Conflitos No Oriente Médio
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Instituto Federal do Norte de Minas Gerais – Campus Salinas
Focos de Conflito no Oriente Médio
Nome: Douglas Oliveira
Fred Victor de Oliveira
Jorge Luiz Soares
José Lucas Mendes
Sarah Emanuelly
João Victor Araújo
Turma: 2/5
Disciplina:Geografia
Professora: Werônica
Salinas, Dezembro de 2014
Douglas Oliveira
Fred Victor de Oliveira
Jorge Luiz Soares
José Lucas Mendes
Sarah Emanuelly
João Victor Araújo
Focos de Conflito no Oriente Médio
Salinas, Dezembro de 2014
Trabalho apresentado à professora
Werônica como requisto para
obtenção de nota parcial referente
ao 4º bimestre da disciplina de
Geografia
1. Conflitos no Oriente Médio
O Oriente Médio, região situada ao lado do Ocidente tendo como referência
o Mar Mediterrâneo, inclui os países costeiros do Mediterrâneo Oriental, a Jordânia,
Mesopotâmia (Iraque), Península Arábica, Pérsia (Irã) e geralmente o Afeganistão.
A condição de área de passagem entre a Eurásia e a África, de um lado, e
entre o Mar Mediterrâneo e o Oceano Índico de outro, favoreceu o comércio de
caravanas que enfraqueceu-se posteriormente em proveito das rotas marítimas,
renovadas pela abertura do canal de Suez em 1869. Logo após a Primeira Guerra
Mundial, a região já era a maior produtora petrolífera do mundo e, por isso, despertava
o interesse das grandes potências, tornando-se objeto de rivalidades e conflitos
internacionais. Além da economia baseada no petróleo e das fortes desigualdades
sociais, a região também apresenta problemas nas uniões tribais e étnicas, na
fragilidade das estruturas de governo e, sobretudo na centralização islâmica da vida
política.
A maioria dos Estados do Oriente Médio surgiram sob influencia
do imperialismo franco-britânico, com a queda do Império Turco-Otomano após a I
Guerra Mundial, assim a maior parte da região seria dividida em protetorados. A
Palestina, a Transjordânia (atual Jordânia), o Egito, o Iraque (antiga Mesopotâmia) e a
Pérsia (atual Irã) ficaram sob domínio da Inglaterra e a Síria e o Líbano tornaram-se
protetorados franceses. Essa divisão obedeceu aos interesses das potências, que não
levaram em conta os problemas específicos da região como as minorias étnicas e
religiosas.
Após a Segunda Guerra Mundial, os países do Oriente Médio tentaram relegar
a religião somente à esfera privada, através do nacionalismo pan-arabista, cujo maior
líder foi o presidente egípcio Gamal Abdel Nasser. Na década de 1970, as massas
urbanas e a classe média se afastaram do nacionalismo, adotando o fundamentalismo
islâmico, que consolidou-se como ideologia dominante nas últimas décadas do século
XX, principalmente após a Revolução Iraniana de 1979 e a ascensão do Talibã ao
poder no Afeganistão.
O Oriente Médio permanece uma das áreas mais instáveis do mundo, devido
uma série de motivos que vão desde a contestação das fronteiras traçadas
pelo colonialismo franco-britânico, a posição geográfica, no contato entre três
continentes; suas condições naturais, pois a maior parte dos países ali localizados são
dependentes de água de países vizinhos; a presença de recursos estratégicos no
subsolo, caso específico do petróleo; posição no contexto geopolítico mundial; até a
proclamação do Estado de Israel na Palestina em 1948, o que de imediato provocou
uma série de conflitos conhecidos como as guerras árabes-israelenses.
2. Guerra Civil Libanesa
A origem dessa guerra está ligada à presença de diferentes grupos nacionais
no Líbano, tais como cristãos, muçulmanos, drusos e outros. Os cristãos são a maioria
e estão no poder, enquanto os muçulmanos sempre reivindicaram maior participação
no poder.
A partir de 1970, com a criação de acampamentos palestinos no Sul do país,
aumentaram os desentendimentos entre cristãos, que sempre se manifestaram contra
a presença de palestinos em território libanês, apoiando a causa de Israel no Oriente
Médio, e muçulmanos, que apóiam a presença de palestinos no país, sendo,
automaticamente, contrários à causa israelense. Devido a esse antagonismo entre
cristãos e muçulmanos, eclode a Guerra Civil do. Líbano em 1975/76. Os inevitáveis
combates entre cristãos e muçulmanos são violentos e arrasam a capital (Beirute),
enfraquecendo a economia do país.
