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CONCLUSÃO Antonio Castelnou Sylvie Fleury

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CONCLUSÃOAntonio Castelnou

Sylv

ieFle

ury

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Wrapped Reichstag

(1971/95, Berlim

– Alemanha)

Christo (1935-2020) &

Jeanne-Claude (1935-2009)

Annette

Messager

(1943-)

My Vows

(1988/91)

➢ No começo deste Milênio, novos

paradigmas atingiram todas as

artes visuais, em qualquer parte

do planeta, cujo conjunto vem

sendo chamado de NEW MEDIA

ART e que tem se caracterizado

pela sua grande vitalidade e

diversidade através de diversas

tendências artísticas, as quais

vêm se utilizando de uma ampla

variedade de meios e métodos

para explorar o mundo atual.

Robert Longo (1953-)

Men in the Cities (1979/82)

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➢ Ainda está longe que materiais e

técnicas tradicionais sejam abandonados,

mas atualmente os artistas não mais se

definem em termos de estilos e/ou

técnicas, apesar de ser possível

identificar alguns pontos de confluência.

➢ Muitos empregam as mais recentes

TECNOLOGIAS como meios para se

expressar, refletir e competir com a

nova paisagem cultural dos mass media,

empregando fotografias, vídeos e pixels,

para retratar a si mesmos e os outros.

Alice Aycock (1946-)

Sand-Fans (1971)

Pyro (1984)Óleo sobre tela | 172x218m

Jean-Michel Basquiat (1960-88)

Duane Hanson

(1925-96)

Tourists (1970)

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➢ Hoje, busca-se um PÚBLICO INTERNACIONAL

através da Internet, além de vincular temas e

atitudes às diferentes realidades regionais e

nacionais. Velhos conflitos ainda sobrevivem, como

o dilema abstrato versus figurativo, transformado

em POSTMINIMAL e NEOPOP – ou unindo ambos.

➢ Embora instalações proliferem, a paixão pela

pintura e escultura ainda sobrevive, inclusive em

seu apelo REALISTA. Ademais, além da Europa e

EUA, as artes na África, Ásia e América Latina

estão entrando cada vez mais em cena, revelando

novos olhares e discussões para o século XXI.

Chuck Close (1940-)

Linda (1978/79)

Tinta acrílica e lápis213x278cm

Romero

Britto (1963-)

Best Buddies

Friendship Bear

(2011,

O2-Platz

Berlim)

Sem título (1983) - Serigrafia

Keith Haring (1958-90)

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Arte Ambiental

➢ Surgida no final dos anos 1960, corresponde à

tendência conceitual de se trabalhar com (Earth Art

ou Earthwork) e na (Land Art) terra – ou ainda atuar

diretamente na NATUREZA, não importando o lugar,

seja em desertos, lagos secos, mares, geleiras,

fazendas, montanhas ou na própria cidade.

➢ Fruto do Despertar Ecológico (difusão de uma maior

conscientização ambiental) e também chamada

de ARTE ECOLÓGICA, trata-se de uma arte em que o

artista deixa o ateliê “para fazer incisões no mundo”.

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➢ Essa “arte da terra” inspira-se

no AMBIENTE NATURAL e em suas

matérias-primas: em vez de representar

uma paisagem, seus artistas a esculpem

para criar obras feitas de terra ou

construindo estruturas e instalações com

o material retirado diretamente dela,

como pedras, folhagens e troncos.

➢ De bases neodadás e conceitualistas,

está mais dirigida à possibilidades físicas,

químicas e biológicas da matéria,

interessando-se essencialmente pela

substância de um evento natural.

Earth Room (1968)

Walter De Maria (1935-2013)

Richard Long (1946-)

Turf Sculpture

(1976)

119 Stones

(1976)

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➢ Próximos aos informalistas, os artistas

ambientais buscam o PRECÁRIO e pouco

durável contra o eterno, utilizando

materiais perecíveis e literalmente pobres,

incluindo, além de argila, areia, estopa e

madeira queimada, refugos como sucata,

entulhos e descartáveis (objets-trouvés).

