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Conexão JA - 2trimestre08 Ministério Jovem Igreja Adventista do Sétimo Dia

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Otimar GonçalvesLíder de Jovens na Divisão Sul-Americana

Edward Shillito escreveu um belo verso que diz o

seguinte: “Outros deuses eram fortes; mas Tu fraco

tinhas de ser; / A caminho do trono cavalgaram, mas

Tu tropeçaste ali; / Nossas feridas apenas Deus pode

entender, / E nenhum deus tem ferimentos além de Ti.”

Exatamente porque o nosso Deus Se fez humano e

foi ferido, Ele Se compadece e compreende nossa dor,

nossas mazelas. Jesus, mais do que ninguém, deseja

que a Segunda Vinda ocorra logo. Mas enquanto

esse sonho não se realiza, temos que lidar com a

dura realidade de um mundo que agoniza sob o peso

da fome, da miséria, do descaso e da indiferença.

Neste mundo, Deus pede que sejamos Seus braços

e Suas mãos, e afirma: “Sempre que o fizestes a um

destes Meus pequeninos irmãos, a Mim o fizestes”

(Mt 25:40). Note que Jesus chama os sofredores

de “irmãos”. E o faz porque Ele também sofreu (é

um Deus com ferimentos, lembra?), e ainda sofre

na pessoa dos oprimidos. Portanto, Se identifica

profundamente com Eles.

O projeto Vidas em Ação, assim como a Missão

Calebe e tantas outras iniciativas semelhantes, mostram

que ainda há pessoas interessadas em revelar a face

desse Deus compassivo. Amor deve ser a maior

motivação para deixar o lar e gastar as férias num serviço

cuja maior recompensa pode ser um simples sorriso.

Nossa repórter e editora associada Sueli Oliveira foi

conferir de perto esse trabalho voluntário maravilhoso.

O problema é que ela não conseguiu manter a

“objetividade jornalística” – acabou colocando a mão

na massa também. Vestiu a camisa da equipe, se

emocionou com os missionários e, sem deixar o bloco

de anotações e o gravador de lado, pegou crianças no

colo, contou histórias, deu estudos bíblicos, ensinou

atividades manuais. E quer saber? A matéria ficou

ainda melhor sem essa “objetividade”. O texto flui do

coração, antes de alcançar a mente e chegar ao teclado.

Confira a reportagem e deixe-se envolver pela

emoção. Mas que não fique só nisso: seja você

também os braços e as mãos de Deus.

Michelson BorgesEditor pa

nora

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VIDA POR OUTRAS VIDAS

Estou absolutamente certo de que este é o único sentido da vida aqui na Terra: servir ao meu seme-lhante, sem me interessar na cor da pele dele, na cor dos olhos, sem olhar o seu grau de escolaridade, sem distinção de bandeiras, idioma ou religião. O que importa de fato é uma ação concreta e caridosa, que possa transformar outras vidas para melhor. Penso que essa é a síntese ou a essência dos ensinamentos de Cristo. O Dr. Charles Swindoll entendeu muito bem esse aspecto prático do amor, quando disse: “O amor não é amor, enquanto não for dedicado a al-guém” (Eu, Um Servo?, p. 101).

Sei que você sabe fazer algumas coisas muito bem feitas, e sei também que Deus deu a você pelo menos um dom especial. Você já se perguntou para que Deus lhe concedeu essas habilidades? Talvez a sua resposta seja: Para o meu próprio benefício. Quero apenas complementar a sua resposta: é, sim, para o seu benefício, mas também para beneficiar o seu próximo. Quero desafiá-lo(a) a usar parte de suas férias, sejam elas escolares ou do trabalho, para Jesus, trabalhando em prol de pessoas mais necessi-tadas e mais carentes do que você e eu.

Você sabia que Jesus mediu a grandeza das pes-soas não em termos de posição social, mas em ter-mos de dedicação ao serviço em favor dos seme-lhantes? A Bíblia nos mostra claramente que Deus avalia a nossa grandeza pela quanti-dade de pessoas a quem servimos – acho isso simplesmente fantástico! Portanto, é hora de servirmos – e a muitos. Escolha um município ou um bairro bem necessi-tado e faça muitas pessoas felizes; pregue através de seu testemunho, atitudes e ações amorosas.

Viva pra Jesus!

Ano 2, no 02 • Abril-Junho/2008ISSN 1981-1470www.conexaoja.com

Capa: Montagem de Marcos Petrúcio sobre fotos de Daniel de Oliveira

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Ministério Jovem - Divisão Sul-Americana

CASA PUBLICADORA BRASILEIRAEditora dos Adventistas do Sétimo Dia

Rodovia Estadual SP 127 – km 106Caixa Postal 34 – 18270-970 – Tatuí, SPFone (15) 3205-8800 – Fax (15) 3205-8900Site: www.cpb.com.br / E-mail: [email protected]

SERVIÇO DE ATENDIMENTO AO CLIENTELigue Grátis: 0800 9790606Segunda a quinta, das 8h às 20h30Sexta, das 7h30 às 16h / Domingo, das 8h às 14h

lhantes? A Bíblia nos mostra claramente que Deus avalia a nossa grandeza pela quanti-dade de pessoas a quem servimos – acho isso simplesmente fantástico! Portanto, é hora de servirmos – e a muitos. Escolha um município ou um bairro bem necessi-tado e faça muitas pessoas felizes; pregue através de seu testemunho, atitudes e ações

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18 Longe de casaAntes de ir para o exterior, leia as dicas de quem já voltou

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Nossa repórter acompanhou um projeto missionário de férias em Minas Gerais

24 O que você tem na cabeçaSomos o que pensamos. Cuidado com o alimento para a mente!

Sem jornalística

objetividade

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Ano 2, no 02 • Abril-Junho/2008ISSN 1981-1470www.conexaoja.com

Capa: Montagem de Marcos Petrúcio sobre fotos de Daniel de Oliveira

Editor: Michelson BorgesEditores Associados: Sueli Ferreira de Oliveira e Fernando TorresProjeto Gráfi co: Marcos S. SantosCapa e Programação Visual: Marcos Petrúcio

Diretor Geral: José Carlos de LimaDiretor Financeiro: Edson Erthal de MedeirosRedator-Chefe: Rubens S. Lessa

Gerente de Produção: Reisner MartinsGerente de Vendas: João Vicente PereyraChefe de Arte: Marcelo de SouzaChefe de Expedição: Eduardo G. da Luz

Colaboradores: Otimar Gonçalves, Diogo Cavalcanti, Areli Barbosa, Aquino Bastos, Odailson Fonseca, Paulo Bravo, Udolcy Zukowski, Nelson Milanelli.

Assinatura: R$ 16,70Avulso: R$ 5,20

Tiragem: 9.500 9115/18583

Todos os direitos reservados. Proibida a reprodução total ou parcial, por qualquer meio, sem prévia autorização escrita do autor e da Editora.

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CASA PUBLICADORA BRASILEIRAEditora dos Adventistas do Sétimo Dia

Rodovia Estadual SP 127 – km 106Caixa Postal 34 – 18270-970 – Tatuí, SPFone (15) 3205-8800 – Fax (15) 3205-8900Site: www.cpb.com.br / E-mail: [email protected]

SERVIÇO DE ATENDIMENTO AO CLIENTELigue Grátis: 0800 9790606Segunda a quinta, das 8h às 20h30Sexta, das 7h30 às 16h / Domingo, das 8h às 14h

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Pode crerCuidar do corpo é importante, mas por quê?

ExpressãoO pensam (e fazem) os jovens adventistas quando o assunto é diversão

Saúde e BelezaSalve seu cabelo da caspa

Aconteceu ComigoEla arrumou as malas e foi trabalhar para a igreja no Equador

LinkQuando a internet pode ser fatal

Mercado de TrabalhoPlanejamento é bom para tudo, inclusive a carreira

PortalJovens adventistas usam música pra levar esperança à Rocinha

Na CabeceiraConheça a biografia do capelão do Senado norte-americano

Raio XO sagrado e o profano estão cada vez mais próximos

Dúvida CruelPodemos ir aos estádios de futebol?

8 Vidasem ação

18 Longe de casaAntes de ir para o exterior, leia as dicas de quem já voltou

26Adrenalina

Experimentamos as emoções do arvorismo e do bóia-cross

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Nossa repórter acompanhou um projeto missionário de férias em Minas Gerais

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Longe de casaAntes de ir para o exterior, leia as dicas de quem já voltou

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Os verdadeiros motivos para você cuidar bem de seu corpo

Muito boa a matéria “Faces da intolerância”, porque nos abre os olhos pra um assunto tão retrógrado, mas que atinge o mundo moderno e até mesmo a igreja. Sou adventista, membro de uma igreja predominantemente jovem. Aqui não vejo com grande expressão o preconceito racial, mas de outros tipos acontece muito, como o social. Tenho discutido com meus amigos sobre isso e essa matéria vai ajudar. Zierley RojardItamaraju, [email protected]

Gostei muito do artigo “Inabalável”, da edição de janeiro. Realmente é muito difícil para nós sermos diferentes do restante do mundo. Não freqüentar os lugares que todos freqüentam, não ouvir o que eles ouvem, etc. A pressão que o pecado exerce é muito forte. Por isso, temos que ter sempre em mente que aqui não é o nosso lar, e que nós somos o sal da terra é para fazer a diferença mesmo!Thássia OliveiraItaboraí, [email protected]

Foi muito bom ler o artigo sobre Harry Potter. Desde criança, sempre gostei de desenhos com feitiçaria, e era fã da série de filmes Harry Potter. Conheço cristãos que não vêem problema em assistir esse tipo de coisa. O artigo não deixou dúvidas de que se trata de algo diabólico. Obrigado!Rodrigo NogueiraXapuri, [email protected]

Parabéns, Fernando e Michelson, pela coragem. Não sei se algum dia também vou saltar de pára-quedas, mas com certeza topo o desafio de voar em direção ao Céu.Cleia KattwinkelTaquara, [email protected]

A Conexão JA tem realmente a “cara da galera” e aqui no Iaene [na Bahia] sempre há grande expectativa quanto a novos números. A edição do primeiro trimestre deste ano foi muito bem elaborada, com temas atuais, pertinentes e de interesse para a juventude, além de um conteúdo cristocêntrico. Parabéns pela seção “Na cabeceira” pelas indicações bem atuais. Por se tratar da “revista do jovem que pensa”, a Conexão JA deve ser o periódico certo entre os jovens que apreciam boas matérias.Marden MotaCachoeira, [email protected]

Recebi minha primeira revista Conexão JA e tive uma surpresa na primeira página: li algo que vai de encontro aos princípios da revista e da maioria das pessoas que a lêem – a frase “Fiquei mordido de inveja”. Esse sentimento tão horrível que foi o causador da queda do ser humano deve ser banido de nossas vidas, principalmente de nós que somos discípulos de Jesus. Assim, creio que Fernando Torres talvez quisesse dizer “fiquei com muita vontade” ou “também queria passar por aquela experiência e achei a oportunidade propícia”, ou algo similar. Devemos tomar cuidado com nossas palavras e sentimentos.Cássia Dourado [email protected]

Sou assinante da revista desde o início e confesso que valeu a pena! A Conexão é um meio eficiente de manter o jovem “antenado” nos assuntos que merecem destaque em todos os aspectos da vida, e, acima de tudo, ajuda a perceber que existem valores morais e espirituais cada vez mais preciosos a serem buscados nos dias atuais.Ricardo Lopes da SilvaBrasilia, [email protected]

A revista Conexão JA aborda assuntos diferenciados, interessantes e que mexem com a vida do jovem adventista. Seus temas nos fazem refletir sobre nossa vida física, mental e, é claro, a mais importante, nossa vida espiritual, e assim nos aproximamos de Deus.Klévia de Oliveira BarbosaBrasília, [email protected]

Fernando Torres é a bola da vez! Não consigo ler as matérias ou comentários sem dar boas risadas, como no editorial de janeiro. Ele fala a minha língua, a língua dos meus amigos do mundo jovem! Show de bola!Parabéns pela reportagem “Repúblicas” [da mesma edição], pois passou um assunto tão sério e de forma tão jovem e descontraída.Henrique KnaakVila Velha, [email protected]

Quero dar meus parabéns à revista Conexão JA. Ela é realmente uma revista para o jovem que pensa! A matéria “Onda hedonista”, da última edição, me chamou muito a atenção. É muito triste ver que o mundo de hoje pensa mais em si mesmo e em suas realizações do que no plano de Deus. E o pior é vermos alguns de nossos jovens entrando nessa onda também. A matéria serve de alerta para que a juventude adventista pare e reflita mais em suas atitudes e, assim, possa se voltar ao Criador.Michelle Bruno São Paulo, [email protected]

Envie um e-mail pra gente:[email protected] mensagens publicadas não representam necessariamente o pensamento da revista.

O livro Anjos narra impressionantes histórias da intervenção dessas criaturas especiais de Deus na vida das pessoas, no destino dos povos, junto a governantes e na história das nações. De agradável leitura, intercala conceitos bíblicos com exemplos práticos da atuação dos anjos na vida diária. Cód. 6608

Adquira

hoje o seu!Ligue0800-9790606*

Acessewww.cpb.com.br

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Ou dirija-se a umadas Lojas da CASA

*Horários de atendimento: Segunda a quinta, das 8h às 20h / Sexta, das 7h30 às 15h45 / Domingo, das 8h30 às 14h.

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Os verdadeiros motivos para você cuidar bem de seu corpo

Areli BarbosaLíder de Jovens na União Sul-Brasileira

[email protected]

areli BarBOsa

O ditado diz: “Beleza e gosto não se discutem.” Mas parece que, nos últimos tempos, os padrões de beleza e estilo não só foram discutidos como também rigidamente demarcados. Funciona mais

ou menos assim: alguém define um padrão de beleza, a mídia divulga e intensifica a idéia de que esse padrão seria o melhor. Por fim, a repetição constante formaliza o estereótipo. Não há dúvida de que essa pressão gigantesca influencia milhares de pessoas.

Bem, querer ter um corpo e um rosto bonitos não é nenhum pecado. O problema é que muitos anseiam a beleza por finalidades erradas. A simples busca por uma estética perfeita pode levar as pessoas a uma satisfação egoísta. Afinal, por que busco a beleza, um corpo saudável, “sarado”? Os apelos ao nosso redor podem nos transformar em viciados, a porto de não perceber o que está por trás dessa busca.

Em Êxodo 20:3, Deus diz: “Não terás outros deuses diante de Mim.” Isso não quer dizer que as pessoas devam descuidar da boa forma física. É claro que devemos cuidar do nosso corpo, inclusive porque isso revela que temos amor-próprio. Por outro lado, há pessoas muito bonitas, mas com um eu tão obeso, que se tornam insuportáveis.

