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  • 7/23/2019 Condensao Bose Einstein

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    Captulo 7

    Condensacao de Bose

    8 de dezembro de 2009

    1 Bosons

    Introducao

    Um sistema de bosons livres confinados num recipiente pode sofrer o fenomenoda condensacao de Bose. Esse fenomeno e consequencia direta da distri-buicao de Bose-Einstein segundo a qual um orbital, definido como estado departcula unica, pode conter um numero arbitrario de partculas. Os orbitais

    de bosons nao interagentes sao identificados com os modos normais de pro-pagacao de partculas livres e sao definidos pela quantidade de movimentop = k de uma partcula, ou equivalentemente pelo vetor de onda k. Acondensacao de Bose corresponde ao surgimento, a baixas temperaturas, deuma fracao macroscopica de bosons com p= 0.

    O fenomeno da condensacao de Bose e surpreendente pois usualmente, afracao de partculas com uma velocidade especfica, estritamente falando, edesprezvel. Para apreciar isso vamos considerar o sistema a altas e baixastemperaturas. A altas temperaturas, as velocidades v =p/mdas partculasse repartem de acordo com a distribuicao de Maxwell. De acordo com essa

    distribuicao o numero de partculas N(v) com valor absoluto da velocidadeentre v e v+ v vale N(v) = N(v)v, em que N e o numero total departculas confinadas num recipiente de volumeV. A grandeza (v) e finitapara qualquer velocidade de modo que N(v) se anula quanto v 0 paraqualquer velocidade. Estritamente falando, isso significa que o numero departiculas com uma velocidade especfica e nulo. A maneira apropriada e

    1

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    nos referirmos ao numero de partculas num certo intervalo de velocidades e

    a razao entre eles N/v que e finita no limite v 0.A medida que a temperatura decresce a distribuicao de velocidades (v)

    deixa de ser a distribuicao classica de Maxwell mas a propriedade que aca-bamos de mencionar continua valida, isto e, a fracao de partculas com umavelocidade especfica e desprezvel. Entretanto, a temperaturas suficiente-mente baixas um novo fenomeno. comeca a ocorrer. Nesse regime, N(0)nao se anula quando v 0 embora N(v) 0 se v= 0. Em outros ter-mos, o numero de partculas com velocidade estritamente igual a zero, istoe, no estado fundamental, se torna nao nula, que e condensacao de Bose. Sea temperatura for diminuda mais ainda a fracao de boson no estado funda-

    mental cresce e se torna igual a unidade em T= 0, isto e, o sistema inteirose torna o condensado de Bose.

    Densidade de estados

    Considere um sistema de bosons fracamente interagentes de massa m, con-finados num recipiente cubico de volume L3 =V. As energias de um unicoboson colocado dentro do recipiente corresponde aos autovalores da equacaode Schrodinger independente do tempo

    2

    2m2

    = , (1)

    em que m e a massa do boson. As autofuncoes e os autovalores sao dadospor

    k = 1

    Veikr (2)

    e

    k = 2k2

    2m. (3)

    Os possveis vetores de onda sao determinados utilizando condicoes periodicasde contorno e sao dados por

    kx =2

    Ln1, ky =

    2

    Ln2, kz =

    2

    Ln3, (4)

    em que n1, n2, n3 = 0, 1, 2, . . ..

    2

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    O numero de orbitais com energia menor do que e dado por

    N() = V83

    4

    3

    2m

    2

    3/2=

    V

    62

    2m

    2

    3/23/2 (5)

    A densidade de orbitais e

    D() = V42

    2m

    2

    3/21/2 (6)

    Distribuicao de Bose-Einstein

    Supondo que o sistema esteja em contato com reservatorios termicos e departculas que fixam a temperatura T e o potencial qumico , o numeromedio de bosons no estadok e dado pela distribuicao de Bose-Einstein

    f(k) = 1

    e(k) 1 , (7)

    O potencial qumico nao pode ser maior do que qualquerk, caso contrarioo numero medio de bosons f(k) seria negativo, e esta portanto sujeito arestricao

    0. (8)

    O numero medio total de bosonsN, a energia mediaUe o grande poten-cial termodinamico sao dados por

    N=k

    f(k), (9)

    U=k

    kf(k), (10)

    e = kBT

    k

    ln[1 + f(k)]. (11)

    Essas grandezas termodinanmicas dependem da temperatura T e do poten-cial qumico e tambem de V atraves de k.

