Comportorganizacional

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ÉTICA, LIDERANÇA E ÉTICA, LIDERANÇA E COMPORTAMENTO COMPORTAMENTO ORGANIZACIONAL ORGANIZACIONAL Jean Bartoli Jean Bartoli [email protected] [email protected]

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ÉTICA, LIDERANÇA E ÉTICA, LIDERANÇA E COMPORTAMENTO COMPORTAMENTO ORGANIZACIONALORGANIZACIONAL

Jean BartoliJean Bartoli

[email protected]@uol.com.br

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O FALAR VAZIO... SEM ESFORÇOSO FALAR VAZIO... SEM ESFORÇOS

Vincent de Gaulejac

A excelênciaA excelência ReforçaReforça Os fatoresOs fatores InstitucionaisInstitucionais Da performanceDa performance

A intervençãoA intervenção MobilizaMobiliza Os processosOs processos OrganizacionaisOrganizacionais Do dispositivoDo dispositivo

O objetivoO objetivo RevelaRevela Os parâmetrosOs parâmetros QualitativosQualitativos Da empresaDa empresa

O diagnósticoO diagnóstico EstimulaEstimula As mudançasAs mudanças AnalíticosAnalíticos Do grupoDo grupo

A experimentaçãoA experimentação Modifica Modifica Os conceitosOs conceitos CaracterísticosCaracterísticos Do projetoDo projeto

A formação A formação ClarificaClarifica As competênciasAs competências MotivacionaisMotivacionais Dos beneficiáriosDos beneficiários

A expressãoA expressão AperfeiçoaAperfeiçoa Os resultados Os resultados ParticipativosParticipativos Da caminhadaDa caminhada

O métodoO método DinamizaDinamiza Os bloqueiosOs bloqueios EstratégicosEstratégicos Da problemáticaDa problemática

A vivênciaA vivência ProgramaPrograma As necessidadesAs necessidades NeuroNeuro--linguísticaslinguísticas Das estruturasDas estruturas

O enquadramentoO enquadramento PontuaPontua Os paradoxosOs paradoxos SistémicosSistémicos Do metaDo meta--contextocontexto

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EDUCAÇÃOEDUCAÇÃO“A“A educação,educação, nonosentidosentido profundoprofundo dadapalavra,palavra, talveztalvez sejasejasomentesomente oo justojusto eedifícildifícil equilíbrioequilíbrio entreentreoo exercícioexercício dede ((......))adaptaçãoadaptação ee aaexigênciaexigência dede reflexãoreflexãoee dede inadaptaçãoinadaptação;; ééesteeste equilíbrioequilíbrio tensotensoqueque mantémmantém oohomemhomem dede pépé..””

Paul Paul RicoeurRicoeur

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Entender a racionalidade e a lógica das entidades Entender a racionalidade e a lógica das entidades perigosas exige:perigosas exige:

�� Superar a visão puramente utilitarista e negocial;Superar a visão puramente utilitarista e negocial;

��Necessidade de uma filosofia;Necessidade de uma filosofia;

��Entender a diferença entre o habitual e o próximoEntender a diferença entre o habitual e o próximo

��Entender a diferença entre o passado e o inicial;Entender a diferença entre o passado e o inicial;

��Considerar o possível como horizonte do pensamento.Considerar o possível como horizonte do pensamento.

Fonte: Bauer e Raufer

PENSANDO NUM TEMPO DE PENSANDO NUM TEMPO DE CRISECRISE

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“Minha vida profissional, por cerca de “Minha vida profissional, por cerca de setenta anos, esteve ligada à setenta anos, esteve ligada à economia(...). Aprendi durante esse economia(...). Aprendi durante esse tempo que, para ser correto e útil, é tempo que, para ser correto e útil, é preciso aceitar uma divergência preciso aceitar uma divergência permanente entre as crenças permanente entre as crenças estabelecidas estabelecidas –– que chamei certa vez de que chamei certa vez de sabedoria convencional sabedoria convencional –– e a realidade. e a realidade. (...) A realidade é mais obscurecida por (...) A realidade é mais obscurecida por preferências sociais e rotineiras e por preferências sociais e rotineiras e por vantagens pecuniárias pessoais ou de vantagens pecuniárias pessoais ou de grupos, tanto em economia e política grupos, tanto em economia e política como em qualquer outra área.”como em qualquer outra área.”

John Kenneth John Kenneth GalbraithGalbraith“A economia das fraudes inocentes”“A economia das fraudes inocentes”

CRENÇAS E REALIDADECRENÇAS E REALIDADE

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A CULTURA DO A CULTURA DO CONTENTAMENTOCONTENTAMENTO

“Há, contudo, algumas lições em um âmbito maior que perduram. “Há, contudo, algumas lições em um âmbito maior que perduram. Dessas, a mais completamente invariante é o fato de pessoas e Dessas, a mais completamente invariante é o fato de pessoas e comunidades favorecidas em suas condições econômicas, sociais comunidades favorecidas em suas condições econômicas, sociais e políticas atribuírem virtude social e a durabilidade política e políticas atribuírem virtude social e a durabilidade política àquilo que elas próprias usufruem. Essa atitude prevalece mesmo àquilo que elas próprias usufruem. Essa atitude prevalece mesmo diante de evidências irrefutáveis em contrário. As crenças dos diante de evidências irrefutáveis em contrário. As crenças dos privilegiados passam a servir então à causa de prolongar o privilegiados passam a servir então à causa de prolongar o contentamento, e as idéias econômicas e políticas da época são contentamento, e as idéias econômicas e políticas da época são similarmente adaptadas. Existe um sôfrego mercado político para similarmente adaptadas. Existe um sôfrego mercado político para tudo aquilo que agrada e tranqüiliza. Não são poucos os tudo aquilo que agrada e tranqüiliza. Não são poucos os interessados em servir a este a este mercado e em colher as interessados em servir a este a este mercado e em colher as recompensas resultantes em dinheiro e aplauso.”recompensas resultantes em dinheiro e aplauso.”

John Kenneth John Kenneth GalbraithGalbraith

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FILOSOFIA E CONTRADIÇÕESFILOSOFIA E CONTRADIÇÕES

“As contradições que aparecem em qualquer “As contradições que aparecem em qualquer sistema filosófico são as que nascem da sistema filosófico são as que nascem da luta espiritual: são inerentes à própria luta espiritual: são inerentes à própria existência e não se deixam dissimular por existência e não se deixam dissimular por baixo de uma aparente unidade lógica. A baixo de uma aparente unidade lógica. A verdadeira unidade do pensamento, de fato verdadeira unidade do pensamento, de fato inseparável da unidade da pessoa, é uma inseparável da unidade da pessoa, é uma unidade existencial, não lógica. E a unidade existencial, não lógica. E a ““existencialidadeexistencialidade” é contraditória” .” é contraditória” .

Nicolas Berdiaev

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EM QUE MEDIDA O HOMEM EM QUE MEDIDA O HOMEM ATIVO É PREGUIÇOSO...ATIVO É PREGUIÇOSO...

“Acho que cada pessoa deve ter uma opinião “Acho que cada pessoa deve ter uma opinião própria sobre cada coisa a respeito da qual própria sobre cada coisa a respeito da qual é possível ter opinião, porque ela mesma é é possível ter opinião, porque ela mesma é uma coisa particular e única, que ocupa em uma coisa particular e única, que ocupa em relação a todas as outras uma posição nova, relação a todas as outras uma posição nova, sem precedentes. Mas a indolência que há sem precedentes. Mas a indolência que há no fundo da alma do homem ativo impede no fundo da alma do homem ativo impede o ser humano de tirar água de sua própria o ser humano de tirar água de sua própria fonte.” fonte.”

Nietzsche, “Humano, demasiado Humano, par. 286

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TRABALHO....ESPORTE?TRABALHO....ESPORTE?

“A partir do momento em que não se pode “A partir do momento em que não se pode remeter diretamente o “cumprimento do remeter diretamente o “cumprimento do dever profissional” aos valores espirituais dever profissional” aos valores espirituais supremos da cultura supremos da cultura –– ou que, viceou que, vice--versa, versa, também não se pode mais experimentátambém não se pode mais experimentá--lo lo subjetivamente como uma simples coerção subjetivamente como uma simples coerção econômica econômica –– aí então o indivíduo de hoje aí então o indivíduo de hoje quase sempre renuncia a lhe dar uma quase sempre renuncia a lhe dar uma interpretação de sentido. Nos Estados interpretação de sentido. Nos Estados Unidos, território em que se acha mais à solta Unidos, território em que se acha mais à solta quando despida de seu sentido metafísico [ou quando despida de seu sentido metafísico [ou melhor: éticomelhor: ético--religioso], ambição de lucro religioso], ambição de lucro tende a associartende a associar--se a paixões puramente se a paixões puramente agonísticasagonísticas que não raro lhe imprimem até que não raro lhe imprimem até mesmo um caráter esportivo.” mesmo um caráter esportivo.”

Max WeberMax Weber

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PARADIGMAS DA CIÊNCIA PARADIGMAS DA CIÊNCIA DA GESTÃODA GESTÃO

PARADIGMAS

PRINCIPIOS DE BASE

CRÍTICA

OBJETIVISTA Entender é calcular e medir

Primazia da linguagem matemática sobre

qualquer outra linguagem

FUNCIONALISTA A organização é um sistema que tem um

funcionamento normal e cuja finalidade é a própria reprodução.

Ocultação dos jogos de poder e das

finalidades por eles ditadas.

