Conheça os cursos da UFS

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2011 UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE Catálogo DE CURSOS UFS

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE

CatálogoCatálogoCatálogoCatálogoCatálogoCatálogoCatálogoDE CURSOS UFS

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“ ”oPorTuNIdades

aMPLiadaso esForço decREsciMEntO da UFs

Criada há mais de quatro décadas, como uma universidade pequena, a UFS evoluiu para uma Instituição de Ensino Superior (IES) de médio porte. Sua condição atual é a de um estabelecimento multicampi, que contabiliza 106 opções de cursos de graduação nas mais variadas áreas do conhecimento.

O duplo esforço de expansão e interiorização – concretizado pela abertura de novos cursos, ampliação das vagas nos cursos já implantados, criação de novos campi e melhoria da infraestrutura existente – revela para a sociedade o compromisso da Universidade Federal de Sergipe com o ensino superior público, demonstrado pelo crescimento das oportunidades de ingresso. Nos campi de São Cristóvão, Aracaju (Campus da Saúde), Itabaiana, Laranjeiras e Lagarto, assim como nos pólos de ensino a distância, a instituição oferece, de forma comprometida e com qualidade, a possibilidade para os jovens garantirem o direito cidadão à educação superior.

O programa de ações afirmativas, conhecido como política de cotas, vem também, e decisivamente, corrigir um desequilíbrio recorrente quanto à inserção dos estudantes oriundos da rede de ensino público. Por ampliar as possibilidades de acesso, uma grande parcela desses estudantes pode ingressar nos vários cursos da UFS. Some-se a isso outro grande passo para a inclusão social: a possibilidade real de inserção, por meio de reserva de vagas, de estudantes com deficiência visual, motora, auditiva ou qualquer outra definida pela legislação específica.

Esta é a Universidade Federal reconhecida pela sociedade de Sergipe, sempre preocupada com a melhoria da qualificação do seu corpo docente, da sua infraestrutura e com a ampliação do seu quadro de técnicos administrativos. O resultado dessas iniciativas é a qualificação do ensino superior público em Sergipe, tornando-o mais plural e atraindo cada vez mais um crescente número de estudantes para os nossos cursos de graduação.

A Universidade Federal de Sergipe vem nos últimos anos ampliando significativamente o número de vagas ofertadas no vestibular. Das cerca de 2.000 vagas oferecidas em 2005, nos nossos cursos presenciais, passamos para 5.490 em 2012. O esforço da UFS em realizar sua expansão busca ampliar as oportunidades de ingresso nos cursos que oferece.

A ampliação das oportunidades para nossos candidatos e futuros alunos não se deu, entretanto, apenas pela ampliação de vagas. Vários cursos novos foram criados. E três novas cidades do interior, Itabaiana, Laranjeiras e Lagarto, também foram contempladas no processo de expansão, cada qual com um campus.

Em 2012, o desafio de ampliar as oportunidades para nossos jovens se apresenta também com a consolidação do programa de ações afirmativas para estudantes de escolas públicas, e dentro destas, para grupos étnicos, além da reserva especial de uma vaga, em cada curso, para pessoas com deficiência.

O compromisso da UFS com a criação de mais vagas vem sendo acompanhado da melhoria e ampliação do seu corpo

docente e também de sua infra-estrutura física. Atualmente, nós temos 1.023 professores efetivos, dos quais 642 são doutores e 327, mestres. Várias obras estão em fase de execução, de planejamento e de contração, que estão mudando radicalmente o porte de nossa universidade.

Para você, que como nós, sonha como uma UFS cada vez melhor, e por isso quer ingressar nela e

fazer parte de sua história, apresentamos este Catálogo de Cursos, através do qual você poderá

conhecer um pouco melhor nossa UFS e os vários cursos ofertados. Boa escolha e boa

sorte no processo seletivo!

SANDRO HOLANDAPRó-REITOR DE GRADUAçãO

JOSUÉ MODESTO DOS PASSOS SUBRINHOREITOR DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE

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Vestibular 2012Vestibular 2012

A educação, consagrada pela Constituição Federal de 1988 como um direito social (CF, Art. 6º),

é um fator essencial à conquista de outros direitos e à vida digna, assim como à transformação da sociedade.

Pensando nisso é que a Universidade Federal de Sergipe assumiu um compromisso com a expansão da oferta e do acesso à educação superior pública. Preocupada em consolidar a inclusão social, nossa instituição mantém-se firme na busca por oferecer um ensino de graduação de excelência acadêmica e por adotar e aprimorar medidas que favoreçam

o acesso dos jovens à formação superior.Nesse sentido, o Vestibular da UFS traz grandes

novidades para o ano de 2012. Afora as opções de graduação presenciais que já eram disponibilizadas

pela universidade, os candidatos que pretendem ingressar na instituição contam também com cursos funcionando no Campus de Lagarto (Enfermagem, Farmácia, Fisioterapia, Fonoaudiologia, Medicina,

Nutrição, Odontologia e Terapia Ocupacional). Além disso, o aumento no número de cursos e

de vagas em diversas áreas fez com que a oferta do Vestibular ultrapassasse cinco mil vagas, o que

representa outro grande passo dado pela instituição.Nesse momento, a grande preocupação da

UFS é com a consolidação da inclusão social.

Semdúvidas,o Vestibular

2012 contribuirá para a consolidação da inclusão social na Universidade Federal de Sergipe. As políticas afirmativas de cotas estão em estudo por um prazo de dez anos. Outras universidades já se anteciparam quanto a esse processo e mostram atualmente excelentes resultados. Também queremos fazer o melhor e a luta já começou”.

VESTIBULAR UNIVERSIDADE FEDERAL DE

SERGIPE

“Vejo essa proposta como uma vitória para a UFS. São pessoas que têm suas limitações, mas que podem exercer suas atividades como qualquer outra. A UFS só tem a crescer com isso, em todos os sentidos.

Priscila Barreto, estudante de Fonoaudiologia

“Manoel Leite, Coordenador do Concurso Vestibular

Pessoas com deficiênciaCada curso ofertado pela instituição destina, anualmente,

uma de suas vagas a candidatos que possuem algum tipo de deficiência. Estes, por sua vez, deverão apresentar laudo médico que comprove deficiência auditiva, motora e/ou visual, na inscrição no processo seletivo. Para se adequar às necessidades desses estudantes e promover a acessibilidade, a UFS iniciou reformas em suas instalações. Adaptação dos banheiros, construção de rampas e instalação de elevadores são algumas das mudanças em andamento.

CotasRetirando-se a vaga para candidatos com deficiência,

50% das vagas de cada curso serão ofertadas a estudantes das redes públicas estaduais, municipais e federais de ensino. Destas, 70% serão destinadas àqueles que se declararem negros, pardos ou índios, correspondendo a 35% do total de vagas oferecidas pela instituição.

Para concorrer à vaga pela política de cotas sociais, o estudante deverá ter cursado todo o ensino médio e quatro anos – não necessariamente consecutivos – do ensino fundamental na rede pública, obedecendo um total de sete anos.

Faz-se necessário ressaltar que a política de cotas é optativa, podendo o estudante da rede pública participar do processo junto aos demais candidatos.

CoNsoLIdar a incLUsÃO

Os candidatos devem acompanhar o site www.ccv.ufs.br, onde são disponibilizadas todas as informações sobre o Vestibular 2012.

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Campus de Lagarto UNIVERSIDADE FEDERAL DE

SERGIPE

Como parte do processo de expan-são e interiorização do ensino su-perior público e de qualidade, a Universidade Federal de Sergipe

iniciou suas atividades no Campus de Lagarto. Essa iniciativa levou em consi-deração características sociais, políticas, econômicas e culturais de Sergipe e pre-tende contemplar demandas existentes na região Centro-Sul do Estado.

O Campus de Lagarto oferece 8 cursos de graduação, todos eles voltados para a área de saúde (Enfermagem, Far-mácia, Fisioterapia, Fonoaudiologia, Me-dicina, Nutrição, Odontologia e Terapia Ocupacional).

A partir do compromisso com uma nova visão de formação profissional para a saúde, serão trabalhadas algumas atividades diferentes das desenvolvidas nos demais campi da UFS. Nesse senti-do, turmas pequenas, promoção de vi-vência precoce em práticas na comuni-dade e utilização de metodologias ativas de ensino-aprendizagem serão marcas da graduação no Campus de Lagarto.

As atividades de ensino ocorrerão através de ciclos anuais, que funcio-nam como disciplinas, e não por disci-plinas – como ocorre nos outros campi. O ciclo é um componente curricular (as-sim como disciplinas, blocos, módulos e atividades acadêmicas específicas),

porém, difere dos demais por ser com-posto de subunidades que funcionarão articuladamente.

A estruturação didática dos cur-sos em ciclos anuais deve-se à opção pela organização curricular pautada na Aprendizagem Baseada em Proble-mas (APB) – uma metodologia ativa de ensino-aprendizagem. Com o pres-suposto de que o estudante é agente ativo da aprendizagem, a APB centra o ensino no discente, atuando o pro-fessor como facilitador do processo de ensino-aprendizagem. Integrando a ABP, os ciclos incluirão em suas su-bunidades atividades de Aprendizagem Auto-dirigida (AAD). Essas atividades acadêmicas são caracterizadas também por momentos não presenciais, que per-mitem a busca do conhecimento de for-ma autônoma, nos diversos cenários de aprendizagem.

Assim, o Campus de Lagarto ofe-rece aos estudantes uma formação pro-fissional pautada no princípio de articu-lação entre ensino, pesquisa, extensão e assistência, referenciada na coleti-vidade e no Sistema único de Saúde, que lhes permitirá desenvolver as ha-bilidades e competências necessárias à atuação como profissionais de saúde dinâmicos, críticos e transformadores da realidade em que serão inseridos.

Projeto do Campus Universitário de Lagarto (em execução)

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A UFS integra o Sistema Univer-sidade Aberta do Brasil (UAB), instituído em junho de 2006,

que visa ao desenvolvimento da modalidade de educação superior a distância. O projeto UAB em Sergi-pe é uma parceria entre o Governo Federal, Prefeituras, Governo do Estado e UFS. Nessa parceria, cabe à UFS a oferta de cursos superiores a distância (com seus materiais di-dáticos, professores e tutores) e aos demais parceiros do projeto, a es-truturação física dos espaços para realização das atividades didático--pedagógicas.

Embora tenha sido acolhida pela legislação educacional brasileira somente há poucos anos (LDB/1996, art. 80), a educação a distância (EaD) tem grande potencial para a forma-ção de profissionais e para a diminui-ção das diferenças de oportunidades de escolarização. Essa modalidade educacional caracteriza-se pela me-diação didático-pedagógica dos pro-cessos de ensino e aprendizagem através de meios e tecnologias de in-formação e comunicação, com estu-dantes e professores desenvolvendo atividades educativas em lugares ou tempos diversos. Ela fundamenta--se em teorias e modelos pedagógi-cos gerais da educação presencial, mas guarda peculiaridades quanto à metodologia do processo de ensino--aprendizagem.

Em novembro de 2006, a UFS criou o Centro de Educação Superior a Distância (CESAD), ór-gão responsável pela implantação e gestão da UAB em Sergipe. A partir daí, foram institucionalizados pólos regionais de ensino de gra-duação a distância em alguns mu-nicípios do interior sergipano. Em cada um desses municípios há um pólo de apoio presencial, onde os discentes têm acesso a biblioteca, laboratório de informática e aten-dimento de professores-tutores, realizam práticas laboratoriais, en-tre outras atividades acadêmicas. Trata-se de oferecer ao estudante da EaD a possibilidade de acessar

Cursos de graduação a distânciacursos a distância ofertados por pólo

* No intuito de contemplar os objetivos propostos pela Universidade Aberta do Brasil, 50% das vagas são destina-das aos candidatos que atuam como professores da rede pública de ensino. ** Vagas reservadas para servidores da UFS.

as tecnologias da informação e da comunicação em laboratórios pró-ximos de sua moradia, garantido, assim, mais interação com os tuto-res, professores e colegas de curso.

Os cursos a distância ofere-cidos por esta universidade foram projetados para ter a mesma qua-lidade acadêmica daqueles oferta-dos presencialmente. Têm matriz curricular, ementas, duração do se-mestre letivo e do curso idênticas às das respectivas graduações na mo-dalidade presencial e seus projetos

pedagógicos obedecem às diretrizes curriculares nacionais estabelecidas pelo MEC. Eles também prevêem algumas atividades presenciais obri-gatórias, como avaliações (o sistema de avaliação abrange avaliações pre-senciais, são três no total e realizadas aos sábados e domingos, e avalia-ções a distância em todas as disci-plinas), estágios obrigatórios, defesa de trabalhos de conclusão de curso e práticas relacionadas a laboratórios de ensino, quando for o caso.

O estudante que ingressa através do CESAD é um aluno regu-lar da Universidade Federal de Sergi-pe com a particularidade de realizar vestibular em seu próprio município

e de participar das aulas através de um ambiente virtual de aprendiza-gem, cujo acesso pode ocorrer em seu pólo. Assim, seu diploma é ex-pedido e validado da mesma forma que o dos alunos presenciais da ins-tituição e tem validade nacional.

Atualmente, há 8 opções de cursos de graduação na modalidade a distância (7 licenciaturas e 1 ba-charelado), distribuídas em 14 mu-nicípios das diversas microrregiões sergipanas. A tabela ao lado relacio-na os cursos ofertados por pólo com a respectiva quantidade de vagas disponíveis. Para ingressar em um desses cursos, o candidato deverá se submeter ao vestibular para a modalidade EaD, que tem calendá-rio próprio. As provas são realizadas em caráter presencial e simultane-amente para as vagas ofertadas em todos os pólos.

Áreas de atuação do sistema uaB

em sergipe

Poço Verde

Tobias Barreto

Itabaianinha

Tomar Geru

Simão Dias

Umbaúba

Indiaroba

Riachão do Dantas

Lagarto

Boquim

Pedrinhas

Salgado

S.Cristovão

Porto da Folha

Poço Redondo

Canindé doS.Francisco

Gararu

Frei Paulo

Carira

Itabi

Gracho Cardoso

Campo do Brito

SãoDomingos

MaruimMacambira

PinhãoDivina Pastora

Aracaju

Barra dos Coqueiros

Pedra Mole

Pacatuba

Neópolis

Brejo Grande

Ilha das Flores

Monte Alegre de Sergipe

Siriri

Pirambu

S.Amarodos Arroios

Rosáriodo Catete

Ribeirópolis

S.Luzia do Itanhy

Itabaiana

Moita BonitaS.Rosade Lima

Malhador

Carmópolis

GeneralMaynard

N.S do Socorro

Nossa Senhora Aparecida

Nossa Senhora da Glória

Feira NovaCumbe

Canhoba

PropriáTelha

Amparo do S.Francisco

Japoatã

S.Francisco

Cedro doSão João

Muribeca

Malhadados Bois

N.S de Lourdes

Cristinapólis

S.Miguel do Aleixo

BA

HI

A

A L A G O A S

OC

EA

NO

AT

NT

I CO

AreiaBranca Laranjeiras

Riachuelo

NossaSenhoradas Dores

Capela

Japaratuba

Arauá

Estância

Aquidabã

Itaporanga d`ajuda

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Engenharia Agrícola - Bach. (matutino)Engenharia Agronômica - Bach. (matutino)Engenharia de Alimentos - Bach. (matutino)Engenharia de Pesca - Bach. (vespertino)

Ciência da Computação - Bach. (vespertino)Engenharia de Computação - Bach. (matutino)Estatística - Bach. (noturno)Física - Bach. (vespertino)Física - Licenciatura (noturno)Física/Astronomia - Bach. (vespertino)Física Médica - Bach. (matutino)Geologia - Bach. (vespertino)Matemática - Bach. (vespertino)

Ciências Biológicas - Bach. (matutino)Ciências Biológicas - Lic. (vespertino)Ciências Biológicas - Lic. (noturno)Ecologia - Bach. (matutino)Educação Física - Bach. (matutino)Educação Física - Lic. (vespertino)Enfermagem - Bach. (vespertino)Enfermagem - Bach. (integral)Farmácia - Bach. (vespertino)Farmácia - Bach. (integral)

Arqueologia - Bach. (vespertino)Ciências da Religião - Lic. (noturno)Ciências Sociais - Bach. (vespertino)Filosofia - Lic. (noturno)Geografia - Bach. (matutino)Geografia - Lic. (matutino)Geografia - Lic. (vespertino)

Engenharia Ambiental - Bach. (matutino)Engenharia Civil - Bach. (vespertino)Engenharia de Materiais - Bach. (vespertino)Engenharia de Petróleo - Bach. (matutino)Engenharia de Produção (vespertino)

Ciên

cias

Agrá

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Ciênc

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Letra

s e A

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Fisioterapia - Bach. (matutino)Fisioterapia - Bach. (integral)Fonoaudiologia - Bach. (matutino)Fonoaudiologia - Bach. (integral)Medicina - Bach. (integral)Nutrição - Bach. (matutino)Nutrição - Bach. (integral)Odontologia - Bach. (integral)Terapia Ocupacional - Bach. (integral)

Matemática - Licenciatura (vespertino)Matemática - Licenciatura (noturno)Química - Bach. (vespertino) Química - Licenciatura (vespertino)Química - Licenciatura (noturno)Química Industrial - Bach. (matutino)Sistemas de Informação - Bach. (matutino)Sistemas de Informação - Bach. (noturno)

Geografia - Lic. (noturno)História - Lic. (matutino)História - Lic. (noturno)Pedagogia - Lic. (vespertino)Pedagogia - Lic. (noturno)Psicologia - Bach. (vespertino)

Engenharia Elétrica/Eletrônica - Bach. (matutino)Engenharia Elétrica/Eletrotécnica - Bach. (matutino)Engenharia Mecânica - Bach. (matutino)Engenharia Química - Bach. (matutino)

Arquitetura e Urbanismo - Bach. (integral)Artes Visuais - Lic. (vespertino)Dança - Lic. (noturno)Letras Espanhol - Lic. (noturno)Letras Inglês - Lic. (noturno)Letras Português - Lic. (matutino)Letras Português - Lic. (noturno)

Administração - Bach. (matutino)Administração - Bach. (noturno)Biblioteconomia e Documentação - Bach. (not.)Ciências Atuariais - Bach. (noturno)Ciências Contábeis - Bach. (noturno)Ciências Econômicas - Bach. (vespertino)Ciências Econômicas - Bach. (noturno)Comunicação Social/Audiovisual - Bach. (vesp.)Comunicação Social/Jornalismo - Bach. (matut.)

Comunicação Social/Publ. e Propag. - Bach. (vesp.)Design Gráfico - Bach. (noturno)Direito - Bach. (vespertino)Direito - Bach. (noturno)Museologia - Bach. (matutino)Relações Internacionais - Bach. (vespertino)Secretariado Executivo - Bach. (noturno)Serviço Social - Bach. (noturno)Turismo - Bach. (vespertino)

Letras Português-Espanhol - Lic. (vespertino)Letras Português-Francês - Lic. (matutino)Letras Português-Francês - Lic. (noturno)Letras Português-Inglês - Lic. (matutino)Música - Lic. (noturno)Teatro - Lic. (noturno)

Engenharia Florestal - Bach. (matutino)Medicina Veterinária - Bach. (integral)Zootecnia - Bach. (matutino) 1Ciências

Agrárias Ciências Biológicas e da Saúde

Ciências Exatas e da Terra

Ciências Sociais Aplicadas

Engenharias Linguistica, Letras e Artes

2Ciências Humanas43

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página 13

página 33

página 21

página 45

página 55

página 81página 71

REITOR Prof. Dr. Josué Modesto dos Passos SubrinhoVICE-REITOR Prof. Dr. Angelo Roberto Antoniolli

Coordenação de ProduçãoPRó-REITOR DE GRADUAçãO Prof. Dr. Francisco Sandro Holanda

CHEFE DA ASSESSORIA DE COMUNICAçãOProf. Dr. Josenildo Luiz Guerra (Mtd 602/94 ES.)

Consultoria técnicaDEPARTAMENTO DE APOIO DIDáTICO-PEDAGóGICO Prof. Dr. Paulo Heimar

NúCLEO DE INTEGRAçãO UNIVERSIDADE-ENSINOFUNDAMENTAL E MéDIO Gerri Sherlock Araújo

COORDENAçãO DE CONCURSO VESTIBULAR Prof. Dr. Manuel Leite TorresDEPARTAMENTOS E NúCLEOS DE GRADUAçãO DA UFS

CENTRO DE EDUCAçãO SUPERIOR A DISTâNCIA

ProduçãoEQUIPE ASCOM Luiz Amaro, Marcos Santana e Jéssica Vieira

EQUIPE DE REDAçãO Lidiane Neves, Luciana Almeida e Jéssica VieiraPROJETO GRáFICO Guga Oliveira

EDITORAçãO ELETRÔNICA Lucílio FreitasCOPIDESQUE Fabíola Oliveira Criscuolo Melo

WEBMASTER Fred CostaRáDIO UFS Juliana Almeida - Bolsistas de Extensão Rádio

UFS: Glória Maria, Daniela Barbosa, Luiz Eduardo

ApoioSECRETARIA DA ASCOM Adilson Andrade Vinícius Andrade

COORDENAçãO GRáFICA DO CESAD Giselda Santos BarrosREDAçãO Cidade Universitária Prof. José Aloísio de Campus - Rosa Elze,

São Cristóvão/SE Reitoria.

Contatos:Fone: (79) 2105-6473 E-mail: [email protected] Portal UFS: www.ufs.br

Publicação

Publicação da Pró-Reitoria de Graduação e da Assessoria de Comunicação da UFS

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Ciências Agrárias

Engenharia Agrícola

Engenharia Agronômica

Engenharia de Alimentos

Engenharia de Pesca

Engenharia Florestal

Medicina Veterinária

Zootecnia

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A criação do Curso de Graduação em Engenharia Agrícola da UFS sur-ge da necessidade de aperfeiçoamento tecnológico que atravessa as explo-rações agrícolas de forma peculiar no estado de Sergipe e em boa parte da região Nordeste. Neste sentido, o projeto pedagógico do curso fundamenta-se na concepção de que o profissional de Engenharia Agrícola deve ter ampla visão técnico-científica, capacidade de liderança e de trabalho em equipe.

Com a consolidação do processo de modernização da agri-cultura brasileira, o mercado de trabalho para o engenheiro agrí-cola se abre e projeta este profissional como um dos que deve-rão apresentar mais destaque no cenário das profissões de futuro.

A área de atuação do profis-sional inclui diagnóstico, avaliação de impactos ambientais e sociais, planejamento e projeto relacionados a sistemas que envolvem energia, transporte, estruturas e equipamentos nas áreas de irrigação e drenagem, construções rurais e ambiência, ele-trificação, máquinas e implementos agrícolas, agricultura de precisão, me-canização, automação e otimização de sistemas, processamento e armaze-namento de produtos agrícolas, inclu-ídos também o manejo e tratamento

de resíduos gerados pelos processos agrícolas, agropecuários e agroindustriais.De acordo com o professor Silvestre Rodrigues, os profissionais de Enge-

nharia Agrícola têm se inserido principalmen-te nos centros urbanos, em empresas vincula-das ao setor agrícola como os fabricantes de máquinas e implemen-tos agrícolas, equipa-mentos para irrigação e outros setores da in-dústria. Isso tem deixa-do um leque amplo de possibilidades de tra-balho em áreas rurais.

E ngenharia Agrícola

tEcnoloGia a serViçodo caMPo

Turno: matutino

campus: são cristóvão

duração: 5 anos

oferta: 50 vagas

Bachar

elad

oEng. Agrícola

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O poeta agricultor Wendel Berry disse que “comer é um ato agrário”. Até o alimento chegar à sua mesa, ele percorre uma cadeia produtiva. Você já pensou nisso? Se você é daqueles que se preocupam com essas questões, está inclinado ao Bacharelado em Engenharia Agronômica. Nesse curso, o aluno compreenderá a questão agrícola dentro de uma visão globalizante do ho-mem nas suas relações com a natureza. Vai enfrentar os desafios provocados por mudanças sócio-tecnológicas na agricultura, sem deixar de lado os agroe-cossistemas prevalecentes no Nordeste e, em particular, em Sergipe.

A humanidade vem se preparando para a fronteira de um novo de-senvolvimento. Atualmente, a proposta aceita em todo o mundo é seguir na direção da sustentabilidade, que visa atender às necessidades do presente sem comprometer as possibilidades das futuras gerações de atenderem suas pró-prias necessidades.

O Curso de Engenharia Agronômica da UFS pretende formar profissionais comprometidos com a transformação social, com a construção de uma socie-dade verdadeiramente justa, igualitária, livre e solidária de forma econômica e sustentável e, neste sentido, propor um novo modelo de agricultura no Brasil.

Os conhecimentos teóricos e práticos oferecidos durante a graduação permitirão ao estudante absorver e desenvolver tecnologias, ter capacidade de identificar e resolver problemas em atendimento às demandas da sociedade, considerados aspectos políticos, econômicos, sociais, ambientais e culturais, e ser capaz de compreender e traduzir as necessidades de indivíduos, grupos

sociais e comunidade e de utilizar racionalmente os recursos disponíveis, sem deixar de conservar o meio ambiente.

