CONCRETO APARENTE- COMO EVITAR DANOS NA EXECUÇÃO E CONSERVAÇÃO
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7/22/2019 CONCRETO APARENTE- COMO EVITAR DANOS NA EXECUÇÃO E CONSERVAÇÃO
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ANGELO MELCHIOR DOS REIS
CONCRETO APARENTE: COMO EVITARDANOS NA EXECUÇÃO E CONSERVAÇÃO
Trabalho de Conclusão de Cursoapresentado à Universidade
Anhembi Morumbi no âmbito doCurso de Engenharia Civil comênfase Ambiental.
SÃO PAULO2005
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ANGELO MELCHIOR DOS REIS
CONCRETO APARENTE: COMO EVITARDANOS NA EXECUÇÃO E CONSERVAÇÃO
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III
Trabalho de Conclusão de Cursoapresentado à Universidade
Anhembi Morumbi no âmbito doCurso de Engenharia Civil comênfase Ambiental.
Orientador:
Prof. Fernando José Relvas
SÃO PAULO2005
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RESUMO
Este trabalho estuda a perda da eficiência de desempenho de uma estrutura em
concreto, a causa por fatores externos ou internos, que isoladas ou concomitantes
podem levar à necessidade de manutenção e até à ruína.
Iniciada a construção, podem ocorrer falhas das mais diversas naturezas,
associadas as causas tão diversas como: não capacitação profissional da mão-de-
obra, inexistência de controle de qualidade de execução, má qualidade de materiais
e componentes, irresponsabilidade técnica e até mesmo sabotagem.
E a utilização de técnicas executivas e materiais apropriados para o tratamento de
recuperação e proteção, impermeabilização e acabamento do concreto aparente,
para atender as exigências de desempenho frente à agressividade do meio
ambiente que envolve a edificação.
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ABSTRACT
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LISTA DE ILUSTRAÇÕES
Figura 5.1: Lei de evolução de custos ......................................................................19
Figura 5.2: Espaçamento irregular em armaduras de lajes.......................................27
Figura 5.3: Armadura negativa da laje fora de posição .............................................27
Figura 5.4: Escoramento das fôrmas das colunas ....................................................36
Figura 5.5: Juntas das fôrmas e posição das tábuas ................................................38
Figura 5.6: Armadura curta. Disposição incorreta .....................................................43
Figura 5.7: Armadura prolongada. Disposição correta ..............................................43
Figura 5.8: Efeito parede ..........................................................................................50
Figura 5.9: Juntas de concretagem em suportes inclinados. ....................................53
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LISTA DE TABELAS
Tabela 5.1 – Origem das manifestações patológicas em diversos países ...............20
Tabela 5.2 – Diâmetro dos pinos de dobramento ................................................... 41
Tabela 5.3 – Idade de desfôrma e descimbramento ...............................................61
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LISTA DE FOTOS
Foto 6.1: Fachada Moura Schwark 1972 ..................................................................65
Foto 6.2: Fachada Moura Schwark 2005 ..................................................................66
Foto 6.3: Viga superior da fachada Moura Schwark .................................................67
Foto 6.4: Pilar lateral esquerda da fachada Moura Schwark ....................................67
Foto 6.5: Pilar com alta densidade de armadura.......................................................80
Foto 6.6: Alta densidade de armadura na base da viga ...........................................81
Foto 6.7: Laje sem cobrimento minimo ....................................................................83
Foto 6.8: Laje permeavel..........................................................................................84
Foto 6.9: Corrosão e expansão da armadura A ........................................................85
Foto 6.10: Corrosão e expansão da armadura B ......................................................85
Foto 6.11: Pites de corrosão e lascamento ...............................................................87
Foto 6.12: Viga com nicho de concretagem ..............................................................88
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SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO...................................................................................................13
2 OBJETIVOS.......................................................................................................15
2.1 Objetivo Geral ...........................................................................................................15
2.2 Objetivo Específico .................................................................................................15
3 METODOLOGIA DO TRABALHO.....................................................................16
4 JUSTIFICATIVA ................................................................................................17
5 O QUE LEVA A DETERIORAÇÃO DE UMA ESTRUTURA DE CONCRETO
APARENTE E COMO EVITAR.................................................................................18
5.1 Anomalias do concreto ..........................................................................................18
5.2 Durante o projeto .....................................................................................................20
5.3 Durante a construção .............................................................................................22
5.3.1 O uso de fôrmas.................................................................................................23
5.3.2 Falhas construtivas nas formas e escoramentos convencionais...............24
5.3.3 Problemas patológicos causados por deficiências ou erros na colocação
das armaduras ...................................................................................................................25
5.3.3.1 As deficiências nos sistemas de ancoragem podem ser:.........................28
5.3.3.2 Tipos de deficiências nos sistemas de emenda:........................................28
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5.3.3.3 A má utilização dos anti-corrosivos:.............................................................29
5.3.4 Mistura do concreto ...........................................................................................29
5.3.5 Localização de juntas........................................................................................30
5.3.6 Descimbramento................................................................................................31
5.4 Durante a utilização ................................................................................................31
5.4.1 Ações previsíveis e imprevisíveis ...................................................................31
5.4.2 Causas químicas ...............................................................................................33
5.4.3 Fissuração...........................................................................................................34
5.5 Procedimentos que podem evitar as anomalias .............................................34
5.5.1 Formas e escoramentos ...................................................................................35
5.5.1.1 Pilares ...............................................................................................................35
5.5.1.2 Vigas e lajes .....................................................................................................36
5.5.1.3 Juntas nas fôrmas ...........................................................................................38
5.5.2 Armadura.............................................................................................................39
5.5.2.1 Cobrimento .......................................................................................................39
5.5.2.2 Dobramento......................................................................................................40
5.5.2.3 Ancoragem .......................................................................................................41
5.5.2.4 Emendas...........................................................................................................43
5.5.3 Concreto ..............................................................................................................44
5.5.3.1 Durante o transporte .......................................................................................44
5.5.3.2 Durante o lançamento do concreto ..............................................................44
5.5.3.3 Adensamento do concreto .............................................................................48
5.5.3.4 Juntas de concretagem ..................................................................................51
5.5.3.5 Cura do concreto .............................................................................................53
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5.5.3.6 O concreto como protetor da armadura.......................................................56
5.5.3.7 Proteção do concreto aparente.....................................................................57
5.5.4 Desformas e descimbramentos.......................................................................59
5.5.5 AÇÕES INTERNAS...........................................................................................61
5.5.5.1 Corrosão da armadura ...................................................................................61
6 CONCRETO APARENTE SUA EXECUÇÃO E CONSERVAÇÃO..................645
6.1 Especificação técnica para recomposição e tratamento do concreto
aparente ...............................................................................................................................678
6.1.1 Recomposição do concreto aparente ...........................................................678
6.1.2 Tratamento do concreto aparente.................................................................689
6.1.3 Histórico das condições das áreas a serem tratadas ..................................68
6.1.4 Requisitos mínimos para habilitação do material .........................................70
6.1.5 Requisitos para o desempenho dos serviços ...............................................70
6.1.6 Tratamento de ferragens expostas e oxidadas.............................................71
6.1.7 Limpeza e estucamento do concreto............................................................745
6.1.8 Aplicação do verniz de proteção das fachadas de concreto aparente .....76
6.2 Outras patologias ..................................................................................................778
6.2.1 Corrosão de armaduras na base de pilares ..................................................79
6.2.2 Corrosão de armaduras em vigas com juntas de dilatação........................80
6.2.3 Corrosão na armadura de laje .........................................................................82
6.2.4 Corrosão de armadura devido a presença de umidade ..............................83
6.2.5 Corrosão de armaduras por ataque de cloretos ...........................................86
6.2.6 Nichos e segregações em viga de concreto ...............................................878
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7 CONCLUSÃO....................................................................................................89
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.........................................................................91
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1 INTRODUÇÃO
Para atender as condições previstas de durabilidade da estrutura de concreto
aparente, deve-se em primeiro lugar estudar os processos de deterioração do
principal elemento de composição da estrutura, o CONCRETO.
A perda da eficiência de desempenho de uma estrutura em concreto é causada por
fatores externos ou internos, que isoladas ou concomitantes podem levar à
necessidade de manutenção e até à ruína.
Deve-se, portanto definir vida útil como sendo o espaço de tempo em que a estrutura
desempenha suas funções de modo satisfatório para o usuário, com as devidas
manutenções preventivas realizadas e mantendo-se as condições de exposição
estipuladas em projeto. Para execução deste projeto deve ser avaliados alguns
fatores, os quais serão essenciais para que o mesmo obtenha sucesso econômico,
técnico e de durabilidade:
- Destinação ao uso;
- Localização;
- Umidade relativa do ambiente;
- Tipo de sistema estrutural;
- Materiais disponíveis;
- Manutenção.
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Podem assim ser estabelecidos os parâmetros para qualquer tipo de atividade a que
a obra se destina, e assim estabelecer as especificações para cada ambiente e suas
características de estabilidade, vedação, ventilação, iluminação, e demais aspectos
relevantes ao uso.
A estabilidade da estrutura é função direta do estudo dos carregamentos e da
metodologia de determinação dos dimensionamentos das peças que a compõe,
através de normas ou práticas específicas. Seu estado de conservação depende de
parâmetros também normalizados de proteção dos materiais em que é composta,
aos agentes agressores, como o caso das estruturas em concreto armado, em que o
aço estrutural e especificações do concreto devem ser específicos para cada
condição de exposição.
Neste caso, são essenciais as especificações não só de dimensionamento, mas
principalmente de cobrimento da armadura, relação água/cimento, tipo de cimento e
agregados, dosagem, mistura, transporte, lançamento, adensamento e
principalmente cura.
Estando a estrutura íntegra, deve-se manter uma manutenção preventiva, o que
garante a vida útil da estrutura especificada em projeto.
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2 OBJETIVOS
O presente trabalho tem os seguintes objetivos:
2.1 Objetivo Geral
Este estudo permitirá especificar adequações executivas que mantenham as obras
duráveis, com as resistências necessárias e suficientes para suportar a exposições
ambientais (químicas) a que a obra estará expostas durante sua vida útil.
2.2 Objetivo Específico
Apresentar os problemas que podem surgir na parte externa de uma estrutura de
concreto aparente e os procedimentos de execução e conservação que pode evitar
estes problemas.
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3 METODOLOGIA DO TRABALHO
Este trabalho de pesquisa foi baseado em Normas Técnicas Brasileiras, Livros
técnicos e sites de internet.
A pesquisa deste trabalho iniciou com um livro de patologias de estruturas de
concreto, o qual pode apresentar os possíveis tipos de danos causados em uma
estrutura de concreto. Após ter conhecimento destes danos, a pesquisa foi
desenvolvida para a busca da melhor solução de execução para cada item que
compõem a estrutura.
