Comprimento ótimo das seções na cubagem rigorosa de...
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UNIVERSIDADE DE BRASLIA
FACULDADE DE TECNOLOGIA
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA FLORESTAL
Comprimento timo das sees na cubagem rigorosa de rvores de
Eucalipto para ajuste de modelos volumtricos e de taper
PEDRO FARIA LOPES
Braslia DF, 09 de julho de 2014.
UNIVERSIDADE DE BRASLIA
FACULDADE DE TECNOLOGIA
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA FLORESTAL
Comprimento timo das sees na cubagem rigorosa de rvores de
Eucalipto para ajuste de modelos volumtricos e de taper
Estudante: Pedro Faria Lopes, matrcula 10/04042
RG: 2.595.110 SSP DF
CPF: 028.686.671-47
Orientador: Prof. Renato Vincius Oliveira Castro
Trabalho apresentado ao
Departamento de Engenharia
Florestal da Universidade de
Braslia, como parte das
exigncias para obteno do
ttulo de Engenheiro Florestal.
Braslia DF, 09 de julho de 2014.
Agradecimentos
Agradeo ao Universo.
Graas e Louvores a todos os seres espirituais que me acompanham nesta jornada terrena.
Gratido aos Messias, seres na condio de Buda, Profetas, Pajs, Shamans e Druidas que,
com sua sabedoria, nos auxiliam a trilhar o caminho da retido.
Mximo respeito ao Leo Conquistador da Tribo de Jud, Haile Selassie I Jah Rastafari e a
Marcus Mosiah Garvey, por seus ensinamentos e ideais de Igualdade e Justia.
Gratido Santa Maria e seu amor.
Agradeo, sem encontrar as palavras certas,
minha Famlia
Ester Aparecida Faria e Zemir Lopes Nascimento, minha origem.
minha Companheira Mayara Bernardo Albuquerque e meu filho Ravi, pela emoo
indescritvel de ser pai, e por me permitirem sonhar junto.
Aos meus avs Eurpedes Mariano de Faria e Leila Coelho, pelo exemplo de trabalho,
perseverana e retido.
Ao meu tio Estevo pela sinceridade nos momentos mais importantes.
minha tia Ftima pela iniciao na cincia do autoconhecimento.
Agradeo aos estudantes egressos, da Universidade de Braslia, Juan Sugasti e Luiz Gustavo
Peirrut Pedrosa, por terem falado sobre os Sistemas Agroflorestais Sucessionais Biodiversos,
na aula de IEF, quando eu estava no 1 semestre do curso.
Agradeo de todo o corao ao agricultor, pesquisador Ernst Gtsch pelos inmeros
ensinamentos, pelas verdades ditas, pelo exemplo de vida e por me ajudar a encontrar um
sentido para a vida. Mudou completamente o meu modo de compreender a natureza.
Porque a vida no uma conserva, vida fluxo
Ernst Gtsch
Agradeo todos os colegas da UnB, especialmente da Engenharia Florestal que fizeram
parte dessa caminhada. impossvel escrever todos os nomes, os aprendizados, as trocas, as
festas, as msicas, as emoes, as viagens, as sementes plantadas, os grupos de estudos.
Tenho todos em meu corao!
Agradeo aos funcionrios da UnB, especialmente a Paula, ao Chiquinho, e ao Itamar.
Agradeo todos os professores da Universidade de Braslia que me propiciaram essa
graduao.
Gratido ao Professor Renato Vincius Oliveira Castro, pela pacincia, profissionalismo e
apoio durante a orientao desde trabalho.
Por fim, agradeo a todos aqueles que, por mais que no tenha me lembrado nesse momento
fizeram parte da minha caminhada como estudante, at este momento, Jah sabe o quanto
foram importantes!!
Nas alturas de Sio!
A enxada tambm uma espada,
assim como
a espada tambm uma enxada.
Na lavoura no se esqueam da rebelio,
mas rebelados, no se esqueam da lavoura.
Dispersos, voltem sempre a unir-se.
E lembre-se ainda:
Os caminhos do mundo no podem ser contrariados.
Miyamoto Musashi
RESUMO
O eucalipto amplamente utilizado nos florestamentos para aproveitamento como fonte
energtica (energia da biomassa), produo de celulose, chapas, construo civil e madeira
serrada, destacando-se o uso dos multiprodutos florestais. A necessidade de boas estimativas
de volumes comerciais nos cultivos florestais tem despertado o interesse pelo uso das funes
de afilamento. Com o intuito de testar diferentes comprimentos de sees na cubagem
rigorosa, foram selecionados 60 indivduos para a cubagem rigorosa, pelo mtodo destrutivo.
