CONHEÇA A AKARUI PROJETO SEMEANDO ARQUITETURA … · através do Manual do Arquiteto Descalço. Um...

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Associação para Cultura, Meio Ambiente e Cidadania BOLETIM INFORMATIVO - SÃO LUIZ DO PARAITINGA - ANO 1 - Nº 0 - ABRIL DE 2009 Professora Silvana Rodrigues Muito além de simplesmente ensinar a teoria do "é dando que se recebe", o projeto de Educação Ambiental desenvolvido pela professora Silvana Rodrigues, da Escola de Ensino Fundamental João Pereira Lopes, do Pamonã, revela aos seus alunos a verda- deira essência da preservação ambiental. Com enfoque especial sobre a reciclagem do lixo, um grupo de alunos vem estudando há 4 anos, de maneira comple- mentar e associada à matérias básicas como matemática e geografia, entre outras, o porquê de se preocupar com a correta maneira do destino final do lixo reciclável e do lixo orgânico Prefeita Ana Lucia Billard Coleta de materiais na Escola do Pamonã gerado diariamente pela população urbana e rural da cidade. Um problema de grande importância, que faz parte da vida de todos nós. Inicialmente, as crian- ças aprenderam a reconhecer devidamente os materiais recicláveis como plástico, metal, papel e vidro dentro de suas próprias casas. Posteriormente, aprenderam a devida separação deste material de acordo com as PROJETO SEMEANDO SUSTENTABILIDADE COMEÇA A DAR FRUTOS página 3 CONHEÇA A AKARUI E SUAS PROPOSTAS página 2 cores características da coleta seletiva, deixando-o pronto para o seu recolhimento. Ainda dentro do projeto, os alunos conhece- ram na prática como reutilizar de imediato alguns dos materiais separados, produzindo papel reciclado que foi usado na confecção de cartões comemora- tivos e fazendo a compostagem dos restos de cozinha, que vem sendo aproveitados como adubo na horta da própria escola. Além de destacar a necessidade de mais verbas e incentivos, Silvana completa: "O sonho dos meus alunos é ver o projeto concretizado através da implantação da coleta seletiva na nossa cidade". ÂNGELA CÉSAR SILVANA RODRIGUES PROJETO DA ESCOLA DO PAMONÃ É UM BOM EXEMPLO A SER SEGUIDO Produção de papel reciclado pelos alunos SILVANA RODRIGUES ARQUITETURA SUSTENTÁVEL COM PAU A PIQUE página 4

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Associação para Cultura,Meio Ambientee Cidadania

BOLETIM INFORMATIVO - SÃO LUIZ DO PARAITINGA - ANO 1 - Nº 0 - ABRIL DE 2009

Colabore com a proteção do Meio Ambiente!Ao terminar sua leitura, reutilize este boletim entregando-o a outra pessoa.

AKARUI ABRIL 20094

Professora Silvana Rodrigues

Muito além de simplesmente ensinar a teoria do "é dando que se recebe", o projeto de Educação Ambiental desenvolvido pela professora Silvana Rodrigues, da Escola de Ensino Fundamental João Pereira Lopes, do Pamonã, revela aos seus alunos a verda-deira essência da preservação ambiental. Com enfoque especial sobre a reciclagem do lixo, um grupo de alunos vem estudando há 4 anos, de maneira comple-mentar e associada à matérias básicas como matemática e geogra�a, entre outras, o porquê de se preocupar com a correta maneira do destino �nal do lixo reciclável e do lixo orgânico

Prefeita Ana Lucia Billard

Coleta de materiais na Escola do Pamonã

gerado diariamente pela população urbana e rural da cidade. Um problema de grande importância, que faz parte da vida de todos nós. Inicialmente, as crian-ças aprenderam a reconhecer devidamente os materiais recicláveis como plástico, metal, papel e vidro dentro de suas próprias casas. Posteriormente, aprenderam a devida separação deste material de acordo com as