O engenheiro agrônomo formado pela UFS terá competência e habilidade para pro-jetar, coordenar, analisar, fiscalizar, assessorar, supervisionar e especificar técnica e economica-mente projetos agroindustriais, do agronegócio e da agricultura familiar; realizar vistorias, perícias, avaliações, arbitramentos, laudos e pareceres técnicos; e produzir, conservar e comercializar alimentos e outros produtos agropecuários.

O Instituto Brasileiro de Geografia e Es-tatística (IBGE) estima haver um contingente de quatro milhões de pequenos agricultores no Bra-

sil. Para cada grupo de 300 famílias, seria necessário um engenheiro agrôno-mo. Ou seja, há grande demanda de profissionais qualificados para trabalhar com essas formas de plantio sustentável. Os dados do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA) em Sergipe indicam a existência de um público de 171 assentamentos instalados que demandam assessoria de um engenheiro agrônomo.

Para quem pretende seguir carreira acadêmica e se dedicar à pesquisa, a UFS oferece os mestrados em Agroecossistemas e Biotecnologia.

E ngenharia Agronômica

Por uMa aGRicultuRasustEntÁVEl

Turno: matutino

campus: são cristóvão

duração: 5 anos

oferta: 50 vagas

Bachar

elad

o

Eng. Agronômica

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ngenharia de Alimentos

Atualmente nos deparamos com uma grande variedade de alimentos, dis-poníveis de forma in natura ou industrializados. O responsável por assegurar que esses alimentos cheguem à casa do consumidor, com boa qualidade, é o enge-nheiro de alimentos. O profissional dessa área cuida justamente do processo de industrialização de produtos alimentícios, desde a busca da matéria-prima no campo, incluindo a compra, processamento, armazenamento, o controle da qua-lidade, a logística da distribuição, até a oferta nas prateleiras do supermercado.

Segundo o professor Marcelo Carnelossi o curso de Engenharia de Alimentos da UFS se propõe a oferecer só-lida formação técnico-científica e profissional de forma interdisci-plinar para capacitar o discente a absorver e desenvolver novas tecnologias na área de alimentos, além de estimular sua atuação crítica e criativa na resolução de problemas da sociedade. A pro-fessora Maria Lucia ressalta ainda que o curso visa formar profissio-nais para todas as áreas que in-tegram a cadeia de produção de alimentos, com ênfase na indústria de alimentos.

“O engenheiro de alimentos tem uma ampla área de atuação. Suas ativi-dades podem ser desenvolvidas no setor de controle de qualidade de indústrias privadas produtoras de alimentos, bem como em órgãos fiscalizadores, como a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e os serviços de inspeção de âmbito estadual”, afirma Ana Carolina Aquino, mestre em Ciência e Tecnologia de Alimentos pela UFS. “Há ainda a atuação do engenheiro nas áreas de ensino, pesquisa e extensão”, acrescenta.

De acordo com os discentes, o curso tem conseguido atender às expectati-vas deles. “Aqui na UFS, vivencio as várias áreas de atuação do engenheiro de alimentos, especialmente as de pesquisa e extensão”, relata a estudante Maria Terezinha. Os alunos do curso têm a possibilidade de colocar em prática os conhecimentos teóricos adquiridos ao participar de atividades de pesquisa (PIBIC) e extensão (PIBIX, PIBITI, entre outros) além da motivação para desenvolver trabalhos de inova-ção tecnológica exigidos pelo setor de alimentos.

Ao término da graduação, para aqueles que desejam continuar os estudos e aprofundar os co-nhecimentos na área, nossa universidade oferta o Mestrado em Ciência e Tecnologia de Alimentos.

de olHo na QualidadE dos aliMEntos

E

Turno: matutino

campus: são cristóvão

duração: 5 anos

oferta: 50 vagas

Bachar

elad

o

Eng. de Alimentos

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ngenharia de Pesca

GEstão PEsQuEiRa coM resPonsaBilidade aMBienTal

é o setor da engenharia voltado para o cultivo, a captura e a industria-lização de peixes e frutos do mar. Segundo a professora Ana Rosa Araújo, a formação acadêmica é focada na gestão dos usos pesqueiros, tanto de pesca de captura quanto da aquicultura, através do cultivo de organismos aquáticos. “Gerir os recursos pesqueiros com responsabilidade ambiental é um grande desafio. O Curso de Engenharia de Pesca da UFS tem como orientação profissional formar engenheiros comprometidos com uma prática sustentável”, reforça a professora.

O engenheiro de pesca estuda a aplicação de métodos e tecnologias para localizar, captu-rar, beneficiar e conservar peixes, crustáceos e moluscos. Para o pro-fessor Mário Thomé, o mercado tem basicamente três vertentes: produção de alimentos, de pesca-do, como peixes, crustáceos (ca-marões e caranguejos) e moluscos (ostras, sururu, mexilhões e viei-ras); gestão pesqueira e manejo dos ecossistemas aquáticos; e processamento, tanto da parte de aquicultura

como da gestão da pesca em si, ou seja, transfor-mação desses pescados em subprodutos.

Na avaliação de Mário Thomé, Sergipe ain-da é muito deficiente na área de gestão pesqueira. Não há, por exemplo, um órgão local responsá-vel pelos recursos pesqueiros. Ele acredita que o compromisso dos seis professores do curso é for-mar profissionais que darão início a essa prática no estado, “cuja área costeira é promissora e pouco aproveitada”.

Um desses desbravadores será Victor Jara, que, embora tenha visto o curso nascer, não se abalou com as limitações. Aluno da primeira tur-ma, Jara participou do programa de Educação

Ambiental em Comunidades Costeiras, uma parceria entre o Instituto Brasi-leiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e a UFS. “Fizemos um levantamento de todo o pescado e verificamos quais as necessi-dades dos pescadores”, explica.

O engenheiro de pesca também é capaz de coordenar grupos de pes-quisa, desenvolver consultorias, emitir laudos, pareceres, realizar perícias e

E

Turno: vespertino

campus: são cristóvão

duração: 4,5 anos

oferta: 50 vagas

Bachar

elad

o

Eng. de Pesca

Page 13: Conheça os cursos da UFS

18 |UFS|www.ufs.br|março 2011

E ngenharia Florestal

da Produção À consERVaÇão

O curso de Engenharia Florestal da UFS tem como objetivo principal dotar os futuros profissionais de conhecimentos e ferramentas que lhes permi-tam trabalhar a produção de bens e serviços de um patrimônio florestal aliada à sustentabilidade ambiental, econômica e social.

O currículo básico dos cursos de Engenharia Florestal no Brasil possibilita a formação tanto na área de produção de bens quanto na área de conservação da natureza. Para isso, o estudante da UFS dispõe de grandes linhas temáticas que envolvem: Silvicultura, Manejo Florestal, Gestão Ambiental, Logística e Tecnologia

de Produtos Florestais.A Silvicultura, que compreende o cultivo de

árvores para diversos fins, está relacionada à pro-dução de sementes e de mudas, preparo de áreas, plantio, manutenção do plantio, fertilização e pro-teção florestal, colheita, transporte e suprimento de indústrias.

O Manejo Florestal, que contempla tanto as florestas naturais quanto as plantadas, está asso-ciado a áreas específicas, como: dendrometria, in-ventário, planejamento, administração e economia florestal, com fins de sustentabilidade ou manejo sustentável, incluindo a biotecnologia, genética e melhoramento florestal.

Na Gestão Ambiental, a ênfase se dá às áreas de preservação ambiental, envolvendo não só as diferentes modalidades de Unidades de Conservação, mas também estratégias de sequestro de carbono, que se mostra como uma das tecnologias mais eficientes para a redução dos fenômenos e gases relacionados ao Efeito Estufa. Tem ainda influência crucial na quantidade e na qualidade de água superficial e subsuperficial, manejo da fauna silvestre e recuperação de áreas degradadas.

A Logística compreende desde o suprimento de madeira, planejamento, construção e manutenção de estradas até a colheita e transporte de madeira. Quanto à Tecnologia de Produtos Florestais - hoje a área mais ampla da Enge-

nharia Florestal – abrange tanto os produtos madeireiros (celulose, papel, energia, móveis, construções etc.) como os produtos não madeireiros (óleos, resinas, recreação, proteção ambiental etc.).

Essa diversidade de linhas temáticas, por outro lado, torna--se benéfica, pois permite ao profissional da Engenharia Flores-tal, ao ingressar no mercado de trabalho, atuar em uma grande variedade de áreas, tais como: indústrias de base florestal (celu-lose, siderurgia, serrarias etc.); órgãos públicos federais (IBAMA, EMBRAPA etc.), estaduais (Secretarias de Estado etc.), municipais, como por exemplo, na arborização e paisagismo urbano, como docente, dedicando-se ao ensino, pesquisa e extensão; e como autônomo, envolvendo desde a consultoria, prestação de serviços e produção de bens diversos (madeireiros e não madeireiros).

A graduação vai possibilitar a associação dos meios de conservação naturais com a produção, buscando uma prática sustentável e evitando assim agressões ao meio ambiente.

Turno: matutino

campus: são cristóvão

duração: 4,5 anos

oferta: 50 vagas

Bachar

elad

o

Eng. Florestal

Page 14: Conheça os cursos da UFS

19www.ufs.br|março 2011|UFS |

Medicina Veterinária

MÉdico VeTerinÁrio: o MelHoraMiGo dos aniMais

M

A Medicina Veterinária pode ser considerada uma profissão jovem no Brasil, uma vez que as primeiras escolas foram criadas em 1910, na cidade do Rio de Janeiro. Desde então, o médico veterinário vem ganhando destaque em diversos setores da sociedade. Atualmente, essa profissão é uma das mais importantes do Brasil e do mundo devido ao seu amplo leque de competên-cias, que vão desde a prevenção e cura das afecções de diversas espécies ani-mais, produção e inspeção de alimentos, defesa sanitária, saúde pública, en-sino técnico e superior, pesquisa, extensão rural até a preservação ambiental.

A profissão tem permanecido em alta no contexto socioeconômico mundial em razão do aumento da população e da diminuição das áreas agrí-colas, que resultam em crescente demanda por uma produção agropecuária eficiente, rápida e lucrativa, que respeite a sanidade e o bem-estar animal. Es-tas atribuições do Médico Veterinário são de grande importância e relevância na área de produção animal, principalmente em países com fortes caracterís-ticas agropecuárias, como o Brasil.

Mas, apesar disso, a relação de profissionais médicos veterinários por habitantes ainda é baixa. Dados do Ministério da Saúde mostram que o esta-do de Sergipe é o terceiro menor do país em número de médicos veterinários por habitantes (0,10/1.000 habitantes), estando na frente apenas dos estados de Alagoas e do Amazonas. Em primeiro lugar ficou Mato Grosso do Sul, com 0,94 veterinários/1.000 habitantes, seguido do Rio Grande do Sul (0,62) e de Mato Grosso (0,51).

Diante de tantas competências e da grande demanda, a criação do Curso de Medicina Veterinária na UFS tornou-se um anseio da comunidade sergipana já há algum tempo. Este desejo foi contemplado e a primeira turma ingressou no primeiro semestre de 2010.

O objetivo do curso é formar profissionais com conhecimentos para desenvolver ações dire-cionadas à área de Ciências Agrárias, no que se refere à Produção Animal, Produção de Alimen-tos, Saúde Animal e Proteção Ambiental. Segundo os professores Anselmo e Márcia Roner, a medi-cina veterinária é a ciência que trata dos animais, desde a prevenção, o controle, a erradicação até o tratamento das doenças, traumatismos ou qual-quer outro agravo à sua saúde; além do controle da qualidade dos produtos e subprodutos de ori-gem animal para o consumo humano, e do rele-vante papel nos sistemas de produção, que lhe permitem atuar não só na produção de proteína animal para o abastecimento do mercado interno

e externo, mas também no planejamento e execução das atividades relacio-nadas à defesa sanitária animal.

Turno: integral

campus: são cristóvão

duração: 5 anos

oferta: 50 vagas

Bachar

elad

o

Medicina Veterinária

Page 15: Conheça os cursos da UFS

20 |UFS|www.ufs.br|março 2011

Zootecnia

O objetivo do Curso de Zootecnia da UFS é formar profissionais com habi-litação e capacitação técnica na área de produção animal, prezando não só pela segurança alimentar e qualidade dos produtos de origem animal, mas também pelo bem-estar animal e pela saúde pública.

Para atingir esse objetivo, oferece uma formação teórica que capacite o zootec-nista para estudar e adotar técnicas de produção animal a fim de obter um produto de boa qualidade, como pele, carne, leite, ovos e seus derivados, das diferentes espécies de animais de criação (bovinos, bubalinos, ovinos, caprinos, peixes, suínos e aves), além de prepará-lo para atuar no planejamento e na execução de projetos de toda a cadeia pro-dutiva, desde o gerenciamento da criação até o aprimoramento genético dos rebanhos.

Além disso, o egresso se tornará apto a responder pela área de alimenta-ção animal, podendo formular e controlar a qualidade das dietas e formação e/ou manejo de pastos e forrageiras e ainda avaliar, classificar e tipificar os produ-

tos e subprodutos de origem animal. Cabe-lhe ainda formalizar registros genealógicos, exposições, provas e avaliações funcionais e zootécnicas, bem como ge-renciar programas de melhoramento genético animal.

O mercado de trabalho se diferencia de acordo com as necessidades de cada região. O Centro-Oeste, por exemplo, é uma região cujo motor econômico é o agronegócio. A implantação de indústrias agrícolas, como Sadia e Perdigão, nessa região, também elevou a procura pelo profissional. No Nordeste, as melhores oportunidades estão na criação de bovinos de leite, ca-prinos, ovinos, peixes e camarões. No Sul do Brasil e nos estados de Mato Grosso e Rondônia, surgem em-pregos em fazendas e propriedades rurais, para cuidar do planejamento rural e da saúde animal. O segmen-to da carne orgânica (em que os animais são criados

com uso restrito de hormônios e medicamentos), embora ainda incipiente, também começa a ganhar espaço, pois cresce o número de pessoas que se preocupam com uma alimentação mais saudável. Isso deve aumentar a demanda por profissionais de Zootecnia nos próximos anos. Na Região Sudeste, há um crescimento do mercado de caprinos e ovinos, e ainda são poucos os técnicos especializados para ocupar as vagas.

Nas áreas urbanas, há perspectivas de trabalho em laboratórios de pes-quisa e biotecnologia, em empresas de ex-portação de produtos de origem animal e em companhias de informática, no desenvol-vimento de softwares gerenciais específicos para a área. No setor público, cresce a contra-tação de profissionais para as áreas de ensino (nas universidades públicas), pesquisa (na EM-BRAPA e em empresas estaduais de pesquisa) e de fiscalização agropecuária (no Ministério da Agricultura).

a ciÊncia da PRoduÇão aniMal

O objetivo do curso é formar profissionais com habilitação e capacitação técnica na área de produção, prezando pela qualidade e segurança dos produtos de origem animal e pela promoção do bem estar, da qualidade de vida e da saúde pública.

Z

Turno: matutino

campus: são cristóvão

duração: 4,5 anos

oferta: 50 vagas

Bachar

elad

o

Zootecnia

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21www.ufs.br|março 2011|UFS |

Ciências Biológicas e da Saúde

Ciências BiológicasEcologiaEducação FísicaEnfermagemFarmáciaFisioterapiaFonoaudiologiaMedicinaNutriçãoOdontologiaTerapia Ocupacional

22223242526272829303132

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22 |UFS|www.ufs.br|março 2011

O biólogo é um profissional cuja área de atuação é bastante ampla. De modo geral, investiga a origem, evolução, estrutura e o funcionamento dos seres vivos. Os conhecimentos e as descobertas das pesquisas biológicas podem ser aplicados, por exemplo, na cura de doenças, preservação do meio ambiente, desenvolvimento da agricultura, pecuária, indústria e vários outros setores da sociedade. O mercado de trabalho para biólogos vem crescendo de forma rápida, principalmente nas áreas de atuação que envolvam biotecnologia e questões ambientais.

Para aqueles que se interessam em cursar Ciências Biológicas, a UFS ofe-rece duas possibilidades de graduação: a licenciatura e o bacharelado. A pri-meira tem por objetivo habilitar biólogos para serem professores das disciplinas de Ciências e Biologia, no ensino fundamental e médio da Educação Básica. Já o bacharelado habilita profissionais principalmente para a coordenação, elabora-ção e/ou execução de projetos de pesquisa básica ou aplicada nos vários setores da Biologia. Em ambas as modalidades o profissional formado estará apto a de-

senvolver projetos de pesquisa, análises laboratoriais e consultorias, emitir lau-dos e pareceres, realizar perícias e/ou atuar como responsável técnico.

De acordo com a professora Silmara de Moraes, os interessados em seguir essa carreira devem ainda estar atentos ao embasamento hu-manístico que permite compreender a interação homem, sociedade, ciên-cia e natureza. Para tanto, o curso é concentrado em quatro grandes áreas: Botânica, Zoologia, Genética e Ensino. Recentemente, por conta das novas demandas de aprendizado,

ambas as opções de curso tiveram suas grades curriculares reformuladas e atualizadas, a fim de qualificar melhor seus profissionais.

A aluna de licenciatura Neildes Souza Santana já percebe os desafios que irá enfrentar. “Uma das dificuldades é ter de ensinar Química e Física no 9º ano do ensino fundamental. Como deve ser essa aula?”, questiona a futura professora.

Segundo Luciano Carlos de Menezes, graduado desde 2006, o maior desafio do biólogo é ser aceito no mercado de trabalho. é comum, em nosso estado, que profissionais de outras áreas atuem como professores de Biolo-gia ou assinem trabalhos técnicos no lugar do biólogo, por conseguinte, o Conselho Regional de Biologia (CRBio) deveria ser mais atuante em Sergipe. Atualmente o estado faz parte do CRBio (5ª Região), seccional que aglomera todos os estados da região Nordeste, com sede em Recife. Embora seja um dos estados que mais formam profissionais em Biologia, a delegacia do con-selho mais próxima está em Salvador.

iências Biológicas

Os interessados na pós-graduação em Ciências Biológicas na UFS podem ingressar no mestrado em Biotecnologia em Recursos Naturais, em Biologia Parasitária, em Desenvolvimento e Meio Ambiente ou em Ecologia e Conservação.

A distânciaNa modalidade a distância, a licenciatura em Biologia é ofertada nas cidades de Arauá, Areia Branca, Brejo Grande, Estância, Laranjeiras, Japara-tuba, Poço Verde, Porto da Folha, São Domingos, Lagarto (Colônia 13), Propriá e Nossa Senhora da Glória. Para cada polo são oferecidas 50 vagas.

BioloGia: a ciÊncia da Vida

C

Turnos: matutino, vespertino e noturnocampi: são cristóvão e itabaianaduração: 4 anosoferta: 30 vagas (Bach. - matutino)40 vagas (lic. - vespertino)40 vagas (lic. - noturno)50 vagas (lic. - vespertino/itabaiana)

Bachar

elad

o e

Licen

ciatura

Turnos: matutino, vespertino e noturno

Ciências Biológicas

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23www.ufs.br|março 2011|UFS |

A Ecologia é uma ciência recente, que busca estudar as interações e relações entre organismos e seu ambiente. Dessa forma, vem possibilitando

ao ser humano compreender a dinâmica da natureza, bem como o papel do homem nas suas transformações. A Ecologia é, portanto, essencial para subsidiar programas de manejo dos recursos naturais e estratégias de recupe-ração de áreas degradadas.

O Curso de Bacharelado em Ecologia da UFS visa à formação de profissionais habi-litados para atuar no tratamento das questões ambientais dos diferentes ecossistemas que formam a paisagem brasileira.

Embora a profissão ainda não esteja devidamente regulamentada, destacam-se,

entre as várias atividades do bacharel em Ecologia, o planejamento e de-senvolvimento de estudos ecológicos, a participação em projetos sobre a criação de Unidades de Conservação, o desenvolvimento de planos direto-res ou de ordenamento territorial e a avaliação dos riscos e impactos am-bientais decorrentes das atividades humanas. Poderão ser ainda realizadas consultorias para órgãos governamentais e não governamentais, subsidian-do equipes responsáveis pelo estabelecimento de políticas públicas que visem ao tratamento das questões ambientais e à promoção de eventos e programas em Educação Ambiental relativas às temáticas sobre proteção da biodiversidade, habitats e ecossistemas, entre outros.

O Curso de Ecologia da UFS tem in-gresso único anual e para ele são ofertadas 50 vagas através de processo seletivo. Sua grade curricular soma uma carga horária to-tal de 3.285 horas, correspondentes a 219 créditos, distribuídos em atividades acadê-micas obrigatórias e optativas, que podem ser integralizado em, no mínimo, 8 (oito) se-mestres letivos (4 anos).

A estrutura curricular do curso está or-ganizada em núcleos Básico (composto por disciplinas que fornecem o embasamento teórico necessário), Profissional Essencial (com disciplinas obrigatórias do campo do

saber destinadas à caracterização da identidade do profissional) e Profis-sional Complementar Específico (que visa à contribuição do aperfeiçoa-mento da habilitação profissional dos formandos).

cologia

o esTudo da natuREZa e da sua consERVaÇão

E

Turno: matutino

campus: são cristóvão

duração: 4 anos

oferta: 50 vagas

Bachar

elad

o

Turno: matutino

Ecologia

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24 |UFS|www.ufs.br|março 2011

O Curso de Licenciatura em Educação Física da UFS foi fundado em 1975. Ao longo desse período, vem contribuindo com a formação de professores de Educação Física atuantes em múltiplos espaços de intervenção: nas redes escolares públicas e privadas de ensino fundamental e médio em Sergipe, além de academias, clubes e outros campos.

Desde 2007, com a separação da formação em licenciatura e bacharelado, o Cur-so de Licenciatura perspectiva, exclusivamente, tratar das questões afetas às múltiplas dimensões do corpo e seus nexos com a Cultura, compreendendo de modo amplia-do a formação de crianças e jovens na Educação Básica. Para tanto, tem se esmerado na construção de diálogos profícuos entre ensino, pesquisa e extensão na formação dos jovens professores.

No projeto pedagógico do curso está previsto que o licenciado deverá estar capacitado para o pleno exercício profissional no componente curricular Educação Física na Educação Básica (Educação Infantil, Ensino Fundamental e Ensino Médio) e Profissional em suas exigências gerais, tais como inserção social da escola, domínio de teorias e pro-cessos pedagógicos (ensino-aprendizagem) e de teorias do desenvolvimento dos indivíduos em idade escolar.

A UFS, atenta ao que acontece nos cenários nacio-nal e regional, investiu também na criação de um Curso de Bacharel em “Ciência da Atividade Física e do Esporte”

para atender a toda essa demanda e, portanto, proporcionar melhor qualidade de vida à população. Esse novo profissional é um especialista em atividades físicas, nas suas diversas manifestações - ginásticas, exercícios físicos, desportos, jogos, lutas, capoeira, artes marciais, danças, atividades rítmicas, expressivas e acrobáticas, musculação, lazer, recreação, reabili-

tação, ergonomia, relaxamento corporal, ioga, exercícios compensatórios à atividade laboral e do cotidiano e ou-tras práticas corporais.

Embora haja diferenças entre os campos de atuação do licenciado e do bacharel, ambos devem ter alguns objetivos em comum, como a prestação de serviços que favoreçam o desenvolvimento da educa-ção e da saúde e contribuam para a capacitação e/ou restabelecimento de níveis adequados de desempenho e condicionamento fisiocorporal dos seus beneficiários, a fim de proporcionar a obtenção do bem-estar e da qualidade de vida, da consciência, da expressão e es-tética do movimento, da prevenção de doenças, de acidentes, de problemas posturais, da compensação de

distúrbios funcionais, contribuindo ainda para a consecução da autonomia, da autoestima, da cooperação, da solidariedade, da integração, da cidadania, das relações sociais e a preservação do meio ambiente, observados os preceitos de responsabilidade, segurança, qualidade técnica e ética no atendimento individual e coletivo.

ducação Física

ForMação HuMana, saÚde e EsPoRtE

O diferencial do curso da UFS é estimular a pesquisa e extensão através de projetos.

E

danças, atividades rítmicas, expressivas e acrobáticas, musculação, lazer, recreação, reabili-

restabelecimento de níveis adequados de desempenho e condicionamento fisiocorporal dos seus beneficiários, a fim de proporcionar a obtenção do bem-estar e da qualidade de vida, da consciência, da expressão e es-tética do movimento, da prevenção de doenças, de acidentes, de problemas posturais, da compensação de

distúrbios funcionais, contribuindo ainda para a consecução da autonomia, da autoestima,

Turnos: matutino e vespertino

campus: são cristóvão

duração: 4 anos

oferta: 50 vagas (Bach. - matutino)

50 vagas (lic. - vespertino)

Bachar

elad

o e

Licen

ciatura

Turnos: matutino e vespertino

Educação Física

Page 20: Conheça os cursos da UFS

25www.ufs.br|março 2011|UFS |

Os altos índices de morbidade da população, isto é, as sequelas ge-radas por complicações na saúde, tornam indispensável o cuidar e a as-sistência continuada. é nesse contexto que se insere o enfermeiro, cuja formação inclui competências e habilidades inerentes às necessidades dos serviços em hospitais, consultórios, unidades de saúde pública e particula-res, empresas e escolas. Na rede pública, a Estratégia da Saúde da Família absorve cada vez mais enfermeiros, assim como as áreas de resgate de urgência e emergência e os cuidados domiciliares.

