CONCRETO PROJETADO REFORÇADO COM FIBRAS PARA TÚNEIS

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CONCRETO PROJETADO REFORÇADO COM FIBRAS PARA TÚNEIS Prof. Dr. Antonio D. de Figueiredo Departamento de Engenharia de Construção Civil Escola Politécnica da Universidade de São Paulo

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CONCRETO PROJETADO REFORÇADO COM FIBRAS PARA

TÚNEIS

Prof. Dr. Antonio D. de Figueiredo

Departamento de Engenharia de Construção Civil

Escola Politécnica da Universidade de São Paulo

Page 2: CONCRETO PROJETADO REFORÇADO COM FIBRAS PARA TÚNEIS

Concreto Projetado Reforçado Com

Fibras

Cidade das Artes, Valência (Espanha)

Concreto projetado branco reforçado com fibras

5 cm de espessura

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Definição

Os concretos com fibras podem ser definidos como compósitos, ou seja, materiais constituídos de, pelo menos, duas fases distintas principais:

•O próprio concreto: denominado matriz•E as fibras

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Macro fibras de PP

Macrofibras poliméricas

Atuam no reforço do concreto

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Fibras

As fibras são elementos descontínuos, cujo comprimento é bem maior que a maior dimensão da seção transversal.

Fibras de aço:

Fibras de aço já possuem normalização brasileira:NBR 15530:07 – Fibras de aço para concreto - Especificação.

Page 6: CONCRETO PROJETADO REFORÇADO COM FIBRAS PARA TÚNEIS

Micro fibras de PP

Polipropileno

monofilamento

Polipropileno

fibrilada

Atuam somente na prevenção de lascamento explosivo no caso de incêndio

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Efeito do uso das fibras

Trabalhabilidade :

✓ Dificultam mobilidade da mistura

✓ Aumentam desgaste do equipamento

✓ Diminuem risco de desplacamento

Concreto pseudo-dútil:

– Capacidade resistente pós-fissuração

– Múltipla fissuração

Page 8: CONCRETO PROJETADO REFORÇADO COM FIBRAS PARA TÚNEIS

Tipo de reforço

A

B

C

ODeformação (e)

Te

nsã

o(s

)

sfibra de E baixo

s matriz

sfibra de E alto e

alta resistência

e de ruptura da matriz

D

Fibra de E alto e alta resistência

Matriz

Fibra de E baixo

Page 9: CONCRETO PROJETADO REFORÇADO COM FIBRAS PARA TÚNEIS

P1 P1

Linha de tensão

Matriz de concreto

P2 P2

Concentração

de tensões

P1<P2

Fissura

Fissuração em concreto

não reforçado

Page 10: CONCRETO PROJETADO REFORÇADO COM FIBRAS PARA TÚNEIS

P2 P2

Menor

concentração de

tensões

P1 P1

Linha de tensão

Matriz de concreto

Fibra de açoP1<P2

Fissura

Fissuração em concreto

não reforçado

Page 11: CONCRETO PROJETADO REFORÇADO COM FIBRAS PARA TÚNEIS

Resistência residual

Carg

a

Deslocamento

Concreto sem fibras

Concreto com fibras

Page 12: CONCRETO PROJETADO REFORÇADO COM FIBRAS PARA TÚNEIS

Modelo (NATM)

Grande capacidade,

muito rígido, falhaReação do maciço

Soluções “ótimas”

Trabalho plástico da fibra

de aço

Concreto

sem reforço

DEFORMAÇÃO RADIAL

CARG

A

COLAPSO

Deformação radial

Carga

Page 13: CONCRETO PROJETADO REFORÇADO COM FIBRAS PARA TÚNEIS

Vantagens do CPRF em túneis

▪O CPRFA pode ser aplicado imediatamente após a escavação (menor risco de acidentes)

▪Maior velocidade de execução do túnel• com o CPRFA o ciclo (ST ~50m2) 5→3horas• maior exigência quanto à resistência inicial

(CELESTINO, 1996)

▪Maior controle da fissuração associada ao revestimento primário (ARMELIN et al. 1994)

Page 14: CONCRETO PROJETADO REFORÇADO COM FIBRAS PARA TÚNEIS

Vantagens do CPRFA em túneis

▪A durabilidade do revestimento pode ser maior com fibras devido:

•redução da fissuração.•fibra é um elemento descontínuo e

muito menos sujeito à corrosão eletrolítica do que as barras contínuas das telas ou cambotas.

