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COMPUTAÇÃO SOCIAL O que representa em termos de comunicação entre

pessoas?

Projeto FEUP 2014 – MIEIC + MIEIG

Coordenadores Gerais Coordenador de Curso

Armando Sousa Rosaldo Rosseti

Manuel Firmino

Grupo 5

Supervisor: José Magalhães Cruz Monitor: Dalila Lima

José Cruz [email protected] José Vieira [email protected]

José Nogueira [email protected] Luís Carvalho [email protected]

mailto:[email protected]




Computação Social – O que representa em termos de comunicação com as pessoas?

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Resumo O objetivo primordial deste relatório é o de investigar a forma como a tecnologia hoje em dia influencia a comunicação entre as pessoas. A “Computação Social”, que é o tema abordado ao longo deste documento, é algo de extrema importância atualmente, mas que passa despercebida, já que a interface das tecnologias digitais tornou possível qualquer pessoa utilizar os gadgets de forma intuitiva, sem precisar de conhecer o seu funcionamento.

A computação social afeta a sociedade do novo milénio a praticamente todos os níveis, quer nos setores económicos, quer nos meios de informação e comunicação. Compreender o que é a computação social e no que é que se baseia é essencial para que se possa tirar o maior proveito desta tecnologia, que faz funcionar um planeta inteiro.

Assim, este relatório não se dirige apenas a pessoas com vista a conhecimento

especializado, mas também ao público em geral, que está em contacto permanente com

este tipo de tecnologias.

Palavras-chave computação, sociedade, tecnologias, comunicação, telecomunicação, internet


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Índice Lista de figuras .............................................................................................................................2

1. Introdução ................................................................................................................................3

2.1. O que é a computação social? ...........................................................................................3

2.2. Exemplos da aplicação da computação social ...................................................................3

3. O novo significado de comunicação .........................................................................................5

3.1. A evolução da comunicação ..............................................................................................6

3.1.1. A forma como os smiles influenciam o cérebro humano............................................6

3.2. A importância da computação social .................................................................................7

3.3. A sociedade digital: evolução ou recessão? ......................................................................8

4. A computação social na atualidade ..........................................................................................9

4.1. Impacto da utilização do software na alteração do modo vida e das pessoas ..................9

4.2. A forma como a computação social afeta os idosos ........................................................11

5. O futuro da computação social ..............................................................................................12

5.1. Outras formas de usar as redes sociais ...........................................................................12

5.2. Até que ponto evoluirá a computação social e para o que é que poderá ser utilizada? .12

6. Conclusões .............................................................................................................................13

Referências bibliográficas ..........................................................................................................14

Lista de figuras Figura 1 - Empresas com 10 e mais pessoas que utilizam computador com ligação à Internet e

têm presença na internet (PORDATA 2014) .................................................................................7

Figura 2 - Agregados domésticos com computador e ligação à Internet (PORDATA 2014) ..........9

Figura 3 - Computadores com ligação à Internet no ensino básico e secundário: total e por nível

de ensino – Continente (PORDATA 2014) ..................................................................................10


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1. Introdução No âmbito da unidade curricular Projeto FEUP foi atribuída ao nosso grupo a tarefa de realizar um trabalho que pudesse demonstrar qual é o efeito da computação social na comunicação entre pessoas.

Com efeito, decidimos investigar este tópico e, baseando-nos em estudos e

artigos feitos por entidades com grande domínio na matéria, tentámos compor de forma

simples e eficaz o conhecimento que adquirimos, para que possa ser transmitido e

compreendido por quem agora lê este relatório.

2.1. O que é a computação social? Geralmente quando se aborda o tema “computação”, o pensamento dos

interlocutores é direcionado para um campo distante da sociedade em geral em que predominam termos e questões técnicas avançados, como é o caso de códigos de programação, circuitos ou linguagens de criação de software.

No entanto “Por mais que computadores sejam objetos ‘frios e calculistas’, são pessoas quentes e com emoções que os operam. Computadores e toda a tecnologia relativa a eles – como programas e até a própria internet – são em si ferramentas para serem usados como meios para atingir várias finalidades” (in tecmundo.com.br - 1/10)

Assim as aplicações computacionais têm cada vez mais aplicações no quotidiano dos utilizadores. Contudo o Homem tem o intuito de direcionar estas aplicações principalmente para o campo da socialização, de forma a torná-la mais rápida e mais simples.