EXPERIMENTAL A “objetivação” do ser humano é garante da

cientificidade.

Dominação da racionalidade instrumental.

UTILITARISTA A reflexão está a serviço da ação.

Submissão do conhecimento a

critérios de utilidade. ECONOMISTA O humano é um fator

na empresa. Redução do humano a

um recurso da empresa.

Vincent de Gaulejac

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O QUE É A EMPRESA?O QUE É A EMPRESA?

A empresa combina três níveis que são A empresa combina três níveis que são igualmente necessários:igualmente necessários:

•• A realidade concreta e material.A realidade concreta e material.

•• As representações construídas sobre As representações construídas sobre esta realidade.esta realidade.

•• As normas, as regras, as linguagens, os As normas, as regras, as linguagens, os significados.significados.

Gaulejac

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ORGANIZAÇÃOORGANIZAÇÃOA organização é um sistema complexo e A organização é um sistema complexo e político que não se reduz a um organograma:político que não se reduz a um organograma:

•• Decisões importantes implicam a alocação Decisões importantes implicam a alocação de recursos escassos.de recursos escassos.

•• FormamFormam--se coalizões compostas por grupos se coalizões compostas por grupos de indivíduos e interesses.de indivíduos e interesses.

•• Os objetivos organizacionais e as decisões Os objetivos organizacionais e as decisões resultam de resultam de processos de negociaçãoprocessos de negociação..

•• Conflitos de poder constituem características Conflitos de poder constituem características normais da vida organizacional.normais da vida organizacional.

fonte : Michel Crozier

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ÉTICAÉTICA

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MORADIA

OIKOS

MORADA

ETHOS

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AS TRÊS RUPTURASAS TRÊS RUPTURASEstamos vivendo três rupturas:Estamos vivendo três rupturas:•• Com a natureza e o universoCom a natureza e o universo: não somos seres : não somos seres postos postos nana natureza; somos natureza; somos dada natureza.natureza.

•• Com os outrosCom os outros: na concepção guerreira da vida, o : na concepção guerreira da vida, o outro é um competidor ameaçador que acabamos outro é um competidor ameaçador que acabamos encarando como um inimigo perigoso. A vida é encarando como um inimigo perigoso. A vida é considerada como um combate. considerada como um combate.

•• Consigo mesmoConsigo mesmo: vivendo muito na : vivendo muito na tensãotensão(corrida, estresse, rivalidade), nos tornamos (corrida, estresse, rivalidade), nos tornamos incapazes de incapazes de atençãoatenção, principalmente de atenção , principalmente de atenção interior, essa arte de viver intensamente o presente.interior, essa arte de viver intensamente o presente.

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TRÊS PERGUNTAS RADICAIS...TRÊS PERGUNTAS RADICAIS...

––O que faremos do nosso planeta?O que faremos do nosso planeta?

––O que faremos da nossa espécie?O que faremos da nossa espécie?

––O que faremos da nossa vida?O que faremos da nossa vida?Como pensar nossa vida fora da Como pensar nossa vida fora da “ideologia de mercado” e reaprender “ideologia de mercado” e reaprender a “travessia da vida”?a “travessia da vida”?

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ÉTICA E MORALÉTICA E MORAL•• “A ética é a busca de uma vida boa com e “A ética é a busca de uma vida boa com e para o outro no âmbito de instituições para o outro no âmbito de instituições justas.” justas.” (Paul (Paul RicoeurRicoeur, inspirado por Aristóteles), inspirado por Aristóteles)

•• A moral representa o campo das normas A moral representa o campo das normas teóricas e universais da consciência que teóricas e universais da consciência que asseguram a integridade da pessoa, asseguram a integridade da pessoa, considerada mais na sua autonomia do que na considerada mais na sua autonomia do que na sua solidariedade. sua solidariedade. (Kant)(Kant)

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ÉTICA E MORALÉTICA E MORAL

•• A ética não é simplesmente uma questão semântica mas A ética não é simplesmente uma questão semântica mas uma questão de atitude.uma questão de atitude.

•• O homem merece mais do que uma moral, mais do que O homem merece mais do que uma moral, mais do que um conjunto abstrato de bons sentimentos: ele merece um conjunto abstrato de bons sentimentos: ele merece uma ética.uma ética.

•• Não se pode ser humano instintivamente: não se pode Não se pode ser humano instintivamente: não se pode ser homem sem uma reflexão sobre o homem, sem um ser homem sem uma reflexão sobre o homem, sem um saber.saber.

•• O humanismo é uma extrema consciência.O humanismo é uma extrema consciência.•• A ética é a moral + o estudo.A ética é a moral + o estudo.

MarcMarc--Alain Alain OuakninOuaknin

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ÉTICA E PRÁTICAÉTICA E PRÁTICA

Para pensar uma prática, é preciso Para pensar uma prática, é preciso interrogarinterrogar--se sobrese sobre

•• Suas condições de existênciaSuas condições de existência

•• Sua finalidadeSua finalidade

•• Suas regrasSuas regras

•• Seus valores.Seus valores.

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TRÊS CONDIÇÕES PARA TRÊS CONDIÇÕES PARA DEFINIR A ÉTICADEFINIR A ÉTICA

•• LLimitesimites

•• DDebatesebates

•• Reconhecer a dignidade das Reconhecer a dignidade das pessoas.pessoas.

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RACIONALIDADERACIONALIDADE DA DA AÇÃOAÇÃO

RACIONALIDADE MUNDO VALIDAÇÃO

Instrumental : em relação a um objetivo

Objetivo Resultado

Ética : considerando o relacionamento com outros

seres humanos

Social Justiça Responsabilidade

Comunicativa Subjetivo Autenticidade

Habermas, Levinas

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TRABALHO E TRABALHO E COMPETÊNCIACOMPETÊNCIA

Fontes: Zarifian, Aubert.

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A QUESTÃO DO TRABALHOA QUESTÃO DO TRABALHO•• A questão do trabalho é normalmente tratada A questão do trabalho é normalmente tratada segundo duas abordagens:segundo duas abordagens:–– Uma abordagem estrutural que raciocina em termos Uma abordagem estrutural que raciocina em termos de divisão e coordenação do trabalhode divisão e coordenação do trabalho–– Uma abordagem estratégica que raciocina em Uma abordagem estratégica que raciocina em termos de dominação, exploração, submissão.termos de dominação, exploração, submissão.

•• Na realidade, o trabalho é primeiramente o Na realidade, o trabalho é primeiramente o exercício concreto do poder de pensamento e exercício concreto do poder de pensamento e de ação dos indivíduos, na sua individualidade, de ação dos indivíduos, na sua individualidade, na sua interdependência e na sua cooperação.na sua interdependência e na sua cooperação.

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TRABALHOTRABALHO““A mais sagrada e a mais inviolável de todas as A mais sagrada e a mais inviolável de todas as propriedades é a do próprio trabalho, porque ela é o propriedades é a do próprio trabalho, porque ela é o fundamento originário de todas as outras propriedades. fundamento originário de todas as outras propriedades. O patrimônio de um homem pobre reside na força e na O patrimônio de um homem pobre reside na força e na destreza de suas mãos, e impedidestreza de suas mãos, e impedi--lo de empregar essa lo de empregar essa força e destreza da maneira que julga apropriada, desde força e destreza da maneira que julga apropriada, desde que não cause prejuízo a seu próximo, constitui que não cause prejuízo a seu próximo, constitui violação manifesta da mais sagrada propriedade. Trataviolação manifesta da mais sagrada propriedade. Trata--se de uma flagrante usurpação da lícita liberdade, tanto se de uma flagrante usurpação da lícita liberdade, tanto do trabalhador como dos que estariam dispostos a dardo trabalhador como dos que estariam dispostos a dar--lhe trabalho.” lhe trabalho.” SMITH, Adam, SMITH, Adam, A riqueza das nações,A riqueza das nações, 2 volumes, São Paulo, 2 volumes, São Paulo,

Martins Fontes, 2003, livro I cap. 10, p. 155Martins Fontes, 2003, livro I cap. 10, p. 155--156 156

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TRABALHOTRABALHO“Todo homem é rico ou pobre de acordo com o grau em que lhe é “Todo homem é rico ou pobre de acordo com o grau em que lhe é dado desfrutar as coisas necessárias à vida e ao conforto, e das dado desfrutar as coisas necessárias à vida e ao conforto, e das diversões da vida humana. Mas, depois de estabelecerdiversões da vida humana. Mas, depois de estabelecer--se se completamente a divisão do trabalho, o trabalho de cada homem completamente a divisão do trabalho, o trabalho de cada homem apenas poderá provêapenas poderá provê--lo de uma parte extremamente diminuta lo de uma parte extremamente diminuta dessas coisas. A grande maioria delas deverá ser obtida do dessas coisas. A grande maioria delas deverá ser obtida do trabalho de outros homens e, assim, ele será rico ou pobre de trabalho de outros homens e, assim, ele será rico ou pobre de acordo com a quantidade de trabalho que puder comandar ou acordo com a quantidade de trabalho que puder comandar ou conseguir comprar. Portanto, o valor de qualquer mercadoria conseguir comprar. Portanto, o valor de qualquer mercadoria para a pessoa que a possui e não pretende utilizápara a pessoa que a possui e não pretende utilizá--la ou consumila ou consumi--la, mas trocála, mas trocá--la por outras mercadorias, é igual à quantidade de la por outras mercadorias, é igual à quantidade de trabalho que tal mercadoria lhe permite comprar ou comandar. trabalho que tal mercadoria lhe permite comprar ou comandar. O trabalho é, pois, a medida real do valor de troca de todas as O trabalho é, pois, a medida real do valor de troca de todas as mercadorias.” mercadorias.” SMITH, Adam, SMITH, Adam, A riqueza das nações,A riqueza das nações, 2 volumes, São Paulo, Martins 2 volumes, São Paulo, Martins

