Conchas VI n.º 18

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A carta do Papa Francisco ao D. Manuel Clemente e aos novos Cardeais O patriarca de Lisboa, D. Manuel Clemente, considera que ser cardeal é um chamamento do Papa Francisco, de que tomou conhecimento com uma certa surpresa”, enquanto estava a tratar do carronuma estação de serviço. Mas vamos ler na carta dirigida aos novos cardeais, como Papa Francisco apresenta de forma simples e concreta o serviço que vão assumir. Querido irmão! Hoje foi publicada a tua designação como Cardeal da Santa Igreja Romana. Chegue a a minha saudação com a garana da minha oração. Peço ao Senhor que te acompa- nhe neste novo serviço, que é um serviço de ajuda, apoio e proximidade especial à pessoa do Papa e para o bem da Igreja. E precisamente em vista de exercer esta dimensão de serviço o cardinalato é uma vo- cação. O Senhor, através da Igreja, chama-te mais uma vez a servir; e far-te-á bem ao coração reper na oração a expressão que o próprio Jesus sugeriu aos seus discípulos para que se manvessem em humildade: «Dizei: Somos servos inúteis», e não como fórmula de boa educação mas como verdade depois do trabalho, «quando terminas- tes tudo o que vos foi ordenado» (Lc 17, 10). Manter-se em humildade no serviço não é fácil quando se considera o cardinalato co- mo um prémio, o ápice de uma carreira, uma dignidade de poder ou de disnção su- perior. Eis o teu compromisso diário para manter longe estas considerações e, sobre- tudo, para recordar que ser Cardeal significa incardinar-se na Diocese de Roma para dar testemunho da Ressurreição do Senhor e dá-lo totalmente, até ao sangue se ne- cessário. Muitos alegrar-se-ão por esta tua nova vocação e, como bons cristãos, festejarão (porque é próprio do cristão rejubilar e festejar). Aceita-o com humildade. Faz só de modo que, nessas festas, não se insinue o espírito de mundanidade que embriaga mais do que o álcool em jejum, desorienta e separa da cruz de Cristo. Então, ver-nos-emos a 14 de Fevereiro. Prepara-te com a oração e um pouco de peni- tência. Tem muita paz e alegria. E, por favor, peço-te que não te esqueças de rezar por mim. Jesus te abençoe e a Virgem Maria te proteja. Fraternalmente, Francisco 2015

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Boletim Semanal UPF

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Page 1: Conchas VI n.º 18

A carta do Papa Francisco ao D. Manuel Clemente

e aos novos CardeaisO patriarca de Lisboa, D. Manuel Clemente, considera que ser cardeal é um chamamento do Papa Francisco, de que tomou conhecimento “com uma certa surpresa”, enquanto estava a “tratar do carro” numa estação de serviço. Mas vamos ler na carta dirigida aos novos cardeais, como Papa Francisco apresenta de forma simples e concreta o serviço que vão assumir.

“Querido irmão! Hoje foi publicada a tua designação como Cardeal da Santa Igreja Romana. Chegue a ti a minha saudação com a garantia da minha oração. Peço ao Senhor que te acompa-nhe neste novo serviço, que é um serviço de ajuda, apoio e proximidade especial à pessoa do Papa e para o bem da Igreja. E precisamente em vista de exercer esta dimensão de serviço o cardinalato é uma vo-cação. O Senhor, através da Igreja, chama-te mais uma vez a servir; e far-te-á bem ao coração repetir na oração a expressão que o próprio Jesus sugeriu aos seus discípulos para que se mantivessem em humildade: «Dizei: “Somos servos inúteis”», e não como fórmula de boa educação mas como verdade depois do trabalho, «quando terminas-tes tudo o que vos foi ordenado» (Lc 17, 10). Manter-se em humildade no serviço não é fácil quando se considera o cardinalato co-mo um prémio, o ápice de uma carreira, uma dignidade de poder ou de distinção su-perior. Eis o teu compromisso diário para manter longe estas considerações e, sobre-tudo, para recordar que ser Cardeal significa incardinar-se na Diocese de Roma para dar testemunho da Ressurreição do Senhor e dá-lo totalmente, até ao sangue se ne-cessário. Muitos alegrar-se-ão por esta tua nova vocação e, como bons cristãos, festejarão (porque é próprio do cristão rejubilar e festejar). Aceita-o com humildade. Faz só de modo que, nessas festas, não se insinue o espírito de mundanidade que embriaga mais do que o álcool em jejum, desorienta e separa da cruz de Cristo. Então, ver-nos-emos a 14 de Fevereiro. Prepara-te com a oração e um pouco de peni-tência. Tem muita paz e alegria. E, por favor, peço-te que não te esqueças de rezar por mim. Jesus te abençoe e a Virgem Maria te proteja. Fraternalmente,

