Composição corporal Hudson Junior

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Pós Graduações Integradas Métodos de Composição Corporal PROF. HUDSON JUNIOR; DR.

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Pós Graduações Integradas

Métodos de Composição Corporal

PROF. HUDSON JUNIOR; DR.

KLUCKHOH, 1972

’’Somos diferentes. Uns negros, outros brancos, uns altos,

outros baixos,uns fortes, outros fracos, uns pacientes,

outros intolerantes. Somos diferentes...

Todo homem é, em certo sentido,

Semelhante a todos os homens,

semelhante a alguns outros

homens, semelhante a

nenhum outro

homem.”

O PROBLEMA

A falta de orientação especializada eadequada aos objetivos e limitações decada pessoa acaba por conduzi-las àprática de exercícios sem nenhum tipode avaliação. Isso faz da avaliaçãofísica um componente indispensávelpara a elaboração de um correto eeficiente programa de exercícios.

O PROBLEMA

Quando uma pessoa não se identifica com algum aspectode uma atividade física é natural que a abandone. É difícilalguém continuar por muito tempo em algo que não lhe dêprazer. Se faz então, mais do que necessário, umaavaliação completa, envolvendo todas as variáveisbiopsicossociais para que a maioria das pessoas nãodesista antes de desenvolver o hábito de praticar algumtipo de exercício físico, adquirindo assim seu verdadeiroseguro saúde.

COMPOSIÇÃO CORPORAL

A composição corporal é a quantificação dosprincipais componentes estruturais do corpohumano.

Malina (citado por Petroski, 1999).

Oxigênio

Nível 1(Atômico)

Nível 2(Molecular)

Nível 3(Celular)

Nível 4(Sistema Tecidular)

Nível 5(Corpo Inteiro)

Carbono

Outros

Outros

Sólidos Extracelulares

Outros

Proteinas

FluidosExtracelulares

Lipídios

Água

MassaCelular

MúsculoEsquelético

TecidoAdiposo

Osso

Sangue

Hidrogênio

COMPOSIÇÃO CORPORAL

Há muito tempo o homem tem a necessidadede estudar e classificar o corpo humano.Olhando um pouco o passado, veremos queno velho testamento e no TalmudBabilônio, encontra-se referências a formafísica.

Também os gregos e egípcios, 30 séculosantes de Cristo, observaram a relaçãoentre certas estruturas corpóreas edeterminadas disposições e atitudes,utilizando partes do corpo como unidade demedida, de número e simetria.

(Michels 1996)

Pé: 30,48cm

Polegada: 2,54cm

Palmo: 22cm

Jarda: 91,4cm

COMPOSIÇÃO CORPORAL

O ser humano sempre preocupou-se com a forma, a proporçãoe a composição do seu corpo, pois atribuía a capacidade detrabalho ou exercício físico à proporção que existia entre osdiferentes tecidos corporais

(Porta, Gonzales, Galiano, Tejedo & Prat, 1995).

COMPOSIÇÃO CORPORAL

Hoje em dia o Crescente Interesse pela análise da ComposiçãoCorporal tem atraído a atenção de pesquisadores e profissionais,favorecendo dessa forma, o desenvolvimento e precisão na obtenção etratamento dos dados obtidos.

Heymsfield S.B. (citado por Guedes 1998).

Em virtude do campo da análise da composição corporal estar sendo tãodifundido, é natural que apareçam técnicas e métodos diferentesembasados em modelos teóricos também diferentes. Portanto, cada umdesses modelos apresenta características conceituais e procedimentosmetodológicos que lhes conferem maior ou menor validade e maior oumenor facilidade de utilização, podendo ser mais ou menosaconselháveis a medir o que se propõem .

(Guedes e Guedes, 1998)

Endomorfo

A principal característica dosindivíduos com predomínio dasformas arredondadas é a suacapacidade de acumulação degordura e o elevado volume dosseus órgãos digestivos.

SOMATOTIPO

Ectomorfo

Superfície corporal relativamentegrande em comparação com asua massa total.

Mínimo desenvolvimento musculare acumulação de gordura corporal,sendo bem visíveis as saliênciasósseas e a hipotonia muscular

SOMATOTIPO

Mesomorfo

Robustos fisicamente, com ossoslargos e pesados e músculos bemdesenvolvidos e proeminentes, osrelevos musculares e as projecçõesósseas são visíveis.