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4 JUSTIFICATIVA
Criar um roteiro dos possíveis danos em uma estrutura de concreto aparente, como
evitá-los e repará-los.
As medidas terapêuticas de correção dos problemas tanto podem incluir pequenos
reparos localizados, quanto uma recuperação generalizada da estrutura ou reforços
de fundações, pilares, vigas e lajes. É sempre recomendável que, após qualquer
uma das intervenções citadas, sejam tomadas medidas de proteção da estrutura,
com implantação de um programa de manutenção periódica. O custo do programa
de manutenção periódica, reduz muito o custo da manutenção corretiva.
No Brasil se tem capacidade técnica de prevenir as doenças nas estruturas, mas
nem sempre são aplicadas durante a execução, só estão preocupados com o
término da obra, e acaba se esquecendo da qualidade dos materiais utilizados, do
processo de concretagem, dos procedimentos em geral. Todos esses fatores,
apesar de termos em mãos projetos bem definidos, acarretarão em processos de
deterioração das estruturas de concreto armado em curto prazo.
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5 O QUE LEVA A DETERIORAÇÃO DE UMA ESTRUTURA DE
CONCRETO APARENTE E COMO EVITAR
Os problemas patológicos, salvo raras exceções, apresentam manifestação externa
característica, a partir da qual se pode deduzir qual a natureza, a origem e os
mecanismos dos fenômenos envolvidos, assim como pode-se estimar suas prováveis
conseqüências.
5.1 Anomalias do concreto
Os problemas patológicos só se manifestam após o início da execução propriamente
dita, a última etapa da fase de produção. Em relação a recuperação dos problemas
patológicos, Helene (1992) afirma que as correções serão mais duráveis, efetiva,
fáceis de executar e muito mais baratas quanto mais cedo forem executadas.
A demonstração mais expressiva dessa afirmação é a chamada "lei de Sitter" que
mostra os custos crescendo segundo uma progressão geométrica. Dividindo as
etapas construtivas e de uso em quatro períodos correspondentes ao projeto, à
execução propriamente dita, à manutenção preventiva efetuada antes dos primeiros
três anos e à manutenção corretiva efetuada após surgimento dos problemas, a cada
uma corresponderá um custo que segue uma progressão geométrica de razão cinco,conforme indicado na figura 5.1.
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Figura 5.1 - Lei de evolução de custos SITTER,
Fonte: Helene (1992)
Segundo Helene (1992), colaborador do CEB — Comitê Euro – internacional du
Béton — formulador dessa lei de custos amplamente citada em bibliografias
específicas da área, adiar uma intervenção significa aumentar os custos diretos em
progressão geométrica de razão 5 (cinco).
Cánovas (1988) diz que, a patologia na execução pode ser conseqüência da
patologia de projeto, havendo uma estreita relação entre elas; isso não quer dizer que
a patologia de projeto sendo nula, a de execução também o será. Nem sempre com
projetos de qualidade desaparecerão os erros de execução. Estes sempre existirão,
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embora seja verdade que podem ser reduzidos ao mínimo caso a execução seja
realizada seguindo um bom projeto e com uma fiscalização intensa.
Tabela 5.1 – Origem das manifestações patológicas em diversos países
Causas Tipo de obra
País
Número
De
Casos
P M E U N R C I H
Inglaterra 510 49 11 29 10 1
Alemanha 1570 40 15 29 9 7
Romênia 432 38 23 20 11 8
Bélgica 3000 49 12 24 8 7
Dinamarca 601 37 25 22 9 7
Iugoslávia 117 34 22 24 12 8
França 10000 37 5 51 7 68 18 14
Espanha 586 41 13 31 11 3 57 20 12 Brasil 527 18 7 52 13 24 19 26 12
Causas: P = projeto, M = materiais, E = execução, U = utilização, N = naturais. Tipo de obra: R =residencial, C = comercial, I = industrial, H = hidráulica.
Fonte: Carmona Filho & Marega e Bueno, Aranha & Dal Molin (1994)
Segundo Aranha e Dal Molin (1994), as falhas de execução das estruturas podem
ser de todo tipo, podendo estar vinculadas à confecção, instalação e remoção dasfôrmas e cimbramentos; corte, dobra e montagem das armaduras e dosagem,mistura, transporte, lançamento, adensamento e cura do concreto, todas elasrelacionadas, principalmente, ao emprego de mão-de-obra desqualificada ou falta desupervisão técnica.
5.2 Durante o projeto
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Várias são as falhas possíveis de ocorrer durante a etapa de concepção da estrutura.
Elas podem se originar durante o estudo preliminar (lançamento da estrutura), na
execução do anteprojeto, ou durante a elaboração do projeto de execução, também
chamado de projeto final de engenharia.
Souza e Ripper (1998) constataram que os responsáveis, principalmente, pelo
encarecimento do processo de construção, ou por transtornos relacionados à
utilização da obra, são as falhas originadas de um estudo preliminar deficiente, ou de
anteprojetos equivocados, enquanto as falhas geradas durante a realização do
projeto final de engenharia geralmente são as responsáveis pela implantação de
problemas patológicos sérios e podem ser tão diversas como:
- Elementos de projeto inadequados (má definição das ações atuantes ou da
combinação mais desfavorável das mesmas, escolha infeliz do modelo
analítico, deficiência no cálculo da estrutura ou avaliação da resistência do
solo, etc.);
- Falta de compatibilização entre a estrutura e a arquitetura, bem como com os
demais projetos civis;
- Especificação inadequada de materiais;
- Detalhamento insuficiente ou errado;
- Detalhes construtivos inexeqüíveis;
- Falta de padronização das representações (convenções);
- Erros de dimensionamento.
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Ripper (1996) aponta que, em casos de dúvidas ou falhas de projeto, o responsável
da obra deve consultar o projetista, porque somente este sabe o objetivo do elemento
construtivo em questão. Em casos excepcionais, se for difícil a consulta ou por falta
de tempo, só um engenheiro pode tomar as providências necessárias, conhecendo
como trabalham os diversos componentes do concreto armado e da estrutura, e
somente ele pode saber que medidas devem ser tomadas. Mas o engenheiro da obra
deve decidir somente quando estiver absolutamente seguro da solução do problema.
5.3 Durante a construção
A seqüência lógica do processo de construção civil indica que a etapa de execução
deva ser iniciada apenas após o término da etapa de concepção, com a conclusão de
todos os estudos e projetos que lhe são inerentes. Suponha-se, portanto, que isto
tenha ocorrido com sucesso, podendo então ser convenientemente iniciada a etapa
de execução, cuja primeira atividade será o planejamento da obra.
Iniciada a construção, podem ocorrer falhas das mais diversas naturezas, associadas
a causas tão diversas como falta de condições locais de trabalho (cuidados e
motivação), não capacitação profissional da mão-de-obra, inexistência de controle de
qualidade de execução, má qualidade de materiais e componentes,
irresponsabilidade técnica e até mesmo sabotagem.
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Nas estruturas, vários problemas patológicos podem surgir. Uma fiscalização
deficiente e um fraco comando de equipes, normalmente relacionados a uma baixa
capacitação profissional do engenheiro e do mestre de obras, podem, com facilidade,
levar a graves erros em determinadas atividades, como a implantação da obra,
escoramento, fôrmas, posicionamento e quantidade de armaduras e a qualidade do
concreto, desde o seu fabrico até a cura.
A ocorrência de problemas patológicos cuja a origem está na etapa de execução é
devida, basicamente, ao processo de produção, que é em muito prejudicado por
refletir, de imediato, os problemas sócio-econômicos, que provocam baixa qualidade
técnica dos trabalhadores menos qualificados, como os serventes e os meio-oficiais,
e mesmo do pessoal com alguma qualificação profissional.
5.3.1 O uso de fôrmas
O uso de fôrmas convencionais de madeira ou metal faz com que junto as superfícies
do concreto forme-se uma camada de pasta e argamassa com qualidade inferior ascamadas internas do concreto devido a elevada relação água/cimento.
Essas fôrmas podem ocasionar efeitos indesejáveis no concreto, que podem afetar
sua própria estrutura produzindo vazios, alvéolos, ondulações, deformações, ou
efeitos que podem afetar seu aspecto, produzindo mudança de coloração que
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enfeiam concretos que tem que ficar aparentes. Para Cánovas (1988) esses efeitos
indesejáveis podem ser resumidos nos seguintes:
Grupos de cavidades em forma de ninhos de pedras, devidos à segregação,
má compactação ou fugas de nata através das juntas da fôrma;
Destacamentos por aderência do concreto à fôrma;
Deformações por deficiência no alinhamento da fôrma; e
Deformação da fôrma sob a carga do concreto fresco etc.
5.3.2 Falhas construtivas nas formas e escoramentos convencionais
Exemplificação das falhas construtivas mais comuns relacionadas diretamente às
fôrmas e aos escoramentos convencionais:
Falta de limpeza e de aplicação de desmoldantes nas fôrmas antes da
concretagem, o que acaba por ocasionar distorções e "embarrigamentos"
natos nos elementos estruturais (o que leva à necessidade de enchimentos de
argamassa maiores dos que os usuais e, consequentemente, à sobrecarga da
estrutura);
Insuficiência de estanqueidade das fôrmas, o que torna o concreto mais
poroso, por causa da fuga de nata de cimento através das juntas e fendas
próprias da madeira, com a conseqüente exposição desordenada dos
agregados;
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Retirada prematura das fôrmas e escoramentos, o que resulta em
deformações indesejáveis na estrutura e, em muitos casos, em acentuada
fissuração;
Remoção incorreta dos escoramentos (especialmente em balanços, casos em
que as escoras devem ser sempre retiradas da ponta do balanço para o
apoio), o que provoca o surgimento de trincas nas peças, como conseqüência
da imposição de comportamento estático não previsto em projeto (esforços
não dimensionados).
5.3.3 Problemas patológicos causados por deficiências ou erros na colocação
das armaduras
Os problemas patológicos causados por deficiências ou erros na colocação das
armaduras são das mais diversas ordens e, lamentavelmente, ocorrem com
freqüência muito elevada.