    O numero de partculas no estado fundamentalk= 0 e dado por

    N0= 1

    e 1 (12)

    3

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    Tendo em vista que essa parcela do numero total de bosons possui um papel

    fundamental no fenomeno da condensacao de Bose, escrevemos

    N=k(=0)

    f(k) +N0. (13)

    Propriedades termodinamicas

    O numero medio de bosons Ne a energia U sao dados por

    N=

    0

    f()D()d +N0 (14)

    U=

    0

    f()D()d (15)Substituindo as densidades de obitais nas expressoes para N e U, obtemosos seguintes resultados para a densidade de partculas= N/V,

    = 1

    42

    2m

    2

    3/2 0

    1/2 1

    e() 1d+0, (16)

    em que 0 =N0/V e a densidade de bosons no estado fundamental, e, paraa densidade de energia u= U/V,

    u= 1

    42

    2m

    2

    3/2 0

    3/2 1

    e() 1d. (17)

    O grande potencial termodinamico e dado por

    = kBT 0

    ln[1 + f()]D()d (18)

    Integrando por partes, obtemos a seguinte expressao para o grande potencialtermodinamico

    =

    0f()N()d (19)

    Tendo em vista que o numero de orbitais e a densidade de orbitais e dadaporN() = (2/3)D() entao podemos concluir que

    = 23

    U (20)

    4

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    Tendo em vista que

    D() e diretamente proporcional ao volume V, ve-

    mos que U e tambem sao proporcionais ao volume. Como a pressaop =/V entao =pV , em que p depende apenas de T e . Poroutro lado, = 2U/3 e portanto

    p=2U

    3V =

    2u

    3 (21)

    ou

    p= 1

    62

    2m

    2

    3/2 0

    3/2 1

    e() 1 d. (22)

    A entropia S se calcula por meio de S =/T = V p/T. A den-sidade de entropia, isto e, a entropia por unidade de volume s = S/V edeterminada por s= p/T.

    Atividade

    Fazendo a mudanca de variavel x= , as integrais contidas nas expressoespara e p se tornam

    = 1

    42

    2mkBT

    2

    3/2 0

    x1/2

    ex 1dx +0, (23)

    ep=

    1

    62kBT

    2mkBT

    2

    3/2 0

    x3/2

    ex 1 dx. (24)

    Utilizando a definicao de comprimento de onda termico , dada por

    =

    22

    mkBT

    1/2(25)

    e definindo a atividade zporz=e (26)

    as expressoes para e use tornam

    = 1

    32

    0

    x1/2

    exz1 1 dx +0, (27)

    e

    p=kBT

    34

    3

    0

    x3/2

    exz1 1dx. (28)

    5

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    Notar que z

    1 pois

    0.

    Definindo funcoes g(z) e g(z) por

    g(z) = 2

    0

    x1/2

    exz1 1 dx (29)

    e

    f(z) = 4

    3

    0

    x3/2

    exz1 1dx, (30)

    obtemos as seguintes expressoes para a densidade e a pressao de um sistemade bosons livres

    = 1

    3g(z) +0 (31)

    e

    p=kBT

    3 f(z) (32)

    Como p= 2u/3 entao a densidade de energia e dada por

    u=3kBT

    23 f(z) (33)

    Notamos que essas tres expressoes devem ser entendidas como validas nolimite V , implicitamente tomado quando fizemos a substituicao desomas em

    k por integrais em . Nesse limite devemos concluir que se= 0ou z= 1 entao 0 =N0/V, que e dado por

    0= 1

    V(e 1) = 1

    V(z1 1) . (34)

    deve ser nulo, isto e, 0 = 0 e a f ormula para , dada por (31), se torna

    = 1

    3g(z) (35)

    valida para

    = 0 ou z

    = 1. Quando

    0 ou z

    1, a expressao (34) se

    torna indeterminada e 0 pode assumir um valor nao nulo, como sera vistomais adiante.

