Conferência Internacional - Valorização económica e sustentabilidade dos recursos marinhos . 17...

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Fórum do Mar - - Conferência Internacional - Valorização económica e sustentabilidade dos recursos marinhos Sea Forum- -International Conference-Economic enhancement and sustainability of marine resources Resumos /Abstracts

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Fórum do Mar -

- Conferência Internacional - Valorização económica e

sustentabilidade dos recursos marinhos

Sea Forum-

-International Conference-Economic enhancement

and sustainability of marine resources

Resumos /Abstracts

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Painel 1 –

Exploração e Monitorização de Recursos Marinhos

Panel 1 – Exploration and Monitoring of Marine Resources

Steven Scot, University of Toronto Title: Seafloor metal mining – the dawning of a new industry Abstract: First observed more than 30 years ago, high temperature hot springs (“black smokers”) on the

deep ocean floor are precipitating mounds and columnar edifices (“chimneys”) of copper, zinc,

lead, iron and silver sulphides, gold and other major and minor elements. Some deposits are of

sufficient size and metal content to be considered for mining. The speaker is a pioneer in the

study of these seafloor massive sulfide (SMS) deposits and is the co-discoverer of the Solwara

site in the Manus basin of the Bismarck Sea offshore eastern Papua New Guinea that a

Toronto-headquartered company, Nautilus Minerals, intends to mine. He will present an

overview of this new type of mineral resource, proposed robotic mining methods,

environmental issues unique to these deposits and implications for the Portuguese waters

around the Azores.

Marcel Jaspars, University of Abardeen Title: Grand challenges for current and future marine biotech research in Europe Abstract: Marine (‘Blue’) biotechnology is the only ‘colour’ of biotechnology that is defined by its source rather than by function. As such, it may find use in any number of applications in the food, energy, health, environment and industrial sectors. This presentation will explore the challenges and opportunities facing marine biotechnology and how to realise its potential to make a major contribution to all these sectors in Europe and globally. To achieve this, a number of ‘Grand Challenges’ in marine biotechnology need to be addressed in the fields of food, energy, health, environment and industry. Changes in policy, science funding, science administration, and education must be made to fully exploit the unique bioresources available in the oceans.

Vicente Pérez Muñuzuri, MeteoGalicia. Consellería de Medio Ambiente. Xunta de Galicia Title: Pro Oceanic observatory for the Iberian shelf (RAIA) Abstract: RAIA is an Interreg IV-A project between North of Portugal and Galicia supported by ERDF funds (2009-2013) whose main aim is the development of an oceanic observatory constituted by a cross-border infrastructure of observation of the ocean and by an extensive network of operational oceanography based in the monitoring and the prediction of the ocean by means of the use of numerical models and the construction and the development of new platforms ocean-meteorological in the mouths of the rivers Douro and Miño, in the mouth of the estuary of Pontevedra near of the Island of Ons and in the coastal platform to the height of Porto and Cape Silleiro. The project contemplates besides the following specific aims: Development of new technologies that allow to build a cross-border regional technological base with capacity for international expansion.

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Development of a common platform of data (observations in real time and forecasts). Operational implementation of hydrodynamic models, waves and water quality in the platform and coastal. The development and implementation of a wide range of products for end users (models of current and agitation, models of spill propagation, models of derives of larvae, forecast of the state of the sea, forecast of the quality of the waters, etc).

Ricardo Serrão Santos, Universidade dos Açores Título: Os Campos Hidrotermais e a sua Biosfera Abstract: Um dos mais interessantes habitats do mar profundo foi descoberto 1977 ao largo das Galápagos e 10 anos depois ao largo dos Açores. A muitos metros de profundidade foram encontrados autênticos oásis de vida marinha, muito distinta da que conhecíamos até então e marcada por elevadas densidades e biomassas em torno de sistemas vulcânicos ativos, as chamadas fontes hidrotermais. O paradoxo dos ecossistemas hidrotermais reside no facto de comportarem biomassas abundantes (+ de 20 kg/m2), biodiversidade endémica e de crescimento rápido apesar da elevada toxicidade ambiente como elementos radão radioativos e diversos metais pesados. As comunidades hidrotermais são metabólica e fisiologicamente diversas e sobrevivem em condições extremas de pressão, temperatura, acidez, elevadas taxas de metais pesados e radioatividade sendo por isso particularmente promissoras quanto ao seu potencial biotecnológico.

