COMPOSTAGEM 3

159
 UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ Salete Terezinha Carli USO DE DEGRADADORES BIOLÓGICOS NA ACELERAÇÃO DO PROCESSO DE COMPOSTAGEM DOS RESÍDUOS ORGÂNICOS VEGETAIS E PALHAS DE EMBALAGEM – ESTUDO DE CASO NA CEASA-CURITIBA CURITIBA 2010

Transcript of COMPOSTAGEM 3

5/13/2018 COMPOSTAGEM 3 - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/compostagem-3 1/159

 

UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ

Salete Terezinha Carli

USO DE DEGRADADORES BIOLÓGICOS NA ACELERAÇÃO DO

PROCESSO DE COMPOSTAGEM DOS RESÍDUOS ORGÂNICOS

VEGETAIS E PALHAS DE EMBALAGEM – ESTUDO DE CASO NA

CEASA-CURITIBA

CURITIBA

2010

5/13/2018 COMPOSTAGEM 3 - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/compostagem-3 2/159

 

 

Salete Terezinha Carli

USO DE DEGRADADORES BIOLÓGICOS NA ACELERAÇÃO DO

PROCESSO DE COMPOSTAGEM DOS RESÍDUOS ORGÂNICOS

VEGETAIS E PALHAS DE EMBALAGEM – ESTUDO DE CASO NA

CEASA-CURITIBA

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao

Curso de Engenharia Ambiental da Faculdade de

Ciências Exatas da Universidade Tuiuti do Paraná,

como requisito para a obtenção do título de

Engenheiro Ambiental.

Orientadora: Profª. Msc. Carolina Fagundes Caron

CURITIBA2010

5/13/2018 COMPOSTAGEM 3 - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/compostagem-3 3/159

 

 

5/13/2018 COMPOSTAGEM 3 - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/compostagem-3 4/159

 

 UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ

Credenciada por Decreto Presidencial de 7 de julho de 1997 – DOU n°128, de 8 de julho de 1997, Seção 1, página 14295

FACULDADE DE CIÊNCIAS EXATAS E DE TECNOLOGIA

CURSO DE ENGENHARIA AMBIENTAL

TERMO DE APROVAÇÃO

SALETE TEREZINHA CARLI

USO DE DEGRADADORES BIOLÓGICOS NA ACELERAÇÃO DO PROCESSO DE

COMPOSTAGEM DOS RESÍDUOS ORGÂNICOS VEGETAIS E PALHAS DE

EMBALAGEM  – ESTUDO DE CASO NA CEASA-CURITIBA 

Trabalho de conclusão de curso aprovado como requisito parcial para obtenção do grau de

Engenheiro no curso de Engenharia Ambiental, Faculdade de Ciências Exatas e de Tecnologia daUniversidade Tuiuti do Paraná, pela seguinte banca examinadora:

Nome do membro da banca: Helder de Godoy ___________________________________ 

Nome do membro da banca: Wellington Hartmann ___________________________________ 

 ______________________________________ 

Arion Zandoná FilhoCoordenador do TCC

 ______________________________________ 

Luiz Capraro

Coordenador do Curso de Engenharia Ambiental

Curitiba, 05 de Julho de 2010.

5/13/2018 COMPOSTAGEM 3 - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/compostagem-3 5/159

 

DEDICATÓRIA

O único homem que está isento de erros é aquele que não arrisca acertar.

Albert Einstein  

Dedico este trabalho a minha família querida 

5/13/2018 COMPOSTAGEM 3 - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/compostagem-3 6/159

 

AGRADECIMENTOS

Quando iniciamos nossa jornada não imaginamos quanto trabalho vamos ter. Ao concluí-la, a 

preocupação é lembrar de todos que colaboraram com este trabalho.

Quando pensei em fazer este agradecimento, a primeira coisa foi tentar ser justa e assim a 

ordem será 

a família, os professores,os amigos e colaboradores.

Ao Coordenador do Curso de Engenharia Ambiental e ao Coordenador do TCC.

A minha orientadora e aos professores que colaboraram de maneira direta, como o 

Professor Helder e o Professor Godinho.Ao Professor José Carlos Maria.

Ao Professor João Novack.A equipe da CEASA-CURITIBA,

representada pela senhora Clarice Santos.Aos amigos João Vitor Rosset ,

Carlos Rodrigo Licheski e Luiz Antonio Forte.

5/13/2018 COMPOSTAGEM 3 - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/compostagem-3 7/159

 

RESUMO

A crescente produção de resíduos sólidos urbanos e a escassez de áreas para uma

destinação final tecnicamente adequada sugerem a procura por novas alternativas

de disposição final. Este estudo teve como objetivo a avaliação dos efeitos da

adição de compostos biológicos na compostagem dos resíduos sólidos, constituídos

de hortifrutigranjeiros e palhas, para a produção de composto orgânico. Os

experimentos envolveram produtos comerciais destinados a acelerar o processo de

compostagem e resíduos orgânicos vegetais e palhas de embalagens, gerados na

CEASA-CURITIBA. Constatou-se que o uso de biodegradadores apresenta

vantagens ao processo de compostagem através da redução do tempo necessário

para a bioestabilização dos resíduos.

Palavras-chave: compostagem; biodegradadores; aceleração

5/13/2018 COMPOSTAGEM 3 - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/compostagem-3 8/159

 

ABSTRACT

The increasing production of urban solid waste and the lack of areas for a final

destination technical appropriated, suggest the demand for new alternatives of final

disposal. This study had as objective the evaluation the effects adding biological

composite in the composting of the solid waste, constituted of fruits, vegetables and

straws, for the compost production. The experiments had involved commercial

products destined to speed up the process of composting organic residues and straw

packing, generated in the CEASA-CURITIBA. One evidenced that the use of

biodegraders have advantages to the process of composting is through the reduction

of the necessary time for the residues biostabilization.

Key words: composting; biodegrades; speed up

5/13/2018 COMPOSTAGEM 3 - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/compostagem-3 9/159

 

SUMÁRIO

RESUMO.....................................................................................................................7  ABSTRACT.................................................................................................................8  LISTA DE FIGURAS.................................................................................................11 LISTA DE GRÁFICOS..............................................................................................12 LISTA DE TABELAS................................................................................................13 LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS...................................................................15 INTRODUÇÃO..........................................................................................................17 1.  JUSTIFICATIVA.............................................................................................19 2.  HIPÓTESES...................................................................................................21 3.  OBJETIVOS...................................................................................................22 

3.1.  OBJETIVOS ESPECÍFICOS................................................................22 4.  FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA.....................................................................23 

4.1.  RESÍDUOS SÓLIDOS .........................................................................23 4.1.1.  Classificação dos resíduos sólidos ......................................................23 4.1.2.  Composição Gravimétrica....................................................................25 4.1.3.  Compostagem como tratamento de resíduos sólidos urbanos............26 

4.2.  COMPOSTAGEM ................................................................................27 4.2.1.  Sistemas de Compostagem.................................................................30 

4.2.1.1.  Classificação Quanto A Presença De Oxigênio...........................30  4.2.1.2.  Classificação Quanto A Temperatura Obtida No Processo ..........31 4.2.1.3.  Classificação Quanto A Tecnologia Adotada................................32  

4.2.2.  Parâmetros Físico-Químicos Fundamentais no Processo de

Compostagem.....................................................................................................35 

4.2.2.1.  Relação C/N .................................................................................36  4.2.2.2.  Temperatura .................................................................................37  4.2.2.3.  Nutrientes .....................................................................................39  4.2.2.4.  Aeração ........................................................................................39  4.2.2.5.  pH.................................................................................................40  4.2.2.6.  Umidade .......................................................................................40  4.2.2.7.  Tamanho da Partícula ..................................................................42  

4.2.3.  Aspectos Microbiológicos Da Compostagem.......................................42 4.2.3.1.  Fungos..........................................................................................43   4.2.3.2.   Actinomicetos................................................................................44   4.2.3.3.  Bactérias.......................................................................................45   4.2.3.4.  Microrganismos Patogênicos........................................................47  

4.3.  ACELERAÇÃO DA COMPOSTAGEM COM O USO DEBIODEGRADADORES...........................................................................................49  

4.3.1.  Microrganismos Usados Como Biodegradadores em ProdutosComerciais ..........................................................................................................51 

4.3.1.1.  Pseudomonas...............................................................................51  4.3.1.2.  Bacillus .........................................................................................53  

4.4.  LEGISLAÇÃO APLICADA ...................................................................56 4.4.1.  Legislação Aplicável Aos Resíduos Sólidos Urbanos..........................57 4.4.2.  Legislação Aplicável Ao Composto Orgânico ......................................61 4.4.3.  Regulamentação Do Uso De Biodegradadores...................................68 

5.  MATERIAL E MÉTODOS...............................................................................71 

5/13/2018 COMPOSTAGEM 3 - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/compostagem-3 10/159

 

5.1.  DEFINIÇÃO DA ÁREA DE ESTUDO...................................................71 5.1.1.  Histórico Da CEASA-CURITIBA ..........................................................71 5.1.2.  Gerenciamento De Resíduos Da CEASA-CURITIBA ..........................75 5.1.3.  Geração De Resíduos Na CEASA-CURITIBA.....................................80 

5.2.  VISITAS TÉCNICAS REALIZADAS.....................................................82 5.2.1.  Visita Campo Largo .............................................................................82 5.2.2.  Visita Organoeste ................................................................................83 5.2.3.  Visita A Unidade De Triagem E Compostagem De ResíduosSólidos Do Município De Bituruna-PR.................................................................90 

5.3.  TRABALHO EXPERIMENTAL.............................................................93 5.3.1.  Descrição Do Local De Realização Do Trabalho.................................93 5.3.2.  Período de Realização dos Experimentos...........................................93 5.3.3.  Composição Das Misturas Para A Compostagem...............................94 5.3.4.  Tecnologia Utilizada Nos Experimentos ..............................................98 

5.4.  MÉTODOS ANALÍTICOS ..................................................................104 6.  RESULTADOS E INTERPRETAÇÃO.........................................................110 

6.1.  TEMPERATURA................................................................................110  6.2.  PH......................................................................................................117 6.3.  QUANTIDADE DE CHORUME GERADO .........................................120 6.4.  DENSIDADE E PESO ESPECÍFICO APARENTE.............................122 6.5.  DETERMINAÇÃO DO TEOR DE UMIDADE, MASSA SECA,CAPACIDADE DE RETENÇÃO DE ÁGUA PARA O EXPERIMENTO 1..............123 6.6.  GRANULOMETRIA............................................................................126  6.7.  VOLUME MÁSSICO ..........................................................................127 6.8.  CARACTERÍSTICAS QUÍMICAS DOS RESÍDUOS E DOCOMPOSTO ........................................................................................................130 

6.8.1.  Análise Química Do Experimento 1 ...................................................130 6.8.2.  Análise Química Do Experimento 2 ...................................................135 

7.  CONCLUSÃO ..............................................................................................139 8.  BIBLIOGRAFIA............................................................................................140  9.  GLOSSÁRIO................................................................................................146 ANEXO I - LEVANTAMENTO DE INFORMAÇÕES...............................................159 

5/13/2018 COMPOSTAGEM 3 - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/compostagem-3 11/159

 

LISTA DE FIGURAS

FIGURA 1-COMPOSIÇÃO GRAVIMÉTRICA DOS RESÍDUOS RECEBIDOS NO ATERRO SANITÁRIO DA CAXIMBA.......................................................... 25 FIGURA 2-EQUAÇÃO SIMPLIFICADA DA REAÇÃO ANAERÓBIA................. 30 FIGURA 3-EQUAÇÃO SIMPLIFICADA DA DEGRADAÇÃO AERÓBIA............ 31 FIGURA 4-SISTEMA  REATOR MAIS COMUNS EM COMPOSTAGEM.......... 34 FIGURA 5-PERFIL TÍPICO DE TEMPERATURA NUMA PILHA....................... 39 FIGURA 6-EFEITO DA UMIDADE NO CONSUMO DE OXIGÊNIO EM PILHA DE 

LIXO DOMICILIAR SUBMETIDO À COMPOSTAGEM............................... 41 FIGURA 7-FORMAS TÍPICAS DAS BACTÉRIAS............................................. 46 FIGURA 8-CÉLULAS INDIVIDUAIS DE BACILOS MÓVEIS FOTOGRAFADOS 

EM AGAR NUTRIENTE.............................................................................. 54 FIGURA 9-VISTA AÉREA DA CEASA-CURITIBA............................................ 75 FIGURA 10-INTERIOR DO BANCO DE ALIMENTOS CEASA AMIGA............. 77 FIGURA 11-INTERIOR  ASSOC. AMAR EBENZER - SEPARAÇÃO DE 

RESÍDUOS E PRENSA DE PAPELÃO....................................................... 79 FIGURA 12-COLETORES EXTERNOS PARA RESÍDUOS (PÁTIO DA CEASA)

................................................................................................................... 80 FIGURA 13-RECEBIMENTO DE RESÍDUO DA INDÚSTRIA........................... 85 FIGURA 14-ESQUEMA DE PÁTIO DE COMPOSTAGEM................................ 86 FIGURA 15-MAQUETE DA PLANTA ORGANOESTE - CONTENDA............... 86 FIGURA 16-APLICAÇÃO DO BIO-EXTRATO.................................................. 87 FIGURA 17-MOVIMENTAÇÃO DA LEIRA........................................................ 88 FIGURA 18-LEIRA PARA BIOESTABILIZAÇÃO.............................................. 88 FIGURA 19-BENEFICIAMENTO DO COMPOSTO .......................................... 89 FIGURA 20-PÁTIO DE COMPOSTAGEM........................................................ 91 FIGURA 21-COMPOSTO ORGÂNICO SECANDO AO SOL, PARA ATINGIR A 

UMIDADE IDEAL........................................................................................ 92 FIGURA 22-RESÍDUOS ORGÂNICOS COLETADOS NA CEASA-CURITIBA . 95 FIGURA 23-FLUXOGRAMA DOS EXPERIMENTOS 1 E 2 .................................. 96 FIGURA 24-TRITURADOR DE RESÍDUOS ORGÂNICOS............................... 98 FIGURA 25-RESÍDUO ORGÂNICO DEPOIS DE TER SIDO TRITURADO E 

MISTURADO MANUALMENTE SOBRE O PLÁSTICO .............................. 99 FIGURA 26-TODOS OS INGREDIENTES JÁ MISTURADOS........................ 100 FIGURA 27-CAIXAS COMPOSTORAS DO EXPERIMENTO 1...................... 102 FIGURA 28-CAIXA PLÁSTICA UTILIZADA NO EXPERIMENTO 2 ................ 103 FIGURA 29-CAIXAS COMPOSTORAS SOBRE OS TIJOLOS....................... 104 

5/13/2018 COMPOSTAGEM 3 - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/compostagem-3 12/159

 

LISTA DE GRÁFICOS

GRÁFICO 1-EVOLUÇÃO DA TEMPERATURA NO EXPERIMENTO 1.......... 110 

GRÁFICO 2-GRÁFICO DA EVOLUÇÃO DA TEMPERATURA NO 

EXPERIMENTO 2 .................................................................................... 113 GRÁFICO 3-GRÁFICO COMPARATIVO DAS TEMPERATURAS DA 

TESTEMUNHA  - NOS EXPERIMENTOS 1 E 2. ...................................... 114 GRÁFICO 4-GRÁFICO COMPARATIVO DAS TEMPERATURAS PARA O 

MESMO TRATAMENTO - NOS EXPERIMENTOS 1 E 2.......................... 114 GRÁFICO 5-EVOLUÇÃO DO PH NO EXPERIMENTO 1................................ 117 GRÁFICO 6-EVOLUÇÃO DO PH NO  EXPERIMENTO 2 ............................... 119 GRÁFICO 7-COMPARATIVO DE PH  DOS  EXPERIMENTOS 1 E 2  – PARA O 

MESMO TRATAMENTO .......................................................................... 119 GRÁFICO 8-GERAÇÃO DE CHORUME NO EXPERIMENTO 1 .................... 121 GRÁFICO 9-COMPARATIVO GERAÇÃO DE CHORUME ENTRE OS 

EXPERIMENTOS 1 E 2 ............................................................................ 122 GRÁFICO 10-TEMPERATURA E UMIDADE REGISTRADAS EM CURITIBA NO 

MÊS DE MARÇO/2010............................................................................. 124 GRÁFICO 11-UMIDADE VERIFICADA NO EXPERIMENTO 1....................... 125 GRÁFICO 12-UMIDADE VERIFICADA NO EXPERIMENTO 2....................... 125 GRÁFICO 13-BALANÇO MÁSSICO - EXPERIMENTO 1 ............................... 128 GRÁFICO 14-BALANÇO MÁSSICO - EXPERIMENTO 2 ............................... 129 

5/13/2018 COMPOSTAGEM 3 - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/compostagem-3 13/159

 

LISTA DE TABELAS

TABELA 1-POTENCIAL PARA TRATAMENTO DE ACORDO COM A COMPOSIÇÃO GRAVIMÉTRICA............................................................... 26 TABELA 2-TEMPERATURAS CONSIDERADAS PARA BACTÉRIAS EM ºC... 32 TABELA 3-RELAÇÕES CARBONO/NITROGÊNIO.......................................... 37 TABELA 4-TABELA RESISTÊNCIA DE ALGUNS MICRORGANISMOS AO 

CALOR....................................................................................................... 48 TABELA 5-TEMPO DE SOBREVIVÊNCIA DE PATÓGENOS NO SOLO E NA 

SUPERFÍCIE DE PLANTAS....................................................................... 49 TABELA 6-FERTILIZANTE ORGÂNICO MISTO E COMPOSTO-

ESPECIFICAÇÕES E GARANTIAS MÍNIMAS ........................................... 65 TABELA 7-LIMITES MÁXIMOS DE CONTAMINANTES ADMITIDOS EM 

FERTILIZANTES ORGÂNICOS ................................................................. 67 TABELA 8-QUADRO DEMONSTRATIVO DO VOLUME DE COMERCIALIZAÇÃO NA UNIDADE ATACADISTA DE CURITIBA  – 2009 74 

TABELA 9-QUADRO DEMONSTRATIVO DO VOLUME DE DOAÇÕES PARA O 

BANCO DE ALIMENTOS NA UNIDADE ATACADISTA DE CURITIBA  – 2009................................................................................................................... 78 

TABELA 10-VALOR PAGO PELA CEASA PELOS RESÍDUOS ORGÂNICOS. 81 TABELA 11-QUADRO DEMONSTRATIVO DO VOLUME DE RESÍDUOS 

SÓLIDOS NA UNIDADE ATACADISTA DE CURITIBA  – 2009................... 81 TABELA 12-QUANTIDADE MÁSSICA DOS RESÍDUOS NAS CAIXAS DE 

COMPOSTAGEM - EXPERIMENTO 1 ....................................................... 97 TABELA 13-QUANTIDADE MÁSSICA DOS RESÍDUOS NAS CAIXAS DE 

COMPOSTAGEM - EXPERIMENTO 2 ....................................................... 97 TABELA 14-FAIXA DE RESOLUÇÃO E EXATIDÃO DO PEAGÂMETRO 

DIGITAL ICEL (PH-1600) ......................................................................... 106 TABELA 15-ANÁLISE DA CORRELAÇÃO ENTRE A TEMPERATURA 

AMBIENTE E A TEMPERATURA DO EXPERIMENTO 1 ......................... 112 TABELA 16-VALOR DAS DENSIDADES E PESOS ESPECÍFICOS APARENTE 

OBTIDOS NO EXPERIMENTO 1 ............................................................. 122 TABELA 17-VALOR DAS DENSIDADES E PESOS ESPECÍFICOS APARENTE 

OBTIDOS NO EXPERIMENTO 2 ............................................................. 123 TABELA 18-DETERMINAÇÃO DO TEOR DE UMIDADE, MASSA SECA E 

CAPACIDADE DE RETENÇÃO DE ÁGUA............................................... 123 TABELA 19-DETERMINAÇÃO DO TEOR DE UMIDADE, MASSA SECA E 

CAPACIDADE DE RETENÇÃO DE ÁGUA PARA O  EXPERIMENTO 2... 125 TABELA 20-GRANULOMETRIA  – RESÍDUO ACUMULADO, SECO, 

EXPERIMENTO 1 .................................................................................... 126 TABELA 21-GRANULOMETRIA  – RESÍDUO ACUMULADO, SECO, 

EXPERIMENTO 2 .................................................................................... 127 TABELA 22- MASSA INICIAL, MASSA FINAL, DIFERENÇA E PERCENTUAL 

DE REDUÇÃO OBTIDOS NOS TRATAMENTOS DE COMPOSTAGEM . 128 TABELA 23-MASSA INICIAL, MASSA FINAL, DIFERENÇA E PERCENTUAL 

DE REDUÇÃO OBTIDOS NOS TRATAMENTOS DE COMPOSTAGEM . 129 TABELA 24-LAUDO DE ANÁLISES QUÍMICAS  – EXPERIMENTO 1 ............ 130 

5/13/2018 COMPOSTAGEM 3 - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/compostagem-3 14/159

 

TABELA 25-LAUDO DE ANÁLISES QUÍMICAS  – EXPERIMENTO 2 ............ 135 

5/13/2018 COMPOSTAGEM 3 - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/compostagem-3 15/159

 

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas

C/N – Relação Carbono / Nitrogênio

CAOPMA - Centro de Apoio Operacional às Promotorias de Justiça de Defesa

do Meio Ambiente

Cd – Cádmio

CEASA – Centrais de Abastecimento S.A

CO2 – Dióxido de Carbono

COBAL – Companhia Brasileira de Alimentos

CONAMA – Conselho Nacional do Meio Ambiente

Cr - Cromo

Cu – Cobre

Fe – Ferro

FEPAR - Federação Paranaense de Associações de Produtores Rurais

Hg – Mercúrio

IAP – Instituto Ambiental do Paraná

IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

K - Potássio

LESA - Laboratório de Engenharia Sanitária e Ambiental

Mg - Magnésio

Mn – Manganês

Mo – Molibdênio

Na - Sódio

NBR – Norma Brasileira

5/13/2018 COMPOSTAGEM 3 - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/compostagem-3 16/159

 

Ni – Níquel

P - Fósforo

Pb – Chumbo

PGRS - Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos

pH – Potencial Hidrogeniônico

RMC – Região Metropolitana de Curitiba

UNICAMP – Universidade Estadual de Campinas

Zn – Zinco

5/13/2018 COMPOSTAGEM 3 - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/compostagem-3 17/159

 

INTRODUÇÃO

O modelo de desenvolvimento econômico levou a mudanças nos

padrões e hábitos de consumo da sociedade e consequentemente a uma maior

produção de resíduos orgânicos.

De um lado tem-se uma maior extração de matérias-primas e de outro,

grandes quantidades de resíduos, os quais em forma de rejeito, não retornam

ao ciclo natural e transformam-se em fonte de contaminação para o meio

ambiente e para a sociedade.

Lavoisier provou a existência dos ciclos, baseado em reações

químicas, quando deduziu a célebre lei da conservação da matéria: "Na

natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma". (UNICAMP, 2010)

Os materiais orgânicos mortos se decompõem com a ação dos

microrganismos decompositores, como as bactérias, os fungos, os vermes e

outros, disponibilizando os nutrientes que vão alimentar outras formas de vida,

iniciando um novo ciclo.

O volume crescente de resíduos sólidos urbanos gerados transforma-

se em um problema para os municípios, seja devido à falta de espaços físicos

para a deposição, seja pelos custos envolvidos para o gerenciamento dos

resíduos urbanos.

A Gestão de Resíduos Sólidos tem sido alvo de debates no governo e

na sociedade através de fóruns, palestras e seminários. As propostas que vem

sendo apresentadas estão voltadas à prevenção da geração e concentram

esforços no conceito dos 3R’s - reduzir, reutilizar e reciclar, utilizando

5/13/2018 COMPOSTAGEM 3 - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/compostagem-3 18/159

 

tecnologias ambientalmente saudáveis e estabelecendo mecanismos de gestão

que consideram as ações, da geração até a disposição final dos mesmos.

Diante da necessidade de soluções imediatas, o município de Curitiba,

através do Decreto Municipal 983/2004, estabeleceu a figura dos grandes

geradores como sendo qualquer entidade que produz mais de 600

litros/semana de resíduos. O decreto obriga os grandes geradores a apresentar

um Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos – PGRS, e submetê-lo a

aprovação pelos órgãos ambientais competentes. (SMMA, 2010)

Os supermercados, a CEASA, os sacolões de frutas e verduras e

quitandas, bem como todos os envolvidos com a distribuição e comercialização

de frutas e verduras são considerados grandes geradores e de acordo com o

decreto precisam tomar medidas imediatas para gerenciar adequadamente os

seus resíduos.

Para diminuir os efeitos negativos destes resíduos no meio ambiente, a

redução do tempo de tratamento dos resíduos é um fator importante, por isso,

o presente trabalho propõe-se a estudar o efeito do uso de alguns produtos

comercializados que são indicados pelos fabricantes como “aceleradores de

compostagem”.

5/13/2018 COMPOSTAGEM 3 - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/compostagem-3 19/159

 

19

1. JUSTIFICATIVA

O desenvolvimento de políticas ambientais nos países desenvolvidos

despertou o interesse da população pela questão dos resíduos sólidos. Desta forma,

o aumento da geração per capita de lixo, começou a preocupar os ambientalistas e a

população, tanto pelo seu potencial poluidor, quanto pela necessidade permanente

de identificação de novos locais para aterro dos resíduos. (MONTEIRO, 2001)

No ano de 2004 o Centro de Apoio Operacional às Promotorias de

Proteção ao Meio Ambiente - CAOPMA conclamou os grandes geradores de

resíduos sólidos do Estado do Paraná, para somarem esforços no sentido de

reduzir o volume de resíduos produzidos. Para tanto, solicitou a apresentação e a

subseqüente implantação de Planos de Gerenciamento de Resíduos Sólidos no

intuito de aumentar a vida útil dos Aterros Sanitários, muitos com sua

capacidade já comprometida. (MPPR, 2010)

Tal iniciativa principiou-se com a problemática do Aterro Sanitário da

Caximba (que atende Curitiba e alguns municípios da região metropolitana), cuja

vida útil chegou ao limite. Mensalmente são recebidas no aterro 60 mil

toneladas de resíduos, tendo uma média diária de 2.400 (duas mil e

quatrocentas toneladas). Mais de 80% do resíduo (lixo) que chega ao aterro

sanitário é composto de materiais que podem ser reutilizados. (MPPR, 2010)

Em maio de 2004 o Ministério Público do Estado do Paraná, por

intermédio do CAOPMA, requeriu como medida emergencial que os 14

Municípios da Região Metropolitana de Curitiba e os grandes geradores

apresentassem um Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos (PGRS),

enfatizando que a reciclagem e a compostagem devem atingir 100% do total

descartado. (MPPR, 2010)

5/13/2018 COMPOSTAGEM 3 - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/compostagem-3 20/159

 

20

Diante das justificativas e exigências apresentadas pelo Ministério Público e

cientes de que o processo de compostagem natural é muito demorado constatou-se

a necessidade de reduzir o tempo de compostagem para obtenção de vantagens

ambientais e econômicas importantes.

Desta forma, este trabalho propõe-se a avaliar alguns produtos vendidos

como alternativas para reduzir o tempo de compostagem dos resíduos constituídos

de vegetais e palhas gerados na CEASA-CURITIBA.

5/13/2018 COMPOSTAGEM 3 - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/compostagem-3 21/159

 

21

2. HIPÓTESES

As hipóteses a serem avaliadas por este trabalho são identificadas nos itens

abaixo:

• É possível que a adição de compostos biológicos na compostagem dos

resíduos sólidos, constituídos de hortifrutigranjeiros e palhas, para a

produção de composto orgânico apresente resultados que indiquem um

maior grau de degradação dos resíduos.

• O uso de biodegradadores pode ser uma tecnologia de fácil utilização por

todos os interessados na produção de composto orgânico, a partir da

compostagem de resíduos sólidos urbanos.

5/13/2018 COMPOSTAGEM 3 - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/compostagem-3 22/159

 

22

3. OBJETIVOS

O Objetivo deste trabalho é a avaliação dos efeitos da adição de compostos

biológicos na compostagem dos resíduos sólidos, constituídos de hortifrutigranjeiros

e palhas, para a produção de composto orgânico.

3.1. OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Para atingir o objetivo geral desta pesquisa, os seguintes objetivos

específicos foram estabelecidos:

• Acompanhar a degradação dos resíduos, durante o experimento, através

do monitoramento dos fatores envolvidos no processo da compostagem

• Avaliar a eficiência dos tratamentos aplicados na transformação dos

resíduos sólidos em composto bioestabilizado, através da análise doslaudos fornecidos pelo laboratório de análises químicas

• Obter e sugerir, aos interessados na produção de composto orgânico, a

aplicação mais viável, dentre as analisadas e nas condições estabelecidas

neste estudo

5/13/2018 COMPOSTAGEM 3 - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/compostagem-3 23/159

 

23

4. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

4.1. RESÍDUOS SÓLIDOS

Os resíduos urbanos resultam das atividades diárias do homem e a gestão

adequada destes resíduos apresenta-se como um desafio urbano. (FERNANDES,

1999)

Gerenciar a geração de resíduos minimizando os problemas resultantes da

disposição inadequada significa administrar a produção e o consumo de bens

possibilitando a reposição desses materiais no meio ambiente sem causar impactos.

