Consolidação de BALANÇOS

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL FACULDADE DE CIÊNCIAS ECONÔMICAS DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAIS CONTÁBEIS E ATUARIAIS VIVIAN MAIRA ANSCHAU CONSOLIDAÇÃO DE DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS: UM ESTUDO DE CASO NO SISTEMA DE CRÉDITO COOPERATIVO SICREDI Trabalho de Conclusão apresentado ao Departamento de Ciências Contábeis e Atuariais da Faculdade de Ciências Econômicas da Universidade Federal do Rio Grande do Sul – UFRGS. Orientador: Prof. Msc. João Marcos Leão da Rocha Co-orientadora: Profa. Msc. Márcia Bianchi Porto Alegre 2011

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  • UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

    FACULDADE DE CINCIAS ECONMICAS

    DEPARTAMENTO DE CINCIAIS CONTBEIS E ATUARIAIS

    VIVIAN MAIRA ANSCHAU

    CONSOLIDAO DE DEMONSTRAES CONTBEIS:

    UM ESTUDO DE CASO NO SISTEMA DE CRDITO COOPERATIVO

    SICREDI

    Trabalho de Concluso apresentado ao Departamento de Cincias Contbeis e Atuariais da Faculdade de Cincias Econmicas da Universidade Federal do Rio Grande do Sul UFRGS.

    Orientador: Prof. Msc. Joo Marcos Leo da Rocha

    Co-orientadora: Profa. Msc. Mrcia Bianchi

    Porto Alegre

    2011

  • CONSOLIDAO DE DEMONSTRAES CONTBEIS: UM ESTUDO DE

    CASO NO SISTEMA DE CRDITO COOPERATIVO SICREDI

    Vivian Maira Anschau1

    RESUMO A Contabilidade tem por finalidade contribuir para o processo decisrio dos usurios atravs de informaes financeiras suficientes para a tomada de decises. Assim, para refletir a verdadeira situao de todo o grupo de empresas utilizada as demonstraes contbeis consolidadas. O objetivo deste estudo consiste em analisar as diferentes metodologias utilizadas para a consolidao do Balano Patrimonial no Sistema de Crdito Cooperativo Sicredi e avaliar as principais vantagens e limitaes de cada metodologia. O Cooperativismo de crdito se estrutura em forma de Sistema, contendo elementos interorganizacionais, integrando vrias organizaes que, apesar de atuar com normas e processos estratgicos prprios, unem-se para atingir propsitos compartilhados. Esta pesquisa se caracteriza como exploratria, qualitativa e estudo de caso. Para a realizao das anlises, utilizaram-se dados reais, porm para preservar o sigilo das informaes, neste trabalho, apresentam-se nmeros obtidos a partir de indexadores. Os resultados do estudo revelam que os mtodos de consolidao e principalmente aquele que envolve todas as empresas mercantil-financeiras do Sistema Sicredi, permitem uma melhor anlise da situao financeira e patrimonial da organizao atendendo s necessidades de seus principais interessados. Palavras-chave: Demonstraes Contbeis Consolidadas. Sistema Sicredi. Cooperativa de Crdito. Banco Cooperativo Sicredi. CPC.

    ABSTRACT Accounting aims to contribute to decision making by users of financial information

    sufficient for making decisions. Thus, to reflect the true situation of the whole group of companies is used the consolidated financial statements. The objective of this study is to examine the different methodologies used to consolidate the balance sheet in Sicredi Cooperative Credit System and evaluate the main advantages and limitations of each methodology. The credit union is structured in the form of system containing elements inter integrating several organizations, although work with standards and strategic processes themselves, come together to achieve shared purposes. This research is characterized as exploratory, qualitative and case study. To perform the analysis, we used real data, but to preserve the confidentiality of information in this paper, we present figures obtained from crawlers. The study results show that the methods of consolidation and especially that which involves all commercial and financial companies Sicredi System, allow a better analysis of the financial position of the organization serving the needs of its stakeholders. Keywords: Consolidated Financial Statements. Sicredi System. Credit Union. Cooperative Bank Sicredi. CPC.

    1 Graduanda do curso de Cincias Contbeis da UFRGS. [email protected]

  • 2

    1 INTRODUO

    O cooperativismo foi iniciado em Rochdale, na Inglaterra, em 1844, como um

    movimento de trabalhadores em tecelagens em prol de melhores condies de trabalho e

    renda, baseado nos princpios de solidariedade, igualdade, democracia e fraternidade. Desde

    ento, esse movimento foi crescendo e atualmente est presente em diversos setores da

    economia, como da sade, financeiro, agropecurio entre outros. Sua finalidade, enquanto

    doutrina, atuar na economia como um agente que corrige uma falha social, a partir de uma

    ao coletiva institucionalizada como uma associao (ZYLBERSZTAJN; NEVES, 2000).

    Esse tipo de associao no sistema jurdico brasileiro ocorre atravs da formalizao

    de uma vontade recproca de pessoas, fsicas ou jurdicas, que, de acordo com a prpria Lei

    5.764/71, atravs de um contrato, formalizam a constituio da sociedade, definindo, alm dos

    detalhes legais que lhes so exigidos, as demais regras que iro comandar os destinos das

    aes dos cooperados, atravs de sua cooperativa (SIQUEIRA, 2004).

    Dentre os principais tipos de cooperativa, encontra-se a cooperativa de crdito, que

    conforme Schardong (2002, p. 82), objetiva a captao de recursos financeiros para financiar

    a atividade dos cooperados. No Brasil, o cooperativismo de crdito iniciou em 1902 por

    iniciativa do Padre suo Theodor Amstad, que em conjunto com outras 19 pessoas, fundou a

    primeira Cooperativa de Crdito da Amrica Latina. Atualmente, existem em torno de 1380

    cooperativas de crdito, 38 Centrais Estaduais e 4 Confederaes, sendo alicerado

    basicamente em 5 sistemas de crdito, entre eles o SICOOB e o SICREDI (PORTAL DO

    COOPERATIVISMO DE CRDITO, 2011).

    Ainda no h conceito legal especfico de cooperativa de crdito, nem mesmo depois

    que elas foram equiparadas s instituies financeiras pela Lei 4.4595/1964 e passaram a

    serem fiscalizadas pelo Banco Central (BACEN). De modo geral, pode-se dizer que as

    cooperativas de crdito so instituies financeiras que funcionam maneira de um banco e,

    no Brasil, esto sujeitas s normas do BACEN, alm das normas legais prprias do sistema

    cooperativo brasileiro (PINHO, 2006).