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Painel 2 –

Potencial de valorização económica dos recursos marinhos

Panel 2-Potential economic enhancement of marine resources Projecto: Windfloat Empresa: EDP Orador: João Maciel The WindFloat Project is a technology development project aiming at the demonstration of a deep / floating offshore technology. The WindFloat is triangular semi-submersible foundation integrating a multi-MW wind turbine, suitable for offshore wind energy exploration in locations with above 40m water depth. The WindFloat Project demonstration phase is being developed in Portugal and includes design, construction, installation and testing of a full scale WindFloat with a 2 MW turbine. The project is undergoing its construction / assembly phase and is estimated to be installed during 2nd semester fo 2011. The WindFloat Project is being developed by EDP Inovação, Principle Power, A. Silva Matos and Vestas and has secured a significant support from the Portuguese State. The project also involves a significant number of Portuguese companies and fosters the devlopment of a deep offshore wind technology cluster in Portugal. Projecto: WEGA Empresa: Sea For Life Orador: Jorge Pina Rodrigues Com o desejo de agarrar as oportunidades proporcionadas pelo nosso oceano, a Sea For Life é uma empresa Portuguesa que nasceu com o propósito de desenvolver e construir uma tecnologia inovadora capaz de converter a energia contida nas ondas em energia eléctrica – o dispositivo WEGA (Wave Energy Gravitational Absorber). Após terminar a fase de definição do conceito de aproveitamento de energia e respectivos ensaios laboratoriais, a Sea For Life entrou na segunda fase do seu desenvolvimento: o projecto de demonstração da viabilidade técnica do sistema WEGA em near shore. Este será um grande desafio, que se enquadra em linhas de desenvolvimento nacionais como as energias alternativas, tecnologia & inovação e aproveitamento dos recursos oceânicos, podendo o seu sucesso constituir uma nova fonte de exportações e, por isso, de competitividade nacional. Projecto: SIGA Empresa: Foodintech Orador: Miguel Fernandes O SIGA – Sistema Integrado de Gestão Alimentar, é um dos projectos associados á acção Panthalassa, que tem como objectivo o desenvolvimento de uma aplicação informática específica, para a gestão das operações de transformação alimentar. A aplicação SIGA suporta o conceito: “PAPER FREE INDUSTRY”, gestão de dados industriais sem a utilização de sistemas em papel. A tecnologia informática, que permite controlar e monitorizar todos os dados de produção, qualidade, segurança alimentar e rastreabilidade, é parte de uma visão global de

