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Conceitos "A educação ambiental é a ação educativa permanente pela qual a comunidade educativa tem a tomada de consciência de sua realidade global, do tipo de relações que os homens estabelecem entre si e com a natureza, dos problemas derivados de ditas relações e suas causas profundas. Ela desenvolve, mediante uma prática que vincula o educando com a comunidade, valores e atitudes que promovem um comportamento dirigido a transformação superadora dessa realidade, tanto em seus aspectos naturais como sociais, desenvolvendo no educando as habilidades e atitudes necessárias para dita transformação." Conferência Sub-regional de Educação Ambiental para a Educação Secundária Chosica/Peru (1976) "A educação ambiental é um processo de reconhecimento de valores e clarificações de conceitos, objetivando o desenvolvimento das habilidades e modificando as atitudes em relação ao meio, para entender e apreciar as inter-relações entre os seres humanos, suas culturas e seus meios biofísicos. A educação ambiental também está relacionada com a prática das tomadas de decisões e a ética que conduzem para a melhora da qualidade de vida". Conferência Intergovernamental de Tbilisi (1977) "Entendem-se por educação ambiental os processos por meio dos quais o indivíduo e a coletividade constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e competências voltadas para a conservação do meio ambiente, bem de uso comum do povo, essencial à sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade." Art. 1o da Lei no 9.795 de abril de 1999 "Processo em que se busca despertar a preocupação individual e coletiva para a questão ambiental, garantindo o acesso à informação em linguagem adequada, contribuindo para o desenvolvimento de uma consciência crítica e estimulando o enfrentamento das questões ambientais e sociais. Desenvolve-se num contexto de complexidade, procurando trabalhar não apenas a mudança cultural, mas também a transformação social, assumindo a crise ambiental como uma questão ética e política." Patrícia Mousinho. Glossário. In: Trigueiro, A. (Coord.) Meio ambiente no século 21. Rio de Janeiro: Sextante. 2003. http://www.mma.gov.br/sitio/index.php? ido=conteudo.monta&idEstrutura=20&idConteudo=1069&idMenu=583 ENGENHARIA AMBIENTAL MÉTODOS DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL - 2010 Profª. Ma. Elisete Peixoto de Lima

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Conceitos

"A educação ambiental é a ação educativa permanente pela qual a comunidade educativa tem a tomada de consciência de sua realidade global, do tipo de relações que os homens estabelecem entre si e com a natureza, dos problemas derivados de ditas relações e suas causas profundas. Ela desenvolve, mediante uma prática que vincula o educando com a comunidade, valores e atitudes que promovem um comportamento dirigido a transformação superadora dessa realidade, tanto em seus aspectos naturais como sociais, desenvolvendo no educando as habilidades e atitudes necessárias para dita transformação."

Conferência Sub-regional de Educação Ambiental para a Educação SecundáriaChosica/Peru (1976)

"A educação ambiental é um processo de reconhecimento de valores e clarificações de conceitos, objetivando o desenvolvimento das habilidades e modificando as atitudes em relação ao meio, para entender e apreciar as inter-relações entre os seres humanos, suas culturas e seus meios biofísicos. A educação ambiental também está relacionada com a prática das tomadas de decisões e a ética que conduzem para a melhora da qualidade de vida".

Conferência Intergovernamental de Tbilisi (1977)

"Entendem-se por educação ambiental os processos por meio dos quais o indivíduo e a coletividade constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e competências voltadas para a conservação do meio ambiente, bem de uso comum do povo, essencial à sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade."

Art. 1o da Lei no 9.795 de abril de 1999

"Processo em que se busca despertar a preocupação individual e coletiva para a questão ambiental, garantindo o acesso à informação em linguagem adequada, contribuindo para o desenvolvimento de uma consciência crítica e estimulando o enfrentamento das questões ambientais e sociais. Desenvolve-se num contexto de complexidade, procurando trabalhar não apenas a mudança cultural, mas também a transformação social, assumindo a crise ambiental como uma questão ética e política."

Patrícia Mousinho. Glossário.In: Trigueiro, A. (Coord.) Meio ambiente no século 21.

Rio de Janeiro: Sextante. 2003.

http://www.mma.gov.br/sitio/index.php?

ido=conteudo.monta&idEstrutura=20&idConteudo=1069&idMenu=583

Educação Ambiental como Instrumento de Ação do Engenheiro Ambiental em Planejamento

ENGENHARIA AMBIENTALMÉTODOS DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL - 2010

Profª. Ma. Elisete Peixoto de Lima

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http://www.pluridoc.com/Site/FrontOffice/default.aspx?Module=Files/FileDescription&ID=1692&lang=pt

O bom planejador deve identificar e incluir os elementos que participam e dão continuidade para o planejamento ambiental. Um dos fatores que pode conduzir empreendimentos ao fracasso é a não inserção dos fatores sociais. Neste contexto, a educação ambiental se revela como um instrumento fundamental do engenheiro ambiental. Além de restaurar a cidadania, aumentar a consciência ambiental da população permite atingir os objetivos do planejamento ambiental de forma econômica e sustentável. O objetivo principal que o trabalho buscou, foi demonstrar que a Educação Ambiental é um instrumento de ação do engenheiro em planejamento. Para isso foi necessário mergulhar nos fatos da história, na evolução dos conceitos, na conexão entre dados e na busca de um estudo de caso que se encaixasse e provasse tal objetivo. A metodologia do trabalho consiste em pesquisa bibliográfica com busca de conceitos e dados em livros, artigos e periódicos, complementando com o estudo de caso, envolvendo visitações, questionários e formulação dos dados. A pesquisa individual revelou que a maioria dos condomínios entrevistados, separa seus resíduos e entregam-nos aos carrinheiros. O acompanhamento das atividades da Secretaria Municipal do Meio Ambiente revelou que a existência da educação ambiental não é oriunda do projeto acompanhado pelo estudo de caso. A visita à Usina de Valorização de Resíduos mostrou ineficiência nos processos de coleta, transporte e separação dos materiais coletados pelos caminhões Lixo que não é Lixo, complementando toda problemática. O indivíduo, independente da sua função social, deve perceber a responsabilidade em cada passo, em cada ação e em cada atitude que escolhe. Conclui-se, portanto que o engenheiro ambiental deve incorporar a Educação Ambiental como instrumento de ação nos seus planejamentos. Atingindo assim, melhores resultados da colaboração da população nos projetos. Recomenda-se ainda, maior cooperação entre setores público, privado e civil, de forma a melhorar o acesso às informações e permitir maior envolvimento e participação dos projetos.Palavras-chave em Português: Engenharia ambiental, Educação ambiental, Planejamento ambiental, Lixo e Resíduo Sólido - Eliminação

Educação ambiental

Educação ambiental é um ramo da educação cujo objetivo é a disseminação do conhecimento sobre o ambiente, a fim de ajudar à sua preservação e utilização sustentável dos seus recursos. É uma metodologia de análise que surge a partir do crescente interesse do homem em assuntos como o ambiente devido às grandes catástrofes naturais que têm assolado o mundo nas últimas décadas[1].

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No Brasil a Educação Ambiental assume uma perspectiva mais abrangente, não restringindo seu olhar à proteção e uso sustentável de recursos naturais, mas incorporando fortemente a proposta de construção de sociedades sustentáveis. Mais do que um segmento da Educação, a Educação em sua complexidade e completude.

