Conceitos Pré –formulação formulação Pesquisa clínica.
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Farmacotécnica Industrial
ConceitosPré –formulação formulaçãoPesquisa clínica

Ciência aplicada cuja finalidade é a obtenção de preparações farmacêuticas.
Estuda a transformação de produtos naturais ou de síntese em medicamentos. (Lachmann, Liebermann, 2001)
Portanto a farmacotécnica estuda: Formulação Produção Estabilidade e Eficácia (Ansel, Popovich, Lloyd, 2000)
Farmacotécnica
das formas farmacêuticas.

Obtenção de preparações farmacêuticas na indústria. A fabricação farmacêutica implica na produção de
medicamentos em larga escala para distribuição e venda.
Farmacotécnica industrial

ALGUNS CONCEITOS IMPORTANTES.
VAMOS RELEMBRAR?

Droga: Produto de natureza animal ou vegetal que
após passar por um processo de coleta, estabilização e secagem é empregado na preparação de medicamentos.
São produtos complexos que servem de matéria prima na indústria química e farmacêutica.
Fármaco: Produto químico dotado de ação
farmacológica (Prista, 1996) Substância química que é o princípio ativo
do medicamento (Portaria n.3916 de 30/10/1998)
DROGA, FÁRMACO E MEDICAMENTO
Flores de camomila (Matricaria chamomilla)
α - bisabolol

Agente utilizado no diagnóstico, tratamento, cura ou prevenção de doenças humanas ou de animais.
São administrados em formulações junto com agentes não medicinais denominados excipientes farmacêuticos.
FÁRMACO
Ácido acetilsalicílico

O medicamento é obtido por meio de operações farmacêuticas, a partir de fármacos.
Produto farmacêutico, tecnicamente obtido ou elaborado, com finalidade profilática, curativa ou paliativa ou para fins de diagnóstico. É uma forma farmacêutica terminada que contém o fármaco, geralmente em associação com adjuvantes farmacotécnicos. (RDC 135, 29/05/2003)
Medicamento
Fármaco+
adjuvantes
Medicamento

Estado físico no qual se apresenta um medicamento como o objetivo de facilitar seu fracionamento, posologia, administração, absorção e conservação. (RDC n.157, 31/05/2002)
Formas farmacêuticas

FÁRMACO FORMAS FARMACÊUTICAS
Exemplos de formas farmacêuticas: Solução, xarope, cápsula, comprimido, pomada,
supositório, óvulo, suspensão. Cada forma farmacêutica é única em suas
características físicas e farmacêuticas e tem a sua própria formulação.
Formas farmacêuticas
Operações unitárias
Melhorar a posologia, mascarar sabor e cheiro,
assegurar ação.

Matéria prima: Qualquer substância
ativa ou inativa, com especificação definida, utilizada na produção de medicamentos.
(RDC 134, 13/07/2001)
Excipiente: Substância
farmacêutica auxiliar que do ponto de vista farmacológico é inativa e permite que o princípio ativo tenha uma determinada forma farmacêutica
(RDC 157, 31/05/2002)
Matéria prima vs. Excipiente

Fármaco + excipientes forma farmacêutica.
Os excipientes ou adjuvantes: solubilizam, suspendem, espessam,
diluem, emulsificam, estabilizam, conservam, colorem, flavorizam e possibilitam a obtenção de formas farmacêuticas estáveis, eficazes e atraentes.
Excipientes farmacêuticos

Para cada forma farmacêutica os excipientes determinam as características primárias do produto.
Contribuindo para: Forma física Textura Estabilidade Paladar Aparência geral
Excipientes farmacêuticos

Seleção de princípios ativos e excipientes que satisfaçam padrões de qualidade que sejam compatíveis em termos químicos,
físicos e terapêuticos. Utilização de processos e equipamentos
apropriados para a fabricação. Considerações sobre biodisponibilidade do
fármaco Aplicação de medidas de controle e garantia
de qualidade Avaliação de estabilidade Requisitos de armazenagem, prazo de
validade e rótulo
Fabricação de um medicamento:

DESENVOLVIMENTO DE MEDICAMENTOS

DESENVOLVIMENTO FARMACOTÉCNICO

A concepção e produção de um medicamento apresenta duas fases: Estudos de pré-formulação Estudos de formulação
Desenvolvimento farmacotécnico

Pré – formulação é a caracterização das propriedades físicas e químicas da substância ativa, o efeito terapêutico, os tipos de sistemas de liberação e a rota de administração.
Os ensaios são realizados de modo geral durante a fase de estudos pré-clínicos e podem se estender até as fases clínicas I e II.
Estudos de pré-formulação

Conhecer o princípio ativo Identificação do composto Estrutura, forma e peso molecular Polimorfismo:
Influência sobre a velocidade de dissolução.
Muitos compostos se apresentam sob duas ou mais formas cristalinas.
A riboflavina apresenta-se em três estados cristalinos com coeficientes de solubilidade de 6,8 e 120mg/ml de água a 25oC
Estudos de pré - formulação

Propriedades físicas: Solubilidade em água e em diferentes pH´s Coeficiente de partição óleo/água. Fluidez dos pós
Propriedades químicas Variação de temperatura e umidade Influencia do oxigênio, ar e luz Produtos de degradação
Método analítico Espectrofotometria, HPLC, TLC.
Incompatibilidades e interação com excipientes.
Estudos de pré - formulação

Durante os estudos de pré-formulação algumas formulações prévias são desenvolvidas e são aplicadas nos estudos clínicos iniciais.
Uma vez nas fases finais o desenvolvimento da formulação final é considerado. Considera-se a forma farmacêutica final,
cor, forma, tamanho, sabor, aparência física final, embalagem, linha de produção, entre outros.
Estudos de formulação