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incorporação tecnológica pelas Industrias Alimentares, que passa pelos seguintes níveis: Sistemas de Informação» Integração de Dados» Automação de Operações. O objectivo do sistema SIGA, prende se com a necessidade de registar, compilar e processar dados de produção de uma forma ágil, que por sua vez permitem á gestão alinhar os seus factores de produção numa estratégia de alto desempenho operacional. Projecto: Bubblenet Instituição: IPL /ESTM Orador: Tiago Almeida O projecto Bubble net trata, na sua essência, de uma nova arte de pesca que tem por base a preocupação com a resolução de problemas existentes numa das artes de pesca com maior importância a nível nacional e mundial: a pesca do cerco. A sensibilização para educação ambiental e ecológica da comunidade pesqueira e a conservação dos recursos marinhos são também um pilar deste projecto. Esta tecnologia inovadora pretende simular o comportamento das baleias corcunda de modo a aprisionar e capturar o peixe, tendo já sido efectuado um pedido de registo de patente internacional para a técnica inerente à Bubble net. A técnica desta arte é semelhante à utilizada no cerco tradicional com algumas inovações. A Bubble net será largada pela embarcação mais pequena (chata) de modo a cercar o cardume. Seguidamente liga-se a corrente de ar da câmara superior para a formação da parede de bolhas. Esta rede de bolhas irá cercar o cardume, à semelhança do que acontece na natureza, aprisionando-o. A captura do peixe deverá ser iniciada momentos após a rede de bolhas estar operacional, de modo a maximizar a captura e evitar a fuga de peixe, com a utilização de uma bomba sugadora. Após a cota do barco ser atingida, desliga-se a parede de bolhas, e recolhe-se a Bubble Net, processo muito rápido e inofensivo para o peixe não capturado. É de notar que na arte do cerco tradicional o peixe cercado é todo capturado, o excedente é posteriormente devolvido ao mar já morto ou declarado em lota como sendo outra espécie. A grande inovação reside na ausência de redes, responsáveis pela morte por aprisionamento de elevado número de grandes predadores, como os tubarões, por cerca de 90% dos arrojamentos de cetáceos (golfinhos e baleias que dão à costa), assim como pelo aprisionamento de tartarugas e outras espécies marinhas ameaçadas. A ausência de redes físicas, em conjunto com a bomba sugadora, elimina também o desgaste físico e o excessivo manuseamento do pescado, que diminui a sua qualidade sensorial (melhora a consistência da carne, e diminui as lesões). Permite, portanto, uma melhor qualidade do pescado, reduzindo de forma significativa a rejeição de peixe em lota e consequentemente a sua valorização. Deste modo, a eliminação das redes traduz-se, nesta nova tecnologia, em três ganhos essenciais: Ecologia, Economia e Qualidade do Pescado. complementares entre si: o desenvolvimento de uma nova técnica de pesca de cerco (que procurará contribuir para dar resposta a alguns dos principais problemas estruturais do sector), e o desenvolvimento de acções de informação/sensibilização junto dos profissionais da pesca, com vista à adopção da nova técnica e à promoção do envolvimento das comunidades piscatória e científica na resolução dos actuais problemas do sector.

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Projecto: Janela Única Portuária Empresa: APDL Orador: Luís Marinho Dias Os portos são nós principais de uma rede que presta serviços aos Sistemas Logísticos que os utilizam. Nesse sentido, a eficiência dos serviços que presta tem vindo a ser trabalhada ao longo dos últimos anos, através de uma intervenção consistente na sua infra-estrutura. Referenciam-se aqui três projectos de maior relevância, dois actuando no nó porto (PCOM e PIPe) e um terceiro de prospectiva sobre os requisitos da integração do nó porto na rede de serviços logísticos (PortMoS). Com as duas intervenções sobre o nó porto, Portugal colocou-se muito pragmaticamente na frente do que melhor se faz na Europa e no mundo, tendo a sua quota parte de responsabilidade na génese da recente Directiva 2010 /65 /EU, tendente a colocar uma Janela Única Portuária (JUP) em todos os portos europeus. No actual estado da arte, urge trabalhar vectores da economia do mar que ultrapassam a actual implementação da JUP, designadamente a formalização da rede de serviços logísticos como mercado regulado por especificações e normas estabilizadas, transportando para os modos de grande capacidade as melhores práticas já consolidadas nas redes de correio urgente. Este desafio ambicioso permitirá dar consistência e utilidade aos fortes investimentos já desenvolvidos nos portos, cujos benefícios disponíveis não têm vindo a ser transpostos para os clientes. Os serviços à mercadoria devem pois ter espaço próprio nas prioridades da economia do mar, para o que importa interiorizar os vários conceitos com eles relacionados (MOS, SSS, e-Port). Em Portugal foi concebido o conceito de JUL (Janela Única Logística), que se apresenta nesta intervenção. Para o efeito, considera-se incontornável apreciar e decidir sobre as opções de governação deste mercado de serviços, mantendo um estreito contacto com os intervenientes, suas expectativas e interesses. Apresenta-se então o Projecto MIELE como instrumento para o desenvolvimento deste mercado de serviços logísticos, que está a ser desenvolvido com Itália, Espanha, Chipre e Alemanha. Este projecto tem uma estratégia de disseminação que importa conhecer e interiorizar, de forma a gerar a necessária massa crítica e a utilidade que se requer nestas intervenções. Projecto: Gama98 rope Empresa: Euronete Orador: Sérgio Leite Gama98® Dyneema® ropes for moorings for ultra-deepwater MODU: As operators go further offshore, Gama98® Dyneema® rope is an increasingly attractive option for ultra-deepwater moorings, particularly beyond 2,000m. Brazilian oil and gas producer Petroleo Brasileiro SA (Petrobras) has recently placed the first-ever, worldwide order for Dyneema® synthetic mooring rope for deepwater MODU (Mobile Operating Drilling Unit) projects with Lankhorst Ropes. The decision to use high modulus polyethylene rather than conventional deepwater polyester rope reflects the current state of synthetic rope technology and the practicalities of oil and gas field exploration going deeper and further offshore. Gama98® Dyneema® rope developments: Polyester has been the rope material of choice for MODU and long-term deepwater moorings beyond 1500m. Polyester has excellent elasticity