Page 15: CONCRETO PROJETADO REFORÇADO COM FIBRAS PARA TÚNEIS

Vantagens do CPRFA em túneis

Redução da reflexão

• eliminação da tela

• eliminação de irregularidades

• maior umidificação

12

13

14

15

16

17

18

19

20

21

22

0 10 20 30 40 50 60 70 80

CONSUMO DE FIBRA (kg/m3)

RE

FL

EX

ÃO

(%

)

Reflexão = 21,7-0,08*CF com r2 =0,996

Page 16: CONCRETO PROJETADO REFORÇADO COM FIBRAS PARA TÚNEIS

Concreto projetado com fibras para túneis

Concreto projetado reforçado com fibras:

Evita o volume excedente de preenchimento que ocorre

com o uso de tela metálica

Page 17: CONCRETO PROJETADO REFORÇADO COM FIBRAS PARA TÚNEIS

Grandes desvantagens do CPRFA

Reflexão da própria fibra:•Na via seca pode-se perder até 50%

das fibras.•Pior com a fibra de pp.•Via úmida produz melhores

resultados (para qualquer fibra).

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Nem tudo é vantagem

• Frente parcializada: dificulta demolição

• Material na estrutura ≠ material na placa ≠ material moldado

• Pré-qualificação do material = pré-qualificação do processo de projeção

http://www.metro.sp.gov.br/tecnologia/construcao/subterr

aneo/tesubterraneo.shtml

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DOSAGEM

É comum se fixar traços matriz e fibras (MEHTA e MONTEIRO, 1994; MORGAN, 1995).

ACI, 1988 referenciando a ASTM C1018 ignoram a influência das características da matriz (JOHNSTON e GRAY, 1986).

Page 20: CONCRETO PROJETADO REFORÇADO COM FIBRAS PARA TÚNEIS

Há influência da matriz?

Figueiredo (1997)

Page 21: CONCRETO PROJETADO REFORÇADO COM FIBRAS PARA TÚNEIS

Há como dosar a fibra?

Correlação exponencial para os fatores JSCE-SF4

0

1

2

3

4

5

6

7

0 10 20 30 40 50 60 70 80 90

CONSUMO DE FIBRA (kg/m3)

FA

TO

R D

E T

EN

AC

IDA

DE

(MP

a)

F2

F2

F3

F3

F4

F4

FF=60

FF=46

FF=27

FT = ------------A

B(1 0,1*CF)

Figueiredo (1997)

Page 22: CONCRETO PROJETADO REFORÇADO COM FIBRAS PARA TÚNEIS

O CPRF deve atuar como material estrutural

• Primeiramente: não há normas brasileiras de projeto estrutural e controle de qualidade no Brasil focando o CRF em geral

• Horizonte promissor: Novo Código Modelo fib

• Adoção do modelo pela ABECE (2013)

• Não dá para aplicar ao concreto projetado diretamente.

• Há como adaptar a “filosofia”.

Page 23: CONCRETO PROJETADO REFORÇADO COM FIBRAS PARA TÚNEIS

Novo Código Modelo fib

• Comportamentos básicos do CRF

Baseado no trabalho: M. di Prisco, G. Plizzari, L. Vandewalle FIBER REINFORCED CONCRETE IN THE NEW FIB MODEL CODE. 3rd fib International Congress - 2010

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Leis constitutivas para tração uniaxial

▪Para comportamento hardening ocorre a múltipla fissuração.

▪A indicação da abertura de fissura não é necessária: faz-se a avaliação experimental direta em ensaio de tração axial, sem entalhe (dog-bone) para obter a relação σ-ε:

▪Divide-se a deformação medida pelo braço de medida do extensômetro.

http://www.kz.tsukuba.ac.jp/~rclab/2frc-e.htm

Page 25: CONCRETO PROJETADO REFORÇADO COM FIBRAS PARA TÚNEIS

• Alternativas de controle do CRF

Novo Código Modelo fib

Page 26: CONCRETO PROJETADO REFORÇADO COM FIBRAS PARA TÚNEIS

• Método básico de controle adotado EN 14651 (2007)

Novo Código Modelo fib

Page 27: CONCRETO PROJETADO REFORÇADO COM FIBRAS PARA TÚNEIS

Comportamento básico e equações constitutivas.

Novo Código Modelo fib

Page 28: CONCRETO PROJETADO REFORÇADO COM FIBRAS PARA TÚNEIS

Novo Código Modelo fib

Comportamento básico e equações constitutivas. “a” se 0.5 ≤ fR3k/fR1k ≤ 0.7

“b” se 0.7 ≤ fR3k/fR1k ≤ 0.9“c” se 0.9 ≤ fR3k/fR1k ≤ 1.1 “d” se 1.1 ≤ fR3k/fR1k ≤ 1.3“e” se 1.3 ≤ fR3k/fR1k

fR1k/fLk ≥ 0,4fR3k/fR1k ≥ 0,5

Ensaio não aplicável para o concreto projetado

Page 29: CONCRETO PROJETADO REFORÇADO COM FIBRAS PARA TÚNEIS

Controle específico do CPRF

• Necessariamente moldam-se placas e extraem-se testemunhos prismáticos das placas.

• Não há avaliação das estruturas (ato de fé que o parâmetro da placa é representativo da estrutura)

Page 30: CONCRETO PROJETADO REFORÇADO COM FIBRAS PARA TÚNEIS

Controle tradicional JSCE-SF4 (1984)• Controle por absorção de

energia até 2 mm de deslocamento.