A educação ambiental tornou-se lei em 27 de Abril de 1999. A Lei N° 9.795 – Lei da Educação Ambiental, em seu Art. 2° afirma: "A educação ambiental é um componente essencial e permanente da educação nacional, devendo estar presente, de forma articulada, em todos os níveis e modalidades do processo educativo, em caráter formal e não-formal.

A educação ambiental tenta despertar em todos a consciência de que o ser humano é parte do meio ambiente. Ela tenta superar a visão antropocêntrica, que fez com que o homem se sentisse sempre o centro de tudo esquecendo a importância da natureza, da qual é parte integrante.Desde muito cedo na história humana para sobreviver em sociedade, todos os indivíduos precisavam conhecer seu ambiente. O início da civilização coincidiu com o uso do fogo e outros instrumentos para modificar o ambiente, devido aos avanços tecnológicos, esquecemos que nossa dependência da natureza continua.

"A educação ambiental é a ação educativa permanente pela qual a comunidade educativa têm a tomada de consciência de sua realidade global, do tipo de relações que os homens estabelecem entre si e com a natureza, dos problemas derivados de ditas relações e suas causas profundas. Ela desenvolve, mediante uma prática que vincula o educando com a comunidade, valores e atitudes que promovem um comportamento dirigido a transformação superadora dessa realidade, tanto em seus aspectos naturais como sociais, desenvolvendo no educando as habilidades e atitudes necessárias para dita transformação."

"A educação ambiental é um processo de reconhecimento de valores e clarificações de conceitos, objetivando o desenvolvimento das habilidades e modificando as atitudes em relação ao meio, para entender e apreciar as inter-relações entre os seres humanos, suas culturas e seus meios biofísicos. A educação ambiental também está relacionada com a prática das tomadas de decisões e a ética que conduzem para a melhora da qualidade de vida

"Entendem-se por educação ambiental os processos por meio dos quais o indivíduo e a coletividade constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e competências voltadas para a conservação do meio ambiente, bem de uso comum do povo, essencial à sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade."

Art. 1o da Lei no 9.795 de abril de 1999

"Processo em que se busca despertar a preocupação individual e coletiva para a questão ambiental, garantindo o acesso à informação em linguagem adequada, contribuindo para o desenvolvimento de uma consciência crítica e estimulando o enfrentamento das questões ambientais e sociais. Desenvolve-se num contexto de complexidade, procurando trabalhar não apenas a mudança cultural, mas também a transformação social, assumindo a crise ambiental como uma questão ética e política.

Os problemas causados pelo aquecimento global obrigaram o mundo a refletir sobre a necessidade de impulsionar a educação ambiental. O cenário é muito preocupante e deve ser levado a sério, pois as consequências vão atingir a todos, sem distinção.

Trata-se de processo pedagógico participativo permanente para incutir uma consciência crítica sobre a problemática ambiental, estendendo à sociedade a capacidade de captar a gênese e a evolução de problemas ambientais.

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EDUCAÇÃO AMBIENTAL EMANCIPATÓRIA COMO CAMINHO PARA SUSTENTABILIDADE

 

Marco Túlio Bertolino tem 11 anos de experiência nas áreas de gestão da qualidade

e processos industriais. É Bacharel em Química e Mestre em Engenharia Ambiental,

Auditor Líder em Gestão da Qualidade com formação reconhecida pela IRCA –

International Register of Certified Auditors e possui treinamento em HACCP acreditado

pelo International HACCP Alliance.

 

 

O poder crescente da ação antrópica sobre o meio ambiente   Até o domínio do fogo pelos primeiros homídeos, a ação antrópica era inexistente, a partir deste fato, uma única espécie passa a ter um poder de ação sobre a natureza em proporções maiores do que as realizadas de forma natural até então, onde começa expandir um espaço denominado meio-ambiente.    Porém, até o séc. XVI, a forma usual de produzir calor consistia em queimar madeira, resíduos agrícolas e esterco animal, e o trabalho de que se necessitava era realizado com a ajuda de animais, de energia hidráulica e de moinhos de vento. Até então, os seres humanos faziam uso da energia e dos recursos naturais a um ritmo análogo ao do crescimento populacional, como afirma Theis (1996). A natureza conseguia absorver os impactos que sofria, pois eram em uma pequena escala. Porém, no final do séc. XVIII iniciou-se o processo de industrialização e a demanda de energia ultrapassou o que poderiam satisfazer, por si só, as fontes renováveis, assim como, o processo de degradação ambiental começou a crescer num ritmo alarmante.   Lindener (2001), acrescenta que na Idade Moderna, o movimento humanista com forte influência do pensamento teológico faz com que o homem passe a assumir uma posição fora da natureza. O homem abandona sua menoridade e eleva-se como dono da natureza, a seu dominador. Os grandes avanços da ciência, por obra de Bacon, Descartes, Galileu, Newton, entre outros, consolidam o conceito e o poder do homem sobre a natureza. Desde então as aplicações técnicas das ciências transformam a superfície da terra com velocidade crescente.    O processo de desenvolvimento, inserido no quadro mais geral das nossas sociedades modernas, foi e permanece bastante predador em relação aos recursos naturais.  Dois elementos principais aparecem em destaque ao se estudar a relação da sociedade com o meio ambiente: a destruição dos recursos disponíveis e a poluição (Raud, 1999). A ação antrópica caminha rumo a insustentabilidade   É importante mencionar que a crescente interdependência econômica mundial corre paralela em relação da interdependência ambiental planetária. As cadeias biológicas formadas por solos, ar, água e seres vivos invariavelmente são mundiais. Um distúrbio em qualquer um deles pode ocasionar efeitos desastrosos e inesperados, distantes tanto no tempo quanto no espaço. Esse fenômeno pode ser melhor compreendido através da "Teoria do Caos” de Gleik (1991). Logo, a queima de combustível fóssil em qualquer ponto prejudica as florestas em todo o mundo, a emissão de produtos químicos prejudica a camada de ozônio protetora da Terra, e assim por diante.   Os recursos ambientais (ecológicos e sociais) são portanto intimamente relacionados e interdependentes. Tanto a pobreza quanto o crescimento acelerado da população, a destruição dos recursos e a degradação do meio ambiente estão conectados (Franco, 2001).   Outro aspecto inserido no modelo adotado pela sociedade atual é o próprio fenômeno de mercado, guiado pela mão invisível suposta por Adam Smith, que governa os intercâmbios mercantis. Para Leff (1994), o homo economicus substituiu o homo sapiens. Neste sentido, a complexificação da produção implica na desconstrução do lógos globalizador do mercado, da compreensão mecanicista dos equilíbrios macroeconômicos e dos fatores produtivos, da lei do valor que tem desconhecido a