“A essência do trabalho de en-fermagem é o cuidar”, destaca a pro-fessora Cássia Faro. Segundo ela, a gra-duação ofertada pela UFS capacita o aluno para trabalhar nas diversas áreas de saúde, quer sejam espaços públi-cos, quer sejam privados. “Ao concluir o Curso de Enfermagem, o profissional está apto a prestar assistência ao indi-víduo na atenção básica e nos serviços de média e alta complexidade, que se propõem a promover a saúde, pre-venir doenças, tratar e reabilitar indivíduos, família e comunidades”.

Durante a graduação, o aluno é estimu-lado a desenvolver atividades complementa-res, como estágios extracurriculares, monitoria, participação em eventos científicos e projetos de pesquisa e extensão. “Quando o estudante ingressa na faculdade, deseja aprender procedi-mentos, mas depois percebemos que o curso é muito mais abrangente que isso, possibilitando a inserção em projetos. é aí que vemos o diferen-cial da universidade em relação aos cursos de nível técnico”, afirma a estudante Milena Leite.

Para o Processo Seletivo Seriado (PSS) 2010, a oferta do Curso de Enfermagem foi ampliada para 80 vagas. Ao ser aprovado no

vestibular, o estudante ingressa no bacharelado, mas há também a pos-sibilidade de formar-se na licenciatura. Nesse caso, o ingresso se dá pela continuidade de estudos no curso. “O foco principal é a assistência, mas o enfermeiro também pode atuar como educador, ensinando nas escolas de enfermagem de nível médio para a formação de técnicos e auxiliares”, diz a enfermeira Lourivânia Melo Prado, graduada pela UFS há onze anos e profissional da Maternidade Nossa Senhora de Lourdes, em Aracaju.

a noBre arTe de cuidaR

nfermagem

A graduação capacita o aluno para trabalhar nas áreas de saúde pública e hospitalar.

E

Turno: vespertino

campi: aracaju (saúde) e lagarto

duração: 4,5 anos

oferta: 80 vagas

50 vagas (integral/lagarto)

Bachar

elad

o e

Licen

ciatura

Turno: vespertino

Enfermagem

Page 21: Conheça os cursos da UFS

26 |UFS|www.ufs.br|março 2011

Quando utilizado de maneira incorreta, um medicamento pode causar sérios danos à saúde de uma pessoa. Os motivos desse uso indevido são inú-meros, mas um, em especial, pode ser destacado: a ausência de profissionais habilitados para a orientação dos consumidores em drogarias e farmácias. Porém, enganam-se aqueles que acreditam que o trabalho do farmacêutico se resume à dispensação correta dos remédios receitados pelos médicos.

O graduado em Farmácia tem competências para atuar em farmácias hospitalares; farmácias com manipulação e homeopatia; indústrias farmacêuticas, nas etapas de aprovação, registros e controle de medicamentos, cosméticos e correlatos; no gerenciamento de sistemas de farmácia; em instituições de pesquisa e laboratórios de medicamentos, cosméticos e de análises clínicas e toxicológicas, e ainda nos órgãos de regulamentação e fiscalização sanitária e do exercício profissional.

A estrutura curricular do Curso de Farmácia fundamenta-se nas contribuições das ciências exatas, biológicas, humanas, sociais e clínicas. No campo das exatas, o estudante precisa ter afinidades com cál-culos, pois são explorados conteúdos de matemática, química, estatística, física e fí-sica industrial. Já nas ciências biológicas, são estudadas disciplinas ligadas à morfologia, fisiologia, imunologia, microbiologia, parasitologia, genética, bioquímica e farmacologia. No tocante à ética, são abordados temas de legislação, administração, economia e assistência farmacêutica, que for-mam a base humanística e social da graduação. Os conteúdos clínicos são abordados nas disciplinas das áreas de análises clínicas e farmácia clíni-

ca. Destacam-se ainda disciplinas específicas como: farmacobotânica, farmacognosia, far-macotécnica, química farmacêutica, tecnolo-gia e controle de qualidade físico-químico e microbiológico de medicamentos e cosméti-cos, e toxicologia.

Criado há quase uma década, o Cur-so de Farmácia da UFS, cuja duração é de aproximadamente 5 anos e com funciona-mento vespertino, apresenta este ano uma novidade para os candidatos que pleiteiam ingressar nessa área: o número de vagas pas-sou de 50 para 80.

a saBedoria dasMisTuras cuRatiVas

F armácia

Turno: vespertino

campi: são cristóvão e lagarto

duração: 5 anos

oferta: 80 vagas

50 vagas (integral/lagarto)

Bachar

elad

o

Farmácia

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27www.ufs.br|março 2011|UFS |

isioterapia

Quem sofre um acidente, um derrame cerebral (AVC) ou passa por determinadas cirurgias, certamente vai precisar do acompanhamento de um profissional de saúde que o ajude a recuperar as funções dos membros e sis-temas do corpo durante o processo de reabilitação. O profissional em questão

é o fisioterapeuta, que atua diretamente não só no trata-mento e reabilitação da capacidade funcional do pacien-te, mas também na prevenção de lesões.

O Curso de Fisioterapia da UFS visa formar profissio-nais generalistas, aptos a promover, proteger e recuperar a saúde, tendo o movimento humano como o principal ob-jeto de trabalho. Por isso, na graduação, o aluno aprende a ter uma visão ampla do estudo do movimento humano, em todas as suas formas de expressão e potencialidades, quer nas alterações patológicas e cinético-funcionais, quer nas suas repercussões psíquicas e orgânicas.

Segundo informações do Núcleo de Graduação em Fisioterapia, o curso prepara o estudante para atuar em ambulatórios e hospitais, em áreas como traumato-

logia e ortopedia, reumatologia, geriatria, neurologia adulto, pediatria, dis-funções crânio-mandibulares, saúde do trabalhador, ergonomia, dermatolo-gia e estética, prótese e órtese, saúde coletiva e terapia intensiva.

Nesse vasto campo de atuação, o bacharel em Fisioterapia participa des-de a elaboração do diagnóstico físico e funcional até a escolha e execução dos procedimentos fisioterapêuticos pertinentes a cada situação. No mercado, ele se

insere, portanto, em clínicas especializadas públi-cas e particulares, nos centros de reabilitação, am-bulatórios, consultórios, hospitais de atendimento geral, creches, asilos, academias, clubes com equi-pes esportivas e ainda pode prestar atendimento domiciliar e consultoria a empresas e indústrias.

Na graduação ofertada pela UFS, há pro-fessores doutores que participam também do programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde, o que oferece ao bacharel a possibili-dade de continuar sua formação no mestrado e no doutorado. No curso também são desenvol-vidas atividades de pesquisa sob a orientação desses doutores, nas diferentes esferas da pes-

quisa científica, seja de caráter epidemiológico,seja de experimentação animal e humana. Quanto às atividades de extensão, também fazem parte do curso e tem o objetivo de aperfeiçoar a formação e estender à popula-ção o conhecimento adquirido na UFS.

FisiotERaPia: sua Vida eM Boas Mãos!

FO fisioterapeuta atua diretamente não só no tratamento e reabilitação da capacidade funcional do paciente, como na prevenção de lesões.

programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde, o que oferece ao bacharel a possibili-dade de continuar sua formação no mestrado e no doutorado. No curso também são desenvol-vidas atividades de pesquisa sob a orientação desses doutores, nas diferentes esferas da pes-

Turno: matutino

campi: aracaju (saúde) e lagarto

duração: 4 anos

oferta: 50 vagas

50 vagas (integral/lagarto)

Bachar

elad

o

Turno: matutino

Fisioterapia

Page 23: Conheça os cursos da UFS

28 |UFS|www.ufs.br|março 2011

Profissional da área da saúde responsável pela habilitação e re-abilitação das alterações da comunicação humana, o fonoaudiólogo pesquisa, previne, diagnostica e trata os problemas de audição, lin-guagem, motricidade oral e voz. Com apenas quatro anos de existên-cia, o curso ofertado pela UFS é o primeiro de Sergipe. Sua criação articula-se com as potencialidades e as demandas efetivas do estado.

Segundo informações do Núcleo de Graduação em Fonoaudio-logia, o profissional egresso da UFS deverá ser um agente de transfor-mação social, que contribua para desmistificar a concepção do fono-audiólogo como profissional liberal apenas. Ele pode atuar não só em clínicas e consultórios particulares, mas também em hospitais, escolas, empresas e outras unidades do serviço público de saúde e educação.

Na graduação, as disciplinas que integram a grade curricular es-tão estruturadas para a formação de um profissional que tenha como

base um aprendizado teórico--prático abrangente, que privilegia a vivência do “fazer fonoaudioló-gico”. Nesse sentido, um núcleo de disciplinas, como anatomia, psicologia e linguística, visa pro-piciar a formação básica para a compreensão do ser humano, seu organismo, suas relações sociais, seu psiquismo e sua linguagem; os núcleos de conhecimentos específicos e profissionalizantes desenvolvem as competências e

habilidades necessárias ao exercício da profissão de fonoaudiólogo A partir desse ensino generalista, o aluno poderá singularizar-se sem, no entanto, perder de vista a complexidade de sua atuação clínico-terapêutica.

Apesar de novo, o curso já formou um grupo de pesquisa deno-minado “A instância patológica na linguagem”. Projetos de extensão estão ainda em fase de elaboração. Após o bacharelado, para aqueles que desejam seguir carreira acadêmica, a UFS oferece pelo menos quatro mestrados em áreas afins: Ciências da Saúde, Letras (na linha de pesquisa voltada para linguística), Educação e Psicologia.

onoaudiologia

Para FalaR eouViR BeM

F

Com apenas quatro anos de existência, o curso ofertado pela UFS é o primeiro do estado. Sua criação articula-se com as potencialidades e as demandas efetivas de Sergipe.

Turno: matutino

campi: aracaju (saúde) e lagarto

duração: 4 anos

oferta: 50 vagas

50 vagas (integral/lagarto)

Bachar

elad

o

Turno: matutino

Fonoaudiologia

Page 24: Conheça os cursos da UFS

29www.ufs.br|março 2011|UFS |

No topo dos cursos mais concorridos da UFS, Medicina constitui-se em uma das graduações que ajudaram na criação da primeira, e até então única, universidade pública de Sergipe. A tradição da faculdade, implan-tada no início da década de 1950, projeta-se no mercado sergipano, quando verificado que boa parte dos profissionais que atuam hoje em hospitais, unidades básicas de saúde e clínicas especializadas é egressa dessa universidade. Em 2011, estaremos comemorando o cinquentená-rio da fundação do curso de Medicina da UFS.

O objetivo primordial do curso é for-mar médicos aptos a desenvolver ações de prevenção, promoção, proteção e viabilização da saúde, tanto no âmbito individual como no coletivo. Dedicação é qualidade necessária ao discente durante a graduação, não só porque o Bacharelado em Medicina tem duração de seis anos, mas também pela complexidade das disciplinas de sua grade curricular, que propor-cionam uma formação generalista, humanista, crítica e reflexiva.

Ao graduar-se, o médico poderá cursar a residência médica em determinada área. Na se-leção de 2010, o Hospital Universitário (HU)

ofertou vagas para treze áreas: clínica médica, clínica cirúrgica, pediatria, obstetrícia e ginecologia, infectologia, medicina de família e comunida-de, nefrologia, pneumologia, dermatologia, endocrinologia, radiologia, cardiologia e coloproctologia. Ademais, o profissional poderá optar pela carreira acadêmica, e, para isso, a UFS oferece Pós-Graduação stricto

sensu em Ciências da Saúde (mestrado e doutorado), em que é possível desenvolver pesquisas tanto na área básica como na área clínica.

O campo de atuação é amplo, seja na esfera pri-vada ou na pública, pois o trabalho não se restringe ao contato direto com pacientes. Pode-se fazer pesquisas na área, analisar exames, administrar centros de saúde, ensinar, entre outras atividades. Em Sergipe, o Depar-tamento de Medicina da UFS aponta como possíveis locais de trabalho, na esfera pública, os laboratórios do Centro de Ciências Biológicas e da Saúde (CCBS) do Campus de São Cristóvão, o HU, o Hospital de Ur-gência Governador João Alves Filho, a Maternidade Nossa Senhora de Lourdes e as unidades de saúde da família da capital e do interior.

edicina

a saÚdE coMo ProFissão

Dentre os objetivos, a graduação na UFS visa formar médicos aptos a desenvolver ações de prevenção, promoção, proteção e viabilização da saúde, tanto em nível individual quanto coletivo.

M

Turno: integral

campi: aracaju (saúde) e lagarto

duração: 6 anos

oferta: 100 vagas

50 vagas (integral/lagarto)

Bachar

elad

o

Medicina

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30 |UFS|www.ufs.br|março 2011

utrição

Ciência que estuda a composição dos alimentos e as necessidades nutricio-nais do indivíduo, a Nutrição tem sido estudada desde a Antiguidade. Hipócrates (460 a.C. - 377 a.C.), considerado o Pai da Medicina, por exemplo, afirmava: “Deixe seu alimento ser o seu remédio e o seu remédio ser o seu alimento”. Essa máxima, ainda seguida pelos nutricionistas, já evidenciava os benefícios e a impor-tância da nutrição na vida humana.

Uma alimentação saudável, associada a um estilo de vida saudável, é premissa fundamental para a manutenção do bom estado de saúde. O aumento da prevalência de obesidade e diabetes, as políticas públicas voltadas para a ali-mentação e nutrição e a crescente preocupação dos indivíduos em manter uma alimentação saudável demonstram a necessidade do profissional de nutrição em uma equipe de saúde. O nutricionista é um profissional que está envolvido em todas as áreas do conhecimento em que a alimentação e nutrição se apresentem essenciais para a promoção, manutenção e recuperação da saúde e prevenção de doenças de indivíduos ou grupos populacionais. A formação em Nutrição busca o entendimento da relação do homem com o alimento sob todos os as-pectos: fisiopatológicos, psicológicos, culturais, políticos, econômicos e sociais.

O Curso de Bacharelado em Nutrição da UFS tem formação generalista que torna possível ao egresso atuar nas áreas de ali-mentação coletiva (empresas, restaurantes, serviço de alimentação de estabelecimentos assistenciais de saúde, escolas e creches); nutrição clínica (con-sultórios, ambulatórios, hospitais, SPAs); saúde co-letiva (unidades básicas de saúde, ambulatórios de especialidades,escolas,creches, gestão de políticas); docência (ensino, pesquisa e extensão); nutrição es-portiva (academias, clubes esportivos); gerenciamento de projetos e elaboração de informes técnicos de pro-dutos alimentícios; treinamento técnico de indivíduos; controle de qualidade de alimentos e atuação na área de marketing e de estudos experimentais (indústria de alimentos e desenvolvimento de produtos).

Na UFS, o curso teve início em 2007. Além das disciplinas comuns a todos os cursos relacionadas à saúde, como bioquímica, anatomia e fisiologia, en-

tre outras, os estudantes da graduação têm acesso a conteúdos e atividades extraclasse, que não só possibilitam sua inserção em projetos de pesquisa e extensão, mas também proporcionam formação humanística, ética e o desenvolvimento de habili-dades e competências para sua atuação na promo-ção da saúde e reabilitação.

Na área da pesquisa, há o Núcleo de Estu-dos em Alimentos, Nutrição e Saúde (NUPANS), cujos membros são docentes das diversas áreas da nutrição, que buscam produzir, a partir das ne-cessidades locais, conhecimentos que possam ser úteis à melhoria da qualidade da alimentação e nutrição da população sergipana.

nutRiÇão: sinÔniMo de Qualidade de Vida

N

O nutricionista cuida da alimentação das pessoas e o resultado desse trabalho se expressa na saúde e bem-estar de uma determinada comunidade ou da população em geral.

Turno: matutino

campi: são cristóvão e lagarto

duração: 4 anos

oferta: 50 vagas

50 vagas (integral/lagarto)

Bachar

elad

o

Turno: matutino

Nutrição

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31www.ufs.br|março 2011|UFS |

O

A conhecida frase “saúde começa pela boca” ajuda a entender o alcance do trabalho desempenhado pelo dentista, pois é ele quem se dedica à prevenção, recupe-ração e manutenção da saúde buco-maxilo--facial das pessoas. Quando executadas de maneira integrada ao trabalho de outros profissionais da área da saúde, essas tarefas abrem caminho para melhorar a qualidade de vida da população.

Nesse contexto, o gostar de lidar com pessoas e as habilidades manuais são ele-mentos indispensáveis ao perfil de quem se interessa pela carreira. Na UFS, o Curso de Odontologia é voltado para a formação de cirurgiões dentistas e clínicos gerais capazes de aplicar os princípios técnicos, científicos e éticos nas ações preventivas e curativas.

A graduação contempla disciplinas te-óricas e práticas (profissionalizantes) e ainda agrega o atendimento clínico, que acontece no ambulatório do Hospital Universitário (HU). A novidade para o curso em 2010 é

a ampliação da oferta de vagas, que agora somam 60.

As opções do mercado de trabalho são diversificadas, em face da evolução da Odontologia e da necessidade de desenvol-ver atividades integradas a outros profissionais (equipes multidisciplinares). O bacharelado ga-rante a atuação do dentista em serviços públicos e privados, quer seja na prevenção, quer seja na recuperação da saúde oral. Após a gradu-ação, o profissional pode se especializar em diversas áreas. Ortodontia, implantodontia e prótese estão entre as mais procuradas.

Neste sentido a UFS vem trabalhando para que, em 2012, possa oferecer aos egressos do curso uma Pós-Gra-duação Stricto Sensu em Odontologia com áreas de concentração nas várias especialidades.

a saÚdE Bucal coMo ProFissão

dontologia

Na UFS, o curso é voltado para a formação de cirurgiões dentistas e clínicos gerais.

e privados, quer seja na prevenção, quer seja

ação, o profissional pode se especializar em diversas áreas. Ortodontia, implantodontia e

Turno: integral

campi: aracaju (saúde) e lagarto

duração: 5 anos

oferta: 60 vagas

50 vagas (integral/lagarto)

Bachar

elad

o

Turno: integral

Odontologia

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32 |UFS|www.ufs.br|março 2011

T

Terapia Ocupacional é o estudo e emprego de atividades de tra-balho e lazer no tratamento de distúrbios físicos e mentais e de desajus-tes emocionais e sociais. O terapeuta ocupacional planeja e organiza o cotidiano dos seus pacientes e utiliza métodos e técnicas terapêuticas

para promover a autonomia de indivíduos com dificuldade de integrar-se à vida social em ra-zão de problemas físicos, psíquicos ou sociais. O profissional elabora planos de reabilitação e adaptação social, buscando desenvolver no paciente autoconfiança e orientando-o quanto aos seus direitos de cidadão. Desde atividades simples, como escovar os dentes ou levar ali-mentos à boca, até atividades mais complexas, como dirigir um automóvel podem ser objeto da atenção do terapeuta.

O campo de trabalho para estes profis-sionais abrange os setores público e privado. No público, destacam-se as equipes multidisci-plinares do Programa de Saúde da Família, do governo federal, e as prefeituras municipais. No

privado, diversos hospitais, clínicas, instituições geriátricas e psiquiátricas, centros de convivência e de reabilitação e clínicas de ortopedia. Uma re-solução de junho de 2010 da Agência Nacional de Saúde aumentou de

6 para 12 o número de sessões de terapia ocu-pacional que os planos de saúde devem cobrir por ano. Além de indicar um reconhecimento da área, isso beneficia o profissional de clínicas que atendem a convênios médicos.

Na área educacional, o terapeuta educa-cional pode seguir carreira acadêmica ou exer-cer atividades na assistência a crianças com deficiências (físicas, mentais, auditivas, visuais) em escolas do ensino regular. Registre-se ainda que grande parte dos profissionais – que estão habilitados a atender aos pacientes em domi-cílio – atua como prestador de serviços, sem vínculo empregatício.

O curso é composto por componentes curriculares da área de saúde e das ciências sociais e humanas, cujos focos variam entre aten-ção primária à saúde, nível complementar da atenção básica e ativida-des hospitalares.

reToMar a autonoMia

erapia Ocupacional

Turno: integral

campus: lagarto

duração: 5 anos

oferta: 50 vagas

Bachar

elad

o

Terapia Ocupacional

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33www.ufs.br|março 2011|UFS |

Ciências Exatas e da Terra

Ciência da ComputaçãoEngenharia de ComputaçãoEstatística Física Física - AstronomiaFísica MédicaGeologia MatemáticaQuímica Química IndustrialSistemas de Informação

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Você costuma “googlear” sobre a última tecnologia e sabe relacioná-la com outras semelhantes ou concorrentes a ela? Gosta de solucionar problemas que envolvam raciocínio lógico, armar estratégias quando joga ou fazer sudoku? Utiliza todas as funções do celular e consegue facilmente descobrir ações análo-gas em outros aparelhos? Se sua resposta foi positiva, está inclinado ao bachare-lado que fundou o Departamento de Computação, há 19 anos, na UFS.

Segundo a professora Kenia Kodel, a Ciência da Computação é um bom caminho para aqueles que desejam seguir carreira acadêmica especia-lizada na engenharia de software. O cientista da computação é preparado para resolver problemas, aplicando soluções que envolvam computação, independente de qual seja o ambiente (comercial, industrial ou científico).

A docente Leila Silva acrescenta que o curso da UFS também forma pro-fissionais para o mercado de trabalho e que grandes empresas de desenvolvi-mento de software, como a Google e a Microsoft, recrutam pessoal em univer-sidades brasileiras. Lembra também que micro e pequenas empresas que se

fundamentam em inovação tecnológica geralmente empregam egressos do Bacharelado em Ciência da Computação, como é o caso das inúmeras empre-sas instaladas no Porto Digital, em Recife.

Os bacharéis em Ciência da Computação estão aptos a trabalhar em empresas de desenvol-vimento de software, órgãos governamentais que incluam setores de desenvolvimento de software e instituições de ensino e pesquisa.

Segundo Kalil Bispo, egresso do Curso de Ciência da Computação da UFS e mestre pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), sua escolha teve como justificativa a inclinação pela pesquisa. Kalil orienta aqueles que pretendem in-

gressar no curso: “é exigente, mas ao mesmo tempo estimulante. As discipli-nas da matriz curricular exigem muita abstração matemática. Saiba que você precisará estudar bastante e terá professores linha dura, mas será muito bem preparado por eles. Com dedicação, dá pra levar o curso numa boa”, relata.

Para Lauro Sérgio Galvão, aluno da graduação, é fundamental saber con-ciliar estudo e prática. Uma das formas de fazer isso é através da Softeam, em-presa júnior de computação que criou pontes entre a universidade e o mercado de trabalho. Essa iniciativa promove a aplicação prática da teoria e promove a formação através dos cursos oferecidos no Campus de São Cristóvão.

O Departamento de Computação conta com 19 professores, dos quais 15 são doutores. Há diversas bolsas destinadas aos alunos, como monitoria, PIBIC (Iniciação Científica), PIBIT (Iniciação Tecnológica), PIBIX (Iniciação à Extensão) e as provenientes de convênios entre o departamento e empresas.

BeM-Vindo ao Mundo da coMPutaÇão

iência da Computação

A Ciência da Computação destina-se àqueles que desejam seguir carreira acadêmica e volta-se mais para a engenharia de software.

C

Ciência da Computação

Turno: vespertino

campus: são cristóvão

duração: 4 anos

oferta: 100 vagas

Bachar

elad

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35www.ufs.br|março 2011|UFS |

Se você tem facilidade para aprender física, matemática e compu-tação, pode optar pelo curso de Engenharia da Computação. Trata-se de um campo da engenharia focado no desenvolvimento e na construção de computadores e seus periféricos.

A formação acadêmica proposta por esse curso abrange um conjunto de conhecimentos usados no projeto de hardwa-re e software de sistemas de computação. Nos primeiros dois anos da graduação, os estudantes cursarão disciplinas de física, cálculo, programa-ção e eletrônica que servirão como base para es-tudos mais avançados nos sistemas de computa-ção. A essa formação básica é acrescentada uma formação tecnológica que aplica os conhecimen-tos básicos no desenvolvimento tecnológico da computação. Estudos complementares e huma-nísticos completam a formação do acadêmico. Vale destacar que o currículo está balanceado entre aspectos teóricos, abstratos e práticos, mas, como ocorre em todas as engenharias, o aluno terá uma forte formação em física e matemática.

Os campos de atuação do engenheiro da computação são as áreas de projeto de sistemas de hardware, envolvendo os sistemas de comunicação e desenvolvimento de sistemas de software em menor escala. O egresso do Curso de Engenharia da Computação desenvolve produtos e serviços em áreas como telecomunicações, redes de computadores, automação e sistemas embarcados.

As principais empresas que po-dem absorver esses profissionais, tanto em estágios como em empregos efeti-vos, são: empresas operadoras de co-municação (TIM, OI etc.); empresas provedoras de conteúdo para Internet (UOL, Terra, Globo.com etc); empresas de produção e exploração de petróleo (Petrobras); empresas de fornecimento de energia elétrica (Energisa), indústria automobilística etc.