➢ Produzindo trabalhos efêmeros, mas

registrados por fotografias e/ou vídeos,

depois expostos em galerias, criam a partir

de materiais orgânicos e/ou minerais em

uma espécie de RESPOSTA ECOLÓGICA

aos procedimentos artísticos artificiais.

Nancy Holt (1938-2014)

Stone Enclosure:

Rock Rings (1977/78)

Michael Heizer (1944-)

Isolated Mass/Circumflex #2 (1972)

6-12 Hours Tide

Object (1969/2009)

Jan Dibbets (1941-)

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➢ A afirmação da ENVIRONMENTAL ART deu-se a partir

da exposição Earth Works (1968), na Dwan Gallery de Nova

York, organizada por Robert Smithson (1938-73), a qual foi

seguida pela exibição Earth (1969), que ocorreu no museu

de arte da Cornell University, na cidade de Ithaca NY (EUA).

Dennis Oppenheim

(1938-2001)

Annual Rings (1968)

Model (1968)

Robert Morris

(1931-2018)

Earthwork (1968)

A Nonsite: Franklin,

New Jersey (1968)

Mirror and

Crushed Shells

(1969)

Robert Smithson

(1938-73

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➢ A necessidade de documentação e

registro para ser exposta em galerias ou

divulgada em revistas, aproxima a ARTE

AMBIENTAL da Process Art. Além disto,

ela geralmente acontece em grande

escala, podendo ser apreciada somente

do alto ou à distância.

➢ Uma variação urbana da Land Art pode

ser vista na obra do casal formado pelo

búlgaro Christo Javacheff (1935-2020) e

a marroquina Jeanne-Claude Denat de

Guillebon (1935-2009), depois

naturalizados franceses.Spiral Jetty ou Quebra-Mar

em Espiral (1970, Great Salt

Lake, Utah - EUA)

Robert Smithson (1938-73)

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➢ Entre os maiores land artists – muitos egressos do minimalismo –, cita-se:

os americanos Robert Morris (1931-2018), Walter De Maria (1935-2013),

Dennis Oppenheim (1938-2001), Nacy Holt (1938-2014) – esposa de R.

Smithson –, James Turrell (1943-), Michael Heizer (1944-) e Alice Aycock

(1946-); o holandês Jan Dibbets (1941-) e o inglês Richard Long (1946-),

além dos já citados e de muitos outros.

James Turrell

(1943-)

Roden Crater’s Gallery

(1972, North Arizona)

Christo (1935-2020)

& Jeanne-Claude

(1935-2009)

Pont Neuf

(1975/85, Paris)

Valley Curtain

(19070/72,

Rifle CO)

Cais

Flutuantes

(1968/

2016,

Brescia

- Itália)

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Hiper-Realismo

➢ Batizado em 1965 pelo artista londrino e principal

precursor Malcolm Morley (1931-2018) – e também

denominado como FOTORREALISMO ou SUPER-

REALISMO, é considerado o retorno definitivo do

realismo artístico, trabalhando com um visão precisa,

perfeccionista e altamente perturbadora do mundo.

➢ Trata-se de uma arte que consegue ser mais realista

que a própria realidade, fazendo desaparecer a

pincelada e até mesmo a tinta – ou eclipsando

o suporte, seja pictórico ou escultórico.

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➢ Avançando pelas décadas de 1970 e 1980, tal

corrente baseia-se na IMITAÇÃO ARTÍSTICA

de fotografias ou objetos verdadeiros,

inspirando-se nos efeitos ilusionistas do

barroco ao realismo oitocentista, mas

eliminando o movimento e a profundidade.

➢ Os artistas do HYPERREALISM, em seu afã de

perfeição e verossimilhança, pretendem ser

como máquinas: se suas pinturas parecem

registros fotográficos, as esculturas lembram

figuras de museu de cera, com seu semblante

gelado e fantasmático – ou animais

empalhados de olhar paralisado.

Horses

(1967)

Malcolm Morley

(1931-2018)

Beach Scene

(1968)

Portrait of Esses in

Central Park (1969/70)72x72cm – Liquitex em tela

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➢ Pretendendo atingir completa

nitidez e precisão, assim como

as maneiras como a imagem entra

e sai de foco – imitando como a

lente que distorce características

ou o obturador congela o

movimento –, os FOTORREALISTAS

retiram qualquer sentimento e

eliminam a emoção de suas telas

ou esculturas, copiando o

distanciamento das imagens que

são produzidas mecanicamente.

