergy in the division such financial risks with the provider as well as a strong sense of Governance value which in the view

of investors and shareholders is a guarantee against fraud and performance of its agents in a position to company representatives.

Key Words: Corporate Governance. Services Providers. Logistics Operators.

386

OBJETIVOS

Gerais Investigar sob o enfoque dos pilares da Governança Corporativa se para fidelização de contratos entre Operadores Logísticos e Prestadores de Serviços

podem ocorrer o entendimento de valor sobre a Ética, Transparência, Equidade e responsabilidade Corporativa no sentido de que se consolide parcerias comerciais de curto e longo prazo.

Específicos Identificar se nessas relações comerciais são seguidas as boas práticas da

Governança Corporativa como uma evidencia de valor.

Identificar se há indicadores comuns entre as empresas que possam prospectar uma proposição de parceria comercial incluindo a captação de novos clientes a

partir do entendimento de valor da Governança Corporativa.

RELEVANCIA

Uma contribuição para geração de valor dos aspectos da Governança para melhoria de qualidade e de serviços logísticos na Cadeia de Abastecimento e no

Supply Chain.

HIPÓTESES

(A) A Governança gera valor para os Operadores Logísticos para assinatura de contratos e fidelização de parcerias comerciais com os prestadores de serviços?

(B) Os critérios para o entendimento desse valor da Governança entre as empresas são determinantes para consolidação de parcerias incluindo a sinergia

com embarcadores que são os clientes dos Operadores Logísticos?

PROCEDIMENTOS METODOLOGICOS

A pesquisa pode ser definida como exploratória e descritiva com procedimento

documental de abordagem quantitativa onde se pretende investigar a relação

387

sobre o valor da Governança Corporativa entre as empresas de serviços e logística

através da:

A: Análise de coleta de dados utilizando como instrumento de estudos a escala de

Lambert, Emmelhainz e Gardner (1996) que contempla facilitadores para análise de desenvolvimento de parcerias.

B: Envio de questionário e perguntas fechadas para observar se há participação ou não do tema da Governança Corporativa para validação e fidelização de parcerias

comerciais.

DESCRIÇÃO DO OBJETO DE ESTUDO

As empresas foco do estudo são operadores logísticos globais americano e europeu que atuam para soluções de otimização na Cadeia de Supply Chain para

melhoria da prestação de serviços Logísticos.

RESULTADOS

Não concluídos e em análise da coleta estatística dos dados

LIMITAÇÕES

Por se tratar de um estudo de caso não possibilitando comparação com outros

provedores logísticos no sentido de se identificar diferenças existentes ou indicadores comuns sobre o entendimento de valor da Governança, o esforço da

investigação não permitiu identificar se com essa mesma configuração de parcerias, esses fornecedores podem assinar os mesmos contratos de igual teor

mas abre espaços para futuras pesquisas no sentido de se melhorar a Ética, Transparência e responsabilidade Corporativa.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

AGUILERA, R. V; CUERVO-CAZURRA, A.. Codes of good governance. Corporate Governance: An International Review. Columbia: Mai 2009. v. 17, n. 3, p. 376–387.

ASSAF NETO, A. Valuation: métricas de valor e avaliação de empresas. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2014.

388

LAMBERT, D. M.; EMMELHAINZ, M. A.; GARDNER, J. T. Developing and implementing supply chain partnerships. The International Journal of Logistics Management, v. 7, n. 2, p. 1-17, 1996.

LAMBERT, D. M.; EMMELHAINZ, M. A.; GARDNER, J. T. Building Successful Logistics Partnerships. Journal of Business Logistics, Oak Brook (Illinois), v. 20, n. 1, p. 165-182, 1999.

Complexo Educacional FMU São Paulo/SP – 12 e 13 de Novembro de 2015

O DESEMPENHO ECONÔMICO-FINANCEIRO DE INSTITUIÇÕES DE ENSINO SUPERIOR PRIVADAS EM EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA COM

ESTRATÉGIAS DE CRESCIMENTO VIA FUSÕES, AQUISIÇÕES E ORGANICAMENTE

Cinara Gambirage - Aluna de Mestrado do Programa de Pós-graduação em Administração da Universidade do Sul de Santa Catarina ([email protected])

Wlamir Gonçalves Xavier - Professor do Programa de Pós-graduação em Administração da Universidade do Sul de Santa Catarina ([email protected])

OBJETIVOS DO ESTUDO

O objetivo geral desse estudo é mensurar e explicar o desempenho econômico-financeiro de Instituições de Ensino Superior (IES) privadas em Educação a

Distância (EaD) com estratégias de crescimento via fusões e aquisições (F&A) e as instituições que crescem organicamente, no período de 2007 a 2014.

Os objetivos específicos são:

§ Analisar o desempenho econômico-financeiro de uma IES privada em EaD de

capital aberto que cresce via fusões e aquisições e de uma que cresce organicamente;

§ Mostrar as diferenças no desempenho econômico-financeiro das IES analisadas;

§ Identificar fatores que impactam o desempenho econômico-financeiro das

duas IES analisadas.

RELEVÂNCIA DA PESQUISA

A atividade de F&A é um aspecto teórico em desenvolvimento por não estar ainda integralmente assimilado e sedimentado em uma teoria geral que o sustente,

necessitando, portanto de estudos teóricos e empíricos. O que existe é um conjunto de teorias com abordagem de algum aspecto do assunto. (CAMARGOS e

BARBOSA, 2005).

A EaD pode ser considerada como um tema idiossincrático e, principalmente,

controverso, pois não há um consenso com essa nova modalidade de ensino. Ainda assim, vale apontar a respeito das resistências existentes com esse modelo. Por isso, argumenta-se a respeito da importância de estudar esse tema pela sua

390

contribuição com o arcabouço teórico já existente sobre EaD, entretanto, nesse

trabalho, abordar-se-á do ponto de vista mercantil.

Dentre as IES privadas existentes, têm-se as fundações educacionais do sistema

ACAFE, impulsionadas pelas Prefeituras, porém mantidas pelas mensalidades dos estudantes, caracterizam-se como entidades de um modelo educacional

catarinense diferente dos modelos de ensino dos outros estados brasileiros, sendo, também, o ensino mais elitizado do país. Além disso, dentre elas

selecionou-se a UNISUL por representar o maior números de alunos em EaD dentre todas as IES da ACAFE que atuam com essa modalidade de ensino sistema

educacional.

Bernardo e Campos-Filho (2011) que sugere como continuidade na linha de

pesquisa de F&A a proposta de observar quais as novas áreas temáticas de fusões e aquisições, analisando as futuras tendências e identificando quais áreas

precisam ser mais exploradas. É nessa sugestão de desdobramento de pesquisas futuras que o presente estudo vem a contribuir com uma nova área temática explorada por meio de aquisições e fusões: IES em EaD.

PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

Essa pesquisa é um estudo é um estudo, qualitativo e explicativo.

O horizonte de tempo da pesquisa é transversal por ser episódica e se tratar de uma possível situação de casualidade, em que as fusões e aquisições podem estar

impactando no desempenho econômico-financeiro da instituição em estudo. Delimitou-se como tempo o período de 2007 a 2014, pois foi o marco inicial da

EaD na UNISUL e de abertura de capital da Kroton na bolsa de valores.

Utilizar-se-ão dados primários e secundários. Os dados secundários são

informações do site das IES sobre seus respectivos desempenhos econômico-financeiros. Caso não sejam encontradas informações suficientes nos dados

secundários, coletar-se-ão os dados primários através de entrevista semiestruturada com o dirigente de cada IES, em seguida, analisados no Atlas TI.

A análise dos dados secundários será através de indicadores econômico-financeiros (liquidez e rentabilidade) nos relatórios contábeis de ambas IES.

Quanto à análise das sinergias criadas pela IES em EaD que cresce via fusão e

391

aquisição, baseou-se nos indicadores de melhoria da eficiência operacional e

administrativa.

CONCEITOS ESSENCIAIS

A educação privada é sinônimo de exploração desse setor como um negócio. (SARFATI; SHWARTZBAUM, 2013). O crescimento de programas de ensino superior

na modalidade a distância é notório e cria oportunidades e desafios às IES. A educação a distância é um modelo de aprendizagem sem restrições no tempo,

integrando essa aprendizagem à internet. Dessa forma, eles selecionam, definindo o ritmo de sua aprendizagem. (CHEN; TSENG, 2012).

De acordo com Sarfati; Shwartzbaum, (2013), a estratégia de fusão engloba duas ou mais empresas por completo, sendo que cada uma delas deixa de existir e

passa a formar uma terceira, com uma nova identidade. Quanto à aquisição, os autores ainda afirmam que a compra é do controle acionário de uma organização por outra. Nesse caso, envolve maiores investimento e controle, assim como um

maior impacto sobre a gestão pela integração cultural das organizações.

O crescimento orgânico é quando (PENROSE, 1959) a empresa amplia seus ativos,

entrando ou ampliando suas linhas de atividades, seja através de financiamento com recursos internos ou por intermédio de financiamento externo.

Segundo Camargos e Barbosa (2005), a análise dos indicadores econômico-financeiros permite considerar os demonstrativos contábeis em fonte de dados,

para, em seguida, ser compilados em índices, permitindo identificar o desempenho econômico-financeiro da organização analisada.

RESULTADOS ESPERADOS

Com o desenvolvimento desse estudo, espera-se: (i) a partir da análise do

desempenho econômico-financeiro da IES de capital aberto que cresce via F&A com o da IES que cresce organicamente, fazer inferências no resultado obtido

uma vez que a literatura aponta esse resultado como superior das IES que crescem via F&A, podendo essa hipótese ser corroborada ou refutada; (ii) ao

mostrar as diferenças no desempenho econômico-financeiro das IES analisadas buscar revelar essas discrepâncias e (iii) ao identificar fatores que impactam no

desempenho econômico-financeiro das IES analisadas, fazer apontamentos de

392

forma a justificar o crescimento superior da instituição que apresentar

desempenho econômico-financeiro maior para obter resultados que contribuam para o entendimento do assunto tratado, independente do resultado ser favorável

ou contrário.

LIMITAÇÕES DO ESTUDO

Deve ser ponderado que os resultados encontrados não podem ser generalizados ao mercado como um todo, visto que esta pesquisa contempla uma pequena

amostra do universo de F&As que ocorreram no período,

Devido a limitação da amostra desse estudo, trabalhar apenas com duas IES, uma

privada de capital aberto que cresce via F&A e uma privada sem fim lucrativo que cresce organicamente; o estudo pode ser complementado com a inserção de mais

IES em EaD das categorias apontadas. Os resultados não podem ser generalizados

O fato do estudo ser qualitativo também se considera uma limitação, portanto, sugere-se ainda como pesquisas futuras trabalhar com estudos quantitativos.

REFERÊNCIAS

BERNARDO, J. R. R. F.; CAMPOS FILHO, L. A. N. Mapeamento da pesquisa acadêmica em fusões e aquisições. Sistemas & Gestão, Niterói, v. 5, n. 3, p. 122-135, 2011.

CAMARGOS, M. A. de; BARBOSA, F. V. Análise do desempenho econômico-financeiro e da criação de sinergias em processos de fusões e aquisições do mercado brasileiro ocorridos entre 1995 e 1999. REGE - Revista de Gestão, São Paulo, v. 12, n. 2, p. 99-115, 2005.

CHEN, H. R.; TSENG, H.-F. Factors that influence acceptance of web-based e-learning systems for the in-service education of junior high school teachers in Taiwan. Evaluation and program planning, v. 35, n. 3, p. 398-406. 2012.

PENROSE, E. T. The theory of the growth of the firm. New York: Wiley, 1959.

SARFATI, G.; SHWARTZBAUM, A. Sinergias nas fusões e aquisições do setor de educação superior no Brasil. Revista Pensamento Contemporâneo em Administração, Niterói, v. 7, n. 4, p. 1-23, 2013.

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GERAÇÕES DE PROFISSIONAIS: O PROCESSO DE TOMADA DE DECISÃO NO DESENVOLVIMENTO DE STARTUPS

Fabiano Akiyoshi Nagamatsu - ([email protected]) Milton de Freitas Chagas Junior - ([email protected])

Virgínia Lucia Nunes - ([email protected])

OBJETIVOS DO ESTUDO

É apresentar o processo de tomada de decisões no desenvolvimento de startups e

identificar as principais competências apresentadas no modelo de empreendimento.

RELEVÂNCIA DA PESQUISA

A primeira está na compreensão de movimentos de novas gerações de

profissionais no desenvolvimento da nova economia a partir de startups, empresas que possuem base em inovação. Outra relevância do estudo é direcionada ao

entendimento da tomada de decisões das novas gerações diante de situações de extrema incerteza financeira, mercadológica e econômica.

PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

O artigo fundamentou a pesquisa bibliográfica em assuntos de startups, gerações

de profissionais, competências, processo de tomada de decisão e racionalidade limitada.

Complementando, ocorreram entrevistas com quatro profissionais que atuam no ecossistema de startups, caracterizando assim, um estudo de casos múltiplos que é indicado por Yin (2005). A amostragem foi utilizada a não probabilística e por

acessibilidade, devido à dificuldade de entrevistar os vários profissionais do ecossistema de Startup. Um roteiro semiestruturado foi utilizado na entrevista

durante a segunda quinzena de outubro de 2015 junto aos profissionais.

CONCEITOS ESSENCIAIS

Gerações de profissionais

394

Segundo Zemker et. al. (2000), a geração Baby Boomer surgiu após a Segunda

Grande Guerra Mundial. No trabalho, seus valores estão fortemente embasados no tempo de casa, e preferem ser reconhecidos pela sua experiência à sua

capacidade de inovação.

Já quanto à geração X, Smola & Sutton (2002) relatam que é uma geração

empreendedora, enfatiza a participação e o desenvolvimento da própria auto estima. Seus valores buscam o equilíbrio entre a vida pessoal e profissional,

focando na qualidade de vida, valoriza a oportunidade de aprender novas habilidades no trabalho devido a sua necessidade de sobrevivência e

empregabilidade.

