Consenso Brasileiro

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Transcript of Consenso Brasileiro

  • redeunida

  • Consenso Brasileiro deAteno Farmacutica

    Proposta

    Braslia - DF, 2002

  • Consenso Brasileiro deAteno Farmacutica

    Proposta

    Promoo e Realizao

    Organizao Pan-Americana da Sade (OPAS)

    Organizao Mundial da Sade (OMS)

    Agncia Nacional de Vigilncia Sanitria (ANVISA)

    Conselho Federal de Farmcia (CFF)

    Federao Nacional dos Farmacuticos (FENAFAR)

    Ministrio da Sade (MS)

    Rede UNIDA

    Secretaria Estadual de Sade do Cear (SESA/CE)

    Sociedade Brasileira de Farmcia Hospitalar (SBRAFH)

  • Documento elaborado por:Adriana Mitsue IvamaLucia NoblatMauro Silveira de CastroNaira Villas Boas Vidal de OliveiraNelly Marn JaramilloNorberto Rech

    Reviso:Bernadete SimasJulieta UetaMurilo Freitas Dias

    Endereo para correspondncia:[email protected]. Nelly Marn JaramilloCoordenadora de Medicamentos e Tecnologias - OPAS/OMSSetor Embaixadas Norte Lote 19 - CEP 70294-070 Braslia-DFTel (61) 426-9522 Fax: (61) 426-9591www.opas.org.br/medicamentos

    Ficha catalogrfica elaborada pelo Centro de Documentao

    da Organizao Pan-Americana da Sade

    Consenso brasileiro de ateno farmacutica: proposta / Adriana Mitsue Ivama ...

    [et al.]. Braslia: Organizao Pan-Americana da Sade, 2002.

    24 p.

    ISBN 85-87 943-12-X

    1. Servios Farmacuticos Brasil. I. Ivama, Adriana Mitsue. II. Organizao

    Pan-Americana da Sade.

    NLM: QV 737

    2002. Organizao Pan Americana da SadeTodos os direitos reservados. permitida a reproduo total ou parcial desta obra, desde queseja citada a fonte e no seja para venda ou qualquer fim comercial.

    A opinio expressas no documento por autores denominados so de sua inteira responsabilidade

  • Grupo Gestor:

    Nelly Marn Jaramillo (Coordenadora) - Organizao Pan-Americanada Sade/Organizao Mundial da Sade (OPAS/OMS)

    Adriana Mitsue Ivama - OPAS/OMS e Rede UNIDA

    Bernadete Simas Macedo - Universidade Federal de Gois (UFG)

    Carlos Alberto Pereira Gomes - Gerncia Tcnica de AssistnciaFarmacutica/Secretaria de Polticas de Sade/Ministrio da Sade

    (GTAF/SPS/MS)

    Micheline Meiners - Conselho Federal de Farmcia (CFF)

    (at outubro de 2001)

    Ilenir Leo Tuma - CFF (a partir de outubro de 2001)

    Isabel Cavalcanti Carlos - Secretaria de Sade do Estado do Cear(SESA-CE)

    Lcia Noblat - Universidade Federal da Bahia (UFBA) e SociedadeBrasileira de Farmcia Hospitalar (SBRAFH)

    Luiz Antonio Marinho Pereira - GTAF/SPS/MS

    Mauro Silveira de Castro - Universidade Federal do Rio Grande do Sul(UFRGS) e SBRAFH

    Naira Vilas Boas Vidal de Oliveira - Universidade Federal do Rio deJaneiro (UFRJ) e Ministrio da Sade (MS)

    Norberto Rech - Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)e Federao Nacional dos Farmacuticos (FENAFAR)

    Regina Siqueira - Secretaria de Sade do Estado (SESA) - Cear

    A lista completa de colaboradores encontra-se no anexo A, ao finaldo documento.

  • Resumo

    Este documento um dos resultados preliminares de um processo de

    construo coletiva que tem como objetivo promover a Ateno

    Farmacutica no Brasil, considerando o contexto e as peculiaridades do

    pas. A elaborao da proposta de consenso partiu de uma fundamen-

    tao terica com os principais referenciais nacionais e internacionais,

    aliada experincia dos participantes, com a utilizao da tcnica de

    grupo nominal. Neste documento encontram-se a contextualizao, a

    proposta de consenso com um conceito de Ateno Farmacutica,

    componentes da prtica profissional para o seu exerccio, termos

    relacionados ao processo de trabalho em Ateno Farmacutica e sua

    interface com a farmacovigilncia.

