Comunicação enquanto processo

3
Comunicação enquanto processo. Neste trabalho irei falar sobre a comunicação enquanto processo, para isso vou reflectir através de opiniões de diversos autores. Assim sendo a pergunta que visa direccionar a linha condutora desta investigação é: “ Quais as similitudes entre os principais modelos do processo de comunicação ?‘’. Embora comunicação esteja em toda a parte, parece, no entanto, dificil de definir. Cada invíduo tem a sua maneira diferente definir comunicação, mas comum a todos é o facto de existir um processo inerente à mesma. A palavra processo surge neste contexo como sendo uma operação faseada e continuada. Dito isto, vários autores têm vindo a estudar o processo de comunicação, utilizando modelos/esquemas para simplificar a percepção e o entendimento dos principais elementos necessários a este processo. Lasswell.H (1948), cientista político, caracterizou o processo de comunicação como sendo a resposta à seguinte pergunta: “quem diz o quê, em que canal, a quem e com que efeito?”. Para isto, desenvolveu o modelo explicito na Figura 1(anexos). Este modelo, que organiza o estudo cientifico do processo de comunicação, foca-se na divisão dos elemento de comunicação: “quem” refere-se ao comunicador que formula a mensagem, “o quê” é a mensagem a ser transmitida, o “canal” indica o meio de transmissão da mensagem “a quem” descreve o individuo/audiência a quem a mensagem é destinada, e “efeito” é o resultado da mensagem. Um ano adiantados na linha do tempo, Shannon.C e Weaver.W (1949), criaram também um modelo representativo do processo de comunicação. Mais completo que o modelo de Lasswell, este aborda os seguintes conceitos: fonte, transmissor, mensagem, canal, ruído, receptor (sendo que entre o transmissor e o receptor existe uma componente de codificação/descodificação da mensagem). Mais tarde, Weaver adiciona a componente do feedback. A fonte de comunicação surge de um indivíduo criador ou de um grupo de indivÍduos que têm uma mensagem que desejam ser recebida por outro individuo ou grupo. Esta fonte define o propósito do início da comunicação. Posto isto, a codificação é feita pelo transmissor que passa a mensagem, em forma de sinais, para serem interpretados pelo receptor (indivÍduo para o qual o transmissor tem a intenção de enviar a mensagem). A mensagem é o conteúdo que se quer passar de um lado ao outro do modelo através de um canal (espaço por onde a mensagem viaja). Neste espaço pode por vezes existir ruído que é tudo o que interefere na transmissão da mensagem. Após a mesma ser enviada a descodificação é feita pelo receptor que faz o processo oposto à codificação. Sensivelmente dez anos depois, Berlo.D (1960), tomou uma abordagem diferente ao elaborar o seu modelo representativo do processo de comunicação. Em vez de indentificar diferentes elementos deste processo (e as relações entre eles), ele cria o que chamou o “modelo de ingredientes da comunicação”. Este modelo indentifica factores determinantes para quatro elementos existentes no processo de comunicação: fonte, mensagem, canal e receptor. A combinação destes factores, não é igual de pessoa para pessoa e traduz-se numa melhor ou pior eficácia de comunicação. Como forma de conclusão, importa referir que a comunicação tem sempre inerente um processo, processo este que se caracteriza como sendo um ‘’caminho’’ ou uma operação a seguir para haver comunicação. Este processo passa para a realidade perceptiva na forma de modelos que, ao longo do tempo, diferem entre si, mas mantêm constante uma linha comum que se prende com o facto de todos associarem à comunicação um processo intrínseco a esta que tem o objectivo de fazer chegar uma mensagem de um emissor a um receptor.

Transcript of Comunicação enquanto processo

Page 1: Comunicação enquanto processo

Comunicação enquanto processo.

Neste trabalho irei falar sobre a comunicação enquanto processo, para isso vou reflectir através de opiniões de diversos autores. Assim sendo a pergunta que visa direccionar a linha condutora desta investigação é: “ Quais as similitudes entre os principais modelos do processo de comunicação ?‘’.

Embora comunicação esteja em toda a parte, parece, no entanto, dificil de definir. Cada invíduo tem a sua maneira diferente definir comunicação, mas comum a todos é o facto de existir um processo inerente à mesma. A palavra processo surge neste contexo como sendo uma operação faseada e continuada. Dito isto, vários autores têm vindo a estudar o processo de comunicação, utilizando modelos/esquemas para simplificar a percepção e o entendimento dos principais elementos necessários a este processo.