Francisco

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6º DOMINGO do Tempo Comum - Ano B Sois o meu refúgio, Senhor, dai-me a alegria da vossa salvação (Sal 31)

1ª Leitura – Leitura do Livro do Levítico (Lev 13, 1-2.44-46). «O leproso deverá morar à parte, fora do acampamento».

2ª Leitura - Da Primeira Epístola do apóstolo São Paulo aos Coríntios (1 Cor 10, 31 – 11, 1).

«Sede meus imitadores, como eu o sou de Cristo».

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Marcos (Mc 1,40-45)

Naquele tempo, veio ter com Jesus um leproso.

Prostrou-se de joelhos e suplicou-Lhe: «Se quise-res, podes curar-me». Jesus, compadecido, esten-deu a mão, tocou-lhe e disse: «Quero: fica limpo». No mesmo instante o deixou a lepra e ele ficou limpo. Advertindo-o severamente, despediu-o com esta ordem: «Não digas nada a ninguém, mas vai mostrar-te ao sacerdote e oferece pela tua cura o que Moisés ordenou, para lhes servir de testemu-nho». Ele, porém, logo que partiu, começou a apregoar e a divulgar o que acontecera, e assim, Jesus já não podia entrar abertamente em nenhuma cidade. Ficava fora, em lugares desertos, e vinham ter com Ele de toda a parte.

Rezar a Palavra Também eu sou um leproso, Senhor, quando a minha doença da alma provoca horror em quem está perto e, por isso, procura afastar-me. Mas Tu vens até mim e quebras o meu isolamento, as barreiras que me separam dos outros; Tu curas a minha incapacidade de comunicar e de amar.

Também eu sou um leproso, Senhor, quando o meu rosto é desfigurado pelo orgulho e pela soberba, pelo ciúme e pelo egoísmo, e o meu coração endurece, e se torna insensível aos pedidos de ajuda. Mas Tu, que tens uma alma limpa, não tens medo do contágio. Por isso, não exitas em me tocar para curar a minha alma e restituir-lhe a possibilidade de acolher e sustentar, de sentir misericórdia e compaixão.

Também eu sou um leproso, Senhor, quando estou atarefado com os meus projectos, com o meu desejo de sucesso, com a ansiedade de acumular, com a vontade de ganhar a toda o custo. Só Tu podes curar esta lepra com a Tua palavra de ternura.

(Roberto Laurita) Oração do Angelus de Papa Francisco : 8 | Fev | 2015

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“Leiam o Evangelho, mais do que ver telenovelas ou ouvir as bisbilhotices dos vizinhos” Papa Francisco

“É bom rezar o Rosário todos os dias” - diz Papa Francisco - assim como falar “com o Senhor, quando tenho uma dificuldade, ou com a Nossa Senhora ou com os San-tos…”. Contudo, é mais importante fazer a “oração de contemplação” e fazê-la “com o Evangelho na mão”.

No dia 18 de Fevereiro inicia o Tempo forte,

favorável e extraordinário, da Quaresma.

Um tempo que nos projeta para a Páscoa, o centro propulsor da nossa vida

cristã, e para o Pentecostes, onde atingimos toda a força missionária de Cristo.

