CONSTRUÇÃO E REPAROS

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Presidência da República Secretaria-Geral Secretaria Nacional de Juventude Coordenação Nacional do ProJovem Urbano Coleção Projovem Urbano Arco Ocupacional Construção e Reparos I Manual do Educador Programa Nacional de Inclusão de Jovens 2008 URBANO

Transcript of CONSTRUÇÃO E REPAROS

Presidência da RepúblicaSecretaria-Geral

Secretaria Nacional de Juventude

Coordenação Nacional do ProJovem Urbano

Coleção Projovem Urbano

Arco Ocupacional

Construção e Reparos I

Manual do Educador

Programa Nacional de Inclusão de Jovens

2008

URBANO

PROGRAMA NACIONAL DE INCLUSÃO DE JOVENS (ProJovem Urbano)

Ficha Catalográfica

Arco Ocupacional Construção e Reparos I : manual do educador / coordenação, Laboratório Trabalho & Formação / COPPE - UFRJ / elaboração, Escola Politécnica da Universidade de São Paulo - Departamento de Engenharia de Construção Civil. Reimpressão.

Brasília : Ministério do Trabalho e Emprego, 2008. 82p.:il. — (Coleção ProJovem – Arco Ocupacional)

ISBN 8528501043

1. Ensino de tecnologia. 2. Reconversão do trabalho. 3. Qualificação parao trabalho. I. Ministério do Trabalho e Emprego. II . Série.

CDD - 607T675

Presidente da RepúblicaLuiz Inácio Lula da Silva

Vice-Presidente da RepúblicaJosé Alencar Gomes da Silva

Secretaria-Geral da Presidência da RepúblicaLuiz Soares Dulci

Ministério de Desenvolvimento Social e Combate à FomePatrus Ananias

Ministério da EducaçãoFernando Haddad

Ministério do Trabalho e EmpregoCarlos Lupi

Secretaria-Geral da Presidência da RepúblicaMinistro de Estado Chefe Luiz Soares Dulci

Secretaria-ExecutivaSecretário-Executivo Antonio Roberto Lambertucci

Secretaria Nacional de JuventudeSecretário Luiz Roberto de Souza Cury

Coordenação Nacional do Programa Nacional de Inclusão de Jovens – ProJovem Urbano

Coordenadora Nacional Maria José Vieira Féres

Coleção ProJovem Urbano

Coordenação Nacional do ProJovem Urbano – Assessoria PedagógicaMaria Adélia Nunes Figueiredo

Cláudia Veloso Torres GuimarãesLuana Pimenta de Andrada

Jazon Macêdo

Ministério do Trabalho e Emprego Ezequiel Sousa do NascimentoMarcelo Aguiar dos Santos SáEdimar Sena Oliveira Júnior

Revisores de Conteúdo / PedagogiaLeila Cristini Ribeiro Cavalcanti (Coppetec)

Marilene Xavier dos Santos (Coppetec)

Arco OcupacionalUniversidade Federal do Rio de Janeiro - UFRJ

Coordenação dos Programas de Pós-Graduação de Engenharia - COPPEPrograma de Engenharia de Produção - PEP

Laboratório Trabalho & Formação - LT&FEscola Politécnica da Universidade de São Paulo

Departamento de Engenharia de Construção Civil

Coordenação dos Arcos OcupacionaisFabio Luiz Zamberlan

Sandro Rogério do Nascimento

AUTORESElaboração

Escola Politécnica da Universidade de São PauloDepartamento de Engenharia de Construção Civil

Coordenação e ElaboraçãoLuiz Reynaldo de Azevedo Cardoso

Pesquisa e ElaboraçãoLuiz Reynaldo de Azevedo Cardoso

Mário H. A. CardosoJupira dos Santos

Heitor César Riogi Haga

Projeto Gráfico e Editoração Eletrônica (miolo/capa)Lúcia Lopes

Foto de Abertura (Página 17)Rogério Cassimiro / Folha Imagem

Montagem Foto CapaEduardo Ribeiro Lopes

Caro(a) Educador(a) de Qualificação Profissional,

Construímos este Manual do Educador para subsidiar a

sua função docente no Arco Ocupacional e ampliar as possi-

bilidades de aplicação das atividades sugeridas para o aluno

no Guia de Estudo.

Prepare-se a cada dia para novas experiências e novas

aprendizagens nas trocas com seus alunos e alunas.

Considere cada um em particular, valorizando a sua parti-

cipação, incentivando a sua contribuição para o grupo e reco-

nhecendo a sua própria aprendizagem.

As dificuldades podem ser superadas com diálogo, aten-

ção, carinho e paciência. Lembre-se de que, na maioria, estes

jovens estiveram fora da escola por algum tempo.

A condução dos trabalhos está em suas mãos, mas será

impossível sem a participação ativa dos alunos, como pro-

tagonistas de sua história, transformando as expectativas de

vida em direção à inclusão no mundo do trabalho e buscando

a construção coletiva de uma sociedade democrática.

A colaboração, participação nas atividades de planejamen-

to, e troca de experiências com toda a equipe do ProJovem

Urbano – Coordenadores Locais/Diretores de Pólo, Professores

Especialistas/Orientadores e Educadores de Participação Ci-

dadã – é fundamental na integração interdimensional e inter-

disciplinar para a desenvolvimento do currículo.

Boas Aulas!

COMO DESENVOLVER AS AULAS DECONSTRUÇÃO E REPAROS I ..................................7Introdução ....................................................................................................... 7

Estrutura do curso e resumo do conteúdo ................................................. 9

Desenvolvimento do curso..........................................................................10

Organização e conteúdo do Manual do Educador ..................................12

INTRODUÇÃO ...................................................... 13A construção civil no Brasil ........................................................................13

A construção civil como solução para o problema habitacional ...........13

Os problemas da prática da construção civil no país ..............................14

ATIVIDADES BÁSICAS DA CONSTRUÇÃODE EDIFÍCIOS....................................................... 17Introdução .....................................................................................................19

O que é concreto? .........................................................................................21

Alvenaria ........................................................................................................32

Revestimentos ...............................................................................................35

LADRILHEIRO ...................................................... 41Introdução .....................................................................................................43

O que é o revestimento cerâmico ...............................................................45

Os materiais do revestimento cerâmico ....................................................46

A execução dos revestimentos cerâmicos .................................................48

GESSEIRO ............................................................ 53Introdução ..................................................................................................... 55

O gesso para construção.............................................................................. 55

Revestimentos de paredes e tetos em gesso .............................................. 55

Placas pré-fabricadas de gesso ....................................................................55

Paredes de gesso acartonado.......................................................................56

PINTOR................................................................. 59Introdução .....................................................................................................61

As tintas, suas funções e componentes .......................................................61

Segurança no trabalho de pintura ...............................................................61

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����� Arco Ocupacional

Construção e Reparos I

Sumário

COMO DESENVOLVER AS AULAS DECONSTRUÇÃO E REPAROS I ..................................9IntroduçãoEstrutura do curso e resumo do conteúdoDesenvolvimento do cursoOrganização e conteúdo do Manual do Educador

INTRODUÇÃO ...................................................... 15A construção civil no BrasilA construção civil como solução para o problema habitacionalOs problemas da prática da construção civil no país

ATIVIDADES BÁSICAS DA CONSTRUÇÃODE EDIFÍCIOS....................................................... 19IntroduçãoO que é concreto?AlvenariaRevestimentos

LADRILHEIRO ...................................................... 43IntroduçãoO que é o revestimento cerâmicoOs materiais do revestimento cerâmicoA execução dos revestimentos cerâmicos

GESSEIRO ............................................................ 55IntroduçãoO gesso para construçãoRevestimentos de paredes e tetos em gessoPlacas pré-fabricadas de gessoParedes de gesso acartonado

PINTOR................................................................. 61IntroduçãoAs tintas, suas funções e componentesSegurança no trabalho de pintura

As ferramentas para pinturaA execução da pintura

REPARADOR........................................................ 65IntroduçãoA patologia das construçõesTrincas em alvenariaFissuras em revestimentos de paredeDescolamento de revestimentos cerâmicosPrincipais problemas de pintura e suas correçõesEncerramento

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Como desenvolver as aulas deConstrução e Reparos I

INTRODUÇÃO

Caro professor(a):

Temos aqui todos os indícios de que o seu trabalho será, a um só tempo,fácil e difícil. Fácil, porque vamos tratar de um assunto de amplo alcance entre apopulação. Quando começamos a falar da importância da Construção Civil paraa vida das pessoas, em geral, ninguém, de imediato, considera este assunto estra-nho, ou um assunto que não diga respeito a cada um de nós. De Construção Civil,podemos ter certeza, todo mundo entende um pouquinho, ou então se julga mi-nimamente apto a dar palpites. Pois é claro que nós todos, ou quase todos, mora-mos na nossa casa, seja esta própria ou alugada. E mesmo quem não possui mo-radia, ou mora em condições muito ruins, ou em condições anormais, ou sub-normais, como se diz tecnicamente, condições estas que envolvem a moradia emfavelas, ou cortiços, a gente sempre está às voltas com problemas construtivos,seja quando uma torneira começa a pingar e temos de consertá-la, quando senti-mos que está na hora de dar uma mão de tinta nas paredes, ou quando aparece umproblema na rede elétrica, ou quando uma parede se trinca, ou se racha, ou quan-do um azulejo ou ladrilho se solta da parede do banheiro ou da cozinha, e assimpor diante. Em muitos desses casos nós mesmos providenciamos os reparos, ouentão a gente pede ajuda a um vizinho, ou conhecido, para indicar alguém quesaiba solucionar o problema. Quando vamos adquirir um imóvel novo, ou quan-do vamos nos mudar do atual, geralmente nós procuramos nos informar da quan-tidade de ambientes, ou cômodos, do tamanho da cozinha e dos banheiros, quaissão as condições do telhado, ou se os tacos de madeira da sala estão soltos, emesmo sobre as condições circundantes, como vizinhança e bairro, por exemplo.E se vamos ampliar a nossa moradia, nós sempre procuramos nos interessarminimamente pelo próprio projeto daquilo que vai ser feito. E na maioria dessescasos a gente arruma um tempo para acompanhar o serviço, se ele vai ser feitopor pessoas que detém algum conhecimento desse assunto, que são, geralmente,pedreiros, eletricistas, encanadores, ou pintores. Então a facilidade da nossa abor-dagem se torna clara, porquê, quando nós falamos de Construção Civil, todomundo sabe do que se trata. Nesse sentido a Construção se parece muito com aMedicina.

Mas quando nós acabamos de dizer isto é que começam a surgir todas asnossas dificuldades. Nós sabemos que a automedicação, que é a prescrição deremédios sem o devido acompanhamento por parte de um profissional habilita-do, pode muitas vezes trazer a cura de algum problema de saúde, mas podetambém comprometer para sempre esta mesma saúde de um indivíduo. E se nós

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estendermos esta mesma analogia, trazendo-a de volta para o nosso assunto aqui,todos nós já começaremos a ficar meio apreensivos.

Pois é exatamente esta reflexão que nós propomos de início, tanto ao pro-fessor quanto aos alunos. Como é que algo a princípio tão simples, tão presenteno nosso dia a dia, pode de repente se complicar tanto?

Por outro lado, a nossa Introdução vai se centrar numa palavra que prova-velmente é desconhecida da maioria. É a palavra macro-complexo. Talvez o nossoArco Ocupacional seja um daqueles onde se manifestará com mais evidência aimportância daquilo que foi desenvolvido no Arco que cuida da Qualificaçãopara o Trabalho, quando se fala em Formação Técnica Geral. Não que esta For-mação Técnica esteja ausente dos outros arcos. Pelo contrário. Mas é aqui que apalavra técnica se torna mais presente no dia a dia. É que a profissão onde apalavra Técnica mais impera é a Engenharia. E é a Engenharia Civil a profissãoque aglutina e unifica as quatro ocupações, ou profissões, com as quais nós esta-mos envolvidos nesse Arco.

O professor não deve se amedrontar com a palavra macro-complexo, que éuma palavra que muitos alunos poderão estranhar, logo no início. O professordeve então estudar e compreender qual é a nossa estratégia de curso, antes dese atirar a esmo naqueles procedimentos de execução que necessariamente fa-rão, também, parte essencial do curso. Pois o aluno não deve aprender somentecomo fazer: ele deve, também, aprender a pensar sobre tudo o que ele estaráfazendo. O que o professor precisa transmitir, no início, é a necessidade deabordar o nosso assunto com uma certa cautela. Esta cautela é então posta, deimediato, naquilo que se refere à nossa linguagem. Pois a Técnica, que envolveuma certa prática, ou uma certa habilidade de fazer coisas, ela também se mani-festa na Linguagem. Ou seja, para lidar com a Técnica nós precisamos saber, outer um certo domínio, da própria Linguagem Técnica através da qual nós todosnos comunicamos. Nessa fase inicial o aluno deve ser preparado, então, paralidar com uma Linguagem eminentemente técnica, que é a Linguagem em que oGuia de Estudo foi escrito.

Mas dizer que nós vamos falar através de uma Linguagem Técnica não sig-nifica dizer, necessariamente, que nós vamos falar numa Linguagem incompreen-sível, ou enfadonha. Pelo contrário. Aqui o professor deve começar a incentivar,nos alunos, o interesse pela própria Linguagem Técnica. O intuito é retirar, doaluno, uma falsa impressão do modo através do qual ele deveria se comportar nocurso, que seria um modo passivo e apático. E se o interesse, não só pelas coisassobre as quais o curso irá falar, mas também pelo modo, ou pela Linguagematravés da qual estas coisas serão ditas, se este interesse for prioritariamente des-pertado, desde o início, numa interação bastante intensa entre o professor e osalunos, então todas as dificuldades que certamente surgirão se transformarão,durante o trabalho mútuo do curso, em facilidades bastante produtivas.

Foi essa a nossa intenção, quando criamos os personagens Pedrito e Pauli-

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na. E dentre todas as atividades nas quais nós vamos trabalhar, uma delas, quenão aparece explicitamente no Guia de Estudo, deve também ser levada adiantepelo professor. Esta atividade invisível, por assim dizer, envolve a seguinte per-gunta: o que é que a Paulina poderia aprender com o Pedrito, uma vez que ospapéis que o professor e os alunos normalmente assumem, entre aquele que ensi-na e aqueles que aprendem, estes papéis podem, eventualmente, ou em certasocasiões, se inverter?

Desde já o professor deverá dispor de um bom dicionário, que não precisaser muito grande. Indicamos o dicionário do Aurélio ou do Houaiss. O profes-sor deve incentivar a aquisição, por parte de cada aluno, de um exemplar. Isso jáirá despertando a consciência de que um bom profissional precisa investir tam-bém na aquisição de suas próprias ferramentas. Ferramentas e equipamentos maiscaros e complexos podem ter um uso mais comum, mas quanto a ferramentasmais simples, como uma espátula, uma trena, um lápis, é bom que cada um seacostume com a sua guarda e a sua manutenção.

Dentro dessa Introdução serão resumidamente apresentados: a estruturado curso, contendo o resumo do conteúdo do curso e da forma como será de-senvolvido, e a estrutura do Manual do Educador.

ESTRUTURA DO CURSO E RESUMO DO CONTEÚDO

O curso está estruturado em seis partes: uma introdução, uma parte relati-va às atividades básicas da construção de edifícios e que correspondem às ativi-dades do pedreiro, chamada ocupação-base, e mais quatro partes, cada uma refe-rente à ocupações-título: ladrilheiro, gesseiro, pintor e reparador.

Na Introdução é dada uma visão geral da construção civil no Brasil, comduas ênfases. A primeira é a sua importância econômica e social para o país, rela-cionando-a com o arco ocupacional, e a segunda é relativa às práticas da constru-ção usuais no país.

Nas atividades básicas da construção de edifícios é dada uma visão geraldo edifício e de suas principais partes e funções. Em seguida são abordados osprincipais temas relacionados com as atividades básicas da construção, normal-mente feitas pelo pedreiro, que são: o concreto, a alvenaria e os revestimentos.