A geração Y, é formada por nativos digitais e multitarefas e de difícil

gerenciamento pela sua falta de atenção. Apesar de desejarem uma direção clara e apoio na gestão das atividades, eles não aceitam a hierarquização. Apesar da

baixa experiência, buscam flexibilidade e autonomia na realização de tarefas e possuem vantagem de liderar habilmente com as novas tecnologias (Tapscott, 2009).

O MOVIMENTO DA STARTUP

Para entender o conceito de startup é importante verificar o grau de inovação

envolvido no empreendimento e a criação de novos modelos de negócio, assim, para Schumpeter (1985), a inovação é um elemento fundamental para o

desenvolvimento econômico em razão de promover a “destruição criativa”.

Para Ries (2012) uma startup é uma instituição humana projetada para criar

novos produtos e serviços sob condições de extrema incerteza. O que se observa por meio das análises dos conceitos definidos é que utilizam como características

das startups a incerteza, o risco - um cenário altamente volátil e em constante mutação.

RACIONALIDADE LIMITADA NO PROCESSO DE TOMADA DE DECISÃO

Segundo Simon (1981) esse modelo de racionalidade requer um conhecimento

completo e impossível de alcançar devido a falta de recursos necessários, como tempo, dinheiro, comunicação adequada, conhecimento perfeito de todas as

situações.

395

Para Simon (1965), a decisão tem duas finalidades: a ação no momento e o

desenho de um futuro. A ação no momento seleciona um estado de objetivos futuros em detrimento de outro. E definem o comportamento à alternativa

escolhida.

COMPETÊNCIAS ESSENCIAIS

Organizações ao longo do tempo adquirem conhecimentos e habilidades que se transformam em competências essenciais ou recursos internos estratégicos.

Hamel e Prahalad (1995) definem competências essenciais como um conjunto de habilidades e tecnologias que permite a uma empresa oferecer um determinado

benefício aos clientes através de um conjunto de know how da organização (Green, 1999).

RESULTADOS

PERFIL DOS ENTREVISTADOS

E1 – Desenvolvedor de novos negócios inovadores

E2 – Head de Aceleração, Mentor e Organizador de eventos de Startups E3 – Netweaver – articulador de comunidades de startups E4 – Criador de ecossistema de startup

COMPETÊNCIAS DO EMPREENDEDOR DE STARTUP

Os entrevistados afirmaram que no ecossistema de startup em que pertencem, a maioria dos profissionais envolvidos é da geração Y. Segundo eles, são

profissionais curiosos, dispostos a encarar novos desafios e situações, almejam o trabalho em equipe e compartilham facilmente o conhecimento, comprovando

Tapscott (2009).

Para ilustrar a “destruição criativa” de Schumpeter (1985), as citações de

atitudes empreendedoras e busca constante por inovação, mesmo que incremental afim de gerar negócios altamente rentáveis e competitivos são

competências desenvolvidas pela geração atuante nestes ecossistemas de startup.

396

O PROCESSO DE TOMADA DE DECISÕES NO DESENVOLVIMENTO DE STARTUPS

O processo de tomada de decisão ocorre de acordo com o projeto, empreendimento/startup. De acordo com os entrevistados, as bases de tomadas

de decisões dos envolvidos nos projetos de startup, são definidas no início do projeto, ou seja, no insight inicial é onde o profissional escolhe o que pretende

empreender de maneira inovadora. Para esclarecer as diferentes atuações dos empreendedores no processo de tomada de decisão define-se por Tempos (T0 a

T3): curiosidade, Ideação, Operação e Tração.

Assim, o planejamento do projeto de uma startup é mais dinâmico e exige

rapidez por envolver fatores de inovação. O que Simon (1978) se referiu à sua teoria, foi comprovada quando os entrevistados relataram que as decisões,

mesmo tendo uma dinâmica diferente de um empreendimento tradicional, são limitadas.

QUAIS SÃO AS DIFICULDADES DOS EMPREENDEDORES AO DESENVOLVER AS STARTUPS

As dificuldades estão relacionadas diretamente com os recursos financeiros, pois

a maioria dos empreendimentos de startup atuam em condições de altos riscos.

Ainda atrelado ao comportamento dos tipos de empreendedores de startup, outra

dificuldade aparente indicada é a quebra do paradigma ou adaptação de novos modelos de negócios e avaliações de startups. O que tradicionalmente para planejamento e avalição da de empresas são usados Plano de negócios e

Valuation, para startup não tem ferramentas definidas.

DISCUSSÕES E CONCLUSÕES

As startups tem sido uma forma de fomentar o empreendedorismo através das gerações jovens criando a “destruição criativa”. Além disso, tem contribuído para

a conscientização de que inovação deve ser a base dos empreendimentos.

Quanto às questões de tomada de decisão, esclareceu que mesmo com

características empreendedoras mais dinâmicas, a racionalidade limitada de Simon é evidente.

397

O surgimento dos novos players em seu ecossistema agrega mais valores e

contribuem para o melhoramento da tomada de decisão dos empreendedores e no fortalecimento das capacitações especificas de inovação. Exemplo, é a própria

FINEP, que em Novembro/2015 lançará um programa de incentivo financeiro aos projetos de startup.

LIMITAÇÕES DO ESTUDO

As limitações estão no número de entrevistados – o que não proporcionou

ampliação do conhecimento de outros players, devido a escassez de tempo para coleta de dados – pois os profissionais abordados tinham muitos compromissos em

suas agendas. Contudo, isso não inviabilizou a análise e apresentação dos resultados em consonância aos conceitos relacionados.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

HAMEL, G.; PRAHALAD, C. K. Competindo pelo futuro: estratégias inovadoras para obter o controle do seu setor e criar os mercados de amanhã. Rio de Janeiro: Campus, 1995.

RIES, E. A startup enxuta: como os empreendedores atuais utilizam a inovação contínua para criar empresas extremamente bem-sucedidas. São Paulo: Lua de Papel, 2012.

SCHUMPETER, J.A. Teoria do desenvolvimento econômico. São Paulo: Nova Cultural, 1985.

SIMON, H. A. Rational Decision-Making in Business Organizations- Nobel Memorial Lecture, 8 December 1978. Carnegie-Mellon. University, Pittsburgh, Pennsylvania, USA, 1978.

SMOLA, K. W.; SUTTON, C. D. Generational differences: revisiting generational work values for the new Millennium. Journal of Organizational Behavior v. 23, n. 4, pp. 363-382, 2002.

Complexo Educacional FMU São Paulo/SP – 12 e 13 de Novembro de 2015

COMUNICAÇÃO INTERNA, EFICAZ, EFICIENTE E EMPREENDEDORA: ANÁLISE E PROPOSTA

Carolina Pelizaro Rodrigues Silva - ([email protected])

OBJETIVOS

O objetivo geral deste projeto de pesquisa de iniciação científica é a

comunicação, enfocando na comunicação interna, com foco em endomarketing, visando responder às seguintes questões:

a. Quais fatores são determinantes para que a comunicação interna esteja inserida no planejamento de comunicação estratégico?

Outras perguntas norteiam todas as etapas do projeto e são derivadas da pergunta de pesquisa descrita em (a).

b. Quais fatores devem ser considerados na relação entre avaliação e

motivação, antes da implantação do plano de comunicação motivacional?

c. Quais fatores devem compor a avaliação pós implantação do plano de

comunicação motivacional?

RELEVANCIA DA PESQUISA

Em minha experiência de aluna do curso de Administração de Empresas, pude comprovar que a Comunicação Interna é uma grande ferramenta para qualquer

atividade a ser exercida dentro de uma organização, por isso tem que ser eficiente para que não haja conflitos,

Por isso, pretendo analisar quais contribuições que os estudos sobre a Comunicação Interna vêm proporcionando ao desenvolvimento da comunicação

empresarial, quando usada uma estratégia de Comunicação Interna para motivar os funcionários, em que possam se sentir bem dentro da organização, mais

informados, mais eficientes e que saibam que são importantes para a organização.

PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

A metodologia de pesquisa foi escolhida, principalmente, em razão da necessidade de formação do acadêmico, incentivando a postura científica frente

399

à elaboração de informações, produção de projeto de pesquisa, de relatório, de

artigo científico e apresentação dos resultados em congresso, com posterior envio do artigo para publicação.

Assim, priorizando a aprendizagem da pesquisa e metodologia científica para estudante em início do processo, optou-se por:

a. Pesquisa descritiva, com dados obtidos de pesquisa documental e/ou bibliográfica.

b. Produção de plano de comunicação, com foco em endomarketing

motivacional, para o plano de negócios desenvolvido no próprio curso.

Visando responder à pergunta de pesquisa e confirmação ou não das hipóteses,

serão empreendidos os seguintes passos, conforme descritos por Barros e Lehfeld (2000 p. 72-73):

a) Levantamento bibliográfico, com a consulta de:

o - consulta a catálogos editoriais;

o - consulta a base de dados existentes na área, destacando UNIBIBLI,

USP, UNICAMP e UNESP.

b) Documentação e registro das informações selecionadas.

c) Fichamento bibliográfico dos registros selecionados e redação

concomitante da pesquisa.

Adicionalmente, será proposto um plano de comunicação interna, com foco em endomarketing, para a empresa desenvolvida no plano de negócios iniciado na

disciplina Empreendedorismo.

CONCEITOS ESSENCIAIS

Como a comunicação sempre esteve presente nas organizações Cardoso (2006) mostra a importância de as empresas buscarem uma nova lógica de gestão,

utilizando-a como instrumento para potencializar as estratégias. Com base nessa necessidade está o fato de que todas as tomadas de decisões passam pelo processo de comunicação.

Thayer (1976) aponta a comunicação como elemento vital no processamento das funções administrativas: “é a comunicação que ocorre dentro da organização e a

comunicação entre ela e seu meio ambiente que definem e determinam as condições de sua existência e a direção do seu movimento”.

400

A comunicação interna tem como objetivo alinhar o conhecimento das

informações pode ser formal ou informal e está diretamente ligada aos colaboradores. As empresas buscam com a comunicação interna o engajamento e

a motivação dos funcionários.

O mundo corporativo nos mostra algumas características importantes relativas aos

impactos sofridos pela comunicação em tempos de mudanças e transformações: as exigências de mudanças rápidas, as pessoas têm que ser cada vez mais

proativas, o volume das informações aumentou bastante, com essas mudanças o papel da organização fica cada vez mais estratégico.

Para França e Leite (2007, p. 14) “repensar a comunicação significa conhecer as ideias que influenciam a comunicação interna, como ela reage diante das

mudanças e como interpreta os novos posicionamentos organizacionais”.

Por isso, a importância do endomarketing, que se resume por conjuntos de

estratégias e ações de marketing institucionais voltadas para o público interno.

RESULTADOS

O objetivo geral deste projeto de pesquisa de iniciação cientifica foi à

comunicação interna, com foco em endomarketing, visando responder a seguinte questão: Quais fatores são determinantes para que a comunicação interna esteja

no planejamento de comunicação estratégico? E, para que a comunicação interna esteja inserida no planejamento de comunicação, é preciso entender o conceito e

as aplicações da comunicação interna. Desse aporte inicial e, em visitas à Ibiara (empresa escolhida para a aplicação do plano de endomarketing), foram

coletados dados e informações a respeito da comunicação interna, com entrevistas semiestruturadas. Os dados coletados colaboraram na identificação

dos fatores positivos e negativos da comunicação interna.

As outras duas perguntas que nortearam todas as etapas do projeto e são

derivadas da pergunta de pesquisa descrita anteriormente também foram úteis na identificação dos problemas de comunicação, identificação das estratégias,

pesquisa de custos e proposição de implantação. O processo de pós-implantação do plano de comunicação motivacional será mediado pela pesquisadora pelo

período de 3 (três) meses, cumprindo o prazo de consolidação inicial.

401

DISCUSSÕES E CONCLUSÕES

O plano de comunicação motivacional será usado como estratégia de crescimento para a Ibiara Imóveis, aprimorando o que a empresa já apresentava de positivo, e

promovendo uma comunicação interna com ações de endomarketing em alguns dos processos. Com essas ações, o colaborador poderá ter acesso ao cadastro de

clientes, entrar em contato quando necessário, além da atualização em tempo real das vendas dos lotes. O processo de venda será mais transparente e acessível

a todos os colaboradores.

LIMITAÇÕES DE ESTUDO

Esse projeto se aplica a empresas de pequeno porte, que tenha como característica falhas na comunicação, mais não se aplicaria a empresas multinacionais de grande porte em curto prazo, com essas características, pois

seria necessário treinamento a todos os colaboradores e em curto prazo não seria viável.

REFERÊNCIAS

BARROS, A. J. da Silveira; LEHFELD, N. A. de Souza. Fundamentos de Metodologia Científica: um guia para a iniciação científica. 2. ed. São Paulo: Makron Books, 2000.

CARDOSO, Onésimo de Oliveira. Comunicação empresarial versus comuniação organizacional: novos desafios teoricos. Revista de Administração Pública. Rio de Janeiro 40(6): 1123-44 Nov./Dez. 2006.

FRANÇA, Fábio; LEITE Gutemberg. A comunicação como estratégia de Recursos Humanos. Rio de Janeiro: Qualitymark, 2007.

THAYER, L. O. Princípios de comunicação na administração: comunicação e sistemas de comunicação na organização da administração e relações internas. São Paulo. Editora Atlas. 1972.

Complexo Educacional FMU São Paulo/SP – 12 e 13 de Novembro de 2015

SOCIAL MEDIA COMO FERRAMENTA COMPLEMENTAR NA CAPTAÇÃO DE ALUNOS NO ENSINO SUPERIOR

Pedro Paulo Costa Martins - ([email protected]) Daielly Mantovani - ([email protected])

Este Trabalho tem por objetivo entender as novas relações de uso do Social

Media, em específico dentro do segmento educacional superior particular, para ações de captação de novos alunos.