É fácil se confundir na busca por esse padrão. O incentivo a um estilo de vida é quase igual, o que diferencia é “para quê?”. Ellen White fala dos oito remédios naturais: ar puro, água pura, luz solar, exercício físico, repouso, abstinência de vícios, regime alimentar conveniente e confiança no poder divino. Talvez com exceção do último, esses pontos são freqüentemente incentivados por médicos e nutricionistas. O procedimento é parecido, mas o objetivo final pode ser totalmente diferente.

Enquanto alguns buscam beleza e simetria para atrair os holofotes e as atenções, outros buscam um corpo “são” para poder ouvir cada vez melhor a voz e a vontade de Deus. Não cuidam apenas do corpo, mas também das entradas da alma. Ellen White diz que “o corpo é o único agente pelo qual a

mente e a alma se desenvolvem para a edificação do caráter” (A Ciência do Bom Viver, p. 130). A formação do caráter depende de um corpo saudável. Por isso é importante ter uma vida com propósito.

Para obter resultados, viva de acordo com os princípios de Deus na temperança. Busque um corpo saudável, mas busque muito mais uma mente saudável, para ouvir a vontade de Deus para sua vida. “Portanto, quer comais, quer bebais ou façais outra coisa qualquer, fazei tudo para a glória de Deus” (1Co 10:31).

A revista Conexão JA aborda assuntos diferenciados, interessantes e que mexem com a vida do jovem adventista. Seus temas nos fazem refletir sobre nossa vida física, mental e, é claro, a mais importante, nossa vida espiritual, e assim nos aproximamos de Deus.Klévia de Oliveira BarbosaBrasília, [email protected]

Fernando Torres é a bola da vez! Não consigo ler as matérias ou comentários sem dar boas risadas, como no editorial de janeiro. Ele fala a minha língua, a língua dos meus amigos do mundo jovem! Show de bola!Parabéns pela reportagem “Repúblicas” [da mesma edição], pois passou um assunto tão sério e de forma tão jovem e descontraída.Henrique KnaakVila Velha, [email protected]

Quero dar meus parabéns à revista Conexão JA. Ela é realmente uma revista para o jovem que pensa! A matéria “Onda hedonista”, da última edição, me chamou muito a atenção. É muito triste ver que o mundo de hoje pensa mais em si mesmo e em suas realizações do que no plano de Deus. E o pior é vermos alguns de nossos jovens entrando nessa onda também. A matéria serve de alerta para que a juventude adventista pare e reflita mais em suas atitudes e, assim, possa se voltar ao Criador.Michelle Bruno São Paulo, [email protected]

5abr-jun 2008

beleza!

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MO livro Anjos narra impressionantes histórias da intervenção dessas criaturas especiais de Deus na vida das pessoas, no destino dos povos, junto a governantes e na história das nações. De agradável leitura, intercala conceitos bíblicos com exemplos práticos da atuação dos anjos na vida diária. Cód. 6608

Adquira

hoje o seu!Ligue0800-9790606*

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Ou dirija-se a umadas Lojas da CASA

*Horários de atendimento: Segunda a quinta, das 8h às 20h / Sexta, das 7h30 às 15h45 / Domingo, das 8h30 às 14h.

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Thiago Marques Jacareí, SP

Thalita Pacheco Anápolis, GO

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Nem só de trabalho ou estudo viverá o jovem. Mas o que fazer para se divertir nos momentos de relax? Taí um assunto espinhoso, que gera muita discussão e pouca conclusão.

A gente botou mais lenha na fogueira e convocou um grupo de jovens para falar sobre o assunto. Conseguimos declarações polêmicas e sin-ceras, mas também condizentes com o que se espera de um cristão. Nenhum

tratado definitivo, é óbvio – apenas pontos de vista e respostas espontâneas. A seguir, os melhores momentos do bate-papo.

Uma boa diversão acontece apenas entre jovens adventistas?Franciele: Acho que sair com pessoas de fora da igreja é perfeitamente

possível, mas é preciso ter muito pulso firme.Thiago: É complicado. A diversão de quem não é da igreja

não é a mesma que a nossa. Pra gente, um simples bate-papo já é divertido. Aí fora, diversão é só balada, ficar na rua até ama-nhecer...

Thalita: Aí pesa o que é mais sólido. Se seus princípios e valores são fortes, seus amigos vão atrás da sua diversão e não o contrário.

Que tipo de diversão “inocente” pode ser uma cilada?

Denison: Os filmes, por exemplo. Muitos não têm nada a ver com a conduta cristã. Pior é que, se a gente assiste a um

filme ruim em grupo, dificilmente alguém pede para parar.Thiago: Futebol é outra coisa, porque mexe muito com o

emocional. Quem não sabe se controlar acaba arranjando confusão.

Thalita: Tem que ter muito domínio próprio. Se você sabe que não consegue

se controlar, melhor nem jogar.

Por mais que a gente diferencie o certo do errado, as tentações sempre

existem. Vocês têm tentação de ir a algum

lugar que sabem que é errado?

Thalita: Ultimamente eu não tenho mais, não.

Anos atrás, fui a algumas baladas, mas vi que não vale a pena. Fiquei me sentindo um peixe fora d’água.

Renata: Cinema é uma coisa que pega muito. Eu não vou, mas de vez em quando tenho vontade.

Franciele: Eu nunca fui ao cinema, mas tinha curiosidade. Hoje, isso pas-sou e acho que não é ambiente para um cristão.

Thiago: Acho que o ambiente não tem nada a ver na questão do cinema. Você pode assistir a coisas piores em casa. Para mim, o maior problema do ci-nema é o mau testemunho.

Débora: A dança é uma das maiores tentações. O álcool, por exemplo, tem muitas conseqüências, mas dançar não vai causar nenhum mal naquele momen-to. Então, acaba sendo uma tentação mais forte.

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Seis jovens contam o que

fazem para se divertir

O melhor da festaFernandO tOrres

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Renata CostaAnápolis, GO

Franciele Mota Ji-Paraná, RO

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Falando em dança... e as baladas?Renata: Eu me tornei adventista

aos 19 anos. Antes disso, ia a baladas. Satanás coloca a balada como uma coisa bem legal, uma tentação mesmo. “Você vai para a BA-LA-DA!”, ele diz. Quan-do estamos no meio de todo mundo, é realmente muito divertido. Mas, quando acaba, vem um sentimento de insatis-fação. Falta alguma coisa que, talvez, a próxima balada vá suprir. Mas isso nunca ocorre. Definitivamente, elas não acres-centam nada. É tudo muito fútil.

Thiago: Eu também fiquei um tem-po fora da igreja, uns quatro anos atrás. Entrei em um ciclo vicioso, ia pra balada uma semana, depois outra... Não tinha compromisso com nada. Um dia, che-guei de madrugada em casa e meu pai estava saindo para trabalhar. Foi quando percebi que aquela vida não ia me levar a lugar algum. Não tem a menor lógica.

Franciele: Tive um amigo de faculda-de que era daqueles baladeiros de plantão. Um dia, ele comentou com a gente que sempre saía vazio das festas. Isso mostra que até as pessoas de fora se perguntam o que estão fazendo da própria vida.

Vocês acham que rola muita hipocrisia, como o jovem estar de manhã na igreja e à noite na balada?

Débora: Acontece, a gente sempre fica sabendo de alguns casos. Mas, em geral, as pessoas são sinceras. Elas assu-mem que vão às baladas e pronto.

Denison: O que tem muito é aquele tipo de “adventista” que vai à igreja só para encontrar os amigos e à noite está na balada. Mas isso não chega a ser hi-pocrisia, pois ele está na igreja realmente por uma questão social e não esconde isso de ninguém.

Bom, a gente já viu que as tentações existem de qualquer forma. O que fazer para vencê-las?

Denison: Se você não estiver em comunhão com Deus o tempo todo, não tem como.

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Débora: O segredo é não lutar so-zinho, mas buscar forças e dependência em Deus para que Ele combata as tenta-ções por você. Para quem está longe de Deus, a tentação é muito mais atrativa, é bem mais fácil de ceder.

Renata: Outra coisa é tentar desviar o pensamento das tentações, mudar o foco daquilo que “não pode” para coisas que a gente pode fazer.

Franciele: Ficar com a dúvida tam-bém não é legal. Se eu tenho dúvidas se devo praticar ou não alguma diversão, tento encontrar as respostas na Bíblia ou com algum pastor.

Débora: Na dúvida, ore.

Que critérios devemos usar para selecionar as diversões?

Renata: A pergunta que eu sempre me faço é: “Será que Jesus faria isso?”

Débora: Eu procuro analisar o tipo de influência que vou ter e vou causar naquela diversão, ver os prós e contras e fazer um pré-balanço do resultado.

Franciele: Acho que também de-vemos avaliar o que aquilo vai trazer de crescimento pessoal.

Denison: Não é legal fazer algo que mais tarde vai me deixar com a consciên-cia pesada, que vai ferir meus princípios.

As igrejas têm “obrigação” de proporcionar diversão para o jovem?

Thiago: Infelizmente, muitas igre-jas não conseguem proporcionar diver-são. Esse negócio de “social” do tipo “lá no pântano” já foi há mui-to tempo, mas tem gente que ainda insiste nisso.

Sinceramente? Eu prefiro ficar em casa assis-tindo à TV.

Renata: Alguns pais também não proporcionam um ambiente le-gal para os filhos. Por exemplo: não deixam eles levarem os amigos para casa. Tá errado!

E o que vocês sugerem?

Renata: Um junta-panelas na casa de alguém no almoço de sábado já é uma diversão...

Débora: Eu gosto de jogos que incentivem a criatividade, tipo Imagem & Ação.

Franciele: Acampamentos, mas aqueles com atividades diferentes, que chamem a atenção.

Thiago: Pra quem gosta, esportes radicais também são uma boa opção.

Renata: É verdade! Imagine se, em um domingo de manhã, a igreja faz um programa de passeio de bicicleta, uma trilha. Todo mundo vai!

Franciele: É interessante também incentivar a amizade entre os próprios jo-vens da igreja. A gente começa a combi-nar o que vai fazer no sábado à noite de-pois do programa jovem. É nesse fim de tarde que você escolhe se vai

cair na balada ou seguir um caminho legal de diversão.

O melhor da festaCarla Naomi Ogawa

Fujihira, 17 anos, São Paulo

Denison HaneltCuritiba, PR

Débora TeixeiraGuarulhos, SP

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sUeli Ferreira de OliVeira

Estar em Rubim se tornou um desafio desde que recebi o convite da coordena-dora do Projeto, Elizângela Márcia Fer-nandes da Silva. Eu nem sequer conhe-cia a cidade, então tratei de pesquisar. A cidade já havia sofrido com algumas enchentes. Segundo Elizângela, essa era uma das razões por que eles escolheram a cidade para desenvolver o Projeto. No ano anterior, tinham estado em São

Francisco do Guaporé, em Ron-dônia. Com as notícias

VidasemAção

Agora, com as fotos dispostas sobre a mesa, tudo volta à minha mente...

tes. Fica no Vale do Jequitinhonha, uma região inóspita. Quem poderia supor que estaríamos ali nas férias? “Eu jamais ima-ginaria receber a visita de vocês por aqui”, me diz Dona Mocinha, uma simpatia de senhora que esteve com o grupo todos os dias, ajudando a cozinhar. Eu também ja-mais imaginaria, mas fico quieta.

São onze horas da manhã e é ja-neiro, mês de férias. Estou indo me encontrar com um grupo especial de pessoas. Vou me unir

a integrantes do Projeto Vidas em Ação numa campanha solidária e evangelística muito especial na pacata Rubim, cidade mineira com pouco mais de 9 mil habitan-

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sobre febre amarela, no início do ano, o desafio de estar em Rubim se tornou maior, porque todo o Estado de Minas Gerais era área de risco. Eu, sem conse-guir a vacina em minha própria cidade, temia pelo que pudesse acontecer. No sábado que antecedeu à viagem, pensei, orei, expus minha preocupação a Deus. Bem, ainda havia a possibilidade de não encontrar passagem na hora H. “É isso!”, pensei, e fiz um trato com Deus.

Parti para o Terminal Rodoviário do Tietê, de onde sai o ônibus para Almena-ra, cidade mais próxima a Rubim. Com um único ônibus por dia, o atendente que estava na bilheteria me disse: “Está com sorte! É a última poltrona.” Esse era o meu trato. Eu precisava saber se esta-va fazendo a coisa certa e desejada por Deus. Assim, com ou sem febre amare-la, Almenara e Rubim, lá vou eu.

O universo de quem compra passa-gem na poltrona 10 é pequeno. Feliz-mente, eu tinha algo para ler. Mas o povo conversava muito. Algumas mu-lheres sentadas per-to de mim

também iam para Rubim. Fechei o livro, fechei os olhos e fiquei só “assuntando” (como dizem), ouvindo os “causos” da-quelas bandas e registrando mentalmen-te todas as dicas que, sem querer, elas me passavam: pegar ônibus ou táxi, os lugares perigosos e os bairros mais e me-nos carentes – orientações que seriam muito úteis. Pra quem nunca ouvira falar em Rubim antes, era só o que eu ouvia.

Sem muito o que fazer, comecei a anotar as paradas: primeira parada – em Roseira, SP (pertinho de Aparecida), para o almoço; segunda parada – em Paraíba do Sul, RJ; segunda parada e meia – em lugar desconhecido do trajeto (paramos por causa de um acidente. São 10 da noi-te e eu estou faminta. Tudo por um prato de arroz com tomate picado, simples as-sim; quer dizer, menos a minha primogenitura);

terceira parada – em Fervedouro, MG (já passou da meia-noite. Não tem ar-roz com tomate; comi pastel de queijo); quarta parada – em Governador Valada-res, MG (são quatro horas da matina); quinta parada – em Catuji, MG (estamos a uns 230 km de Almenara, cidade vizi-nha de Rubim).

Finalmente em Almenara, depois de longas 22 horas de viagem, eu ainda não sabia o que fazer para chegar a Rubim. Os táxis rapidamente desapareceram da rodo-viária da cidade. Eu estava cansada, preci-sando de um banho e louca por um prato de “comida de verdade”.

De repente, olhei para uma das entradas da rodoviária e vi um homem

Agora, com as fotos dispostas sobre a mesa, tudo volta à minha mente...

Fotos do Projeto Vidas em Ação, realizado em Rubim,

MG, em janeiro deste ano, do qual a autora participou

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sociais que queríamos passar. Era algo parecido com a Escola Cristã de Férias.