(ALLGANER, 2006)

A Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT – define o lixo como os

"restos das atividades humanas, considerados pelos geradores como inúteis,

indesejáveis ou descartáveis, podendo-se apresentar no estado sólido, semi-sólido

ou líquido, desde que não seja passível de tratamento convencional." (MONTEIRO,

2001)

4.1.1. Classificação dos resíduos sólidos

Os resíduos sólidos podem ser classificados de várias maneiras. As mais

comuns são quanto aos riscos potenciais de contaminação do meio ambiente e

quanto à natureza ou origem.

5/13/2018 COMPOSTAGEM 3 - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/compostagem-3 24/159

 

24

Classificação quanto aos riscos potenciais de contaminação do meio

ambiente

Classificação ABNT 10004: 2004

Classe I - Perigosos

Classe II – Não Perigosos IIA- Não Inertes

IIB- Inertes

(TOCCHETO, 2010)

Classificação quanto à natureza ou origem

Segundo Monteiro, 2001:

• Lixo doméstico ou residencial

• Lixo comercial

• Lixo público

• Lixo domiciliar especial:

- Entulho de obras

- Pilhas e baterias

- Lâmpadas fluorescentes- Pneus

• Lixo de fontes especiais

- Lixo industrial

- Lixo radioativo

- Lixo de portos, aeroportos e terminais rodoferroviários

- Lixo agrícola

5/13/2018 COMPOSTAGEM 3 - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/compostagem-3 25/159

 

25

- Resíduos de serviços de saúde

4.1.2. Composição Gravimétrica

A composição gravimétrica indica o percentual de cada componente em

relação ao peso total da amostra de lixo analisada.

A análise dos resíduos destinados ao Aterro de Curitiba, apresentada na

FIGURA 1 revela que cerca de 40% do material corresponde a matéria orgânica,

sendo evidenciada a necessidade de segregação e a adoção processos que

permitam a destinação final mais adequada deste material. (CONSÓRCIO, 2010)

FIGURA 1-COMPOSIÇÃO GRAVIMÉTRICA DOS RESÍDUOS RECEBIDOS NOATERRO SANITÁRIO DA CAXIMBA

FONTE: CONSÓRCIO, 2008

5/13/2018 COMPOSTAGEM 3 - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/compostagem-3 26/159

 

26

A TABELA 1 apresenta o potencial de tratamento, de acordo com a

composição gravimétrica, sugerida pelo Consórcio Intermunicipal para a Gestão de

Resíduos Sólidos Urbanos, da Região Metropolitana de Curitiba.

TABELA 1-POTENCIAL PARA TRATAMENTO DE ACORDO COM ACOMPOSIÇÃO GRAVIMÉTRICA

Percentual Tratamento / Destino Quantidade

31,74 % Recicláveis 709,35 ton/dia

38,11 % Matéria orgânica (compostagem) 851,70 ton/dia

30,15 % Materiais não recicláveis e nãocompostáveis (parte dele com potencial

para aproveitamento energético)

673,80 ton/dia

100,00 % 2.234,85 ton/dia

FONTE: CONSÓRCIO, 2008

4.1.3. Compostagem como tratamento de resíduos sólidos urbanos

Monteiro, 2001, define tratamento como sendo uma série de procedimentos

destinados a reduzir a quantidade ou o potencial poluidor dos resíduos sólidos. Isto

pode ocorrer através de processos que impeçam descarte de lixo em ambiente ou

local inadequado, seja através da transformação do lixo em material inerte ou

biologicamente estável.

Segundo Büttenbender, 2004, as usinas de reciclagem e compostagem

têm assumido papel importante no controle das doenças relacionadas ao

manuseio inadequado dos resíduos sólidos urbanos. Este autor afirma que

estas usinas, se forem operadas segundo os princípios de engenharia sanitária,

constituem-se sistemas que não só destinam sanitariamente o resíduo urbano,

como ao mesmo tempo, promovem o tratamento deste.

5/13/2018 COMPOSTAGEM 3 - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/compostagem-3 27/159

 

27

Entre os benefícios da implantação de sistemas de triagem e compostagem,

Büttenbender, 2004, cita:

• O controle da poluição ambiental;

• A minimização dos problemas de saúde pública;

• A economia de energia através da valorização de produtos;

• A contribuição para a proteção e preservação dos recursos naturais;

• A geração de empregos diretos e indiretos.

4.2. COMPOSTAGEM

Não existe uma definição única e universal de compostagem.

A compostagem é um tratamento aplicado aos resíduos sólidos, desde a

história antiga. Os gregos, os romanos, e os povos orientais já sabiam que os

resíduos orgânicos podiam ser retornados ao solo, contribuindo para sua

fertilidade. No entanto, somente a partir de 1920, com Albert Howard, o

processo passou a ser pesquisado cientificamente e realizado de forma mais

técnica. (STENTIFORD et all., 1985; FERNANDES, 1999, citado por

BÜTTENBENDER,2004).

Segundo KIEHL, 1998, compostagem vem do vocábulo “compost” , dalíngua inglesa e indica o fertilizante orgânico preparado a partir de restos vegetais e

animais.

A técnica da compostagem foi desenvolvida com a finalidade de acelerar

com qualidade a estabilização da matéria orgânica. Na natureza, a humificação

ocorre sem prazo definido, dependendo das condições ambientais e da qualidade

dos resíduos orgânicos. (COELHO, 2008)

5/13/2018 COMPOSTAGEM 3 - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/compostagem-3 28/159

 

28

Define-se a compostagem como sendo um processo controlado de

decomposição microbiana de oxidação e oxigenação de uma massa heterogênea de

matéria orgânica no estado sólido ou úmido, passando pelas seguintes fases: fase

inicial e rápida de fitoxicidade ou de composto cru ou imatura, seguida da fase de

semicura ou bioestabilização, para atingir a terceira fase, a cura, maturação ou

humificação, acompanhada da mineralização de determinados componentes da

matéria orgânica, quando se pode dar por encerrada a compostagem. Durante todo

o processo ocorre produção de calor e o seu desprendimento, principalmente de gás

carbônico e vapor d’água. (KIEHL,1998)

Segundo KIEHL, 1998 a definição exige a explicitação do significado dos

termos utilizados, como sejam:

• Controlado: pelo fato de se acompanhar e controlar a temperatura, a

aeração e a umidade

• Microbiano: porque a transformação da matéria orgânica é realizada por

microrganismos

• Oxidação e oxigenação: porque a compostagem deve ser conduzida em

ambiente aeróbio, contendo Oxigênio atmosférico, essencial para a

humificação da matéria orgânica, diferentemente da decomposição

anaeróbia, onde predomina o fenômeno da redução química

• Massa heterogênea no estado sólido: porque a matéria prima provém de

diferentes origens e possui diferentes composições

• Úmido: porque os microrganismos que decompõem a matéria orgânica

só atuam intensamente na presença de suficiente quantidade de água

• Fase inicial de fitoxicidade: pela transformação de ácidos orgânicos e

toxinas de curta duração, gerados pelo metabolismo dos organismos

5/13/2018 COMPOSTAGEM 3 - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/compostagem-3 29/159

 

29

existentes no substrato orgânico, peculiaridade do material cru ou

imaturo

• Fase de semicura ou bioestabilização: quando o composto deixa de ser

danoso às raízes e às sementes

• Fase de cura ou maturação: quando o composto atinge o auge de suas

propriedades benéficas ao solo e às plantas

• Mineralização: transformação bioquímica da matéria orgânica, uma vez

que as plantas só absorvem sais minerais solúveis, como os produzidos

por esse processo

• Produção de calor e desprendimento de dióxido de carbono e vapor

d’água: características relacionadas ao metabolismo exotérmico dos

microrganismos, à respiração dos mesmos e à evaporação da água

favorecida pela elevada temperatura geada no interior da massa em

compostagem.

Como resultado da compostagem são gerados dois importantes

componentes: sais minerais, contendo nutrientes para as raízes das plantas e

húmus, como condicionador e melhorador da propriedades físicas, físico-químicas e

biológicas do solo. (KIEHL, 1998)

Büttenbender,2004 diz que este processo tem sido indicado como uma das

melhores técnicas para tratar a fração orgânica dos resíduos sólidos urbanos,

principalmente nos países de terceiro mundo, devido à possibilidade de ser

implantado sob condições de baixo custo.

5/13/2018 COMPOSTAGEM 3 - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/compostagem-3 30/159

 

30

4.2.1. Sistemas de Compostagem

Os processos de compostagem, normalmente, têm sido classificados

segundo três características:

• Presença de oxigênio: aeróbia e anaeróbia

• Temperatura obtida no processo: mesofílica e termofílica

• Tecnologia adotada: sistema aberto ou fechado

4.2.1.1. Classificação Quanto A Presença De Oxigênio 

Compostagem anaeróbia

Na compostagem anaeróbia a decomposição é realizada por

microrganismos que vivem em ambientes sem a presença de oxigênio. Este tipo decompostagem ocorre em baixa temperatura, com a exalação de fortes odores, e leva

mais tempo até que a matéria orgânica se estabilize. (FERNANDES, 1999)

Atualmente é aceita a designação de fermentação anaeróbia para esta

decomposição, sob os argumentos do aproveitamento de parte do carbono sob a

forma de metano (CH4). Porém este fato acarreta redução no teor de carbono na

massa e consequente perda na qualidade do composto pronto. (FERNANDES,

1999)

FIGURA 2-EQUAÇÃO SIMPLIFICADA DA REAÇÃO ANAERÓBIA

FONTE: AZEVEDO, 2000

5/13/2018 COMPOSTAGEM 3 - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/compostagem-3 31/159

 

31

Compostagem aeróbia

Na compostagem aeróbia a decomposição é realizada por microrganismos

que vivem na presença de oxigênio, sendo normalmente considerado que a taxa de

arejamento necessária para o processo é aquela que permite um nível de oxigênio

acima de 5%. (FERNANDES, 1999)

A temperatura do processo pode chegar a até 70ºC, os odores liberados não

são agressivos e a decomposição é mais veloz que processo anaeróbio.

FIGURA 3-EQUAÇÃO SIMPLIFICADA DA DEGRADAÇÃO AERÓBIA

FONTE: AZEVEDO, 2000

4.2.1.2. Classificação Quanto A Temperatura Obtida No Processo 

Compostagem Mesofílica e Termofílica

A classificação dos processos em mesofílicos e termofílicos referem-se à

temperatura da pilha durante o processo de compostagem, conforme se processam

os metabolismos dos microrganismos dominantes envolvidos.

Os termos mesofílico e termofílico referem-se a gama de temperatura em

que se processam os metabolismos microbianos, porém face a correlação existente

entre a temperatura e o tipo de microrganismos dominantes nos processos, a

designação também refere-se a gama de temperaturas no processo de

compostagem. (FERNANDES, 1999)

5/13/2018 COMPOSTAGEM 3 - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/compostagem-3 32/159

 

32

Em geral todos os processos controlados de compostagem passam por

fases mesofílicas e termofílicas. (FERNANDES, 1999)

TABELA 2-TEMPERATURAS CONSIDERADAS PARA BACTÉRIAS EM ºCBactéria Mínima Ótima Máxima

Mesófila 15 a 25 25 a 40 43

Termófila 25 a 45 50 a 55 85

FONTE: Institute For Solid Wastes Of American Public Works Association (1970), citada por Kiehl,1998

4.2.1.3. Classificação Quanto A Tecnologia Adotada 

Sistema Não Reator

Segundo FERNANDES, 1999 sistema não reator é aquele em que as

operações do processo de compostagem não se encontram encerradas em

reatores. Podem ser dos seguintes tipos:

- Windrow: 

O material a compostar é colocado em pilhas de secção triangular, com

altura de 1,5 a 1,8 m e comprimento variável, sendo o arejamento garantido pelo

reviramento manual ou mecânico, periódico, das pilhas.

Tempo de compostagem varia de 3 a 6 meses.

Apresenta as desvantagens de ser sensível a exalar odores, em decorrência

de chuvas e a obstrução o pátio de compostagem devido o uso de equipamentos

para o reviramento da pilha. (FERNANDES, 1999)

5/13/2018 COMPOSTAGEM 3 - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/compostagem-3 33/159

 

33

- Sistema LESA 

O sistema LESA é uma variante do sistema Windrow, desenvolvido pelo

Laboratório de Engenharia Sanitária e Ambiental (LESA), da Universidade Federal

de Viçosa, MG. (FERNANDES, 1999)

O sistema consiste no reviramento a cada 3 dias, nos primeiros 30 dias, de

forma a garantir a aeração e a atividade termofílica, observando o teor de umidade,

na faixa de 45 a 55%. (FERNANDES, 1999)

A manutenção da temperatura termofílica é conseguida graças a sucessivas

adaptações da configuração geométrica da leira, a fim de propiciar maior ou menor

perda de calor, conforme a necessidade. (FERNANDES, 1999)

A compostagem envolve duas fases, considerando que o fim da primeira

fase ocorre, quando não forem registradas temperaturas superiores a 40°C, nos dias

subsequentes ao reviramento. A segunda fase corresponde a fase de maturação.

(FERNANDES, 1999)

O material é considerado composto após ser submetido à primeira e à

segunda fase. (FERNANDES, 1999)

- Sistema de pilhas estáticas arejadas (PEA) 

O material é posto a compostar diretamente sobre tubos perfurados, em

pilhas com formatos aos Windrow e LESA, sendo as tubulações ligadas uma bombade ar, para garantir a oxigenação necessária ao sistema e a distribuição uniforme da

temperatura, por todo o material em compostagem.

A principal diferença relativa ao sistema Windrow é a forma de arejamento,

que neste caso, é efetuado pela percolação do ar através da pilha, forçada pelo uso

de uma bomba de ar. (FERNANDES, 1999)

5/13/2018 COMPOSTAGEM 3 - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/compostagem-3 34/159

 

34

A pilha de compostagem pode ter de 2 a 2,5 m de altura e, geralmente, é

coberta com uma camada de composto curado e peneirado, para reduzir os

odores característicos. O tempo de compostagem é de três a quatro semanas, e

depois mais quatro a cinco semanas para a cura do material.

O Instituto Ambiental do Paraná não tem registro de usinas de compostagem

com o sistema de leiras estáticas no Estado do Paraná. (BRUNI, 2005)

Sistema com reatores

Nestes sistemas a compostagem ocorre no interior de reatores, onde a

temperatura, a oxigenação, a umidade e a adição de nutrientes são controladas.

(FERNANDES, 1999)

FIGURA 4-SISTEMA REATOR MAIS COMUNS EM COMPOSTAGEM

FONTE: FERNANDES, 1999

5/13/2018 COMPOSTAGEM 3 - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/compostagem-3 35/159

 

35

O sistema apresenta como vantagens o elevado nível de controle do

processo, a redução do espaço de instalação e o controle de odores, por se tratar de

um sistema fechado.

Os inconvenientes são os custos elevados de investimento e funcionamento,

além da necessidade de mão-de-obra especializada para a operação.

De acordo com as características dos resíduos e do tipo de

equipamento, o tempo de detenção no reator biológico pode variar de 7 a 20

dias, o que faz com que o sistema demande menor espaço para sua

implantação. (FERNANDES, 1999)

A aeração é feita sob pressão e como o sistema é fechado, também se torna

mais fácil monitorar a taxa de aeração e adequá-la às necessidades do processo.

No caso, pode ser medido o teor de oxigênio dos gases de saída do reator e

quando a porcentagem de O2 estiver próxima de 2%, aumenta-se a vazão de ar

para impedir condições de anaerobiose. (FERNANDES, 1999)

Mesmo tendo uma fase termófila mais rápida e intensa, após seu final, o

composto ainda deve passar por um período de maturação de mais ou menos 60

dias, antes de ser utilizado (FERNANDES, 1999)

Até 2005 apenas uma empresa no Estado do Paraná, encontrava-se

registrada como Unidade de Compostagem Acelerada, a empresa TibagiSistemas Ambientais, localizada no município de São José dos Pinhais. (BRUNI,

2005)

4.2.2. Parâmetros Físico-Químicos Fundamentais no Processo de Compostagem

A compostagem é um processo biológico e os principais fatores que a

influenciam são os que podem condicionar a atividade microbiológica e por

5/13/2018 COMPOSTAGEM 3 - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/compostagem-3 36/159

 

36

consequência a velocidade e o curso do processo. Dentre os fatores mais

importantes temos:a relação C/N,a temperatura, os nutrientes, a aeração,o pH, a

umidade e o tamanho das partículas.

4.2.2.1. Relação C/N 

Os microrganismos, para manterem ativo o processo de compostagem,

exigem, além do substrato orgânico, uma quantidade mínima de outros elementos

necessários à sua constituição celular. Suas maiores necessidades são o Carbono ,

como fonte de energia para suas atividades vitais e o Nitrogênio , como fonte para

sua reprodução protoplasmática.

O carbono é exigido em maior quantidade, porém, quando em excesso, o

processo da compostagem se retrai, uma vez que o nitrogênio passa a constituir

fator limitante ao crescimento dos microrganismos; o excesso de carbono pode

também propiciar condições ácidas na massa de compostagem, visto que o CO2 

liberado é altamente solúvel. Por outro lado, a compostagem de resíduos com baixo

teor de carbono, ou seja, com muitos resíduos ricos em nitrogênio, elimina o

excesso de nitrogênio pela volatilização da amônia, com uma tendência natural de

restabelecer o balanço entre os dois elementos.

O equilíbrio da relação C/N é um fator de fundamental importância na

compostagem, cujo principal objetivo é criar condições para fixar os nutrientes, de

forma que possam ser posteriormente liberados por meio do composto. Dessa

forma, para o início do processo, aceita-se como ótima uma relação C/N de 30:1, o

que influencia a boa atividade biológica, atingindo uma relação C/N de 18:1 no final 

do processo.

5/13/2018 COMPOSTAGEM 3 - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/compostagem-3 37/159

 

37

Relações C/N baixas, pH acima de 8 e elevadas temperaturas, implicam na

perda de nitrogênio sob a forma de amônia; recomenda-se neste caso, a adição de

serragem, palha, papel, entre outros, à massa a ser compostada. Se a relação C/N

for muito elevada os microrganismos não encontram N suficiente para a síntese de

proteínas e têm seu desenvolvimento limitado. Como resultado, o processo de

compostagem é mais lento. (OLIVEIRA, 2001)

TABELA 3-RELAÇÕES CARBONO/NITROGÊNIOMaterial Relação C/N

Abacaxi-fibras 44/1

Arroz-casca e palha 39/1

Banana- talos de cachos 61/1

Cama de aviário 14:1

Esterco bovino 18/1

Esterco de aves 10/1

Grama de jardim 36/1

Laranja- bagaço 18/1

Mandioca –folhas 12/1

Mandioca-hastes 40/1

Mandioca-cascas de raízes 96/1

Serragem de madeira 865/1

FONTE:Adaptado de EMBRAPA, 2005

4.2.2.2. Temperatura 

A compostagem aeróbia pode ocorrer tanto em regiões de temperatura

termofílica como mesofílica. (KIEHL,1998)

Embora a elevação da temperatura seja necessária e interessante para

a eliminação de microrganismos patogênicos, alguns pesquisadoresobservaram que a ação dos microrganismos sobre a matéria orgânica

5/13/2018 COMPOSTAGEM 3 - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/compostagem-3 38/159

 

38

aumenta com a elevação da temperatura até 65ºC e que acima deste valor o

calor limita as populações aptas a realizar a degradação, havendo um decréscimo

da atividade biológica. (KIEHL,1998)

A temperatura é um fator indicativo do equilíbrio biológico, de fácil

monitoramento e que reflete a eficiência do processo de compostagem. Caso a

leira, em compostagem, registrar temperatura da ordem de 40-60ºC no segundo ou

terceiro dia é sinal que o ecossistema está bem equilibrado e que a compostagem

possui todas as chances de ser bem sucedida. Caso contrário, é sinal de que algum

ou alguns parâmetros físico-químicos (pH, relação C/N, umidade) não estão sendo

respeitados, limitando assim a atividade microbiana (KIEHL,1998)

Os processos de compostagem modernos estão mais associados às

temperaturas termofílicas. As temperaturas mesofílicas ocorrem mais nos 3

primeiros dias do processo e no final, na fase de maturação, e nas zonas periféricas

da pilha de compostagem, no canto e na base das pilhas, mesmo durante a fase de

degradação ativa. (FERNANDES, 1999)

O perfil típico de temperaturas numa uma pilha de compostagem é,

geralmente, decrescente do interior para o exterior, como se pode observar na

FIGURA 5:

5/13/2018 COMPOSTAGEM 3 - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/compostagem-3 39/159

 

39

FIGURA 5-PERFIL TÍPICO DE TEMPERATURA NUMA PILHA

FONTE: FERNANDES, 1999

4.2.2.3. Nutrientes 

Os nutrientes, principalmente carbono e nitrogênio, são fundamentais ao

crescimento bacteriano. O carbono é a principal fonte de energia e o nitrogênio é

necessário para a síntese celular. Fósforo e enxofre também são importantes,

porém, seu papel no processo é menos conhecido. Os microrganismos têm

necessidade dos micronutrientes: Cu, Ni, Mo, Fe, Mg, Zn e Na para serem

utilizados nas reações enzimáticas, sendo os detalhes deste processo pouco

conhecidos. (FERNANDES, 1999)

4.2.2.4. Aeração 

Sendo a compostagem um processo aeróbio, o fornecimento de ar é

vital à atividade microbiana, pois os microrganismos aeróbios têm necessidade

de O2 para oxidar a matéria orgânica que lhes serve de alimento. (KIEHL, 1998)

5/13/2018 COMPOSTAGEM 3 - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/compostagem-3 40/159

 

40

Durante a compostagem, a demanda por O2 pode ser bastante elevada e

a falta deste elemento pode se tornar em fator limitante para a atividade

microbiana e prolongar o ciclo de compostagem. (KIEHL, 1998)

A aeração também influencia na velocidade de oxidação do material

orgânico e na diminuição da emanação de odores, pois quando há falta de aeração

o sistema pode tornar-se anaeróbio. Os processos anaeróbios provocam problemas

ambientais resultantes da liberação de produtos malcheirosos, tais como,

mercaptanas, gás sulfídrico, aminas e ácidos voláteis. (FERNANDES, 1999)

4.2.2.5. pH 

É fato conhecido que níveis de pH muito baixos ou muito altos reduzem ou

até inibem a atividade microbiana. O pH da massa de compostagem não é,

usualmente, um fator crítico no processo, pois verifica-se a existência de um

fenômeno de ”auto-regulação” do pH, efetuado pelos microrganismos no decorrer do

processo. (KIEHL, 1998)

O pH ideal deve permanecer entre 6,5 e 7,5 para atender às necessidades

tanto das bactérias quanto dos fungos. (FERNANDES, 1999)

4.2.2.6. Umidade 

A água é fundamental para a vida microbiana.

No composto, o teor ótimo de umidade, de modo geral, situa-se entre 50% e

60%. Teores de umidade maiores que 65%, fazem com que a água ocupe os

espaços vazios do meio, impedindo a livre passagem do oxigênio, o que poderá

provocar aparecimento de zonas de anaerobiose. Se o teor de umidade de uma

5/13/2018 COMPOSTAGEM 3 - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/compostagem-3 41/159

 

41

mistura é inferior a 40% a atividade biológica é inibida, bem como a velocidade de

biodegradação. (FERNANDES, 1999)

A figura a seguir ilustra o fato explicitado acima. O consumo de oxigênio

aumenta consideravelmente com a elevação do teor de umidade de 25% até 55%,

caindo quase verticalmente quando o teor de umidade ultrapassa esse valor.

FIGURA 6-EFEITO DA UMIDADE NO CONSUMO DE OXIGÊNIO EM PILHA DELIXO DOMICILIAR SUBMETIDO À COMPOSTAGEM

FONTE: (SNEL, 1957), citado por KEHL, 1998

O ajuste da umidade pode ser feito pela criteriosa mistura de componentes

ou pela adição de água.

Na prática, verifica-se que o teor de umidade depende também da eficácia

da aeração e das características físicas dos resíduos como estrutura e porosidade.

55

5/13/2018 COMPOSTAGEM 3 - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/compostagem-3 42/159

 

42

O teor de umidade é controlado com base na capacidade de aeração da

massa de compostagem, nas características físicas do material e na necessidade de

satisfazer à demanda microbiológica.

Há perdas de água devido à aeração, e em geral, o teor de umidade do

composto tende a diminuir ao longo do processo e no final  do processo o teor

considerado ótimo é de 30% . (OLIVEIRA, 2001)

4.2.2.7. Tamanho da Partícula 

Quanto mais fina é a granulometria, maior é a área exposta à

atividade microbiana, o que promove o aumento das reações bioquímicas, visto

que aumenta a área superficial em contato com o oxigênio. (KIEHL,1998)

Pereira Neto, 1996, citado por Büttenbender, 2004, descreve que os

resíduos orgânicos devem ser submetidos a uma correção no tamanho das

partículas, no sentido de favorecer:

• Homogeneizar a massa de compostagem;

• Melhorar a porosidade;

• Reduzir a compactação;

• Aumentar a capacidade de aeração.

4.2.3. Aspectos Microbiológicos Da Compostagem

A compostagem é um processo biológico no qual participam diversos

organismos.

5/13/2018 COMPOSTAGEM 3 - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/compostagem-3 43/159

 

43

Há uma organização complexa de organismos envolvida numa cadeia

alimentar. Cada grupo especializa-se e desenvolve-se numa faixa de temperatura

ótima.

Todos trabalham para balancear a população de organismos dentro do

composto, o que aumenta a eficiência do processo inteiro. (SILVA, 2009)

Os microrganismos mais importantes na compostagem são as bactérias, os

fungos e os actinomicetos, todos os outros grupos são de menor importância.

(FERNANDES, 1999)

4.2.3.1. Fungos 

Os fungos são microrganismos filamentosos, heterotróficos, os quais se

desenvolvem em baixas e altas faixas de pH. O habitat preferencial dos fungos é o

de ambientes ácidos a levemente alcalinos, com pH variando de 2,0 a 9,0.

(HEIDMANN, 2006)

Os fungos dividem-se em dois grupos: os bolores e as leveduras. Os bolores

são estritamente aeróbios, observando-se uma tendência de formar estruturas

filamentosas. As leveduras apresentam metabolismos anaeróbios e aeróbios.

(FERNANDES, 1999)

Os fungos utilizam uma grande diversidade de substratos, como fontes de

Carbono tais como: a lignina, a celulose e as hexoses. Como fontes de Nitrogênio

utilizam os ácidos nucléicos, os nitratos e os nitrogênios amoniacais.

Os fungos normalmente são menos afetados por substratos com elevadas

relações C/N, baixo teor de umidade, maiores amplitudes de pH, tornando-se mais

competitivos em circunstâncias em que as bactérias não conseguem crescer

rapidamente. (FERNANDES, 1999)

5/13/2018 COMPOSTAGEM 3 - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/compostagem-3 44/159

 

44

Temperaturas superiores a 60°C e condições de anaer obiose podem limitar

as populações de fungos durante o processo de compostagem. (FERNANDES,

1999)

4.2.3.2.  Actinomicetos  

Os actinomicetos são bactérias gram-positivas que constituem um grupo de

microrganismos com características intermediárias entre fungos e bactérias.

São semelhantes aos fungos na forma, excetuando-se o fato de serem

menos filamentosos e melhor adaptados ao crescimento no solo.(FERNANDES,

1999)

O termo actinomiceto não tem significado taxonômico e, por isso, eles são

classificados como bactéria da Ordem Actinomicetales. (OSAKI, 2008)

Alguns actinomicetos podem ser observados a olho nu nos processos de

compostagem pelo aspecto esbranquiçado, nas fases mais tardias do processo de

compostagem, nas camadas superficiais das pilhas, pois tem dificuldade de se

desenvolverem em ambientes com baixo teor de oxigênio. (FERNANDES, 1999)

A maioria dos actinomicetos tem seu nicho ecológico na zona aeróbia do

solo e, especialmente, em ambientes de pH altos e na fase termofílica da

compostagem, em temperaturas próximas a 65°C e redu zindo o seu metabolismo

em temperaturas próximas a 75°C. (FERNANDES, 1999)

As transformações realizadas pelos actinomicetos são a degradação de

substâncias em geral não decompostas por fungos e bactérias, como fenóis, quitina

e parafinas, ou seja, decomposição dos resíduos resistentes de animais e vegetais;

degradação da celulose e proteínas com pequena imobilização de nitrogênio,

formação de húmus pela decomposição da matéria orgânica nos compostos da

5/13/2018 COMPOSTAGEM 3 - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/compostagem-3 45/159

 

45

fração orgânica do solo; decomposição em alta temperatura de composto e esterco;

produção de antibióticos atuando no equilíbrio microbiano. (OSAKI, 2008)

4.2.3.3. Bactérias 

As bactérias são organismos procarióticos, normalmente unicelulares, de

tamanho reduzido que se multiplicam rapidamente em um tempo de geração de 15

minutos, formando colônias.