As deficiências que podem ser apontadas como as mais freqüentes são:
Má interpretação dos elementos de projeto; que, em geral, implica na inversão
do posicionamento de algumas armaduras ou na troca de uma peça com as de
outra;
Defeitos nas plantas de armação; emprego de escalas insuficiente ou
substituição de plantas por listas de armações confusas já comentadas;
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Insuficiência nas armaduras; como conseqüência de irresponsabilidade, dolo
ou incompetência, com implicação direta na diminuição da capacidade
resistente da peça estrutural;
Qualidade das armaduras; nas obras com estrutura de responsabilidade e nas
obras de grande porte em geral deve-se tomar de cada remessa de aço e de
cada bitola dois pedaços de barras de 2,2 m de comprimento (não
considerando 200 mm da ponta da barra fornecida) para ensaios de tração e
eventualmente outros ensaios. Isso é necessário para verificação da qualidade
do aço, em vista de haver muitos laminadores que não garantem a qualidade
exigida pelas normas que serviram como base para os cálculos;
Posicionamento das armaduras; mau posicionamento das armaduras, que se
pode traduzir na não observância do correto espaçamento entre as barras (em
lajes isto é muito comum), como se vê na figura 5.2, ou no deslocamento das
barras de aço de suas posições originais, muitas vezes motivado pelo trânsito
de operários e carrinhos de mão, por cima da malha de aço, durante as
operações de concretagem, o que é praticamente comum nas armaduras
negativas das lajes e poderá ser crítico nos casos de balanço. O recurso a
dispositivos adequados (espaçadores, pastilhas, caranguejos) é fundamental
para garantir o correto posicionamento das barras da armadura e evitar ao erro
no posicionamento com o indicado na figura 5.3;
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Figura 5.2 – Espaçamento irregular em armaduras de lajes
Fonte: Helene (1998)
Figura 5.3 – Armadura negativa da laje fora de posição
Fonte: Helene (1998)
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Concentração de armaduras em nós ou outros pontos singulares, o que impede não
apenas que sejam corretamente posicionadas, mas que seja realizada a
concretagem de maneira correta nessas zonas.
5.3.3.1 As deficiências nos sistemas de ancoragem podem ser:
Com utilização indevida de ganchos (na compressão, por exemplo), que,
muitas vezes, só vêm a introduzir estados de sobretensão (como já se referiu,
para o caso do dobramento);
Falha é registrada com a não observância do correto comprimento de
ancoragem, necessário para redução, ao mínimo, dos esforços transferidos ao
concreto.
Em ambos os casos, o resultado será o surgimento de um quadro fissuratório que,
algumas vezes, poderá trazer conseqüências bastante graves.
5.3.3.2 Tipos de deficiências nos sistemas de emenda:
Que, para além daquelas já referidas para as ancoragens, podem surgir também
como resultado da excessiva concentração de barras emendadas em uma mesma
seção, e por utilização incorreta de métodos de emenda.
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5.3.3.3 A má utilização dos anti-corrosivos:
A má utilização dos anticorrosivos nas barras da armadura, que são pinturas
efetuadas para diminuir a possibilidade do ataque da corrosão, mas reduzem a
aderência das barras ao concreto.
5.3.4 Mistura do concreto
Conforme Cánovas (1988), a falta de uniformidade no concreto, conseqüência da
falta de análises freqüentes do cimento, agregados, umidade dos mesmos etc., pode
ser prevista ao dosar o concreto; entretanto existe uma série de erros de execução
que pode diminuir ainda mais as resistências e ocasionar falta de uniformidade na
mistura, com o aparecimento de trincas, fissuras, vazios, bolhas, desprendimentos,
etc. A maior parte dos erros e descuidos no concreto correspondem as fases de
aplicação e cura do mesmo.
Já aconteceram falhas importantes em concretos procedentes de centrais, por
apresentarem torrões de argila em sua massa; outras vezes, foi preciso demolir uma
parte de uma estrutura, uma vez que a central havia enviado um concreto de 200
kg/m3 de cimento, em lugar de um de 20,00 MPa de resistência etc.
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Existem centrais muito boas e de grande garantia e outras, felizmente em menor
número, que fornecem concretos muito variáveis. Por outro lado, é conveniente
assinalar que a responsabilidade da central sobre a qualidade do concreto, termina
com a sua entrega em obra, e pode acontecer que um bom concreto transforme-se
em deficiente por causa das operações realizadas, e alheias a quem o dosou,
transportou e entregou.
5.3.5 Localização de juntas
São dois os problemas que podem apresentar as juntas de concretagem e que
podem ser causas de patologias: um é a escolha da junta, e outro o tratamento a lhe
ser dado.
Não é costume dar muita atenção à localização da junta, principalmente porque essa
é uma solução improvisada em obra e está, geralmente, nas mãos de encarregados
ou operários que pouco conhecem da distribuição de esforços nas estruturas. As
juntas de concretagem são tão importantes que é obrigatório que estejam previstas.
Quando as juntas não estão previstas no projeto, nos lugares aprovados pelo
engenheiro responsável pela obra, como orientação, conforme Dias (1990)
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5.3.6 Descimbramento
Conforme Ripper (1996), são muito freqüentes as falhas produzidas como
conseqüência de descimbramento com cargas superiores às estimadas ou quando o
concreto ainda não atingiu o endurecimento e resistências adequadas nas datas
previstas, devido à influência de baixas temperaturas ou emprego de cimentos
inadequados.
5.4 Durante a utilização
As alterações estruturais são muitas como, sobrecargas exageradas, alterações nas
condições do terreno de fundação e falta de manutenção preventiva / corretiva.
5.4.1 Ações previsíveis e imprevisíveis
Acabadas as etapas de concepção e de execução, e mesmo quando tais etapas
tenham sido de qualidade adequada, as estruturas podem vir a apresentar problemas
patológicos originados da utilização errônea ou da falta de um programa de
manutenção adequado.
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Ainda segundo Souza e Ripper (1998), os problemas patológicos ocasionados por
uso inadequado podem ser evitados informando-se aos usuários sobre as
possibilidades e as limitações da obra, descritos abaixo, por exemplo:
Edifícios em alvenaria estrutural – o usuário (morador) deve ser informado
sobre quais são as paredes portantes, de forma que não venha a fazer obras
de demolição ou de aberturas de vãos – portas ou janelas – nestas paredes,
sem a prévia consulta e a assistência executiva de especialistas, incluindo,
preferencialmente, o projetista da estrutura;
Pontes – a capacidade de carga da ponte deve ser sempre informada, em
local visível e de forma insistente.
Os problemas patológicos ocasionados por manutenção inadequada, ou mesmo pela
ausência total de manutenção, tem sua origem no desconhecimento técnico, na
incompetência, no desleixo e em problemas econômicos.
Exemplos típicos, casos em que a manutenção periódica pode evitar problemas
patológicos sérios e em alguns casos, a própria ruína da obra: são a limpeza e a
impermeabilização das lajes de cobertura, marquises, que se não forem executadas,
possibilitarão a infiltração prolongada de águas de chuva e o entupimento de drenos,
fatores que, além de implicarem a deterioração da estrutura, podem levá-la à ruína
por excesso de carga (acumulação de água).
Segundo Aranha & Dal Molin (1994), os procedimentos inadequados durante a
utilização podem ser divididos em dois grupos: ações previsíveis e ações
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imprevisíveis ou acidentais. Nas ações previsíveis, podemos compreender o
carregamento excessivo, devido a ausência de informações no projeto e/ou
inexistência de manual de utilização. No caso das ações imprevisíveis temos:
alteração das condições de exposição da estrutura, incêndios, abalos provocados por
obras vizinhas, choques acidentais, etc.
5.4.2 Causas químicas
São causas químicas de patologia do concreto as reações internas ao concreto,
expansibilidade de certos constituintes do cimento, presença de cloretos, de ácidos,
de sais, anidrido carbônico, elevação de temperatura interna do concreto e corrosão
das armaduras.
Conforme consta no TEXSA (2005), há anos verificou-se que determinados
componentes do concreto, especificamente os agregados de origem morfológica a
base de sílicas, podem reagir com certos compostos do cimento – álcali KOH, Na 2O,
sendo esta reação expansiva e degradante.
Corrosão da armadura, carbonatação ocorre nos primeiros dias da confecção do
concreto ele alcalinidade, pela presença de hidróxidos e, principalmente, de cálcio.
Neste nível de alcalinidade o ferro está em situação passiva e não há perigo de
oxidação. Com o passar do tempo vai diminuindo a alcalinidade, pela presença da
umidade. Com a diminuição do pH o concreto não protege a ferragem.
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No processo da oxidação das ferragens há expansão e, em seguida, o
desprendimento do concreto.
5.4.3 Fissuração
Segundo Neville (1997), os motivos que levam à fissuração do concreto ou a que ele
não atinja suas resistências ou as atinja tardiamente, são as seguintes:
Temperatura do ar superior à massa do concreto;
Baixa umidade relativa do ar; e
Superfícies de concreto expostas a vento seco e quente.
O não atendimento da cura acarreta diminuição da resistência final do concreto e
possibilidade de aparecimento de fissuras na estrutura.
5.5 Procedimentos que podem evitar as anomalias
A garantia de que uma estrutura ou qualquer peça da construção seja executada
fielmente ao projeto e tenha a forma correta depende principalmente da exatidão das
fôrmas e do escoramento.
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5.5.1 Formas e escoramentos
Geyer & Greven (1999), objetivando propor uma alternativa a este problema, aplicam
um método de drenagem do concreto através das fôrmas, chamado Método das
Fôrmas Drenantes.
RIPPER (1996), diz que para se conseguir rigidez das fôrmas e obter um concreto fiel
ao projeto, são necessárias algumas precauções:
5.5.1.1 Pilares
Deve-se prever contraventamento segundo duas direções perpendiculares entre si
(geralmente é feito só em uma direção). Devem ser bem apoiadas no terreno em
estacas firmemente batidas ou nas fôrmas da estrutura inferior. É necessário cuidado
na fixação dos contraventamentos, onde se erra muito, aplicando-se somente um oudois pregos. Os contraventamentos podem receber esforços de tração e por este
motivo devem ser bem fixados com bastante pregos nas ligações com a fôrma e com
os apoios no solo. No caso de pilares altos, prever contraventamento em dois ou
mais pontos de altura. Em contraventamentos longos prever travessas com sarrafos
para evitar flambagem (ver figura 5.4).
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Figura 5.4 – Escoramento das fôrmas das colunas.
Fonte: RIPPER (1996 )
Deixar na base dos pilares uma janela para limpeza e lavagem do fundo (isto é muito
importante). No caso de pilares altos, deixar janelas intermediárias para concretagem
em etapas.
5.5.1.2 Vigas e lajes
Deve-se verificar se as fôrmas tem as amarrações, escoramentos e
contraventamentos (escoras laterais inclinadas) suficiente para não sofrerem
deslocamentos ou deformações durante o lançamento do concreto.
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As distâncias máximas de eixo a eixo são as seguintes:
Para gravatas: 0,6 a 0,8 m;
Para caibros horizontais das lajes: 0,5 m;
Entre mestras ou até apoio nas vigas: 1 a 1,2 m;
Entre pontaletes das vigas e mestras das lajes: 0,8 a 1 m.