Atualmente, o Departamento de Computação conta com um quadro de 19 professores efetivos, dos quais 15 têm o título de doutor e os demais, o título de mestre. Além disso, dispõe de 4 laborató-rios onde os alunos têm acesso a aproxi-madamente 100 computadores.

o enconTro da EnGEnHaRia coM a coMPutaÇão

ngenharia de ComputaçãoE

Eng. de Computação

Turno: matutino

campus: são cristóvão

duração: 5 anos

oferta: 50 vagas

Bachar

elad

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Page 31: Conheça os cursos da UFS

36 |UFS|www.ufs.br|março 2011

A vida em sociedade está observando rápidas mudanças nos hábitos: velocidade da informação, decisões de ordem econômica

e política, entre outras. O estatístico, em parce-ria com outros profissionais, estuda, equaciona e apresenta soluções para atingir a meta estabeleci-da. Mas o que exatamente faz um bacharel em Es-tatística? Ele trabalha com técnicas de qualidade, organização e sistematização do universo de da-dos que refletem a realidade. Além disso, elabora modelos, realiza testes de hipóteses para verificar a validade dos pressupostos e participa de traba-lhos em equipe na análise de dados obtidos de experimentos ou de levantamento amostral.

O professor Manuel Luiz Figueiroa explica que o objetivo do Curso de Estatística é formar um profissional que vai manusear dados, estabelecer modelos estatísticos para a compreensão de fenô-menos sociais e econômicos. “O estatístico deve compreender os problemas que implicam nossa dimensão social, com foco numa visão futurística

e melhoramento da sociedade”.A graduação está organizada de

modo a fornecer instrumentos teóricos e práticos necessários ao desenvolvimento de habilidades que preparem o profis-sional para planejar e dirigir a execução de pesquisas, análises ou levantamentos e de trabalhos de controle estatísticos de produção e de qualidade. Também deve capacitá-lo para elaborar padronizações, efetuar perícias, assinar os laudos respec-tivos, emitir pareceres, assessorar e dirigir órgãos e setores ligados ao campo da Es-

tatística. Além dessas funções, cabe ao estatístico a escrituração dos livros de registro ou controle estatísticos criados por lei.

statística

a sisTeMaTiZação dos dados

O estatístico trabalha com técnicas de qualidade, organização e sistematização do universo de dados que refletem a realidade.

E

Estatística

Turno: noturno

campus: são cristóvão

duração: 5 anos

oferta: 50 vagas

Bachar

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Page 32: Conheça os cursos da UFS

37www.ufs.br|março 2011|UFS |

Na UFS, o Curso de Física é ofertado em duas modalidades: o Bacharela-do e a Licenciatura. sendo esta última ofertada nos campi de São Cristóvão e de Itabaiana. O Bacharelado dedica-se à realização de pesquisa em instituições de ensino superior e em empresas públicas ou privadas. Neste caso, é extremamente importante que o indivíduo dê continuidade aos estudos em cursos de pós-gradu-ação. Quanto à Licenciatura, seu objetivo principal é o de formar professores de Física para os ensinos fundamental e médio. Esses profissionais também podem atuar na pesquisa em Física Básica e Ensino de Física.

Mas, exatamente, a que tipo de conhecimento se dedica um físico? De forma simples, a Física pode ser definida como a ciência do movimento, uma vez que seus objetos de estudo sempre concernem ao movimento de algo ou à dis-posição, à potencialidade para que tal fato ocorra. Os conhecimentos gerados por essa ciência se aplicam aos mais diversos setores, tais como: engenharia, informática, robótica, telecomunicações, medicina, entre vários outros.

Para quem pensa em ingressar em algu-ma das modalidades de graduação em Física disponíveis na UFS, é preciso gostar de matemática, ter curiosidade pelos fenô-menos da natureza e, principalmente, estar disposto a estudá-los com dedicação.

No curso de licenciatura, o estudante agre-ga a formação básica em Física, que inclui mecânica, ótica e eletromagnetismo, à parte profissionalizante, que envolve disciplinas relacionadas às teorias da educação, à prá-tica do magistério e ao estágio supervisionado. Os licenciados atuam em escolas das redes pública e privada, tanto na educação básica como em cursos técnicos ou em cursos preparatórios para concursos.

No bacharelado, tem-se toda a formação básica em Física e o aprofunda-mento em alguns conteúdos, como teoria eletromagnética, mecânica quântica e mecânica estatística. O objetivo desse aprofundamento é preparar o estudante para o ingresso em programas de pós-graduação.

Durante a graduação, os estudantes são in-centivados a participar de programas de iniciação científica ou de iniciação à docência. Esses progra-mas e os de pós-graduação ofertam bolsas de estu-do de agências de fomento, como CAPES, CNPq e FAPITEC. Os pós-graduados têm suas possibilidades de inserção no mercado de trabalho ampliadas.

Cabe também dizer que o programa de Pós--Graduação em Física da UFS, que oferta semestral-mente vagas para mestrado e doutorado, este ano completa 16 anos de existência. Essa tradição faz do curso o primeiro no ranking de produção cien-tífica da UFS.

A distânciaNa modalidade a distân-cia, a licenciatura em Fí-sica é ofertada nas cidades de Arauá, Areia Branca, Estância, Laranjeiras, Japaratuba, Poço Verde, São Domingos, Propriá e Nossa Senhora da Glória. Para cada polo são oferecidas 50 vagas.

ciÊncia Que Joga coM FEnÔMEnos

F ísica

para o ingresso em programas de pós-graduação.

FísicaTurnos: vespertino e noturno

campi: são cristóvão e itabaiana

duração: 4 anos

oferta: 50 vagas (Bach. - vespertino)

100 vagas (lic. - noturno)

50 vagas (lic. - noturno/itabaiana)

Bachar

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o e

Licen

ciatura

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38 |UFS|www.ufs.br|março 2011

astRonoMia: o uniVerso e sua origeM

A stronomiaFísica

A Astronomia estuda o Universo, a Terra e suas origens. Com telescópios e câmeras, o astrônomo observa os objetos cósmicos (estrelas, planetas, galáxias e outros corpos) e capta sua imagem para estudar seus movimentos, disposição pelo espaço e composição química. Essa ciência procura respostas para fenôme-nos físicos que ocorrem dentro e fora da Terra e estuda as origens, evolução e propriedades físicas e químicas dos objetos que podem ser observados no céu, bem como dos processos que os envolvem.

As observações astronômicas não são relevantes apenas para os especialis-tas da área, pois fornecem informações essenciais à verificação de teorias funda-mentais da Física. é como se o Universo fosse utilizado como laboratório, deduz-indo de sua observação as leis físicas que poderão ser utilizadas em coisas práticas – desde prever marés e estudar a queda de asteróides, até aprender a construir reatores nucleares e analisar o aquecimento da atmosfera pelo efeito estufa.

O Bacharelado em Física com habilitação em Astronomia da UFS destina-se a estudantes interessados em adquirir um amplo conhecimento sobre a Astronomia Moderna e possibilitará a eles direcionar suas aptidões em Física e Matemática para aplicações em Astronomia, de forma a obter um contato o mais cedo possível com

a pesquisa nessa área.Para adquirir uma formação sólida e adequada

aos desafios profissionais que encontrará, o graduando terá acesso a: (i) uma forte base em Física e Matemáti-ca, necessária para seguir a pós-graduação em Astro-nomia ou em áreas afins; (ii) um curso flexível e mul-tidisciplinar, que permitirá percorrer trajetórias que atendam a diferentes vocações; (iii) um acompanha-mento contínuo de um conselheiro acadêmico, para melhor optar entre as diferentes vertentes do currículo oferecido.

O campo de trabalho concentra-se no setor pú-blico e destina-se preferencialmente a quem tem pós-graduação (doutorado e pós-doutorado), para atuar nas

áreas de ensino ou em observatórios e institutos de pesquisa. Museus e plan-etários também requisitam o bacharel para desenvolver atividades de divulgação científica.

Entre as áreas de pesquisa básica, a Astronomia tem a vantagem de ofer-ecer o espaço de aplicação dos conhecimentos de Física e Matemática de forma atrativa e estimulante, para o melhor entendimento das leis que regem o Univer-so. Além disso, a tecnologia de ponta utilizada no desenvolvimento da pesquisa em Astronomia fornece uma base instrumental de aplicação e de difusão, não só preparando o graduando para a carreira científica, mas abrindo também portas para uma inserção no mercado de trabalho.

Durante o curso, os estudantes serão incentivados a participar de pro-gramas de iniciação científica e tecnológica, que permitirão o aprofundamento em temas da Astronomia e a preparação para o ingresso em programas de pós-graduação em Física ou em áreas afins.

Astronomia

Turno: vespertino

campus: são cristóvão

duração: 4 anos

oferta: 50 vagas

Bachar

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Page 34: Conheça os cursos da UFS

39www.ufs.br|março 2011|UFS |

F

Um profissional indispen-sável ao funcionamento ade-quado de técnicas, aparelhos e instrumentos utilizados na área biomédica. Assim pode ser consi-derado o bacharel em Física Mé-dica, cujo trabalho se concretiza na utilização da Física como fer-ramenta para o desenvolvimento, manutenção e aperfeiçoamento de técnicas de diagnóstico por imagem e terapia.

Pode-se dizer que o Curso de Física Médica forma físicos que, em coope-ração com profissionais da área da saúde, atuam na pesquisa de novas técnicas de diagnóstico e tratamento de diversas enfermidades. Entre essas técnicas podemos citar as de Imagem por Ressonância Magnética (MRI), a ultrassonografia 4D, a To-mografia Computadorizada, a Tomografia por Emissão de Pósitrons (PET-Scan) e os tratamentos utilizando-se radiofármacos.

A graduação é semelhante ao Bacharelado em Física, mas com os três últimos semestres de disciplinas profissionalizantes ligadas à medicina, biofísica, engenharia biomédica e proteção radiológica. “O bacharel em Física Médica é, antes de tudo, um bacharel em Física. Por essa razão, o aluno precisa gostar não só de cálculo e de

assuntos ligados à Física, mas também de ir a hospitais e lidar com ambientes de instituições de saúde”, afir-ma a professora Ana Maia.

Além disso, o profissional da área trabalha para garantir a segurança do uso das radiações em fins médicos e, devido às exigências dos órgãos regu-ladores, como a Agência Nacional de Vigilância Sani-tária (Anvisa) e o Conselho Nacional de Energia Nu-clear (CNEM), o mercado de trabalho se apresenta promissor. O campo de atuação abrange os serviços em clínicas e hospitais, consultoria, pesquisa, ensi-no e desenvolvimento de novas tecnologias. “Como consultor, pode-se trabalhar em três áreas: radiodiag-nóstico, radioterapia e medicina nuclear”, cita Fábio Alessandro Silva, doutorando em Física Médica pela UFS e coordenador da unidade de Imagem e Méto-

dos Gráficos do Hospital Universitário (HU).No tocante ao controle de qualidade dos equipamentos e instrumentos

utilizados para o diagnóstico anatômico, o curso também desenvolve projetos de pesquisa. “Através de um projeto de iniciação científica, estou tendo a oportunida-de de acompanhar a situação dos mamógrafos utilizados em Sergipe, em parceria com a Vigilância Sanitária”, relata a estudante Camila trindade Oliveira.

Muitos projetos de pesquisa e extensão do curso são desenvolvidos em colabora-ção com o HU. Para quem pensa em dar continuidade aos estudos na pós-graduação, a UFS oferece Mestrado e Doutorado em Física e em Ciências dos Materiais.

FÍsica a serViço da saÚde

ísica Médica

Profissional indispensável para o funcionamento adequado de técnicas, aparelhos e instrumentos utilizados no campo da Medicina.

Física Médica

Turno: matutino

campus: são cristóvão

duração: 4 anos

oferta: 50 vagas

Bachar

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Page 35: Conheça os cursos da UFS

40 |UFS|www.ufs.br|março 2011

O estudo da Geologia é uma ótima opção para os que se interessam em entender o Planeta Terra, que têm anseios por vida profissional próxi-ma da natureza, gostam de conhecer novos lugares e, ao mesmo tempo, objetivam contribuir com seu trabalho para prover a sociedade moderna das matérias-primas necessárias ao desenvolvimento econômico sustentá-vel, pois não se preserva o que não se conhece e fica difícil encontrar algo quando não se sabe o que procura.

O geólogo necessita ter formação generalista e domínio de técnicas bási-cas para realizar trabalhos de campo, serviços e pesquisa voltados à prospecção, exploração mineral e desenvolver estudos laboratoriais, além da capacidade de gerenciar projetos. Para formação plena desse profissional, o Curso de Geologia da UFS conta com equipe altamente qualificada de professores, todos com pós--doutorado e com experiência em diferentes áreas da Geologia.

O curso tem duração de 5 anos. Inicia com o estudo do Sistema Terra e segue com o aprofundamento teórico através das disciplinas básicas: minera-

logia, cristalografia, sedimentologia, estratigrafia, petrologias, estrutural, geoquímica, hidrogeolo-gia, paleontologia, geomorfologia, sensoriamen-to remoto, pedologia, geoestatística, geofísica e geologia econômica. Para alcançar bom desem-penho nessas disciplinas, é imprescindível ter conhecimentos básicos em matemática, física e química. Durante a graduação, os alunos desen-volvem trabalhos de campo, cujo objetivo é pro-mover o treinamento em mapeamento, amos-tragem e tratamento de dados. Para a conclusão do curso, é necessária a confecção e defesa de monografia sobre tema específico.

A equipe de docentes pesquisadores do Curso de Geologia desenvolve projetos de pes-

quisa nas áreas de Geologia do Petróleo, Estudos de Bacias Sedimentares, Ma-peamento Geológico Básico, Paleontologia, Geologia Estrutural e Petrogênese de corpos ígneos e metamórficos. Esses projetos são realizados com financia-mentos obtidos junto a empresas e órgãos governamentais, como Petrobras, Serviço Geológico do Brasil, Conselho Nacional de Desenvolvimento Científi-co e Tecnológico (CNPq), FAPITEC e FINEP. Esse ambiente científico dinâmico torna possível aos estudantes a associação a projetos e o desenvolvimento de atividades de iniciação científica.

O panorama da economia mundial atual demanda grandes volumes de matérias-primas (petróleo, gás, ferrosos, não ferrosos e fertilizantes) para sustentar o desenvolvimento econômico. No caso particular do Brasil, as des-cobertas do pré-sal e a necessidade de ampliar as reservas minerais voltadas para fertilizantes, alumínio e minerais industriais garantem um promissor e amplo mercado de trabalho para o geólogo.

eologia

os segredos e riQueZas da tERRa

Mesmo sem ainda ter formado turma, a graduação em Geologia já nasceu estruturada e com qualificação no ensino.

G

Geologia

Turno: vespertino

campus: são cristóvão

duração: 5 anos

oferta: 50 vagas

Bachar

elad

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Page 36: Conheça os cursos da UFS

41www.ufs.br|março 2011|UFS |

M

Se você é daqueles que adoram números, está inclinado para a ciên-cia que estuda as quantidades, o espaço, as relações abstratas e lógicas apli-cadas aos símbolos. A Matemática utiliza a lógica na formulação de teorias e no teste de hipóteses. Segundo o professor Alan Almeida, coordenador do curso ofertado no Campus de Itabaiana, o bacharelado pretende formar profissionais qualificados para ingressar diretamente no mestrado e no dou-torado. Já a licenciatura visa à formação do educador para a segunda fase do ensino fundamental (do 6º ao 9º ano) e para o ensino médio.

Na graduação, os futuros alunos vão estudar disciplinas como álge-bra, análise, geometria, além de receber uma formação básica em física e

estatística. Como é o caso do estudante Clessius Silva, bolsista de um projeto de iniciação cientí-fica relacionado à álgebra. Embora seja aluno da licenciatura, Clessius pretende dar prosseguimen-to aos estudos com a pós-graduação. Para o pro-fessor Fábio Santos, esse perfil de aluno é muito comum, pois há possibilidade de cursar discipli-nas da outra opção de graduação (licenciatura/bacharelado).

Ambas exigem muito raciocínio e dedica-ção. “Não é um bicho de sete cabeças como a maioria das pessoas acredita, mas é preciso ter muita força de vontade”, diz a aluna Jussara Rosa, que já foi monitora da disciplina Cálculo

I no Campus de Itabaiana. Para futuros professores, como Jussara e Cles-sius, o departamento oferece uma especialização em Ensino de Ciências e Matemática no Campus de São Cristóvão. Esse é o primeiro passo para garantir o mestrado, que ainda terá seu projeto submetido a análise. Caso seja aprovado, até 2011 ocorrerá a primeira seleção.

A novidade representa um estí-mulo para profissionais que estão em sala de aula, como Merielen dos Santos. Graduada pela UFS há nove anos, ela conta que sempre teve inclinação pelos cálculos desde a infância. Sua escolha pela formação de nível superior em ma-temática acabou sendo consequência desse interesse. “A qualificação do pro-fessor pela UFS é bem vista. Estudem e tentem descobrir suas afinidades na profissão”, aconselha.

atemática

A distânciaNa modalidade a distância, a licenciatura em Matemá-tica é ofertada nas cidades de Arauá, Areia Branca, Brejo Grande, Estância, Laranjeiras, Japaratuba, Poço Verde, Porto da Fo-lha, São Domingos, Carira, Nossa Senhora das Dores, Lagarto (Colônia 13), Propriá e Nossa Senhora da Glória. Para cada polo são oferecidas 50 vagas.

o encanTo e a lÓgicada MatEMÁtica

MatemáticaTurnos: vespertino e noturnocampi: são cristóvão e itabaianaduração: 4 anosoferta: 20 vagas (Bach. - vespertino)50 vagas (lic. - vespertino)50 vagas (lic. - noturno)50 vagas (lic. - vespertino/itabaiana)

Bachar

elad

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Licen

ciatura

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Q

A Química é uma ciência básica, mas com enorme potencial de aplica-ção em diversos setores da atividade econômica. é a partir do conhecimento profundo das substâncias e das reações produzidas por elas que se originam uma série de novos materiais, diversos fármacos, fenômenos da engenharia e até a compreensão do comportamento dos poluentes no meio ambiente.

Os candidatos que se identificam com essa ciência podem optar por desenvolver atividades em indústrias, no ambiente de pesquisa ou em sala de aula. Para isso, a UFS disponibiliza dois cursos diferentes: o de bacharelado (50 vagas) e a licenciatura (60 vagas), cujas grades curriculares foram reformuladas, em 2009, para atender às recentes demandas da sociedade. Por conseguin-te, os egressos do curso estarão aptos a ingressar em qualquer programa de

pós-graduação stricto sensu no Brasil, a traba-lhar em centros de pesquisa e indústrias de di-versos fins ou a lecionar na edu-cação básica.

Os con-teúdos estuda-dos durante o curso centrali-zam-se em áre-as da física, da

matemática e da estatística com o objetivo de dar ao discente o suporte necessário para compreender os conteúdos de química. Por isso, na grade curricular há disciplinas de apoio como vetores e geometria analítica, cál-culos, estatística básica e física A; enquanto os assuntos de Química estão subdivididos em seis áreas: geral, inorgânica, analítica, orgânica, físico--química e ensino, com ênfase na parte experimental, que abrange ativi-dades desenvolvidas em laboratórios.

A licenciatura, por estar direcionada ao ensino, oferece uma forma-ção mais humanística e está presente nos Campi de São Cristóvão e de Itabaiana, com currículos semelhantes, mas respeitando-se as diversidades locais. Já o bacharelado, somente no Campus de São Cristóvão, proporciona uma formação mais técnica que permite a realização de análises químicas, bioquímicas, bromatológicas, toxicológicas, além da pesquisa e desenvolvi-mento de modelos, métodos e produtos.

Para o aluno que deseja seguir a carreira de pesquisador ou a carreira acadêmica, a UFS oferece o Mestrado em Química, com as seguintes linhas de pesquisa: análise de traços e química ambiental, e desenvolvimento e otimização de materiais.

uímica

ciÊncia dastRansFoRMaÇÕEs

A distânciaNa modalidade a distância, a licenciatura em Química é ofertada nas cidades de Arauá, Areia Branca, Estância, Laranjeiras, Ja-paratuba, Poço Verde, São Domingos, Lagarto (Colônia 13) Propriá e Nossa Senhora da Glória. Para cada polo são oferecidas 50 vagas. Química

Turnos: vespertino e noturno

campi: são cristóvão e itabaiana

duração: 4 anos

oferta: 50 vagas (Bach. - vespertino)

60 vagas (lic. - noturno)

50 vagas (lic. - vespertino/itabaiana)

Bachar

elad

o e

Licen

ciatura

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43www.ufs.br|março 2011|UFS |

A Química Industrial constitui a área da Química dedicada à atividade de produção industrial, que demanda conhecimento de tecnologia de pro-cessos, operações unitárias, e também contempla atividades de laboratório que requerem amplo conhecimento de ciência química.

O químico industrial tem como campo de atuação as indústrias, os ór-gãos e empresas públicas ou privadas que prestam serviços à sociedade, tais como companhias de saneamento básico, proteção e preservação do meio ambiente e instituições que trabalham com pesquisas ou estudos tecnoló-gicos. Para atuar nesses campos, o graduando em Química Industrial pela UFS recebe sólida formação em química básica (química geral, orgânica, inorgânica, analítica, bioquímica e físico-química) e em química tecnológica (operações unitárias na indústria química, processos da indústria química, segurança industrial, economia e organização industrial).

A proposta curricular do curso contempla a formação de um profis-sional apto a atender às necessidades da indústria química no tocante ao acompanhamento e controle de processo de produção industrial e à realiza-

ção de diversos tipos de análises laboratoriais . Entre essas aná-lises destacam--se aquelas re-queridas para o acompanha-mento e con-trole das variá-veis de processo que visam à ga-rantia das espe-cificações da

qualidade do produto, além de instrumentalizar o aluno para a realização de pesquisas que contribuam para o desenvolvimento tecnológico e de formar profissionais comprometidos com a ética e a preservação do meio ambiente.

Essa bagagem permite ao egresso trabalhar no controle de qualidade de matérias-primas, de produtos em processamentos e produtos acabados numa indústria química, bem como elaborar laudos técnicos e prestar asses-soria, de acordo com a sua competência. Para aqueles que pretendem con-tinuar os estudos na pós-graduação, a UFS não oferece mestrado específico em Química Industrial, mas há os programas de pós-graduação em Química e em Ciência e Engenharia de Processos Químicos.

Q uímica Industrial

a Tecnologia e os Processos industRiais

O químico industrial atua em indústrias, órgãos e empresas públicas ou privadas que fazem prestação de serviços à sociedade.

Química Industrial

Turno: matutino

campus: são cristóvão

duração: 4 anos

oferta: 40 vagas

Bachar

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44 |UFS|www.ufs.br|março 2011

O entusiasmo ao decifrar todos os níveis de um videogame e a ha-bilidade para configurar as opções dos programas de um computador são comportamentos comuns entre aqueles que escolhem prestar vestibular para o Curso de Sistemas de Informação (SI).

Quem pretende ingressar nesta graduação deve gostar de desco-brir e testar novas tecnologias de comunicação, especializar-se em deter-minadas linguagens de programação e tecnologias, planejar atividades e organizar ações para a sua realização. O estudante deve ficar atento para algumas características essenciais a qualquer profissional da Computação: o trabalho em grupo, o domínio de outras línguas e da Matemática e a constante atualização na área de novas tecnologias, métodos e metodolo-gias que surgem diariamente.

O profissional de SI é preparado para planejar, desenvolver e ge-renciar cinco principais elementos dentro das organizações: os dados, o software que processa esses dados e os armazena, o hardware que os suporta, as telecomunicações responsáveis pela transmissão deles e, por fim, porém o mais importante, a capacitação das pessoas que utilizam e administram toda esta tecnologia, a fim de produzir informação e conhe-cimento dentro das empresas.

Segundo o professor Rogério Patrício Chagas, a graduação em SI é focada no planejamento, desenvolvimento e exploração de sistemas de informação e automação das organizações. O Departamento de Compu-tação do Campus de São Cristóvão e o Núcleo de Sistemas de Informação do Campus de Itabaiana dispõem de subsídios para formar três distintos perfis: desenvolvedor de sistemas de software, gestor de tecnologias da informação e comunicação e gestor de suporte e redes de computadores.

Entre os cursos de computação da UFS, Sistemas de Informação é o que tem maior sinergia com o mercado de trabalho. Pesquisas recen-

tes mostram que de 50% a 75% das demandas da área de computação estão destinadas aos profissionais de Sistemas de Informação. Este profissional é muito procurado porque, além de conhecimentos técnicos em tecnologias da informação e comunicação, tem um domínio abrangente da área de negócios. Um levanta-mento feito pela Associação Brasileira de Empre-sas de Tecnologia da Informação mostra que em 2009 houve um déficit de 100 mil profissionais qualificados na área. Um estímulo para quem se vislumbra graduado em algum dos três cursos da área de Computação ofertados pela UFS.

