Complexos geoeconômicos.

12
Complexos geoeconômicos do Brasil

Transcript of Complexos geoeconômicos.

Page 1: Complexos geoeconômicos.

Complexos geoeconômicosdo Brasil

Page 2: Complexos geoeconômicos.

Introdução A divisão geoeconômica do Brasil surgiu em 1967, feita pelo geógrafo Pedro

Pinchas Geiger. Visava estudar o país a partir de três regiões – Amazônia, Centro-Sul e Nordeste.

Leva em conta as características históricas e econômicas. Os limites das regiões não são as mesmas fronteiras dos estados. Ocupação desigual das regiões:O nordeste foi a primeira a ser internamente ocupada e explorada, desde o início da colonização no século XVI.O centro-sul só começou a ser efetivamente ocupado após a mineração, no século XIII, e principalmente com o complexo cafeeiro, acarretando na chegada de imigrantes e na industrialização.A Amazônia foi a última grande região do país a ser ocupada, processo que ainda está em andamento.

Page 3: Complexos geoeconômicos.

Superintendências de desenvolvimento regionalDevido ao ritmo desigual de desenvolvimento do país, marcado cada vez mais pelo maior crescimento da Região Sudeste, chegou a um ponto crítico na década de 1950. Esse fato levou o Governo Federal a criar as seguintes superintendências: Sudene (1959): Superintendência do

Desenvolvimento do Nordeste. Sudam (1966): Superintendência do

Desenvolvimento da Amazônia. Sudeco (1967): Superintendência do

Desenvolvimento do Centro-Oeste. Sudesul (1967): Superintendência do

Desenvolvimento do Sul.

Page 4: Complexos geoeconômicos.

Amazônia Área de 5 milhões de km². Representa 58% do país, é a região mais extensa. Dividida em 9 estados. Abrange a maior parte dos estados de Mato Grosso, Tocantins e a metade oeste do Maranhão. Região formada, predominantemente, por planícies de clima equatorial e rica floresta, classificada como o “berço da diversidade mundial”. Possui a maior rede hidrográfica do mundo. Apresenta baixa densidade demográfica e detém pequena população absoluta. Economia – Extrativismo mineral e vegetal e agropecuária. Nas últimas décadas, ocorreu um crescimento no setor industrial, principalmente

na áreas da mineração e da indústria eletroeletrônica.

Page 5: Complexos geoeconômicos.

Produtos explorados na Amazônia Castanha do Brasil: Os castanhais geram novas oportunidades econômicas e

sustentáveis, recebendo incentivos do governo. A produção de castanha e seus derivados, como óleos, bombons e produtos de beleza, vem aumentando significativamente.

Açaí: Está intimamente ligado à cultura e dieta da população amazônica. A extração desse fruto para a produção de polpa é uma atividade de grande importância econômica, seus produtos e subprodutos geram renda há várias gerações.

Da palmeira do açaí, o palmito é alimento nobre, o tronco pode ser usado na produção de papel e como isolante elétrico, do fruto pode-se obter a polpa e o adubo, além de ser fonte de álcool e servir como antidiarreico. Pesca: O setor gera renda ao país proveniente da venda nacional e internacional

de camarões e peixes. Madeira: Há investimentos e projetos de utilização sustentável dos recursos

madeireiros, mediante a criação de Florestas Estaduais de Produção. Agropecuária sustentável: Une extrativismo, domesticação de espécies nativas

e agricultura em um mesmo espaço físico.

Page 6: Complexos geoeconômicos.

Nordeste Área de 1,5 milhão de km². Possui 30% da população do país. Graves problemas sociais e econômicos – Fome, seca, pobreza, subnutrição, elevada taxa de mortalidade infantil e analfabetismo, baixos salários, grande concentração de renda e de terras secas. Primeira região a ser explorada economicamente pelos europeus. No século XVI,

os portugueses introduziram o cultivo de cana de açúcar em Pernambuco. Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (DNOCS) – Mais antiga instituição

federal com atuação no nordeste. Inspetoria de Obras Contra as Secas (IOCS) – Primeiro órgão a estudar a problemática

do semiárido. Inspetoria Federal de Obras Contra as Secas (IFOCS) – Nova denominação do

DNOCS. Sua tarefa era abrir poços e açudes na região nordestina, mas as longas estiagens continuam castigando a população sertaneja, ou seja, os problemas ainda não foram resolvidos.

Page 7: Complexos geoeconômicos.

Sub-regiões econômicas do Nordeste Zona da Mata: Faixa litorânea de até 200 km de largura. Possui clima tropical úmido, chuvas concentradasno outono e inverno, exceto no sul da Bahia, onde seconcentram ao longo do ano.Solo escuro e fértil – massapê, formado por ganisses ecalcários. A vegetação, praticamente extinta, é a MataAtlântica, substituída pela cana de açúcar no início da colonização.Principais metrópoles: Salvador e Recife.A cana de açúcar ainda representa uma atividade econômica muito importante para a sub-região. Na Bahia, o cacau e o fumo também são culturas industriais importantes, exploradas em latifúndios. A produção de sal marinho é outra atividade importante, sendo o Rio Grande do Norte o maior produtor. Também ocorre a extração e o refino do petróleo no Nordeste.A maior parte das indústrias são a têxtil e a alimentícia. Os maiores parques industriais localizam-se nas capitais e áreas metropolitanas, destacando-se Salvador e Recife.