Possui como base trabalhos publicados em torno do tema de marketing

educacional, principalmente dos estudos de Recuero (2011) quanto as relações e uso das Mídias sociais no Brasil, assim como os estudos de Hopper (2014) sobre as

organizações de ensino superior no Brasil e seu Método de Gestão e captação de clientes, e Samara (2013) quanto a dialética e postura do Comportamento do

consumidor.

Até a ultima década, o marketing focalizava-se na compreensão das preferencias,

necessidades e, consequentemente, no esforço de vender produtos e serviços que correspondessem aquilo que os clientes pretendiam e/ou tinham por necessidade

e desejo( Kotler,1997). Isto conduziu os gestores de marketing a orientarem-se para o volume de negócios, participação de mercado e em relações comerciais de

tipo direto e indireto

Contudo, na ultima parte do século XX o mercado alterou-se. Os clientes

tornaram-se mais sofisticados e menos sensíveis às variáveis clássicas do marketing-mix como resultado da globalização, da maior possibilidade de escolha

de fornecedores, de novas fontes de competição e do uso crescente de tecnologias de informação e comunicação, como a internet.

Esta realidade conduziu à noção de que a finalidade do marketing tem de ser alterada, no sentido de criar relacionamentos lucrativos e de longo prazo com clientes selecionados, visto que nem todos os clientes possuem o mesmo

valor.(Kotler, Marketing 3.0, 2009)

A saída para o marketing das empresas passa então, por aumentar a fidelização e

o valor criado e entregue aos clientes, sendo certo que todos os stakeholders podem contribuir para essa criação de valor.

403

Assim como a participação no cotidiano do consumidor pelas marcas, passa a ser

usual, através de técnicas como Inbound Marketing e Outbound Marketing, Marketing 2.0, 3.0 , atendimento através de canais alternativos, e ouvidorias

online.

Mídias Sociais (Social Media) são aplicações online que promovem interconexões e

a possibilidade de geração de conteúdos pelos usuários ( Cormode e Krishnamurthy ,2008), . E também são considerados um grupo de aplicativos

baseados na Internet e construídos a partir dos fundamentos tecnológicos da web 2.0, que permitem criação e troca de conteúdos pelos usuários “(Kalpan e

Haenlein 2010).

As mídias sociais estão presentes em todas as esferas da sociedade e se

expandiram a partir dos avanços da tecnologia da informação e da possibilidade de acesso por diferentes tipos de aparelhos eletrônicos, como personal computer,

smartphones, tablets e TV (ANDERSON, 2007; WANKEL, 2009)

A comunicação e o relacionamento com clientes por intermédio de veículos online, como mídias sociais, geram diferentes vantagens para as organizações,

tais como a possibilidade de orientar suas operações (produção, vendas) com base nas necessidades e percepções dos clientes-alvo e ampliar os momentos de

interação com os clientes (KELLER, 2009).

No referencial teórico abrange-se as questões de organização do pensamento

estratégico nos períodos de captação de alunos, assim como a usabilidade e comportamento de uso das mídias sociais no Brasil e suas relações de influência

no consumo e na ordenação de escala de importância e influência no processo decisório de consumo.

A Pesquisa Qualitativa será desenvolvida por entrevistas aos Gestores de Marketing das IES objeto de estudo, assim como levantamento de dados

secundários das IES, de seus relatórios de Internet, Social Media, e análise dos Posts, realizado nas Social Medias analisadas.

Segundo Ribeiro et al (2013), as mídias sociais (Social Media) geram também vantagens para os consumidores, pois possibilitam a estes assumirem a frente do

processo de comunicação e acessarem apenas as informações que lhes são interessantes (ex: informações técnicas e promoções), permitindo obter maior

engajamento da organização no processo de relacionamento.

404

Portanto, as Mídias Sociais (Social Media), que inicialmente tinham o objetivo de

conectar pessoas e grupos em torno do ambiente social digital, transformam-se em plataformas complexas, com vertentes comerciais, e inputs de vendas através

de publicidades e informações de produtos e serviços focados a vendas, ultrapassando o objetivo original de relacionamento.

Com a crescente do Mercado Educacional, com fusões e aquisições em todo o mundo, o mercado brasileiro vem vivendo uma realidade competitiva neste

segmento, sem precedentes históricos, onde o público antes pró ativo na escolha de suas instituições, se transformam em protagonistas de um mercado milionário

e disputado, e coadjuvantes em suas escolhas por suas instituições e cursos.

Com a oferta superando a demanda, as empresas de ensino superior no brasil

adotaram inúmeras ferramentas de marketing para criar conceitos, marcas, e divulgar instituições e cursos a seus alunos (clientes).

Existem técnicas adotadas (Hoper,2014) de criação de conceito de marca em prospects que estão longe da escolha do ensino superior, assim como ações direcionadas aos decisores da compra, assim como os usuários/ clientes do

produto/serviço educacional.

Para tanto somado as técnicas de conteúdo (Inbound e Outbound Marketing) o uso

das redes sociais se torna estratégico e necessário para além de relacionamento com os prospects, e com os clientes, como canal de demonstração e atração a

novos produtos, e conteúdos desenvolvidos pelas IES (Instituições de Ensino Superior) que justificam o seu posicionamento de mercado e produto.

Como campo de estudo afim de elucidar o uso destas ferramentas de Social Media; será utilizado o Complexo Educacional FMU e o IESB (Instituto de Ensino

Superior de Brasília) , ambos instituições particulares de Ensino Superior , acima de 50 mil alunos presenciais, com público variados entre as Classes A1 a C, e

utilizadoras das ferramentasde Social Media Facebook tm, Twitter tm, Linkedin tm, Google + tm.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ASUR, S.; HUBERMAN, B.A.; SZABO, G.; WANG, W. Trends in social media: persistence and decay. In: FIFTH INTERNATIONAL AAAI CONFERENCE ON WEBLOGS AND SOCIAL MEDIA. Anais... Association for the Advancement of Articial Intelligence, Barcelona, 2010.

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RECUERO, R. Redes sociais na Internet. Porto Alegre: Sulina, 2009.

WANKEL, C. Management education using social media. Organization Management Journal, v. 6, n. 4, p. 251 - 262, 2009.

Complexo Educacional FMU São Paulo/SP – 12 e 13 de Novembro de 2015

BRASIL X ÍNDIA: UM ESTUDO SOBRE AS EXPERIÊNCIAS DE ADAPTAÇÃO INTERCULTURAL, EM UMA PERSPECTIVA FENOMENOLÓGICA

Vera Lúcia Chaves Alonso - Mestranda em Administração pela FMU ([email protected])

Luiz Fernando Rodrigues Silva - Mestrando em Administração pela FMU ([email protected])

INTRODUÇÃO

O trabalho apresenta como se configura o deslocamento de pessoas de um ponto

geográfico a outro nessa “aldeia global”, visando a diversidade cultural, manifestada em valores, crenças, costumes, códigos e mundos simbólicos que se

tangenciam por meio de diálogo intercultural podendo transformar-se em oportunidade de aprendizados, ampliação dos conhecimentos, expansão de

negócios e profusão de recursos a serem explorados.

À luz de diferentes perspectivas antropológicas, sociológicas e psicológicas a

cultura de uma nação pode ser compreendida, analisada e entendida como sistema de significados partilhados por membros de uma comunidade (MOTTA;

CALDAS, 1997).

Para Trompenaars (1994, p. 24), cultura é “o modo como as pessoas atuam na

natureza, onde problemas do cotidiano são resolvidos de formas tão óbvias que as soluções desaparecem da nossa consciência”. Os autores Black (1990), Nicholson

(1984) e Oberg (1960) especificam o ajustamento cultural como o grau de conforto psicológico que o estrangeiro passa a sentir com o novo ambiente.

Black, Mendenhall, and Oddou,(1985) apontam cinco dimensões que emergem como componentes no processo de ajustamento transcultural : 1) Pré treinamento; 2) Experiência anterior 3) Mecanismo de seleção organizacional; 4)

Habilidades individuais-capacidade de desenvolver relacionamento com locais e habilidades cognitivas que permitam ao expatriado perceber o ambiente local e

pessoas com quem interage; 5) Fatores não relacionados ao trabalho seriam a novidade da cultura local e o ajustamento da família, em especial o cônjuge.

Para Hofstede (2003, p. 19), cultura é “a programação coletiva da mente que distingue os membros de um grupo ou categoria de pessoas ante outro”. Esse

autor observou ainda, que programas mentais das pessoas ao redor do mundo, não

407

mudam rapidamente. As trocas culturais são relativas ao invés de absolutas (apud

LEUNG, BHAGAT, BUCHAN, PEREZ, GIBSON, 2005).

Hofstede (1980), em estudo macro-analítico em subsidiarias da empresa IBM

relacionadas às diferenças culturais existentes em vários países, encontrou distinções significativas entre comportamentos e atitudes de funcionários das 53

subsidiárias dessa empresa e constatou a influência da cultura nacional nos valores e atitudes em relação ao trabalho, definindo quatro dimensões culturais.

Essas dimensões foram adicionadas à dimensão de Bond (1990), resultando em cinco dimensões: Distância do Poder, Aversão à Incerteza,

Individualismo/Coletivismo, Masculinidade/Feminilidade e Orientação de Curto/Longo Prazo.

OBJETIVO

O artigo procurou identificar e compreender sob a perspectiva fenomenológica, experiências e vivencias de adaptação intercultural por dois estrangeiros que se

deslocaram entre o país de origem dele e o país anfitrião. Buscou-se, também, delinear subsídios sobre a literatura do tema, através dos pesquisadores: Motta e

Caldas (1997); Trompenaars (1994); Black (1990); Nicholson (1984); Oberg, (1960); Black, Mendenhall, And Oddou (1985) e Hofstede (2003).

PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

Os procedimentos metodológicos são a fenomenologia transcendental,

identificados por Husserl (1931) e traduzidos em método qualitativo por Moustakas (1994). Buscou-se, compreender os fenômenos, a partir do conjunto de

experiências vivenciadas por dois entrevistados: um indiano em missão ao Brasil e uma brasileira que morou 12 anos na India. A micro-amostra deve-se à escolha

dos sujeitos à luz da amostragem intencional, proposto por (THIOLLENT 2000).

Cada sujeito apresentou uma unidade de sentido à realidade respaldada em suas

percepções de valores, histórias de vida e experiências, conforme os ensinamentos de Moustakas (1994) e Moreira (2004). As entrevistas foram

conduzidas não apenas por perguntas elaboradas. Mas pelos discursos dos entrevistados. O que significa que a partir de cada discurso, novas questões foram

trazidas para o aprofundamento do estudo utilizando as operações fenomenológicas de descrição, suspensão (epoché) e redução visando o propósito

408

de apreender a experiência vivenciada pelos respondentes, em uma tentativa

consciente para encontrar mais informações sobre a definição da experiêncica vivenciada pelos pesquisados. Foi utilizado o método da reciprocidade na

entrevista. Ou seja: pesquisador e sujeito foram engajados em diálogo sobre o tema (GROENWALD, 2004) que possibilitou revelar a potencialidade a múltiplas

interpretações (MOUSTAKAS,1994).

O método fenomenológico atende ao propósito de aprofundar a análise da

experiência intercultural vivenciada pelos dois entrevistados, uma vez que não se procurou buscar resultados generalizáveis, o que demandariam uma amostra

maior. = 32 palavras

ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

Buscou-se identificar nos relatos os aspectos comuns, invariantes dos discursos, extraindo suas unidades de significado, suas essências, no que diz respeito às experiências e vivências dos entrevistados no país estrangeiro.

a) Leitura dos relatos com as experiências vivenciadas pelos dois entrevistados

b) Identificação nas narrativas de elementos essenciais que indicavam como

vivenciaram suas experiências no exterior e quais desafios, aspectos positivos e negativos na percepção dos entrevistados. Assim foram

destacados os temas centrais de análise.

c) Identificação dos significados possíveis e perspectivas divergentes sobre o

fenômeno.

d) Análise da essência do fenômeno.

CONCLUSÃO

A partir das análises e reflexões sobre o objeto foi possível observar que indivíduos pesquisados ao ultrapassarem as fronteiras de seus países, em contato

com valores, crenças, hábitos em outros contextos culturais podem também aprender algo do outro país e não apenas em termos de pensamento e filosofia,

mas também na mudança e aceitação de outras formas de comportamento, outros valores como afetividade e amizade. Outro aspecto é o desconforto inicial gerado

pela falta de domínio da língua, o que estimula a aprendizagem e mecanismos para enfrentar a nova situação.

409

Para alguns estudiosos a diferença entre a cultura anfitriã e a do país de origem é

um aspecto importante para que essas diversidades sejam refletidas e entendidas no processo de adaptação. De certa forma, os colaboradores da pesquisa foram

“conduzidos” para um questionamento de dúvidas, comparação com os hábitos e formas de vida do país de origem.

Esse processo é elemento importante para o desenvolvimento de habilidades e ressignificar as ações dos pesquisados, face à cultura estrangeira, além de

contribuir para com sua adaptação.

Nesse contexto, Hofstede (1980) comentou que a distância cultural entre o país

de origem e país anfitrião, idade, educação e hábitos podem interferir no processo de adaptação do estrangeiro. Hofstede,(1980) disse, também, que

quando a pessoa aceita as diferenças de cultura, ela começa a adaptar-se. (apud, JOLY, 1996).

A opinião de Hofstede (1980) pode ser ilustrada pela fala do Pe. Thomas, quando menciona que a comparação entre a Índia com o Brasil, e seu estranhamento inicial (quando aqui chegou e a sua percepção hoje) é de que o Brasil é o melhor

país para se viver. Foi a partir do seu processo de interação cultural, suas atividades interpessoais e relacionais que criou mecanismos para ajustar-se à

nova realidade. O mesmo ocorreu com a entrevistada Lígia. Ela participava intensamente das atividades sociais. Construiu amizades que permanecem até os

dias de hoje. A comunicação é outro fator relevante para o processo de adaptação. Os dois entrevistados mencionam ter buscado um aprimoramento e

aprendizagem da língua para poderem se intercomunicarem.