Em 1982 Israel invade o Líbano (então em plena guerra civil entre cristão e
muçulmanos) e consegue expulsar a OLP do território libanês. Os israelenses chegam
a ocupar Beirute, capital do Líbano. Ocorrem massacres de refugiados palestinos nos
acampamentos de Sabra e Chatila pelas milícias cristãs libanesas, com a conivência
dos israelenses. 1985 — As tropas israelenses recuam para o sul do Líbano, onde
mantêm uma “zona de segurança” com pouco mais de 10km de largura. Para
combater a ocupação israelense, forma-se o Hezbollah (“Partido de Deus”),
organização xiita libanesa apoiada pelo governo islâmico fundamentalista do Irã.
Na década de 1980, a Síria intensificou sua influência na política libanesa.Em
1989, no Líbano, os poderes do presidente cristão passaram a ser compartilhados
com os do primeiro-ministro muçulmano sunita, e as cadeiras do Legislativo foram
divididas em partes iguais entre cristãos e muçulmanos. Mas os problemas não foram
de fato resolvidos: continuaram as atividades do grupo palestino fundamentalista
Hezbollah no sul do Líbano. A guerra civil do Líbano só chegou ao fim em outubro de
1990.
O sul do Líbano foi devolvido por Israel em maio de 2000, sob pressão da
opinião pública israelense, cansada das baixas no país. Em 2001, as tensões entre o
grupo Hezbollah e Israel aumentaram no sul do Líbano.
3. Guerra da Independência Turca
Durante a Primeira Guerra Mundial (1914 - 1918) os turcos lutaram ao lado dos
alemães e acabaram perdendo seus domínios após serem derrotados e obrigados a
concordar com os termos estipulados pelo Tratado de Sèvres. A pretensão era realizar
o desmembramento dos territórios turco-otomanos em favor da dominação dos
aliados.
Contudo, sob a chefia do general Mustafá Kemal, os turcos deram fim aos
interesses hegemônicos estrangeiros no conflito que ficou conhecido como a Guerra
de Independência Turca. A partir deste momento, os turcos vivenciaram um claro
processo de ocidentalização de suas instituições políticas impondo o fim do sultanato
e do poder local de seus califas.
Da segunda metade do século XX em diante, a nação turca experimentou um
visível processo de ocidentalização de sua cultura. Nesse meio tempo, crises
econômicas e golpes políticos imprimiram os avanços e retrocessos dessa tendência
modernizante. Atualmente, uma das mais importantes metas do governo turco é
viabilizar a integração econômica do país com a União Europeia.
A guerra em si foi um conjunto de eventos militares e políticos que, tendo
como ponto de partida o processo de dissolução do Império Otomano, levou à
abolição do império (1922), à criação da República da Turquia (1923) e ao
reconhecimento internacional desta, pelo Tratado de Lausanne (1923). Integram este
conjunto de eventos a fundação de um movimento nacionalista turco, a Guerra Turco-
Armênia, a greco-turca e a Guerra Franco-Turca.
4. Conflitos na Faixa de Gaza
A região conhecida como Faixa de Gaza corresponde a um fragmento do
território destinado à população árabe residente na Palestina, de acordo com a divisão
proposta pela ONU na intitulada Partilha da Palestina no ano de 1947. Localizada
próximo ao Mar Mediterrâneo e situada entre Egito e Israel, possui um área de apenas
360 km² (pouco maior que a cidade brasileira de Fortaleza) e uma população de 1
milhão e 657 mil habitantes. Por apresentar uma grande população e se tratando de
um território tão reduzido, a densidade demográfica de Gaza é a 5ª maior do planeta,
com 4.750.71 hab./ km².
Após a 1ª Guerra Árabe-Israelense (1948-1949) o Egito assumiu o controle
dessa faixa de terra que deveria estar sob a governança dos árabes palestinos. Gaza
serviria aos egípcios como uma espécie de proteção contra as tentativas do então
recém-criado Estado de Israel de aumentar suas conquistas territoriais frente ao Egito,
que detinha potencial para exercer o domínio geopolítico na região.
Pouco depois, em 1956, o Egito adotou uma proposta de integração do mundo
árabe que ficou conhecida como Pan-arabismo, tentando reunir esforços para
consolidar um elo político, econômico e cultural entre os países árabes e ao mesmo
tempo se defender dos interesses das potências ocidentais e de Israel. O marco desse
momento foi quando o presidente egípcio Gabal Abdel Nasser nacionalizou o Canal de
Suez, importante ligação entre os mares Vermelho e Mediterrâneo e fundamental para
o comércio do petróleo entre o Oriente Médio e o ocidente.