• Método totalmente antiquado e ultrapassado

Tb L

FT= ------* ------

Tb bh2

Tb

Carga

(kN)

Deflexão

(mm)

Tb

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EFNARC: controle em placas e prismas cortados de placas moldadas

Page 32: CONCRETO PROJETADO REFORÇADO COM FIBRAS PARA TÚNEIS

Requisitos mínimos de desempenho: Reforço de fibras

Resistência residual na flexão• O ensaio descrito no Anexo C em

CPs preparados a partir de testemunhos extraídos de placas (Anexo B).

• Equivalente ao recomendado pela EFNARC (1996) e norma europeia EN14488-3:2006.

Page 33: CONCRETO PROJETADO REFORÇADO COM FIBRAS PARA TÚNEIS

75

mm

125mm 125mm 125mm

Topo dos corpos de prova

125mm

Resistência á tração e residual na flexão

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Suporte do Yoke

Yoke

Anteparo da agulha do LVDT fixado ao topo da viga

Rolete superior

Parafuso de ajuste do suporte do Yoke

LVDT LVDT

Vista frontal Vista lateral

450 mm

150 mm

Resistência á tração e residual na flexão

Page 35: CONCRETO PROJETADO REFORÇADO COM FIBRAS PARA TÚNEIS

Resistência á tração e residual na flexão

Page 36: CONCRETO PROJETADO REFORÇADO COM FIBRAS PARA TÚNEIS

Resistência á tração na flexão

Page 37: CONCRETO PROJETADO REFORÇADO COM FIBRAS PARA TÚNEIS

Resistência residual na flexão:classes de resistência

𝑓𝑒0,5𝑚𝑚𝑖 = 𝑃0,5𝑚𝑚

𝑖 ∗𝐿

𝑏𝑖 ∗ (ℎ𝑖)2

𝑓𝑒1𝑚𝑚𝑖 = 𝑃1𝑚𝑚

𝑖 ∗𝐿

𝑏𝑖 ∗ (ℎ𝑖)2

𝑓𝑒2𝑚𝑚𝑖 = 𝑃2𝑚𝑚

𝑖 ∗𝐿

𝑏𝑖 ∗ (ℎ𝑖)2

𝑓𝑒4𝑚𝑚𝑖 = 𝑃4𝑚𝑚

𝑖 ∗𝐿

𝑏𝑖 ∗ (ℎ𝑖)2

Page 38: CONCRETO PROJETADO REFORÇADO COM FIBRAS PARA TÚNEIS

Resistência residual na flexão:classes de resistência (EFNARC)

0

1

2

3

4

5

6

0 0,5 1 1,5 2 2,5 3 3,5 4

Te

nsã

o (

MP

a)

Deslocamento (mm)

CLASSE 4

CLASSE 3

CLASSE 2

CLASSE 1

CLASSE 0

Classe de deformação

Deformação do corpo-de-prova (mm)

Resistência residual por classe (MPa)

Classe 1 Classe 2 Classe 3 Classe 4

Inicial 0,5 1,5 2,5 3,5 4,5

Baixa 1 1,3 2,3 3,3 4,3

Normal 2 1 2 3 4

Alta 4 0,5 1,5 2,5 3,5

Page 39: CONCRETO PROJETADO REFORÇADO COM FIBRAS PARA TÚNEIS

Ensaio de punção de placas

P(10x10)cm2

(50x50)cm2

(60x60)cm2

10cm

Representa o esforço de um tirante

Permite comparação entre fibras e telas metálicas

Page 40: CONCRETO PROJETADO REFORÇADO COM FIBRAS PARA TÚNEIS

Sistema para melhorar a precisão

Ensaio de punção de placas

Page 41: CONCRETO PROJETADO REFORÇADO COM FIBRAS PARA TÚNEIS

Ensaio de punção de placas

Grandes níveis de deslocamento geram grandes aberturas de fissuras e alterações da condição de apoio: grande variabilidade em geral.

Page 42: CONCRETO PROJETADO REFORÇADO COM FIBRAS PARA TÚNEIS

50kg/m3

0

20

40

60

80

100

120

0 5 10 15 20 25

Deflexão (mm)

Ca

rga

(kN

)

média

Absorção de energia

0

200

400

600

800

1000

1200

1400

0 5 10 15 20 25

Deflexão (mm)E

ne

rgia

(J)

média

• Caráter totalmente empírico!