    Dessa forma, assim como as empresas de capital aberto de modo geral, as cooperativas

    tambm apresentam inmeras empresas em sua estrutura e podem ser consideradas entidades

    econmicas passveis para realizao de mtodos contbeis permitindo a adequada anlise

    pelo mercado. Segundo Almeida (1991, p. 18) as demonstraes contbeis consolidadas so

    de importncia vital para o conhecimento da real situao do grupo de sociedades e

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    instrumento valioso para os administradores, acionistas, credores, futuros investidores e

    pblicos em geral.

    Cabe ressaltar que um dos principais objetivos da contabilidade o de oferecer

    informaes relevantes sobre a posio econmico-financeira de uma entidade, alm de ser

    uma importante ferramenta para a tomada de decises. Sendo assim, para refletir a verdadeira

    situao de todo o grupo de empresas so utilizadas as demonstraes financeiras

    consolidadas. Sua finalidade apresentar aos usurios da informao contbil a posio

    econmica, patrimonial e financeira de um grupo econmico como se fosse uma nica

    empresa (IUDCIBUS et al., 2010).

    Por sua vez, as cooperativas de crdito tambm so compreendidas como grupo

    empresarial, organizadas por meio de um sistema composto por diversas entidades (unidade

    local que faz parte de uma unidade regional, que participa da unidade central). A opo por

    reunirem-se em sistemas tambm, uma resposta concorrncia encontrada no mercado

    financeiro brasileiro, sendo uma alternativa vivel para fazer frente aos grandes

    conglomerados financeiros existentes.

    Dessa maneira, as cooperativas de crdito necessitam estarem preparadas para fornecer

    a seus associados e gestores a melhor avaliao possvel de sua posio financeira e

    patrimonial atravs de suas demonstraes financeiras. Para isto, esses relatrios devem ser

    consolidados, adotando a mesma legislao contbil aplicvel que qualquer outro grupo

    empresarial. Assim, uma cooperativa de crdito para fins de prover informaes consolidadas

    deve atender a legislao societria, as normas do BACEN e a necessidade informacional dos

    gestores e associados.

    Diante do exposto, a questo problema deste estudo : Quais seriam as principais

    diferenas, benefcios e limitaes de diferentes metodologias de consolidao das

    demonstraes contbeis adotadas no Sistema de Crdito Cooperativo Sicredi?

    Assim, o objetivo desse estudo consiste em analisar as diferentes metodologias

    utilizadas para a consolidao do Balano Patrimonial no Sistema de Crdito Cooperativo

    Sicredi e avaliar as principais vantagens e limitaes de cada metodologia.

    A pesquisa delimita-se ao Balano Patrimonial do Sistema de Crdito Cooperativo

    Sicredi no exerccio social findo em 31 de dezembro de 2010.

    O artigo est organizado, alm desta introduo, em uma reviso de literatura relativa

    s demonstraes contbeis e sua consolidao (seo 2). Na sequncia, a seo 3, apresenta

    os aspectos e procedimentos metodolgicos da pesquisa. A seo 4, a anlise dos dados da

    pesquisa e a seo 5, concluses da pesquisa.

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    2 REFERENCIAL TERICO

    Nesta seo so abordados os aspectos gerais sobre as demonstraes contbeis,

    mtodo de equivalncia patrimonial, as demonstraes contbeis consolidadas e os estudos

    relacionados ao tema.

    2.1 DEMONSTRAES CONTBEIS

    A Contabilidade objetiva oferecer informaes relevantes a respeito da situao

    patrimonial e financeira das empresas. Apesar de um progresso significativo no Brasil, a

    melhora da qualidade dessas informaes tem sido objeto de estudos e pesquisas de diversos

    rgos nacionais, tais como o Comit de Pronunciamento Contbil (CPC), o Conselho Federal

    de Contabilidade (CFC), alinhados aos organismos internacionais como o IASB, a fim de

    proporcionar mais clareza e objetividade aos investidores interessados.

    De modo geral, de acordo com o CPC 26, as demonstraes contbeis tm o propsito

    de atender as necessidades informacionais de usurios. Seu objetivo proporcionar

    informao sobre a posio patrimonial e financeira, do desempenho e dos fluxos de caixa da

    entidade que seja til no processo decisrio ao mesmo tempo em que apresenta, de modo

    estruturado, a posio patrimonial e financeira e do desempenho da entidade. Assim, as

    demonstraes contbeis objetivam apresentar os resultados da atuao da administrao na

    gesto da entidade e sua capacitao na prestao de contas quanto aos recursos que lhe foram

    confiados.

    Para satisfazer a esse objetivo, a entidade deve elaborar e divulgar suas informaes

    contbeis atravs de um conjunto de demonstraes que deve incluir, principalmente, o

    Balano Patrimonial, a Demonstrao do Resultado, a Demonstrao das Mutaes do

    Patrimnio Lquido, a Demonstraes dos Fluxos de Caixa, a Demonstrao do Resultado

    Abrangente, a Demonstrao do Valor Adicionado e as Notas Explicativas. Essas informaes

    ajudam os usurios das demonstraes contbeis na previso dos futuros fluxos de caixa da

    entidade e, em particular, a poca e o grau de certeza de sua gerao (COMIT DE

    PRONUNCIAMENTOS CONTBEIS 26).

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    2.2 MTODO DE EQUIVALNCIA PATRIMONIAL

    A maneira de avaliar os investimentos societrios tem merecido ateno porque cada

    vez mais tm surgido grupos econmicos e, com isto, o lastro de empresas com participao

    no capital de outras tem aumentado. Entre os motivos que justificam essa estratgia

    empresarial a diversificao de riscos e a otimizao de recursos.

    Sendo assim, muito comum as empresas utilizarem as demonstraes financeiras

    como uma ferramenta para alavancar seus negcios. Segundo Santos e Machado (2005), no

    momento de se avaliar os investimentos efetuados em outras sociedades, podem-se ter dois

    pontos de partida: as demonstraes contbeis individuais e as demonstraes contbeis

    consolidadas. Nas individuais, os resultados desses investimentos so avaliados pelo Mtodo

    de Equivalncia Patrimonial (MEP). Esse mtodo consiste em reconhecer os efeitos da

    variao do patrimnio lquido de cada controlada, coligada e equiparada no exerccio social

    em que ocorre, independentemente de sua realizao financeira.

    Para Perez Jnior e Oliveira (2009, p. 15) o mtodo de equivalncia patrimonial tem

    por objetivo avaliar determinadas participaes pelo valor correspondente aplicao do

    percentual de participao no capital social sobre o valor do patrimnio lquido da investida.

    Para CPC 18, no item 2:

    mtodo de equivalncia patrimonial o mtodo de contabilizao por meio do qual o investimento inicialmente reconhecido pelo custo e posteriormente ajustado pelo reconhecimento da participao atribuda ao investidor nas alteraes dos ativos lquidos da investida. O resultado do perodo do investidor deve incluir a parte que lhe cabe nos resultados gerados pela investida.

