Compreendendo a diferença: modernas sociedades ocidentais versus sociedades tradicionais e suas...

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Pontifícia Universidade Católica de São Paulo Departamento de Antropologia Danúbia Zussa Ivanoff Compreendendo a diferença: Modernas Sociedades Ocidentais versus Sociedades tradicionais e suas dinâmicas sociais. Trabalho apresentado para conclusão da Disciplina de Antropologia VII, ministrada pelo Professor Rinaldo S. V. Arruda São Paulo 2007 Página 1

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O texto apresenta a discussão da diferença entre as sociedades modernas versus tradicionais numa perspectiva da antropologia política. Aponta a perspectiva da teoria das dinâminas das estruturas sociais e contradições entre a formação das sociedades contra o Estado e as sociedades capitalistas modernas.

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Pontifícia Universidade Católica de São Paulo

Departamento de Antropologia

Danúbia Zussa Ivanoff

Compreendendo a diferença: Modernas Sociedades Ocidentais versus Sociedades tradicionais e suas dinâmicas sociais.

Trabalho apresentadopara conclusão da Disciplina de Antropologia VII, ministrada

pelo Professor Rinaldo S. V. Arruda

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“Toda ordem está na corda bamba para a desordem, nem o céu nem a terra triunfaram uma ordem sem o elemento da desordem, a noção de diferença demonstra a

impossibilidade de harmonia sem que haja desarmonias de identidades, ou seja, conflitos; a modernidade e a tradição são dinâmicas contrárias que têm em seu

funcionamento princípios e razões de ordem inconciliáveis e tanto a história macro quanto a história micro permeiam o desencadear de uma dominação sem

intermitências, de maneira que a civilização apresente, em sua essência e movimento, elementos da barbárie”.

Danúbia Ivanoff.

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Ciência da Escassez versus Econômia da Afluência

O antropólogo norte-americano Marshall Sahlins em seu texto “A primeira sociedade da afluência”, apresenta o entendimento da diferença entre as modernas sociedades ocidentais e as sociedades tradicionais. Tais diferenças são essencialmente de ordem da cultura material dos povos, cujos princípios econômicos reguladores são essencialmente contraditórios e inconciliáveis entre si. O assunto do texto consiste justamente em estabelecer a profunda diferença entre as sociedades da caça e coleta e as sociedades capitalistas modernas.

Partindo da crítica da noção de que a era paleolítica não proporcionava descanso, nem excedente, nem lazer para construir cultura, Sahlins, ao contrário, argumenta que as sociedades de caça e coleta não tendo passado pela revolução neolítica (advento da agricultura) e quando examinadas de perto são as primeiras sociedades da abundância.

Isso significa que os caçadores e coletores em relação ao trabalhador assalariado das sociedades modernas trabalham muito menos e desfrutam muito mais. O fato é que seus valores não podem ser equiparados ao dos trabalhadores assalariados das sociedades ocidentais. Logo, a noção de descanso, lazer e cultura diferem e não se equiparam em se tratando de modos organizacionais tão dispares.

Para os caçadores e coletores a acumulação de objetos não está associada ao status e nem mesmo poderia estar já que eles têm vida móvel e desapegada às coisas materiais.

Diz o autor:

“Pode-se dizer (...) que os caçadores e coletores trabalham menos do que nós; e mais do que trabalho contínuo, a coleta de alimentos é intermitente, o descanso abundante; e existe maior quantidade de sono no tempo diário per capita/anual do que em qualquer outra condição social” (1978, p. 20).

Desta maneira ao estabelecer a diferença entre essas sociedades devemos ter em mente o princípio que as movem, ou seja, são esses princípios em relação ao trabalho e à própria maneira de gerir a vida das sociedades que encontramos a diferença entre elas.

Para os caçadores e coletores, mobilidade e propriedade são contraditórias e inconciliáveis. Segundo o antropólogo Marcel Mauss a noção de homem econômico é própria da construção burguesa de sociedade e Estado. O fato é que não cabe entender que os caçadores e coletores tenham “refreado” seus “impulsos materiais”, mas que simplesmente nunca os instituíram.