Consequentemente, surge a pergunta “Então o que é a computação social?”. A discussão em torno desta questão é vasta, surgindo várias definições. Hook defende que é a possibilidade dos cidadãos de criarem uma vida social online, visão que também é partilhado pelo Social Computing Group da IBM e pelo Social Computing Group da Microsoft. Já Ashok Rao partilha da opinião que é a hipótese de criação de plataformas de pesquisa e de software com aplicações eletrónicas, de lazer, estudantis, governamentais, entre outras. (in http://infocat.ucpel.tche.br/disc/cs/index_arquivos/Page432.htm - 01/10)

Em suma, “Estas ferramentas permitem não só a pesquisa, mas também oferecem condições para que o conhecimento seja partilhado e socializado” (Jantsch, Machado, Behar,Lima; 2012; p.173).

Através deste fenómeno social deu-se a criação de redes de interação social à distância, mas também o aparecimento de termos como a “colaboração na Web” ou “inteligência coletiva”.

2.2. Exemplos da aplicação da computação social Vivemos numa época em que os seres humanos sentem cada vez mais a

necessidade de estabelecerem comunicação, descobrindo nas redes sociais a melhor forma de se “ligarem” e estarem sempre em contacto.

http://infocat.ucpel.tche.br/disc/cs/index_arquivos/Page432.htm


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O número de redes sociais cresceu imenso… Todos os dias são criadas novas contas e novos perfis, são enviadas novas mensagens, são publicadas mais fotos, tudo isto numa corrente de informação que não parece ter fim! Ao longo do tempo as opções dentro das redes sociais têm sido vastas...

O Facebook é atualmente a rede social mais usada e popular do

mundo. A soma de todos os seus utilizadores ultrapassa os 1 230

milhões (SIC Noticias - 04/02/2014), ou seja, contando que cada pessoa

possui uma só conta nesta rede social, isso equivale a cerca de 18% da

população mundial!

O Twitter conta com 310 milhões de utilizadores a publicarem todos os

seus estados e a “seguirem” cada vez mais gente.

A lista continua, existindo uma infinidade de websites dedicados à socialização,

fotografias e vídeos, que podem ser considerados dos mais populares do mundo e que

por vezes ocupam várias horas das pessoas que as utilizam:

Os fóruns também fazem parte deste “mundo social”. Cada fórum tem um certo

tema geral, que por sua vez diverge em vários subtemas sobre os quais os utilizadores

podem ler, comentar e interagir. Para além do mais, a maior parte dos websites também

dispõe de perfis, que cada utilizador pode utilizar para dar-se a conhecer e conhecer

outros internautas.

Outro tipo de “computação social” são as aplicações de e-Learning. Tal software

não é mais do que livros digitais ou pequenos ficheiros que no entanto possuem um

certo aspecto social, onde é possível ler, aprender e até mesmo interagir (um bom

exemplo disso é o Moodle, maioritariamente usada nas escolas/faculdades). São

documentos educacionais que podem criar uma certa

“comunidade” onde os utilizadores podem ver certas

estatísticas relacionadas com as perguntas ou a matéria que

estão a estudar, estatísticas essas que foram baseadas

noutros estudantes, ou até mesmo um fórum de dúvidas inserido no Moodle.


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Ainda na vertente do e-Learning, existem websites que

oferecem cursos para quem quiser inscrever-se, sendo alguns desses

cursos provenientes das melhores faculdades e com direito a

diploma. Esses websites permitem a interação entre os alunos, uma

vez que estes podem criar grupos e estudar em conjunto (usando

microfone), bem como um sistema de dúvidas onde os professores (ou até mesmo os

alunos) podem tentar ajudar.

A vertente online dos videojogos também é uma forma de comunicação. Nesses “mundos” criados para jogadores existe uma forte componente social, como por exemplo jogos que exigem a cooperação e partilha de ideias entre jogadores para atingir determinado objetivo, ou apenas para comparar a nossa pontuação com a de um amigo.

Funciona como um segundo mundo onde é possível interagir com todos, e quem

sabe, até criar novas amizades.