  • Lista de abreviaturas

    ATENFAR - Ateno Farmacutica

    CFF - Conselho Federal de Farmcia

    FENAFAR - Federao Nacional dos Farmacuticos

    IF - Interveno Farmacutica

    IS - Interveno em Sade

    OMS - Organizao Mundial da Sade/OMS (Espanhol)/WHO (Ingls)

    OPAS - Organizao Pan-Americana da Sade/OPS (Espanhol)/PAHO (Ingls)

    PRM - Problema Relacionado com Medicamento

    SBRAFH - Sociedade Brasileira de Farmcia Hospitalar

    SESA - Secretaria Estadual de Sade

    SUS - Sistema nico de Sade

  • Lista de abreviaturas 7

    1. Introduo 111.1. Referenciais utilizados 121.2. Subsdios para a proposta de Consenso 13

    1.2.1. Contexto da prtica Farmacutica no Brasil 141.2.2. Percepo dos participantes sobre Assistncia Farmacutica 151.2.3. Comentrios 15

    2. Proposta de Consenso 162.1. Proposta de conceito de Ateno Farmacutica 16

    2.1.1. Comentrios 172.2. Componentes da prtica profissional para o exerccio

    da Ateno Farmacutica no Brasil 182.2.1. Termos relacionados ao processo de trabalho em

    Ateno Farmacutica 182.2.1.1. Problema Relacionado com Medicamento (PRM) 192.2.1.2. Acompanhamento/seguimento Farmacoteraputico 192.2.1.3. Atendimento Farmacutico 192.2.1.4. Interveno Farmacutica 20

    2.3. Interface entre Ateno Farmacutica e Farmacovigilncia 20

    Referncias 21

    Bibliografia recomendada 22

    Anexos 25

  • 1111111111PropostaPropostaPropostaPropostaProposta

    Consenso Brasileiro de AtenoFarmacutica: Proposta

    Caminhante no h caminho, faz-se caminho ao andar.

    (Caminante no hay camino, se hace camino al andar).

    Antonio Machado

    1 www.opas.org.br/medicamentos2 Os participantes encontram-se listados no Anexo A.

    Palavras-chave: ateno farmacutica; assistncia farmacutica; serviosfarmacuticos; farmacuticos.

    1. Introduo

    A busca pela promoo da Ateno Farmacutica no Brasil no deve serentendida como um evento isolado. Este movimento, que vem ganhando ocentro de discusses entre pesquisadores, formuladores de polticase profissionais, tem sido introduzido no Brasil com diferentes vertentes ecompreenses, sem diretrizes tcnicas sistematizadas e muitas vezes sem levarem conta as caractersticas do pas e seu sistema de sade.

    Este documento fruto de um processo de construo coletiva que incluiuuma consulta por meio da pgina de internet da Organizao Pan-Americanada Sade/Organizao Mundial da Sade (OPAS/OMS)1 para a apresentaode experincias e reflexes sobre Ateno Farmacutica, a realizao de umaoficina de trabalho, em Fortaleza-CE no perodo de 11 a 13 de setembro de2001 e de duas reunies complementares em Braslia (25 e 26 de junho e 30de julho/2002) como parte das estratgias adotadas para a promoo daAteno Farmacutica no Brasil2. A oficina de trabalho e as reunies foramrealizadas utilizando a tcnica de grupo nominal, adaptada de Jones e Hunter(1999). O relato de todo o processo, bem como as recomendaes e propostasde estratgias encontram-se no Relatrio Promoo da Ateno Farmacuticano Brasil: trilhando caminhos (OPAS/OMS, 2002a).

  • 1212121212 Consenso Brasileiro de Ateno FarmacuticaConsenso Brasileiro de Ateno FarmacuticaConsenso Brasileiro de Ateno FarmacuticaConsenso Brasileiro de Ateno FarmacuticaConsenso Brasileiro de Ateno Farmacutica

    Os participantes recomendaram que esta proposta fosse amplamentedivulgada, no como um guia de prtica, mas sim, como uma proposta deconsenso para a promoo da Ateno Farmacutica no pas, a ser discutidanas etapas prvias e na I Conferncia Nacional de Poltica de Medicamentose Assistncia Farmacutica, com o intuito que se obtenha um consensobrasileiro sobre Ateno Farmacutica.