Fontes, 2003, livro I cap. 5, p. 38 Fontes, 2003, livro I cap. 5, p. 38

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SOCIEDADE DE MERCADOSOCIEDADE DE MERCADO“Uma vez plenamente estabelecida a divisão do trabalho, “Uma vez plenamente estabelecida a divisão do trabalho, é apenas uma pequena parte das necessidades de um é apenas uma pequena parte das necessidades de um homem que pode ser satisfeita com o produto do homem que pode ser satisfeita com o produto do próprio trabalho. a grande maioria dessas necessidades próprio trabalho. a grande maioria dessas necessidades é satisfeita por meio da troca da parte do produto do é satisfeita por meio da troca da parte do produto do trabalho que excede seu próprio consumo pela mesma trabalho que excede seu próprio consumo pela mesma parte do produto do trabalho de outros homens de que parte do produto do trabalho de outros homens de que venha a precisar. assim, todo homem vive da troca ou venha a precisar. assim, todo homem vive da troca ou em alguma medida tornaem alguma medida torna--se comerciante, e a própria se comerciante, e a própria sociedade se vai convertendo numa verdadeira sociedade se vai convertendo numa verdadeira sociedade mercantil.” sociedade mercantil.” SMITH, Adam, SMITH, Adam, A riqueza das nações,A riqueza das nações, 2 volumes, São Paulo, 2 volumes, São Paulo,

Martins Fontes, 2003, livro I cap. 4, p. 24Martins Fontes, 2003, livro I cap. 4, p. 24

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TRÊSTRÊS DIMENSÕESDIMENSÕESFUNDAMENTAISFUNDAMENTAIS Hanna ArendtHanna Arendt

•• TRABALHO (LABOR):TRABALHO (LABOR): o ser humano o ser humano PRODUZ para sobreviver.PRODUZ para sobreviver.

•• OBRA (WORK): OBRA (WORK): o ser humano o ser humano CONSTRÓI o mundo.CONSTRÓI o mundo.

•• AÇÃO:AÇÃO:o ser humano CONSTRÓI A SI o ser humano CONSTRÓI A SI MESMO por meio de seu relacionamento MESMO por meio de seu relacionamento com o outro.com o outro.

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DESAFIOS TÉCNICOS E DESAFIOS TÉCNICOS E ADAPTATIVOSADAPTATIVOS

DESAFIO Qual é o trabalho? Quem faz o trabalho?

TÉCNICO Aplica o know-how vigente

Autoridades

ADAPTATIVO Aprende novas maneiras

As pessoas com o problema

Heifetz, Linski

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TRÊS CONCEITOS TRÊS CONCEITOS CHAVESCHAVES

•• EVENTOEVENTO•• COMUNICAÇÃOCOMUNICAÇÃO•• SERVIÇOSERVIÇO

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EVENTOEVENTO

•• Evento é o que ocorre de maneira parcialmente Evento é o que ocorre de maneira parcialmente imprevista, inesperada, vindo perturbar o desenrolar imprevista, inesperada, vindo perturbar o desenrolar normal do sistema de produção. normal do sistema de produção.

•• Trabalhar é fundamentalmente estar atento a esses Trabalhar é fundamentalmente estar atento a esses eventos, pressentieventos, pressenti--los e enfrentálos e enfrentá--los quando ocorrem.los quando ocorrem.

•• Enfrentar o evento é:Enfrentar o evento é:–– Permanecer atento às modificações potenciais do Permanecer atento às modificações potenciais do ambiente.ambiente.–– Analisar diversas alternativas.Analisar diversas alternativas.–– Inventar respostas pertinentes.Inventar respostas pertinentes.

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CONSEQÜÊNCIAS DO CONCEITO CONSEQÜÊNCIAS DO CONCEITO “EVENTO”“EVENTO”

1.1. A A competênciacompetência profissional não pode mais ser enclausurada em profissional não pode mais ser enclausurada em definições prévias de tarefas: o trabalho é a ação competente do definições prévias de tarefas: o trabalho é a ação competente do indivíduo diante de uma situação de evento.indivíduo diante de uma situação de evento.

2.2. Ela supõe a mobilização de uma rede.Ela supõe a mobilização de uma rede.3.3. O trabalho não pode mais ser visto como uma seqüência de O trabalho não pode mais ser visto como uma seqüência de operações rotineiras. Tornaoperações rotineiras. Torna--se uma seqüência de eventos que se uma seqüência de eventos que reagem uns aos outros.reagem uns aos outros.

4.4. Isso muda muito a maneira de avaliar a experiência de um Isso muda muito a maneira de avaliar a experiência de um profissional.profissional.

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COMUNICAÇÃOCOMUNICAÇÃO

•• Comunicar significa construir um entendimento recíproco e Comunicar significa construir um entendimento recíproco e bases de compromisso que serão a garantia do sucesso das ações bases de compromisso que serão a garantia do sucesso das ações desenvolvidas em conjunto. É:desenvolvidas em conjunto. É:–– Entender os problemas e as obrigações dos outros e a Entender os problemas e as obrigações dos outros e a interdependência das ações.interdependência das ações.

–– Chegar a uma acordo referente às implicações e aos objetivos Chegar a uma acordo referente às implicações e aos objetivos da ação.da ação.

–– Compartilhar uma consciência da necessidade de uma Compartilhar uma consciência da necessidade de uma reciprocidade nos compromissos assumidos.reciprocidade nos compromissos assumidos.

•• A comunicação implica conflitos: graças a eles chegaA comunicação implica conflitos: graças a eles chega--se a um se a um melhor entendimento e à obtenção de uma solidariedade mais melhor entendimento e à obtenção de uma solidariedade mais sólida.sólida.

Page 33: Comportorganizacional

SERVIÇOSERVIÇO•• O serviço é:O serviço é:–– uma modificação nas condições de vida ou de atividade uma modificação nas condições de vida ou de atividade de um clientede um cliente--usuário.usuário.

–– o que justifica a sobrevivência de uma organização.o que justifica a sobrevivência de uma organização.•• Em função disto destacamEm função disto destacam--se:se:–– A qualidade final do serviço prestadoA qualidade final do serviço prestado–– A maneira como esse cliente ou usuário participa da A maneira como esse cliente ou usuário participa da definição do serviço propostodefinição do serviço proposto

–– A sucessão de ações que permite criar essa qualidade.A sucessão de ações que permite criar essa qualidade.

Page 34: Comportorganizacional

FRAGILIDADE DO TRABALHOFRAGILIDADE DO TRABALHO

O sentido dado ao trabalho é frágil: O sentido dado ao trabalho é frágil:

•• A qualquer momento, um indivíduo pode não A qualquer momento, um indivíduo pode não enxergar mais o sentido do que ele faz e cair enxergar mais o sentido do que ele faz e cair num estado de alienação.num estado de alienação.

•• A pressão dos prazos, a impossibilidade de A pressão dos prazos, a impossibilidade de entender as finalidades, a opacidade da entender as finalidades, a opacidade da organização, os comportamentos dos clientes organização, os comportamentos dos clientes podem tirar o sentido da atividade profissional.podem tirar o sentido da atividade profissional.

Page 35: Comportorganizacional

A QUESTÃO DO TEMPOA QUESTÃO DO TEMPO

•• O tempo “espacializado” (medido em horas, minutos e O tempo “espacializado” (medido em horas, minutos e segundos) impõe a disciplina e a força de sua medição.segundos) impõe a disciplina e a força de sua medição.

•• Um outro tempo se impõe na realidade prática: o Um outro tempo se impõe na realidade prática: o tempo tempo -- devir que é o tempo das mutações qualitativas.devir que é o tempo das mutações qualitativas.

•• Ter tempo para trabalhar bem, para aprender, para Ter tempo para trabalhar bem, para aprender, para cooperar, para pensar o que se faz, para criar, para cooperar, para pensar o que se faz, para criar, para desenvolver sentido, conseguir efetivar o tempo desenvolver sentido, conseguir efetivar o tempo –– devir devir e derrotar a ditadura do tempo “espacializado”: é o que e derrotar a ditadura do tempo “espacializado”: é o que está em jogo! está em jogo!

Page 36: Comportorganizacional

O TRABALHO COMO ATIVIDADE O TRABALHO COMO ATIVIDADE INDIVIDUALINDIVIDUAL

•• A atividade de trabalho pode ser individual: por A atividade de trabalho pode ser individual: por exemplo o conselheiro financeiro, o pesquisador, estão exemplo o conselheiro financeiro, o pesquisador, estão sozinhos frente ao cliente ou ao processo de pesquisa. sozinhos frente ao cliente ou ao processo de pesquisa.

•• Existe uma necessidade de concentração: é uma Existe uma necessidade de concentração: é uma atividade mais solitária.atividade mais solitária.

•• É preciso entender essa dimensão solitária do trabalho É preciso entender essa dimensão solitária do trabalho e toda sua positividade potencial.e toda sua positividade potencial.

•• É preciso permitir concentração e ter lugares de É preciso permitir concentração e ter lugares de isolamento.isolamento.