    A eliminacao da atividadezem ambas as equacoes (32) e (35) fornecem aequacao de estadop(T, ). A partir dessas duas formulas vemos quep3/kBTe 3 sao funcoes apenas de zo que nos leva a concluir que p3/kBT podeser considerada uma funcao de 3. Isso e conseguido invertendo a funcao

    6

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    g(z), de tal forma que zse torna funcao de 3, e substituindo o resultado

    em f(z). Portanto, a dependencia da pressao com a densidade e temperaturapossui a seguinte forma

    p3

    kBT = F(3) (36)

    Funcoes g(z) e f(z)

    As funcoes g(z) ef(z), definidas por (29) e (30), podem ser desenvolvidas empotencias de z. As expansoes sao obtidas pela substituicao do resultado

    1

    exz1 1=

    zex

    1 zex =

    =1

    zex (37)

    nas integrais contida em (27) e (28). Apos a mudanca de variavel x = y,obtem-se

    g(z) = 2

    =1

    z

    3/2

    0

    y1/2eydy (38)

    f(z) = 4

    3

    =1

    z

    5/2

    0

    y3/2eydy (39)

    Basta lembrar em seguida que as duas integrais acima s ao respectivamente

    iguais a (3/2) = /2 e (5/2) = 3/4 para alcancar as expansoesg(z) =

    =1

    z

    3/2 (40)

    f(z) ==1

    z

    5/2 (41)

    validos para 0 z 1. Notar que g(z) =zf(z).As duas funcoes g(z) e f(z) crescem com z e atingem valores finitos em

    z= 1, dados por g(1) = 2.612 e f(1) = 1.341. Entretato, elas possuem com-

    portamentos singulares em z= 1, nao sendo funcoes analticas nesse ponto.A derivada da funcao g(z) diverge em z= 1. Para obter o comportamentodeg(z) ao redor dez= 1 procedemos da seguinte maneira. A partir de (29),obtemos a seguinte expressao para a derivada de g(z),

    g(z) = 2

    0

    x1/2ex

    (1 + ex)2dx (42)

    7

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    valida para pequenos valores de = 1

    z. Em seguida escrevemos essa

    expressao como a soma de duas parcelas. Uma delas e

    A= 2

    a0

    x1/2ex

    (1 + ex)2dx (43)

    e a outra e

    B= 2

    a

    x1/2ex

    (1 + ex)2dx (44)em que a e considerado pequeno mas maior do que . Tendo em vista que ae pequeno o integrando da integralA pode ser substitudo por sua expressaovalida para pequenos valores de x. Fazendo isso, a primeira integral se reduz

    ao resultado

    A= 2

    a0

    x1/2

    (+x)2dx=

    2

    a/0

    y1/2

    (1 + y)2dy (45)

    Como estamos interessados no comportamento de Apara pequenos valores de, o limite superior pode ser estendido ate o infinito, com o seguinte resultado

    A= 2

    0

    y1/2

    (1 + y)2dy=

    (46)

    em que levamos em conta que a integral vale /2.

    A segunda integral B permanece finita para qualquer valor de , mesmoquando 0, pois o limite inferior e estritamente nao nulo. Sendo finita elase torna muito menor do que A, isto e, B

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    0 0.2 0.4 0.6 0.8 1

    z

    0

    1

    2

    3

    3

    (a)

    0

    (b)

    0

    Figura 1: (a) Grafico de 3 versus z = e/kBT para bososns livres. (b)Isotermas no plano densidade versus potencial qumico. A coexistencia docondensado de Bose e o gas ocorre em = 0. Na coexistencia a densidadedo gas e igual a e a do condensad vale 0 = .