O conteúdo das ocupações está estruturado, de maneira geral, nas se-guintes partes principais: uma introdução, onde é mostrada a posição da ocupa-ção no contexto da obra e onde se chama a atenção para particularidades impor-tantes da mesma. Tendo em vista a padronização do material para todos os arcosocupacionais, as principais ferramentas relativas às ocupações são apresentadasno início da ocupação.

Em seguida são abordados os principais conceitos e materiais envolvidosna ocupação e as técnicas de execução, incluindo equipamentos, ferramentas esegurança do trabalho. Dependendo da ocupação são incluídos também tópicos

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específicos, considerados importantes para o arco como, por exemplo, a indus-

trialização da construção, abordada no gesseiro, e as patologias da construção,

abordadas no reparador.

É necessário que a seqüência das ocupações seja seguida conforme a or-

dem em que está apresentada no Guia de Estudo, pois os conteúdos são inter-

relacionados e obedecem também à seqüência normal de execução de uma obra.

Assim, a primeira, que é a ocupação-base pedreiro, abordada no capítulo sobre

atividades básicas da construção de edifícios, é também a mais extensa e a mais

fundamental, e o conhecimento de seu conteúdo será necessário para a compre-

ensão das demais ocupações. Em seguida vêm, conforme essa mesma estratégia,

o ladrilheiro, o gesseiro, o pintor, e no final, o reparador.

Bibliografia de apoio: Para cada ocupação é apresentada uma bibliogra-

fia de apoio, que foi consultada para a elaboração do nosso livro e que também

deve ser considerada como referência para o estudo e aprofundamento das ocu-

pações, podendo ser utilizada tanto pelo aluno quanto pelo professor. É apresen-

tada também, para cada uma delas, uma relação de normas técnicas aplicáveis e

de sítios de referência.

DESENVOLVIMENTO DO CURSO

O conteúdo foi pensado para ser ministrado no transcorrer de um semes-

tre letivo, portanto, aproximadamente, quatro meses de aula. Será desenvolvi-

do através de aulas que chamaremos aqui de teóricas, em salas de aula conven-

cionais, e que corresponderão à maior parte da carga horária, provavelmente

entre 70 e 80 % da carga horária total. Haverá também aulas práticas, em

laboratório e em atividades feitas em canteiro de obras, que deverão consumir

o restante da carga horária.

Este curso foi pensado para uma classe de aproximadamente trinta alu-

nos, que devem ser divididos em cinco ou seis grupos, dependendo das condi-

ções para a execução das atividades práticas.

As aulas teóricas vão ser dadas numa sala comum que disponha de lou-

sa, retroprojetor ou equipamento de data-show, onde os alunos possam se reu-

nir em seus grupos. Como na sala de aula as atividades serão teóricas, toda a

aquisição de conhecimento vai usar, quase que exclusivamente, o Guia de Estu-

do do aluno como referência.

As aulas em laboratório estão incluídas na parte relativa às atividades

básicas da construção, na ocupação-base do pedreiro, e consistem resumida-

mente em realização de ensaios de abatimento (slump-test) de concreto, execu-

ção de concreto e moldagem e rompimento de corpos de prova de concreto.

Numa situação ideal os ensaios devem ser feitos por um laboratorista e

assistidos pelos alunos. Sugerimos que essas aulas sejam dadas para um grupo

específicos, considerados importantes para o arco como, por exemplo, a industria-lização da construção, abordada no gesseiro, e as patologias da construção,abordadas no reparador.

É necessário que a seqüência das ocupações seja seguida conforme a ordem em que está apresentada no Guia de Estudo, pois os conteúdos são interrelaciona-dos e obedecem também à seqüência normal de execução de uma obra. Assim, a primeira, que é a ocupação-base pedreiro, abordada no capítulo sobre atividades básicas da construção de edifícios, é também a mais extensa e a mais fundamental, e o conhecimento de seu conteúdo será necessário para a compreensão das demais ocupações. Em seguida vêm, conforme essa mesma estratégia, o ladrilheiro, o ges-seiro, o pintor, e no final, o reparador.

Bibliografia de apoio: Para cada ocupação é apresentada uma bibliografia de apoio, que foi consultada para a elaboração do nosso livro e que também deve ser considerada como referência para o estudo e aprofundamento das ocupações, podendo ser utilizada tanto pelo aluno quanto pelo professor. É apresentada tam-bém, para cada uma delas, uma relação de normas técnicas aplicáveis e de sítios de referência.

Desenvolvimento Do curso

O conteúdo foi pensado para ser ministrado no transcorrer de todo o ProJo-vem Urbano, portanto, aproximadamente, dezoito meses de aula, com variação de carga horária nas unidades formativas. Será desenvolvido através de aulas que cha-maremos aqui de teóricas, em salas de aula convencionais, e que corresponderão à maior parte da carga horária, provavelmente entre 70 e 80 % da carga horária total. Haverá também aulas práticas, em laboratório e em atividades feitas em canteiro de obras, que deverão consumir o restante da carga horária.

Este curso foi pensado para uma classe de aproximadamente trinta alunos, que devem ser divididos em cinco ou seis grupos, dependendo das condições para a execução das atividades práticas.

As aulas teóricas vão ser dadas numa sala comum que disponha de lousa, retroprojetor ou equipamento de data-show, onde os alunos possam se reunir em seus grupos. Como na sala de aula as atividades serão teóricas, toda a aquisição de conhecimento vai usar, quase que exclusivamente, o Guia de Estudo do aluno como referência.

As aulas em laboratório estão incluídas na parte relativa às atividades bási-cas da construção, na ocupação-base do pedreiro, e consistem resumidamente em realização de ensaios de abatimento (slump-test) de concreto, execução de concre-to e moldagem e rompimento de corpos de prova de concreto.

Numa situação ideal os ensaios devem ser feitos por um laboratorista e assistidos pelos alunos. Sugerimos que essas aulas sejam dadas para um grupo

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menor do que a classe toda, 20 alunos no máximo, para que possam acompa-nhar de perto as atividades. É possível também, a critério do professor e de-pendendo das condições locais do laboratório e de disponibilidade de horário,dividir as turmas em grupos ainda menores, que deverão assistir a essas aulasalternadamente.

No canteiro de obras cada grupo de alunos irá construir uma parede-protótipo com aproximadamente 4 metros de comprimento por 2 metros dealtura. Nesta área deverá haver um espaço suficiente para instalar bancadas detrabalho, almoxarifado de ferramentas e betoneira para misturar o concreto eas argamassas. O almoxarifado de ferramentas deve ser fechado com um cade-ado quando não estiver em uso.

Essas atividades deverão ser supervisionadas pelo professor, com apoiode monitores.

A execução da parede e de seus acabamentos acontecerá, passo a passo,durante todo o semestre, e deverá estar sincronizada com os conteúdos dadosnas aulas, conforme a seqüência apresentada para cada ocupação.

Assim, durante o curso da ocupação-base pedreiro deverão ser feitas asfundações, a alvenaria e parte do revestimento. Durante o curso do ladrilheiroserão feitos os revestimentos cerâmicos, e nos cursos do gesseiro e do pintorserão executados os revestimentos em gesso e pintura.

Para contemplar tipos diferentes de revestimentos e pintura, sugerimosque sejam trabalhadas as duas superfícies verticais de cada parede, revestindo-as com materiais diferentes. Nesse caso, cada grupo de alunos faria um tipo deacabamento.

Propomos que um lado da alvenaria seja pensado como se fosse umaparede externa, e que esse lado seja dividido em dois, de forma que uma parteseja imaginada como se fosse a superfície rústica de um muro comum de divisa,e a outra parte como se fosse uma parede externa de uma casa que deve recebertodo o tratamento peculiar que lhe é próprio, inclusive a pintura. O outro ladoda alvenaria pode ser pensado como se fosse uma parede de um ambiente in-terno, e dividindo-as em três, teríamos uma parte sendo azulejada, uma outrarecebendo a pintura própria de uma parede de sala, ou quarto de dormir, efinalmente, a terceira parte pode receber o gesso. Não foi prevista atividade deexecução de piso, mas, dependendo da disponibilidade de espaço, carga horá-ria e interesse, pode-se pensar em lastrear o piso entre as paredes para querecebam um cimentado liso numa parte, e um revestimento cerâmico noutra.Mas estas são apenas sugestões, que não precisam ser seguidas à risca. O pro-fessor deve avaliar as condições de espaço e de suprimento de materiais e equi-pamentos logo no início de suas atividades, e então, de comum acordo com aclasse, ele irá definir quais serão os procedimentos mais adequados para o equi-líbrio do curso como um todo. Ao longo do Manual serão dadas explicaçõesmais detalhadas para a realização das atividades.

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ORGANIZAÇÃO E CONTEÚDO DO MANUAL DO EDUCADOR

As orientações para o professor seguem a mesma ordem dos assuntos queconstam no Guia de Estudo do aluno. Para facilitar o acompanhamento dos as-suntos, os títulos dos tópicos do Guia de Estudo são repetidos no do professor.Para cada assunto são dadas as orientações de como abordá-los e transmiti-losaos alunos e o que deve ser enfatizado, além das orientações para as atividadespropostas. As atividades neste Manual do Educador estão todas numeradas etituladas, de acordo com o assunto abordado, na mesma seqüência dos títulosque foram elaborados para o Guia de Estudo.

Gostaríamos de chamar a atenção para as atividades de visita à obra,monitoradas pelo professor. Consideramos estas atividades muito importantespara o curso, pois a elas estão vinculadas várias outras atividades. No momentoem que elas começam a ser propostas no curso da ocupação-base do pedreiro,são dadas as orientações mais extensas e específicas, não só quanto ao conteúdotécnico a ser abordado nas visitas, mas também quanto à escolha da obra e quan-to ao roteiro da visita, quanto ao tamanho do grupo e quanto às questões deorganização, fatores esses que devem ser observados para que o sucesso sejaalcançado nas atividades. São dadas ainda algumas orientações quanto à segu-

rança das visitas à obra que também são essenciais, já que visam a integridadefísica tanto dos alunos quanto do professor.

O próximo tópico já é o início do curso. Boa sorte!

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IntroduçãoA CONSTRUÇÃO CIVIL NO BRASIL

Agora o professor deverá centrar a discussão com os alunos na importân-cia do assunto do Arco. Esta importância aparece quando nós consideramos trêsfatores: o impacto da construção civil em toda a economia do nosso país, a capa-cidade de geração de empregos da construção civil e a necessidade de todos nósestarmos envolvidos com um problema social muito sério, que é o problema daprecariedade e da falta das moradias que deveriam ser destinadas à grande maio-ria da nossa população.

A importância econômica da construção civil é apresentada através doconceito de macro-complexo. Sugerimos que este conceito seja compreendido apartir da figura que aparece na introdução do Guia de Estudo [página 10].

Essa ilustração deve ser bem explorada, pois é uma forma simples de mos-trar e ensinar uma coisa complexa. Deve-se chamar a atenção dos alunos para ofato de que a construção civil não é, e nem acontece somente no canteiro de obras.Há inúmeras atividades que precisam ser realizadas para que o canteiro funcione,tanto antes como depois dele ter sido montado. Cada atividade e seus respectivosprodutos devem ser mostrados e exemplificados, fazendo ver ao aluno como mui-tas delas fazem parte do nosso dia-a-dia, e provavelmente da realidade deles (otijolo e a betoneira, por exemplo). Mesmo aquelas que ainda não fazem parte darealidade deles (atividades imobiliárias e de projeto, por exemplo) poderão vir afazer no futuro, pois por enquanto os alunos estão se capacitando, e essas áreas detrabalho poderão se tornar mais acessíveis a eles, depois do curso.

A CONSTRUÇÃO CIVIL COMO SOLUÇÃO PARA

O PROBLEMA HABITACIONAL

É aqui que o problema da exclusão social se torna mais agudo, pois depoisda necessidade mais básica de qualquer ser humano, que é a necessidade de sealimentar, vem, em seguida, a nossa necessidade de moradia.

Calcula-se que o déficit habitacional no Brasil gira em torno de 6 a 7 mi-lhões de moradias unifamiliares. Isto envolve cerca de 30 a 40 milhões de pessoas.Além disso, calcula-se que cerca de 10 milhões de moradias encontram-se emsituação precária, necessitando de algum tipo de reforma, ampliação ou de al-gum tipo de instalação essencial, como luz, esgoto e água. Este problema deveaqui ser intensamente debatido, pois o nosso Arco está diretamente relacionadocom esses fatos.

O professor deve ser bastante cuidadoso ao abordar essa questão, pois aomesmo tempo em que deve ser mostrado aos alunos que “morar bem” é funda-mental para a dignidade da pessoa (esta necessidade, ou direito, consta até da

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Declaração Universal dos Direitos do Homem, que pode ser trazida para a classee lida para os alunos), é possível que muitos deles convivam com a experiência demorar mal. O assunto deve ser abordado de forma positiva, sem levar à “gla-mourização” do que não é bom (a sub-habitação), mas sem constranger ou dimi-nuir os que ainda não conseguiram superar essa situação, discutindo concreta-mente — e com vistas a pôr em prática — propostas de melhoria.

ATIVIDADE 1 – A QUESTÃO DA HABITAÇÃO

Nesta atividade o aluno deverá procurar, através de um debate, o apro-fundamento na questão da Habitação. A classe pode ser dividida em gru-pos de 5 ou 6 alunos, e o professor poderá trazer um artigo de jornal, ouuma matéria ou texto da internet, a fim de estimular a discussão. Os alu-nos poderão buscar nas suas comunidades algumas experiências na área,ou mesmo poderão trazer, para a sala de aula, as suas próprias experiên-cias vividas. As idéias serão debatidas primeiramente entre os grupos, edepois serão expostas, através de um ou dois representantes de cada gru-po, à classe toda.

Sugere-se que matérias veiculadas na imprensa, sobre este assunto, sejamlidas pelo professor e divulgadas aos alunos, que devem também ser incen-tivados a se interessar e a pesquisar sobre o tema na mídia em geral. O“pacote da construção civil”, que foi lançado em janeiro de 2006, sofrendodesdobramentos posteriores, é um exemplo de assunto divulgado na im-prensa que poderia ser debatido em classe.

Sugerimos também que a bibliografia da Introdução seja lida pelo profes-sor e sejam consultados os sítios de referência das entidades representati-vas da construção civil. Estes endereços também constam no final da intro-dução. Eles sempre trazem dados e opiniões sobre o tema. Lembrar queesses assuntos são polêmicos, e que as entidades representativas dos setoresda construção civil costumam defender seus interesses específicos, que nãorefletem necessariamente a opinião da sociedade ou mesmo do conjuntoda construção civil. Por isso é muito importante também a leitura de traba-lhos acadêmicos e de especialistas, que normalmente trazem análises maisconsistentes e mais isentas.

Esta Atividade deve ocupar no mínimo duas aulas. Aliás, o ideal é que cadauma dessas atividades dure no mínimo duas aulas, para que fora delas osalunos estejam refletindo e procurando por respostas para serem trazidaspara o grupo nos próximos encontros.

OS PROBLEMAS DA PRÁTICA DA CONSTRUÇÃO CIVIL NO PAÍS

Em seguida serão abordados, de um modo geral, os problemas dos proce-dimentos e das condições de trabalho na construção civil no Brasil. É disso que

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ATIVIDADE 2 – AS PRÁTICAS CERTAS E ERRADAS NA CONSTRUÇÃO

O espírito do desenvolvimento desta atividade deve ser o mesmo que o daatividade anterior. É melhor que os alunos se organizem em grupos, e tra-gam, depois, para a classe, as conclusões obtidas particularmente.

As razões históricas das práticas erradas na construção civil podem ser en-contradas em um trabalho de Nilton Vargas (VARGAS, N. Racionalidade e não-

racionalização: o caso da construção habitacional. In: FLEURY , A. C. C. (org.) Organi-

zação do trabalho: uma abordagem interdisciplinar. São Paulo, Atlas, 1983).