Esses aspectos contribuíram para a integração e adaptação da cultura do país

anfitrião. Desta forma, entende-se que o processo de adaptação se conduz pelas experiências vividas no cotidiano pessoal e profissional e de forma gradativa.

Tomando a vivência dos pesquisados como fenômeno, emerge a percepção do comprometimento com o mundo, através da experiência e do pensar. Esse viver

foi criando ações e valores que foram se incorporando à consciência dos respondentes como consciência de algo (HUSSERL, 2002).

O trabalho responde a pergunta-problema: “De que forma se configuram as experiências vivenciadas no processo de adaptação de pessoas que imigraram

para outro País”?

410

REFERÊNCIAS

BLACK, J. S.; MENDENHALL, M.; ODDOU, G. T. A comprehensive model of international adjustment: an integration of multiple theoretical perspectives. Academy of Management Journal, v. 16, p. 291-317, 1991.

FREITAS, M. E. . Multiculturalismo: Vida de Executivo expatriada: A Festa Vestida de Riso ou de Choro. In: DAVEL, Eduardo; VERGARA, Silvia. (Org.). Gestão com Pessoas e Subjetividade. Petrópolis: Vozes, 2001, v. 1000, p. 288-302.

HOFSTEDE, G. Motivation, leadership and organization. Organizational Dynamics. Summer, p. 42-63. 1980.

HOFSTEDE, G. Cultura e Organizações: Compreender a nossa programação mental. Lisboa: Silabo, 2003.

LEUNG, K., BHAGAT. R., BUCHAN, N. et al. Culture and international business: recent advances and their implications for future research. Journal of International Business Studies. v.36, 2005.

Complexo Educacional FMU São Paulo/SP – 12 e 13 de Novembro de 2015

AUMENTO DE PRODUTIVIDADE, REDUÇÃO DE RISCOS E DISPERDICIOS NO STRECHAMENTO DE PALETES EM CENTRO DE DISTRIBUIÇÃO

RELATO TÉCNICO EM PROVEDOR LOGISTICO

Carlos Alberto da Rocha – ([email protected])

RESUMO

O presente relato técnico descreve uma situação para solução de redução de

custos nas movimentações logísticas de produtos em cargas paletizadas no Supply Chain de uma empresa multinacional do segmento de operações logísticas que

por questões de caráter de confidencialidade e aspectos de Governança Global não pode divulgar os nomes dos desenvolvedores além dos dados do provedor

logístico responsável pelas operações em centro de distribuição onde ocorre o que se chama movimentação em cross-docking de cargas. O projeto relata ganhos

otimização operacional submetido a testes pilotos onde pode se obter uma redução no consumo de stretch proximo de 60% e dos custos de aquisição em 50%

além de ganhos da produtividade com inovações na mão de obra e melhoria de qualidade em processos sem riscos de afastamento por motivos fisicos de

aplicação manual que pode representar redução dos custos logísticos e ser objeto de valor na negociação do Operador Logistico para captação de novos clientes o

que faz com que o projeto mereça uma maior atenção para aprovação por ter um atributo de negociação em um mercado extremamente competitivo.

Palavras-chave: Produtividade; Custos; Melhoria da Competitividade

ABSTRACT

This technical report describes a situation for cost-saving solution in logistics

movements of products in palletized loads in the supply chain of a multinational company in the logistics operations segment for confidentiality character issues

and aspects of Global Governance cannot disclose the names developers in addition to the data from the logistics provider responsible for operations at the

distribution center where there is what is called movement in cross-docking charges. The project reports earnings operational optimization subject to pilot

tests where you can get a reduction in the consumption of stretch near 60% and procurement costs by 50% as well as productivity gains from innovations in labor

and quality improvement processes without risks of removal for physical reasons

412

Manual application that may represent a reduction of logistics costs and be of

value in negotiating Logistic operator to attract new customers which means that the project deserves more attention for approval by having a negotiation

attribute in an extremely competitive market.

Keywords: Productivity; Costs; Competitiveness Improvement

INTRODUÇÃO

Este Relato Técnico descreve uma solução para situações de ganhos de

produtividade e diminuição de riscos físicos operacionais em strechamento de paletes além de resultados financeiros em um Operador Logístico que utiliza a

todo em centro de distribuição nas áreas de movimentações de carga e descarga de produtos processos de paletização com mão de obra direta em paletes PBR a

matéria prima film stretch de fechamento destinado a pontos de docas para distribuição.

Nesse sentido o operador logístico tem que ter entre em seus procedimentos além

do cumprimento de metas de produtividade e de qualidade acordadas com os embarcadores uma maior atenção na segurança ocupacional por conta de riscos

de afastamento da mão de obra operacional que utiliza 3(três) turnos para aplicação de strech no palete PBR como carga paletizada a ser destinada aos

pontos de doca de distribuição na operação de cross-docking, onde o Operador Logístico estabelece indicadores operacionais a Prestadores de Serviços no

sentido de se cumprir suas metas com os embarcadores.

Como a mão de obra que executa tarefas monitorada nos aspectos de segurança

ocupacional por questões de riscos físicos e possíveis ações trabalhistas com afastamentos de trabalho por conta de exaustivo esforço em strechamento do

film no palete que é necessário 8 (oito)voltas para paletização, o próprio Operador Logístico monitora as ações com lideres de segurança sobre esses riscos

e incentiva essa mão de obra com ganhos de produtividade em espécie na medida que cumpram as metas sem o excedentes de jornada que podem ter as

ocorrências de afastamento que é um compromisso diário do Provedor com o Cliente Embarcador que exige qualidade e rapidez na execução de carregamento

de cargas paletizadas como destino o mercado varejista em ponto de distribuição.

As ocorrências dos riscos de afastamentos na área operacional por conta do strechamento manual dos paletes são evidentes e que se não feita corretamente

413

e monitorada pela segurança do trabalho por conta dessa ação manual do stretch

por mão de obra direta pode causar lesões, doenças na coluna como escoliose além de braços e pernas.

Nesse contexto o projeto proposto vem em linha contraria propor uma substituição do método manual que comprovadamente diminui-se esses riscos de

afastamentos por conta da substituição dessa matéria prima convencional pelo o que se chama atualmente de strech smarfilm que se aplicado corretamente desde

do inicio do processo, após treinamento técnico há evidencias de varias sinergias de melhorias de produtividade, diminuição de riscos e custos operacionais.

O processo passa utilizar menos mão de obra direta por conta da redução da matéria prima stretch e consequentemente causar menor riscos dessas lesões

com a melhor significativa para a solução do strechamento e amarração da embalagem palete da carga paletizada mantido a integridade e utilidade dos

produtos sem avarias nos pontos de docas.

Há também um aplicador plástico reutilizável que pode evitar queimaduras das mãos por constantes e continuas aplicações de strech manual o que minimiza

esses riscos e contribui para não haja os afastamentos.

Pode-se afirmar então que a proposta desse projeto o provedor logístico terá uma

substancial redução dos custos operacionais e melhoria de produtividade na movimentação de strechamento na paletização que pode ser disseminada em

outras plantas com o mesmo perfil operacional incluindo melhoria de processos e qualidade de serviços.

O projeto também apresenta limitações para aprovação em provedor logístico, pois identifica ações de diminuição atividades operacionais de mão de obra por

conta da redução de custos de matéria prima e consequente mão obra de aplicação que faz com que a planta operacional não necessite de mão excedente

o que vai em contra as crenças e valores entre a empresa onde cada colaborador é considerado como um patrimônio da empresa.

De qualquer forma os primeiros de testes piloto do smarfilm, independentemente dessa contextualização de entendimento de valor no provedor, após os

treinamentos operacionais ocorreram melhorias da produtividade, diminuição dos riscos de lesões por atividade operacional e redução de custos de matéria prima.

414

O relato técnico sugere que após os testes piloto e aprovação que seja feito

planejamento no sentido de substituir o método convencional manual para que haja redução de consumo de matéria prima stretch e implantado um núcleo de

acompanhamento de produtividade com foco nos desperdícios e redução de consumo de 60% de matéria prima manual e 50% de redução dos custos de

aquisição de tal forma que em um consumo mensal de 1 tonelada de stretch esse número seja reduzido para pouco mais de 380 kg.

Sob o ponto de vista de produtividade e redução de custos, sem duvida relato técnico traz benefícios operacionais para o provedor, porém com impacto nos

custos de mão de obra direta na movimentação de produtos no armazém em cargas paletizadas por conta da mudança do processo convencional para

processos mais eficientes e com melhor sinergias de custos o que hoje no cenário atual é objeto de busca a todo momento além da redução dos riscos operacionais

por lesões, doenças de coluna, braços e pernas por conta de esforço físico repetitivo da mão de obra na bobina para strechamento.

Em linhas gerais se aprovado o projeto técnico apresenta, ganhos de

produtividade redução de consumo de matéria prima por conta da substituição por strech já pré-estirado com uso do smarfilm matéria prima melhora de

resultados financeiros com impacto na mão de obra sem que haja qualquer tipo de comprometimento de riscos operacionais com melhoria de qualidade da

segurança dos produtos e que se implantado haverá uma contribuição nos custos finais dos serviços logísticos na composição de proposta comerciais um objeto de

valor para negociação e captação de novos e clientes o que faz com que o projeto mereça um maior destaque pelo comprometimento com a instituição e entre os

parceiros comerciais.

REFERENCIAL TEÓRICO

O entendimento do Supply Chain Management (SCM) e a conceitualização de Logística conforme afirma Bowersox (1998) é “Supply Chain é um termo que

considera uma sequência de compradores e vendedores trabalhando em conjunto para levar o produto da origem até a casa do consumidor” onde a “Logística faz a

movimentação desses produtos e fornece informações relativas de um local a outro”.

Nesse sentido inclui-se a movimentação de materiais em cargas paletizadas,

armazenagem de produtos, transportes de cargas, distribuição e gerenciamento

415

de estoques por das alocações dinâmicas desses produtos por Stock Keeping Unit (SKU) onde é definido código identificador único para um produto que é utilizado para essa alocação.

O autor resumi ainda que a “Logística é a integração de todas essas partes e de uma maneira sequenciada de algo que envolve a operação no Supply Chain que,

por conseguinte faz o gerenciamento da Cadeia ser uma estratégia e uma parte do negócio”

Segundo ainda Bowersox (1998) o que é logística então? Logística é a ciência de se fazer chegar o produto certo, na quantidade certa, no lugar certo, no tempo

certo e nas condições estabelecidas por contrato entre Operadores Logísticos e Embarcadores, clientes do Operador com o mínimo de custo possível.

No cenário brasileiro também se observam várias pesquisas voltadas à gestão da do Supply Chain. Teixeira e Lacerda (2010) analisaram artigos versando sobre

gestão da Cadeia de Suprimentos, publicados em alguns periódicos acadêmicos entre os anos de 2004 e 2006. Os autores identificaram os seguintes tópicos de interesse nas pesquisas: a coordenação e a troca de informações entre empresas,

a configuração da produção, o design e o desempenho da cadeia.

Apesar da grande variedade de trabalhos e abordagens voltados ao estudo da

natureza das relações e ao processo de estabelecimento de confiança entre as empresas, McEvily (2001) aponta a dificuldade de se estabelecer comparações

entre os resultados obtidos, fator este limitante do avanço do conhecimento da confiança interorganizacional.

CONTEXTUALIZAÇÃO DO PROJETO

Na gestão alocada e integrada de recursos financeiros com área operacional a

relação do Supply Chain na área é sempre complexa no sentido de aplicação de investimentos e reduções de custos porem sempre com a exigência do aumento

da produtividade hoje principal fundamento para melhoria por conta do uso de mão de obra alocada nas pontas de docas que necessita sempre cumprir metas

dos embarcadores que possuem uma previsão da demanda de carregamento dos produtos para paletização e que o provedor não pode reduzir pessoas pois os

volumes de movimentação são variáveis.

416

Essa concepção ampla da gestão dos recursos na Cadeia e investimentos é uma

decorrência do conceito de desenvolvimento sustentável, que associa o processo de desenvolvimento à equidade social e à manutenção da capacidade de suporte

do sistema (MUÑOZ, 2000).

Há programas que reduzem os riscos de acidente, porém foi evidente o aumento

dos índices de produtividade por conta da substituição da matéria prima stretch na área operacional de carga e descarga por meio de ações como um melhor

controle de aplicação sem desperdício não houve um volume alto de aquisições novas do stretch já estirado na medida em que a mão de obra quando fosse

strechado manual no palete, o número de voltas não desperdiçasse o filme o que representaria centenas de recursos desperdiçados para enfrentar os custos da

com ocorrência.

Nesse sentido além de substituir os custos de matéria prima manual há também a

inserção de equipamentos de automação de máquina envolvedora semiautomática de stretch onde em área de paletização o palete abaixo em linha de segue faz o braço girar em torno do palete com isso reduzindo também o consumo de filmes

stretch visando mudança de hábitos e eliminação de vícios de desperdício.

RESULTADOS SIMULADOS EM POR ANÁLISE DE CONSUMO

Atual

FS 331 e FS 550

Dimensão do palete Comprimento (cm)

110

110

Largura (cm)

120

120 Altura (cm)

200

200

Porcentagem de pré-estiramento

0

150 Filme

Espessura (microns)

25

25 Largura do filme (cm)

50

50

Programa do palete Nº de voltas na base

2

2

Nº de voltas no topo

2

2 Sobreposição (cm)

10

10

Envolvimento ascendente

Envolvimento ascendente/descendente

x

x

417

Consumo de metros de filme por palete

64,40

25,76

Peso de filme consumido em kg por palete

0,74

0,30 Preço de um palete embalado

R$ 5,92

R$ 2,37

Consumo diário Número de paletes por dia 20

14,8

5,9

Preço do filme (kg)

R$ 8,00

R$ 118,50

R$ 47,40

Consumo mensal

R$ 2.606,91

R$ 1.042,76

Consumo anual

R$ 31.282,94

R$ 12.513,18

METODOLOGIA DA PRODUÇÃO TÉCNICA

Para se confirmar esses resultados foram utilizados como metodologia para a implantação e implementação do Projeto:

Realização de reuniões com parceiro: fabricantes de stretch, a fim de estabelecer parcerias com foco na economia de recursos e diminuição de custos.