TraBalHando coM BYtEs e Bits

istemas de InformaçãoS

Sistemas de InformaçãoTurnos: matutino e noturno

campi: são cristóvão e itabaiana

duração: 4,5 anos

oferta: 50 vagas (noturno)

50 vagas (matutino/itabaiana)

Bachar

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Ciências Humanas

Arqueologia

Ciências da Religião

Ciências Sociais

Filosofia

Geografia

História

Pedagogia

Psicologia

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A

O Curso de Arqueologia da UFS visa formar profissionais com pensa-mento crítico e autônomo entre as várias perspectivas teórico-metodológi-cas e práticas que compõem a atuação do arqueólogo. é também objetivo da graduação o resgate da cultura material de populações pré-históricas e históricas, que propicie o desenvolvimento da cidadania por meio do co-nhecimento e da vivência em atividades científicas de pesquisa, educativas, lúdicas e de extensão.

Segundo a professora Olivia de Carvalho, o bacharel em Arqueologia deve ter sólida formação científica, tecnológica e profissional que o capa-cite a demonstrar habilidades no desenvolvimento do pensamento lógico, entendimento e correlação de informações e dados. Além da construção de hipóteses explanatórias, de modelos explicativos e proposição de solu-ções aos problemas advindos da investigação.

“O que mais me fascina na Arqueologia é que essa ciência dá um retorno direto à sociedade, desperta o conhecimento, resgata a cultura e a história de um povo. Ela trabalha de maneira interdisciplinar e abrange um amplo campo de oportunidades para os alunos”, conta a aluna Sara Batista, que é monitora da disciplina Antropologia Física II.

O arqueólogo pode atuar em diversos setores da sociedade, como órgãos públicos das esferas federal, estadual e municipal (arquivos públicos, bibliotecas, institutos de defesa e gestão do patrimônio cultural e ambien-tal, museus), em empresas privadas, na gestão de patrimônio cultural e am-biental e museus particulares, ou de forma autônoma, através de empresas de consultorias científicas. Na avaliação da professora Olivia de Carvalho, a retomada da Graduação em Arqueologia, sobretudo na região Nordeste, abriu um espaço para a formação de profissionais habilitados para atuar em consonância com a legislação federal, que trata do conhecimento, prote-ção e manutenção do patrimônio público cultural e ambiental.

O Núcleo de Arqueologia da UFS desenvolve atividades de extensões educativas continuadas em parceria com o projeto “O Museu vai à Escola, a Escola vai ao Museu”, do Museu de Arqueologia de Xingó (MAX), além da exposição arqueológica permanente na unidade localizada em Canindé do São Francisco, na região de Xingó.

O Núcleo de Arqueologia da UFS desenvolve atividades de extensões educativas continuadas em parceria com o projeto “O Museu vai à Escola, a Escola vai ao Museu”, do Museu de Arqueologia de Xingó (MAX).

rqueologia

dEsVEndando culTuras e HisTÓrias

Turno: vespertino

campus: laranjeiras

duração: 4 anos

oferta: 50 vagas

Bachar

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Arqueologia

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47www.ufs.br|março 2011|UFS |

C

Um dos fenômenos mais instigantes que tem composto a complexa pauta daqueles que buscam um melhor entendimento dos fenômenos so-ciais é aquele que se expressa através das manifestações do sagrado.

O advento da modernidade ensejou e acelerou o processo de diver-sidade no campo religioso. Além disso, o que aparentemente significaria o fim da religião, na medida em que a ciência passaria a assumir a responsa-bilidade no processo de explicação dos homens e das coisas, representou,

no campo real, a ampliação substantiva dessa diversidade religiosa.

Uma das implicações da emergência dessas religiosidades pode ser observada no campo da educação. Considerando que o ensino religioso confessional apresenta limitações em ambiente de diversidade religiosa, faz-se necessário que o Es-tado, através da rede pública, ofereça um ensino que permita ao aluno o conhecimento dessa di-versidade e a natureza dessas tradições religiosas.

Assim, esse curso faz parte do esforço de refletir sobre os novos cenários do fenômeno reli-gioso no Brasil e em Sergipe. Para tal, se propõe a

preparar profissionais para o exercício da docência e da investigação científica no campo das ciências da religião, estimulando a reflexão metódica e sistemá-tica sobre as manifestações do fenômeno reli-gioso dentro de uma abordagem interdisciplinar. Além disso, estimulará o exame das principais contribuições, clássicas e contemporâneas, que oferecem premissas, métodos e paradigmas fun-damentais para o estudo do sagrado, estudando os elementos constitutivos das religiões através de seus mitos, ritos e símbolos.

iências da Religião

ensino religiosoPluRal

Turno: noturno

campus: são cristóvão

duração: 4 anos

oferta: 50 vagas

Licen

ciatura

Ciências da Religião

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48 |UFS|www.ufs.br|março 2011

Se você é interessado em compreender as relações sociais e suas implica-ções, deve ficar atento à carreira de cientista social oferecida pela UFS. O professor Josadac Santos explica que o objetivo do curso é formar profissionais, bacharéis e licenciados, conscientes de suas responsabilidades sociais, políticas e culturais como técnicos, intelectuais e cidadãos. “Devemos assegurar ao indivíduo, que vai agir e interagir numa complexa teia de relações sociais, consciência crítica do mundo social onde vive, dos papéis que vai desempenhar e das opções político--ideológicas que fará como profissional e cidadão”, reforça Josadac.

O estudante Rafael Aragão orienta aqueles que estão interessados na graduação. “Nosso curso exige muita leitura e, logicamente, escrevemos muito. A leitura é essencial. Isso contribui para que sejamos um bom cientista social, com domínio das mais variadas teorias e conceitos, e não fiquemos presos a uma única linha de pensamento. Quem tenta ficar na ‘decoreba’ pode até chegar ao fim do curso, mas dificilmente irá mais longe”, diz Rafael, que é

bolsista do Conselho Nacional de Desenvolvimen-to Científico e Tecnológico (CNPq) na pesquisa “Os movimentos sociais em Sergipe de 1980 a 2000 e seu papel educativo”, sob a orientação da professora Sonia Meire, do Departamento de Educação.

Quando se trata de pesquisa, a professora Verônica Teixeira Marques, egressa do Curso de Ci-ências Sociais, reforça a importância no aprofunda-mento dos estudos. Segundo ela, durante a vivência na UFS, sua atividade como bolsista foi responsá-vel por um melhor encaminhamento profissional. Graduada desde 1997, Verônica se ocupa hoje de atividades na docência, pesquisa e consultoria. “O mercado de trabalho para o bacharel em Ciências Sociais é razoavelmente amplo, mas não é simples

ou fácil: o egresso pode ser professor de instituições de ensino superior que não exigem licenciatura, pode assessorar políticos e instituições públicas ou organizações”, orienta Verônica.

Já para o licenciado em Ciências Sociais, o mercado é mais amplo devido à recente lei que obriga o estudo da Sociologia no ensino médio. Entretanto, essa situação é confusa, pois, juridicamente, apenas a profissão de sociólogo é regula-mentada. O cientista social acaba precisando fazer uma opção entre as três áreas de atuação das Ciências Sociais: Antropologia, Sociologia ou Ciência Política.

Verônica Marques conta que a obrigatoriedade da Sociologia no ensino médio, apesar de legal, não vem sendo adequadamente tratada pelas autori-dades competentes, como a Secretaria de Estado da Educação e universidades. A lei permite que outros profissionais, desde que tenham cursado 120 horas de Sociologia na graduação, ministrem aulas, a exemplo dos licenciados em Filosofia, História e Letras.

Na UFS, ao concluir o bacharelado ou a licenciatura, o profissional pode dar continuidade aos estudos na pós-graduação em Sociologia (mestrado e doutorado) ou em Antropologia (mestrado).

O curso visa formar profissionais, bacharéis e licenciados, conscientes de suas responsabilidades sociais, políticas e culturais enquanto técnicos, intelectuais e cidadãos.

iências Sociais

nas coMPleXas Teias das RElaÇÕEs sociais

C

Turno: vespertino

campus: são cristóvão

duração: 4 anos

oferta: 50 vagas

Ciências Sociais

Bachar

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Licen

ciatura

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49www.ufs.br|março 2011|UFS |

F

Na obra Metafísica, Aristóteles, querendo assenhorear-se do real in-teresse que move o pensar filosófico, observa: “Com efeito, é pelo espan-to que os homens começam a filosofar tanto no princípio como agora”. Espantar-se diante das coisas, interrogá-las, eis as condições próprias do amigo da sabedoria. Onde tudo parece já preestabelecido, onde o mundo está definido, onde as explicações já estão todas prontas, onde as normas são aceitas sem debate e discussão; aí está o campo propício ao filósofo e ao exercício do questionamento.

Diante dessas considerações, o Curso de Filosofia tem os seguintes objetivos:

• Formar um professor capaz de dirigir criticamente uma inter-rogação ao mundo, reavaliando tendências, pontos de vista e certezas acerca do homem e de suas instituições, das ciências (seus métodos e

resultados) e das próprias conclusões do ques-tionamento filosófico;

• Propiciar o instrumental básico para o filosofar, observando-se o rigor, a radicalidade e totalidade como marcas da atividade filosó-fica;

• Identificar a compatibilidade entre a ati-vidade filosófica e a atividade pedagógica, viabi-lizando através desta, um modo independente de pensar inerente à Filosofia.

O Curso de Licenciatura em Filosofia ofer-tado pela UFS passou recentemente por uma reforma curricular, orientada pelas diretrizes do Ministério da Educação (MEC), modernizando e

adaptando o curso às novas exigências do Conselho Nacional de Educação (CNE), tais como o aumento da carga horária nas disciplinas de cunho prático e de estágio curricular.

A origem do curso remonta à fundação da Faculdade Católica de Filosofia de Sergipe, em 1950, portanto, um dos mais antigos de nossa universidade. Seu corpo docente é formado por 16 doutores. No depar-tamento, há vários grupos de pesquisa, que iniciam e orientam os alunos em relação à pesquisa e à extensão, além de promover anualmente ativi-dades acadêmicas, como seminários e congressos.

As chances de inserção dos egressos na educação pública se torna-ram maiores depois da aprovação da lei que torna o estudo da Filosofia obrigatório no ensino médio. “Com a legislação em vigor, o licenciado passou a ter uma possibilidade real de emprego”, afirma o professor Der-ley Menezes Alves, graduado pela UFS e aprovado no último concurso do Estado para o cargo.

ilosofiaQuesTionar Para EducaR - EducaR Para QuesTionar

A faculdade de Filosofia é uma das mais antigas na UFS e antecedeu inclusive a fundação da universidade em Sergipe.

Turno: noturno

campus: são cristóvão

duração: 4 anos

oferta: 45 vagas

Licen

ciatura

Filosofia

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50 |UFS|www.ufs.br|março 2011

“Centros urbanos modernos não destroem a experiência humana. O que destrói é a civilização que adotamos”. A frase é de um dos mais inspiradores geógrafos do Brasil, o baiano Milton Santos. Essa sensibili-dade de perceber o espaço e suas implicações de uma maneira analítica são pré-requisitos para aqueles que se dedicam à Geografia.

A Geografia é um ramo do conhecimento que vem consolidando teoricamente sua posição como ciência centrada na análise espacial da relação sociedade natureza a partir de uma concepção científica que explica o espaço geográfico como produto social, condição e expressão da sociedade em cada momento histórico. Isso demonstra seu caráter interdisciplinar através das interfaces com outras áreas do conheci-mento e com possibilidades crescentes de inserção de seus profissio-nais no mercado de trabalho. Atualmente, a evolução dessa ciência se verifica pelo aprofundamento de suas metodologias e tecnologias de representação do espaço, de seu acervo teórico e metodológico direcionado à pesquisa básica (geoecologia, teorias das redes geográ-ficas, geografia cultural, econômica e política, recursos naturais etc) e da pesquisa aplicada através dos planejamentos e gestão ambiental e territorial, urbano e rural.

Os cursos de Graduação em Geografia da UFS buscam preparar profissionais, nas habilitações de Licenciatura e Bacharelado, capazes de pensar e trabalhar o espaço geográfico a partir de um referencial teó-rico e prático que lhes permita compreender a totalidade dos processos responsáveis por sua produção e estimule os graduados em Geografia a se engajarem politicamente. Esses profissionais estarão aptos a desenvol-ver trabalhos de ensino, de pesquisa e de aplicação técnica nos campos gerais e específicos da ciência geográfica, bem como no equaciona-

mento e proposição de soluções para proble-mas relativos aos usos dos recursos naturais e implicações sócioespaciais na escala local, re-gional e nacional. Assim, enquanto a Licencia-tura habilita o profissional para o exercício da prática docente no ensino básico (fundamen-tal e médio), o Bacharelado prepara o técnico (geógrafo) para desenvolver atividades focadas no planejamento, na comunicação com outros especialistas, interagindo em equipes interdis-ciplinares e na intervenção do espaço.

eografia

A distânciaNa modalidade a distância, a licenciatura em Geografia é ofertada nas cidades de Arauá, Areia Branca, Brejo Grande, Estância, Laranjeiras, Japaratuba, Poço Verde, Porto da Folha, São Domingos, Carira, Nossa Senhora das Dores, Propriá e Nossa Senhora da Glória. Para cada polo são oferecidas 50 vagas.

a GEoGRaFia no Mundo conTeMPorÂneo

G

Turnos: matutino, vespertino e noturnocampi: são cristóvão e itabaianaduração: 4 anosoferta: 20 vagas (Bach. - matutino)40 vagas (lic. - matutino)40 vagas (lic. - noturno)50 vagas (lic. vespertino/itabaiana)

Geografia

Bachar

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Licen

ciatura

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51www.ufs.br|março 2011|UFS |

O que representa a chegada do primeiro negro ao governo nor-te-americano? Quem foi Padre Cícero e qual é a sua representação no ideário popular? Perguntas de pertinência e com o perfil daqueles que pretendem se dedicar à memória e aos fatos históricos ocorridos na sociedade. Desde o aspecto mundial até o local, o responsável por essas análises é o historiador. Mas o que ele faz no dia a dia?

Se você acha que é alguém que conta histórias, pode até estar certo, mas não é tão simples assim. O historiador observa e estuda a vida de uma determinada época ou sociedade através de vários aspectos: cultural, social, econômico e político. Por essa razão, o Curso de Licenciatura em História da UFS propõe uma formação não só direcionada à carreira docente, mas também à pesquisa, a fim de ampliar a atuação do licenciado para museus, bibliotecas, arquivos e sítios arqueológicos.

Além disso, o curso procura tornar o discente apto a abordar especificamente os temas históricos com a inventividade e o rigor metodológico necessários à investigação científica. Como foi o caso do estudante Aaron Sena Cerqueira Reis, contemplado com o prê-mio de melhor trabalho na área de Ciências Humanas do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (PIBIC), em 2009. Há no Curso de História da UFS diversos grupos de pesquisa, tais como “História Popular do Nordeste”, “Culturas, Identidades e Religiosi-dade” e “Grupo de Estudos do Tempo Presente”. Além desses gru-pos, existe o “Programa de Documentação e Pesquisa Histórica”, que possui um rico acervo bibliográfico e documental sobre a História Regional. O Departamento de História mantém um curso de espe-cialização em História.

istória

a ciÊncia do HoMEM no tEMPo

A distânciaNa modalidade a distância, a licenciatura em História é ofertada nas cidades de Arauá, Areia Branca, Brejo Grande, Estância, Laranjeiras, Japaratuba, Poço Verde, Porto da Folha, São Domingos, Carira, Nossa Senhora das Dores, Lagarto (Colônia 13), Propriá e Nossa Senhora da Glória. Para cada polo são oferecidas 50 vagas.

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Turnos: matutino e noturno

campus: são cristóvão

duração: 4 anos

oferta: 50 vagas (matutino)

50 vagas (noturno)

Licen

ciatura

História

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52 |UFS|www.ufs.br|março 2011

“Se a educação sozinha não transforma a sociedade, sem ela tam-pouco a sociedade muda”. A frase de autoria de um dos mais importan-tes educadores do Brasil, Paulo Freire, atesta a importância do educador. O pedagogo é um profissional do campo da educação que pode atuar em diferentes setores sociais e econômicos da sociedade. Seu ofício se liga à formação humana, seja qual for o local em que atua.

A professora Silvana Bretas explica que o pedagogo é também responsável por atuar na formação de professores para o ensino das disciplinas pedagógicas nos cursos de nível médio, mas seu destino principal é o exercício da docência na educação infantil e nos anos iniciais do ensino fundamental, nas atividades de gestão, coordenação e assessoramento pedagógico em órgãos do sistema educacional e em espaços não escolares.

Com esse perfil de atuação, o licenciado em Pedagogia deve, an-tes de tudo, comprometer-se com a formação de uma sociedade de-mocrática, através de uma atitude ética de solidariedade, honestidade, sentimento de indignação ante as injustiças sociais e humanas, e com as transformações que beneficiam a maioria da população. Nesse sentido, o desafio do pedagogo/educador é de ser capaz de incorporar à sua prá-tica profissional as dimensões do conhecer, analisar, sistematizar, propor e superar os desafios existentes na realidade sócioeducacional.

Durante a graduação na UFS, os estudantes podem se envolver em projetos de extensão e pesquisa, seja como voluntários, seja como bolsistas. Desde 2007, por exemplo, o projeto “Compartilhando as di-ferenças no espaço escolar” oferta anualmente, no Campus de Itabaia-na, cursos de extensão para a comunidade universitária e professores das redes municipal e estadual.

A UFS oferta também o Curso de Li-cenciatura em Educação do Campo e da Pedagogia da Terra, direcionado aos movi-mentos sociais e à cultura do campo. Na pós-graduação, o Campus de São Cristó-vão dispõe do Mestrado e Doutorado em Educação. Já no Núcleo de Graduação em Educação do Campus de Itabaiana, há um projeto de mestrado em processo de elabo-ração que deverá ser submetido a aprova-ção ainda em 2010.

edagogiaO pedagogo constitui o seu saber e seu ofício na relação com a infância e adolescência.

EducaR, uMa decisão PolÍTica

P

Turnos: vespertino e noturnocampi: são cristóvão e itabaianaduração: 4 anosoferta: 50 vagas (vespertino)50 vagas (noturno)50 vagas (noturno/itabaiana)

Licen

ciatura

Pedagogia

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53www.ufs.br|março 2011|UFS |

O compositor Noel Rosa e seu parceiro Vadico ironizaram na música “Feitio de oração” a célebre frase: “Quem se acha, vive se perdendo”. Para você que tem predileção em trabalhar na área das relações humanas e suas implicações, sua vocação é ser psicólogo. é ele o profissional que samba tentando não perder o passo dos conhecimentos teóricos e práti-cos para intervir nas ações das pessoas e em sua história familiar e social, sem prescindir das condições políticas, históricas e culturais presentes.

Se você imagina que a atuação do psicólogo se limita ao atendimen-to em consultório, é bom se atualizar com as novas demandas da profis-são. O psicólogo está cada vez mais presente em outros contextos, como nas instituições de ensino, nas empresas, organizações públicas, privadas e nos hospitais. Além dessas áreas, há outras em grande ascensão, como psicologia do trânsito, do esporte, neuropsicologia e psicomotricidade.

O professor Marcelo Ferreri explica que a estruturação do curso na UFS tem como base o tripé ensino, pesquisa e extensão. Dessa forma, o aluno vai ter acesso a uma abordagem vasta, que possibilite uma me-lhor escolha da área a que pretende se dedicar.

O Departamento de Psicologia da UFS conta com seis grupos de pesquisa formalizados para garantir a qualificação discente. O estudan-te João José Gomes revela que sua vivência na graduação trouxe um sentimento interessante. “Ser aluno de Psicologia me faz tirar do lugar”, poetiza o aluno. Segundo ele, esse (des)encon-tro é resultado das discussões críticas dentro do curso. O professor Marcelo Ferreri completa esse raciocínio, quando adverte que “o Curso de Psi-

cologia não resolve dramas pessoais de ninguém, aliás, acrescenta outros”.Funcionária de um dos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) de

Aracaju, a psicóloga Iaísa Belém, formada pela UFS há dez anos, afirma que as práticas da Psicologia estão cada vez mais abertas. Para ela, o aten-dimento a pessoas que passam por transtornos mentais está em constante processo de reinvenção e as discussões ocorridas durante a graduação foram fundamentais para compreender o acolhimento diário realizado no CAPS. Na avaliação da mestranda e também professora substituta da UFS, cada vez menos a Psicologia força padrões de atendimento, pois a orientação é sempre buscar a autonomia e inserção do sujeito dentro de suas práticas e vivências. “Que tipo de subjetividade estamos ajudando a fomentar? Precisamos extrapolar as práticas herdadas da clínica”, defende a pesquisadora em Arteterapia.

sicologia

desVendando seres HuManos

P

Turno: vespertino

campus: são cristóvão

duração: 5 anos

oferta: 45 vagas

Psicologia

Bachar

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Licen

ciatura

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Ciências Sociais Aplicadas

AdministraçãoBiblioteconomia e DocumentaçãoCiências AtuariaisCiências ContábeisCiências EconômicasComunicação Social - AudiovisualComunicação Social - JornalismoComunicação Social - Publicidade e PropagandaDesign GráficoDireito MuseologiaRelações InternacionaisSecretariado ExecutivoServiço Social Turismo

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56 |UFS|www.ufs.br|março 2011

Turnos: matutino e noturnocampi: são cristóvão e itabaianaduração: 5 anosoferta: 60 vagas (matutino)60 vagas (noturno)50 vagas (noturno/itabaiana)

Bachar

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Administração

A

Planejar, organizar, gerenciar e assessorar. Essas quatro ações não ne-cessariamente resumem a atuação de um administrador, mas expressam boa parte das tarefas conduzidas pelo profissional formado em Administração. No curso, ofertado pela UFS nos Campi de São Cristóvão e Itabaiana, são ensina-das mais que técnicas para o bom andamento de uma instituição dos setores privado, público ou não governamental. A capacidade de análise crítica des-sas organizações também é trabalhada.

“Nós temos outra preocupação, que é aliar a formação técnica à forma-ção humanística, pois uma das características essenciais de um bom adminis-trador é a de alcançar objetivos através de pessoas e, para isso, saber trabalhar em equipe é fundamental”, enfatiza a professora Ivanilda Silva, do Campus de Itabaiana.

O campo de trabalho é amplo. Segundo o Conselho Federal de Ad-ministração, as principais áreas de atuação são finanças, marketing, recursos humanos, orçamento, relações industriais, administração de material e de produção e organização e métodos e programas de trabalho.

De acordo com a administradora Danielle Andrade, na escolha do setor de atuação, o profissional deve levar em conta suas afinidades. “Há também a

possibilidade de ser consultor, direcionar a forma-ção para a área de pesquisa e ensino ou ainda ser um empreendedor”, destaca.

O desenvolvimento do empreendedorismo é, aliás, uma característica do curso ofertado no Campus de Itabaiana. Isso porque a prática do “ter seu próprio negócio” é fortemente percebida na região. “Muitos já trabalham para si mesmos e os jovens acabam absorvendo essa tendência”, acres-centa a professora Ivanilda.

Para ser um bom profissional de Administra-ção, não basta dominar os conteúdos em sala de aula. Atividades extraclasse, como pesquisa, exten-são e participação em empresas juniores, também

fortalecem o currículo. No Campus de Itabaiana, a empresa júnior foi criada recentemente, visto que o curso de Administração ofertado nesse campus iniciou suas atividades em 2006. Entretanto, no Campus de São Cristóvão, onde o curso tem tradição (completará 40 anos em 2010), a empresa júnior foi fundada há 17 anos e oferece ao estudante a oportunidade de colocar em prática os conhecimentos acadêmicos, desenvolver habilidades gerenciais e vivenciar um pouco das condições reais do mercado.

O curso de Administração tem a duração de 4 a 5 anos e o seu quadro docente é todo formado por mestres e doutores.

dministração

ProFissional PronToPara adMinistRaR

No curso, são ensinadas mais que técnicas para o bom andamento de uma instituição.

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Numa época em que a informação é produzida e divulgada em gigabytes, impossível não reconhecer a importância do profissional responsável pela organi-zação e gestão desses conteúdos e pela recuperação de obras produzidas em di-ferentes suportes informacionais. O profissional em questão é o bibliotecário. Suas atividades podem ser desenvolvidas na órbita privada e pública e não se limitam à função de guardião de acervos bibliográficos, que remete àquela figura respon-sável pelo silêncio num ambiente de leitura, mas, ao contrário, são intrínsecas de um dinâmico profissional da informação.

“O Curso de Biblioteconomia e Documentação formará um profissio-nal especializado em três diferentes núcleos do conhecimento: representa-ção descritiva e temática [técnicas utilizadas para que as pessoas consigam acessar a informação]; formação do leitor, isto é, de competências leitoras e informacionais; e gestão da informação em diferentes suportes, lingua-gens e mídias”, explica a professora Valéria Aparecida Bari. Segundo a docente, as disciplinas do curso podem ser subdivididas em quatro ramos distintos: analíticas (análise descritiva e temática, indexação), tecnológicas (automatização da gestão da informação, bancos e bases de dados, siste-mas de informação), linguísticas (português e línguas instrumentais, for-mação do leitor) e administrativas (desenvolvimento de coleções, gestão da informação, administração e planejamento de serviços de informação,

ação e animação cultural, preservação).Aluna da primeira turma do curso, Marlemberg

Carvalho de Matos está atualmente no terceiro perí-odo e se mostra empolgada com tudo o que viu até agora. “O curso está me mostrando coisas que gosto muito, a exemplo da recuperação da informação e da conservação dos livros. Além disso, já deu para perceber que a área de atuação é bastante ampla e interessante por ser diversificada. Pode-se trabalhar em vários ramos da gestão da informação, o que faz com que o trabalho não seja monótono”.