Com a informação digital a apoderar-se cada vez mais do uso

do papel, não é de estranhar que os canais informativos a até os jornais

passaram a ter uma componente digital. A tentativa de os jornais

estarem sempre em cima dos eventos para informar a comunidade dos

recentes acontecimentos é cada vez melhor com o uso da Internet, uma

vez que existe uma fácil acessibilidade de conteúdos, bem como interações entre os

utilizadores que podem apresentar comentários a expressar as suas opiniões.

3. O novo significado de comunicação De acordo com a sua etimologia, a palavra “comunicação” deriva do latim

communicare que significa “partilhar”. Para o Homem, o ato de comunicar é de extrema

importância e tem sido um fator essencial na sua evolução. A troca de mensagens e

ideias entre indivíduos permitiu a moldagem de uma sociedade propícia ao

desenvolvimento.

"COMUNICAR COM OUTROS ENVOLVE TRÊS PASSOS ESSENCIAIS:

PENSAMENTO: PRIMEIRO, A INFORMAÇÃO EXISTE NA MENTE DO EMISSOR. ESTA

PODE SER UM CONCEITO, UMA IDEIA OU UM SENTIMENTO.

CODIFICAÇÃO: A SEGUIR, A MENSAGEM É ENVIADO PARA O RECETOR COMO

PALAVRAS OU OUTROS SÍMBOLOS.

DESCODIFICAÇÃO: POR FIM, O RECETOR TRADUZ AS PALAVRAS OU SÍMBOLOS PARA

UM CONCEITO QUE POSSA ENTENDER." (Clark, 1997)

Este simples método é o que torna a nossa espécie capaz de reunir e focar a inteligência de cada indivíduo num determinado objetivo coletivo.


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3.1. A evolução da comunicação Há uma grande variedade de formas de comunicação, que se dividem em dois domínios principais: verbal e não-verbal. A fala, a escrita, o desenho, os gestos e até o simples olhar são atos comunicativos. Grande parte das ações humanas têm como causa ou como consequência a comunicação, mesmo que não seja instantânea. Aliás, uma mensagem é algo que pode variar no tempo e no espaço.

Por exemplo, uma carta que flutue dentro de uma garrafa no mar pode viajar milhares de quilómetros durante décadas até que consiga encontrar alguém que a leia. Já nos dias que correm, uma mensagem de texto pode ser enviada e lida em meros segundos, mesmo que o recetor esteja do lado oposto do planeta, graças a um novo método de transmissão de informação: as telecomunicações.

A telecomunicação é, simplesmente, a comunicação realizada através de meios tecnológicos. O primeiro ato de telecomunicação na era pós-renascimento teve lugar há quase 300 anos, quando Laplace, Ampére e Gauss se juntaram para criar a primeira forma de envio e receção de sinais elétricos. Um século mais tarde, Samuel Morse tornou viável o envio de telegramas até vários quilómetros de distância. Demorariam outros 90 anos até John Bird conseguir enviar imagens que se moviam para uma caixa com um ecrã, que se viria a tornar um dos meios de informação mais importantes do século XX.

Tudo isto, para que no decorrer dos últimos anos, a tecnologia fosse aperfeiçoada ao ponto de culminar nos aparelhos digitais que hoje dominam e influenciam o mundo da comunicação.

3.1.1. A forma como os smiles influenciam o cérebro humano

Emojis, emoticons ou smiles são cada vez mais formas de expressão e de transmissão de estados de alma no mundo moderno, sendo cada vez maior o número de pessoas que utiliza esta ferramenta digital para transformar a comunicação à distância mais real.

O cientista Owen Churches caracteriza os emojis como sendo “Uma nova forma de linguagem que produzimos” (in diariodigital.sapo.pt, 14/10), visto que a mente humana, devido ao progresso cultural, se encontra preparada para interpretar um código “ :( “ ou “ :) ”, como uma expressão de tristeza ou felicidade, respetivamente.

Apesar do grande espírito intuitivo existente na sociedade atual para todas as ferramentas digitais, o cérebro humano não nasce a conhecer esta linguagem. Como tal, este é um conhecimento que surge como consequência da comunicação através de redes de interação à distância, pois esta é uma capacidade neural criada e desenvolvida culturalmente, pelo uso repetido deste meio de comunicação. Assim, a mudança dos smiles utilizados pode impedir a interpretação da mensagem transmitida.