    Muitos dos procedimentos para a aplicao do mtodo de equivalncia patrimonial so

    similares aos procedimentos de consolidao, descritos no Pronunciamento Tcnico CPC 36

    Demonstraes Consolidadas. Alm disso, os conceitos que fundamentam os procedimentos

    utilizados para contabilizar a aquisio de controlada so tambm adotados para contabilizar a

    aquisio de investimento em coligada.

    Cabe ressaltar que, alm das demonstraes contbeis consolidadas e das individuais,

    existe tambm outra forma de apresentar as contabilizaes dos investimentos em controladas

    e coligadas que so as demonstraes contbeis separadas. Nessas demonstraes os

    investimentos so contabilizados com base no valor justo, ou at pelo custo, e no pelo

    mtodo de equivalncia patrimonial. Portanto, as demonstraes financeiras separadas no

    podem ser confundidas com as demonstraes individuais, uma vez que essa ltima utiliza o

    MEP para sua avaliao (COMIT DE PRONUNCIAMENTOS CONTBEIS 35).

  • 6

    Assim, conforme ICPC 09, item 9, qualquer entidade que possua investimento em

    coligada, em controlada ou em controlada em conjunto pode, alm de suas demonstraes

    individuais, ou individuais e consolidadas, elaborar e apresentar tambm as demonstraes

    separadas.

    2.3 DEMONSTRAES CONTBEIS CONSOLIDADAS

    A consolidao das demonstraes contbeis tem se apresentado como instrumento de

    avaliao para entidades que possuem participao acionria em outras empresas. Para

    Iudcibus e Marion (2000, p. 236) a consolidao visa apresentar a situao financeira e

    econmica de diversas empresas como se fosse uma nica empresa. Alm disso, possibilitam

    uma viso econmica de forma integrada do grupo empresarial gerando informaes de

    extrema importncia aos usurios internos e externos. Segundo Iudcibus et al. (2010, p. 647)

    a consolidao permite uma viso mais geral e abrangente e melhor compreenso do que

    inmeros balanos isolados de cada empresa.

    Sendo assim, sero observadas as regras de consolidao operacional estabelecidas

    pelo BACEN , inclusive aquelas previstas no Plano Contbil das Instituies do Sistema

    Financeiro Nacional, Captulo 1 - Normas Bsicas, Seo 21 - Consolidao Operacional das

    Demonstraes Financeiras (BACEN, 2011, p. 1) que afirma:

    (...) a consolidao operacional das demonstraes financeiras resulta da utilizao de tcnica apropriada que visa apurar informaes contbeis de duas ou mais instituies integrantes de conglomerado financeiro, como se em conjunto representassem uma nica entidade.

    Dessa forma, verifica-se a necessidade de divulgao dessas informaes financeiras

    com o intuito de auxiliar a tomada de decises dos usurios interessados. Assim, segundo

    CPC 36, para elaborao de demonstraes financeiras consolidadas, a entidade controladora

    combina suas demonstraes contbeis com as de suas controladas linha a linha, ou seja,

    somando os saldos de mesma natureza: ativos, passivos, receitas e despesas.

    A partir disso, para que o grupo de empresas apresente suas demonstraes

    consolidadas deve, segundo CPC 36, item 18, adotar os seguintes critrios:

    (a) o valor contbil do investimento da controladora em cada controlada e a parte dessa controladora no patrimnio lquido das controladas devem ser eliminados. (b) identificar a participao dos no controladores no resultado das controladas consolidadas para o perodo de apresentao das demonstraes contbeis; e (c) identificar a participao dos no controladores nos ativos lquidos das controladas consolidadas, separadamente da parte pertencente controladora.

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    Ainda de acordo com o CPC 36, item 18, participao dos no controladores nos

    ativos lquidos composta:

    (i) do montante da participao dos no controladores na data da combinao inicial, calculada em conformidade com o Pronunciamento Tcnico CPC 15 Combinao de Negcios; e (ii) da participao dos no controladores nas variaes patrimoniais das controladas consolidadas desde a data da combinao.

    Assim, as tcnicas de consolidao das demonstraes contbeis buscam evidenciar a

    situao econmica e financeira de todo conglomerado financeiro, como se este constitusse

    uma nica entidade. Diante disso, vale ressaltar que no diferentemente das demais

    sociedades, as cooperativas de crdito necessitam da contabilidade e suas ferramentas para

    decidirem com base nessas o melhor trajeto para atingirem o sucesso.

    2.4 ESTUDOS RELACIONADOS

    Embora seja um assunto importante dentro da contabilidade societria, no h muitas

    pesquisas que tratam da consolidao, to pouco especificamente em sistemas cooperativos.

    Em pesquisa aos principais peridicos brasileiros disponveis eletronicamente, foram

    encontrados alguns artigos que so apresentados a seguir.

    O artigo Consolidao das demonstraes financeiras: necessidade ou sofisticao?

    de autoria de Pacheco Filho (1989) mostra a necessidade da apresentao de demonstraes

    consolidadas quando se trata de grupos empresariais. Esse artigo um dos pioneiros sobre o

    tema consolidao de balanos e afirma em seu texto que a consolidao de balanos a

    melhor forma de evidenciar os fatos ocorridos nas entidades. Ainda, conforme o autor, a

    consolidao importante no apenas pelo fato de apresentar que uma empresa tem

    participao acionria em outra. A importncia maior que existem combinaes de

    interesses entre essas organizaes, pois essas empresas trabalham em grupo beneficiando-se

    umas s outras como se fosse matriz e suas filiais e, assim, formam um conjunto de atividades

    econmicas. Por isso, ocorre a necessidade de haver consolidao de balanos desses grupos a

    fim de proporcionar uma melhor anlise financeira, j que os balanos analisados

    isoladamente dificilmente dariam uma ideia do conjunto e, dessa forma, o investidor ficaria

    mal informado sobre a real situao do grupo.

    O principal objetivo do estudo A verdadeira utilidade dos Balanos Consolidados:

    uma anlise crtica foi analisar de maneira crtica a verdadeira utilidade dos balanos

    consolidados, levando em conta seus principais interessados e tendo em vista os limites

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    impostos pela legislao e o produto final resultante das tcnicas de elaborao conforme

    ensinamentos dos principais tericos das Cincias Contbeis. Conforme Souza e Bezerra

    (2003), a utilidade da consolidao de balanos eminentemente gerencial, porm existem

    dois grupos interessados nesse tipo de situao: os usurios internos e os usurios externos.

