COMPRESSORES DE PISTÃO

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MARINHA DO BRASIL CENTRO DE INSTRUÇÃO ALMIRANTE BRAZ DE AGUIAR SUPERINTENDÊNCIA DE ENSINO ANNY CAROLINE DE SOUZA DIEGO ALYSSON NUNES MAIA JULIANA ALVES DE SOUSA COSTA YAGO LOPES JATOBÁ TENÓRIO COMPRESSORES DE PISTÃO

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TRABALHO SOBRE COMPRESSORES DE AR A ÊMBOLO.

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MARINHA DO BRASIL

CENTRO DE INSTRUÇÃO ALMIRANTE BRAZ DE AGUIAR

SUPERINTENDÊNCIA DE ENSINO

ANNY CAROLINE DE SOUZADIEGO ALYSSON NUNES MAIA

JULIANA ALVES DE SOUSA COSTAYAGO LOPES JATOBÁ TENÓRIO

COMPRESSORES DE PISTÃO

BELÉM – PA

2012

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ANNY CAROLINE DE SOUZADIEGO ALYSSON NUNES MAIA

JULIANA ALVES DE SOUSA COSTAYAGO LOPES JATOBÁ TENÓRIO

COMPRESSORES DE PISTÃO

BELÉM-PARÁ

2012

Trabalho relativo ao tema "Compressores de pistão" apresentado ao Centro de Instrução Almirante Braz de Aguiar – CIABA, como requisitado pela disciplina Automação do curso Bacharel em Ciências Náuticas.

Professor: José Carlos

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RESUMO

O presente trabalho irá tratar dos compressores a pistão, em todos os seus

aspectos. Um breve relato histórico da evolução dos sistemas de compressão irá

permitir uma avaliação mais criteriosa a respeito da importância desse processo nos

dias atuais. A descrição de como ocorre o processo e as varias definições

relacionadas a engenharia mecânica dos compressores servirão para que o leitor

entenda, de forma límpida, todos os detalhes do funcionamento dessas máquinas,

tão importantes para os diversos processos industriais atuais. Os diversos tipos de

compressores, com características e aplicações específicas, citados com bastante

desvelo, irão viabilizar uma análise crítica a respeito do uso acertado dos

compressores, tendo por base a finalidade e o tipo de processo em que será

utilizado. A apresentação de uma planta de processo seguida da descrição e da

função de cada elemento irá auxiliar a compreensão de como ocorre a compressão

do ar. Um quadro explicativo com todos os cuidados que devem ser tomados na

operação e manutenção dos compressores foi exposto com o intuito de permitir uma

avaliação competente e responsável a respeito do bom funcionamento da máquina.

Porém, os compressores estão sujeitos a desgastes e problemas em seu

funcionamento, item de vital importância no trabalho por hora apresentado. Enfim, o

texto que se segue irá fornecer todas as informações necessárias à uma análise

crítica em relação aos compressores.

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LISTA DE FIGURAS

2.1.1 Compressor de pistão. 17

2.1.2 Compressor de pistão e seus elementos. 18

2.1.3 Gráfico pressão x volumeI. 19

2.1.4 Gráfico pressão x volume II. 19

2.1.5 Progressão da pressão em um diagrama p,v. 22

2.2.1.1 Arranjo dos cilindros nos compressores de dois cilindros de duplo efeito 23

2.2.1.2 Arranjo dos cilindros nos compressores de simples efeito 23

2.2.2.1 Compressor de um estágio horizontal, duplo efeito, resfriado a água 24

2.2.2.2 Compressor de dois estágios, manivelas em ângulo reto, duplo efeito,

resfriado a água, modelo XLE da Ingersoll - Rand. 22

3.1.1 Planta de compressor industrial de pistão - Modelo Pressure. 28

3.2.1 Compressor de ar de uso odontológico. 30

4.2.1 Esquema elétrico - Motores monofásicos. 34

4.3.1 Esquema elétrico - Motores trifásicos. 35

5.1.1 Esquema da lubrificação da unidade compressora 37

5.1.2 Quantia adequada de óleo de acordo com o modelo 37

5.1.3 Troca de óleo - Compressor de pistão 38

5.3.1 Quadro de efeitos e suas respectivas causas I 40

5.3.2 Quadro de efeitos e suas respectivas causas II 40

5.3.3 Quadro de efeitos e suas respectivas causas III 41

5.3.4 Quadro de efeitos e suas respectivas causas IV 41

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO

1 DEFINIÇÕES E TIPOS DE COMPRESSORES..............................................8

1.1 DEFINIÇÕES............................................................ ......................................8

1.2 EVOLUÇÃO DO PROCESSO DE COMPRESSÃO DE AR...........................9

1.3 O QUE É UM COMPRESSOR ....................................................................10

1.4 USO DO COMPRESSOR............................................................................10

1.5 TIPOS DE COMPRESSORES....................................................................11

1.5.1 CLASSIFICAÇÃO GERAL........................................................................11

1.5.2 CLASSIFICAÇÃO QUANTO AS APLICAÇÕES.......................................12

1.5.3 CLASSIFICAÇÃO QUANTO AO PRINCÍPIO DE CONCEPÇÃO.............13

1.6 PRINCÍPIOS DE FUNCIONAMENTO.........................................................15

1.6.1 COMPRESSORES ALTERNATIVOS......................................................15

1.6.2 COMPRESSORES DE PALHETA...........................................................15

1.6.3 COMPRESSORES DE PARAFUSO........................................................15

1.6.4 COMPRESSORES DE LÓBULOS...........................................................16

1.6.5 COMPRESSORES CENTRÍFUGOS........................................................16

1.6.6 COMPRESSORES AXIAIS......................................................................16

2 COMPRESSORES DE PISTÃO ................................................................. 16

2.1 DEFINIÇÃO................................................................................................ 17

2.2 CLASSIFICAÇÃO DOS COMPRESSORES DE PISTÃO.......................... 21

2.2.1 DE SIMPLES OU DUPLO EFEITO............................................................ 21

2.2.2 DE UM OU MAIS ESTÁGIOS .....................................................................22

2.2.3 DE UM OU MAIS CILINDROS ....................................................................23

2.2.4 DE BAIXA DE MÉDIA E DE ALTA PRESSÃO........................................... 24

2.2.5 REFRIGERADOS A AR OU A ÁGUA........................................................ 24

2.3 CARACTERÍSTICAS DO COMPRESSOR DE PISTÃO...............................24

2.4 COMPONENTES DE UM COMPRESSOR DE PISTÃO............................... 25

3 PLANTA DE PROCESSO DE UM COMPRESSOR DE PISTÃO................. 27

3.1 PLANTA DE UM COMPRESSOR INDUSTRIAL DE PISTÃO...................... 27

3.2 PLANTA DE UM COMPRESSOR DE PISTÃO PARA USO

ODONTOLÓGICO .....................................................................................................28

4 INSTALAÇÃO E ESQUEMA ELÉTRICO................................................... 32

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5

4.1 INSTALAÇÕES DE COMPRESSORES ..................................................... 32

4.2 ESQUEMAS ELÉTRICOS - MOTORES MONOFÁSICOS...........................33

4.3 ESQUEMA ELÉTRICO - MOTORES TRIFÁSICOS DE PARTIDA DIRETA.34

5 MANUTENÇÃO, SEGURANÇA E RISCOS À SAÚDE...............................35

5.1 MANUTENÇÃO DE COMPRESSORES......................................................35

5.1 FILTRO DE AR.............................................................................................37

5.1 PROVÁVEIS CAUSAS E RESOLUÇÃO DE DEFEITOS.............................37

5.4 SEGURANÇA...............................................................................................41

5.5 RISCOS À SAÚDE.......................................................................................41

5.6 RISCOS PARA OS EQUIPAMENTOS E FUNÇÃO.....................................42

6 CARACTERÍSTICAS GERAIS DO COMPRESSOR PRESSURE..............43

6.1 CARACTERÍSTICAS GERAIS DOS COMPRESSORES DE AR PRESSURE................................................................................................................43

6.2 DEFINIÇÃO TÉCNICA DO COMPRESSOR DE PISTÃO...........................43

6.3 DESCRIÇÃO GERAL..................................................................................43

6.4 FUNCIONAMENTO....................................................................................43

6.5 ITENS PRINCIPAIS....................................................................................44

6.6 CUIDADOS.................................................................................................45

6.7 PROCEDIMENTOS DE PARTIDA INICIAL................................................47

CONSIDERAÇÕES FINAIS..................................................................................... 47

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..........................................................................50

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INTRODUÇÃO

Com o intuito de ampliar os conhecimentos a respeito do assunto

compressores de ar, foi-se elaborado um trabalho no qual aborda tópicos de como

se dá a função, definição e os tipos de compressores no geral, como também de

forma mais específica, se descreve mais detalhadamente os compressores de pistão

citando seu funcionamento e seus principais componentes.