À noite, parte da turma do Projeto continuava com as crianças, com lou-vores infantis, histórias bíblicas e sorteio de brindes. Enquanto isso, os adultos assistiam a palestras sobre saúde e ser-mões. O projeto movimentou a cidade, mas não foi apenas a população que fi-cou transformada. Os irmãos da igreja se uniram ao grupo. Quando as pessoas do Projeto voltaram para casa, 15 dias depois, deixaram dezenas de estudos bíblicos começados para que os mem-bros da igreja dessem continuidade ao trabalho que haviam começado.

Emoção do primeiro ao último dia

Desde os primeiros dias em Rubim, o projeto teve inúmeros momentos mar-cantes. Muitos deles relacionados aos atendimentos feitos à população. O Ale-xandre fez um trabalho maravilhoso na-quele local. Suas hábeis mãos de fisiote-rapeuta foram usadas por Deus de várias formas. Um de seus pacientes chegou

numa cadeira de rodas, relatando que havia sido operado de uma hérnia de disco cinco anos antes e, por causa de erro médico, ficara daquele jei-to, sem poder andar. Na primeira sessão de massagem do Ale-

xandre, o homem se levantou. Na segunda, deu uns passos.

Dias depois, foi visto cami-nhando... devagar, mas

caminhando. Todo o

contou com outra integrante chamada Joana, que infelizmente teve que voltar para casa mais cedo. Que time! Como também trabalho com crianças, fiquei encarregada de auxiliar a Sara.

O grupo estava alojado numa esco-la pública. Durante o dia, faziam atendi-mentos de saúde (fisioterapia, consulta psicológica, coleta de exame preventivo para mulheres e odontologia); à noite, conferência bíblica num ginásio próximo. Como ninguém ficava parado, o Jonas, estudante de teologia da Universidad Ad-ventista del Plata, que ministrava as pa-lestras bíblicas da noite, saía durante o dia para dar estudos bíblicos. Algumas vezes, outros do grupo o acompanhavam.

Na escola, era bonito de ver. Mesmo nas férias, o dia fervia. A criançada cor-rendo de um lado para o outro nas ati-vidades dirigidas pelo Douglas. Os aten-dimentos começavam às 8h e iam até o fim da tarde. Com as crianças, também tínhamos classes bíblicas e contação de histórias. Além disso, fazíamos muitas atividades para fixar os valores bíblicos e

usando uma camiseta com o símbolo da Igreja Adventista. Era verde, mas naquele momento me pareceu dourado e brilhante. Havia um irmão ali. Eu me senti em casa. Então me apresentei e pedi socorro. Disse que precisava de condução para Rubim. Que providência maravilhosa! Deus me enviara o Irmão Vando, de Almenara, para me socorrer naquela hora. Foi ele quem conseguiu meu transporte para o Projeto, distante uns 40 km dali.

Mal cheguei a Rubim e já me encon-trei com a Elizângela. Conheci os de-mais: Renata e Ellem, psicólogas; Sara, a pedagoga; Moacir, o dentista; Valquí-ria, que auxiliava o Moacir; Viviane, a enfermeira; Jonas, o orador; Natália, estudante de medicina; Alexandre, o fisioterapeuta; Douglas, o professor de Educação Física; Paulo Henrique, o ca-çula de 17 anos, que também auxiliava o dentista; e Maurício e Rodrigo, que registravam tudo em filme e fotografia. Ah, e antes da minha chegada, o grupo

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que não se alimentavam direito porque os dentes não deixavam? O Moacir, com muita perícia, deu um jeito nisso. Histórias não faltaram naqueles dias em Rubim – até mesmo em nossa última reunião.

Era quinta-feira. O céu ficou escuro à tardinha e começou a cair uma tremenda chuva. As ruas ficaram inundadas. Como o povo já havia sofrido com enchentes, as imagens de desespero voltaram às mentes naquela última noite. Tínhamos crianças conosco no prédio da escola. Elas entraram em pânico de maneira descon-trolada. A Renata e a Ellem entraram em ação, tentando acalmá-las. Oramos para que Deus nos permitisse deixar Rubim, naquela noite, com a melhor impressão possível de Suas providências. E mais um milagre aconteceu! A chuva diminuiu e pudemos nos dirigir ao ginásio, onde nos-sa derradeira reunião aconteceria.

grupo louvou a Deus ao ver o choro de felicidade da esposa daquele paciente.

Pude entender como Deus cura o corpo e a alma, ao ser eu mesma atendi-da pelo Alexandre. Numa das noites, en-quanto destravava minha coluna depois das atividades do dia, o Alexandre não parava de falar das profecias de Daniel e Apocalipse, e do sacrifício de Jesus Cristo em meu favor. Ele fez isso comigo e com cada pessoa que esteve com ele. Conclu-são: conseguiu a maior parte dos estudos bíblicos que foram dados pelo Jonas.

Quanto aos atendimentos odontoló-gicos, era inspirador ver a dedicação do Moacir, da Valquíria e do Paulo Henrique. Os três iam cedo para o consultório e só voltavam à noitinha. Não apareciam se-quer para almoçar. Alguém sempre tinha que levar almoço para que os três não fi-cassem sem comer.

Numa das tardes em que saí com uma das enfermeiras, a Viviane, como usávamos camiseta do Projeto o tempo todo, fomos abordadas na rua. Uma senhora pediu estudos bíblicos, que foi ministrado imediatamente. No mesmo dia, outra mulher nos abordou para orarmos por sua vizinha, que havia sido esfaqueada 20 dias antes e estava aca-mada, muito mal.

Há também a experiência do garoto com Síndrome de Down que deu seus pas-sinhos estimulado. E as inúmeras pessoas

Depois do sermão, nós nos despedi-mos daqueles amigos tão queridos, com muitos abraços e choradeira. Sabe aque-le misto de choro de saudade com riso da certeza de novos amigos? Era isso aí ou algo parecido o que sentíamos. Que bom quando finalmente estivermos no Céu! Lá, não diremos “adeus” para os novos amigos. Agora, pensando poeti-camente, aquela chuva da última noite simbolizava nosso choro. Quantos ami-gos fizemos por lá! Se o projeto foi uma bênção para Rubim, para os integrantes do grupo não foi diferente.

Estas fotos... Ah! Quanta saudade...

Conheça também a Missão Calebe, da Uneb

(www.calebe.org.br).

A pequena Rubim

Emancipada desde 1943, Rubim é uma cidade simples.

Segundo a Enciclopédia dos Municípios Brasileiros, foi Tiago

José de Almeida a primeira presença branca civilizada na região,

antes habitada apenas por indígenas. Tiago estava atrás de um

pedaço de terra para plantar. Logo em seguida, apareceu por ali

um engenheiro baiano, plantou lavouras e sumiu. Outras pessoas

foram chegando e se aproveitando das lavouras do misterioso

engenheiro.

Depois, chegou o senhor Quinto Fernandes Ruas, filho de uma

família tradicional de Pedra Azul, cidade próxima. Ele facilitou o

surgimento de um pequeno vilarejo que ganhou o nome de União,

por causa da harmonia que existia entre os primeiros moradores.

Em 1923, o local se tornou distrito e ganhou o nome de Rubim.

Números do projeto• 600 atendimentos psicológicos• 65 exames prevent. de papanicolau• 282 atendimentos odontológicos• 207 atendimentos fisioterápicos• 80 estudos bíblicosAlguns jovens sonham com a possi-bilidade de uma experiência espiritual marcante em terras distantes, como missionário. Bem, você pode ser missionário no Brasil. Vários jovens têm formado grupos como o Projeto Vidas em Ação e feito a diferença em cidades como Rubim. Quando você vai se unir a esses grupos?

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coça...

PREVINA◆ Lave o cabelo com água morna ou fria◆ Aplique condicionador apenas nas pontas do cabelo,

evitando a raiz◆ Não use gel, sprays e bonés o tempo todo◆ Suou? Transpirou em excesso? Lave o cabelo. Não caia

nessa história de que lavar o cabelo diariamente dá caspa – é exatamente o contrário

◆ Evite alimentos gordurosos como amendoim, castanhas, frituras, melados e massas

◆ Controle a cuca; o estresse é um dos maiores vilões da caspa

◆ A doença não é contagiosa, mas, mesmo assim, não compartilhe pentes e escovasFo

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Ela usou as férias para trabalhar para a igreja no Equador

Coça, coça,Vamos combinar: não dá para

ter um cabelo bonito e saudável com caspa. Esse pozinho branco desconfortável é resultante de uma descamação da oleosidade do couro cabeludo e um dos transtornos mais freqüentes no corpo humano, atingindo cerca de 50% da população entre 20 e 50 anos. Com tamanha incidência, a caspa não deve ser encarada com desdém, mas com

a seriedade que ela exige. Afinal, não se trata apenas de um problema estético, e sim uma doença de caráter crônico, mas que pode ser controlada.

A caspa é mais intensa durante o frio e se manifesta em função da ação acelerada do fungo Pityrosporum ovale, naturalmente presente no couro cabeludo. Geneticamente, é mais freqüente em mulheres adolescentes, por causa da liberação dos hormônios dos ovários. Contudo, ela acaba sendo mais vista em homens, provavelmente porque as mulheres usam com mais freqüência produtos químicos agressivos, como tinturas e alisamentos, que acabam restringindo a ação do fungo.

Por algum tempo, aliás, pensou-se que o uso intenso de produtos químicos ativava a produção da oleosidade responsável pela caspa. Uma coisa não tem nada a ver com a outra. As causas mais freqüentes são alterações hormonais e desestabilização emocional. A alimentação, apesar de ainda não comprovada, também pode influir, bem como o excesso de vitaminas e o consumo de anabolizantes.

E tem mais. Segundo o dermatologista Moisés Albuquerque, caspa e seborréia englobam-se no mesmo transtorno, a dermatite seborréica. “A caspa seria o grau mais leve; enquanto o surgimento de escamas e lesões avermelhadas, conhecida como seborréia, estaria no grau mais avançado”, diferencia. A seborréia pode se manifestar de forma oleosa (com muita descamação e muito pó), gordurosa (secreção do sebo) e seca (o sebo não é expelido e forma crostas no couro cabeludo).

A caspa atinge mais de 50% da população. Descubra por que ela aparece e saiba como tratá-la

FernandO tOrres

TRATE◆ Tente não coçar. Isso só piora a situação◆ Procure cremes e shampoos que contenham ácido

salicílico e ação antifúngica◆ Massageie o couro cabeludo com a ponta dos dedos

por cinco minutos diários◆ Em casos mais graves, consulte um dermatologista. Um

dos possíveis tratamentos é o uso de soluções alcoólicas manipuladas com corticóide, aplicadas em gotas no couro cabeludo

◆ Outros elementos químicos também tradicionais são os derivados do alcatrão, o piritionato de zinco e o sulfato de selênio, aplicáveis da mesma forma

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Licene RenckSecretária do Departamento de Jovens da

Divisão Sul-Americana, em Brasília

PREVINA◆ Lave o cabelo com água morna ou fria◆ Aplique condicionador apenas nas pontas do cabelo,

evitando a raiz◆ Não use gel, sprays e bonés o tempo todo◆ Suou? Transpirou em excesso? Lave o cabelo. Não caia

nessa história de que lavar o cabelo diariamente dá caspa – é exatamente o contrário

◆ Evite alimentos gordurosos como amendoim, castanhas, frituras, melados e massas

◆ Controle a cuca; o estresse é um dos maiores vilões da caspa

◆ A doença não é contagiosa, mas, mesmo assim, não compartilhe pentes e escovas

A sensação de estar se aproximando da metade do mundo se confundia com um misto de emoções que geravam aquele famoso friozinho na barriga. Imaginar tudo o que poderia acontecer nos próximos 30 dias fazia minha mente pensar

longe e voar alto – literalmente. Dentro de mim, havia um coração ansioso e cheio de curiosidade para desvendar o que realmente existia por trás de um país chamado Equador.

No início de 2006, senti que precisava fazer algo mais na minha vida; tinha que viver uma experiência diferente que transformasse minha capacidade de ver e entender o mundo. Mas vou confessar: não foi fácil. O espaço de tempo entre essa vontade e sua realização foi um longo período recheado de incertezas e desconforto. Não acreditava que isso poderia tornar-se realidade.

Meu primeiro plano foi fazer um curso de idiomas e aproveitar para conhecer outros países. Mas logo percebi que tinha algo errado, pois nada estava dando certo. Sabe aquela expressão “remar contra a maré”? Era exatamente assim que eu me sentia. Quando estava quase a ponto de desistir, orei a Deus e pedi Sua orientação. Entreguei a Ele os meus sonhos e percebi que deveria mudar meus objetivos. Era preciso reciclar meu papel no mundo e compartilhar tudo aquilo que eu havia recebido para o benefício de outros. Com essa nova perspectiva em mente, amassei e joguei fora os planos anteriores e só sabia que precisava enviar um e-mail.

Escrevi para uma amiga e contei sobre minhas intenções. Foi nesse momento que parei de escolher destinos e escolhi apenas um meio: deixar Ele resolver tudo por mim. É incrível perceber que quando você entrega a vida nas mãos de Deus, a realidade se transforma. O que era impossível se torna possível e a angústia se torna certeza. E foi essa certeza que me fez decidir ser voluntária – mesmo que por um mês. Deus nos concede tantas bênçãos e por que não compartilhar-las? Separei minhas férias de um ano de trabalho e disse: “Senhor, esses dias serão para Ti!”

Pelo prazer de servir

Ela usou as férias para trabalhar para a igreja no Equador

Licene com Rocio Castro (secretária da

Missão Equatoriana do Sul),

em Salinas, Equador

Meu período de voluntariado foi desenvolvido no escritório administrativo da Missão Equatoriana do Sul, em Guayaquil, cidade mais importante do Equador, depois de Quito. Os dias seguiam uma rotina de trabalho: cumpria horário normal de expediente e minhas atividades se resumiam em ajudar a todos que precisassem – como naquele famoso slogan “mil e uma utilidades”. Tive a oportunidade de colaborar com vários departamentos da Igreja Adventista, auxiliando na criação de alguns materiais e participando do planejamento e execução de alguns projetos e eventos, como encontros e treinamentos.

Deus me concedeu o privilégio de ser recebida por pessoas maravilhosas que hoje se tornaram mais do que irmãos para mim. Pessoas que fizeram diferença nos meus dias e foram verdadeiros presentes que me proporcionaram a oportunidade de conhecer algumas das maiores belezas turísticas da região. As amizades que fiz lá levarei para o resto dos meus dias aqui na Terra e para sempre no Céu.

O Equador é um país que soma as diferenças, com sua gente, cores e sabores que formam a diversidade natural e cultural de um lugar que se esconde aos nossos olhos dentro de nossa própria América do Sul.