PROJETO SEMEANDOSUSTENTABILIDADECOMEÇA A DAR FRUTOSpágina 3

CONHEÇA A AKARUIE SUAS PROPOSTAS

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cores características da coleta seletiva, deixando-o pronto para o seu recolhimento. Ainda dentro do projeto, os alunos conhece-ram na prática como reutilizar de imediato alguns dos materiais separados, produzindo papel reciclado que foi usado na confecção de cartões comemora-tivos e fazendo a compostagem dos restos de cozinha, que vem sendo aproveitados como adubo na horta da própria escola. Além de destacar a necessidade de mais verbas e incentivos, Silvana completa: "O sonho dos meus alunos é ver o projeto concretizado através da implantação da coleta seletiva na nossa cidade".

Boletim informativo da OSCIP Akarui. Distribuição gratuita, dirigida e mensal. Tiragem: 500 exemplares. Redação e correspon-dência: Rua Coronel Domingues de Castro, 126 sala 4, São Luiz do Paraitinga - SP - Cep 12140-000 ou acesse www.akarui.org.br - Fone (12)3671-2337 - CNPJ: 05.846.294/0001-90. Jornalista responsável: Ângela César MTB 26.540. Texto e diagramação Jorge Wilmers Martins. Colaboraram nesta edição: Ângela César e Gabriel Camargo. Impresso em papel reciclado.

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PROJETO DA ESCOLA DO PAMONÃ É UM BOM EXEMPLO A SER SEGUIDO

Produção de papel reciclado pelos alunos

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Agenda de AbrilCursos do Ipema em Ubatuba10 à 12 - ervas medicinais17 à 21 - planejamento de ecovilas25 à 27 - manejo de juçara. Maiores informações:[email protected] ou (12) 3848-2682

As antigas e rústicas casas de pau a pique, feitas de ripas ou varas de bambu entrecruzadas e barro, utilizadas principalmente em moradias rurais, voltam a ganhar espaço como parte da era da sustentabi-lidade na arquitetura contempo-rânea. Em pleno século XXI, arquitetos e especialistas em construção civil ao falarem em pau a pique, não se referem aos casarões e fazendas da era do café ou aos toscos e precários casebres dos séculos passados, mas sim à casas ecológicas; bioconstrução; arquitetura "verde”, ou qualquer outra denominação que remeta à crescente demanda inevitàvel de se construir sustentavelmente, cada vez mais. Infelizmente, porém, esta ideia parece estar bem

longe da mentalidade da população carente de áreas rurais e das periferias das grandes cidades, que vem optando, cada vez mais, pela construção com os custosos e nada ecológicos tijolos baianos. Mesmo considerando que a grande maioria dos materiais ecologicamente corretos destinatos à construção civil não são nada baratos, o custo de uma bioconstrução pode ser até 30% mais baixo, no caso do feitio de casas populares

a base de barro. Uma opção mais barata, que devidamente planejada e aliada a técnicas simples e moder-nas, pode contribuir também para um menor impacto ambiental. É o que garante o arquite-to holandês Johan van Lengen através do Manual do Arquiteto Descalço. Um livro de 714 páginas com orientações sobre a fusão de técnicas tradicionais e modernas para se criar com simplicidade; segurança e o devido controle de qualidade, "ambientes mais harmo-niosos para se viver", diz Lengen. "Na antiguidade, os primeiros arquitetos amassavam a terra com os pés, para preparar os tijolos. Arquitetos descalços pisando a terra, uma imagem distante de nossa realidade que se afasta cada vez mais da natureza".

