Conceitos, Tendências & Novidades - Junho 12

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Conceitos ////// Tendências COMUNICAÇÃO VISUAL Conceito & Parâmetros Gerais Johanne Liffey & J. C. Macedo A definição habitual de que “a Comunicação Visual reúne uma gama de atividades gráficas e mercantis afins, logo, é uma indústria da imagem especializada” foi estabelecida pelo escritor e jornalista João Barcellos no seu livro “Comunicação Visual...”, publicado em 2008, mas desde 1998, em artigos e editoriais, ele defendia essa posição. A produção de uma “imagem [foto-]graficamente adequada para uma peça promocional, ou sinalizadora de um ambiente funcional” [Barcellos, 2001], exige a escolha de processos de aplicação, desde o pré-tratamento à impressão e pós-impressão: processos como Serigrafia, Têxtil, Decalque/Transfer, Plotagem [recorte/impressão digital], Tampografia, OffSet, etc., cada qual com uma demanda própria de ferramentas e equipamentos. E assim, todos “os processos de tratamento de imagem concorrem para a realização de um vasto campo de trabalho industrial, comercial e artístico- cultural” [Liffey, 2007], que conhecemos, e reconhecemos na definição de Barcellos, como Comunicação Visual. Toda “a imagem a ser impressa é graficamente trabalhada por especialistas que aprontam para aplicação” [Macedo, 1976] , por isso é considerada uma ´imagem especializada´ adequada a um processo de decoração/impressão previamente escolhido. Podemos dizer que “cada passo de aplicação [foto-]gráfica é uma metalinguagem tecnológica pelas experimentações que permite

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Conceitos ////// Tendências

COMUNICAÇÃO VISUAL Conceito & Parâmetros Gerais

Johanne Liffey & J. C. Macedo

A definição habitual de que “a Comunicação Visual reúne uma gama de atividades gráficas e mercantis afins, logo, é uma indústria da imagem especializada” foi estabelecida pelo escritor e jornalista João Barcellos no seu livro “Comunicação Visual...”, publicado em 2008, mas desde 1998, em artigos e editoriais, ele defendia essa posição. A produção de uma “imagem [foto-]graficamente adequada para uma peça promocional, ou sinalizadora de um ambiente funcional” [Barcellos, 2001], exige a escolha de processos de aplicação, desde o pré-tratamento à impressão e pós-impressão: processos como Serigrafia, Têxtil, Decalque/Transfer, Plotagem [recorte/impressão digital], Tampografia, OffSet, etc., cada qual com uma demanda própria de ferramentas e equipamentos. E assim, todos “os processos de tratamento de imagem concorrem para a realização de um vasto campo de trabalho industrial, comercial e artístico-cultural” [Liffey, 2007], que conhecemos, e reconhecemos na definição de Barcellos, como Comunicação Visual. Toda “a imagem a ser impressa é graficamente trabalhada por especialistas que aprontam para aplicação” [Macedo, 1976], por isso é considerada uma ´imagem especializada´ adequada a um processo de decoração/impressão previamente escolhido. Podemos dizer que “cada passo de aplicação [foto-]gráfica é uma metalinguagem tecnológica pelas experimentações que permite

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[Barcellos, 2008] na elaboração de uma peça que deverá ser meio visualmente comunicativo e atingir um público específico.

“Comunicação Visual é uma atividade de profissionais gráficos que operam segundo regras tecnológicas para a transferência de imagens com pré-tratamento adequado a cada suporte e ambiente, logo, e também, sob utilização de matrizes e de tintas e de equipamentos apropriados” [Liffey, 2006].

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Ao mesmo tempo um campo industrial-comercial e uma arte que se renova com a introdução/adaptação das novas tecnologias que favorecem o tratamento da imagem [foto-]graficamente especializada, eis a Comunicação Visual. LIFFEY, Johanne // MACEDO, J. C. [2009] Imagens: Banco de Dados TNComunic

Plot & Plotagem um dos parques que mais cresce no meio da Comunicação Visual e do Têxtil

A expansão, embora que lenta, mas compreensível pela complexidade eletro e eletrônica dos equipamentos, da Impressão Digital, já popularizou um apelido para as áreas de recorte e impressão: plotagem. A impressão de traço planográfico [´plot´, na língua inglesa], muito conhecida nas áreas da Arquitetura, e da Engenharia em geral, e do Têxtil, ganhou uma versão para a Comunicação Visual através do desenvolvimento de impressoras sob comando computadorizado – a plotter –, equipamento que continuou, na imagem, o de corte eletrônico, e que agora faz até os dois serviços.