Com o intuito de entender melhor esta forma de linguagem vários investigadores elaboraram vários estudos. Por exemplo, uma investigação realizada na Universidade de Cambridge, tendo como base a rede social Twitter, concluiu que as personalidades com mais seguidores são aqueles que utilizam mais smiles sorridentes. Já o contrário, conduz a publicações sem sucesso e que não chamam a atenção dos seguidores (Tchokni, Ó Séaghdha, & Quercia, 2014).


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3.2. A importância da computação social Num estudo pertencente à obra Social Influence and Human Interaction with Technology, foi determinado que, num contexto socioeconómico, existe uma correlação entre a inovação e sucesso de uma empresa e o nível de proximidade dos seus funcionários. Esta conclusão vem suportar a premissa de que a comunicação é, realmente, essencial para que um grupo de pessoas consiga focar o seu esforço para atingir um determinado objetivo comum, de forma mais eficaz. O gráfico 1 representa a percentagem de empresas com 10 ou mais pessoas, que utilizam computador, têm ligação à Internet e estão presentes na Web.

Figura 1 - Empresas com 10 e mais pessoas que utilizam computador com ligação à Internet e têm presença na internet (PORDATA 2014)

O que este gráfico nos permite concluir é que, com a crescente aderência à utilização do computador nos ambientes empresariais, veio a necessidade de se estar ligado à Internet. Não só isso, como também surgiu a ideia de tornar a Web não apenas num meio de comunicação, mas igualmente num meio de divulgação das próprias empresas, numa tentativa de conquistar novos clientes ou investidores.

Num mundo onde cerca de 40% da população tem acesso à Internet, torna-se

claro que a computação social, por tratar da moldagem do software que permite a interação, tem grande impacto nos meios principais de comunicação através da internet. O crescente número de utilizadores ligados à Internet, graças à popularização dos aparelhos móveis com ligação à Web, exige ainda mais destas auto-estradas de informação.

De acordo com a gigante tecnológica IBM, 2,5 exabytes de informação - 2,5 mil milhões de gigabytes - foram gerados em 2012… por dia! Basta pensar em termos da Lei de Moore para concluir que em 2014 se criará ainda mais informação e que esta continuará a aumentar exponencialmente. Obviamente grande parte deste aumento de

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2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013

Adesão das empresas às novas tecnologias

% empresas que utilizam computador % empresas com ligação à Internet

% empresas com presença na Web


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tráfego deve-se à expansão das redes sociais, que contribuem para grande parte dos novos conteúdos online.

A computação social é não só responsável pela transmissão de informação entre pessoas. É também responsável pela gestão destas quantidades tremendas de informação, que tendem a aumentar ainda mais com o tempo. Desta forma, a computação social é obrigada a evoluir para acompanhar o aumento de dados que trata.

3.3. A sociedade digital: evolução ou regressão? Com tudo isto, o conceito de comunicação recebeu outro significado. É verdade

que o contacto cara-a-cara continua a ser o método predileto de comunicação,

sobretudo com aqueles que são próximos, mas, apesar disso, quando se ouve a palavra

“comunicação” é inevitável pensar nas novas tecnologias.

Imaginemos a rotina de um estudante universitário num dia de aulas. Às 8 horas

toca o telemóvel, a fazer papel de despertador. Depois de tomar o pequeno-almoço e

de se lavar, é preciso decidir o que vestir. Para isso, visita-se um site de meteorologia, e,

ao fazê-lo, verifica-se se receberam quaisquer emails, mensagens ou notificações

durante a noite. Segue-se a viagem até à universidade por transportes públicos. Como

não encontra ninguém que conheça, volta a recorrer ao seu dispositivo móvel para falar

com alguém ou para ver conteúdo disponibilizado numa comunidade (como o YouTube

ou o Reddit) por um perfeito desconhecido, visualizado por milhares de utilizadores,

sem ter realmente comunicado com alguém offline. Esta é uma simples demonstração

do nível de integração da computação social na sociedade.