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natureza e as culturas. No entanto, existe um limite real: do crescimento econômico e populacional, dos desequilíbrios ecológicos e das desigualdades sociais e pobreza; fatores que implicam na capacidade de sustentação da própria vida no Planeta. Por isso, a sustentabilidade é a marca da proibição na ordem econômica, i.é., ela induz a uma óptica do limite no terreno da produção e consequentemente, transgride a ordem dominante.   A falta de entendimento das questões ambientais como um todo refletem numa tola visão de que é possível aumentar os meios de produção ininterruptamente, sem considerar os limites naturais para suportar os efeitos antrópicos por parte do meio ambiente, onde intervir da forma atual e a um ritmo crescente motivado pelo hiperconsumismo (que é um verdadeiro fetiche do chamado homo economicus), podem causar um colapso global aos ciclos naturais, tornando insuficiente os recursos naturais e por somatória, desestruturando as bases de suporte à vida.   O atual modelo de desenvolvimento, segundo Aumond (1999), baseia-se no "mito" do progresso ininterrupto e ilimitado, fato que se reflete numa crise ecológica mundial, devido à incapacidade de a natureza absorver as agressões antrópicas no ritmo em que se apresenta, i.é., dado o caracter finito dos recursos naturais não renováveis, o desrespeito ao limite de velocidade fotossintético dos recursos naturais renováveis que é suplantado pela abertura de novas áreas naturais e a fragilidade da biosfera, o desenvolvimento quantitativo ilimitado de bens materiais é insustentável.   Para um desenvolvimento sustentável real e não utópico, Aumond acrescenta que é preciso profundas mudanças de caracter social, cultural e político. A Terra não pode ser vista como um reservatório de matérias-primas e recursos naturais conforme nossa sociedade vem pensando a períodos que remontam a um processo que advém desde o paleolítico, frutos de uma crise de percepção mencionada por Capra (1996).    É preciso redesenhar a "Aldeia Humana", seus valores, suas relações com a natureza, almejando novos caminhos para melhorar a qualidade de vida, incorporando formas de desenvolvimento mais brandas e menos impactantes ao meio ambiente. Segundo as palavras de Cavalcante (2000), a preocupação com o meio ambiente é antes de tudo uma questão de bom senso, se não cuidarmos hoje dos itens naturais, certamente as gerações futuras não os terão.    O atual modelo de crescimento leva consigo a marca da insustentabilidade. Educação ambiental como catalizador de processos de mudança   A educação ambiental pode ser uma ferramenta fundamental como mecanismo para catalisar ações de mudanças de hábitos de nossa sociedade, de forma que podemos até dizer que tem uma importância vital.   A chamada educação ambiental pode ser aplicada com os seguintes objetivos: 1 - Criar uma conscientização sobre aspectos ambientais relevantes da vida moderna; 2 - Instituir hábitos de contribuição diária com o meio ambiente; 3 - Definir novas posturas e condutas a serem tomadas em virtude de regras necessárias à sustentabilidade.   Não basta uma educação ambiental pontual e vinculada apenas à proteção de espécies em extinção, o não corte da árvore de um quintal ou uma rua, à proteção de matas e temas deste tipo, e que invariavelmente deixam de buscar uma compreensão sistêmica da questão. Este modelo é aleijado e ocasiona consumidores ferozes que se acham ambientalmente corretos porque participaram de uma passeata para proteger os pobres micos leão dourados ou porque transformaram uma garrafa PET usada em um horrendo abajur, que logo irá para o lixo também.    É preciso uma visão prática sobre como proceder em ações do dia-a-dia em atividades como recolhimento de lixo, economia de água e luz e enxergar ao seu redor os aspectos básicos relacionados ao meio ambiente. As pessoas devem ser estimuladas a pensar sobre isto e calcular cada ação para minimizar os impactos ambientais de nossa auto-existência.    Os esforços devem ser para criamos uma educação ambiental emancipatória e ao mesmo tempo cuidado para que a educação ambiental não seja um adestramento ambiental, pois só assim teremos jovens que pensarão duas vezes antes de comprarem seu quarto par de tênis e pais de família menos orgulhosos porque cada membro possui seu próprio carro.    Um verdadeiro processo de educação ambiental vai contra a ordem econômica dominante, pois aborda enfaticamente a necessidade de redução do consumo. 

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Onde está o caminho da sustentabilidade?   Para Raw (2001), muitos dos problemas ambientais são mais econômicos do que ecológicos, e grande parte do conflito de idéias entre ecólogos e economistas já foi resolvido.  Antes o economista não queria planejar mais do que cinco anos para o futuro, e o ecólogo estava pensando de trinta anos em diante. Nas últimas décadas as escalas de tempo dos dois aproximaram-se.     Quem determina o ritmo econômico é o ritmo de produção industrial, e quem determina o ritmo de produção industrial são os consumidores. Ou seja, de acordo com o consumo se calcula a demanda que a industria vai transformar recursos naturais em produtos, e por mais que uma indústria possua um sistema de gestão ambiental bem estruturado, suas ações não implicarão em remover menos recursos se houver maior demanda, apesar de conterem e minimizarem resíduos, emissões e efluentes e otimizarem seu consumo de insumos, água e energia, como se espera após implantar um SGA (isso, caso ela tenha um SGA implantado). Por isso é preciso consumidores formatados por uma educação ambiental consistente. Os consumidores são os atores mais importantes em todo processo, eles são o caminho lógico para o alcance da sustentabilidade. Nesta busca, ações como consumir o necessário, sem fetiches consumistas: evitando o desnecessário e produtos inúteis e optando por produtos duráveis, evitando descartáveis e de baixa vida, de forma que as indústrias produzam o mínimo necessário para o bem estar de nossa geração, de forma a remover da natureza apenas o necessário, permitindo um limite realmente sustentável, dentro da capacidade fotossintética de produção, com cuidados para permitir uma resiliência ambiental daquilo que foi removido, salvaguardando recursos também para as futuras gerações, são a forma de fazer com que o desenvolvimento sustentável deixe de ser apenas uma utopia.

 

Bibliografia:

AUMOND, Juarês José. Desenvolvimento sustentável: realidade ou utopia? Revista de Estudos Ambientais, Blumenau: FURB / IPA - Vol. 1, N º 2, p. 5-11, mai/ago 1999.

CAJAZEIRA, Jorge Emanuel Reis. ISO 14001 Manual de Implantação. Rio de Janeiro - Qualitymark Editora Ltda - 1 º Reimpressão - 1988

CAPRA, Fritjof (1996). A teia da vida: uma nova compreensão científica dos sistemas vivos. São Paulo: Cultrix. 256 p.

CAVALCANTE, Marcia D. L. Qual o papel do empresário brasileiro? Revista Banas Ambiental, São Paulo, Ano II, N º 9, p. 22-22, dez/2000.

CZAJA, Maurício Camargo. Impementação requer administração pró-ativa. Revista Banas Ambiental, São Paulo, Ano II, N º 12, p. 46-50, jun/2001.

DENARDIN, Valdir F. e VINTER Gláucia. Algumas considerações acerca dos benefícios econômicos, sociais e ambientais advindos da certificação ISO 14000 pelas empresas. Revista de Estudos Ambientais, Blumenau: FURB/IPA - Vol. 2, N º 2 e 3, p. 109-113, mai/dez 1999.

FRANCO, Maria de Assunção Ribeiro. Planejamento Ambiental para a Cidade Sustentável - São Paulo: Annablume Editora: FAPESP, 2001.

FRONDIZI, I. M. R. L. et al. (1998). Pesquisa gestão ambiental na industria brasileira. Brasília: BNDES/CNI/SEBRAE.

GALVÃO Filho, João Baptista. A gestão de conflitos ambientais. Revista Banas Ambiental, São Paulo, Ano II, N º 11, p. 22-25, abr/2001.

GLEICK, James. Caos: a criação de uma nova ciência. Rio de Janeiro: Campus, 1991.