Fontes: Manual do Arquiteto Descalço e Planeta Sustentável

PAU A PIQUE, SIMPLICIDADE RURAL PARA A ARQUITETURA SUSTENTÁVEL

Terra crua minimiza o impacto ambiental

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CONHEÇA A AKARUI E SUAS PROPOSTAS Constituída em 08 de agosto de 2003, sob a classi�cação de Organização da Sociedade Civil de Interesse Público sem �ns lucrativos, ou OSCIP, a Akarui tem por missão investir na qualidade de vida e no desenvolvimento humano, com ênfase no envolvimen-to comunitário, através de práticas socialmente justas e ambiental-mente sustentáveis. Alguns pontos de seu estatuto ressaltam os seus principais objetivos: promover a conservação da biodiversidade; participar de programas e ações de proteção à família; valorizar os aspectos histórico culturais; fortalecer a agricultura familiar e a produção rural, por meio de práticas ecologicamente corretas; �rmar contratos, convênios e parcerias para o estabelecimento e gestão de áreas protegidas; promover a capacitação, a formação e o aperfeiçoamen-to técnico e pro�ssional e a educação ambiental; fornecer consulto-ria  e  auxílio  técnico  a  órgãos   públicos  e  privados  em  questões  relativas  à restauração ecológica, recuperação,  reabilitação  e  conservação  do  ambiente, bem como em projetos de desenvolvi-mento social. Com a �nalidade do cumprimento de seus objetivos, a

A palmeira juçara esta ganhando vidanova com o projeto "SemeandoSustentabilidade na Zonade Amortecimento do ParqueEstadual da Serra do Mar -Núcleo Santa Virginia". Devidoao corte ilegal do palmito,a árvore, própria da mataatlântica, hoje corre grave riscode extinção. Com o projeto, comunidadesrurais de São Luiz do Paraitinga e Natividadeda Serra, já estão não só preservando aespécie, mas também gerando umarenda extra com a venda de sementes;mudas; e a polpa do fruto da juçara.O projeto, que conta com um planode manejo autorizado pelo Departamento Estadual

SEMEANDO SUSTENTABILIDADE NA SERRA DO MAR de Proteção de Recursos Naturais,

DEPRN, foi dividido em duas etapasiniciais. A primeira fase do projeto

aconteceu em 2007, quandoforam plantados 25hectares

de juçara, correspondentes a 30 milmudas e em 2008, mais 47 hectaresforam semeados. Em sua segunda

fase, o projeto vem realizando cursosteóricos com atividades práticas de

capacitação de produtores rurais para o manejo dos frutos e a produção de mudas, onde os

participantes aprendem desde a sucessãoecológica até o processamento dos frutos com critérios de higiene sanitária para o manejo. A Akarui ainda ofereceu os seguintes cursos aos

participantes do projeto:

EDITORIAL

Técnicas de escalada na palmeira Juçara e árvores nativas

para a coleta de frutos e sementes, desenvolvida pelo biólogo

e instrutor de escalada Edson Lima Jr. da Associação Serra

Acima, de Cunha. A segurança da pessoa que realiza a

coleta foi colocada em primeiro plano, visando também um

melhor aproveitamento do material coletado. A atividade

mostrou ainda, que esta é uma profissão com

um grande mercado a ser atendido.

Normas técnicas e adequação às leis federais que estão sendo formuldas

em relação a produção e comércio de sementes e mudas. Com instruções

do Engenheiro Florestal Renato Lorza, foi possível conhecer a prática

adotada por instituições como a Fundação Florestal, em relação ao tema,

além do esclarecimento de dúvidas.

Instalação de viveiro e técnicas básicas de refloresta-

mento. Esta etapa do curso foi realizada no Sítio

Primavera, uma das propriedades participantes do

projeto. Foram abordadas as características que

um bom viveiro de mudas deve ter em sua

construção e as diferenças entre a produção

de mudas em sacos plásticos ou tubetes.

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ONDE ENCONTRAR A POLPA ? Se você �cou curioso para descobrir o sabor da polpa da juçara, aí vão os endereços de onde provar o suco ou encontrá-la em saquinhos de 100 ou 500ml. Em São Luiz: na Akarui; no Canti-nho do Brasil, ao lado do mercado municipal; nos

restaurantes Sabor Caipira e Sol Nascente e no supermercado Cursino. Em Natividade da Serra, no bar do Cláudio na Vargem Grande. Nas próximas edições, publicaremos receitas a base de Juçara, como pães; sorvete e musse. Aguarde!

organização atuará por meio de execução direta de projetos, programas ou planos de ações, através da doação de recursos físicos, humanos e �nanceiros; prestação de serviços intermedi-ários de apoio a outras organiza-

ções sem �ns lucrativos e termos de parceria, contratos ou convênios com órgãos do setor público que atuam em áreas a�ns. Durante estes 5 anos a Akarui realizou:

Akarui signi�ca:transparência,

clareza.