    No primeiro grupo esto os administradores, controllers ou gerentes, ou seja, aqueles que

    observaro o retorno sobre o patrimnio e o desempenho empresarial atravs da anlise das

    demonstraes financeiras. O outro grupo formado por acionistas, empregados,

    fornecedores, governo, concorrentes e outros usurios interessados nas informaes contbeis

    da empresa para fins de comparao, alternativas de investimento, capacidade financeira e

    outras situaes favorveis.

    Os autores Machado e Santos (2004) publicaram o artigo Demonstraes

    consolidadas pr-forma: importncia avaliada em um caso real, na Revista Contabilidade e

    Finanas e abordaram a consolidao das demonstraes contbeis quando ocorre a aquisio

    do controle de empresas, enfatizando a questo da comparabilidade das demonstraes entre o

    perodo da aquisio, o anterior e o posterior ao evento da aquisio. Trata-se de um estudo de

    caso efetuado na empresa Andrade Gutierez S. A, holding que tem participaes em

    controladas que atuam em variados segmentos como construo pesada, telecomunicaes e

    investimentos imobilirios. O artigo evidencia a importncia da consolidao das

    demonstraes contbeis, principalmente no exerccio social em que ocorre a aquisio do

    controle de empresas, pois, ao se inserir uma nova sociedade no consolidado, pode haver uma

    perda de comparabilidade com o ano anterior e com o posterior a sua aquisio. Alm disso, o

    trabalho ressaltou que, embora a consolidao seja normatizada, sua elaborao e publicao

    devem ir alm do exigido atravs de normas e leis, aumentando assim a capacidade

    informativa das demonstraes contbeis.

    O estudo de Garcia et al. (2008) buscou apresentar as principais diferenas entre

    demonstraes contbeis por segmento econmico e geogrfico e demonstraes contbeis

    consolidadas e teve como ttulo Demonstraes contbeis por segmento e demonstraes

    contbeis consolidadas, um estudo comparativo. A Segmentao da informao contbil,

    segundo os autores, colabora para a evidenciao das atividades que a empresa opera e com

    isso possvel apresentar como cada segmento econmico ou geogrfico colabora para a

    formao de todo o resultado empresarial. J a principal finalidade da consolidao

    apresentar os resultados de uma entidade controladora e de suas controladas como se fosse

    uma s entidade e permite, por conseguinte, que seja feita uma anlise mais abrangente e uma

    melhor compreenso do que as demonstraes isoladas. Assim, enquanto a consolidao

  • 9

    busca demonstrar a fora do grupo empresarial, a segmentao busca apresentar quanto cada

    segmento contribui para a formao da situao patrimonial consolidada.

    3 PROCEDIMENTOS METODOLGICOS

    Para a elaborao deste estudo, foram utilizados alguns mtodos de pesquisas a fim de

    facilitar o desenvolvimento do assunto. Para desenvolver uma investigao, necessrio,

    primeiramente definir o tipo de pesquisa, o qual depende dos objetivos do estudo e da

    natureza do tema a ser investigado (GRESSLER, 2004).

    Vale ressaltar que para a conduo de uma pesquisa fundamental que se entenda de

    maneira clara como ser realizada, alm de compreender suas caractersticas. Assim, os

    principais tipos de pesquisa utilizados nesse estudo foram a pesquisa exploratria, a pesquisa

    qualitativa e o estudo de caso.

    A consolidao de balanos em um sistema cooperativo de crdito uma ferramenta

    importante para a organizao. Apesar de ser um procedimento realizado por vrias

    instituies, no h muitos artigos, pesquisas e at mesmo bibliografia especfica sobre o

    assunto o que ocasiona a dificuldade da explorao dos fatos. Por isso, quanto aos objetivos, o

    estudo caracteriza-se como uma pesquisa exploratria, a qual busca explorar assuntos que

    possuem poucos referenciais acadmicos sobre o tema. Para Santos (2000, p. 26):

    Explorar tipicamente a primeira aproximao de um tema e visa criar maior familiaridade em relao a um fato ou fenmeno. Quase sempre busca-se essa familiaridade pela prospeco de materiais que possam informar ao pesquisador a real importncia do problema, o estgio em que se encontram as informaes j disponveis a respeito do assunto, e at mesmo, revelar ao pesquisador novas fontes de informao. Por isso, a pesquisa exploratria quase sempre feita como levantamento bibliogrfico, entrevistas com profissionais que estudam/atuam na rea, visitas a web sites etc.

    Quanto forma de abordagem do problema, utilizou-se a pesquisa qualitativa, onde as

    anlises so mais profundas em relao ao estudo efetuado. A anlise dos balanos

    consolidados de um sistema cooperativo de crdito um fenmeno social que necessita de

    uma interpretao explanatria adequada. De acordo com Gil (2008, p. 175):

    A anlise dos dados nas pesquisas experimentais e nos levantamentos essencialmente quantitativa. O mesmo no ocorre, no entanto, com as pesquisas definidas como estudos de campo, estudos de caso, pesquisa ao ou pesquisa participante. Nestas, os procedimentos analticos so principalmente de natureza qualitativa. E, ao contrrio do que ocorre nas pesquisas experimentais e levantamentos em que os procedimentos analticos podem ser definidos previamente, no h frmulas ou receitas predefinidas para orientar os pesquisadores. Assim a anlise dos dados na pesquisa qualitativa passa a depender muito da capacidade e do estilo do pesquisador.

  • 10

    No que se refere aos procedimentos tcnicos utilizados, esta pesquisa se classifica

    como estudo de caso, realizado no sistema cooperativo de crdito Sicredi. Nesse caso, a coleta

    de dados ser realizada atravs de uma anlise documental sobre a consolidao dos balanos

    do sistema cooperativo de crdito Sicredi referente ao ano de 2010. Yin (2005, p. 112)

    ressalta que [...] o uso mais importante de documentos corroborar e valorizar as evidncias

    oriundas de outras fontes.

    Sendo assim, o principal objetivo desse tipo de coleta reside na obteno de elementos

    que descrevam como atualmente so realizadas as consolidaes dos balanos do sistema

    cooperativo de crdito atravs de documentos e informaes disponibilizadas na Intranet.

    O primeiro passo no processo de construo desse estudo de caso foi buscar as

    informaes necessrias sobre a estrutura e o funcionamento da empresa avaliada. O segundo

    passo foi a realizao de leituras em artigos cientficos, livros e pronunciamentos a fim de

    aprofundar o conhecimento sobre o tema consolidao de demonstraes contbeis,

    procurando descrever atravs de diferentes fontes a importncia da utilizao desse tipo de

    ferramenta em uma organizao. Aps, foram realizadas algumas reunies com membros da

    equipe responsvel pela construo das demonstraes consolidadas da empresa para adquirir

    maior conhecimento sobre o assunto, bem como documentos importantes para servir de base

    na confeco do artigo.