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O TRABALHO COMO ATIVIDADE O TRABALHO COMO ATIVIDADE COLETIVA COLETIVA

•• A dimensão solitária do trabalho se alimenta de trocas A dimensão solitária do trabalho se alimenta de trocas que encontram seu sentido a partir do que foi iniciado que encontram seu sentido a partir do que foi iniciado pelo indivíduo.pelo indivíduo.

•• A organização como agir coletivo apresentaA organização como agir coletivo apresenta--se como se como um conjunto flexível de sujeitos, interdependentes nas um conjunto flexível de sujeitos, interdependentes nas suas respectivas iniciativas.suas respectivas iniciativas.

•• A rede de trabalho é um lugar de confrontos, de A rede de trabalho é um lugar de confrontos, de tensões, de compartilhamento de responsabilidades tensões, de compartilhamento de responsabilidades entre pessoas interdependentes.entre pessoas interdependentes.

Page 38: Comportorganizacional

TRÊS MOMENTOS NA ATIVIDADE TRÊS MOMENTOS NA ATIVIDADE DO INDIVÍDUODO INDIVÍDUO

1.1. Um momento de concentração individual solitária, de Um momento de concentração individual solitária, de reflexão, de julgamento e de engajamento.reflexão, de julgamento e de engajamento.

2.2. Um momento de trocas extensivas de informações na Um momento de trocas extensivas de informações na equipe e/ou na rede. A coequipe e/ou na rede. A co--presença física não é presença física não é necessária.necessária.

3.3. Um momento de trocas intensivas: é o momento da Um momento de trocas intensivas: é o momento da confrontação e da busca de um significado, sempre confrontação e da busca de um significado, sempre com dimensão ética, onde se forma uma compreensão com dimensão ética, onde se forma uma compreensão recíproca sobre as finalidades da ação. Este momento recíproca sobre as finalidades da ação. Este momento exige o contato direto.exige o contato direto.

Page 39: Comportorganizacional

E A COMPETÊNCIA?E A COMPETÊNCIA?

Page 40: Comportorganizacional

COMPETÊNCIA: COMPETÊNCIA: PRIMEIRA ABORDAGEMPRIMEIRA ABORDAGEM

A competência é o A competência é o “tomar iniciativa” e o “tomar iniciativa” e o “assumir “assumir responsabilidade” do responsabilidade” do indivíduo diante de indivíduo diante de situações profissionais situações profissionais com as quais se com as quais se depara.depara.

Page 41: Comportorganizacional

COMPETÊNCIA: SEGUNDA COMPETÊNCIA: SEGUNDA ABORDAGEMABORDAGEM

A competência é um A competência é um entendimento prático de entendimento prático de situações que se apóia situações que se apóia em conhecimentos em conhecimentos adquiridos e os adquiridos e os transforma na medida transforma na medida em que aumenta a em que aumenta a diversidade das diversidade das situações.situações.

Page 42: Comportorganizacional

COMPETÊNCIA: TERCEIRA COMPETÊNCIA: TERCEIRA ABORDAGEMABORDAGEM

A competência é a faculdade A competência é a faculdade de mobilizar redes de atores de mobilizar redes de atores e de fazer com que esses e de fazer com que esses atores compartilhem as atores compartilhem as implicações de suas ações implicações de suas ações para assumir áreas de copara assumir áreas de co--responsabilidade.responsabilidade.

Page 43: Comportorganizacional

MOTIVAÇÃOMOTIVAÇÃO

Page 44: Comportorganizacional

O QUE É MOTIVAÇÃO?O QUE É MOTIVAÇÃO?

•• A motivação diz respeito ao aprofundamento dos A motivação diz respeito ao aprofundamento dos motivos que nos levam a agir e ao estudo do processo motivos que nos levam a agir e ao estudo do processo que nos coloca em movimento.que nos coloca em movimento.

•• InterrogarInterrogar--se sobre a motivação dos empregados se sobre a motivação dos empregados significa interrogarsignifica interrogar--se sobre os motivos de suas ações.se sobre os motivos de suas ações.

•• Quando a empresa diz querer desenvolver a motivação, Quando a empresa diz querer desenvolver a motivação, ela quer mais implicação e mais desempenho. Por sua ela quer mais implicação e mais desempenho. Por sua vez, os empregados querem mais satisfação.vez, os empregados querem mais satisfação.

Page 45: Comportorganizacional

ESTIMULAÇÃO, ESTIMULAÇÃO, PERFORMANCE, SATISFAÇÃOPERFORMANCE, SATISFAÇÃO

•• A A estimulaçãoestimulação se refere ao estímulo externo que nos leva a agir se refere ao estímulo externo que nos leva a agir e se inscreve numa perspectiva behaviorista. A motivação diz e se inscreve numa perspectiva behaviorista. A motivação diz mais respeito à um processo desencadeado de dentro para fora.mais respeito à um processo desencadeado de dentro para fora.

•• A A performanceperformance se refere ao resultado da ação. A motivação se refere ao resultado da ação. A motivação pode ser uma condição necessária mas não suficiente: muitas pode ser uma condição necessária mas não suficiente: muitas variáveis externas entram na construção de uma performance.variáveis externas entram na construção de uma performance.

•• A A satisfaçãosatisfação diz respeito aos sentimentos do indivíduo numa diz respeito aos sentimentos do indivíduo numa situação concreta de trabalho: é um indicador da motivação mais situação concreta de trabalho: é um indicador da motivação mais do que uma causa. A satisfação é um sentimento enquanto a do que uma causa. A satisfação é um sentimento enquanto a motivação é um processo.motivação é um processo.

Page 46: Comportorganizacional

VARIÁVEIS DO PROCESSO DE VARIÁVEIS DO PROCESSO DE MOTIVAÇÃOMOTIVAÇÃO

A motivação é um processo por demais complexo para ser objeto A motivação é um processo por demais complexo para ser objeto de receitas de bolo! Ele articula vários elementos que de receitas de bolo! Ele articula vários elementos que respondem a lógicas diferentes:respondem a lógicas diferentes:

•• A pessoaA pessoa•• O outro O outro •• A equipe na qual os dois são inseridosA equipe na qual os dois são inseridos•• A organização, ou seja o quadro estrutural e cultural no qual se A organização, ou seja o quadro estrutural e cultural no qual se desenvolvem as ações a ser tomadas.desenvolvem as ações a ser tomadas.

Os três primeiros aspectos estão mais ligados a aspectos Os três primeiros aspectos estão mais ligados a aspectos psicológicos e espirituais, enquanto o último tem dimensões psicológicos e espirituais, enquanto o último tem dimensões sociais e políticas.sociais e políticas.

Page 47: Comportorganizacional

Espírito

Psyché

Corpo

TRÊS DIMENSÕESTRÊS DIMENSÕES

Page 48: Comportorganizacional

ESPÍRITO?ESPÍRITO?“A razão, como a própria filosofia “A razão, como a própria filosofia tem reconhecido, não é o primeiro tem reconhecido, não é o primeiro nem o último momento da nem o último momento da existência. (...) Ela se abre para existência. (...) Ela se abre para baixo, de onde emerge de algo baixo, de onde emerge de algo mais elementar e ancestral: a mais elementar e ancestral: a afetividade. Abreafetividade. Abre--se para cima , se para cima , para o espírito que é o momento para o espírito que é o momento em que a consciência se acha parte em que a consciência se acha parte de um todo e que culmina na de um todo e que culmina na contemplação e na contemplação e na espiritualidade.”espiritualidade.”

Leonardo BoffLeonardo Boff

Page 49: Comportorganizacional

EMOÇÕESEMOÇÕES“Uma redução seletiva da emoção é no mínimo tão prejudicial “Uma redução seletiva da emoção é no mínimo tão prejudicial para a racionalidade quanto a emoção excessiva. Certamente para a racionalidade quanto a emoção excessiva. Certamente não é verdade que a razão opere vantajosamente sem a não é verdade que a razão opere vantajosamente sem a influência da emoção. Pelo contrário, é provável que a influência da emoção. Pelo contrário, é provável que a emoção auxilie o raciocínio, em especial quanto se trata de emoção auxilie o raciocínio, em especial quanto se trata de questões pessoais e sociais que envolvem risco e conflito.[...] questões pessoais e sociais que envolvem risco e conflito.[...] É óbvio que comoções emocionais podem levar a decisões É óbvio que comoções emocionais podem levar a decisões irracionais. As lesões neurológicas sugerem simplesmente irracionais. As lesões neurológicas sugerem simplesmente que a ausência seletiva de emoção é um problema. Emoções que a ausência seletiva de emoção é um problema. Emoções bem direcionadas e bem situadas parecem constituir um bem direcionadas e bem situadas parecem constituir um sistema de apoio sem o qual o edifício da razão não pode sistema de apoio sem o qual o edifício da razão não pode operar a contento.” p.63operar a contento.” p.63

Antonio Damásio:Antonio Damásio:O mistério da consciênciaO mistério da consciência, , Cia das LetrasCia das Letras

Page 50: Comportorganizacional

POR QUE FUGIR DO POR QUE FUGIR DO SENTIMENTO DE COMPAIXÃO?SENTIMENTO DE COMPAIXÃO?