Ralph Goings (1928-2016)

Still Life with Peppers

(1981)

One Way (1984)

Robert Cottingham (1935-)

Chuck Close (1940-)

Autorretrato

(1968)

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➢ Visando “captar um evento interessante em um momento

preciso”, os maiores destaque da ARTE SUPER-REALISTA

foram – ou ainda são os americanos: Ralph Goings (1928-

2016), Audrey Flanck (1931-), Richard Estes (1932-),

Robert Bechtle (1932-2020), Robert Cottingham (1935-)

e Chuck Close (1940-), entre diversos outros.

Richard Estes

(1932-)

Canadian

Club (1974)122x152cm

Brooklyn Bridge (1991)

61 Pontiac

(1968/69)

Robert Bechtle

(1932-2020)

Audrey Flanck

(1931-)

Rich Art (1973)93x128cm

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➢ Quanto aos europeus, destaca-

se o francês Jean-Olivier

Hucleux (1923-2012), o alemão

Gerhard Richter (1932-) - que

criou “fotopinturas” baseadas

em fotografias ou imagens

retiradas de jornais que

recebem granulações –, o

anglo-americano John Salt

(1937-), o austríaco Gottfried

Helnwein (1948-) e outros.

Cimetière V (1977)

Jean-Olivier Hucleux

(1923-2012)

Gerhard

Richter (1932-)

Townscapes (1968)

(1968)

Two Chevies

in a Wreck

Yard (1976)

John Salt (1937-)

Gottfried Helnwein (1948-)

Self-Portrait (1991)140x210cm

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➢ Depois dos anos 1970, surgiu uma

tendência com menor radicalização

realística, esta mais próxima do

NEOFIGURATIVISMO, mas com certo

apelo neopop ou mesmo

neorromântico, o que é observado

nos trabalhos do pintor francês

Gilles Aillaud (1928-2005), do inglês

Michael Andrews (1928-95), do

alemão Konrad Klapheck (1935-) e

dos integrantes do Gruppe Zebra –

oriundos de Hamburgo (Alemanha).Marée

Basse II:

Rochers (1984)

Gilles Aillaud (1928-2005)

Michael Andrews (1928-95)

Melanie and Me Swimming

(1978/79)

Konrad Klapheck

(1935-)

The Victim (1989)

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➢ Na AMÉRICA LATINA, a nova pintura

realista teve força nos anos 1970 e

1980, mesclando-se a correntes

múltiplas, do surrealismo ao realismo

mágico. Destaca-se o colombiano Luis

Caballero (1943-95) e, entre os

brasileiros, o catarinense Juarez

Machado (1941-) – que, aos 18 anos,

mudou-se para Curitiba PR e trabalhou

como chargista em jornais e TV, indo

em 1978, aos 37 anos, para o exterior –

e o curitibano Sérgio Ferro (1938-),

formado em arquitetura pela FAU-USP,

mas que se exilou em Paris na Ditadura.

Luis Caballero (1943-95)

Cuerpos Desnudos (1981)102x144cm

Juarez

Machado (1944-)

Chá e Toalha

Bordada (1988)

Les 4 Temperaments Etude

pou le Lymphatique (1999)

Sérgio Ferro (1938-)

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➢ Já os escultores hiper-realistas

esforçam-se em copiar objetos

reais, especialmente a figura

humana, sendo que os dois mais

famosos – os americanos Duane

Hanson (1925-96) e John DeAndrea

(1941-) – moldam diretamente do

corpo humano, trabalhando em

polivinil, o que dá um acabamento

liso como a pele e permite a pintura

detalhada da superfície

Duane Hanson (1925-96)

Delivery Man

(1980)

Model in Repose (1981)

John DeAndrea (1941-)

Tara

(2002)

Self-Portrait

(1983)

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➢ Um dos grandes nomes da ESCULTURA SUPER-REALISTA é o

australiano radicado em Londres Ron Mueck (1958-), cujas obras

em fiberglass, miniaturizadas ou ampliadas dramaticamente,

realçam as qualidades emocionais das figuras.