    Ressalta-se que, para a anlise dos dados, foi preservado o sigilo corporativo. Por isso,

    a partir dos dados reais (valores das contas contbeis) foi aplicado um indexador. Logo, os

    valores apresentados na seo 4 esto indexados.

    4 ANLISE DOS DADOS

    Nesta seo, os resultados obtidos esto dispostos de acordo com os procedimentos

    estabelecidos na seo 3 e limitam-se ao exerccio social de 2010. Para facilitar a

    compreenso, inicia-se com a caracterizao da empresa; seguida pela consolidao do Banco

    Sicredi e suas empresas controladas; depois pela consolidao das Cooperativas e centrais e a

    consolidao conjunta da Cooperativa, Centrais, Banco e suas controladas. A seo

    finalizada com uma anlise comparativa entre as metodologias de consolidao.

    4.1 CARACTERIZAO DA EMPRESA

    Com base no tema consolidao de demonstraes financeiras e a partir da

    fundamentao terica apresentada, foi selecionado como objeto desse estudo o Sistema de

  • 11

    Crdito Cooperativo Sicredi, doravante denominado de Sistema Sicredi. Um dos principais

    motivos que justificam a escolha deste caso o fato de constituir um conjunto de empresas

    interligadas, que atua sob a forma jurdica de cooperativa de crdito, portanto sujeita s

    normas vigentes do BACEN.

    O Sistema Sicredi opera, atualmente, com 128 cooperativas de crdito e mais de 1.000

    pontos de atendimento em dez Estados brasileiros. O conjunto de empresas que formam o

    Sistema Sicredi compreendido por cinco Cooperativas Centrais, uma Confederao, o

    Banco Cooperativo Sicredi e suas empresas controladas (Administradora de Cartes,

    Administradora de Consrcios e Corretora de Seguros) e a Sicredi Participaes S. A,

    conforme demonstra a Figura 1. Esse conjunto de empresas proporciona ganhos de escala,

    fortalecimento da marca e maior competitividade (SICREDI, 2011).

    Figura 1: Organograma do Sistema Sicredi Fonte: SICREDI (2011).

  • 12

    Observa-se, atravs da Figura 1, que as Cooperativas de Crdito so formadas pelos

    seus respectivos associados. Essas Cooperativas de Crdito atuam como instituies

    financeiras nas comunidades onde possuem unidades de atendimento. Os principais objetivos

    das Cooperativas de Crdito so: estimular a formao de poupana, administrar recursos

    financeiros e conceder emprstimos aos associados. Ainda, as Cooperativas so estruturadas

    regionalmente em Centrais as quais coordenam e supervisionam sua atuao, bem como so

    responsveis pela prestao de diversos tipos de servios para as cooperativas tais como:

    auditoria e superviso, avaliao de desempenho, recrutamento e seleo, coordenao dos

    programas sociais, elaborao e aprovao do plano de metas, entre outros.

    As Centrais, assim como as Cooperativas de Crdito, so responsveis pelo controle

    da Sicredi Participaes S/A. A Sicredi Participaes S/A uma holding que foi criada em

    2008 para propiciar a participao direta e formal das cooperativas de crdito na gesto

    corporativa e para dar maior objetividade e racionalidade ao Sicredi. Alm disso, desde o seu

    incio, a holding tem a misso de coordenar as decises estratgicas e controlar parte das

    empresas do Sistema Sicredi (Banco Cooperativo Sicredi, a Confederao Sicredi e a

    Fundao Sicredi). Essa estrutura organizacional permite, ainda, que empresas de rating

    avaliem e classifiquem o risco corporativo do Banco Sicredi liquidar suas obrigaes

    financeiras, dando maior visibilidade e confiana para o mercado financeiro, investidores e

    associados.

    Com o propsito de maior transparncia contbil e de accountability, nas subsees

    seguintes sero detalhadas as diversas metodologias utilizadas para realizar a consolidao do

    Balano Patrimonial do Sistema Sicredi, de acordo com a necessidade informacional ou

    atender uma exigncia legal. Ainda, ser realizada uma anlise dessas metodologias com a

    finalidade de identificar as vantagens e limitaes de cada mtodo, dada a necessidade de

    informao de cada usurio interessado.

    4.2 BANCO COOPERATIVO SICREDI

    O Banco Cooperativo Sicredi S.A o primeiro banco cooperativo privado do Brasil.

    Constitudo em 1995, atua como instrumento das cooperativas de crdito para acessar o

    mercado financeiro e programas especiais de financiamento, alm de desenvolver produtos

    corporativos e polticas de comunicao e marketing. Atualmente, o Banco Cooperativo

    Sicredi possui em sua estrutura empresas que auxiliam na execuo dos servios e produtos

    financeiros aos seus associados, a saber: a Administradora de Bens, que oferece servios de

  • 13

    locao de imveis; a Administradora de Cartes, prestando servios financeiros de

    pagamento em meios eletrnicos por meio de cartes de dbito e de crdito; a Administradora

    de Consrcio, oferecendo produtos de consrcios de bens e a Corretora de Seguros,

    oferecendo produtos e servios de seguros de vida e de bens (SICREDI, 2011).

    4.2.1 Consolidao do Banco Cooperativo Sicredi e suas Empresas Controladas

    De acordo com o BACEN, especificamente as Normas do Sistema Financeiro, atravs

    do Plano Contbil das Instituies do Sistema Financeiro Nacional, Captulo 1 - Normas

    Bsicas, Seo 21 - Consolidao Operacional das Demonstraes Financeiras (BACEN,

    2011, p. 1):

    1 - O conglomerado financeiro, como se este constitusse uma nica entidade econmica, deve elaborar consolidao operacional das demonstraes financeiras atravs de sua instituio lder, refletindo a adequada situao econmico-financeiro-patrimonial. Para tanto, as transaes de quaisquer naturezas realizadas entre as instituies componentes do conglomerado, para efeito de consolidao, devem ser consideradas como se tivessem sido efetuadas entre departamentos integrantes dessa unidade econmica (Circ. 1273). 2 - As demonstraes financeiras resultantes da consolidao operacional compreendem (Circ. 1273; Res. 3604 art. 5): a) o Balancete e Balano Consolidado (documento n 4); b) a Demonstrao Consolidada de Resultado (documento n 8).

    Atendendo a legislao societria e a legislao do BACEN, esta ltima porque se

    caracteriza como uma instituio financeira, devem ser consolidadas e divulgadas as

    demonstraes contbeis do conjunto de empresas que formam Banco Cooperativo Sicredi.