    Faz-se necessrio definir e adotar um modelo de prtica da AtenoFarmacutica, de acordo com o sistema de Sade do pas, pois assim osprofissionais, docentes e pesquisadores da rea de Farmcia e os rgosreguladores podero promover a Ateno Farmacutica de forma sinrgica eharmnica.

    A obteno de consensos sobre conceitos e estratgias para a prtica daAteno Farmacutica poder contribuir para que os profissionais envolvidosadotem um conjunto de novas condutas em suas prticas dirias, baseadasnas diretrizes comuns, possibilitando a troca de experincias e avaliaodos resultados alcanados com esta nova prtica. Alm disso, este processopode contribuir para que outros profissionais, que tambm proporcionamateno sade, possam beneficiar-se desta prtica e de forma sinrgica,contribuir para a melhora da qualidade de vida do usurio e da comunidadee, ainda, subsidiar outros processos de mudanas na educao, na prtica,na pesquisa e na regulamentao da Farmcia e da rea da sade em geral.

    1.1. Referenciais utilizados

    Um dos grandes desafios para a consolidao da prtica da AtenoFarmacutica a uniformizao da terminologia utilizada nas diferentesatividades desempenhadas pelo farmacutico. Conforme descrito por Oteroe Dominguez Gil (2000):

    Constitui-se um problema mundial a falta de uniformidade

    da linguagem utilizada, decorrente de tradues inapro-

    priadas ou adaptaes de termos de lngua estrangeira,

    geralmente da lngua inglesa. As diferentes denominaes

    utilizadas para os distintos efeitos decorrentes da utilizao

    de medicamentos, tm evidenciado divergncias nas publi-

    caes consultadas, dificultando o conhecimento do impacto

  • 1313131313PropostaPropostaPropostaPropostaProposta

    2 www.opas.org.br/medicamentos

    real de tais efeitos e impossibilitando a comparao dos

    resultados obtidos em diversos estudos.

    A deciso de trabalhar inicialmente com a harmonizao de conceitosteve como objetivo facilitar e compreender o processo de trabalho dofarmacutico na Ateno Farmacutica, alm de buscar estratgias para apromoo desta prtica.

    A Ateno Farmacutica foi definida pela primeira vez por Hepler e Strand(1990) como a proviso responsvel do tratamento farmacolgico com o propsito dealcanar resultados concretos que melhorem a qualidade de vida dos pacientes.Posteriormente, a OMS estendeu o beneficio da Ateno Farmacutica paratoda a comunidade e ainda reconheceu o farmacutico como um dispensadorde ateno sade, que pode participar ativamente na preveno deenfermidades e na promoo da sade, junto com outros membros da equipede sade (OMS. 1993).

    Desde ento, tm se produzido, no mbito internacional, discusses sobreeste tema na busca do entendimento do significado desta prtica, objetivandosua adaptao e integrao aos modelos de sade de cada pas. A bibliografiarecomendada pelo grupo gestor, utilizada como subsdio para a oficina e asreunies complementares encontra-se listada no final do documento.

    Todo o referencial terico utilizado, com o fim de subsidiar as discusses,pode ser encontrado nos trs termos de referncia produzidos (OPAS/OMS,2001; 2002b; 2002c). Anexos ao relatrio (OPAS/OMS, 2002a), encontram-se os principais conceitos utilizados como referencia. Estes documentos estodisponveis no Portal de Assistncia Farmacutica2.

    1.2. Subsdios para a proposta de Consenso

    Para a elaborao da proposta de consenso, foram evidenciados oselementos do contexto brasileiro e o entendimento sobre AssistnciaFarmacutica. Embora estes elementos no sejam objetos do consenso, foiimportante conhecer a percepo dos participantes quanto ao contexto daprtica e do Sistema nico de Sade, bem como sobre Assistncia

  • 1414141414 Consenso Brasileiro de Ateno FarmacuticaConsenso Brasileiro de Ateno FarmacuticaConsenso Brasileiro de Ateno FarmacuticaConsenso Brasileiro de Ateno FarmacuticaConsenso Brasileiro de Ateno Farmacutica

    Farmacutica3. O objetivo foi identificar as compreenses correntes, naperspectiva de possibilitar o estabelecimento de consensos sobre conceitosrelacionados Ateno Farmacutica e estratgias mais apropriadas realidade sanitria do pas, possibilitando ainda, diferenciar e integrar osconceitos de Assistncia Farmacutica e de Ateno Farmacutica.