“Perceber o sofrimento alheio provoca uma experiência sensível e uma emoção a “Perceber o sofrimento alheio provoca uma experiência sensível e uma emoção a partir das quais se associam pensamentos cujo conteúdo depende da história partir das quais se associam pensamentos cujo conteúdo depende da história particular do sujeito que percebe: culpa, agressividade, prazer etc. A estabilização particular do sujeito que percebe: culpa, agressividade, prazer etc. A estabilização mnésicamnésica da percepção necessária ao exercício do julgamento [...] depende da da percepção necessária ao exercício do julgamento [...] depende da reação defensiva do sujeito diante de sua emoção: rejeição, negação ou recalque. reação defensiva do sujeito diante de sua emoção: rejeição, negação ou recalque. No caso de negação ou rejeição, o sujeito não memoriza a percepção do No caso de negação ou rejeição, o sujeito não memoriza a percepção do sofrimento alheio sofrimento alheio –– perde a consciência dele. [...] Afetivamente, ele pode então perde a consciência dele. [...] Afetivamente, ele pode então assumir uma postura de indisponibilidade e de assumir uma postura de indisponibilidade e de intolerânciaintolerância para com a emoção que para com a emoção que nele provoca a percepção do sofrimento alheio. Assim, nele provoca a percepção do sofrimento alheio. Assim, a intolerância afetiva para com a intolerância afetiva para com a própria emoção relacional acaba levando o sujeito a abstraira própria emoção relacional acaba levando o sujeito a abstrair--se do sofrimento alheio por uma se do sofrimento alheio por uma atitude de indiferença atitude de indiferença –– logo, de intolerância para com o que provoca seu sofrimento.logo, de intolerância para com o que provoca seu sofrimento. Em Em outras palavras, a consciência do outras palavras, a consciência do –– ou a insensibilidade ao ou a insensibilidade ao –– sofrimento dos sofrimento dos desempregadosdesempregados depende inevitavelmente da relação do sujeito para com seu próprio depende inevitavelmente da relação do sujeito para com seu próprio sofrimento.”sofrimento.”

Christophe Christophe DejoursDejours,, A banalização da injustiça socialA banalização da injustiça social,ed. FGV p. 45,ed. FGV p. 45--4646

Page 51: Comportorganizacional

COMPAIXÃOCOMPAIXÃO“Quando falo de sentimentos humanos “Quando falo de sentimentos humanos básicos, não estou pensando somente básicos, não estou pensando somente em alguma coisa efêmera e vaga. em alguma coisa efêmera e vaga. RefiroRefiro--me à incapacidade de suportar a me à incapacidade de suportar a visão do sofrimento do outro. É o que visão do sofrimento do outro. É o que provoca o sobressalto quando provoca o sobressalto quando ouvimos um grito de socorro, é o que ouvimos um grito de socorro, é o que nos faz recuar instintivamente ao ver nos faz recuar instintivamente ao ver alguém maltratado, o que nos faz alguém maltratado, o que nos faz sofrer ao presenciar o sofrimento dos sofrer ao presenciar o sofrimento dos outros. E o que nos faz fechar os outros. E o que nos faz fechar os olhos quando queremos ignorar a olhos quando queremos ignorar a desgraça alheia.”desgraça alheia.”DalaiDalai Lama, Lama, Uma ética para o novo milênioUma ética para o novo milênio

51

Page 52: Comportorganizacional

ACOMPANHAMENTOINDIVIDUAL

fonte : Vincent Lenhardt

COERÊNCIA E INTEGRAÇÃO DO DESENVOLVIMENTO

ACOMPANHAMENTOESPIRITUAL

TERAPEUTA

TEAM BUILDINGEquipe

PessoaResponsável

Voluntarismo ouBoa vontade?

Perfil ou pessoa?

Page 53: Comportorganizacional

QUESTIONAMENTO DA QUESTIONAMENTO DA IDENTIDADEIDENTIDADE

Três dimensões, alicerces da identidade do Três dimensões, alicerces da identidade do executivo, são questionadas:executivo, são questionadas:

1.1. A proximidade com a alta direção da A proximidade com a alta direção da empresaempresa

2.2. O envolvimento na empresaO envolvimento na empresa3.3. O O statusstatus

Page 54: Comportorganizacional

SOFRIMENTO NO SOFRIMENTO NO TRABALHOTRABALHO

Fonte:Dupuy

Page 55: Comportorganizacional

DESUMANIZAÇÃO NO TRABALHODESUMANIZAÇÃO NO TRABALHO

•• Desde o início da industrialização, os operários e empregados Desde o início da industrialização, os operários e empregados lutaram para ser considerados como seres humanos trabalhando, lutaram para ser considerados como seres humanos trabalhando, para ter seus direitos reconhecidos e não ser considerados como para ter seus direitos reconhecidos e não ser considerados como simples agentes econômicos ao serviço da produção.simples agentes econômicos ao serviço da produção.

•• Esta dinâmica que trouxe a humanização das relações de Esta dinâmica que trouxe a humanização das relações de trabalho está sendo questionada por uma nova violência nos trabalho está sendo questionada por uma nova violência nos relacionamentos sociais, ligada à primazia absoluta dos relacionamentos sociais, ligada à primazia absoluta dos imperativos financeiros.imperativos financeiros.

•• O patrão, com o qual se negociava e que encarnava o poder na O patrão, com o qual se negociava e que encarnava o poder na empresa, é substituído por acionistas anônimos interessados não empresa, é substituído por acionistas anônimos interessados não pelo que a empresa produz mas pelos dividendos que ela traz.pelo que a empresa produz mas pelos dividendos que ela traz.

Page 56: Comportorganizacional

TRÊS TIPOS DE VIOLÊNCIA TRÊS TIPOS DE VIOLÊNCIA NO TRABALHONO TRABALHO

•• Demissões Demissões coletivascoletivas

•• Agressões no Agressões no trabalhotrabalho

•• Assédio no Assédio no trabalhotrabalho

Page 57: Comportorganizacional

AGRESSÕES NO TRABALHOAGRESSÕES NO TRABALHO

•• Quando a agressão acontece no ambiente profissional, Quando a agressão acontece no ambiente profissional, não é só uma relação entre o agressor e o agredido: a não é só uma relação entre o agressor e o agredido: a empresa está automaticamente envolvida.empresa está automaticamente envolvida.

•• Quando um assalariado sofre uma agressão vinda de Quando um assalariado sofre uma agressão vinda de fora, poderá desenvolver sentimentos contraditórios e fora, poderá desenvolver sentimentos contraditórios e ambivalentes: ambivalentes:

•• reagiu como devia? reagiu como devia?

•• Sua profissão tem ainda sentido? Sua profissão tem ainda sentido?

•• Pode contar com seus colegas e sua hierarquia? Pode contar com seus colegas e sua hierarquia?

•• Quais serão as conseqüências para seu futuro Quais serão as conseqüências para seu futuro profissional?profissional?

Page 58: Comportorganizacional

ASSÉDIO MORALASSÉDIO MORAL

•• Violência mais insidiosa e permanente: o autor dela Violência mais insidiosa e permanente: o autor dela quer impor sua visão à vítima, ditar sua lei de modo que quer impor sua visão à vítima, ditar sua lei de modo que a vítima escolha entre a submissão ou a demissão.a vítima escolha entre a submissão ou a demissão.

•• Para quebrar a vítima, o assediador tenta atingiPara quebrar a vítima, o assediador tenta atingi--la na sua la na sua personalidade, nas suas fragilidades psíquicas.personalidade, nas suas fragilidades psíquicas.

•• Para vítima começa a descida no inferno principalmente Para vítima começa a descida no inferno principalmente porque o assediador nunca reconhece o próprio porque o assediador nunca reconhece o próprio objetivo e nunca explica a própria atitude. objetivo e nunca explica a própria atitude.

Page 59: Comportorganizacional

POSSÍVEIS VÍTIMASPOSSÍVEIS VÍTIMAS

•• Um novato que atrapalha os hábitos sedimentados.Um novato que atrapalha os hábitos sedimentados.

•• Um funcionário sobrando e não corresponde mais ao perfil que Um funcionário sobrando e não corresponde mais ao perfil que a empresa quera empresa quer

•• Uma pessoa que não aceita os novos métodos de management e Uma pessoa que não aceita os novos métodos de management e se opõe a mudanças que ele considera negativas para a empresa.se opõe a mudanças que ele considera negativas para a empresa.

•• Uma pessoa que se quer empurrar para fora porque existe outra Uma pessoa que se quer empurrar para fora porque existe outra pessoa para colocar no seu lugar.pessoa para colocar no seu lugar.

•• Um funcionário por demais bem sucedido na vida pessoal e/ou Um funcionário por demais bem sucedido na vida pessoal e/ou profissional, o que provoca inveja e ciúme.profissional, o que provoca inveja e ciúme.

•• Um doente que volta depois de uma longa ausência profissional.Um doente que volta depois de uma longa ausência profissional.

•• Uma pessoa que reivindica demais...Uma pessoa que reivindica demais...

Page 60: Comportorganizacional

MÉTODOS DE ASSÉDIOMÉTODOS DE ASSÉDIOO assediador age sobre tudo que um trabalhador pode esperar de sua O assediador age sobre tudo que um trabalhador pode esperar de sua empresa e de seu trabalho: respeito, consideração e condições materiais empresa e de seu trabalho: respeito, consideração e condições materiais de trabalho:de trabalho:

•• Na própria dignidade mediante ofensas, fofocas ou tentando atingir a Na própria dignidade mediante ofensas, fofocas ou tentando atingir a vida privada.vida privada.

•• No aspecto relacional, instaurando uma espécie de “nãoNo aspecto relacional, instaurando uma espécie de “não--presença” da presença” da vítima, organizando um tipo de quarentena.vítima, organizando um tipo de quarentena.

•• Procura denegrir sistematicamente o trabalho produzido. As metas são Procura denegrir sistematicamente o trabalho produzido. As metas são inalcançáveis o que coloca a vítima em situação de fracasso.inalcançáveis o que coloca a vítima em situação de fracasso.