    Desse modo, a Figura 2 mostra as participaes societrias em controladas do Banco

    Cooperativo Sicredi.

  • 14

    Figura 2: Estrutura Societria das Controladas do Banco Cooperativo Sicredi Fonte: Adaptada de SICREDI (2011).

    Ao analisar a Figura 2, pode-se observar que o Banco Cooperativo Sicredi possui

    participao direta de aproximadamente 100% do capital social de suas controladas. Assim,

    para efeito de consolidao, todas as transaes, saldos, ganhos e perdas no realizados entre

    as unidades de negcios do Banco Cooperativo Sicredi devem ser eliminados.

    A Tabela 1 mostra o Balano Patrimonial das empresas objeto de consolidao, com

    contas em nvel sinttico e as eliminaes que foram realizadas.

  • 15

    Tabela 1: Balano Patrimonial Consolidado do Banco Cooperativo Sicredi e suas Controladas em 31 de dezembro de 2010 (em milhares R$)

    Balano Patrimonial

    Ativo

    Banco Corretora Adm Bens Adm Consrcio

    Adm Cartes Eliminao

    Consolidao Total

    Disponibilidades 18.767 5.520 42 255 896 6.448 19.031

    Relaes Interfinanceiras 133.369 133.369

    Aplicaes Interfinanceiras de Liquidez

    1.962.133 - - - - - 1.962.133

    Ttulos e Valores Mobilirios 1.441.095 2.637 1.119 6.389 3.756 1.447.484

    Operaes de Crdito 2.640.627 - - - - - 2.640.627

    Outros Crditos 23.903 537 128 26 29.963 - 54.556

    Outros Valores e Bens 27 5 3 3 1.482 1.519

    Impostos Diferidos 4.250 295 4.545

    Permanente 38.851 166 23.241 125 3.414 35.767 30.029

    Investimento 35.774 6 35.767 13

    Imobilizado 2.944 161 23.239 105 3.347 29.795

    Intangvel 133 1 20 68 222

    TOTAL 6.263.019 8.865 24.531 6.798 36.049 45.970 6.293.292

    Passivo + PL

    Banco Corretora Adm Bens Adm Consrcio

    Adm Cartes Eliminao

    Consolidao Total

    Depsitos Totais 3.343.734 - - - - 10.203 3.333.531

    Operaes Compromissadas 1.706.663 1.706.663

    Relaes Interfinanceiras 7.926 7.926

    Emprstimos/Repasses 966.835 966.835

    Outros Passivos 105.878 5.779 70 2.069 32.347 146.142

    Patrimnio Lquido 131.985 3.086 24.461 4.728 3.703 35.767 132.195

    TOTAL 6.263.019 8.865 24.531 6.798 36.049 45.970 6.293.292

    Fonte: Adaptada de SICREDI (2011).

    Sendo o Balano Patrimonial uma das demonstraes financeiras obrigatrias, nele

    representado, de forma sinttica e seguindo as normas contbeis vigentes, o patrimnio da

    empresa em determinado momento. Atravs da sua consolidao, possvel agregar os saldos

    de contas ou de grupos de contas de mesma natureza e eliminar saldos de transaes e de

    participaes entre empresas que formam a unidade de natureza econmico-contbil.

    A partir dos dados apresentados na Tabela 1, observa-se que as contas entre as

    empresas so somadas entre si gerando um nico valor consolidado. Alm disso, verificam-se

    as principais eliminaes ocorridas nas contas do Ativo e Passivo, bem como no Patrimnio

    Lquido. Os valores dos investimentos da controladora em cada controlada e o correspondente

    valor no patrimnio lquido da controlada so eliminados. As empresas Corretora de Seguros,

    Administradora de Consrcios, Administradora de Cartes e Administradora de bens,

    possuem conta corrente no Banco Cooperativo Sicredi. Por esse motivo, o saldo bancrio de

  • 16

    R$ 6.448, registrado no grupo Disponibilidades no ativo do Banco, deve ser eliminado com os

    saldos registrado na conta Depsito Totais, no Passivo de cada uma das Administradoras.

    Dessa mesma forma, as Administradoras possuem Cdulas de Depsito Bancrio (CDBs)

    registrados na conta Ttulos e Valores Mobilirios, no ativo do Banco, no valor de R$ 3.756,

    tambm eliminado na conta Depsito Totais, no Passivo das Administradoras, depsitos

    totais, pois representam um depsito a prazo.

    A partir dessas eliminaes e das consolidaes dos saldos, possvel observar que o

    Balano Patrimonial consolidado do Banco e suas empresas controladas fornece a verdadeira

    situao patrimonial e financeira desse grupo de empresas inter-relacionadas, proporcionando

    assim uma anlise adequada para o segmento bancrio do Sistema Sicredi.

    4.3 CONSOLIDAO DAS COOPERATIVAS DE CRDITO E CENTRAIS

    As Cooperativas de Crdito do Sicredi atuam na captao, administrao e

    emprstimos de recursos financeiros e prestao de servios, agregando renda aos seus

    associados. Para atender s necessidades dos associados, elas contam com empresas

    corporativas que atuam com a funo principal de oferecer apoio tcnico e maior

    especializao ao negcio. Estas Cooperativas so compreendidas em cinco Centrais

    Estaduais: Central Sicredi RS, Central Sicredi Paran, Central Sicredi So Paulo, Central

    Sicredi Brasil Central, que engloba Mato Grosso do Sul, Gois e Tocantins e a Central Sicredi

    MT, que congrega os estados do Mato Grosso, Rondnia e Par (SICREDI, 2011).

    A consolidao das demonstraes contbeis das Cooperativas de Crdito do Sicredi e

    as suas Centrais realizada para fins gerenciais, para atender a gesto estratgica. Porm,

    essas demonstraes consolidadas no so exigidas pelo BACEN e nem divulgadas ao

    pblico externo. Isso confirma que esse procedimento realizado como uma ferramenta

    gerencial de apoio s decises da Cooperativa e do Sistema Sicredi.

    Na Tabela 2, apresentada a consolidao das contas patrimoniais entre a Cooperativa

    e a Central Sicredi RS, os dados so referentes ao ms de dezembro de 2010.