Cuidado especial nos apoios dos pontaletes sobre o terreno para evitar o recalque e,
em conseqüência, flexão nas vigas e lajes. Quanto mais fraco o terreno, maior a
tábua, ou, melhor ainda, duas tábuas ou pranchas, para que a carga do pontalete
seja distribuída em uma área maior, segundo Ripper (1996).
Nas fôrmas laterais das vigas (principalmente no caso de vigas altas) a das paredes
(muros de arrimo, cortinas) não é suficiente a armação com escoras verticais e
horizontais, ancoradas através do espaço interior das fôrmas com arame grosso ou
ferro redondo fino, é necessário prever também um bom escoramento lateral com
mãos francesas entre a parte superior da escora vertical e a travessa do pontalete ou
contra o piso ou terreno, conforme o caso. Nas paredes altas deve-se prever mãos
francesas em diversas alturas. Este escoramento lateral inclinado evita um
empenamento das fôrmas sob pressão do concreto fresco e garante um perfeito
alinhamento da peça. Assim se evitam as desagradáveis "barrigas" ou superfícies
tortas. Nas vigas de grandes vãos deve-se prever contraflechas que, quando não
indicadas no projeto, podem ser executadas com cerca de 1/300 do vão.
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5.5.1.3 Juntas nas fôrmas
As juntas entre tábuas ou chapas compensadas devem ser bem fechadas para evitar
o vazamento da nata de cimento que pode causar rebarbas ou vazios na superfície
do concreto. Estes vazios deixam caminho livre à penetração de água, que ataca a
armadura, no caso de concreto aparente. Veja na figura 5.5 como deve ser a junta.
Figura 5.5 – Juntas das fôrmas e posição das tábuas.
Fonte: RIPPER (1996)
O fechamento dessas juntas se faz geralmente com papel de sacos de cimento ou
jornais, um procedimento não muito eficiente. É mais eficiente o fechamento das
juntas com massa plástica (mesmo de qualidade inferior) ou com mata-juntas. É
importante colocar as tábuas com o lado do cerne voltado para o interior das fôrmas
para evitar que as juntas se abram quando essas tábuas empenam por efeito da
umidade ou exposição ao sol. Recomenda-se fazer o fechamento das juntas somente
pouco antes da concretagem porque, quando expostas por muito tempo às
intempéries e ao sol, as fôrmas começam a sofrer deformações, as juntas se abrem e
esse fechamento se desprende, perdendo-se esse serviço. Por esse motivo, as mata-
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juntas são mais seguras e para um serviço nobre deve-se assumir esse custo
adicional.
5.5.2 Armadura
Para evitar as deficiências das armaduras, deve-se atentar ao projeto para que não
haja má interpretação de projeto ou inversão no posicionamento de algumas
armaduras, conferir o espaçamento para garantir o especificado no projeto, evitar a
passagem sobre a malha já armada a fim de não deforma-la.
5.5.2.1 Cobrimento
Cobrimento mínimo: a norma brasileira NBR 6118-2003 indica que qualquer barra da
armadura, inclusive de distribuição, de montagem e estribos, deve ter cobrimento de
concreto pelo menos igual ao seu diâmetro, mas não menor que:
Classe de agressividade ambientalI II III IV
Tipo deestrutura
Componenteou elemento
Cobrimento nominal mm
Laje 2) 20 25 35 45Concreto
armado Viga / Pilar 25 30 40 50
Concreto
protendido
Todos 30 35 45 55
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5.5.2.2 Dobramento
O dobramento das barras sem atendimento aos dispositivos regulamentares,
fazendo com que o aço venha a "morder" o concreto, provocando seu fendilhamento
por excesso de tensões trativas no plano ortogonal ao de dobramento. A escolha do
diâmetro do "pino" de dobramento das barras de aço é muito importante para não
fragilizá-la na região dobrada. As barras são fornecidas para serem dobradas
seguindo as condições da Norma Brasileira ABNT - NBR 6118 –2003), indicada na
tabela a seguir.
Tabela 5. 2 – Diâmetro dos pinos de dobramento
Bitola Ø dos pinos de dobramento (mm)
(mm) CA 25 CA 50 CA 60
3,4 20
4,2 25
5 30
6 36
6,3 25 32
7 42
8 32 40 48
9,5 57
10 40 50
12,5 50 63
16 64 80
20 100 16022 110 176
25 125 200
32 160 256Fonte: Reis Ângelo ( 2005 )
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5.5.2.3 Ancoragem
Deficiências nos sistemas de ancoragem, com utilização indevida de ganchos (na
compressão, por exemplo), que, muitas vezes, só vêm a introduzir estados de
sobretensão (como já se referiu, para o caso do dobramento). Outra situação falha é
a registrada com a não observância do correto comprimento de ancoragem,
necessário para redução, ao mínimo, dos esforços transferidos ao concreto. Em
ambos os casos, o resultado será o surgimento de um quadro fissuratório que,
algumas vezes, poderá trazer conseqüências bastante graves;
Nos casos normais de concretos estruturais correntes, o comprimento de ancoragem
de barras lisas se situa em torno de 50 a 60 vezes o diâmetro da armadura e 35 a 50
vezes o diâmetro da armadura no caso de barras com ganchos.
Geralmente a dobragem das barras se executa antes da conclusão das fôrmas (na
obra ou fora da obra) impossibilitando assim tirar medidas exatas no local. Nestes
casos pode acontecer que o comprimento das barras cortadas e dobradas não tenhao comprimento necessário para a ancoragem correta, independentemente do fato de
ficar numa viga ou coluna. Nestes casos é rigorosamente necessário prever
armadura suplementar de ancoragem. Estas barras suplementares, da mesma bitola
das barras a serem ligadas aos apoios, devem ter uma sobreposição com estas
barras não menor do que 50 vezes o diâmetro, deve avançar no apoio conforme
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descrito, dobrando com aproximadamente 40 cm a 90 cm dentro da coluna ou viga
de apoio.
Insiste-se em recomendar que neste ponto as decisões devam ser submetidas ao
projetista ou pelo menos a um engenheiro familiarizado com as normas.
Se o comprimento das armaduras superiores sobre apoios for insuficiente, podem
produzir-se fissuras; por isso, caso haja vãos curtos, é recomendável prolongar a
ferragem em forma de barra contínua em todo o vão.
Figura 5.6 – Armadura curta. Disposição incorreta.
Helene (1998)
Figura 5.7 – Armadura prolongada. Disposição correta.
Helene (1998)
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Por último, é conveniente que os ganchos estejam rodeados de uma massa grandede concreto e por isso é recomendável incliná-los para a parte interna das peças.
5.5.2.4 Emendas
As deficiências nos sistemas de emenda, que, para além daquelas já referidas para
as ancoragens, podem surgir também como resultado da excessiva concentração de
barras emendadas em uma mesma seção, e por utilização incorreta de métodos de
emenda.
As emendas de barras devem ser projetadas respeitando-se todas as dimensões de
comprimento de transpasse e cobrimento, sem colocar mais emendas que as que
figuram em planta, e as que sejam indicadas pelo engenheiro responsável. É
recomendável que as emendas fiquem afastadas das zonas nas quais a armadura
trabalha com sua carga máxima, e que sejam sempre fixadas por estribos que
assegurem sua posição e aderência. As emendas podem ser realizadas por
transpasse ou por solda. Se a espessura do concreto em torno da emenda não for
suficiente, podem ocorrer efeitos patológicos, ao não poder ser transmitido o esforço
de uma barra para outra por falta de concreto; por isso, recomenda-se que o valor
mínimo desse recobrimento não seja inferior a duas vezes o diâmetro das barras. Da
mesma forma é preciso ter certeza de que a concretagem é realizada
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adequadamente nas zonas em que foram realizadas as emendas. Quando as barras
tiverem diâmetros superior a 32 mm é aconselhável recorrer ao emprego de emendas
por meio de luvas metálicas. As emendas com luvas são excelentes, mas bastante
dispendiosas.
5.5.3 Concreto
5.5.3.1 Durante o transporte
O transporte durante uma concretagem é um fator de grande importância deve ser
um processo rápido, com tempo hábil ( período maximo de 2 horas) para aplicação
do concreto sem que ele não seque e perca sua trabalhabilidade, o intervalo entre
uma camada de concreto e outra não pode seu grande pois pode causar juntas de
concretagem não previstas.
5.5.3.2 Durante o lançamento do concreto
Segundo Souza e Ripper (1998), o lançamento do concreto de forma criteriosa para
evitar deslocamento de armaduras e chumbadores estruturais embutidos na peça. O
lançamento em plano inclinado deve ter um acompanhamento criterioso, porque pode
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levar o acumulo de água exsudada, o que ocasionara a segregação entre o agregado
do agregado graúdo e a nata de cimento ou argamassa, fazendo que surjam pontos
frágeis.
Quando se encomenda um concreto, especifica-se a resistência característica,
consistência e tamanho máximo de agregado; portanto, se aceita o concreto caso
cumpra com o pedido e se recusa em caso contrário; o que é inadmissível é
"melhorá-lo" em obra devido aos grandes inconvenientes que tem qualquer
modificação que se pretenda realizar em campo.
A adição de água ao concreto, além de estritamente necessária, repercutirá numa
redução de suas resistências mecânicas, em um aumento da retração hidráulica e,
no perigo de ataque por agentes agressivos, tanto de tipo físico como químico, ou
seja, numa diminuição de sua durabilidade.
A água, como já vimos, é o elemento que mais influência perniciosa pode ter sobre
um concreto, sendo a causa de uma infinidade de efeitos patológicos, tanto por
excesso, como por falta.
É preciso ajudar a massa de concreto a penetrar em todos os pontos da fôrma, e que
seja compactado adequadamente, e isso é especialmente difícil quando as fôrmas
apresentam geometria complexas e o concreto é de consistência seca.
Cánovas (1988), admite que não se deva lançar um volume maior de concreto que
aquele que possa ser compactado de forma eficaz.
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Quando se concretam peças altas é muito freqüente que a parte superior das
mesmas esteja formada por um concreto mais fluido pelo efeito da água e da pasta
que se eleva ao compactá-lo. Devido a esse fenômeno a parte superior da peça
apresenta menor resistência que o resto da mesma. Esse efeito pode ser remediado,
empregando-se nas últimas camadas um concreto de consistência mais seca do que
o resto da peça.
Conforme descrito nos passos a seguir, RIPPER ( 1996), indica que "a liberação do
lançamento do concreto pode ser feita somente depois da verificação pelo
engenheiro responsável ou encarregado das fôrmas, armadura e limpeza."