Nível

(EFNARC)

Energia

absorvida (J)

A 500

B 700

C 1000

Page 43: CONCRETO PROJETADO REFORÇADO COM FIBRAS PARA TÚNEIS

30kg/m3

0

20

40

60

80

100

120

0 5 10 15 20 25

Deflexão (mm)

Ca

rga

(kN

)

média

50kg/m3

0

20

40

60

80

100

120

0 5 10 15 20 25

Deflexão (mm)

Ca

rga

(kN

)

média

Ensaio de punção de placas

0

200

400

600

800

1000

1200

1400

0 5 10 15 20 25

Deflexão (mm)

Ene

rgia

(J)

média

0

200

400

600

800

1000

1200

1400

0 5 10 15 20 25

Deflexão (mm)E

ne

rgia

(J)

média

Page 44: CONCRETO PROJETADO REFORÇADO COM FIBRAS PARA TÚNEIS

Exemplo FIBRA vs. TELA

0

100

200

300

400

500

600

700

800

0 1 2 3 4 5 6 7

DESLOCAMENTO (mm)

EN

ER

GIA

(J)

consumo 20kg/m3

consumo 40kg/m3

consumo 60kg/m3

TELA 1

TELA 2

Page 45: CONCRETO PROJETADO REFORÇADO COM FIBRAS PARA TÚNEIS

Absorção de energia: ensaio de punção de placas

• O projetista deve definir os níveis de absorção de energia mínimos a serem especificados para o CPRF.

• Referência sugerida Australian ShotcreteSociety, através do Concrete Institute ofAustralia (2010).

Page 46: CONCRETO PROJETADO REFORÇADO COM FIBRAS PARA TÚNEIS

Alternativas de ensaio de placaASTM C1550:2005

É possível estabelecer conexão com EN14651 (2007)

EFNARC (2011)

Vinh (2003)

Page 47: CONCRETO PROJETADO REFORÇADO COM FIBRAS PARA TÚNEIS

Absorção de energia: ensaio de punção de placas

• No caso de haver capacitação laboratorial disponível, o método de ensaio a ser preferencialmente utilizado para a determinação do nível de absorção de energia é o ASTM C1550:2005.

• Os níveis de absorção de energia equivalentes:

Classe de absorção de

energia

Absorção de energia em Joule para uma

deflexão de 25 mm.

Absorção de energia em Joule

ASTM C1550:2005

A 500 200B 700 280C 1000 400

Page 48: CONCRETO PROJETADO REFORÇADO COM FIBRAS PARA TÚNEIS

Novas análises:• Trabalho em

desenvolvimento com César Luiz Silva (2016) e Isaac Galobardes:

• Uso do ensaio Barcelona conjugado ao ensaio indutivopara caracterização do concreto projetado reforçado com fibras de aço.

Page 49: CONCRETO PROJETADO REFORÇADO COM FIBRAS PARA TÚNEIS

• Calibração do Método indutivo

➢Dissertação César L. Silva (2016)

Cilindro de isopor utilizado na calibração do método indutivo a) e gráfico com a equaçãode calibração b)

Alternativa para controlar o teor de fibras de aço no concreto projetado

Page 50: CONCRETO PROJETADO REFORÇADO COM FIBRAS PARA TÚNEIS

Alternativa para controlar o teor de fibras de aço no concreto projetado

Correlação entre os teores de fibras obtidos pelo método indutivo e por reconstituição de traço

y = 0,892xR² = 0,9828

0

5

10

15

20

25

30

35

40

45

0 10 20 30 40 50

Cfr

(kg

/m3

)

Cfi (kg/m3)

Correlação entre os teores de fibras obtidos pelo método

indutivo e o teórico

Silva (2016)

Page 51: CONCRETO PROJETADO REFORÇADO COM FIBRAS PARA TÚNEIS

Ensaio de duplo puncionamento (Barcelona)

• Para a realização do controle do CPRF também pode-se adotar o ensaio de duplo puncionamento

• IBRACON/ABECE - Controle da qualidade do concreto reforçado com fibras. CT 303.

Page 52: CONCRETO PROJETADO REFORÇADO COM FIBRAS PARA TÚNEIS

Ensaio Barcelona: resultados típicos

Page 53: CONCRETO PROJETADO REFORÇADO COM FIBRAS PARA TÚNEIS

Ensaio de duplo puncionamento (Barcelona)

• 6 CPs de 10cm X 10cm, extraídos de placas ou da estrutura.

• Calibração: estudos prévios.

• Correlação também pode ser por energia

Page 54: CONCRETO PROJETADO REFORÇADO COM FIBRAS PARA TÚNEIS

Ensaio de duplo puncionamento (Barcelona)

y = 0,26xR² = 0,96

y = 0,40xR² = 0,80

y = 0,16xR² = 0,99

y = 0,26xR² = 0,76

0

0,1

0,2

0,3

0,4

0,5

0,6

0,7

0,8

0 0,5 1 1,5 2 2,5 3

Re

sis

tên

cia

re

sid

ua

l -

Ba

rce

lon

a

(MP

a)

Resistência residual - JSCE (MPa)

ELS_aco

ELS_PP

ELU_aco

ELU_PP

Toaldo et al., 2013Monte et al., 2014

Page 55: CONCRETO PROJETADO REFORÇADO COM FIBRAS PARA TÚNEIS

Resistência à compressão

Page 56: CONCRETO PROJETADO REFORÇADO COM FIBRAS PARA TÚNEIS

Proposta de padrão de amostragem (EFNARC, 1996)