LEFF, Enrique (1994). Ecología y capital: racionalidad ambiental, democracia participativa y desarrollo sustentable. México: Siglo Veintiuno Editores. 437 p.

LINDNER, Nelcio, SELIG, Paulo Maurício & MELO, Ivan Vieira. "PROGEA": Uma proposta metodológica de educação  ambiental para integração do Sistema de Gestão Ambiental à cultura organizacional. Revista de Estudos Ambientais, Blumenau: FURB/IPA - Vol. 3, N º 1, p. 51-68, jan/abr 2001.

MARTINS. Monica. Os novos tons da norma verde. Revista Banas Ambiental, São Paulo, ago/1999.

MOREIRA, Maria Suely. O desafio da gestão ambiental. Revista Banas Ambiental, São Paulo, Ano III, N º 10, p. 23-25, fev/2001.

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RAMOS, Jaqueline B. Empresas ambientalmente educadas. Revista Banas Ambiental, São Paulo, Ano III, N º 13, p. 32-35, ago/2001.

RAUD, Cécile. Indústria, Território e Meio Ambiente no Brasil: Perspectivas da industrialização a partir da análise da experiência catarinense. Editora da UFSC/Edifurb - Florianópolis/Blumenau, 1999.

RAW, Anthony. ECOLOGIA ontem, hoje e amanhã. Revista Humanidades - Biologia. Editora Universidade de Brasília, Brasília, N º 48, 1 º semestre/2001, p. 55-74.

RATTNER, H. (1991). Tecnologia e desenvolvimento sustentável: uma avaliação crítica. Revista de Administração, São Paulo, Vol. 26, N º 1, p. 5 - 11.

THEIS, Ivo Marcos (1996). Limites energéticos do desenvolvimento. Blumenau: Editora da FURB.

 

Projeto de Educação Ambiental Parque Cinturão Verde de Cianorte

O QUE É EDUCAÇÃO AMBIENTAL?A Educação Ambiental é um processo participativo, onde o educando assume o papel de elemento central do processo de ensino/aprendizagem pretendido, participando ativamente no diagnóstico dos problemas ambientais e busca de soluções, sendo preparado como agente transformador, através do desenvolvimento de habilidades e formação de atitudes, através de uma conduta ética, condizentes ao exercício da cidadania.VALORES DA EDUCAÇÃO AMBIENTALA Educação Ambiental deve buscar valores que conduzam a uma convivência harmoniosa com o ambiente e as demais espécies que habitam o planeta, auxiliando o aluno a analisar criticamente o princípio antropocêntrico, que tem levado à destruição inconseqüente dos recursos naturais e de várias espécies. É preciso considerar que:A natureza não é fonte inesgotável de recursos, suas reservas são finitas e devem ser utilizadas de maneira racional, evitando o desperdício e considerando a reciclagem como processo vital;As demais espécies que existem no planeta merecem nosso respeito. Além disso, a manutenção da biodiversidade é fundamental para a nossa sobrevivência;É necessário planejar o uso e ocupação do solo nas áreas urbanas e rurais, considerando que é necessário ter condições dignas de moradia, trabalho, transporte e lazer, áreas destinadas à produção de alimentos e proteção dos recursos naturais.A EDUCAÇÃO AMBIENTAL NA ESCOLAA escola é o espaço social e o local onde o aluno dará seqüência ao seu processo de socialização. O que nela se faz se diz e se valoriza representa um exemplo daquilo que a sociedade deseja e aprova. Comportamentos ambientalmente corretos devem ser aprendidos na prática, no cotidiano da vida escolar, contribuindo para a formação de cidadãos responsáveis.Considerando a importância da temática ambiental e a visão integrada do mundo, no tempo e no espaço, a escola deverá oferecer meios efetivos para que cada aluno compreenda os fenômenos naturais, as ações humanas e sua conseqüência para consigo, para sua própria espécie, para os outros seres vivos e o ambiente. É fundamental que cada aluno desenvolva as suas potencialidades e adote posturas pessoais e comportamentos sociais construtivos, colaborando para a construção de uma sociedade socialmente justa, em um ambiente saudável.Com os conteúdos ambientais permeando todas as disciplinas do currículo e contextualizados com a realidade da comunidade, a escola ajudará o aluno a perceber a correlação dos fatos e a ter uma visão holística, ou seja, integral do mundo em que vive. Para isso a Educação Ambiental deve ser abordada de forma sistemática e transversal, em todos os níveis de ensino, assegurando a presença da dimensão ambiental de forma interdisciplinar nos currículos das diversas disciplinas e das atividades escolares.A fundamentação teórico/prática dos projetos ocorrerá por intermédio do estudo de temas geradores que englobam palestras, oficinas e saídas a campo. Esse processo oferece subsídios aos professores para atuarem de maneira a englobar toda a comunidade escolar e do bairro na coleta de dados para resgatar a história da área para, enfim, conhecer seu meio e levantar os problemas ambientais.Os conteúdos trabalhados serão necessários para o entendimento dos problemas e, a partir da coleta de dados, à elaboração de pequenos projetos de intervenção.Considerando a Educação Ambiental um processo contínuo e cíclico, o método utilizado pelo Programa de Educação Ambiental para desenvolver os projetos e os cursos capacitação de professores conjuga os princípios gerais básicos da Educação Ambiental (Smith, apud Sato, 1995).

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 Princípios gerais da Educação Ambiental:         Sensibilização: processo de alerta, é o primeiro passo para alcançar o pensamento sistêmico;         Compreensão: conhecimento dos componentes e dos mecanismos que regem os sistemas naturais;         Responsabilidade: reconhecimento do ser humano como principal protagonista;         Competência: capacidade de avaliar e agir efetivamente no sistema;         Cidadania: participar ativamente e resgatar direitos e promover uma nova ética capaz de conciliar o ambiente e a sociedade.A Educação Ambiental, como componente essencial no processo de formação e educação permanente, com uma abordagem direcionada para a resolução de problemas, contribui para o envolvimento ativo do público, torna o sistema educativo mais relevante e mais realista e estabelece uma maior interdependência entre estes sistemas e o ambiente natural e social, com o objetivo de um crescente bem estar das comunidades humanas.Se existe inúmeros problemas que dizem respeito ao ambiente, isto se devem em parte ao fato das pessoas não serem sensibilizadas para a compreensão do frágil equilíbrio da biosfera e dos problemas da gestão dos recursos naturais. Elas não estão e não foram preparadas para delimitar e resolver de um modo eficaz os problemas concretos do seu ambiente imediato, isto porque, a educação para o ambiente como abordagem didática ou pedagógica, apenas aparece nos anos  80. A partir desta data os alunos têm a possibilidade de tomarem consciência das situações que acarretam problemas no seu ambiente próximo ou para a biosfera em geral, refletindo sobre as suas causas e determinarem os meios ou as ações apropriadas na tentativa de resolvê-los.As finalidades desta educação para o ambiente foram determinadas pela UNESCO, logo após a Conferência de Belgrado (1975) e são as seguintes:"Formar uma população mundial consciente e preocupada com o ambiente e com os problemas com ele relacionados, uma população que tenha conhecimento, competências, estado de espírito, motivações e sentido de empenhamento que lhe permitam trabalhar individualmente e coletivamente para resolver os problemas atuais, e para impedir que eles se repitam”.