A verificação das fôrmas: se estão em conformidade com o projeto, se o escoramento
e a rigidez dos painéis são adequados e bem contraventados, se as fôrmas estão
limpas, molhadas e perfeitamente estanques a fim de evitar a perda da nata de
cimento. Para limpar peças altas (pilares, paredes, muros de arrimo etc.) devem
existir janelas nas bases das fôrmas, verificando-se se o fundo das peças está bem
limpo; isto é muito importante para uma boa ligação do concreto com a base (muitas
vezes uma camada de serragem de madeira pode isolar completamente a peça dasbases);
Verificação da armadura: bitolas, quantidades e posição das barras de acordo com o
projeto, se as distâncias entre as barras são regulares, se os cobrimentos satisfazem
as condições de projeto, etc; antes do lançamento do concreto, o armador precisa
verificar se não houve deslocamento da armadura, principalmente nas lajes e
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marquises; antes e durante o lançamento do concreto, as plataformas de serviço
deverão estar dispostos de modo a protegerem as armaduras de deformações e
deslocamentos.
O concreto deverá ser lançado logo após o amassamento, não sendo permitido entre
o fim deste e o fim do lançamento um intervalo maior do que uma hora. Com o uso de
retardadores de pega, o prazo pode ser aumentado de acordo com as características
e dosagem do aditivo.
Em nenhuma hipótese pode-se lançar o concreto com pega já iniciada.
Para manter a homogeneidade do concreto, conforme norma brasileira, a altura de
queda livre não pode ultrapassar 2m. Nos casos onde a altura de queda livre é maior
do que as mencionadas pelas normas RIPPER (1996) recomenda que:
"para evitar o ricochete de agregados na queda da massa sobre o fundo da peça,
que pode resultar em desagregação do concreto, aplica-se por uma janela na base
da fôrma uma camada de argamassa de cimento e areia 1:1 com aproximadamente 2
cm de espessura, que servirá como amortecedor da queda e como envolvimento dosagregados, que caem antes da argamassa do concreto, por serem mais pesados".
O lançamento se faz em camadas horizontais de 10 cm a 30 cm de espessura,
conforme se trate de lajes, vigas ou muros.
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Durante o lançamento inicial do concreto nos pilares e paredes, um carpinteiro deve
observar a base da fôrma, se a junta entre a fôrma e o concreto existente não
penetra nata de cimento, que pode prejudicar a qualidade do concreto na base
destes elementos da estrutura. Em caso de acontecer este vazamento de nata de
cimento, deve-se aplicar papel molhado (sacos de cimento) para impedir a
continuação do vazamento.
5.5.3.3 Adensamento do concreto
O adensamento é indispensável na concretagem, para evitar a formação de vazios
na massa que pode enfraquecer a peça ou irregularidades na superfície o que
comprometem o aspecto estético e aumenta a porosidade superficial o que facilita a
penetração de agentes agressores. A finalidade do adensamento do concreto,
também conhecido como compactação, é alcançar a maior compacidade possível do
concreto. O meio usual de adensamento é a vibração.
Quando o concreto é recém colocado na fôrma, pode haver um volume de bolhas deentre 5 % a 20 % do volume total. Os volumes maiores em concretos de alta
trabalhabilidade e os menores nos concretos mais secos, com menor abatimento. A
vibração tem o efeito de fluidificar o componente argamassa da mistura diminuindo o
atrito interno e acomodando o agregado graúdo tentando diminuir o chamado efeito
parede. A vibração expele-se quase todo o ar aprisionado, mas, normalmente, não se
consegue a expulsão total desse ar.
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Segundo Helene (1986), por efeito parede, entende-se a movimentação de
argamassa para junto de superfícies contínuas limites que restringem o concreto, tais
como fôrmas e armaduras. Essa movimentação só pode ser conseguida à custa do
empobrecimento da massa do interior do concreto.
A vibração deve ser aplicada uniformemente em toda a massa do concreto, pois de
outra forma, partes estariam pouco adensadas e outras poderiam estar segregadas
devido ao excesso de vibração. No uso de vibradores de imersão, eles devem ser
introduzidos na massa de concreto em posição vertical ou pouco inclinada, para não
prejudicar o funcionamento dos mesmos mas nunca com inclinação maior do que 45º
em relação à vertical. A duração de vibração depende da plasticidade do concreto,
garantindo uma boa mistura de agregados, mas deve-se evitar uma duração longa
demais, que pode provocar uma desagregação do concreto.
Figura 5.8 – Efeito parede
Helene (1986)
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Cánovas (1988), afirma que uma vibração mal feita pode ocasionar problemas no
concreto os quais aparecerão com sintomas patológicos diferentes, embora os mais
freqüentes sejam os ninhos de pedras e bolhas.
Às vezes, o vibrador não costura as camadas subjacentes, como requer a boa
técnica de seu emprego; nesse caso, cria-se uma interface entre camadas, de
característica pouco uniforme e, em geral, fraca, por estar formada pela argamassa
que sobrenadou ao ser vibrada a camada inferior, e ao agregado que foi para o fundo
da nova capa que está sendo lançada.
Ainda Cánovas (1988) adverte que: um efeito indesejável que também pode
acontecer durante a vibração mal efetuada é a perda de aderência do concreto com
as armaduras; outro erro, também freqüente, é colocar água no concreto, pensando
que, embora o concreto piore com água, pode melhorar com a vibração. Os que
assim atuam conseguem concretos muitos estratificados, com excesso de pasta na
superfície e camadas inferiores de muito má qualidade.
A baixa qualidade no processo de adensamento do concreto traz como conseqüênciaa diminuição da resistência mecânica, aumento da permeabilidade e porosidade e
falta de homogeneidade da estrutura.
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5.5.3.4 Juntas de concretagem
O ideal, em toda construção de concreto, é que a concretagem seja contínua. Na
prática isso é impossível de conseguir, salvo exceção, e nas obras são muitas as
juntas construtivas que é preciso deixar, por ter que continuar no dia seguinte, em
virtude do término da jornada de trabalho, ou por mal tempo, na época de fortes
chuvas, falta de materiais, pouca definição da obra, suspensão da mesma etc. mas,
além dessas interrupções, acontece que uma parte dessas juntas pode ser
necessária para evitar que se produzam fissuras de retração.
Como orientação, DIAS (1990), indica os seguintes locais para execução de juntas:
Pilares: Alguns centímetros abaixo do topo, antes da junção com a viga;
Vigas: No meio do vão ou no terço médio;
Lajes armadas em uma só direção e de pequeno vão: localizadas no meio e
na direção normal ao vão. Se localizadas na direção do vão, devem
posicionar-se no terço médio da laje;
Lajes armadas nas duas direções: dispor a junta no terço médio (para ambos
os vãos); e
Junta entre laje e a viga: é necessário garantir uma boa ligação e se
necessário, utilizar armaduras adicionais para absorverem as tensões de
corte.
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As juntas criadas por interrupção da concretagem em suportes inclinados devem ser
transversais ao eixo do elemento e dispor de armaduras de costura adequadas para
que absorvam os esforços cortantes em sua superfície (Figura 5.9).
Figura 5.9 – Juntas de concretagem em suportes inclinados
Cánovas (1988)
O tratamento a ser dado a junta também é importante. Antes de realizar a união dos
concretos na junta, é preciso prevenir os efeitos de retração e, para isso, esperar o
tempo suficiente para que a peça concretada tenha se deformado livremente. A
superfície da junta deve ser tratada, adequadamente, para que a descontinuidade
construtiva que a junta cria, não se traduza em descontinuidade estrutural. A primeira
medida a ser adotada é empregar, de ambos os lados da junta, concretos idênticos.
Antes de se reiniciar o lançamento, deve-se remover da superfície do concreto
endurecido a nata de cimento e fragmentos soltos e limpá-la bem. Não pintar a área
de contato com nata de cimento, um costume errado e prejudicial para uma boa
ligação das duas partes, porque forma uma película alisante e isolante. Quando a
interrupção entre as duas concretagens é bastante prolongada, recomenda-se aplicar
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uma fina camada de argamassa de cimento-areia 1:1 imediatamente antes da
retomada da concretagem.
Quando se trata de peças grandes ou essenciais numa estrutura, ou quando se trata
de uma ligação entre o concreto existente de uma construção velha e concreto novo,
a junta deve ser tratada com um adesivo específico à base de epóxi.
5.5.3.5 Cura do concreto
Segundo Neville (1997), a cura é a denominação dada aos procedimentos a que se
recorre para promover a hidratação do cimento e consiste em controlar a temperatura
e a saída e entrada de umidade para o concreto.
Para Dias (1990), a cura tem como objetivo manter a água de mistura do concreto no
seu interior, até a completa hidratação do cimento.
Mais especificamente, o objetivo da cura é manter o concreto saturado, ou o maispróximo possível de saturado, até que os espaços da pasta de cimento fresca,
inicialmente preenchidos com água, tenham sido preenchidos pelos produtos da
hidratação do cimento até uma condição desejável. No caso do concreto das obras,
quase sempre a cura é interrompida bem antes que tenha ocorrido a máxima
hidratação possível.
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Para conseguir um bom concreto, é necessário não só que este seja bem dosado,
bem colocado e bem compactado, como também que, durante o tempo de pega e
endurecimento do mesmo, o ambiente em que se encontre possua condições
adequadas de temperatura e umidade para que as reações de hidratação se realizem
com toda a normalidade e sem criar tensões internas que possam ocasionar efeitos
patológicos que se apresentarão, normalmente, em forma de fissuras superficiais ou
profundas, ou em diminuições notáveis das resistências mecânicas.
Como a umidade e a temperatura agem como catalisadores das reações de
hidratação, a cura terá como finalidade principal evitar que falte água ao concreto e
que a temperatura seja a adequada durante os primeiros dias que compreendem a
pega e o primeiro endurecimento.
Os motivos que levam à fissuração do concreto ou a que ele não atinja suas
resistências ou as atinja tardiamente, são as seguintes:
Temperatura do ar superior à massa do concreto;
Baixa umidade relativa do ar;
Superfícies de concreto expostas a vento seco e quente.
De qualquer forma, é conveniente insistir em que os métodos de cura por meio de
molhagem, freqüentes no verão, em lugares ensolarados, não são suficientes, a não
ser que se cubram os elementos estruturais com sacos que fiquem constantemente
molhados. A cura com água deve ser contínua e durar pelo menos sete dias, embora
seja preferível chegar aos vinte e oito dias.
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Se a cura com água é feita adequadamente, podem ser evitados problemas que
afetarão a estabilidade volumétrica e as resistências mecânicas do concreto. O não
atendimento da cura acarreta diminuição da resistência final do concreto e
possibilidade de aparecimento de fissuras na estrutura. O rigor na realização do
processo de cura está diretamente ligado ao clima regional, devendo ser bastante
cuidadoso em climas quente, seco e com vento. Para a cura de uma peça deve-se
pesquisar um método mais apropriado para cada situação, dentro dos diversos
métodos existentes, como:
Manutenção de formas, no caso de uso de formas de madeira, exige a
molhagem para dilatar e impedir a evaporação através de suas juntas e
fendas;
Revestimento integral das superfícies expostas, com água, areia, serragem,
etc;
Aspersão com água, deve ser com freqüência, de maneira que não permita a
secagem alem da superficial;
Aplicação de membrana de cura;
Utilização de cura acelerada, por aumento de temperatura (da massa ou
formas) e ou de pressão ( cura a vapor ).