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[plotter Mimaki]

Todo o serviço anteriormente feito pelo gráfico [offset e outros] e pelo serigrafista passou a ser executado pela TID, ou, Tecnologia de Impressão Digital...ou, Plotagem. E sendo a qualidade boa em todos os segmentos gráficos da Comunicação Visual, porque a imagem é especializadamente tratada, o que não se altera é a quantidade com a mesma qualidade, ou seja, a TID não consegue [ainda...] a mesma tiragem de peças impressas que a Serigrafia ou a Off-Set, por exemplo, mesmo agregando a tecnologia de impressão com tinta ultravioleta. Plotagem é um dos parques que mais cresce no meio da Comunicação Visual e do Têxtil, e por duas opções: 1ª- a TID é uma tecnologia ecologicamente amiga e não precisa de muito espaço para ser operacionalizada; 2ª- as plotters são equipamentos perfeitamente adequados para a produção de peças funcionais [sinalização, moda, etc.] e publicitárias [gigantografia, banners, etc.] no âmbito de pequenas e médias campanhas, no que à tiragem diz respeito. A interação tecnológica da TID chegou, inclusive, às tradicionais fábricas de tintas têxtil-serigráficas, que se adaptam ao novo segmento e produzem tintas digitais. João Barcellos

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NOVIDADES

LATEX Tinta & Ecologia

Pode-se dizer que o Séc. 21 altera conceitos de aplicação industrial em vários ramos de atividade e, também, na Comunicação Visual... A corporação HP, que há pouco tempo ingressou no meio da plotagem agregando tecnologias de empresas adquiridas, desenhou impressoras para operarem com tinta de látex, no que junta o útil à agradável sensação de um mundo novo.

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Esta tinta látex é à base d´água e produz impressões sem cheiro, dispensa ventiladores para secagem, o que ajuda a economizar custos com energia. Não é inflamável nem combustível. O equipamento DesignJet para Tinta Látex, da HP, foi desenvolvido para oferecer um sistema versátil e completo de impressão com tecnologia verde: não contém solventes, não emite ozônio, produz impressões sem odor, secas e prontas para utilização imediato; e, os cartuchos de tinta foram idealizados para reduzir o uso de materiais e maximizar o uso de tinta, além de serem recicláveis. Outra questão de grande importância está na cabeça de impressão: como a composição da tinta látex é densa a impressora pode ser equipada com cabeças de 12 picolitros de capacidade e operar com resultados de ótima qualidade. Um dos principais benefícios da tinta de látex segue o requisito da tinta uv, ou seja, secagem imediata do objeto impresso. Esta tinta de látex, ainda em desenvolvimento, mas já aplicada em impressões promocionais e reprodução de esquemas de engenharia, por ex., pode vir a ser aplicada também em outros segmentos da Comunicação Visual conforme a demanda tecnológica, até porque todo o solvente para tinta que não seja água deverá ser reduzido e, em alguns casos, eliminado. É o grito da Humanidade e da Terra. E se a HP saiu na frente na Questão Látex, após ter adquirido a ColorSpan, a NUR e a Scitex, para competir no campo da tinta uv, os resultados já obtidos com a tinta látex fizeram com que empresas como a Epson e a Mimaki entrassem no jogo, e, com

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isso, já se pode afirmar que se estabelece em definitivo um mercado de tinta látex ´digital´ que vai agitar a Comunicação Visual.

Notas 1- Com milhares de unidades já instaladas, a HP disponibiliza também no Brasil as impressoras DesignJet L28500 e L26500. 2- Imagens registradas no Centro de Treinamento Rebouças, em evento da Prismablanco [São Paulo, 22.3.2012] para promoção de impressoras com tinta de látex. A unidade Prismablanco Nordeste vendeu a 1ª “látex” para o nordeste [Teresina-PI] logo depois do evento. [Prismablanco / 11-5574.5770]