    1.2.1. Contexto da prtica farmacutica no Brasil

    Os elementos identificados a partir dos entendimentos prioritrios dosgrupos de trabalho da I Oficina Nacional de Ateno Farmacutica (OFICINA,2001, p. 14) explicitam aspectos fundamentais da realidade, traduzida, entreoutras, pelas seguintes constataes:

    Crise de identidade profissional do farmacutico e, em conseqncia,falta de reconhecimento social e sua pouca insero na equipe multi-profissional de sade, no representando um referencial como profis-sional de sade na farmcia. Porm, existe uma busca de conhecimentocomo ferramenta para interferir no processo de melhoria da qualidadede vida da populao e para que haja valorizao do profissional farma-cutico no pas.

    Deficincias na formao, excessivamente tecnicista, com incipienteformao na rea clnica. Descompasso entre a formao dos farmacuticose as demandas dos servios de ateno sade, tanto pblicos comoprivados e nos diferentes nveis, bem como daquelas referentes ao setorprodutivo de medicamentos e insumos necessrios ao mbito da sade.Falta de diretrizes e escassez de oportunidades de educao continuada;

    Dissociao entre os interesses econmicos e os interesses da sadecoletiva, com predomnio dos primeiros, resultando na caracterizaoda farmcia como estabelecimento comercial e do medicamento comoum bem de consumo, desvinculados do processo de ateno sade;

    3 Foi considerada a definio oficialmente adotada de Assistncia Farmacutica,que consta na Poltica Nacional de Medicamentos.

  • 1515151515PropostaPropostaPropostaPropostaProposta

    Prtica profissional desconectada das polticas de sade e de medi-camentos, com priorizao das atividades administrativas em detrimentoda educao em sade e da orientao sobre o uso de medicamentos;

    Ineqidade no acesso aos medicamentos, embora exista um compromissocrescente dos gestores, farmacuticos e de outros profissionais de sadecom a garantia de acesso da populao s aes de ateno sade,incluindo-se a Assistncia Farmacutica, tanto no setor pblico comoprivado;

    Embora existam definies legais referentes Assistncia Farmacuticae poltica de medicamentos, h problemas referentes sua efetiva imple-mentao, incluindo-se a definio de mecanismos e instrumentos paraa sua organizao, avaliao e possveis redirecionamentos;

    Falta de integrao e unidade entre as entidades representativas dacategoria farmacutica e outros segmentos da sociedade em torno daspolticas de sade.

    1.2.2. Percepo dos participantes sobre Assistncia Farmacutica

    Conjunto de aes desenvolvidas pelo farmacutico, e outros profissionaisde sade, voltadas promoo, proteo e recuperao da sade, tanto nonvel individual como coletivo, tendo o medicamento como insumo essenciale visando o acesso e o seu uso racional. Envolve a pesquisa, o desenvolvimentoe a produo de medicamentos e insumos, bem como a sua seleo, progra-mao, aquisio, distribuio, dispensao, garantia da qualidade dosprodutos e servios, acompanhamento e avaliao de sua utilizao, naperspectiva da obteno de resultados concretos e da melhoria da qualidadede vida da populao.

    1.2.3. Comentrios

    Durante a I Oficina foi identificada a necessidade de aprofundar a discussose a Assistncia Farmacutica deve ser entendida como poltica norteadora

  • 1616161616 Consenso Brasileiro de Ateno FarmacuticaConsenso Brasileiro de Ateno FarmacuticaConsenso Brasileiro de Ateno FarmacuticaConsenso Brasileiro de Ateno FarmacuticaConsenso Brasileiro de Ateno Farmacutica

    de outras polticas setoriais, incluindo a poltica de medicamentos, naperspectiva de garantir o acesso da populao s aes de sade ou parteintegrante da poltica de medicamentos. Quanto ao conceito de AssistnciaFarmacutica, o entendimento identificado na Oficina remete necessidadede aprofundamento das discusses, especialmente em relao ao conceitodefinido na Portaria 3.916/98, a qual estabelece a Poltica Nacional de Medica-mentos, devido aos diferentes entendimentos existentes entre os participantes.

    H que se destacar que houve consenso quanto ao entendimento daAssistncia Farmacutica como atividade multiprofissional e concebida nocontexto de ateno integral sade, num modelo que privilegia a promooda sade.

    Tendo em vista o objetivo fundamental de garantir a integralidade dasaes de sade, incluindo-se o acesso com qualidade aos medicamentos,configura-se a necessidade de reflexo quanto Assistncia Farmacuticacomo poltica, concebida enquanto conjunto de diretrizes gerais, de estra-tgias e instrumentos para a sua implantao e avaliao. A sua concretizaoenvolve o estabelecimento de interfaces com outras polticas setoriais, com aparticipao dos diferentes atores envolvidos, conforme explicitada noprocesso de discusso da Oficina, j que qualificou como recomendaoconsensual para aprofundamento posterior.