As rvores foram selecionadas ao acaso, respeitando um nmero de 10 rvores por cada classe
de dimetro, sendo as classes de dimetro: 810, 1012, 1214, 1618, 1820 e 20 22 cm,
esses dimetros foram medidos no DAP. Os dimetros com casca foram medidos com suta a
cada 0,25 m, at a altura comercial (dimetro igual a 4 cm), alm do DAP. Aps a cubagem
foram selecionadas aleatoriamente 40 rvores de forma proporcional em cada classe
diamtrica para ajuste dos modelos volumtricos e de taper, para cada um dos cinco mtodos
de amostragem referente aos comprimentos de sees. As 20 rvores restantes foram
utilizadas na validao do modelo volumtrico e do modelo de taper. Para verificar o efeito
do comprimento das sees durante a cubagem, na qualidade dos modelos volumtricos e de
taper, foram avaliados cinco diferentes mtodos, com combinaes de comprimentos de
sees, sendo que o mtodo A o mtodo consagrado de CAMPOS e LEITE, 2013, e os
mtodos B, C e D diminuem gradativamente as sees utilizadas at o modelo E, que
representa o maior esforo de cubagem, com as menores sees. Foi utilizado o modelo
volumtrico de Schumacher e Hall (1933) linearizado e o modelo de afilamento utilizado foi o
de Demaerschalk (1972). O teste t para amostras dependentes, para os modelos volumtricos,
no mostrou diferena significativa para nenhum mtodo de amostragem, portanto o mtodo
de amostragem A (menor esforo amostral), foi considerado a melhor alternativa. Para os
modelos de afilamento os mtodos B, C e E apresentaram diferena significativa pelo teste t
para amostras dependentes, e somente os mtodos A e D foram validados. O mtodo A foi
escolhido como a melhor alternativa por representar o menor esforo de coleta e os demais
modelos no apresentaram ganhos que justifiquem o aumento do esforo de cubagem.
Palavras chave: Funo de afilamento, Eucalipto, Schumacher e Hall e Demaerschalk.
ABSTRACT
Eucalyptus is widely used in forestation because of it use as an energy source (biomass
energy), pulp production, plates, construction and lumber, highlighting the use of forest
multiproducts. The need for good estimates of trade volumes on forest crops has raised
interest in the use of taper functions. In order to test different lengths of sections in cubing, 60
individuals were selected for cubing by the destructive method. The trees were selected
randomly, observing a number of 10 trees per diameter class, and the diameter classes are: 8
10, 10 12, 12 14, 16 18, 18 20 and 20 22 cm, these diameters were measured at the
DAP (1,30 m). The diameters, including the bark, were measured with calipers every 0.25 m,
to the commercial height (diameter of 4 cm), including the DAP. After cubing 40 trees were
randomly selected, in a proportional way, in each diameter class of volumetric models for the
adjustment of the volumetric and taper models, the remaining 20 trees were used in the
validation of the volumetric model and taper models. To verify the effect of the length of the
sections during the scaling, at quality of volumetric and taper models, five different methods
were evaluated with combinations of lengths of sections. The A method is the established
method of CAMPOS e LEITE, 2013 and B, C and D methods gradually decrease the sections
length until E method, which represents the largest effort in cubing, with smaller sections.
The models that were used were the linearized volumetric model of Schumacher and Hall
(1933) and the Demaerschalk (1972) taper model. The t test for dependent samples showed no
significant difference for any volumetric model. The A method was considered the best
alternative cause its already established in the consulted literature, and it represents the less
cubing effort. For the taper models B, C and E methods showed significant difference by t test
for dependent samples, and only A and D methods were validated. Method A was chosen as
the best alternative for representing the lowest collection effort, the other models showed no
gains that justify increasing the cubing effort.
Key words: Taper function, eucalyptus, Schumacher e Hall e Demaerschalk.
Sumrio
1. Introduo ........................................................................................................................... 1
2. Reviso de Literatura .......................................................................................................... 2
2.1 O eucalipto ................................................................................................................... 2
2.2 Cubagem e taper .......................................................................................................... 4
3. Material e Mtodos ............................................................................................................. 6
4. Resultados e Discusso ....................................................................................................... 9
4.1 Equaes Volumtricas Ajuste ................................................................................. 9
4.2 Equaes Volumtricas Validao ......................................................................... 11
4.3 Taper Ajuste ........................................................................................................... 13
4.4 Taper - Validao ...................................................................................................... 17
5 Concluses ........................................................................................................................ 19
6 Consideraes Finais ........................................................................................................ 19
7 Bibliografia ....................................................................................................................... 20
1
1. Introduo
As vegetaes nativas remanescentes no mundo no suportam mais a demanda
irracional por recursos florestais. Neste contexto as florestas plantadas so uma alternativa
explorao impensada de florestas nativas.
As florestas plantadas suprem grande parte da demanda por madeira, principalmente a
madeira destinada para produo de celulose e de energia. O gnero Eucalyptus
extremamente importante, pois se desenvolve rpido, quando comparado com outros gneros,
sendo utilizado para produo de energia, produo de celulose, aglomerados, postes de
cercas, estacas para escoramentos em construes civis e para obteno de madeira serrada,
dentre outros usos.