Apesar de antigo e um pouco desatualizado (uma vez que essas práticas jáestão sendo superadas na construção), são apontadas as razões que deramorigem a isso. O professor deve ler este texto e pode selecionar trechos paraserem discutidos em classe ou lidos em casa pelos alunos, por exemplo.

Mais à frente deverá ser feita uma visita a uma obra e nesta ocasião deverá serchamada a atenção, pelo professor, das questões vistas na página 16 do Guiade Estudo. Assim, essa questão se encerra tanto com uma discussão teóricaquanto prática.

No momento da discussão das normas (que não são obedecidas) e do proje-to, sugerimos que o professor leve uma norma (pode até ser a de segurançaNR-18, ou outra) à aula. A Prefeitura de sua cidade, particularmente o De-partamento de Obras, deve ter um conjunto completo das normas técnicasaplicáveis à construção. Procure verificar. Caso não tenha, peça que seja soli-citado à ABNT. Leve também um projeto (que também pode ser obtidojunto à prefeitura ou em construtoras da sua cidade) e mostre para a classetanto o que é uma norma como o que é um projeto de construção. E no casode se escolher um projeto, ou de uma casa ou de um prédio, para ser apresen-tado, é interessante que ele esteja completo (com desenhos de arquitetura,estrutura e instalações, e também com um memorial descritivo).

trata o Guia de Estudo, entre as páginas 14 e 18. O professor deve insistir notema de que a prática incorreta e as condições de trabalho desfavoráveis sãofatores que normalmente andam juntos. Não basta apenas aprender algumas prá-ticas isoladas para ser um bom profissional. É preciso haver um trabalho profun-do de mentalidade, no sentido de se buscar evidenciar a importância da preven-ção de acidentes, numa organização mais efetiva e num contexto mais amplo.

E para que um trabalho em equipe seja realmente produtivo, é preciso quetodos discutam cada fase do processo, até que a compreensão do trabalho comoum todo tenha sido alcançada e assumida por todos. É natural que passem adespontar, então, alunos mais expansivos, no meio de outros mais retraídos. Issonão significa que eles se revelarão como bons líderes, ou coordenadores, no finaldo curso. O professor deverá ir conhecendo bem os seus alunos, a fim de desco-brir, com eles, as habilidades que são peculiares a cada um.

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IntroduçãoAté aqui nós falamos dos aspectos mais genéricos da construção civil. Agora

nós entraremos nas questões mais técnicas que envolvem o mundo concreto daconstrução de edifícios. O capítulo é iniciado sobre como a obra pode ser de-composta e entendida como um todo.

COMO DIVIDIR A OBRA

A obra como um todo é algo de grandes dimensões, única, e precisa serfeita in loco, ou seja, no local onde ela permanecerá durante um longo período detempo. Ela pode ser vista como um sistema constituído por partes funcionais,isto é, nós vamos aqui tratar da obra como um conjunto de sub-sistemas princi-pais que têm, cada um deles, uma função, funcionando todos juntos de maneiracoordenada. Para explicar esta divisão da obra em sub-sistemas funcionais nóslançamos mão de uma analogia com o corpo humano.

A analogia entre o edifício e o corpo humano

São muito raras as figuras de linguagem que “funcionam” de um modocompleto e absoluto, pois a própria noção de “funcionamento” não é algo abso-luto. Quando dizemos que as coisas, ou uma máquina, funciona bem, isto sempreacontece dentro de um determinado contexto, ou dentro de determinadas con-dições. A analogia que fazemos entre o edifício e o corpo humano tem o propó-sito de levar o aluno a pensar sobre a idéia de sistema, ou ainda a pensar o edifícioe o corpo humano como sistemas, mas mesmo a noção de sistema pode alcançarvários significados diferentes.

No nosso caso, as associações entre o revestimento das paredes de umedifício e a pele do corpo humano, entre as instalações hidráulicas e o sistema, ousub-sistema, circulatório, e entre a estrutura do edifício e o esqueleto humano,são muito explícitas e diretas, mas se formos aprofundar o assunto, nesses ter-mos, a analogia pode acabar se mostrando insuficiente.

Por outro lado, o professor deve sempre ter claro qual é o alcance dessecurso. Ele está trabalhando com os alunos dentro de um amplo arco ocupacio-nal, que vai muito além destas quatro ocupações, quando passamos a conhecermelhor a Construção Civil. O tempo do curso é bem limitado, e cada uma destasocupações vai ser tratada apenas de um modo suficiente, ou introdutório. Nósnão vamos abordar aqui as instalações hidráulicas. As instalações elétricas, de ummodo mais especializado, fazem parte de um outro arco, que é Construção eReparos II. Nós não vamos também, em nenhum ponto, falar das coberturas, quesempre envolvem a figura do carpinteiro. Quando formos falar de concreto, nósnão vamos entrar muito na questão do concreto armado, que envolve a ocupaçãodo ferreiro. E mesmo as fundações e a estrutura, se chegam a ser mencionadas noGuia de Estudo, não aparecem de um modo muito aprofundado.

Se nós tentarmos esclarecer as coisas em termos de sub-sistemas, comoestá proposto nesta introdução, nós podemos dizer que o sub-sistema mais con-

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templado nesse curso será o dos revestimentos e acabamentos, uma vez que asquatro ocupações tratam dele, embora não de modo muito profundo e especi-alizado. O sub-sistema das vedações vai ser abordado parcialmente, uma vez queas alvenarias são parte deste sub-sistema, e o sub-sistema das instalações não vaiaparecer, uma vez que vai ser incluído em outro Arco.

PEDREIRO: OCUPAÇÃO-BASE

Um último ponto precisa ser mencionado, e diz respeito à divisão daocupação-base pedreiro entre os temas Concreto, Alvenaria e Revestimentos.Ao dividirmos a ocupação assim, nós já abandonamos, falando de um modorigoroso, a metodologia explícita que divide a obra por sub-sistemas. Não queesta metodologia não continue atuando “por trás”. Pois se os revestimentosformam um sub-sistema, e as alvenarias fazem parte do sub-sistema das veda-ções, o concreto, em si mesmo, não é sub-sistema e nem faz parte, funcional-mente, de nenhum sub-sistema, tal como definimos, no Guia de Estudo, ossub-sistemas do edifício.

E isto por uma razão muito simples: o concreto é apenas um materialconstrutivo, e como material ele está presente em praticamente todos os sub-sistemas. E é por isso que dizemos que as palavras “função”, ou “funcionamen-to”, ou “funcionalidade”, podem significar coisas diferentes, dependendo docontexto. O concreto, como a argila, o plástico, a madeira e o ferro, é um mate-rial que funciona bem no edifício, mas aqui o critério de funcionalidade envolveas suas propriedades como material, e não mais as suas relações com os outrossub-sistemas construtivos, conforme estes são descritos no Guia de Estudo.

O concreto é um material barato, resistente, fácil de usar e não poluente,por exemplo, e, além disso, é o material que nenhum pedreiro e outros profis-sionais da construção que se prezem, hoje em dia, deve deixar de conhecermuito bem. Como o foco principal desse curso é um Arco Ocupacional quetente aglutinar ocupações que vão desde a do pedreiro à do ladrilheiro, gessei-ro, pintor e reparador, e como dentro desse arco a ocupação do pedreiro ébásica e fundamental, foi pensando a partir dessa própria ocupação, além doedifício um todo, que nós montamos o curso.

Parece que existem poucas coisas nesse mundo que ocupam tanto a vidado pedreiro e do engenheiro civil, como o concreto. É que poucas coisas nessemundo são tão concretas para eles, quanto o próprio concreto.

OS EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO E AS FERRAMENTAS DO PEDREIRO

Como foi dito na introdução deste manual, a apresentação das ferramentasde cada ocupação é feita no início, para obedecer à padronização adotada noGuia de Estudo. Porém, se o professor preferir, pode apresentar as ferramentasmais à frente, nos tópicos relativos à execução. Assim, a ferramenta é apresentadajunto com a explicação da sua utilidade e função na execução do serviço, o quenos parece ser, didaticamente, mais apropriado.

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O que é o concreto?O concreto é apresentado sob dois pontos de vista. Em si mesmo ele é um

composto de cimento, pedra, areia e água. Pode ser estrutural (quando se combi-na com o ferro, ou o aço, tornando-se então concreto armado) ou não-estrutural.

ATIVIDADE 3 – IDENTIFICAÇÃO DE OBRAS DE CONCRETO ARMADO

Nesta atividade o aluno deve começar a treinar a sua percepção construti-va, identificando na paisagem urbana o que é o concreto armado, e onde éque ele aparece nos edifícios. O professor deve estimular também a per-cepção arquitetônica e estética do aluno, considerando os pontos positivose negativos do concreto: é barato em relação às estruturas de aço, e a suamanutenção também é mais vantajosa. Por outro lado, se não for bem pro-jetado, pode gerar estruturas pesadas e melancólicas (obtenha, por exem-plo, imagens da estrutura do viaduto Minhocão, em São Paulo). Pode serpedido também aos alunos que identifiquem obras que considerem feias.

OS MATERIAIS DO CONCRETO

Os materiais que formam o concreto [cimento, areia, pedra e água] serãoanalisados um a um. Cada um deles, com exceção da água, será o tema de umaatividade específica. Durante esta fase, o curso como um todo estará voltadopara a questão dos materiais.

Cimento

Destacamos neste tópico a borda que define o tempo de pega do cimento.O professor deverá, depois, relacionar esse tempo com o tempo de pega da cal(no tópico sobre a argamassa de assentamento de blocos e tijolos) e os temposde vida, de abertura, e de ajuste da argamassa colante, na ocupação do ladrilheiro(no tópico sobre a execução dos revestimentos cerâmicos).

ATIVIDADE 4 – REAPROVEITAMENTO DO ENTULHO

Nesta atividade nós vamos pesquisar os meios de se reaproveitar o entu-lho. Como esta atividade está associada ao cimento, talvez algum alunoimagine que o cimento será recuperado, ou reciclado do entulho, de umaforma semelhante àquela através da qual recuperamos o alumínio de latasusadas. Não se trata disso, a menos que estejamos falando de um entulho deconcreto armado, do qual o ferro pode ser separado e então reciclado. Oreaproveitamento do entulho, geralmente, é obtido através da sua moa-gem, quando é então reaproveitado de diversas maneiras, seja em argamas-sas, concretos ou mesmo em outras tecnologias alternativas, como o saibroe o solo-cimento.

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Recomendamos que o professor acesse o site http://recycled.pcc.usp.br,onde são encontrados textos e indicações de leitura sobre o tema. Sugerimosespecialmente a leitura dos textos a seguir, que dão uma boa visão geral do assun-to e estão em linguagem acessível, podendo até serem disponibilizados para osalunos, a critério do professor:

� Entulho da indústria da construção civil

(http://recycled.pcc.usp.br/entulho_ind_ccivil.htm)

� A construção e o meio ambiente

(http://recycled.pcc.usp.br/a_construcao_e.htm)

� Desenvolvimento sustentável, construção civil, reciclagem e traba-

lho multidisciplinar

(http://recycled.pcc.usp.br/des_sustentavel.htm)

� A utilização do entulho como agregado para o concreto

(http://recycled.pcc.usp.br/a_utilizacao_entulho.htm)

Sugerimos também que o professor leia a Resolução do CONAMA(n. 307, de 5/7/2006), que estabelece diretrizes, critérios e procedimentos para agestão dos resíduos da construção civil. Essa resolução pode também ser trazidapara classe, para discussão com os alunos.

PÁGINA 35 – PERGUNTE AO SEU PROFESSOR

Pergunta do Pedrito: em que situações é necessário aumentar oudiminuir o peso do concreto?

Resposta:

a) Situações em que pode ser necessário diminuir o peso do concre-

to: numa reforma, por exemplo, onde se pretende construir novaspeças estruturais sem carregar demasiadamente a estrutura já existen-te. Nesses casos podem-se usar os chamados “concretos leves”, feitoscom agregados leves de argila expandida. Estes agregados são produ-zidos industrialmente a partir de argilas que possuem a propriedadeda “piroexpansão”, isto é, sofrem aumento de volume quandoaquecidas a altas temperaturas. Isto os torna bem mais leves do que osagregados comuns, feitos de rocha britada.

b) Situações em que pode ser necessário aumentar o peso do con-

creto: na construção de usinas nucleares, por exemplo, é necessáriouso de concretos superdensos e pesados (chamados “concretos pesa-dos”), para evitar formação de fissuras e absorver radiações. Nessescasos usa-se como agregado a hematita, que é o minério de onde se

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ATIVIDADE 5 – MOSTRUÁRIO DE AGREGADOS

Os alunos deverão trazer amostras de areia grossa, média e fina, pedrisco ebritas 1, 2, 3 e 4, que são os agregados mais usados, sendo que cada grupoobtém um tipo. Sugere-se que sejam colocadas em vidro transparente. Comuma régua eles deverão verificar a dimensão média das britas.

A DOSAGEM DO CONCRETO

A dosagem, ou traço, é a “receita do bolo” do concreto. O professor devedestacar a existência dos dois métodos: o empírico e o racional. Nós iremos darmais importância, aqui, ao racional, que segue os critérios da resistência, da tra-balhabilidade e do diâmetro máximo do agregado.

1º critério - Resistência

Essa talvez seja a parte mais avançada do curso, em termos de conheci-mento transmitido, pois aqui são ensinados conceitos básicos da disciplina cha-mada Resistência dos Materiais, que faz parte de um conjunto de disciplinas dasCiências dos Materiais, ensinadas obrigatoriamente nos cursos de engenharia. Anoção mais importante que deve ser ensinada aqui é a de esforço, que pode ser decompressão, tração, flexão, torção e cisalhamento.

Sugerimos que os tipos de esforços sejam mostrados através dos desenhosdo Guia de Estudo e sejam concretizados na sala de aula. Assim, por exemplo,para explicar o que é tração, o professor pode esticar um barbante ou elástico.Para significar o que é compressão, uma pilha de livros pode ser comprimidahorizontalmente, mostrando que, devido a essa ação os livros não caem no chão.Para flexão o professor pode fletir uma régua e pedir que os alunos façam omesmo com suas próprias réguas; a torção pode ser mostrada torcendo-se umaborracha de apagar e os alunos também podem fazer o mesmo. Pode-se aindapedir que os alunos dêem outros exemplos de esforços que ocorrem no seu dia adia, até para avaliar se entenderam corretamente, como no exercício da cadeiraque é proposto no Guia de Estudo.

ATIVIDADE 6 – ESFORÇOS

O assento da cadeira sofre flexão, e as pernas, compressão. Deve-se expli-car e complementar o exercício pedindo que os alunos dêem outros exem-plos de esforços do seu dia a dia.

extrai o aço. O uso da hematita faz com que o concreto possa atédobrar seu peso e resistência em relação aos concretos comuns.

Maiores informações sobre essa questão podem ser obtidas na biblio-grafia (por exemplo, em BAUER, 1987, no capítulo sobre agregados).

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Depois de compreendido o conceito, retomar o assunto que deu origemao mesmo, que é a resistência à compressão do concreto. Comentar no-vamente – porque isso já foi dito no início do capítulo - que o concreto éum material muito resistente à compressão, mas pouco resistente aos de-mais esforços, e é por isso que precisa da ajuda do aço, o que resulta noconcreto armado.

Finalizar, adiantando o assunto que será visto logo a seguir, que é o ensaiode resistência à compressão do concreto, em que um cilindro de concreto écolocado numa prensa e comprimido até se romper. O valor correspon-dente ao rompimento, registrado pela prensa, é o que se adota como sendoo da resistência à compressão do concreto, para aquele determinado traço.

2º Critério - Trabalhabilidade

Neste tópico deve-se ensinar primeiramente o conceito de trabalhabilida-de e, em seguida, mostrar como a trabalhabilidade é medida através do slump-test, ou teste de abatimento. O professor deve explicar como o teste é feito ecomo o resultado é obtido, seguindo o conteúdo do Guia de Estudo. Quando osalunos tiverem a aula de laboratório, onde irá ser feito o concreto, o slump-testdeverá ser feito para eles assistirem.