Tipo de ensaio de controle

Área máxima em m2 de concreto produzido entre testes

Controle Reduzido

Controle Normal

Controle Rigoroso

Resistência à compressão nas primeiras idades(até 24 horas)

100 50 20

Resistência à compressão nas maiores idades 500 250 100

Controle do CPRF –Tipo 1

Resistência à tração na flexão

500 250

Resistência residual na flexão

1000 500

Absorção de energia em placas

1000 500

Controle do CPRF –Tipo 2

Ensaio de duplo puncionamento

500 250

Conteúdo incorporado de fibra 250 100

Espessura da camada projetada 50 25 10

Page 57: CONCRETO PROJETADO REFORÇADO COM FIBRAS PARA TÚNEIS

Documentação de referência – Normas internacionais• ASTM C1550:2005 – Standard test method for flexural toughness of

fiber-reinforce concrete (using centrally loaded round panel).

• EN 14889-2:2006 – Fibres for concrete – Part 2: Polymer fibres –Definitions, specifications and conformity.

• EN 14488-3:2006 – Testing sprayed concrete — Part 3: Flexural strengths (first peak, ultimate and residual) of fibre reinforced beam specimens.

• EN 14488-5:2006 – Testing sprayed concrete — Part 5: Determination of energy absorption capacity of fibre reinforced slab specimens.

Page 58: CONCRETO PROJETADO REFORÇADO COM FIBRAS PARA TÚNEIS

Documentação de referencia – CT303 IBRACON/ABECE• Práticas Recomendadas IBRACON/ABECE

• Controle da qualidade do concreto reforçado com fibras. CT 303 –Comitê Técnico IBRACON/ABECE. 2017a.

• Macrofibras poliméricas para concreto destinado a aplicações estruturais: definições, especificações e conformidade. CT 303 –Comitê Técnico IBRACON/ABECE. 2017b.

• Macrofibras de vidro álcali resistentes (AR) para concreto destinado a aplicações estruturais: definições, especificações e conformidade. CT 303 – Comitê Técnico IBRACON/ABECE. 2017c.

• Projeto de Estruturas de Concreto Reforçado com Fibras. CT 303 –Comitê Técnico IBRACON/ABECE. 2016.

Page 59: CONCRETO PROJETADO REFORÇADO COM FIBRAS PARA TÚNEIS

Requisitos quanto aos materiais e dosagem

•A quantidade de cada um dos materiais deve ser determinada em estudo prévio de dosagem com comprovação de que tenha atendido aos requisitos de desempenho especificados.

•Este estudo prévio deve ser realizado utilizando-se os equipamentos e mão de obra específicos da obra em questão, tal qual é definido pela norma ABNT NBR 14026:2012

Page 60: CONCRETO PROJETADO REFORÇADO COM FIBRAS PARA TÚNEIS

Requisitos quanto aos materiais

Fibras de aço:

• As fibras de aço a serem utilizadas na produção do CPRF devem, ao menos, atender aos requisitos estabelecidos na norma ABNT NBR 15530:2007.

• Recomenda-se não ultrapassar a metade do diâmetro interno do mangote para evitar bloqueios.

• A critério do projetista, podem ser estabelecidos outros requisitos complementares para as fibras.

Page 61: CONCRETO PROJETADO REFORÇADO COM FIBRAS PARA TÚNEIS

Requisitos quanto aos materiais

Macrofibras poliméricas:

• As macrofibras poliméricas, com diâmetro superior a 0,3 mm, a serem utilizadas como reforço do CPRF devem atender aos requisitos estabelecidos na Prática Recomendada IBRACON/ABECE - Macrofibras poliméricas para concreto destinado a aplicações estruturais: definições, especificações e conformidade (CT 303).

• A critério do projetista, podem ser estabelecidos outros requisitos complementares para as macrofibras.

Page 62: CONCRETO PROJETADO REFORÇADO COM FIBRAS PARA TÚNEIS

Requisitos quanto aos materiais

Macrofibras de vidro:

• Devem ser álcali-resistentes e atender aos requisitos estabelecidos na Prática Recomendada IBRACON/ABECE -Macrofibras de vidro álcali resistentes (AR) para concreto destinado a aplicações estruturais: definições, especificações e conformidade (CT 303).

• A critério do projetista, podem ser estabelecidos outros requisitos complementares para as macrofibras de vidro.

Page 63: CONCRETO PROJETADO REFORÇADO COM FIBRAS PARA TÚNEIS

Requisitos quanto aos materiais

Microfibras poliméricas:

• As microfibras poliméricas, com diâmetro inferior a 0,3 mm, a serem utilizadas com papel de proteção passiva quanto ao lascamento explosivo durante a ocorrência de um incêndiodevem atender o especificado na norma BS EN 14889-2:2006 para as fibras Classe Ia ou Ib, para fibras monofilamento e fibriladas, respectivamente.