Palavras como crescimento e superação resumiriam muito bem o que experiências como esta podem acrescentar em nossas vidas. Crescimento intelectual e espiritual e superação de se surpreender em vencer seus próprios limites. Para alguns, isso pode até não parecer nada, mas, para mim, foi a melhor coisa que já fiz na vida. E sabe o que é que faz a gente mais feliz? É ser útil aos outros.

Quando olho para trás e relembro tudo o que aconteceu, tenho uma única certeza: faria tudo novamente. Hoje percebo que a grande distância que nos separa geograficamente nos aproxima como cristãos e adventistas. É incrível você se sentir parte de uma igreja mundial, que ao mesmo tempo em que se diferencia por costumes, idiomas e nacionalidades, se iguala no objetivo de salvar do pecado e guiar no serviço.

Agora é com você!

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E seja rápido!Quanto antes você fizer isso, melhor

outras dicas

OdailsOn FOnseca

O pior aconteceu on-line e ao vivo

Histórias assim sempre me deixaram pra baixo. Mas, desta vez, fiquei chocado pra valer. Em Porto Alegre, RS, alguns meses atrás, o garoto Vinícius Marques encerrou sua vida, de apenas 16 anos, ao trancar-se no banheiro com duas churrasqueiras acesas a fim de inalar monóxido de carbono até a morte. O requinte macabro dessa tragédia é que todos os últimos momentos desse suicida foram transmitidos – e inclusive motivados – pela internet, ao vivo, para vários cantos do mundo. Quem percebeu que o que parecia brincadeira era mais sério do que nunca foi uma internauta no Canadá, que ligou para a polícia gaúcha. Depois de relutar muito com a estranheza da denúncia, a polícia invadiu a casa do jovem. Mas era tarde demais. A partir daí, o Brasil passou a refletir realmente sobre a questão da punição de “crimes virtuais” – que já acontecem em países da Europa e nos Estados Unidos.

Até quando e aonde isso vai? Não sabemos. De uma coisa eu tenho certeza: não tem mais volta. A internet está aí para ser o que você faz dela. Assim como a morte pode estar on-line, a vida também está lá. Basta você fazer parte de uma revolução positiva que use do mundo virtual para adrenalizar o mundo real – para o bem e para o Céu. Tome cuidado com seus amigos virtuais, sintonize suas páginas e blogs com a Palavra de Deus. Fique espertíssimo com os conselhos que recebe, comunidades de que participa e chats que tomam seu tempo precioso. Você foi feito para pescar na rede e jamais ser pescado por ela. Fique atento!

Tera-abraço!

www.esperanca.com.brO site oficial do maior projeto do ano para toda a igreja na América do Sul não poderia ficar de fora. O projeto Impacto Esperança,

no dia 6 de setembro, vai espalhar esperança pelo continente. Fique por dentro de tudo o que está acontecendo em matéria de divulgação, novidades, e muita mensagem da superequipe do Está Escrito para levar esperança para todos.

www.amiltonmenezes.blogspot.comEste blog pessoal traz as atualizações quase diárias do jornalista Amilton Menezes, diretor da rede nacional de rádios Novo Tempo. Se você quer histórias, curiosidades da vida, aplicações práticas e muito conhecimento na área de comunicação, clique lá. Que tal o melhor da rádio que você pode “ver”?

www.dialogue.adventist.orgEste é o link em português da revista mundial que a Igreja Adventista mantém exclusivamente voltada para o público universitário.

O visual parece meio minimalista, mas o que importa mesmo são os inúmeros artigos e ensaios acadêmicos que são de cair o queixo. Você vai gostar!

www.scb.org.br

Odailson FonsecaLíder de Jovens na União Nordeste Brasileira

[email protected]

sites e blogs

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www.sabado.org.br

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Planejesua carreiraO que há em comum entre

a arca de Noé e o Santuário? Simples, ambos foram planejados antes de serem construídos. Mas Deus não poderia tê-los feito

num piscar de olhos? Claro! Contudo, Ele queria nos ensinar uma importante lição: o planejamento aumenta a probabilidade de ser bem-sucedido. Por isso, o sétimo e último segredo para uma carreira de sucesso é: planeje sua carreira.

Parece algo óbvio, mas é grande o número de jovens que estão sem rumo no que se refere à vida profissional. Não sabem que curso fazer na universidade, se já são formados têm dúvidas sobre a escolha que fizeram, estão com dificuldades de conseguir um emprego ou insatisfeitos com o atual trabalho, mudam constantemente de serviço e o futuro parece incerto.

Na verdade, isso é um problema de base. Raros são os pais que ensinam os filhos a administrar o dinheiro, a tomar decisões, a ser independentes. No geral, esperam que isso seja feito pela escola que, na maioria dos casos em nosso País, está mais preocupada em preparar candidatos para o vestibular do que em formar cidadãos empreendedores. Mais tarde, esse efeito cascata reflete não só na escolha da profissão, como também na confecção do currículo, no comportamento na entrevista, entre outros.

O ideal é fazer um planejamento da carreira o quanto antes. É rápido, fácil e vai dar um bom retorno. Coloque no papel ou digite no computador metas, objetivos, ou seja, aonde quer chegar. Por exemplo, uma pessoa que busca a estabilidade financeira por meio de um concurso público. Ela deve fazer uma pesquisa sobre quais cargos e salários mais lhe agradam, os requisitos necessários, quando sai o edital, onde serão as provas, em quais dias e horários e, principalmente, qual será sua estratégia de estudo.

O mesmo vale para quem deseja mudar de emprego ou melhorar sua condição na empresa. Quais são as organizações em que seus conhecimentos serão úteis? O que será preciso fazer para que seu patrão o valorize mais? Quais cursos de qualificação serão necessários para aumentar sua empregabilidade?

Coloque tudo isso no papel. É fundamental também estipular prazos para que suas metas sejam alcançadas e se esforçar ao máximo para que tudo seja cumprido dentro do período determinado. Coloque ainda todos os custos que terá para realizar seu projeto de carreira e como conseguirá verba para financiá-lo.

E não se esqueça de que tanto a arca de Noé quanto o Santuário só tiveram êxito porque seus projetos foram arquitetados por Deus. Por isso, peça a ajuda divina em cada parte do seu planejamento profissional, seja na elaboração ou na execução. Assim terá a certeza de que, quando vier o dilúvio das dificuldades, Aquele que derramou o sangue na cruz irá interceder junto ao Pai para que você vença.

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Cristiano StefenoniJornalista, consultor de carreiras e autor do livro Profissional de Sucesso (Casa)

[email protected]

E seja rápido!Quanto antes você fizer isso, melhor

“Os homens são consumidos pelo dese-jo de comprar coisas que não precisam, com dinhei-ro que não têm, para agradar pessoas de que não gostam.” Essa frase, extraída do livro O Ho-mem, traz com clareza mordaz o que acontece com muita gente. O mundo do século 21 é cheio de luzes, de sugestões que aparentemente são irrecusáveis. Afinal, se você não comprar aquele chinelo colorido, não fará suces-so. Se não trocar de carro, ninguém vai prestar atenção em você. Se você não usar aquela marca de roupa, será brega. Se não tirar férias naquele lugar paradisíaco, não será feliz...

Não deixe que esses sentimentos dominem você. Seja dono da sua vida e do seu dinheiro. Não deixe o desejo de comprar tornar você um escravo do consumo e das dívidas! Cuidado com as sugestões que o mundo moderno faz. Deus nos criou para ser livres, equilibra-dos e felizes.

Edson Erthal de MedeirosDiretor financeiro da Casa Publicadora Brasileira

outras dicas

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no dia 6 de setembro, vai espalhar esperança pelo continente. Fique por dentro de tudo o que está acontecendo em matéria de divulgação, novidades, e muita mensagem da superequipe do Está Escrito para levar esperança para todos.

www.amiltonmenezes.blogspot.comEste blog pessoal traz as atualizações quase diárias do jornalista Amilton Menezes, diretor da rede nacional de rádios Novo Tempo. Se você quer histórias, curiosidades da vida, aplicações práticas e muito conhecimento na área de comunicação, clique lá. Que tal o melhor da rádio que você pode “ver”?

www.dialogue.adventist.orgEste é o link em português da revista mundial que a Igreja Adventista mantém exclusivamente voltada para o público universitário.

O visual parece meio minimalista, mas o que importa mesmo são os inúmeros artigos e ensaios acadêmicos que são de cair o queixo. Você vai gostar!

Odailson FonsecaLíder de Jovens na União Nordeste Brasileira

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bíblia

Colaboradores: Agência APS, Cígredy Neves, Dayse Bezerra, Felipe Lemos, Helen Lopes, Ketielly Baia, Ruth Pimentel, Verônica

Bareicha e Willian Nunes

Loma mais linda por aquiNão foram os japoneses. Eles sempre aparecem em matérias especiais comendo sushi e

assoprando mais de 80 velinhas. Desta vez, a reportagem especial de Ana Paula Padrão (SBT Realidade, 23 de janeiro) tentou responder por que a população de Loma Linda, cidade da Cali-

fórnia, tem a maior expectativa de vida no país do Big Mac e das doenças crônicas. Os “vida-de-árvore” dos Estados Unidos são os adventistas. Wonderful, não?

Começou com gente da “melhor idade” ao lado de jovens, treinando para uma maratona (leia-se: correr 42,195 quilômetros). Também apareceu na matéria uma senhora de 103 anos que caminha sem ajuda, um cardiologista de 92 que ainda opera e um homem de 52 com cara de trinta e poucos. O segredo, contaram, é: vegetarianismo, prática de exercícios e confiança em Deus.

A matéria teve uma abordagem semelhante à da revista National Geographic (novembro de 2005), e resultou noutras sobre o mesmo assunto, veiculadas no Fantástico e na Folha de S. Paulo.

A partir de um release,* Guta Nascimento, produtora do SBT Realidade, entrou em contato com a Agência APS de Comunicação. A Agência indicou o pastor Leonard Westphal para receber a repórter e seu esposo, e enviou à emissora livros e produtos alimentícios da igreja. Segundo Gislaine Westphal, jornalista que fez o contato e sobrinha do pastor Leonard, seu tio contou-lhe que o casal ficou impres-sionado com os princípios adventistas.

(*) Release: notícia distribuída à imprensa, ao rádio, à TV, etc., para ser divulgada gratuitamente. (Dicionário

Aurélio – Século XXI. CD-ROM.)

diOGO caValcanti

Bareicha e Willian Nunes

16 abr-jun 2008

Os mais de 50 mil habitantes da favela da Rocinha moram numa área nobre e paradoxal da capital carioca. Seus vizinhos, do “asfalto”, vivem em bons prédios e ganham em média R$ 2.700,00 por mês, enquanto eles, muito menos. A quase ausência do poder público e a violência crescente não prometem um futuro feliz para as crianças. Isso motivou o Coral Jovem do Rio a fazer algo.

Com o projeto “Pra fazer uma criança feliz”, o coral leva esperança a cerca de 200 crianças e suas famílias. As atividades incluem a organização de um coral infantil e de um Clube de Desbravadores, além de peças educativas com fantoches. Também são desenvolvidas ações solidárias como visitas a hospitais, orfanatos, bancos de sangue, asilos e a participação no Mutirão de Natal.

Neste ano, o lançamento do DVD “Sonhos”, comemorativo dos 15 anos de existência do coral, também está engajado nos projetos sociais. “Com o DVD, vamos levar a imagem do coral aonde não po-demos chegar... Mostraremos de forma prática nossas ações sociais, e assim vamos angariar recursos para nossos projetos futuros como o Núcleo de Cidadania e Cultura”, comenta o presidente do coral, Fernando Brotto.

O Núcleo já é mais do que um sonho. A associa-ção de moradores da comunidade doou um terreno no valor de 1,5 milhão de reais. Nele, será construído um prédio de quatro andares para atender a 300 crianças diariamente, com alimentação, esporte, reforço escolar, aulas de infor-mática, música e outras ativi-dades. O projeto está em fase final de liberação na Prefeitura. (www.coraljovemdorio.org.br)

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Música pelo futuro da Rocinha

Jovens criam site para evangelizar

Em 2004, quatro amigos conversavam num acampamento no Rio Grande do Sul sobre a possibilidade de evangelizar com jovens pela internet. Eles se esforçaram, e o projeto se concretizou com o site Mis-são Jovem, criado por Alex Arno, Leandro Isotton, Jéferson Lima e Ma-theus dos Santos. Entre outros recursos, ele abre espaço para jovens conversarem e se conhecerem. Há também um sistema de respostas a perguntas bíblicas feitas pelos internautas. Pastores e outras pessoas convidadas ajudam a respondê-las.

Abril

12 Bom de Bíblia: 2º Concurso Bíblico Sul-Americano. Eliminatória regional-distrital

18 a 20 Congresso de Universitários Univir/Iaene (Bahia)

26 Dia do Desbravador

Maio10 a 11 Evangelismo do Dia das Mães

30 a 31 Convenção com universitários em Ji-Paraná

Junho06 a 07 Simpósio de Universitários em Fortaleza, CE

14 Aula Magna da Agremiação Gaúcha dos Universitários Adventistas (Agua)

14 Janpar (Dia dos Namorados)

20 a 21 Simpósio de Músicos – Iaene (Bahia)

Cerca de 300 estudantes participa-ram do 2º Congresso Universitário em Manaus, AM. O encontro teve como convidado especial o pastor Roberto Conrad Filho, ex-orador dA Voz da Pro-fecia. Com o tema “Princípios”, foi discu-tida a importância de os jovens cristãos manterem-se firmes naquilo em que acreditam, apesar da pressão externa. O encontro foi patrocinado pela Socie-dade de Universitários Adventistas do Amazonas (Suama), em parceria com os departamentos de música das Associa-ções do Estado.

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Música pelo futuro da RocinhaMúsica pelo futuro da RocinhaMúsica pelo futuro da RocinhaMúsica pelo futuro da RocinhaMúsica pelo futuro da Rocinha

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Loma mais linda por aquiNão foram os japoneses. Eles sempre aparecem em matérias especiais comendo sushi e

assoprando mais de 80 velinhas. Desta vez, a reportagem especial de Ana Paula Padrão (SBT Realidade, 23 de janeiro) tentou responder por que a população de Loma Linda, cidade da Cali-

fórnia, tem a maior expectativa de vida no país do Big Mac e das doenças crônicas. Os “vida-de-árvore” dos Estados Unidos são os adventistas. Wonderful, não?

Começou com gente da “melhor idade” ao lado de jovens, treinando para uma maratona (leia-se: correr 42,195 quilômetros). Também apareceu na matéria uma senhora de 103 anos que caminha sem ajuda, um cardiologista de 92 que ainda opera e um homem de 52 com cara de trinta e poucos. O segredo, contaram, é: vegetarianismo, prática de exercícios e confiança em Deus.