A produtividade florestal aumentou por diversos motivos, colocando o Brasil como
destaque na silvicultura mundial. Entre eles, os avanos tecnolgicos ocorridos ao longo das
ltimas dcadas, principalmente voltados ao melhoramento florestal. As condies
edafoclimticas favorveis permitiram ao Brasil obter o produto final com rotao mais curta
em relao aos pases de clima temperado. Isso fez com que os produtos de origem florestal
se tornassem competitivos no mercado externo (SANTOS, 2010).
Nesse contexto de busca por aumento de produtividade, uma tarefa importante para o
manejo florestal a estimao do volume de madeira estocada nas florestas. Tradicionalmente
se recorre a tcnicas de cubagem rigorosa de rvores-amostra, acompanhada de ajuste de
modelos volumtricos, para estimar o volume comercial. Estas tcnicas esto consolidadas
para estimar volume de rvores tanto em reas de produo (empresas) quanto em pesquisas
florestais. Entretanto, esses modelos no possibilitam a quantificao de sortimentos
(multiprodutos). O sortimento possibilita identificar diferentes produtos que os povoamentos
florestais podem oferecer (SOARES, 2002).
A modelagem do afilamento do fuste taper consegue representar a relao do
dimetro para qualquer altura, medida ou no. A integral de um modelo de afilamento permite
estimar o volume entre quaisquer segmentos ao longo do fuste (sortimento) e, desse modo,
pode-se maximizar o aproveitamento de uma rvore e, consequentemente, de um povoamento
florestal (SOUZA et al., 2008a). A forma do tronco das rvores, e os diferentes volumes para
mltiplos fins so bsicos nos estudos de planejamento e de viabilidade econmica
(ANGELO et al., 1997).
2
Diversos modelos matemticos tm sido propostos e empregados para exprimir o
perfil do fuste, contemplando as variaes de forma, segundo a espcie. O melhor modelo
depende dos objetivos, ou seja, enquanto determinado modelo tem melhor performance para
estimar dimetros (d) ao longo do fuste, ele pode no ser o melhor para calcular alturas
comercias (h) e volumes (V) (CAMPOS e LEITE, 2013). A maioria dos modelos de taper no
descreve todo o fuste com a mesma preciso. Por exemplo, a estimativa do volume
geralmente de baixa preciso na regio entre o nvel do terreno at o DAP (CAMPOS e
LEITE, 2013) e na parte superior da rvore, prxima ponteira. Os pesquisadores e tcnicos
das empresas florestais utilizam, para rvores de Eucalipto, o mtodo de cubagem pelo
mtodo destrutivo, que trata da derrubada das rvores-amostra e medio dos dimetros na
base (0m), e nas alturas de 0,50 m, 1 m, no DAP (1,3 m), 2 m e, em seguida, a cada 2 m at
um dimetro mnimo comercial (em torno de 4 cm).
A regio entre o nvel do solo e o DAP a regio com maior valor agregado das toras,
no entanto a regio com menor preciso nas estimativas de volume e uma regio que
apresenta, proporcionalmente, um nmero baixo de medies, em relao a rvore inteira.
Com base no exposto, o objetivo desse trabalho foi avaliar o comprimento timo de
cubagem para a determinao dos modelos volumtricos e de taper, verificar se reduzindo o
comprimento das sees de cubagem, existe uma melhoria da qualidade dos modelos
volumtricos e de taper para a estimao do volume total, comercial e de multiprodutos de
rvores de Eucalyptus, especialmente para a regio da base (0m) at o dap.
2. Reviso de Literatura
2.1 O eucalipto
O mundo est tendo a sua cobertura vegetal reduzida, devido presso que os seres
humanos exercem. Como uma alternativa explorao madeireira de vegetaes nativas, as
florestas plantadas vm ganhando cada vez mais espao. O setor industrial de base florestal
tem sido marcado por um processo de utilizao crescente de madeiras provenientes de
florestamento, o que coloca o Brasil em sintonia com a ordem mundial, que enfatiza a
preservao das florestas naturais e incentiva a implantao de florestas renovveis (SOARES
et al., 2003).
Atualmente h um aumento da fiscalizao na tentativa de reduzir as presses sobre as
florestas nativas, mas por outro lado o consumo de madeira crescente. Com isso, o
3
Eucalipto, engloba trs gneros da famlia Myrtaceae, uma alternativa vivel para abastecer
este mercado devido, principalmente, ao seu rpido crescimento e s tecnologias silviculturais
j desenvolvidas para sua produo(CARVALHO, 2010).
Os projetos de florestamento no Brasil tiveram incio com a introduo do eucalipto
em 1904 (SOARES et al., 2003). O Programa de Incentivos Fiscais, iniciado no final da
dcada de 60, proporcionou ao setor florestal brasileiro uma significativa expanso,
resultando no aumento considervel das reas plantadas com eucalipto (MURTA-JNIOR,
2013). Aliado a isso, um fato que marcou a silvicultura brasileira, foi a Lei 5.106 de 1966 que
instituiu os incentivos fiscais, dando grande impulso para o crescimento da rea de florestas
plantadas (SANTOS, 2010). A pesquisa florestal foi importante neste processo, em particular
quanto ao melhoramento gentico de espcies de eucalipto, aumentando a eficincia na
formao de hbridos altamente produtivos.