A planta de um processo de um compressor de pistão foi elaborada para

melhor compreensão e entendimento do assunto, sendo explicado cada componente

da planta. Além disso, foi relatado como se deve realizar uma devida instalação,

manutenção e o esquema elétrico dos compressores de ar.

O manual de instrução do compressor de ar Pressure tem a finalidade de

descrever a forma correta de manusear o equipamento de modo a garantir um

funcionamento seguro, uma ótima eficiência e uma longa vida útil.

Neste trabalho será descrito as características gerais no qual consiste os

principais componentes do compressor e suas respectivas funções, como também

as características técnicas. Descrevendo os cuidados para se obter um melhor

aproveitamento do compressor e as instruções necessárias para uma correta

instalação. Além disso, serão abordados itens relativos a manutenção que inclui uma

série de medidas para manter o seu compressor em boas condições.

Os compressores de ar Pressure devem ser aplicados somente para

compressão de ar atmosférico e sempre deve ser observada a pressão máxima de

operação informada na plaqueta de identificação.

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1 DEFINIÇÕES E TIPOS DE COMPRESSORES

1.1 DEFINIÇÕES

ASME: The American Society of Mechanical Engineers (entidade norte-

americana de normalização, qualificação e controle da qualidade. Particularmente

para vasos de pressão e caldeiras).

Máquina de broquear: Máquina de furar.

Idade dos metais: É o último período da Pré-História. Tal fase compreende os

dois últimos milênios antes do surgimento da escrita, em 3.500 a.C. A Idade dos

Metais é majoritariamente caracterizada pela substituição das ferramentas de pedra

por aquelas de metal.

Graxeta: Peça de amianto, linho, algodão, metal, borracha ou outro material,

com que se completa a vedação nas juntas de canalizações, tampas de cilindro,

etc., ou se impede o escapamento de fluido por uma junção móvel.

Aletas: Consistem em células interligadas entre si, onde circula fluido. São

construídas em materiais de excelente condutibilidade térmica. Seu uso acarreta

uma grande desvantagem em um sistema termodinâmico, pois reduzem

drasticamente a pressão com relação à entrada e saída.

Craqueamento: Craqueamento térmico ou pirólise é processo que provoca a

quebra de moléculas por aquecimento a altas temperaturas, isto é, pelo

aquecimento da substância na ausência de ar ou oxigênio a temperaturas superiores

a 450°C, formando uma mistura de compostos químicos com propriedades muito

semelhantes às do diesel de petróleo.

Fluidização: Baseia-se fundamentalmente na circulação de sólidos juntamente

com um fluido (gás ou líquido) impedindo a existência de gradientes de temperatura,

de pontos muito ativos ou de regiões estagnadas no leito; proporcionando também

um maior contato superficial entre sólido e fluido, favorecendo a transferência de

massa e calor.

1.2 EVOLUÇÃO DO PROCESSO DE COMPRESSÃO DE AR

Page 9: COMPRESSORES DE PISTÃO

8

A primeira aplicação, certamente na pré-história, se deu na tentativa de

reascender as brasas de uma fogueira. O primeiro compressor foi os pulmões

humanos, que podem fornecer ar a uma vazão de 100 l/min e a uma pressão de

0,02 a 0,08 bar em valores médios.

Cerca de 3000 AC, na idade dos metais, esse compressor se mostrou

ineficiente. No Egito, em 1.500 AC, foram introduzidos os foles acionados com os

pés ou com as mãos. Os foles manuais permaneceram em uso por mais de 2000

anos. Os ferreiros romanos, por exemplo, já utilizavam compressores de ar

hidráulicos em suas atividades. Em 1762 John Smeaton registrou a patente de um

compressor acionado por uma roda d’água, que foi aperfeiçoada pela invenção de

John Wikinson, a máquina de broquear. Porém, o primeiro compressor totalmente

motorizado foi criado apenas em 1799. Essa inovação tecnológica foi desenvolvida

pelo inglês George Medhust e sua aplicação foi destinada, primeiramente, às minas

de carvão. O desenvolvimento dos compressores possibilitou o incremento do

processamento de minérios e da produção dos metais. Em 1857 foi feita a primeira

experiência de sucesso no transporte de energia por meio de ar comprimido, na

construção do túnel Mont Cenis, nos Alpes Suíços. Em Paris, no ano de 1888, entra

em operação a primeira planta de distribuição de ar comprimido. O ar comprimido

era usado desde o acionamento de geradores e relógios até a distribuição de

cerveja. A técnica de construção e de materiais foi se desenvolvendo. O escoamento

e o aumento da pressão de fluidos compressíveis se tornou possível por meio de

máquinas como os compressores, ejetores, ventiladores, sopradores e bombas de

vácuo.

Hoje os compressores podem ser encontrados em muitos modelos, cores e

designs, criados para os mais diferentes usos. É possível encontrar desde

compressores pequenos para limpar objetos e inflar balões, por exemplo, até

compressores de grande porte para uso industrial em navios. Atualmente, há muitas

empresas especializadas na venda de compressores de ar e sistemas de ar

comprimido em geral. Enquanto os compressores industriais são encontrados

apenas em lojas e empresas especializadas, as versões mais simples desses

equipamentos poderão ser encontradas até mesmo em supermercados e lojas de

utilidades domésticas.

Page 10: COMPRESSORES DE PISTÃO

9

1.3 O QUE É UM COMPRESSOR

Compressores são estruturas mecânicas industriais destinadas,

essencialmente, a elevar a energia utilizável dos fluidos elásticos, pelo aumento de

sua pressão. São utilizados para proporcionar a elevação da pressão de um gás ou

escoamento gasoso. Nos processos industriais, a elevação de pressão requerida

pode variar desde cerca de 1,0 atm até centenas ou milhares de atmosferas.

1.4 USO DO COMPRESSOR

O compressor é parte integrante do compressor de ar. Essas partes são

empregadas onde o ar comprimido é utilizado como fonte de energia. Principalmente

em lugares onde há o risco eminente de explosões devido à presença dos gases

inflamáveis, o ar comprimido é empregado ao invés da energia elétrica. Como

exemplo, podemos citar escavações e indústria química.

Escavação: Unidades da Máquina.

Indústria Química: Engenharia de Regulagem e Controle.

Workshops, estações de petróleo: Ferramentas, pintura à pistola, ar para

pneus.

Lojas de Montagem: Automação, controladores pneumáticos.

Os componentes de uma unidade do compressor de ar são basicamente:

Compressor

Motor de acionamento

Tanque de ar comprimido

Válvula de segurança

Comutador de pressão (transmissão elétrica)

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10

Manômetro

Linhas

Chassi

Estão inclusos também refrigeradores de ar, redutores de pressão,

separadores de água, etc.

O compressor é a principal peça em uma unidade do compressor de ar.

É no compressor que a energia mecânica fornecida é transformada em uma

elevação na pressão do ar.