As maiores concentrações de bactérias no solo ocorrem nos horizontes

superficiais decorrentes das condições favoráveis de calor e umidade, aeração e

disponibilidade de nutrientes. Em regiões subtropicais, em condições adequadas de

umidade, as populações atingem o nível máximo no início do verão ou no outono.

(OSAKI, 2008)

As bactérias existem em número de formas que incluem esferas (cocos),

cilíndricas (bacilos), helicoidais (spirillum ) e forma intermediárias como em forma de

vírgula (vibrio) e fusiformes. (FERNANDES, 1999)

A FIGURA 7 mostra as formas típicas das bactérias.

5/13/2018 COMPOSTAGEM 3 - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/compostagem-3 46/159

 

46

FIGURA 7-FORMAS TÍPICAS DAS BACTÉRIAS

FONTE: SILVA, 2010

Segundo FERNANDES, 1999, devido às exigências em oxigênio, as

bactérias podem ser agrupadas em quatro divisões:

a) Aeróbias: necessitam de oxigênio

b) Microaeróbias: exigem pequenas quantidades de oxigênio livrec) Anaeróbias: crescem sem oxigênio

d) Anaeróbias facultativas: crescem na presença ou ausência de oxigênio

A maioria das bactérias reproduz-se por divisão de uma célula em duas

células filhas idênticas, esse processo é conhecido como fissão binária. (OSAKI,

2008) 

5/13/2018 COMPOSTAGEM 3 - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/compostagem-3 47/159

 

47

A composição das células de grande parte das bactérias é, em torno, de

80% de água para cerca de 20% de matéria seca. A análise da matéria seca

apresentou uma constituição de 90% orgânica e 10% inorgânica. (FERNANDES,

1999)

As bactérias mesofílicas dominam as fases iniciais dos processos de

compostagem, sendo substituídas por bactérias termofílicas à medida que a

temperatura se aproxima de 40°C. (FERNANDES, 1999 e KIEHL, 1998)

As bactérias são importantes para decompor os açúcares, os amidos, as

proteínas e outros compostos orgânicos de fácil digestão presentes nos resíduos

sólidos orgânicos. A decomposição das moléculas mais complexas para substâncias

mais simples é realizada através de reações enzimáticas. Os microrganismos

sintetizam enzimas que atacam e decompõem o constituinte orgânico. (KIEHL,

1998)

Devido a complexidade da matéria orgânica, a decomposição envolve uma

complexa quantidade de tipos de enzimas e consequentemente um grande número

de microrganismos participa do processo de compostagem. (KIEHL, 1998)

As bactérias e os actinomicetos são responsáveis por 80% a 90% da

atividade microbiológica nos processos de compostagem. (FERNANDES, 1999)

4.2.3.4. Microrganismos Patogênicos 

Os resíduos sólidos urbanos podem conter diversos microrganismos

patogênicos, prejudiciais à saúde humana e um dos objetivos da compostagem é a

destruição destes patógenos presentes nos materiais a compostar. Os

microrganismos patógenos incluem bactérias, protozoários, vírus e nematóides.

(FERNANDES, 1999 e KIEHL,1998)

5/13/2018 COMPOSTAGEM 3 - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/compostagem-3 48/159

 

48

A TABELA 4 apresenta as temperaturas e o tempo necessário para a

inativação de alguns parasitas e microrganismos patogênicos que podem estar

presentes nos resíduos sólidos.

TABELA 4-TABELA RESISTÊNCIA DE ALGUNS MICRORGANISMOS AO CALORMicrorganismo Temperatura

oC

Tempo

(minutos)

Brucella sp  65,5 0,1 – 0,2

Salmonella senftenberg  65,5 0,8 – 1,0

Salmonella sp  65,5 0,02 – 0,25

Staphylococcus aureus  65,5 2,0 – 2,0

Leveduras, bolores e bactérias deteriorantes 65,5 0,5 – 3,0

Esporos de mesófilos aeróbios

Bacillus cereus  100 5,0

Bacillus subtilis  100 11,0

Bacillus polymyxa  100 0,1 – 0,5

Esporos de mesófilos anaeróbios

Clostridium butyricum  100 0,1 – 0,5

Clostridium perfringens  100 0,3 – 20,0

Clostridium botulinium 

Tipo A e B proteolíticos 100 50,0

Tipo E, B e F não proteolíticos 80 1,0

Esporos de Termófilos aeróbios

Bacillus coagulans  120 0,1Bacillus stearothermophilus  120 4,0 – 5,0

Esporos de termófilos anaeróbios

Clostridium Thermosaccharolyticum 120 3,0 – 4,0

Dessulfotomaculum nigrificans 120 2,0 – 3,0

FONTE: CRQ, 2010

Kiehl, 1998 afirma que se o processo de compostagem não

conseguiu eliminar os patógenos mais resistentes à temperatura “ao se

5/13/2018 COMPOSTAGEM 3 - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/compostagem-3 49/159

 

49

incorporar o fertilizante orgânico ao solo, estes patógenos serão digeridos

pela competição com os microrganismos selvagens, nativos, existentes no

solo[...]”.

A TABELA 5 apresenta o tempo de sobrevivência de alguns patógenos, no

solo e na superfície das plantas.

TABELA 5-TEMPO DE SOBREVIVÊNCIA DE PATÓGENOS NO SOLO E NASUPERFÍCIE DE PLANTAS

Patógenos Solo Plantas

Bactérias 2 meses – 1 ano 1 mês – 6 meses

Vírus 3 meses – 1 ano 1 mês – 2 meses

Cistos de protozoários 2 dias – 10 dias 2 dias – 5 dias

Ovos de helmintos 2 anos – 7 anos 1 mês – 5 meses

FONTE: Kowal, 1985 citado por SIMONETI, 2006

Outros fatores que podem ocasionar a morte dos microrganismos são: a

queda da temperatura ou a falta de insolação suficiente causam a morte dos

organismos por “morte térmica”, e a deficiência de oxigênio, pode levar “morte

prematura” dos microrganismos. (LASARIDI et al, 2000, citado por BONATTI, 2007)

4.3. ACELERAÇÃO DA COMPOSTAGEM COM O USO DE

BIODEGRADADORES

A degradação biológica da matéria orgânica sempre ocorre na natureza e a

partir dessa observação o homem tentou reproduzir o processo natural, visando

melhorar solos pobres ou esgotados. (FERNANDES, 1999)

A Biodegradação consiste na modificação física ou química, causadapela ação de microrganismos, sob certas condições de calor, umidade, luz,

5/13/2018 COMPOSTAGEM 3 - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/compostagem-3 50/159

 

50

oxigênio, nutrientes orgânicos e minerais adequados ao processo. (FRANCHETTI,

2006)

Dentro da população nativa de microrganismos encontram-se alguns

desejáveis, que são aqueles que possuem a capacidade metabólica de

biodegradar os compostos orgânicos poluentes. A população não desejável é

composta por microrganismos que não possuem a capacidade de biodegradação e

ainda competem pelos nutrientes e oxigênio. (LAZZARETTI, 1998)

Quando se adiciona uma quantidade de população microbiana, selecionada

para degradação de altas taxas orgânicas, o equilíbrio das populações se rompe

permitindo uma maior degradação dos compostos orgânicos pelos

microrganismos introduzidos e pelos nativos que estavam sendo impedidos de

degradar em todo seu potencial, devido ao equilíbrio existente entre as populações

nativas. (LAZZARETTI, 1998)

O biotratamento é a aplicação de tecnologia biológica para a prevenção e

recuperação do meio ambiente. É uma tecnologia recente, mas amplamente

divulgada, devido a sua capacidade de resolver os problemas ambientais.

Apresenta-se como uma solução natural e eficiente para atingir os objetivos e

padrões de qualidade ambiental que a legislação exige. (MAGRINI, 2008)

Para acelerar e incrementar os processos de compostagem existe produtosinoculantes a base de microrganismos benéficos que podem proporcionar um

processo de compostagem em cerca de um terço até a metade do tempo normal. O

resultado da compostagem é um produto final  com maior homogeneidade e maior

teor de elementos químicos das matérias primas originais presentes no produto final

(N, P, K e principalmente os microelementos). (BIODEGRADAÇÃO, 2010)

5/13/2018 COMPOSTAGEM 3 - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/compostagem-3 51/159

 

51

Segundo os fabricantes, estes produtos são um mix de microrganismos de

ocorrência natural que se no solo e na água, e que são capazes de degradar as

mais diversas substâncias.

São vendidos em forma de uma mistura concentrada e balanceada de

microrganismos não patogênicos, produtores de enzimas, dispersos em carga

orgânica associada a um estabilizante e não apresentam nenhuma modificação

genética.

4.3.1. Microrganismos Usados Como Biodegradadores em Produtos Comerciais

A biotecnologia é o ramo da ciência que utiliza microrganismos, plantas e

animais para a produção de substâncias úteis ao ser humano. (FRANCHETTI e

MARCONATO, 2006)

Alguns microrganismos usados como biodegradadores em produtos

comerciais são listados a seguir:

4.3.1.1. Pseudomonas 

O gênero compreende mais de 100 espécies, de bacilos gram-negativos,

normalmente diferenciados por meio de provas bioquímicas, testes de sensibilidade

a antibióticos, formação de pigmentos, número e localização dos flagelos.

(TRABULSI, 1996)

As Pseudomonas sobrevivem em ambientes úmidos e estão difundidas na

natureza, habitando o solo, a água, as plantas e os animais, inclusive os seres

humanos. (Tortora e Funke, 2000 citados por NICKEL, 2005)

5/13/2018 COMPOSTAGEM 3 - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/compostagem-3 52/159

 

52

Esta bactéria tem exigências mínimas e pode tolerar uma grande variedade

de circunstâncias físicas. Algumas cepas podem se desenvolver em temperaturas

de refrigerador (Fernandes et al 2000, Quarah e Cunha,2003, Tortora e Funke,2000,

citados por NICKEL, 2005)

Pseudomonas fluorescens 

São bactérias saprófitas, não patogênicas que colonizam o solo, a água e os

ambientes superficiais das plantas. (GENOME, 2010)

É um microrganismo aeróbio obrigatório. (GENOME, 2010)

Tem exigências nutricionais simples e cresce bem em meios suplementados

com sais minerais aceitando variadas fontes de carbono. (GENOME, 2010)

Um número de cepas de Pseudomonas fluorescens é capaz de suprimir as

doenças das plantas, protegendo as sementes e raízes de uma infecção fúngica.

(GENOME, 2010)

Pseudomonas putida 

São bactérias Gram-negativas em forma de bastonete, não patogênicas.São microrganismos saprófitos.

Podem ser encontrados em ambientes úmidos, como nos solos e na água,

e crescem otimamente a temperatura ambiente, de 25°C-30°C. (CITIZENDIUM,

2010)

Apesar de Pseudomonas putida não formarem esporos e ainda assim são

capazes de suportar condições ambientais adversas e resistir aos efeitos graves de

5/13/2018 COMPOSTAGEM 3 - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/compostagem-3 53/159

 

53

solventes orgânicos, que poluem o solo ao redor.Algumas estirpes têm a capacidade

de crescer e de quebrar muitos poluentes perigosos e aromáticos hidrocarbonetos

tais como tolueno, benzeno e etilbenzeno. (CITIZENDIUM, 2010)

4.3.1.2. Bacillus 

São bactérias gram-posisitivas distribuídas em várias espécies. O gênero

Bacillus permaneceu intacto até 2004, quando foi dividido em diversas famílias e

gêneros de bactérias formadoras de endósporos, com base na análise RNA.

Estes microrganismos crescem na presença de O2. e são conhecidos pelo

nome comum de esporulados aeróbios. (TODAR, 2010) 

O habitat normal das espécies Bacillus é o solo, onde vivem como esporos

ou como células vegetativas, passando de um estado para outro, de acordo com as

condições ambientais, isto é, proliferam quando as condições são favoráveis e

esporulam, quando em condições adversas. Os esporos podem permanecer viáveis

por vários anos. (TRABULSI, 1996)

A maioria dos esporulados aeróbios são móveis por meio de flagelos,

conforme é mostrado na FIGURA 8.

5/13/2018 COMPOSTAGEM 3 - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/compostagem-3 54/159

 

54

FIGURA 8-CÉLULAS INDIVIDUAIS DE BACILOS MÓVEIS FOTOGRAFADOS EMAGAR NUTRIENTE

FONTE: TODAR, 2010

Ampliação aproximada de 15.000 vezes. Deptoof Agriculture US. A. B. subtilis; B. P.polymyxa; C. B. subtilis, B. polymyxa P.; C. B. laterosporus; D. P. alvei. laterosporus D. P.

alvei. 

Os Bacillus fazem a degradação dos mais diversos substratos derivados de

fontes vegetais e animais, incluindo a celulose, amido, pectina, proteínas, agar,

hidrocarbonetos, e outros. (TODAR, 2010)

Bacillus licheniformis 

Estas bactérias são comumente conhecidas por causar intoxicação alimentar

e a deterioração dos alimentos, e por contaminação de produtos lácteos. As

contaminações, geralmente, envolvem casos de carnes cozidas e legumes, leite

cru, produzidos industrialmente e comida de bebês. (LARSEN, 2010) 

O Bacillus licheniformis é uma bactéria saprófita que se encontra difundida

na natureza e contribui para a ciclagem de nutrientes, devido à diversidade de

enzimas produzidas pelos membros da espécie. Alguns membros da espécie são

capazes de desnitrificação (EPA,1997)

5/13/2018 COMPOSTAGEM 3 - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/compostagem-3 55/159

 

55

O Bacillus licheniformis  é anaeróbio facultativo. É capaz de produzir

endósporos quando as condições de crescimento vegetativo são desfavoráveis.

(EPA,1997)

Ocorrem em temperaturas até 55°C (EPA,1997). A sua temperatura ótima de

crescimento é de 50°C, mas também pode sobreviver e m temperaturas muito mais

elevadas. Sua temperatura ideal para a secreção de enzimas é de 37°C.(LARSEN,

2010)

Estas bactérias têm sido usadas na indústria de fermentação para a

produção de proteases, amilases, antibióticos e produtos químicos especiais por

mais de uma década, sem relatos de efeitos adversos à saúde humana ou ao meio

ambiente. (EPA,1997)

Embora não seja inócuo, o Bacillus licheniformis  não produz quantidades

significativas de enzimas extracelulares e outros fatores passíveis de predispô-lo a

causar infecção. Para atingir uma infecção, ou o número de microrganismos deve

ser muito alto ou o estado imunológico do hospedeiro baixo, não sendo considerado

um patógeno humano nem é toxigênico. (EPA,1997)

Bacillus subtilis 

O Bacillus subtilis  é amplamente distribuído em todo o ambiente,

especialmente no solo, no ar e na decomposição de resíduos vegetais.

Pertencente a família Bacillaceae, é uma bactéria aeróbia, exceto na

presença de glicose e nitrato. (EPA, 1997)

É formadora de esporos, o que lhe permite suportar condições extremas de

calor e desidratação no meio ambiente.(EPA, 1997)

5/13/2018 COMPOSTAGEM 3 - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/compostagem-3 56/159

 

56

O Bacillus subtilis  contribui para ciclagem de nutrientes devido as várias

enzimas produzidas pelos membros da espécie. Produz uma variedade de

proteases e outras enzimas que o permite degradarem uma variedade de substratos

naturais. (EPA, 1997)

É considerado um organismo benigno, uma vez que não possui

características que causam a doença,não é considerado patogênico. (EPA, 1997)

O Bacillus subtilis  produz antibióticos, enzimas e fitohormonios que

proporcionam benefícios para as plantas. (ARAUJO, 2008)

Bacillus pumilus 

O Bacillus pumilus é uma bactéria que ocorre naturalmente no solo, na água,

no ar e decomposição de tecidos vegetais. Muitas vezes, é encontrada no

desenvolvimento do sistema radicular de plantas de soja, mas não faz mal às

plantas, pelo contrário, a bactéria impede a germinação dos esporos dos fungos

Rhizoctonia e Fusarium  que atacam o desenvolvimento das raízes da soja, sendo

que a bactéria pode crescer posteriormente no esporos desses fungos.(EPA,2003)

Nenhum efeito ambiental adverso é esperado quando os produtos contendo

Bacillus pumilus  são utilizados de acordo com as instruções do rótulo dofabricante.(EPA,2003)

4.4. LEGISLAÇÃO APLICADA

São abordados a seguir alguns aspectos referentes a legislação aplicável

aos resíduos sólidos urbanos, ao composto agrícola e ao uso de biodegradadores.

5/13/2018 COMPOSTAGEM 3 - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/compostagem-3 57/159

 

57

4.4.1. Legislação Aplicável Aos Resíduos Sólidos Urbanos

A Constituição Federal, promulgada em 1988, estabelece em seu artigo 23,

inciso VI, que “compete à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios

proteger o meio ambiente e combater a poluição em qualquer das suas formas”. No

artigo 24, estabelece a competência da União, dos Estados e do Distrito Federal em

legislar concorrentemente sobre “(...) proteção do meio ambiente e controle da

poluição” (inciso VI) e, no artigo 30, incisos I e II, estabelece que cabe ainda ao

poder público municipal “legislar sobre os assuntos de interesse local e suplementar

a legislação federal e a estadual no que couber”. (CASTILHOS JUNIOR, 2003)

A Lei Federal n°6.938, de 31/8/81, que dispõe sob re a Política Nacional de

Meio Ambiente, institui a sistemática de Avaliação de Impacto Ambiental para

atividades modificadoras ou potencialmente modificadoras da qualidade ambiental,

com a criação da Avaliação de Impacto Ambiental (AIA). A AIA é formada por um

conjunto de procedimentos que visam assegurar que se realize exame sistemático

dos potenciais impactos ambientais de uma atividade e de suas alternativas.

Também no âmbito da Lei n°6.938/81 ficam instituíd as as licenças a serem obtidas

ao longo da existência das atividades modificadoras ou potencialmente

modificadoras da qualidade ambiental. (IPT/Cempre, 2000 citada por CASTILHOS

JUNIOR, 2003)

A Lei de Crimes Ambientais (Brasil, n°9605 de feve reiro de 1998) dispõe

sobre as sanções penais e administrativas derivadas de condutas e atividades

lesivas ao meio ambiente e dá outras providências. Em seu artigo 54, parágrafo 2°,

inciso V, penaliza o lançamento de resíduos sólidos, líquidos ou gasosos em

desacordo com as exigências estabelecidas em leis ou regulamentos. No parágrafo

3°do mesmo artigo, a lei penaliza quem deixar de a dotar, quando assim o exigir a

5/13/2018 COMPOSTAGEM 3 - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/compostagem-3 58/159

 

58

autoridade competente,medidas de precaução em caso de risco de dano ambiental

grave ou irreparável. (CASTILHOS JUNIOR, 2003)

A Resolução Conama n°237, de 19 de dezembro de 199 7 estabelece norma

geral sobre licenciamento ambiental, competências, listas de atividades sujeitas a

licenciamento, etc. (CASTILHOS JUNIOR, 2003)

Da normalização técnica da Associação Brasileira de Normas Técnicas

(ABNT) são citadas somente algumas normas mais específicas ao tema tratado:

• NBR 7500, de 1994 – Símbolos de riscos e manuseio para o transporte e

armazenamento de materiais.

• NBR 10004, de 1987 – Resíduos sólidos – Classificação.

• NBR 10007 – Amostragem de resíduos.

• NBR 13221, de 1994 – Transporte de resíduos –Procedimento.

Para o Estado do Paraná a legislação aplicável encontra-se a seguir:

• Decreto Nº 3.641, DE 14 DE JULHO DE 1977

Dispõe sobre o Código Sanitário do Estado.

No capítulo IV, do Reaproveitamento dos Resíduos, Art. 38 coloca que

todo gerador cujos resíduos possam representar fontes de poluição fica

obrigado, a critério da autoridade sanitária, à implantação de medidas

que visam eliminar ou reduzir a níveis toleráveis o grau de poluição,

inclusive com o reaproveitamento dos resíduos. No inciso 1º coloca que

autoridade sanitária deverá aprovar os projetos de destino final do lixo,

fiscalizando a sua execução, operação e manutenção. (IAP, 2010)

5/13/2018 COMPOSTAGEM 3 - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/compostagem-3 59/159

 

59

• Lei 12493 - 22 de Janeiro de 1999 Publicada no Diário Oficial n°5430 de

5 de Fevereiro de 1999.

Estabelece princípios, procedimentos, normas e critérios referentes a

geração, acondicionamento, armazenamento, coleta, transporte,

tratamento e destinação final dos resíduos sólidos no Estado do Paraná,

visando controle da poluição, da contaminação e a minimização de

seus impactos ambientais e adota outras providências. (IAP,2010)

O Art. 14, inciso 1º estabelece: O solo e o subsolo somente poderão ser

utilizados para armazenamento, acumulação ou disposição final de

resíduos sólidos de qualquer natureza, desde que sua disposição

seja feita de forma tecnicamente adequada, estabelecida em

projetos específicos, obedecidas as condições e critérios

estabelecidos pelo Instituto Ambiental do Paraná - IAP.

No Art. 17 fica estabelecido a obrigatoriedade de cadastro junto ao IAP

para atividades geradoras de quaisquer tipos de resíduos sólidos, para

fins de controle e inventário dos resíduos sólidos gerados no

Estado do Paraná. (IAP,2010)

Conforme o Art. 18, a responsabilidade pela execução de medidas

para prevenir e/ou corrigir a poluição e/ou contaminação do meio

ambiente decorrente de derramamento, vazamento, lançamento

e/ou disposição inadequada de resíduos sólidos é: da atividade

geradora dos resíduos, quando a poluição e/ou contaminação originar-se

ou ocorrer em suas instalações da atividade geradora de resíduos

e da atividade transportadora, solidariamente, quando a poluição

e/ou contaminação originar-se ou ocorrer durante o transporte; da

5/13/2018 COMPOSTAGEM 3 - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/compostagem-3 60/159

 

60

atividade geradora dos resíduos e da atividade executora de

acondicionamento, de tratamento e/ou de disposição final dos

resíduos, solidariamente, quando a poluição e/ou contaminação

ocorrer no local de acondicionamento, de tratamento e/ou de

disposição final. (IAP, 2010)

• Portaria IAP nº 224, de 05 de dezembro de 2007.

Estabelece os critérios para exigência e emissão de Autorizações

Ambientais para as Atividades de Gerenciamento de Resíduos

Sólidos.

No Art. 1º estabelece, além da Licença de Operação, que os

procedimentos de tratamento e disposição final dos resíduos sólidos

como aterro e uso agrícola estão sujeitos à Autorização Ambiental.

(IAP,2010)

No Art. 3º é colocado que a Autorização Ambiental deverá ser

requerida pelo gerador ou pelo responsável pelo transporte,

armazenamento, tratamento e/ou disposição final do(s) resíduo(s).

(IAP,2010)

O Art. 9º traz informações para o procedimento do requerimento da

Autorização Ambiental. (IAP,2010)

As Leis do município de Curitiba referentes aos resíduos sólidos urbanos,

segundo Polidoro, 2009, são apresentadas a seguir:

• Lei n°7833/91

5/13/2018 COMPOSTAGEM 3 - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/compostagem-3 61/159

 

61

Dispõe sobre a política de proteção e conservação e recuperação do

meio ambiente e dá outras providências. No Art. 21 estabelece normas

de coleta , acondicionamento e disposição final de lixo.

• Decreto n°983/04

Dispõe sobre a coleta, transporte e a disposição final de resíduos sólidos

no município de Curitiba. No Art. 33 cria a figura dos grandes geradores

como sendo aqueles que produzam resíduos em quantidades

superiores às previstas nos incisos I a IV, do Art. 8º. Estabelece a

obrigação de elaborar Planos de Gerenciamento de Resíduos Sólidos e

de os submeter à aprovação pelo órgão municipal competente , de

acordo com Termo de Referência específico estabelecido pelo

Município.

- Grandes Geradores + 600 litros de resíduos por semana.

4.4.2. Legislação Aplicável Ao Composto Orgânico

Conforme o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento:

• Lei nº 6.894, DE 1980

Dispõe sobre a inspeção e fiscalização da produção e do comércio de

fertilizantes, corretivos, inoculantes e biofertilizantes destinados à

agricultura.

Art. 2º - Atribui ao MAPA a competência para exercer a fiscalização

Art. 4º - Obrigatoriedade de registro de estabelecimentos e de produtos

Art. 5º - Estabelece sanções administrativas

5/13/2018 COMPOSTAGEM 3 - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/compostagem-3 62/159

 

62

Art. 7º - Delega ao Poder Executivo a competência para estabelecer as

providências necessárias para o exercício da fiscalização

• Decreto nº 4.954, de 2004

Aprova o regulamento da Lei nº 6.894/1980.

No Art. 2º Definições: Fertilizante orgânico composto é o produto

obtido por processo físico, químico, físico-químico ou bioquímico,

natural ou controlado, a partir de matéria-prima de origem industrial,

urbana ou rural, animal ou vegetal, isoladas ou misturadas, podendo

ser enriquecido de nutrientes minerais, princípio ativo ou agente capaz de

melhorar suas características físicas, químicas ou biológicas.

Art. 3°: Competência do MAPA: Compete ao Ministério da

Agricultura, Pecuária e Abastecimento: a inspeção e fiscalização

da produção, importação, exportação e comércio de fertilizantes,

corretivos, inoculantes ou biofertilizantes; editar normas

complementares necessárias ao cumprimento deste Regulamento.

Art. 4°: Competência de Estados e Distrito Federal: Compete a eles

fiscalizar e legislar concorrentemente sobre o comércio e uso dos

fertilizantes, corretivos, inoculantes ou biofertilizantes, respeitadas as

normas federais que dispõem sobre o assunto.

Art. 5º , inciso 2º: Registro do Estabelecimento: O pedido de registro será

acompanhado dos seguintes elementos informativos e documentais:

licença ou autorização equivalente, expedida pelo órgão ambiental

competente.

5/13/2018 COMPOSTAGEM 3 - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/compostagem-3 63/159

 

63

Art. 11° registro do Produto: Atribui ao MAPA a competência para

estabelecer critérios, limites mínimos de garantias e demais

especificações para registro dos produtos.

No artigo 17° fica negado o registro de produtos e specificados neste

Regulamento, bem como a autorização para seu uso e

comercialização, serão sempre que não forem atendidos os limites

estabelecidos em atos administrativos próprios, no que se refere a

agentes fitotóxicos, patogênicos ao homem, animais e plantas, assim

como metais pesados tóxicos, pragas e ervas daninhas.

Art. 16°Material Secundário: Não estará sujeito ao registro o material

secundário obtido em processo industrial, que contenha nutrientes de

plantas e cujas especificações e garantias mínimas não atendam às

normas deste Regulamento e de atos administrativos próprios.

Art 16°, inciso 1°: Para a sua comercialização, será necessário

autorização do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento,

devendo o requerente, para este efeito, apresentar pareceres

conclusivos do órgão de meio ambiente e de uma instituição oficial

ou credenciada de pesquisa sobre a viabilidade de seu uso,

respectivamente em termos ambiental e agrícola.Art. 16°, inciso 2°: Para sua utilização com o matéria-prima na

fabricação dos produtos especificados neste Regulamento, deverão

ser atendidas as especificações de qualidade determinadas pelo

órgão de meio ambiente, quando for o caso.

Art. 16°,inciso 3°: O material especificado no cap ut deste artigo deverá

ser comercializado com o nome usual de origem, informando-se as suas

5/13/2018 COMPOSTAGEM 3 - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/compostagem-3 64/159

 

64

garantias, recomendações e precauções de uso e aplicação, sendo que a

autorização para comercialização será expedida unicamente pelo órgão

central do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.

• Instrução Normativa SDA nº 23, DE 2005

Aprova definições, especificações e as garantias dos fertilizantes

orgânicos

Art. 2º Classificação:

Classe “A”: fertilizante orgânico que, em sua produção, utiliza

matéria-prima de origem vegetal, animal ou de processamentos da

agroindústria, onde não sejam utilizados no processo o sódio (Na+),

metais pesados, elementos ou compostos orgânicos sintéticos

potencialmente tóxicos.

Classe “B”: fertilizante orgânico que, em sua produção, utiliza

matéria-prima oriunda de processamento da atividade industrial ou

da agroindústria, onde o sódio (Na+), metais pesados, elementos

ou compostos orgânicos sintéticos potencialmente tóxicos são

utilizados no processo.

Classe “C”: fertilizante orgânico que, em sua produção, utiliza

qualquer quantidade de matéria-prima oriunda de lixo domiciliar,

resultando em produto de utilização segura na agricultura.