DESCRIÇÃO DA EMPRESA FOCO

A empresa foco do estudo é Global de origem Europeia atuando em diversos

países com soluções na Cadeia de Supply Chain e prestação de serviços Logísticos há mais de 58 (cinquenta e oito) anos. Chegou ao Brasil no segundo semestre de

2013 através de aquisição da subsidiária concorrente Americana que atuava no país por mais de 17(dezessete anos) para se colocar nos próximos 8(oito) anos

entre os 5(cinco) maiores provedores logísticos do país. Em termos globais considerando todas as empresas subsidiárias do grupo no mundo no ano de 2014, o

faturamento informado pela Board of Director foi de 3,0 bilhões de Euros e aproximadamente 15 (quinze) mil parceiros comerciais sendo que no Brasil próximos de 2(dois) mil. O grupo é suportado por um conglomerado de mais de 20

(vinte) mil colaboradores em escala global considerando Headquarter e filais sendo que no Brasil esse número fica próximo de 1.300 (mil e trezentos) As

principais atividades desenvolvidas no país é a de soluções de inovação na cadeia do Supply Chain com otimização das operações logística, armazenagem e

distribuição além de solução para aumento de produtividade com embalagem de

418

produtos e transportes já presentes em outras subsidiárias do mundo. Por

questões de políticas de globais de Governança entre as quais a de confidencialidade em todo grupo a empresa não autoriza a divulgação da razão

social por quaisquer meios de comunicação seja escrita ou falada dos parceiros comerciais e clientes.

CONCLUSÕES

O presente Projeto relatado nos testes de movimentação de operações de

strechamento foram alcançados ótimos resultados de produtividade e de economia financeira e grande melhoria da qualidade dos serviços além da

reduções de riscos de afastamento de mão de obra pelo esforço de paletização manual porém a decisão de aplicação por conta da comprovada redução de custos

mão de obra direta está sendo avaliado pela cada Matriz por conta da manutenção de empregos diretos política de crença e valor do provedor logístico.

Conforme descrito no projeto, hoje a instituição conta com um Planejamento

Estratégico, sendo continuado pela nova administração e estruturado nos pilares abaixo:

1º Gestão participativa operacional; 2º Humanização nas relações entre as partes interessadas;

3º Ampliação e melhoria na prestação de serviços; 4º Gestão da informação e desenvolvimento de projetos de tecnologia;

5º Gestão, valorização, capacitação e desenvolvimento de Recursos Humanos;

6º Sustentabilidade Econômico-Financeira.

REFERÊNCIAS

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LADEIRA, W. J.; MARCONATTO, D. A. B.; ESTIVALETE, V. B. Controlar para confiar? Uma análise do risco percebido em relacionamentos de uma cadeia de suprimentos. Revista Economia & Gestão, v. 12, n. 29, p. 98-123, 2012. DOI – 10.5752/P.1984-6606.2012V12N29P76.

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LAMBERT, D. M.; EMMELHAINZ, M. A.; GARDNER, J. T. Developing and implementing supply chain partnerships. The International Journal of Logistics Management, v. seven, n. two, p. 1-17, 1996.

ROSSONI, L.; MARTINS, G. S.; MARTINS, R. S.; SILVEIRA, R. I. N. da. Imersão social na cadeia de suprimentos e seu efeito paradoxal no desempenho operacional. Revista de Administração de Empresas, v. 54, n. 4, p. 429-444, 2014.

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Complexo Educacional FMU São Paulo/SP – 12 e 13 de Novembro de 2015

RESPONSABILIDADE SOCIAL CORPORATIVA, EMPREENDEDORISMO E INOVAÇÃO: EVIDÊNCIAS EM EMPRESA BRASILEIRA

Elzo Alves Aranha - ([email protected]) Neuza Abbud Prado Garcia - ([email protected])

OBJETIVO DO ESTUDO

O modelo de análise proposto por Aranha e Garcia (2013) possibilita estabelecer a

conexão e interface entre responsabilidade social corporativa (RSC) e empreendedorismo corporativo e inovação. Além de estimular o debate e a

produção de análises na interseção entre os dois campos (RSC e empreendedorismo e inovação), o modelo de análise se propõe destacar

evidências e fragilidades, sinaliza a necessidade de promover um diálogo balizado e verticalizado e procura encontrar ressonância nas práticas das empresas, de

modo particular, no contexto brasileiro. A noção de criação de valor compartilhado (Porter e Kramer, 2001) foi o caminho utilizado para estabelecer a

mediação entre RSC e empreendedorismo corporativo e inovação, resultando em quatro dimensões que constituem o modelo de análise, a saber: racionalidade,

compreensão intuitiva, valor e gestão das incertezas.

Em continuidade a investigação que se delineia na fronteira da intersecção entre

RSC e empreendedorismo e inovação, o presente estudo tem o objetivo de analisar a operação do modelo de análise proposto por Aranha e Garcia (2013)

considerando os dados empíricos levantados em empresa brasileira. Pretende-se ilustrar as dimensões do modelo, racionalidade, compreensão intuitiva, valor e

gestão das incertezas, em operação no indivíduo, de modo particular no principal executivo da empresa.

RELEVÂNCIA DA PESQUISA

Existem duas lacunas atualmente na produção científica brasileira de Administração. A primeira trata-se da carência de modelos de análises

estabelecendo conexões e interfaces entre responsabilidade social corporativa (RSC) e empreendedorismo corporativo e inovação, o que promove o

distanciamento da produção científica brasileira dos demais países desenvolvidos. A segunda lacuna é o isolamento e distanciamento da produção científica

brasileira de responsabilidade social corporativa das práticas administrativas que

421

vêm atualmente sendo implementadas nas empresas brasileiras, vinculadas à

responsabilidade social corporativa, com estreita conexão e interface com o empreendedorismo e inovação. Estas duas lacunas colocam o empreendedorismo

corporativo em tensão com o campo da responsabilidade social corporativa no Brasil.

PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

O estudo é de natureza qualitativa e exploratória. O método de estudo de caso

foi utilizado para analisar um fenômeno contemporâneo, considerando as proposições e evidências, a partir dos dados empíricos. Na primeira etapa,

considerando a análise da revisão da literatura nacional e internacional procurou demarcar os elementos que caracterizam as dimensões do modelo de análise

proposto constituído da racionalidade, compreensão intuitiva, valor e gestão das incertezas. É importante ressaltar que o desenvolvimento inicial do modelo de análise descartou artigos nacionais e internacionais sobre práticas de

responsabilidade social implementadas em fundações e institutos ligados às empresas e organizações não empresariais. Na segunda etapa foi selecionada uma

empresa do setor farmacêutico localizada no estado de São Paulo. A coleta de dados se refere aos dados secundários obtidos no relatório de gestão, site e

notícias veiculadas pela imprensa e principais dados sobre o comportamento do principal executivo. Os dados se refere às ameaças e oportunidades do contexto

político-legal, sócio-cultural, demográfico, tecnológico e econômico juntamente com as forças e fraquezas que contribuíram para a elevação do desempenho da

empresa. Na terceira e última etapa foi realizada a análise dos dados levando em consideração as dimensões do modelo de análise.

CONCEITOS ESSENCIAIS

O presente estudo resgata as principais dimensões do modelo de análise

constituído por racionalidade, compreensão intuitiva, valor e gestão das incertezas. Estas dimensões identificadas são resultantes da revisão da literatura

internacional e nacional de responsabilidade social corporativa (Carroll, 1991), empreendedorismo corporativo e inovação. A noção de criação de valor

compartilhado foi o elemento mediador para estabelecer o elo de ligação entre RSC e empreendedorismo corporativo e inovação. Porter e Kramer fazem duras críticas às práticas administrativas que vem sendo implementadas nas empresa

422

direcionadas à RSC que é desprovida da noção de valor compartilhado (CVC) e não

dialoga com a inovação e empreendedorismo.

Quanto às dimensões que constituem o modelo de análise, a noção de

racionalidade se refere à concepção em que todos os objetos existentes no mundo real são regidos pelos princípios da lógica e da razão. Esta racionalidade permeia

o comportamento empreendedor promovendo rupturas e transformações na dinâmica da organização, propiciando a criação, captura, sustentação e

compartilhamento de valor. A dimensão da compreensão intuitiva é amparada na concepção da intuição e na concepção da criatividade. Intuição e criatividade

juntamente com imaginação, conhecimento e atitude estão associadas ao processos de empreender e inovar do indivíduo.

A noção de valor que é atribuída no modelo de análise possui um estreito vínculo com a roupagem adotada no campo de marketing. A noção de valor reside em

todos os benefícios tangíveis e intangíveis proporcionados por uma oferta de valor subtraído do preço.

A dimensão da gestão de incerteza embute duas noções. Primeiro, a taxonomia da

incerteza composta por dois aspectos: a complexidade que se refere ao número de elementos inseridos no ambiente e nível de mudança, que representa o quão

rapidamente esses elementos são alterados (Hatch, 1977). Segundo, a percepção da incerteza que pode ser observada por alguns indivíduos e por outros não. A

percepção da incerteza é associada ao weltanschauung (Filion, 1993).

RESULTADOS

O presente estudo possibilitou a obtenção de dois principais resultados. A análise dos dados empíricos da empresa oriundas do contexto (ameaças e oportunidades

do contexto político-legal, sócio-cultural, demográfico, tecnológico e econômico) juntamente com as forças e fraquezas de origem interna à empresa possibilitaram

constatar e ilustrar a operação das dimensões racionalidade, compreensão intuitiva, valor e gestão das incertezas no principal dirigente da empresa. A

empresa XYZ realizou no segmento da área farmacêutica investimentos na ordem de mais de R$ 160 milhões, para a produção de produtos sólidos, semi-sólidos,

orais e injetáveis e investimentos em pesquisa, desenvolvimento e inovação na ordem de R$ 30 milhões, em 2009. Atualmente o Laboratório possui mais de 25 parcerias estratégicas com universidades, institutos de pesquisa e órgãos

governamentais. Em 2013 a empresa XYZ faturou R$ 1,4 bilhão, superior 1,2

423

bilhão em 2013 que coloca a empresa entre os principais concorrentes. A

reinvenção do modelo de negócio foi o principal atributo de crescimento.

O segundo resultado é constatação de que empresa brasileira implementa

práticas administrativas direcionadas para a criação de valor compartilhado, em que empreendedorismo e inovação estão articuladas com a responsabilidade

social corporativa.

DISCUSSÕES E CONCLUSÕES

Considerando os dados analisados da empresa foi possível constatar que as dimensões da racionalidade, compreensão intuitiva, valor e gestão das incertezas

operam no indivíduo da empresa XYZ, de modo particular no principal executivo.

LIMITAÇÕES DO ESTUDO

O estudo é restrito a uma empresa. Os estudos de casos múltiplos ou ampliação

da quantidade de empresas poderão oferecer novas compreensões e entendimentos da operação do modelo de análise.

REFERÊNCIAS

ARANHA, A. Elzo; GARCIA, A. Neuza. Responsabilidade Social e Empreendedorismo: Evidências e Fragilidades. Desenvolvimento em Questão, vol. 11, núm. 24, setembro -dezembro, pp. 260-288, Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul Ijuí, 2013.

CARROLL, A.B. The pyramid of corporate social responsibility: toward de mora management of organizational stackeholders. Business Horizons, ju./ago.,1991.

FILION, L. J . Visão e relações: Elementos para um metamodelo empreendedor. Revista de Administração de Empresas, São Paulo, v. 33, n. 6, p. 50-61, nov./dez.1993.

HATCH, M. Organization Theory: modern, symbolic and postmodernism perspectives. 1.ed. New York: Oxford press, 1997.

PORTER, M. E.; KRAMER, M.R. Creating share value. Havard Business Review, vol.89, n.1-2,p.1-17,2011.

Complexo Educacional FMU São Paulo/SP – 12 e 13 de Novembro de 2015

O PAPEL DA EDUCAÇÃO CORPORATIVA NO DESENVOLVIMENTO DAS COMPETENCIAS ESSENCIAIS PARA ATENDER AS BOAS PRÁTICAS DE

GOVERNANÇA CORPORATIVA Ana Paula Gomes - ([email protected])

Mayra de Moraes Mitter - ([email protected]) Gilmara Roble - ([email protected])

INTRODUÇÃO

Este artigo tem como objetivo analisar se bancos, que têm governança

corporativa, desenvolvem através da educação corporativa, as competências essenciais para atender os objetivos da governança.

A Governança Corporativa assume grande importância no mercado financeiro e sua adoção tornou-se um dos requisitos básicos exigidos pelos investidores e pelas

instituições do mercado financeiro, que neste estudo de caso restringir-se-á bancos.

Para tanto foi elaborado o seguinte problema de pesquisa: “Os bancos que têm

Governança Corporativa têm as competências essenciais desenvolvidas?”

GOVERNANÇACORPORATIVA

O Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC), organização exclusivamente dedicada à promoção da Governança Corporativa no Brasil e o

principal fomentador das praticas e discussões sobre o tema no País, define Governança Corporativa (GC):

Governança Corporativa é o sistema pelo qual as organizações são dirigidas, monitoradas e incentivadas, envolvendo os relacionamentos entre proprietários, Conselho de Administração, Diretoria e órgãos de controle (IBGC, 2009).

São quatro os principais princípios da Governança Corporativa: transparência; equidade; prestação de contas e responsabilidade social (IBGC, 2009).