1.5 TIPOS DE COMPRESSORES

1.5.1 CLASSIFICAÇÃO GERAL

De acordo com a natureza do movimento principal apresentado por esse tipo

de máquina, os compressores podem ser classificados, de uma maneira geral, em

alternativos e rotativos.

Os compressores alternativos podem ser de:

De êmbolo;

De membrana.

Os compressores rotativos, por sua vez, podem ser:

De engrenagens de fluxo tangencial;

De engrenagens helicoidais ou de fluxo axial;

De palhetas;

De pêndulo;

De anel de líquido;

De pistão rotativo;

Centrífugos ou radiais;

Axiais.

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11

1.5.2 CLASSIFICAÇÃO QUANTO ÀS APLICAÇÕES

As características físicas dos compressores podem variar profundamente em

função dos tipos de aplicações a que se destinam. Dessa forma, convém distinguir

pelo menos as seguintes categorias de serviços:

Compressores de ar para serviços ordinários;

Compressores de ar para serviços industriais;

Compressores de gás ou de processo;

Compressores de refrigeração;

Compressores para serviços de vácuo.

Os compressores de ar para serviços ordinários são fabricados em série,

visando baixo custo inicial. Destinam-se normalmente a serviços de jateamento,

limpeza, pintura, acionamento de pequenas máquinas pneumáticas, etc.

Os compressores de ar para sistemas industriais destinam-se às centrais

encarregadas do suprimento de ar em unidades industriais. Embora possam chegar

a serem máquinas de grande porte e custo aquisitivo e operacional elevados, são

oferecidos em padrões básicos pelos fabricantes. Isso é possível porque as

condições de operação dessas máquinas costumam variar pouco de um sistema

para outro, há exceção talvez da vazão.

Os compressores de gás ou de processo podem ser requeridos para as

mais variadas condições de operação, de modo que toda a sua sistemática de

especificação, projeto, operação, manutenção, etc., depende fundamentalmente da

aplicação. Incluem-se nessa categoria certos sistemas de compressão de ar com

características anormais. Como exemplo, citamos o soprador de ar do forno de

craqueamento catalítico das refinarias de petróleo ("blower do F.C.C."). Trata-se de

uma máquina de enorme vazão e potência, que exige uma concepção análoga.

Os compressores de refrigeração são máquinas desenvolvidas por certos

fabricantes com vistas a essa aplicação. Operam com fluidos bastante específicos e

em condições de sucção e descarga pouco variáveis, possibilitando a produção em

série e até mesmo o fornecimento, incluindo todos os demais equipamentos do

sistema de refrigeração.

Page 13: COMPRESSORES DE PISTÃO

12

Há casos, entretanto, em que um compressor de refrigeração é tratado como

um compressor de processo. Isso ocorre nos sistemas de grande porte, em que

cada um dos componentes é individualmente projetado. É o caso, por exemplo, dos

sistemas de refrigeração a propano, comuns em refinarias.

Os compressores para serviços de vácuo (ou bombas de vácuo) são

máquinas que trabalham em condições bem peculiares. A pressão de sucção é

subatmosférica, a pressão de descarga é quase sempre atmosférica e o fluido de

trabalho normalmente é o ar. Face à anormalidade dessas condições de serviço, foi

desenvolvida uma tecnologia toda própria, fazendo com que as máquinas

pertencentes a essa categoria apresentem características bastante próprias. (Há

mesmo alguns tipos de bombas de vácuo sem paralelo no campo dos

compressores.).

Neste texto estaremos particularmente voltados para os compressores de

processo que, além de representarem normalmente um investimento financeiro bem

mais elevado que os demais, exigem um tratamento minucioso e individualizado em

função de cada aplicação. Na indústria do petróleo e processamento petroquímico

esses compressores são usados, por exemplo:

No estabelecimento de pressões necessárias a certas reações químicas.

No transporte de gases em pressões elevadas.

No armazenamento sob pressão.

No controle do ponto de vaporização (processos de separação, refrigeração,

etc.).

Na conversão de energia mecânica em energia de escoamento (sistemas

pneumáticos, fluidização, elevação artificial de óleo em campos de

exploração, etc.).

1.5.3 CLASSIFICAÇÃO QUANTO AO PRINCÍPIO DE CONCEPÇÃO

Dois são os princípios conceptivos no qual se fundamentam todas as

espécies de compressores de uso industrial:

Volumétrico; e

Dinâmico.

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13

Nos compressores volumétricos ou de deslocamento positivo, a elevação

de pressão conseguida através da redução do volume ocupado pelo gás.

Na operação dessas máquinas podem ser identificadas diversas fases, que

constituem o ciclo de funcionamento: inicialmente, uma certa quantidade de gás é

admitida no interior de uma câmara de compressão, que então é cerrada e sofre

redução de volume. Finalmente, a câmara é aberta e o gás liberado para consumo.

Trata-se, pois, de um processo intermitente, no qual a compressão propriamente dita

é efetuada em sistema fechado, isto é, sem qualquer contato com a sucção e a

descarga. Conforme iremos constatar logo adiante, pode haver algumas diferenças

entre os ciclos de funcionamento das máquinas dessa espécie, em função das

características específicas de cada uma.

Os compressores dinâmicos ou turbocompressores possuem dois órgãos

principais: impelidor e difusor.

O impelidor é um órgão rotativo munido de pás que transfere ao gás a energia

recebida de um acionador. Essa transferência de energia se faz em parte na forma

cinética e em outra parte na forma de entalpia. Posteriormente, o escoamento

estabelecido no impelidor é recebido por um órgão fixo denominado difusor, cuja

função é promover a transformação da energia cinética do gás em entalpia, com

consequente ganho de pressão.

Os compressores dinâmicos efetuam o processo de compressão de maneira

contínua, e, portanto correspondem exatamente ao que se denomina, em

termodinâmica, um volume de controle.

Os compressores de maior uso na indústria são:

Os alternativos

Os de palhetas

Os de parafusos

Os de lóbulos

Os centrífugos

Os axiais

Num quadro geral, essas espécies podem ser assim classificadas, de acordo

com o principio conceptivo: outros podem ser eventualmente encontrados em

aplicações industriais, como por exemplo, os compressores de anel líquido e de

diafragma. Especial atenção é dispensada aos compressores alternativos,

Page 15: COMPRESSORES DE PISTÃO

14

centrífugos e axiais, que são, sem dúvida, os mais empregados em processamento

industrial.

1.6 PRINCÍPIOS DE FUNCIONAMENTO

1.6.1 COMPRESSORES ALTERNATIVOS

Esse tipo de máquina se utiliza de um sistema biela-manivela para converter

o movimento rotativo de um eixo no movimento translacional de um pistão ou

êmbolo, como mostra a figura abaixo. Dessa maneira, a cada rotação do acionador,

o pistão efetua um percurso de ida e outro de vinda na direção do cabeçote,

estabelecendo um ciclo de operação.

1.6.2 COMPRESSORES DE PALHETAS

O compressor de palhetas possui um rotor ou tambor central que gira

excentricamente em relação à carcaça. Este tambor possui rasgos radiais que se

prolongam por todo o seu comprimento e nos quais são inseridas palhetas

retangulares.

1.6.3 COMPRESSORES DE PARAFUSOS

Esse tipo de compressor possui dois rotores em forma de parafusos que

giram em sentido contrário, mantendo entre si uma condição de engrenamento.

1.6.4 COMPRESSORES DE LÓBULOS

Page 16: COMPRESSORES DE PISTÃO

15

Esse compressor possui dois rotores que giram em sentido contrário,

mantendo uma folga muito pequena no ponto de tangência entre si e com relação à

carcaça. O gás penetra pela abertura de sucção e ocupa a câmara de compressão,

sendo conduzido até a abertura de descarga pelos rotores.

1.6.5 COMPRESSORES CENTRÍFUGOS

O gás é aspirado continuamente pela abertura central do impelidor e

descarregado pela periferia do mesmo, num movimento provocado pela força

centrífuga que surge devido á rotação, daí a denominação do compressor.