• A critério do projetista, podem ser estabelecidos outros requisitos complementares para as microfibras.

Page 64: CONCRETO PROJETADO REFORÇADO COM FIBRAS PARA TÚNEIS

Dosagem das fibras

• A dosagem de fibras ou macrofibras deve ocorrer em estudo prévio de dosagem com comprovação de que tenha atendido aos requisitos de desempenho especificados, conforme exigido pela norma ABNT NBR 14026:2012.

• Há uma recomendação de procedimento incorporado na prática recomendada.

Page 65: CONCRETO PROJETADO REFORÇADO COM FIBRAS PARA TÚNEIS

Requisitos mínimos de desempenho: Reforço de fibras

• O projetista deve definir os padrões de desempenho associados ao CPRF para cada aplicação e o ensaio que deve ser utilizado para a sua verificação.

• Não se pode utilizar o CRF para finalidades estruturais baseando-se apenas em prescrições empíricas de consumos de fibras.

• Nesta especificação procurou-se adotar os ensaios mais aplicáveis às condições laboratoriais existentes.

Page 66: CONCRETO PROJETADO REFORÇADO COM FIBRAS PARA TÚNEIS

Absorção de energia: ensaio de punção de placas

• Para a qualificação do CPRF e nos estudos de dosagem (estudos prévios à obra).

• Dispensável para o controle de qualidade caso haja correlação com outros ensaios (EDP).

• Método EFNARC (1996) e norma EN14488-3:2006. Apresentado no Anexo D, com inclusão de ajustes (FIGUEIREDO, 1997).

• Mesma placa moldada para extração de prismas para o ensaio de flexão.

Page 67: CONCRETO PROJETADO REFORÇADO COM FIBRAS PARA TÚNEIS

Teor de fibras efetivamente incorporado ao concreto

• Este ensaio deve ser utilizado durante os estudos prévios de dosagem e qualificação do CPRF, como também no controle regular da qualidade de modo a verificar o teor de fibras efetivamente incorporado ao material.

• Há métodos propostos para estado fresco e para estado endurecido.

Page 68: CONCRETO PROJETADO REFORÇADO COM FIBRAS PARA TÚNEIS

Programa de controle de qualidade: Estudos prévios• Realizar estudo de dosagem: A normalização brasileira (ABNT NBR

14026:2012) exige que estes estudos sejam realizados de modo a validar a solução previamente à execução da obra. Fundamental:

• Uso da mesma mão de obra.

• Uso dos mesmos equipamentos.

• Oportunidade de correlação dos resultados com ensaio de duplo puncionamento.

Page 69: CONCRETO PROJETADO REFORÇADO COM FIBRAS PARA TÚNEIS

0

100

200

300

400

500

600

700

800

900

10 20 30 40 50 60 70 80

Energ

ia a

bsorv

ida

(Jou

les)

Consumo de fibra (kg/m3)

Gráfico de dosagem para o ensaio de punção de placas

Consumo mínimo

Page 70: CONCRETO PROJETADO REFORÇADO COM FIBRAS PARA TÚNEIS

0

0,5

1

1,5

2

2,5

3

3,5

10 20 30 40 50 60 70 80

Resis

tên

cia

resid

ua

l (M

Pa

)

Consumo de fibras (kg/m3)

Gráfico de dosagem

0,5mm

1mm

2mm

Logarítmica (0,5mm)

Logarítmica (1mm)

Logarítmica (2mm)

Deflexão (mm)

Resistência residual padrão (MPa)

Resistência residual corrigida para o teor de dosagem (MPa)

0,5 2,5 2,8

1 2,3 2,5

2 2 2,3

Consumo mínimo para 700J

Importante: ajuste dos parâmetros!

Page 71: CONCRETO PROJETADO REFORÇADO COM FIBRAS PARA TÚNEIS

Trabalhabilidade • Efeito no concreto:

Efeito sobre a consistência do concreto

O efeito da adição das macrofibras na consistência do concreto será determinado em um concreto de referência (Anexo D).

y = -6,435x + 4,85R² = 0,9945

y = -14,235x + 9,85R² = 0,9292

y = -15,99x + 15,8R² = 0,9906

y = -14,486x + 16,786R² = 0,9145

0

2

4

6

8

10

12

14

16

18

20

0 0,2 0,4 0,6 0,8 1 1,2 1,4

Slu

mp

(cm

)

Fiber volume (%)

initial slump 5

initial slump 10

initial slump 15

initial slump 20

FIGUEIREDO, A.D.; CECCATO, M. R. Workability Analysis of Steel Fiber Reinforced Concrete Using Slump and Ve-Be Test. Materials Research, p. 1, 2015.