Não obstante, a crítica de Pierre Clastres em “Arqueologia da Violência: Ensaio de Antropologia Política” direcionada ao pensamento da antropologia econômica “clássica” cuja noção de que estas sociedades são de uma economia de subsistência, deixa claro o caráter dessa “ultrapassada” antropologia, vejamos a citação presente em seu texto em que está expressa a ideologia da referida vertente:

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“A economia primitiva é uma economia de subsistência na medida em que, com grandes dificuldades, consegue apenas assegurar a subsistência da sociedade. Seu sistema econômico permite aos primitivos, ao preço de um trabalho incessante, não morrer de fome e frio (...) seu subdesenvolvimento técnico interdita-lhes irremediavelmente a produção de excedentes e a constituição de estoques que garantiriam ao menos o futuro imediato do grupo” (1982, p.129).

Em contrapartida o autor argumenta que, tanto a antropologia econômica contemporânea quanto à antropologia política, ao estudarem essas sociedades com um olhar menos superficial do que da antropologia clássica, demonstram o fato de que estas sociedades são continuamente orientadas pelo presente, sem o “mais superficial pensamento ou preocupação com o amanhã”, estas sociedades não têm “espírito empreendedor”, pois o lucro não os interessa, ou seja, se trata de outros princípios econômicos que, como disse, não podem ser comparados, nem equiparados de maneira tão pedante e etnocentrista.

Para desmistificar tal noção, Sahlins expõe duas tendências econômicas complementares que permeiam os princípios destas sociedades. A primeira é a da prodigalidade1, que consiste em consumir de uma só vez toda comida existente na aldeia assim como promover festas abundantes.

A segunda tendência complementar são os lados negativos da prodigalidade que poderia levar a armazenagem de alimentos e/ou bens materiais, verifica-se que “a desvantagem potencial da armazenagem é justamente envolver a contradição entre riqueza e mobilidade”. Ao negar a forma de armazenar os alimentos, os caçadores e coletores, não negam ser factível tal proeza, mas consideram ser economicamente indesejável e socialmente inexeqüível.

Para eles é bem mais “fácil” deixar que a natureza mesmo guarde os alimentos fresquinhos para que só retirem dela em tempos favoráveis. Vale lembrar que estas sociedades são sociedades contra o Estado, a priori a ele.

Desta maneira, podemos concluir que, a principal diferença entre as sociedades de caça e coleta e as sociedades capitalistas modernas consiste na noção de abundância versus escassez.

A escassez é a sentença decretada pela economia capitalista; o sistema de mercado industrial instituiu a escassez de modo jamais visto em que a produção e distribuição são organizadas através do comportamento dos preços. Há uma barreira entre o que se produz e o que se consome, barreira esta cuja progressão tende a afetar e sucumbir as formas de organização naturais do homem.

Como vimos nas sociedades onde a prática é de caça e coleta, a “sentença decretada” é a abundância, assim sendo tanto a divisão social do trabalho por sexo quanto os usufrutos materiais e alimentares são igualmente simples, de modo que a prosperidade nessas sociedades se apóia sobre um nível de vida objetivamente baixo.

1 Podemos entender este conceito como um ato de generosidade presente nas práticas simbólicas de sociedades tradicionais cujas festas são, em sua maioria, de caráter esbanjador, pródigo.

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Entre as avassaladoras dinâmicas capitalistas e a panacéia paleolítica

A profunda diferença de princípios entre as sociedades modernas e tradicionais ou se quiserem, entre as sociedades capitalistas modernas e as sociedades de caça e coleta parece anunciar uma verdadeira discordância que assola essas simples sociedades coletoras, cuja base material de guerra não compete com a indústria armamentista ocidental.

Com o advento da revolução neolítica e mais tarde da revolução industrial os homens passam a aperfeiçoar sua dominação da natureza e do homem pelo homem. Isso explica, em partes, as mudanças nas formas de organização das sociedades de tipo simples.

As modernas sociedades capitalistas não perdem a oportunidade em expandir seu domínio sobre os povos e sobre a natureza, sua evolução econômica conheceu dois movimentos contraditórios, a saber: o do enriquecimento e ao mesmo tempo o do empobrecimento e a apropriação em relação à natureza e expropriação em relação ao homem.

A pobreza é fruto da invenção da civilização e das relações que os homens travam entre si, segundo Sahlins a quantidade de fome cresce relativa e absolutamente de acordo com a evolução da cultura. Embora os caçadores e coletores tenham um padrão de vida baixo todas as necessidades materiais das pessoas podem ser facilmente satisfeitas. Bem esclarecedora é a passagem de Clastres quando diz que:

“As sociedades melanésias não conhecem mercados (...) o comércio entre as tribos nada tem a ver com a exportação-importação”. (1982, p. 133).