    2 Transicao de fase

    Isotermas

    Vimos que se = 0 ou z

    = 1, entao 0 = 0 e a f ormula para e aquela

    dada por (35). A medida que a densidade cresce, mantendo a temperaturaconstante, o potencial qumico tambem cresce, como mostrado na figura 1.A densidade atinge o valor

    = 1

    3g(1) =

    mkBT

    22

    3/2g(1) (50)

    quando 0 ou z 1. Se a densidade for aumentada mais ainda a partirde, a temperatura constante, inicia-se a condensacao de Bose e o potencialqumico permanece inalterado e igual a = 0. A densidade do condensado

    de Bose

    cresce de acordo com

    0 = (51)

    A transicao de fase ainda pode ser apreciada considerando isotermas noplano pressao p versus volume por partcula v = 1/. A formula (36) nos diz

    9

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    0 0.5 1 1.5 2

    v-3

    0

    0.5

    1

    1.5

    2

    p

    3

    /kT

    (a)

    v* v00

    p*

    p (b)

    Figura 2: (a) Grafico dep3/kBT versus v/3 para bosons livres. (a) Isoter-

    mas no plano pressaopversus volume por partculav = 1/. Os segmentos dereta horizontal sao linhas de conjugacao entre as duas fases termodinamicasem coexistencia: o condensado de Bose e o gas. A pressao de coexistencia erepresentada por p e o volume por particula por v.

    que p3/kBTpode ser considerada como uma funcao de 3. Equivalente-

    mente podemos dizer que p3/kBT e funcao de v/3, isto e,

    p3

    kBT = G(v

    3 ) (52)

    cujo grafico e mostrado na figura 2. Quando o volume v e diminudo, atemperatura constante, a pressao p aumenta e atinge o valor correspondenteao incio da condensacao. No limiar da condensacao o volume valev = 1/,isto e,

    v = 3

    g(1) (53)

    e a pressao correspondente vale

    p = kBT3

    f(1) (54)

    Diminuindo ainda mais o volume v a partir de v, ocorre a condensacao. Apressao se mantem invariante e igual ap, enquanto a temperatura for man-tida constante. A densidade de energia u ao longo da linha de coexistencia

    10

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    p

    T

    T

    T*

    T*

    p*

    Figura 3: Diagrama de fase (a) no plano versus Te (b) no plano pversusT. A curva contnua representa um processo em que a densidadee mantidaconstante.

    vale u = 3p/2 ou

    u =3kBT

    23 f(1) (55)

    Como e proporcional a T1/2 vemos que o volume v e a pressao devaporp variam com a temperatura de acordo

    v

    T3/2

    p

    T5/2

    (56)

    e portanto p v5/3.

    Condensado

    Os diagramas de fase nos planos versus T e p versus T sao mostrados nafigura 3. A linha de transicao de fase ocorre ao longo de = 0 no primeiroe ao longo de p= p no segundo, em que p e a pressao de vapor dada por(54). Essa linha possui o comportamento p T5/2.

    Consideramos em seguida um resfriamento isocorico, isto e, um processo

    em que a temperatura e diminuda mantendo-se a densidade constante.Nesse processo a pressao diminui como mostrado na figura 3 ate atingir alinha de coexistencia no ponto (T, p). Esse ponto e tal

    =

    mkBT

    22

    3/2g(1) (57)

    11

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    3

    2 Bk

    T* T

    0

    cv

    T* T0 000

    1

    Figura 4: (a) Fracao de bosons no estado fundamental em funcao da tempe-ratura. (b) Calor especfico de bosons livres como funcao da temperatura.

    Portanto, abaixando a temperatura mantendo a densidade constante, o limiarde condesacao ocorre a temperatura

    T =22

    mkB

    g(1)

    2/3(58)

    A temperaturas abaixo de T, a densidade 0 do condensado e nao nula e e

    dada por 0 = (59)em que e a densidade do gas de bosons em coexistencia com o condensado,dada por (50). Portanto a fracao de bosons no estado fundamental 0/ edada por

    0

    = 1

    (60)

    ou, utilizando os resultados (50) e (57),

    0

    = 1 T

    T

    3/2

    , (61)

    como mostrado na figura 4.