08 de Agosto de 2003: Constituída a Akarui

Agosto de 2006 e Setembro de 2007: V & VI Passeio Ciclístico de São Luiz até o Núcleo Santa Virgínia,com o apoio da Elektro e Prefeitura de São Luiz do Paraitinga.

Agosto de 2006 e Setembro de 2007: 1ª e 2ª Caminhada Ecológica no Parque da Serra do Marcom o apoio da Elektro e Prefeitura de São Luiz do Paraitinga.

Outubro de 2006 à Novembro de 2007: Prestação de serviço de apoio técnico à pesquisa paraconservação da Biodiversidade do Núcleo Santa Virgínia do Parque Estadual da Serra do Mar.

Maio de 2007 à Maio de 2008: implantação do Projeto Educação Ambiental - Direitoe Cidadania (Educação, Lazer e Cultura) em parceria com a

Prefeitura de São Luiz do Paraitinga.

Outubro de 2007 à Abril de 2009: Projeto Semeando Sustentabilidade, (leia mais na pág. 3) coma parceria da Fundação Florestal, Votorantin Celulose e Papel, Secretaria do Meio Ambiente

do Estado de São Paulo e Prefeitura de São Luiz do Paraitinga.Â

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Como todas as cidades, São Luiz do Paraitinga tem problemas a serem soluciona-dos. Mas ao contrário das cidades grandes, em uma comunidade relativamente pequena, a participação individual tem muito mais possibilidade de dar frutos. Com isto em mente, em 2003, foi fundada a AKARUI, uma OSCIP criada com a �nalidade de auxiliar na solução dos problemas e na conservação do ambiente e da cultura luizenses. A Akarui está aberta à participação de todos que possam dar uma contribuição para alcançarmos este objeti-vo. Próxima reunião: dia 15 de Maio, à partir das 18h30, na Casa da Amizade, em São Luiz.

Seja bem vindo!

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CONHEÇA A AKARUI E SUAS PROPOSTAS Constituída em 08 de agosto de 2003, sob a classi�cação de Organização da Sociedade Civil de Interesse Público sem �ns lucrativos, ou OSCIP, a Akarui tem por missão investir na qualidade de vida e no desenvolvimento humano, com ênfase no envolvimen-to comunitário, através de práticas socialmente justas e ambiental-mente sustentáveis. Alguns pontos de seu estatuto ressaltam os seus principais objetivos: promover a conservação da biodiversidade; participar de programas e ações de proteção à família; valorizar os aspectos histórico culturais; fortalecer a agricultura familiar e a produção rural, por meio de práticas ecologicamente corretas; �rmar contratos, convênios e parcerias para o estabelecimento e gestão de áreas protegidas; promover a capacitação, a formação e o aperfeiçoamen-to técnico e pro�ssional e a educação ambiental; fornecer consulto-ria  e  auxílio  técnico  a  órgãos   públicos  e  privados  em  questões  relativas  à restauração ecológica, recuperação,  reabilitação  e  conservação  do  ambiente, bem como em projetos de desenvolvi-mento social. Com a �nalidade do cumprimento de seus objetivos, a

A palmeira juçara esta ganhando vidanova com o projeto "SemeandoSustentabilidade na Zonade Amortecimento do ParqueEstadual da Serra do Mar -Núcleo Santa Virginia". Devidoao corte ilegal do palmito,a árvore, própria da mataatlântica, hoje corre grave riscode extinção. Com o projeto, comunidadesrurais de São Luiz do Paraitinga e Natividadeda Serra, já estão não só preservando aespécie, mas também gerando umarenda extra com a venda de sementes;mudas; e a polpa do fruto da juçara.O projeto, que conta com um planode manejo autorizado pelo Departamento Estadual