    2. Proposta de Consenso

    So apresentados a seguir o conceito de Ateno Farmacutica, seus macro-componentes, termos complementares e sua interface com a Farmaco-vigilncia, obtidos de forma consensual durante a I Oficina e reuniescomplementares.

    2.1. Proposta de conceito de Ateno Farmacutica

    um modelo de prtica farmacutica, desenvolvida no contexto daAssistncia Farmacutica. Compreende atitudes, valores ticos, comporta-mentos, habilidades, compromissos e co-responsabilidades na prevenode doenas, promoo e recuperao da sade, de forma integrada equipe

  • 1717171717PropostaPropostaPropostaPropostaProposta

    de sade. a interao direta do farmacutico com o usurio, visando umafarmacoterapia racional e a obteno de resultados definidos e mensurveis,voltados para a melhoria da qualidade de vida. Esta interao tambm deveenvolver as concepes dos seus sujeitos, respeitadas as suas especificidadesbio-psico-sociais, sob a tica da integralidade das aes de sade.

    2.1.1. Comentrios

    Explicitou-se o entendimento da Ateno Farmacutica como modelo deprtica desenvolvido no contexto da Assistncia Farmacutica, na perspectivada integralidade das aes de sade.

    Houve consenso de que Assistncia e Ateno Farmacutica so conceitosdistintos. Este ltimo refere-se a atividades especficas do Farmacutico nombito da ateno sade, enquanto o primeiro envolve um conjunto maisamplo de aes, com caractersticas multiprofissionais.

    Embora tenha havido concordncia quanto importncia das aes desade em nvel coletivo, houve dificuldade para o estabelecimento deconsenso quanto sua incorporao como aes inerentes AtenoFarmacutica. Tal dificuldade est relacionada aos diferentes entendimentosquanto possibilidade de mensurao de resultados das aes desenvolvidasem nvel coletivo, ao contrrio do que ocorre no nvel individual, para oqual esto disponveis metodologias validadas.

    No processo de busca de consensos, debateu-se a possibilidade do empregode indicadores de sade adequados para o acompanhamento e mensuraodas aes de Ateno Farmacutica no nvel coletivo, o que se constitui emdesafio a ser superado.

    importante ressaltar que o consenso obtido considera a promoo dasade, incluindo a educao em sade, como componente do conceito deAteno Farmacutica, o que constitui um diferencial marcante em relaoao conceito adotado em outros pases.

    Todo o processo de Ateno Farmacutica deve envolver as atitudes derespeito aos princpios da Biotica, as habilidades de comunicao e osconhecimentos tcnico-cientficos.

    Referente aos termos paciente, cliente, usurio e usurio-cidado, houveconsenso quanto ao emprego do termo usurio, a partir das discusses emtorno dos princpios e diretrizes do Sistema nico de Sade (SUS).

  • 1818181818 Consenso Brasileiro de Ateno FarmacuticaConsenso Brasileiro de Ateno FarmacuticaConsenso Brasileiro de Ateno FarmacuticaConsenso Brasileiro de Ateno FarmacuticaConsenso Brasileiro de Ateno Farmacutica

    4 Embora na I Oficina tenha sido definido como um dos macro-componente EntrevistaFarmacutica, na primeira reunio complementar, este termo foi substitudo poratendimento farmacutico, considerando a entrevista como uma das etapas do AtendimentoFarmacutico.5 Em reunio realizada nos dias 25 e 26/06/2002.

    2.2. Componentes da prtica profissional para o exerccioda Ateno Farmacutica no Brasil

    Num primeiro momento, optou-se por buscar consensos mais amplos, osquais so fundamentais para o posterior estabelecimento das aes especficase integrantes do nvel operacional. Houve consenso de que os componentesespecficos gerados nos grupos constituem importantes subsdios para oaprofundamento das discusses, cujo processo dever ocorrer oportunamente,buscando consensos quanto aos elementos constitutivos da prtica da AtenoFarmacutica.