EDUCAÇÃO CORPORATIVA

425

Marisa Eboli, pesquisadora que a coloca como bibliografia amplamente citada

quando o assunto está relacionado à Educação Corporativa define como o objetivo do Sistema da Educação Corporativa (SEC) da seguinte forma: “o desenvolvimento

e a instalação das competências empresariais e humanas consideradas críticas para a viabilização das estratégias de negócios” (EBOLI, 2004, p. 48)

COMPETÊNCIAS ESSENCIAIS

Dutra define competências essenciais como: “As entregas esperadas das pessoas

que asseguram a continuidade e o crescimento da empresa ou do negócio são chamadas de competências essenciais” (DUTRA, 2014, p.134).

METODOLOGIA

A metodologia utilizada neste artigo foi a pesquisa qualitativa exploratória, através de estudo de múltiplos casos. Segundo Yin (2001, p. 32) “o estudo de caso

é uma investigação empírica que investiga um fenômeno contemporâneo dentro de seu contexto da vida real”.

A coleta dos dados ocorreu pela técnica de entrevistas semi-estruturadas com gestores e empregados de dois bancos comerciais que atuam na cidade de São

Paulo e para descrever os resultados foi utilizada a técnica de análise de conteúdo, que segundo Bardin (2011) é uma técnica que visa obter conhecimento

das mensagens para fazer inferência sobre determinadas condições.

APRESENTAÇÃO E ANALISE DOS RESULTADOS

Para identificar o papel da educação corporativa no desenvolvimento das competências essenciais para as boas práticas de governança corporativa, foi

realizada a análise das informações obtidas através das entrevistas semi-estruturadas com gestores e colaboradores dos dois principais bancos comerciais.

Isto posto, foi identificada a percepção do tema supracitado sob a ótica dos colaboradores e gestores, conforme descrição abaixo:

Colaborador banco A: Colaborador com dez anos de atuação na instituição informa que o banco não atende as expectativas no quesito da educação

corporativa, apesar de possuir uma forma de Universidade Corporativa. “A

426

organização possui uma Escola de negócios sim, que oferece treinamentos

presenciais e treinamentos e-learning disponível para todos nós. Mas como somos cobrados pela produtividade, acabamos não tendo tempo de realizar...”

Continuou: “E é um serviço que cobra demais da saúde mental, e o que parece é que eles não estão muito preocupados com isso... E além de tudo a pessoa que

tem mais de trinta anos não tem chance de ser promovido, é muito difícil.”

Gestor banco A: O gestor que possui vinte e nove anos na instituição aponta que o

próprio ambiente de trabalho é propicio para a aprendizagem, além de estimular a criatividade, idéias, soluções, pensar no novo sem descuidar do hoje e

despertar o espírito inovador. “Aqui é uma escola, todo dia é dia de aprender, de superar, de buscar soluções que antecipem as necessidades dos clientes e do

negócio...”

Colaborador banco B: O colaborador, que possui experiência de quatro anos na

instituição, informa que existe o incentivo em desenvolver as competências através da educação corporativa. Segundo ele, o banco possui cursos, palestras, avaliações, desafios e premiações que visam o desenvolvimento das habilidades.

No entanto, este processo é falho devido à falta de acompanhamento nestas ações. O colaborador aponta que o departamento de Recursos Humanos não tem

capacidade de sustentar a demanda, causando a ineficácia do desenvolvimento das competências através da educação corporativa.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Com base no tema proposto e pesquisas/entrevistas realizadas, foi possível

identificar a importância da Governança Corporativa nas instituições financeiras e, desta forma, a relevância que a Educação Corporativa assume no que diz

respeito ao desenvolvimento das Competências Essenciais para as boas práticas deste sistema de gestão.

Através dos dados obtidos, é possível constatar as diferenças de percepções existentes entre colaboradores e gestores. Enquanto para um é relevante que a

instituição proporcione o ambiente adequado para desenvolvimento das competências, para outro, estas podem ser desenvolvidas ao longo da própria

vivência da pessoa na execução de suas tarefas.

Ainda, é possível identificar o incentivo no desenvolvimento das competências através da educação corporativa. No entanto, não possuem

427

recursos suficientes para suprir à demanda e fazer com que o processo seja de

fato produtivo a ambas as partes envolvidas.

Diante disto, concluímos que, para que haja o efetivo desenvolvimento das

Competências Essenciais, é preciso primeiramente o alinhamento, entre gestores e colaboradores, da concepção sobre a forma de seu desenvolvimento.

REFERÊNCIAS

BARDIN, L. Análise de conteúdo. São Paulo: Edições 70, 2011.

DUTRA, Joel Souza. Gestão de Pessoas: Modelo, processos, tendências e perspectivas. São Paulo: Atlas, 2014.

EBOLI, M. Educação Corporativa no Brasil: mitos e verdades. São Paulo: Gente, 2004. .

IBGC. Instituto Brasileiro de Governança Corporativa. Código de Boas Práticas de Governança Corporativa. 4. ed. São Paulo: IBGC, 2009.

YIN, Robert K. Estudo de caso: planejamento e métodos / - 2.ed. - Porto Alegre: Bookman, 2001.

Complexo Educacional FMU São Paulo/SP – 12 e 13 de Novembro de 2015

A RELEVÂNCIA DO CPC 16 PARA GOVERNANÇA CORPORATIVA Alberto Garcia Belli - ([email protected])

Fernando Almeida Santos - ([email protected])

O objetivo principal deste trabalho é a busca por uma relação empírica entre a

relevância do CPC – 16 – Estoques e os princípios da Governança Corporativa. De fato, o que se busca demonstrar são fatores importantes para justificar a adoção

de uma estrutura de governança, buscar decisões sobre esses ativos e, consequentemente, que transparência (disclosure), equidade (equity), prestação

de contas (accountability) e responsabilidade social (compliance), tenham ligação decisiva com os resultados financeiros da empresa.

A metodologia foi fundamentada em análises à literatura aplicada sobre CPC 16 e de pesquisa experimental realizada através de entrevistas roteirizadas com

profissionais de reconhecida experiência.

Ainda a respeito da conceituação de Governança Corporativa, o Instituto

Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC, 2007), afirma que:

é o sistema pelo qual as sociedades são dirigidas e monitoradas, envolvendo os relacionamentos entre os Acionistas/Cotistas, Conselho de Administração, Diretoria, Auditoria Independente e Conselho Fiscal. As boas práticas de governança corporativa têm a finalidade de aumentar o valor da sociedade, facilitar seu acesso ao capital e contribuir para a sua perenidade.

Governança Corporativa é o sistema pelo qual as organizações são dirigidas,

monitoradas e incentivadas, envolvendo os relacionamentos entre proprietários, Conselho de Administração, Diretoria e órgãos de controle. As boas práticas de

Governança Corporativa convertem princípios em recomendações objetivas, alinhando interesses com a finalidade de preservar e otimizar o valor da

organização, facilitando seu sucesso a recursos e contribuindo para sua longevidade IBGC (2009).

De acordo com Monteiro (2003, p. 2), Governança Corporativa trata-se do “conjunto de práticas adotadas na gestão de uma empresa que afetam as relações

entre acionistas (majoritários e minoritários), diretoria e conselho de administração”.

429

Ao retratar o conceito do IBGC sobre a afirmação acerca dos controles, princípios

e recomendações objetivando determinados interesses para preservar e otimizar o valor da organização. Traçando um parâmetro entre os conceitos, de acordo

com Monteiro, na Governança Corporativa podem-se criar conflitos entre acionistas e a expectativa da teoria da agência.

Segundo Carvalho (2001), a governança corporativa é um processo que afeta de forma positiva a sociedade, só tendo sentido aplicá-lo se todo o conjunto de

empresas daquela sociedade assim o fizer.

O ambiente corporativo necessita de práticas contábeis seguras, sempre alinhadas

ao que dispõe as legislações vigentes. Com o objetivo proporcionar simetria entre a abrangência das normas de Governança Corporativa e as novas práticas

contábeis, a partir da edição da Lei 11.638/07 e 11.649/09 provocaram mudanças substanciais na contabilidade em nosso país, devido a sua atuação abrangente nas

empresas que passaram a ser obrigadas a registrar na contabilidade suas operações mercantis de acordo com as diretrizes definidas pelo International Accounting Board (IASB), órgão que vem editando o International Financial

Reporting Standard (IFRS).

A globalização dos mercados exige a adoção de normas contábeis internacionais,

que facilitem a compreensão das informações contábeis (BARBOSA NETO; DIAS; PINHEIRO, 2009).

O processo de globalização direcionou-se a uma necessidade de padronização, visando a transparência e comparabilidade dos demonstrativos aos seus

investidores (PRATHER-KINSEY; JERMAKKOWICZ; VONGPHANITH, 2008).

Conforme o Portal do CFC, O CPC – Comitê de Pronunciamentos Contábeis foi

criado visando a centralização e uniformização do seu processo de produção, levando sempre em conta a convergência da Contabilidade Brasileira aos padrões

internacionais. No dia 8 de maio de 2009 a Coordenadoria Técnica do Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC) aprova conforme Resolução CFC n.º 1.055/05 e

alterações posteriores, do CPC 16 a partir do IAS 2 – Inventories (IASB) e sua aplicação, no julgamento do Comitê, produz reflexos contábeis que estão em

conformidade com o documento editado pelo IASB. Objetivo:

"o estudo, o preparo e a emissão de Pronunciamentos Técnicos sobre procedimentos de Contabilidade e a divulgação de informações dessa natureza, para permitir a emissão de normas pela entidade reguladora brasileira, visando à centralização e uniformização do seu processo de

430

produção, levando sempre em conta a convergência da Contabilidade Brasileira aos padrões internacionais" (CPC, 2009).

Os estoques conforme Pronunciamento Técnico CPC 16 (R1) devem ser

mensurados pelo valor de custo, deve incluir todos os custos de aquisição e de transformação, bem como outros custos incorridos para trazer os estoques à sua

condição e localização atuais ou geralmente reduzidos para o seu valor realizável líquido item a item, refere-se à quantia líquida que a entidade espera realizar

com a venda do estoque no curso normal dos negócios, dos dois o menor.

Ao proporcionar informações úteis para os usuários é considerado para

contabilidade uma ferramenta importante. (HENDRIKSEN; VAN BREDA, 1999). Impossibilitar esse vínculo ocasiona um aumento da assimetria da informação

entre agente e principal.

Tabela 01 – Principais Comparações:

Instituições: Relação: Pilares: IBGC (2009) Governança

Corporativa Princípios: Transparência (disclosure) Equidade (equity) Prestação de Contas (accountability) Responsabilidade Social (compliance)

CFC - Resolução n.º 1.055/05

CPC 16 IASB / IFRS

Fonte: Elaborada pelo autor

REFERÊNCIAS

ALMEIDA, Lauro Brito de, PARISI, Claudio e PEREIRA, Carlos A. Controladoria. In: Controladoria: uma abordagem da gestão econômica – Gecon. Armando Catelli (coordenador). São Paulo: Atlas, 2001. p. 343-355.

BARBOSA NETO, J. E.; DIAS, W. O.; PINHEIRO, L. E. T. Impacto da convergência para as IFRS na análise financeira: um estudo em empresas brasileiras de capital aberto. Revista Contabilidade Vista & Revista, Belo Horizonte, v. 20, n.4, p. 131- 153, 2009.

CARVALHO, A. Governança Corporativa no Brasil em perspectiva. Revista de Administração, São Paulo. USP V.37, n.3, p. 19-32, julho/setembro 2002.

CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE - Resolução CFC Nº 1.055/2005 de 7 de outubro de 2005 - Publicada no Diário Oficial da União de 24 de outubro de 2005 – cria o Comitê de Pronunciamentos Contábeis - (CPC).

431

HENDRIKSEN, E. S.; VAN BREDA, M. F. Teoria da contabilidade. São Paulo: Atlas, 1999.

MONTEIRO, Paulo da Veiga. E a Governança Corporativa? Jornal Valor Econômico. São Paulo, Caderno Eu & Meu Dinheiro, 25 março 2003.

PRATHER-KINSEY, J.; JERMAKKOWICZ, E. K.; VONGPHANITH, T. Capital Market Consequences of European Firms’ Mandatory Adoption of IFRS. 2008. Disponível em: <http://www.business.illinois.edu/accountancy/research/vkzcenter/confe-rences/warsaw/papers/Kinsey.pdf>. Acesso em: 24 out. 2015.

Complexo Educacional FMU São Paulo/SP – 12 e 13 de Novembro de 2015

PROPOSTAS DE EDUCAÇÃO FINANCEIRA NAS ESCOLAS BRASILEIRAS: UMA VISÃO DE ENTIDADES BRASILEIRAS QUE ATUAM NA ÁREA

Bruno Frota Pereira – Aluno do programa de pós-graduação em Administração do Complexo Educacional FMU ([email protected])

Maria Da Glória Gohn - Docente do programa de pós-graduação em Administração do Complexo Educacional FMU ([email protected])

O presente resumo expandido apresenta resultados parciais de pesquisa em nível de mestrado, ainda em andamento, objetivando discutir e apresentar os

principais aspectos do estudo realizado. A pesquisa tem por objetivo contextualizar a importância da educação financeira nas escolas brasileiras

direcionando ao Ensino Médio, a luz das diretrizes de entidades e seus programas, bem como a forma como ela é trabalhada. Para tanto, estão sendo pesquisadas as

entidades com projetos e programas de educação financeira como a Estratégia Nacional de Educação Financeira - ENEF, Associação de Educação Financeira do

Brasil - AEF e Comitê Nacional de Educação Financeira – Comitê Nacional de Educação Financeira – CONEF, direcionadas às escolas. Analisam-se também, na

visão dos dirigentes destas entidades, se as iniciativas bem como os programas estão sendo conduzidos de uma forma a compreender melhor os conteúdos

tratando o assunto com mais assertividade. Neste estudo, a educação financeira é tratada como um conjunto de medidas que objetivam criar e transmitir

informações financeiras aos indivíduos, com foco nos programas para os jovens estudantes, a fim de lhes proporcionar a capacidade de distinguir as principais

vantagens e os principais riscos de suas escolhas, dando-lhe a percepção de que seu bem estar financeiro influencia no bem estar econômico da sociedade.