SOMATOTIPO

Faixas de Valores de %G Corporal

Métodos de Avaliação da Composição

MÉTODO DIRETO

Métodos de Avaliação da Composição

MÉTODO DIRETO

Métodos de Avaliação da Composição

MÉTODOS INDIRETOS - Por imagem

Tomografia Computadorizada;

Ressonância Magnética;

Ultrassonografia;

Pesagem Hidrostática;

DEXA

Radiologia Convencional.

Métodos de Avaliação da Composição

MÉTODOS INDIRETOS - Por imagem DEXA

DEXA

Métodos de Avaliação da Composição

MÉTODOS INDIRETOS - Físicos

Pletismografia;

Gases Solúveis em gordura;

Diluição de Hélio;

Deslocamento de Ar.

Pesagem Hidrostática

Métodos de Avaliação da Composição

MÉTODOS INDIRETOS - Físicos Pletismografia

Métodos de Avaliação da Composição

MÉTODOS INDIRETOS - Densitométricos Pesagem Hidrostática

Métodos de Avaliação da Composição

MÉTODOS INDIRETOS - Químicos

Dissolução Isotrópica (hidrometria);

Espectometria de R. Gama;

Espectometria Fotônica;

Ativação de Neutrons;

Excreção de Creatinina (3 metilhistidina).

Métodos de Avaliação da Composição

MÉTODOS DUPLAMENTE INDIRETOS

BIA Impedância Bioelétrica;

Cineantropometria;

TOBEC Condutividade Elétrica Corporal;

IRI Interactância de Raios Infravermelhos;

Métodos de Avaliação da Composição

MÉTODOS DUPLAMENTE INDIRETOS

FRACIONAMENTO

Petroski (1999) relata quetradicionalmente, o termocomposição corporal refere-se à estimativa da gorduracorporal no simplesfracionamento do corpo em doiscomponentes:

Massa de gordura (MG)

Massa Corporal Magra (MCM).

ÁGUA

Proteína

Mineral

Resíduo

Essencial

Não-EssencialGordura Gordura

Massa

Isenta de Gordura

()

Fat-FreeMass

Massa

Magra(

)

Lean Body

Mass

FRACIONAMENTO

Os termos (MCM) e massa corporal livre de gordura (MCLG) muitas vezessão usados como sinônimos, mas o termo (MCM) criado por Behnke et al.(1953) como “lean body mass” (LBM), inclui os lipídios essenciais àsfunções corporais que estão presentes nas membranas, tecidos nervosose envolvendo os órgãos essenciais. Já o termo (MCLG), sugerido por Keyse Brozek (1953) como “fat-free mass” (FFM), inclui todos os componentesdo corpo, excluindo a gordura. Segundo Malina e Bouchard (1991) eBuskirk (1987), ambos os termos são usados habitualmente com o mesmosignificado, mas para estes autores o termo mais apropriado é (MCM) poiscaracteriza-se por um conceito “in vivo” enquanto (MCLG) trata-se de umconceito “in vitro”.

Origem grega:

“Medir o homem em movimento”

KINEIN: o sufixo significa “movimento” e reflete o

estudo do movimento,

ANTHROPOS: O tema central cujo significado é

“homem” o qual vamos medir, o objeto principal do

nosso estudo.

METREIN: O sufixo que tem um significado de fácil

compreensão, “medida”.

CINE-ANTROPO-METRIA

PONTOS ANATÔMICOS

hudson junior

PONTOS ANATOMICOS

ISAK = International Society for

advance to kinathropometry

Os pontos sãomarcados afimde que asmedidas sejamsempre tomadasno mesmo lugar.

Vértice

Acromial

Radial

Estilóide

Maleolar

Tibial

Meso-esternal

Supra-espinal

Trocanteriano

PONTOS ANATOMICOS

C6

É o ponto mais lateral

do bordo superior e

externo do processo

acromial.

É o ponto mais alto do

bordo superior e

lateral da cabeça do

rádio, com o braço

estendido ao lado do

corpo.

É o ponto mais distal

do processo estilóide

do rádio com o braço

estendido ao lado do

corpo.