  • 17

    Tabela 2: Balano Patrimonial Consolidado Cooperativas e Central RS e SC, em 31 de dezembro de 2010 (em milhares R$)

    Balano Patrimonial

    Ativo

    RS e SC

    Coops Central Eliminao Consolidao Total

    Disponibilidades 28.334 3 28.337

    Relaes Interfinanceiras 1.812.791 1.791.624 21.168

    Aplicaes Interfinanceiras de Liquidez 1.398 858.730 860.128

    Ttulos e Valores Mobilirios 1.239 974.956 976.195

    Operaes de Crdito 2.435.959 50.414 50.414 2.435.959

    Outros Crditos 55.188 30.906 13.996 72.098

    Outros Valores e Bens 12.085 88 12.173

    Impostos Diferidos -

    Permanente 212.940 20.345 86.248 147.037

    Investimento 134.385 19.279 86.248 67.417

    Imobilizado 65.479 1.066 66.545

    Intangvel 13.076 13.076

    TOTAL 4.559.934 1.935.441 1.942.282 4.553.094

    Passivo + PL

    Coops Central Eliminao Consolidao Total

    Depsitos Totais 2.730.919 1.808.892 1.791.624 2.748.187

    Operaes Compromissadas -

    Arrecadaes 9.362 9.362

    Relaes Interfinanceiras 6.782 6.782

    Emprstimos/Repasses 910.132 50.414 859.703

    Outros Passivos 116.619 35.024 13.996 137.647

    Patrimnio Liquido 786.121 91.524 86.248 791.413

    TOTAL 4.559.934 1.935.441 1.942.282 4.553.094

    Fonte: Adaptada de SICREDI (2011).

    A partir do que foi mencionado anteriormente e ilustrado na Figura 1, o Sistema

    Cooperativo de Crdito Sicredi possui em sua estrutura cinco centrais estaduais e todas

    consolidam suas informaes com as cooperativas que fazem parte da sua rea de atuao.

    Assim, para facilitar a compreenso do estudo, na Tabela 2 esto demonstradas apenas as

    informaes referentes Central RS, pois o mtodo de consolidao ocorre da mesma forma

    nas outras quatro centrais pertencentes ao Sistema Sicredi.

    A consolidao das contas apresentadas na Tabela 2 realizada de modo semelhante

    consolidao apresentada na Tabela 1. No entanto, nesse caso, o valor correspondente s

    transaes financeiras realizadas pelos associados em suas cooperativas transferido para as

    contas de suas respectivas Centrais. Assim, pode-se observar que a conta Relaes

    Interfinanceiras, no Ativo das Cooperativas, tem uma eliminao de R$ 1.791.624 com a

  • 18

    conta Depsitos Totais, no Passivo das Cooperativas Centrais, por se tratar de um depsito

    vista realizado pela cooperativa em sua Central. Ocorre tambm a eliminao na conta

    Operaes de Crdito, no Ativo das Centrais, no valor de R$ 50.414, referente s operaes

    de crdito rural repassados aos associados. Nas Cooperativas esse valor registrado como um

    emprstimo ou repasse registrado, no Passivo. Dessa mesma forma ocorre eliminao de R$

    13.996 na conta Outros Crditos, no Ativo, com a conta Outros Passivos referentes a outros

    tipos de concesses de crdito aos associados. O valor de Investimento da controladora em

    cada controlada e o correspondente valor no Patrimnio Lquido da controlada tambm so

    eliminados.

    Observa-se que as modificaes decorrentes das eliminaes no Balano Patrimonial,

    o saldo consolidado, geram informaes reais da situao patrimonial e financeira do

    segmento Cooperativo, uma vez que, atualmente, so divulgados os balanos isolados dessas

    cooperativas de crdito.

    4.4 CONSOLIDAO CONJUNTA DAS COOPERATIVAS, CENTRAIS, BANCO E

    SUAS CONTROLADAS

    Conforme a subseo 4.2, o BACEN exige que o Sistema Sicredi consolide e divulgue

    apenas as demonstraes financeiras do Banco Cooperativo Sicredi e suas controladas,

    abrangendo somente a atividade financeira do Sistema Sicredi. Para fins gerenciais, o Sistema

    Sicredi consolida as demonstraes financeiras das Cooperativas de Crdito e as suas Centrais,

    conforme apresentado na subseo 4.3. O que se observa o uso de duas metodologias de

    consolidao parcial, em relao ao Sistema Sicredi num todo. No entanto, no se tem uma

    consolidao que apresente a situao patrimonial, econmica e financeira do Sistema Sicredi,

    de modo completo.

    A necessidade de realizar a consolidao das demonstraes financeiras que

    contemple todo o Sistema Sicredi eminente. A fim de expandir seus negcios, o Banco

    Cooperativo Sicredi firmou um acordo de investimento com a empresa Rabo Financial

    Institutions Development BV (RFID), uma das empresas do grupo holands RABOBANK.

    Atravs deste acordo, a RFID deter participao de 30% no capital social do Banco

    Cooperativo Sicredi e essa parceria proporcionar o intercmbio de informaes e de

    conhecimentos tcnicos entre os dois grupos.

    Sendo assim, verifica-se a necessidade de o Sistema Sicredi apresentar maior

    transparncia e accountability para seu novo investidor, no s da parte do Banco

  • 19

    Cooperativo Sicredi mas sim, de todo o Sistema Sicredi. A Tabela 3 mostra a consolidao do

    Balano Patrimonial, em 31 de dezembro de 2010, contemplando o Banco Cooperativo

    Sicredi e suas controladas bem como as Cooperativas e suas Centrais. Ou seja, todas as

    empresas do Sistema Sicredi que possuem atividade mercantil-financeira.

    Tabela 3: Balano Patrimonial Consolidado Cooperativas, Centrais e, Banco e suas Controladas, em 31 de dezembro de 2010 (em milhares R$)

    Balano Patrimonial

    Ativo

    Banco + Controladas Centrais + Coops Eliminao Consolidao Total

    Disponibilidades 19.031 69.759 88.790

    Relaes Interfinanceiras 133.369 36.577 169.946

    Aplicaes Interfinanceiras de Liquidez 1.962.133 1.352.011 1.349.374 1.964.770

    Ttulos e Valores Mobilirios 1.447.484 1.685.787 1.083.027 2.050.244

    Operaes de Crdito 2.640.627 4.468.020 1.622.740 5.485.907

    Outros Crditos 54.556 134.934 349 189.141

    Outros Valores e Bens 1.519 25.872 27.391

    Impostos Diferidos 4.545 - 4.545

    Permanente 30.029 262.900 111.728 181.200

    Investimento 13 116.224 111.728 4.509

    Imobilizado 29.795 122.692 152.487

    Intangvel 222 23.984 24.205

    TOTAL 6.293.292 8.035.858 4.167.218 10.161.931

    Passivo + PL

    Banco + Controladas Centrais + Coops Eliminao Consolidao Total

    Depsitos Totais 3.333.531 4.538.210 1.354.225 6.517.515

    Operaes Compromissadas 1.706.663 1.026.756 679.907

    Arrecadaes 14.997 14.997

    Relaes Interfinanceiras 7.926 11.228 19.154

    Emprstimos/Repasses 966.835 1.788.077 1.622.740 1.132.173

    Outros Passivos 146.142 326.087 51.769 420.460

    Patrimnio Lquido 132.195 1.357.260 111.728 1.377.727

    TOTAL 6.293.292 8.035.858 4.167.218 10.161.931

    Fonte: Adaptada de SICREDI (2011). A Tabela 3 mostra a consolidao conjunta de todo o Sistema Sicredi, ou seja, uma