Desta forma, torna-se também necessário a abordagem da educação não formal, ou seja, para um melhor esclarecimento, a educação financeira pode ser investigada como educação formal, que é aquela desenvolvida nas escolas, com

conteúdo previamente demarcados, a informal como aquela que os indivíduos aprendem durante seu processo de socialização, na família, bairro, clube, amigos,

carregada de valores e culturas próprias, de sentimentos herdados, e a educação não-formal que é aquela que se aprende “no mundo da vida”, via os processos de

compartilhamento de experiências, principalmente em espaços e ações coletivos cotidianas. (GOHN, M. G. 2003).

A implantação da Educação Financeira pretende colaborar para uma formação mais crítica de crianças e jovens que podem ajudar suas famílias na determinação

433

de seus objetivos de vida, bem como dos meios mais adequados para alcançá-los.

Nossa hipótese básica, com análise de resultados das entrevistas, é: a educação financeira, na fase de desenvolvimento dos jovens, contribui para uma relação

equilibrada com o dinheiro, proporcionando aos jovens estudantes maiores chances de se tornar um adulto consciente no que tange às suas finanças. Isto

aliada à educação de qualidade, poderá contribuir para a formação de melhores cidadãos.

A metodologia usada nesta dissertação traz resultados de pesquisa investigativa, documental, bibliográfica por meio de livros, teses, artigos científicos,

entrevistas com dirigentes das entidades ligadas ao tema, e dissertações já publicadas. O conceito de pesquisa, neste estudo, aponta para uma atividade

básica das ciências na sua indagação e descoberta da realidade. É uma atitude e uma prática teórica de constante busca que define um processo intrinsecamente

inacabado e permanente. É uma atividade de aproximação sucessiva da realidade que nunca se esgota, fazendo uma combinação particular entre teoria e dados. Demo (1996, p.34) insere a pesquisa como atividade cotidiana considerando-a

como uma atitude, um “questionamento sistemático crítico e criativo, mais a intervenção competente na realidade, ou o diálogo crítico permanente com a

realidade em sentido teórico e prático”.

Para Gil (1999, p.42), a pesquisa tem um caráter pragmático, é um “processo

formal e sistemático de desenvolvimento do método científico. O objetivo fundamental da pesquisa é descobrir respostas para problemas mediante o

emprego de procedimentos científicos”.

Segundo Cervo e Bervian (2002, p.55) a pesquisa bibliográfica explica um

problema a partir de referências teóricas publicados em documentos. A principal vantagem da pesquisa bibliográfica reside no fato de permitir ao investigador a

cobertura de uma gama de fenômenos muito mais ampla do que aquela que poderia pesquisar diretamente. (Gil, 2002, p.45).

A pesquisa documental será feita por meio de documentos e diretrizes Governamentais referentes a educação financeira, bem como aos materiais

elaborados para mensurar os indicadores aplicados em escolas no Brasil, através de descobertas, atualidades e com entrevistas, coletadas com dirigentes dos

programas de educação financeira.

De acordo com Gil (2002, p.45) a diferença da pesquisa bibliográfica da documental é que a primeira se utiliza fundamentalmente das contribuições dos

434

diversos autores sobre determinado assunto, a segunda vale- se de materiais que

não recebem ainda um tratamento analítico, ou que ainda podem ser reelaborados de acordo com os objetivos da pesquisa.

Ainda conforme Gil (2002, p.46), as vantagens da pesquisa documental são que os documentos constituem fonte de rica e estável de dados. O custo da pesquisa

torna-se significativamente baixo, pois só depende do tempo do pesquisador e não exige contrato com os sujeitos da pesquisa.

Após a realização das entrevistas, que serão estruturadas a partir de roteiro semiaberto, será realizada a transcrição do áudio para texto e feita análise

qualitativa do material com base metodológica pautada pela análise do discurso e análise das narrativas. “A análise do discurso consiste numa técnica de análise

que explora as relações entre discurso e realidade, verificando como os textos são feitos, carregando significados por meio dos processos sociais” (MOZZATO e

GRZYBOVSKI, 2011).

Para o alcance dos objetivos desta dissertação, apresenta-se a análise qualitativa dos programas atuais desenvolvidos pelas entidades ENEF, AEF, CONEF. As

entrevistas ainda estão em fase de preparação, tendo sidos realizados apenas os contatos e as agendas para 2015, com os dirigentes e especialistas que atuam

diretamente com a educação financeira em seus institutos e/ou organizações para verificação da nossa hipótese. Até o momento, foi possível observar que com uma

educação financeira na fase de desenvolvimento educacional, o jovem poderá ter maiores chances de se tornar um adulto consciente no que tange às suas finanças,

aliada a educação, formação do cidadão e sua qualidade de vida.

REFERÊNCIAS

CERVO, A. L. BERVIAN, P. A. Metodologia científica. 5.ed. São Paulo: Prentice Hall, 2002.

DEMO, P. Pesquisa e construção de conhecimento: Metodologia científica no caminho de Habermas. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, (1994).

GIL, Antonio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. São Paulo: Atlas, 1991.

GOHN, Maria da Glória (2013a),. Educação Não Formal e o Educador Social.2ª ed. São Paulo: Cortez Ed.

MOZZATO, A. R. GRZYBOVSKI, D. Análise de Conteúdo como Técnica de Análise de Dados Qualitativos no Campo da Administração: Potencial e Desafios. RAC,

435

Curitiba, v. 15, n. 4, pp. 731-747, Jul./Ago. 2011 Disponível em http://www.anpad.org.br/rac Acesso em junho de 2015.

PERRENOUD, P. A escola e a aprendizagem da democracia. Porto: Asa Editores, 2002.

Plano Diretor ENEF, 2010 Fonte: http://www.aefbrasil.org.br/index.php/educacao-financeira/ Acesso em: 20 jan. 2015

PINHEIRO, R. P. Educação financeira e previdenciária: A nova fronteira dos fundos de pensão. Disponível em: http://www.mps.gov.br/arquivos/office/3_090420-113416-244.pdf. Acesso em 10 de agosto de 2015.

Complexo Educacional FMU São Paulo/SP – 12 e 13 de Novembro de 2015

A GOVERNANÇA CORPORATIVA NO HOSPITAL DAS CLÍNICAS DE SÃO PAULO

Edson Labadessa - Mestrando em Administração pelo Centro Universitário das Faculdades Metropolitanas Unidas ([email protected])

Angelo Palmisano - Orientador em Administração pelo Centro Universitário das Faculdades Metropolitanas Unidas ([email protected])

Alessandro Marco Rosini - Coorientador em Administração pelo Centro Universitário das Faculdades Metropolitanas Unidas ([email protected])

RESUMO

As constantes mudanças ocorridas na tecnologia, ciência, meios de comunicação e

economia, dentre outros, tem influenciado diretamente a sociedade e, consequentemente, as empresas. A Governança Corporativa é o sistema pelo

qual as organizações são dirigidas, monitoradas e incentivadas, envolvendo os relacionamentos entre proprietários, Conselho de Administração, Diretoria e

órgãos de controle. As boas práticas em Governança Corporativa convertem princípios em recomendações objetivas, alinhando interesses com a finalidade de

preservar e otimizar o valor da organização, facilitando seu acesso a recursos e contribuindo para sua longevidade. Semelhante as empresas de iniciativa privada,

as instituições públicas têm nas últimas décadas, buscado mecanismos capazes de reinventar-se e de modernizar seus modelos de gestão. Os hospitais estão

buscando inovações mercadológicas para atender seus clientes e pacientes de uma forma rápida e eficaz, necessitando para isso de um conhecimento

corporativo de seus executivos ou administradores. Segundo o Código de Melhores Práticas de Governança Corporativa do IBGC, os princípios e práticas da boa

Governança Corporativa aplicam-se a qualquer tipo de organização, independente do porte, natureza jurídica ou tipo de controle. Buscou-se nessa pesquisa identificar como a governança corporativa poderia melhorar os processos de

gestão do hospital, identificar quais os principais pontos de melhoria em processos de gestão atual do hospital seriam focados, entender como a

governança corporativa se posiciona na gestão pública e contribuir para a discussão sobre governança corporativa apresentando pesquisas que representam

o estado da arte sobre o tema, haja a vista a crescente importância do assunto no país e a relativa ausência de estudos acadêmicos sobre Governança no Brasil. A

governança corporativa na saúde se apresenta irreversível, sendo questão de tempo para ser exigência de mercado, devendo as clínicas médicas e hospitais

iniciar os processos de implantação, profissionalizando e dando segurança ao negócio. Foram desenvolvidas entrevistas com gestores e coordenadores de áreas

437

diretamente ligadas ao processo de adoção das boas práticas em governança

corporativa pelo complexo. A metodologia teve uma abordagem qualitativa, pois trata-se de um estudo de caso realizado no Hospital das Clínicas de São Paulo. Na

pesquisa será utilizada uma abordagem qualitativa, pois trata-se de um estudo de caso realizado no Hospital Clínicas de São Paulo. A pesquisa qualitativa é uma

estratégia que permite a interpretação dos fenômenos, podendo utilizar o estudo descritivo que exige várias informações para retratar e analisar um fenômeno. Na

coleta de dados utilizou-se os seguintes instrumentos: a entrevista semiestruturada, a observação participante e a análise documental. A dissertação

foi dividida em capítulos, onde, são abordados os temas Governança Corporativa, Governança Pública, Governança Corporativa em Hospitais, Governança

Corporativa na Área da Saúde entre outros relacionados ao tema principal. Um olhar especial é dado a essa pesquisa pelo fato do Hospital das Clínicas de São

Paulo ser um órgão público, que é regido e auditado diretamente pelo governo de São Paulo. Os efeitos do conjunto de regras de governança têm como reflexo o aprimoramento da atuação do setor público na medida em que a governança

aproxima a situação do agente público aos conceitos de eficiência, transparência, controle e de incentivo de uma gestão voltada para resultados. As boas práticas

em Governança Corporativa podem potencializar a capacidade de formulação estratégica da empresa, permitindo explorar melhor suas oportunidades de

mercado e mitigar os riscos aos quais está sujeita. A adoção das boas práticas também facilita e contribui para a melhoria no processo de tomada de decisões

empresariais e redução de ocorrência de fraudes, agregando valor a empresa e reduzindo seu custo de capital. Os princípios na governança pública não são

distintos dos aplicados na governança corporativa. A diferença básica é que na governança pública os gestores têm sob sua responsabilidade bens que pertencem

à sociedade e cuja gestão deve ser feita com elevado nível de compromisso, responsabilidade, transparência, ética e senso de justiça. Uma boa governança

pública, à semelhança da corporativa, está apoiada em quatro princípios: relações éticas; conformidade, em todas as suas dimensões; transparência; e

prestação responsável de contas. A ausência desses princípios requer mudança na forma de gestão. As dificuldades no cenário econômico têm reduzido as receitas

públicas e as possibilidades de gastos, fatores que acrescem às pressões da sociedade para induzir a gestão estratégica dos recursos públicos e da avaliação de desempenho. A certeza de sucesso de novas práticas de gestão motiva outras

organizações a repetir essas práticas. Contudo, muitas vezes essa divulgação ocorre sem que haja uma validação das premissas que asseguram o modelo, de

uma avaliação criteriosa de seus benefícios ou resultados, ou ainda

438

descontextualizada do ambiente sócio- cultural receptor. Esse fato ocorre hoje

com o conjunto das práticas de governança corporativa. Governança Corporativa no setor público e privado requer um reconhecimento e articulação das definições

de responsabilidade; Uma percepção verdadeira das relações existentes entre os stakeholders (partes interessadas) da organização e outros interesses para

controlar os seus recursos e dividir resultados; Sustentação da gestão, particularmente do nível superior. No decorrer da pesquisa buscou-se um olhar

além dos limites do Hospital das Clínicas de São Paulo, traçando uma linha com outros hospitais que já adotaram o uso das boas práticas em governança

corporativa, à exemplo do Hospital Sírio-Libanês. A governança corporativa está sendo implementada com a anuência da Superintendência, principal núcleo onde

as diretrizes são criadas, aprovadas e reportadas aos demais núcleos e institutos do complexo. Onde já está em andamento o uso ou modelos de gestão baseados

em governança houve uma melhora significativa nos controles dos processos, transparência, geração dos indicadores de produção, consumo e estratégicos os fluxos de trabalho entre as equipes estão com um foco único corporativo. A

governança corporativa está modificando a forma de gestão do complexo todo e os reflexos positivos estão sendo percebidos pelos pacientes e profissionais de

todos os institutos. Existe um longo caminho a ser percorrido onde problemas precisam ser identificados e vencidos como exemplo se pode citar a burocracia

existente em órgãos públicos, a demora em se conseguir recursos e aprovar normas e diretrizes e a cultura organizacional que gera um impacto e resistência

aos novos modelos que estão sendo implementados.

Palavras-Chave: Governança Corporativa. Hospital Público. Gestão em Processos.

OBJETIVOS DO ESTUDO

O objeto da pesquisa é o estudo no Hospital das Clínicas de São Paulo, que está

incorporando as melhores práticas em governança corporativa para remodelar os processos de gestão existentes e criar novas formas de administração pautadas

em modelos de sucesso. A gestão atual do hospital trouxe a visão de governança corporativa para a instituição, objetivando também melhorar o retorno ao

paciente, transformando o hospital em um local mais eficaz, acolhedor e humanitário.

O presente estudo visa compreender como as boas práticas em governança

corporativa podem melhorar a forma de administrar e gerir o hospital. Os

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objetivos específicos, decorrentes do objetivo geral, são: Identificar quais os

principais pontos de melhoria de gestão no hospital; Identificar as dificuldades no processo de adoção e reformulação trazidos pela governança corporativa na

forma de trabalho no hospital; Como a cultura organizacional do hospital pode influenciar na governança corporativa; Entender como a governança corporativa

se posiciona na Gestão Pública; Contribuir para a discussão sobre governança corporativa na área pública, por meio de pesquisas que representam o estado da

arte sobre o tema, haja a vista a crescente importância do assunto no país e a relativa ausência de estudos acadêmicos sobre o tema.