No ano de 2012, a rea plantada com espcies de eucalipto totalizou 5.102.030
hectares, 76,6% da rea total de florestas plantadas no Brasil, e o Valor Bruto da Produo
Florestal estimado para florestas plantadas correspondeu a R$ 56,3 bilhes, neste mesmo ano.
Estima-se que o setor florestal manteve 4,4 milhes de postos de empregos, incluindo
empregos diretos (0,6 milho), empregos indiretos (1,3 milhes) e empregos resultantes do
efeito-renda (2,4 milhes) (ABRAF, 2013).
O Brasil tornou-se ainda mais competitivo economicamente no setor florestal, pois as
condies edafoclimticas e fundirias, aliadas aos fatores poltica de investimento em
pesquisa e desenvolvimento, verticalizao do setor e qualidade de mo de obra empregada,
proporcionam uma maior produtividade por hectare e, consequentemente, um menor ciclo de
colheita para os plantios florestais estabelecidos no Brasil, em relao aos demais pases
produtores (ABRAF, 2013).
A madeira de eucalipto, por sua vez, amplamente utilizada nos florestamentos e
reflorestamentos para aproveitamento como fonte energtica (energia da biomassa), produo
de celulose, aglomerado, construo civil e madeira serrada, destacando-se o uso dos
multiprodutos florestais (MRA, 2011).
Diante desse contexto, aumenta-se a necessidade da realizao de trabalhos que visem
uma administrao mais eficiente dos recursos florestais, ou seja, que busquem um maior e
melhor aproveitamento da matria-prima e consequente aumento no retorno econmico do
4
empreendimento a partir da agregao de valores aos produtos possveis de serem obtidos
(LEITE et al., 2011).
2.2 Cubagem e taper
A cubagem consiste na realizao de medidas sucessivas dos dimetros ao longo do
fuste de rvores, para a quantificao de volume. Elas podem ser derrubadas ou escaladas
para a realizao destas medidas. O mtodo de medio mais empregado consiste na medio
do dimetro na base (0m), e nas alturas de 0,50 m, 1 m, no DAP (1,3 m), 2 m, e em seguida, a
cada 2 m at um dimetro mnimo comercial (em torno de 4 cm) (CAMPOS e LEITE, 2013)
(Figura 1).
Figura 1. Mtodo de medio as rvores na cubagem rigorosa. Adaptado de Campos e Leite (2013).
O fuste das rvores apresenta formas bastante variveis, modificando- se de acordo
com a espcie e at mesmo dentro da mesma espcie. A forma varia de indivduo para
indivduo, conforme as condies edafoclimticas, os tratamentos silviculturais e a posio
sociolgica em que cada rvore se desenvolve (MRA, 2011).
No processo de cubagem, importante que sejam levados em considerao os fatores
que influenciam a forma das rvores. Devido a isso, importante definir os estratos de
cubagem (MURTA-JNIOR, 2013). Na prtica, quanto maior o nmero de estratos, maior a
preciso, porm maior tambm o custo de amostragem devido ao aumento do nmero de
rvores para suficincia amostral em cada estrato (OLIVEIRA et al., 2009).
5
A frequncia dos dados de cubagem est diretamente relacionada com a variao em
dimetro e forma das rvores da populao. Para melhor atendimento dessa variao, as
rvores-amostra devem abranger todas as classes de dimetro (DAP) a partir de um dimetro
mnimo especificado, observando-se, de preferncia, a mesma frequncia por classe
(CAMPOS e LEITE, 2013).
A necessidade de boas estimativas de volumes comerciais nos cultivos florestais tem
despertado o interesse pelo uso das funes de afilamento. Essas funes permitem a
estimativa do dimetro em uma altura qualquer do fuste, da altura comercial para um dado
dimetro, ou, ainda, do volume at um dimetro mnimo qualquer. Resultados mais
elaborados de inventrio tm sido obtidos, enriquecendo a tradicional informao de volume
total e volume por unidade de rea (YOSHITANI JUNIOR et al., 2012).
Normalmente, para se estimar o volume de rvores individuais so empregadas
equaes de volume ou de afilamento de fuste (taper) que dependem de dados de cubagem
para serem geradas (MURTA-JNIOR, 2013). Os modelos de taper buscam descrever o
afilamento do fuste conforme a altura cresce, e a integral da equao permite obter a forma da
rvore. Uma vez descrito o perfil da rvore, possvel estimar o dimetro para qualquer
altura, ou seja, quantificar os multiprodutos da madeira (CAMPOS e LEITE, 2013).
