Conhecendo o Teclado -...

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TECLADO AULA 01 Autor: Pietro Paolo de Barros Atualizado em: 30/04/2012 Página 1 Conhecendo o Teclado INTRODUÇÃO A história do teclado inicia-se em 1709, quando o italiano Bartolomeo Cristofori fabricou o primeiro piano, o qual batizou de “pianoforte” (piano = doce; forte = alto). Tal nome enfatizava o potencial do instrumento em produzir tons fortes ou leves dependendo de como as suas teclas são tocadas. Quando qualquer tecla do piano é pressionada, um mecanismo semelhante a um martelo “bate” em cordas dispostas em seu interior, fazendo-as vibrar, produzindo, assim, o som do piano. Um teclado é, basicamente, uma versão eletrônica do piano tradicional, mas isso não indica que seja a mesma coisa. É um dos instrumentos mais utilizados atualmente, principalmente por causa da sua grande versatilidade. Existem vários tipos de teclados, cada um com funções específicas. Os mais utilizados atualmente são os sintetizadores. Tais teclados possuem vários timbres (tipos de som), permitindo ao músico reproduzir sons de piano, de instrumentos de sopros, de percussão, etc. Existem, também, os pianos digitais, que são teclados com 76 ou 88 teclas (bastante semelhantes aos pianos tradicionais) que possuem essencialmente timbres de pianos. Figura 1 - Piano digital modelo SP88X, da marca Kurzweil. O TECLADO E AS NOTAS MUSICAIS Antes mesmo de explorar o teclado e saber como ele é organizado, é importante conhecer um pouco de teoria musical, o que ajuda, e muito, no estudo. O básico é conhecer as 7 notas musicais (naturais), que são: - - MI - - SOL - - SI Para se identificar as notas no teclado, pode-se tomar como referência as teclas pretas. Elas estão divididas em grupos de duas e três teclas. A primeira tecla branca antes do grupo de duas teclas pretas é o DÓ e a primeira tecla branca antes do grupo de três teclas pretas é o FÁ, conforme mostrado na Figura 2. Figura 2 - Disposição das notas musicais no teclado.

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TECLADO AULA 01 Autor: Pietro Paolo de Barros Atualizado em: 30/04/2012

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Conhecendo o Teclado INTRODUÇÃO

A história do teclado inicia-se em 1709, quando o italiano Bartolomeo Cristofori fabricou o primeiro piano, o qual batizou de “pianoforte” (piano = doce; forte = alto). Tal nome enfatizava o potencial do instrumento em produzir tons fortes ou leves dependendo de como as suas teclas são tocadas. Quando qualquer tecla do piano é pressionada, um mecanismo semelhante a um martelo “bate” em cordas dispostas em seu interior, fazendo-as vibrar, produzindo, assim, o som do piano.

Um teclado é, basicamente, uma versão eletrônica do piano tradicional, mas isso não indica que seja a mesma coisa. É um dos instrumentos mais utilizados atualmente, principalmente por causa da sua grande versatilidade.

Existem vários tipos de teclados, cada um com funções específicas. Os mais utilizados atualmente são os sintetizadores. Tais teclados possuem vários timbres (tipos de som), permitindo ao músico reproduzir sons de piano, de instrumentos de sopros, de percussão, etc. Existem, também, os pianos digitais, que são teclados com 76 ou 88 teclas (bastante semelhantes aos pianos tradicionais) que possuem essencialmente timbres de pianos.

Figura 1 - Piano digital modelo SP88X, da marca Kurzweil.

O TECLADO E AS NOTAS MUSICAIS

Antes mesmo de explorar o teclado e saber como ele é organizado, é importante conhecer um pouco

de teoria musical, o que ajuda, e muito, no estudo. O básico é conhecer as 7 notas musicais (naturais), que são:

DÓ - RÉ - MI - FÁ - SOL - LÁ - SI Para se identificar as notas no teclado, pode-se tomar como referência as teclas pretas. Elas estão

divididas em grupos de duas e três teclas. A primeira tecla branca antes do grupo de duas teclas pretas é o DÓ e a primeira tecla branca antes do grupo de três teclas pretas é o FÁ, conforme mostrado na Figura 2.