1.6.6 COMPRESSORES AXIAIS

Esse é um tipo de turbo-compressor de projeto, construção e operação das

mais sofisticadas que, no entanto, vem sendo utilizado vantajosamente em muitas

aplicações de processamento industrial, notadamente nas plantas mais modernas.

2 COMPRESSORES DE PISTÃO

2.1 DEFINIÇÃO

Page 17: COMPRESSORES DE PISTÃO

16

Os compressores de pistão são constituídos fundamentalmente de um

receptor cilíndrico, em cujo interior se desloca, em movimento retilíneo alternativo,

um êmbolo ou pistão, como podemos ver na figura abaixo:

Figura 2.1.1 - Compressor de pistão.Fonte: feng.pucrs.br

A entrada e saída do fluido, no receptor, são comandadas por meio de

válvulas, localizadas na tampa, no cilindro, ou por vezes no próprio êmbolo. Um

sistema de transmissão tipo biela - manivela, articulado diretamente ou por meio de

haste e cruzeta com o pistão, permite a transformação do movimento rotativo do

motor de acionamento em movimento alternativo do compressor.

A figura mostra o modelo básico de um compressor de pistão.

VÁLVULA DE ADMISSÃO

VÁLVULA DE DESCARGA

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17

Figura 1.1.2 - Compressor de pistão e seus elementos. Fonte: Manual Didatech.

1. Tampa de cilindro

2. Válvula de Pressão

3. Válvula de Entrada

4. Cilindro

5. Pistão

6. Pino do pistão

7. Biela

8. Eixo de Manivela

9. Cárter

10. Coletor de óleo

O volume do ar fechado no cilindro é comprimido pela movimentação do

pistão para cima e bombeado na linha de pressão através de uma válvula de

pressão.

No movimento para baixo, o pistão puxa mais ar por meio da válvula de

entrada.

Uma transmissão à manivela, que compreende um eixo de manivela e biela,

produz o movimento necessário para cima e para baixo do pistão a partir de cada

movimento giratório.

O óleo lubrificante necessário para lubrificar as peças móveis é coletado no

coletor de óleo.

Os processos no compressor podem ser mais claramente demonstrados nos

então denominados diagrama p, v.

No diagrama p-v, a pressão no cilindro é descrita junto ao volume do Cilindro

relacionado. As ilustrações abaixo mostram as fases individuais da compressão. O

diagrama p-v é mostrado girado em 90º à direita e, portanto, corresponde ao

percurso do pistão.

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18

Figura 2.1.3 - Gráfico Pressão x Volume I.Fonte: Manual Didatech.

Figura 2.1.4 - Gráfico Pressão x VolumeII. Fonte: Manual Didatech.

Compressão

Começando do ponto 1, o ponto morto inferior (BDC), o pistão comprime o ar

no cilindro. Com a diminuição do volume, a pressão aumenta.

Expulsão

No ponto 2, a pressão no cilindro atingiu a pressão p2 na linha de pressão. A

válvula de pressão se abre e o ar comprido flui na linha de pressão.

Expansão de retorno

Page 20: COMPRESSORES DE PISTÃO

19

No ponto 3, o pistão atingiu o ponto morto superior (TDC) e troca sua direção

de movimento. A válvula de pressão se fecha e o ar que continua no cilindro se

expande novamente. A pressão cai.

Entrada

No ponto 4, a pressão caiu à pressão ambiente p1, de maneira tal que a

válvula de entrada se abre e o ar fresco flui para o cilindro. Esse processo continua

até que o pistão tenha atingido o ponto morto inferior (BDC). Aqui, no ponto 1, todo o

processo começa de novo.

Compressão de 2 Estágios

Se o valor referente à pressão aumentou durante a compressão de estágio

único, então, a contrapressão e a temperatura do meio aumentam. A razão da

pressão durante a compressão é limitada pela temperatura em que a mistura de

gás-óleo lubrificante pode explodir. Na compressão gradual, o meio é resfriado entre

os estágios individuais. Assim, as perdas de volume, forças da haste e energia de

transmissão são diminuídas. O resfriamento intermediário realiza uma diminuição na

pressão de entrada e no volume de entrada no segundo estágio. No diagrama

idealizado p-v, o processo para o segundo estágio após o resfriamento intermediário

ocorre isentropicamente a partir de 1 ll na pressão final 2 II. No caso da compressão

de estágio único, o processo seria efetuado isentropicamente, sem um salto para a

pressão final 2’. A diferença entre essas duas curvas é a economia no trabalho.

Page 21: COMPRESSORES DE PISTÃO

20

Figura 2.1.5 - Progressão da pressão em um diagrava p,v. Fonte: Manual Didatech.

2.2 CLASSIFICAÇÕES DOS COMPRESSORES DE PISTÃO

Os compressores de êmbolo podem ser classificados, de acordo com suas

principais características:

2.2.1 DE SIMPLES OU DUPLO EFEITO

Nos compressores de simples efeito, a compressão é efetuada de um lado

apenas do êmbolo, de tal forma que há apenas uma compressão para cada rotação

do eixo do compressor.

Nos compressores de duplo efeito, o cilindro dispõe de uma câmara de

compressão em cada lado do pistão, de modo que são efetuadas duas compressões

a cada rotação do eixo do compressor. Para tanto, a articulação do pistão, nesse

tipo de compressores, é feita por meio de uma haste rígida que desliza numa

graxeta de vedação especial, situada na tampa que fecha a parte do cilindro

posterior ao pistão.

Page 22: COMPRESSORES DE PISTÃO

21

Figura 2.2.1 - Arranjo dos cilindros nos compressores de dois cilindros de duplo efeito.Fonte: CORDEIRO, 2010.

Figura 2.2.2 - Arranjo dos cilindros nos compressores de simples efeito.Fonte: CORDEIRO, 2010.

2.2.2 DE UM OU MAIS ESTÁGIOS

O número de estágios se relaciona com o número de compressões

sucessivas sofridas pela massa fluida que circula pelo compressor. Cada estágio de

compressão é efetuado em cilindro à parte. Assim, um compressor de dois estágios

terá, necessariamente, no mínimo, duas câmaras de compressão. Neste caso, o

primeiro cilindro, de maior tamanho, é designado de cilindro de baixa pressão,

enquanto que o segundo, menor, é designado de cilindro de alta pressão.

Page 23: COMPRESSORES DE PISTÃO

22

Figura 2.2.2.1 - Compressor de um estágio, horizontal, duplo efeito resfriado a água.Fonte: CORDEIRO, 2010.

Figura 2.2.2.2 - Compressor de dois estágios, manivelas em ângulo reto, duplo efeito, resfriado a água, modelo XLE da Ingersoll-Rand.

Fonte: CORDEIRO, 2010.

2.2.3 DE UM OU MAIS CILINDROS

Os compressores de êmbolo, assim como os motores a combustão interna,

são usualmente classificados de acordo com o número de cilindros e respectiva

disposição. Assim podemos falar nos seguintes tipos de compressores:

Verticais, de um cilindro; quando verticais com mais de um cilindro em linha;

Horizontais, com um ou mais cilindros;

Opostos, horizontais ou verticais; quando em número par de cilindros, estes

são dispostos, uns em oposição aos outros;

Page 24: COMPRESSORES DE PISTÃO

23

Em esquadro; quando de dois cilindros, um é vertical e outro horizontal;

Em V;

Em W;

Em estrela;

etc.

2.2.4 DE BAIXA, DE MÉDIA E DE ALTA PRESSÃO

Quanto à pressão efetiva atingida pelo fluido comprimido, os compressores

alternativos são classificados de acordo com os seguintes limites:

Baixa pressão, até 1 Kgf/cm2;

Média pressão, de 1 a 10 Kgf/cm2;

Alta pressão, para pressões superiores a 10 Kgf/cm2.