O professor deve fazer com que os alunos compreendam que quanto maisalto o slump, mais “mole” é o concreto e mais fácil de preencher peças estreitas,ocorrendo o contrário quando o slump é baixo.

3º Critério - Diâmetro máximo do agregado

Este critério, aparentemente complicado, pode ser facilmente entendido seo professor trouxer para a sala de aula, por exemplo, um pequeno trecho dearmação de uma pequena viga ou pilar (pode até ser uma miniatura), com barrase estribos (como uma “gaiola”), e mostrar que numa gaiola muito fechada a britado concreto pode não passar, dependendo do seu tamanho. Isso pode ser de-monstrado tentando-se introduzir uma brita de verdade, de tamanho tal que nãopasse entre as barras da gaiola. Daí a necessidade de se definir previamente umtamanho máximo de brita que pode ser usada para as condições da peça a serconcretada. Os critérios para isso estão na tabela da página 40.

ATIVIDADE 7 – TRAÇO DO CONCRETO E MOLDAGEM DE CORPOS DE PROVAPARA MEDIR A RESISTÊNCIA

Retomar o assunto da resistência do concreto e explicar como é feito oensaio de resistência à compressão, desde a moldagem dos corpos de pro-va, na obra, até o rompimento na prensa, em laboratório. Deve ser usado omaterial do Guia de Estudo, mostrando as fotografias e relacionando oensaio com o conceito de resistência à compressão, já ensinado.

Em conjunto com as aulas de dosagem e de ensaios de slump e resistência

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do concreto estão previstas aulas de laboratório, em que o laboratoristafará um traço, misturando o concreto na betoneira, tirará o slump e mol-dará corpos de prova. Na mesma aula pode ser rompido um corpo deprova já preparado previamente para isso, de modo que, ao final, os alu-nos terão assistido todos os ensaios e terão, portanto, condições de en-tender todo o processo.

Depois disso, quando for iniciada a construção da parede, cada grupo dealunos fará o concreto estrutural para as fundações, tirará o slump e molda-rá os corpos de prova para serem rompidos no laboratório, verificando aresistência obtida em relação à prevista. As orientações construtivas paraisso serão dadas a seguir.

MISTURA OU PREPARO DO CONCRETO

Explicar os processos de mistura conforme o “passo-a-passo” do Guia deEstudo, fazendo a analogia com a receita do bolo, isto é, precisamos ter não só osingredientes corretos na quantidade certa, mas também seguir um procedimentopara a mistura e preparação.

ATIVIDADE 8 – CONCRETAGEM DA FUNDAÇÃO DA PAREDE-PROTÓTIPO

A Atividade 8 e a Atividade 10 podem ser tratadas como se fossem umaatividade única, já que tratam da execução das fundações da parede-protó-tipo. Sugere-se que seja feita da forma a seguir.

A fundação poderá ser feita em sapata corrida. Se a parede for feita combloco de espessura de 14 cm, a sapata pode ser feita com dimensões míni-mas de 15 cm x 50 cm, apoiada sobre lastro de concreto magro de 5 cm. Aarmação das sapatas e da viga pode ser feita com 4 barras de aço longitudi-nais de 10 mm e estribos de 6,3 mm a cada 15 cm, conforme esquemasugerido a seguir.

Se o solo local for muito ruim, ou mesmo a critério do professor, poderáser feita fundação em brocas e viga baldrame: três brocas de diâmetro de25 cm, por exemplo, ao longo do muro, e uma viga baldrame de coroa-mento, com 20 cm de largura por 30 cm de altura. No caso de utilização debrocas, sugere-se que tenham profundidade mínima de 2,5 m e sejam arma-das com pelo menos 4 barras de aço de 10 mm de diâmetro, e estribos de6,3 m a cada 20 cm. Executar bloco de coroamento 40 x 40 cm para cadabroca, armado com barras diâmetro 10 mm (3 barras em cada sentido,conforme esquema a seguir). As barras de aço das brocas devem ter com-primentos de “esperas” ou “arranques” acima do topo dos blocos, compelo menos 40 cm de comprimento. Quando for executada a parede, deve-rão ser feitos pilaretes de concreto armado nas posições em que estiveremsido deixados os arranques das brocas, com 4 barras de aço 10 mm e estri-

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bos de 6,3 mm a cada 15 cm. (Ver esquema a seguir).

Podem ainda ser feitos os dois tipos de fundações, sendo cada tipo execu-tado por diferente grupo de alunos.

Advertência

O assunto “fundações” não foi dado. Assim, os alunos devem estarcientes de que estão fazendo somente a prática. O tipo e a dimensãodas fundações sugeridas servem somente para a construção de umaparede-protótipo (4,00 de comprimento por 2,00 m de altura) comfinalidades didáticas, e não podem, de maneira alguma, serem generali-zados para outros tipos de obra. Qualquer outro tipo de aplicaçãoenvolve conhecimento especializado de projeto de fundações, que osalunos não têm.

SUGESTÕES DE FUNDAÇÃO PARA PAREDE PROTÓPIPO

SAPATA

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� Escavação da vala: a vala deve ser escavada até se encontrar terrenosuficientemente firme, o que deve ocorrer com profundidade em tornode 50 cm. Se até essa profundidade o solo estiver muito ruim, usar aopção de fundações em brocas e baldrames. Se as paredes da vala estive-rem firmes, sugere-se que ela seja aberta com largura igual à da sapata, oudo baldrame, sem execução de fôrmas, chapiscando-se as suas paredesapós a escavação. Se o solo estiver muito solto e houver necessidade defôrmas, abrir a vala com 20 cm de sobrelargura em relação à peça, con-cretar o lastro com 10 cm de sobrelargura em relação à peça e fazer afôrma sobre o lastro. Se for baldrame, fazer primeiro as brocas, depois olastro e em seguida as fôrmas e as armações.Após a escavação, nivelar e apiloar energicamente o solo do fundo davala antes da execução do lastro.

� Concretagem do lastro: fazer concreto magro, com consumo de 100 kgde cimento por m3, misturado manualmente conforme o Guia de Estu-do e lançar no fundo da vala, compactando-o e nivelando-o.

� Formas e armações: depois do lastro curado, fazer as fôrmas, ondenecessário, cortar e posicionar as barras de aço.

OS ALUNOS DEVERÃO FAZER AS ATIVIDADES A SEGUIR

BROCAS E BALDRAME

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Advertência

Os traços e procedimentos aqui sugeridos para as atividades dessetópico devem ser utilizados para a fundação de uma parede-protótipode alvenaria de 2,0 m de altura e 4,0 m de comprimento, a serconstruída para fins exclusivamente didáticos, não podendo, emhipótese alguma, ser utilizados para fundações, estruturas ou constru-ções visando algum outro uso diferente do aqui estipulado. Paraqualquer outro propósito, o traço do concreto e o dimensionamentodos elementos construtivos devem ser definidos em projeto estrutu-ral, conforme procedimentos previstos na Norma Brasileira.

O concreto deverá ser feito na betoneira conforme o Guia de Estudo; tiraro slump e verificar a sua trabalhabilidade; moldar corpos de prova para rompi-mento (por exemplo 4 corpos de prova para rompimento aos 7 e 28 dias). Nãoesquecer de etiquetar os corpos de prova, identificando o grupo de alunos que omoldou, o local e data de concretagem, traço do concreto, etc.

Em seguida lançar o concreto e adensá-lo com vibradores mecânicos, con-forme os procedimentos ensinados no Guia de Estudo e dados em aula.

O TRAÇO ABAIXO, OBTIDO DO MANUAL ACIMA CITADO,

PODE SER UTILIZADO

Fonte: SILVA, 1975

� Concretagem da sapata ou baldrame: pode ser adotado traço do con-creto para 30 Mpa, que equivaleria a um fck próximo de 20 Mpa, que é omínimo recomendado pela Norma. A norma recomenda também usarfator água/cimento não superior a 0,6. O traço pode ser obtido de tabe-las, como por exemplo as do Eng. Caldas Branco, citadas em YAZIGI,1998, que consta na bibliografia, ou as do Manual de SILVA (1975)1.

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Enfatizar, nesse tópico, a questão do tempo de pega do concreto, que deveser obrigatoriamente respeitado, e a questão da água no concreto, que não podeser adicionada sem critério na obra.

CONCRETO USINADO

Recomenda-se que todas essas atividades sejam cuidadosamente planejadaspelo professor e acompanhadas por ele com auxílio de monitores, se possível pelomenos 1 monitor para cada 2 grupos de 5 alunos cada, de modo que todos osmateriais e ferramentas estejam disponibilizados para os trabalhos, bem como osprocedimentos de execução. É muito importante que o professor e os monitoresestejam bastante seguros de tudo que deve ser feito. Deverão pôr em prática oplanejamento de que tanto se falou no início do curso. E que todas aquelas práticascondenáveis, como a improvisação, não encontrem lugar em nosso curso!

Se houver alguma dúvida construtiva, recorra a algum especialista da cida-de. Na própria Prefeitura deve haver profissionais tarimbados que poderão aju-dá-lo, caso necessite.

PÁGINA 48 – VAMOS PERGUNTAR AO PROFESSOR

Pergunta do Pedrito: Paulina, e se a resistência do concreto não dera pedida, o que fazer?

Resposta: Como o concreto já foi utilizado, pois o ensaio de resistên-cia é feito no mínimo 3 dias após a moldagem dos corpos de prova, anorma brasileira prevê ensaios e testes que devem ser feitos para severificar a resistência real do concreto aplicado. Esses ensaios devemser feitos antes de qualquer decisão, porque um resultado baixo deresistência do concreto não significa necessariamente uma estruturacondenada, pois pode ter havido uma falha na moldagem do corpo deprova, por exemplo.

Devem ser feitos primeiramente os chamados “ensaios nãodestrutivos”, como, por exemplo, testes de percussão feitos na estru-tura, com equipamento apropriado. Estes testes permitem uma avalia-ção preliminar da resistência da estrutura, sem ofender a integridadeda mesma.

Se a resistência avaliada nos ensaios não destrutivos for consideradainsatisfatória, podem-se realizar “ensaios destrutivos”, isto é, extraem-se corpos de prova da estrutura nas peças sob suspeita, e esses corposde prova são rompidos para verificar a sua resistência. Neste casoteremos um resultado que equivale à resistência real do concretoutilizado. Entretanto, estes ensaios já são mais complexos e caros e

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afetarão a estrutura, que precisará ser recomposta nos pontos de ondeforam extraídas as amostras para ensaio. Pode-se ainda,concomitantemente com os ensaios anteriores, se estes não foremconclusivos, fazer uma prova de carga na estrutura, isto é, carregá-lacom carga real (sacos de cimento, por exemplo) para avaliar o seucomportamento.

Dependendo dos resultados desses ensaios e testes, avaliamos se aestutura precisa ser demolida e refeita, se é necessária a execução dereforços estruturais, ou se a estrutura pode ser considerada segura,sem necessidade de reforços ou re-execuções. Os ensaios, as avaliaçõese os serviços de reforços estruturais, se necessários, são feitos porempresas especializadas, e as decisões finais sobre o que deve ser feitosão tomadas pelos responsáveis técnicos pelo projeto estrutural epelas empresas envolvidas.

Recomenda-se, para maiores informações, a leitura da normalizaçãoem vigor referente ao assunto, relacionada na bibliografia.

ATIVIDADE 9 – LEVANTAMENTO DE USINAS DE CONCRETO

O objetivo da atividade é fazer com que os alunos conheçam o mercado defornecimento de concreto. Deverá também ser organizada uma visita a umausina de concreto.

Nessa visita é importante mostrar aos alunos os pátios de estocagem demateriais (agregados), os silos de armazenamento do cimento, a dosagemdos materiais e os caminhões betoneira. Mostrar também como a usinarecebe e processa o recebimento de pedidos, seus procedimentos de entre-ga e de controle de qualidade, e outras atividades que despertem interessedos alunos.

TRANSPORTE E LANÇAMENTO DO CONCRETO

PÁGINA 49 – PERGUNTE AO SEU PROFESSOR

Pergunta do Pedrito: Como fazer para não ocorrer a desagregaçãodo concreto?

Resposta: Os procedimentos utilizados para se evitar a desagregaçãodo concreto em peças de mais de 2,0 m de altura, como pilares, são:

a) Abrir uma janela lateral na fôrma, a meia-altura do pilar, fazendo-se o lançamento do concreto por essa janela, até chegar nessa altura.

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Em seguida fechar a janela e concretar o restante até a altura final.Desvantagem dessa solução: dificuldade e demora na execução dajanela, seu posterior fechamento e concretagem.

b) Lançar argamassa de cimento e areia no fundo do pilar, até umaaltura de aproximadamente 15 ou 20 cm, antes da concretagem.Fazendo isso, a argamassa preencherá completamente o fundo dopilar. Na concretagem, a brita, que “chega primeiro ao fundo”,ficará misturada á argamassa, não havendo o risco de criação de“bicheiras”. Desvantagem: custo da argamassa.

c) Solução ideal - tremonha: usar um tubo com um funil na boca,conjunto este denominado “tremonha”. O tubo pode ser de PVC,diâmetro de 15 cm e o funil deve ser metálico. O tubo com o funilé introduzido na boca do pilar, ficando com sua extremidade inferi-or a 1,0m do fundo do pilar, no máximo. O concreto, colocado nofunil e lançado através do tubo, vai batendo nas suas paredes e nãose desagrega. À medida que o pilar vai sendo cheio vai se puxandoo tubo para cima. Dependendo da altura da peça pode ser necessá-rio emendar o tubo em mais de um segmento.

O professor deve consultar a bibliografia nos tópicos relacionados alançamento de concreto, por exemplo, em BAUER (1987), onde hámaiores detalhes sobre essa questão.

ADENSAMENTO E CURA

Seguir o conteúdo do Guia de Estudo.

ATIVIDADE 10 – CONCRETAGEM DAS FUNDAÇÕES

Essa atividade deve ser executada em conjunto com a Atividade 8, confor-me já visto.

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AlvenariaEste assunto é bem amplo, e de início deve ser bastante ilustrado com

motivações que despertem a curiosidade dos alunos. Este tópico está divididoem quatro: as funções da alvenaria, os materiais que a constituem, a execução e osdetalhes construtivos.

Na introdução pode-se chamar a atenção para a importância (histórica eatual) da alvenaria como método construtivo, e também para as diversas funçõesque as alvenarias devem atender, muitas delas talvez não normalmente lembradascomo necessárias.

OS MATERIAIS DA ALVENARIA

ATIVIDADE 11 – MOSTRUÁRIO DE TIJOLOS E BLOCOS DE CONCRETO

A organização deste mostruário deve seguir o mesmo padrão daquelesorganizados nas atividades 5 e 18. Sugere-se que sejam formados gruposde alunos em número compatível com os diversos tipos de componentes eque cada grupo procure obter amostras representativas do seu tipo. Não énecessário que o mostruário seja muito grande, mas é importante que sejadiversificado e que dê uma idéia geral do conjunto. Sugere-se, por exem-plo, a seguinte divisão, a ser buscada por cada grupo: tijolos comuns, tijo-los furados, blocos cerâmicos (vedação e estruturais), blocos de concreto(vedação e estruturais), tijolos de outros materiais (concreto leve, vidro,etc). Deve ser estimulada a busca de componentes não usuais e interessan-tes, bem como de peças de boa e de má qualidade, para que seja feita acomparação.