A matéria teve uma abordagem semelhante à da revista National Geographic (novembro de 2005), e resultou noutras sobre o mesmo assunto, veiculadas no Fantástico e na Folha de S. Paulo.

A partir de um release,* Guta Nascimento, produtora do SBT Realidade, entrou em contato com a Agência APS de Comunicação. A Agência indicou o pastor Leonard Westphal para receber a repórter e seu esposo, e enviou à emissora livros e produtos alimentícios da igreja. Segundo Gislaine Westphal, jornalista que fez o contato e sobrinha do pastor Leonard, seu tio contou-lhe que o casal ficou impres-sionado com os princípios adventistas.

(*) Release: notícia distribuída à imprensa, ao rádio, à TV, etc., para ser divulgada gratuitamente. (Dicionário

Aurélio – Século XXI. CD-ROM.)

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Os mais de 50 mil habitantes da favela da Rocinha moram numa área nobre e paradoxal da capital carioca. Seus vizinhos, do “asfalto”, vivem em bons prédios e ganham em média R$ 2.700,00 por mês, enquanto eles, muito menos. A quase ausência do poder público e a violência crescente não prometem um futuro feliz para as crianças. Isso motivou o Coral Jovem do Rio a fazer algo.

Com o projeto “Pra fazer uma criança feliz”, o coral leva esperança a cerca de 200 crianças e suas famílias. As atividades incluem a organização de um coral infantil e de um Clube de Desbravadores, além de peças educativas com fantoches. Também são desenvolvidas ações solidárias como visitas a hospitais, orfanatos, bancos de sangue, asilos e a participação no Mutirão de Natal.

Neste ano, o lançamento do DVD “Sonhos”, comemorativo dos 15 anos de existência do coral, também está engajado nos projetos sociais. “Com o DVD, vamos levar a imagem do coral aonde não po-demos chegar... Mostraremos de forma prática nossas ações sociais, e assim vamos angariar recursos para nossos projetos futuros como o Núcleo de Cidadania e Cultura”, comenta o presidente do coral, Fernando Brotto.

O Núcleo já é mais do que um sonho. A associa-ção de moradores da comunidade doou um terreno no valor de 1,5 milhão de reais. Nele, será construído um prédio de quatro andares para atender a 300 crianças diariamente, com alimentação, esporte, reforço escolar, aulas de infor-mática, música e outras ativi-dades. O projeto está em fase final de liberação na Prefeitura. (www.coraljovemdorio.org.br)

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MC: muita história pra contarPosso imaginar Rosinaldo Soares contando para seus netinhos: – Quando o avô de vocês estudava Teologia há

muito tempo, em 2008, a igreja fez uma grande cam-panha chamada Missão Calebe. Nas férias de janeiro, fui com um grupo de jovens para Novo Paraná, que fica no oeste da Bahia. Falamos sobre saúde, família e outras coisas para as pessoas, umas 500 que moravam lá. Na segunda semana, iríamos começar a falar da Bíblia, e eu achava que menos pessoas iriam freqüentar nossas reu-niões à noite. Mas, antes de tudo, tivemos uma idéia...

– Que idéia, vovô? – pergunta um dos pirralhos.– Desde o começo, dentro do lugar onde fazía-

mos as palestras, colocamos uma caixa toda arru-mada, com uma Bíblia dentro. Ela ficou lá, fechada por uma semana. Todo mundo queria saber o que ela escondia. E, antes de começar a falar da Bíblia, a gente abriu a caixa...

– E aí, vovô, o que aconteceu? [PAUSE]Se Jesus não voltar antes, esta será uma das

histórias contadas por esses futuros idosos em mais ou menos 2041. No 1º Campori de Jovens da União Nordeste, realizado em novembro do ano passado, jovens atenderam a um desafio de participar da Missão Calebe e pregar em cidades com ou sem a presença adventista nas férias de janeiro seguinte. E aconteceu: 315 equipes visitaram e deram estu-dos bíblicos, pregaram e ajudaram pessoas. Resultado: mais de 2-5-0-0 B-A-T-I-S-M-O-S.

[PLAY] – Elas gostaram! E começavam a vir ainda mais pessoas para as reuniões que fazíamos à noite, adultos e crianças. Quatro pessoas foram batizadas, participaram do acampamento de verão com a gente, e então...

Jovens criam site para evangelizar

Em 2004, quatro amigos conversavam num acampamento no Rio Grande do Sul sobre a possibilidade de evangelizar com jovens pela internet. Eles se esforçaram, e o projeto se concretizou com o site Mis-são Jovem, criado por Alex Arno, Leandro Isotton, Jéferson Lima e Ma-theus dos Santos. Entre outros recursos, ele abre espaço para jovens conversarem e se conhecerem. Há também um sistema de respostas a perguntas bíblicas feitas pelos internautas. Pastores e outras pessoas convidadas ajudam a respondê-las.

Abril

12 Bom de Bíblia: 2º Concurso Bíblico Sul-Americano. Eliminatória regional-distrital

18 a 20 Congresso de Universitários Univir/Iaene (Bahia)

26 Dia do Desbravador

Maio10 a 11 Evangelismo do Dia das Mães

30 a 31 Convenção com universitários em Ji-Paraná

Junho06 a 07 Simpósio de Universitários em Fortaleza, CE

14 Aula Magna da Agremiação Gaúcha dos Universitários Adventistas (Agua)

14 Janpar (Dia dos Namorados)

20 a 21 Simpósio de Músicos – Iaene (Bahia)

Cerca de 300 estudantes participa-ram do 2º Congresso Universitário em Manaus, AM. O encontro teve como convidado especial o pastor Roberto Conrad Filho, ex-orador dA Voz da Pro-fecia. Com o tema “Princípios”, foi discu-tida a importância de os jovens cristãos manterem-se firmes naquilo em que acreditam, apesar da pressão externa. O encontro foi patrocinado pela Socie-dade de Universitários Adventistas do Amazonas (Suama), em parceria com os departamentos de música das Associa-ções do Estado.

Estudantes participam de congresso em Manaus

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Experiências e dicas de quem encarou a aventura de morar fora do Brasil

Eu tinha 16 anos quando, num rompante de coragem, meus pais assinaram a autorização do Jui-zado de Menores me permitindo

viajar sozinha pelo mundo afora. Loucura? Foi sim. Mas quem em sã consciência abre mão do que é familiar pra viver o que é to-talmente diferente? A resposta é simples: gente doida que sabe o que está fazendo mesmo sem saber como fazer. Um tipo de gente movida por um misto de esperança, força de vontade e uma pitada de loucura que permite correr riscos, longe de casa.

A língua é certamente um desa-

fio. De repente, você se vê ilhado por sons e palavras estranhos. Você escuta, mas não entende; tenta falar e não é entendido. A frustração é praticamente inevitável, mas basta continuar tentan-do. É bom lembrar que o exercício do aprendizado é tarefa para a vida inteira. Ninguém morre por reconhecer que não sabe. Aprender uma segunda cultura, mais do que simplesmente aprender uma segunda língua, requer humildade, cora-gem e perseverança. Aos poucos, você se dá conta de que vai muito mais longe do que imagina.

De acordo com Márcio Basso, 30, além de um charme a mais no sotaque, o idioma materno é um poderoso aliado para cha-mar a atenção dos nativos. “As pessoas me escutavam e não sabiam de onde eu era e isso despertava o interesse delas”, disse.

No caso dele, quando foi de mudança para Guayaquil, sabia que teria que apren-der o espanhol “na marra”. Sua namorada era equatoriana e ele estava determinado a conhecê-la melhor. A princípio, ele tra-balhou como assessor de comunicação em uma sede administrativa da Igreja Adventis-ta. Posteriormente, atuou como vendedor de literatura cristã, e foi batendo de porta em porta e dando palestras na área de saú-de, colocando o “portunhol” à prova.

Márcio comprovou que existem mais coisas entre Cervantes e Camões do que se imagina. “As pessoas acham que o espanhol é fácil, que é muito parecido com o português”, comentou. “Só que a gente se engana, pois algumas pala-vras idênticas têm significados e formas de pronunciar bem diferentes.”

Glauce Cunha, 26, sempre quis morar fora do Brasil, mas

seus planos nunca pareciam decolar. Até o dia em que, aos 23 anos de idade, se viu completamente perdida no aeroporto de Heathrow, em Londres. Nessa hora, sozinha, e sem falar direito a língua de Shakespeare, ela se fez a pergunta que mais cedo ou mais tarde todo estrangeiro se faz: “O que é que eu estou fazendo aqui?”

Definitivamente o país que o recebe não é a sua casa; portanto, paciência. Se você está pensando em cortar o cordão umbilical e deixar pra trás a pátria-mãe, comece por aprender o significado da palavra “diferente”. Quando se vive em outra cultura quase tudo é atípico.

Fome, foi a primeira coisa que Lu-cas Iglesias,19, sentiu ao pisar

em solo caribenho em abril do ano pas-sado. Tinha sido

uma longa viagem até Trinidad e Tobago

e ele não se sentia segu-ro para se comunicar no

idioma estrangeiro. Só que, distante milhares de quilô-metros de casa, ele percebeu que era hora de sobreviver.

“Eu não conseguia falar com as pessoas, não as en-tendia e elas não me en-tendiam”, contou Iglesias. “Ainda assim, fui falando errado mesmo, e com a ajuda do pessoal fui me-lhorando”, continuou.

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O respeito é fundamental para ade-quar-se a outra cultura. Ignorar costumes, regras e atitudes, além de falta de res-peito, é falta de sabedoria. No começo, você pode até ficar sem entender muitos dos porquês. Porém, é indispensável de-senvolver uma espécie de sensibilidade cultural. O tempo se encarrega de ex-plicar muita coisa, e logo você nota que aprendeu um montão de coisas sobre os outros e muito mais sobre você mesmo.

“Morar em outro país foi uma das melhores coisas que fiz na vida”, relem-bra Glauce. “Não só porque aprendi outro idioma, mas porque estive inserida numa outra cultura e tive oportunidade de me conhecer melhor. Essa experiência desper-tou em mim o interesse de saber de onde eu vim, de conhecer mais da minha própria terra. Além disso, desenvolvi autoconfiança e, sobretudo, confiança em Deus.”

Lucas também ressalta que viver lon-ge de casa mudou sua maneira de ver o mundo e de tratar as pessoas. “Durante o tempo em que estudei fora, pude rever minhas prioridades”, afirma. “Mas o prin-cipal é que essa experiência fortaleceu meu relacionamento pessoal com Deus, meu companheiro quando estava sozinho.”

Não é fácil estar longe de todos os seus referenciais. Por isso, é preciso ter objetivos muito bem definidos e lembrar-se de suas razões para estar ali e onde pretende chegar. Outro fator importante é estar disposto a se adaptar sem, é claro, perder sua essência.

Você é singular e sua contribuição para o mundo é única. Portanto, esteja disposto a aprender e também a ensinar. Seja forte para enfrentar o descaso, o choque cultural e a ignorância de alguns. O conselho final fica por conta de Márcio, que há pouco tempo trouxe para o Brasil a melhor recor-dação de sua estada além-mar, sua esposa Eliza. “Vá com o espírito de ser útil”, concla-ma ele. O maior beneficiado nessa história toda é quem vai e volta com a mala cheia de boas lembranças e com a beleza de ver a vida de uma nova maneira.

Larissa PreussJornalista da TV Novo Tempo,

em Jacareí, SP

Lucas Iglesias

morou por oito meses

na University of the

Southern Caribbean

em Trinidad e Tobago.

Atualmente estuda

e pretende cursar a

faculdade de Direito.

Marcio Basso passou um ano no Equador onde trabalhou na Missão Equatoriana do Sul. Marcio é jor-nalista e trabalha para a Rede Nue-vo Tiempo, em Jacareí, SP. De fato, Elizabeth e Márcio se conheceram melhor. Hoje, estão casados e apren-dendo ainda mais o espanhol e o português.

Glauce Cunha

estudou por seis me-

ses em Wokingham,

Inglaterra. Hoje

trabalha como pro-

dutora de TV para a

Rede Novo Tempo,

em Jacareí, SP.

Larissa Preuss viveu cinco anos longe do Brasil. Formou-se em Jor-nalismo pela Southwestern Adven-tist University, nos Estados Unidos, e estudou cinco meses no Campus Adventiste du Saleve, na França. Atualmente, trabalha na produção e direção do programa Está Escri-to e apresenta o programa Código Aberto na TV Novo Tempo.

Pra quem vai morar

fora...

• Tenha certeza de estar com todos os documentos válidos e em dia. Isso vale para passaporte, visto e demais documentos de identificação, como título de eleitor, CPF, carteira de moto-rista e certificado de dispensa do exér-cito. E também levar seguro de saúde e cartão de crédito internacionais.

• Ao chegar ao país de destino, procure registrar-se na embaixada bra-sileira. Caso aconteça algo grave, como guerras ou catástrofes, nosso governo tem como localizar e ajudar você.

• Procure o máximo de informa-ções possíveis sobre o lugar onde você pretende morar. Informe-se sobre o clima, equivalência monetária, trans-porte, leis de trânsito, processo de re-gulamentação de trabalho e outros da-dos. Surpresas desagradáveis podem e devem ser evitadas com informação.

• Leve apenas o essencial. Lembre-se de que você sempre acaba juntando mais coisas do que imagina e não dese-ja pagar por excesso de bagagem.

• Escreva e memorize os números e códigos necessários para ligar de volta pra casa. Existem procedimen-tos específicos para cada país (www.embratel.com.br/Embratel02/cda/portal/0,1446,RE_P_1084,00.htm).

• Ao chegar, procure um lugar onde você tenha acesso à internet. Você vai precisar ter algum tipo de contato com sua família, seus amigos e sua língua materna.

• Se for estudar, vá com toda a documentação legal. É bom também ter a carteirinha de estudante interna-cional.

• Se você vai para trabalhar, certifi-que-se de que toda a regulamentação do processo de trabalho foi feita e de que você possui o visto apropriado.

• Procure sempre o jeito certo de fazer as coisas e lembre-se de que nin-guém gosta de gente trapaceira.

• Ore sempre e confie em Deus. Ele promete cuidar de tudo, se entre-garmos nossa vida em Suas mãos.

• Faça o check-in, dê um abraço bem apertado em quem você ama e não olhe para trás.

• No mais, boa viagem.