    12

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    Calor especfivo

    Aqui estamos interssado na determinacao do calor especfico a volume cons-tante, ou capacidade termica a volume constante por partcula, definido por

    cv = 1

    N

    U

    T

    V

    (62)

    ou

    cv =1

    u

    T

    (63)

    pois = N/V e u= U/V. Utilizando a identidade

    uT

    =

    uT

    z

    uz

    T

    (/T)z(/z)T

    (64)

    e as formulas (33) e (35), obtemos

    cv =3

    2kB

    5 f(z)

    2 g(z) 3 f

    (z)

    2 g(z)

    (65)

    valida para z= 1 ou = 0, isto e, enquanto houver uma unica fase.Quando z= 1 ou = 0, isto e, ao longo da curva de coexistencia, a den-

    sidade de energia e dada por (55) cuja derivada relativamente a temperaturano leva ao resultado

    cv =15

    4kB

    TT

    3/2 f(1)

    g(1) (66)

    em que usamos a relacao (57) entre a densidade e a temperatura T.O calor especfico cv como funcao da temperatura e mostrado na figura

    4. Para temperaturas acima de T, o calor especfico e determinado pelainversao numerica da equacao (35). A atividade resultante e substitudaem (65). Para pequenos valores de z usamos os resultados g(z) = z ef(z) = z para obter cv = 3kB/2 que e o resultado classico, valido paraaltas temperaturas como mostrado na figura 4. Para temperaturas abaixode T, ou seja, ao logo da curva de coexistencia, o resultado (66) nos diz

    que cv T3/2. Em T = T ambos os resultados (65) e (66) fornecemcv/kB = 15f(1)/4g(1) = 1, 925, mostrando que cv e funcao contnua de T.

    Devemos notar que o calor especfico a pressao constante cp e distinto decv e e dado por

    cp= 1

    N

    H

    T

    p

    (67)

    13

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    em que H = U+pV e a entalpia. Como U = 3pV /2 entao H = 5pV /2 de

    modo que

    cp=5

    2p

    v

    T

    p

    = 5p22

    T

    p

    (68)

    Usando uma identidade analoga a (64) para (p/T)p, obtemos o resul-tado

    cp=5

    2kB

    f(z)

    g(z)

    5

    2

    g(z)

    f(z) 3

    2

    g(z)

    f(z)

    (69)

    valido para z= 1 ou = 0.O calor especfico a pressao constante, diferentemente do calor especfico

    a volume constante, diverge quando

    0, isto e, quando nos aproximamos

    da condensacao. De fato, substituindo os resultados (48) e (49), em (69) e(35), obtemos

    cp=25

    4kB

    f(1)

    [g(1)]2

    1 z (70)e

    = 1

    3

    g(1) 2

    (1 z)

    (71)

    Utilizando ainda a relacao entre e T, dada por (57), podemo escrever essaultima equacao como

    T

    T

    T = 4

    3g(1)

    (1 z) (72)e portanto, ao longo d euma isocorica e nas proximidades da linha de coe-xistencia,

    cp=25

    3kB

    f(1)

    [g(1)]3

    T

    T T

    (73)

    Portanto, o calor especfico diverge de acordo com

    cp (T T)1 (74)A partir de (68) e da definicao do coeficiente de expansa termica

    =1

    v

    v

    T

    p

    (75)

    vemos que

    cp=5

    2pv (76)

    14

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    Como pe v sao finitos entao diverge da mesma maneira que cp, isto e,

    (T T)1 (77)

    Mostramos tambem que a compressibilidade isotermica

    T = 1v

    v

    p

    T

    (78)

    se comporta da mesma maneira. Utilizando a identidade

    p

    T

    v

    =

    T(79)

    e tendo em vista que u= 3p/2, a equacao (63) nos leva ao resultado

    cv = 3

    2T(80)

    Como cv e sao finitos entao Tdiverge da mesma maneira que , ou seja,

    T (T T)1 (81)

    15