Alvenaria Estrutural – borda da página 55

No momento em que for explicada a diferença entre bloco de vedação eblocos estruturais, aparecerá a necessidade de definir o que é alvenaria estrutural,e é possível que somente a definição dada na borda não satisfaça os alunos. Deoutro lado é muito importante que esse conceito seja dado corretamente. A defi-nição dada na borda pode ser ilustrada pelo professor, desenhando na lousa, oupreparando desenhos em slides ou transparências, como, por exemplo, um so-brado em estrutura convencional (com pilares e vigas de concreto armado e asparedes de vedação) e o mesmo sobrado em alvenaria estrutural (sem os pilarese vigas, somente com paredes e lajes), mostrando as diferenças entre um e outrométodo construtivo. Enfatizar, quando a alvenaria é estrutural, a necessidade doprojeto estrutural ser feito por empresas e profissionais, como mostra o Guia deEstudo. Deve ser chamada também a atenção para o controle, fazendo a compa-ração com o concreto. Assim como acontece na estrutura em concreto armado,

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onde o concreto tem que ser ensaiado para controle de sua resistência, na alvena-ria estrutural o mesmo controle é obrigatoriamente feito para os blocos e a arga-massa (consultar as normas que abordam esses procedimentos, constantes nabibliografia). Além das normas, sugerimos que sejam consultados pelo professoros livros sobre alvenaria estrutural, constantes na bibliografia (TAUIL e RAC-CA, 1981 e ABCI, 1990).

Tijolos, blocos e argamassa; estocagem dos materiais

É importante o professor ressaltar a importância da qualidade dos materi-ais e das condições de aquisição e estocagem, para garantir que a execução doserviço seja mais favorável. Atenção para com a organização do estoque do ma-terial no canteiro de obras onde os alunos vão trabalhar, que deverá ser, nessesentido, exemplar.

ATIVIDADE 12 – PESQUISA A RESPEITO DE ARGAMASSAS

Essa atividade concede uma atenção especial à argamassa, que geralmentetem a sua importância menosprezada em relação aos tijolos e blocos. Poroutro lado vai mostrar que é bem rica e variada a quantidade de tipos deargamassa, e que é, inclusive, influenciada pelas condições regionais e cultu-rais (o uso de barro, ou argila, apesar de ter se tornado raro nas grandescidades, ainda pode ser bastante encontrado no interior).

A classe deverá ser dividida em grupos e cada grupo pesquisa um tipo deargamassa. Se não existir um tipo diferente na cidade, pode ser feita umapesquisa bibliográfica.

A EXECUÇÃO DA ALVENARIA

Juntas

É interessante chamar a atenção dos alunos para as diversas possibilidadesde desenho de juntas de alvenaria (desenhos da página 62), dificilmente vistas.

Marcação, elevação e encunhamento

Estas três fases deverão ser detalhadamente explicadas, devendo o profes-sor apoiar-se no próprio Guia de Estudo, que está bem detalhado e ilustrado.Especial atenção deve ser dada ao uso do escantilhão, que não é uma práticamuito comum na construção, e que deve ser estimulada.

Uso de argamassas industrializadas

Pode ser comentado com os alunos que atualmente há outras técnicas deassentamento de alvenaria, com uso de argamassas industrializadas. Uma delas éo uso de bisnagas para colocação de argamassa. Em MEDEIROS, (1993), cons-tante na bibliografia, pode ser encontrada em detalhes e com aprofundamento a

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ATIVIDADE 13 – EXECUÇÃO DA ALVENARIA

Esta Atividade e a Atividade 15 são muito importantes. Elas devem ser exe-cutadas com todo o cuidado, pois se não forem feitas corretamente podemcomprometer todo o trabalho prático que será feito nas ocupações seguin-tes. A alvenaria da parede-protótipo será feita sobre as fundações já constru-ídas. A altura recomendada é de 2,00 m acima do solo.

O componente (tijolo ou bloco cerâmico ou de concreto) deve ser escolhidoconforme a disponibilidade local e mesmo segundo o interesse dos alunos. Épossível que os alunos queiram experimentar um componente não tradicio-nalmente usado, e isso poderá, a critério do professor, ser interessante.

A argamassa deve ser a convencional, mista de cimento, cal e areia, fabricadano canteiro, pelos alunos, conforme o Guia de Estudo. Poderá também, acritério do professor, ser utilizado um tipo diferente de argamassa, confor-me a disponibilidade local e o interesse dos alunos.

Independente do componente ou da argamassa escolhida, os procedimentosensinados nas aulas deverão ser rigorosamente obedecidos, inclusive o usodo escantilhão, que pode ser fabricado na obra, em madeira.

Poderá ainda, a critério do professor, e dependendo das condições locais,serem incluídos no protótipo alguns detalhes construtivos ensinados nas au-las, tais como: colocação de esquadrias, execução de um pilar intermediáriocom as amarrações das paredes, execução de instalações embutidas, etc.

Dependendo ainda das condições locais pode ser feita a impermeabilizaçãodas fundações – assunto não abordado no curso – revestindo-se a fiada ime-diatamente abaixo do nível do solo com argamassa de cimento e areia comimpermeabilizante, e pintando-a depois com pintura asfáltica, tipo neutrolou similar.

descrição das técnicas de assentamento de alvenaria, inclusive o uso dessas técni-cas não convencionais.

Detalhes construtivos

Este tópico está dividido em quatro:

1. Ligação entre paredes e entre paredes e pilares,

2. Vergas e contra-vergas:,

3. Fixação de esquadrias e

4. Embutimento de instalações.

Esses detalhes construtivos são básicos e importantes, pois serão necessári-os para qualquer tipo de construção de edifícios em alvenaria. São na verdadesoluções para resolvermos as interfaces que a alvenaria faz com os outros sub-sistemas da construção, e isso deve ser ressaltado aos alunos.

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RevestimentosÉ aqui que a importância do trabalho do pedreiro, ocupação-base, começa

a mostrar a sua relevância em relação às outras ocupações, pois a boa qualidadede todos os serviços dependerá das atividades do pedreiro.

REVESTIMENTO EM TRÊS CAMADAS:CHAPISCO, EMBOÇO E REBOCO E REVESTIMENTO EM CAMADA ÚNICA

Nesse tópico o importante é deixar clara a função de cada camada, assimcomo a sua execução. O Guia de Estudo está bem detalhado e ilustrado, devendoser seguido passo a passo.

ATIVIDADE 14 – REVESTIMENTO DE FACHADAS

Esta atividade irá tratar exclusivamente das fachadas. Vai aguçar o sensocrítico e a percepção do que é um bom e um mau substrato nestas superfí-cies, e tem o sentido de mostrar a diferença nos cuidados que devemostomar em relação aos revestimentos internos. Esta diferença se manifesta,sobretudo, na importância do prumo e na observação das condições desegurança, que envolvem, por exemplo, os andaimes.

As diferenças entre os procedimentos usados para os revestimentos de fa-chada em relação aos internos são principalmente:

� os andaimes – balancins ou fachadeiros – que são instalados externamen-te, suspensos (balancins) ou apoiados no solo (fachadeiros). Observar asdiferenças de condições de segurança e a mobilidade dos trabalhadores(este assunto é abordado no ladrilheiro, no tópico sobre equipamentos);

� o taliscamento, que é feito na fachada inteira, resultando em camadas maisespessas de emboço do que nas áreas internas.

A VISITA À OBRA

A Atividade 14 e algumas outras exigem a visita à obra, que pode ser feitaantes ou depois desse momento, pois vai depender das condições de organização(datas, horários) e da disponibilidade de obras adequadas para a visita, entre ou-tras questões. Aproveitaremos este momento para comentar e propor recomen-dações mais detalhadas relativas à visita à obra.

A atividade de visita é muito importante e foi previsto pelo menos umadurante o curso. Poderá, entretanto, ser feita mais de uma visita, se for possível econveniente, dependendo das condições locais.

Recomenda-se também que seja visitado um edifício de alguns andares pelo

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menos, pois poderão ser vistos todos os aspectos comentados no curso. Porém,podem também ser visitados primeiramente uma casa, e depois um edifício alto.Pode ainda ser visitada a mesma obra, em momentos diferentes, como por exem-plo uma visita mais no início do curso, para as questões de canteiro, estrutura ealvenaria, e depois uma outra mais no final, para ver a etapa de acabamento,abordadas nos cursos do ladrilheiro, do gesseiro e do pintor.

O importante é que, seja qual for a forma adotada, sejam vistos pelo menosos seguintes conteúdos abordados no curso:

� as condições do canteiro de obra, principalmente sua organização, esto-cagem de materiais, equipamentos utilizados, condições de segurança ede apoio aos trabalhadores (alojamentos, alimentação, etc)

� a execução da estrutura: montagem de fôrmas, armações e concretagem.Seria interessante se os alunos pudessem assistir a uma concretagem, comrealização dos ensaios de slump, moldagem de corpos de prova de con-creto e todos os procedimentos de concretagem vistos no curso. Entre-tanto isso pode ser complicado, devido à dificuldade de acesso às áreasde trabalho de um número grande de pessoas e também pelas condiçõesde segurança que isso exigiria (ver adiante os cuidados de segurança quedevem ser tomados para as visitas). Talvez uma concretagem de funda-ções em que o grupo de alunos pudesse assistir de longe seja mais viável;

� a alvenaria: observar os componentes utilizados e a técnica de assenta-mento;

� revestimentos em argamassa: observar qual o revestimento utilizado (seem três camadas, camada única, etc), os materiais e técnicas utilizadas,tanto para o interno quanto para o externo;

� aplicação de contrapisos: verificar os procedimentos utilizados;

� execução de revestimento cerâmico (a ser visto no curso do ladrilheiro):quais os tipos de placas cerâmicas utilizadas, procurando separá-las con-forme as classificações dadas no curso do ladrilheiro; as técnicas de exe-cução, confrontando-as com as ensinadas no curso do ladrilheiro. Procu-rar observar as diversas etapas do assentamento: galgamento, fiada mes-tra, aplicação da argamassa colante, assentamento das placas e forma deexecução das juntas, rejunte e limpeza.

� revestimentos em gesso e pintura (a serem vistos no gesseiro e pintor):materiais e técnicas utilizadas.

Atenção: Recomendações de segurança para as visitas a obras

A segurança em obra deve ser observada tanto no exercício dos profissio-nais que nela trabalham, quanto no ensino das mesmas profissões, principalmentequando tal ensino exige visitas a canteiros.

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No caso de visitas de alunos, a observação das exigências de segurançadeve ser até mais rígida, já que eles não são profissionais e não estão acostumadosao trânsito em obras. Entretanto, o que se observa muitas vezes é o relaxamentodos cuidados com a segurança em visitas a obras, pondo em elevado grau derisco os alunos e até mesmo o professor. Deve ser lembrado ainda que, se ocor-rer um acidente desse tipo, podem ser responsabilizados não só os dirigentes daobra , mas também o professor.

Assim, são feitas recomendações básicas para a realização de visitas a obras,que devem ser seguidas pelo professor e pelos alunos. As primeiras, a seguir, sãopara o professor.

� Escolha da obra: o professor deverá escolher criteriosamente a obra aser visitada, procurando observar se atende às necessidades didáticas etambém se apresenta as condições de segurança necessárias para o traba-lho e para a visita, sendo que este deverá ser um critério para escolha.Caso a obra seja considerada insegura a visita não deve ser feita, e o pro-fessor deve até tomar providências para que as causas de insegurança se-jam sanadas;

� Tamanho do grupo: deve ser verificado o tamanho da obra e das áreasque serão visitadas e sua compatibilidade com o número de alunos quefarão a visita. Isso é importantíssimo, pois um grupo demasiado grandepode, por exemplo, causar sobrecargas não previstas em acessos provi-sórios, e isto pode ocasionar um desabamento. Além disso, um grupomaior exige mais atenção e é mais difícil de ser controlado. Lembrar ain-da que há locais da obra em que nem é possível o acesso de um grupogrande de pessoas, como por exemplo, sobre uma laje sendo concretada.Por outro lado, grupos muito pequenos exigirão maior número de visi-tas, o que também dificulta o cumprimento do programa do curso. Suge-rimos que a obra a ser visitada comporte grupos em torno de pelo menosvinte alunos, o que exigiria no máximo duas visitas por turma, e esse deveser também um critério para escolha da obra a ser visitada.

� Roteiro da visita: uma vez escolhida a obra, definir previamente as áreasa serem visitadas, fazendo um roteiro desses pontos e do que deve serobservado em cada um deles. Na escolha desses locais, atenção especialdeve ser dada a: áreas escavadas (cujas encostas ou escoramentos provi-sórios podem desmoronar), passagem em acessos provisórios, como es-cadas e passarelas (verificando se podem ser utilizados na visita), corri-mãos, desníveis, e áreas sob escoramentos provisórios (como lajes emfase de montagem de formas ou concretagem). Planejar quais são os lo-cais onde o grupo pode estacionar com segurança, observar e ouvir asexplicações necessárias. Preparar as explicações e comentários pertinen-tes, de forma que no dia da visita estes possam ser feitos de forma a maisobjetiva e rápida possível, evitando dispersões e demoras desnecessárias

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durante o trajeto (como acontece em visitas monitoradas a museus).

� Agendamento da visita: uma visita a uma obra normalmente perturbaseu andamento, pois o lugar precisa ser preparado e pode até ser necessá-rio paralisar serviços para poder conduzir adequadamente os visitantes.É importante também que os responsáveis (engenheiro ou mestre da obra)acompanhem o grupo, juntamente com o professor, para ajudar na orien-tação e controle do grupo e também para esclarecer dúvidas e detalhesmais específicos. Este acompanhamento deve ser solicitado pelo profes-sor e combinado com os responsáveis pela obra, lembrando que o pro-fessor é quem vai dirigir a visita e dará as principais explicações, deixandocomplementações e detalhes para outros profissionais que estiverem acom-panhando. Por isso, a visita deve ser agendada com certa antecedência,para que a obra e também o professor possam estar preparados. Reco-menda-se também que a visita seja formalizada através de correspondên-cia entre a coordenação local do curso, o professor e os responsáveis pelaobra ou empresa construtora.

Recomendações aos alunos. Para as visitas devem ser observadas e cum-pridas, pelos alunos, as seguintes recomendações (com contribuições de PCC/EPUSP)2:

� uso obrigatório de capacete a todos os visitantes. Normalmente a própriaobra fornece, mas isso deve ser previamente confirmado. Caso a obra nãopossa fazê-lo, o professor deverá providenciar seu fornecimento por ou-tros meios;

� comparecer à visita com trajes adequados, sendo obrigatório o uso decalças compridas grossas e calçados com solado de couro ou borracha.No caso de calçados, a obra poderá eventualmente fornecê-los no dia davisita a alunos que não os tenham, mas se isso não for possível, estes alu-nos não devem fazer a visita;

� levar somente cadernos ou pranchetas para anotações, não levando para avisita volumes desnecessários, tais como mochilas, bolsas, sacolas, etc. Seeste tipo de pertence for levado, deve ser providenciado para que sejadeixado em local apropriado na obra, e não transportado durante a visita;

� é interessante levar máquina fotográfica, mas seu uso deve ser restrito aosobjetivos técnicos da visita e previamente autorizado pela direção da obra;

� o grupo deve manter-se unido durante o tempo todo, proibindo-se odesgarramento de qualquer aluno do grupo;

� manter a atenção; obedecer às sinalizações e advertências; estar atentoao tráfego de veículos e trabalhadores; não permanecer em locais decirculação;

� atenção com instalações elétricas, mantendo distância segura e evitando

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CONTRAPISO

O contrapiso tem para o piso uma função semelhante à que o emboço tempara as paredes. O professor deve ressaltar, no caso das áreas molhadas, a verifi-cação correta do caimento das águas. Aqui não está prevista nenhuma atividade,que poderá ser feita a critério do professor, se houver tempo para isto e se hou-ver espaço físico no canteiro de obras.

ATIVIDADE 15 – EXECUÇÃO DE CHAPISCO, EMBOÇO E REBOCO

Desta atividade dependerão as atividades fundamentais das outras ocupa-ções, e pode ser considerada como a segunda atividade mais importantedo pedreiro, ocupação-base, ao lado da Atividade 13.