Escolha do princípio ativo Estabilidade e incompatibilidades. A escolha do composto ou da forma cristalina
se faz em função de: Via de administração Considerações sobre estabilidade Biodisponibilidade
Escolha da via de administração Biodisponibilidade do princípio ativo Velocidade de ação desejada Duração do tratamento Tipo de paciente (normal, internado, ....)
Estudos de formulação

Forma farmacêutica
Formulação
Vias Forma farmacêuticaOral Comp., caps., solução, suspensão
aquosa.Parenteral Solução aquosa
Retal Supositório
Vaginal Comp., soluçaõ aquosa.
Oftálmica Solução aquosa.
Otorrinolaringológica Solução aquosa e spray.
Percutânea Pomadas e loções

Excipientes Importante: inércia química e inocuidade Preferência produtos de composição
química conhecida Melhor se consta de farmacopéias.
Propriedades físicas e mecânicas Fluidez, compresibilidade, antiaderentes,...
É importante a influência do excipiente na biodisponibilidade.
Formulação

Material de acondicionamento. Natureza do material que ficará em
contato com o produto (acondicionamento primário)
Produção e controle Escolha do método de fabricação
Quais são os objetivos a serem atingidos Qual o material utilizável Controle dos pontos críticos.
É importante considerar eventuais repercussões sobre homogeneidade dos lotes, estabilidade e biodisponibilidade.
Formulação

PESQUISA PRÉ – CLÍNICA E CLÍNICA

Nesta etapa os estudos são realizados1. .Experimentos “in vitro”, utilizando todo o arsenal de ferramentas,
métodos, técnicas e conhecimentos da equipe de cientistas. 2. Depois disso, estas substâncias são testadas em cobaias animais
(camundongos, coelhos, cães, macacos).
Pesquisa pré – clínica

1. Substância nova. Fase pré-clínica
Estudos da nova molécula em animais, após identificada em experimentações “in vitro” como tendo potencial terapêutico
Informações preliminares sobre atividade farmacológica e segurança
As substâncias com atividade farmacológica específica e perfil de toxicidade aceitável passam à seguinte fase
Mais de 90% das substâncias estudadas em esta fase são eliminadas.
Neste estagio não se pensa ainda no desenvolvimento da formulação final.
Pesquisa pré - clínica

Pesquisa clínica

Avaliação inicial em humanos voluntários sadios 20 a 100 voluntários,.
Avaliar como o corpo humano responde à nova substância
Determinar melhor forma de administração e efeitos tóxicos e colaterais.
Estabelecer o perfil farmacocinético do novo fármaco:
Maior dose tolerável Menor dose efetiva Duração do efeito Efeitos colaterais Relação dose/ efeito
Pesquisa clínica fase I

Primeiros estudos realizados em pacientes com a doença para a qual o medicamento está sendo desenvolvido.
São estudos controlados em número limitado de pacientes (100 a 200)
Indicação da eficácia Confirmação da segurança (medida do índice terapêutico) Estudos dose/ resposta são realizados para determinar a dose
ótima. Biodisponibilidade e bioequivalência de diferentes
formulações.
A formulação final é desenvolvida.
Pesquisa clínica fase II

Estudo terapêutico ampliado. Mínimo 800 pacientes.
Compara-se o novo medicamento com outro existente no mercado.
Risco/ benefício a curto e longo prazo. Estabelecimento do perfil terapêutico:
Indicação Dose e via de administração Contra indicações e efeitos colaterais
Demonstração da vantagem terapêutica Podem aparecer novos efeitos tóxicos que não foram
evidenciados antes. Características especiais do medicamento como:
Interações relevantes Efeitos modificadores como idade, etc.
É utilizada a formulação final desenvolvida. Solicita-se autorização à ANVISA para produção semi
industrial.
Pesquisa clínica fase III

O medicamento já foi aprovado para comercialização. Estudos pós comercialização Farmacovigilância. Pesquisas de novas indicações, novos métodos de
administração, novas associações (extensão de linha).
Após o pedido de registro e antes da aprovaçaõ da ANVISA para comercialização do produto iniciam-se os estudos de “scale up”. Algumas modificações podem acontecer na formula como
resultado dos estudos de scale up”.
Pesquisa clínica fase IV

Desenvolvimento de um novo medicamento


3. Genéricos Após expiração da patente do produto de linha Contêm o mesma quantidade de fármaco na mesma
forma farmacêutica. Devem ser bioequivalentes com o produto de
referência e portanto apresentar a mesma resposta clínica.
Podem diferir nos excipientes e na aparência final. Os estudos são realizados em voluntários sadios. O pedido de registro precisa de um relatório
resumido os estudos pré-clinicos de segurança e eficácia foram
realizados pelo produto inovador. Somente são exigidos os estudos de bioequivalência
Pesquisa clínica

O protótipo é a formulação que resulta dos estudos de pre-formulação e formulação
Inicialmente são preparados lotes piloto com o protótipo
Na produção industrial o protótipo dará origem a milhares de exemplares
Os ensaios clínicos são realizados com o protótipo e portanto tem que ser descrito com detalhe para facilitar sua reprodução.
O protótipo

Produção industrialEstudos de pré-formulação
Estudos de formulação
Obtenção de um protótipo
Produção em escala Piloto
Produção em escala industrial
“Scale up”

“O farmacêutico responsável deve assegurar que em uma caixa de um medicamento amostrada ao acaso em um lote do produto final da empresa, tenha o conteúdo correspondente a sua composição que consta no rótulo embora nunca tenha tocado ou visto aquela caixa”
(A. Le Hir, Noções de Farmácia Galênica)
Produção industrial