Glauce Cunha (esquerda)

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INTIMIDADE COM DEUSFernanda Lara (MusiCasa)Produção de Giordani Vidal

O som da cantora gaúcha Fernanda Lara tem uma aura, assim, digamos, transcendental. “Intimidade com Deus”, seu quarto CD, é uma releitura de dez hinos do Hinário Adventista, produzido em dobradinha com o marido, Giordani Vidal. E dá-lhe aqui todo o arsenal de efeitos de sintetizadores, de onde pululam gaitas de foles, ruídos de natureza, harpas celtas, batidas de taikos (percussão medieval), entre outros sons não-identificáveis, mas muito bonitos. A voz de Fernanda fecha com delicadeza esse circuito, acompanhada de um vocal que emula o canto gregoriano. Entendeu o porquê do “transcendental”?

Trajetória inspiradora

Angel Resende do Patrocínio25 anosTaguatinga, DF

NÃO TENHO FÉ SUFICIENTE PARA SER ATEUNorman Geisler e Frank Turek (Vida)

“Hoje, muitos acreditam que a ciência substitui a Bíblia. Lendo este livro, vemos que a coisa não é bem assim. O autor apresenta bons argumentos para a defesa da fé, com uma linguagem jovem e fácil de se compreender, e relata uma serie de equívocos científicos tidos como verdade absoluta.”

Fabiana Martins19 anosSão Paulo, SP

OS DEZ MANDAMENTOSLoron T. Wade (CASA)

“Reúne conselhos muito úteis e mostra que os mandamentos de Deus

abrangem todos os aspectos da vida. O livro mudou minha concepção sobre as leis, pois achava que elas estivessem muito distantes da minha vida. Agora, comecei a colocar as leis em prática de verdade – e tenho sido mais feliz.”

Márcio Tonetti23 anosMamborê, PR

MUNDO SUSTENTÁVELAndré Trigueiro (Globo)

“Falar sobre meio ambiente está na moda. Mas o autor foge do estilo ‘figurão verde’

que fica apenas no nível da retórica e mostra um pouco do trabalho que realizou nos últimos anos. O foco está na ação de iniciativas interessantes que já foram tomadas, como usar a água de forma consciente e aproveitar o lixo.”

o que estou lendo Já seria muito improvável que um dos oito filhos de uma mãe sozinha de um bairro pobre de Baltimore, nos EUA, se tornasse almirante duas estrelas da Marinha. Mas mais inesperado ainda é este almirante se tornar o primeiro adventista e o primeiro afro-americano a liderar uma corporação de capelães da história da Marinha e, mais tarde, a capelania do Senado dos EUA, com o mesmo ineditismo. Essa é a história de Barry Black, que superou uma infância aparentemente sem futuro para se tornar um homem poderoso e influente.

Em Sonho Impossível (CASA, 254 páginas), Barry narra sua trajetória do gueto ao Senado. Não se trata exatamente de uma autobiografia ao tom de Ben Carson (também publicado pela CASA). O foco parece estar mais no aspecto motivacional, com um enredo todo entremeado de aplicações e dicas para alcançar o sucesso, tiradas de seu próprio aprendizado. Ao fim da maior parte de cada capítulo, o autor faz um apanhado geral em tópicos das lições aprendidas naquele episódio, de forma bem didática.

O percurso abrange várias fases da vida de Barry, mas não é tratado de forma linear. Ela inclui momentos divertidos – como os devaneios amorosos, a decisão de raspar a cabeça e a escolha de casas para alugar – e também se propõe a ser um livro inspirador e surpreendente. Mas além dos aspectos profissionais, a vida de Barry chama atenção por sua confiança e dependência irrestrita à vontade de Deus. E aqui vai o maior segredo de sua trajetória: ser um homem de oração. – Fernando Torres

A JORNADA

O ano é 1890. O professor de um seminário bíblico, Russell Carlisle (D. David Morin, de Compromisso Precioso), está prestes a publicar seu livro. Mas um dos membros da comissão avaliadora, o Dr. Norris Anderson (Gavin MacLeod, de O Barco do Amor), se opõe à publicação devido ao que ele considera um erro grave: falar de valores e moral sem mencionar a autoridade por trás deles – Jesus. Para provar que a idéia de que o homem pode viver sem Deus

traz graves conseqüências, Anderson desafia Carlisle a ver por si mesmo uma sociedade que abraçou essa doutrina. Como? Enviando-o mais de cem anos ao futuro em uma máquina do tempo. A partir daí, o cenário é o de uma grande cidade cheia de tentações e de “cristãos” que acham que podem ser bons por si sós. A ficção científica um pouco “forçada” é compensada pelo bom roteiro, personagens e diálogos convincentes. O toque de humor leve se mistura bem à proposta séria do filme de analisar a decadência moral do mundo que vive na iminência da volta de Jesus. Mas, atenção: deixe de lado alguns erros teológicos como o “inferno eterno” e o “arrebatamento secreto”. – Michelson Borges

ENTRE DOIS MUNDOS

Dirigido por Vic Sarin, Entre Dois Mundos mostra o quanto o preconceito e o ódio inspirados pela religião podem ser destrutivos. Em 1947, com o fim da dominação inglesa, a Índia enfrentou os efeitos do esfacelamento e da intolerância entre muçulmanos, sikhs e hindus, incluindo chacinas internas. Num desses ataques, a muçulmana Nassem (Kristin Kreuk,

de Smallville) é salva por Gian, ex-soldado sikh. O jovem, cansado dos horrores da guerra, refugia-se numa vida simples de agricultor e se vê obrigado a enfrentar os próprios conterrâneos para defender a moça – por quem, obviamente, vai se apaixonar. Mas quando Nassem descobre que sua família está viva no Paquistão, o que parecia a possibilidade de um feliz reencontro acaba se tornando um pesadelo. O drama bem construído mostra que o amor verdadeiro pode sobrepujar diferenças raciais e religiosas. Um bom filme, mas que exige algumas caixas de lenços à mão... – MB

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traz graves conseqüências, Anderson desafia Carlisle a ver por si mesmo uma

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INTIMIDADE COM DEUSFernanda Lara (MusiCasa)Produção de Giordani Vidal

O som da cantora gaúcha Fernanda Lara tem uma aura, assim, digamos, transcendental. “Intimidade com Deus”, seu quarto CD, é uma releitura de dez hinos do Hinário Adventista, produzido em dobradinha com o marido, Giordani Vidal. E dá-lhe aqui todo o arsenal de efeitos de sintetizadores, de onde pululam gaitas de foles, ruídos de natureza, harpas celtas, batidas de taikos (percussão medieval), entre outros sons não-identificáveis, mas muito bonitos. A voz de Fernanda fecha com delicadeza esse circuito, acompanhada de um vocal que emula o canto gregoriano. Entendeu o porquê do “transcendental”?

ALESSANDRA SAMADELLO(Novo Tempo)Produção de Ariney Oliveira

Depois de uma retirada estratégica, ela está de volta. E com tudo. Primeiro, em dezembro de 2007, Alessandra Samadello lançou “Nasce em Mim”, uma coletânea de oito cânticos de louvor, compostos para a Caravana do Poder com o pastor Bullón. Bem, se CD de louvor já estava na moda, Alessandra

reconsagrou o estilo. Aproveitando a maré

a seu favor, em abril, ela lança duas coletâneas de “melhores momentos”. Estão lá clássicos como Braços Abertos e A Esperança é Jesus e também as mais recentes Minha Vida e Semente. Ao todo, são 16 reproduções, acompanhadas dos play-backs correspondentes.

ENQUANTO EU VIVERNova Voz (Novo Tempo)Produção de Álisson Melo

Pergunte para quem está por dentro: qual é o grupo musical da vez? Uma das possíveis respostas será o Nova Voz, da Igreja de Moema, em São Paulo. Criado há 20 anos, tornou-se realmente popular com o hit Creio

em Ti (aquele da moça que vai à igrejaaaa), do disco homônimo. Recém-lançado, o álbum “Enquanto eu Viver” pretende manter o grupo no auge. Para isso, mantém a marca pop, mas também insere elementos eruditos em algumas canções. Por exemplo: se a faixa-título tem uma orquestração primorosa, também é verdade que é uma música feita para cantar junto. Na seqüência, o CD traz um repertório com dez faixas muito bem selecionadas – nove brasileiras e uma versão da banda australiana Hillsong. Fazem bonito: Brilha Tua Luz, Seu Grande Amor, Vinde a Mim, Quando Me Chamar... ah, o disco todo!

Em tempo: repare como, nos últimos anos, a Igreja de Moema se tornou um expoente musical, abocanhando um privilégio antes predominante nos internatos. Caracterizada por ser uma igreja jovem, naturalmente agrupou os ex-alunos dos colégios internos, famintos por música. Tornou-se, assim, o ambiente ideal para fomentar novos talentos e, de quebra, um público apurado.

Fernando Torres

Trajetória inspiradora

Fernando Torres

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Já seria muito improvável que um dos oito filhos de uma mãe sozinha de um bairro pobre de Baltimore, nos EUA, se tornasse almirante duas estrelas da Marinha. Mas mais inesperado ainda é este almirante se tornar o primeiro adventista e o primeiro afro-americano a liderar uma corporação de capelães da história da Marinha e, mais tarde, a capelania do Senado dos EUA, com o mesmo ineditismo. Essa é a história de Barry Black, que superou uma infância aparentemente sem futuro para se tornar um homem poderoso e influente.

Em Sonho Impossível (CASA, 254 páginas), Barry narra sua trajetória do gueto ao Senado. Não se trata exatamente de uma autobiografia ao tom de Ben Carson (também publicado pela CASA). O foco parece estar mais no aspecto motivacional, com um enredo todo entremeado de aplicações e dicas para alcançar o sucesso, tiradas de seu próprio aprendizado. Ao fim da maior parte de cada capítulo, o autor faz um apanhado geral em tópicos das lições aprendidas naquele episódio, de forma bem didática.

O percurso abrange várias fases da vida de Barry, mas não é tratado de forma linear. Ela inclui momentos divertidos – como os devaneios amorosos, a decisão de raspar a cabeça e a escolha de casas para alugar – e também se propõe a ser um livro inspirador e surpreendente. Mas além dos aspectos profissionais, a vida de Barry chama atenção por sua confiança e dependência irrestrita à vontade de Deus. E aqui vai o maior segredo de sua trajetória: ser um homem de oração. – Fernando Torres

Pergunte para quem está por dentro: qual é o grupo musical da vez? Uma das possíveis respostas será o Nova Voz, da Igreja de Moema, em São Paulo. Criado há 20 anos, tornou-se realmente popular com o hit

A JORNADA

O ano é 1890. O professor de um seminário bíblico, Russell Carlisle (D. David Morin, de Compromisso Precioso), está prestes a publicar seu livro. Mas um dos membros da comissão avaliadora, o Dr. Norris Anderson (Gavin MacLeod, de O Barco do Amor), se opõe à publicação devido ao que ele considera um erro grave: falar de valores e moral sem mencionar a autoridade por trás deles – Jesus. Para provar que a idéia de que o homem pode viver sem Deus

traz graves conseqüências, Anderson desafia Carlisle a ver por si mesmo uma sociedade que abraçou essa doutrina. Como? Enviando-o mais de cem anos ao futuro em uma máquina do tempo. A partir daí, o cenário é o de uma grande cidade cheia de tentações e de “cristãos” que acham que podem ser bons por si sós. A ficção científica um pouco “forçada” é compensada pelo bom roteiro, personagens e diálogos convincentes. O toque de humor leve se mistura bem à proposta séria do filme de analisar a decadência moral do mundo que vive na iminência da volta de Jesus. Mas, atenção: deixe de lado alguns erros teológicos como o “inferno eterno” e o “arrebatamento secreto”. – Michelson Borges

ENTRE DOIS MUNDOS

Dirigido por Vic Sarin, Entre Dois Mundos mostra o quanto o preconceito e o ódio inspirados pela religião podem ser destrutivos. Em 1947, com o fim da dominação inglesa, a Índia enfrentou os efeitos do esfacelamento e da intolerância entre muçulmanos, sikhs e hindus, incluindo chacinas internas. Num desses ataques, a muçulmana Nassem (Kristin Kreuk,

de Smallville) é salva por Gian, ex-soldado sikh. O jovem, cansado dos horrores da guerra, refugia-se numa vida simples de agricultor e se vê obrigado a enfrentar os próprios conterrâneos para defender a moça – por quem, obviamente, vai se apaixonar. Mas quando Nassem descobre que sua família está viva no Paquistão, o que parecia a possibilidade de um feliz reencontro acaba se tornando um pesadelo. O drama bem construído mostra que o amor verdadeiro pode sobrepujar diferenças raciais e religiosas. Um bom filme, mas que exige algumas caixas de lenços à mão... – MB

ESCRITORES DA LIBERDADE

O filme estrelado pela atriz Hillary Swank (duas vezes premiada com o Oscar, um deles por Menina de Ouro) se baseia em fatos reais. É o emocionante relato de uma experiência pedagógica bem-sucedida e faz lembrar produções como Sociedade dos Poetas Mortos. A professora Erin Gruwell (Swank) assume uma turma de alunos

problemáticos, de diferentes origens étnicas. Como a tendência dos jovens é se isolar em guetos, a professora é vista como representante do domínio dos brancos. Mesmo sem o apoio da direção da escola, Erin desenvolve um projeto de leitura inspirado no livro O Diário de Anne Frank, e consegue mostrar aos alunos que a exclusão e o preconceito podem afetar qualquer um, independentemente da cor da pele, da origem étnica e da religião. Um ótimo filme, mas que não deve ser visto por crianças – contém cenas que exigem mais maturidade. – MB

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problemáticos, de diferentes origens étnicas. Como a tendência

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“Tenho que agradecer porque eu tenho uma vida abençoada. Ele existe em minha vida.” Esta frase, cheia de fervor religioso, não foi dita em uma igreja, mas em meio ao encerramento do show da banda Babado Novo, na

terça-feira do Carnaval baiano. Cláudia Leite, ex-vocalista da banda, proferiu as palavras, enquanto se despedia de seus companheiros. Cláudia, que está investindo pesado na carreira solo, tem feito notórias demonstrações de sua espiritualidade. A revista Veja (27/02/08), numa matéria sobre a artista, observou: “A cantora fala em Deus a todo instante e, mesmo quando rebola no palco, se preocupa em não parecer vulgar. ‘Uso shortinho para valorizar minhas curvas, mas sem desrespeitar a Deus.’”

Parece surpreendente que algumas noções bíblicas sobre conduta sejam ignoradas mesmo por pessoas que se declarem religiosas ou “abertas à espiritualidade”. Esse contra-senso pode ser explicado pela “modernidade religiosa”, mais descomprometida e livre de padrões encontrados em instituições cristãs tradicionais. Ou seja, seguindo esse novo paradigma, todos falam livremente de Jesus sem haver necessariamente um compromisso religioso formal ou um comportamento que se enquadre naquilo que a moralidade cristã há séculos tem disseminado.