Os dados para o ajuste de equaes volumtricas e de taper consistem no corte de
rvores-amostra, onde so medidos os dimetros com e/ou sem casca ao longo do fuste, bem
como as alturas em que estes ocorrem, alm da altura total. Essas rvores devem estar
dispersas pela populao-objeto, de modo a assegurar a representatividade da amostra a ser
utilizada (CAMPOS e LEITE, 2013).
Pode-se afirmar que a multiplicidade de produtos florestais possveis de se obter a
partir dos povoamentos de eucalipto permite empresa florestal direcionar suas atividades
para o fornecimento destes multiprodutos. Tal procedimento representa um diferencial
competitivo, pois agrega uma crescente flexibilidade no que diz respeito comercializao
dos produtos de determinada empresa, propiciando a reduo dos riscos de prejuzos
(SOARES et al., 2003)
Uma vez realizada a qualificao e quantificao dos produtos madeireiros das rvores
(volumes comerciais), evidencia-se a potencialidade dos cultivos florestais para uma
combinao de usos de material lenhoso, de suma importncia no planejamento florestal
(YOSHITANI JUNIOR et al., 2012).
6
um fato claro que equaes de afilamento so mais atrativas de uso em manejo
florestal, por permitirem o sortimento de uma rvore, para diferentes comprimentos de toras,
em um mesmo dimetro comercial ou para um mesmo comprimento de toras com diferentes
dimetros comerciais. Isso implica em conhecer o volume e o nmero de toras em uma rvore
(MRA, 2011).
Para gerar as equaes volumtricas e de taper pode-se ainda, obter as informaes
dos dimetros ao longo das rvores em p, empregando-se instrumentos especficos como o
telerelascpio, pentaprisma, ou criterion (OLIVEIRA et al., 2009). Entre os modelos
volumtricos, o de Schumacher e Hall (1933) o mais usado para as espcies de eucalipto
(MRA, 2011). Os modelos de taper mais difundidos no meio florestal so Kozak et al.
(1969) e Demaerschalk (1972) (MRA, 2011). Com a frequente evoluo da tecnologia, a
fabricao de novos hardwares e a criao de novos softwares, os ajustes de modelos no
lineares esto sendo obtidos com grande facilidade (MRA, 2011).
As funes de afilamento, quando comparadas com as funes de volume, possuem
preciso equivalente. No entanto apresentam muito mais vantagens, na medida em que
permitem estimar volume de qualquer poro da rvore devido a sua alta flexibilidade,
possibilitando assim maior amplitude de informaes geradas, quando essas so necessrias
(QUEIROZ et al., 2006).
A tendncia atual que parte dos plantios de eucalipto sejam utilizados segundo o
conceito de florestas de multiprodutos, onde de um mesmo fuste de uma rvore consegue-se
extrair madeira para laminao, serraria, fabricao de papel e celulose, e, ainda, o
aproveitamento dos resduos da madeira para fabricao de chapas de fibras e gerao de
energia, entre outros produtos (SOARES, 2002). Esse fato tem justificado a realizao de
estudos na tentativa de aliar estimativas confiveis praticidade de utilizao das funes que
propiciam tais estimativas (SOUZA, et al., 2008b).
3. Material e Mtodos
A rea de estudo contempla dois hectares de povoamentos do eucalipto hbrido clonal
(GG100) com cinco anos de idade, localizada na Fazenda gua Limpa - FAL/UnB, em
Braslia, Distrito Federal, com ponto central do povoamento nas coordenadas 155802.46S
e 475324.58O. O solo predominante da regio o Latossolo Vermelho, o espaamento
utilizado foi o de 3 m x 2 m, a temperatura mdia de, aproximadamente, 21C e a
precipitao mdia, de 1600 mm.ano-1.
7
Foram selecionados 60 indivduos para a cubagem rigorosa, pelo mtodo destrutivo.
As rvores foram selecionadas ao acaso, respeitando um nmero de 10 rvores por cada classe
de dimetro.
A amplitude das classes de dimetro foi obtida com base na distribuio diamtrica,
calculada aps a realizao de um censo do povoamento em questo. As classes de dimetro
utilizadas no presente trabalho so: 810, 1012, 1214, 1618, 1820 e 20 22 cm, esses
dimetros foram medidos no DAP.
Aps a cubagem foram selecionadas aleatoriamente 40 rvores de forma a se obter
uma proporo semelhante de rvores de cada classe diamtrica para ajuste dos modelos
volumtricos e de taper, para cada um dos cinco mtodos de amostragem referente aos
comprimentos de sees. Para tal foram selecionadas ao acaso 6 rvores de cada classe
diamtrica, o que totaliza 36 rvores, e as 4 rvores necessrias para totalizar 40 foram
selecionadas ao acaso entre as classes diamtricas. As 20 rvores restantes foram utilizadas na
validao do modelo volumtrico e do modelo de taper.