PROPOSTAS DE TRABALHO:         Levantamento do perfil ambiental das escolas (se possui área verde, horta, separação de lixo, etc.);         Levantamento dos projetos que estão sendo desenvolvidos nas escolas;         Acompanhamento de projetos específicos nas escolas que serão desenvolvidos pelos professores (horta comunitária, reciclagem de lixo, bacia hidrográfica como unidade de estudo, trilhas ecológicas, plantio de árvores, recuperação de nascentes, etc...);         Mobilização de toda a comunidade escolar para o desenvolvimento de atividades durante a Semana do Meio Ambiente, com finalidade de conscientizar a população sobre as questões ambientais;         Realização de campanhas educativas utilizando os meios de comunicação disponíveis, imprensa falada e escrita, TV Cinturão Verde, distribuição de panfletos, folder, cartazes, a fim de informar e incentivar a população em relação à problemática ambiental;         Promover a integração entre as organizações que trabalham nas diversas dimensões da cidadania, com o objetivo de ampliar o conhecimento e efetivar a implementação dos direitos de cidadania no cotidiano da população.Com o intuito de levar às escolas e à comunidade o conhecimento necessário para a construção da cidadania serão envolvidos diferentes órgãos que asseguram os direitos e deveres de cada indivíduo

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na sociedade. Entre esses órgãos podemos citar, a Policia Militar, o Corpo de Bombeiros, a Vigilância Sanitária, IAP, etc. Serão trabalhados temas relacionados à melhoria da qualidade de vida da população, por exemplo:         Lixo (redução, reutilização e reciclagem);         Lixo Hospitalar (destinação);         Água (consumo, disperdício, poluição);         Florestas (porque preservá-las?);         Fogo (prevenção, efeitos negativos ao meio ambiente);         Agrotóxicos (riscos para a saúde, danos ambientais);         Caça ilegal;         Respeito aos animais silvestres e domésticos;         Drogas;         DST – Doenças sexualmente transmissíveis;         Segurança no trânsito;         Respeito ao próximo;         Noções de saúde (higiene, prevenção de doenças);         Cidadania (direitos do cidadão), etc...Ao implementar um projeto de educação para o ambiente, estaremos facilitando aos alunos e à população uma compreensão fundamental dos problemas existentes, da presença humana no ambiente, da sua responsabilidade e do seu papel crítico como cidadãos de um país e de um planeta. Desenvolveremos assim, as competências e valores que conduzirão a repensar e avaliar de outra maneira as suas atitudes diárias e as suas conseqüências no meio ambiente em que vivem.Como o aluno irá aprender a propósito do ambiente, os conteúdos programáticos lecionados, tornar-se-ão uma das formas de tomada de consciência, tornando-se, mais agradáveis e de maior interesse para o aluno.Através de parcerias firmadas entre a APROMAC – Associação de Proteção ao Meio Ambiente de Cianorte; Prefeitura Municipal de Cianorte; Secretaria Municipal de Agricultura, Abastecimento e Meio Ambiente – SEMMAM; Divisão do Meio Ambiente; Conselho Municipal do Meio Ambiente – COMMA e Ministério Público serão desenvolvidas ações e atividades diferenciadas conforme a realidade de cada local/região.Através de atividades e ações programadas, objetivamos promover a sensibilização da população cianortense sobre a importância e a necessidade da preservação e da conservação do Parque Cinturão Verde, visto que esta área é de fundamental importância sócio-ambiental para o município de Cianorte. Ainda a população abrangida pelo projeto receberá conhecimentos de cidadania, saúde, higiene e segurança.Para o acompanhamento e avaliação das atividades será redigido relatório mensal, onde serão descritas todas as tarefas desenvolvidas sendo apresentado ao COMMA e a APROMAC, ficando disponível a todos para consulta.PARCERIAS:

   

Conselho Municipal do Meio Ambiente - COMMAA união de todos em prol de um ambiente mais saudáve!RELATÓRIO DE ATIVIDADES REFERENTE AO MÊS DE ABRILNo início do mês de abril, procurei a Secretaria da Agricultura e Meio Ambiente apresentando a proposta para o desenvolvimento de um Programa de Educação Ambiental no município, sendo que

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este possui um Parque Municipal onde se percebe a necessidade de um trabalho intenso de sensibilização e conscientização de toda a população cianortense no que diz respeito à proteção dessa área.Entusiasmado o Secretário de Agricultura e Meio Ambiente, Dr José Icaro Monteiro Maranhão apresentou a proposta para o Conselho Municipal do Meio Ambiente – COMMA, sendo aprovada por unanimidade.Com base na proposta de trabalho, entrei em contato com o Núcleo Regional de Educação a fim de estabelecer parceria onde possamos desenvolver e acompanhar projetos, cursos de capacitação para professores e outras atividades envolvendo todas as escolas cianortenses. Também realizei outras atividades:         Para iniciar os trabalhos com as escolas elaborei um questionário com o objetivo de fazer um levantamento ambiental das escolas, cada escola recebeu um questionário juntamente com um comunicado sobre o trabalho de Educação Ambiental que será desenvolvido no Centro de Educação Ambiental (Anexo 01 e 02);         Realizei um levantamento na videoteca do Núcleo Regional de Educação, sobre os vídeos educativos que irei utilizar em palestras programadas no Centro de Educação Ambiental;         Em uma breve reunião com a chefia da Vigilância Sanitária Municipal, Sra. Vera Leite discutimos sobre o recolhimento dos pneus, sendo que a Secretaria de Agricultura e Meio Ambiente viabilizou o armazém do IBC para guardar esse material;         Mediante pedido da Sra Vera Leite, realizou-se uma reunião com todos os agentes de saúde no Centro de Educação Ambiental, a fim de repassar informações sobre algumas dificuldades que os mesmos encontram no seu trabalho, pois estão diretamente em contato com a população. Tiraram dúvidas sobre a questão do lixo depositado em terrenos baldios, pneus e outros assuntos para que eles possam esclarecer a comunidade de maneira mais clara e correta;         Participação na cidade de Tuneiras do Oeste da reunião pública referente à “proposta da criação de novas Unidades de Conservação Federais no Paraná e Santa Catarina”. A Reserva Biológica das Perobas será localizada nos municípios de Tuneiras do Oeste e Cianorte, com uma área de 11 mil hectares;         Visitei junto com Sr. Luis César, viveirista da APROMAC área de reflorestamento do fundo de vale do Rio Corujinha, projeto de reflorestamento que está sendo executado pela APROMAC;         Visitei a escola Municipal Lídia Usuy Ohi a convite da diretora Professora Maria Luiza, para conhecer o projeto “LIXO NÃO PERDIDO, LUCRO GARANTIDO”, desenvolvido na escola, onde prestarei assessoria e acompanhamento à equipe que desenvolve o projeto (Anexo 03);         Participei do Seminário sobre Legislação Ambiental – Mata Ciliar, promovido pelo Sindicato Rural de Cianorte e a FAEP, no auditório da UNIPAR;         A pedido do chefe de Divisão de Meio Ambiente Sr. Ailito Rossi, visitei a propriedade do Sr. Ademir Gonçalves dos Santos, onde o mesmo nos solicitou a elaboração de um projeto de recuperação da nascente do Córrego Elba visando a total proteção daquela nascente e do córrego através do reflorestamento com espécies nativas. Feita a vistoria a campo elaborei o projeto (Anexo 04).Cianorte, abril de 2005.Edna Sueli PontaltiBióloga, Educadora AmbientalAPROMAC/COMMA

ANEXO 01QUESTIONÁRIO – LEVANTAMENTO DO PERFIL AMBIENTAL DA ESCOLA01-              Nome da escola02-              Nome do diretor (a)03-              Tel.:04-              Quantos professores atuam na escola?05-              Quantos alunos estão matriculados?06-              Quantos residem na zona rural?07-              A escola desenvolve projetos na área ambiental?( ) Sim( ) Não08-              Quais são os projetos que estão sendo desenvolvidos atualmente?09-              Quantos professores estão envolvidos no desenvolvimento dos projetos?10-              Como é a participação e o envolvimento dos alunos nos projetos?11-              Quais são as principais dificuldades encontradas pelos professores que desenvolvem projetos?