Entretanto, a vitória egípcia foi ofuscada pelas conquistas israelenses que
ocorreram em 1967, após aGuerra dos Seis Dias. Ao término do conflito, Israel
ampliou suas fronteiras anexando os territórios da Cisjordânia (Jordânia), Colinas de
Golã (Síria), Península do Sinai e Faixa de Gaza (Egito). Apesar de Gaza não possuir
recursos especiais como solos férteis ou mesmo reservas de recursos naturais
estratégicos como petróleo, a sua posse foi fundamental para Israel consolidar suas
ambições de dominar uma faixa territorial contínua junto ao Mar Mediterrâneo.
No ano de 1979 foram realizados, nos Estados Unidos, os Acordos de Camp
David, reunindo o líder egípcio Anwar Al Sadat e o premiê israelense Menachem
Begin. Mediados pelo presidente estadunidense Jimmy Carter, os acordos foram
responsáveis por estabelecer pela primeira vez a paz entre Egito e Israel, que
manteve a posse da Faixa de Gaza, mas devolveu ao Egito a Península do Sinai. Em
troca, o Egito reconheceu a soberania do Estado de Israel, tornando-se o primeiro país
árabe a realizar esse feito, o que foi interpretado como atitude contrária aos antigos
ideais de autonomia das nações árabes.
A Faixa de Gaza acabou sendo um palco para a demonstração de força do
Estado de Israel frente às forças palestinas que buscavam a independência, o que
também levou à formação de grupos extremistas que utilizaram o fundamentalismo
religioso como forma de obter apoio das massas para a realização de atos terroristas,
como por exemplo, o Hamas, que desde a sua fundação em 1987 tem utilizado Gaza
como um de seus principais centros de organização, aproveitando também a situação
de miséria social para perpetuar seus ideais e recrutar a população jovem e
desprovida de perspectivas.
No ano de 1993 ocorreram os Acordos de Oslo, quando o presidente dos
Estados Unidos, Bill Clinton, intermediou um diálogo entre o líder palestino Yasser
Arafat e o primeiro ministro de Israel, Yitzhak Rabin. Entre as determinações
principais, Israel se prontificou a encerrar a ocupação civil e militar sobre a Faixa de
Gaza e na Cisjordânia, reconhecendo a autonomia palestina. Os palestinos, por sua
vez, se organizariam em torno de uma forma de governo democrática conhecida como
ANP – Autoridade Nacional Palestina, abandonando a luta armada e adotando a
diplomacia como mecanismo principal para garantir seus interesses.
5. Guerra Irã-Iraque
É historicamente conhecido como Guerra Irã-Iraque o conflito que por cerca de
8 anos, mais precisamente de 1980 a 1988, envolveu as duas nações do Oriente
Médio, e terminou com a vitória do Iraque.
Irã e Iraque possuem diferenças históricas. Apesar de ambos seguirem a
religião muçulmana, a corrente majoritária no Iraque e na maioria dos países árabes é
a sunita, enquanto que no Irã predomina o xiismo, ambos diferindo basicamente em
relação à questão da linha sucessória do profeta Maomé. Além disso, o Iraque é um
país de língua árabe, e o Irã possui a sua própria língua, o persa. Os regimes políticos
também são bastante distintos: enquanto o Iraque mantém até hoje um governo de
inspiração ocidental e secular, o Irã é um regime controlado por líderes religiosos, os
aiatolás, altos dignitários do segmento xiita do islã.
O conflito inicia-se a 17 de setembro de 1980, quando Saddam Hussein utiliza
uma antiga disputa de fronteiras com o pretexto de invadir o país vizinho. Seu objetivo
era enfraquecer o movimento fundamentalista que varria o Irã, pois temia-se que a
recém-proclamada revolução, que derrubou o governo pró-ocidente do Xá Reza
Pahlevi viesse a contaminar o regime instalado no Iraque, também pró-ocidente.
Inicialmente, o conflito pendeu para o lado iraniano, reforçado com as armas
vendidas pelos Estados Unidos naquilo que ficou conhecido como o escândalo Irã-
Contras. Logo, porém, a superioridade e a experiência das forças iraquianas pesou
para o lado destes, pois muitos dos oficiais iranianos com prática acabaram
perseguidos pelo novo regime dos aiatolás.
Apesar da ajuda clandestina dos americanos, os países que apoiavam
formalmente o esforço de guerra iraniano eram a Líbia e Síria, enquanto que o Iraque
tinha o respaldo oficial de países como Arábia Saudita e Estados Unidos.