Os dimetros com casca foram medidos com suta a cada 0,25 m, at a altura comercial
(dimetro igual a 4 cm), alm do DAP ( 1,3 m de altura). Para verificar o efeito do
comprimento das sees durante a cubagem, na qualidade dos modelos volumtricos e de
taper, foram avaliados cinco diferentes mtodos, com combinaes de comprimentos de
sees:
- Mtodo A: medio dos dimetros 0 m (base); 0,50 m; 1,00 m; 1,30 m (DAP);
2,00 m, e a partir dessa altura, a cada 2,00 m at a altura comercial (CAMPOS e LEITE,
2013);
- Mtodo B: a cada 0,25 m, a partir da base (0 m) at a altura de 1,00 m; 1,30 m
(DAP); 2,00 m; e a partir dessa altura, a cada 2,00 m at a altura comercial;
- Mtodo C: a cada 0,25 m, a partir da base (0 m) at a altura de 2,00 m; alm do DAP
(1,30 m) e a partir dessa altura, a cada 2,00 m at a altura comercial;
- Mtodo D: a cada 0,25 m, a partir da base (0 m) at a altura de 2,00 m; alm do DAP
(1,30 m) e a partir dessa altura, a cada 1,00 m at a altura comercial;
- Mtodo E: a cada 0,25 m at a altura comercial, alm do DAP.
8
Para determinao do volume de cada seo das rvores foi utilizando o mtodo de
Smalian (CAMPOS e LEITE, 2013):
= (1 + 2
2)
Em que:
V = volume do tronco, em m; g = rea seccional, dada por =
40.000, em m; Di = dimetros nas
extremidades da seco em questo; Li = comprimento da seo em questo.
O volume total de cada indivduo foi obtido pela frmula:
= /
Para gerar as equaes volumtricas foi utilizado o modelo volumtrico de
Schumacher e Hall (1933) linearizado:
ln() = 0 + 1 ln + 2 ln
Em que:
V o volume (m); dap o dimetro 1,3 m (cm); Ht a altura total (m) e i = parmetros a serem
estimados.
O modelo de afilamento (taper) utilizado foi o modelo de Demaerschalk (1972):
32
Ht .22
h)-(Ht .2
12
.02
10
2d
dap
dap
Em que:
d dimetro (cm) em qualquer altura (h, em m); dap o dimetro 1,3 m (cm); Ht a altura total (m) e
i = parmetros a serem estimados.
O erro mdio percentual foi calculado para cada estimativa, por meio da seguinte
expresso:
% = ( )
100
9
A qualidade dos ajustamentos foi avaliada pela anlise de resduos e pelas estatsticas:
coeficiente de correlao mltipla (R) e pelo teste t para amostras dependentes (CAMPOS e
LEITE, 2013) entre os volumes (para o modelo de Schumacher e Hall e para o modelo de
Demaerschalk).
A validao foi realizada aplicando as equaes ajustadas base de dados das 20
rvores (no utilizadas no ajuste). Com o objetivo de selecionar a melhor metodologia para
estimativa dos volumes totais e comerciais de rvores de Eucalyptus, utilizando-se dos
mesmos critrios estatsticos utilizados nos ajustes.
4. Resultados e Discusso
4.1 Equaes Volumtricas Ajuste
O modelo volumtrico de Schumacher e Hall (1933) foi ajustado conforme as
equaes j descritas, a seguir so apresentadas as equaes utilizadas para o clculo de
volume para os cinco mtodos, com os respectivos parmetros (i) e os respectivos
coeficientes de determinao (R):
Mtodo A: R = 0,9784
ln() = 9.95517 + 1.87866 ln DAP + 1.00685 ln + 0,0128
Mtodo B: R = 0,9769
ln() = 9,97673 + 1,888588 ln DAP + 1,00474 ln + 0,0128
Mtodo C: R = 0,9780
ln() = 9,97630 + 1,88661 ln DAP + 1,00624 ln + 0,0128
Mtodo D: R = 0,9769
ln() = 9,90026 + 1,86957 ln DAP + 0,99846 ln + 0,0128
Mtodo E: R = 0,9773
ln() = 9,85174 + 1,84929 ln DAP + 1,00117 ln + 0,0128
10
Na Figura 2 apresentada a distribuio dos resduos percentuais, com os erros
distribudos, visualmente, de forma homocedstica e disperso aceitvel para as estimativas
volumtricas para os mtodos de cubagem utilizados.
Figura 2. Grficos de volume total estimado e erro percentual referentes ao ajuste do modelo volumtrico
Schumacher e Hall (1933) linearizado para os mtodos de amostragem A, B, C, D e E.
Na Figura 3, so apresentados os grficos de disperso entre os volumes observados e
estimados pelo modelo volumtrico Schumacher e Hall (1933) linearizado para os mtodos de
cubagem A, B, C, D e E.
Figura 3. Grficos de volume total observado e volume total estimado percentual referentes ao ajuste do modelo
volumtrico Schumacher e Hall (1933) linearizado para os mtodos de amostragem A, B, C, D e E.