Um debate que é importante em relação a esta inclusão da tecnologia, é se nos

estaremos a tornar dependentes de aparelhos para a simples interação ou se, em vez

disso, nos estão a ser dadas mais ferramentas para o sucesso. Em 2009, a PewInternet

realizou um estudo que determinou que a taxa de isolação social nos EUA manteve-se

praticamente desde 1985. Quer isto dizer que há 30 anos atrás, quando a computação

social ainda não tinha grande impacto na rotina das pessoas, a percentagem de pessoas

que não se sentia confortável socialmente era igual à de hoje, descartando a tecnologia

como fator nocivo à interação. Ainda mais, o mesmo estudo concluiu que as pessoas

que utilizam serviços como emails, mensagens instantâneas e redes sociais tendem a

ter um núcleo social maior e conseguem manter um maior número de laços, assim como

reforçá-los.

Tudo isto leva-nos a concluir que a tecnologia é, do ponto de vista sociológico,

uma adição à capacidade de manutenção da teia social de um indivíduo. Com os avanços

no mundo digital, é imperativo que a computação social encontre constantemente

novos métodos para a integração desses aparelhos na sociedade, para que à medida

que o conhecimento se expande se mantenham os atributos sociais que caracterizam a

espécie humana.


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4. A computação social na atualidade

4.1. Impacto da utilização do software na alteração do modo vida e das pessoas Há muitos anos que as pessoas recorrem à utilização do software, a nível

profissional, de modo a simplificar/melhorar o seu trabalho e rentabilizar o seu tempo.

Por outro lado, a nível pessoal, o software também é usado para entretenimento, para estudo,

para organização do tempo livre, para organização de tarefas, fazer compras, entre outras… Este

uso da internet como forma de trabalho e ocupação de tempo livre tem crescido devido à

disponibilidade de recursos que permitem a fácil, e cada vez mais barata, adesão a sistemas

informáticos e internet, tanto fixos como móveis, como revela o estudo publicado no site

PORDATA:

Figura 2 - Agregados domésticos com computador e ligação à Internet (PORDATA 2014)

Embora as redes sociais, como por exemplo o Facebook e o Twitter, atraiam um

elevado número de utilizadores, a computação social é usada maioritariamente para

trabalho, estudo e desenvolvimento tecnológico

“Ao mesmo tempo, os usos mais correntes da computação são tecnológicos.

Desenvolvemos computadores para nos auxiliar na precisão de cálculos e

procedimentos delicados, na construção de robôs ou até mesmo na criação de

programas de contabilidade ou de gerenciamento de empresas.” (TecMundo, 2010)

Avanços ao nível de softwares de gestão e de programas que auxiliam o bom e

saudável funcionamento de uma empresa, aumentando o seu rendimento, têm sido

implementados e, cada vez mais, as empresas recorrem a estas formas de organização,

assim, com base no gráfico, é possível reparar que o número de empreendimentos que

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Agregados domésticos com computador, com ligação à Internet e ligação à Internet através de banda larga

% com computador

% com ligação à Internet em casa

% com ligação à Internet através de banda larga


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recorrem ao uso de computador e internet tem subido cada vez mais ao longo dos anos

em todos os setores.

Todo este desenvolvimento proporcionou uma quantidade infindável de redes

sociais, blogues e programas capazes de alterar e facilitar a rotina de uma sociedade.

Um exemplo disto é o ensino, como revela um estudo publicado no site PORTADA, cada

vez é mais notório o uso de computadores e, consequentemente, o uso de softwares na

educação.

Nível de Ensino

Total Ensino Básico Ensino

Secundário Total 1º Ciclo 2º Ciclo 3ª Ciclo

2006 94 644 64 601 19 179 17 640 27 782 30 043

2007 115 273 80 383 22 980 22 380 35 023 34 890

2008 152 418 108 045 34 589 28 472 44 984 44 373

2009 591 138 527 027 415 432 44 359 67 236 64 111 2010 622 117 550 870 425 682 49 657 75 531 71 247

2011 611 229 533 362 396 995 54 150 82 217 77 867

2012 370 112 289 672 146 100 55 515 88 057 80 440

Figura 3 - Computadores com ligação à Internet no ensino básico e secundário: total e por nível de ensino – Continente (PORDATA 2014)

Com a idade cresce a necessidade de socializar, necessidade esta também

sentida pelas fachas etárias mais avançadas e saciada pela crescente disponibilidade de

opções.