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5.5.3.6 O concreto como protetor da armadura
O concreto, dependendo da sua espessura e qualidade, é uma proteção alcalina para
a armadura. Quanto mais impermeável for, melhor essa proteção. Assim, é indicado
no uso de aditivos que, de alguma forma, contribuem para a impermeabilidade do
concreto.
Os fabricantes produzem os seguintes aditivos:
- Plastificantes;
- Incorporadores de ar e plastificantes;
- Hidrófugos de superfície;
- Hidrófugos de massa;
- Plastificantes.
Usados quando se pretende um concreto denso, mais resistente aos esforços
mecânicos, em que se pode fazer uma redução apreciável do fator água/cimento,
mantendo trabalhabilidade e facilitando o seu lançamento nas fôrmas, quando fresco.
Incorporados de ar plastificantes, introduzem um certo percentual de ar no concreto,
interceptando os capilares e impedindo assim a penetração de agentes externos.
Permitem a redução do fator água/cimento, tornam o concreto mais trabalhável e
coeso, mas, apesar disso, é preciso ter em conta que a resistência final é
normalmente menor do que a de um concreto sem este tipo de aditivo.
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- Hidrófugos de superfície
São pinturas que impedem a penetração no concreto de água ou outros líquidos
agressivos.
- Hidrófugos de massa
São aditivos incorporados ao concreto quando é amassado e agem como repelentes
à água no interior dos capilares. Viu-se que um correto processo de cura é
fundamental na obtenção de um concreto sem trincas superficiais, mais impermeável
e com melhor resistência mecânica. Os processos de cura impedem a evaporação
prematura da água de amassamento. Os produtos utilizados para serem aplicados
sobre a superfície de concreto são a base de resina emulsionada que, depois de
secos, formam um filme protetor.
5.5.3.7 Proteção do concreto aparente
Se não tomarem medidas que impeçam a deterioração dos concretos aparentes, os
prejuízos dos usuários serão elevados, razão pela qual é importante conhecer a
atmosfera que envolverá as estruturas do concreto aparente. Daí a preocupação em
proteger o concreto desde o início da obra, para resguardá-lo da agressividade
química ambientar. Não se deve esquecer o problema decorativo do concreto, que,
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com o passar dos anos, vai perdendo sua uniformidade, dando ensejo ao
aparecimento de manchas, devido à carbonatação desigual e à ação dos fungos
(humo) e da umidade.
Se o objetivo for unicamente o custo, é necessário levar em conta que uma obra de
custo inicial baixo pode ter elevados custos de manutenção ou se deteriorar
prematuramente.
As estruturas de concreto aparente, em muitos casos, apresentam problemas
prematuros de manutenção muito sérios e onerosos e uma razão para isto é o fato de
que os vernizes não têm longa duração. Se não forem renovados a cada 3 (três)
anos, deixarão de exercer sua função protetora e o concreto ficará exposto ao
intemperismo. Se a espessura do recobrimento dos ferros tiver sido feita nos limites
inferiores das normas, os problemas se agravam. Então se recomenda, para os
casos de estruturas envernizadas, que o recobrimento seja feito com ampla margem
de segurança e a qualidade do concreto seja a melhor possível.
Se o objetivo for econômico, recomenda-se então que o concreto seja pintado e não
envernizado, escolhendo-se uma tinta que o fabricante possa garantir, no mínimo por 5 anos, com uma expectativa de vida de 10 anos. A tinta pode evidentemente imitar
a cor do concreto.
Uma tinta é sempre mais durável do que um verniz porque contém pigmentos e
cargas que em muito contribuem para o seu bom desempenho.
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5.5.4 Desformas e descimbramentos
Os escoramentos não devem ser retirados antes do tempo recomendado, para evitar
que ocorra deformações, em muitos casos, em acentuada fissuração.
Para realizar a desfôrma e o descimbramento dos elementos estruturais é preciso
esperar que o concreto tenha uma resistência adequada para suportar, por si próprio,
a ação do seu peso e mais as das sobrecargas que existam sobre ele.
Os fundos de vigas, cimbres e apoios devem ser retirados sem vibração ou golpes na
estrutura, recomendando-se que, quando os elementos sejam de certa importância,
sejam empregadas cunhas, caixas de areia etc., para conseguir uma descida
uniforme dos apoios.
São muito freqüentes as falhas produzidas como conseqüência de descimbramento
com cargas superiores às estimadas ou quando o concreto ainda não atingiu o
endurecimento e resistências adequadas nas datas previstas, devido à influência de
baixas temperaturas ou emprego de cimentos inadequados. Quando estão sendodescimbradas estruturas que tem balanços, é preciso planejar muito bem o
descimbramento e tomar precauções nos vãos próximos aos mesmos; assim, é
fundamental proceder à eliminação dos pontaletes nos vãos internos e
posteriormente ir tirando os pontaletes de fora para dentro, evitando assim fortes
rotações no balanço e possíveis fissuras junto à seção de engastamento do mesmo.
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É muito importante não eliminar prematuramente os pontaletes nas fôrmas de
escadas, especialmente quando são circulares e estão fixadas unicamente no início e
no fim.
Nós encontramos freqüentemente com obras que tem um ritmo de construção muito
rápido e os meios de escoramentos não são suficientemente abundantes para
acompanhar este ritmo construtivo. Essa falta de meios auxiliares pode ser objeto de
falhas importantes porque, para seguir concretando, é preciso começar a eliminar
elementos dos andares inferiores e é possível que o concreto não esteja em
condições de suportar sozinho.
Se não tiver sido usado cimento de alta resistência inicial ou aditivos que acelerem o
endurecimento, a retirada das fôrmas e do escoramento não deverá dar-se antes dos
seguintes prazos:
Tabela 5.3 – Idade de desfôrma e descimbramento
Local da desfôrma e descimbramento Duração (dias)
Faces laterais 03
Retirada de algumas escoras 07
Faces inferiores, deixando-se algumas escoras bem encunhadas 14
Desfôrma total, exceto item abaixo 21
Vigas e arcos com vão maior do que 10 m 28
Fonte: RIPPER (1996 )
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5.5.5 AÇÕES INTERNAS
Segundo Helene (1988), para evitar-se tal ocorrência deve-se realizar ensaios
preliminares nos agregados disponíveis, para controle do potencial de cada
alternativa, e assim possibilitar a escolha do menos reativo, ou inclusão de adições
ao concreto como, metacaulim, pozolanas ou sílica ativa, que reduzem as
conseqüências das reações.
5.5.5.1 Corrosão da armadura
Conforme Texsa (2005), as reações químicas que se processam na carbonatação
são as seguintes:
CO2 + H2O = H2CO3
Dióxido de carbono + água = Ácido carbônico
H2CO3 + Ca(OH)2 = CaCO3 =2H2O
Ácido carbônico + Hidróxido de cálcio = Carbonato de cálcio + água
CaCO3 + H2CO3 = Ca(HCO3)2
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Carbonato de cálcio + ácido carbônico = bicarbonato de cálcio (solúvel)
A velocidade do avanço do processo de carbonatação é a seguinte:
P = K T,
Onde:
P = profundidade encontrada da carbonatação, em centímetros.
T = tempo de vida do concreto armado, em anos.
K = coeficiente de 0,2 para um bom concreto, e de 0,5 para um concreto de controle
razoável.
K é uma variável de difícil determinação, pois ela é uma dependente da qualidade do
concreto, em função da:
- porosidade do concreto;
- espessura de recobrimento;
- velocidade da difusão dos gases através do concreto e
- atmosfera agressiva que envolve o concreto, etc.
Para exemplificar, serão dados os seguintes valores aos termos da equação:
T = 25 anos K = 0,2, então P = 0,225 = 1cm
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Neste caso a velocidade da carbonatação foi de 0,04cm por ano.
Para que a obra tenha uma duração de, pelo menos, 50 anos, sem risco de corrosão
das armaduras, adotar os padrões da norma brasileira.
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6 CONCRETO APARENTE SUA EXECUÇÃO E CONSERVAÇÃO
Esse estudo tem como referencia o prédio da Construtora Moura Schwark, localizado
na rua Francisco Tramontano nº117 Morumbi São Paulo, inaugurado em 1972, o qual
sua estrutura foi executada em concreto aparente, conforme (foto 6.1) e (foto 6.2).
Foto 6.1 –Fachada Moura Schwark no ano de inauguração em 1972
Fonte: Arquivo pessoal
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Foto 6.2 – Fachada Moura Schwark agosto de 2005
Fonte: Arquivo pessoal
A forma da estrutura foi executada com tabuas de 30cm, nessa época a madeira era
muito barata. Devido a utilização de tabuas gerou muitas juntas a quais não tiveram
um tratamento de maneira correta. Na época de sua construção não havia muita
preocupação com a proteção da estrutura para aumentar sua durabilidade. Segundo
Benedito zelador da empresa desde 1972.
Em 1990 foi realizada a primeira recuperação na fachada e tratamento de proteção
contra intempéries da atmosfera. Em 2000 foi realizado o segundo tratamento de
proteção e recuperação da fachada. Em agosto de 2005, está em estudo nova
recuperação da mesma, devido á: pequenos pontos de corrosão que estão aflorando,
na parte superior da fachada e um dos pilares que estourou o cobrimento da
armadura, conforme na figura 6.3 e 6.4.,
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Foto 6.3 – Viga superior da fachada Moura Schwark em agosto 2005
Fonte: Arquivo pessoal
Foto 6.4 – Pilar lateral esquerda da fachada Moura Schwark em agosto 2005
Fonte: Arquivo pessoal
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Foi realizado um contato com a empresa Casa D’agua, empresa especializada em
recuperação de fachadas, a mesma propôs a recuperação seguindo os seguintes
procedimentos:
6.1 Especificação técnica para recomposição e tratamento do concreto
aparente
Esta especificação objetiva estabelecer os requisitos mínimos para a execução dos
serviços de recomposição e tratamento do concreto aparente.
6.1.1 Recomposição do concreto aparente
Adoção de técnicas executivas e materiais apropriados para a recomposição de
concreto aparente da fachada, incluindo a resolução dos problemas de patologia
construtiva existentes ou a serem detectados durante a execução dos serviços, de tal
forma a recompor a estrutura da fachada em condições a que foram projetadas e/ou
construídas, como também estabelecer condições favoráveis ao tratamento de
proteção e acabamento com verniz.