    Os macro-componentes resultantes da busca do consenso so os seguintes:

    1. Educao em sade (incluindo promoo do uso racional demedicamentos);

    2. Orientao farmacutica;

    3. Dispensao;

    4. Atendimento Farmacutico4;

    5. Acompanhamento/seguimento farmacoteraputico;

    6. Registro sistemtico das atividades, mensurao e avaliao dosresultados.

    2.2.1. Termos relacionados ao processo de trabalho emAteno Farmacutica

    Foram propostos5 os seguintes termos ou conceitos relacionados prticada Ateno Farmacutica, bem como esclarecimentos quanto ao seuentendimento e aplicao.

  • 1919191919PropostaPropostaPropostaPropostaProposta

    2.2.1.1. Problema Relacionado com Medicamento (PRM)

    um problema de sade, relacionado ou suspeito de estar relacionado farmacoterapia, que interfere ou pode interferir nos resultados teraputicose na qualidade de vida do usurio.

    O PRM real, quando manifestado, ou potencial na possibilidade de suaocorrncia. Pode ser ocasionado por diferentes causas, tais como: asrelacionadas ao sistema de sade, ao usurio e seus aspectos bio-psico-sociais,aos profissionais de sade e ao medicamento.

    A identificao de PRMs segue os princpios de necessidade, efetividadee segurana, prprios da farmacoterapia.

    2.2.1.2. Acompanhamento/seguimento Farmacoteraputico

    um componente da Ateno Farmacutica e configura um processo noqual o farmacutico se responsabiliza pelas necessidades do usuriorelacionadas ao medicamento, por meio da deteco, preveno e resoluode Problemas Relacionados aos Medicamentos (PRM), de forma sistemtica,contnua e documentada, com o objetivo de alcanar resultados definidos,buscando a melhoria da qualidade de vida do usurio.

    A promoo da sade tambm componente da Ateno Farmacuticae ao fazer o acompanhamento imprescindvel que se faa tambm apromoo. Entende-se por resultado definido a cura, o controle ou oretardamento de uma enfermidade, compreendendo os aspectos referentes efetividade e segurana.

    2.2.1.3. Atendimento Farmacutico6

    o ato em que o farmacutico, fundamentado em sua prxis, interage eresponde s demandas dos usurios do sistema de sade, buscando aresoluo de problemas de sade, que envolvam ou no o uso demedicamentos. Este processo pode compreender escuta ativa, identificao

    6 O Atendimento Farmacutico mais amplo e pode ou no gerar uma intervenofarmacutica.

  • 2020202020 Consenso Brasileiro de Ateno FarmacuticaConsenso Brasileiro de Ateno FarmacuticaConsenso Brasileiro de Ateno FarmacuticaConsenso Brasileiro de Ateno FarmacuticaConsenso Brasileiro de Ateno Farmacutica

    7 Proposta elaborada em reunio realizada em 30/07/2002.

    de necessidades, anlise da situao, tomada de decises, definio decondutas, documentao e avaliao, entre outros.

    2.2.1.4. Interveno Farmacutica

    um ato planejado, documentado e realizado junto ao usurio e profis-sionais de sade, que visa resolver ou prevenir problemas que interferem oupodem interferir na farmacoterapia, sendo parte integrante do processo deacompanhamento/seguimento farmacoteraputico.

    Ateno Farmacutica pressupe condutas do farmacutico que corres-pondem s Intervenes em Sade (IS), que incluem a Interveno Farma-cutica (IF), como um aspecto do acompanhamento farmacoteraputico.

    2.3. Interface entre Ateno Farmacutica e Farmacovigilncia7

    A Ateno Farmacutica uma das entradas do sistema de Farmaco-vigilncia, ao identificar e avaliar problemas/riscos relacionados a segurana,efetividade e desvios da qualidade de medicamentos, por meio doacompanhamento/seguimento farmacoteraputico ou outros componentesda Ateno Farmacutica. Isto inclui a documentao e a avaliao dosresultados, gerando notificaes e novos dados para o Sistema, por meio deestudos complementares.

    Na medida em que o Sistema de Farmacovigilncia retro-alimenta a Aten-o Farmacutica, por meio de alertas e informes tcnicos, informaes sobremedicamentos e intercmbio de informaes, potencializa as aes clnicasindividuais (acompanhamento/seguimento, dispensao, educao...), outrasatividades de Ateno e Assistncia Farmacutica como o processo de seleode medicamentos, a produo de protocolos clnicos com prtica baseadaem evidncias, integrada nas aes interdisciplinares e multiprofissionais,entre outras.

    Dessa forma, obtm-se a melhora da capacidade de avaliao da relaobenefcio/risco, otimizando os resultados da teraputica e contribuindo paraa melhoria da qualidade de vida e adequao do arsenal teraputico.