RELEVÂNCIA DA PESQUISA

A governança corporativa é um instrumento de gestão e segurança para todos os

interessados. No cenário hospitalar visa ser um instrumento fomentador da segurança dos atos de gestão, do risco jurídico corporativo, da relação dos stakeholders, entre estes o paciente.

A governança corporativa na saúde se apresenta irreversível, sendo questão de tempo para ser exigência de mercado, devendo as clínicas médicas e hospitais

iniciar os processos de implantação, profissionalizando e dando segurança ao negócio. As organizações hospitalares estão cada vez mais se estruturando para

ter melhores controles de seus processos e custos, dando mais visibilidade e transparência.

A questão básica da governança corporativa no Brasil é a preocupação com a melhoria da gestão. É como formar um bom conselho e como utiliza-lo,

juntamente com a auditoria externa, e em cooperação com o principal executivo, no sentido de obter uma gestão o mais eficiente possível.

A justificativa teórica relaciona-se a importância que o tema governança corporativa adquiriu nos últimos anos, desde Coase em 1937, não apenas no

mercado, mas sobretudo no setor público.

O encadeamento com a temática reformista, a exemplo do Plano Diretor da

Reforma do Aparelho do Estado em 1995, também é outro fator relevante em virtude de criar parâmetros da boa governança corporativa nas práxis da gestão

pública.

440

PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

Na pesquisa será utilizada uma abordagem qualitativa, pois trata-se de um estudo de caso realizado no Hospital Clínicas de São Paulo. A pesquisa qualitativa é uma

estratégia que permite a interpretação dos fenômenos, podendo utilizar o estudo descritivo que exige várias informações para retratar e analisar um fenômeno

(TRIVINUS, 1987).

Um dos tipos de pesquisa qualitativa é o estudo de caso que possibilita um

aprofundamento e detalhamento de uma determinada realidade. E tem como estratégia a questão de como e por que fatos acontecem (YIN, 2001).

Na coleta de dados utilizou-se os seguintes instrumentos: a entrevista semiestruturada, a observação participante e a análise documental (YIN, 2001).

A análise realizada consistia em três etapas básicas: pré-análise, descrição analítica e interpretação (TRIVINUS, 1987).

As entrevistas são os procedimentos de interação entre duas pessoas na qual uma

delas, o entrevistador, tem por objetivo a obtenção de informações por parte do outro, com roteiro da problemática central (HAGUETTE, 1987).

Na operacionalização da pesquisa optou-se por seguir aos seguintes procedimentos metodológicos: (a) análise dos documentos disponibilizados pelos

entrevistados; (b) site do hospital; (c) descrição do modelo atual de gestão do hospital; (d) pesquisa de campo; (e) entrevistas semiestruturadas; (f) modelo de

gestão proposto com a adoção da governança corporativa; (g) demonstrar um modelo a partir de estudo em um hospital de São Paulo que utiliza a governança

corporativa em sua gestão.

As discussões serão fundamentadas nos referenciais bibliográficos e nas

interpretações das entrevistas.

CONCEITOS ESSENCIAIS

Os princípios e práticas da governança corporativa aplicam-se a qualquer tipo de organização, independentemente do porte, natureza jurídica ou tipo de controle.

Governança corporativa é o sistema pelo qual as organizações são dirigidas, monitoradas e incentivadas, envolvendo os relacionamentos entre proprietários,

Conselho de Administração, Diretoria e órgãos de controle. As boas práticas de

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governança corporativa convertem princípios em recomendações objetivas,

alinhando interesses com a finalidade de preservar e otimizar o valor da organização, facilitando seu acesso a recursos e contribuindo para sua

longevidade.

Os princípios básicos de governança são: Transparência: Disponibilizar para as

partes interessadas as informações que sejam de seu interesse e não apenas aquelas impostas por disposições de leis ou regulamentos; Equidade: É o

tratamento justo de todos os sócios e demais partes interessadas (stakeholders). Atitudes políticas discriminatórias, sob qualquer pretexto, são totalmente

inaceitáveis; Prestação de Contas (accountability): Os agentes de governança devem prestar contas de sua atuação, assumindo integralmente as consequências

de seus atos e omissões; Responsabilidade Corporativa: Os agentes devem zelar pela sustentabilidade das organizações, visando à sua longevidade, incorporando

considerações de ordem social e ambiental na definição dos negócios e operações.

As boas práticas em governança corporativa visam, então, minimizar o Conflito de

Agência, ou seja, buscar o alinhamento de interesses e aperfeiçoar como decidir e não, necessariamente, o que decidir. O foco não e entrar no mérito se a decisão

foi bem tomada ou não em termos de governança corporativa, mas se o sistema de tomada de decisão está bem desenhado para evitar esse desalinhamento.

Segundo o Caderno de Boas Práticas de Governança Corporativa para Empresas de Capital Fechado (2014), muitas são as motivações que levam as empresas de

capital fechado a adotar as melhores práticas de Governança Corporativa. Dentre elas estão a busca por preservar e otimizar seu valor, obter melhorias de gestão,

facilitar o acesso a recursos financeiros e não financeiros, contribuir para longevidade, administrar conflitos de interesses de maneira mais efetiva e

conseguir avaliar, de forma permanente, seu propósito.

As boas práticas em Governança Corporativa podem potencializar a capacidade de

formulação estratégica da empresa, permitindo explorar melhor suas oportunidades de mercado e mitigar os riscos aos quais está sujeita.

Os princípios na governança pública não são distintos dos aplicados na governança corporativa. A diferença básica é que na governança pública os gestores têm sob

sua responsabilidade bens que pertencem à sociedade e cuja gestão deve ser feita com elevado nível de compromisso, responsabilidade, transparência, ética e senso de justiça (MATIAS-PEREIRA, 2010).

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O Estado brasileiro, diante das mudanças no cenário interno e externo, promoveu

nas últimas duas décadas reformas institucionais que permitisse facilitar a mudança do modelo de administração burocrática para uma administração

gerencial. A eficiência foi incluída aos demais princípios, ou seja, da legalidade, da finalidade, da motivação, da razoalidade, da proporcionalidade, da

moralidade, da ampla defesa, do contraditório, da segurança jurídica e do interesse público. O princípio de eficiência tem como base o interesse econômico,

na medida em que orienta a atividade administrativa a elevar o seu nível de desempenho, buscando atingir melhores resultados com o menor custo possível, a

partir do emprego dos meios e instrumentos que já dispõe.

O princípio da eficiência é destacado por Meirelles (2007) como um dos deveres

da administração. Eficiência, para o autor, é que se impõe a todo agente público de realizar as suas atribuições com presteza, perfeição e rendimento funcional.

Para o autor é o mais moderno princípio da função administrativa, que já não se contenta em ser desempenhada apenas com legalidade, exigindo resultados positivos para o serviço público e satisfatório atendimento das necessidades da

comunidade e de seus membros.

Diversos sistemas existem voltados a estratégias organizacionais com indicadores

de desempenho e de gestão focadas em facilitar a utilização da informação pelos que devem tomar as decisões. O Balanced Scorecard – BSC vem se ampliando na

área de saúde e diversas experiências tem sido divulgada, revelando tanto o potencial dessa metodologia, como as dificuldades para sua implementação nas

organizações de saúde.

O BSC possibilita o alinhamento organizacional, dos indivíduos e das iniciativas

interdepartamentais, possibilitando que os esforços sejam dirigidos para as áreas que necessitem de maior atenção, utilizando indicadores classificados segundo

quatro categorias: finanças; clientes; processos internos; aprendizagem e crescimento.

Pesquisas e relatos de experiências brasileiras também têm mostrado a utilidade da construção de painéis de controle para avaliar a performance das ações

desenvolvidas nos distintos níveis de atenção à saúde, inclusive nas instituições públicas.

A certeza de sucesso de novas práticas de gestão motiva outras organizações a repetir essas práticas. Contudo, muitas vezes essa divulgação ocorre sem que haja uma validação das premissas que asseguram o modelo, de uma avaliação

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criteriosa de seus benefícios ou resultados, ou ainda descontextualizada do

ambiente sócio- cultural receptor. Esse fato ocorre hoje com o conjunto das práticas de governança corporativa.

Ao organizar o aparelho de estado, o governo amplia os problemas de agência a um vasto conjunto de relações, tanto nas organizações vinculadas à administração

direta quanto indireta. Entretanto, esses problemas são amplificados e passam a envolver questões que extrapolam as possibilidades dos mecanismos de controle

desses problemas.

Fama and Jensen (1983) argumentam que os problemas de agencia podem ser

controlados por meio de sistemas de decisão que separam a gestão do controle nos diversos níveis da organização. As formas utilizadas para essa separação

podem incluir sistemas hierárquicos de decisão, onde níveis superiores funcionam para a ratificação e monitoramento; conselhos de administração, que além de

ratificar e monitorar as decisões mais significativas para a organização, são responsáveis pela contratação, demissão e estabelecimento dos níveis de remuneração e compensação dos executivos; e estruturas de incentivos que

encorajam o monitoramento mútuo entre os agentes.

Ao trabalhar com as forças de diversos interessados, a governança das

organizações públicas se assemelha ao padrão de governança corporativa de base stakeholder. Além da estrutura de propriedade, este modelo se orienta segundo

uma visão mais ampla que apenas o mercado, baseada na Teoria dos Stakeholders, segundo a qual as empresas devem ser socialmente responsáveis,

administradas de acordo com o interesse público, e, portanto, devem prestar contas a diversos outros grupos tais como empregados, fornecedores, clientes e

comunidade em geral, sendo forte a cobrança por accountability.

A pesquisa possibilitou conhecer de uma forma mais abrangente as boas práticas

em governança corporativa com foco em instituições públicas brasileiras e em especial nos hospitais.

As organizações hospitalares estão cada vez mais se estruturando para ter melhores controles de seus processos e custos, dando mais visibilidade e

transparência. O Hospital Clínicas de São Paulo está se organizando para aderir as boas práticas em governança corporativa, com foco inicial em Recursos Humanos,

Tecnologia da informação, Logística e Informações em Saúde, onde, já foram criadas áreas com uma gestão em governança corporativa.

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O Hospital hoje é considerado o maior Sistema Acadêmico de Saúde da América

Latina, formado pelas fundações e projetos que compõem a rede, onde, mantêm dois Convênios de Assistência à Saúde, celebrados com o Estado de São Paulo, por

intermédio de sua Secretaria de Estado da Saúde e interveniência das Fundações de apoio.

O Hospital Clínicas de São Paulo possui cerca de 22,6 mil colaboradores, onde, se dividem em HC 13 mil; FFM 6,8 mil; Fundação Zerbini 1,5 mil e FMUSP 1,3 mil. Os

institutos que alocam esses colaboradores são respectivamente: CCR – Centro de Convenções Rebouças; FMUSP – Faculdade de Medicina da Universidade de São

Paulo; HAC – Hospital Auxiliar de Cotoxó; HAS – Hospital Auxiliar de Suzano; HC – Hospital das Clínicas; ICESP – Instituto do Câncer do Estado de São Paulo; ICHC –

Instituto Central do Hospital das Clínicas; ICR - Instituto da Criança; IMREA – Instituto de Medicina de Reabilitação; INCOR – Instituto do Coração; INRAD –

Instituto de Radiologia; IOT - Instituto de Ortopedia e Traumatologia; IPQ – Instituto de Psiquiatria; LIM – Laboratório de Investigação Médica; PAHC – Prédio da Administração do Hospital das Clínicas. As maiores concentrações de

colaboradores estão no Instituto Central do Hospital das Clínicas com 6645, Instituto do Coração com 3912 e Instituto do Câncer do Estado de São Paulo com

3886.

A governança corporativa no hospital responde diretamente a Superintendência,

onde, são criadas e monitoradas as diretrizes e ações de todo o complexo. O papel da governança corporativa nesse cenário é iniciar um processo de

unificação das informações e sistemas informatizados, indicadores e fluxos de trabalho onde sejam fundamentados nos pilares da governança, isto é,

transparência, equidade, prestação de contas (accountability) e Responsabilidade Corporativa.

A governança corporativa é uma necessidade em qualquer organização sendo ela de qualquer natureza. Em específico no Hospital Clínicas de São Paulo, pode ser

percebido profundas melhoras nos processos, e controles de gastos dos recursos e melhor aproveitamento da verba destinada ao mesmo.

A adoção das boas práticas em governança corporativa trouxe o hospital ao modelo do hospital com melhor atendimento, atenção e humanização ao

paciente. Além de todo o controle empresarial e de gestão a governança também promove com a melhora dos processos internos do hospital uma melhora no

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modelo de tratamento e devolução dos serviços com qualidade esperados pelo

paciente aliados a uma preocupação do seu bem-estar.

LIMITAÇÕES DO ESTUDO

O Hospital das Clínicas de São Paulo, está em processo de transformação e adoção das boas práticas em governança corporativa e ainda existem problemas de

entendimento por parte de muitos envolvidos do que será modificado ou melhorado. Muitos fluxos internos estão sendo alterados e por esse motivo não foi

possível ter informações precisas de todos os núcleos envolvidos no processo.

REFERÊNCIAS

Caderno de Boas Práticas de Governança Corporativa para empresas de Capital Fechado IBGC, 2014, SP - 1º Edição.

HAGUETTE, T. Metodologia qualitativa na sociologia. Vezes, Petrópolis, 1987.

MATHIAS-PEREIRA. Governança no setor público. São Paulo: Atlas, 2010.

TRIVINUS, A. N. S. Introdução à pesquisa em ciências sociais: a pesquisa qualitativa em educação. Atlas. São Paulo, 1987.

YIN, R. K. Estudo de Caso: planejamento e métodos; tradução Daniel Grassi. 2ed. Bookman, 2001.

Complexo Educacional FMU São Paulo/SP – 12 e 13 de Novembro de 2015