Lasswell.H (1948), cientista político, caracterizou o processo de comunicação como sendo a resposta à seguinte pergunta: “quem diz o quê, em que canal, a quem e com que efeito?”. Para isto, desenvolveu o modelo explicito na Figura 1(anexos). Este modelo, que organiza o estudo cientifico do processo de comunicação, foca-se na divisão dos elemento de comunicação: “quem” refere-se ao comunicador que formula a mensagem, “o quê” é a mensagem a ser transmitida, o “canal” indica o meio de transmissão da mensagem “a quem” descreve o individuo/audiência a quem a mensagem é destinada, e “efeito” é o resultado da mensagem.

Um ano adiantados na linha do tempo, Shannon.C e Weaver.W (1949), criaram também um modelo representativo do processo de comunicação. Mais completo que o modelo de Lasswell, este aborda os seguintes conceitos: fonte, transmissor, mensagem, canal, ruído, receptor (sendo que entre o transmissor e o receptor existe uma componente de codificação/descodificação da mensagem). Mais tarde, Weaver adiciona a componente do feedback.

A fonte de comunicação surge de um indivíduo criador ou de um grupo de indivÍduos que têm uma mensagem que desejam ser recebida por outro individuo ou grupo. Esta fonte define o propósito do início da comunicação. Posto isto, a codificação é feita pelo transmissor que passa a mensagem, em forma de sinais, para serem interpretados pelo receptor (indivÍduo para o qual o transmissor tem a intenção de enviar a mensagem). A mensagem é o conteúdo que se quer passar de um lado ao outro do modelo através de um canal (espaço por onde a mensagem viaja). Neste espaço pode por vezes existir ruído que é tudo o que interefere na transmissão da mensagem. Após a mesma ser enviada a descodificação é feita pelo receptor que faz o processo oposto à codificação. Sensivelmente dez anos depois, Berlo.D (1960), tomou uma abordagem diferente ao elaborar o seu modelo representativo do processo de comunicação. Em vez de indentificar diferentes elementos deste processo (e as relações entre eles), ele cria o que chamou o “modelo de ingredientes da comunicação”. Este modelo indentifica factores determinantes para quatro elementos existentes no processo de comunicação: fonte, mensagem, canal e receptor. A combinação destes factores, não é igual de pessoa para pessoa e traduz-se numa melhor ou pior eficácia de comunicação. Como forma de conclusão, importa referir que a comunicação tem sempre inerente um processo, processo este que se caracteriza como sendo um ‘’caminho’’ ou uma operação a seguir para haver comunicação. Este processo passa para a realidade perceptiva na forma de modelos que, ao longo do tempo, diferem entre si, mas mantêm constante uma linha comum que se prende com o facto de todos associarem à comunicação um processo intrínseco a esta que tem o objectivo de fazer chegar uma mensagem de um emissor a um receptor.

Page 2: Comunicação enquanto processo

Anexos

Figura 1. Modelo de Comunicação de Lasswell.H (1948):

Texto 1:

Para facilitar faz-se uma analogia com o uso do telefone: Eu, a fonte, quero transmitir ao meu patão, a mensagem de que acabei mais cedo o relatório que tinha para lhe entregar. Esta mensagem é então codificada, na forma de mensagem de voz (uma chamada), e através do telefone viaja pelo canal em que o telefone transmite. O ruído são os carros a passar na rua em que eu estou. O telemóvel do meu patrão descodifica a mensagem em forma de chamada para ele ouvir. O meu chefe irá então repetir o processo, e responder-me com o feedback, sendo este feedback por exemplo felecitar-me pelo bom trabalho, ou até reflectir-se numa futura promoção.

Figura 2. Modelo de Comunicação SMCR de Berlo.D (1960):

Page 3: Comunicação enquanto processo

Bibliografia

LASWELL, Harold Dwight. The structure and function of communication in society, Harper,1948.

SHANNON, Claude ; WEAVER, Warren.The mathematical theory of communication,Urbana, IL:University of Illinois Press, 1949.

BERLO, David .The process of communication: An introduction to theory and practice. New York: Holt, Rinehart and Winston, 1960.

http://www.cliffsnotes.com/more-subjects/principles-of-management/communication-and-interpersonal-skills/the-communication-process

http://communicationtheory.org/lasswells-model/

http://worldpulse.com/node/7067

http://cs.eou.edu/rcroft/MM350/CommunicationModels.pdf

http://prcommunicationsbox.wordpress.com/2012/09/03/the-shannon-weaver-model/

Figura 1 retirada de: http://communicationtheory.org/lasswells-model/ Figura 2 retirada de: http://communicationtheory.org/berlos-smcr-model-of-communication/

Francisco Correia

11049812

Comunicação e Multimédia | 2013/2014

Teoria da Comunicação