Page 8: Complexos geoeconômicos.

Agreste: Área de transição entre litoral e sertão. No agreste, predomina a pequena propriedade, que permite uma grande atividade de policultura, principalmente de gêneros alimentícios – Milho, feijão e frutas tropicais.

Há um grande polo de confecções – vestuário e têxteis, pecuária leiteira e de corte, turismo e avicultura.Cidades com importância comercial: Campina grande (Paraíba), Feira de Santana (Bahia) e Caruaru (Pernambuco). Sertão: Encontram-se a maior parte das depressões semiáridas do interior. Principal metrópole: Fortaleza.O Clima é semiárido, as chuvas são escassas e mal distribuídas. Os solos são rasos e pedregosos, o que dificulta a agricultura. A vegetação típica é a caatinga e nas partes mais úmidas, há palmeiras, especialmente a carnaubeira.O maior rio é o São Francisco, principal fonte perene de água para as populações ribeirinhas, com várias usinas, como a represa de Sobradinho, em Juazeiro.Apresenta a maior taxa de imigração por causa das más condições de vida.A principal atividade é a pecuária, sendo a agricultura, em maior parte, apenas de subsistência. A exceção, é o algodão e tem como principal comprador o Sudeste.

Page 9: Complexos geoeconômicos.

Meio-Norte: Formado pelos estados do Maranhão e Piauí, trata-se de uma área de transição entre a Amazônia e o Nordeste.

Apresenta clima tropical úmido e abriga a Mata dos Cocais. Seu relevo é formado por planaltos, planícies e chapadas. Detém uma população relativamente baixa e economia baseada no extrativismo – Babaçu e Carnaúba e na agricultura tradicional – Algodão e Arroz.Possui solos profundos, vegetação de transição – caatinga, cerrado e cocais e é sujeito a secas periódicas.

Mata dos CocaisCaatinga

Rio São Francisco

Massapê

Page 10: Complexos geoeconômicos.

Centro-Sul Área mais dinâmica do país, do ponto de vista

econômico e industrial. 60% da população brasileira. Abriga grande parte do parque industrial do país. A maior parte do PIB da região é produzida nos setores

agrário, industrial e de serviços. O centro-sul pode ser subdivido em – Partemeridional da região Centro-Oeste, RegiãoSul e Região Sudeste.

Page 11: Complexos geoeconômicos.

Subdivisão do Centro-Sul Parte meridional da Região Centro-Oeste: É uma área pouco povoada, devido

à recente expansão da economia paulista. Possui como principal atividade econômica a pecuária bovina extensiva, que substituiu a atividade mineradora logo após a sua crise.

Região Sul: Compreende os estados do Paraná, de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul, constituindo a única região brasileira não tropical.

O relevo da região é formado, em sua maior parte, pelo Planalto Meridional. O clima do sul é subtropical úmido, com pluviosidade bem uniforme e temperaturas médias abaixo de 22 ºC. A região Sul possui, atualmente, uma economia agrícola bastante desenvolvida, que vem passando por um intenso processo de modernização tonando-se uma atividade cada vez mais mecanizada. Região Sudeste: Região mais desenvolvida do Brasil, participa de cerca de 55%

no PIB. O processo da industrialização brasileira começou a partir da década de 1950, apoiado tanto pelo capital estrangeiro, quanto pela iniciativa privada nacional. Baseou-se, inicialmente, no setor mecânico, metalúrgico, químico, elétrico e transportes.

Page 12: Complexos geoeconômicos.

São Paulo destaca-se no contexto nacional como o estado de maior concentração industrial e o interior desse estado já desponta como o segundo mercado interno do país.A maior parte da produção brasileira de ferro ainda provém do Quadrilátero Ferrífero mineiro, sendo o Brasil um dos maiores produtores mundiais desse minério.A economia do Rio de Janeiro, tem sua maior perspectiva no crescimento da indústria do petróleo, com a descoberta de reservatórios na camada pré-sal.Agricultura – Com grande variedade de produtos cultiváveis, utiliza a mão de obra temporária ou boia fria, mostrando seus graves contrastes sociais e espaciais: ao lado de uma agricultura moderna, há estruturas arcaicas.Pecuária – Dinâmica não só para o abastecimento de carne, como também de leite e derivados.Concentração industrial – Destacam-se São Paulo, Rio de Janeiro e o Quadrilátero Ferrífero.Crise social – Grave problema de segregação espacial, favelização.Crise ambiental – Desmatamento, retirada do manque, deslizamento de encostas, descarte indevido do lixo, etc. A industrialização e exploração acelerada, sem respeito ao meio ambiente e visando lucros imediatos, são fatores que colaboram para essa crise.