Com a impetuosa intervenção da civilização no modo de vida dessas sociedades, essas pessoas passam a ser exploradas e consequentemente marginalizadas de maneira brutal, a fome perpétua que não conheciam passa a ser o típico exemplo de desigualdade social que as sociedades capitalistas promovem.

Basta lembrar, como faz Clastres, que a análise de Sahlins define que “as sociedades primitivas são sociedades de recusa da economia”, seu modo de produção doméstico ao entrar em choque com o modo de produção capitalista se desestrutura ao mesmo tempo em que se refaz por completo.

Sahlins no fim do texto propõe uma reflexão deveras importante, qual seja: a de pensar no crônico problema econômico das modernas sociedades capitalistas a partir de técnicas paleolíticas de modo que os homens possam ter livre acesso aos recursos naturais. A verdade é que essa panacéia implicaria numa revolução não só econômica, mas social, já que as formas de alimentação e consumo variados solidificaram-se na cultura de modo nunca antes visto.

Georges Balandier, importante pesquisador cuja abordagem destaca a teoria dinâmica das estruturas sociais, afirma que as sociedades sem Estado, por terem valores igualitários em supremacia aos valores hierarquizados, são mais receptivas e, portanto

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menos resistentes. O poder colonial influi nas estratificações sociais, criando novos grupos geradores de classes sociais.

Para desmistificar a noção de que a tradição é estática o autor demonstra que há nas sociedades tradicionais uma dinâmica que está em constante mudança, é certo que a tradição tem aspectos conversadores, mas o fato é que ela não está condenada a ficar presa ao passado, ela se refaz.

Os mitos são exemplos típicos do re-fazimento das sociedades tradicionais, o homem branco, o dominador, é, por vezes, introduzido nesse movimento de tradição e ruptura. Esta discussão esta expressa nos estudos de folclore e cultura popular tradicional em sua generalidade.

Sociedades Indivisas, unidas contra o Estado versus o caráter da Dominação.

Para podermos explicar as dinâmicas que promovem mudanças nas formas de organização das sociedades tradicionais, é mister recorrer aos textos de Godelier: “Infra-estrutura e história” e “A parte ideal do real”.

Ora, dizer de mudança, no assunto que tratamos, é dizer de dominantes e dominados. Isto parece estar claro para os que enxergam a história do ponto de vista que não seja o do conformismo e da famosa empatia com os vencedores2.

Entretanto Godelier nos explica que o poder de dominação implica em dois movimentos indissociáveis, quais sejam: o da violência e o do consentimento. E isto não implica no famoso ditado: “ou dá ou desce”, o que está por trás da afirmação do autor implica em entender os mecanismos que envolvem tal dominação (neste caso das sociedades modernas sobre as sociedades “tradicionais”) de maneira que a dominação se dê sem consentimentos “forçados”. A religião é um deles.

Godelier afirma que a dominação para se estender tem que vir sob a forma de um serviço que os dominadores prestam aos dominados, de modo que estes últimos sintam-se numa relação de reciprocidade. Para tanto, continua o autor, “é preciso que dominadores e dominados partilhem as mesmas representações” (1978, p. 194). Ora, as representações são produtos do desenvolvimento intelectual, ou seja, do pensamento das sociedades, inclusive quando entendemos que as sociedades primitivas também são ao mesmo tempo coesas e contraditórias, no sentido de que mesmo que não haja um Estado propriamente dito, mesmo que sejam contra o Estado ainda há representações que perduram no modo de sua organização.

Mas o que importa aqui é justamente como se dão certas representações no interior dos diversos tipos de dominação de uns sobre os outros, ou se quiserem do homem sobre os homens ou quase algo como de todos contra todos, entendendo a civilização também enquanto barbárie.

O exemplo comum entre os autores até aqui mencionados e que faz entender de maneira muito clara, em se tratando da diferença entre as sociedades modernas e as tradicionais é o “elemento da dívida”.

2 Esta concepção da história pode ser observada nos escritos de Walter Benjamin.

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Segundo Pierre Clastres a relação de dívida pertence ao exercício do poder. Nas sociedades contra o Estado (sociedades caçadores e coletoras que comentamos) é o chefe que tem divida com o restante da sociedade, estas sociedades não permite que o chefe transforme seu prestígio em poder, a sociedade oferece ao chefe o “prestígio” na forma da troca de bens, sua obrigação de generosidade é um dever, uma dívida para com a sociedade.