2.2.5 REFRIGERADOS A AR OU A ÁGUA

Para garantir um funcionamento eficiente, os compressores alternativos

dispõem na maior parte dos casos, de elementos especiais para resfriamento.

O resfriamento a ar é feito por meio de aletas que, colocadas externamente

nas paredes e na tampa dos cilindros, aumentam a superfície de contato das partes

aquecidas do compressor com ar exterior.

O resfriamento a água consiste em fazer circular água em cavidades situadas

nas paredes e na tampa dos cilindros.

2.3 CARACTERÍSTICAS DO COMPRESSOR DE PISTÃO

É capaz de atingir as mais altas pressões de descarga entre todos os demais

tipos de compressores;

Page 25: COMPRESSORES DE PISTÃO

24

Possui vazão pulsante;

Possui grande número de peças móveis;

É o único tipo de compressor que possui válvulas;

Podem ser de simples ou duplo efeito.

2.4 COMPONENTES DE UM COMPRESSOR DE PISTÃO

Os principais componentes de um compressor de pistão estão relacionados

abaixo:

1. Cilindro.

Executado em material resistente tanto à ruptura como ao desgaste, dispõe

ou não de elementos especiais de arrefecimento.

2. Cabeçote ou tampa do cilindro.

De construção igualmente reforçada, mantém, contra o cilindro, perfeita

vedação.

3. Válvulas de sucção e de descarga.

As válvulas podem ser de diversos tipos, como de guias, de disco, de canal,

de palheta.

As de guia são semelhantes às usadas nos motores a explosão, e eram

adotadas nos compressores antigos. Hoje em dia, seu uso é bastante restrito.

As de canal são bastante simples e opõem pequena resistência à passagem

do fluido que circula pelo compressor.

As válvulas de palhetas são usadas normalmente com compressores de

pequena potência.

Em quase todos os casos, o funcionamento das válvulas é provocado pelas

diferenças de pressão que se verificam durante as fases de sucção e de descarga

do compressor.

A localização das válvulas varia de acordo com o fabricante, sendo usual a

sua colocação no cabeçote ou na parede dos cilindros, podendo ainda, estar a

válvula de sucção instalada no êmbolo, o qual é vazado a fim de permitir a

Page 26: COMPRESSORES DE PISTÃO

25

passagem do fluido aspirado, que é admitido pela parede do cilindro; é o que

acontece com muitos compressores de amoníaco.

4. Pistão.

Geralmente oco, para ter seu peso reduzido, de duralumínio ou de ferro, com

ou sem anéis de segmento, a fim de evitar fuga de pressão e proporcionar, ao

mesmo tempo, a lubrificação das superfícies em contato. Maquinas Térmicas e

Hidráulicas UERJ

5. Biela.

Serve de ligação entre o pistão e a manivela. Na extremidade superior, onde

se aloja o pino do pistão, dispõe de uma bucha, geralmente de bronze; na

extremidade inferior, dispõe de uma bucha bipartida, de metais antifricção, removível

ou não.

6. Eixo de manivelas.

Tem como objetivo transformar o movimento rotativo do motor de

acionamento no movimento alternativo do pistão.

3 PLANTA DE PROCESSO DE UM COMPRESSOR DE PISTÃO

3.1 PLANTA DE UM COMPRESSOR INDUSTRIAL DE PISTÃO

Page 27: COMPRESSORES DE PISTÃO

MOTOR ELÉTRICO

1

POLIA

2

CORREIA

3 4

SERPENTINA

9

6

PROTETORDE CORREIA

BIELAPISTÃ

O

REGISTRO

5

VÁLVULA DE ADMISSÃO

7

FILTRO DE AR

8

VÁLVULA DE SAÍDA

RESERVATÓRIO

11

UNIDADE COMPRESSORA

4 6

VISOR DE ÓLEO

Válvula de retenção

10

12

PRESSOSTATO

VÁLVULA DE ALÍVIO

TERMÔMETRO

MANÔMETRO

VÁLVULA SEGURANÇA

PURGADOR

26

Figura 3.1.1 - Planta de compressor industrial de pistão - Modelo Pressure. Fonte: Microsoft Power Point.

1- Motor elétrico: Aciona a unidade compressora através da polia e da

corrente, transformando a energia elétrica em mecânica.

2 - Polia: Peça acoplada ao motor elétrico, transferindo energia mecânica

para a correia.

3- Correia: Transfere a energia mecânica do motor elétrico, sendo, da polia do

motor para o volante da unidade compressora.

Protetor de correia: Protege as partes giratórias tais como polia do motor,

volante e correia.

UNIDADE COMPRESSORA

Page 28: COMPRESSORES DE PISTÃO

27

4 - Biela: Converte o movimento rotativo do eixo no movimento translacional

do pistão.

5 - Pistão: Comprime o ar sobre pressão.

6 - Válvula de admissão: Possibilita a entrada do ar atmosférico para dentro

da câmara de compressão. Sua geometria tem de ser projetada para a passagem

eficiente do fluxo de ar.

7 - Filtro de ar: Retém as impurezas do ar captado no ar atmosférico. Mantém

fora a poeira e a sujeira, prolongando a vida útil do cilindro. É um componente

substituível.

8 - Válvula de saída: Possibilita a saída do ar comprimido do cilindro para o

reservatório.

Válvula de alívio: Despressuriza o interior da unidade compressora de modo

que o motor elétrico dê partida sem sofrer um grande esforço inicial.

Visor de óleo: Indica o nível de óleo lubrificante no compressor de maneira a

auxiliar a necessidade de reposição.

9 - Serpentina: Tubo de ligação entre a unidade compressora e o reservatório

que resfria o ar comprimido conduzindo-o ao reservatório de ar.

10 - Válvula de retenção: Retém o ar comprimido no reservatório de ar

evitando o seu retorno quando o cabeçote para.

11 - Reservatório: Armazena o ar comprimido. Fabricado com pintura a pó de

acordo com a NR-131.

Pressostato: Controla o funcionamento do compressor de modo a não permitir

que este ultrapasse a pressão máxima de trabalho permitida.

Válvula de segurança: Fabricada com certificado ASME.

Termômetro: Indica a temperatura no interior do reservatório de ar em graus

Celsius.

Manômetro: Indica a pressão no interior do reservatório de ar em lbf/pol², psig,

bar, kgf/cm².

Purgador: Registro de saída de condensado acumulado no interior do

reservatório.

Registro: Controla a liberação de ar comprimido.

1 NR-13 é a norma regulamentadora 13 do Ministério do Trabalho e Emprego do Brasil, e tem como objetivo condicionar inspeção de segurança e operação de vasos de pressão e caldeiras. Foi criada em 8 de junho de 1978, sofrendo revisões pela portarias SSMT n.°2, de 8 de maio de 1984, SSMT n.°23, de 27 de dezembro de 1994 e pela Portaria SIT n.º 57, de 19 de junho de 2008.

Page 29: COMPRESSORES DE PISTÃO

ENTRADA DE AR E FILTRO

1

TUBO DE ENTRADA DE

AR

2

MOTOR (cabeçote)

3 4

PROTETOR DE

SOBRECARGA

5

MANÔMETRO DO RESERVATÓRIO

DE AR (5 cm)

6

MANÔMETRO DO REGULADOR DE PRESSÃO (4 cm)

7

9

CONECTOR DO

REGULADOR DE PRESSÃO

REGULADOR DE

PRESSÃO

1011

VÁLVULA DE

DRENAGEM

RESERVATÓRIO DE AR

1314

REGISTRO DE SAÍDA DE AR

12

MANGUEIRA TRANÇADA

15

CABO DE ENERGIA

19181716

Válvula de retençãoVálvula solenoideConector cotovelo

8

Válvula de segurança

Capacitor

28

3.2 PLANTA DE UM COMPRESSOR DE PISTÃO PARA USO ODONTOLÓGICO

1 - Entrada de ar e filtro: Local por onde o compressor suga o ar ambiente.