Classe “D”: fertilizante orgânico que, em sua produção, utiliza

qualquer quantidade de matéria-prima oriunda do tratamento de

despejos sanitários, resultando em produto de utilização segura na

agricultura.

Parâmetros de Qualidade:

5/13/2018 COMPOSTAGEM 3 - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/compostagem-3 65/159

 

65

Carbono orgânico total (%)

Capacidade de troca catiônica – CTC – mmolc /kg

Umidade máxima (%)

pH

Nitrogênio total – N (%)

Relação CTC / C

Relação C/N

TABELA 6-FERTILIZANTE ORGÂNICO MISTO E COMPOSTO-ESPECIFICAÇÕESE GARANTIAS MÍNIMAS

FONTE: BERTOLDO, 2009

*(Valores expressos em base seca, umidade determinada a 65°C)

• Art. 16, anexo I , da Instrução Normativa SDA nº 23, DE 2005

Material secundário - matéria-prima:

Inciso 10: Para o registro dos produtos de que tratam estas Definições

e Normas, deverá ser informado:

I - a origem das matérias-primas e sua caracterização em

relação aos nutrientes, carbono orgânico, assim como informações

sobre a presença e os teores de elementos potencialmente tóxicos,

5/13/2018 COMPOSTAGEM 3 - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/compostagem-3 66/159

 

66

agentes fitotóxicos, patogênicos ao homem, animais e plantas ou

outros contaminantes;

II - para as matérias-primas de origem agroindustrial, industrial

ou urbana, utilizadas para fabricação de fertilizantes orgânicos

das Classes B, C e D, descritas no art. 2°, destas Definições

e Normas, deverá ser apresentado parecer do órgão ambiental

competente sobre as limitações do seu uso na agricultura sob o

aspecto ambiental;

III - os fertilizantes orgânicos das Classes B, C e D, descritas

no art. 2°, destas Definições e Normas, somente serão

registrados após a publicação pelo MAPA de ato normativo

específico que estabeleça os limites no que se refere a agentes

fitotóxicos, patogênicos ao homem, animais e plantas, assim como

metais pesados tóxicos, pragas e ervas daninhas, de acordo com o

disposto no art. 17, do regulamento aprovado pelo Decreto no

4.954, de 2004.

• Instrução Normativa SDA nº 27, DE 2006

Estabelece limites de agentes fitotoxicos, metais pesados tóxicos, pragas

e ervas daninhas admitidos nos fertilizantes, corretivos,

condicionadores de solo e substrato para plantas

5/13/2018 COMPOSTAGEM 3 - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/compostagem-3 67/159

 

67

A TABELA 7 apresenta os limites máximos de contaminantes admitidos em

fertilizantes orgânicos, segundo Instrução Normativa DAS 27/2006.

TABELA 7-LIMITES MÁXIMOS DE CONTAMINANTES ADMITIDOS EMFERTILIZANTES ORGÂNICOS

FONTE: BERTOLDO, 2009

Registro ou autorização de uso

O produto, para uso na agricultura, deve estar registrado ouautorizado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.

Para Registro:

• Atender aos parâmetros agronômicos (IN 23/2005)

• Atender aos limites máximos de contaminantes (IN 27/2006)

• Estabelecimento deve estar registrado no Ministério

• Licenciamento Ambiental

5/13/2018 COMPOSTAGEM 3 - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/compostagem-3 68/159

 

68

Caso o produto não atenda aos parâmetros agronômicos definidos para

registro ou não atenda aos limites definidos na IN SDA 27/2006 para contaminantes,

poderá ser autorizado pelo MAPA, desde que:

• Comprovação de Eficiência Agronômica

• Manifestação do Órgão de Meio Ambiente

4.4.3. Regulamentação Do Uso De Biodegradadores

PORTARIA N°2 740, DE 16 DE SETEMBRO DE 1998, em p roposta de

Revisão da Portaria Ministerial n°112 de 18 do mai o de 1982, pela Comissão

Técnica de Assessoramento na Área de Saneantes Domissanitários.

Página 17 da Seção 1, do Diário Oficial da União.

Traz as definições que envolvem o uso de degradadores biológicos e os

microrganismos permitidos.

Define Produtos biológicos como sendo produtos à base de microrganismos

viáveis que ·têm a propriedade de degradar a matéria orgânica e reduzir odores

provenientes de sistemas sépticos, tubulações sanitárias e outros sistemas

semelhantes.

Item E da norma cita: “Somente serão permitidos os microrganismos listados

no Toxic Substances Control Act" microrganismos de existência saprofítica,

presentes em fontes ambientais, (excetuando-se a Pseudomonas  

aeruginosa ), que não apresentem resistência aos antimicrobianos fora dos

padrões definidos na literatura.

Item E.2.1 - Componentes complementares de formulação - Somente são

permitidos os ingredientes constantes do ANEXO 2.

5/13/2018 COMPOSTAGEM 3 - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/compostagem-3 69/159

 

69

Anexo 2 a saber: COMPONENTES COMPLEMENTARES DE

FORMULAÇÃO:

Tensoativos aniônicos e não iônicos, Hidrolisado de

proteínas,Lípase,Protease, Amilase, Celulase, Pectinase, Dipropilenoglicol

monoetileter, Monoetanolamina, Bicarbonato de sódio, Fosfato. Dissódico,

Fosfato monossódico, Carbonato de sódio, Fosfato (ricálcico), Cloretos de

sódio, potássio, magnésio, cálcio, amônio e ferroso, Ácido lútico, Glicose,

Fosfato mono e dibásico de potássio, Sulfato de magnésio, Molibdato de

sódio, Beta gluconase, Hemicelulose, Hidroxietil celulose, Etoxilato de álcool

linear, Hexil, octil e decil éter, Monoleato de sorbitan.

Item E.3 - As formas de apresentação dos produtos biológicos permitidas

são: liquida, sólida, pastosa e gel.

Item E.4.1 - O conteúdo mínimo permitido é de 5 (cinco) litros no caso de

produtos líquidos ou 5 (cinco) quilogramas para os sólidos;

Item E.4.2 - Para produtos sólidos serão permitidos conteúdos menores, em

embalagem primária a segurança do operador e visando melhor

conservação do produto, contendo exclusivamente as frases: "Proibido a

venda direta ao Público" e "Contém Microrganismos Vivos", nome do

fabricante e o número do lote.Item F – ROTULAGEM

Item F 1.1A frase de advertência: "CUIDADO! PERIGOSO SE  INGERIDO,

CONTÉM MICRORGANISMOS VIVOS" deve ser colocada no painel

principal, na face do rótulo imediatamente voltada para o usuário, em

destaque (negrito), na cor preta, tendo as letras altura mínima de 0,3 cm.

Esta mensagem deve estar inserida em retângulo, de cor branca, localizado

5/13/2018 COMPOSTAGEM 3 - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/compostagem-3 70/159

 

70

no painel principal e situado a 1110 da altura acima da margem inferior do

rótulo. F.1.2 -A frase "ANTES DE USAR LEIA COM ATENÇÃO AS

INSTRUÇÕES DO RÓTULO" deve estar inserida logo abaixo da frase de

advertência.

5/13/2018 COMPOSTAGEM 3 - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/compostagem-3 71/159

 

71

5. MATERIAL E MÉTODOS

Para o presente estudo foram realizadas visitas técnicas ao CEASA-

CURITIBA, que é o objeto deste estudo de caso e a entidades que estão envolvidas

de forma direta ou indireta, com a adoção do processo de compostagem.

5.1. DEFINIÇÃO DA ÁREA DE ESTUDO

O objeto deste estudo é o uso de degradadores biológicos na aceleração da

compostagem do resíduos orgânicos vegetais e palhas de embalagem usados na

CEASA-CURITIBA.

5.1.1. Histórico Da CEASA-CURITIBA

Com o crescimento dos centros urbanos do país, o processo de distribuição

de produtos hortigranjeiros tornou-se mais complexo e oneroso, o que aliado à

precariedade dos mercados tradicionais, suscitou a necessidade de

aperfeiçoamento das estruturas de comercialização desses produtos.

O Programa Estratégico de Desenvolvimento (1970) e o I Plano de Desenvolvimento

(1972/74) estabeleceram como prioridade a construção de Centrais de

Abastecimento nas principais concentrações urbanas do país. (CEASA, 2010)

No Paraná, a empresa CEASA foi constituída em fevereiro/72, porém a

primeira Unidade Atacadista somente entrou em operação a partir de maio de 1975,

em Maringá, onde a COBAL tinha um mercado varejista e acabou transformando-o

em uma Central de Abastecimento.

5/13/2018 COMPOSTAGEM 3 - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/compostagem-3 72/159

 

72

Oficialmente, a primeira CEASA implantada como decorrência de efetivo

planejamento urbano foi a Central de Abastecimento de Curitiba, que começou a

operar em julho/76 e foi inaugurada em agosto/76, na rodovia BR 116 – km 111, n°

22881, bairro do Tatuquara, no município de Curitiba. (CEASA, 2010)

As Unidades Atacadistas passaram a se constituir em efetivos centros de

concentração da comercialização de hortaliças, frutas, ovos e outros produtos. Isto

possibilitou maior disciplinamento e organização do setor, bem como incentivou o

desenvolvimento da produção hortícola voltada para o mercado paranaense e de

outros estados, por facilitar o intercâmbio entre os principais centros consumidores

(CEASA, 2010)

A partir de 1990 a CEASA/PR, deixou de ser regida pelo Governo Federal,

sendo estadualizada pela Lei 9352 de 23/08/90, com base nos decretos 2400 de

21/12/87 e 2427 de 08/04/88, o que culminou com a assinatura do Termo de Doação

ao Governo Estadual em 26/09/90.

Após assumir o comando da CEASA/PR, o Governo Estadual promoveu a

alteração do seu estatuto social, incluindo a possibilidade da empresa comprar,

vender, transportar e distribuir gêneros alimentícios básicos, no desenvolvimento de

programas sociais, desde que em sintonia com a política governamental (CEASA,

2010)Após essa mudança, a partir de 1983, a CEASA/PR passou a executar o

projeto social voltado ao atendimento a famílias de baixa renda, que consiste na

venda de produtos básicos através dos chamados Mercadões Populares, dos

Armazéns da família e das Compras Comunitárias, proporcionando uma economia

média de 20% em relação aos principais supermercados de cada município participante. (CEASA, 2010)

5/13/2018 COMPOSTAGEM 3 - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/compostagem-3 73/159

 

73

Abaixo estão relacionadas as áreas ocupadas pela CEASA-CURITIBA:

Área total de terreno: 510.000m2

Área total urbanizada: 196.000 m2

Área construída: 72.011,00 m2 

Área de comercialização: 45.354 m2 

FONTE: CEASA, 2010

A TABELA 8 apresenta o demonstrativo do volume de produtos

hortifrutigranjeiros comercializado na Unidade Atacadista da CEASA-CURITIBA, noperíodo de Janeiro/2009 a Dezembro/2009.

5/13/2018 COMPOSTAGEM 3 - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/compostagem-3 74/159

 

74

TABELA 8-QUADRO DEMONSTRATIVO DO VOLUME DE COMERCIALIZAÇÃO NA UNIDADE

ATACADISTA DE CURITIBA – 2009

VOLUME DOS PRODUTOSHORTIGRANJEIROS

COMERCIALIZADOS (emkg)

VALOR DOS PRODUTOSHORTIGRANJEIROS

COMERCIALIZADOS (emR$)

JANEIRO 56.731.270,00 62.124.025,31 

FEVEREIRO 55.240.895,00 59.688.483,12 

MARÇO 62.382.455,00 72.335.146,90 

ABRIL 57.153.206,00 65.432.920,99 

MAIO 54.000.867,00 59.530.244,02 

JUNHO 51.551.716,00 56.113.989,74 

JULHO 55.268.720,00 58.997.582,35 

AGOSTO 59.119.491,00 67.420.208,11 

SETEMBRO 58.164.826,00 69.112.384,19 

OUTUBRO 61.318.692,00 73.945.218,15 

NOVEMBRO 57.577.815,00 70.031.067,20 

DEZEMBRO 60.313.660,00 71.398.839,37 

TOTAL 688.823.613,00 786.130.109,45 

MÉDIA MENSAL 57.401.967,75 65.510.842,45 

MÉDIA DIÁRIA 2.207.767,99 2.519.647,79 

MESES

COMERCIALIZAÇÃO

 

FONTE: DITEC E UNIDADES ATACADISTAS - CEASA

5/13/2018 COMPOSTAGEM 3 - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/compostagem-3 75/159

 

75

FIGURA 9-VISTA AÉREA DA CEASA-CURITIBA

FONTE: CEASA, 2010

5.1.2. Gerenciamento De Resíduos Da CEASA-CURITIBA

No ano de 2004 o Centro de Apoio Operacional às Promotorias de

Proteção ao Meio Ambiente solicitou a apresentação e a subseqüente

implantação de Planos de Gerenciamento de Resíduos Sólidos para os grandes

geradores, no intuito de aumentar a vida útil dos Aterros Sanitários. (MPE,

2010)

Também em 2004, entrou em vigor o decreto 983/04 que dispõe sobre a

coleta, transporte e disposição final de resíduos sólidos no município de Curitiba.

Este decreto exige a elaboração do Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos

aprovado pelo órgão ambiental competente para todos os geradores que

produzirem resíduos em quantidades superiores a 600 litros/semana. (POLIDORO,

2005)

5/13/2018 COMPOSTAGEM 3 - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/compostagem-3 76/159

 

76

A partir de 2004, a CEASA-CURITIBA adotou várias medidas para atender

as exigências da legislação e as determinações do Ministério Público do Paraná.

As medidas adotadas foram:

Banco de Alimentos

O Banco de Alimentos é um programa realizado em parceria com diversas

instituições governamentais e não governamentais, com o objetivo de organizar a

coleta de produtos que não são comercializados porque apresentam pequenos

defeitos, porém estão em perfeitas condições para o consumo humano.

Os produtos arrecadados são distribuídos gratuitamente às entidades

previamente cadastradas, conforme as necessidades de cada uma. As entidades

buscam os produtos em datas previamente agendadas.

A figura a seguir, mostra o interior do Banco de Alimentos, com alguns

produtos já recolhidos e prontos para serem encaminhados para a doação.

5/13/2018 COMPOSTAGEM 3 - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/compostagem-3 77/159

 

77

FIGURA 10-INTERIOR DO BANCO DE ALIMENTOS CEASA AMIGA

FONTE: CARLI, 2010

A TABELA 9 apresenta um demonstrativo do volume das doações realizadas

pelo Banco de Alimentos, durante o período de Janeiro/2009 a Dezembro/2009.

5/13/2018 COMPOSTAGEM 3 - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/compostagem-3 78/159

 

78

TABELA 9-QUADRO DEMONSTRATIVO DO VOLUME DE DOAÇÕES PARA OBANCO DE ALIMENTOS NA UNIDADE ATACADISTA DE CURITIBA –2009

VOLUME DOSPRODUTOS

HORTIGRANJEIROSRECEBIDOS DOS

COMERCIANTES EPRODUTORES (em kg)

VOLUME DOSPRODUTOS

RECEBIDOS DO PAAPELO BANCO DE

ALIMENTOS (em kg)

VOLUME DEPRODUTOS

RECEBIDOS DEOUTRAS

INSTITUIÇÕES - SESC  / SUPERMERCADOS

(em kg)

VOLUME TOTAL DEPRODUTOS

RECEBIDOS NOBANCO DE

ALIMENTOS (CEASA +PAA + OUTROS) (em

kg)

VOLUME TOTAL DOSPRODUTOS DOADOSPELOS BANCOS DEALIMENTOS (em kg)

VOLUME DOSPRODUTOS

DESCARTADOSPELOS BANCOS DEALIMENTOS (em kg )

JANEIRO 127.243,00 7.165,00 0,00 134.408,00 140.143,00 10.067,00

FEVEREIRO 151.203,00 25.231,00 0,00 176.434,00 150.974,00 16.700,00

MARÇO 115.517,00 32.739,00 0,00 148.256,00 151.133,00 3.942,00

ABRIL 114.001,00 32.681,00 0,00 146.682,00 142.085,00 13.847,00

MAIO 80.559,00 15.076,00 0,00 95.635,00 111.621,00 11.122,00

JUNHO 96.682,00 101.180,00 0,00 197.862,00 194.800,00 4.170,00

JULHO 82.063,00 151.345,00 0,00 233.408,00 221.127,00 9.267,00

AGOSTO 49.112,00 117.737,00 0,00 166.849,00 167.209,00 1.737,00

SETEMBRO 79.972,00 69.900,00 0,00 149.872,00 145.989,00 3.149,00

OUTUBRO 85.784,00 31.823,00 0,00 117.607,00 116.654,00 1.757,00

NOVEMBRO 169.831,00 42.849,00 0,00 212.680,00 211.484,00 1.331,00

DEZEMBRO 227.957,00 49.192,00 0,00 277.149,00 275.830,00 1.624,00

TOTAL 1.379.924,00 676.918,00 0,00 2.056.842,00 2.029.049,00 78.713,00

MÉDIA MENSAL 114.993,7 56.409,8 0,0 171.403,5 169.087,4 6.559,4

MÉDIA DIÁRIA 4.422,8 2.169,6 0,0 6.592,4 6.503,4 252,3

BANCO DE ALIMENTOS

MESES

 

FONTE: DITEC E UNIDADES ATACADISTAS – CEASA

Associação de catadores AMAR EBENEZER

A associação de catadores Amar Ebenezer funciona em um barracão

disponibilizado pela CEASA-CURITIBA, localizado no pátio da CEASA-CURITIBA.

A CEASA-CURITIBA disponibilizou uma prensa à associação. O uso daprensa tem por finalidade reduzir o volume do material recolhido. Os equipamentos

são usados por todos os participantes da associação.

Os catadores trabalham de acordo com escala estabelecida por eles. O

trabalho consiste em passar em todos os boxes de comercialização e nos coletores

externos e recolher os materiais recicláveis.

5/13/2018 COMPOSTAGEM 3 - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/compostagem-3 79/159

 

79

Após a coleta, o material é separado, dentro do barracão. Quando os lotes

de materiais recicláveis estão com uma quantidade significativa são

comercializados, pelos próprios associados.

A figura abaixo mostra o interior do barracão de trabalho dos Associados da

Amar Ebenezer, onde é possível observar alguns lotes de materiais recicláveis.

FIGURA 11-INTERIOR ASSOC. AMAR EBENEZER - SEPARAÇÃO DE RESÍDUOSE PRENSA DE PAPELÃO

FONTE: CARLI, 2010

COLETORES

A CEASA-CURITIBA disponibilizou vários coletores externos no pátio.

Os Coletores são separados por tipo de resíduo a ser armazenado. O coletor

de cor azul recebe os resíduos recicláveis, enquanto o de cor marrom recebe os

resíduos orgânicos. Os coletores são mostrados na figura a seguir:

5/13/2018 COMPOSTAGEM 3 - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/compostagem-3 80/159

 

80

FIGURA 12-COLETORES EXTERNOS PARA RESÍDUOS (PÁTIO DA CEASA)

FONTE: CARLI, 2010

5.1.3. Geração De Resíduos Na CEASA-CURITIBA

Em 2009, a CEASA-CURITIBA renovou o seu Plano de Gerenciamento de

Resíduos Sólidos e exigiu de todos os permissionários a realização de PGRS

individuais. Deste modo a CEASA-CURITIBA distribui as responsabilidades sobre a

geração e disposição dos resíduos com todos os permissionários, tornando os co-

responsáveis pela geração e destinação final dos resíduos gerados.A CEASA-CURITIBA assinou, em 2009, o Termo de Ajuste de Conduta-

TAC, junto ao Ministério Público do Trabalho e Meio Ambiente, no qual assume o

compromisso de valorização dos catadores de materiais recicláveis e determina os

possíveis encaminhamentos, a custo zero, dos resíduos orgânicos. (SANTOS, 2010)

A tabela abaixo apresenta as quantidades de resíduos sólidos orgânicos que

necessitaram ser encaminhados para a destinação final, em aterros sanitários, no

período de Janeiro/2010 a Maio/2010 e os custos da disposição destes resíduos.

5/13/2018 COMPOSTAGEM 3 - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/compostagem-3 81/159

 

81

TABELA 10-VALOR PAGO PELA CEASA PELOS RESÍDUOS ORGÂNICOS

Mês Quant. (ton) Valor R$

1.618,55 96.141,87 

1.220,23 72.481,66 614,56 36.504,86 608,78 36.161,53 773,16 45.925,70 

Total 287.215,63 

Resíduo orgânico

Janeiro

FevereiroMarçoAbrilMaio

 

FONTE: CEASA, 2010

Custo: R$ 59,40 por tonelada de resíduo orgânico

Os valores pagos pela CEASA-CURITIBA são referentes a remoção e a

destinação final dos resíduos orgânicos.

A TABELA 11 apresenta o demonstrativo do volume total e a destinação final

dos resíduos gerados na CEASA-CURITIBA.

TABELA 11-QUADRO DEMONSTRATIVO DO VOLUME DE RESÍDUOS SÓLIDOSNA UNIDADE ATACADISTA DE CURITIBA – 2009

FONTE: DITEC E UNIDADES ATACADISTAS - CEASA

5/13/2018 COMPOSTAGEM 3 - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/compostagem-3 82/159

 

82

5.2. VISITAS TÉCNICAS REALIZADAS

No decorrer deste trabalho foram realizadas visitas a entidades produtoras

de composto orgânico, para melhor entendimento da prática do processo de

compostagem.

5.2.1. Visita Campo Largo

Local: Jardim Guabiroba, município de Campo Largo- PR

Data: 06 de março de 2010.

Visita ao Sr Louis Wellens, engenheiro agrônomo, formado na Bélgica e

participante da ONG Professor Sem Fronteira e Diretor do Centro Ecológico Terra

Viva, no município de Campo Largo.

Sr Louis Wellens desenvolve trabalhos no mundo todo, ensinando

agricultores e comunidades rurais a utilizar práticas de agricultura ambientalmente

sustentáveis.

Uma das práticas ensinadas é a do uso da compostagem, como forma do

agricultor obter um adubo com baixo custo, a partir dos resíduos gerados na

propriedade.

O Sr. Louis percorre diversas comunidades, levando seu equipamento de

multimídia, oferecendo cursos de compostagem e manejo ecologicamente correto..

Após a capacitação teórica, ele fornece o treinamento através da montagem e do

monitoramento das pilhas de compostagem. Quando o composto está pronto,

normalmente, a ONG doa equipamentos básicos como pás, enxadas e carrinhos de

mão além de oferecer o treinamento para usar o composto na produção de

alimentos orgânicos.

5/13/2018 COMPOSTAGEM 3 - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/compostagem-3 83/159

 

83

O método adotado para a compostagem, ensinado pelo Sr. Louis, é bastante

simples. Trata-se de depositar alternadamente materiais ricos em carbono e

materiais ricos em nitrogênio, alternadamente utilizando para isso os materiais

disponíveis na propriedade, como contentores (caixa de madeira com um painel que

abre na frente; caixa de madeira de construção ou de vigamento com uma tampa e

dois espaços para ventilação; caixa de madeira com vários compartimentos para

acolher o composto em diferentes etapas do processo de decomposição; telas de

galinheiro pregadas em estrutura de madeira).

O controle de temperatura é feito através da introdução de uma barra

metálica no produto a compostar e empiricamente classificado em frio, bom e

quente, conforme a sensação de calor, na mão, ao tocar a barra metálica.

(WELLENS, 2010) 

5.2.2. Visita Organoeste

Local: Contenda- PR

Data: 16 de março de 2010

A visita foi acompanhada pela Professora Msc Carolina Fagundes Caron,

orientadora deste Trabalho.

A empresa foi representada pelo engenheiro agrônomo responsável Sr. José

Carlos Maria.

A empresa atua na produção de composto orgânico utilizando inoculantes

contendo mais de 60 tipos de microrganismos, fungos e bactérias, para acelerar o

processo de compostagem. (MARIA, 2009)

5/13/2018 COMPOSTAGEM 3 - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/compostagem-3 84/159

 

84

A empresa Organoeste possui unidades operando em Dourados-MS,

Andradina-SP, Campo Grande-MS, Aracruz-ES, Maringá-PR e Contenda-PR.

(MARIA, 2009)

A empresa tem certificação ambiental ECO CERT, desde 2005; Registro no

Ministério de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, desde 2006 e válido até 2011,

como produtor de composto orgânico; Registro IBDN como Empresa Parceira da

Natureza, certificação TECPAR, para uso em produção orgânica. (MARIA, 2009)

O prazo de decomposição da matéria orgânica é de 20 dias, em média, para

a bioestalização e mais cerca de 60 dias para maturação. A temperatura no

processo pode atingir até 100°C, no verão. No inver no a temperatura pode atingir

30°C, nas pilhas, em dias muito frios, pois a temp eratura da pilha é influenciada

pela temperatura ambiente. (MARIA, 2010)

A empresa utiliza para seus processos resíduos oriundos do agronegócio

que não podem ser utilizados na compostagem convencional, tais como: podas de

árvores e jardins; alimentos e hortifrutigranjeiros (CEASAs); resíduos de

supermercados (mediante seleção); madeireiras; indústrias de papel e celulose;

indústria de alimentos; setor sucroalcoleiro; laticínios; frigoríficos; abatedouros em

geral; cervejeiras; lodo da estação de tratamento; avicultura – tratamento de

resíduos e cama de aviários; suinocultura – tratamento de dejetos de suínos;bovinocultura – confinamento e granja leiteira; torta de vegetais (filtro); cascas de

cereais e outros. (MARIA, 2009)

Estes resíduos são considerados inadequados para a compostagem

tradicional por demandarem muito tempo para se decompor ou então por

apresentarem alto grau de contaminação. (MARIA, 2009)

5/13/2018 COMPOSTAGEM 3 - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/compostagem-3 85/159

 

85

Todo resíduo recebido é precedido de Análise Laboratorial de

Caracterização do Resíduo, Bacteriológica e Físico-Química. O armazenamento do

resíduo recebido é feito em pátio aberto, até que se obtenham todos os

componentes para a montagem da pilha de compostagem definitiva. (MARIA, 2010)

FIGURA 13-RECEBIMENTO DE RESÍDUO DA INDÚSTRIA

FONTE: MARIA, 2009

Quando os resíduos agrupados no pátio de espera estiveram na relação C/N

30/1, as leiras são montadas com o auxílio de tratores, em pátio aberto, revestido

com geomembrana. Todo o chorume formado nas leiras de compostagem é

coletado por tubulações e encaminhado para tanques de decantação.

5/13/2018 COMPOSTAGEM 3 - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/compostagem-3 86/159

 

86

FIGURA 14-ESQUEMA DE PÁTIO DE COMPOSTAGEM

FONTE: MARIA, 2009

FIGURA 15-MAQUETE DA PLANTA ORGANOESTE - CONTENDA

FONTE: CARLI, 2010

5/13/2018 COMPOSTAGEM 3 - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/compostagem-3 87/159

 

87

São montadas duas pilhas com 500 toneladas de resíduos, cada. As

dimensões de cada pilha são: 3,0 m de altura, 30,0 m de comprimento e largura de

6,0 m de largura.

O “bio-extrato” inoculante, é aspergido sobre as pilhas e , a partir desse

momento começa o processo de compostagem.

FIGURA 16-APLICAÇÃO DO BIO-EXTRATO

FONTE: MARIA, 2009

As pilhas são reviradas periodicamente para proporcionar a aeração.

5/13/2018 COMPOSTAGEM 3 - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/compostagem-3 88/159

 

88

FIGURA 17-MOVIMENTAÇÃO DA LEIRA

FONTE: MARIA, 2009

No final do processo, a cada duas pilhas fornecem de 700 a 800 toneladas

de produto bioestabilizado. (MARIA, 2010)

FIGURA 18-LEIRA PARA BIOESTABILIZAÇÃO

FONTE: CARLI, 2010

5/13/2018 COMPOSTAGEM 3 - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/compostagem-3 89/159

 

89

O material bioestabilizado das leiras é então transportado para uma área

coberta, onde permanecerá por mais 60 dias para completar o processo de

maturação. (MARIA, 2010)

No final da maturação, com 35% de umidade, o composto é beneficiado e

embalado em sacos ou amontoado para a venda “a granel”.

FIGURA 19-BENEFICIAMENTO DO COMPOSTO

FONTE: MARIA, 2009

A capacidade de produção da unidade da Organoeste-Contenda é de

4000 toneladas/mês, porém não está operando com a capacidade total instalada

devido à dificuldade com mão de obra e a pequena disponibilidade de diversidade

de materiais. (MARIA, 2010)

O composto orgânico produzido é comercializado a R$ 160,00 por tonelada.

(MARIA, 2010)

5/13/2018 COMPOSTAGEM 3 - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/compostagem-3 90/159

 

90

5.2.3. Visita A Unidade De Triagem E Compostagem De Resíduos Sólidos Do

Município De Bituruna-PR

Local: Bituruna- PR

Data: 17 de abril de 2010

A visita foi acompanhada pela Professora Msc Carolina Fagundes Caron,

orientadora deste Trabalho.