Embora muitas vezes confundida com redes sociais e meios de socialização, a

computação social não é apenas isso:

“É inegável que hoje em dia a computação seja utilizada como meio de

socialização. Muita gente se comunica via mensageiros instantâneos, emails ou redes

sociais. Porém, só isso não se carateriza como Computação Social.” (TecMundo, 2010)

Com o desenvolvimento tecnológico, vem o desenvolvimento de todo o tipo de

indústrias dependentes do uso de tecnologia. Ou seja, a utilização do software tem

vindo a melhorar o modo de fabrico e a assegurar uma maior qualidade nos produtos

necessários ao nosso quotidiano.

É cada vez mais evidente que a computação social tem vindo a alterar

completamente o modo de vida da população. Contudo nem todos os aspetos são

positivos.

O abuso no uso do computador/internet na educação e na ocupação dos tempos

livres é, ao nível da educação e da formação da geração futura, uma desvantagem. A

“educação” não é só adquirir conhecimento e saber aplica-lo, é desenvolver capacidades


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artísticas, corporais, e, aos poucos, intelectuais, adquirindo gradualmente

conhecimento.

O conhecimento exige experiências e uma boa educação não provém de

pesquisas em fóruns. Demasiada liberdade e a falta de um símbolo de poder, de respeito

e, mais que tudo, de um exemplo, leva os jovens a não ter a educação que deviam por

terem demasiada liberdade e, mais tarde a tornarem-se inseguros e desrespeitosos.

Atividades desportivas e culturais também são essenciais na educação,

desenvolvendo a capacidade de integração, fazendo amizades e partilha de

conhecimento, o que não acontece quando a educação é baseada na internet e,

consequentemente nos computadores.

Já ao nível dos mais crescidos, integrando também os mais novos, a computação

social pode também, em casos de uso extremo, levar a práticas antissociais, a

isolamento, à falta de criatividade e à confusão entre fantasia e realidade (mais no caso

dos mais novos).

Infelizmente, e para acabar, o recurso extremo à computação social, ataca a saúde.

4.2. A forma como a computação social afeta os idosos Por vezes, a velhice é uma idade à qual se associa que as pessoas se limitam a

ver passar a vida, deixando de aproveitar o que de bom tem o mundo. A solidão, o

afastamento do desenvolvimento intelectual e a rejeição dos progressos da sociedade

são realidades que se procuram enfrentar frequentemente, de forma a abraçar o

chamado “envelhecimento ativo”.

Portanto, uma das grandes preocupações da sociedade atual é proporcionar aos

idosos uma maior motivação para se integrarem numa comunidade que ainda é deles e

acima de tudo permitir-lhes uma valorização na sua qualidade de vida, que está

principalmente relacionado com a capacidade de manter a sua autonomia e

independência.

Para tal, é clara a importância não só das rede sociais, mas também de todas as

plataformas tecnológicas que permitem aos idosos manterem-se informados e sentirem

que ainda mantêm uma posição de relevo na sociedade.

Ainda que para muitas pessoas desta geração um computador seja um objeto

avançado, distante, descontextualizado ou fora das suas capacidades, o paradigma

entre a possibilidade de manter contacto com os entrequeridos ou sair da zona de

conforto para desenvolver uma nova capacidade é facilmente resolvido.

Assim, os mais velhos encontram na Internet um meio para se reinserirem na

sociedade, desenvolverem os seus conhecimentos sobres os seus gostos, saúde ou até

mesmo para se colocarem a par das novidades do mundo em geral.

Apesar das várias funcionalidades disponíveis através da integração dos idosos

no mundo digital, a que mais se destaca é o acesso às redes sociais, uma vez que esta

sociedade virtual dá-lhes acesso a várias funcionalidades, come é o caso da recolha de


12

informação, manterem-se a par de todo o tipo de atividades, criar novas amizades, ou

até mesmo reencontrar as do passado.

Como dados comprovativos destas afirmações surgem diversos estudos, que

revelam uma grande satisfação dos idosos relativamente às redes sociais. Sendo este

estado relativo à capacidade de estabelecer contactos sociais, ao apoio disponibilizado,

à capacidade de adquirir novos conhecimentos e de ter acesso a cuidados e conselhos

de saúde.

Apesar das diversas vantagens que a faixa etária em causa reconhece às redes

sociais também já revelam algum conhecimento acerca dos perigos existentes neste

novo mundo, como é o caso do risco da divulgação de dados pessoais, invasão à

privacidade, mas também de ataque à segurança e integridade físico-mental.