Essas sociedades recusam a separação do poder, não delegam poder a uma só entidade carnal e é estabelecendo esta relação de dívida que permanecem detentoras do poder indiviso.

Ora, a natureza da sociedade muda com o sentido da dívida. Nas sociedades Estados a divisão do poder no interior da sociedade permite a criação de instituições estas que desviam “em seu proveito a relação de poder para voltar-se contra a sociedade”.

A noção de consentimento é estabelecida através da dívida, dos tributos que os “súditos pagam ao rei”. Segundo Godelier “as relações sociais dominantes são aquelas que funcionam como relações de produção, controlando a terra, as pessoas, os produtos; e as idéias dominantes são precisamente aquelas que estão ligadas à natureza e à reprodução dessas relações dominantes”.

A religião apesar de ser um mecanismo de controle sobre a sociedade, não o é por si só, ela precisa de condições a mais para que ela tome a forma de soberania, ou seja, ela tem antes que tomar a forma das relações de produção.

para se entender as modificações nas formas de organização das sociedades é preciso antes desvendar quais mecanismos internos que implicam em mudanças de funções, para tanto Godelier indica a possibilidade de analisar a causalidade estrutural das sociedades.

Como vimos as instâncias que se tornam dominantes precisam, necessariamente, assumir o papel do acesso aos meios de produção e aos produtos do trabalho social, essas instâncias não tomam a forma puramente econômica, mas sobretudo de relações políticas.

Desta maneira, para se entender as dinâmicas que promovem mudanças no modo de organização de uma sociedade, não basta se limitar na análise da economia de uma sociedade é preciso entender suas relações de parentesco ou suas relações político-religiosas ou ainda político-ideológicas.

Para explicar a mudança é preciso explicar as estruturas da realidade, nas palavras do autor:

“sem reduzir as diversas estruturas e instâncias da realidade social a epifenômenos das relações materiais dos homens com o seu meio”.

Continua ele:

“Ir além da analise estrutural das formas das relações sociais ou dos modos de pensamento significa, portanto, praticar, de fato essa análise morfológica de tal maneira, que se descubram os laços internos entre a forma, as funções, o modo de articulação e as condições de aparecimento e transformação dessas relações sociais e desses modos de pensamento em sociedades concretas (...)”.

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Considerações finais

Por fim, podemos concluir que:

1º A diferenciação básica entre as sociedades modernas e tradicionais consiste, num primeiro momento, nos princípios econômicos, políticos e culturais de cada sociedade em particular, ou seja, a diferença se dá a partir do entendimento de como essas sociedades fazem para gerir seu modo de vida, a primeira separa as esferas da vida social, estratifica-a; a segunda não institui Estado e não separa as esferas da vida social de forma hierarquizada, mas equitativa.

2º A mudança nas formas de organização das sociedades tradicionais, consiste primeiro em como a Dominação influi sobre as formas de relações de produção e controle dos produtos (seja tratando do âmbito externo como do movimento interno da sociedade) e mais, de como a dominação influi no pensamento e representações das sociedades dominadas e ainda, de como estas últimas lidam com essa intervenção sob a forma de re-fazimento dos mitos e ritos, das representações ideais e reais do conjunto de sua ordem.

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BIBLIOGRAFIA:

SAHLINS, Marshall. “A primeira sociedade da afluência”. In CARVALHO, Edgar Assis (org.) Antropologia Econômica. São Paulo, Livraria Editora Ciências Humanas, 1978.

GODELIER, Maurice. “O conceito de tribo. Crise de um conceito ou crise dos fundamentos empíricos da Antropologia”. In: Horizontes da Antropologia. Lisboa, Edições 70, s/d.

_________________. “Economias e sociedades: abordagens funcionalista, estruturalista e marxista”. In CARALHO, Edgar Assis (org.) Antropologia Econômica. São Paulo, Livraria Editora Ciências Humanas, 1978.

_________________. “Infra-estrutura e história” e “A parte ideal do real”. In CARALHO, Edgar Assis (org.) Antropologia Econômica. São Paulo, Editora Ática, 1981.

CLASTRES, Pierre. “A questão do poder nas sociedades primitivas” e “A economia primitiva”. In Arqueologia da Violência. São Paulo, Brasiliense, 1982.

BALANDIER, Georges. “Tradição e Modernidade”. In Antropologia Política. São Paulo, Edusp, ano?

___________________. “O mito da ordem primordial” e A ciência perde a harmonia”. In: A Desordem: Elogio do movimento. São Paulo, Bertrand Brasil, 1997.

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