A unidade de triagem foi apresentada pelo Sr. Leonardo Quadros Filho,

servidor do Instituto Ambiental do Paraná, IAP, cedido à Prefeitura Municipal de

Bituruna, responsável pelo projeto.

O Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos do Município de

Bituruna é fruto de um convênio firmado com a Universidade Federal de Viçosa,

Projeto do PhD. Ms. UFV, João Tinôco Pereira Neto, Janeiro de 2007. (QUADROS

FILHO, 2010)

O Projeto trabalha a implantação de unidades de Triagem e Compostagem

de Resíduos Sólidos Urbanos para Pequenas Comunidades. Segundo o Ministério

Público, através da Promotoria do Meio Ambiente, o modelo adotado pode ser

replicado em cerca de 90% dos municípios do Estado do Paraná e,

conseqüentemente, para todos os municípios do País com até 30 mil habitantes.

(MPPR, 2010)

A cidade de Bituruna possui 10.000 habitantes de mancha urbana e uma

coleta entre 5.000 a 6.000/kg de resíduos dia. (QUADROS FILHO, 2010)

O caminhão da prefeitura recolhe os resíduos separados pela população de

forma diferenciada, seco e úmido, e leva até o local de triagem. (QUADROS FILHO,

2010)

5/13/2018 COMPOSTAGEM 3 - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/compostagem-3 91/159

 

91

Na usina de triagem os resíduos secos são separados, prensados e

enfardados. Os resíduos úmidos vão para uma mesa de triagem manual, onde a

matéria orgânica compostável é separada dos demais resíduos. A sobra da catação

é encaminhada ao aterro sanitário, localizado na frente da Unidade de Triagem.

(QUADROS FILHO, 2010)

Há um pátio, em frente ao barracão de separação, onde o resíduo

compostável é misturado e resíduos secos e em seguida é colocado em montes

com aproximadamente 2 toneladas. Para montar cada monte são necessários dois

dias de coleta, totalizando 3 leiras por semana.

A combinação dos materiais é realizada misturando-se 50% de material

úmido e 50% de material seco. (QUADROS FILHO, 2010)

FIGURA 20-PÁTIO DE COMPOSTAGEM

FONTE: CARLI, 2010

O composto atinge temperaturas de 28°C a 30°C . Ess as temperaturas são

suficientes para garantir a eliminação dos patógenos presentes nos resíduos

orgânicos. (QUADROS FILHO, 2010)

5/13/2018 COMPOSTAGEM 3 - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/compostagem-3 92/159

 

92

A leira, no processo perde 40% em peso, só na conta de evaporação e

perda de água, e em volume, ela cai perto de 60%.(QUADROS FILHO, 2010).

Depois de 90 dias o material da pilha é colocado para secar ao sol,

peneirado, triturado e ensacado. (QUADROS FILHO, 2010)

A quantidade produzida pela unidade é de 1.000 Kg de composto orgânico

por mês.

FIGURA 21-COMPOSTO ORGÂNICO SECANDO AO SOL, PARA ATINGIR A

UMIDADE IDEAL

FONTE: CARLI, 2010

5/13/2018 COMPOSTAGEM 3 - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/compostagem-3 93/159

 

93

5.3. TRABALHO EXPERIMENTAL

O experimento constou da análise e monitoramento da compostagem de

caixas de resíduos sólidos urbanos, constituídos por restos de hortifrutigranjeiros,

cascas de arroz e palha de capim secos coletados na CEASA-CURITIBA.

5.3.1. Descrição Do Local De Realização Do Trabalho

Os experimentos exigidos para o trabalho foram realizadas no município de

Campo Largo, localizado na Região Metropolitana de Curitiba, em área rural situada

na Colônia Mariana.

O clima da região é subtropical úmido mesotérmico com verões frescos

(temperatura média inferior a 22°C) e invernos com ocorrências de geadas severas

e frequentes (temperatura média inferior a 18°C), não apresentando estação seca.

(PARANACIDADE, 2010)

O experimento foi montado em um barracão coberto.

5.3.2. Período de Realização dos Experimentos

Experimento 01

Início: 13 de março de 2010

Término: 25 de abril de 2010

5/13/2018 COMPOSTAGEM 3 - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/compostagem-3 94/159

 

94

Experimento 02

Início: 1 de abril de 2010

Término: 16 de maio de 2010

5.3.3. Composição Das Misturas Para A Compostagem

A matéria-prima utilizada no trabalho experimental foi o resíduo sólido de

hortifrutigranjeiro e o resíduo de palhas disponíveis na CEASA-CURITIBA, nos dias

em que se iniciaram as experiências.

O resíduo foi coletado diretamente nos coletores de resíduos orgânicos,

localizados nos pátios da CEASA-CURITIBA e transportados de caminhão até a

chácara localizada em Campo Largo.

Os resíduos orgânicos da CEASA-CURITIBA, mostrados na FIGURA 22

foram provenientes da coleta dos restos de produtos agrícolas, tais como: folhas e

talos de vegetais, folhas de frutas, frutas e vegetais deteriorados, palhas secas,

cascas de arroz, entre outros.

5/13/2018 COMPOSTAGEM 3 - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/compostagem-3 95/159

 

95

FIGURA 22-RESÍDUOS ORGÂNICOS COLETADOS NA CEASA-CURITIBA

FONTE: CARLI, 2010

Os resíduos foram triturados, misturados e colocados a compostar.

O primeiro experimento foi realizado em triplicata e envolveu três marcas

comerciais de degradadores biológicos, denominados A, B, C e resíduos orgânicos.

Para efeitos de comparação foi realizado um experimento sem nenhum

tratamento, chamado de testemunha.

O segundo experimento foi solicitado pelo coordenador deste TCC, pois no

primeiro experimento a temperatura permaneceu por curto período de tempo na fase

termófila.

Por sugestão do coordenador foi escolhido um dos produtos testados na

fase anterior para repetir a experiência.

Para o segundo experimento, também em triplicata, foi utilizado o produto

comercial C do experimento 1, porque foi o produto que apresentou a menor

geração de chorume, dentre os três tratamentos inicialmente aplicados. Para efeitos

5/13/2018 COMPOSTAGEM 3 - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/compostagem-3 96/159

 

96

de comparação também foi realizado um experimento sem tratamento, chamado de

testemunha.

O esquema seguido pelos experimentos é apresentado no fluxograma a

seguir:

FIGURA 23-FLUXOGRAMA DOS EXPERIMENTOS 1 E 2

A TABELA 12 mostra os ingredientes das misturas e suas respectivas

quantidades utilizadas para o primeiro experimento.

5/13/2018 COMPOSTAGEM 3 - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/compostagem-3 97/159

 

97

TABELA 12-QUANTIDADE MÁSSICA DOS RESÍDUOS NAS CAIXAS DECOMPOSTAGEM - EXPERIMENTO 1

Material Tratamento

A

Tratamento

B

Tratamento

C

Testemunha

Resíduos Frutas,

Verduras e Vegetais

(kg)

13 13 13 13

Casca de Arroz (kg) 1,850 1,850 1,850 1,850

Capim Seco (kg) 0,15 0,15 0,15 0,15

Inoculante (kg) 0,02 0,02 0,02 -

Massa - Peso

Úmido (kg)

15 15 15 15

Volume (L) 35 35 35 35

A seguir, na TABELA 13, são discriminadas as quantidades dos produtos

utilizados para a realização do segundo experimento.

TABELA 13-QUANTIDADE MÁSSICA DOS RESÍDUOS NAS CAIXAS DECOMPOSTAGEM - EXPERIMENTO 2

Material Tratamento A Testemunha

Resíduos

Frutas,Verduras e

Vegetais (kg)

13 13

Casca de Arroz

(kg)

0,2 0,2

Capim Seco (kg) 1,80 1,80

Inoculante (kg) 0,02 -

Massa - Peso

Úmido (kg)

15 15

Volume (L) 35 35

5/13/2018 COMPOSTAGEM 3 - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/compostagem-3 98/159

 

98

5.3.4. Tecnologia Utilizada Nos Experimentos

Experimento 1

Os resíduos foram transportados da CEASA-CURITIBA até Campo Largo, e

imediatamente começaram a ser preparados para o processo da Compostagem.

Um local coberto recebeu um plástico para revestir o solo e reter o líquido

gerado durante a trituração dos resíduos.

O triturador utilizado é mostrado na figura a seguir.

FIGURA 24-TRITURADOR DE RESÍDUOS ORGÂNICOS

FONTE: CARLI, 2010

Os resíduos orgânicos de frutas, verduras e vegetais foram triturados e

posteriormente misturados manualmente, para melhor homogeneização do material.

O líquido gerado na trituração foi recolhido e incorporado à massa para a

compostagem.

5/13/2018 COMPOSTAGEM 3 - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/compostagem-3 99/159

 

99

FIGURA 25-RESÍDUO ORGÂNICO DEPOIS DE TER SIDO TRITURADO EMISTURADO MANUALMENTE SOBRE O PLÁSTICO

FONTE: CARLI, 2010

Depois de misturados os resíduos triturados foram pesados em balança

digital. Depois de pesada a mistura foi colocada em um carrinho de mão para

receber o material seco contendo as cascas de arroz e o capim conforme as

quantidades descritas na TABELA 12.

A FIGURA 26 mostra o resíduo já misturado e pronto para receber o

inoculante.

5/13/2018 COMPOSTAGEM 3 - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/compostagem-3 100/159

 

100

FIGURA 26-TODOS OS INGREDIENTES JÁ MISTURADOS

FONTE: CARLI, 2010

O material foi novamente misturado, no carrinho de mão.

A amostra que serviu de testemunha, foi colocada em caixa plástica

transparente, com 38 litros de capacidade e recebeu cobertura de capim seco e foi

armazenada no barracão e deixada para compostar.

Os tratamentos A, B e C passaram pelo mesmo procedimento, porém,

receberam a adição dos produtos biodegradadores descritos conforme a

recomendação dos fabricantes dos produtos comerciais utilizados.

Produto A

Tratamento: A1, A2 , A3

O Produto A é um composto que contém uma gama de

microrganismos, classificados como rizosféricos, decompositores,

nitrogenadores e parasitas. Esses microrganismos estão na forma de esporos,

5/13/2018 COMPOSTAGEM 3 - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/compostagem-3 101/159

 

101

entrando em intensa multiplicação quando em contato com a umidade do solo.

(POLETTO, 2008).

É um produto composto de aproximadamente 206 tipos de bactérias e

microrganismos decompositores, nitrogenadores e predadores de pragas de solo

(nematóides, doenças fúngicas de solo), além de ser ativador de nutrientes do

solo e melhorador do solo. (HOPPE, 2005)

O fabricante do produto não informa os nomes dos microrganismos e nem

as suas UFC ‘s.

Produto B

Tratamento: B1, B2, B3

O Produto B é destinado à aceleração da decomposição de compostos orgânicos,

formado por um mix de microrganismos, de ocorrência natural, dentre os quais se

destacam as Bactérias do grupo Pseudomonas e alguns fungos filamentosos.

O fornecedor não dá outras informações sobre o produto.

Produto C

Tratamento: C1,C2,C3

O Produto C é uma combinação patenteada de microrganismos naturais do

solo e nutrientes.

Foi desenvolvido para recuperar a flora bacteriana dos esgotos sanitários

perdida pelo uso de produtos de limpeza, desinfecção e outras espécies químicas

usados em processos industriais.

5/13/2018 COMPOSTAGEM 3 - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/compostagem-3 102/159

 

102

Os microrganismos presentes na formulação do produto, segundo o

fabricante são: Bacillus subitilis, Bacillus licheniformis, Bacillus amyloliquefaceans e 

Bacillus polymyxa, Pseudomonas fluorescens e Pseudomonas putida -  em

concentração nunca inferior a 1,6x108 de UFC por grama.

Todas as caixas compostoras foram identificadas e monitoradas a cada 3

dias.

Os resíduos sofreram reviramentos para a aeração e retirada de chorume,

conforme a necessidade observada, mediante o monitoramento.

FIGURA 27-CAIXAS COMPOSTORAS DO EXPERIMENTO 1

FONTE: CARLI, 2010

O experimento foi monitorado a cada 3 dias e recebeu o reviramento e a

retirada do chorume retido nas caixa, conforme a necessidade detectada no

monitoramento.

5/13/2018 COMPOSTAGEM 3 - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/compostagem-3 103/159

 

103

Experimento 2

Os procedimentos iniciais foram os mesmos adotados para o experimento 1,

porém o acondicionamento foi em caixas plásticas pretas, com aberturas nas laterais

e fundos para permitir maior aeração do resíduo a compostar.

.

FIGURA 28-CAIXA PLÁSTICA UTILIZADA NO EXPERIMENTO 2

FONTE: CARLI, 2010

As caixas foram colocadas sobre tijolos de 6 furos, para não bloquear a

ventilação.

Sob as caixas compostoras foram colocados pratos plásticos de vasos, para

reter eventual formação de chorume.

5/13/2018 COMPOSTAGEM 3 - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/compostagem-3 104/159

 

104

FIGURA 29-CAIXAS COMPOSTORAS SOBRE OS TIJOLOS

FONTE: CARLI, 2010

O experimento 2 foi monitorado a cada 3 dias e recebeu reviramento e

retirada de chorume acumulado nos pratos sob as caixas, conforme a necessidade

observada pelo monitoramento.

5.4. MÉTODOS ANALÍTICOS

Os parâmetros avaliados diretamente, durante o período de compostagem

dos resíduos foram: temperatura ambiente, temperatura do processo de

compostagem, pH, umidade, quantidade de chorume gerado e a umidade do

composto. As medições foram realizadas às 07h00min.

Densidade, peso específico aparente, determinação do teor de umidade,

massa seca, capacidade de retenção de água, granulometria e características

químicas dos resíduos foram analisados no início e fim de cada experimento.

Foi estabelecido um calendário para o monitoramento dos experimentos.

5/13/2018 COMPOSTAGEM 3 - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/compostagem-3 105/159

 

105

Temperatura ambiente

A temperatura ambiente foi realizada pela leitura direta de termômetro de

mercúrio no local da experiência.

Temperatura do processo de compostagem

A leitura foi de forma direta. O termômetro de mercúrio foi colocado na

massa de compostagem no terço central das caixas.

pH

O resíduo a compostar foi misturado em igual quantidade de água e, em

seguida, foi feita a leitura com o peagâmetro digital, diretamente na mistura.

O equipamento utilizado foi medidor de pH da água, ICEL PH -1600.

Para a calibração foi seguida a recomendação do fabricante do peagâmetro.

A calibração foi realizada em dois pontos. Para ajustar a solução ácida foi

utilizada uma solução tampão pH=4 e para ajustar a solução básica foi utilizada uma

solução tampão de pH=10.Segundo o fabricante, a calibração deve ser realizada a cada 500 leituras ou

período superior a 6 meses. A exatidão está especificada por um período de um ano

após a calibração, em porcentagem da leitura mais número de dígitos menos

significativos. Sendo válida na faixa de temperatura compreendida entre 18ºC à

28ºC e umidade relativa inferior a 80% sem condensação conforme tabela a seguir.

5/13/2018 COMPOSTAGEM 3 - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/compostagem-3 106/159

 

106

TABELA 14-FAIXA DE RESOLUÇÃO E EXATIDÃO DO PEAGÂMETRO DIGITALICEL (PH-1600)

Escala Resolução Exatidão

0 a 14 pH 0,1 pH ±0,2pHTemperatura 0,5º ±1o 

Umidade do Composto

O teor de umidade foi determinado, pelo teste da esponja, que consiste em

pegar em uma das mãos o composto e apertar . Não pode escorrer água, somente

pingar algumas gotas, para ser considerada ideal, boa.

Se escorrer água é sinal de que o composto está saturado.

Se nada pingar de água é sinal de que o composto está seco.

Quantidade de chorume gerado

A geração de chorume foi monitorada medindo-se periodicamente o volume

gerado pelos experimentos, em uma proveta graduada, de 1000 mL.

ANÁLISES FÍSICAS E QUÍMICAS

Para as análises físicas e químicas uma amostra do material não

compostado foi seca em estufa, a 60°C , até atingir peso constante.

Os materiais levaram cerca de 5 dias para atingir o peso constante exigido

para as análises químicas realizadas.

5/13/2018 COMPOSTAGEM 3 - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/compostagem-3 107/159

 

107

Características Físicas Avaliadas

Densidade

Para a determinação da densidade foi seguido o roteiro citado por Kiehl,

1998, usando um balde graduado como padrão.

d=m/V

d = m/V = 1g/mL

d = m/V = 1kg/L

Peso Específico Aparente

Peso específico aparente é o peso do lixo solto em função do volume

ocupado livremente, sem qualquer compactação, expresso em kg/m3.

(MONTEIRO , 2001)

Pea= Kg/m3 

Determinação do Teor de Umidade

Consiste na quantidade de água contida na massa de resíduos sólidos.

Seguindo Monteiro, 2001. Resultado em %:

Um= (Peso Úmido – Peso Seco/ Peso Úmido) x 100

Massa Seca

5/13/2018 COMPOSTAGEM 3 - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/compostagem-3 108/159

 

108

A determinação da Massa Seca foi realizada com a amostra coletada para

determinação da umidade. Por diferença obteve-se a amostra seca.

Ms = (Peso amostra seca/Peso amostra úmida)x 100

Capacidade de Retenção de Água

Seguindo metodologia aplicada em Godoy, 2009.

Ra=( (Peso Úmido – Peso Seco)/Peso Seco) x 100

Granulometria

É a determinação da quantidade de resíduos que passa pelas peneiras

usadas, com malhas que variaram de < 1,18mm até 50 mm.

O resultado é apresentado em %.

Para a determinação da granulometria, as peneiras foram colocadas umas

sobre as outras, de forma que a peneira de malha maior ficasse para receber a

amostra previamente pesada, na parte superior.

O conjunto de peneiras ordenadas da menor para a maior foi, então,

colocado em equipamento próprio para fazer a vibração das peneiras e permitir queas partículas migrassem das peneiras maiores para as menores. O tempo de

vibração adotado foi de 5 minutos.

Decorrido o tempo de vibração, o material retido em cada peneira foi

pesado, para se fazer o cálculo do percentual retido.

5/13/2018 COMPOSTAGEM 3 - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/compostagem-3 109/159

 

109

Foram realizadas duas determinações de granulometria: uma com o material

“in natura”, úmido e a outra com o material seco em estufa, a 60°C, até a obtenção

do peso constante.

Os resultados utilizados foram os obtidos com massa seca em função de

que o processo do resíduo úmido foi prejudicado porque o material aderia a malha

da peneira, dificultando a passagem do material para as malhas menores. 

Características Químicas dos Resíduos

As características químicas dos resíduos foram determinadas em análises

realizadas pelo Laboratório de Análises de Solos, do Centro de Ciências Agrárias e

Ambientais, da Pontifícia Universidade Católica, Campus São José dos Pinhais.

5/13/2018 COMPOSTAGEM 3 - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/compostagem-3 110/159

 

110

6. RESULTADOS E INTERPRETAÇÃO

Os resultados e determinações das análises de monitoramento dos

experimentos efetuados são apresentados com a explicação dos valores observados

e com a comparação entre as experimentos 1 e 2, de modo a melhor caracterizar a

eficiência de cada um das experimentos e dos fatores que possam ter afetado essa

eficiência.

6.1. TEMPERATURA

A temperatura foi um dos principais parâmetros de controle dos

experimentos, pois a presença de calor é a primeira indicação de que o processo de

compostagem está se desenvolvendo adequadamente. (KIEHL, 1998)

GRÁFICO 1-EVOLUÇÃO DA TEMPERATURA NO EXPERIMENTO 1

Evolução da Temperatura

Experimento 01

10,0

15,0

20,0

25,0

30,0

35,0

40,0

                  0 3 6 9         1         2

         1         5

         1         8

         2         1

         2         4

         2         7

         3         0

         3         3

         3         6

         3         9

         4         2

         4         5

Dias

   T   e   m   p   e   r   a   t   u   r   a

   (   o   C   )

Testemunha

Trat. A

Trat. B

Trat. C

Ambiente

 

Da análise do gráfico de evolução da temperatura nos diferentes tratamentos

observa-se que todos tiveram um início do processo de acordo com o esperado, isto

5/13/2018 COMPOSTAGEM 3 - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/compostagem-3 111/159

 

111

é: apresentou uma queda na temperatura, até o 6º dia. Esta queda de temperatura,

segundo KEHL, 1998, é esperada porque após a montagem da leira, o resfriamento

ocorre pela evaporação da água presente na decomposição da leira de

compostagem.

Após o 6° dia a temperatura começou a subir atingin do temperaturas

termofílicas na faixa mínima até o 12°dia. Seguida mente observou-se uma queda

da temperatura, coincidente com os vários dias de queda da temperatura ambiente.

A oscilação da temperatura do composto acompanhou a variação da

temperatura ambiente, durante todo o período analisado, o que levou a fazer uma

análise de correlação entre a temperatura ambiente e a temperatura do experimento.

O coeficiente de correlação mede a excelência do ajustamento aos dados da

equação realmente considerada. Se todos os valores das variáveis satisfazem

exatamente uma equação, diz-se que elas estão perfeitamente correlacionadas.

Quando a relação entre as variáveis é direta o coeficiente de correlação é positivo e

quando a relação é inversa o coeficiente é negativo. Quanto maior o coeficiente de

correlação mais forte é a correlação entre as variáveis. (SPIEGEL, 1977)

A TABELA 15 apresenta os dados utilizados para fazer a correlação entre

temperatura ambiente e temperatura do composto, no experimento 1.

5/13/2018 COMPOSTAGEM 3 - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/compostagem-3 112/159

 

112

TABELA 15-ANÁLISE DA CORRELAÇÃO ENTRE A TEMPERATURA AMBIENTE EA TEMPERATURA DO EXPERIMENTO 1

Dias Ambiente Testemunh Trat. A Trat. B Trat. C0 28,00 32,00 32,00 32,00 32,00 

3 20,50 26,00 27,33 31,67 28,67 6 19,00 25,00 24,67 24,67 24,00 9 29,00 36,00 37,67 37,33 37,33 

12 21,00 36,00 37,00 37,00 36,50 15 20,00 28,00 28,00 24,67 26,67 18 21,00 27,00 26,67 26,67 26,33 21 21,00 27,00 26,67 26,67 26,00 24 22,00 27,00 26,33 26,33 25,33 27 12,00 20,00 19,00 19,00 18,67 30 16,00 18,00 18,00 18,00 18,00 

33 14,00 18,00 18,00 18,00 18,00 36 18,00 19,00 19,00 19,00 19,00 39 17,00 20,00 20,00 19,00 20,00 42 19,00 22,00 21,33 21,67 21,67 45 18,00 19,00 19,00 19,33 19,00 

0,83 0,83 0,82 0,84 Coef. Correlação comrelação a temp. ambiente  

De acordo com os coeficientes de correlação obtidos podemos observar

uma forte correlação entre a temperatura ambiente e as temperaturas do

experimento.

No experimento 2 também foi observado comportamento semelhante da

temperatura ambiente relacionada à temperatura do composto. Tal fenômeno pode

ser observado no GRÁFICO 2, da evolução da temperatura.

5/13/2018 COMPOSTAGEM 3 - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/compostagem-3 113/159

 

113

GRÁFICO 2-GRÁFICO DA EVOLUÇÃO DA TEMPERATURA NO EXPERIMENTO 2

Evolução da Temperatura

Experimento 02

10,0

15,0

20,0

25,0

30,0

35,0

40,0

45,0

                  0 3 6 9

         1

         2

         1

         5

         1

         8

         2

         1

         2

         4

         2

         7

         3

         0

         3

         3

         3

         6

         3

         9

         4

         2

         4

         5

Dias

   T   e   m   p   e   r   a   t   u   r   a   (   o   C   )

Testemunha

Trat. A

Ambiente

 

A temperatura termofílica máxima foi atingida no 3° dia do experimento, para

em seguida descer drasticamente para níveis mesofílicos mínimos, no 6°dia. Após

este período a temperatura permaneceu nos níveis mesofílicos até o 39°dia, para

ficar abaixo da temperatura ambiente no 42°dia.

Para comparar os dois experimentos foi traçado um gráfico relacionando

as temperaturas medidas e as temperaturas ambientes, uma vez que os

experimentos tiveram início em datas diferentes.

O GRÁFICO 3 apresenta o resultado das temperaturas, para a testemunha

no experimento 1, considerado sem aeração por apresentar menor aeração em

relação ao experimento 2, considerado com aeração.

5/13/2018 COMPOSTAGEM 3 - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/compostagem-3 114/159

 

114

GRÁFICO 3-GRÁFICO COMPARATIVO DAS TEMPERATURAS DATESTEMUNHA - NOS EXPERIMENTOS 1 E 2.

Experimento 01 x Experimento 02Testemunha

Comparativo de Temperaturas

0,80

1,00

1,20

1,40

1,60

1,80

2,00

2,20

0 3 6 9 12 15 18 21 24 27 30 33 36 39 42 45

Dias

   T   e   m

   p .

   M   e   d   i   d   a   /   T   e   m   p .

   A   m   b   i   e   n   t   e

Exp. 01 (sem aeração)

Exp. 02 (com aeração)

 

O GRÁFICO 4 apresenta o comparativo das temperaturas no experimento 1

e experimento 2, para o tratamento usando o mesmo produto biodegradador.

GRÁFICO 4-GRÁFICO COMPARATIVO DAS TEMPERATURAS PARA O MESMOTRATAMENTO - NOS EXPERIMENTOS 1 E 2

Experimento 01 x Experimento 02Tratamento A

Comparativo de Temperaturas

0,80

1,00

1,20

1,40

1,60

1,80

2,00

2,20

2,40

2,60

0 3 6 9 12 15 18 21 24 27 30 33 36 39 42 45

Dias

   T   e   m   p .

   M   e   d   i   d   a   /   T   e   m   p .

   A   m

   b   i   e   n   t   e

Exp. 01 (sem aeração)

Exp. 02 (com aeração)

 

5/13/2018 COMPOSTAGEM 3 - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/compostagem-3 115/159

 

115

Na comparação das temperaturas entre os experimentos 1 e 2, observa-se

que a aeração influenciou na manutenção da temperatura em níveis mais altos, nos

estágio inicial da compostagem, até o 6º dia. A partir do 6º dia a temperatura caiu

drasticamente até o 9º dia, iniciando um período de alternância entre queda e

aumento de temperatura, até o final do experimento.

O experimento 2, na comparação, apresentou uma elevação gradativa até o

6°dia e a partir do 9º dia esteve sempre maior qu e o experimento que recebeu

maior aeração.

Os motivos pelos quais as temperaturas não evoluíram para as fases

termofílicas ótimas podem ser enumerados a seguir:

1. Segundo Kiehl, 1998 o revolvimento mais frequente e o consequente aumento da

aeração, a fim de reduzir o teor de umidade, pode provocar a queda indesejada

da temperatura no composto, através da perda de água na evaporação devido ao

calor gerado no interior da pilha.

2. O processo de compostagem em pequenos volumes é afetado pelas condições

climáticas e pela configuração geométrica das leiras. Albuquerque e etal, 2009

relataram que as temperaturas não ultrapassaram o valor de 45ºC no

experimento realizado na Embrapa-Roraima, no período de setembro/2008 a

novembro/2008, em sistema fechado de compostagem, em função do frascoutilizado para o processo ter sido muito pequeno.

Reis, 2005 realizou experimentos em escala piloto, com leiras de 500 e 1000 kg,

com alturas equivalentes a 1,00m e 1,50 m, utilizando resíduos da CEASA-RS

codispostos com outros resíduos e constatou perda de calor durante o processo,

com a fase termofílica mantida por períodos muito curtos devido às condições de

5/13/2018 COMPOSTAGEM 3 - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/compostagem-3 116/159

 

116

precipitação e baixa temperatura ambiente e o tamanho das pilhas ter sido

considerado de pequeno volume.

Segundo Reis, 2005 o fato ocorreu porque as condições ambientais favoreceram

uma maior troca de calor com a atmosfera e consequente perda de temperatura

no composto, porque o calor criado pelo metabolismo dos microrganismos se

dissipou e o material não aqueceu. Quando os resíduos orgânicos estão nos

montes maiores, trabalhando-se com grandes massas, o calor desenvolvido se

acumula, segundo a autora citada.

Andreoli, 2002, também citou variações bruscas na temperatura do composto,

devido às variações climáticas, ocorridas no período do experimento.

3. Os elevados teores de umidade também são responsáveis pelas baixas

temperaturas desenvolvidas na compostagem.

Segundo Reis, 2005, os elevados teores de umidade promovem a aglutinação

de partículas e a diminuição da resistência estrutural da leira, restringindo

sobremaneira a difusão de oxigênio. Este fato reduz a temperatura média da leira

para a faixa mesofílica de 20 à 40ºC, e a concentração de oxigênio para

valores menores que 5%, favorecendo a anaerobiose.