Engana-se quem imagina que o campo de atuação do bibliotecário se restringe às bibliote-

cas. De acordo com a bibliotecária Shirley de Jesus Ferreira, pode-se atuar em centros de informação, de pesquisa e de documentação histórica ou administrativa, em serviços digitais de informação, sites corporativos, ban-cos e bases de dados, órgãos governamentais controladores, serviços de inteligência etc. “Mas é bom lembrar que, em qualquer área em que atue, o bibliotecário tem o papel social da produção e da democratização do conhecimento”, conclui.

gesTores da inFoRMaÇão

B iblioteconomia e Documentação

Turno: noturno

campus: são cristóvão

duração: 4 anos

oferta: 50 vagas Bachar

elad

o

Bachar

elad

o

Biblioteconomia e Documentação

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58 |UFS|www.ufs.br|março 2011

O curso pode até ser pouco conhecido, mas o resultado do trabalho do atuário é facilmente identificado no cotidiano. Afinal, quem nunca ouviu falar em contribuição previdenciária, seguros de veículos e imóveis, planos de saúde, títulos de capitalização, entre outros produtos financeiros? A responsa-bilidade do profissional formado em Ciências Atuariais consiste justamente na determinação dos preços desses produtos e dos valores que o contribuinte ou consumidor receberá no futuro.

“Basicamente, o atuário trabalha com gestão e análise de riscos, sejam eles riscos de vida, que são aqueles de longo prazo, sejam riscos de não vida, a exemplo dos seguros de carros ou de imó-veis”, esclarece o professor Kleber Oliveira. Segun-do ele, o profissional da área tem um perfil interdis-ciplinar, com capacidade de atuação tanto no setor público quanto no privado.

Para aprender a mensurar e a administrar ris-cos, o estudante deve cursar disciplinas ligadas à estatística, matemática, contabilidade, demografia, direito, finanças, economia e administração. “Em estatística, o aluno terá um conteúdo sólido na área

de modelagem, probabilidade e amostragem; em economia, conceitos de micro e macroeconomia e história econômica são indispensáveis; já em de-mografia, ele aprende a lidar com projeções populacionais e análise de mor-talidade”, destaca o professor.

No Brasil, há somente 13 instituições de ensino superior que ofertam a graduação em Ciências Atuariais e, no Nordeste, somente a Universidade Federal do Ceará e a de Sergipe formam atuários. Na UFS, o curso foi criado há dois anos e, assim como tem atraído jovens que tomam a profissão como novidade, representa a chance de qualificação para aqueles que atuam no mercado de seguros. é o caso da estudante Maria Jéssia Vieira. “Acredito que futuramente o conhecimento adquirido na universidade vai atender às mi-nhas necessidades no mercado em que já atuo”.

Em relação ao mercado de trabalho, a perspectiva é de crescimento. Os principais setores de atuação são as companhias de seguros, fundos de pen-são, empresas de capitalização, previdência social, perícia técnica-atuarial, auditoria atuarial e planos de saúde. “Existe uma tendência nacional de que os municípios tenham seus regimes próprios de previdência, o que significa que em Sergipe teremos uma demanda, em curto prazo, de pelo menos 75 profissionais”, diz Kleber Oliveira, ao ressaltar as possibilidades de emprego no setor público. Segundo a lei, todas as previdências públicas são obrigadas a contar com serviços de atuários.

gesTor de anÁlise de Riscos

C iências Atuariais

Turno: noturno

campus: são cristóvão

duração: 4 anos

oferta: 50 vagas Bachar

elad

o

Ciências Atuariais

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59www.ufs.br|março 2011|UFS |

A Contabilidade tem a finalidade de prestar informações de caráter eco-nômico-financeiro úteis às decisões que envolvam o patrimônio das organiza-ções com fins lucrativos ou não e também às pessoas físicas. As transformações na sociedade, na tecnologia, e, recentemente, as preocupações ambientais têm contribuído para aumentar a visibilidade da importância da contabilidade para as empresas e para a sociedade em geral, ao mesmo tempo em que têm exigido do contador uma postura multidisciplinar, com conhecimentos em Administra-ção, Direito, Economia, Sociologia, Informática, Estatística e Idiomas Estrangei-ros, por exemplo. A depender da área de atuação escolhida, o grau de exigência de conhecimento específico sobre essas disciplinas será maior ou menor.

Na formação dos futuros contadores, a UFS leva em consideração as necessidades e expectativas do mercado. Para atender a essa demanda, o curso dispõe de uma grade curricular com disciplinas de caráter teórico e prá-tico. Segundo o professor Moisés Almeida, do Campus de Itabaiana, o que se busca no curso da UFS é formar um profissional generalista, apto a atuar em

várias áreas. “Ele pode, por exemplo, trabalhar como contador de uma empresa, montar seu escritório, fa-zer auditoria e perícia contábil. São áreas específicas, mas buscamos contemplá-las em todo o curso, para que o aluno tenha condições de atuar em qualquer uma delas”, completa o docente.

Para o profissional que lida diretamente com a área financeira, econômica e patrimonial de uma insti-tuição, o que não falta é espaço no mercado de traba-lho. “O campo de atuação é bem amplo, porque, por lei, toda empresa, por mais simples que seja, é obrigada a ter um profissional da área contábil. Então, emprego nunca faltará a um contador”, ressalta a contadora Cla-

ra Regina Góis. Além disso, a exigência de conhecimentos de contabilidade em editais de concursos públicos oferece uma vantagem competitiva para os alunos.

Tanto no Campus de São Cristóvão quanto no de Itabaiana foi implantada a Empresa Júnior, que não só cria oportunidade para os alunos aplicarem na prática os conhecimentos adquiridos em sala de aula, mas também coloca à dis-posição da sociedade serviços de qualidade. A professora Edjane Oliveira, coor-denadora da empresa júnior em Itabaiana, diz que “A implantação da empresa júnior é um desafio para professores e alunos, que só vem acrescentar benefícios a eles e à sociedade”. Também nos dois campi existe um projeto de extensão, de caráter continuado, que fornece orientação gratuita às pessoas obrigadas a fazer a entrega da Dirf. A professora Sirley Maclaine diz que “o projeto oferece aos alunos a oportunidade de estender à comunidade os conhecimentos adqui-ridos durante o curso, garantindo, assim, uma visão integrada da relação entre a universidade e a sociedade.

iências Contábeis

a contaBilidadE a serViço da sociedade

C

O campo de atua-ção é bem amplo, porque, por lei, toda empresa, por mais simples que seja, é obrigada a ter um profissional da área contábil.

Turno: noturno

campi: são cristóvão e itabaiana

duração: 5 anos

oferta: 100 vagas

50 vagas (itabaiana)

Bachar

elad

o

Ciências Contábeis

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60 |UFS|www.ufs.br|março 2011

iências EconômicasCuMa ProFissão rica eM idEias inoVadoRas

Um profissional capaz de contribuir para o desenvolvimento econômico e so-cial e facilmente absorvido pelo mercado de trabalho sergipano. Assim é percebida a figura do economista no estado. Seu campo de atuação vai desde o planejamento econômico-financeiro de empresas públicas e privadas a análises de investimentos dos agentes econômicos. Trata-se de uma carreira multidisciplinar, que exige do profissional domínio teórico, histórico e quantitativo.

O curso visa formar profissionais comprometidos com a realidade brasileira e com a solução de problemas regionais e locais. O economista graduado na UFS tem uma formação geral, o que lhe permite atuar em diversos segmentos, tanto no setor público quanto no privado.

Para a economista Maria Auxiliadora Alves da Silva, egressa da UFS e com atuação na Secretaria de Estado do Planejamento (Se-plan), em Sergipe, é o setor público que absorve grande parte dos economistas. “Isso se deve à necessidade de uma visão macroeconômica que o setor público apre-senta para a elaboração de projetos”. A demanda por profissionais para trabalhar diretamente na gestão da economia e da sociedade sergipana vem se ampliando a cada ano. Os egressos do Curso de Ciências Econô-micas também podem atuar como empreendedores, consultores e pesquisadores em universidades e cen-tros de pesquisa em todo o país.

Recentemente, o curso passou por uma refor-mulação curricular, a fim de ampliar o espaço para o estudo de temas relacionados à economia de empre-sas, ao desenvolvimento local e à gestão em finanças

públicas. “Considero um curso muito amplo que ajuda a entender o funcionamen-to da sociedade e as formas de nela atuar, tendo em vista que a economia provoca consequências em todas as outras esferas”, diz a estudante Laura Sampaio de Sá

Oliveira.A aluna afirma ter ingressado na UFS num bom

momento, devido ao retorno de muitos professores que estavam fazendo doutorado. Em seu quadro de docen-tes, o Departamento de Economia dispõe de doutores, mestres e especialistas.

“Logo no início da graduação, participei de um pro-jeto de pesquisa e já estou no segundo, além de fazer parte da empresa júnior do curso, onde a gente tem um contato mais direto com o público que demanda os serviços de um economista”, relata Laura.

Segundo a coordenação do curso, a participação de alunos em atividades de pesquisa e extensão é parte da es-tratégia para integrá-los com a pós-graduação. Além disso, são oferecidas atividades como a monitoria e há o incentivo

à participação do corpo discente em seminários e congressos. O Mestrado em Economia constitui uma excelente oportunidade para os graduandos ampliarem a formação acadê-mica e profissional.

Trata-se de uma carreira multidisciplinar, que exige do profissional domínio na área de humanas, bem como na de exatas.

Turnos: vespertino e noturno

campus: são cristóvão

duração: 5 anos

oferta: 50 vagas (vespertino)

50 vagas (noturno)

Bachar

elad

o

Ciências Econômicas

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61www.ufs.br|março 2011|UFS |

O estudo sobre cinema, curta-metragens, animações, games, vídeo, foto-grafia e novas tecnologias associadas à comunicação é um mundo sedutor. Se você já navegou no site Youtube ou tem uma conta de Fotolog, está familiari-zado com a produção e divulgação dos meios audiovisuais. Mas do interesse de usuário da internet até a realização dessas mídias são necessários dedica-ção e muito estudo.

O Curso de Audiovisual da UFS substitui a graduação em Rádio e TV. A atualização curricular ocorreu devido aos avanços nas novas tecnologias associadas à produção de áudio e vídeo. O objetivo do curso é formar um profissional apto a atuar no processo de criação, produção e realização de peças audiovisuais. Ou seja, produzir, dirigir, editar, finalizar e pós-produzir para diferentes mídias, desde as tradicionais, como o rádio, a televisão e o cinema, até as mais modernas, como a internet, o celular e o ipod.

Para o professor Jean Fábio Borba Cerqueira, o profissional de Audiovi-sual encontra um terreno novo. “Hoje os meios de produção são mais aces-síveis com o digital. A distribuição de um produto audiovisual, por exemplo, mudou completamente com a internet. Portanto, esse profissional deve ter um novo olhar, porque o que nos é apresentado hoje é uma nova forma de fazer audiovisual”.

Esse perfil profissional já era percebido em alunos do Curso de Rádio e TV, como por exem-plo, o professor substituto de Audiovisual Márcio Antonio Sales Venâncio. Graduado em 2006 pela UFS, Márcio atua profissionalmente há onze anos com vídeo, é editor videografista, produtor de vi-nhetas de programas e quadros, além de atender necessidades gráficas, como cenários, interpro-gramações e suporte ao setor de telejornalismo (quando é necessário o uso de elementos gráficos para ilustrar reportagens).

De acordo com o professor Jean Fábio, o fa-zer audiovisual está em fase de transição e um

novo mercado será conquistado por esses egressos. Em Sergipe, os futuros profissionais da imagem e do som terão o desafio de construir sua atuação na rádio e televisão digital, em produções de cinema, como produtores in-dependentes e até mesmo empreendedores. “O aluno que vai ingressar no curso não precisa ter uma câmera ou habilidade prévia com equipamentos de vídeo e áudio. O interessante é estar aberto ao fazer audiovisual”, fina-liza o coordenador do Grupo de Estudos FreimiWebTv.

Toda a sedução dosoM E da iMaGEM

O objetivo do curso é formar um egresso apto a desenvolver o processo de criação, produção e realização dos formatos audiovisuais.

Turno: vespertino

campus: são cristóvão

duração: 4 anos

oferta: 50 vagas Bachar

elad

o

Audiovisual

A udiovisual Comunicação Social

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62 |UFS|www.ufs.br|março 2011

J

O Curso de Comunicação Social com habilita-ção em Jornalismo tem como objetivo formar profis-sionais capacitados não apenas para manipular tecno-logias, mas também para modificá-las, a partir de uma visão histórico-crítica que permita ao jornalista atuar como agente de transformação social e no desenvol-vimento da sociedade em que se encontra inserido.

O fim da obrigatoriedade do diploma para o exercício da profissão de jornalista não anulou a im-portância da graduação. A Universidade Federal de

Sergipe, comprometida com a qualificação profissional dos futuros jornalistas, acredita que o bacharelado possibilita

uma melhor formação sócio-política daqueles que fazem os meios de comunicação.

No curso, os estudantes serão preparados para articular um conjun-to de técnicas que viabilizem a tarefa de levar à sociedade informações que englobem desde o relato de acontecimentos até o esclarecimento sobre assuntos de interesse público. Seja elaborando textos jornalísticos, seja editando material informativo, o jornalista deve estar apto a realizar planejamento gráfico, diagramação e revisão de publicações.

A formação ética contemplada no curso da UFS habilita o profissio-nal a investigar fatos, entrevistar pessoas e realizar pesquisas para a pro-dução de material jornalístico a ser veiculado pelos meios de comunicação. O campo de atuação é amplo. Pode-se trabalhar em emissoras de rádio e televisão, assessorias de co-municação, produtoras, edi-toras e com webjornalismo, além de jornais, revistas e outros impressos.

ornalismo

VocÊ É o agenTeda notÍcia

Comunicação Social

Turno: matutino

campus: são cristóvão

duração: 4 anos

oferta: 50 vagas Bachar

elad

o

Jornalismo

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Diferente do que se pensa, a Publicidade e Propaganda não é só o que se vê nos intervalos televisivos, mas um ramo do

conhecimento com forte base teórica fincada nos pilares do Marketing, perpassando pela história da arte e pela lingüística, e indo de encontro à prática fotográfica e de vídeo. Ao longo do curso, o universitário vai se de-parar com ferramentas e métodos que lhe possibilita-rão interagir com a sociedade, e assim criar campanhas e vender ideias.

“O profissional de Publicidade e Propaganda deve ser alguém conectado às novas tecnologias, sen-sível às demandas de mercado e precisa entender que

publicitário competente tem formação sólida para inte-ragir em diferentes áreas do conhecimento”, destacam os

professores João Dantas e Matheus Felizola.Na UFS, a teoria se une à prática, através de atividades

extracurriculares como grupos de pesquisa, estudos de campo, contato direto com profissionais que atuam no mercado sergipano e que co-nhecem os desafios da área. Em seu segundo ano de existência, o curso conta com a implantação da Agência Jr. de Publicidade e do Grupo de Marketing que visa complementar os estudos teóricos, e, assim, viven-ciar os desafios da profissão.

Em razão do crescimento comercial em Sergipe, a publicidade já ocupa lugar de destaque e, por conseguinte, proporciona muitas

oportunidades no mercado de trabalho para os novos publicitários. “O que não falta é lugar para atuar”, como afirma o publicitário Lúcio Flávio Rocha: “Desta-co três: empresas de qualquer segmen-to, onde se trabalha na construção da marca e no desenvolvimento de cam-panhas publicitárias; agências de publi-cidade, nas quais se criam anúncios e campanhas; e os veículos que publicam as campanhas”.

ublicidade e PropagandaPuBlicidadE, MuiTo alÉM da PRoPaGanda

P

Marketing é um dos temas trabalhados em boa parte da graduação.

Turno: vespertino

campus: são cristóvão

duração: 4 anos

oferta: 50 vagas Bachar

elad

o

Publicidade e Propaganda

Comunicação Social

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O Bacharelado em Comunicação Social com habilitação em Design Gráfico da UFS, um dos mais novos de nossa universidade, oferece 50 vagas anuais e funciona no período noturno. O profissional habilitado por esse curso é o Designer Gráfico, muito procurado atualmente no mercado devido a sua atuação nas diversas áreas que necessitem de uma composição e orga-nização de produtos ou processos gráficos.

Como enfoque, o Designer Gráfico deve ter uma formação generalista, que conecte e integre as diversas áreas do conhecimento e, por conseguinte, lhe possibilite compreender e traduzir as necessidades de indivíduos, grupos sociais e comunidade, no tocante à criação, organização e implementação de projetos que possam contemplar a inserção das mídias digitais e novas tecnologias. Além disso, sua atuação deve ser direcionada para consolidar

as tradicionais mídias analógicas (sinalização, iden-tidade visual, embalagem, projetos editoriais etc.) e os novos desafios que são apresentados a partir de problemas multimidiáticos, do design em movi-mento, usabilidade de sistemas e webdesign.

Ao longo do desenvolvimento das ativi-dades curriculares e complementares do curso, o discente deverá adquirir competências e ha-bilidades necessárias ao seu bom desempenho como profissional. Entre elas, destacam-se as seguintes: capacidade criativa para propor solu-ções inovadoras, utilizando o domínio de técni-cas e de processos de criação; capacidade para o

domínio de linguagem própria, expressando conceitos e soluções em seus projetos, de acordo com as diversas técnicas de expressão e reprodução visual; capacidade de trânsito interdisciplinar, interagindo com especialis-tas de outras áreas de modo a utilizar conhecimentos diversos e atuar em equipes interdisciplinares na elaboração e execução de pesquisas e proje-tos; visão sistêmica de projeto, manifestando capacidade de conceituá-lo a partir da combinação adequada de diversos componentes materiais e imateriais, processos de fabricação, aspectos econômicos, ergonômicos, psicológicos e sociológicos do produto.

As disciplinas do Curso de Design contemplam as seguintes áreas de conhecimento: Design e Sociedade, que aborda o estudo das relações com a comunidade sob a ótica da antropologia, da sociologia, da economia etc.; Design e Ciência, que trata dos sistemas de utilização e do estudo das rela-ções sujeito-objeto sob a ótica da psicologia, ergonomia, biologia, física etc.; Design e Tecnologia, que versa sobre os sistemas de produção e de represen-tação e sobre os estudos das tecnologias de materiais, métodos de produção e representação etc.; e, Design e Estética, que aborda os sistemas de configu-ração e o estudo da forma sob aspectos artísticos e filosóficos.

esign Gráfico

dEsiGn GRÁFico eM alTa!

D

Turno: noturno

campus: são cristóvão

duração: 4 anos

oferta: 50 vagas Bachar

elad

o

Design Gráfico

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65www.ufs.br|março 2011|UFS |

A atração pelo mundo das leis talvez seja um forte indício de que o Direito representa a decisão mais acertada para quem pensa em ingressar na carreira. Independente do campo de atuação, o bacharel em Direito terá como instrumento de trabalho os mecanismos e dispositivos legais que fundamentam a ordem jurídica e institucional de uma sociedade.

As possibilidades de trabalho são amplas: advocacia pública ou privada, magistratura, promotorias, procuradorias, defensorias, asses-sorias jurídicas e ensino superior são as principais. Na graduação, além do estudo de campos específicos do Direito – constitucional, civil, pe-nal, internacional, tributário, administrativo, trabalhista, entre outros –, há disciplinas que possibilitam ao estudante a ampliação de sua visão sobre a esfera humana e social. As Ciências Sociais e a Filosofia estão incluídas nesse grupo.

Na UFS, a estrutura do curso organiza--se sob três eixos: formação fundamental, cujas disciplinas estabelecem as relações do Direito com outras áreas do saber; formação profissional, que abrange o conhecimento e a aplicação da Ciência do Direito às mudan-ças sociais, econômicas, políticas e culturais; e, por fim, o eixo de formação prática, que agrega as atividades de estágio curricular su-pervisionado, trabalho de conclusão de curso e atividades complementares.

O curso tem tradição no ensino supe-rior público sergipano. A Faculdade de Di-

reito, instituída no início da década de 1950, está entre as seis que foram reu-nidas em 1968 para a criação da Uni-versidade Federal de Sergipe. As bases sólidas dessa tradição podem ser visuali-zadas na qualidade da mão de obra for-mada pela UFS. No Exame de Ordem, que define quais profissionais ingressa-rão no mercado de trabalho, os egres-sos da UFS apresentam o maior índice de aprovação em todo Brasil, há quatro anos consecutivos, segundo a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/SE).

ireito

ForMado Para luTar Pela JustiÇa

Na UFS, a estrutura do curso organiza-se sob três eixos: formação fundamental,profissional e prática.

D

Turnos: matutino e noturno

campus: são cristóvão

duração: 5 anos

oferta: 50 vagas (vespertino)

50 vagas (noturno)

Bachar

elad

o

Direito

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66 |UFS|www.ufs.br|março 2011

M

Há pessoas que ainda acreditam no discurso defasado de que museu é lugar de coisa velha. Os alunos e professores do Curso de Museologia da UFS experimentam e discutem uma realidade completamente diferente: os princí-pios contemporâneos que regem a criação e a gestão de museus.

Atualmente, o luxo e o requinte dos grandes museus tradicionais cami-nham lado a lado com práticas revolucionárias de ação social, nas quais o mu-seu é um espaço de interlocução com a comunidade e com o mundo através de diversos dispositivos tecnológicos. Já pensou em visitar o Museu do Louvre, em Paris, sem sair de casa?

O profissional museólogo é o corresponsável pela concepção, planeja-mento, organização, conservação e exposição dos acervos de diversas insti-tuições culturais. Sim! Memoriais, zoológicos, oceanários, bibliotecas, centros

de cultura também são considerados museus ao desenvolverem pesquisa de acervo, exposição, conservação e ações educativas bem estruturadas. Segundo a professora Verônica Nunes, o objetivo do curso é fazer o aluno se inserir nesses processos de musealização em todas as instituições compro-metidas com a preservação e divulgação do patri-mônio cultural.

Esta vitalidade das novas ações museais gera projetos inspiradores de museus extra--muros, museus-cidades (como Laranjeiras) e ecomuseus onde tudo pode ser experimentado pelo visitante. Sobre o alcance político destas instituições, a pro-fessora Rita Maia ressalta: “O patrimônio reflete os nossos valores enquanto sociedade, por isso o mu-

seu é o espaço ideal para vislumbrarmos as utopias sociais. Os nossos museus são o reflexo do futuro que estamos preparando como povo”.

A missão de educar e desenvolver ações relacionadas à cultura por meio dos bens culturais e de todo tipo de acervo foi uma das motivações que levou ângela Ferreira a prestar vestibular duas vezes para Museologia. Hoje, ela já atua na área de conservação preventiva e expografia, com o intuito de encontrar a melhor forma de apresentar os acervos aos diversos tipos de público. Sua colega de curso, Maria Márcia Leão, entusiasmada pela ecomuseologia, afirma que está é uma prática mediante a qual “os membros da comunidade se tornam os atores na formação, execução e manutenção do museu e o museólogo nela se insere para dar sustentabilidade ao processo através de uma assessoria preocupada com todos os aspectos do meio ambiente”.

A Museologia sabe que “A Cultura é o que nos marca e nos diferencia uns dos outros”. Colocada no contexto da riqueza cultural do Estado de Sergipe, esta frase, citada pela professora Verônica Nunes, nos dá a dimensão da diversi-dade deste campo de trabalho e dos desafios que os primeiros museólogos ser-gipanos enfrentarão no promissor campo da preservação do nosso patrimônio material e imaterial.

useologia

o FuTuro esTÁ nos MusEus

O objetivo do curso é fazer o aluno se inserir nos processos de musealização em instituições comprometidas com a preservação e a divulgação do patrimônio cultural.

Turno: matutino

campus: laranjeiras

duração: 4 anos

oferta: 50 vagas

Bachar

elad

o

Museologia

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67www.ufs.br|março 2011|UFS |

A presença cada vez mais marcante do Brasil no cenário mundial e sua intensa aproximação dos mais diversos países em toda a parte do globo exigem profissionais aptos a intermediar as decisões das organiza-ções públicas ou privadas. A tarefa, que requer uma formação generalis-ta no campo social, econômico, político e jurídico, compete ao bacharel em Relações Internacionais ou internacionalista.

Na UFS, o curso foi criado há pouco mais de um ano, a fim de formar um profissional com perfil amplo. “Não é apenas ofertado para

aqueles que têm interesse em seguir a carrei-ra diplomática, pois esse não é o único cam-po de atuação”, afirma o professor Edison Rodrigues. Segundo ele, o objetivo é formar profissionais capacitados para compreender e interpretar os fenômenos internacionais em uma vasta gama de domínios.