Figura 2 - Disposição das notas musicais no teclado.

TECLADO AULA 01 Autor: Pietro Paolo de Barros Atualizado em: 30/04/2012

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A sequência mostrada anteriormente é repetida várias vezes no teclado. Cada vez que se repete uma

nota (por exemplo, de um DÓ a outro DÓ), tem-se uma oitava. Um teclado com 61 teclas, por exemplo, possui 5 oitavas.

Figura 3 - A repetição de uma nota no teclado forma uma oitava.

Segundo um filósofo grego discípulo de Aristóteles, intervalo é a distância entre dois sons de

diferentes tensões. Essas distâncias, no teclado, são medidas por meio de tons e semitons. O sistema de afinação temperada divide equitativamente uma oitava em 12 sons. A distância entre cada um desses sons é chamada de semitom.

Figura 4 - Cada tecla em um teclado representa um semitom.

As teclas pretas do teclado representam uma alteração no som das teclas brancas, aumentando ou

diminuindo sua tonalidade. Os sinais mais comuns são o sustenido (#), o bemol (b) e o bequadro ( ).

Sustenido: É utilizado quando queremos representar uma nota acrescida de meio tom. Normalmente

aparece quando é executada uma sequência ascendente. Ex: quando adicionamos meio tom ao DÓ, temos DÓ#.

Bemol: É utilizado para representar uma nota diminuída em meio tom. Geralmente surge quando se executa uma sequência decrescente. Ex: se diminuirmos meio tom da nota SOL, temos SOLb.

Bequadro: É utilizada para eliminar os sustenidos e bemóis.

DÓ → DÓ# → RÉ → RÉ# → MI → FÁ → FÁ# → SOL → SOL# → LÁ → LÁ# → SI → DÓ DÓ ← RÉb ← RÉ ← MIb ← MI ← FÁ ← SOLb ← SOL ← LÁb ← LÁ ← SIb ← SI ← DÓ

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UTILIZANDO OS DEDOS

Ambas as mãos são utilizadas para tocar o teclado. Normalmente, a mão direita faz a melodia da

música e a mão esquerda reproduz os acordes, que serão vistos posteriormente. Cada dedo das mãos tem um número específico,conforme mostrado na Figura 5.

Figura 5 - Numeração dos dedos das mãos.

Durante a execução das notas, as mãos devem estar relaxadas e em formato de concha e os punhos,

alinhados. As teclas devem ser pressionadas pela polpa dos dedos (região logo abaixo da ponta dos dedos) e os dedos não devem ser esticados. É importante salientar que a pressão sobre a tecla deve ser pelo movimento dos dedos, e não da mão.

Para que se obtenha agilidade e firmeza no tocar, é importante praticar exercícios que envolvam o desenvolvimento da habilidade de todos os dedos. A seguir estão dois exercícios que devem ser realizados diariamente, com ambas as mãos.

EXERCÍCIO 1 Coloque a mão sobre qualquer grupo de cinco notas naturais, mantendo cada dedo acima de uma

tecla. Treine a numeração dos dedos tocando as teclas com o dedo correto conforme indicado nas sequências abaixo:

1 - 1 - 2 - 2 - 3 - 3 - 4 - 4 - 5 - 5 5 - 5 - 4 - 4 - 3 - 3 - 2 - 2 - 1 - 1 1 - 2 - 3 - 4 - 5 - 1 - 3 - 5 - 3 - 1

1 - 2 - 3 - 4 - 5 - 4 - 3 - 2 - 1 EXERCÍCIO 2 Posicione o dedo 1 (polegar) da mão direita sobre o DÓ central do teclado e execute a sequência para

a mão direita mostrada na Figura 6, iniciando pelo dedo 1. Em seguida, coloque o dedo 5 (mínimo) da mão esquerda sobre o primeiro DÓ do teclado e pratique a sequência para a mão esquerda mostrada na Figura 6, começando pelo dedo 5.

Figura 6 - Exercício para as mãos.