Kiehl, 1998, afirma que no composto saturado com água a transferência do

oxigênio do ar para a célula do microrganismo fica impedida pela grande massalíquida que envolve a partícula da matéria orgânica, reduzindo assim o

metabolismo microbiano e a digestão da matéria orgânica e consequentemente

impedindo que a temperatura aumente.

Bruni, 2005 também encontrou problemas para elevar as temperaturas de seus

experimentos em decorrência da alta umidade do resíduo utilizado.

5/13/2018 COMPOSTAGEM 3 - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/compostagem-3 117/159

 

117

4. O baixo teor de carbono disponível, apesar do teor total da palha, do capim seco

e da casca do arroz ser elevado, também podem afetar as temperaturas do

composto.

Rossetti, 1999 afirma que o fato da indisponibilidade do Carbono deve-se ao

fato dos componentes principais desses resíduos serem resistentes à

decomposição. Dessa forma, ocorre a formação e volatilização de compostos

amoniacais, reduzindo drasticamente o teor de N na massa e afetando a

evolução da temperatura à fase termófila.

6.2. pH

Os resultados aqui apresentados foram aqueles obtidos pela medição do pH

do resíduo diluído em água.

GRÁFICO 5-EVOLUÇÃO DO pH NO EXPERIMENTO 1

Evolução do pHExperimento 01

4,0

5,0

6,0

7,0

8,0

9,0

10,0

                0 3 6 9        1        2

        1        5

        1        8

        2        1

        2        4

        2        7

        3        0

        3        3

        3        6

        3        9

        4        2

        4        5

Dias

   p   H

Testemunha

Trat. A

Trat. B

Trat. C

 

5/13/2018 COMPOSTAGEM 3 - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/compostagem-3 118/159

 

118

Analisando o GRÁFICO 5 relativo ao experimento 1, observa-se que o pH

inicial era ácido (pH=4.6), tendo subido de forma gradual ao longo do processo,

apresentando o comportamento típico esperado para o processo.

A evolução do pH foi uniforme para os três tratamentos. A testemunha teve

uma elevação inicial maior, porém a partir do 9° di a descreveu uma curva

semelhante a dos tratamentos, mantendo-se ligeiramente abaixo dos valores dos

mesmos.

KIEHL, 1998 afirma que com a compostagem há formação de ácidos

húmicos que reagem com os elementos químicos básicos, formando humatos

alcalinos e como consequência o pH do composto se eleva, à medida que o

processo se desenvolve, passando pelo pH neutro e alcançando o pH superior a 8,0.

Cerca de 98% do Nitrogênio da matéria orgânica está na forma orgânica e

pela compostagem ele transforma-se em Nitrogênio amoniacal, dando à massa em

decomposição um pH ainda mais elevado. Pela ação dos microrganismos

Nitrossomonas e Nitrobactérias o Nitrogênio amoniacal é transformado em nitrato

(NO2). O pH se eleva enquanto houver Nitrogênio amoniacal, alcalino, baixando um

pouco em seguida, quando este passar para a forma de nitrato. (KIEHL, 1998)

O GRÁFICO 6 apresenta a evolução do pH, no experimento 2, para a

testemunha.No experimento 2, o pH inicial era 4,3. A testemunha alcançou valor

superior, no menor período de tempo. Após o 9°dia os valores da testemunha e do

tratamento estiveram muito próximos até o 39° dia, quando a testemunha

apresentou queda, indicando que o Nitrogênio orgânico, estava mineralizado, sob a

forma de nitrato, conforme o esperado de acordo com Kiehl, 1998.

5/13/2018 COMPOSTAGEM 3 - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/compostagem-3 119/159

 

119

GRÁFICO 6-EVOLUÇÃO DO pH NO EXPERIMENTO 2

Evolução do pHExperimento 02

4,0

5,0

6,0

7,0

8,0

9,0

10,0

                0 3 6 9        1        2

        1        5

        1        8

        2        1

        2        4

        2        7

        3        0

        3        3

        3        6

        3        9

        4        2

        4        5

Dias

   p   H

TestemunhaTrat. A

 

O GRÁFICO 7 mostra o comparativo dos experimentos 1 e 2 para o mesmo

tratamento, considerando a aeração fornecida.

GRÁFICO 7-COMPARATIVO DE pH DOS EXPERIMENTOS 1 E 2 – PARA OMESMO TRATAMENTO

Experimento 01 x Experimento 02Tratamento A

Comparativo de pH

4,0

5,0

6,0

7,0

8,0

9,0

10,0

0 3 6 9 12 15 18 21 24 27 30 33 36 39 42 45

Período

   p   H

Exp. 01 (sem aeração)

Exp. 02 (com aeração)

 

5/13/2018 COMPOSTAGEM 3 - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/compostagem-3 120/159

 

120

Na análise do GRÁFICO 7 é possível observar que aeração influenciou

positivamente na evolução do pH, uma vez que o tratamento com aeração

apresentou pH superior, em grande parte do período analisado.

O composto aerado chegou ao pH neutro no 6°dia, e superior a 8, no 12°

dia. A partir do 36°dia o pH do composto aerado começou a baixar, indicando que

o nitrogênio, estava passando para a forma de nitrato, conforme preconiza Kiehl,

1998.

6.3. QUANTIDADE DE CHORUME GERADO

Chorume é o nome dado ao líquido escuro e de mau cheiro que escorre da

leira de composto em processo de compostagem.

A geração de chorume não é desejável, porém ele pode ser gerado pela

compostagem de material com excesso de umidade. (KIEHL, 1998)

Quando se analisa o GRÁFICO 8, verifica-se que o experimento 1 gerou

grande quantidade de chorume. Este fato é explicado porque o experimento 1 foi

realizado em caixas plásticas, com abertura somente na tampa, propiciando a

retenção da água eliminada pelo trabalho dos microrganismos, em forma de vapor,

que ao encontrar as paredes da caixa escorriam para dentro do recipiente.

Seguindo com análise do GRÁFICO 8 observa-se que a testemunha gerou

1,900 litros de chorume para 35 litros de material a compostar, representando a

menor quantidade gerada. Quanto aos tratamentos, o tratamento C foi o que

apresentou a menor geração do líquido.

5/13/2018 COMPOSTAGEM 3 - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/compostagem-3 121/159

 

121

GRÁFICO 8-GERAÇÃO DE CHORUME NO EXPERIMENTO 1

Experimento 01

Geração de Chorume

1900

2310 22602157

0

500

1000

1500

2000

2500

Testemunha Tratamento A Tratamento B Tratamento C

Experimento

   V  o   l  u  m  e   (  m   l   )

 

Quantidade de chorume em ml

O experimento 2 foi realizado em caixas vazadas, o que permitiu uma

aeração superior à do experimento 1, isto possibilitou uma geração de chorume

desprezível, quando comparada ao primeiro experimento, conforme ser mostrado

no GRÁFICO 9

5/13/2018 COMPOSTAGEM 3 - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/compostagem-3 122/159

 

122

GRÁFICO 9-COMPARATIVO GERAÇÃO DE CHORUME ENTRE OSEXPERIMENTOS 1 E 2

Experimento 01 x Experimento 02

Geração de Chorume

não aerado

1900

não aerado

2157

aerado170

aerado120

0

500

1000

1500

2000

2500

Testemunha Exp A

Experimento

   V   o   l   u   m   e   (   m   l   )

 

6.4. DENSIDADE E PESO ESPECÍFICO APARENTE

Não foram observadas grandes variações, conforme pode é mostrado nas

tabelas a seguir:

TABELA 16-VALOR DAS DENSIDADES E PESOS ESPECÍFICOS APARENTEOBTIDOS NO EXPERIMENTO 1

PARÂMETRO Resíduo

‘in natura”

Composto

(Testemunha)

Composto

Trat. A

Composto

Trat. B

Composto

Trat. CDensidade (kg/l) 0,429 0,458 0,417 0,444 0,514

Peso Específico

Aparente (kg/m3)

429 458 417 444 514

5/13/2018 COMPOSTAGEM 3 - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/compostagem-3 123/159

 

123

TABELA 17-VALOR DAS DENSIDADES E PESOS ESPECÍFICOS APARENTEOBTIDOS NO EXPERIMENTO 2

PARÂMETRO Resíduo

‘in natura”

Composto

(Testemunha)

Composto

Trat. A

Densidade (kg/l) 0,429 0,545 0,5

Peso Específico

Aparente (kg/m3)

429 545 500

Nos dois experimentos a densidade ficou abaixo do recomendado pelo

MAPA, que é 0,60 kg/L.

6.5. DETERMINAÇÃO DO TEOR DE UMIDADE, MASSA SECA, CAPACIDADE

DE RETENÇÃO DE ÁGUA PARA O EXPERIMENTO 1

Os teores de umidade são considerados altos no início e no fim do processo

de compostagem do experimento 1, conforme pode ser observado na tabela aseguir:

TABELA 18-DETERMINAÇÃO DO TEOR DE UMIDADE, MASSA SECA ECAPACIDADE DE RETENÇÃO DE ÁGUA

PARÂMETRO Resíduo

‘in natura”

Composto

(Testemunha)

Composto

Trat. A

Composto

Trat. B

Composto

Trat. C

Teor de Umidade (%) 80 68 66 68 65

Massa Seca (%) 20 32 34 32 35

Capacidade de

Retenção de Água (%)

401 209 190 208 185

O teor de umidade das caixas de compostagem foi fortemente condicionado

pelas condições ambientais que ocorreram durante grande parte do período de

compostagem.

5/13/2018 COMPOSTAGEM 3 - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/compostagem-3 124/159

 

124

GRÁFICO 10-TEMPERATURA E UMIDADE REGISTRADAS EM CURITIBA NOMÊS DE MARÇO/2010

TEMPERATURAS E UMIDADE REGISTRADAS

0

5

10

15

20

25

30

35

     1     1  -    m    a    r

     1     4  -    m    a    r

     1     7  -    m    a    r

     2     0  -    m    a    r

     2     3  -    m    a    r

     2     6  -    m    a    r

     2     9  -    m    a    r

Datas

    T   e   m   p   e   r   a    t   u   r   a

0

20

40

60

80

100

120

    U   m    i    d   a    d   e

Temperatura °C Umidade %

 

FONTE: Simepar

No período analisado, a umidade relativa do ar variou de 72 a 98% e as

temperaturas de 19°C a 23°C. As condições ambientai s, mostradas no GRÁFICO 10

não contribuíram para a perda da água gerado pelo metabolismo microbiano. Os

mesmos fatores de influência foram descritos por REIS, 2005.

A umidade dos substratos sólidos das caixas de compostagem permaneceu

na faixa dos 65% aos 80% , portanto não adequado ao processo de biodegradação.

O gráfico abaixo ilustra a interferência, direta do clima sobre as caixas

compostoras, durante o primeiro experimento.

5/13/2018 COMPOSTAGEM 3 - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/compostagem-3 125/159

 

125

GRÁFICO 11-UMIDADE VERIFICADA NO EXPERIMENTO 1

Os dados referentes ao segundo experimento são apresentados pela tabela

e gráficos a seguir:

Na TABELA 19 são apresentados os resultados relacionados ao teor de

umidade, massa seca e capacidade de retenção de água, para o segundo

experimento. É possível observar que os valores encontrados foram similares aos

obtidos no experimento 1.

TABELA 19-DETERMINAÇÃO DO TEOR DE UMIDADE, MASSA SECA ECAPACIDADE DE RETENÇÃO DE ÁGUA PARA O EXPERIMENTO 2

PARÂMETRO Resíduo

‘in natura”

Composto

(Testemunha)

Composto

Trat. A

Teor de Umidade (%) 83 69,5 67

Massa Seca (%) 17 30,5 33

Capacidade de

Retenção de Água (%)

487 228 204

GRÁFICO 12-UMIDADE VERIFICADA NO EXPERIMENTO 2

Observando o gráfico acima, é possível notar que inicialmente os resíduos

sofreram a interferência dos fatores ambientais, porém, em seguida, percebe-se

5/13/2018 COMPOSTAGEM 3 - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/compostagem-3 126/159

 

126

que houve a instalação de um clima mais seco e aliado a maior aeração recebida, o

experimento passou a um teor de quantidade de água considerado bom, mesmo

tendo no início da compostagem maior percentual de água.

6.6. GRANULOMETRIA

A Granulometria tende a ser reduzida durante o processo de compostagem.

No início dos experimentos, a granulometria de partida para os tratamentos

e para a testemunha foi semelhante. As amostras foram retiradas dos resíduos

triturados, antes da distribuição dos tratamentos.

A TABELA 20 apresenta os valores em percentual dos resíduos retidos nas

peneiras, na fase de início do experimento 1, onde inicial é a condição dos resíduos

antes de submetidos ao processo de compostagem.

TABELA 20-GRANULOMETRIA – RESÍDUO ACUMULADO, SECO,EXPERIMENTO 1

Percentual Retido Por Peneira (%)

Inicial Final - 45 dias

Peneira(mm)

Test. =Original Test. Trat. A Trat. B Trat. C

50,00 4,64 0,00 0,00 0,00 0,0037,50 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

19,00 2,77 1,01 0,55 1,25 3,5112,50 11,52 1,59 1,33 3,08 1,949,50 10,53 2,12 1,27 1,35 2,484,75 26,78 18,42 11,91 15,75 15,702,36 12,41 21,69 22,38 37,86 22,221,18 29,55 47,52 52,96 32,13 46,82

<1,18 1,80 7,65 9,58 8,57 7,34

5/13/2018 COMPOSTAGEM 3 - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/compostagem-3 127/159

 

127

No experimento 1, o tratamento A apresentou a menor granulometria sendo,

portanto, o mais adequado, pois 84,92% das partículas ficaram com granulometria

menor ou igual a 2,36mm.

No experimento 2, o resíduo que recebeu o tratamento apresentou

resultados próximos àquele que não recebeu a adição do biodegradador, conforme

pode ser observado na TABELA 21.

TABELA 21-GRANULOMETRIA – RESÍDUO ACUMULADO, SECO,

EXPERIMENTO 2Percentual Retido Por Peneira (%)

Inicial Final - 45 dias

Peneira(mm)

Test. =Original Test. Trat. A

50,00 0,00 0,00 0,0037,50 0,00 0,00 0,0019,00 4,27 7,57 5,1912,50 12,11 12,31 12,69

9,50 9,62 6,98 4,204,75 35,71 30,65 34,572,36 18,08 22,72 23,581,18 13,00 13,73 13,19

<1,18 7,21 6,04 6,59

6.7. VOLUME MÁSSICO

O rendimento final da compostagem ficou dentro do esperado para os dois

experimentos.

O rendimento final da compostagem é da ordem de 30% a 50% do volume

inicial, dependendo do material de origem e teor de umidade. ( KIEHL, 1998)

O resultado do balanço mássico do experimento 1 é apresentado na

TABELA 22 e GRÁFICO 13.

5/13/2018 COMPOSTAGEM 3 - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/compostagem-3 128/159

 

128

TABELA 22- MASSA INICIAL, MASSA FINAL, DIFERENÇA E PERCENTUAL DEREDUÇÃO OBTIDOS NOS TRATAMENTOS DE COMPOSTAGEM

Tratamento Massa

Inicial(kg)

Massa

Final(kg)

Rendimento

(%)

Diferença

(kg)

Percentual

deRedução

(%)

Testemunha 15 5,5 36,67 9,50 63,33

Tratamento A 15 5,0 33,33 10,00 66,67

Tratamento B 15 5,0 33,33 10,00 66,67

Tratamento C 15 6,17 41,13 8,83 58,87

GRÁFICO 13-BALANÇO MÁSSICO - EXPERIMENTO 1

Balanço Mássico - Experimento 01

   1   5 ,   0

   0

   1   5 ,   0

   0

   1   5 ,   0

   0

   1   5 ,   0

   0

   7 ,   0

   0

   6 ,   6

   7

   6 ,   6

   7

   6 ,   6

   7

   5 ,   5

   0

   5 ,   0

   0

   5 ,   3

   3   6 ,   1

   7

0

2

4

6

8

10

12

14

16

Testemunha Trat. A Trat. B Trat. C

Experimentos

   P  e  s  o   (   k

  g   )

Dia 1

Dia 30

Dia 45

 

O resultado do balanço mássico do experimento 2 é apresentado na

TABELA 23 e no GRÁFICO 14.

5/13/2018 COMPOSTAGEM 3 - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/compostagem-3 129/159

 

129

TABELA 23-MASSA INICIAL, MASSA FINAL, DIFERENÇA E PERCENTUAL DEREDUÇÃO OBTIDOS NOS TRATAMENTOS DE COMPOSTAGEM

Tratamento Massa

Inicial(kg)

Massa

Final(kg)

Rendimento

(%)

Diferença

(kg)

Percentual

deRedução

(%)

Testemunha 15 6,0 40,00 9,00 60,00

Tratamento A 15 5,33 35,53 9,67 64,47

GRÁFICO 14-BALANÇO MÁSSICO - EXPERIMENTO 2

5/13/2018 COMPOSTAGEM 3 - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/compostagem-3 130/159

 

130

6.8. CARACTERÍSTICAS QUÍMICAS DOS RESÍDUOS E DO COMPOSTO

As análises químicas foram realizadas com os resíduos orgânicos sem

compostar, “in natura” e depois de 45 dias quando os resíduos já se encontravam

bioestabilizados.

As análises foram realizadas para os dois experimentos realizados.

6.8.1. Análise Química Do Experimento 1

A tabela abaixo apresenta os resultado das análises químicas realizadas

para os resíduos no momento em que foram colocados para compostar e após o

período de bioestabilização, aos 45 dias, para a testemunha e para os tratamentos

aplicados.

TABELA 24-LAUDO DE ANÁLISES QUÍMICAS – EXPERIMENTO 1Inicial

Parâmetro "in natura" Testemunha

TratamentoA

TratamentoB

TratamentoC

pH (CaCl2) 6,80 8,65 8,64 8,51 8,76 

M.O. (g.kg-1) 714,62 642,86 642,11 614,58 571,43 C (g dm-3) 97,51 95,19 86,91 92,98 88,84 P (mg.dm-3) 433,54 705,43 1.046,51 1.011,63 929,46 K (cmolc dm-3) 22,76 31,51 33,66 38,46 35,27 

Ca 4,59 3,54 3,60 3,46 4,62 Mg 4,82 2,00 3,10 3,95 1,44 Al 0,84 - - - - H+Al 2,95 1,12 1,21 1,30 1,12 SB 32,17 37,05 40,35 45,88 41,33 T 35,12 38,17 41,56 47,18 42,45 V % 91,60 97,10 97,10 97,20 97,40 m 2,60 - - - - 

45 dias

 

Metodologias utilizadas: C - Walkley e Black; P e K - Mehlich 1; Ca, Mg e Al - KCl; H + Al - Índice pH

SMP. SB= Soma de bases trocáveis; T= CTC a pH 7,0; V %= Porcentagem de saturação de

bases da CTC a pH 7,0; m % = Porcentagem de saturação de alumínio.FONTE: Laudo de análises químicas realizado pela PUC-São José dos Pinhais

5/13/2018 COMPOSTAGEM 3 - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/compostagem-3 131/159

 

131

Interpretando os resultados temos:

pH

A medição foi realizada com solução de cloreto de cálcio 0,01 molar, que é a

metodologia oficial da legislação brasileira.

A análise demonstrou diferença significativa no pH, na comparação do

resíduo “in natura”, 6,80 com o composto bioestabilizado, 8,76.

Segundo Kiehl, 1998 são admitidos valores superiores a 6,0 para que o

composto seja considerado curado, sendo o valor ideal, entre 8,0 e 9,0.

Nos tratamentos aplicados as diferenças foram pequenas, porém o melhor

resultado foi o apresentado pelo tratamento C.

Matéria Orgânica (MO)

A matéria orgânica baixou após o período de compostagem.

O fato era esperado.

Segundo Kiehl, 1998, este componente durante a compostagem sofre o

processo de mineralização, diminuindo à medida que a degradação ocorre. No finalda compostagem têm-se nutrientes minerais e húmus.

O melhor resultado foi obtido pelo tratamento C.

Carbono (C)

5/13/2018 COMPOSTAGEM 3 - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/compostagem-3 132/159

 

132

Os valores de Carbono, segundo Kiehl, 1998 devem baixar à medida que

ocorre a metabolização da matéria orgânica devido a ação dos microrganismos.

O tratamento C, segundo o critério acima, foi o melhor.

Fósforo (P)

A degradação da matéria orgânica mineralizou o Fósforo, por isso, o seu

teor aumentou no composto bioestabilizado.

O Melhor resultado foi obtido com o Tratamento A.

K (Potássio)

É esperado o aumento no teor de Potássio devido a mineralização da

matéria orgânica.

O melhor resultado foi obtido com o Tratamento B.

5/13/2018 COMPOSTAGEM 3 - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/compostagem-3 133/159

 

133

Cálcio (Ca)

A matérias primas cruas tinham um teor de Cálcio maior e um pH

ligeiramente ácido.

POLETTO, 2008 afirma que os teores de Cálcio e Magnésio atuam

expressivamente na saturação das bases, por isso, é possível durante o processo

de degradação da matéria orgânica, o Cálcio tenha sido utilizado para aumentar o

pH.

Considerando o critério acima citado, o melhor resultado foi apresentado

pelo Tratamento B, pois significa que a degradação está em estágio mais adiantado.

Magnésio (Mg)

As funções bioquímicas e fisiológicas do Mg2+ incluem reações de

transferência de energia envolvendo grupos fosfato-reativos e agindo como co-fator

de muitas enzimas. (POLETTO, 2008)

Considerando que o Magnésio possa ter sido consumido por ter atuado

como co-fator enzimático ou na saturação das bases, o melhor resultado foi o

Tratamento C.

Alumínio (Al)

O alumínio apresenta um efeito de toxidez nas plantas, reduzindo o

desenvolvimento das raízes. (POLETTO,2008)

É desejável a sua redução.

5/13/2018 COMPOSTAGEM 3 - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/compostagem-3 134/159

 

134

O Cálcio e o Magnésio, além de aumentar o pH, diminuem os teores de

Alumínio e a saturação por Alumínio. (POLETTO,2008)

Todos os tratamentos apresentaram o resultado esperado.

H+Al (Potencial de Acidez)

Diminuiu tornando a reação básica, após o consumo do Cálcio e do

Magnésio.

Os melhores resultados foram obtidos pela Testemunha e pelo Experimento

C.

SB (Saturação de Base)

É a prova da saturação das bases .

O aumento no número é considerado positivo porque aumenta a

disponibilidade de nutrientes, dessa forma o melhor resultado foi apresentado pelo

Tratamento B.

T= Capacidade de Troca Catiônica (CTC)

Segundo Kiehl, 1998 a capacidade de troca catiônica origina-se e aumenta

com a decomposição da matéria orgânica. À medida que se forma o húmus,

componente responsável pela adsorção de nutrientes catiônicos (Nitrogênio

Amoniacal, Potássio, Cálcio, Magnésio, Ferro, Zinco, Manganês e Cobre), aumenta

a capacidade de troca do resíduo orgânico. A Adsorção é um fenômeno físico-

5/13/2018 COMPOSTAGEM 3 - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/compostagem-3 135/159

 

135

químico, havendo uma retenção eletrostática de cátions pelas micelas coloidais. O

húmus é um colóide eletronegativo, contendo cargas negativas que serão

balanceadas por cátions de cargas positivas.

Kiehl, 1998 considera que um bom composto deve apresentar uma CTC

entre 60 e 80 cmolcdm-3.

O melhor resultado foi alcançado com o Tratamento B.

6.8.2. Análise Química Do Experimento 2

O laudo dos resultados das análises químicas são apresentados na tabela

abaixo:

TABELA 25-LAUDO DE ANÁLISES QUÍMICAS – EXPERIMENTO 2Inicial

Parâmetro "in natura" TestemunhaTratamento

A

pH (CaCl2) 5,35 8,86 8,90 

M.O. (g.kg-1) 787,16 707,07 591,84 C (g dm-3) 88,94 95,19 92,98 P (mg.dm-3) 440,71 967,28 987,82 K (cmolc dm -3) 9,51 36,42 38,67 Ca 6,72 3,41 3,13 Mg 3,14 2,92 3,57 Al 1,12 - - H+Al 4,96 1,12 1,12 

SB 19,27 42,75 45,37 T 24,33 43,87 46,49 V % 79,60 97,40 97,60 m 5,50 - - 

45 dias

 Metodologias utilizadas: C - Walkley e Black; P e K - Mehlich 1; Ca, Mg e Al - KCl; H + Al - Índice pH

SMP. SB= Soma de bases trocáveis; T= CTC a pH 7,0; V %= Porcentagem de saturação de

bases da CTC a pH 7,0; m % = Porcentagem de saturação de alumínio.

FONTE: Laudo de análises químicas realizado pela PUC-São José dos Pinhais

5/13/2018 COMPOSTAGEM 3 - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/compostagem-3 136/159

 

136

Interpretando os resultados temos:

Os critérios adotados para a avaliação do experimento 2 foram os mesmos

adotados para o experimento 1.

pH

A análise demonstrou diferença no pH, na comparação do resíduo “in

natura”, pH 5,35 com o composto bioestabilizado, pH 8,90.

Matéria Orgânica (MO)

Houve menor consumo de matéria orgânica na amostra testemunha,

indicando pequena evolução.

O tratamento foi significativamente mais eficiente na degradação da matéria

orgânica.

Carbono (C)

Ocorreu um aumento do Carbono, esse fato não era esperado. Não foi

possível justificar o fato com base nos trabalhos pesquisados.

5/13/2018 COMPOSTAGEM 3 - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/compostagem-3 137/159

 

137

Fósforo (P)

O Resultado apresentado pelo tratamento A foi ligeiramente superior à

testemunha.

K (Potássio)

O melhor resultado do tratamento A foi superior ao obtido pela testemunha.

Cálcio (Ca)

O resultado apresentado pelo tratamento A foi melhor.

Magnésio (Mg)

A testemunha apresentou melhor desempenho.

Alumínio (Al)

As duas amostras atenderam ao esperado pela literatura.

H+Al (Potencial de Acidez)

As duas amostras tiveram igual resultado.

5/13/2018 COMPOSTAGEM 3 - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/compostagem-3 138/159

 

138

SB (Saturação de Base)

O tratamento A apresentou melhor resultado.

T= Capacidade de Troca Catiônica (CTC)

O melhor resultado foi alcançado com o Tratamento A.

Na comparação do tratamento adotado no experimento 1 e 2 verifica que a

aeração influenciou discretamente nos parâmetros: pH, nos teores de Fósforo,

teores de Potássio, teores de Cálcio, na Saturação de bases e na capacidade de

troca catiônica.

Os resultados em relação ao Alumínio ao Potencial de Acidez foram os

mesmos.

Em relação a degradação da Matéria Orgânica o melhor resultado dói obtido

no experimento sem aeração.

5/13/2018 COMPOSTAGEM 3 - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/compostagem-3 139/159

 

139

7. CONCLUSÃO

O uso dos biodegradadores representou ganhos no processo de

compostagem. Os resíduos orgânicos vegetais e as palhas de capim codispostos

em compostagem que receberam a adição dos microrganismos apresentaram

indicadores mais favoráveis de degradação.

A mistura de resíduos com características diferenciadas favorece a

compostagem gerando um equilíbrio da umidade, dos nutrientes, da relação C/N e

favorece estruturação física da leira de compostagem. Há necessidade de se buscar

a proporção dos materiais mais adequada para se evitar os problemas encontrados

no decorrer deste trabalho e também como forma de possibilitar a adequação do

composto como fertilizante agrícola, atendendo as exigências legais do Ministério da

Agricultura, Pecuária e Abastecimento.

Este experimento comprovou que existe a necessidade de controlar a

umidade dos resíduos antes de se iniciar o processo de compostagem. Há

necessidade de se estudar uma alternativa que possibilite a redução dos teores de

umidade dos resíduos de frutas e verduras para que a condição ideal de umidade

para início da compostagem seja atingida.

O tamanho das caixas utilizadas nos experimentos prejudicou o controle

das variáveis do processo, porém é possível adotar o uso dos produtos aqui

avaliados em condições de campo, desde que respeitados os tamanhos mínimos de

leiras recomendadas na literatura, para a tecnologia adotada.

Os fatores climáticos afetaram as trocas físicas, químicas e biológicas dos

resíduos durante o período de compostagem. Para minimizar os problemas

decorrentes das condições ambientais, há necessidade de se aumentar o tamanho

das leiras.

5/13/2018 COMPOSTAGEM 3 - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/compostagem-3 140/159

 

140

8. BIBLIOGRAFIA

ALBUQUERQUE, T C. et al. Compostagem de Resíduos Orgânicos Gerados naEmbrapa-Roraima. Congresso Brasileiro de Resíduos Orgânicos . [S.I.] 2009.