11
Todas as equaes de estimao dos volumes das rvores apresentaram coeficientes de
determinao maiores que 0,97, que indica alta preciso entre as estimativas e os valores reais
das variveis analisadas (Figura 3), com maior valor de coeficiente de determinao ajustado
(R) para o mtodo de cubagem A.
Os resultados do teste t para amostras dependentes (Tabela 1), entre os volumes
observados e estimado no mostrou diferena significativa para nenhum mtodo de cubagem.
Tabela 1. Valores encontrados no teste t para amostras dependentes e o respectivo valor p, entre volume total
observado e volume total estimado, referentes ao ajuste do modelo volumtrico de Schumacher e Hall (1933)
linearizado para os mtodos de amostragem A, B, C, D e E.
Mtodo de cubagem t para amostras dependentes Valor p
A 0,235992 0,814674
B 0,208571 0,835868
C 0,211089 0,833917
D 0,236430 0,814336
E 0,259302 0,796766
4.2 Equaes Volumtricas Validao
Observou-se o mesmo poder de estimao dos volumes aos dados de validao pelas
equaes resultantes do modelo de Schumacher e Hall (1933) linearizado para os mtodos de
amostragem A, B, C, D e E, com ligeira superestimao dos menores volumes (Figura 4).
Figura 4. Grficos de volume total estimado e erro percentual referentes validao do modelo volumtrico
Schumacher e Hall (1933) linearizado para os mtodos de amostragem A, B, C, D e E.
12
Na Figura 5 possvel verificar, em todos os grficos, uma distribuio bem uniforme,
com anlise visual bem prxima e todos os mtodos apresentaram coeficiente de
determinao superior a 0,99.
Figura 5. Grficos de volume total observado e volume total estimados referentes validao do modelo
volumtrico Schumacher e Hall (1933) linearizado para os mtodos de amostragem A, B, C, D e E.
Na validao tambm foram observadas estimativas muito semelhantes entre as
equaes originadas pelos diferentes mtodos de amostragem e coeficientes de correlao
superiores a 0,99.
O teste t para amostras dependentes (Tabela 2), entre os volumes observados e
estimado no mostrou diferena significativa para nenhum mtodo de amostragem (Tabela 4).
Tabela 2. Valores encontrados no teste t para amostras dependentes e o respectivo valor p, entre volume total
observado e volume total estimado, referentes validao do modelo volumtrico de Schumacher e Hall (1933)
linearizado para os mtodos de amostragem A, B, C, D e E.
Mtodo de cubagem t para amostras dependentes Valor p
A -0,285882 0,778062
B -0,383999 0,705243
C -0,394406 0,697674
D 0,146206 0,885299
E -0,235766 0,816137
O mtodo de cubagem A (menor esforo amostral), apesar de no aparecer como
alternativa superior nos indicadores estatsticos a melhor alternativa, visto que j um
mtodo consagrado, representa o menor esforo de coleta e, consequentemente, o menor
13
tempo de coleta. Os demais mtodos de amostragem no representaram ganhos que
justifiquem o maior esforo.
4.3 Taper Ajuste
O modelo de afilamento (taper) de Demaerschalk (1972) foi ajustado conforme as
equaes j descritas, a seguir so apresentadas as equaes, calculadas com ajuda do
software Statistica 7, utilizadas para os cinco mtodos, com os respectivos parmetros (i) e
os respectivos coeficientes de determinao (R):
Mtodo A: R = 0,9828
-0,80380*2Ht .
0,79173*2h)-(Ht .
20,86651*2DAP .
0,20552*210
2
DAP
d
Mtodo B: R = 0,9822
-0,79640*2Ht .
0,78624*2h)-(Ht .
20,85988*2DAP .
0,20836*210
2
DAP
d
Mtodo C: R = 0,9821
-0,79158*2Ht .
0,78165*2h)-(Ht .
20,86592*2DAP .
0,19954*210
2
DAP
d
Mtodo D: R = 0,9809
-0,76091*2Ht .
0,75661*2h)-(Ht .
20,86795*2DAP .
0,18784*210
2
DAP
d
Mtodo E: R = 0,9809
-0,69980*2Ht .
0,71612*2h)-(Ht .
20,87232*2DAP .
0,14822*210
2
DAP
d
14
Figura 6. Grficos de dimetro observado e dimetro estimado referentes ao ajuste do modelo de taper
Demaerschalk (1972) para os mtodos de amostragem A, B, C, D e E.
Os modelos apresentaram leve tendncia de subestimar os valores nos dimetros
inferiores a 5 cm e superiores a 15 cm (Figura 7).
A anlise visual dos grficos permite observar que, ao diminuir o tamanho das sees,
os erros ficaram melhor distribudos entre a subestimao e a superestimao (Figuras 7 e 8).
Figura 7. Grficos de dimetro estimado e erro percentual referentes ao ajuste do modelo de taper
Demaerschalk (1972) para os mtodos de amostragem A, B, C, D e E
15
Houve um aumento gradual do coeficiente de determinao ajustado R com a
diminuio do tamanho das sees, o que j era esperado devido ao aumento do n da amostra
(Figura 8).