Page 72: CONCRETO PROJETADO REFORÇADO COM FIBRAS PARA TÚNEIS

0

5

10

15

20

0 200 400 600 800 1000

Torq

ue

(N

.m)

Rotação (RPM)

- Etapa de re-homogeneização

- Variação de velocidade 50 – 1000 – 50 RPM

- Patamares de velocidade (9s)

- Obtenção do Torque (N.m)

Reometria rotacional

- Aproximadamente 18L de concreto

- Ciclo de cisalhamento

0

200

400

600

800

1000

0 30 60 90 120 150 180 210 240

Ro

taç

ão

(R

PM

)

Tempo (s)

Alferes Filho et al., 2016

Page 73: CONCRETO PROJETADO REFORÇADO COM FIBRAS PARA TÚNEIS

0

5

10

15

20

25

30

35

40

0 200 400 600 800 1000

Torq

ue

(N

.m)

Rotação (rpm)

0

20

80

120

Teor de fibra

“Viscosidade plástica”

Torque de escoamento

(N.m)

0 0,014 0,56

20 0,015 0,77

80 0,025 2,15

120 0,034 2,29

- 20 kg/m³ de fibra: Impacto pouco significativo

- Comportamento reológico pseudoplástico

Resultados

Reometria rotacional:

Alferes Filho et al., 2016

Page 74: CONCRETO PROJETADO REFORÇADO COM FIBRAS PARA TÚNEIS

Trabalhabilidade e mistura

OURIÇOS

Page 75: CONCRETO PROJETADO REFORÇADO COM FIBRAS PARA TÚNEIS

Trabalhabilidade e mistura

Para o concreto projetado o aumento da coesão e perda de mobilidade do concreto significa uma melhora na trabalhabilidade, pois minimiza riscos de desplacamentos e garante a estabilidade dimensional do concreto recém-desformado.

A adição das fibras poliméricas reduz a taxa de exsudação do concreto diminuindo a retração global do material por dificultar a movimentação de água no seu interior

Page 76: CONCRETO PROJETADO REFORÇADO COM FIBRAS PARA TÚNEIS

DurabilidadeOcorrem dúvidas frequentes com relação à

durabilidade do concreto reforçado com fibras de aço devido à observação de fibras oxidadas na superfície de pavimentos e túneis:

A corrosão das fibras na superfície do concreto está associada à carbonatação superficial do concreto.

O volume de óxidos gerados não é suficiente para produzir o lascamento da superfície

Page 77: CONCRETO PROJETADO REFORÇADO COM FIBRAS PARA TÚNEIS

Durabilidade

Corrosão da fibra é mais difícil:•Menor diferença de potencial•Pesquisas indicam que o desempenho do concreto

reforçado com fibras é superior ao convencional,seja com ataques severos de cloretos, seja porefeito de congelamento. (Bentur & Mindess, 1990)

Page 78: CONCRETO PROJETADO REFORÇADO COM FIBRAS PARA TÚNEIS

Outra grande preocupação:Temperaturas muito elevadas durante o incêndioElevado grau de saturação do concreto

Page 79: CONCRETO PROJETADO REFORÇADO COM FIBRAS PARA TÚNEIS

Não é um assunto novo

• Holland Tunnel (1949)

https://portfolio.panynj.gov/2015/06/25/throwback-thursday-the-holland-tunnel-fire-of-1949/

Page 80: CONCRETO PROJETADO REFORÇADO COM FIBRAS PARA TÚNEIS

80

Eurotunnel• 18 de novembro de 1996.

• Incêndio em trem de transporte de caminhões.

• Destruição localizada da estrutura.

• 34 pessoas afetadas pela fumaça.

Page 81: CONCRETO PROJETADO REFORÇADO COM FIBRAS PARA TÚNEIS

•Sistema construtivo: ‘shield”

•Aduelas foram totalmente

destruídas

Page 82: CONCRETO PROJETADO REFORÇADO COM FIBRAS PARA TÚNEIS

82

Mont Blanc

• Divisa da Itália com a França

• 24 de março de 1999

• 41 vítimas fatais

Page 83: CONCRETO PROJETADO REFORÇADO COM FIBRAS PARA TÚNEIS

Tauern Tunnel

• Salzsburg

• Um morto e 71 feridos

• O fogo iniciou-se a partir da colisão de um caminhão de transporte de tintas

• Temperatura no túnel superou os 1000oC e provocou danos na estrutura

Page 84: CONCRETO PROJETADO REFORÇADO COM FIBRAS PARA TÚNEIS

Túnel São Gotardo

•Suíça na região de Ticino•Outubro de 2001•11 mortos•Destruição da estrutura

Page 85: CONCRETO PROJETADO REFORÇADO COM FIBRAS PARA TÚNEIS

Tunel Sasago, Japão (dezembro, 2012)

• Houve colapso da estrutura de concreto:

• Another survivor told NHK that he saw "a concrete part of the ceiling fall off all of a sudden when I was driving inside. I saw a fire coming from a crushed car.”

http://www.ibtimes.com/least-3-killed-japan-tunnel-collapse-fire-913342

Page 86: CONCRETO PROJETADO REFORÇADO COM FIBRAS PARA TÚNEIS

Um exemplo nacional: Metrô de SP

• Agosto de 2001.