Máscara (2001/02)

Jovem Casal

(2013)

Uma

Menina

(2006)

Homem

Grande

(2000)

Mulher com as

Compras (2013)

Menino (1999)

Autorretrato (1997)

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Neo-Expressionismo

➢ Corrente artística contemporânea que surgiu nos anos

1970 nos EUA, na Alemanha e na Itália, que, rejeitando

o trabalho austero e cerebral dos minimalistas e

conceitualistas, volta à pintura figurativa e expressiva,

de aspecto brilhante e usando técnicas incomuns.

➢ Negando a abstração – que chamava de “arte morta” –,

busca a emoção declarada e autobiográfica, simbólica

e até sexual, através de obras dramáticas, sem

preferência temática, mas com imagens de objetos

distorcidos e fortes contrastes de cor e tonalidade.

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➢ Com raízes bastante profundas

– do expressionismo moderno

à Funk Art, passando pelos

dadás e expressionistas

abstratos dos EUA –, a ARTE

NEO-EXPRESSIONISTA difundiu-

se após as exposições

internacionais Um Novo

Espírito na Pintura (1981),

realizada em Londres; e

Zeitgeist (1982), ocorrida em

Berlim, acabando por atingir

muitos outros países.

Sigmar Polke (1941-2010)

Der Dritte Stand

(1995)Mao (1972)

Winter Landscape (1970)

Anselm Kiefer (1945-)

All’s Well

That Ends

Well (1983)

Jörg

Immendorff

(1945-2007)

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➢ Na Alemanha, a arte expressiva –

chamada de Hässlicher Realismus

(“Realismo Feio”) – renasceu com Georg

Baselitz (1938-) nos anos 1960 – embora

também tenha se destacado A. R. Penck

(1939-2017) – e com Sigmar Polke (1941-

2010), Anselm Kiefer (1945-) e Jörg

Immendorff (1945-2007) nos anos 1970.

➢ Na década seguinte, surgiu uma nova

geração de artistas alemães que ficou

conhecida como Neue Wilde (“Novos

Selvagens”), voltados totalmente ao

novo expressionismo figurativo.

Georg Baselitz (1938-)

Rebel (1965)

Franz Dahlem

(1969)

Eletric Chair (1960)

A. R. Penck (1939-2017)

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➢ Entre os neoexpressionistas da Alemanha, cita-se: Bernd Zimmer

(1948-), Rainer Fetting (1949-), Helmut Middendorf (1953-)

e Wolfgang Ludwig Cihlarz, cujo codinome é Salomé (1954-),

além de outros, incluindo o pintor e escultor tcheco Markus

Lüpertz (1941-) que também trabalha no país.

Rainer Fetting (1949-)

Der Wolfsjunge (1983)

Bernd Zimmer (1948-)

Peißenberg (1985)

Häuserkopf (1991)

Helmut Middendorf

(1953-)

Toni Sitzend (1983)

Salomé (1954-)

Markus Lüpertz

(1941-)

Shepherd

(1986)

Clituno

(1997)

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➢ Na Itália, a transvanguarda

neo-expressionista é composta

principalmente por: Sandro Chia

(1946-) e Enzo Cucchi (1949-),

entre outros, os quais se

interessam por temas ligados à

mitologia, lendas e história da arte.

➢ Destaca-se também as experiências

europeias da portuguesa Paula

Rego (1935-), do dinamarquês Per

Kirkeby (1938-), da francesa

Annette Messager (1943-) e do

espanhol Miquel Barceló (1957-),

além de muitos outros.

Sandro Chia (1946-)

Il Trovatore (1983)

Musica Ebbra (1982)

Enzo Cucchi (1949-)

Paula Rego (1935-)

Avestruzes Bailarinas

(1995)

Pinassi (1991)

Miquel Barceló

(1957-)

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➢ Nos EUA, os novos expressionistas

lutam contra o conformismo do

american way-of-life,

resgatando o espírito neodadá,

informal e neorrealista, ao

criarem quadros vigorosos e

pesados, cujo tratamento dos

materiais tende a ser tátil,

sensual ou tosco, sendo as

emoções expressas com vibração.