A parede já construída em alvenaria deverá ser revestida, e o professor,auxiliado pelos monitores, deve orientar os alunos, seguindo o passo-a-passo do Guia de Estudo. Sugere-se que a parede seja revestida, por exem-plo, em três camadas de um lado e, do outro, metade em camada única emetade com outro tipo de argamassa local, se houver. A argamassa deveser feita parte manualmente e parte em betoneira, para que os alunos trei-nem os dois processos.

qualquer contato com as mesmas, tanto diretos quanto indiretos (atravésde objetos)

� cuidado onde pisar e caminhar, observando pisos molhados e escorrega-dios (sujos com graxa ou lama), aberturas provisórias em pisos, vãos deelevadores e escadas, pontas de ferro engastadas, pregos e arames;

� nunca se aproximar de bordas ou fossos, mesmo que estejam com prote-ção, mantendo sempre uma distância segura; locais desse tipo sem prote-ção não devem ser visitados.

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IntroduçãoO Ladrilheiro, ou azulejista, vai lidar com um material de construção muito

específico, que é o material cerâmico. Ao mesmo tempo ele vai efetuar umtrabalho que possui um nível de “qualificação”, ou de exigência técnica, que éintermediário, dentre as ocupações no canteiro de obras. Este nível pode sersituado entre o nível técnico do pedreiro e outros mais altos, ou especializados,como o do encanador, ou do bombeiro, e o do eletricista. O nível técnico doladrilheiro é comparável ao do gesseiro e do pintor. O professor deve notarque nós colocamos a palavra qualificação entre aspas, e aqui ele deve retornar aoArco da Formação Técnica Geral, em especial o tópico 3.1, que trata do Trabalho

Qualificado, Precarização e Emprego, e inclui ali a Atividade 25, e o Tópico 4 (Orga-

nização do Trabalho), em especial o item O Que é Organização do Trabalho, queinclui lá as Atividades 35, 36 e 37.

A discussão principal que permeia a Introdução do Guia de Estudo do La-drilheiro envolve exatamente esta palavra, a qualificação. E retomando os pontosmencionados da FTG o professor deve procurar explorar os dois sentidos queesta palavra pode tomar, ou seja, a qualificação pode ser uma propriedade, ouatributo do trabalho, ou pode ser uma propriedade, ou atributo, do trabalhador.Geralmente atribui-se a qualificação ao trabalho, ou às ocupações em si mesmas,deixando-se de lado a qualificação como uma propriedade do trabalhador. Issoacaba trazendo, para estas profissões ou ocupações que são reconhecidas comomenos qualificadas, ou não qualificadas, um grau de precarização muito maior,além da questão mais específica da sua baixa remuneração.

Por outro lado nós não devemos ignorar a ambigüidade que esta palavra, aqualificação, sempre traz. Pois quando nós falamos das “habilidades e conheci-mentos” que são necessários para um bom desempenho de uma determinada“qualificação profissional do trabalhador” (ver no Guia de Estudo da FTG, pá-gina 301), é natural que nós estejamos supondo, aí, que certas capacidades paraum determinado trabalho só podem ser adquiridas nos “estudos”, “em um cursotécnico, uma especialização ou faculdade”, além dessa capacidade poder ser ob-tida, também, “através da experiência, com conhecimento prático de um traba-lho” (ver no Guia de Estudo da FTG, página 279).

À medida que se vai subindo na escala hierárquica gerencial da obra, otrabalhador vai se tornando mais capaz de compreender todo o processo daobra. No topo dessa escala estrutural se situa, quase sempre, o engenheiro. Masesta ascensão é acompanhada, também, pela aquisição de um grau de responsabi-lidade cada vez maior em relação a esse processo como um todo. Enquanto umpedreiro comum só supervisiona, por assim dizer, o trabalho do servente, ou doajudante geral, que o auxilia mais diretamente, o Ladrilheiro já precisa se preocu-par com boa parte do trabalho que foi desenvolvido em fases ou etapas prece-dentes da obra, em relação à etapa em que ele atua, até que ele pudesse estar ali,

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assentando um azulejo, ou ladrilho. Enquanto isso, no topo de todas as qualifica-ções profissionais envolvidas no canteiro, o engenheiro é quase sempre o trabalha-dor que “leva o serviço para casa”, isto é, as exigências administrativas, gerenciais ede responsabilidade, em relação a este processo, são nele tão maximizadas que elenão trabalha apenas no lugar e durante o período em que se encontra efetivamentena obra. Mesmo fora desse ambiente efetivo ele continua, através do seu pensamen-to, a trabalhar nela. O professor deve compreender e transmitir a seus alunos, en-tão, que é neste contexto que surge o significado da palavra Autoridade, um profis-sional que serve, com seu conhecimento, especialização e responsabilidade a todosos demais trabalhadores envolvidos nessa tarefa, no caso, a obra.

A Autoridade não deve ser confundida com o mero preenchimento, oudetenção, de um posto ou posição hierárquica, e também não deve ser confundi-da com o Autoritarismo. Enquanto o Autoritarismo implica principalmente emperversas relações de poder onde prevalecem a dominação, a disputa cruel e aconcorrência desigual, a Autoridade legítima designa aquele ou aqueles que são,efetivamente, o autor ou os autores da obra. As verdadeiras autoridades de umaobra são, em palavras bem simples, todos aqueles que se interessam, participam ecolaboram verdadeiramente durante o seu processo, e então acabam atuando deum modo mais eficiente, espontâneo, criativo, voluntário, comunicativo, racionale responsável, para que todas as metas principais e secundárias sejam atingidas demaneira satisfatória, isto é, de um modo simples, claro, harmônico e econômico,ou com o máximo grau de benefício e com o mínimo grau de custo [e custo aquienvolve também os aspectos afetivos e emocionais] para todos.

O incentivo desta Autoridade pode nos trazer, portanto, três vantagens,em se tratando das relações sociais no Mundo do Trabalho. Por um lado ela nãose confunde com o autoritarismo, que é prejudicial ao andamento da obra. Poroutro lado ela ajuda no desenvolvimento dos trabalhadores menos qualificados.E por fim, ela pode contribuir no combate à alienação, ou à incompreensão, quepor vezes ocorrem no Mundo do Trabalho.

ATIVIDADE 16 – O TRABALHO DO LADRILHEIRO

O professor deve explorar todas estas questões das relações de trabalhoque envolvem o parcelamento e a divisão das tarefas no canteiro de obras.Estas questões, que podem ser agrupadas sob o tema da Qualificação, en-volvem mais que a diferença das diversas habilidades e conhecimentos quesão necessários para o bom desempenho de uma determinada tarefa. Oprofessor deve estimular também o debate que trata das relações de poder,ou seja, das condições onde alguém precisa mandar, ou decidir, e alguémprecisa obedecer, ou aceitar uma decisão de um outro.

Na primeira pergunta desta atividade, o termo “etapa da obra” pode ad-quirir diversos significados. Nós podemos falar simplesmente em três eta-pas, ou seja, início, meio e fim, ou acabamento, de uma obra, mas podemos

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também dividir estas etapas, por exemplo, em fundações, estrutura, alvena-ria, revestimentos, hidráulica, elétrica, cobertura e trabalhos finais. Sugeri-mos que o professor mencione todos esses modos diferentes de dividiruma obra em etapas, mas acabe encaminhando esta divisão no sentido defazer o aluno pensar a obra de acordo com a divisão que estabelecemosquando tratamos do pedreiro, ou seja: concreto, alvenaria e revestimentos.

Os alunos devem ser estimulados a descrever situações vividas, onde eles aspossam pensar como logicamente divisíveis em etapas.

Para responder à segunda pergunta desta atividade o aluno deve aprendera pensar a obra em termos de uma organização montada para se chegar aum fim, que pode ser comum ou não. Aqui o professor deve explorar osignificado da palavra gerenciamento, gestão, autoridade, autoritarismo e administra-

ção. Usando um simples dicionário como o do Aurélio o professor poderáenriquecer bastante esta discussão. Será que seria possível um tipo de orga-nização onde não houvesse relações de mando e obediência? Será que exis-te uma diferença entre obedecer cegamente e seguir uma recomendação,ou uma prescrição, com consciência? Como se dá o relacionamento comalguém que se situa numa posição superior hierarquicamente? Será que exis-tem pessoas que “servem” para ser chefes e pessoas que “não servem”para isso, ou será que estas questões difíceis poderiam ser resolvidas atra-vés de um treinamento gerencial? Será que todos nós não precisamos, aomesmo tempo, saber comandar e saber obedecer?

O que é o revestimento cerâmicoO professor deve, aqui, se certificar de que os alunos compreenderam bem

o conceito de camadas e de juntas, pois será com base nele que serão desenvolvi-das todas as atividades práticas. O aluno deve se pautar pela noção de que aqualidade do serviço que está sendo feito numa camada mais externa dependesempre da qualidade da camada mais interna.

As juntas, por sua vez, são sempre necessárias numa construção. Por elasserem quase invisíveis, quase sempre elas passam despercebidas para aqueles quenão têm intimidade com os processos construtivos.

Na introdução do curso do pedreiro, ocupação-base, nós fizemos uma ana-logia ou uma metáfora entre o corpo humano e o edifício, e na Introdução dessecurso de ladrilheiro, no diálogo entre a Paulina e o Pedrito, eles lembram, nova-mente, que o revestimento pode ser comparado com a pele do corpo humano.Este será o momento em que o professor deverá reforçar a utilização das figurasde linguagem, conforme nós vimos no início da parte das atividades básicas daconstrução.

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ATIVIDADE 17 – OS COMPONENTES DO REVESTIMENTO CERÂMICO

O professor irá treinar o olhar e a sensibilidade dos alunos, para que elescomecem a focar a sua atenção nos elementos construtivos. A idéia é trei-nar os alunos a “ver” a obra dum ponto de vista construtivo, ou descons-trutivo. E a dica que nós damos, aqui, é usar uma boa metáfora, analogia oumetonímia. O professor poderá usar, como exemplo desse método de per-cepção, um filme, ou uma música (estaremos fazendo, então, uma metáforaentre a obra e o filme, ou entre a obra e a música). No caso do filme oprofessor pode fazer os alunos prestarem a atenção em cada cena, desde oponto onde ela se inicia, até o ponto em que termina, e através de um corte,uma outra cena passa a ser mostrada. Podemos assim, durante, por exem-plo, uma meia hora de filme, identificar quantas cenas e quantos cortes exis-tem, fazendo, em seguida, uma analogia entre o corte entre as cenas e asjuntas do edifício. No caso da música, o professor pode, junto com osalunos, identificar cada instrumento separadamente, fazendo, com eles, oexercício de imaginar como seria aquela música sem um determinado ins-trumento. Nesse caso nós podemos interpretar, também, a música comoum conjunto de camadas sonoras, onde cada camada é o som de um deter-minado instrumento: instrumentos que produzem sons mais graves e de-terminam o ritmo da música, como o baixo e o bumbo da bateria, podemser associados às camadas mais profundas, que fazem parte do substrato, einstrumentos que produzem sons mais agudos, determinando assim a se-qüência melódica, como a guitarra, a flauta, o piano e o violino, podem serassociados às camadas mais externas da parede ou do piso, que formam orevestimento.

Os materiais do revestimentocerâmico

Neste ponto o aluno já começa a entrar em contato com a sua matériapropriamente dita, ou seja, os materiais físicos e concretos com os quais irá tra-balhar. Este tópico, enquanto trata, no início, das placas cerâmicas e da argamassade fixação, é informativo e histórico, e tem o objetivo de ir familiarizando oaluno com estes materiais. Aqui é importante que o aluno tome um contato bas-tante íntimo e espontâneo com eles, ou seja, que ele possa pegá-los, manipulá-los,perceber as texturas e as cores, sem que exista ainda nenhum compromisso maistécnico ou mais rigoroso quanto aos procedimentos que serão expostos depois.O professor deve provocar e observar quais são os comentários que os alunosexpressam neste sentido. Somente aos poucos, entrando no tópico das classifica-ções normalizadas das peças cerâmicas, é que o professor deve introduzir o jar-gão especializado.

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AS PLACAS CERÂMICAS

Estes são os materiais mais importantes para o ladrilheiro, ou aqueles quenaturalmente chamarão mais a atenção de todos. Eles merecem, portanto, umaatividade específica.

ATIVIDADE 18 – MOSTRUÁRIO DE PLACAS CERÂMICAS

Assim como no caso dos mostruários de tijolos e blocos de alvenaria, o decerâmicas não precisa ser muito grande, mas deve propiciar uma idéia ge-ral do conjunto. O critério para dividir os alunos em grupos e designar acada um o tipo de cerâmica pode ser a classificação da tabela da página 95,conforme os grupos de absorção de água, que é a forma mais atual e maiscorreta tecnicamente de se classificar as cerâmicas. Assim, um grupo buscaamostras de porcelanato, outro de grês, outro semi-grês e assim por diante.O número de grupos pode ser ampliado com tipos de cerâmicas não con-templados nessa classificação, como as pastilhas, por exemplo. O profes-sor deve levar em conta que há hoje em dia uma grande diversidade deprodutos e padrões e os alunos podem ser estimulados a irem buscar amos-tras que considerem interessantes, bonitas ou até mesmo curiosas.

A apostila Assentador de placas cerâmicas – Aperfeiçoamento, do SENAI, trazmuitas curiosidades, em linguagem simples, a respeito da história da cerâ-mica, da importância da estética e dos métodos industriais. O professorpode também aprofundar nas questões culturais e artísticas relacionadascom a cerâmica, e neste sentido nós indicamos aqui dois sites relacionadoscom a cerâmica marajoara:

� http://www.ceramicanorio.com/artepopular/ceramicamarajoara/cer%C3%A2mica_marajoara.htm

� http://www.marajoara.com/Ceramica.html

Para uma abordagem mais específica o professor poderá se utilizar doslivros Introdução à Tecnologia Cerâmica, (Edgard Blucher LTDA, São Paulo,1973), de Frederick Harwood Norton, e Tecnologia de Argilas (Vol. 1. e 2,Edgard Blucher LTDA., São Paulo, 1989), de Pérsio Souza Santos.

A ARGAMASSA DE FIXAÇÃO

Dentre estas argamassas nós vamos tratar somente das argamassas colan-tes. Este tópico será informativo e teórico, e não é indispensável que se tenha,neste ponto, um mostruário desses materiais, à maneira que fizemos com as peçascerâmicas. No entanto, se a curiosidade dos alunos for muita, o professor poderátrazer para a sala de aula uma embalagem de argamassa colante, para que se tenhauma ilustração deste conteúdo tópico.

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A ARGAMASSA COLANTE

Ao explicar o que é tensão de retração, o professor deve se referir ao tópi-co sobre Esforços, que é abordado na parte do pedreiro, ocupação-base, quandose introduz o critério de Resistência na dosagem racional do concreto.

AS JUNTAS DE ASSENTAMENTO

Aqui também são expostas informações teóricas, de classificações e de nor-mas. Para fazer compreender e fixar o funcionamento das juntas, podem ser reto-madas algumas comparações e figuras de linguagem, como vimos no início. Oprofessor deve também levar na aula um espaçador e mostrar, juntamente comas cerâmicas do mostruário que os alunos já deverão ter feito, como este instru-mento é usado para criar as juntas de assentamento. Lembrar também que naatividade prática, mais à frente, eles vão executar o revestimento cerâmico e usarna prática todos os componentes.

ATIVIDADE 19 – VANTAGENS DO USO DA ARGAMASSA COLANTE

A resposta deverá conter uma explicação que envolva todo o sub-sistemade revestimento, ou seja, o aluno, neste ponto, já deverá estar compreen-dendo o funcionamento integrado das várias partes deste sub-sistema.

A execução de revestimentoscerâmicos

A COMPRA, O RECEBIMENTO E A ESTOCAGEM DOS MATERIAIS

A partir daqui o Guia de Estudo do Ladrilheiro se torna eminentemente“prático” e auto-explicativo, não necessitando de tantas recomendações e dicasneste Manual do Educador. Os alunos e o professor vão passar a pôr a mão namassa, mas o professor não deverá achar que, de agora, em diante, a teoria “ficoupara trás”. As atividades se tornarão essencialmente experimentais, mas a cadamomento o professor deverá estimular o pensamento e o questionamento e aexplicação segundo os passos da teoria. Só assim os alunos entenderão por que éque os procedimentos têm sempre uma razão de ser, ou por que é desse jeito queeles, efetivamente, funcionam.