• Ocorreu incêndio na Linha Vermelha causado pelo rompimento de um cabo de energia.

• Houve uma vítima fatal e 26 feridos.

• A tragédia poderia ter sido muito maior.

• Sem danos à estrutura.

Page 87: CONCRETO PROJETADO REFORÇADO COM FIBRAS PARA TÚNEIS

Incêndio Rodoanel de SP em 2016

globo.com

Page 88: CONCRETO PROJETADO REFORÇADO COM FIBRAS PARA TÚNEIS

88

Incêndio no túnel

Page 89: CONCRETO PROJETADO REFORÇADO COM FIBRAS PARA TÚNEIS

89

Incêndio no túnel

Page 90: CONCRETO PROJETADO REFORÇADO COM FIBRAS PARA TÚNEIS

90

Incêndio no túnel

Page 91: CONCRETO PROJETADO REFORÇADO COM FIBRAS PARA TÚNEIS

91

Incêndio no túnel

Page 92: CONCRETO PROJETADO REFORÇADO COM FIBRAS PARA TÚNEIS

Modelo de RABCEWICZ

Ruptura do

revestimento Reação do maciço não

resistente

DEFORMAÇÃO RADIAL

CARGA

COLAPSO

Deformação radial

Carga

Reação do maciço

resistente

Page 93: CONCRETO PROJETADO REFORÇADO COM FIBRAS PARA TÚNEIS

93

Efeito na superestrutura

Page 94: CONCRETO PROJETADO REFORÇADO COM FIBRAS PARA TÚNEIS

Proteção passiva

• Não se pode negligenciar o problema

• Uso de fibras de PP podem ajudar(válvula redutora de pressão interna)

• Como avaliar?

• Como especificar?

Page 95: CONCRETO PROJETADO REFORÇADO COM FIBRAS PARA TÚNEIS
Page 96: CONCRETO PROJETADO REFORÇADO COM FIBRAS PARA TÚNEIS
Page 97: CONCRETO PROJETADO REFORÇADO COM FIBRAS PARA TÚNEIS

Ação das fibras de PP em incêndios

• Proteção passiva• Quando se fundem permitem a saída do

vapor de água e minimizam lascamentodo concreto

• Evitam colapso imediato da estrutura• Permitem atividades de recuperação da

estrutura com maior segurança e simplicidade

Page 98: CONCRETO PROJETADO REFORÇADO COM FIBRAS PARA TÚNEIS

Como especificar as fibras de PP?

• Há prescrições que são bem conservadoras(2 kg a 3 kg de fibra de PP por m3 de concreto)

• Melhor modo: homologação da solução

Page 99: CONCRETO PROJETADO REFORÇADO COM FIBRAS PARA TÚNEIS

Não há como não fazer testes:

EFNARC. Specificationand Guidelines for Testing of Passive FireProtection for Concrete Tunnels Linings. March. 2006.

www.efnarc.org

Experts for SpecialisedConstruction andConcrete Systems

Page 100: CONCRETO PROJETADO REFORÇADO COM FIBRAS PARA TÚNEIS

Avaliação comparativa IPT/Fitesa

Uma placa sem fibras

• Superfície exposta ao fogo totalmente irregular

• Fragmentação superficial do concreto com depressões de até 5cm

Um placa com fibras

• Superfície visualmente intacta

• Conclui-se que a adição de 1kg/m3 de fibras impediu a fragmentação do concreto quando submetida a um fogo de 2 horas de duração.

Page 101: CONCRETO PROJETADO REFORÇADO COM FIBRAS PARA TÚNEIS

Concreto projetado• Poucos estudos (Tatnall, 2002)

Consumo de fibra de PP: 1,8 kg/m3

2,7 kg/m3

Spiring, C. Sprayed concrete systems in the Gotthard base Tunnel. Shotcrete: More Engineering Developments. Taylor & Francis Group. 2004

Page 102: CONCRETO PROJETADO REFORÇADO COM FIBRAS PARA TÚNEIS

Por que não há como estabelecer “regrinhas”

• Fenômeno complexo e de muito difícil modelagem.

• Depende de vários fatores.

• A avaliação já induz a determinados comportamentos.

• Tese: Andréa Nince (2007) “Lascamento do concreto exposto a altas temperaturas”

Page 103: CONCRETO PROJETADO REFORÇADO COM FIBRAS PARA TÚNEIS

Estamos trabalhando...

CPB do BrasilSolotrat

Lafarge-HolcimPoli-USP

Page 104: CONCRETO PROJETADO REFORÇADO COM FIBRAS PARA TÚNEIS

Comentários finais

• Não resolvemos todos os problemas do concreto projetado com fibras.

• Ainda há muito que refinar num processo contínuo de evolução tecnológica.