Entre seus pioneiros, destaca-se

Leon Golub (1922-2004), entre

vários outros.

Leon Golub (1922-2004) Interrogation I

(1980/81)Threnody II

(1987)305x386cm

Mercenaries IV (1980)

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➢ Entre os neo-expressionistas americanos, há os pintores da

denominada NEW IMAGE – como Jennifer Bartlett (1941-),

Susan Rothenberg (1945-) e Eric Fischl (1948-) –, além dos

chamados BAD PAINTERS – como Julian Schnabel (1951-), David

Salle (1952-) e Robert Longo (1953-) –, que afrontam com vigor

e ousadia o “bom e velho gosto acadêmico”.

Holding the

Floor (1985)

Susan Rothenberg

(1945-)

Eric Fischl

(1948-)

Bad Boy to

Good Man

(1981)

Julian Schnabel

(1951-)

Martine (1987)

Men in

the Cities (1979/82)

Robert Longo (1953-)

The Elements:

Water (1992)

Jennifer Bartlett (1941-)

David Salle

(1952-)

Open

Boat

(1992)

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Arte Pública

➢ Denomina-se PUBLIC ART aquela que se dirige a todos,

sem distinção, estando disponibilizada para muitos e

não apenas privilegiados, cujo movimento começou em

meados dos anos 1970 e foi crescendo a partir de então.

➢ Tirando as obras artísticas dos museus e galerias e

levando-as para as ruas e demais áreas abertas, como

praças e parques – e vice-versa –, tal ideia surgiu no

mundo pós-moderno, levando muitos governos a

financiá-la, o que vem repercutindo até hoje.

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➢ Da década de 1960 em diante, a

expressão SITE-SPECIFIC (em inglês:

“local específico”) foi empregada

cada vez mais para descrever obras

ambientais de minimalistas, earth

artists e artistas conceituais, cujos

trabalhos – chamados de SITEWORKS

– exploram o contexto físico em que

estão inseridos, sejam galerias,

praças, campos ou o alto de colinas,

de tal modo que estes locais passam

a fazer parte da própria obra,

tratando-se de uma simbiose entre

arte, arquitetura e paisagismo.

Claes Oldenburg (1929-)

Batcolumn (1977,

Chicago IL) - h=30m

Les Deux

Plateaux

(1985/86,

Palais Royal - Paris)

Daniel Buren (1938-)

Robert Smithson (1938-73)

Broken Circle (1971,

Emmen, Holanda)

Page 29: CONCLUSÃO - ARTE E ARQUITETURA - Home

➢ Paralelamente, a arte das ruas

conhecida como GRAFITE, grafito ou,

no original italiano, graffiti, saiu dos

muros urbanos para ocupar galerias,

denunciando realidades sociopolíticas

através de rabiscos e figuras disformes.

➢ A partir do movimento contra-cultural

e, mais especificamente, do Maio de

1968, sua representatividade artística

cresceu e atualmente ocupa lugar de

destaque na PUBLIC ART.

Epsylon Point (1950-)

33 Avenue Paul Vaillant Couturier (s.d.)

87 Avenue Paul

Vaillant Couturier (s.d.)

Couple de

Danseurs (1986)

Blek le Rat (1952-)

Miss. Tic (1956-)

C’est la Vie (s.d.)

Page 30: CONCLUSÃO - ARTE E ARQUITETURA - Home

➢ Desde os anos 1970, como subproduto

do neo-expressionismo, os grafiteiros de

Nova York transformaram a cidade com sua

arte colorida pintada com tinta spray,

“bombardeando” trens do metrô, de modo

que sua arte viajava para todos os bairros.

➢ Entre as maiores referências americanas,

estão Keith Haring (1958-90), natural de

Reading PA; Jean-Michel Basquiat (1960-

88), nascido em Nova York; e Lee Quiñones

(1960-), que, natural de Porto Rico, expôs

em 1979 na Galleria Medusa em Roma,

apresentando a Public Art ao mundo.

