Conhecimento Ilumina Evangelho Verdade Evangelho Maria
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O conhecimento que ilumina
O conhecimento que ilumina
O Evangelho da Verdadee
O Evangelho de Maria
Com introdução deKonrad Dietzfelbinger
Série Cristal 3
Lectorium Rosicrucianum
Copyright © 1995 Rozenkruis Pers, Haarlem, HolandaTítulo original:
OVER DE KENNIS DIE VERLICHI
Tradução da edição alemã de 1996DIE KENNTNIS, DIE ERLEUCHTET
2005IMPRESSO NO BRASIL
LECTORIUM ROSICRUCIANUMESCOLA INTERNACIONAL DA ROSACRUZ ÁUREA
Sede InternacionalBakenessergracht 11-15, Haarlem, Holanda
Sede no BrasilRua Sebastião Carneiro, 215, São Paulo, SP
Sede em PortugalTravessa das Pedras Negras, 1, 1o, Lisboa, Portugal
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)(Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)
O conhecimento que ilumina : O Evangelho da Verdade e O Evangelho de Maria / com uma introdução de Konrad Dietzfelbinger ; [tradução Equipe do Lectorium Rosicrucianum]. -- Jarinu, SP : Rosacruz, 2005. (Série cristal ; 3)Título original: Over de kennis die verlichtISBN 85-88950-19-71. Evangelhos apócrifos I. Dietzfelbinger,Konrad. II. Série.
05-4821 CDD-229.807
Índices para catálogo sistemático:1. Evangelhos apócrifos: Comentários:
Cristianismo 229.807
Todos os direitos desta edição reservados àEDITORA ROSACRUZ
Caixa Postal 39 – 13.240 000 – Jarinu – SP – BrasilTel (11) 4016.1817 – fax 4016.5638
Sumário
Prefácio 9
O Evangelho da Verdadeintrodução 11
O Evangelho da Verdadetexto 23
O Evangelho de Mariaintrodução 53
O Evangelho de Mariatexto 73
O Evangelho da Verdade introdução
O tema do Evangelho da Verdade é clara-mente esboçado no prólogo. A situação de-salentadora do homem antes de ser atingidopela boa nova da Verdade é um estado deseparação do “Pai da Verdade”, uma condi-ção de perda do conhecimento acerca do Pai,do qual resultam a caótica situação interior eexterior da humanidade e a transitoriedadedo mundo das aparências.
Este Evangelho destina-se diretamente àque-le que reconhece a si mesmo e a sua própriasituação nesta descrição, visto que, diz esseEvangelho, é possível uma libertação desseestado de ignorância, libertação que se dáatravés do conhecimento, da eliminação doerro. Esse conhecimento, por sua vez, só épossível pelo “poder do Verbo que emana doPai para o homem”. O Evangelho da Verdade 11
é, portanto, a “revelação da esperança” paratodos os que se acham na condição de perdado conhecimento. Para eles é feita a promes-sa de serem libertos dessa condição.
Como é possível a libertação pelo conheci-mento? O texto do Evangelho da Verdadegravita em torno dessa pergunta, semprecom novas indicações e imagens. Sempre éapontada a tensão que existe entre o Uni-verso separado de Deus e Deus mesmo. OUniverso, incluindo o homem, vive numacarência, a carência de Deus – e, por isso, éimpelido para Deus como num vácuo quedeseja ser preenchido, visto que Deus é a ple-nitude que pode preencher essa carência. EDeus vem ao encontro do Universo atravésde seu Filho, que é o poder do Verbo. Elepreenche a carência, de modo que o Univer-so e o homem possam entrar novamente emunidade com Deus, no conhecimento do Pai,por meio da Gnosis.
Daí, partimos da concepção de que o ho-mem, desde o nascimento e até mesmo an-tes, encontra-se em um estado de repressãodo verdadeiro ser, de esquecimento de suamissão essencial e de seu destino. Ele vivefundamentalmente numa forma de autocen-
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tralização – esta é, justamente, a maneira co-mo funciona o seu eu – e de separação de seueu verdadeiro e imortal, que está em unida-de com o Pai. Esta é a causa da morte, quenão é outra coisa senão a demolição da for-ma rígida que o homem construiu para simesmo a partir do duro núcleo de seu obs-tinado orgulho. Este é o estágio da lagartaem seu casulo: uma condição que, pela ca-rência de conhecimento, ele sustenta comteimosia, enquanto a determinação que o im-pele para a luz é a de viver como borboletana luz refulgente.
Quando, porém, seu verdadeiro ser se reve-la, ele se torna consciente de sua unidadecom o Pai, bem como de suas possibilidadese talentos para cooperar com o grande planode Deus para a salvação do mundo e da hu-manidade. A situação desse ser mudará porcompleto. Vivendo conscientemente em unís-sono com o Pai eterno, “conhecendo-o”, ten-do em si o conhecimento do Pai, ele seráimortal, e a morte só terá poder sobre seucorpo físico, material, e não mais sobre seunovo cerne. Com isso ele será resgatado, li-berto de uma forma de existência efêmera,da alternância entre nascimento e morte,morte e nascimento.
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Conhecimento, no sentido do Evangelho daVerdade é, portanto, tornar-se consciente doverdadeiro destino do homem, há tanto tem-po esquecido, e da ativação de suas forçasprimordiais que estavam atrofiadas. É a dis-solução do falso ego e o nascimento do ver-dadeiro. Esse ego verdadeiro, com suas for-ças e atributos, pertence a uma dimensão to-talmente diferente do mundo perecível. Eleestá em unidade com o Pai, ele é conheci-mento e força criadores.
Entretanto, o homem não pode alcançar esseconhecimento por esforço próprio, pois estácompletamente envolvido com o mundo pe-recível e com o erro. Ele tem em si a possibi-lidade para o conhecimento, mas não o po-der para realizá-lo. Ele necessita de uma pro-visão de calor e de luz proveniente da di-mensão do Pai. É o Verbo, Jesus, a miseri-córdia de Deus, a graça que pode se compar-tilhar por intermédio daqueles homens queentraram novamente em unidade com o Paie que, desta forma, estão em condição de le-var o poder do Verbo, a mensagem do Filho,aos verdadeiros buscadores da Verdade edo caminho da libertação. É de uma fonteassim que o Evangelho da Verdade se origina.Numa seqüência de imagens e comparações
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sempre diferentes, como sucessivas ondas detransmissão de forças, ele retrata o atual es-tado de vida do homem neste mundo e o ca-minho de retorno ao Pai.
Primeiramente nos é relatado como o Uni-verso, por ter perdido o conhecimento, se-parou-se da unidade com o Pai e como o ho-mem, em seu erro, engendrou criaturas pere-cíveis – como, por exemplo, seu próprio cor-po. No entanto, por serem reflexos da Ver-dade original, essas criaturas apresentavamuma beleza sedutora. Mas, por não estar fir-mado no princípio eterno, o erro não possuiraízes profundas.
Mais adiante, Jesus, o homem que vive a par-tir do conhecimento e o exprime em palavras,é comparado ao fruto da Árvore da Vida. Essefruto, ao contrário do fruto da Árvore do Beme do Mal, traz a vida, ou seja, o conhecimentocomo poder no qual o homem e o Pai se reen-contram.
Na “árvore da cruz”, Jesus deixou morrer, naforça da Gnosis, o corpo físico voluntaria-mente adotado. Com isso, abriu o caminhopara todos os que desejavam segui-Lo. Mas,o erro, a criatura irreal, opõe-se a seu próprio
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