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12-              Os professores são incentivados e motivados para estarem desenvolvendo pequenos projetos ou atividades ambientais com seus alunos?13-              A escola possui área arborizada, horta, ou outros espaços que poderão ser utilizados para trabalhar Educação Ambiental?14-              Na escola existe o processo de separação do lixo produzido pela comunidade escolar?15-              O que é feito com o lixo separado?16-              Os professores realizam atividades com os alunos fora da escola? Quais são os principais locais utilizados pelos professores?17-              A escola realiza visitas a campo, para trabalhar a realidade local sobre as questões ambientais?18-              Dos locais abaixo relacionados, assinale quais já foram visitados pelos alunos sob orientação dos professores.( ) Trilha da Peroba( ) Trilha do Fantasminha( ) Pista de caminhada( ) Bosque da Igreja Matriz( ) Parque do Cinturão Verde Módulo Mandhuy( ) Nascentes( ) Rios (nome do rio)( ) Captação de água da SANEPAR – Rio Bolivar( ) Sistema de tratamento e abastecimento de água da SANEPAR – Centro( ) Estação de Tratamento de Esgoto – ETE( ) Aterro Sanitário( ) Biblioteca MunicipalOutros locais não citados:ANEXO 02COMUNICADOPrezados Diretores e Professores,O Conselho Municipal do Meio Ambiente (COMMA), através do Centro de Educação Ambiental comunica que estará desenvolvendo um trabalho de Educação Ambiental com todas as escolas do município de Cianorte, sendo este trabalho de caráter educativo e contínuo, tendo como finalidade a promoção da cidadania ambiental, a sensibilização e a conscientização de toda a comunidade escolar e conseqüentemente de toda a comunidade cianortense para uma participação efetiva nas questões ambientais.Nesse processo educativo, o Parque Municipal do Cinturão Verde estará sendo enfocado devido a sua importância ambiental e ecológica para a população cianortense, visto que a preservação dessa área é de extrema importância para manter o equilíbrio ecológico desse ecossistema. A partir daí pretende-se acompanhar e prestar assistência aos professores para a realização de projetos direcionados as questões ambientais, priorizando a realidade local e as experiências vivenciadas pelos alunos e professores no seu cotidiano. Citamos alguns temas que serão abordados: preservação das áreas verdes, recuperação de áreas degradadas, recuperação e proteção de rios e nascentes, proteção dos animais silvestres do Parque Cinturão Verde, respeito aos animais domésticos, reciclagem do lixo, desperdício de água, entre outros.Será muito importante para nós do COMMA, a colaboração de todas as escolas nos enviando sugestões e propostas para o desenvolvimento de projetos para que juntos possamos envolver toda a clientela escolar na luta pelo “meio ambiente equilibrado, sendo bem de uso do povo e essencial à sadia qualidade de vida, cabendo a todos o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações” como está previsto na Constituição Federal no art. 225.Contamos com a colaboração de todos.AtenciosamenteEDNA SUELI PONTALTIBióloga e Educadora Ambiental do COMMA RELATÓRIO DE ATIVIDADES REFERENTE AO MÊS DE MAIO         Participação junto à Comissão Técnica designada pelo Conselho Municipal do Meio Ambiente, para vistoriar a área que será doada pela Companhia Melhoramentos Norte do Paraná aumentando o Parque Cinturão Verde;         Reunião com os guardas-parque da APROMAC;         Acompanhamento nas atividades de coleta e separação do lixo trazido pelas crianças da Escola Lídia Usuy Ohi, estando presentes o Sr. Edno Guimarães Prefeito Municipal, Dr José Ícaro M. Maranhão, Secretário Municipal da Agricultura, Abastecimento e Meio Ambiente, Sr. Ailito Rossi, Chefe

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da Divisão de Meio Ambiente. Também esteve presente a imprensa representada na ocasião pelo Jornal

Dialética da Relação Entre Sociedade Industrial e Natureza

 

Introdução

 

Com base em uma vasta literatura, pretendemos trazer através do presente trabalho, uma reflexão acerca da globalização tal como ela é na atualidade e sua gênese em uma perspectiva histórico-geográfica, buscando entender as dinâmicas sócio-ambientais no espaço geográfico na atualidade.

O homem, ao longo de sua história, enquanto um ser social, busca na natureza as suas necessidades de sobrevivência, como a sociedade está sempre em processo de mudança de hábitos em momentos históricos distintos, ela estará sempre construindo o espaço e ao mesmo tempo, sendo construída por ele, em uma relação que muitas vezes não é harmoniosa, principalmente, em tempos em que o consumo é o ópio e muitas necessidades são inventadas pelos grandes grupos hegemônicos, as grandes corporações capitalistas, a fim de que o mercado e os lucros cresçam cada vez mais, num processo em que a dinâmica natural do ambiente não consegue suportar, surgindo assim, os vários problemas ambientais da atualidade.

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Este trabalho não vem encerrar o assunto em pauta, visto que este é bastante amplo e traz um leque muito grande de discussões em vários aspectos, assim, buscamos trazer reflexões úteisa sociedade, buscando em todo momento estimular o pensamento crítico e a capacidade de apreender uma determinada realidade, muitas vezes escondida ao olhar em sua forma física.

Num primeiro momento, será abordado o tema da globalização, algo fundamental para posteriores explanações acerca da crescente degradação ambiental, o que constitui um fenômeno global e de grande preocupação das autoridades mundiais comprometidas com o bem estar da humanidade, por último, serão apresentados os grandes problemas ambientais globais e os malefícios causados para a sociedade, bem como, a possibilidade de uma outra globalização a partir da conscientização da sociedade na importância da busca por um mundo melhor, para tanto, é fundamentado em uma sólida base teórica em uma bibliografia humana e comprometida com a realidade.

O presente trabalho, busca abordar o tema, em consonância com a importância do cunho social de todo e qualquer conhecimento científico, perdendo o seu valor se não trouxer benefícios para a sociedade, uma existência inútil, é nessa perspectiva que procuramos trabalhar o tema proposto.

Desenvolvimento

Para compreendermos o atual momento histórico em que vivemos, se faz necessária, uma abordagem histórica acerca das formações sociais e os sistemas econômicosexistentes no passado até chegarmos a era globalizada na qual será focada na análise do presente trabalho.

Segundo historiadores, o comunismo primitivo foi a primeira formação social da história, os homens se reuniam em pequenos grupos e dividiam entre si os frutos e os animais encontrados, como instrumentos de trabalho eram utilizados restos de animais e rochas oferecidos pela natureza e posteriormente aprendeu a fabricar instrumentos de rochas e descobriu que batendo uma rocha em outra saiam lascas que poderiam ser utilizadas como objetos cortantes.