•• Ao invés, pode dar nenhuma missão ou exigir a realização de tarefas Ao invés, pode dar nenhuma missão ou exigir a realização de tarefas totalmente irrelevantes para humilhar a vítima.totalmente irrelevantes para humilhar a vítima.

•• Pode dar ordens pouco precisas ou contraditórias, o que coloca a Pode dar ordens pouco precisas ou contraditórias, o que coloca a vítima numa situação de fracasso.vítima numa situação de fracasso.

Page 61: Comportorganizacional

EFEITOS DO ASSÉDIOEFEITOS DO ASSÉDIO

•• No início a vítima não pensa em se defender porque acha que se No início a vítima não pensa em se defender porque acha que se trata de um erro de julgamento fácil de ser corrigido.trata de um erro de julgamento fácil de ser corrigido.

•• O processo de assédio está sempre desenvolvido no “não dito” O processo de assédio está sempre desenvolvido no “não dito” e, mesmo que utilize processos mais agressivos, o assediador e, mesmo que utilize processos mais agressivos, o assediador sempre procura agir escondido dos outros.sempre procura agir escondido dos outros.

•• O assediador sempre procura atrair os colegas para o próprio O assediador sempre procura atrair os colegas para o próprio lado, de modo a isolar a vítima.lado, de modo a isolar a vítima.

•• Para a pessoa assediada, o único recurso para parar o processo Para a pessoa assediada, o único recurso para parar o processo seria de enfrentar um conflito aberto e tornáseria de enfrentar um conflito aberto e torná--lo explícito, mas a lo explícito, mas a força do assediador está na sua capacidade em evitar este força do assediador está na sua capacidade em evitar este confronto.confronto.

•• Sentimento de culpa, protesto, sentimento de ser abandonado, Sentimento de culpa, protesto, sentimento de ser abandonado, esgotamento levam a vítima a um estado de incapacidade esgotamento levam a vítima a um estado de incapacidade psíquica.psíquica.

Page 62: Comportorganizacional

MORAL DO ASSÉDIO OU MORAL DO ASSÉDIO OU ASSÉDIO SOCIALASSÉDIO SOCIAL

Possíveis causas institucionais do assédio moral que o Possíveis causas institucionais do assédio moral que o transformam em um fenômeno institucional:transformam em um fenômeno institucional:

•• A distância entre os objetivos fixados e os meios A distância entre os objetivos fixados e os meios atribuídos para atingir estes objetivos.atribuídos para atingir estes objetivos.

•• A distância entre as prescrições, as normas e o que A distância entre as prescrições, as normas e o que acontece realmente.acontece realmente.

•• A distância entre as recompensas esperadas e a A distância entre as recompensas esperadas e a retribuição efetiva.retribuição efetiva.

Gaulejac

Page 63: Comportorganizacional

CAOS GERENCIAL

•Autonomia•Luto•Humor•Perdão•Elogio

Capacidade demudar

Paradoxo

Ambivalência

Incerteza

ImperfeiçãoMedo

Culpabilidade

Ambigüidade

Frustração

Fonte: Lenhardt

Page 64: Comportorganizacional

LIDERANÇA E LIDERANÇA E TRABALHO EM EQUIPETRABALHO EM EQUIPE

Page 65: Comportorganizacional

PARADOXOS DA PARADOXOS DA LIDERANÇALIDERANÇA

AUTONOMIA

INTERDEPENDÊNCIA

Posse

Controle

Previsão

Pertença

Acompanhamento

Oportunidade

Page 66: Comportorganizacional

AUTONOMIAAUTONOMIA

•• A autonomia deve ser vista sempre no A autonomia deve ser vista sempre no contexto de uma relação.contexto de uma relação.

•• A autonomia é vivida na ambigüidade.A autonomia é vivida na ambigüidade.

•• A aquisição da nossa autonomia pode ser A aquisição da nossa autonomia pode ser representada por um ciclo de quatro fases.representada por um ciclo de quatro fases.

Page 67: Comportorganizacional

FASE 0 : A DEPENDÊNCIAFASE 0 : A DEPENDÊNCIA

A PESSOA IDENTIFICAA PESSOA IDENTIFICA--SE COM A SUA SE COM A SUA RELAÇÃO COM A OUTRA PESSOA.RELAÇÃO COM A OUTRA PESSOA.

•• CARACTERÍSTICA : submissão.CARACTERÍSTICA : submissão.

•• PALAVRASPALAVRAS--CHAVES : sim, nós.CHAVES : sim, nós.

•• IDENTIDADE : O “eu” não se distingue da IDENTIDADE : O “eu” não se distingue da figura que representa a autoridade.figura que representa a autoridade.

LenhardtLenhardt

Page 68: Comportorganizacional

FASE 1 : CONTRAFASE 1 : CONTRA--DEPENDÊNCIADEPENDÊNCIA

A PESSOA COMEÇA UM PROCESSO DE A PESSOA COMEÇA UM PROCESSO DE SEPARAÇÃO E SE FECHA NA OPOSIÇÃO.SEPARAÇÃO E SE FECHA NA OPOSIÇÃO.

•• CARACTERÍSTICA : oposição sistemáticaCARACTERÍSTICA : oposição sistemática

•• PALAVRAPALAVRA--CHAVE : Não.CHAVE : Não.

•• IDENTIDADE : se define na rebeldia e IDENTIDADE : se define na rebeldia e acusação.acusação.

LenhardtLenhardt

Page 69: Comportorganizacional

FASE 2 : INDEPENDÊNCIAFASE 2 : INDEPENDÊNCIA

A PESSOA VIROU ADULTA PORQUE A PESSOA VIROU ADULTA PORQUE CONFRONTACONFRONTA--SE DIRETAMENTE COM A SE DIRETAMENTE COM A REALIDADE.REALIDADE.

•• CARACTERÍSTICA : saída da simbiose.CARACTERÍSTICA : saída da simbiose.

•• PALAVRASPALAVRAS--CHAVES : eu, sozinho.CHAVES : eu, sozinho.

•• IDENTIDADE : assume as próprias IDENTIDADE : assume as próprias responsabilidades.responsabilidades.

LenhardtLenhardt

Page 70: Comportorganizacional

FASE 3 : FASE 3 : INTERDEPENDÊNCIAINTERDEPENDÊNCIA

A PESSOA VIVE, SEM IDENTIFICAÇÃO, SUA A PESSOA VIVE, SEM IDENTIFICAÇÃO, SUA RELAÇÃO COM AS OUTRAS PESSOAS.RELAÇÃO COM AS OUTRAS PESSOAS.

•• CARACTERÍSTICA : mudança nas relações, inclusive CARACTERÍSTICA : mudança nas relações, inclusive consigo consigo -- mesmo.mesmo.

•• PALAVRASPALAVRAS--CHAVES : sim...se,não,cuidado.CHAVES : sim...se,não,cuidado.

•• IDENTIDADE : definida por opção interior.IDENTIDADE : definida por opção interior.

LenhardtLenhardt

Page 71: Comportorganizacional

HOJE... OS OUTROS ESTÃO DE HOJE... OS OUTROS ESTÃO DE VOLTA!VOLTA!

•• O cliente impõe uma pressão permanente sobre as O cliente impõe uma pressão permanente sobre as organizações e seus membros.organizações e seus membros.

•• Os colegas, com os quais precisa trabalhar Os colegas, com os quais precisa trabalhar constantemente em equipe e cooperar, são uma fonte constantemente em equipe e cooperar, são uma fonte de estresse e de pressão.de estresse e de pressão.

É esse duplo confronto que vivem hoje aos membros das É esse duplo confronto que vivem hoje aos membros das organizações. E os executivos estão na coordenação organizações. E os executivos estão na coordenação desse processo que torna o trabalho cada vez mais desse processo que torna o trabalho cada vez mais precário. precário.

Fonte: Dupuy

Page 72: Comportorganizacional

DIFICULDADES DA DIFICULDADES DA COOPERAÇÃOCOOPERAÇÃO

Por que a cooperação é tão pouco natural? Por que a cooperação é tão pouco natural?

•• Ela coloca em situação de interdependência.Ela coloca em situação de interdependência.

•• Ela cria uma nova forma de relação com os Ela cria uma nova forma de relação com os outros, caracterizada pela necessidade de outros, caracterizada pela necessidade de compor, de negociar e de enfrentar.compor, de negociar e de enfrentar.

•• Ela obriga a integrar várias lógicas.Ela obriga a integrar várias lógicas.

Fonte: Dupuy

Page 73: Comportorganizacional

DOIS COMPLICADORESDOIS COMPLICADORES•• O individualismo tradicional dos executivosO individualismo tradicional dos executivos: o que : o que os faz existir é seu talento individual, o que justifica os faz existir é seu talento individual, o que justifica uma aposta quase total na ação individual e a pouca uma aposta quase total na ação individual e a pouca capacidade em elaborar respostas coletivas.capacidade em elaborar respostas coletivas.

•• Inversão da finalidade da empresaInversão da finalidade da empresa: passamos da : passamos da escassez dos produtos para a escassez de clientes. escassez dos produtos para a escassez de clientes. Portanto, são os clientes e os acionistas que dominam Portanto, são os clientes e os acionistas que dominam por demandas crescentes de qualidade e de redução de por demandas crescentes de qualidade e de redução de custos.custos.