Keith Haring (1958-90)

Crack Is Wack

(1986)

Arborigenal (1981)

Jean-Michel Basquiat (1960-88

Heaven is

Life (1977)

Lee Quiñones

(1960-)

Page 31: CONCLUSÃO - ARTE E ARQUITETURA - Home

➢ Da Europa, destaca-se, entre vários,

os franceses Epysilon Point (1950-),

Xavier Prou – conhecido como Blek

le Rat (1952-) – e Miss. Tic (1956-),

além de Banksy (1974?-); o mais

celebrado artista britânico do

grafite, mantendo rigorosamente

seu anonimato. Criando imagens

em estêncil bem humoradas e

subversivas, suas obras estão em

todo o mundo e defendem que a

arte ocupe um espaço real ao invés

de ser posta em molduras.

It’s Not

A Race (2008)

Think Thank

(2003)

Banksy (1974?-)

Girl with Baloon (2002/06)Triturada por mecanismo oculto na moldura

em um leilão da Sotheby’s após ser adquirida por £ 1 milhão

(c. R$ 5 milhões): “Going, going, gone...” (2018)

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Arte Feminista

➢ Corrente contemporânea que reúne todas as manifestações

artísticas feitas por mulheres e inspiradas pelo MOVIMENTO

FEMINISTA, que tratam diretamente de questões como

discriminação, opressão, crítica ao patriarcado e à violência

masculina, além da celebração da sexualidade feminina.

➢ Baseando-se em figuras ícones da história da arte, como

M. Cassat, F. Kahlo e G. O’Keeffe, entre outras, produz

pinturas e esculturas que contrariam o estereótipo da mulher

como objeto do desejo-erótico ou da fantasia do homem.

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➢ Uma de suas precursoras foi a pintora

e escultora francesa – radicada nos EUA

desde fins dos anos 1930 – Louise

Bourgeois (1911-2010), que, após a

morte do pai e do marido, em meados

da década de 1970, tornou-se

francamente feminista, como revela sua

obra-prima A Destruição do Pai (1974).

➢ Não houve um estilo, meio ou gênero

específico associado à ARTE FEMINISTA,

mas há uma tendência ao uso de formas

vanguardistas, como a Conceptual Art

e o CRAFTIVISMO (uso criativo do

artesanato doméstico).La Destruction du Pére (1974)

Louise Bourgeois (1911-2010)

Miriam Schapiro

(1923-2015)

Golden

Pinwheel

(1979)

Page 34: CONCLUSÃO - ARTE E ARQUITETURA - Home

➢ Nos EUA, criou-se uma tribuna

exclusiva para a ARTE FEMINISTA com

o revolucionário Feminist Art Program

(1971), fundado em Chicago MI pela artista

canadense Miriam Schapiro (1923-2015)

junto à americana Judy Chicago (1939-).

➢ São referências as artistas americanas

Mary Beth Edelson (1933-), Lynda Benglis

(1941-), Barbara Kruger (1945-), Suzanne

Lacy (1945-) e Jenny Holzer (1950-),

entre muitas outras do mundo afora.

Curtain Call II (2007)

Miriam Schapiro (1923-2015)

Judy Chicago (1939-)

Birth Tear-Tear

(1985)

O Jantar

(1974/79)

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Sheela's Syrian Goddess

of Opening Up:

Woman Rising series (1973)

Mary Beth Edelson (1933-)

Lynda Benglis (1941-)

Smile (1974)

Zanzidae: Peacock

Series (1979)

Barbara Kruger (1945-)

Untitled (1986/89)

Suzanne Lacy

(1945-)

Rape

Happening

Untitled

(1983/85)

Jenny Holzer (1950-)

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Neopop

➢ Também denominado de PÓS-POP, refere-se aos

trabalhos de artistas que surgiram em Nova York no final

dos anos 1980 como reação ao predomínio do minimalismo

e do conceitualismo, os quais passaram a usar materiais,

métodos e imagens com referências na Pop Art.

➢ Trabalhando com irreverência e elementos efêmeros e

irônicos, tais artistas também foram influenciados pelos

neodadás e pelas obras da própria arte conceitual, pois

também se utilizam de objets-trouvés, ready-mades e

instalações, assim como assemblages e performances.