  • 2121212121PropostaPropostaPropostaPropostaProposta

    Referncias

    BRASIL. Ministrio da Sade. Portaria 3.916, de 30 de outubro de 1998. Aprova a PolticaNacional de Medicamentos. Dirio Oficial [da] Repblica Federativa do BrasilDirio Oficial [da] Repblica Federativa do BrasilDirio Oficial [da] Repblica Federativa do BrasilDirio Oficial [da] Repblica Federativa do BrasilDirio Oficial [da] Repblica Federativa do Brasil, PoderExecutivo, Braslia, DF, 10 dez. 1998. Seo 1, p. 18.

    HEPLER, CD; STRAND LM. Opportunities and responsabilities in pharmaceutical care. Am. Am. Am. Am. AmJ Hosp PharJ Hosp PharJ Hosp PharJ Hosp PharJ Hosp Pharm, m, m, m, m, Bethesda, v. 47, p. 533-543, 1990.

    JONES, J.; HUNTER, D. Using the Delphi and nominal group technique in health servicesresearch. In: POPE, C.; MAYS, N. (ed). Qualitative rQualitative rQualitative rQualitative rQualitative researesearesearesearesearch in health carch in health carch in health carch in health carch in health careeeee. London: BMJ,1999.

    OFICINA NACIONAL DE ATENO FARMACUTICA, 1., 2001, Fortaleza. AtenoAtenoAtenoAtenoAtenofarmacutica no Brasil: trilhando caminhos: relatrio.farmacutica no Brasil: trilhando caminhos: relatrio.farmacutica no Brasil: trilhando caminhos: relatrio.farmacutica no Brasil: trilhando caminhos: relatrio.farmacutica no Brasil: trilhando caminhos: relatrio. Fortaleza, 2001. Disponvel em: . Acesso em: 7 nov. 2002.

    ORGANIZAO PANAMERICANA DA SADE; ORGANIZAO MUNDIAL DA SADE(OPAS/OMS). TTTTTererererermo de rmo de rmo de rmo de rmo de referncia para a oficina de trabalho: ateno fareferncia para a oficina de trabalho: ateno fareferncia para a oficina de trabalho: ateno fareferncia para a oficina de trabalho: ateno fareferncia para a oficina de trabalho: ateno farmacutica nomacutica nomacutica nomacutica nomacutica noBrasil: trilhando caminhosBrasil: trilhando caminhosBrasil: trilhando caminhosBrasil: trilhando caminhosBrasil: trilhando caminhos. Braslia; 2001. Disponvel em: .Acesso em: 7 nov. 2002.

    ORGANIZAO PANAMERICANA DA SADE; ORGANIZAO MUNDIAL DA SADE(OPAS/OMS). TTTTTererererermo de rmo de rmo de rmo de rmo de referncia para a referncia para a referncia para a referncia para a referncia para a reunio do greunio do greunio do greunio do greunio do grupo de trabalho: terupo de trabalho: terupo de trabalho: terupo de trabalho: terupo de trabalho: termosmosmosmosmoscomplementares e processo de trabalho em ateno farmacuticacomplementares e processo de trabalho em ateno farmacuticacomplementares e processo de trabalho em ateno farmacuticacomplementares e processo de trabalho em ateno farmacuticacomplementares e processo de trabalho em ateno farmacutica. Braslia, 2002a. Disponvelem: . Acesso em: 7 nov. 2002.

    ORGANIZAO PANAMERICANA DA SADE; ORGANIZAO MUNDIAL DA SADE(OPAS/OMS). TTTTTererererermo de rmo de rmo de rmo de rmo de referncia para a referncia para a referncia para a referncia para a referncia para a reunio do greunio do greunio do greunio do greunio do grupo de trabalho: interupo de trabalho: interupo de trabalho: interupo de trabalho: interupo de trabalho: interface entrface entrface entrface entrface entreeeeeateno farmacutica e farmacovigilnciaateno farmacutica e farmacovigilnciaateno farmacutica e farmacovigilnciaateno farmacutica e farmacovigilnciaateno farmacutica e farmacovigilncia. Braslia, 2002b. Disponvel em: . Acesso em: 7 nov. 2002.