Fonte: Dupuy

Page 74: Comportorganizacional

DISCURSO EXORTATIVODISCURSO EXORTATIVO•• Pergunta essencial: como obter das pessoas que façam o que se Pergunta essencial: como obter das pessoas que façam o que se quer que eles façam?quer que eles façam?

•• As empresas constataram as dificuldades de obter a boa vontade As empresas constataram as dificuldades de obter a boa vontade e o comprometimento dos seus colaboradores.e o comprometimento dos seus colaboradores.

•• Optaram por um discurso exortativo e genérico: quem poderia Optaram por um discurso exortativo e genérico: quem poderia não aderir à injunção de satisfazer a qualquer custo o cliente e não aderir à injunção de satisfazer a qualquer custo o cliente e agregar valor ao acionista?agregar valor ao acionista?

•• Quando os interesses divergem muito, esse discurso pode não Quando os interesses divergem muito, esse discurso pode não fazer sentido! É a expressão fazer sentido! É a expressão de umade uma racionalidade, não racionalidade, não dadaracionalidade nem da razoabilidade.racionalidade nem da razoabilidade.

•• No seu esforço de reunir as tropas ao redor de objetivos No seu esforço de reunir as tropas ao redor de objetivos comuns, as empresas multiplicam proclamações, códigos, visões, comuns, as empresas multiplicam proclamações, códigos, visões, nem sempre verificando sua compatibilidade com as situações nem sempre verificando sua compatibilidade com as situações reais de quem deve aderir.reais de quem deve aderir.

Fonte: Dupuy

Page 75: Comportorganizacional

LIMITES DO VOLUNTARISMOLIMITES DO VOLUNTARISMO

•• Voluntarismo significa cobrar dos executivos o que eles Voluntarismo significa cobrar dos executivos o que eles deveriam fazer sem procurar saber se eles têm os meios deveriam fazer sem procurar saber se eles têm os meios organizacionais para tanto.organizacionais para tanto.

•• A separação é feita entre a decisão e sua aplicação.A separação é feita entre a decisão e sua aplicação.

•• Na vida cotidiana da empresa é a aplicação da decisão Na vida cotidiana da empresa é a aplicação da decisão que é complexa e arriscada porque ela exige que se aja que é complexa e arriscada porque ela exige que se aja sobre e com os outros e que se obtenha algo que na sobre e com os outros e que se obtenha algo que na maioria das vezes não vai trazer nenhum benefício para maioria das vezes não vai trazer nenhum benefício para aquele que vai entregar.aquele que vai entregar.

Fonte: Dupuy

Page 76: Comportorganizacional

DINÂMICA DA DINÂMICA DA CONFIANÇACONFIANÇA

Page 77: Comportorganizacional

TRÊS RAÍZES DA TRÊS RAÍZES DA COOPERAÇÃOCOOPERAÇÃO

••PactoPacto

••ConfiançaConfiança..

••ComunicaçãoComunicação

Page 78: Comportorganizacional

CONFIARCONFIAR

“Confiança, segundo minha definição, é “Confiança, segundo minha definição, é a fé que a pessoa deposita em alguém a fé que a pessoa deposita em alguém quando está em posição de quando está em posição de vulnerabilidade.”vulnerabilidade.”

Robert F. Hurley Robert F. Hurley

“A decisão de confiar”“A decisão de confiar”

HBRHBR Setembro 2006Setembro 2006

Page 79: Comportorganizacional

FATORES LIGADOS AO AUTOR FATORES LIGADOS AO AUTOR DA DECISÃO DE CONFIARDA DECISÃO DE CONFIAR

•• Tolerância ao riscoTolerância ao risco

•• Nível de ajusteNível de ajuste

•• Poder relativoPoder relativo

Robert F. HurleyRobert F. Hurley

Page 80: Comportorganizacional

FATORES LIGADOS A QUEM FATORES LIGADOS A QUEM BUSCA A CONFIANÇABUSCA A CONFIANÇA

•• SegurançaSegurança•• SemelhançasSemelhanças•• Alinhamento de interessesAlinhamento de interesses•• Preocupação benevolentePreocupação benevolente•• CapacidadeCapacidade•• Previsibilidade e integridadePrevisibilidade e integridade•• Nível de comunicaçãoNível de comunicação

Robert F. HurleyRobert F. Hurley

Page 81: Comportorganizacional

A CONFIANÇA E SEUS A CONFIANÇA E SEUS MECANISMOSMECANISMOS

•• AA confiançaconfiança éé oo queque permitepermite corrercorrer riscosriscos nasnas relaçõesrelaçõeshumanashumanas..

•• ElaEla permitepermite aa eficáciaeficácia nana comunicaçãocomunicação humanahumana..

•• ConstróiConstrói--sese nana reciprocidadereciprocidade porqueporque confiamosconfiamos emem quemquemconfiaconfia emem nósnós ee aceitamosaceitamos corrercorrer riscosriscos comcom quemquem aceitaaceita corrercorrerriscosriscos conoscoconosco..

•• AA confiançaconfiança sese constróiconstrói nasnas açõesações queque necessitamnecessitam interaçõesinteraçõesfortesfortes ee atravésatravés dede desafiosdesafios aceitosaceitos juntosjuntos..

Page 82: Comportorganizacional

TRÊS NÍVEIS DE TRÊS NÍVEIS DE CONFIANÇACONFIANÇA

•• A confiança básicaA confiança básica

•• A confiança cegaA confiança cega

•• A confiança autênticaA confiança autêntica

Page 83: Comportorganizacional

ETAPAS DA CRIAÇÃO DA ETAPAS DA CRIAÇÃO DA RELAÇÃO:RELAÇÃO:

•• EstarEstar nana presençapresença dodo outrooutro

•• ConfiarConfiar nana competênciacompetência dodo outrooutro

•• ConfiarConfiar nana boaboa féfé dodo outrooutro

•• ConfiarConfiar nana cooperaçãocooperação dodo outrooutro

Page 84: Comportorganizacional

A BASE DA COOPERAÇÃO: A BASE DA COOPERAÇÃO: RECONHECER O OUTRO COMO RECONHECER O OUTRO COMO

DIFERENTEDIFERENTE•• OO outrooutro nãonão temtem osos mesmosmesmos conhecimentosconhecimentos nemnem asasmesmasmesmas habilidadeshabilidades dodo queque eueu..

•• OO outrooutro nãonão temtem osos mesmosmesmos centroscentros dede interesseinteresse,, asasmesmasmesmas limitaçõeslimitações ee osos mesmosmesmos critérioscritérios dedeavaliaçãoavaliação dodo queque eueu..

•• OO outrooutro nãonão vêvê aa mesmamesma situaçãosituação pelopelo mesmomesmo pontopontodede vistavista dodo queque eueu..

•• OO outrooutro nãonão interpretainterpreta osos acontecimentosacontecimentos comocomo eueu..

Page 85: Comportorganizacional

CONDIÇÕES FUNDAMENTAIS CONDIÇÕES FUNDAMENTAIS PARA A COOPERAÇÃOPARA A COOPERAÇÃO

•• SerSer aceitoaceito ee reconhecidoreconhecido..•• SerSer respeitadorespeitado nana própriaprópriaintimidadeintimidade..•• EvoluirEvoluir numnum climaclima dede liberdadeliberdade eedede justiçajustiça..

Page 86: Comportorganizacional

LIDERAR CRIANDO LIDERAR CRIANDO CONFIANÇACONFIANÇA

•• DIRIGIR um grupo para um DIRIGIR um grupo para um objetivoobjetivo

•• ENGAJAR pessoas no processoENGAJAR pessoas no processo

•• MEDIAR demandas conflitantesMEDIAR demandas conflitantes

Adaptado de Ronald Heifetz Adaptado de Ronald Heifetz “Leadership Without Easy Answers”“Leadership Without Easy Answers”

Page 87: Comportorganizacional

FUNÇÕES DE LIDERANÇA E COMPETÊNCIAS NECESSÁRIAS

Militância:ComprometimentoCoerência Discurso/Valores Comunicação confiávelAcompanhamento doClima organizacional.

Medi-ação:Integração

Contribuição/RetribuiçãoNegociação

Administrar conflitosFeed-back

Técnica:Recrutamento/seleçãoTreinamentoDesenvolvimentoAvaliação de desempenhoAvaliação de potencial

Fu

nçã

o d

e p

rod

uçã

o

Page 88: Comportorganizacional

COMPETÊNCIAS GERENCIAIS COMPETÊNCIAS GERENCIAIS NONO

DESENVOLVIMENTO DA EQUIPEDESENVOLVIMENTO DA EQUIPE

ESTÁGIOS DE ESTÁGIOS DE ESTÁGIOS DE ESTÁGIOS DE DESENVOLVIDESENVOLVIDESENVOLVIDESENVOLVI----

MENTOMENTOMENTOMENTO

GRUPO DE GRUPO DE GRUPO DE GRUPO DE INDIVÍDUOSINDIVÍDUOSINDIVÍDUOSINDIVÍDUOS

EQUIPEEQUIPEEQUIPEEQUIPE EQUIPE COM EQUIPE COM EQUIPE COM EQUIPE COM ALTO ALTO ALTO ALTO

DESEMPENHODESEMPENHODESEMPENHODESEMPENHO

VALORESVALORESVALORESVALORES TÉCNICA RELAÇÃO COERÊNCIA

MODO DE MODO DE MODO DE MODO DE PENSAMENTOPENSAMENTOPENSAMENTOPENSAMENTO

LINEAR SISTÊMICO HOLÍSTICO

INSISTÊNCIA INSISTÊNCIA INSISTÊNCIA INSISTÊNCIA EMEMEMEM

CONTEÚDO PROCESSO VISÃO DO SENTIDO

COMPETÊNCIAS COMPETÊNCIAS COMPETÊNCIAS COMPETÊNCIAS A SERA SERA SERA SER

DESENVOLVIDAS DESENVOLVIDAS DESENVOLVIDAS DESENVOLVIDAS NA EQUNA EQUNA EQUNA EQUIPEIPEIPEIPE

INICIATIVA, CRIATIVIDADE

HUMILDADE, VISÃO DO

CONJUNTO, CAPACIDADE

DE NEGOCIAÇÃO

CULTURA GERAL, VISÃO DE CENÁRIO,

DISCERNIMENTO DE VALORES, PENSAMENTO ESTRATÉGICO

Page 89: Comportorganizacional

CULTURA E CULTURA E PODERPODER

Page 90: Comportorganizacional

AMBIGÜIDADE DA PALAVRA CULTURAAMBIGÜIDADE DA PALAVRA CULTURA

•• Conjunto de valores e de normas interiorizadas por um Conjunto de valores e de normas interiorizadas por um grupo particular.grupo particular.