Deve estar sempre com o filtro de ar instalado, o filtro remove as partículas de poeira

suspensas no ar ambiente, a admissão ar limpo no reservatório aperfeiçoa o

desempenho do compressor e aumenta sua vida útil.

2 - Tubo de entrada de ar: Tubo plástico que deve ser acoplado ao

compartimento do filtro de ar, deve estar voltado para baixo. Sua função é minimizar

o ruído produzido pela sucção de ar.

3 - Motor (cabeçote): É a parte do equipamento responsável pela sucção do

ar para dentro do reservatório.

Figura 3.2.1 - Compressor de ar de uso odontológico.Fonte: Microsoft Power Point.

Page 30: COMPRESSORES DE PISTÃO

29

4 - Pressostato (sensor de pressão) com chave liga/desliga: Dispositivo

responsável por regular os limites máximo e mínimo da pressão de trabalho do

reservatório de ar. A chave liga/desliga está localizada na parte superior do

pressostato.

5 - Protetor de sobrecarga: Semelhante a um fusível, trata-se de um relé

térmico que tem por finalidade proteger as instalações elétricas contra excessos ou

falta de corrente.

6 - Manômetro do reservatório de ar (5 cm): Dispositivo que exibe a pressão

de saída de ar ajustada no controlador.

7 - Manômetro do regulador de pressão (4 cm): Dispositivo que exibe a

pressão de saída de ar ajustada no controlador.

8 - Válvula de segurança: Válvula que entra em funcionamento para a

liberação de pressão caso haja falha do pressostato.

9 - Capacitor: Dispositivo responsável por iniciar o funcionamento do motor,

está localizado no compartimento logo abaixo do cabeçote.

10 - Conector do regulador de pressão: Conexão que liga o reservatório de ar

ao controlador de pressão.

11 - Regulador de pressão: Dispositivo de segurança com filtro de ar que

regula a pressão de saída do ar possui um compartimento de policarbonato para

visualização, armazenamento e descarte de água resultante da condensação.

12 - Registro de saída de ar: Válvula com engate rápido por onde o ar

comprimido é liberado para utilização.

13 - Válvula de drenagem: Válvula de drenagem responsável pela eliminação

do acúmulo de água condensada no interior do reservatório de ar.

14 - Reservatório de ar: Tanque onde o ar comprimido fica armazenado, sua

capacidade varia de acordo com o modelo.

15 - Mangueira trançada: Mangueira resistente à alta pressão temperatura

que transfere o ar sugado pelo cabeçote ao reservatório de ar.

16 - Válvula de retenção: Dispositivo responsável por reter o ar comprimido no

interior do reservatório, evitando assim seu retorno para o cabeçote quando o

compressor entra em estado de repouso.

17 - Válvula solenoide: Válvula responsável por aliviar a pressão contida no

cabeçote quando o compressor entra em estado de repouso, está localizada no

interior do compartimento do capacitor.

Page 31: COMPRESSORES DE PISTÃO

30

18 - Conector cotovelo: Mangueira resistente à alta pressão temperatura que

transfere o ar sugado pelo cabeçote ao reservatório de ar.

19 - Cabo de energia: Dispositivo responsável por reter o ar comprimido no

interior do reservatório, evitando assim seu retorno para o cabeçote quando o

compressor entra em estado de repouso.

4 INSTALAÇÃO E ESQUEMA ELÉTRICO

4.1 INSTALAÇÕES DE COMPRESSORES

Page 32: COMPRESSORES DE PISTÃO

31

Na instalação de um compressor, é preciso ter cuidado quando o movimenta

para que não ocorram quedas.

É necessário instalar o compressor em uma base de concreto que suporte

devidamente o peso, sendo um pavimento sólido e horizontal. Em tal instalação, o

reservatório de ar não pode chumbado rigidamente ao pavimento e se recomentada

que coloque amortecedores entre o pé do reservatório e a base de concreto.

Devem-se respeitar as distâncias mínimas de instalação para evitar possíveis

problemas em locais ventilados, livres de poeira, umidade e produtos químicos.

Quando isso não ocorre, é preciso instalar tubulações de sucção externa.

No processo de instalação se faz necessário posicionar a válvula de saída do

ar comprimido, fechar a válvula e por fim conectar a rede de ar à válvula. Logo após

um profissional competente realizará as ligações elétricas e por fim fazer uma

inspeção inicial de funcionamento.

Para instalar a chave magnética, deve-se ter uma proteção térmica em série

com o pressostato (automático) para o funcionamento automático de carga e

recarga do vaso de pressão/reservatório de ar. Depois, coloca um botão de

emergência (parada do motor) próximo ao compressor.

Utilizam-se fusíveis/disjuntores e relé de proteção térmica 10% acima da

amperagem do motor elétrico.

Na instalação elétrica do compressor se consulta um técnico especializado

para avaliar as condições gerais da rede elétrica e seleciona os dispositivos de

alimentação e proteção adequados. Para tal, devem ser seguidas as

recomendações especificadas na Norma Brasileira de Instalações Elétrica de Baixa

Tensão – NBR5410.

Inicialmente conectam-se os cabos do motor conforme indicado na plaqueta

de identificação do mesmo, observando a correspondente tensão e frequência da

rede elétrica.

Para uma melhor segurança, a carcaça do motor e o pressostato devem ser

adequadamente ligados ao fio terra da instalação. Os cabos de alimentação devem

ser dimensionados de acordo com a potencia do motor, tensão de rede e distância

da fonte de energia elétrica.

Page 33: COMPRESSORES DE PISTÃO

32

4.2 ESQUEMAS ELÉTRICOS - MOTORES MONOFÁSICOS

Figura 4.2.1 - Esquema elétrico - motores monofásicos. Fonte: Manual Pressure.

4.3 ESQUEMA ELÉTRICO - MOTORES TRIFÁSICOS DE PARTIDA DIRETA

Page 34: COMPRESSORES DE PISTÃO

33

Figura 4.3.1 - Esquema elétrico - motores trifásicos.Fonte: Manual Pressure.

5 MANUTENÇÃO, SEGURANÇA E RISCOS À SAÚDE

5.1 MANUTENÇÃO DE COMPRESSORES

Page 35: COMPRESSORES DE PISTÃO

34

A manutenção dos compressores consiste basicamente na observação do

nível do óleo lubrificante e na realização da troca de óleo quando a viscosidade não

estiver de acordo com o a boa lubrificação das peças móveis da unidade

compressora. Esse óleo irá dissipar o calor gerado pela fricção, reduzir os

vazamentos internos de ar, remover água de condensação, remover limalhas e

outros tipos de depósitos e proteger as peças contra corrosão. Dentro da unidade

compressora existe uma peça chamada salpico que tem a função de agitar o óleo

dentro da unidade compressora, espalhando-o por toda a superfície interna. Cada

marca possui suas próprias recomendações a respeito do tempo no qual deve ser

realizada a troca de óleo. No caso da pressure a primeira troca deverá ser realizada

após cinquenta horas de trabalho ou um mês de uso e as próximas trocas deverão

ser feitas após duzentas horas de trabalho ou dois meses de uso. Para realizar a

troca de óleo deve-se retirar o plug de entrada de óleo e depois o de saída de óleo.

Depois de esgotado todo o óleo, o plug de esgotamento deve ser posto no seu local

e, com o auxílio de um funil, o novo óleo deve ser colocado até atingir o nível

especificado. Vale esclarecer que para cada modelo de óleo existe uma quantia

adequada a ser colocada, de acordo com a figura 5.1.2. Não se devem misturar

óleos de marcas diferentes, pois isso poderá danificar o compressor.

Page 36: COMPRESSORES DE PISTÃO

35

Figura 5.1.1 - Esquema da lubrificação da unidade compressora.Fonte: Manual Pressure.