    ORGANIZAO PANAMERICANA DA SADE; ORGANIZAO MUNDIAL DA SADE(OPAS/OMS). Relatrio 2001-2002: ateno far. Relatrio 2001-2002: ateno far. Relatrio 2001-2002: ateno far. Relatrio 2001-2002: ateno far. Relatrio 2001-2002: ateno farmacutica no Brasil: trilhando caminhos.macutica no Brasil: trilhando caminhos.macutica no Brasil: trilhando caminhos.macutica no Brasil: trilhando caminhos.macutica no Brasil: trilhando caminhos.Braslia, 2002c. Disponvel em: . Acesso em: 7 nov. 2002.

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  • 2222222222 Consenso Brasileiro de Ateno FarmacuticaConsenso Brasileiro de Ateno FarmacuticaConsenso Brasileiro de Ateno FarmacuticaConsenso Brasileiro de Ateno FarmacuticaConsenso Brasileiro de Ateno Farmacutica

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  • ANEXO A Colaboradores do Documento que participaram daOficina e Reunies de Trabalho

    Nome E-mail1. Adriana Mitsue Ivama [email protected]

    2. Adriano Max Reis [email protected]

    3. Ana Claudia de Arajo Teixeira [email protected]

    4. Anderson Carniel [email protected]

    5. Bernadete Simas Macedo [email protected]

    6. Carlos Alberto Pereira Gomes [email protected]

    7. Cassyano Janurio Correr [email protected]

    8. Clvis de Santana Reis [email protected]

    9. Cristiane Macdo Feij [email protected]

    10. Cristianne Gonalves [email protected]

    11. Dr. Juan Antonio Avila Illanes (Bolvia) [email protected]

    12. Emlia Vitria Silva [email protected]

    13. Eugenie Desirce Rabelo Nri [email protected]

    14. Ftima Canossa Barboza [email protected]

    15. Filomena Mayre Bezerra de Menezes [email protected]

    16. Flavia Leite [email protected]

    17. Francisco Plcido Baslio [email protected]

    18. Helena Carmem Guerra Pinheiro

    19. Helena Lutcia Luna Coelho [email protected];

    20. Henry Pablo Lopes Campos e Reis [email protected]

    21. Ilenir Leo Tuma [email protected]

    22. Isabel Cristina C. Cavalcanti [email protected]

    23. Janeth Oliveira da Silva Naves [email protected]

    24. Jos Gilberto Pereira [email protected]

    25. Joslia Cintya Quinto Frade [email protected]

    26. Julieta Ueta [email protected]

    27. Lisiane da Siveira Ev [email protected]

    28. Lcia Noblat [email protected]

    29. Luciana Maciel Zuicker [email protected]

    30. Luiz Antonio Marinho Pereira [email protected]

    31. Marcio Galvo Guimares de Oliveira [email protected]

  • 32. Maria Eneida Porto Fernandes [email protected]

    33. Mario Chaves [email protected]

    34. Mauro Silveira de Castro [email protected]

    35. Micheline Meiners [email protected]

    36. Murilo Freitas Dias [email protected]

    37. Naira Oliveira [email protected]

    38. Nelly Marin Jaramillo [email protected]

    39. Norberto Rech [email protected]

    40. Orenzio Soler [email protected]

    41. Regina Siqueira [email protected]

    42. Ricardo Carvalho Azevedo S [email protected]

    43. Selma Rodrigues de Castilho [email protected]

    44. Silvana Macdo de Morais

    45. Silvio Csar Machado dos Santos [email protected]

    46. Suzana Machado de vila [email protected]

    47. Suzie Marie T. Gomes [email protected]

    48. Wellington B. da Silva [email protected]

    49. Yone de Almeida Nascimento [email protected]

    Facilitadores

    NomeNomeNomeNomeNome E-mailE-mailE-mailE-mailE-mail

    1. Cludio Romero Pereira de Arajo [email protected]

    2. Denise dos Santos Sen [email protected]

    3. Fernanda Ncia [email protected]

    4. Vanessa Mendona Picano [email protected]

    O documento foi enviado para reviso a todos os participantes da Oficina de Trabalho e

    Reunies complementares.

  • Outros Colaboradores

    NomeNomeNomeNomeNome ColaboraoColaboraoColaboraoColaboraoColaborao

    1. Fbio Lima Cordeiro Normalizao

    2. Fernanda dos Santos Nahuz Normalizao

    3. Janaina Fornari Reviso de texto

    4. Rosa Maria Arajo Martins Reviso das citaes e referncias

    5. Samantha Lopes Elaborao de resumo

    6. Stela Candioto Melchior Reviso de texto

  • redeunida

    1.pdfPgina 1

    2.pdfPgina 1