ALLGANER, Kallen; DE PAOLI, Marco-Aurélio; SPINACÉ, Márcia Aparecida Silva.Gerenciamento De Resíduos Sólidos Em Unidade De Posto Revendedor De Combustíveis . UNICAMP, Campinas, SP, 2006. Disponível emhttp://www.lpcr.iqm.unicamp.br/. Acesso em 23 mar 2010

ANDREOLI, C.V.; BACKES, S.A.; CHERUBINI, C. Avaliação Do Processo De Compostagem Utilizando Podas Verdes E Resíduos Do Saneamento . AnaisFERTBIO 2002, Rio de Janeiro,2002.

AZEVEDO, Jeferson de, Estudo Ambiental/Econômico Do Composto Orgânico Do Sistema De Beneficiamento De Resíduos Sólidos Urbanos Da Usina De Irajá,Município do Rio De Janeiro , Dissertação (Mestrado em Geociências). UniversidadeFederal Fluminense. Niterói, 2000.

ARAUJO, Fábio Fernando de. Inoculação De Sementes Com Bacillus Subtilis,Formulado Com Farinha De Ostras E Desenvolvimento De Milho, Soja E Algodão .Revista Ciência e Agrotecnologia. UNOESTE. Vol. 32. No 2. Presidente Prudente,SP. Mar/Abr 2008.

BELLO, José Luiz de Paiva. Metodologia Científica: Manual para Elaboração de Textos Acadêmicos, Monografias, Dissertações e Teses . Universidade Veiga deAlmeida-UVA, Rio de Janeiro, 2005. Disponível emhttp://www.pedagogiaemfoco.pro.br. Acesso em 24 de fev de 2010.

BERTOLDO, Glauco. Reciclagem de Resíduos: Política, Legislação e Padrões –Uso Agrícola, 1º Seminário de Grandes Geradores de Resíduos Sólidos da RMC ,CREA-PR, 2009. Disponível em http://www.crea-pr.org.br. Acesso em 20 de fev de2010.

BIODEGRADAÇÃO da Compostagem. Portal do Agronegócio. Disponível em

http://www.portaldoagronegocio.com.br/conteudo.php?id=23208). Acesso em 14 marde 2010.

BONATTI, Tais Rondello. Ocorrência De Cistos De Giárdia Spp., Oocistos DeCryptosporidium Ssp. E Ovos Da Família Ascarididade Em Amostras De Lodo DeEsgoto. Dissertação (Mestrado em Parasitologia). Universidade Estadual DeCampinas. Campinas, 2007.

BRUNI, Vinicius Costa. Avaliação Do Processo Operacional De CompostagemAerada De Lodo De Esgoto E Poda Vegetal Em Reatores Fechados. 2005.Dissertação (Mestrado em Engenharia de Recursos Hídricos e Ambiental) .

Universidade Federal do Paraná. Curitiba, 2005.

5/13/2018 COMPOSTAGEM 3 - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/compostagem-3 141/159

 

141

BÜTTENBENDER, Sandro Edésio. Avaliação da Compostagem da Fração Orgânciados Resíduos Sólidos Urbanos Provenientes da Coleta Seletiva Realizada noMunicípio de Angelina - SC, 2004. Disponível emhttp://www.tede.ufsc.br/teses/PGEA0192. Acesso em 20 mar 2010.

CARLI, Salete Terezinha. Geração de Resíduos Sólidos no CEASA-Curitiba . 2010.10 fotografias coloridas.

CARLI, Salete Terezinha. Visita Técnica na Organoeste  - Contenda  2010. 5fotografias coloridas.

CARLI, Salete Terezinha. Documentação dos Experimentos  - Curitiba  2010. 12fotografias coloridas.

CASTILHOS JUNIOR, A. B. de. et al. Resíduos Sólidos Urbanos. ABES/RIMA. Rio

de Janeiro, 2003.CEASA S/A, Página Oficial. Disponível em http://www.ceasa.pr.gov.br, Acesso em24 de fev de 2010.

CERRI, Carlos Eduardo P. et al. Compostagem , USP-ESALQ. Piracicaba, 2008.

CITIZENDIUM. Pseudomonas Putida . Citzendium - The Citizens Compendium.Disponível em http://en.Citizendium.org/wiki/Pseudomonas_putida. Acesso em 15mar 2010.

COELHO, Fábio Cunha. Manual Técnico, 03 , Programa Rio Rural . Niterói: 2008.Disponível emhttp://www.pesagro.rj.gov.br/downloads/riorural/03%20Composto%20Organico.pdf,Acesso em 18 mar 2010.

COMPOSTAGEM na ESALPL. Disponível emhttp://www.ci.esapl.pt/mbrito/compostagem/Manual-compostagem.htm. Acesso em18 nov. 2009.

COMUNICADO TÉCNICO Nº 50, Embrapa, Dez. 2001, p.1-10. Disponível emhttp://www.cnpab.embrapa.br/publicacoes/download/cot050.pdf. Acesso em 20 mar2010

CONSORCIO, 2008 www.curitiba.pr.gov.br - Consórcio Intermunicipal – Protocolo deIntenções e Plano de Gerenciamento do Tratamento e Destinação Final de Resíduos

CONSÓRCIO MUNICIPAL PARA GESTÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS,Plano de Gerenciamento do Tratamento e Destinação de Resíduos Sólidos ,Prefeituras dos municípios da Região Metropolitana de Curitiba. Disponível emhttp://www. iap.org.br. Acesso em 26 de fev de 2010.

CRQ - Conselho Regional de Química 4ª Região. Disponível emhttp://www.crq4.org.br. Acesso em 15 abr 2010.

EPA - United Environmental Protection Agency. Bacillus Licheniformis Final RiskAssessment. Feb, 1997. Disponível em http:www.epa.gov. Acesso em 15 mar 2010.

5/13/2018 COMPOSTAGEM 3 - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/compostagem-3 142/159

 

142

EPA - United Environmental Protection Agency. Bacillus pumilus strain GB 34(006493) Fact Sheet . Mar, 2003. Disponível em http:www.epa.gov. Acesso em 15mar 2010.

FERNANDES, Fernando; SILVA, Sandra Márcia Cesário Pereira da. Manual Prático para a Compostagem de Biossólidos . PROSAB, UEL: Londrina, 1999. Disponível emhttp://www.finep.gov.br/Prosab/livros/Livro%20Compostagem.pdf. Acesso em 23 mar2010

FRANCHETTI, Sandra Mara Martins; MARCONATO, José Carlos. Química Nova.Vol. 29, No. 4, p. 811-816, 2006.

FRANCHETTI, Sandra Mara Martins; MARCONATO, José Carlos. Polímeros Biodegradáveis – Uma Solução Parcial Para Diminuir A Quantidade Dos Resíduos Plásticos. Departamento de Bioquímica e Microbiologia, Universidade Estadual

Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, Rio Claro. 2006.FRANZINI, Vinicius Ide. MONTEIRO, Regina Teresa Rosim. Introdução às CiênciasBiológicas. Apresentação em Powerpoint. Disponível em http://www.esalq.usp.br.Acesso em 28 nov. 2009.

GENOME. Pseudomonas Fluorescens. Genome Projects. Disponível emhttp://genome.jgi-psf.org/psefl/psefl.home.html. Acesso em 12 mar 2010.

GLOSSÁRIO EMBRAPA. Glossário Ambiental. Embrapa Monitoramento por Satélite.Campinas, SP. Disponível em

http://www.biodiversidade.cnpm.embrapa.br/glossario/letra_A.html. Acesso em 25mar 2010

GODOY, HELDER. Notas de Aula- Disciplina de Ciência do Solo. UTP. Curitiba,2009.

HEIDEMANN, Bárbara R. et al. Compostagem Acelerada: Análise Microbiológica doComposto. Revista Brasileira de Ciências Ambientais n 5. Cubatão, SP, dez, 2006.

HOPPE, Juarez Martins et al. Relatório de Pesquisas. Centro Tecnológico deSilvicultura – Engenharia Florestal. UFSM. Santa Maria, 2005

KIEHL, Edmar. Manual de Compostagem Maturação e Qualidade do Composto . Ed.Ceres. Piracicaba, 1998.

LARSEN, Rachel. The genus Bacillus licheniformis . Disponível emhttp://microbewiki.kenyon.edu/index.php/MicrobeWiki. Keynon College. Acesso em13 mar 2010.

LAZARETTI, Eduardo. Revista Meio Ambiente Industrial. São Paulo. v. 15(14). p.44-45, set/out,1998.

MAGRINI, Flaviane Eva. Avaliação Microbiológica, Macro E Micronutrientes De Diferentes Fases De Maturação Do Biofertilizante Bokashi . Universidade De CaxiasDo Sul, Centro De Ciências Agrárias e Biológicas. Caxias do Sul, 2008.

5/13/2018 COMPOSTAGEM 3 - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/compostagem-3 143/159

 

143

MARCIANO, Lilian Soares; SOARES, Marcos Antonio; BARRETO, Bianca Pellucci.Seleção de microrganismos do solo produtores de enzimas de interesse industrial.  Fundação Comunitária de Ensino Superior de Itabira – MG. Disponível emhttp://www.webartigos.com. Acesso em 28 nov. 2009.

MARIA, José C. Palestra Organoeste Biotecnologia, 1º Seminário de Grandes Geradores de Resíduos Sólidos da RMC , CREA-PR, 2009. Disponível emhttp://www.crea-pr.org.br. Acesso em 20 de fev de 2010

MARIA, José C. (Resp. Técnico da Organoeste). Entrevista concedida a Salete Terezinha Carli . Contenda, 16 mar. 2010.

MAYER, Flávio Dias; HOFFMAN, Ronaldo; RUPPENTHAL, Janis E. Gestão Energética, Econômica e Ambiental do Resíduo Casca de Arroz em Pequenas e Médias Agroindústrias de Arroz , XIII SIMPEP. Bauru, 2006. Disponível em

.http://mungoverde.blogspot.com/2009/10/casca-de-arroz-carbonizada.html. Acessoem 09 abr de 2010.

MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PARANÁ. Disponível emhttp://www.meioambiente.caop.mp.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=200. Acesso em 22 abr 2010.

MONTEIRO, José Henrique Penido. Manual Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos . Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM , Rio de Janeiro,2001.

NICKEL, Rosiane. Avaliação Da Água Boricada Para Aplicações Oftalmológicas,2005. Dissertação (Mestrado em Tecnologia da Saúde). PUC-PR. Curitiba, 2005.

OLIVEIRA, Arlene Maria Gomes; AQUINO, Adriana Maria de; CASTRO NETO,Manoel Teixeira de. Circular Técnica 76, Compostagem Caseira de Lixo Orgânico Doméstico . Cruz das Almas: EMBRAPA, 2005http://www.cnpmf.embrapa.br/publicacoes/circulares/circular_76.pdf, Acesso em 14mar 2010.

OLIVEIRA, Selene. Compostagem:Vermicompostagem. Apostila elaborada para ocurso de Zootecnia da UNESP/fca- Depto de Recursos Naturais, Campus de

Botucatu. Botucatu: UNESP, 2001 Disponível emhttp://www.darwinnet.org/docs/Compostagem___Vermicompostagem.pdf. Acessoem 16 mar 2010

OSAKI, Flora. Distribuição Espacial de Microrganismos e Fertilidade em Solos de Dois Ecossistemas Florestais : Floresta Ombrófila Mista e Povoamento Florestal comPinus Taeda L. em Tijucas do Sul-PR, UFPR. Curitiba: UFPR, 2008.

PARANACIDADE. Município de Campo Largo. Dados Gerais. Disponível emhttp://www.paranacidade.org.br/municipios/municipios.php?id_municipio=59. Acessoem 20 jun 2010.

PEREIRA NETO, J. T.; SANTANA FILHO, S.; CARDOSO, I. M. Utilização De Composto Orgânico De Lixo Urbano Na Recuperação De Áreas Degradadas . 19ºCongresso Brasileiro de Engenharia Sanitária e Ambiental, 1996.

5/13/2018 COMPOSTAGEM 3 - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/compostagem-3 144/159

 

144

POLETTO, Igor. Nutrição, Sombreamento E Antagonismo Biológico No Controle Da Podridão-De-Raízes Da Erva-Mate . Universidade Federal De Santa Maria, Santa-Maria, RS. IGOR POLETTO, 2008)

POLIDORO, Gil Fernando Bueno, Gestão de Resíduos Sólidos . Prefeitura Municipalde Curitiba, Secretaria Municipal do Meio Ambiente. Disponível emhttp://www.curitiba.pr.gov.br/servicos/MeioAmbiente. Acesso em 05 mar 2010.

PROCESSAMENTO de Resíduos Sólidos Urbanos – ReCESA, 2007http://vsites.unb.br/ft/enc/recursoshidricos/NURECO/arq/PRSO/PRSO.pdf. Acessoem 19 mar 2010

QUADROS FILHO, Leonardo. (Resp. Técnico pela Unidade de Bituruna- IAP-PR).Entrevista concedida a Salete Terezinha Carli . Bituruna, 17 abr 2010.

REIS, Mariza Fernanda Power, Avaliação do Processo de Compostagem de Resíduos Sólidos Urbanos. Dissertação(Doutorado em Engenharia de RecursosHídricos e Saneamento Ambiental) UFRS, 2005.

RESSETI, Robinson Rolim. Thomas Soccol, Vanete. Kaskantzis Neto, Georges.Aplicação Da Vermicompostagem No Controle Patogênico Do Composto De Lodo De Esgoto . Revista Técnica da SANEPAR, Curitiba. v 12, n 12, jul/dez,1999.

SANTOS, Clarice. (Gerente da Assessoria da Presidência e Coordenadora do Meio Ambiente do CEASA-CURITIBA). Entrevista concedida a Salete Terezinha Carli .Curitiba, 04 mar. 2010.

SILVA, Claudio Aparecido da. MICROBIOLOGIA - Notas de Aula. Disponível emhttp://www.cetes.com.br/professor/claudio/microbiologia.pdf. Acesso em 15 abr2010.

SILVA, Janie Garcia da; EIGENHEER, Emílio Maciel; RODRIGUES, Diogo da Costa.Produção e aproveitamento de composto orgânico a partir de resíduos de origemvegetal no Campus Da Universidade Federal Fluminense / Niterói-Rj. CONGRESSONACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO DO CONHECIMENTO PARA ASUSTENTABILIDADE, 5, 2009, Niterói.

SIMONETI, Marilza de Fátima , Inativação Térmica De Ovos De Helmintos Em Água E Em Biossólido Digerido: - Cinética Em Reator Batelada E Modelagem Matemática Em Reator Tubular . Dissertação(Doutorado em Engenharia Sanitária). EscolaPolitécnica da Universidade de São Paulo. São Paulo, 2006.

SOUZA, Francimara Costa de et al. Avaliação da Compostagem Mesofílica em Escala Real . In: CONGRESSO DE ENGENHARIA SANITÁRIA AMBIENTAL, 2002.México. Anais... Disponível em http://www.bvsde.paho.org/bvsaidis/mexico26/iv-009.pdf. Acesso em 22 de fev de 2010.

SPIEGEL, Murray Ralph. Estatística. Coleção Schaum. McGraw-Hill. São Paulo,

1977. p. 401, 406.

5/13/2018 COMPOSTAGEM 3 - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/compostagem-3 145/159

 

145

SUSZEK Morgana, Efeitos Da Inoculação Na Compostagem E Vermicompostagem De Resíduos Sólidos Verdes Urbano , Dissertação(Pós-Graduação Em EngenhariaAgrícola). UNIOESTE. Cascavel, 2005.

SMMA. Termo De Referência Para A Elaboração De Planos De Gerenciamento De Resíduos Sólidos – PGRS. Prefeitura Municipal de Curitiba, Secretaria Municipal doMeio Ambiente. Disponível emhttp://www.curitiba.pr.gov.br/servicos/MeioAmbiente/legislacoes/pgrs.pdf. Acesso em05 mar 2010.

TOCCHETTO, Marta. Curso de Química Industrial. Universidade Federal De SantaMaria. Santa Maria, RS. Disponível em hhtp://www.marta.tocchetto.com. Acesso em08 de mar de 2010.

TODAR, Kenneth. The Genus Bacillus. TODAR'S, Online Textbook of Bacteriology.

Disponível em http://www.textbookofbacteriology.net/Bacillus.html. Acesso em 12mar 2010.

TRABULSI, Luiz Rachid. Microbiologia , 2 ed. São Paulo: Atheneu, 1996. p. 171-173.

UNICAMP. Disponível emhttp://www.fem.unicamp.br/~em313/paginas/person/lavoisie.htm. Acesso em 25 mar2010

WELLENS, Louis. (Eng. Agrônomo participante da ONG Professor Sem Fronteira.Diretor do Centro Ecológico Terra Viva). Entrevista concedida a Salete Terezinha 

Carli. Campo Largo, 06 mar 2010.

5/13/2018 COMPOSTAGEM 3 - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/compostagem-3 146/159

 

146

9. GLOSSÁRIO

AÇÃO BIOQUÍMICA » Modificação química resultante do metabolismo deorganismos vivos.

ACIDEZ » Capacidade das águas em neutralizar compostos de caráter básico.

ACTINOMICETOS » Bactérias filamentosas, geralmente ramificadas, formandomicélios semelhantes aos fungos. Veivem, principalmente, no solo e possuem odorcaracterístico de "terra". Quando proliferam na água causam problemas de sabor eodor.

ADAPTABILIDADE » Capacidade das espécies de se ajustarem às alterações das

condições ambientais, desenvolvendo mecanismos que lhes permitam sobreviver edeixar descendência. Todas as espécies são adaptáveis, porém em grausdiferentes, de acordo com a constituição genética.

ADAPTAÇÃO » Modificação induzida em um microrganismo pelo meio exterior.

ADSORÇÃO » Adsorção é o nome do fenômeno em que as moléculas de um fluídoentram em contato e aderem à superfície de um sólido. Por este processo, os gases,líquidos e sólidos, mesmo em concentrações muito pequenas, podem serseletivamente capturados ou removidos de uma corrente da ar, por meio demateriais específicos, conhecidos como adsorventes.

ADUBO OU FERTILIZANTES » Denominação de substâncias aplicadas pelo homemao solo para torná-lo mais produtivo. Pode ser orgânico (folha, estrume) ouinorgânico (cal, fosfato, etc).

AERÓBIO » Organismo para o qual a presença de oxigênio é indispensável à suasobrevivência.

AEROBIOSE » Vida em um meio em presença do oxigênio livre.

AGENDA 21 » Documento de planificação global para os últimos anos deste século

e o início do próximo milênio, elaborado durante a ECO/92, no Rio de Janeiro. Sãodiretrizes que estabelecem os princípios que norteiam o desenvolvimento sustentadoem várias áreas ambientais. A agenda 21 é uma proposta concreta de melhoria dequalidade de vida sem agressões à natureza, elaborada por cientistas,pesquisadores, políticos e representantes de ONG's.

AGENTE PATOGÊNICO » Agente capaz de provocar doenças.

ALCALINIDADE » Capacidade das águas em neutralizar compostos de caráterácido, propriedade esta devida ao conteúdo de carbonatos, bicarbonatos, hidróxidose ocasionalmente boratos, silicatos e fosfatos. É expressa em miligramas por litro ou

equivalentes de carbonato de cálcio.ALÓCTONE » Quem ou que veio de fora; que não é indígena da região; estrangeiro.

5/13/2018 COMPOSTAGEM 3 - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/compostagem-3 147/159

 

147

AMOSTRA » Porção representativa de água, ar, qualquer tipo de efluentes ouemissão atmosférica ou qualquer substância ou produto, tomada para fins de análisede seus componentes e suas propriedades.

AMOSTRAGEM » É um método indutivo de conhecimento de todo o universoestatístico, através de um número representativo de amostras aleatórias desseuniverso.

ANAERÓBIO » Condição a qual não existe disponível qualquer forma de oxigênio.

ANAEROBIOSE » Vida existente sob condições anaeróbias, isto é, num meio ondenão exista oxigênio livre.

APLICAÇÃO NO SOLO » O lançamento de despejos sobre o solo com a finalidadede tratá-los ou conseguir a sua recuperação.

AUTOTRÓFICOS » Seres vivos capazes de sintetizar o seu próprio alimento, comoocorre com os vegetais verdes, através da fotossíntese.

BACTÉRIAS » Organismos vegetais microscópicos, geralmente sem clorofila,essencialmente unicelulares e universalmente distribuídos.

BALANÇO ENERGÉTICO » Estudo que compara a energia que entra (em umsistema) no começo de um processo com a energia que sai ao seu final,considerando, ao mesmo tempo, as diferentes transformações que sofre a energiaao longo do mesmo.

BIOACUMULAÇÃO » Capacidade existente em determinados organismos deacumular certas substâncias tóxicas, como metais pesados, pesticidas, e outros.

BIODEGRADABILIDADE » Ver BIODEGRADAÇÃO.BIODEGRADAÇÃO »Destruição ou mineralização de matéria orgânica natural ou sintética, pormicrorganismos existentes no solo, água mineral ou em um sistema de tratamentode água residuária.

BIODEGRADÁVEL » Diz-se da substância que se decompõe facilmentereintegrando-se à natureza. Dejetos humanos são biodegradáveis, pois sofrem esteprocesso natural de reintegração. Muitos produtos industriais não o são, como osplásticos. Indústrias vêm trabalhando para desenvolver produtos biodegradáveis, porexemplo um tipo de plástico biodegradável.

BIOQUÍMICA » Ciência dos processos químicos conduzidos nos organismos vivos.

BIOTECNOLOGIA » Ciência multidisciplinar relacionada à aplicação integrada deconhecimento nos campos de biologia, bioquímica, genética, microbiologia eengenharia química (...) é o uso de microorganismos, plantas, células humanas oude animais para a produção de algumas substâncias em escala industrial.

CATALIZADOR » Substância que altera a velocidade das reações químicas semserem gastas.

5/13/2018 COMPOSTAGEM 3 - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/compostagem-3 148/159

 

148

CHORUME DO LIXO » Líquido escuro, malcheiroso, constituído de ácidosorgânicos, produto da ação enzimática dos microorganismos, de substânciassolubilizadas através das águas da chuva que incidem sobre o lixo. O chorume temcomposição e quantidade variáveis. Entre outros fatores, afetam sua composição o

índice pluviométrico e o grau de compactação das células de lixo.

CICLOS BIOGEOQUÍMICOS » Circulação na natureza de substâncias essenciais àrenovação, manutenção e reprodução dos organismos vivos. Os principais ciclossão os do Carbono (pelo qual átomos de carbono se incorporam em compostosorgânicos através da fotossíntese), do Nitrogênio (absorvido na forma de nitratos porplantas comidas por animais, produzindo excrementos contendo nitrato, que volta aosolo), da Água (evaporação, à chuva, e assim por diante), do Oxigênio, do Enxofre edo Fósforo.

COLETA SELETIVA DE RESÍDUOS OU LIXO » Separação de vidros, plásticos,

metais e papéis pela população para reutilização, ou reciclagem.

COLIFORMES » Bactérias ou seres unicelulares similares à Esterichia colli,presentes em expressivas quantidades nas fezes humanas e de outros animais. Apresença de coliformes na água é sinal de contaminação fecal, podendo causarmoléstias, como doenças de pele e hepatite.

COMPOSTAGEM » Processo de transformação de materiais orgânicos (lixo"úmido"), como restos de alimentos, em um fertilizante denominado composto, quetem a vantagem de melhorar a propriedades de retenção da umidade do solo. Asusinas de compostagem nos centros urbanos realizam também a separação de lixo

seco, encaminhando para a reciclagem.

CONAMA » Conselho Nacional de Meio Ambiente.

CONFERÊNCIA DAS PARTES (COP) » Conference of the Parties - A COP é ocorpo supremo da Convenção. Ela normalmente se encontra uma vez ao ano pararevisar os progressos da Convenção. A palavra "conferência" não é usada aqui nosentido de encontro, mas no sentido de "associação", que explica a aparenteredundância da expressão "quarta sessão da Conferência das Partes".

CONTAMINAÇÃO » Introdução, no meio, de elementos em concentrações nocivas à

saúde humana, tais como organismos patogênicos, substâncias tóxicas ouradioativas.

COOPERATIVA DE CATADORES » Organização de catadores na forma decooperativas incentivadas por algumas ONGs e prefeituras, para facilitar o comerciode materiais recicláveis, conseguindo melhores preços, entre outras vantagensCatadores de lixo são trabalhadores informais que coletam grande quantidade demateriais recicláveis nos centros urbanos e os revendem a intermediários.

CRESCIMENTO POPULACIONAL » Mudança de densidade populacional, comoresultante da ação cominada de natalidade, mortalidade e migrações.

DADOS » Toda a informação factível de ser resumida em um código, uma cifra, umesquema, um plano ou uma foto. Quer dizer, informação que não requer um texto ouum comentário para ser inteligível ou utilizável.

5/13/2018 COMPOSTAGEM 3 - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/compostagem-3 149/159

 

149

DANO AMBIENTAL » Considera-se dano ambiental qualquer lesão ao meioambiente causado por ação de pessoa, seja ela física ou jurídica, de direito públicoou privado.

DECOMPOSIÇÃO BIOLÓGICA » Processo de conversão de organismos mortos, ouparte destes, em substâncias orgânicas e inorgânicas, através da ação escalonadade um conjunto de organismos.

DECOMPOSITORES » Organismos que transformam a matéria orgânica morta emmatéria inorgânica simples, passível de ser reutilizada pelo mundo vivo.Compreendem a maioria dos fungos e das bactérias. O mesmo que saprófitas.

DECRETOS » Em sentido próprio e restrito, são atos administrativos decompetência exclusiva dos chefes do Executivo, destinados a prover situaçõesgerais ou individuais, abstratamente previstas de modo expresso, explícito ou

implícito por legislação.DEGRADAÇÃO DO SOLO » Modificações que atingem um solo, passando o mesmode uma categoria para outra, muito mais elevada, quando a erosão começa adestruir as capas superficiais mais ricas em matéria orgânica.

DEMANDA BIOQUÍMICA DE OXIGÊNIO (DBO) » Quantidade de oxigênio utilizadona oxidação bioquímica da matéria orgânica, num determinado período de tempo.Expressa geralmente em miligramas de oxigênio por litro.

DEMANDA QUÍMICA DE OXIGÊNIO (DQO) » Medida da capacidade de consumo

de oxigênio pela matéria orgânica presente na água ou água residuária. É expressacomo a quantidade de oxigênio consumido pela oxidação química, no testeespecífico. Não diferencia a matéria orgânica estável e assim não pode sernecessariamente correlacionada com a demanda bioquímica de oxigênio.

DENSIDADE DA POPULAÇÃO » É a grandeza desta (população) em relação comalguma unidade espacial. Exemplificando, o número de indivíduos ou a biomassa dapopulação, por unidade de superfície ou de volume.

DENSIDADE DA POPULAÇÃO » É a grandeza desta (população) em relação comalguma unidade espacial. Exemplificando, o número de indivíduos ou a biomassa da

população, por unidade de superfície ou de volume.DINÂMICA POPULACIONAL » Estudo funcional das características da população,como crescimento, dispersão, mudanças de composição, e em relação aos fatoresintrínsecos e extrínsecos que as determinam.

DIVERSIDADE » Variedade, diferença, heterogeneidade. Abundância de coisasdistintas. Diferenças dentro da unidade. Número de espécies diferentes quecoincidem em algum ponto ou sob a mesma condição.

ECOLOGIA » Do grego, Eco = casa e logos (logia) = estudo, ou ciência. Palavra

criada em 1866, por Ernst Haeckel, um discípulo de Charles Darwin, para designaruma nova ciência que estuda as relações entre os seres vivos e o meio ou ambiente("casa") onde vivem. Hoje, fala-se "defender a ecologia", como sinônimo de"defender o meio ambiente".

5/13/2018 COMPOSTAGEM 3 - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/compostagem-3 150/159

 

150

ECOSSISTEMA » Unidade de funcionamento do meio ambiente. Pode ter qualquertamanho, da cabeça de alfinete à toda biosfera. Um ecossistema tem dinâmicaprópria, resultante da relação entre todos os seres vivos da área, com fatoresquímicos e físicos do local. Seu funcionamento segue mecanismos que influenciam

formas de reprodução, migração e comportamento das espécies. O conceito aplica-se tanto a formações naturais como a sistemas organizados pelo Homem.

EQUILÍBRIO ECOLÓGICO » População de tamanho estável na qual as taxas demortalidade e emigração são compensadas pelas taxas de natalidade e deimigração. Equilíbrio do fluxo de energia em um determinado ecossistema.

ESPÉCIE » Em biologia, unidade básica de classificação dos seres vivos. Designapopulação (ou populações) de seres com características genéticas comuns, que emcondições normais reproduzem-se de forma a gerar descendentes férteis. Tambémentendida como uma unidade morfológica sistemática onde suas características

externas são razoavelmente constantes, de forma que a espécie possa serreconhecida e diferenciada das outras por seu intermédio. As espécies dividem-seem subespécies e agrupam-se em gêneros (na chave de classificação, a seqüênciaé: espécie, gênero, família, ordem, classe, sub-ramo, ramo, sub-reino, reino). Verendêmico, exótico, indicadores, extinção, biodiversidade.