Figura 8. Grficos de volume/seo observado e volume/seo estimado referentes ao ajuste do modelo de taper
Demaerschalk (1972) para os mtodos de amostragem A, B, C, D e E.
A Figura 8 ilustra que, logicamente, quanto menor o comprimento das sees, menor o
volume dessas sees, e que as menores sees apresentam uma menor variao de volume
entre si.
Quando totalizados os volumes das rvores aps a estimativa dos dimetros ao longo
dos fustes (pelo modelo de taper ajustado para cada mtodo de amostragem) foi observada
uma tendncia muito semelhante entre os modelos (Figuras 9 e 10). Entretanto, de acordo
com o teste t (Tabela 5), as equaes obtidas pelos mtodos A e D foram selecionadas para a
validao.
16
Figura 9. Grficos de volume total observado e volume total estimado referentes ao ajuste do modelo
de taper Demaerschalk (1972) para os mtodos de amostragem A, B, C, D e E.
Figura 10. Grficos de volume total estimado e erro percentual referentes ao ajuste do modelo de taper
Demaerschalk (1972) para os mtodos de amostragem A, B, C, D e E.
Pela anlise visual dos grficos, todos mtodos apresentaram uma distribuio
uniforme e considerada aceitvel.
17
Figura 11. Grficos de volume/seo observado e erro percentual referentes ao ajuste do modelo de taper
Demaerschalk (1972) para os mtodos de amostragem A, B, C, D e E.
Os resultados do teste t para amostras dependentes (Tabela 3) entre os volumes
observados e estimados mostrou diferena significativa para os mtodos de amostragem B, C
e E, portanto somente os modelos A e D foram validados (Tabela 4).
Tabela 3. Valores encontrados no teste t de Student e o respectivo valor p, para volume total observado e
volume total estimado, referentes ao ajuste do modelo de taper para os mtodos de amostragem A, B, C, D e E.
Mtodo de amostragem t para amostras dependentes Valor p
A 1,367117 0,172259
B 2,261785 0,024081*
C 2,855073 0,004447*
D 1,845788 0,065238
E 2,868391 0,004156* * Mtodos que apresentaram diferena significativa pelo teste t de Student
4.4 Taper - Validao
O modelo de afilamento (taper) de Demaerschalk (1972) foi validado utilizando as
equaes e os parmetros obtidos no ajuste, anteriormente descritas e os resultados so
apresentados a seguir:
18
Figura 12. Grficos de dimetro observado e dimetro estimado referentes ao ajuste do modelo de taper
Demaerschalk (1972) para os mtodos de amostragem A e D.
O modelo D apresentou um valor de R ligeiramente superior e ambos apresentaram
uma tendncia de subestimar os dimetros acima de 18 centmetros.
Ambos os modelos apresentaram tendncias de subestimar os dimetros menores, com
maior intensidade nos dimetros at 7 centmetros. Por anlise visual o modelo D parece
melhor distribudo (Figura 13).
Figura 13. Grficos de dimetro estimado e erro percentual referentes ao ajuste do modelo de taper
Demaerschalk (1972) para os mtodos de amostragem A e D.
O modelo D apresenta um coeficiente de determinao ajustado R maior, e uma
amplitude de volume/seo menor e visualmente os dados apresentam-se mais bem dispersos
na linha 1:1 (Figura 14). A mesma tendncia observada para o volume total (Figura 15).
Figura 14. Grficos de volume/seo observado e volume/seo estimado referentes ao ajuste do modelo de
taper Demaerschalk (1972) para os mtodos de amostragem A e D.
19
Figura 15. Grficos de Volume total observado X Volume total estimado, referentes validao do modelo de
taper para os mtodos de amostragem A e D.
Pelos resultados do teste t para amostras dependentes (Tabela 4) entre os volumes
observados e estimados pode-se observar que ambas as metodologias estimaram com preciso
e o mtodo A apresentou melhor resultados neste teste.
Tabela 4. Valores encontrados no teste t para amostras dependentes e o respectivo valor p para
volume/seo observado e volume/seo estimado, referentes validao do modelo volumtrico para os
mtodos de amostragem A e D.
Mtodo de cubagem t para amostras dependentes Valor p
A 0,885538 0,376772 D 1,503991 0,133243
O mtodo de cubagem D no representou ganhos estatsticos que justifiquem o
aumento do esforo de cubagem, portanto o mtodo de cubagem A foi considerado superior.
5 Concluses
Para modelos volumtricos o mtodo de amostragem atualmente consolidado (CAMPOS e
LEITE, 2013), Mtodo A, foi considerado melhor;
Para modelos de taper o mtodo de amostragem atualmente consolidado (Mtodo A) foi
considerado melhor;
6 Consideraes Finais
necessrio a realizao de testes semelhantes utilizando diferentes modelos volumtricos
e de afilamento.
20
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