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6.1.2 Tratamento do concreto aparente
Utilização de técnicas executivas e materiais apropriados para o tratamento de
proteção, impermeabilização e acabamento do concreto aparente, para atender as
exigências de desempenho frente à agressividade do meio ambiente que envolve a
edificação.
6.1.3 Histórico das condições das áreas a serem tratadas
A fachada de concreto está apresentando as seguintes condições, que deverão ser
criteriosamente observadas, avaliadas e complementadas.
Uma única peça com armadura exposta com sinais de oxidação;
Concreto aparente com sinais de manchas, encardimentos, resíduos e
incrustações de materiais agressivos resultantes da ação da poluição
atmosférica e ou reações químicas dos agregados;
Falhas no estucamento existente;
Verniz acrílico com aspecto variando entre bom e delaminado.
O executor observara os requisitos e diretrizes mínimas aqui relacionadas, bem como
outras complementares que se fizerem necessárias para a efetiva e adequada
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restauração e tratamento das fachadas, submetendo à fiscalização a concordância
com as condições sugeridas.
6.1.4 Requisitos mínimos para habilitação do material
O fabricante dos materiais especificados deverá atender as exigências a seguir:
Ser uma empresa tradicional no ramo de fabricação de produtos de tratamento de
fachada, com atuação comprovada por mais de 5 (cinco) anos no mercado. Oferecer
garantia mínima de 5 (cinco) anos para os seus produtos nas condições da
especificação. Apresentar catálogos técnicos com a descrição detalhada dos
produtos, suas indicações de aplicação, limitações do uso e restrições, de forma
clara. Apresentar literatura, laudos de testes e ensaios feitos por laboratórios oficiais
ou publicamente acreditados que comprovem o desempenho do produto para as
exigências das normas técnicas correspondentes e específicas do projeto.
A Contratada responsável pela obra deverá ratificar as garantias dadas pelos
fabricantes e será a responsável pelas garantias dos serviços, compreendendomateriais e mão de obra.
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6.1.5 Requisitos para o desempenho dos serviços
A presente especificação tem por objetivo a caracterização do desempenho
mínimo exigido para o tratamento do concreto aparente da edificação:
O tratamento das ferragens oxidadas deverão ser executadas com o objetivo
de deter o processo de corrosão eletrolítica;
O preparo e reparos do concreto objetivam a proteção das armaduras, da
adequação do substrato para a tratamento e acabamento estético do
revestimento protetor e de acabamento;
O tratamento das juntas de dilatação e dessolidarização objetiva impedir a
penetração de água no seu interior;
O tratamento das fissuras objetiva sua colmatação e selagem, permitindo a
formação do filme do revestimento de acabamento e proteção do concreto;
A argamassa polimérica objetiva complementar a capa de cobrimento e
proteção das armaduras, bem como do reparo das áreas de restauração dos
trechos com armaduras expostas;
Estucamento que objetiva vedar os furos e falhas do concreto como também
promover uma baixa rugosidade do substrato, permitindo assim a formação
contínua do filme de verniz de acabamento e proteção do concreto;
Estucamento com argamassa polimérica objetiva a formação de uma película
de no mínimo 2 mm sobre a base de concreto, com a finalidade de atuar como
uma capa protetora adicional sobre o concreto, contra a ação de água e
agentes agressivos da atmosfera circunvizinha;
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O conjunto dos serviços e materiais, inclusive dos revestimentos protetores para o
concreto aparente, à base de vernizes acrílicos puros, sem estireno, deverá ser
executado dentro dos padrões tais que os credenciem às condições de desempenho
estabelecidas a seguir;
Proteção do substrato contra a penetração de água sob pressão de até 5
cm de coluna d’água;
Proteção contra a absorção de água por capilaridade;
Proteção contra a penetração de gases agressivos;
Proteção contra a deposição de fuligem no concreto;
Proteção contra a penetração de sais, notadamente da ação da maresia;
CO2, Sulfatos e outros elementos agressivos atmosféricos;
Proteção contra o desenvolvimento de fungos e bactérias;
Facilitar a limpeza do concreto aparente;
Resistente a ação dos raios ultravioleta;
Resistente a variações térmicas;
Não manchar o substrato;
Alterar o mínimo possível a cor e a tonalidade do concreto.
6.1.6 Tratamento de ferragens expostas e oxidadas
Detectar os pontos com ferragens oxidadas e as regiões com capa de concreto de
cobrimento destacada, executando uma escarificação manual ou mecânica,
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retirando todo o material solto ou desagregado, deixando a ferragem com processo
de corrosão exposta para uma rigorosa limpeza. Remover o concreto ao longo das
armaduras pelo menos 10 cm além dos pontos com sinais de corrosão. Remover o
concreto ao redor das armaduras, para o acesso em toda a sua extensão para o
adequado tratamento anticorrosivo.
Com a utilização de máquina de corte com disco adiamantado, efetuar um corte
ortogonal à superfície, distante pelo menos 5 cm da ferragem a ser tratada, de forma
a delimitar a área de reparo, após prévia demarcação com lápis de cera. Caso seja
verificada corrosão de armaduras em grandes extensões, notadamente nas vigas,
deve-se providenciar o cimbramento adequado.
Efetuar uma rigorosa limpeza da ferragem exposta, utilizando escova de aço, lixas
apropriadas, escova eletromecânica, agulhadeira ou jato de areia, de forma a eliminar
todo ou qualquer traço de oxidação existente. Após a verificação da retirada de todo
o traço de oxidação das armaduras expostas, deve-se verificar se houve perda de
seção de armadura em mais de 15% da seção original, sendo neste caso necessária
a reconstituição da seção original da armadura.
Sob a armadura e substrato seco, aplicar primer inibidor de corrosão a base de
cimento polimérico e inibidores de corrosão. A espessura mínima recomendada é de
2mm, atingida com ou duas demãos do produto com intervalo mínimo de 60 minutos.
Após a secagem do inibidor de corrosão (ao redor de 2 horas e no máximo 24 horas),
deve-se efetuar o cobrimento das regiões tratadas com argamassa polimérica.
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Sob substrato encharcado com superfície seca, aplicar como ponte de aderência uma
pasta constituída de 3 partes de cimento, 1 parte de água e 1 parte de adesivo
acrílico, e de imediato aplicar a argamassa tixotrópica, polimérica e com fibras de
poliéster, deixando um rebaixo em torno de 0,5 a 1 mm, para a execução do
estucamento posterior. Para espessuras maiores que 25 mm, a argamassa
polimérica de reparo deve ser aplicada em camadas, após a primeira ter “puxado”,
evitando assim seu descolamento ou a formação de “barrigas”. Imediatamente após a
aplicação do material de reparo, efetuar a cura química com a aplicação de 2 demãos
ou aspersão de resina . A argamassa de reparo deve ser misturada em um
misturador mecânico, por pelo menos 3 minutos.
As fissuras estruturais deverão ser solidarizadas com a injeção de resina epóxi. As
fissuras na região do engaste dos brises deverão ser tratadas, com o descascamento
da argamassa e/ou concreto até uma profundidade de 2 cm de profundidade. Efetuar
a hidratação da área por pelo menos 6 horas, aplicar como ponte de aderência uma
pasta constituída de 3 partes de cimento, 1 parte de água e 1 parte de adesivo
acrílico, e recompor a área com argamassa polimérica com fibras, com um pequeno
rebaixo em relação ao nível da superfície do concreto. Aplicar de imediato nesta
região o estucamento polimérico em uma espessura em torno de 2 a 3 mm e comoagente de cura 1 demão de verniz acrílico puro, base água.
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6.1.7 Limpeza e estucamento do concreto
Executar em toda a superfície a ser tratada um lixamento abrasivo eletromecânico
com máquinas politriz e lixas adequadas à base de carbureto de silício, até a retirada
de todo o traço de estucamento excedente ou verniz anteriormente aplicado.
Efetuar uma lavagem de todo o concreto com máquina de hidrojateamento com
pressão mínima de 816 kg, para a remoção de todas as partículas soltas de toda a
incrustação de fuligem e sujeira do concreto que possam prejudicar a aderência do
material de proteção.
Manchas
Manchas de ferrugem podem ser retiradas com:
aplicação de uma solução a 10% de ácido oxálico em água, deixando agir por
2 a 3 horas, sendo a seguir a área enxaguada e escovada com escova de
cerdas de nylon, ou, aplicação de hipossulfito de sódio moído, seguido de
enxágüe com solução a 15% de citrato de sódio em água;
Manchas de gordura, graxa, óleo ou desmoldantes podem ser retirados com
uma pasta constituída de solvente (toluol, xilol, etc) misturadas com pós-
absorventes (talco, caulim, cal hidratada, carbonato de sódio). Aplicar uma
camada da pasta com espessura entre 0,5 a 1 cm, deixando-a secar, sendo
posteriormente retiradas por meio de escovação;
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Manchas de fungos ou bolor podem ser retiradas com uma solução a 20% de
hipoclorito de sódio ou mistura composta de 1 parte de detergente, 2 partes de
fosfato trisódico, deixando-a agir por um período de 30 minutos, seguido de
enxágüe.
Em função do grau de impregnação do substrato ou do produto impregnado, poderão
ser utilizados detergentes biodegradáveis (CJ 24, da Spartan do Brasil, ou Pedralva).
Após a lavagem do concreto e sob o mesmo saturado com superfície seca, efetuar o
estucamento de toda a superfície de concreto com pasta constituída de cimento
Portland branco, cimento Portland cinza, misturada com água e adesivo acrílico, na
relação 3 para 1. Deve-se efetuar dosagens experimentais de cimento cinza e branco
até chegar a uma tonalidade semelhante a do concreto. Como regra geral, pode-se
partir do traço experimental de 2 partes de cimento cinza, 1 parte de cimento branco.
Efetuar o estucamento utilizando espátula, desempenadeira de aço ou trincha,
pressionando fortemente a pasta de estucamento contra o concreto, preenchendo
todos os vazios ou poros. A mistura da pasta de estucamento deve ser efetuada em
misturador mecânico, de forma a garantir a homogeneidade da mistura.
Após o início da secagem do estucamento, deve-se proceder ao lixamento mecânico
ou manual, com lixa fina a base de carbureto de silício ( 120 a 150 grãos/cm 2 ), a fim
de retirar todo o excedente da pasta de estucamento. Efetuar a limpeza das
partículas soltas com uma trincha ou pano ligeiramente úmido.
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É importante salientar que a finalidade do estucamento é para vedar ou selar a
porosidade superficial, deixando uma superfície lisa e uniforme, não criando camada
superficial definitiva sobre o concreto. Todo o excesso de estuque deverá ser
removido através de lixamento.
Imediatamente após o início de pega do estucamento, deverá ser iniciado o
tratamento de proteção, com a aplicação da primeira demão de verniz acrílico de
acabamento, conforme descrito abaixo.