Situado no bordo do

ângulo inferior da

escápula.

Situado no corpo do

esterno ao nível da 4ª

costela. Esta estará

localizada no espaço

intercostal entre a 4ª e 5ª

costelas.

Localizada na

espinha ilíaca

ântero-superior.

na extremidade

anterior.

Localizado no

ponto mais

superior do

trocânter maior do

fêmur

Localizado no

ponto superior do

bordo lateral do

côndilo lateral

da tíbia.

AFERIÇÕES

COMPRIMENTO DOS MEMBROS

É utilizado neste teste,instrumentos para mensuraro diâmetro dos ossosencontrados em dois tipos:com braço reto (exemplo aolado) ou curvo. Para cadaponto de mensuração existeuma técnica específica.

Alturas e Longitudes

PLANO DE FRANKFURT

Alinha-se a órbita inferior dos olhos ao tragoda orelha, mantendo uma linha paralelaimaginária com o solo.

ESTATURA

Pés unidos, calcanhares encostados na plataforma (parede). Olhar focado no horizonte, inspiração com tração.

ALTURA SENTADO

Segue-se os mesmos passos da estatura, exceto pelo avaliado estar sentado no banco antropométrico.

ALTURA TOTAL

De frente para a parede coloca-se um dos braços para cima, evitando que ocorra báscula de ombro.

Envergadura

Distância dactylion direitoao esquerdo, estando oindivíduo em pé com osbraços abduzidos (abertosna altura dos ombros),formando um ângulo de 90graus com o tronco; oscotovelos devem estarestendidos e os antebraçossupinados.

Transversais

Também conhecidas comodiâmetros, são medidastomadas com umantropômetro de largura eprofundidade entre doispontos, usadas paramensurar o crescimento e odesenvolvimento ósseo,transversalmente e antero-posteriormente.

Biacromial

Com o testado em pé,corpo relaxado,braços ao longo docorpo de costas parao avaliador , medir adistância entre ospontos acromialesdireito e esquerdo(ombro à ombro).

TRANSVERSO TÓRAX

É a distância entre doispontos resultantes dainterseção do planohorizontal, a nível do pontomeso-esternale, e as linhasmédias axiliares. o testadodeerá estar em pé e a medidaserá feita ao fim de umaexpiração normal.(de umaaxila à outra).

ANTERO-POSTERIOR Tórax

Utilizando-se um antropômetro debraço curvo, mede-se a distânciaentre os pontos meso-esternale e oponto no processo espinhosovertebral correspondente ao pontomeso-esternale, no plano horizontalque passa por ele. O indivíduo deveestar de lado para o avaliador.

Bi-iliocristal

Distância entre ospontos íliocristaledireito e esquerdocom o avaliado emposição ortostática,de frente para oavaliador ( de umacrista ilíaca à outra).

BI-TRONCANTÉRIO*

Distância entre ospontos trocantéricosdireito e esquerdocom o indivíduo emposição ortostática, defrente para oavaliador.

Bi-epicondiliano de úmero

Distância entre osepicôndilos medial elateral do úmero, como indivíduo emposição ortostática,braço flexionado em90 graus com otronco e o antebraçoformando 90 grauscom o braço.

Bi-estilóide

Distância entre osprocessos estilóides dorádio e da ulna, estando otestado em posiçãoortostática, com o braçoflexionado em 90 grauscom o tronco e o ante-braço supinado, formandoum ângulo de 90 grauscom o braço.

Bi-epicondiliano de Fêmur

Distância entre oscôndilos medial e lateraldo fêmur, estando otestado sentado com ospés , apoiados no chão, acoxa formando umângulo de 90 graus como tronco e a pernaformando ângulo de 90graus com a coxa.

Bi-maleolar

Distância entre os doismaléolos (medial elateral), estando otestado sentado e comos pés apoiados nochão.

Cuidados a serem tomados

O antropômetro não deve ficar frouxo, nemfazer pressão excessiva;

Salvo quando houver especificação , oantropômetro deve ser colocadoperpendicular ao diâmetro medido.

PERÍMETROS circunferências

Medidas que determinam os valores decircunferências de um segmento corporalperpendicular ao eixo longitudinal do mesmosegmento.