O conflito terminaria a 20 de agosto de 1988, resultando em um considerável
enfraquecimento do regime iraniano, que apesar disso, conseguiu manter intacta sua
revolução. Aparentemente, Saddam Hussein obteve o que queria, ou seja, inibir a
influência iraniana na região, além de obter um predomínio militar, acumulando grande
número de tanques, artilharia, aviões de combate e militares altamente treinados.
Realmente, tudo parece apontar para esse cenário, porque, um ano após
terminado o conflito, o Iraque pareceu querer "experimentar" seu poderio militar
adquirido, aplicando-o ao pequeno vizinho mais ao sul, o Kuwait. Enfim, o Iraque saiu
com maiores vantagens político-militares do conflito, mas não houve uma vitória
decisiva, que aniquilasse o inimigo.
Estima-se que deste conflito resultaram 1 milhão de mortos, 1 milhão e meio de
feridos de ambos os lados, e tudo isso a um custo total de 150 bilhões de dólares.
6. Guerra do Iraque
Após os atentados de 11 de setembro de 2001, os Estados Unidos entraram
em alerta contra seus possíveis inimigos. Empreenderam uma guerra contra os
afegãos derrubando o governo talebã, mas não conseguiram capturar o terrorista
Osama Bin Laden. Paralelamente, o presidente George W. Bush criou a Lei
Antiterrorismo, pela qual o Estado teria o direito de prender estrangeiros sem
acusação prévia e violar determinadas liberdades individuais.
Nesse mesmo período, o governo norte-americano conseguiu a liberação de
fundos do orçamento para o investimento em armas, no valor de 370 bilhões de
dólares. Com o passar do tempo, o fracasso na captura de Bin Laden direcionou
atenção do governo norte-americano contra outros possíveis inimigos dos EUA. O
chamado “eixo do mal” teria como alvos principais alguns países como Irã, Coréia do
Norte e Iraque. Este último, comandado por Saddam Hussein, foi o primeiro a ser
investigado pelos Estados Unidos. No ano de 2002, o presidente George W. Bush
iniciou uma forte campanha contra as ações militares do governo iraquiano. Em
diversas ocasiões, denunciou a presença de armas de destruição em massa que
poderiam colocar em risco os Estados Unidos e seus demais aliados. Após denunciar
a produção de armas químicas e biológicas no Iraque, os EUA conseguiram que uma
delegação de inspetores das Nações Unidas investigasse o estoque de armamentos
controlados por Saddam Hussein.
Em fevereiro de 2003, os delgados da ONU chegaram à conclusão que não
havia nenhum tipo de arma de destruição em massa no Iraque. Contudo, contrariando
a declaração do Conselho de Segurança da ONU, o presidente George W. Bush
formou uma coalizão militar contra os iraquianos. No dia 20 de março de 2003,
contando com o apoio de tropas britânicas, italianas, espanholas e australianas, os
EUA deram início à guerra do Iraque com um intenso bombardeio.
Em pouco tempo, a força de coalizão conseguiu derrubar o governo de
Saddam Hussein e instituir um governo de natureza provisória. Em dezembro de 2003,
o governo estadunidense declarou sua vitória contra as ameaçadoras forças
iraquianas com a captura do ditador Saddam Hussein. A vitória, apesar de “redimir” as
frustradas tentativas de se encontrar Bin Laden, estabeleceu um grande incômodo
político na medida em que os EUA não encontraram as tais armas químicas e
biológicas.
Passados alguns meses, a população iraquiana foi levada às urnas para que
escolhessem figuras políticas incumbidas de criar uma nova constituição para o país.
Passadas as apurações uma nova carta foi criada para o país e o curdo Jalal Talabani
foi escolhido como presidente do país. Em um primeiro momento, tais episódios
indicariam o restabelecimento da soberania política do país e o fim do processo de
ocupação das tropas norte-americanas.
No entanto, o cenário político iraquiano esteve longe de uma estabilização. Os
grupos políticos internos, sobretudo dominados por facções xiitas e sunitas, se
enfrentam em vários conflitos civis. Ao longo desses anos de ocupação, os Estados
Unidos vem empreendendo uma batalha que não parece ter fim, pois as ações
terroristas contra suas tropas continuam ocorrendo. Em 2008, com o fim da era
George W. Bush existe uma grande expectativa sobre o fim da presença militar dos
EUA no Iraque.
7. Primavera Árabe
A Primavera Árabe não se trata de um evento, de algo breve ou de uma
estação do ano, trata-se de um período de transformações históricas nos rumos da
política mundial. Entende-se por Primavera Árabe a onda de protestos e revoluções
ocorridas no Oriente Médio e norte do continente africano em que a população foi às
ruas para derrubar ditadores ou reinvindicar melhores condições sociais de vida.