•• Na nossa tradição, cultura visa a aquisição de uma autonomia Na nossa tradição, cultura visa a aquisição de uma autonomia de julgamento contra a influência do meio e dos poderes de julgamento contra a influência do meio e dos poderes constituídos.constituídos.

•• A cultura de empresa pode mesclar de um modo confuso A cultura de empresa pode mesclar de um modo confuso aspectos profissionais e moralismo, decretando a autonomia aspectos profissionais e moralismo, decretando a autonomia individual para dissolvêindividual para dissolvê--la na comunidadela na comunidade--empresa, anulando empresa, anulando o pluralismo e o conflito.o pluralismo e o conflito.

•• Pode constituir uma tentativa de interiorização das normas Pode constituir uma tentativa de interiorização das normas decretadas pela direção e pode ser acompanhada por técnicas decretadas pela direção e pode ser acompanhada por técnicas de manipulação.de manipulação.

Page 91: Comportorganizacional

ALGUMAS POSSÍVEIS ALGUMAS POSSÍVEIS ARMADILHAS...ARMADILHAS...

•• O ecletismo e a confusão.O ecletismo e a confusão.

•• Abreviações e pensamento a gavetas superpostas.Abreviações e pensamento a gavetas superpostas.

•• O elogio do relativismo: é preciso ter resposta para O elogio do relativismo: é preciso ter resposta para tudo sem ser convencido de nada! O que vale é o tudo sem ser convencido de nada! O que vale é o resultado prático.resultado prático.

•• O cinismo dos fortes e a aprendizagem do desprezo: O cinismo dos fortes e a aprendizagem do desprezo: winnerwinner vs. vs. LooserLooser..

•• Aprender a aprender, o que supõe solucionada a Aprender a aprender, o que supõe solucionada a pergunta: aprender o que e em vista do que?pergunta: aprender o que e em vista do que?

Page 92: Comportorganizacional

PODERPODER E DOMINAÇÃOE DOMINAÇÃO

PoderPoder : capacidade pela : capacidade pela qual uma pessoa, ou qual uma pessoa, ou uma comunidade, uma comunidade, satisfaz suas satisfaz suas necessidades, alcança necessidades, alcança seus interesses e seus interesses e realiza suas metas.realiza suas metas.

Fonte: Maduro

Page 93: Comportorganizacional

PODER EPODER E DOMINAÇÃODOMINAÇÃO

DominaçãoDominação : a força de : a força de um grupo ou indivíduo um grupo ou indivíduo para impor suas próprias para impor suas próprias metas, contrariando os metas, contrariando os interesses de outros interesses de outros seres humanos, seres humanos, frustrando as frustrando as necessidades de grupos necessidades de grupos que têm uma que têm uma possibilidade menor de possibilidade menor de barganha.barganha.

Fonte: Maduro

Page 94: Comportorganizacional

PRINCIPAIS COMPONENTES DO CARISMAPRINCIPAIS COMPONENTES DO CARISMA

Para Weber, os principais componentes do carisma são:Para Weber, os principais componentes do carisma são:

•• A A natureza extraordinárianatureza extraordinária, geralmente de caráter mágico, de uma , geralmente de caráter mágico, de uma personalidade que se supõe dotada de poderes excepcionais que a colocam personalidade que se supõe dotada de poderes excepcionais que a colocam acima das demais;acima das demais;

•• A A confiançaconfiança dos liderados a qual motiva um profundo sentimento de dever dos liderados a qual motiva um profundo sentimento de dever por parte dos que crêem fielmente no carisma de alguém;por parte dos que crêem fielmente no carisma de alguém;

•• O O sucessosucesso, identificado especialmente a algum “estado de prosperidade” que , identificado especialmente a algum “estado de prosperidade” que propicia à comunidade dos fiéis o advento do líder carismático;propicia à comunidade dos fiéis o advento do líder carismático;

•• O O caráter emocionalcaráter emocional da própria comunidade carismática, que não dispõe de da própria comunidade carismática, que não dispõe de autoridades estabelecidas ou hierárquicas, nem de status jurídicos abstratos, o autoridades estabelecidas ou hierárquicas, nem de status jurídicos abstratos, o que permite ao carisma uma forma de dominação essencialmente irrestrita;que permite ao carisma uma forma de dominação essencialmente irrestrita;

•• A A natureza essencialmente desregulada da dominaçãonatureza essencialmente desregulada da dominação pelo carisma que é pelo carisma que é também irracional, destrutiva e subversiva;também irracional, destrutiva e subversiva;

•• A A tendência tendência antiutilitáriaantiutilitária da missãoda missão, que opõe o carisma ao econômico e , que opõe o carisma ao econômico e lhe confere o caráter de vocação genuína ou tarefa íntima.lhe confere o caráter de vocação genuína ou tarefa íntima.

Fonte: M E Freitas

Page 95: Comportorganizacional

CARISMA INSTITUCIONALCARISMA INSTITUCIONAL

Os elementos citados por Weber como componentes do carisma estão também Os elementos citados por Weber como componentes do carisma estão também presentes num carisma institucional:presentes num carisma institucional:

•• A A natureza extraordinárianatureza extraordinária da organização que se pretende onipresente e da organização que se pretende onipresente e perfeita;perfeita;

•• A A confiançaconfiança que ela é capaz de despertar nos seus membros e no seu público que ela é capaz de despertar nos seus membros e no seu público externo, enquanto grandiosa e perene;externo, enquanto grandiosa e perene;

•• O O sucessosucesso que pode ser atestado por suas grandes conquistas, seu constante que pode ser atestado por suas grandes conquistas, seu constante crescimento e sua extraordinária capacidade de mantercrescimento e sua extraordinária capacidade de manter--se jovem;se jovem;

•• A A caráter emocionalcaráter emocional que ela é capaz de despertar em seus membros, quando que ela é capaz de despertar em seus membros, quando se utiliza dos rituais de realização e de grandes cerimônias, bem como o fervor se utiliza dos rituais de realização e de grandes cerimônias, bem como o fervor e a lealdade que ela é capaz de fazer surgir no meio da comunidade;e a lealdade que ela é capaz de fazer surgir no meio da comunidade;

•• A A natureza desreguladanatureza desregulada da dominação pelo carisma também pode ser vista da dominação pelo carisma também pode ser vista como a idealização apenas parcial que ela consegue produzir;como a idealização apenas parcial que ela consegue produzir;

•• A A tendência tendência antiutilitáriaantiutilitária da missão também está presente quando ela da missão também está presente quando ela exclui qualquer menção dos aspectos econômicos do negócio.exclui qualquer menção dos aspectos econômicos do negócio.

Fonte: M E Freitas

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CULTURA E COMUNIDADECULTURA E COMUNIDADE

•• Cultura é comunidade: é resultante de como as Cultura é comunidade: é resultante de como as pessoas se interpessoas se inter--relacionam.relacionam.

•• São padrões alicerçados e construídos sobre São padrões alicerçados e construídos sobre interesses comuns e obrigações mútuas.interesses comuns e obrigações mútuas.

Rob Goffee e Careth Jones

Page 97: Comportorganizacional

COMUNIDADECOMUNIDADE

•• A comunidade pode ser vista sob dois prismas A comunidade pode ser vista sob dois prismas distintos:distintos:

•• SOCIABILIDADE: é um medidor da genuína SOCIABILIDADE: é um medidor da genuína amizade, “amicabilidade” entre membros de amizade, “amicabilidade” entre membros de uma comunidade.uma comunidade.

•• SOLIDARIEDADE: é um medidor da SOLIDARIEDADE: é um medidor da capacidade da comunidade de perseguir, rápida e capacidade da comunidade de perseguir, rápida e eficazmente, objetivos compartilhados.eficazmente, objetivos compartilhados.

Rob Goffee e Careth Jones

Page 98: Comportorganizacional

DUAS DIMENSÕES E QUATRO DUAS DIMENSÕES E QUATRO CULTURASCULTURAS

Rob Goffee e Careth Jones

Em redeEm rede Comunal Comunal

Fragmentada Fragmentada Mercenária Mercenária

alta

baixabaixa alta

S

O

C

I

A

B

I

L

I

D

A

D

E

SOLIDARIEDADE

Page 99: Comportorganizacional

DESENVOLVIMENTO DA IDENTIDADE GERENCIAL

Identidade

Estágios dedesenvolvimento

Gestão do tempo

Gestão do estresse

Motivação

Tomada de decisão