SEMEANDO SUSTENTABILIDADE NA SERRA DO MAR de Proteção de Recursos Naturais,

DEPRN, foi dividido em duas etapasiniciais. A primeira fase do projeto

aconteceu em 2007, quandoforam plantados 25hectares

de juçara, correspondentes a 30 milmudas e em 2008, mais 47 hectaresforam semeados. Em sua segunda

fase, o projeto vem realizando cursosteóricos com atividades práticas de

capacitação de produtores rurais para o manejo dos frutos e a produção de mudas, onde os

participantes aprendem desde a sucessãoecológica até o processamento dos frutos com critérios de higiene sanitária para o manejo. A Akarui ainda ofereceu os seguintes cursos aos

participantes do projeto:

EDITORIAL

Técnicas de escalada na palmeira Juçara e árvores nativas

para a coleta de frutos e sementes, desenvolvida pelo biólogo

e instrutor de escalada Edson Lima Jr. da Associação Serra

Acima, de Cunha. A segurança da pessoa que realiza a

coleta foi colocada em primeiro plano, visando também um

melhor aproveitamento do material coletado. A atividade

mostrou ainda, que esta é uma profissão com

um grande mercado a ser atendido.

Normas técnicas e adequação às leis federais que estão sendo formuldas

em relação a produção e comércio de sementes e mudas. Com instruções

do Engenheiro Florestal Renato Lorza, foi possível conhecer a prática

adotada por instituições como a Fundação Florestal, em relação ao tema,

além do esclarecimento de dúvidas.

Instalação de viveiro e técnicas básicas de refloresta-

mento. Esta etapa do curso foi realizada no Sítio

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organização atuará por meio de execução direta de projetos, programas ou planos de ações, através da doação de recursos físicos, humanos e �nanceiros; prestação de serviços intermedi-ários de apoio a outras organiza-

ções sem �ns lucrativos e termos de parceria, contratos ou convênios com órgãos do setor público que atuam em áreas a�ns. Durante estes 5 anos a Akarui realizou:

Akarui signi�ca:transparência,

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08 de Agosto de 2003: Constituída a Akarui

Agosto de 2006 e Setembro de 2007: V & VI Passeio Ciclístico de São Luiz até o Núcleo Santa Virgínia,com o apoio da Elektro e Prefeitura de São Luiz do Paraitinga.

Agosto de 2006 e Setembro de 2007: 1ª e 2ª Caminhada Ecológica no Parque da Serra do Marcom o apoio da Elektro e Prefeitura de São Luiz do Paraitinga.

Outubro de 2006 à Novembro de 2007: Prestação de serviço de apoio técnico à pesquisa paraconservação da Biodiversidade do Núcleo Santa Virgínia do Parque Estadual da Serra do Mar.

Maio de 2007 à Maio de 2008: implantação do Projeto Educação Ambiental - Direitoe Cidadania (Educação, Lazer e Cultura) em parceria com a

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Outubro de 2007 à Abril de 2009: Projeto Semeando Sustentabilidade, (leia mais na pág. 3) coma parceria da Fundação Florestal, Votorantin Celulose e Papel, Secretaria do Meio Ambiente

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Seja bem vindo!

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Associação para Cultura,Meio Ambientee Cidadania

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Colabore com a proteção do Meio Ambiente!Ao terminar sua leitura, reutilize este boletim entregando-o a outra pessoa.