Tudo começou em dezembro de 2010 na Tunísia, com a derrubada do
ditador Zine El Abidini Ben Ali. Em seguida, a onda de protestos se arrastou para
outros países. No total, entre países que passaram e que ainda estão passando por
suas revoluções, somam-se à Tunísia: Líbia, Egito, Argélia, Iêmen, Marrocos, Bahrein,
Síria, Jordânia e Omã. Veja abaixo as principais informações a respeito de algumas
dessas revoluções.
Tunísia: Os protestos na Tunísia, os primeiros da Primavera Árabe, foram
também denominados por Revolução de Jasmin. Essa revolta ocorreu em
virtude do descontentamento da população com o regime ditatorial, iniciou-se
no final de 2010 e encerrou-se em 14 de Janeiro de 2011 com a queda de Ben
Ali, após 24 anos no poder.
O estopim que marcou o início dessa revolução foi o episódio envolvendo o
jovem Mohamed Bouazizi, que vivia com sua família através da venda de frutas
e que teve os seus produtos confiscados pela polícia por se recusar a pagar
propina. Extremamente revoltado com essa situação, Bouazizi ateou fogo em
seu próprio corpo, marcando um evento que abalou a população de todo o país
e que fomentou a concretização da revolta popular.
Líbia: a revolta na Líbia é conhecida como Guerra Civil Líbia ou Revolução
Líbia e ocorreu sob a influência das revoltas na Tunísia, tendo como objetivo
acabar com a ditadura de Muammar Kadhafi. Em razão da repressão do
regime ditatorial, essa foi uma das revoluções mais sangrentas da Primavera
Árabe. Outro marco desse episódio foi a intervenção das forças militares da
OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte), comandadas,
principalmente, pela frente da União Europeia.
O ditador líbio foi morto após intensos combates com os rebeldes no dia 20 de
Outubro de 2011.
Egito: A Revolução do Egito foi também denominada por Dias de
Fúria, Revolução de Lótus e Revolução do Nilo. Ela foi marcada pela luta da
população contra a longa ditadura de Hosni Mubarak. Os protestos se iniciaram
em 25 de Janeiro de 2011 e se encerraram em 11 de Fevereiro do mesmo ano.
Após a onda de protestos, Mubarak anunciou que não iria se candidatar
novamente a novas eleições e dissolveu todas as frentes de estruturação do
poder. Em Junho de 2011, após a realização das eleições, Mohammed Morsi
foi eleito presidente egípcio, porém, também foi deposto no ano de 2013.
Argélia: A onda de protestos na Argélia ainda está em curso e objetiva
derrubar o atual presidenteAbdelaziz Bouteflika, há 12 anos no poder. Em
virtude do aumento das manifestações de insatisfação diante de seu mandato,
Bouteflika organizou a realização de novas eleições no país, mas acabou
vencendo em uma eleição marcada pelo elevado número de abstenções. Ainda
existem protestos e, inclusive, atentados terroristas que demonstram a
insatisfação dos argelinos frente ao governo.
Síria: Os protestos na Síria também estão em curso e já são classificados
como Guerra Civil pela comunidade internacional. A luta é pela deposição do
ditador Bashar al-Assad, cuja família encontra-se no poder há 46 anos. Há a
estimativa de quase 20 mil mortos desde que o governo ditatorial decidiu
reprimir os rebeldes com violência.
Há certa pressão por parte da ONU e da comunidade internacional em
promover a deposição da ditadura e dar um fim à guerra civil, entretanto, as
tentativas de intervenção no conflito vêm sendo frustradas pela Rússia, que
tem poder de veto no Conselho de Segurança da ONU e muitos interesses na
manutenção do poder de Assad. Existem indícios de que o governo sírio esteja
utilizando armas químicas e biológicas para combater a revolução no país.
Referências Bibliográficas
http://www.brasilescola.com/geografia/primavera-Arabe.htm
http://www.brasilescola.com/geografia/o-conflito-na-palestina-faixa-gaza.htm
http://guerras.brasilescola.com/seculo-xxi/guerra-iraque.htm
http://www.infoescola.com/historia/guerra-ira-iraque/
http://pt.wikipedia.org/wiki/Conflitos_no_Oriente_M%C3%A9dio
http://www.coladaweb.com/historia/guerras/guerra-do-libano
http://www.historiadomundo.com.br/turca/
http://pt.wikipedia.org/wiki/Guerra_de_independ%C3%AAncia_turca