    unificao das metodologias j utilizadas e apresentadas nas Tabelas 1 e 2. As eliminaes

    ocorrem da mesma forma das apresentadas nos itens 4.3 e 4.4. Os Investimentos so

    eliminados com o Patrimnio Lquido; Operaes de Crdito so eliminadas com a conta

    passiva de Emprstimos/Repasses; o saldo da conta ativa Outros Crditos eliminado com a

    conta passiva Outros Passivos; Aplicaes Interfinanceiras de Liquidez so eliminadas uma

    parte com a conta Depsitos Totais outra parte com Outros Passivos; Ttulos de Valores

  • 20

    Mobilirios (CDI) so eliminados parte com a conta Depsitos Totais e outra com Operaes

    Compromissadas.

    A vantagem dessa metodologia o fato de os saldos patrimoniais consolidados

    apresentarem a situao do Sistema Sicredi junto a terceiros, isto , sem qualquer valor que

    seja de operaes inter companhias que compe o conglomerado. Alm disso, a metodologia

    permite dimensionar de maneira coerente os saldos das contas existentes na empresa, de modo

    que os principais interessados compreendam a real situao da entidade.

    4.5 ANLISE COMPARATIVA

    As demonstraes contbeis consolidadas permitem uma melhor anlise das contas

    patrimoniais de um grupo de empresas inter-relacionadas, sejam usurios internos ou

    externos. A partir dos dados analisados nas subsees 4.2 a 4.4, verificam-se alguns aspectos

    importantes entre as trs metodologias de consolidao. Na subseo 4.2, as demonstraes

    so consolidadas entre o Banco Cooperativo Sicredi e suas empresas controladas, atendem as

    exigncias do BACEN. Na subseo 4.3, so consolidadas as informaes entre Cooperativas

    de Crdito e as Centrais, proporcionando uma melhor avaliao por rea de atuao de cada

    central e atendendo assim, de forma gerencial, o interesse dos gestores estratgicos. J Na

    subseo 4.4, apresentada a consolidao de todas as empresas que possuem atividade

    mercantil-financeira no Sistema Sicredi, ou seja, unificada a consolidao da atividade

    bancria e da atividade cooperativa, em um nico demonstrativo.

    A principal diferena dentre as metodologias apresentadas o fato de que apenas o

    segmento financeiro do Sistema Sicredi, representando pelo Banco Cooperativo Sicredi, est

    obrigado a consolidar suas demonstraes financeiras e divulg-las. Apesar de as

    Cooperativas de Crdito serem equiparadas s instituies financeiras, essas so excludas da

    consolidao obrigatria. No entanto, como de interesse do Sistema Sicredi a consolidao

    das Cooperativas de Crdito e suas Centrais tal procedimento realizado apenas para fins

    gerenciais estratgicos.

    Contudo, a prpria gesto estratgica do Sistema Sicredi defende a consolidao

    conjunta das Cooperativas de Crditos e suas Centrais bem como do Banco Cooperativo

    Sicredi e suas Controladas, conforme exposto na subseo 4.4. Essa metodologia de

    consolidar todos os segmentos do Sistema Sicredi gera melhor informao sobre a sua

    situao econmica, financeira e patrimonial, propiciando melhor anlise por parte de

    investidores, gestores, mercado financeiro e empresas de avaliao de riscos. Atualmente, tal

  • 21

    metodologia no utilizada, o que se tem divulgada do Sistema Sicredi so informaes

    contbil-financeiras segmentadas por Cooperativas e o consolidado do Banco Cooperativo

    Sicredi.

    5 CONCLUSES

    A sociedade cooperativa a unio de pessoas com interesses comuns, que buscam

    satisfazer aspiraes e necessidades econmicas, sociais e culturais por meio de uma

    cooperativa organizada economicamente e de forma democrtica. Assim, algumas unies de

    cooperativas se tornam to grandes que se autodenominam sistemas, movimentos ou

    corporaes cooperativas (PORTAL DO COOPERATIVISMO DE CRDITO, 2011). Sobre

    isto, pode-se inferir que o Sistema Sicredi exemplo brasileiro notvel que atua no segmento

    financeiro.

    Pelo fato de o Sistema Sicredi ser um conglomerado de empresas, pode-se concluir

    que necessrio e importante para os diversos usurios da informao contbil ser elaborada

    e divulgada a consolidao das demonstraes contbeis que abrange o Sistema num todo.

    Ao analisar as diferentes metodologias de consolidao aplicvel ao Sistema Sicredi

    conclui-se que, as metodologias apresentadas nas subsees 4.2 e 4.3, as quais so realizadas

    pela empresa estudada, so incompletas e atendem o interesse de usurios especficos. A

    primeira metodologia atende ao BACEN e abrange a consolidao do Banco e suas empresas

    controladas proporcionando apenas a consolidao da instituio financeira pertencente ao

    Sistema. Na segunda metodologia, a qual consolida as Cooperativas e Centrais, atende

    exclusivamente os usurios internos do Sistema Sicredi.

    Sobre a metodologia de consolidao apresentada na subseo 4.4, conclui-se que de

    grande importncia para todos os usurios ter um conjunto de demonstraes contbeis que

    evidencie a situao patrimonial, econmica e financeira do Sistema Sicredi, isto , que

    abrange as Cooperativas, as Centrais e o Banco Cooperativo Sicredi. Ainda, diante da

    expanso do Sistema Sicredi, inclusive culminando com a entrada de novos acionistas, como

    o caso do grupo estrangeiro RABOBANK, pode-se concluir que informaes contbeis

    consolidadas so essenciais para aumentar o disclosure, a accountability e as prticas de

    governana corporativa. Ressalta-se que essas prticas aumentam a qualidade da informao

    pelos diversos usurios, inclusive empresas de rating.

    Para estudos futuros, sugere-se a incluso da Demonstrao do Resultado do Exerccio

    sendo, desta forma, possvel realizar uma anlise mais completa sobre a consolidao das

  • 22

    demonstraes contbeis do Sistema Sicredi. Ainda, seria interessante verificar a

    consolidao de outra cooperativa de crdito e realizar uma anlise comparativa entre as duas.

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