A Catequese das nossas três Igrejas terão o mesmo símbolo e itinerário de pre-

paração em volta da «Árvore», uma árvore seca, esquelética que vai ganhar cor

e vida ao longo da Quaresma, do Tríduo Pascal e do Tempo Pascal até ao dia

de Pentecostes: 90 dias, 3 meses para que a vida de todos cristãos faça a expe-

riência cantada pelo poeta no salmo 1 da Sagrada Escritura: «É como árvore

plantada à beira da água corrente: dá fruto na estação própria e a sua folha-

gem não murcha; em tudo o que faz é bem sucedido». Como será bom ver esta

árvore colocada nas Igrejas e ver crescer as suas raízes em tempo quaresmal,

formar-se o tronco no Santo Tríduo, e crescer os ramos com os seus frutos no

Tempo Pascal até à festa o Pentecostes.

Contudo não será uma caminhada abstrata, teórica, fora da realidade do nosso

mundo, mas alimentada e fortalecida pela Palavra de Deus, pela tradição da

Igreja (oração, jejum, esmola) e pelos desafios que o Papa Francisco deixou na

sua mensagem quaresmal. A frase central que espero fique gravada nos nos-

sos corações e trabalhada em todos os grupos é a seguinte: «Como desejo que

os lugares onde a Igreja se manifesta, particularmente as nossas paróquias e as

nossas comunidades, se tornem ilhas de misericórdia no meio do mar da indife-

rença!».

Que as nossas casas, os nossos grupos de catequese, de juventude, de adultos,

de convívio… que as nossas Igrejas, sobretudo, e os nossos centros sociais, e

os nossos corações… se tornem, deveras, ’ilhas de misericórdia’ para vencer

tanta indiferença que existe fora, mas também dentro de nós. Sim, façamos da

Quaresma um «tempo favorável para vencer a indiferença!».

Frei Fabrizio

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18 Fev. Quarta-feira das

Cinzas: Início da Quares-ma. Eucaristias com o Rito da Imposição das Cinzas: às 19h em S. Maximiliano e Sta. Clara; às 21 em Sta. Beatriz.

20 Fev. Sexta-feira: Oração Jovem: às 21h em Sta. Beatriz.

22 Fev. Domingo: Acolhi-mento do Cardeal Patriar-ca: às 16h30 na Igreja dos Jerónimos (1ª catequese quaresmal).

22 Fev. 1º Dom Quar em Sta. Clara

1 Março 2º Dom Quar em S. Maximiliano

8 Março 3º Dom Quar em Sta. Beatriz

15 Março 4º Dom Quar em Sta. Clara

22 Março 5º Dom Quar em S. Maximiliano

29 Março Dom Ramos

Participe diariamente na Santa Missa, prepare e medite antecipadamente as leituras da Missa.

Confesse-se no início e no fim da Quaresma.

Todas as Sextas-feiras as Igrejas de S. Beatriz e de S. Maximiliano estarão abertas também de manhã para a oração e a Via-sacra. Neste dia em todas as Igreja (inclusive Sta. Clara) será colocado o cesto da partilha onde quem quiser pode deixar alimentos fruto do próprio jejum penitencial.

Participe na Via-Sacra comunitária: às 18h em Santa Beatriz; às 21h em Santa Clara e em S. Maxi-miliano.

Dê esmola: para a renúncia quaresmal, encontrará em cada igreja o tradicional envelope para a sua oferta que será em prol das instituições da Diocese que trabalham com crianças, idosos e sem abrigo. Seja generoso em tempo de «crise»: faça um ato de confiança com um donativo para uma das nossas Igrejas.

Exerça a caridade: visite doentes, idosos, os que estão sós; faça-se voluntário num dos nossos Cen-tros Sociais Paroquiais (S. Maximiliano e S. Beatriz).

Seja mais fiel ao propósito de rezar diariamente o Terço.

Participe numa das Catequeses Quaresmais or-ganizadas pelo Patriarcado, na Sé de Lisboa.

Participa na Oração das Vésperas e Adoração em cada Domingo da Quaresma neste ano especial da Vida Consagrada em união com os consagrados da Unidade Pastoral: frades franciscanos, missioná-rias da caridade e irmãzinhas de Jesus (ver lugar e horário no Programa ao lado).