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allowing the line to stretch and absorb the dynamic loads experienced by a floating production unit. It also has excellent fatigue life and very low creep. Beyond 2000m water depth the polyester elasticity becomes a problem as longer mooring lines allow greater surface motions. This translates into greater horizontal offsets which may exceed steel catenary riser (SCR) and top-tensioned steel riser top riser limits, leading to riser failure. To reduce these offset effects stiffer materials or hybrid mooring systems are required to compensate for the longer line lengths; and provide a more sympathetic riser environment. Gama98® Dyneema®

rope is now widely considered to be the most suitable material for these longer line lengths. The yarns are characterised by very high stiffness, combining high strength and modulus, providing lighter and smaller diameter ropes.

Projecto: LAJEADO Instituição: (INESC TEC) Orador: Anibal Matos Esta apresentação descreve o “Sistema integrado de monitorização georreferenciada de barragem e reservatório” contratado pela CEB Lajeado, empresa brasileira de produção hidroeléctrica do Grupo EDP. Tendo por base o robot submarino TriMARES desenvolvido pelo INESC Porto, este sistema permite simplificar e automatizar as tarefas de inspecção visual de estruturas submersas de uma central hidroelétrica e de mapeamento de fundos e medição de parâmetros de qualidade da água em albufeiras. Este sistema permite que as tarefas de inspecção e monitorização possam ser realizadas com menores custos e com maior frequência, antecipando eventuais anomalias e evitando acidentes ecológicos. Garante-se, assim, a integridade das estruturas das barragens por mais tempo e um melhor aproveitamento dos recursos hídricos. Ancorado na larga experiência do INESC Porto no desenvolvimento e utilização de ferramentas robóticas para o meio aquático, este projeto insere-se resultado dos esforços realizados pelo INESC Porto no desenvolvimento de sistemas inovadores e de impacto económico elevado no âmbito das atividades ligadas ao domínio da água, incluindo a economia do mar.

Projecto: Pitvant - Seacon: Veículos aéreos e submarinos não tripulados para aplicações de uso dual Instituição: FEUP Orador: João Tasso de Figueiredo Borges de Sousa Esta apresentação descreve o desenvolvimento de veículos autónomos submarinos e aéreos levado a cabo em cooperação entre a Universidade do Porto e, respectivamente, a Marinha e Força Aérea Portuguesas, no âmbito dos projectos Seacon e Pitvant com financiamento do Ministério da Defesa Nacional. O projecto Seacon, desenvolvido em parceria entre a Marinha Portuguesa e a Universidade do Porto, teve início em 2009 e tem uma duração prevista de dois anos. Este projecto tem por objectivos o treino, demonstração e desenvolvimento de conceitos de operação com veículos submarinos autónomos de pequena dimensão, bem assim como o apoio ao destacamento de Guerra de Minas. Neste âmbito está prevista a entrega de três veículos submarinos autónomos à Marinha Portuguesa em Julho do corrente ano. O projecto incluiu exercícios internacionais entre os quais se destaca o REP10, que foi organizado em colaboração com o Naval Undersea Research Center da Nato e com o Naval Undersea Warfare Center da Marinha Americana. Este