ESPÉCIE EXÓTICA » Espécie introduzida numa determinada área ou região.

ESPÉCIE NATIVA » Espécie natural de uma região.

ESTERILIZAÇÃO » É a destruição de todas as formas de vida (bactérias, fungos,

protozoários, formas vegetativas e esporos).ESTERILIZAÇÃO POR CALOR A SECO » Processo baseado na exposição domaterial ao ar quente, provocando a termocoagulação das proteínas e conseqüentemorte dos microrganismos.

ESTERILIZAÇÃO POR CALOR ÚMIDO » Processo baseado na termocoagulaçãodas proteínas pela ação do calor úmido. A esterilização por esse processo é obtidaem temperaturas inferiores às necessidades para a esterilização por calor a seco,pois a termocoagulação das proteínas é catalisada pela água.

ESTERILIZAÇÃO POR RADIAÇÃO ULTRAVIOLETA » Processo baseado naexposição direta do material contaminado à radiação ultravioleta (UV).

ESTERILIZANTE » É a substância ou a preparação química capaz de destruir todasas formas de vida (bactérias, fungos, vírus, protozoários, formas vegetativas eesporos).

EVAPORAÇÃO » Processo pelo qual um líquido é transformado lentamente emvapor.

EXPOSIÇÃO » Quantidade de um agente físico ou químico que atinge um receptor

(organismo, população ou recurso).FATOR DE CRESCIMENTO » Substância específica cuja presença no meio decultura é necessária para permitir a multiplicação de determinado organismo.

5/13/2018 COMPOSTAGEM 3 - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/compostagem-3 151/159

 

151

FATOR LIMITANTE » É o fator de maior carência ou de fornecimento mais baixoque limita o desenvolvimento de um processo.

FENOIS » Um grupo de compostos aromáticos, tendo um grupo hidroxila ligado

diretamente ao núcleo benzênico. Eles são altamente tóxicos aos organismos vivosou durante a ingestão do lodo. Não obstante, em determinadas condições, elespodem ser decompostos por tratamento biológico.

FERMENTAÇÃO » Transformação química, freqüentemente anaeróbia, de substratoorgânico, por ação enzimática.

FERTILIDADE DO SOLO » Capacidade de produção do solo devido àdisponibilidade equilibrada de elementos químicos como potássio, sódio, ferro,magnésio e da conjunção de alguns fatores, tais como: água, luz, ar, temperatura eda estrutura física da terra.

FERTILIZANTE » Material aplicado no solo para enriquecê-lo de substânciasquímicas essenciais à vida das plantas. Os principais fertilizantes são os compostosde nitrogênio, fósforo e potássio, empregados para promover o crescimento, e a calpara ajustar a acidez e a alcalinidade do solo.

FOTOSSINTETIZANTES » Vegetais autótrofos clorofilados. Sintetizam matériaorgânica, utilizando a luz como fonte de energia.

FUNGICIDA » Qualquer substância química aplicada às plantas cultivadas paramatar fungos, ou prevenir o desenvolvimento de doenças fúngicas.

FUNGOS » São protistas superiores que produzem esporos, não possuem clorofilae são incapazes de sintetizar seus alimentos, conseqüentemente, dependendo deoutros organismos para completar a sua nutrição. Os fungos podem viver da matériaorgânica morta, ocasionando ou auxiliando a sua decomposição ou parasitar outrosseres vivos, alimentando-se do protoplasma das células hospedeiras e tambémformar associações com outras plantas, como algas ou com raízes vegetaissuperiores.

GENÓTIPO » Conjunto de genes que formam o patrimônio gênico hereditário,transmitido de geração para geração, que define as características estruturais da

espécie.GESTÃO AMBIENTAL » Condução, direcionamento e orientação das atividadeshumanas visando o desenvolvimento sustentável. Para ser efetiva, deve ser inseridano planejamento e administração da produção de bens e serviços em todos osníveis - local, regional, nacional, internacional, na administração pública e naempresarial.

GRAU DE TRATAMENTO » Medida de remoção efetuada por um processo detratamento com referência a sólidos, matéria orgânica, bactérias ou qualquer outroparâmetro específico indicador de poluição.

HABITAT » É o espaço ocupado por um organismo ou mesmo uma população. Étermo mais específico e restritivo que meio ambiente. Refere-se sobretudo àpermanência de ocupação.

5/13/2018 COMPOSTAGEM 3 - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/compostagem-3 152/159

 

152

HÚMUS » Restos orgânicos, principalmente vegetais (folhas) num estado avançadode decomposição, parcialmente misturado com o solo.

INCINERADOR » Equipamento utilizado para queimar resíduos sólidos, controlando-

se a temperatura e o tempo de combustão.INERTES » Substâncias supostamente neutras.

INFECÇÃO » Ação de infectar ou estado do que está infectado. Penetração em umorganismo vivo de micróbios que perturbam seu equilíbrio.

INSOLAÇÃO » Exposição direta aos raios solares. A insolação é variável em cadalugar, segundo as condições climáticas e a importância da poluição atmosférica. Nascidades, depende das partículas e da turbidez do ar.

INSTRUMENTOS DE POLÍTICA AMBIENTAL » São os instrumentos que osformuladores da política ambiental empregam para alterar os processos sociais demodo que eles se transformem e se compatibilizem com os objetivos ambientais.

LEGISLAÇÃO AMBIENTAL » Conjunto de regulamentos jurídicos especificamentedirigidos às atividades que afetam a qualidade do meio ambiente.

LICENÇA AMBIENTAL » "Certificado expedido pela CECA ou por delegação desta,pela FEEMA, a requerimento do interessado, atestatório de que, do ponto de vistada proteção do meio ambiente, o empreendimento ou atividade está em condiçõesde ter prosseguimento. Tem sua vigência subordinada ao estrito cumprimento das

condições de sua expedição. São tipos de licença: Licença Prévia (LP), Licença deInstalação (LI) e Licença de Operação (LO)" (Del. CECA nº 03, de 28.12.77).

LIXO COMERCIAL » Resíduos gerados por estabelecimentos comerciais, lojas,restaurantes, bancos, etc. Normalmente contém principalmente papel, madeira,plásticos e restos de alimentos.

LIXO DOMÉSTICO » Resíduos produzidos em residências. Ao contrário do que sepensa, este tipo de lixo pode conter materiais tóxicos, como restos de tintas, pilhas,baterias, etc.

LIXO ORGÂNICO OU ÚMIDO » Constituído de materiais orgânicos que vão para olixo, como folhas e galhos plantas ou restos de alimentos. Pode ser transformado emfertilizante, o conhecido composto orgânico.

MATÉRIA ORGÂNICA BIODEGRADÁVEL » É a parcela de matéria orgânica de umefluente suscetível à decomposição por ação microbiana, nas condições ambientais.É representada pela demanda bioquímica de Oxigênio (DBO) e expressa em termosde concentração (mg de O2/l) ou carga (Kg de DBO/dia).

MATÉRIA ORGÂNICA NÃO BIODEGRADÁVEL » É a parcela de matéria orgânicapouco suscetível à decomposição por ação microbiana, nas condições ambientaisou em condições pré-estabelecidas (...).

5/13/2018 COMPOSTAGEM 3 - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/compostagem-3 153/159

 

153

MATERIAIS RECICLÁVEIS » Papéis, papelões, metais, plásticos, vidros, trapos, queforam dispensados como dejetos, mas que podem ser reutilizados, ou transformadosem novos produtos por indivíduos ou indústrias especializadas.

MEIO AMBIENTE » É a interação de elementos naturais, artificiais, socioeconômicose culturais, que permite, abriga e rege a vida em todas as suas formas. O meioambiente é composto do meio físico, meio biológico e meio socioeconômico.

MINERALIZAÇÃO » Processo edáfico fundamentalmente biológico detransformação de despojos animais e vegetais em substâncias minerais inorgânicase simples.

MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE (MMA) » Sigla para designar o Ministério doMeio Ambiente, Recursos Hídricos e da Amazônia Legal.

MUTAÇÃO GENÉTICA » Nome genérico que designa a mudança no materialgenético, a mais das vezes ocorrida durante o processo de replicação do DNA.

MUTUALISMMO » Associação interespecífica harmônica em que duas espéciesenvolvidas ajudam-se mutuamente.

NITRIFICAÇÃO » Conversão de amônia em nitratos, por bactérias aeróbias,passando por nitritos como etapa intermediária.

NITROBACTÉRIAS » Bactéria autotrófica e quimiossintetizante, que oxida nitrito anitrato, para obtenção da energia necessária à síntese de alimento orgânico.

NUTRIENTES » Qualquer substância do meio ambiente utilizada pelos seres vivos,seja macro ou micronutriente, por exemplo, NH3 e PO4.

ODOR » Concentração de um gás perceptível pelo aparelho olfativo do homem.

ÓLEOS E GRAXAS » Grupo de substâncias, incluindo gorduras, graxas, ácidosgraxos livres, óleos minerais e outros materiais graxos.

ONGs » Organizações Não Governamentais voltadas para esta questão; ou outrasorganizações reconhecidas pelo Conselho Nacional ou pelos Conselhos Estaduaisde Recursos Hídricos. Para integrarem o Sistema Nacional de Recursos Hídricos,devem ser legalmente constituídas.

ORGANISMO » Qualquer ser vivo, seja do reino vegetal ou animal.

OXIDAÇÃO » Processo pelo qual bactérias e outros microorganismos se alimentamde matéria orgânica e a decompõem.

OXIGÊNIO OU O 2CONSUMIDO » Quantidade de oxigênio necessário para oxidar amatéria orgânica e inorgânica numa determinada amostra.

OXIGÊNIO OU O 2DISSOLVIDO » Oxigênio dissolvido em água, água residuária ou

outro líquido, geralmente expresso em miligramas por litro, partes por milhão oupercentagem de saturação.

5/13/2018 COMPOSTAGEM 3 - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/compostagem-3 154/159

 

154

PARÂMETRO » Valor ou quantidade que caracteriza ou descreve uma populaçãoestatística. Nos sistemas ecológicos, medida ou estimativa quantificável do valor deum atributo de um componente do sistema.

PARASITA » Ser vivo que é albergado por um hospedeiro, produzindo danos à suasaúde.

PERCOLAÇÃO » Movimento de água através dos poros ou fissuras de um solo ourocha, sob pressão hidrodinâmica, exceto quando o movimento ocorre através deaberturas amplas, tais como covas.

PH » A medida da acidez ou alcalinidade de um material líquido ou sólido. Érepresentado em uma escala de zero a 14 com o valor 7 representando o estadoneutro, o valor zero o mais ácido e o valor 14 o mais alcalino.

POLÍTICA NACIONAL DO MEIO AMBIENTE (PNMA) » Instituída pela Lei nº 6.938,de 31 de agosto de 1981, a Política Nacional do Meio Ambiente tem como objetivo"a preservação, melhoria e recuperação da qualidade ambiental propícia à vida,visando assegurar, no País, condições ao desenvolvimento econômico, aosinteresses da segurança nacional e à proteção da dignidade da vida humana (...)"(artigo 2º da referida lei).

POLUENTE » Qualquer substância líquida, sólida ou gasosa, introduzida em umrecurso natural e que o torne impróprio para uma finalidade específica.

POLUENTE BIODEGRADÁVEIS » São em geral refugos de natureza orgânica,

como o esgoto sanitário, que se decompõem com rapidez por meio de processosnaturais ou controlados, estabilizando-se por fim.

POLUENTE NÃO-BIODEGRADÁVEIS » São os metais pesados, como o cobre, ossais de mercúrio, substâncias químicas fenólicas, entre outros, e que comumenteproduzem magnificação biológica.

POLUIÇÃO AMBIENTAL » È a adição ou lançamento de qualquer substância ouforma de energia no meio ambiente em quantidades de maior concentração do queas naturalmente aceitáveis.

POLUIÇÃO DO SOLO » Contaminação do solo por qualquer um dos inúmerospoluentes derivados da agricultura, da mineração, das atividades urbanas eindustriais, dos dejetos animais, do uso de herbicidas ou dos processos de erosão.

POPULAÇÃO » Conjunto de indivíduos da mesma espécie que vivem numa área enum momento determinado.PRAGA » Seres vivos (animais ou plantas) que sãocapazes de:1.Reduzir a quantidade ou a qualidade - com perdas econômicassubstanciais - de alimentos, rações, forragens, fibras, flores ou madeira durante aprodução, colheita, processamento, armazenagem, transporte ou uso; 2.Transmitirdoenças aos seres humanos, animais domésticos e plantas cultivadas; 3.Perturbar oHomem ou seus animais, prejudicar o desenvolvimento de plantas ornamentais ou

áreas cultivadas, danificar propriedades ou objetos de uso pessoal.PROCESSO » Mecanismo ou modo de ação mediante o qual se produz qualquerclasse de alteração nas características ou qualidades de um componente de um

5/13/2018 COMPOSTAGEM 3 - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/compostagem-3 155/159

 

155

sistema ambiental. Os processos são os responsáveis pela dinâmica dos sistemas,ao influir e controlar as formas de interação dos componentes e determinar suafuncionalidade global.

PRODUÇÃO SUSTENTADA » O rendimento que um recurso renovável podeproduzir continuamente, se administrado de forma correta.

PUTREFAÇÃO » Decomposição biológica de matéria orgânica, com formação decheiro desagradável, associada a condições anaeróbias.

QUALIDADE » A qualidade de um meio é o grau de excelência deste para que suaessência e sua estrutura atual se conservem.

QUALIDADE AMBIENTAL » O estado do meio ambiente como objetivamentepercebido, em termos de medição de seus componentes, ou subjetivamente, em

termos de atributos tais como beleza e valor.RADIAÇÃO SOLAR » Conjunto de radiações emitidas pelo Sol que atingem a Terrae que se caracterizam por curto comprimento de onda.

RECICLAGEM » Recuperação, reprocessamento ou reutilização de materiaisdescartados como alternativa à sua disposição final em forma de resíduo.

RECOMBINAÇÃO GENÉTICA » Simples e rotineira mistura aleatória dos genes dosdois gametas (óvulo e espermatozóide) proporcionada pela reprodução sexuada.Contribui para a seleção natural, onde o ambiente é seu principal agente, já que

proporciona um número muito maior de fenótipos do que a mutação genética.RECURSOS » Todo fator passível de consumo pelos organismos de uma populaçãoe que leva ao incremento do crescimento e da aptidão.

RECURSOS AMBIENTAIS » A atmosfera, as águas interiores, superficiais esubterrâneas e os estuários, o mar territorial, o solo, o subsolo e os elementos dabiosfera" (Lei nº 6.938, de 31.08.81).

RECURSOS NATURAIS » O patrimônio nacional nas suas várias partes, tanto osrecursos não renováveis, como jazidas minerais, e os renováveis, como florestas emeio de produção.

RECURSOS NATURAIS NÃO RENOVÁVEIS » Aqueles sobre os quais todaexploração traz consigo, inevitavelmente, sua irreversível diminuição.

RECURSOS NATURAIS RENOVÁVEIS » Um recurso natural é renovável quando,uma vez aproveitado em um determinado lugar e num dado tempo, é suscetível deser aproveitado neste mesmo lugar, ao cabo de um período de tempo relativamentecurto.

RESÍDUO » Material ou resto de material cujo proprietário ou produtor não mais oconsidera com valor suficiente para conservá-lo.

RESÍDUOS SÓLIDOS » Resíduos nos estados sólido e semi-sólido que resultam deatividades da comunidade, de origem: industrial, comercial, doméstica, hospitalar,

5/13/2018 COMPOSTAGEM 3 - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/compostagem-3 156/159

 

156

agrícola, de serviços e de varrição. Ficam incluídas nesta definição os lodosprovenientes dos sistemas de tratamento de água, aqueles gerados emequipamentos de controle da poluição, bem como determinados líquidos cujasparticularidades tornem inviáveis seu lançamento na rede pública de esgotos ou

corpos d'água, ou exijam para isso soluções técnica e economicamente inviáveis,em face à melhor tecnologia disponível" (Resolução nº 5, de 5.08.93, do CONAMA).

RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS » São os resíduos sólidos e semi-sólidos geradosnum aglomerado urbano, excetuados os resíduos industriais, os hospitalares,sépticos e aqueles advindos de aeroportos e portos.

RISCO » Toda e possível fonte acidental de perigo, produção de dano oudificuldade.

RISCO AMBIENTAL » Toda e possível fonte acidental de dano ao meio ambiente,

quer natural, quer produzida por ação humana.RRR, OU REDUZIR, REUTILIZAR, RECICLAR » É a mais moderna visão a respeitodo lixo. Deve-se primeiro Reduzir a produção do lixo, através da preciclagem. Emvez de dispensar qualquer coisa, tentar reaproveitar. A reciclagem vem como aúltima medida.

SAÚDE » Estado de completo bem-estar físico, mental e social e não apenas aausência de doença ou enfermidade.

SAÚDE PÚBLICA » Ciência e arte de promover, proteger e recuperar a saúde física

e mental, através de alcance coletivo e de motivação da população.SELEÇÃO NATURAL » "Peneira" da natureza, através da qual só permanecem asespécies que são mais adaptadas ao ambiente onde vivem.

SELVAGEM » Qualquer espécie não doméstica.

SERES DECOMPOSITORES » Seres consumidores que se alimentam de detritosdos organismos mortos.

SERES PRODUTORES » Seres que, como as plantas, possuem a capacidade defabricar alimento usando a energia da luz solar.

SIMBIOSE » Associação interespecífica harmônica, com benefícios mútuos einterdependência metabólica.

SISTEMA » Conjunto de partes que se integram direta ou indiretamente de maneiraque uma alteração em qualquer dessas partes afeta as demais. A interação pode serde natureza causal ou lógica, segundo o sistema seja material ou conceitual.

SISTEMA DE DISPOSIÇÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS » "Conjunto de unidades,processos e procedimentos que visam ao lançamento de resíduos no solo,garantindo-se a proteção da saúde pública e a qualidade do meio ambiente"(Resolução nº 5, de 5.07.93, do CONAMA).

5/13/2018 COMPOSTAGEM 3 - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/compostagem-3 157/159

 

157

SISTEMA DE TRATAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS » "Conjunto de unidades,processos e procedimentos que alteram as características físicas, químicas ebiológicas dos resíduos e conduzem à minimização dos riscos à saúde pública e àqualidade do meio ambiente" (Resolução nº 5 de 05.07.93 do CONAMA).

SOLO » Composição de partículas minerais, matéria orgânica e organismos vivos,que levou longo tempo para atingir equilíbrio, tornando-o apto para agricultura.

SUBPRODUTO » Qualquer material ou produto resultante de um processoconcebido primeiramente para produzir outro produto.

SUBSTÂNCIA NOCIVA » Incluem qualquer substância que representa ameaça àsaúde dos seres humanos e ao ambiente, como por exemplo as substâncias tóxicas,corrosivas e inflamáveis.

SUCESSÃO » Processo de substituição de uma comunidade por outra, conseqüenteà modificação do ambiente e ao desequilíbrio que pode ocorrer, uma vez atingido onível de saturação.

SUCESSÃO ECOLÓGICA » Seqüências naturais nas quais um organismo ou grupode organismos toma o lugar de outro em um hábitat, com o passar do tempo.

SURFACTANTES » São substâncias tensoativas, compostas de moléculas grandes,ligeiramente solúveis na água.

SUSTENTABILIDADE AMBIENTAL » Capacidade de desenvolver atividades

econômicas e ao mesmo tempo manter a vitalidade dos componentes e processosde funcionamento dos ecossistemas.

TÉCNICA » Conjunto de procedimentos e recursos de que se serve uma ciência.

TECNOLOGIAS ECOLOGICAMENTE VIÁVEIS » Tecnologias de ponta em rápidaevolução, principalmente no Primeiro Mundo (da informática à biotecnologia), ou astradicionais, que contribuam para a redução da poluição e do consumo de recursosnaturais (inclusive energia elétrica), promovam aumento da produtividade, utilizaçãode novas matérias-primas de menor impacto ambiental.

TOXIDEZ OU TOXICIDADE » Capacidade de uma toxina ou substância venenosaproduzir dano a um organismo animal.

TÓXICO » Substância química ou biológica capaz de produzir envenenamento.

TRATEMENTO AERÓBIO » O mesmo que tratamento por oxidação biológica, empresença de oxigênio.

TRATAMENTO ANAERÓBIO » Estabilização de resíduos feita pela ação demicroorganismos, na ausência de ar ou oxigênio elementar. Refere-se normalmenteao tratamento por fermentação mecânica.

UMIDADE RELATIVA » Para uma dada temperatura e pressão, a relação percentualentre o vapor d'água contido no ar e o vapor que o mesmo ar poderia conter seestivesse saturado, a idênticas temperatura e pressão.

5/13/2018 COMPOSTAGEM 3 - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/compostagem-3 158/159

 

158

VALORAÇÃO AMBIENTAL » Atribuição de valores monetários aos ativosambientais, às mudanças ocorridas nos mesmos e aos efeitos dessas mudanças nobem-estar humano.

5/13/2018 COMPOSTAGEM 3 - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/compostagem-3 159/159

 

159

ANEXO I - LEVANTAMENTO DE INFORMAÇÕES

EXPERIMENTO 01

Bio-remediadores    A   m   o   s   t   r   a

Análise

0 3 6 9 12 15 18 21 24 27 30 33 36 39 42 45

Dados Ambiente Ph água 6,70 6,60 6,60 6,20 6,20 6,20 6,20 6,40 7,00 6,30 6,20 6,20 6,20 6,20 6,20 6,20TemperaturaoC 28,00 20,50 19,00 29,00 21,00 20,00 21,00 21,00 22,00 12,00 16,00 14,00 18,00 17,00 19,00 18,00

Testemunha Ph 4,60 4,60 6,30 6,20 7,40 7,90 8,10 8,10 8,20 8,40 8,50 8,50 8,90 9,00 9,00 8,40Temperatura

oC 32,00 26,00 25,00 36,00 36,00 28,00 27,00 27,00 27,00 20,00 18,00 18,00 19,00 20,00 22,00 19,00

TRATAMENTO A pH Média 4,60 4,53 4,60 5,87 7,57 7,93 8,40 8,43 8,67 8,70 8,83 8,83 8,90 9,03 9,03 8,87Desvio Padrão 0,00 0,32 0,10 0,50 0,21 0,06 0,10 0,15 0,12 0,00 0,06 0,06 0,00 0,06 0,06 0,15Coef-variação 0,00 7,09 2,17 8,58 2,75 0,73 1,19 1,81 1,33 0,00 0,65 0,65 0,00 0,64 0,64 1,72

Temp Média 32,00 27,33 24,67 37,67 37,00 28,00 26,67 26,67 26,33 19,00 18,00 18,00 19,00 20,00 21,33 19,00Desvio Padrão 0,00 0,58 0,58 1,15 3,61 0,00 0,58 0,58 0,58 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,58 0,00Coef-variação 0,00 2,11 2,34 3,07 9,74 0,00 2,17 2,17 2,19 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 2,71 0,00

TRATAMENTO B pH Média 4,60 4,87 5,73 6,07 8,00 8,13 8,43 8,47 8,53 8,70 8,83 8,90 8,97 9,10 9,10 8,80Desvio Padrão 0,00 0,21 0,38 0,15 0,00 0,15 0,06 0,06 0,21 0,10 0,06 0,00 0,06 0,00 0,00 0,20Coef-variação 0,00 4,28 6,60 2,52 0,00 1,88 0,68 0,68 2,44 1,15 0,65 0,00 0,64 0,00 0,00 2,27

Temp Média 32,00 31,67 24,67 37,33 37,00 24,67 26,67 26,67 26,33 19,00 18,00 18,00 19,00 19,00 21,67 19,33Desvio Padrão 0,00 2,08 0,58 2,31 1,73 3,51 0,58 0,58 0,58 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,58 0,58Coef-variação 0,00 6,57 2,34 6,19 4,68 14,24 2,17 2,17 2,19 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 2,66 2,99

TRATAMENTO C pH Média 4,60 5,07 5,23 6,03 8,00 7,93 8,33 8,33 8,63 8,60 8,87 8,87 8,87 8,97 8,97 8,87Desvio Padrão 0,00 0,51 0,40 0,40 0,26 0,06 0,06 0,06 0,21 0,20 0,12 0,06 0,06 0,06 0,06 0,06Coef-variação 0,00 10,13 7,72 6,70 3,31 0,73 0,69 0,69 2,41 2,33 1,30 0,65 0,65 0,64 0,64 0,65

Temp Média 32,00 28,67 24,00 37,33 36,50 26,67 26,33 26,00 25,33 18,67 18,00 18,00 19,00 20,00 21,67 19,00Desvio Padrão 0,00 1,53 0,00 2,08 2,12 0,58 0,58 0,00 0,58 0,58 0,00 0,00 0,00 0,00 0,58 0,00Coef-variação 0,00 5,33 0,00 5,58 5,81 2,17 2,19 0,00 2,28 3,09 0,00 0,00 0,00 0,00 2,66 0,00

Datas das avaliações

 

EXPERIMENTO 02

Bio-remediadores    A   m   o   s   t   r   a

Análise

0 3 6 9 12 15 18 21 24 27 30 33 36 39 42 45

Dados Ambiente Ph água 6,60 7,00 6,20 6,20 6,20 6,20 6,20 6,20 6,20 6,20 6,20 6,20 6,20 6,20 6,20 6,20TemperaturaoC 22,00 22,00 10,00 16,00 14,00 18,00 14,00 19,00 18,00 16,00 15,00 16,00 16,00 14,00 11,00 17,00

Testemunha Ph 4,30 6,20 8,20 8,30 8,50 8,60 8,80 9,00 9,00 9,10 9,20 9,10 9,00 8,90 7,90 8,50Temperatura

oC 22,00 43,00 21,00 22,00 23,00 22,00 18,00 22,00 19,00 18,00 17,00 16,00 16,00 14,00 12,00 15,00

TRATAMENTO A pH Média 4,30 5,10 7,10 8,03 8,57 8,70 8,90 9,00 8,93 9,03 8,97 9,03 9,00 8,87 8,87 8,63Desvio Padrão 0,00 0,61 0,46 0,25 0,06 0,10 0,10 0,10 0,15 0,12 0,06 0,12 0,10 0,12 0,06 0,21Coef-variação 0,00 11,93 6,45 3,13 0,67 1,15 1,12 1,11 1,71 1,28 0,64 1,28 1,11 1,30 0,65 2,41

Temp Média 22,67 41,67 22,67 24,00 22,67 23,67 19,00 22,67 19,33 18,67 17,33 16,33 16,33 15,00 12,67 15,00Desvio Padrão 0,58 3,06 1,53 1,73 1,15 0,58 0,00 0,58 0,58 0,58 0,58 0,58 0,58 0,00 0,58 0,00Coef-variação 2,55 7,33 6,74 7,22 5,09 2,44 0,00 2,55 2,99 3,09 3,33 3,53 3,53 0,00 4,56 0,00

TRATAMENTO B pH Média 4,70 6,17 8,57 8,60 8,87 8,83 8,97 9,03 9,10 9,20 9,23 9,20 9,20 9,23 9,13 9,00Desvio Padrão 0,00 0,29 0,23 0,00 0,15 0,12 0,06 0,06 0,10 0,00 0,06 0,00 0,00 0,06 0,15 0,17Coef-variação 0,00 4,68 2,70 0,00 1,72 1,31 0,64 0,64 1,10 0,00 0,63 0,00 0,00 0,63 1,67 1,92

Temp Média 22,33 45,33 24,33 22,67 20,67 23,33 21,67 23,33 19,00 18,33 17,33 16,00 16,00 15,00 12,00 15,00Desvio Padrão 0,58 0,58 0,58 0,58 2,08 1,53 5,51 0,58 0,00 0,58 0,58 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Coef-variação 2,59 1,27 2,37 2,55 10,07 6,55 25,42 2,47 0,00 3,15 3,33 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00TRATAMENTO C pH Média 4,80 8,37 8,73 8,77 8,83 8,90 8,93 9,03 9,03 9,07 9,07 9,10 9,10 9,07 9,07 9,07

Desvio Padrão 0,00 0,23 0,12 0,06 0,06 0,00 0,06 0,06 0,06 0,06 0,06 0,00 0,00 0,06 0,06 0,06Coef-variação 0,00 2,76 1,32 0,66 0,65 0,00 0,65 0,64 0,64 0,64 0,64 0,00 0,00 0,64 0,64 0,64

Temp Média 23,67 65,33 28,00 21,67 23,00 28,00 22,67 25,33 19,33 21,67 19,33 18,33 17,67 16,33 16,33 16,33Desvio Padrão 0,58 0,58 6,56 1,53 2,00 1,00 0,58 0,58 0,58 0,58 0,58 0,58 0,58 0,58 0,58 0,58Coef-variação 2,44 0,88 23,42 7,05 8,70 3,57 2,55 2,28 2,99 2,66 2,99 3,15 3,27 3,53 3,53 3,53

Datas das avaliações