Figura 5.1.2 - Quantia adequada de óleo de acordo com o modelo.Fonte: Manual Pressure.

Page 37: COMPRESSORES DE PISTÃO

36

Figura 5.1.3 - Troca de óleo - Compressor de pistãoFonte: Manual Pressure.

5.2 FILTRO DE AR

O filtro de ar para captação é um componente de proteção da entrada de ar

da unidade compressora. Ele protege a entrada de poeira e limalhas de ferro, que

prejudicam o bom funcionamento do seu compressor, mas não protege a entrada de

gases como monóxido de carbono (CO) e dióxido de carbono (CO2).

A utilização de filtro de ar na captação não garante a qualidade do ar

comprimido gerado pelo compressor. Este ar comprimido é impróprio para o

consumo humano, salvo se instalados pós-filtros.

É preciso trimestralmente ou a cada 600 horas, substituir o elemento filtrante.

5.3 PROVÁVEIS CAUSAS E RESOLUÇÃO DE DEFEITOS

Page 38: COMPRESSORES DE PISTÃO

37

Os compressores podem apresentar falhas em sua fabricação ou, em função

de sua utilização, apresentar comportamento inadequado, como: aquecimento, baixa

vazão de ar comprimido, excesso de ruídos, consumo excessivo de óleo lubrificante,

enfim, indícios que irão indicar que o equipamento não está funcionado

corretamente. Com o objetivo de facilitar a localização do problema e os

procedimentos que devem ser tomados as fabricas fornecedoras dessas máquinas

dispõem um manual com uma série de casos ,onde devem ser tomadas medidas

específicas ou a assistência técnica deverá ser requisitada. Segue abaixo um

exemplo de uma tabela com diversas informações a respeito do compressor da

fabricante pressure.

Page 39: COMPRESSORES DE PISTÃO

38

Figura 5.3.1 - Quadro de defeitos e suas respectivas causas I. Fonte: Manual Pressure.

Figura 5.3.2 - Quadro de defeitos e suas respectivas causas II. Fonte: Manual Pressure.

Page 40: COMPRESSORES DE PISTÃO

39

Figura 5.3.3 - Quadro de defeitos e suas respectivas causas III. Fonte: Manual Pressure.

Figura 5.3.4 - Quadro de defeitos e suas respectivas causas IV. Fonte: Manual Pressure.

Page 41: COMPRESSORES DE PISTÃO

40

5.4 SEGURANÇA

As orientações experimentais, em particular, as orientações de segurança,

devem ser lidas cautelosamente anteriormente à preparação.

Os participantes no experimento devem ser orientados a cerca da operação

correta da unidade antes do experimento.

É imprescindível que as seguintes orientações de segurança sejam

observadas para operar de forma correta e livre de riscos.

5.5 RISCOS À SAÚDE

PERIGO! Cuidado ao realizar trocas nos componentes do sistema elétrico.

Existe risco de choque elétrico. Por isso, é importante primeiramente desconectar a

unidade da rede de alimentação. Somente autorize o conserto por equipe

especializada.

PERIGO! Cuidado próximo às superfícies quentes e aos componentes do

sistema. Existe risco de queimaduras. Antes de trabalhar no sistema, deixe-o

resfriar.

Page 42: COMPRESSORES DE PISTÃO

41

PERIGO! Cuidado com o mecanismo de transmissão. Existe risco de

ferimentos devido às peças giratórias. Sempre operar a unidade com uma proteção

da cesta.

5.6 RISCOS PARA OS EQUIPAMENTOS E FUNÇÃO

ATENÇÃO! O sistema não deve ser operado sem supervisão.

CUIDADO! Não modificar ou desabilitar os dispositivos de segurança. Não

adulterar as válvulas de segurança. Não efetuar modificações no comutador de

proteção de sobrecorrente!

CUIDADO! No medidor de fluxo, ao exceder a variação da medição superior a

20% pode causar danos ao seu funcionamento. Os picos de pressão e o fluxo

repentino causados pelas válvulas solenoides, válvulas de boia ou similares podem

acarretar danos irreparáveis à unidade.

Page 43: COMPRESSORES DE PISTÃO

42

6 CARACTERÍSTICAS GERAIS DO COMPRESSOR PRESSURE

6.1 CARACTERÍSTICAS GERAIS DOS COMPRESSORES DE AR PRESSURE

Para a realização desse trabalho, o manual do compressor de ar Pressure foi

utilizado como base para a construção da planta de um compressor industrial, assim

para melhores interpretações, serão detalhadas algumas informações relacionadas

ao seu respectivo compressor.

6.2 DEFINIÇÃO TÉCNICA DO COMPRESSOR DE PISTÃO

É uma máquina em que determinada quantidade de ar ocupante de um certo

espaço, é diminuído mecanicamente e alocado dentro de um reservatório,

resultando em um aumento interno de pressão.

6.3 DESCRIÇÃO GERAL

Os compressores de ar Pressure são equipamentos lubrificados a óleo,

resfriados a ar e acionados por correia através de um motor elétrico.

Os compressores podem estar sobre bases artesianos ou vasos de

pressão/reservatório de ar.

6.4 FUNCIONAMENTO

Page 44: COMPRESSORES DE PISTÃO

43

Primeiramente, ocorre a transformação da energia elétrica, que é fornecida ao

motor elétrico, em energia mecânica. Daí, essa energia é transmitida por meio de

correias para a unidade compressora.

Ocorre então, o movimento das bielas por meio dessa energia transferida,

que por sua vez, movimentam os pistões, fazendo o comprimento do ar contido nos

cilindros. Em seguida, o ar comprimido é levado, por meio da serpentina, sendo

armazenado no reservatório de ar.

Funcionamento em carga: A unidade compressora pressuriza o reservatório

de até atingir sua capacidade máxima de pressão regulado em fábrica, enquanto a

pressão de trabalho for inferior ao limite máximo. Em seguida, automaticamente, o

compressor é desligado através do pressostato(automático).

Funcionamento em carga: O compressor funcionará automaticamente até

atingir a pressão máxima de trabalho quando a pressão do reservatório baixar para

a pressão de recarga.

6.5 ITENS PRINCIPAIS

01-Unidade Compressora: aspira e comprime o ar atmosférico.

02-Vaso de Pressão/Reservatório de Ar: armazena o ar comprimido.

03-Motor Elétrico: aciona a unidade compressora através da polia e correia,

transformando energia elétrica em mecânica.

04-Pressostato: controla o funcionamento do compressor de modo a não permitir

que este exceda a pressão máxima de trabalho permitida.

05-Válvulas Piloto/Descarga: a válvula piloto controla o funcionamento do

compressor, não permitindo que este exceda a pressão máxima de trabalho,

acionando a válvula canhão para liberação de uma certa quantidade de ar,

diminuindo a pressão interna do reservatório.

06-Válvula de Retenção: retém o ar comprimido no reservatório de ar evitando

seu retorno quando o cabeçote para.

07-Válvula se Segurança: despressuriza o reservatório de ar no caso de

elevação da pressão máxima permitida.

Page 45: COMPRESSORES DE PISTÃO

44

08-Válvula de Alívio: despressuriza o interior da unidade compressora, de modo

que, o motor elétrico dê sua partida sem sofrer um grande esforço inicial.

09-Manômetro: indica a pressão no interior do reservatório de ar em lbf/pol², psig,

bar, kgf/cm².

10-Serpentina: tubo de ligação entre a unidade compressora e o reservatório que

resfria o ar comprimido conduzindo-o ar reservatório de ar.

11-Filtro de Ar: retêm as impurezas do ar captado no ar atmosférico.

12-Correia: transfere a energia mecânica do motor elétrico, sendo, da polia do

motor para o volante da unidade compressora.

13-Protetor de Correia: protege as partes giratórias, tais como: polia do motor,

volante e correia.

14-Polia: peça acoplada ao motor elétrico, transferindo a energia mecânica para

a correia.