Page 37: CONCLUSÃO - ARTE E ARQUITETURA - Home

➢ As obras neopops denunciam o

mito da ORIGINALIDADE ARTÍSTICA,

explorando igualmente o kitsch,

a cultura popular, massificação

e toda a institucionalização pop. Entres

seus maiores expoentes, cita-se os

americanos: Allan McCollum (1944-),

Haim Steinbach (1944-), Richard Prince

(1949-), Bill Viola (1951-) e Jeff Koons

(1955-), entre vários outros.

Collection of 120

Drawings (1989/93)

Allan McCollum (1944-)

Haim Steinbach (1944-)

Untitled

(1986/89)

Untitled (2011)

Richard Prince

(1949-)

Balloon

Dog (1994)

Jeff

Koons

(1955-)

Bill Viola

(1951-)

Visions

of Time

(2014)

Page 38: CONCLUSÃO - ARTE E ARQUITETURA - Home

➢ Na Europa, destaca-se: os britânicos Michael Craig-Martin (1941-),

Julian Opie (1958-) e Lisa Milroy (1959-); o português Artur Barrio

(1945-), o belga Leo Copers (1947-) e a suíça Sylvie Fleury (1961-).

Já os russos Vitaly Komae (1943-) e Alexander Melamid 1945-)

exemplificam a SOTS ART (Соц-Aрт); abreviação de “arte

socialista”; reação pós-URSS contra a doutrina neorrealista oficial.

Knowing (1996)

Michael Craig-Martin

(1941-)

Lisa Milroy (1959-)

Objects (1987)

Untitled

(s.d.)

Leo Copers (1947-)

Vitaly Komae (1943-) &

Alexander Melamid (1945-)

Between War and Peace (1995)

Running Women (2016)

Julian Opie (1958-)

Trouxa

de Sangue (1969)

Artur Barrio (1945-)

Page 39: CONCLUSÃO - ARTE E ARQUITETURA - Home

➢ Deve-se ainda citar os trabalhos neopop

do chinês Wang Guangyi (1957-); da sul-

africana Jane Alexander (1959-) e do

japonês Takashi Murakami (1962-) além

de Romuald Hazoumé (1962-), natural de

Benin (África) e do recifense Romero Britto

(1963-), que vive em Miami FL desde 1990.

Sylvie Fleury (1961-)

Ela 75/K (2000)

The Belief (2002)

Wang Guangyl (1957-)

Jane Alexander (1959-)

Butcher Boys (1998)

Field of Flowers (2019)

Takashi Murakami (1962-)

Romuald Hazoumé (1962-)

Found Objtects Masks

(2011)

Romero

Britto (1963-)

L.A. Cat (1995)

Page 40: CONCLUSÃO - ARTE E ARQUITETURA - Home

Pós-Minimalismo

➢ Termo cunhado em 1971 pelo historiador e crítico de arte

americano Robert Pincus-Witten (1935-2018) para se

referir aos trabalhos de vários campos artísticos, os quais

partiram da estética minimalista para experimentarem

novos materiais, técnica e temas, inclusive crítica social.

➢ Tais obras ainda trabalhariam com grades e serialidade,

além de materiais e formas puras, como antes se fazia,

porém vêm incluindo objetos cotidianos e materiais não

industriais como matéria-prima natural e até artesanato.

Page 41: CONCLUSÃO - ARTE E ARQUITETURA - Home

➢ Desde os anos 1980, os pós-

minimalistas não ficaram alheios

aos movimentos sociais assim

como aos PROBLEMAS

AMBIENTAIS, incorporando

questões de ativismo e combate à

frieza, indiferença e apatia dos

primeiros artistas minimalistas.

➢ A figura humana foi retomada

como forma expressiva, assim

como o uso de materiais

tradicionais, reutilizáveis e

contextuais, como reflexos

da ARTE AMBIENTAL.

Franz Erhard Walther (1939-)

Adicionando o Corpo (1983)

Suporte e Coluna

Amarela (1981)

Anish Kapoor (1954-)

Sky Mirror (2001)

Air Bed II (1992)

Rachel Whiteread (1963-)

Ghost

(1990)

Page 42: CONCLUSÃO - ARTE E ARQUITETURA - Home

➢ Ademais, esses artistas incluem novos meios de expressão e comunicação

(New Media Art), além das tradicionais instalações; e expõem em lugares

públicos, fora das galerias e museus, seja no campo ou na cidade.