A partir da descoberta do fogo, tendo como matéria-prima ramos e folhas, o homem esteve mais seguro pois assim poderia afastar os animais ferozes e aquecerem-se nos dias frios, esse período é chamado de Paleolítico ou idade da pedra lascada que se inicia á aproximadamente 2,7 milhões de anos e vai até 1.000 a. C.. De aproximadamente 4.000 a. C,. até 1.000 a. C.acontece a revolução neolítica onde o homem aprende a agricultura e não depende mais da coleta, mas passa a produzir seu próprio sustento, com essa fixação vem abrir caminho para a organização de estruturas sociais e políticas cada vez maiores e mais complexas às margens de grandes rios.

Ao final desse período começa o uso dos metais onde fabricava-se armas e outros utensílios úteis, sem podermos precisar essas datas, estima-se que o bronze foi utilizado à partir de 4.000 a.C. alcançando a Europa e o mundo mediterrâneo cerca de 2.000 anos depois.

Continuando essa história-existência da humanidade quero citar o "Modo de Produção Asiático" que consistia em um sistema econômico onde o meio de produção, a terra, pertence ao Estado, e este como gerenciador e administrador da produção do excedente permite a utilização da terra em troca de tributos, (trabalho ou produto), essa relação de produção é baseada na servidão coletiva.

Surgem os Modos de Produção Escravista, onde a princípio não era o negreiro, e sim onde se adquiriaescravos à partir de guerras e de dívidas, o Modo de Produção Feudal, que era essencialmente agrário, sendo a terra a principal fonte de riquezas. Era um sistema comunitário de cultivo que não buscava a renovação das técnicas pois qualquer inovação dependia da aprovação da comunidade aldeã, que por conseguinte gerava uma estagnação técnica.

A produção econômicaconcentrava no feudo ou senhoria ruralpertencente à um senhor feudal leigo ou eclesiástico. Nele, a produção destinava-se à subsistência e buscava uma auto-suficiência do grupo por isso haviam outras atividades além das agrícolas como a criação, a indústria caseira e o comercio local onde era restrita a circulação ainda a unidade territorial e político-jurídica da sociedade feudal. A concessão de terras aos camponeses implicava a obrigação de prestar serviços e de dar ao senhor, parte da produção.

A partir do Século XI a Europa entrou numa fase de estabilidade que resultou no renascimento da atividade econômica devido à expansão das áreas produtivas, o emprego de novas técnicas na produção transformaram a vida econômica européia passando à produzir mais com menos trabalho, o camponês se tornou mais forte e resistente fazendo diminuir a taxa de mortalidade. A princípio, a

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atividade comercial era exercida dentro dos feudos. Pouco a pouco, porém, a circulação de riquezas foi aumentando, tornando-se necessário o reaparecimento das moedas para facilitar as trocas. Com tudo isso, conseguiam não só a renda pela posse da terra, mas acumular riquezas, modificando completamente a noção de riqueza existente até então, assim, ao longo dos séculos X, XI e XII, apesar do feudalismo permanecer como sistema dominante já se vê os traços de uma nova ordem.

No decorrer da história, com vários pontos favoráveis como a monetarização e o desenvolvimento do comércio e mais adiante com o intenso desenvolvimento das técnicas e a Revolução Industrial no século XVIII o Sistema Capitalista surge como um sistema de apropriação da mais-valia tendo uma distinção entre os burgueses e o proletariado sendo os donos dos meios de trabalho e os trabalhadores que vendem a sua força de trabalho, assim no século XIX e primeira metade do século XXele se estrutura e consolida como sistema dominante frente ao socialismo que era um grande opositor.

No tempo contemporâneo, segundo Santos (2000), percebemos o massacre da Globalização que analisaremos posteriormente e o Neoliberalismo que consiste em uma doutrina em que prega-se a liberdade de mercado, sem a intervenção do Estado, a privatização, onde o Estado passa a ser apenas um zelador, um criador de leis que raramente são cumpridas pela sociedade, não sendo dono da produção que se concentra nas mãos de poucos e muitos são "coisificados" e transformados em um mero objeto de trabalho.

Para o desenvolvimento e manutenção desse novo sistema ainda mais perverso e excludente era necessário que o abismo em uma sociedade de classes se tornasse ainda maior entre os burgueses e os proletários, isso devido a necessária espoliação e produção de mais-valia para a manutenção de tal sistema, aumentando a riqueza de um pequeno grupo e excluindo a grande maioria da população mundial tal qual vemos hoje através das estatísticas, essa nova fase da economia mundial constitui também o momento histórico de maior degradação do meio ambiente.

A globalização é um processo acentuado principalmente nas últimas décadas, impulsionado pelas inovações técnicas que tem surgido e se aperfeiçoado rapidamente diante dos nossos olhos, onde, um piscar de olhos é o bastante para que tudo se atualize. Um outro fator impulsionador é a velocidade da transmissão de informações com o emprego constante das técnicas sobre esse campo, atingindo milhões de pessoas instantaneamente principalmente através da internet, TV, rádio, etc... Sistemas via satélite ou não que atingem todo o planeta.

Outro traço marcante da globalização é a mundialização da economia onde nos parágrafos posteriores detalharemos os seus impactos sobre o espaço, é também um período de mudanças nas relações pessoais pois traz uma influência muito forte sobre a cultura dos povos, sobre a religiosidade e vários outros campos da vida como veremos adiante. Segundo Milton Santos:

"A globalização é, de certa forma, o ápice do processo de internacionalização do mundo capitalista. Para entende-la, como, de resto, a qualquer fase da história, ha dois elementos fundamentais à levar em conta: O Estado das técnicas e o Estado das Políticas." (SANTOS, 2000, p.23).

O elemento ideológico impregnado nos discursos atuais, é o de nos fazerem crer em uma globalização fabulosa, algo espetacular e que só traz benefícios para a vida humana, nos fazem crer em uma globalização onde todos estamos no ápice da utilização dos meios técnicos e informacionais, fazem-nos sentir como reis e rainhas da técnica e da informação, uma interpretação sólida e que dificilmente a maioria da população consegue romper e viver a realidade, isso porque a máquina ideológica começa a funcionar e a manipular. Essa máquina é a grande mídia, algo com um poder arrasador e que cria pensamentos conforme a necessidade dos grupos dominantes. Um exemplo muito claro dessa máquina ideológica é o do ataque às Torres Gêmeas em 11 de Setembro de 2001. Raríssimas pessoas não se lembram desta data, onde a mídia mundial se ocupou de noticiar o incidente a todo tempo, assim que ocorreu o fato imediatamente as Tv's do mundo inteiro mostravam ao vivo as imagens do prédio em chamas, diante disso a imprensa americana mostrou-se bem afinada, não abrindo nenhum espaço para o pensamento crítico, não querendo aqui entrar no mérito da questão do conflito, mas mostrar a força da mídia.

É dessa forma, através da grande mídia capitalista sob o controle dos grandes grupos hegemônicos que o consumo é estimulado, assim, a grande produtividade e a busca de matérias-primas das indústrias na natureza, a grande poluição oriunda do processo produtivo, seja da atmosfera, das águas, grande quantidade de lixo lançada no ambiente, etc.. o que vem agravar os problemas de saúde das populações.