15-Registro: controla a liberação de ar comprimido;

16-Purgador: registro de saída de condensado acumulado no interior do

reservatório.

17-Entrada de Óleo: orifício para entrada do óleo lubrificante.

18-Saída de Óleo: orifício de saída do óleo lubrificante.

19-Visor de nível de Óleo: indica o nível de óleo lubrificante no compressor de

maneira a auxiliar a necessidade de reposição.

20-Placa de Identificação: indica os dados técnicos do compressor.

21-Placa de Identificação do Reservatório: indica os dados técnicos do

reservatório.

22-Adesivo informativo: indica informações de uso, dados técnicos, linha e

modelo do compressor.

Observações:

- Pressostato: utilizado apenas em compressores de sistema intermitente.

- Válvulas Piloto/Descarga: utilizado apenas em compressores de sistema contínuo.

6.6 CUIDADOS

Page 46: COMPRESSORES DE PISTÃO

45

O uso inapropriado de um compressor de ar pode gerar danos não apenas

materiais como também físicos. No intuito de evitá-los, aconselha-se atentar e

seguir as recomendações abaixo:

1. Este equipamento:

Deve ser manuseado por uma pessoa capacitada. E para sua

manutenção, é necessário que o operados utilize Equipamentos de

Proteção Individual (EPI) apropriados para a atividade;

Possui partes quentes, elétricas e peças em movimento; sendo assim, não

deverá ser manuseados em locais onde pessoas não autorizadas,

crianças ou animais tenham acesso;

Deve ser instalado e operado em locais ventilados e com proteção contra

umidade ou incidência de água, devendo a entrada de ar estar sempre

limpa, inibindo a aspiração de resíduos através do filtro.

Necessita a ligação de um fio terra na carcaça do motor para segurança. A

não observância desse item pode causar choque elétrico;

Quando conectado à energia elétrica, pode ligar ou desligar

automaticamente em função da pressão no reservatório ou atuação de

elementos de proteção elétrica;

Pode provocar interferências mecânicas ou elétricas em equipamentos

sensíveis que estejam próximos;

2. O ar comprimido produzido é impróprio para o consumo humano, pois pode

conter monóxido de carbono e outras substâncias nocivas. Se usado para tal, é

necessária a instalação de filtros especiais após o compressor. Consulte a

PRESSURE para maiores informações.

3. Não altere a regulagem da válvula de segurança e do pressostato, pois os

mesmos já saem com regulagem de fábrica. Se for necessário algum ajuste no

pressostato, utilize o SAP (Serviço de Atendimento PRESSURE) mais próximo.

4. Nunca utilize extensão elétrica fora do especificado. Neste caso, mantenha

o compressor próximo à tomada e utilize uma mangueira de ar mais longa. A não

observância desta instrução poderá ocasionar danos na parte elétrica do

compressor e para o próprio usuário.

5. Não efetue a manutenção com o compressor ligado, não remova

acessórios fixados no reservatório quando o mesmo estiver pressurizado, não faça a

Page 47: COMPRESSORES DE PISTÃO

46

limpeza ou mexa na parte elétrica sem antes desconectar o compressor da rede

elétrica. A não observância destas orientações poderá causar danos físicos ao

usuário.

6. Nunca efetue a limpeza da parte externa do compressor com solvente.

Utilize detergente neutro.

7. Providencie para que não ocorra acúmulo de solventes, tintas ou outro

produto químico que possa ocasionar risco de explosão ou danos para o

compressor.

8. Nunca efetue reparos ou serviço de solda no reservatório, pois estes

podem afetar sua resistência ou ocultar problemas mais sérios. Se existir algum

vazamento, trinca ou deterioração por corrosão, suspende imediatamente a

utilização do equipamento e procure o SAP.

9. Após a instalação do equipamento no local de trabalho deve ser realizada

uma inspeção por um Profissional habilitado de acordo com a NR-13 do Ministério

do trabalho, o mesmo define a forma de inspeção prazo para serem realizado as

inspeções, sendo o prazo máximo para inspeção de cinco anos, abrindo um

"Registro de Segurança" devendo ser constituído de livro próprio, com páginas

numeradas, ou outro sistema equivalente onde serão registradas: a) todas as

ocorrências importantes capazes de influir nas condições de segurança da vaso de

pressão (reservatório de ar); b) As ocorrências de inspeções de segurança

periódicas e extraordinárias, devendo constar o nome legível e assinatura.

Recomenda-se a substituição do reservatório por um novo a cada 10 anos ou a

critério do engenheiro.

10. Antes de mudar de local desligue o compressor. Efetue uma boa fixação

ao transportar em veículos.

11. Na presença de qualquer anomalia no equipamento, suspenda

imediatamente o seu funcionamento e entre em contato com o SAP mais próximo.

6.7 PROCEDIMENTOS DE PARTIDA INICIAL

Após a instalação do compressor, deverá ser feito o procedimento de partida

inicial, no qual consistem as seguintes etapas: verificação do nível de óleo, que

Page 48: COMPRESSORES DE PISTÃO

47

deverá estar no centro do visor de nível; abrir totalmente o registro; acionar a chave

de partida e verificar se o sentido de rotação é o mesmo indicado pela seta

localizada no volante, caso o sentido não seja o mesmo, deve-se desconectar o

equipamento a rede elétrica; depois que as chaves de partida forem acionadas, é

preciso deixar o compressor trabalhar por certa de dez minutos para que haja a

lubrificação de todas as peças do compressor; em seguida fecha-se totalmente o

registro para que o compressor encha totalmente o reservatório, os compressores

de baixa e alta pressão desligarão (através do pressostato) ou entrarão em alívio

(através das válvulas piloto/descarga, se estiverem instaladas) automaticamente,

quando o manômetro indicar a pressão máxima permitida; o funcionamento da

válvula de segurança deve ser verificado, por fim, abri-se o purgador para drenar o

condensado (água) do reservatório e fecha-o em seguida; é preciso abrir o registro

para esvaziar totalmente o reservatório e fecha-o em seguida.

Ao final dos procedimentos de partida, o compressor Pressure está pronto

para operar, para tal, deve-se conectá-lo à rede de distribuição de ar e acionar o

motor elétrico. Quando o compressor atingir a pressão máxima, é preciso abrir o

registro deixando que o ar comprimido flua para a rede de distribuição. Para maiores

cuidados, é bom verificar a existência de vazamento ao longo da tubulação

utilizando uma solução de água e sabão e tomando as devidas providências.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Page 49: COMPRESSORES DE PISTÃO

48

Ao final da elaboração deste trabalho o grupo pode ampliar seus

conhecimentos com relação às informações e dados obtidos na elaboração da

planta de um processo de um compressor, compreendendo melhor as etapas e

componentes envolvidos.

Além disso, com a pesquisa realizada, foi possível compreender mais sobre

compressores em geral e principalmente compressores de pistão e suas aplicações.

Atentar para o modo de instalação, manutenção e o esquema elétrico dos

compressores, é de fundamental importância para saber como colocar o compressor

em funcionamento e mantê-lo seguro nas suas operações para evitar possíveis

problemas futuros.

O manual de instrução do compressor de ar Pressure foi utilizado como base

para a realização da planta de um processo e melhor entendimento de como um

compressor de ar pode ter sua aplicação, observando a melhor forma de manusear

o equipamento de modo a garantir um funcionamento seguro, uma boa eficiência e

uma maior vida útil do equipamento.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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SILVA, Emílio Carlos Nelli Silva. Apostila de Pneumática. São Paulo: Escola

Politécnica da USP, 2002.

PACHECO, Lucas de Macedo. Compressores. Pindamonhangaba: SENAI,

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Disponível em:

<http://www.pressure.com.br/download/manual_compressores_de_pistao.pdf>

Acesso: 21/09/2012.

Disponível em:

<http://www.feng.pucrs.br/lsfm/alunos/luc_gab/compressores.html> Acesso em: 23

setembro de 2012.