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Muito além de simplesmente ensinar a teoria do "é dando que se recebe", o projeto de Educação Ambiental desenvolvido pela professora Silvana Rodrigues, da Escola de Ensino Fundamental João Pereira Lopes, do Pamonã, revela aos seus alunos a verda-deira essência da preservação ambiental. Com enfoque especial sobre a reciclagem do lixo, um grupo de alunos vem estudando há 4 anos, de maneira comple-mentar e associada à matérias básicas como matemática e geogra�a, entre outras, o porquê de se preocupar com a correta maneira do destino �nal do lixo reciclável e do lixo orgânico

Prefeita Ana Lucia Billard

Coleta de materiais na Escola do Pamonã

gerado diariamente pela população urbana e rural da cidade. Um problema de grande importância, que faz parte da vida de todos nós. Inicialmente, as crian-ças aprenderam a reconhecer devidamente os materiais recicláveis como plástico, metal, papel e vidro dentro de suas próprias casas. Posteriormente, aprenderam a devida separação deste material de acordo com as

PROJETO SEMEANDOSUSTENTABILIDADECOMEÇA A DAR FRUTOSpágina 3

CONHEÇA A AKARUIE SUAS PROPOSTAS

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cores características da coleta seletiva, deixando-o pronto para o seu recolhimento. Ainda dentro do projeto, os alunos conhece-ram na prática como reutilizar de imediato alguns dos materiais separados, produzindo papel reciclado que foi usado na confecção de cartões comemora-tivos e fazendo a compostagem dos restos de cozinha, que vem sendo aproveitados como adubo na horta da própria escola. Além de destacar a necessidade de mais verbas e incentivos, Silvana completa: "O sonho dos meus alunos é ver o projeto concretizado através da implantação da coleta seletiva na nossa cidade".

Boletim informativo da OSCIP Akarui. Distribuição gratuita, dirigida e mensal. Tiragem: 500 exemplares. Redação e correspon-dência: Rua Coronel Domingues de Castro, 126 sala 4, São Luiz do Paraitinga - SP - Cep 12140-000 ou acesse www.akarui.org.br - Fone (12)3671-2337 - CNPJ: 05.846.294/0001-90. Jornalista responsável: Ângela César MTB 26.540. Texto e diagramação Jorge Wilmers Martins. Colaboraram nesta edição: Ângela César e Gabriel Camargo. Impresso em papel reciclado.

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As antigas e rústicas casas de pau a pique, feitas de ripas ou varas de bambu entrecruzadas e barro, utilizadas principalmente em moradias rurais, voltam a ganhar espaço como parte da era da sustentabi-lidade na arquitetura contempo-rânea. Em pleno século XXI, arquitetos e especialistas em construção civil ao falarem em pau a pique, não se referem aos casarões e fazendas da era do café ou aos toscos e precários casebres dos séculos passados, mas sim à casas ecológicas; bioconstrução; arquitetura "verde”, ou qualquer outra denominação que remeta à crescente demanda inevitàvel de se construir sustentavelmente, cada vez mais. Infelizmente, porém, esta ideia parece estar bem

longe da mentalidade da população carente de áreas rurais e das periferias das grandes cidades, que vem optando, cada vez mais, pela construção com os custosos e nada ecológicos tijolos baianos. Mesmo considerando que a grande maioria dos materiais ecologicamente corretos destinatos à construção civil não são nada baratos, o custo de uma bioconstrução pode ser até 30% mais baixo, no caso do feitio de casas populares

a base de barro. Uma opção mais barata, que devidamente planejada e aliada a técnicas simples e moder-nas, pode contribuir também para um menor impacto ambiental. É o que garante o arquite-to holandês Johan van Lengen através do Manual do Arquiteto Descalço. Um livro de 714 páginas com orientações sobre a fusão de técnicas tradicionais e modernas para se criar com simplicidade; segurança e o devido controle de qualidade, "ambientes mais harmo-niosos para se viver", diz Lengen. "Na antiguidade, os primeiros arquitetos amassavam a terra com os pés, para preparar os tijolos. Arquitetos descalços pisando a terra, uma imagem distante de nossa realidade que se afasta cada vez mais da natureza".

Fontes: Manual do Arquiteto Descalço e Planeta Sustentável

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Terra crua minimiza o impacto ambiental

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