Pescoço

Abaixo da glote.

Ombros*

Sobre o terço médio dos deltóides médios.

Braços

Relaxado - com o braçoao lado do corporelaxado e um poucoabduzido ou mão nacintura, circundar a fitaa nível do ponto meso-umeral ou de maiorperímetro;

Braços

Contraído - flexionado a45 graus com oscotovelos à altura dosombros contraindo obíceps, sobre o pontode maior perímetro.

Antebraço

Estendidos ao longo docorpo e palmas das mãospara cima ou mãos nacintura, sobre o ponto demaior perímetro.

Tórax*

Homens: sobre a linha dos mamilos.

Tórax*

Mulheres: sobre a linha sub-axilar.

Tórax

Tanto homens como mulheres exatamenteno ponto meso-esternal.

Cintura

Sobre o ponto de menor perímetro.

Abdome*

Sobre a cicatriz umbilical.

Quadril

Sobre o trocântermaior de cada fêmur.Coincide com a maiorporção do glúteo.

Culotes (apenas mulheres)*

Abaixo da glútea,utiliza-se as duaspernas para obtençãoda medida.

Coxas (contraídas)*

Homens: 10 e 20 cm -medir à partir daborda superior dapatela.

Coxas (contraídas)*

Mulheres: 10 e 25 cm -medir à partir da bordasuperior da patela.

Coxa 1

Mede-se a 1 cm abaixo da linha glútea, tantopara homens como para mulheres.

Coxa 2

Mede-se a no ponto mediano da coxa, ouseja entre os pontos trocanteriano e tibiallateral.

Panturrilhas

Com os pés ligeiramente afastados,distribuindo o peso do corpo entre ambas aspernas, medir no ponto de maior perímetro.

DOBRAS CUTÂNEAS

Tricipital

Avaliado de costas mede-se no ponto meso-umeral.

Em face posterior do braço.

A dobra deve ser tomada no sentido longitudinal.

Subescapular

Avaliado de costas, faz-se a medida no ponto 1 a 2cm do ângulo inferior da escápula, no eixo do seu bordo vertebral.

Bicipital

Avaliado de frente, medir a dobra cutânea na projeção do ponto meso-umeral na face anterior do braço.

A dobra cutânea deve ser tomada no sentido longitudinal.

Peitoral

Em homens: medir no ponto médio da distância entre a linha axilar anterior ao thelion.

Nas mulheres: o mesmo procedimento, mas a um terço da distância.

Axilar Média

O avaliado deve estar em posição ortostática com o braço direito relaxado e deslocado para trás. O avaliador colocar-se ao lado do avaliado. A dobra cutânea será feita em sentido oblíquo, na direção do apêndice xifóide, na linha média da axila

Supra Ilíaca

Faulkner: Entre a ultima costela e o ponto ilíaco. Dobra no sentido horizontal.

Pollock: Interseção entre a linha axilar anterior com a linha horizontal que passa acima do ponto ileo-espinal. Dobra no sentido obliquo.

Crista Ilíaca

Com o polegar em contato com a crista em projeção da linha axilar média faz-se a medida horizontal.

Supra Espinal

Com o polegar no ponto espinale faz-se a medida obliqua.

Abdominal

Mede-se a 1cm a direita da cicatriz umbilical. A dobra deve ser tomada no sentido longitudinal.

Coxa

O pé em cima do banco antropométrico, portanto fazendo um angulo de 90o

A medida é feita no ponto meso-femural.

Panturrilha ou Perna

Com a perna da mesma forma em que estava na medida da coxa, faz-se a medida de forma longitudinal, na maior porção muscular.

Cuidados com as Dobras

Não realizar logo após uma Atividade Fisica.

Tomar as medidas do lado Direito

Colocar o plicômetro perpendicular ao eixo da dobra

Não pinçar tecido muscular

Os ramos do plicômetro devem estar no máximo a 1cm dos dedos

Esperar 2’’ mas não mais que 3”

Cuidados com as Dobras

Realizar 3 medidas no mesmo ponto, não podendo ser na seqüência, se o erro for maior que 5%, deve-se fazer outras 3 medidas.

Não soltar a dobra enquanto não fizer a leitura

Validade e Confiabilidade