O fenômeno da “modernidade religiosa” atrai cada vez mais a atenção de antropólogos, sociólogos e estudiosos do campo religioso. Geralmente, o enfoque de muitas dessas pesquisas recai sobre as formas de se cultuar

a Deus. Também não é incomum a mídia secular comentar, grosso modo mordazmente, as extravagâncias de cultos ou de determinados músicos e eventos musicais do mundo gospel.

Talvez vitimada por essa “febre” de interesse na mudança do paradigma religioso, a revista Galileu tenha publicado, no mês de fevereiro, reportagem destinada a retratar grupos religiosos que buscam atrair determinados segmentos da sociedade através de formas pouco convencionais de cultuar a Deus.

Ao se deparar com a matéria, o leitor mais avisado percebe de imediato um lapso do articulista, que afirma que a revista visitou certos segmentos religiosos com o fito de “entender os novos caminhos do protestantismo no Brasil”. É preciso que se estabeleça a distinção entre os protestantes, grupos cristãos surgidos a partir ou sob a influência da Reforma Protestante do século 16, e os pentecostais, grupos de cristãos surgidos no

início do século passado: os primeiros enfatizam princípios como sola scriptura (fé somente

baseada na Escritura), desenvolvendo um estilo de vida fundado no que acreditam ser princípios bíblicos. O culto em tais igrejas é, em geral, pacífico, sem grandes exibições teatrais, focado no estudo da Bíblia e bem próximo

da imagem que a maioria das pessoas esperaria encontrar em um culto cristão.

Os pentecostais, por sua vez, enfatizam a experiência mística intensa, explorando a adoração que leva a um

êxtase místico, que, naqueles grupos mais antigos, é atingido quando a música

utilizada pelos adoradores (bastante dinâmica e ritmada) conduz à

glossolalia (o falar em línguas estranhas). Presente em um culto realizado no Batalhão de Operações Especiais da PM

carioca (Bope), a reportagem de Galileu descreve que na

“platéia, algumas pessoas entraram em uma espécie de

Religião a gosto do freguês

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Está cada vez mais difícil separar o sagrado do profano

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transe conhecido como falar línguas estranhas’, no qual o fiel supostamente possuído por alguma força espiritual, diz coisas sem sentido. Outros falam sozinhos, convictos de que conversaram diretamente com Deus”. Essa descrição não pode ter qualquer relação com supostos caminhos do “protestantismo no Brasil”, porque se trata claramente de um culto pentecostal.

A matéria segue descrevendo o marcante “tom emocional” presente nas reuniões realizadas no Bope. Além de retratar as experiências místicas, Galileu mostra a tendência das denominações pentecostais de utilizar versões “cristianizadas” de ritmos seculares para atrair novos adeptos. Em certo trecho, podemos ler que “na igreja, [o pastor Silas] Rahal promove algumas vezes por ano shows abertos, nos quais qualquer banda pesada, cristã ou não, pode chegar e dar uma canja. Ele mesmo inicia o evento cantando e tocando uma guitarra distorcida, acompanhado por adolescentes no baixo e na bateria. Toca uma dezena de músicas, quase todas falando de Deus”.

O pastor Rahal incentiva seus fiéis a participar de seus cultos-shows comparando “a dança das festas da Palestina”, as quais “Jesus e os apóstolos adoravam”, ao punk. “Tenho certeza de que se vivessem hoje, [Jesus e os apóstolos] estariam conosco”, diz ele.

Essa forma de evangelizar não é hegemônica entre

O CD JA 2008 contém uma seleção de músicas com assuntos de interesse da galera.

Todas elas procuram mostrar ao jovem a beleza e a aventura de viver por Jesus.

A interpretação de base é do grupo Novo Tom.

O CD, como os demais, vem com playbacks e faixas multimídia, com transparências e partituras.

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os cristãos. Muitos pensam que esses procedimentos descaracterizam o estilo de vida bíblico. Até que ponto podem os cristãos influenciar outras pessoas se sua mensagem é divulgada em meios associados à violência, sensualidade, rebeldia ou contra-cultura?

Charles Colson argumenta que “o perigo é que a cultura popular cristã possa imitar a cultura em voga, mudando somente o conteúdo. O mercado musical abunda de rock e rap cristãos, blues e jazz cristãos, heavy metal cristão. ... De muitas formas, esse é um desenvolvimento saudável, mas sempre precisamos perguntar: Estamos criando uma cultura genuinamente cristã, ou estamos simplesmente criando uma cultura paralela com uma aparência cristã? Estamos impondo um conteúdo cristão a uma forma já existente? A forma e o estilo sempre transmitem uma mensagem própria” (O Cristão na Cultura de Hoje, CPAD, p. 291).

De uma perspectiva cristã, é preciso que se considere até que ponto é saudável ao culto uma abordagem que se baseie na proximidade com quem se quer evangelizar em detrimento de profunda consideração sobre o que o próprio Deus revelou a respeito de Si e da forma como quer ser adorado tanto na esfera congregacional como na vivência pessoal.

Douglas ReisCapelão do Colégio Adventista de Itajaí, SC.

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É sensato supor que nossos pensamentos, sentimentos e ações sejam realmente nossos? Quais intrincados mecanis-mos nos permitem pensar, sentir e agir? Como incorporamos as informações que influenciam na formação do caráter e da personalidade?

Na antiga Grécia, o filósofo Aristóteles, tentando encon-trar a origem do pensamento, julgou que o coração era o órgão responsável pelos sentimentos e as idéias, o cérebro pela regu-lação da temperatura do corpo e a secreção do nariz um fluido cerebral que fazia parte dessa refrigeração. É fácil rir dessas idéias, pois, afinal, a ciência progrediu bastante, e temos hoje muito mais conhecimento sobre o aprendizado humano.

Isso nos possibilitou estabelecer a relação entre o cérebro e a aprendizagem e conseqüentemente entender os mecanis-mos que influem no que somos. Segundo Robert Sternberg, no livro Psicologia Cognitiva, podemos imaginar “o cérebro como o patrão do nosso corpo, com vários outros órgãos res-pondendo-lhe. Como qualquer bom patrão, entretanto, ele ouve seus subordinados (os outros órgãos do corpo) e é por eles influenciado” (p. 45).

É por meio dos cinco sentidos (paladar, tato, olfato, au-dição e visão) que o cérebro capta informações externas, transportadas até ele pelo sistema nervoso. Portanto, desde o instante em que o sistema nervoso foi formado, ainda na gestação, tudo o que vimos, ouvimos, cheiramos, experi-

mentamos e sentimos construiu o que somos.Quando nascemos, herdamos cerca de 100 bilhões

de neurônios cerebrais. Esses neurônios se conectam entre si dando significado a cada informação que

chega. Em um recém-nascido, há pouco contato entre os neurônios, mas a quantidade de co-

nexões aumenta com o passar do tempo, nos primeiros anos de vida. Depois,

tem início a “poda”. “Perduram e fortalecem-se apenas as liga-

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puberdade, esse processo praticamente já se encerrou. O adulto tem à disposição uma rede neuronal bem estabelecida, mas com menor capacidade de adapta-ção” (Gerhard Friedrich, revista Mente e Cérebro, edição especial nº 8, p. 11).

Dessa forma, é construído um ser humano único. Nem mesmo gêmeos idênticos possuem as mesmas conexões neurais, já que essa rede é única em cada indivíduo. À semelhança do computa-dor, o cérebro armazena e classifica da-dos e, quando solicitado, vasculha tudo o que tem sobre determinado assunto para produzir uma resposta. Friedrich também afirma que “cada mensagem provinda dos sentidos faz o cérebro revi-rar a memória em busca de informações pertinentes a ela. Reúne-se tudo que já aprendeu ou experimentou no passa-do a seu respeito” para produzir uma resposta ou incluir um elemento novo. Da mesma forma que um computador, ninguém pensa no vazio: precisamos de dados armazenados para pensar.

Armazém de dadosA pergunta, então, é: Que tipo de

dados estamos armazenando em nos-so cérebro? O que temos visto, ouvido ou experimentado? Que conexões es-tão sendo formadas por meio do nosso pensamento?

Muitas vezes não temos a consci-ência de que nossos sentimentos, emo-ções, opiniões, decisões e até mesmo muitos atos são fruto de dados arma-zenados no cérebro ao longo da vida. Nos capítulos “Hábitos” e “Formação do Caráter”, de Mente Caráter e Per-sonalidade, v. 2, Ellen White apresenta a cadeia de construção do nosso caráter: nossos pensamentos se transformam em atos, a repetição de um ato forma um hábito, e o conjunto de hábitos forma o caráter. E a essa altura você já concluiu que nossos pensamentos se formam da-quilo com que alimentamos o cérebro.

Em Mensagens aos Jovens, Ellen White também afirmou: “Aqueles que

não querem ser presa dos ardis de Sa-tanás devem guardar bem as entradas da alma; devem evitar ler, ver, ou ouvir aquilo que sugira pensamentos impu-ros” (p. 285). Em Mente, Caráter e Per-sonalidade, v. 1, ela continua: “A men-te é afetada grandemente por aquilo de que se alimenta. Os leitores de contos frívolos, excitantes, tornam-se inaptos para os deveres que têm pela frente. Vi-vem uma vida irreal e não têm desejo de examinar as Escrituras, a fim de alimen-tar-se com o maná celestial” (p. 110).

“É só uma vez...”Já escutei de muitas pessoas: “Não

tem problema isso, é só uma vez.” Ou: “De vez em quando não faz mal.” Ou ainda: “Eu sei que é errado, mas isso não me afeta.” Essas afirmações são contrá-rias aos mecanismos de funcionamento cerebral. Veja:

Hoje, está cientificamente com-provado que sentimentos e emoções desempenham papel decisivo na cons-trução da memória. As informações revestidas de colorido emocional não apenas encontram mais facilmente o caminho até a memória de longa du-ração, mas também permanecem mais acessíveis, prontas a serem evocadas. Alguém tem alguma dúvida de que novelas e filmes passam informações revestidas de colorido emocional? En-volvemo-nos com a trama, sentimos fortes emoções e “engolimos” muitas informações sobre valores e estilo de vida que ficarão gravadas na nossa me-mória, e com certeza terão seu papel na construção daquilo que somos.

Satanás usa toda essa informa-ção científica para ganhar terreno na destrui- ção da nossa vida espiritual.

Com tantas informações científicas, será que ainda nem paramos para refletir como fez Aristóteles, na Antiguidade, a respei-to da origem de nosso pensamento? Como poderemos fazer uso dessas informações para alcançar a vi-tória sobre o pe-cado e ganhar a

vida eterna?Mais uma vez, a Bíblia

é a portadora da verdade: “Tudo o que é verdadeiro, tudo o que é respeitável, tudo o que é justo, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se alguma virtude há e se algum louvor existe, seja isso o que ocupe o vos-so pensamento”

(Filipenses 4:8).

É sensato supor que nossos pensamentos, sentimentos e ações sejam realmente nossos? Quais intrincados mecanis-mos nos permitem pensar, sentir e agir? Como incorporamos as informações que influenciam na formação do caráter e da personalidade?

Na antiga Grécia, o filósofo Aristóteles, tentando encon-trar a origem do pensamento, julgou que o coração era o órgão responsável pelos sentimentos e as idéias, o cérebro pela regu-lação da temperatura do corpo e a secreção do nariz um fluido cerebral que fazia parte dessa refrigeração. É fácil rir dessas idéias, pois, afinal, a ciência progrediu bastante, e temos hoje muito mais conhecimento sobre o aprendizado humano.

Isso nos possibilitou estabelecer a relação entre o cérebro e a aprendizagem e conseqüentemente entender os mecanis-mos que influem no que somos. Segundo Robert Sternberg, no livro Psicologia Cognitiva, podemos imaginar “o cérebro como o patrão do nosso corpo, com vários outros órgãos res-pondendo-lhe. Como qualquer bom patrão, entretanto, ele ouve seus subordinados (os outros órgãos do corpo) e é por eles influenciado” (p. 45).

É por meio dos cinco sentidos (paladar, tato, olfato, au-dição e visão) que o cérebro capta informações externas, transportadas até ele pelo sistema nervoso. Portanto, desde o instante em que o sistema nervoso foi formado, ainda na gestação, tudo o que vimos, ouvimos, cheiramos, experi-

mentamos e sentimos construiu o que somos.Quando nascemos, herdamos cerca de 100 bilhões

de neurônios cerebrais. Esses neurônios se conectam entre si dando significado a cada informação que

chega. Em um recém-nascido, há pouco contato entre os neurônios, mas a quantidade de co-

nexões aumenta com o passar do tempo, nos primeiros anos de vida. Depois,

tem início a “poda”. “Perduram e fortalecem-se apenas as liga-

ções utilizadas com fre-qüência; as demais

se atrofiam. Na

1) Quanto mais se conhece um assunto, mais fácil será a fixação da

aprendizagem quando for repetida ou tiver um dado novo incluído. Em contrapartida, se não há conexões prévias suficientes sobre um de-terminado assunto, o novo elemento se perde. Portanto, vivenciar algo uma única vez já cria uma conexão, uma aprendizagem, abrindo ca-minho e facilitando a segunda vez.

2) Toda aprendizagem envol-ve um sentimento. Quando esse

sentimento é prazeroso, nosso cérebro pede mais e mais, formando um processo que se auto-alimenta. É por essa razão que quem curte esportes radicais, por exemplo, está sem-pre atrás de uma nova emoção que supere as demais; ou ainda quem namora, e está sujeito aos apelos sexuais da nossa sociedade, sempre deseja algo mais. Logo, por comparação, po-demos afirmar que os vícios em geral causam dependência do sentimento de prazer por eles produzido.

Patrícia Santeli Reside em São Paulo e é psicopedagoga

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Não e sim. Não, o homem não veio do macaco. E sim, ele também pode circular pelas árvores, se bem que

não com a mesma desenvoltura dos primatas. Isso eu mesma pude comprovar fazendo arvorismo. Estivemos em Brotas, cidade paulista que está cada vez mais especializada em ecoturismo e esportes de aventura. A cidade fica distante uns 230 km da capital paulista. Estávamos com um grupo de jovens adventistas. Quando digo “estávamos”, refiro-me também ao Fernando e ao Daniel, o fotógrafo da equipe da Conexão. O dia prometia. Estava quente.

O local da aventura era um conhecido hotel-fazenda da região. A propósito, foi em Brotas que o arvorismo acrobático deu as caras pela primeira vez no Brasil. Faz uns anos. Foi em 2001. Montaram um circuito em cima de postes de eucaliptos, chamaram alguns aventureiros experientes do exterior e aí foi uma festa. Esse primeiro percurso inspirou a construção de outros tantos em São Paulo, Santa Catarina, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Espírito Santo enfim, se espalhou pelo Brasil.