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Segundo Santos (2000), estima-se que a globalização favorece apenas 1/3 da população mundial enquanto 2/3 ficam de fora. Como podemos perceber não é a maioria que tem acesso a informática, não são todos que podem viajar o mundo e conhecer outros continentes, com relação a renda é uma minoria que desfruta de todas as regalias oriundas do capital mundial.

"Há uma busca de uniformidade, ao serviço dos atores hegemônicos, mas o mundo se torna menos unido, tornando mais distante o sonho de uma cidadania verdadeiramente universal. Enquanto isso, o culto ao consumo é estimulado." (SANTOS, 2000, p.19).

O Estado é impelido a atender os reclamos das finanças e estimular o crescimento de grandes grupos hegemônicos internacionais, investindo no espaço a fim de facilitar os fluxos e cria incentivos a fim de facilitar a instalação de grandes empresas, uma ação destinada não a todas, mas a uma parcela de empresas que são as detentoras do grande capital mundial e que com o passar dos anos degradam cada vez mais o espaço de vivência, não se importando com os danos futuros para a sociedade, o que já vem ocorrendo, infelizmente já estamos colhendo os frutos dessa ação.

Enquanto isso, segundo Santos (2000), o cuidado com as populações locais é cada vez menor, os investimentos em infra-estrutura, moradia, alimentação, saúde e educação são menores. O conceito de Território é esquecido, o sentimento patriota é minimizado, as grandes empresas se instalam nos países que vão trazer um lucro maior com um custo de produção mais baixo, esses pontos são explorados, sendo retirado todo o potencial de lucro e podendo ser abandonadas a qualquer tempo, não havendo um vínculo, uma responsabilidade social, algo sustentável para determinado espaço, o que há é apenas uma usurpação dos recursos ali presentes em troca de alguns empregos, portanto, essa globalização exclui a maior parte dos territórios, empresas, instituições e pessoas.

Conclusão

A dialética homem/natureza está na base do processo de desenvolvimento e transformação das sociedades humanas. O espaço geográfico é um dos aspectos fundamentais da chamada "segunda natureza", aquela criada pelo homem, conseqüência da prática social sobre a base material que constitui a "primeira natureza:

"A história do homem sobre a Terra é a história de uma rotura progressiva entre o homem e o entorno. Esse processo se acelera quando, praticamenteao mesmo tempo, o homem se descobre como indivíduo e inicia a mecanização do planeta, armando-se de novos instrumentos para tentar domina-lo. A natureza artificializada marca uma grande mudança na história humana da natureza. Hoje, com a tecnociência, alcançamos o estágio supremo dessa evolução. O homem se torna fator geológico, geomorfológico, climático e a grande mudança vem do fato de que os cataclismos naturais são um incidente, um momento, enquanto hoje, a ação antrópica tem efeitos continuados e cumulativos, graças ao modelo da vida adotado pela humanidade." (SANTOS, 1997 p.17)

A evolução narrada até aqui, culmina na atual fase, onde nunca em toda a vida ouvimos falar em preservação da natureza, hoje a preocupação dos especialistas é muito grande quanto aos problemas oriundos da ação antrópica no planeta, hoje todos os dias ouvimos falar na grande mídia a respeito do aquecimento global, dos problemas relacionados a redução da camada de ozônio, da poluição e esgotamento dos recursos hídricos, seca e desmatamento em nossa Amazônia, entre outros.Chamamos então de "paraíso artificial"esta fase atual da humanidade, um avanço muito grande no campo das técnicas, que vem trazer ao homem um sentimento de superioridade e conforto em alguns casos, mesmo que este não seja beneficiado amplamente pelo atual sistema, porém, uma forma artificializada e tão racional que se torna "irracional" ao ponto de destruir a nossa própria casa e prisão (o planeta Terra).

"Sem o homem, isto é, antes da história, a natureza era uma. Continua a sê-lo, em si mesma, apesar das partições que o uso do planeta pelos homens lhe infligiu. Agora, porém, há uma enorme mudança. Uma, mas socialmente fragmentada, durante tantos séculos, a natureza é agora unificada pela História, em benefício de firmas, Estados e classes hegemônicas. Mas não é mais a natureza amiga, e o homem também não é mais seu amigo." (SANTOS, 1997 p. 19).

A globalização perversa, na verdade poderia se tornar uma outra globalização, assim como enfatizaSantos (2000), em seu livro com o mesmo título, uma globalização onde fosse incentivada a mistura de povos, raças, culturas, gostos em todos os continentes, com a informação sendo difundida para todos uma grande mistura de filosofias, de ajuda e crescimento mútuo, seja financeiramente ou intelectualmente e em todos os aspectos do viver, sempre em harmonia e respeitosos dos direitos e deveres do seu semelhante, num ambiente onde nenhum objeto seja mais importante do que a vida de

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um ser humano, um ambiente onde cores serão apenas cores e que o vermelho não será das câmeras da mídia mundial filmando alguma execução oriunda de alguma guerra, a busca por uma verdadeira sóciodiversidade, onde em respeito mútuo as pessoas pudessem se misturar, com a população aglomerada pacificamente sem conflitos, assim como os benefícios das técnicas estivessem ao alcance de todos, buscando, de fato, um desenvolvimento sustentável, onde o meio ambiente pudesse se tornar novamente amigo da humanidade, em uma relação saudável e que não trouxesse prejuízo para ambas as partes por isso que:

"Nunca o espaço do homem foi tão importante para o destino da história. Se, como diz Sartre, "compreender é mudar", fazer um passo adiante e "ir além de mim mesmo", uma geografia re-fundada, inspirada nas realidades do presente, pode ser um instrumento eficaz, teórico e prático, para a re-fundação do Planeta." (SANTOS, 1997 p. 39).

Que isso possa se tornar uma realidade nesses tempos em que a humanidade carece tanto de uma harmonia e uma volta aos valores espirituais e não meramente materiais da existência.

Referências bibliográficas

SANTOS, Milton. Pensando o espaço do homem. 4ª ed. São Paulo: Hucitec, 1997. 67p.

SANTOS, Milton. Por uma outra globalização: do pensamento único à consciência universal. 10ª ed. Rio de Janeiro: Record, 2003. 174 p.

CARLOS, Ana Fani Alessandri. A cidade. São Paulo: Contexto, 1992. 98 p.

SANTOS, Milton. Por uma Geografia Nova: Da Crítica da Geografia à uma Geografia Crítica . 6ª ed. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2004. 285 p. (Coleção Milton Santos).

AQUINO, Denise e Oscar. História das Sociedades: Das Comunidades Primitivas às SociedadesMedievais. São Paulo: Editora Ao Livro Técnico.

SANTOS, Milton. Técnica, Espaço, Tempo – Globalização e Meio Técnico-Científico Informacional. 3ª ed. São Paulo: Editora Hucitec. 1997. 190 p.

GUERRA, Antônio José Teixeira. A Questão Ambiental – Diferentes Abordagens. 3ª ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil. 2007. 248 p.

COSTA, Luciano Vieira. Contribuições do Existencialismo no Estudo do Espaço Geográfico: Um Enfoque em Sartre. Juiz de Fora: Centro de Ensino Superior de Juiz de Fora. 2007. 56 p. Monografia (graduação).

Ao usar este artigo, mantenha os links e faça referência ao autor:Globalização E Degradação Ambiental publicado 15/09/2008 por Luciano Vieira Costa em http://www.webartigos.com

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