➢ A artista americana, de origem alemã, Eva Hesse (1936-70) foi uma das

precursoras da PostMinimalist Art, pois se opunha à rígida geometria, usando

materiais flexíveis e fisicamente instáveis, como o látex. Atualmente, vem se destacando Maya Lin (1959-).

Eva Hesse (1936-70)

Contingent (1968)

Groundswell (1992/93)

Maya Lin (1959-)

Last Tree (1979)

Antony Gormley

(1950-)

Page 43: CONCLUSÃO - ARTE E ARQUITETURA - Home

➢ Entre os artistas pós-

minimalistas, destacam-se

os escultores britânicos Bill

Woodrow (1948-), Richard

Deacon (1949-), Tony Cragg

(1949-), Antony Gormley (1950-)

e David Mach (1956-), que

trabalham com materiais de

baixa tecnologia (low-tech),

como pedra, madeira e borracha,

assim como lixo reciclado (pneus,

cabides de arame e blocos e

revistas descartadas).

Bill Woodrow (1948-)

Rack (2000)

Untitled

(1980)

Richard Deacon (1949-)

Fuel for the

Fire Magazines

and Furniture

Riverside Studios (1986)

David Mach (1956-)

Tony Cragg (1949-)

Multiple Skull

(2017)

Bent

of Mind

(2019)

Page 44: CONCLUSÃO - ARTE E ARQUITETURA - Home

➢ Outras referências atuais do PostMinimalism são: o iraniano

Hossein Zenderoudi (1936-); o alemão Franz Erhard Walther

(1939-); o indo-britânico Anish Kapoor (1954-); os chineses

Xu Bing (1955-), Cai Guo-Qiang (1957-), Ai Weiwei (1957-)

e Do-ho Suh (1962-); além dos ingleses Peter Randall-Page

(1954-) e Rachel Whiteread (1963-), entre vários outros.

First

Name (1977)

Hossein

Zenderoudi (1936-)

Book from the Sky (1987/91)

Xu Bing (1955-)

Cai Guo-Qiang (1957-)

Head On (2006)99 réplicas

de lobos

Forever

Bicyles

(2003)1254

bicicletas

Ai Weiwei

(1957-)

Staircase III

(2003/10)

Do-ho Suh

(1962-)

Peter Randall-

Page (1954-)

Fructus

(2009)

Page 45: CONCLUSÃO - ARTE E ARQUITETURA - Home

➢ Na América Latina, entre os pós-minimalistas, cita-se os

artistas brasileiros Cildo Meireles (1948-) e Tunga (1952-

2016); o argentino Guillermo Kuitca (1961-); o mexicano

Gabriel Orozco (1962-) e os peruanos Fernando Bryce

(1965-) e Sandra Gamarra (1972-), além de muitos outros.

Roiseau 7 (2012)

Gabriel Orozco

(1962-)

Fontes (1992)

Glovetrotter

(1991)

Cildo

Meireles

(1948-)

Estudios de Archivo (2005)

Fernando Bryce (1965-)

Sandra Gamarra (1972-)

Ventana LIMAC 7 (2015)

Sin Título

(1992)

Guillermo

Kuitca

(1961-)

Bells

Fall (1998)

Tunga

(1952-2016)

Page 46: CONCLUSÃO - ARTE E ARQUITETURA - Home

Bibliografia

❑ ARTE: Artistas, obras, detalhes, temas (1960 em diante).

São Paulo: PubliFolha, 2012.

❑ BECKET, W. História da pintura. São Paulo: Ática, 1997.

❑ HODGE, S. Breve história da arte. São Paulo: Gustavo Gili, 2018.

❑ KRAUBE, A. C. História da pintura: do Renascimento aos nossos

dias. Colônia: Könemann, 1995.

❑ LITTLE, S. Ismos: entender a arte. São Paulo: Lisma, 2006.

❑ STRICKLAND, C. Arte comentada: da Pré-História ao Pós-Moderno.

Rio de Janeiro: Ediouro, 1999.