6.1.8 Aplicação do verniz de proteção das fachadas de concreto aparente
O revestimento de proteção do concreto aparente será executado com verniz acrílico
puro, sem estireno, com um teor de sólidos não inferior a 20%, sendo a primeira
demão a base de verniz em dispersão aquosa e as 2 demãos subseqüentes com
verniz base solvente, acabamento semibrilho.
Efetuar uma limpeza superficial retirando pó, impurezas ou manchas que possamcomprometer o resultado.
Aplicar com rolo de lã de carneiro uma demão de verniz acrílico base água, tomando-
se o cuidado de selar toda a superfície, de forma a evitar manchas provocadas pelo
verniz de acabamento, base solvente. Aguardar sua secagem pelo período de cerca
de 6 horas. Consumo estimado de 0,15 a 0,18 l/m2. Aplicar com rolo de lã de carneiro
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duas demãos de verniz de acabamento base solvente, com intervalo de cerca de 6
horas entre demãos. Consumo mínimo de 0,15 l/m2/demão.
Cuidados
A aplicação dos vernizes deve ser sob substrato seco, não devendo ser aplicado na
eminência de chuva, pelo período mínimo de 6 horas. As demãos de verniz devem
ser aplicadas no momento em que não esteja sendo executado lixamento ou outras
emissões de pó, água ou outros serviços que possam interferir no resultado, até a
secagem das demãos. Acada demão deve-se constituir em uma película contínua e
uniforme, livre de poros, bolhas, escorrimentos e outras imperfeições. As falhas ou
danos no filme resultante do verniz deve ser reparado, observando-se a mesma
metodologia e tempo entre demãos acima descritas.
Os vernizes não devem ser aplicados com condições climáticas de umidade elevada
( 90% de umidade relativa do ar ), temperaturas ambientes superiores a 35 ºC.
6.2 Outras patologias
Esse capítulo propõe relatar alguns casos de anomalias em estruturas de concreto
aparente que provavelmente venham a ter como origem, a deficiência no processo de
execução.
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Casos estes, obtidos em laudos e relatórios de inspeção técnica, da área de
patologias da cidade de Belém.
Segundo Camargo (2005), a área metropolitana de Belém, tem como clima o tropical,
que se baseia em tempo quentes com grande intensidade de precipitações, ou seja,
geralmente muito sol pela manhã e chuvas pela tarde. Com isso as estruturas de
concreto armado são as que mais sofrem com a variação da temperatura e clima.
De fato, as peças de concreto sofrendo com o ciclo devem ser projetadas e
executadas para que, apresente o mínimo de resistência e desempenho em relação
ao ambiente onde estão inseridas.
O que se apresenta nos próximos tópicos são casos em que a execução eficiente
poderia reduzir e/ou até mesmo, evitar as anomalias presentes na estrutura.
A corrosão das armaduras, as fissuras em geral e as desagregações são casos mais
freqüentes e que, antes mesmo de aparecem, as estruturas já vinham sendo
atingidas por outro processo de deterioração, tais como a lixiviação, a carbonatação,
a expansão em geral, etc.
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6.2.1 Corrosão de armaduras na base de pilares
Conforme mostra na figura 6.5, alta densidade de armadura com cobrimento
insuficiente provocando corrosão generalizada e expansão da seção das armaduras
com posterior rompimento dos estribos.
Foto 6.5 – Pilar com alta densidade de armadura
Foto: Marcos Camargo (1997)
Aspectos gerais do pilar:
Manchas superficiais de cor marrom-avermelhadas;
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Fissuras paralelas à armadura;
Redução da seção da armadura;
Descolamento do concreto.
Causas Prováveis do descobrimento da armadura:
Alta densidade de armaduras devido a presença de ancoragem não permitindo
o Cobrimento mínimo exigido;
Cobrimento em desacordo com o projeto;
Falta de homogeneidade do concreto;
Perda de nata de cimento pela junta das fôrmas;
Alta permeabilidade do concreto;
Insuficiência de argamassa para o envolvimento total dos agregados;
Área de garagem, devido à presença de monóxido de carbono pode contribuir
para a rápida carbonatação do concreto.
6.2.2 Corrosão de armaduras em vigas com juntas de dilatação
Conforme mostra a figura 6.6, alta densidade de armadura na base da viga com
cobrimento insuficiente e, infiltração pela junta de dilatação provocando corrosão
generalizada e expansão da seção das armaduras.
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Foto 6.6 – Alta densidade de armadura na base da viga
Fonte: Marcos Camargo (1999)
Aspectos Gerais da viga:
Manchas superficiais de cor marrom-avermelhadas;
Fissuras paralelas à armadura;
Redução da seção da armadura;
Descolamento do concreto;
Saturação da parte inferior da viga.
Causas Prováveis do descobrimento da armadura:
Juntas de dilatação obstruídas e com infiltrações;
Presença de agentes agressivos: águas salinas, atmosferas marinhas, etc.;
Alta densidade de armaduras não permitindo o cobrimento mínimo exigido;
Cobrimento em desacordo com o projeto;
Alta permeabilidade do concreto;
Insuficiência de argamassa para o envolvimento total dos agregados.
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6.2.3 Corrosão na armadura de laje
Conforme mostra a figura 6.7, laje executada sem o mínimo de cobrimento para
proteção da armadura que coincidiu com as juntas das fôrmas provocando corrosão
generalizada e expansão da seção das armaduras.
Foto 6.7- Laje sem cobrimento mínimo
Fonte: Marcos Camargo (1997)
Aspectos gerais da laje:
Manchas superficiais de cor marrom-avermelhadas;
Corrosão generalizada em todas as barras da armadura;
Redução da seção da armadura;
Descolamento do concreto.
Causas Prováveis do descobrimento da armadura:
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Falta de espaçadores;
Abertura nas juntas das fôrmas, provocando a fuga de nata de cimento;
Presença de agentes agressivos: águas salinas, atmosferas marinhas, etc.;
Cobrimento em desacordo com o projeto;
Concreto com alta permeabilidade e/ou elevada porosidade;
Insuficiência de estanqueidade das fôrmas.
6.2.4 Corrosão de armadura devido a presença de umidade
Conforme mostra a figura 6.8, laje apresentando concreto altamente permeável e
manchas de umidade em toda a superfície com infiltração presente nas proximidades
dos ninhos de concretagem provocando corrosão e expansão da seção das
armaduras, conforme mostra a figura 6.9. A corrosão nas armaduras próximas as
tubulações que apresentam infiltrações, como mostra a figura 6.10, laje apresentando
a infiltração de águas provocando a lixiviação do concreto desencadeando a corrosão
das armaduras.
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6.8- Laje permeável
Fonte: Marcos Camargo ( 2000)
6.9- Corrosão e expansão da armadura (A)
Fonte: Marcos Camargo ( 2000)
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6.10- Corrosão e expansão da armadura (B)
Fonte: Marcos Camargo ( 2000)
Aspectos Gerais da laje:
Manchas superficiais (em geral branco-avermelhadas) na superfície do
concreto;
Umidade e infiltrações;
Percolação de água.
Causas Prováveis do descobrimento e corrosão da armadura :
Acúmulo de água e infiltrações;
Alta permeabilidade do concreto;
Fissuras na superfície do concreto favorecendo a entrada de água presente;
Juntas de concretagem mal executadas;
Presença de nichos de concretagem.
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6.2.5 Corrosão de armaduras por ataque de cloretos
A estrutura apresenta formação localizada de pites de corrosão e lascamento do
concreto devido a expansão dos produtos de corrosão, conforme apresenta na figura
6.11.
6.11- Pites de corrosão e lascamento
Fonte: Marcos Camargo ( 2000)
Aspectos Gerais da laje / viga:
Manchas superficiais de cor marrom-avermelhadas;
Apresenta corrosão localizada com formação de "pites".
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Causas Prováveis da corrosão da armadura e lascamento do concreto:
Presença de agentes agressivos incorporados ao concreto: águas salinas,
aditivos à base de cloretos ou cimentos;
Atmosfera viciada: locais fechados com baixa renovação de ar, existindo a
intensificação da concentração de gases.
6.2.6 Nichos e segregações em viga de concreto
Ninho de concretagem na viga, originalmente encoberto por concreto que não
penetrou entre a fôrma e as armaduras, conforme mostra na figura 6.12.
6.12- Viga com ninho de concretagem
Fonte: Marcos Camargo ( 2000)
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Aspectos Gerais da viga:
Vazios na massa de concreto;
Agregados sem o envolvimento da argamassa;
Concreto sem homogeneidade dos componentes.
Causas Prováveis do nicho:
Baixa trabalhabilidade do concreto;
Insuficiência no transporte, lançamento e adensamento do concreto;
Alta densidade de armaduras.
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7 CONCLUSÃO
Conforme o trabalho de pesquisa, fica evidente a necessidade de tomar medidas
preventivas referentes as manifestações patológicas, durante a execução e
conservação das estruturas de concreto aparente.
Conclui-se que no processo construtivo, onde se encontra o maior numero de falhas,
ele deve ser totalmente controlado visando a qualidade final do produto para que o
mesmo tenha um desempenho satisfatório, ou seja, que venha a resistir as condições
de exposição para o qual foi concebido.
Todos os processos de deterioração das estruturas podem ser de origem física,
química ou biológica, sendo estes, decorrentes na maioria das vezes do ambiente em
que estão inseridos.
Tendo em vista as fissuras, a carbonatação, a corrosão das armaduras, fatores estes
que influenciam diretamente na durabilidade das estruturas, não há dúvidas, que se
não forem obedecidas e se não houver uma conscientização em relação ao fator
agua/cimento, cura do concreto, espessura e qualidade de cobrimento da armadura,
certamente, em pouco tempo, essa mesma estrutura precisará ser recuperada.
Em relação as fissuras, são inevitáveis, porem devem ser tratadas, visto que são os
caminhos mais fáceis aos agentes agressores, tem que se tomar cuidados em toda a
fase de projeto e, sem dúvida, na execução das estruturas de concreto.
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Fica a idéia de que, se não se pode eliminar totalmente as causas das doenças,
podendo-se reduzir consideravelmente esses fatores, aumentando a durabilidade das
estruturas para que elas venham suportar o processo de deterioração e que tenha
um período de vida útil mínimo para o qual foi projetada.
A conservação pode reduzir muito o custo da manutenção da estrutura, por isso está
conservação deve ser constante e de forma criteriosa, tratando as anomalias no inicio
para evitar grandes danos a estrutura.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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concreto dosado em central.
CAMARGO, Marcos – Entrevista 20/09/2005.Reis Angelo Melchior
CÁNOVAS, Manuel F. Patologia e terapia do concreto armado; tradução de M.
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RIPPER, Ernesto. Como evitar erros na construção. 3ª ed. - São Paulo: PINI,
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