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exercício, que teve lugar em Julho de 2010, contou com a participação de 10 veículos submarinos autónomos e ainda de um veículo de superfície autónomo. O projecto de PITVANT, desenvolvido em parceria entre a Força Aérea Portuguesa e a Universidade do Porto, teve início em Novembro de 2008 e tem uma duração prevista de sete anos. Embora tendo a sua génese na Academia da Força Aérea, o projecto é transversal a toda a Força Aérea, envolvendo, para além da própria Academia, o Comando Logístico, o Estado-Maior e o Comando Aéreo. A equipa da Universidade do Porto é liderada pela Faculdade de Engenharia, e inclui a Faculdade de Ciências e o Instituto de Engenharia Mecânica e Gestão Industrial. O projecto conta com uma forte cooperação internacional com a Honeywell, Embraer, Agência de Defesa Sueca, Universidade da Califórnia em Berkeley e Universidade das Forças Armadas de Munique. O projecto tem 4 objectivos principais: 1) desenvolver e testar tecnologias de sistemas aéreos não tripulados (UAS); 2) desenvolver novos conceitos de operação para UAS de pequena a média dimensão; 3) avaliar e testar a utilização dos sistemas e tecnologias desenvolvidos num largo espectro de missões, tanto militares como civis; 4) formação avançada em UAS. Neste âmbito estão a ser projectados, construídos e testados em ambiente operacional, três tipos de UAS, com envergaduras de asa compreendidas entre 1,6m e 7m, bem assim as tecnologias de comando e controlo para equipas de UAS, que constituem a próxima geração de desenvolvimentos nesta área. O projecto já acumulou mais de 300 voos autónomos. Projecto: ECOCEANUS Empresa: - Ecoceanus Ciência e Ecoturismo Orador: Daniel Machado

Numa altura em que cada vez mais se levanta a questão da harmonização do desenvolvimento humano e económico com a conservação do ambiente e a consciencialização da sociedade a Ecoceanus implementa na sua área de trabalho, o ecocturismo, um modelo de desenvolvimento sustentado de programas turísticos inovadores e qualificados. Esta dinâmica de funcionamento assenta na certeza de que o conhecimento científico é um produto turístico economicamente viável e que a geração desse mesmo conhecimento pode ser altamente potencializada por uma participação aberta ao cidadão e à sociedade. Os actores públicos e privados que podem e devem participar deste modelo de desenvolvimento têm muito a ganhar e pouco ou nada a perder quando desenvolvem as suas actividades dentro desta dinâmica. Estas são algumas da premissas que orientam a Ecoceanus no desenvolvimento dos seus produtos turísticos, bem como no processo de internacionalização que está a desenvolver. É exactamente sobre esta dinâmica e a sua implementação que incidirá a nossa apresentação no Fórum do Mar.

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Painel 3

Governance e Sustentabilidade dos Oceanos

Panel 3- Governance and the sustainability of the oceans

Luís Cuervo Spottorno, Directorate General for Fisheries and Maritime Affairs

Title: "The Integrated Maritime Policy strategy for the Atlantic: new opportunities for Atlantic coastal communities" Luis Cuervo Spottorno will tackle the role of maritime governance in the context of the forthcoming EU Integrated Maritime Policy strategy for the Atlantic Ocean area –due for adoption by the European Commission next autumn. The strategy is a concrete opportunity to increase environmental and economic sustainability of EU Atlantic Ocean coastal communities, notably by sustaining the development of growth and employment opportunities in maritime sectors. Particular attention will be given to the role of governance and clustering in contributing to fulfil these objectives. Miguel Marques , Price Waterhouse Coopers

Titulo: Rumo a um oceano sustentável… O crescimento e o desenvolvimento sustentável do planeta, passa necessariamente pela forma como são explorados os recursos dos oceanos. O recurso “mar” inclui riquezas que podem beneficiar a humanidade e que ainda não se encontram totalmente identificadas e quantificadas. No entanto, as riquezas que já se conhecem existir, por vezes, são excessivamente exploradas, desequilibrando habitats e contextos sócio-culturais. O estudo, a definição e a implementação de um novo modelo de governação dos oceanos é vital para o desenvolvimento do planeta. Este novo modelo de governação deve orientar a humanidade para um “mar” sustentável, respeitando os três pilares base da sustentabilidade (económico, social e ambiental). As empresas que utilizam o recurso “mar” têm que ter visões de futuro, compatíveis com os três pilares do crescimento e desenvolvimento sustentável, seguindo o exemplo mais sofisticado das sociedades que pertencem ao Dow Jones Sustainability Index.