5. O futuro da computação social

5.1. Outras formas de usar as redes sociais As redes sociais abrangem um grande leque de funcionalidades, funcionalidades

essas que podem ser usadas para os mais diversos fins. A época das redes sociais só

servirem para a comunicação já lá vai, pois atualmente pode-se fazer de tudo.

Uma das “novas funcionalidades” das redes sociais são os videojogos. Um dos

exemplos mais bem-sucedidos da computação social aplicada aos jogos online é a

Steam, que interliga milhões de jogadores de computador, que criam entre si milhares

de comunidades e partilham opiniões entre jogos. Nas consolas vive a Xbox Live e a

PlayStation Network. Também existe uma infinidade de jogos nos websites de

comunicação (como por exemplo no Facebook), onde as pessoas competem pelo

melhor “score” ou pela maior quantidade de vegetais no Farmville.

Outra das funcionalidades das redes sociais é a criação de calendários. O

utilizador pode adicionar os chamados “eventos de vida” como maneira para recordar a

data de um dado acontecimentos importante ou simplesmente para elaborar uma

agenda e se orientar no futuro, marcando datas de testes, entregas de trabalhos ou até

mesmo idas a eventos.

5.2. O que aguarda o futuro da computação social? A tecnologia tem evoluído bastante nos últimos anos, e com certeza que

continuará a evoluir. Com o seu desenvolvimento, novas e inovadoras aplicações

surgirão.

Uma área que hoje em dia continua subdesenvolvida, mas que promete vir a ser

uma das próximas revoluções tecnológicas é a “Internet das coisas”. O conceito baseia-

se na ligação de objetos que se usem o dia-a-dia a uma rede global, para que estes

possam transmitir e receber informação. Apesar de parecer simples, terá um grande

impacto nos meios de comunicação. Daqui a dez anos, é previsível que a computação

social se conjugue com a Internet das coisas, criando novas ferramentas que serão úteis

no quotidiano.


13

Podemos prever um futuro em que a Internet das coisas se conjuga com a

computação social. Por exemplo, se os automóveis estiverem ligados à Web, através do

seu sistema de GPS é possível que outras pessoas saibam a sua localização. Caso a

computação social incorpore uma funcionalidade que permita a alguém visualizar o

trajeto dos seus colegas de trabalho, essa pessoa poderá prever qual será o melhor

percurso a tomar para chegar ao emprego sem trânsito, pois saberá por qual caminho

um dos seus colegas chegou mais depressa.

Se essa pessoa, ao sair do trabalho passar junto de um supermercado, uma lista

de compras criada automaticamente pelo frigorífico poderá lembrar-lhe de que já não

tem leite em casa. Ainda assim, o indivíduo não sabe que leite comprar, e então basta

tirar uma fotografia à embalagem para ficar a saber de imediato a sua composição, para

quem é que o leite é recomendado e se há outros que seriam melhor opção de compra.

A embalagem de leite é apenas um exemplo. Sempre que se efetuasse uma

compra seria muito mais fácil escolher o melhor produto, pois tanto os dados de compra

(que poderiam mostrar a percentagem de venda em relação aos competidores) como

as opiniões relativas ao produto seria muito mais acessíveis.

Mesmo assim, a Internet das coisas levanta graves problemas no que toca à

segurança e à privacidade, já que aumentar a quantidade de objetos vulneráveis a vírus

e hacks informáticos aumentaria exponencialmente o número de ameaças. Desta

forma, antes de a computação social avançar é necessário considerar se existem as

bases de segurança necessárias para tal.

6. Conclusões Todos os dias se fazem novas descobertas no campo da ciência e da tecnologia.

Novas técnicas e novos aparelhos vão sendo aplicadas no quotidiano. A quantidade de

sistemas digitais que compõem e interligam a sociedade aumenta de forma exponencial

e não se prevê decréscimo próximo. Mesmo assim, é alheio à maioria da população que,

secretamente, essa mesma tecnologia vai moldando não só o método de comunicação,

como também o comportamento social, à medida que é integrada no dia-a-dia.

A computação social continuará a ser importante para que qualquer ferramenta

digital possa servir como um mecanismo de interatividade e conexão social.


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