Na fazenda, o primeiro passo foi receber todas aquelas instruções que tranqüilizam o aventureiro a respeito da segurança do equipamento: capacete, cadeirinha presa a cordas (que o instrutor chamou de solteras). E também o mosquetão e o vagãozinho, uma espécie de polia que as mulheres (tão românticas!) preferem chamar de “coraçãozinho”. É esse vagãozinho que torna o circuito automático, quer dizer, depois de conectado ao cabo, no início do circuito, não tem mais volta. É só tocar adiante sem necessidade de prender ou soltar o mosquetão. Desconectar-se do cabo? Ah, só quando os pés tocarem terra firme novamente, ao fim do circuito. Antes disso, esqueça.

Ok. Orientações dadas e agora o que tiver de ser será.

VIDA DE TARZANTínhamos dois percursos, com desafios envolvendo

diferentes graus de dificuldade, equilíbrio e sangue-frio. Os monitores acompanhavam todo o trajeto, mas a tantos metros de altura você praticamente se esquece de que existe

Como viveria o homem-macaco caso tivesse existido? Nossa turma foi conferir com as próprias (e bambas) pernas

monitor neste planeta.Os instrutores garantiram

que os trajetos podiam ser feitos por pessoas de todos os

tamanhos e densidades (entendeu, né?). Mas nem por isso dava para

sonhar com moleza. A gente teve um interminável festival de pernas

bambas ali. E atravessou sobre duas cordas, fez o mesmo sobre apenas uma,

passou por irrequietos tocos presos a cabos de aço, movimentou-se agarrado a

redes, flexionou perna, estendeu perna... era uma tremedeira que não tinha fim. Entre um

desafio e outro, pequenas plataformas serviam de “sala de espera”: enquanto o trecho era percorrido por alguém, o próximo deveria esperar ali. Essas plataformas do percurso também eram ótimas para uma descansadinha básica, puxar o fôlego e curtir a visão do alto, contemplando a natureza.

As trilhas suspensas não estavam exatamente nas copas das árvores – e foi isso que faltou para que o esporte fizesse jus ao nome. As árvores estavam presentes ao redor, mas não exatamente em todo o circuito. De alguma forma, isso tinha um efeito educacional. A mata nativa estava ali, mas intocada, respeitada, preservada. E toda emoção e adrenalina que ela poderia proporcionar eram alcançadas com as fortes estruturas montadas a poucos metros de distância. De qualquer plataforma do circuito, podíamos ver a mata. Para os praticantes de esportes de aventura

ou para quem gosta de estar em contato com a natureza, era o ideal.

Eu escrevi que aquela tremedeira nas pernas não tinha fim? Teve sim. Mas o fim foi numa tirolesa atada a um poste (e aqui cada um teve sua própria história). Eu,

3 TIPOS DE ARVORISMOS* arvorismo técnico é feito por pessoas experientes

em técnicas verticais, que têm seus próprios equipamentos e cujo objetivo é subir ou transpor as copas das árvores. É um estilo muito utilizado por pesquisadores.

* arvorismo acrobático é uma extensão do técnico, criado para o entretenimento, onde os obstáculos a serem transpostos contam com certo grau de dificuldade.

* arvorismo contemplativo é o mais recente e foi criado para observar a natureza em percursos de baixa dificuldade, em passarelas firmes, proteções laterais de redes e amplas plataformas de parada. Essa modalidade geralmente não requer equipamentos de segurança e o guia da atividade costuma ser um biólogo que ajuda o praticante a ter um contato direto com a natureza.

Como viveria o homem-macaco caso Como viveria o homem-macaco caso

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monitor neste planeta.Os instrutores garantiram

que os trajetos podiam ser feitos por pessoas de todos os

tamanhos e densidades (entendeu, né?). Mas nem por isso dava para

sonhar com moleza. A gente teve um interminável festival de pernas

bambas ali. E atravessou sobre duas cordas, fez o mesmo sobre apenas uma,

passou por irrequietos tocos presos a cabos de aço, movimentou-se agarrado a

redes, flexionou perna, estendeu perna... era uma tremedeira que não tinha fim. Entre um

desafio e outro, pequenas plataformas serviam de “sala de espera”: enquanto o trecho era percorrido por alguém, o próximo deveria esperar ali. Essas plataformas do percurso também eram ótimas para uma descansadinha básica, puxar o fôlego e curtir a visão do alto, contemplando a natureza.

As trilhas suspensas não estavam exatamente nas copas das árvores – e foi isso que faltou para que o esporte fizesse jus ao nome. As árvores estavam presentes ao redor, mas não exatamente em todo o circuito. De alguma forma, isso tinha um efeito educacional. A mata nativa estava ali, mas intocada, respeitada, preservada. E toda emoção e adrenalina que ela poderia proporcionar eram alcançadas com as fortes estruturas montadas a poucos metros de distância. De qualquer plataforma do circuito, podíamos ver a mata. Para os praticantes de esportes de aventura

ou para quem gosta de estar em contato com a natureza, era o ideal.

Eu escrevi que aquela tremedeira nas pernas não tinha fim? Teve sim. Mas o fim foi numa tirolesa atada a um poste (e aqui cada um teve sua própria história). Eu,

como a maioria, fui carimbando o chão com a parte mais fofa de mim. O Daniel veio cheio de si na mesma tirolesa, mas acabou não sendo freado pelo instrutor, passou feito um foguete por onde a gente estava e freou a si próprio, estendendo a mão na direção do tronco que sustentava o cabo. Felizmente, o “foguete” já tinha diminuído a velocidade e a freada não foi tão brusca. Ufa!

DE ONDE VEIO ISTO?O arvorismo surgiu na Costa Rica, na década de 1980.

Cientistas que pesquisavam a flora e a fauna do lugar consideravam uma grande perda de tempo descer

e subir das árvores para estudar animais silvestres, frutos, fungos, folhas, e outros organismos que se

encontravam nas copas. Foi assim que tiveram uma brilhante idéia: com a construção de pontes

suspensas que unissem uma árvore à outra, o tempo de descer e subir seria poupado. Alguns cientistas chegavam a construir plataformas em madeira para pernoitarem e passarem dias em cima das árvores observando as espécies.

A idéia logo foi ampliada e nasceu o arvorismo acrobático (esse que praticamos).

É uma proposta esportiva, não tem nada de científico. A origem do arvorismo acrobático é

creditada ora à França ora à Nova Zelândia, mas ninguém sabe com 100% de certeza onde a idéia surgiu primeiro. O que se sabe é que isso ganhou força como turismo ecológico e esporte de aventura.

Com o tempo, o arvorismo se desenvolveu e os circuitos se tornaram mais elaborados. Cabos de aço, cordas e madeiras formam escadas, túneis, redes, pontes suspensas, tirolesas e uma infinidade de outros obstáculos que injetam emoção ao percurso.

Como há perigos nessa atividade, segurança é uma preocupação constante. Os perigos básicos são queda e risco ambiental. Por isso, é primordial que os profissionais envolvidos na prática desse esporte sejam responsáveis pela segurança do atleta e do meio ambiente. O esporte só deve ser praticado com o uso de equipamentos apropriados listados nesta reportagem.

Alguém por lá disse que “arvorismo” vem da palavra “arvorar”, ou seja, “elevar ou levantar perpendicularmente”. Isso quer dizer que as estruturas do esporte não precisariam estar necessariamente fixadas em árvores, podendo estar em qualquer lugar desde que deixe o aventureiro suspenso. Mas, cá entre nós, tem graça fazer uma travessia entre dois prédios ou dois postes urbanos? É bem mais interessante fazer isso em um ambiente natural e ao ar livre, do jeitinho que fizemos mesmo.

velocidade e a freada não foi tão brusca. Ufa!

3 TIPOS DE ARVORISMOS* arvorismo técnico é feito por pessoas experientes

em técnicas verticais, que têm seus próprios equipamentos e cujo objetivo é subir ou transpor as copas das árvores. É um estilo muito utilizado por pesquisadores.

* arvorismo acrobático é uma extensão do técnico, criado para o entretenimento, onde os obstáculos a serem transpostos contam com certo grau de dificuldade.

* arvorismo contemplativo é o mais recente e foi criado para observar a natureza em percursos de baixa dificuldade, em passarelas firmes, proteções laterais de redes e amplas plataformas de parada. Essa modalidade geralmente não requer equipamentos de segurança e o guia da atividade costuma ser um biólogo que ajuda o praticante a ter um contato direto com a natureza.

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criado para observar a natureza em percursos de baixa dificuldade, em passarelas firmes, proteções laterais de redes e amplas plataformas de parada. Essa modalidade geralmente não requer equipamentos de segurança e o guia da atividade costuma ser um biólogo que ajuda o

EM PORTUGUÊS: ARVORISMO

EM INGLÊS: CANOPY WALKING

EM ESPANHOL: ARBORISMO

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Para relaxar do esforço empreendido no arvorismo, terminamos o dia com bóia-cross. Vida de atleta é assim! E, munidos de bóia gigante, capacete e colete salva-vidas, rumamos para o rio Jacaré-Pepira, que pertence à bacia do rio Tietê. Em Brotas, ele é muito utilizado para os esportes de aventura. Delícia fazer o trajeto ao sabor da correnteza do rio!

Nos trechos de calmaria, a gente mesmo comanda a bóia usando os braços como remos, mas na maior parte do caminho as águas levam você. É tranqüilo! Se bem que alguns emborcaram e provaram a água do Jacaré-Pepira ou empacaram nas margens, um pouco lamacentas. Mas nem isso era problema, porque havia instrutores sempre por perto para auxiliar ou resgatar um desavisado que fosse parar no meio das plantas, à beira do rio. Enfim, foi mais ou menos uma hora e meia para sossegar o coração. Vida de atleta é assim! Bo

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*Horários de atendimento: Segunda a quinta, das 8h às 20h / Sexta, das 7h30 às 15h45 / Domingo, das 8h30 às 14h.

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O templo do futebolOtiMar GOnÇalVes

Otimar GonçalvesLíder de Jovens na Divisão Sul-Americana

otimar.gonç[email protected]

“Tenho ido aos estádios de futebol algumas vezes, será que isso é errado? Continuo recebendo muitos convites dos meus amigos para assistirmos as partidas, mas tenho dúvidas em relação a isso. Será que o senhor pode me ajudar a esclarecer esse assunto? Às vezes, fico confuso. Será que estou pecando? Será que estou dando mau exemplo?” E.B.

O Brasil é considerado por milhões de pessoas o país do futebol e os jovens da nossa igreja acabam passando por uma enorme pressão de grupo para irem aos estádios. Vou apresentar quatro razões cristãs para a sua apreciação. Espero ajudá-lo:

1. Se Jesus vivesse hoje, será que Ele iria a um estádio de futebol para assistir aos jogos? Em minha mente, só me vem uma resposta: Não. Acredito que o estádio de futebol não é um lugar seguro ou apropriado para um jovem cristão estar. Seriam os estádios de futebol uma “roda dos escarnecedores” moderna? (Sl 1:1) Creio que sim, e sem medo de errar! Particularmente, nunca fui a um estádio de futebol. Quando vejo algumas partidas é pela televisão, e mesmo a distancia já ouvi palavrões sendo ditos e gestos obscenos sendo feitos. Além disso, geralmente existe consumo de bebidas alcoólicas nos estádios, além da fumaça de cigarros que empesteia o ar. Isso sem falar na violência entre as torcidas que são chamadas de “organizadas”. Definitivamente, o estádio de futebol não é um lugar seguro e apropriado para os nossos jovens estarem à procura de recreação saudável e aprovada por Deus.

2. Não podemos freqüentar lugares de diversão onde não seja possível pedir as bênçãos de Deus. O cristão não pode se separar de Deus em momento ou lugar algum. A idéia bíblica é que o nosso corpo é o “templo do Espírito Santo” (1Co 6:19) e que através de você Ele quer ter mobilidade e agilidade para testemunhar, isto é, você é a maneira mais sagrada de Deus alcançar outras pessoas. Você já imaginou que o seu corpo é um templo preparado para receber e manter o Espírito de Deus, e que esse templo pode estar vazio sem o Espírito Santo? A minha pergunta é: Será que Deus pode nos abençoar em qualquer lugar de diversão ou recreação? Preste bastante atenção nesta citação: “O verdadeiro cristão não desejará entrar em nenhum lugar de diversão nem se entregar a nenhum entretenimento sobre que não possa pedir a bênção divina. Não será encontrado no teatro [cinema] e nos salões de jogos [estádios de futebol]. Não se unirá aos alegres valsistas [baladas], nem

contemporizará com nenhum outro enfeitiçante prazer que lhe venha banir a Cristo do espírito. Aos que intercedem por essas distrações, respondemos: Não podemos com elas condescender em nome de Jesus de Nazaré... Cristão algum desejaria encontrar a morte em tal lugar. Nenhum quereria ser encontrado aí, quando Cristo viesse” (Mensagens aos Jovens, p. 398).

3. Faça tudo em sua vida para a glória de Deus (1Co 10:31). Será que podemos honrar e louvar o nome de Deus assistindo uma partida de futebol em um estádio? Alguém pode até dizer: “Mas nós assistimos em casa.”É infinitamente diferente; não dá para comparar o “clima” de uma arquibancada com a poltrona do sofá de casa. São dois ambientes completamente diferentes. Além do mais, alguns jogadores de futebol são idolatrados como deuses; isso é pecado.

Na dúvida, pergunte a si mesmo: “É verdadeiro,... é respeitável,... é justo,... é puro,... é amável,... é de boa fama,... há alguma virtude,... e se algum louvor existe, seja isso que ocupe o vosso pensamento” (Fl 4:8).

Ir aos estádios de futebol para assistir aos jogos é desperdício de tempo e de dinheiro. Alguns estão deixando de assistir aos cultos de adoração e louvor a Deus na igreja para assistir em outro “templo” o futebol e seus pequenos deuses. Isso está completamente errado. O mesmo acontece com alguns que ficam em casa vendo TV, ou fazendo qualquer outra coisa que não edifica, em vez de irem para a igreja louvar o nome de Deus. Penso também que ao pagarem para assistir a uma partida de futebol num estádio estão, no mínimo, ajudando a manter o show. Há jovens que chegam a ter carteira de sócios; são verdadeiros “membros” desse “templo” e adoradores de seus ídolos. Isso é lastimável.

“Se nos aventurarmos no terreno de Satanás não teremos nenhuma garantia de proteção de seu poder. Tanto quanto estiver em nós, devemos fechar todas as avenidas por onde o tentador possa ter acesso em nós” (O Maior Discurso de Cristo, p. 171).

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