Com relação aos procedimentos de compra, recebimento e estocagem dosmateriais, seguir o Guia de Estudo, enfatizando a utilidade prática das recomen-dações, que podem ser adotadas não só por profissionais, mas também para usu-ários compradores de cerâmicas para suas próprias casas.

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OS EQUIPAMENTOS

Neste ponto os alunos deverão conhecer a bancada de equipamentos, se-gundo a relação que está no início dessa parte do Ladrilheiro. O professor deverágastar um bom tempo explicando o funcionamento deles. Podem ajudar, aqui,catálogos de equipamentos, que podem ser obtidos em lojas de ferramentas, e osmanuais de uso, que devem ser estudados.

ATIVIDADE 20 – A ESTOCAGEM DOS MATERIAIS E OS EQUIPAMENTOSDE SEGURANÇA

A primeira pergunta diz respeito ao tópico A Compra, o Recebimento e o Esto-

que dos materiais e a segunda, ao tópico Os Equipamentos. Esta segunda per-gunta visa reforçar a noção de que os equipamentos de proteção são abso-lutamente necessários. Esta atividade deve estar articulada com a visita àobra e com a Atividade 14, principalmente para observação dos andaimes.

� A verificação da planeza e da textura da camada de regularização

ATIVIDADE 21 – A VERIFICAÇÃO DO PRUMO DAS FACHADAS

Essa atividade deve ser inserida na visita à obra. A indicação do uso de pru-mo não precisa ser seguida para todos os grupos, através dos quais os alunosserão organizados na visita. Um grupo poderá trabalhar com a mangueira denível, verificando, por exemplo, se os caimentos dos pisos estão de acordocom aquilo que foi recomendado na parte do pedreiro, ocupação-base. Umoutro grupo pode ser designado para saber das condições de segurança naobra. Um outro pode verificar se os equipamentos necessários estão disponí-veis, ou quais são as condições de estoque dos materiais cerâmicos, se é queestes já se encontram na obra. O importante é que a visita seja feita na fase depreparação para o recebimento das peças cerâmicas.

� Definindo os painéis, galgamento, fiada mestra, corte das peçascerâmicas e condições ambientais

Seguir o Guia de Estudo passo a passo, que está bem detalhado e ilustrado.

ATIVIDADE 22 – O NIVELAMENTO, O GALGAMENTO E O CORTE DAS PEÇASCERÂMICAS

A ênfase nesta atividade é no planejamento do serviço, na iminência delecomeçar. O professor deve insistir no valor da organização do trabalho, ena sua máxima preparação, ao invés de começarmos a fazer o serviço dequalquer jeito, sem que existam as condições necessárias. Neste ponto osgrupos de alunos já deverão estar estruturados, e o professor já deve notar

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A PREPARAÇÃO E APLICAÇÃO DA ARGAMASSA COLANTE

Seguir as indicações do Guia de Estudo, que está bem detalhado e explica-tivo. Pode ser chamada a atenção para o uso de argamassadeiras, que além deterem dispositivo de mistura mecânico (tipo batedeira de bolo), vêm com caixaspara argamassas ergonômicas, apoiadas em rodinhas, facilitando bastante o tra-balho não só do ladrilheiro, mas de todos os serviços que usam argamassas. Nasfotos das ferramentas do pedreiro há uma desse equipamento.

Deve ser verificado se os alunos entenderam corretamente o procedimen-to da dupla colagem (aplicar a argamassa na parede e no tardoz da peça). Podeser comentado que a não aplicação da dupla colagem é uma importante causa dedescolamentos de cerâmicos, principalmente em fachadas.

Para maior aprofundamento sobre projeto e patologias de revestimentoscerâmicos, devem ser consultadas pelo professor as indicações bibliográficasMEDEIROS (1999) constante na bibliografia do Guia de Estudo e também CAM-

PANTE (2001).

� A colocação e o ajuste das peças cerâmicas

Seguir as indicações do Guia de Estudo passo a passo. Deve ser novamenteressaltada a importância da sequência desses procedimentos, para evitar descola-mentos. Sugerimos novamente a consulta à bibliografia especializada, citada noítem anterior.

que alguns grupos parecem mais íntegros e entrosados do que outros. Sefor necessário, o professor deve chamar a atenção para este fato, e talvezalguns exercícios de dinâmica grupal podem ainda ser proveitosos. É im-portante que exista um grau mínimo de interação nos grupos, senão todo otrabalho posterior pode ser perdido, ou prejudicado. Talvez seja bom re-manejar algum aluno de um grupo para outro, para que todos fiquem maisequilibrados.

A resposta correta da primeira pergunta (7 dias de espera para superfíciesinternas, e 14 para superfícies externas) não é importante apenas por si mes-ma. Ela visa chamar a atenção para todos os cuidados preparatórios quedevemos tomar. O professor deve então recapitular tudo o que foi passadoaté agora, para que a classe tome consciência destes procedimentos iniciais.

Na segunda pergunta a classe pode se utilizar, além do dicionário, de lápise folha de papel, para que sejam feitos alguns esboços de projeto. Ou seja,a parede de alvenaria que será revestida poderá ser reproduzida no papel, eentão o professor pode tentar fazer, com os alunos, uma modulação dasuperfície a ser azulejada.

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ATIVIDADE 23 – A APLICAÇÃO DA ARGAMASSA COLANTE E DA PLACACERÂMICA

Neste ponto nós podemos dizer que a classe já realizou o trabalho princi-pal. Se tudo correu razoavelmente bem até agora, os alunos já se sentembastante seguros e auto-confiantes. O professor deve enfatizar isso, e pro-ceder a uma nova recapitulação das falhas e dos acertos ocorridos em cadagrupo.

Os resultados de cada grupo devem então ser confrontados e comparados,sem que se exaltem demais os que alcançaram um melhor sucesso, e semque se desmereçam, por outro lado, aqueles grupos que não conseguiramum resultado tão bom. Em todos os casos algum ponto positivo e algumponto negativo deve ser notado e exposto.

Apesar das perguntas desta atividade estarem dispostas aqui em bloco, tal-vez seja conveniente aplicá-las durante as fases às quais elas se referem. Aterceira pergunta, por exemplo, pode ser feita antes de se começarem osserviços propriamente ditos do assentamento das peças cerâmicas.

� Tempos de vida, de abertura e de ajuste, rejunte e limpeza

Seguir a conceituação do Guia de Estudo, enfatizando a importância práti-ca da aplicação desses tempos, tendo em vista que a falta de sua observação (jun-tamente com a dupla colagem e os procedimentos de assentamento) constituiimportante fator causador de patologias.

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ATIVIDADE 24 – TEMPOS DE VIDA, DE ABERTURA E DE AJUSTE, JUNTA EREJUNTE

É importante que o aluno tenha sempre esses tempos em mente quando forexecutar o serviço, pois eles devem ser sempre monitorados.O conhecimento da diferença entre a junta e o rejunte pode parecer banal,mas mostra que o aluno conhece bem as fases de execução.

ATIVIDADE 25 – A EXECUÇÃO DO REVESTIMENTO CERÂMICO

Esta atividade precisa estar coordenada com a Atividade 15, do Pedreiro,ocupação-base, pois depende dela ter sido executada. Sugere-se que seja re-vestido um lado da parede com peças cerâmicas, deixando o outro para ogesso e a pintura.. O tipo de placa cerâmica pode ficar a critério do professore do interesse dos alunos. Pode ser escolhido um tipo de maior desempenho,com baixa absorção, como se fosse para fachada, ou um tipo de característi-cas mais decorativas, como se fosse para um ambiente interno. O importanteé que seja definido um critério de escolha e que os alunos saibam qual é omaterial que estão aplicando, e em que tipo de situação é utilizado. Deve-seusar a argamassa colante, e o tipo a ser utilizado deve ser compatível com acerâmica escolhida. O procedimento de assentamento e os demais materiaistambém devem ser ajustados ao tipo de cerâmica definida e ao “ambiente”que está sendo simulado na sua aplicação (por exemplo uso ou não da duplacolagem, o tipo de espaçador, o tipo de rejunte, etc).

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IntroduçãoPodem ser enfatizadas, já de início, as características que diferenciam o ges-

seiro dos outros profissionais, principalmente o fato de estarem ligados a proces-sos construtivos mais industrializados, feitos com componentes pré-fabricadoscom gesso, que serão vistos no decorrer do curso. Os alunos podem ser chama-dos à atenção no sentido de que esses processos construtivos, diferentementedos anteriormente abordados neste curso, não são ainda muito comuns e talveznunca tenham sido vistos por eles.

O gesso para construçãoPara cursos realizados em cidades do Nordeste pode ser ressaltado o fato

das jazidas de gipsita, matéria-prima do gesso, atualmente em atividade, estaremconcentradas principalmente no Estado de Pernambuco, sendo que a grandeparte do gesso é consumida no sul e sudeste do país. Devem ser destacadas asvantagens do gesso e apontadas também suas desvantagens ou limitações, con-forme o Guia de Estudo.

Revestimentos de paredes e tetosem gesso

Explicar a diferença entre gesso sarrafeado e desempenado, aproveitan-do que, nessa altura do curso, essa terminologia já deve ser de domínio dos alu-nos. Explicar as técnicas de execução passo a passo, conforme o Guia de Estudo.

ATIVIDADE 26 – EXECUÇÃO DE REVESTIMENTO EM GESSO

Os alunos executarão, sobre a parede já revestida com argamassa, trechoem gesso liso, de acordo com o passo a passo do Guia de Estudo.

Placas pré-fabricadas de gessoPLACAS LISAS DE GESSO

Seguir as explicações do Guia de Estudo, procurando mostrar que as pla-

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cas lisas de gesso são muito utilizadas em forros de banheiros e que não há dife-rença aparente significativa entre estas e um revestimento em argamassa conven-cional com pintura. Mesmo assim, os alunos, observando, poderão identificarquando o teto é feito em forro de gesso e quando não (pode-se até fazer esseexercício na sala de aula). Mostrar aos alunos que, a partir de agora, eles têmcondições de começar a desenvolver “olho clínico”, enxergando aspectos e deta-lhes que passam despercebidos aos olhos do leigo.

PLACA DE GESSO ACARTONADO

Este assunto é importante pelas características de produção e uso do com-ponente, principalmente na construção de paredes, como alternativa às de alve-naria revestidas.

Seguir o Guia de Estudo na definição e na produção das placas de gessoacartonado. Sugerimos que o professor obtenha, de empresas fabricantes, amos-tras para levar para classe e mostrar aos alunos. Na fabricação das placas, vista nailustração da página 133, deve ser ressaltada a alta mecanização e a sofisticaçãodo processo.

Comentar a popularização do sistema em outros países, como se vê emfilmes, na fala do Pedrito. O professor pode pesquisar algum filme (procurarfilmes americanos, principalmente) em que aparecem cenas de demolições e re-formas de paredes com gesso acartonado, e passar para os alunos.

Parede de gesso acartonadoO importante aqui é que os alunos entendam como é o processo construti-

vo de montagem das paredes. Novamente ressaltamos a importância de se teruma amostra de trecho de parede, inclusive com tubulações ou outros elementosinternos, para mostrar na classe aos alunos. Esse tipo de amostra pode ser obtidode fabricantes de paredes de gesso acartonado.

MONTAGEM DAS PAREDES DE GESSO ACARTONADO

Seguir o passo a passo do Guia de Estudo, procurando chamar a atençãopara as “soluções inteligentes” que o sistema apresenta, tornando-o simples, rápi-do e fácil de executar. Isso pode ser visto, por exemplo, na montagem dos perfise das placas, na forma como são feitas as emendas entre as placas (o rebaixo dasplacas na região da emenda e a aplicação da fita), a embutidura das instalações, oisolamento acústico, os reforços para colocação de bancadas e armários, etc. Essassoluções são chamadas tecnicamente de “racionalização da construção”. A raci-

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onalização pode, a princípio, ser aplicada a qualquer sistema construtivo, mesmo– e até principalmente – para os convencionais.

VANTAGENS DAS PAREDES DE GESSO ACARTONADO E DAS

TECNOLOGIAS INDUSTRIALIZADAS DE CONSTRUÇÃO

Procurar mostrar aos alunos que as características do sistema de constru-ção em paredes de gesso acartonado mostram que há outra forma de construir,diferente da tradicional. Demonstrar essas diferenças, como está no Guia de Es-tudo. Concluir a ocupação chamando a atenção para as repercussões que o usodesses sistemas provocam no mercado de trabalho, principalmente enquanto ten-dência para o futuro.

ATIVIDADE 27 – PESQUISA SOBRE SISTEMAS CONSTRUTIVOS INDUSTRIALIZADOS

Essa pesquisa será mais fácil de ser feita em grandes centros, onde os sistemasindustrializados são mais utilizados. Entretanto, mesmo em cidades menorespoderão ser obtidos exemplos de racionalização (as soluções inteligentes)que também podem ser feitas no processo convencional. O uso de argamas-sadeiras ergonômicas, visto no curso da ocupação-base do pedreiro, é umexemplo desse tipo de solução. A atividade pode portanto ser ampliada, nosentido de provocar nos alunos a busca de soluções que melhorem o proces-so convencional de construção.

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IntroduçãoRessaltar os aspectos principais do trabalho do pintor, que é o acabamento

final e o momento em que entra na obra: é a última etapa da construção. Chamara atenção também para os trabalhos de reparo, abordado no final do curso.

As tintas, suas funçõese componentes

Apresentar as funções da pintura e mostrar que, apesar dos diversos tiposde tinta, a composição básica é a mesma, conforme mostrado no Guia de Estu-do. Essa é uma forma de tornar o assunto fácil para os alunos. Em seguida, mos-trar as funções dos componentes (pigmento, ligante e líquido).

TIPOS DE TINTAS

Aqui a preocupação também deve ser a de não tornar o tema muito técni-co, ou químico, o que pode levar à perda de interesse dos alunos. Sugerimos queos diversos tipos de tinta sejam apresentados sempre vinculados à aplicação, comoestá no Guia de Estudo, pois assim o assunto se torna mais concreto e mais pró-ximo dos alunos. O quadro resumo apresentado nas páginas. 150 e 151 dá umaboa síntese do assunto.

ATIVIDADE 28 – CATALOGOTECA DE PINTURA

A atividade tem o objetivo de levar os alunos a conhecerem o amplo mun-do das tintas, com seus muitos tipos, cores e padrões. A classe pode serdividida em grupo e cada um procura um tipo de tinta, conforme a concei-tuação do Guia de Estudo, vista no tópico anterior.

Segurança no trabalho de pinturaPROTEÇÃO INDIVIDUAL, CUIDADOS NO USO DE SOLVENTES

E TRABALHO EM ESCADAS

Essa é uma parte bastante importante do curso, pois a segurança no traba-lho de pintura é em geral negligenciada, até porque muitas vezes é feita pelospróprios usuários, que não têm noção dos perigos a que estão se expondo. Seguir

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as recomendações do Guia de Estudo e discutir com os alunos, no final, a fala doPedrito na página 154.

As ferramentas para pinturaPINCÉIS, ROLOS, ESPÁTULAS E DESEMPENADEIRAS, BANDEJAS E LIXAS

Seguir o desenvolvimento do Guia de Estudo, observando que há umasérie de “dicas” práticas interessantes e importantes. Observar também que juntocom a descrição das ferramentas é apresentada a técnica de aplicação da pintura,que deverá ser retomada e utilizada quando for dado o conteúdo e as atividadesde aplicação de pintura, a seguir.

A execução da pinturaPINTURA DE PAREDES E TETOS EM ARGAMASSA OU CONCRETO,

COM TINTA LÁTEX

PINTURA DE MADEIRAS COM ESMALTE OU VERNIZ

PINTURA DE METAIS COM ESMALTE

Seguir os procedimentos do Guia de Estudo, bem detalhados e práticos.