Essa formação geral permite ao inter-nacionalista trabalhar em áreas como o co-mércio exterior, em empresas com projeção internacional, na assessoria internacional e na elaboração de projetos em órgãos públi-cos, em organizações não governamentais,

em organismos multilaterais, entre outras. “Outra carreira promissora é a acadêmica. Nos últimos anos, foram criados vários cursos de Rela-ções Internacionais no Brasil (em IES públicas e privadas), ocasionando carência de professores e pesquisadores nessa área”, acrescenta o do-

cente Israel Barnabé.Apesar de recém-criado, o curso ofertado pela

UFS é composto por professores doutores, condição favorável e necessária para a elaboração, em curto espaço de tempo, de um projeto de pós-graduação stricto sensu (mestrado e doutorado) na área. Vincu-lados ao Núcleo de Graduação em Relações Inter-nacionais (NURI), já existem três grupos de pesquisa e extensão: Internacionalização e Desenvolvimen-to; Resolução de Conflitos e Estudos da Paz; e Polí-tica Internacional e Processos de Integração. Além disso, já está em fase de elaboração um projeto de assessoria internacional da UFS e, em breve, será implantado um Núcleo de Estudos Canadenses.

desBraVador de FRontEiRas

elações InternacionaisR

Turno: vespertino

campus: são cristóvão

duração: 4 anos

oferta: 50 vagas Bachar

elad

o

Relações Internacionais

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68 |UFS|www.ufs.br|março 2011

Enganam-se aqueles que acham que o secretário é um profissional que anota recados e serve cafezinho. O campo de atuação do secretário executivo cresceu e hoje ele desempenha a função de assessoria à gestão, contribuindo para a agilidade nos processos organizacionais. é o profissional responsável por assessorar gestores, em diversos níveis e em qualquer tipo de organização.

Entre as tarefas cotidianas destacam-se elaboração e revisão de textos e documentos, métodos de arquivos, administração de correspondências,

planejamento e organização da rotina admi-nistrativa e secretarial para que as decisões do gestor sejam executadas com presteza e quali-dade. O secretário viabiliza decisões, assessora gestores, gerencia processos administrativos, fluxo de informação e comunicação, equipes, além de auxiliar os executivos na apresentação e na organização de eventos, viagens e reuni-ões de negócios.

Segundo a professora Manuela Ramos, coordenadora do curso, o perfil ideal para a pessoa que se forma na área é o de um pro-fissional polivalente e multifuncional. A ideia é

que ele possa atuar em empresas, no setor público, em organizações do ter-ceiro setor, universidades e na área de consultoria. “O objetivo da graduação é contribuir para uma formação geral, humanística e tecnológica, com capaci-dade de análise, interpretação, articulação de conceitos e realidades inerentes aos diversos tipos de organizações, sem perder de vista princípios éticos. Em síntese, o egresso do curso deve está preparado não só para o mercado, mas também para seguir a vida acadêmica através da pós-graduação”.

Na UFS, trata-se ainda de um curso novo, embora já tenha agradado a quem escolheu a carreira. “A presença do secretariado executivo nas insti-

tuições tem repercutido de forma positiva e nós percebemos que o curso está crescendo, o que viabiliza o acesso a estágios e a inserção do se-cretariado no mercado de trabalho”, destacou o estudante Vicente Bruno.

O curso já fez sua primeira avaliação do Exame Nacional de Desempenho de Estudan-te (Enade), formará a primeira turma no final de 2010 e atualizará a sua matriz curricular para os ingressantes em 2011. Outra novidade proposta pelo curso é a previsão de um curso de pós-gra-duação lato sensu após a formatura da primeira turma em 2011.

ecretariado Executivo

ProFissional Que ViaBiliZa dEcisÕEs

SO secretário participa das decisões da empresa assessorando os executivos, gerencia processos administrativos, informações, equipes e comunicações internas e externas.

Turno: noturno

campus: são cristóvão

duração: 4 anos

oferta: 50 vagas Bachar

elad

o

Secretariado Executivo

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69www.ufs.br|março 2011|UFS |

Relacionar a assistência social à ideia de assistencialismo é ainda um dos grandes equívocos cometidos por muitos na hora de definir a atuação do profissional graduado em Serviço Social. O trabalho a que se dedica o assistente social se insere num contexto mais abrangente: o da garantia dos direitos sociais nos mais diversos segmentos – saúde, educação, previdên-cia, habitação, criança e adolescente, idosos, entre outros.

“O assistente social trabalha basicamente com a viabilização do acesso aos direitos. Ele age como intermediador entre as instituições que oferecem esses direitos e os usuários que buscam os serviços nas insti-tuições”, explica a professora Josiane Soares Santos. De acordo com a docente, além da atuação direta na execução de programas sociais, esse profissional desempenha um papel chave na formulação de políticas pú-

blicas que atendem, de forma sistemática, às demandas das classes sociais, em especial as mais pauperizadas.

Com 56 anos de existência, a gradua-ção em Serviço Social constitui-se em uma das mais antigas na história do ensino superior de Sergipe. O curso tem um caráter generalista, uma vez que as diversas formas de desigualda-des sociais exigem diferentes respostas. “Nós não formamos o assistente social especialista em uma determinada expressão das desigual-dades”, esclarece a professora Josiane. Na UFS, um aspecto forte da graduação é o am-plo debate da política social.

Para a estudante Raquel de Oliveira Mendes, o andamento do curso tem superado suas expectativas. “Os professores conseguem passar muito bem a dimensão social da profissão. Espero, durante o curso, vivenciar as oportunidades oferecidas pela universidade para ser uma boa profissional e, assim, retribuir à sociedade o investimento que fez em mim”, disse a aluna, que na UFS já participou de projetos de extensão e pesquisa relacionados ao meio ambiente, economia solidária e perfil da profissão em Sergipe.

Devido à dinâmica de municipalização das políticas sociais públi-cas, o mercado de trabalho se apresenta em expansão, algo já sentido pelo assistente social Welber Gontran de Santana. Formado há três anos pela UFS, ele conseguiu aprovação em cinco concursos públicos, dois deles municipais – Aracaju e Recife. “Hoje temos o Sistema Único de Assistência Social (SUAS) e, com ele, os Centros de Referência em Assis-tência Social (CRAS), cujo funcionamento torna imprescindível a nossa presença”, conclui.

erviço Social

garanTindo direiTosda sociEdadE

S

Turno: noturno

campus: são cristóvão

duração: 5 anos

oferta: 80 vagas Bachar

elad

o

Serviço Social

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70 |UFS|www.ufs.br|março 2011

T

De acordo com a Organização Mundial do Turismo (OMT), o turismo pode ser definido como o conjunto de atividades que as pessoas realizam durante suas via-gens e permanência em lugares distintos dos que vivem, por um período de tempo inferior a um ano consecutivo, com fins de lazer, negócios e outros. O profissional com competência para planejar essas atividades, a fim de oferecer o melhor trata-mento possível às pessoas que buscam o Turismo, é o turismólogo.

Ele deve ser, na visão da UFS, um profissional que não só domine a verten-te teórica específica dessa área do saber, mas também considere a característica transversal do Turismo. Precisa ter habilidades para interpretar as dinâmicas de sua atividade como resultantes da multiplicidade de interfaces entre os sistemas ecoló-gico, econômico, social, político, tecnológico, cultural e legal.

Para formar profissionais com essas habilidades, o Curso de Bacharelado em Turismo da UFS, com entrada anual e funcionamento no turno vespertino, capacita o futuro bacharel para atuar de forma crítica e reflexiva nos processos inerentes à prática turística, notadamente nas agências de viagens e operadoras turísticas; no setor de alimentos e bebidas; hotelaria e hospitalidade; no setor

de transportes aéreo, rodoviário e cruzeiros ma-rítimos; na administração e gestão de eventos; na área cultural, através do desenvolvimento de pro-jetos voltados para o uso turístico do patrimônio; planejamento e consultoria turística e marketing turístico. A formação não se limita a uma base te-órica bem definida, para que o turismólogo possa desenvolver atividades direcionadas ao planeja-mento e desenvolvimento, à gestão de empreen-dimentos turísticos e à pesquisa do turismo. Há preocupação também com a consciência da cida-dania e dos princípios éticos para que esse pro-fissional possa não só desenvolver suas atividades mantendo o compromisso com o homem, a socie-

dade e o meio ambiente, mas também ingressar e atuar no mercado de trabalho respeitando as exigências atuais da prática profissional.

Atualmente, há um grupo de pesquisa cadastrado no CNPQ com o títu-lo “Gestão em Turismo e Hospitalidade”, do qual o corpo docente e discentes fazem parte. O grupo se divide em cinco linhas de pesquisa que atendem aos objetivos dos estudos na área de Turismo: Planejamento do Turismo e Hospitali-dade, Turismo e Meio Ambiente, Turismo, Cultura e Sociedade, Comportamen-to do Consumidor em Turismo e Hospitalidade e Gestão de empreendimentos turísticos. Além disso, são desenvolvidos projetos de extensão, como o “Trilhas Urbanas em Aracaju: os múltiplos olhares sobre a cidade” e o Ciclo de Palestras, que contribuem para a formação complementar de futuros profissionais prepa-rados para o mercado de trabalho.

urismo

tuRisMo: uMa ViageM Pela inTerdisciPlinaridade

O turismólogo deve ter conhecimento científico e habilidades para planejar, organizar, implantar e gerir programas de desenvolvimento, de destinações e de empreendimentos turísticos.

Turno: vespertino

campus: são cristóvão

duração: 4 anos

oferta: 50 vagas Bachar

elad

o

Turismo

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71www.ufs.br|março 2011|UFS |

Engenharias

Engenharia Ambiental

Engenharia Civil

Engenharia de Materiais

Engenharia de Petróleo

Engenharia de Produção

Eng. Elétrica - Hab. em Eletrônica e Eletrotécnica

Engenharia Mecânica

Engenharia Química

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72 |UFS|www.ufs.br|março 2011

ngenharia Ambiental

O mundo tem passado por uma série de transformações, em que o mo-delo de desenvolvimento em uso tem se apropriado dos bens naturais com o fim maior de garantir o consumo exagerado de alguns e as necessidade de ou-tros. Essa apropriação em demasia dos bens da natureza tem gerado conflitos entre grupos dominadores e dominados, a ponto de causar danos irreversíveis ao meio ambiente como um todo.

O modelo de produção em voga, cuja matriz energética dominante é composta pelos combustíveis fósseis, tem acentuado os proble-mas ambientais através do tão discutido efeito estufa, resultando nas mudanças climáticas, res-ponsáveis por consequências globais.

Além de tudo isto, deve-se estar atento à nova tendência de correlação de poder político e econômico que se tem articulado no mundo, por meio da qual a formação de blocos regionais vai influenciar nos sistemas produtivos nacionais ou internacionais e, por conseguinte, exigir maior pre-ocupação com o meio ambiente para a conquista de novos mercados. é neste contexto que surge a oportunidade para o profissional de engenharia,

principalmente para aquele que possa avaliar as possíveis alterações ambientais causadas pelo homem. Nesse perfil enquadra-se o profissional da Engenharia Am-biental, que contribuirá para evitar, minimizar ou corrigir os impactos ambientais indesejáveis tanto em escala local como regional ou nacional.

A Engenharia Ambiental é um ramo da engenharia que envolve meios para prevenir, reduzir ou resolver problemas ambientais e consiste num con-junto de técnicas, processos e métodos que se interpõem entre o homem (e suas atividades) e a natureza. O engenheiro ambiental projeta e implementa tecnologias de prevenção e controle da poluição para minimizar o impacto

das atividades humanas sobre o ambiente. Seu maior desafio é conciliar o desenvolvimento econômico com proteção ambien-tal e melhoria da qualidade de vida, a fim de assegurar um am-biente digno para as gerações futuras.

O engenheiro ambiental formado na UFS deverá apre-sentar competência e habilidades para: aplicar conhecimentos matemáticos, científicos, tecnológicos e instrumentais; desen-volver, executar/acompanhar e monitorar projetos de sistemas ambientais e resolver problemas de Engenharia Ambiental tanto em âmbito local como regional e nacional, no meio urbano e/ou rural. Portanto, é um profissional com visão abrangente, que pode atuar em diversos setores da atividade humana.

Para assegurar QualidadE aMBiEntal Às geraçÕes FuTuras

E

Turno: matutino

campus: são cristóvão

duração: 5 anos

oferta: 40 vagas

Bachar

elad

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Eng. Ambiental

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73www.ufs.br|março 2011|UFS |

ngenharia Civil

A Engenharia Civil, precursora de todas as Engenharias, é o ramo da Engenharia em que são formados os profissionais que atuam no projeto, construção e conservação de obras, tais como habitações, escolas, hospi-tais, torres, estádios, indústrias, estradas, ferrovias, pontes, túneis, viadutos, portos, aeroportos, adutoras e redes de abastecimento de água, redes de esgotos, aterros sanitários, canais, barragens e obras de terra.

Através de seu trabalho, o engenheiro civil supre os diversos seto-res da sociedade com a infraestrutura necessária ao funcionamento de suas atividades. São muitas as habilitações desse profissional, que estuda, projeta, supervisiona e fiscaliza a produção de obras novas, além de atuar na manutenção e recuperação de obras antigas e atua na administração de empresas construtoras, gerindo setores técnicos, de pessoal, de exe-cução e de planejamento, entre outros.

O graduado nessa área pode exercer suas atividades como profissional liberal, em consultorias e assessorias, em empresas construtoras, escritórios de projetos e órgãos públicos. No estado de Sergipe, esse profissional está

presente, principalmente, nos canteiros de obras, exercendo funções técnicas e de gestão, de modo a atender às expectativas dos clientes quanto a custos, prazos e qualidade da construção.

O Curso de Engenharia Civil da UFS forma profissionais para atuar nas múltiplas habilitações da profissão, com ênfase na elaboração de proje-tos, execução e controle dos serviços, no contexto da sustentabilidade econômica, social e ambiental. Sua grade curricular contempla disciplinas das áre-as de Estruturas, Materiais de Construção, Constru-ção Civil, Expressão Gráfica e Arquitetura, Geotec-nia, Recursos Hídricos, Saneamento Ambiental e Transportes. Com acesso anual, por meio do pro-

cesso vestibular, em 2010 o curso apresenta uma novidade para os candi-datos que pleiteiam ingressar na área: o número de vagas passou para 80.

O Departamento de Engenharia Civil (DEC) dispõe de laboratórios para atividades relativas a disciplinas de graduação e pesquisa científica, tais como o Laboratório de Materiais de Construção e Estruturas, Geotecnia e Pavimentação, Hidráulica, Topografia, Informática e Saneamento Ambiental. O DEC está expandindo suas instalações, com a construção de um novo edifício para o curso, e pretende ofertar em breve o Curso de Mestrado em Engenharia Civil, cujo projeto está sendo submetido à aprovação da CAPES.

O crescimento na oferta de vagas para alunos se harmoniza com o cres-cimento econômico nacional, quando o mercado requer profissionais quali-ficados nas diversas áreas da Engenharia Civil e preparados para trabalhar de forma multidisciplinar, interagindo com outras áreas de conhecimento.

o curso de EnGEnHaRia ciVil da uFs

O mestradoem Engenharia Civil está previsto para começar em 2011 e até o final de 2010, o novo prédio do curso estará pronto.

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Turno: vespertino

campus: são cristóvão

duração: 5 anos

oferta: 100 vagas

Bachar

elad

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Eng. Civil

Page 69: Conheça os cursos da UFS

74 |UFS|www.ufs.br|março 2011

A Engenharia de Materiais (EM) é a área do conhecimento humano que está relacionada à pesquisa, ao desenvolvimento, à produção e à utilização de materiais com aplicação tecnológica. Esse ramo da engenharia se dedica, por-tanto, ao estudo dos princípios científicos fundamentais e tecnológicos envolvi-dos no desenvolvimento de materiais para aplicações específicas de engenharia, seja na produção, seja no processamento e na seleção.

A EM envolve tecnologias através das quais materiais são desenvolvidos, selecionados e os processos de produção escolhidos para converter esses mate-riais em produtos, pela definição do projeto, desempenho, produtividade, qua-lidade e critérios de custo efetivo. Abrange a maior parte da tecnologia de que a sociedade depende.

O mercado de trabalho para o profissional dessa área engloba indústrias como as metalúrgicas, as de fabricação de componentes plásticos ou cerâmicos, as montadoras (automobilística, eletro-eletrônica etc.), setor têxtil, setor de energia

(petróleo, eletricidade) e as empresas de prestação de serviços de assistência técnica e consultoria. Ou-tro campo de atuação importante do engenheiro de materiais é o dos centros de pesquisa e de desenvolvi-mento científico e tecnológico.

De uma forma mais ampla, o campo de co-nhecimento e de atuação profissional identificado e reconhecido da “Ciência e Engenharia de Materiais” está associado com a geração e aplicação de conhe-cimentos relacionados à composição, estrutura e mi-croestrutura, ao processamento dos materiais, suas propriedades e aplicações.

Entre os diversos aspectos envolvidos na En-genharia de Materiais, destacamos alguns que con-tribuem para melhor caracterizar esse campo de atu-ação: a) a composição e os diversos parâmetros de

processamento (temperatura, tempo, velocidade de aquecimento e resfriamento, taxa de deformação, atmosfera, etc.) são os principais responsáveis pela microes-trutura dos materiais e, consequentemente, pelas suas propriedades; b) as compo-sições químicas quase nunca são “ideais”, visto que o teor e o tipo de impurezas nas matérias primas dependem do processamento e dos custos envolvidos; c) as aplicações não dependem somente das propriedades do material, mas também

de outros fatores, tais como o tamanho e a forma a ser dada a esse material, o que limita as possibilidades de processamento (confor-mação, tratamento térmico, etc.). Como o processamento afeta a microestrutura e as propriedades, as aplicações também dependem da disponibilidade de processos adequados.

Os objetivos centrais da EM, no tocante ao processamento, são definidos pelas relações entre os parâmetros de processamento e a estrutura e propriedades dos materiais, essenciais para o desen-volvimento dos próprios materiais e dos processos de fabricação.

ngenharia de Materiais

ciÊncia e EnGEnHaRia dE MatERiais

Ao engenheiro de materiais cabe o desenvolvimento de novos materiais ou a melhoria de materiais convencionais, seja na especificação, implementação, adaptação, controle dos processos de fabricação e aplicação final.

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Turno: vespertino

campus: são cristóvão

duração: 5 anos

oferta: 50 vagas

Bachar

elad

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Eng. de Materiais

Page 70: Conheça os cursos da UFS

75www.ufs.br|março 2011|UFS |

A Engenharia de Petróleo é a área da Engenharia que trata da explo-ração e da produção de petróleo e gás. Ela estuda primordialmente aspectos relacionados à engenharia de reservatórios, engenharia de poço (perfuração e completação), processo de produção, economia de petróleo e tecnologia para exploração de petróleo. Suas atividades vão desde a perfuração de poços até o processamento primário. é um ramo abrangente, que envolve disciplinas como matemática, química, física, geologia, fenômenos de transporte, termo-dinâmica, automação industrial, modelagem e simulações numéricas.

Apresenta importância estratégica para o de-senvolvimento do Brasil, visto que em nosso país a in-dústria de petróleo tem mostrado crescimento intenso e permanente, sendo responsável por aproximada-mente 10% do PIB nacional e por uma produção já considerada autossuficiente. Há de se considerar ainda que as características da produção do petróleo brasileiro envolvem grandes desafios (produção em águas profundas e óleos pesados) e, para enfrentá-los, é necessário desenvolver tecnologias nacionais, o que requer pessoal capacitado em todas as frentes: pes-quisa, desenvolvimento, inovação, operação etc.

A proposta do Curso de Engenharia de Pe-tróleo da UFS foi elaborada com base no cenário

atual dos conhecimentos demandados para uma boa inserção profissional no âmbito da indústria petrolífera, focando, principalmente, as atividades de ex-ploração e produção do petróleo. Sua estrutura curricular contempla disci-plinas de formação básica, geral, profissional geral, profissional específica e complementar, de caráter obrigatório e optativo, cujos conteúdos proporcio-narão ao alunado a fundamentação teórica e experimental necessária ao bom desempenho das suas atividades profissionais.

Nos departamentos responsáveis por ministrar as inúmeras disciplinas profissionalizantes do curso já há diversos pesquisadores que desenvolvem pro-jetos de pesquisa na área de petróleo e gás natural, o que proporciona aos graduandos oportunidades de inserção e atuação efetiva em pesquisa científica desde muito cedo, criando-se, assim, uma cultura científico-tecnológica na for-mação dos futuros egressos.

O egresso deste curso estará apto a trabalhar na indústria de petróleo, par-ticularmente nas áreas relacionadas à exploração e produção de petróleo e gás, nas empresas operadoras e de serviços, além de integrar equipes multidiscipli-nares responsáveis pelo projeto de desenvolvimento de campos de petróleo em terra e no mar e atuar também em órgãos governamentais, centros de pesquisa e no ensino técnico, de graduação ou de pós-graduação. Essas possibilidades de atuação não se restringem ao mercado brasileiro, mas se estendem ao mercado internacional, pois em ambos a demanda por esse profissional é ampla.

o curso de engenHaria de PEtRÓlEo da uFs

ngenharia de PetróleoE

Turno: matutino

campus: são cristóvão

duração: 5 anos

oferta: 50 vagas

Bachar

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Eng. de Petróleo

Page 71: Conheça os cursos da UFS

76 |UFS|www.ufs.br|março 2011

ngenharia de Produção

Décadas atrás, a Engenharia de Produção se ca-racterizava como uma “engenharia de métodos e de procedimentos”. A abordagem interdisciplinar se tornou o caminho histórico da sua construção cognitiva. Assim, os primórdios da especialidade remontam aos estudos da divisão, da organização e da racionalização do tra-balho, no início da produção industrial. A partir daí, ela

abrangeu os mais diferentes ramos das telecomunica-ções à agricultura, da admi-nistração à construção civil, do comércio aos serviços.

O Curso de Gra-duação em Engenharia de Produção da UFS tem como objetivo formar profissio-nais capazes de desenvolver o projeto, a implantação, a operação, a melhoria e a manutenção de sistemas produtivos integrados de bens e serviços, envolven-do homens, materiais, tecnologia, finanças, informa-ção e energia, ao que se associará a suas habilidades de especificar, prever e avaliar os resultados obtidos destes sistemas para a sociedade e o meio ambiente, suportado por conhecimentos especializados da ma-

temática, física, química, ciências humanas e sociais e pelos princípios e métodos de análise e projeto da engenharia.

O fomento do curso de Engenharia de Produção é oferecer à sociedade ci-dadãos com formação, não apenas técnica, mas também política, ética e cultural. Desta forma, o egresso do curso será um profissional responsável pela área industrial, respondendo pela implantação de sistema de qualidade, planejamento e controle da produção, implantação de PCP e Fluxo de Caixa, desenvolvimento de novos produtos, atuar na área de ergonomia, higiene e segurança do trabalho, Gestão am-biental, Logística entre outros.

A Associação Brasileira de Engenharia de Produção (ABEPRO) define as áreas e subáreas da Engenharia de Produção, a saber:

Engenharia de Operações e Processos da Produção, En-genharia da Qualidade, Ergonomia, Pesquisa Ope-racional, Engenharia Organizacional e Engenharia Econômica.

O mercado de recrutamento de engenhei-ros tem se mostrado altamente aquecido devido ao momento positivo e de altos investimentos em que

vive o país. Ao mesmo tempo, a carência de profissionais especializados faz com que perfis diferenciados sejam cada

vez mais procurados e valorizados. Atualmente, observa-se uma demanda muito forte por profissionais com experiência nas áreas de ge-

renciamento de projetos, comércio exterior e de produção industrial, que a cada ano ganham mais importância dentro das empresas. As organizações moder-nas estão cada vez mais exigentes e buscam profissionais que tenham diferenciais como boa gestão de pessoas e foco em resultados.

de olHo naPRoduÇão

Ao engenheiro de produção cabe promover a integração das novas tecnologias com o homem e seus ambientes sócio-econômicos.

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balho, no início da produção industrial. A partir daí, ela

nais capazes de desenvolver o projeto, a implantação, a operação, a melhoria e a manutenção de sistemas nais capazes de desenvolver o projeto, a implantação, a operação, a melhoria e a manutenção de sistemas nais capazes de desenvolver o projeto, a implantação,

produtivos integrados de bens e serviços, envolven-a operação, a melhoria e a manutenção de sistemas produtivos integrados de bens e serviços, envolven-a operação, a melhoria e a manutenção de sistemas

do homens, materiais, tecnologia, finanças, informa-produtivos integrados de bens e serviços, envolven-do homens, materiais, tecnologia, finanças, informa-produtivos integrados de bens e serviços, envolven-

ção e energia, ao que se associará a suas habilidades do homens, materiais, tecnologia, finanças, informa-ção e energia, ao que se associará a suas habilidades do homens, materiais, tecnologia, finanças, informa-

de especificar, prever e avaliar os resultados obtidos ção e energia, ao que se associará a suas habilidades de especificar, prever e avaliar os resultados obtidos ção e energia, ao que se associará a suas habilidades

destes sistemas para a sociedade e o meio ambiente, de especificar, prever e avaliar os resultados obtidos destes sistemas para a sociedade e o meio ambiente, de especificar, prever e avaliar os resultados obtidos

suportado por conhecimentos especializados da ma-destes sistemas para a sociedade e o meio ambiente, suportado por conhecimentos especializados da ma-destes sistemas para a sociedade e o meio ambiente,

Turno: vespertino

campus: são cristóvão

duração: 5 anos

oferta: 50 vagas

Bachar

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oEng. de Produção

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77www.ufs.br|março 2011|UFS |

O Curso de Engenharia Elétrica da UFS pretende formar profissio-nais com habilitações em duas áreas: eletrônica e eletrotécnica. Na pri-meira, o discente adquire conhecimentos e habilidades em computação, microeletrônica, circuitos integrados e telecomunicações. Na segunda, dedica-se ao estudo do sistema elétrico nacional, incluindo planejamen-to, supervisão e execução de projetos que envolvam potência e energia.