Marta Chantal Ribeiro, University of Porto Título: A protecção da biodiversidade marinha no contexto do desenvolvimento económico

Na comunicação privilegiam-se quatro aspectos fundamentais. Primeiro, apresentam-se as diferentes valorações da biodiversidade marinha, dando nota dos instrumentos jurídicos mais expressivos quanto ao dever da sua protecção. Segundo, alude-se à tendência contemporânea para um esbatimento das fronteiras entre o conceito de bens ambientais e a noção de recurso natural vivo. Terceiro, de entre as várias metodologias de protecção da biodiversidade, evidencia-se o instrumento das áreas marinhas protegidas pela tripla perspectiva da sua operacionalidade, dos resultados positivos alcançados em prol da sustentabilidade dos oceanos e pelos ensinamentos que transmite para o planeamento do espaço marinho e aplicação da abordagem ecossistémica. Neste considerando, far-se-á o ponto da situação em Portugal. Quarto, termina-se com uma referência aos desafios de ‘governance’ resultantes da expansão

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de actividades humanas no espaço marinho, da correlativa necessidade da sua regulação e fiscalização, e da confluência de competências para o efeito. Em especial, alerta-se para as limitações decorrentes do Direito do Mar e do Direito da União Europeia, bem como para o necessário desenvolvimento ou reformulação do direito interno.

António Silva Ribeiro, Estado Maior da Armada Titulo: Desafios estratégicos à governança e sustentabilidade do mar português Os rápidos progressos da ciência e da tecnologia verificados no século XX, permitiram compreender melhor os impactos das actividades humanas nos oceanos, o que, combinado com a sua difusão extensiva à escala mundial, modificou a crença de que, no uso do mar, se poderiam acomodar todos os interesses da Humanidade. Nestas circunstâncias, a comunicação evidenciará que os desafios estratégicos à governança e sustentabilidade do mar, passaram a ter um crescente interesse na vida dos Estados costeiros. Para além disso, realçará a importância de se despertarem as vocações e mobilizarem as vontades dos portugueses, de forma a promover a governação dos assuntos do mar com equilíbrio entre o Estado, a sociedade civil e o mercado a nível local, nacional e internacional, satisfazendo as necessidades do presente e garantindo as das gerações futuras. A comunicação destacará, igualmente, que os desafios políticos, económicos, ambientais, culturais e securitários sobre o mar, apresentados na generalidade das análises conhecidas, possuem enorme importância na tomada de decisão associada à governança e sustentabilidade. Todavia, como esses desafios não podem deixar de ser considerados no âmbito da formulação e da operacionalização da política marítima nacional, a comunicação avultará a necessidade do cimento conceptual da estratégia, para os ligar, interpretar e superar, no contexto dos processos destinados a viabilizar o uso do mar por Portugal.

João Fonseca Ribeiro, EMAM Titulo: A Estratégia Nacional para o Mar (ENM) – O paradigma do Atlântico

Esta apresentação abordará a implementação da ENM e a sua governança. Centrar-se-á numa

visão do Atlântico como um grande espaço de desafios e oportunidades, sendo o oceano da

Europa e, numa assinalável extensão, um espaço de soberania e jurisdição nacional. Sobre esta

abordagem, efectuará uma reflexão acerca dos seguintes tópicos: Os desígnios da “Europa

2020” e a correspondente relevância do blue growth para um espaço europeu que se deseja,

simultaneamente, inteligente, sustentável e inclusivo; A política marítima integrada,

envolvendo o planeamento estratégico das actividades marítimas onde se inclui a gestão

espacial e a perspectiva das estratégias de preservação do ambiente marinho, dos habitats e

dos ecossistemas, como forma de garantir o alívio da pressão das actividades sobre o

ambiente, sempre que necessário; E a necessidade de garantir modelos comuns de

governança e que sejam, simultaneamente, adequados à especificidade da área do Atlântico, e

promotores dos objectivos de interdependência, designadamente, nos domínios do

conhecimento, das actividades marítimas, da função de guarda da costa, da vigilância e

monitorização situacional, e da acção externa, envolvendo a diplomacia, a defesa e a

cooperação.