ATIVIDADE 29 – PINTURA DA PAREDE-PROTÓTIPO

Esta é, no canteiro, a última atividade prática das ocupações do curso, queé a pintura da parede construída e revestida. Deverá ser pintado um ladoda parede, já que o outro deverá estar revestido com peças cerâmicas. Aescolha do tipo de pintura pode ficar a critério do professor, podendoescolher pinturas para ambiente externo ou interno, lembrando que sehouver revestimento em gesso feito na parede, deverá ser usada pinturapara ambiente interno. Pode também ser escolhida uma pintura diferen-te, como a texturizada, por exemplo, a fim de despertar interesse dosalunos. Lembrar, porém, que está sendo escolhido não uma tinta, mas simum sistema de pintura, com preparo, fundo, massa e acabamento coe-rentes entre si em termos de materiais e técnicas de aplicação (eles devemser da mesma família, como diz o Pedrito no Guia de Estudo).

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IntroduçãoDevem ser ressaltados, inicialmente, os aspectos importantes dessa ocu-

pação, que são: a recapitulação dos conteúdos anteriores que ela exige, o assun-to novo que será abordado (patologia das construções) e as técnicas de diag-nóstico e recuperação que serão abordadas para as patologias de alvenaria,revestimentos e pintura.

Recomendamos chamar a atenção logo de inicio para a advertência queconsta no Guia de Estudo, no sentido de que a patologia das construções é temade engenharia especializada e que a abordagem dada nesta ocupação é básica einicial. Assim, para se trabalhar como reparador, será exigido treinamento espe-cífico e/ou experiência em outras ocupações. Além disso, as atividades iniciaiscomo reparador devem se restringir a casos simples de pequenas construções,que não envolvam problemas estruturais, devendo-se recorrer sempre, em casode dúvida, a profissionais especializados e mais experientes.

A patologia das construções

O QUE É PATOLOGIA

Neste tópico é apresentado o conceito de patologia, partindo-se das fun-ções do edifício. Trata-se de um bom momento, já no final do curso, para recapi-tular e organizar as funções do edifício, como forma de fechar essa parte doconteúdo do Arco Ocupacional.

O conceito de patologia e sua analogia com a medicina, tal como apresen-tado no Guia de Estudo e na ilustração da página 167, deve ser bem exploradopelo professor, pois sendo algo bem didático, pode tornar o assunto mais inte-ressante para os alunos.

ATIVIDADE 30 – IDENTIFICAÇÃO DE PATOLOGIAS

Essa atividade tem como objetivo avaliar se os alunos entenderam correta-mente o conceito de patologia e começar a despertar o “olho clínico” paraesse tipo de ocorrência na construção, além de treiná-los no registro dasmesmas, no ato de fotografá-las. Propõe-se que o professor estimule osalunos a buscarem a ampliação do leque de patologias possíveis, saindo dasmais conhecidas. Recomenda-se que os alunos sejam divididos em grupose que cada grupo fotografe um tipo de patologia.

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REPARO E MANUTENÇÃO

O objetivo desse tópico é explicar o que é manutenção, mostrando a dife-rença entre manutenção e reparo. Devem ser enfatizados a importância da manu-tenção e os fatores que a fazem pouco observada entre nós.

A VIDA ÚTIL DO EDIFÍCIO

Novamente pode-se recorrer à medicina para explicar o conceito de vidaútil (o edifício “envelhece”, assim como os seres humanos). Deve ser comentadocomo aspecto positivo a possibilidade de reciclagem dos materiais e do próprioedifício, quando sua vida útil termina. Concluir o tópico enfatizando a importân-cia do trabalho do reparador como se fosse um trabalho de “médico”, ao possi-bilitar a recuperação e a ampliação da vida útil do edifício.

A PATOLOGIA COMO CIÊNCIA DA CONSTRUÇÃO

Neste tópico deve ser mostrado, se possível com humor, conforme se vêno Guia de Estudo, quão grave e antigo é o problema da segurança e da quali-dade das construções, a partir do Código de Hamurabi, apresentado no textodo aluno.

Ressaltar em seguida a mudança da postura em relação aos erros cometi-dos nas construções, através dos dizeres de Stephenson, e como, a partir daí, apatologia virou uma ciência da construção.

AS CAUSAS DAS PATOLOGIAS

Neste tópico o importante é dar uma idéia geral do que já se sabe sobre ascausas de patologias, mostrando a importância do projeto (para o qual foi cha-mada a atenção logo no início do Arco), e também das outras causas. Chamar aatenção também para as conclusões de YOSHIMOTO (1986), citado no Guia deEstudo, sobre a importância dos pequenos e simples detalhes bem resolvidos,como forma de se evitar patologias.

O MÉTODO DA PATOLOGIA DAS CONSTRUÇÕES

Apresentar o método para tratar patologias, podendo-se também aqui re-correr à analogia com o trabalho do médico, pois os passos básicos são os mes-mos (diagnóstico, exames complementares, prognóstico e conduta) e explican-do-se, para cada passo, qual é a técnica a ser utilizada e os apoios necessários(exames, ferramentas, etc).

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EXAMES COMPLEMENTARES

Explicar os tipos de exames utilizados, procurando-se dar exemplos, prin-cipalmente para os mais simples dentre eles, pois então os alunos entenderãofacilmente. O “bate-choco”, por exemplo, pode ser feito na aula, para se exami-nar os revestimentos da sala. Para isso o professor pode levar um martelo deborracha e fazer o teste em paredes e pisos da sala de aula.

ATIVIDADE 31 – RESUMO DO CONTEÚDO

Essa atividade foi proposta tendo em vista que o tópico até aqui é basica-mente conceitual. O objetivo dos quatro pontos principais, a serem levan-tados pelos alunos, é fazer com que eles possam escrever o que lhes vem àlembrança (o que chamou mais a atenção). Esse tipo de recapitulação émais importante do que compilar todo o conteúdo visto.

Trincas em alvenariasCOMO IDENTIFICAR A PATOLOGIA: OS SINTOMAS

CAUSAS POSSÍVEIS E DIAGNÓSTICO

Mostrar a importância deste tipo de patologia, como apresentado logono início do tópico no Guia de Estudo. Explicar em seguida os critérios e osmétodos para identificação de sintomas e as causas possíveis. Lembrar que,como se trata de assunto de engenharia especializada, o reparador deve come-çar a aprender a pensar como engenheiro reparador, isto é, se preocupando emidentificar corretamente as causas dos problemas. Por se tratar de assunto maistécnico e complexo, é natural que surjam dúvidas. Nesse sentido o professordeve se preparar bem para essa aula e deve consultar a bibliografia de apoio,citada no Guia de Estudo. Deve também explorar mais as causas de trincasmais comuns, que os alunos podem identificar e diagnosticar mais facilmente,como por exemplo as trincas de 45 graus em cantos de vãos de portas e janelas(na página 177 do Guia de Estudo).

EXAMES COMPLEMENTARES

RECUPERAÇÃO

Mostrar quais são os exames complementares que são feitos, principalmen-te o “bate-choco”, e explicar a técnica de recuperação de trincas. Lembrar daimportância do diagnóstico correto, pois se a trinca for fechada mas a causa doproblema persistir, ela pode reaparecer em outro lugar.

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Fissuras em revestimentosde parede

Seguir, conforme o Guia de Estudo, as técnicas mais usadas para a identifi-cação de sintomas, causas, exames complementares e recuperação.

Descolamento de revestimentoscerâmicos

Mostrar a gravidade dessa patologia principalmente em relação aos ris-cos envolvidos, conforme está no Guia de Estudo, com exemplos das fotosapresentadas.

Mostrar as possíveis causas, chamando-se a atenção para a importância daaplicação dos procedimentos de assentamento corretos vistos no tópico do La-drilheiro, como forma de se evitar problemas de descolamento.

Explicar em seguida as técnicas para exames complementares e recupera-ção, conforme o Guia de Estudo.

Principais problemas de pintura esuas correções

Seguir o Guia de Estudo procurando mostrar a importância do uso corre-to dos materiais e das técnicas, conforme foi visto na ocupação do Pintor, comoforma de se evitar defeitos.

EncerramentoATIVIDADE 32 – TRABALHO FINAL

Como atividade final propõe-se que os alunos construam uma exposiçãocom trabalhos relacionados aos assuntos do curso, através de fotos, cartazes, tex-tos, ferramentas, materiais, construções, maquetes e outras formas de expressão.O objetivo é fazer com que os alunos identifiquem e materializem aquilo que maislhes marcou, escolhendo um entre todos os temas que vivenciaram e aprenderam

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a conhecer durante o curso. Essa atividade deve ser feita individualmente.

Sugere-se que seja organizada uma exposição com os trabalhos (ou os me-lhores, a critério do professor e da coordenação), e que ela possa ser visitada porpais, amigos e as comunidades dos alunos.

As “obras” a que a Paulina se refere no último diálogo com Pedrito são ostrabalhos dos alunos, que passam a se revelar na exposição.

Dos autores:

Temos certeza que você, educador, ajudou fundamentalmente a constru-ção dessas obras dos alunos, e merece antecipadamente os mais sinceros para-béns. Desejamos uma exitosa continuidade no seu trabalho, e que tenham todos— educadores e alunos — uma boa e feliz confraternização no final desse ArcoOcupacional.

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ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT. NBR 7218: Agregados determinação do teor deargila em torrões e materiais friáveis. Rio de Janeiro. ABNT. 1987.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT. NBR 7219: Agregados - determinação do teor demateriais pulverulentos. Rio de Janeiro. ABNT. 1987.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT. NBR 7220: determinação de impurezas orgânicashúmicas em agregado miúdo. Rio de Janeiro. ABNT. 1987.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT. NBR 7221: Agregados - Ensaio de qualidade deagregado miúdo. Rio de Janeiro. ABNT. 1987.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT. NBR 7251: Agregado em estado solto –determinação da massa unitária – Método de ensaio. Rio de Janeiro. ABNT. 1983.

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ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT. NBR 9776: Determinação da massa específicade agregados miúdos por meio do frasco de Chapman. Rio de Janeiro. ABNT. 1987.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT. NBR 9937: Agregados - Determinação da absorçãoe da massa específica de agregado graúdo. Rio de Janeiro. ABNT. 1987.

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ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT. NBR 5735: Cimento Portland de alto-forno. Riode Janeiro. ABNT. 1991.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT. NBR 5736: Cimento Portland pozolânico. Rio deJaneiro. ABNT. 1991.

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ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT. NBR 11578: Cimento Portland composto -especificação. Rio de Janeiro. ABNT. 1991.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT. NBR 13116: Cimento Portland de baixo calor dehidratação - especificação. Rio de Janeiro. ABNT. 1994.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT. NBR 12989: Cimento Portland branco -especificação. Rio de Janeiro. ABNT. 1993.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT. NBR 12654: Controle tecnológico de materiaiscomponentes do concreto - procedimento. Rio de Janeiro. ABNT. 1992.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT. NBR 7175: Cal hidratada para argamassas -requisitos. Rio de Janeiro. ABNT. 2003.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT. NBR 6473: Cal virgem e cal hidratada – análisequímica. Rio de Janeiro. ABNT. 2003.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT. NBR 7680: Extração, preparo, ensaio e análisede testemunhos de estruturas de concreto - procedimento. Rio de Janeiro. ABNT. 1983.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT. NBR 8522: Concreto – determinação do módulode deformação estática e diagrama tensão – deformação – método de ensaio. Rio de Janeiro. ABNT. 1984.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT. NBR 7212: Concreto dosado em central –especificação. Rio de Janeiro. ABNT. 1984.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT. NBR 12142: Concreto – determinação daresistência à tração na flexão em corpos-de-prova prismáticos – método de ensaio. Rio de Janeiro.ABNT. 1991.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT. NBR 5750: Amostragem de concreto frescoproduzido por betoneiras estacionárias (NBR NM-33). Rio de Janeiro. ABNT. 1992

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT. NBR 7223: determinação da consistência peloabatimento do tronco de cone (NBR NM-67). Rio de Janeiro. ABNT. 1992.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT. NBR 8953: Concreto para fins estruturais –(classificação por grupos de resistência). Rio de Janeiro. ABNT. 1992.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT. NBR 5739: Concreto - ensaio de compressão decorpos-de-prova cilíndricos – método de ensaio. Rio de Janeiro. ABNT. 1994.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT. NBR 12655: Controle e recebimento de concreto- procedimento. Rio de Janeiro. ABNT. 1996.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT. NBR 9062: Projeto e Execução de estruturas deconcreto pré-moldado - procedimento. Rio de Janeiro. ABNT. 2001.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT. NBR 6118: Projeto e execução de estrutura deconcreto armado - procedimento. Rio de Janeiro. ABNT. 2003.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT. NBR 5738: Projeto Moldagem e cura de corpos-de-prova cilíndricos ou prismáticos de concreto - procedimento. Rio de Janeiro. ABNT. 2003.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT. NBR 14931: Execução de estruturas de concreto- procedimento. Rio de Janeiro. ABNT. 2004.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT. NBR 7222: Argamassa e concreto – determinaçãoda resistência à tração por compressão diametral de corpo-de-prova cilíndricos – método de ensaio (NBRNM-101). Rio de Janeiro. ABNT. 1994.

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ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT. NBR 13281: Argamassa para assentamento erevestimento de paredes e tetos - requisitos. Rio de Janeiro. ABNT. 2003.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT. NBR 13278: Argamassa para assentamento erevestimento de paredes e tetos – determinação da densidade da massa e do teor de ar incorporado. Riode Janeiro. ABNT. 2005.

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ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT. NBR 6460: Tijolos maciços cerâmicos paraalvenaria – verificação da resistência a compressão. Rio de Janeiro. ABNT. 1983.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT. NBR 6461: Bloco cerâmico para alvenaria –verificação da resistência a compressão. Rio de Janeiro. ABNT. 1983.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT. NBR 7170: Tijolos maciços cerâmicos paraalvenaria. - especificação. Rio de Janeiro. ABNT. 1983.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT. NBR 8041: Tijolo maciço cerâmico para alvenaria– forma e dimensões. Rio de Janeiro. ABNT. 1983.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT. NBR 8798: Execução e controle de obras emalvenaria estrutural de blocos vazados de concreto. Rio de Janeiro. ABNT. 1985.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT. NBR 12117: Blocos vazados de concreto paraalvenaria - retração por secagem - método de ensaio. Rio de Janeiro. ABNT. 1991.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT. NBR 12118: Blocos vazados de concreto simplespara alvenaria - determinação da absorção de água, do teor de umidade e da área líquida - método deensaio. Rio de Janeiro. ABNT. 1991.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT. NBR 7171: Bloco cerâmico para alvenaria -especificação. Rio de Janeiro. ABNT. 1992.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT. NBR 7184: Blocos vazados de concreto simplespara alvenaria - blocos vazados de concreto simples para alvenaria sem função estrutural – resistência acompressão. Rio de Janeiro. ABNT. 1992.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT. NBR 8042: Bloco Cerâmico para Alvenaria -formas e dimensões. Rio de Janeiro. ABNT. 1992.

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ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT. NBR 12128: Gesso para construção - Determinaçãodas propriedades físicas da pasta. Rio de Janeiro. ABNT. 1991.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT. NBR 12129: Gesso para construção - Determinaçãodas propriedades mecânicas. Rio de Janeiro. ABNT. 1991.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT. NBR 12130: Gesso para construção - Determinaçãoda água livre e de cristalização e teores de óxido de cálcio e anidrido sulfúrico. Rio de Janeiro. ABNT. 1991.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT. NBR 12775: Placas lisas de gesso para forro -Determinação das dimensões e propriedades físicas. Rio de Janeiro. ABNT. 1992.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT. NBR 13207: Gesso para construção civil. Rio deJaneiro. ABNT. 1994.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT. NBR 13867: Revestimento interno de paredese tetos com pastas de gesso - Materiais, preparo, aplicação e acabamento. Rio de Janeiro. ABNT. 1997.

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ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT. NBR 14716: Chapas de gesso acartonado -Verificação das características geométricas. Rio de Janeiro. ABNT. 2001.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT. NBR 14717: Chapas de gesso acartonado -Determinação das características físicas. Rio de Janeiro. ABNT. 2001.

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