O egresso da UFS atuará como empregado, gestor ou autônomo, no projeto, planejamento, operação, manutenção, controle ou supervisão de sistemas, processos industriais, equipamentos ou sistemas de energia elétri-

ca; em empresas de geração, transmissão e distri-buição de energia, empresas de telecomunicações, na realização de consultoria, assessoria, fiscalização, perícias, laudos técnicos, no ensino de engenharia em cursos técnicos e de nível superior, na pesquisa de novos produtos, ferramentas, processos ou tec-nologias em instituições de pesquisa. Além desses, o egresso ainda pode optar pela continuação dos estu-dos no Curso de Mestrado em Engenharia Elétrica, em funcionamento desde março de 2010.

Para o professor Antônio Ramirez, a gradu-ação pretende oferecer uma formação técnico--científica interdisciplinar que viabilize a absorção

e o desenvolvimento de novas tecnologias na área elétrica (eletrônica e eletrotécnica), com o fito de estimular a atuação crítica e criativa do pro-fissional sobre as demandas da sociedade.

A aluna Gabriela Prado afirma que sua experiência na graduação está sendo muito proveitosa, porque, além de oferecer a parte técnica de projetos de manutenção e pesquisa, o curso também disponibiliza uma visão macro dos sistemas e processos, a fim de preparar o profissional para o mercado de trabalho tanto na área técnica quanto na área de gestão.

Quem concorda com a opinião de Gabriela é o egresso Elyson Car-valho. Segundo ele, o graduado pela UFS está apto a ingressar nas áreas de gestão técnica e acadêmica e boa parte dos formados entra no mer-cado de trabalho para ocupar cargos em empresas públicas e privadas, principalmente no setor de exploração de petróleo. Os demais dão con-tinuidade aos estudos na pós-graduação e se dedicam ao ensino superior.

Em 2010, terá início a reforma e ampliação do prédio atual do De-partamento de Engenharia Elétrica, que contará com mais um pavimento. Também está prevista a construção de um novo prédio, anexo ao atual, com 2 andares, que abrigará laboratórios para a graduação e pós-graduação.

ligados na ElEtRÔnicae na ElEtRotÉcnica

ngenharia Elétrica

A formação técnica científica capacita o desenvolvimento de novas tecnologias na área elétrica, eletrônica e eletrotécnica estimulando atuação crítica e criativa das demandas da sociedade.

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sistemas, processos industriais, equipamentos ou sistemas de energia elétri-

egresso ainda pode optar pela continuação dos estu-dos no Curso de Mestrado em Engenharia Elétrica, em funcionamento desde março de 2010.

ação pretende oferecer uma formação técnico--científica interdisciplinar que viabilize a absorção

Turno: matutino

campus: são cristóvão

duração: 5 anos

oferta: 50 vagas (eletrônica)

50 vagas (eletrotécnica)

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Eng. Elétrica

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78 |UFS|www.ufs.br|março 2011

ngenharia Mecânica

é nas indústrias dos setores automotivo, petroleiro, alimentício, naval, ferroviário e metalúrgico que o trabalho do engenheiro mecânico se consolida. Para quem pensa que o destino do profissional dessa área é atuar nas oficinas mecânicas, o curso de graduação mostra uma realidade muito diferente, bus-cando, em parcerias com o setor privado, a formação de engenheiros capazes de liderar equipes, tomar decisões, sintetizar e organizar de forma clara e ob-jetiva as suas ideias, focando sempre no desenvolvimento de soluções para a indústria e a sociedade como um todo.

“Têm-se consciência de que, hoje, mais ou tão importante quanto a área técnica, um profissional deve se relacionar, trabalhar em equipe e criar um ambiente agradável e produtivo”, diz o prof. Douglas Bressan Riffel, coor-denador do curso.

Tradicionalmente, o engenheiro mecânico se estabeleceu como um pro-fissional generalista responsável pelo desenvolvimento, projeto, construção e manutenção de máquinas e equipamentos. Realizar ensaios, fabricar moldes, desenvolver/aprimorar produtos, testar protótipos, planejar e instalar linhas de produção, comercializar e prestar suporte técnico são algumas atividades roti-neiras desses profissionais.

O Núcleo de Engenharia Mecânica da UFS tem incentivado cada vez mais os professores a desenvolverem projetos de pesquisa e extensão. Os estudantes podem contar com laboratórios de mecânica, que lhes permitem ter um contato mais próximo com um torno, má-quinas de tração, de refrigeração e de acionamen-to eletro-pneumático. Hoje, projetos financiados por órgãos federais e pelo governo estadual dividem a carteira de projetos com projetos de P&D realizados em parceria com a Petrobrás, Energisa e empresas locais. Os estudantes são con-

vidados a participar desse avanço. Em 2010, por exemplo, o núcleo contava com 17 alunos bolsis-tas, dos quais 4 são enviados anualmente à França, onde permanecem por um ano estudando numa universidade francesa, realizando estágio e traba-lhando com pesquisa de ponta.

O esforço dos estudantes tem recompensa: o emprego. Em 2010, dos alunos aptos a fazer está-gio, todos foram rapidamente absorvidos pelo mer-cado. “As empresas estão vindo à UFS buscá-los e não se arrependem”, diz o coordenador.

MoViMenTando as EnGREnaGEns

É nas indústrias dos setores automotivo, petroleiro, alimentício, naval, ferroviário e metalúrgico que o trabalho do engenheiro mecânico se consolida.

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O Núcleo de Engenharia Mecânica da UFS tem incentivado cada vez

Turno: matutino

campus: são cristóvão

duração: 5 anos

oferta: 50 vagas

Bachar

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Eng. Mecânica

Page 74: Conheça os cursos da UFS

79www.ufs.br|março 2011|UFS |

ngenharia Química

TraBalHando Por uMaPRoduÇão liMPa

O atual desenvolvimento tecnológico intensifica a demanda das indústrias de transformação por profissionais aptos a diminuir perdas de matérias-primas através de soluções para reaproveitamento de resíduos industriais e com a garantia de um processo produtivo tecnologicamente mais limpo, sem agredir o meio ambiente, e economicamente mais ren-tável. Esse profissional deve ter formação em Engenharia Química, campo de atividade que utiliza os conhecimentos básicos e de engenharia na ela-boração de projetos de processos químicos destinados à transformação de matérias-primas em produtos de maior valor agregado e comercial.

Para concorrer ao perfil exigido pelo mercado de trabalho, o enge-nheiro químico deve ter formação generalista, com domínio de técnicas bá-sicas de utilização em laboratórios e equipamentos, capacidade gerencial de projetos, experimentos e serviços, além de estar em consonância com os aspectos sociais, ambientais, culturais, políticos e econômicos. Logo, o curso de Engenharia da UFS procura estar alinhado a essa exigência e visa formar engenheiros químicos com uma base conceitual técnico-científica adequada para a compreensão e a resolução efetiva de problemas de En-genharia Química, notadamente aqueles relacionados à área de processos químicos, capazes de se aperfeiçoarem permanentemente em seu campo de atuação e aptos para contribuir no desenvolvimento de novos processos que atendam às demandas tecnológicas da sociedade.

A matriz curricular agrega estudos de química, física, matemática, informática, economia, administração, fenômenos de transporte, biotec-nologia, tecnologia da indústria química, meio ambiente e materiais. Há

previsão de aulas práticas em laboratórios de disciplinas de formação básica, geral, pro-fissional geral e profissional específica e de estágio supervisionado obrigatório, após a conclusão de todos os créditos disciplinares. Toda essa formação permitirá ao profissional atuar no controle de qualidade em indústrias químicas, agroquímicas, petroquímicas e de alimentos bem como em projetos e opera-ção de estações de tratamento de água, de efluentes industriais, resíduos sólidos etc.

Para aqueles que pretendem se dedicar ao ensino e à pesquisa em universidades, a

UFS oferta o Mestrado em Engenharia Química, que abrange duas linhas de pesquisa: Ciência e Engenharia de Petróleo e Gás Natural; e Processos Químicos e Biotecnológicos.

O engenheiro químico trabalha para diminuir perdas de matérias-primas, apresentando soluções para reaproveitamento de resíduos industriais e garantindo um processo produtivo tecnologicamente mais limpo, sem agredir o meio ambiente.

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Bachar

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Eng. Química

Turno: matutino

campus: são cristóvão

duração: 5 anos

oferta: 50 vagas

Page 75: Conheça os cursos da UFS
Page 76: Conheça os cursos da UFS

81www.ufs.br|março 2011|UFS |

Linguística, Letras e Artes

Arquitetura e Urbanismo

Artes Visuais

Dança

Letras

Música

Teatro

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82 |UFS|www.ufs.br|março 2011

“Não existe arquitetura bonita ou feia. Existe arquitetura boa e ruim”. A frase de autoria de Oscar Niemeyer apresenta talvez um dos maiores desafios daqueles que pretendem seguir essa área: não ser superficial e acreditar que os espaços são representações físicas de pensamento. O carioca, nascido no bairro Laranjeiras, continua a inspirar gerações. Não é coincidência o nome do bairro onde nasceu Niemeyer ser o mesmo da cidade que abriga o Curso de Arquitetura e Urbanismo da UFS?

A escolha do campus não é aleatória. Até o prédio onde acontecem as aulas é tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacio-nal (Iphan). Nada como receber uma formação acadêmica imerso num mu-seu a céu aberto. Laranjeiras induz o estudante à vocação e à vivência que requer a prática arquitetônica. A experiência viabilizada pelo espaço ajuda a formar profissionais para resolver contradições potenciais da arquitetura e urbanismo, respondendo às necessidades da sociedade e estimulando uma atuação socialmente comprometida.

O profissional de Arquitetura e Urbanismo deve ter uma formação gene-ralista, que conecte e integre as diversas áreas do conhecimento, permitindo--lhe compreender e traduzir as necessidades de indivíduos, grupos sociais e comunidades. Deve também estar atento à concepção, organização e cons-trução do espaço interior e exterior, abrangendo o urbanismo, a edificação, o paisagismo e a conservação e a valorização do patrimônio construído, além de ser engajado na proteção do equilíbrio do ambiente natural e na utilização racional dos recursos disponíveis. Como a busca por uma atuação socialmente comprometida é uma orientação da graduação na UFS, os interessados devem

apresentar afinidade com desenho, linguagem gráfi-ca e ter interesse em articular espaços e predileção pelas áreas afins das ciências humanas.

O aluno Diego Padilha conta que os es-tudantes devem ter o perfil de um apaixonado. “Trata-se de um curso exigente, que requer de-dicação. Prepare-se para perder algumas noites para apresentar planta baixa, montar projetos e soluções”, avisa Diego.

Segundo ele, sua decisão de seguir a carrei-ra nunca foi desestimulada pelas dificuldades nos estudos. “Em nenhum momento duvidei da minha opção. Tenho afinidade com artes e criação. Vejo--me como um profissional apto a trabalhar com

construção, planejamento urbano, cenografia, interiores e patrimônio”, diz o graduando. Para aqueles que buscam uma “arquitetura boa”, ele aconselha estudar muito e estar sempre produzindo ou interessado nela como concep-ção de arte com maior aplicação funcional.

rquitetura e Urbanismo

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O arquiteto urbanista deve ter uma formação generalista, que conecte e integre as diversas áreas do conhecimento.

Turno: integral

campus: laranjeiras

duração: 5 anos

oferta: 50 vagas

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Arquitetura e Urbanismo

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Formar professores para a Educação Básica e instrumentalizar os alu-nos para a compreensão do conjunto das linguagens afeitas à área de conhe-cimento das Artes, em especial das Artes Visuais, são os principais objetivos da Licenciatura em Artes Visuais da UFS.

O curso segue as Diretrizes Curriculares Nacionais, que trazem como perfil a capacitação para a produção, pesquisa, crítica e ensino das Artes Visu-ais, “visando contemplar o desenvolvimento da percepção, da reflexão e do potencial criativo, dentro da especificidade do pensamento visual, de modo a privilegiar a apropriação do pensamento reflexivo, da sensibilidade artística, da utilização de técnicas e procedimentos tradicionais e experimentais, e da sensibilidade estética através do conhecimento de estilos, tendências, obras e outras criações visuais, revelando habilidades e aptidões indispensáveis à atuação profissional na sociedade, nas dimensões artísticas, culturais, sociais, científicas e tecnológicas, inerentes à área das Artes Visuais”.

Segundo a professora Adriana Nogueira, aqueles que se interessam pela área devem ficar atentos, porque o curso não pretende formar artistas plásticos, mas, profissionais preparados para lecionar na Educação Básica. Por isso, constam de sua grade curricular disciplinas práticas e teóricas como História da Arte, Arte no Brasil, Didática de Ensino, Psicologia da Apren-dizagem, Expressão Bidimensional e Expressão Tridimensional, que, junto às demais, são responsáveis por acrescentar as competências e habilidades necessárias à formação desses discentes.

Inserida no Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID), a graduação conta com bolsistas nas escolas estaduais. Entre os objetivos desse programa estão: direcionar o conhecimento adquirido pelos alunos do curso aos alunos da Educação Básica, melhorar a qualidade e o domínio técnico e criativo dos alunos de ensino escolar no tocante à Arte, princi-palmente no desenho e na pintura, com a utilização de materiais baratos e de fácil trabalhabilidade, e fornecer parâmetros de compreensão da didática sobre Artes aos bolsistas participantes do projeto, a fim de favore-cer sua inserção posterior no campo de trabalho.

Bolsista do PIBID, a estudante Aline Lisboa não considera necessário ter aptidão artística para ser professor de Artes, mas ter habilidades práticas

para orientar os alunos a se expressarem.Graduado há 5 anos, Denilton Andrade atualmente é docente da rede

estadual de ensino. Em sua avaliação, a Lei de Diretrizes e Bases da Edu-cação Nacional (LDB/1996), que tornou obrigatória a oferta da disciplina Artes, ainda não é cumprida em muitas unidades de ensino. Há 16 anos, os profissionais de artes visuais formados pela UFS estão desbravando a área.

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coMPreendendo a linguageM da aRtE

A

Turno: vespertino

campus: são cristóvão

duração: 4 anos

oferta: 50 vagas

Licen

ciatura

Artes Visuais

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84 |UFS|www.ufs.br|março 2011

Movimentar-se é lei imperiosa aos seres vivos, portanto, dançar, como saber cultural estabelecido desde a Pré-História, é a linguagem que nos irmana à natureza e produz arte através do movimento. Dançar é provocar o espanto filosófico, posto que o movimento nos conduz à contemplação, possibilita a dúvida e favorece a criação!

A Licenciatura em Dança é a primeira graduação em Sergipe voltada para a área. No Brasil, são 33 cursos presentes em universidades públicas e particulares, com o objetivo de habilitar professores para o ensino fundamental e médio, com-prometidos com a criação e a reprodução do conhecimento e das habilidades corporais, como elementos de valorização da autoestima e da expressão humana.

O curso é ofertado no período noturno, no prédio restaurado do Trapi-che, localizado no Campus de Laranjeiras. O espaço onde ocorrem as aulas dis-põe de quatro salas para as práticas das diversas manifestações de Dança, além das outras existentes para as aulas teóricas. Atualmente, o Núcleo de Dança da UFS conta com seis professores efetivos e seis professores substitutos, todavia há

previsão de ampliar o número de docentes efetivos para os próximos semestres.

O campo de trabalho para o graduado nesta área se mostra amplo e bem definido: escolas pú-blicas e particulares, academias, clínicas, escolas de dança, Secretarias de Cultura e outros órgãos oficiais que gestam a execução de projetos culturais ligados às artes cênicas e à Dança.

A estrutura curricular do curso organiza-se em três blocos de disciplinas: núcleo de conteúdos bási-cos, relacionados às artes cênicas, música e ciências da saúde; conteúdos específicos, voltados à estética e história da dança, cinesiologia, técnicas e criação artística e expressão corporal; e, por fim, a parte teó-rico-prática que visa ao domínio de técnicas e princí-

pios formadores da expressão físico-motora.A formação do professor em Dança assenta-se no ensino, na pesquisa e

na extensão, conforme preconiza o ensino superior. O curso conta com dois grupos de pesquisa registrados no CNPq: “Dança e Diversidade” e “Artes, Diversidade e Contemporaneidade”, cujos interesses abrangem um univer-so grandioso de temas, como folclore, estudo das manifestações das danças dramáticas existentes em Sergipe e no Brasil, pesquisas dedicadas à questão de gênero, performances e prática de criação, dança e saúde, interfaces entre dança e educação, dança e cultura no espaço escolar.

No campo da extensão, somos o primeiro curso a instituí-la como com-ponente obrigatório da grade curricular. Assim, o discente, ao final do curso, terá vivenciado um cabedal de saberes necessário à sua prática profissional. O curso mantém contato para intercâmbio de docentes e discentes com universidades do Brasil e almeja fazer o mesmo com outras instituições estrangeiras.

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Tudo o Que se MoVe danÇa...

A licenciatura em Dança daUFS é a primeira graduação no estado voltada para a área.

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Turno: noturno

campus: laranjeiras

duração: 4 anos

oferta: 50 vagas

Licen

ciatura

Dança

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85www.ufs.br|março 2011|UFS |

O Curso de Letras da UFS nasceu com a Faculdade de Filosofia de Ser-gipe, fundada em 1950. Recebeu autorização provisória do Governo Federal e, posteriormente, o reconhecimento definitivo, ficando autorizada a conferir diplomas de Bacharel e Licenciado nos Cursos de Letras Neoclássicas e Le-tras Anglo-Germânicas, reconhecidos em todo o território da União. Com a criação da Universidade Federal de Sergipe, foi fundado o Instituto de Letras, Artes e Comunicação (ILAC), composto de três áreas de conhecimento (LEV/

Letras Vernáculas, LES/Letras Estrangeiras e CLL/Ciências da Língua e da Literatura).

Atualmente, o Departamento de Letras (DLE) oferta oito habilitações: Letras Português Matutino; Letras Português Noturno; Letras Es-panhol; Letras Português-Espanhol; Letras Portu-guês-Inglês; Letras Inglês; Letras Português-Francês Matutino e Letras Português-Francês Matutino. O DLE ainda oferece um curso de Letras Português a distância e um mestrado em Letras, com área de

concentração em Estudos da Lin-guagem e Ensino.

O objetivo geral do curso é formar professores habilitados para a Educação Básica, fornecendo--lhes conhecimento teórico-práti-co, linguístico e literário nas línguas portuguesa, inglesa, francesa e es-panhola. Além disso, pretende esti-mular nos acadêmicos a formação de um espírito crítico e a consciên-

cia do papel de fomentadores do desenvolvimento cultural através das línguas.O licenciado em Letras pode atuar como professor, crítico literário,

pesquisador, resenhista, tradutor, agente literá-rio, revisor de textos e atividades de domínio conexo ou assemelhadas, dada a grande abran-gência de atuação para quem domine bem a norma culta da língua portuguesa.

Na área empresarial, pode atuar também como produtor de discursos e consultor para as diversas modalidades da linguagem. Para aqueles que já vislumbram a pós-graduação, o Campus de São Cristóvão oferta o mestrado em Letras e há também uma especialização na área de Linguística.

O DLE dispõe de um número significativo de grupos de pesquisa e desenvolve variadas ati-vidades de extensão, tendo organizado eventos de porte nacional. Maiores informações poderão ser encontradas no sítio eletrônico do departa-mento: www.ufs.br/departamentos/dle.

A distânciaNa modalidade a distância, a licenciatura em Letras Português é ofertada nas cidades de Arauá, Areia Branca, Brejo Grande, Es-tância, Laranjeiras, Japara-tuba, Poço Verde, Porto da Folha, São Domingos, Carira, Nossa Senhora das Dores, Propriá e Nossa Se-nhora da Glória. Para cada polo são oferecidas 50 vagas.

O Departamento de Letras oferece mestradoe uma especialização na área de Linguística.

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O Curso de Licenciatura em Música da UFS tem como princi-pal objetivo a formação de profissionais para atuar na área da edu-cação, nos ensinos fundamental e médio, nas escolas especializadas e demais contextos de ensino e aprendizagem.

Ter vivência musical e saber ler uma partitura é pré-requisito para o ingresso no curso, pois além da prova teórica, de conhecimento, haverá uma pro-va prática para verificar as habilidades musi-cais dos vestibulandos. Com a finalidade de não só preparar para o vestibular, mas tam-bém de atender músicos – instrumentistas e cantores – que já têm conhecimento práti-co de seu instrumento, o curso conta com um projeto de extensão que visa ao estudo da teoria e percepção musical. Esse projeto permite aos discentes vivenciar a prática de ensino, na medida em que lhes proporcio-

na a oportunidade de ministrar as aulas.As inscrições para o curso de extensão podem ser

realizadas na secretaria do Núcleo de Música, na Didá-tica II, sala 18, no Campus de São Cristóvão, das 14h às 22h. Mais informações podem ser obtidas pelo telefone (79) 2105-6891 ou pelo e-mail [email protected].

Há nove anos dando aulas de guitarra e se apre-sentando profissionalmente, o aluno Saulo Ferreira encontrou na graduação uma forma de associar duas paixões: música e ensino. “Na universidade, entre para somar. Tenha vontade de contribuir. Cole no pro-fessor, busque desenvolver projetos. Cresça junto ao curso”, aconselha. Ser disciplinado é um requisito fun-damental para o interessado.

Mais recentemente, com a aprovação da Lei 11.769/08 em 18 de agosto de 2008, a disciplina de música passa a ser obrigatória, a partir de 2011, no currículo de todas as séries da educação básica, o que demandará uma enorme quantidade de profes-sores de música e expandirá ainda mais o atual cam-po de trabalho.

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MEmbora seja um curso recente, já apresenta um projeto de extensão visando o estudo da teoria e percepção musical.

Ter vivência musical e saber ler uma partitura é pré-requisito

Turno: noturno

campus: são cristóvão

duração: 4 anos

oferta: 50 vagas

Licen

ciatura

Música

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87www.ufs.br|março 2011|UFS |

O Curso de Licenciatura em Teatro visa formar o profissional na área de arte-educação com habilitação para o ensino da disciplina, capacitando-o para atuar na educação básica, em escolas especializadas e demais contextos de ensino-aprendizagem. é um profissional que deve contribuir para o exercício do pensamento reflexivo e, sobretudo, ser responsável pela aplicação pedagó-gica desses conhecimentos na sua prática educativa, nos ensinos fundamental e médio e em outras especificidades do campo teatral.

Formado por um corpo docente preocupado com a dissolução de bar-reiras entre teoria e prática, o curso tem um projeto pedagógico balizado em três eixos filosóficos/estéticos, que entendem o estudante de Teatro como um educador-artista-pesquisador. Teoria e prática são espaços indissociáveis na for-mação do educador em arte e fomentar as intersecções da Arte, da Educação e da Pesquisa se tornam não só fundamentais, mas também estratégicas, para que o curso possa proporcionar uma educação artística que não se constitua como mero “enfeite” estético para encobrir fissuras no sistema educacional. A Licenciatura em Teatro traz para dentro de uma Instituição de Ensino Su-perior a obrigação de intercambiar com a comunidade acadêmica e com a comunidade em geral que a rodeia, a importância política, social e cultural do Teatro e das Artes para a formação de qualquer indivíduo.

O curso costuma atrair também artistas ansiosos por estruturar um conhecimento já ad-quirido em sua experiência pessoal, como é o caso da estudante e atriz Maria Rita Maia. “Ser atriz é uma escolha que fiz para minha vida. Trabalhei como oficineira durante sete anos em uma ONG e, com o surgimento do cur-so, pensei em aprimorar o saber pedagógico”, conta Rita. Ela acredita que qualquer tipo de conhecimento que possa acrescentar à ativida-de teatral é válido.

Além dis-so, ao aliar arte e educação, os aca-nhados ganham na licenciatura ins-

trumentos para trabalhar melhor sua comunica-ção. “Em anos de sala de aula, vi aluno retraído começar a falar em público, deixar de gaguejar, ter uma melhor dicção e postura em público”, estimula o diretor teatral Celso Júnior, professor do curso. O teatro, nesse sentido, não é um fim em si, mas um meio, não só como técnica de organizar um pensamento, mas também como forma de expressão da subjetividade.

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O curso não visa à formação de ator, mas artista-educador

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