Construindo #09

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CONSTRUINDO SANTA CATARINA 1 SANTA CATARINA Ano IV | Nº 9 | R$ 9,90 | Editora Destaques Catarinenses De olho no mercado árabe Empresários Catarinenses visitam os Emirados Árabes em busca de inovações CONSTRUINDO PUBLICAÇÃO DA CÂMARA DE DESENVOLVIMENTO DA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO DE SANTA CATARINA CDIC Revista | Investimentos estrangeiros no setor devem ultrapassar US$ 14 bilhões em 2012 Recomeço de Vida Empresa catarinense contrata trabalhadores haitianos que buscam um Prevenção de Cheias no Vale do Itajaí Colombo anuncia R$ 1,5 bilhão em obras para

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De olho no mercado árabe: comitiva de catarinenses visita os Emirados em busca de inovações para a construção civil.

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SANTA CATARINAA n o I V | N º 9 | R $ 9 , 9 0 | E d i t o r a D e s t a q u e s C a t a r i n e n s e s

De olho no mercado árabe

Empresários Catarinenses visitam os Emirados Árabes

em busca de inovações

CONSTRUINDO

PUBLICAÇÃO DA CÂMARA DE

DESENVOLVIMENTO DA I N D Ú S T R I A D A C O N S T R U Ç Ã O D E S A N T A C A T A R I N A

CDIC

Revista

|

Investimentos estrangeirosno setor devem ultrapassar US$ 14 bilhões em 2012

Recomeço de Vida

Empresa catarinense contrata trabalhadores haitianos que buscam um

Prevenção de Cheias no Vale do Itajaí

Colombo anuncia R$ 1,5 bilhão em obras para

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Relação dos Presidentes dos Sinduscons do Estado de Santa Catarina

Balneário Camboriú: Carlos Haacke; Blumenau: Amauri Alberto Buzzi; Brusque: Ademir Pereira; Chapecó: Lenoir Broch; Criciú-ma: Jair Paulo Savi; Grande Florianópolis: Helio Bairros; Itajaí: José Carlos Santos Leal; Itapema: João Formento; Jaraguá do Sul: Paulo Obenaus; Joinville: Luis Carlos Presente; Lages: Albraino da Silva Brazil; Rio do Sul: Arno Nardelli; São Miguel do Oeste: Ivo Bortolossi; Tubarão: José Sylvio Ghisi.

Ficha Técnica:

Diretor geral: José Chaves Conselho editorial: José Chaves, Sheila R. Oliveira e Hélio César Bairros Editor e jornalista responsável: Dor-va Rezende (DRT-RS 6220) Textos e pesquisas: Beatrice Gonçalves, Mateus Boing e assessorias Editor de Arte: Rodrigo Kurtz - [email protected] Produção: Elsa A. R. Matos - [email protected] Comercialização: Rosângela Rosário - [email protected], Dilma G. da Silva Machado - [email protected]

07 Palavra do PresidenteCertificação e qualidade no Oeste de SC

08 A Força da Construção CivilR$ 14 bilhões em investimentos estrangeiros

16 Mercado ImobiliárioNorte de SC investe em sustentabilidade

18 Seja um InvestidorMercado disputa a classe C

20 Mulheres na ConstruçãoProjeto prevê 10% de vagas femininas

22 ArtigoO foco pra 2012 - Jorge Luiz Strehl

28 CidadesSem tempo para errar

30 Cidades/InvestimentoR$ 1,5 bilhão para prevenção de enchentes

34 CapaCatarinenses visitam o mercado árabe

42 Governo/Código FlorestalRegras diferenciadas para áreas urbanas

50 SindusconsA força do associativismo

66 Histórias de vidaHaitianos em busca da redenção

76 CREAPosse do novo presidente

80 Responsabilidade socialCapacitação de presos para a construção

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Sumário

FEICON BATIMAT – Salão Internacional da ConstruçãoData: 27 a 31 de marçoLocal: Anhembi – São PauloSite: www.feicon.com.br

23º Congresso Brasileiro do Aço Data: 26 a 28 de junhoLocal: Transamérica Expo Center – São Paulo/SP Site: www.expoaco.org.br83º ENIC – Encontro Nacional da Indústria da Construção Data: 10 a 12 de agosto Evento: Local: World Trade Center – São Paulo/SP Site: www.sindusconsp.com.br/enic

19º Salão do imóvel Construfair/SCData: 21 a 26 de agosto Local: Florianópolis/SC Site: www.construfairsc.com.br

Editora Destaques Catarinenses Ltda.

Rua Manoel Loureiro, 470 | São José | SC | CEP 88117-330 | Fone: (48) 3246-5972 e 3258-8859

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O Oeste catarinense está experi-mentando elevado crescimento na construção civil. O produto interno

da região tem tido bons resultados nos últimos anos, decorrentes principalmen-te no preço dos insumos primários, cres-cimento da agroindústria e da aceitação de nossos produtos no mercado externo.

Essa conjuntura resulta em um merca-do ascendente na região, o que, por sua vez, faz com que a construção civil seja beneficiária de parte dos recursos dispo-níveis. Chapecó centraliza boa parte dos investimentos pela própria condição de ser a maior cidade do Oeste. Tem indús-tria forte e investimentos diversificados – fatores que atraem profissionais de todos os ramos.

De acordo com o presidente do Sindus-con de Chapecó, Lenoir Antonio Broch, uma das principais metas para 2012, além da formação profissional, é traba-lhar para que os empresários locais se interessem em obter certificações ISO e nota máxima no Programa Brasileiro da Qualidade e Produtividade do Habitat (PBQP-H).

“Tenho certeza que, com bons pro-jetos, teríamos boas obras. Elas seriam executadas dentro de um cronograma real e com valores condizentes com o mercado. Urge implementar, nas obras públicas, o PBQP-H para termos qualida-de, obras longevas e preço justo. Não po-demos aceitar que, principalmente para obras públicas, não se exija certificação de qualidade ou a implementação desse programa, que tem como objetivo justa-

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Palavra do Presidente

mente melhorar a sua qualidade. Não é admissível desacreditar ou desestimular empresas que investem em qualidade a terem que continuar participando de con-corrência pública em igualdade de condi-ções com empresas que não se creden-ciam a desenvolver tal habilidade”, afirma o dirigente.

Segundo ele, para isso não é necessá-rio reformar a Lei das Licitações (a lei no 8.666). Basta um pequeno ato de permis-são para que os entes federativos passem a exigir, nos editais, a necessária certifi-cação, que é um programa desenvolvido

pelo próprio governo federal desde a década de 1990.

“Sobre isso acredito que seja neces-sário um espaço apropriado, mas acho de extrema necessidade ampliarmos o debate. De outra parte, precisamos ca-pacitar e investir no conhecimento dos nossos empresários. Ainda não temos um banco de dados para promover de-cisões baseadas em números, pesqui-sas de mercado, estudos de conjuntura, variáveis diversas como renda ou clima, forçando-os a tomar decisões, às vezes usando a intuição”, diz Broch.

Lenoir Broch é Presidente do SINDUSCON de Chapecó.

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Certificação ISO égarantia de qualidade

na obra

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A Força da Indústria na Construção Civil

Expectativa é que valor ultrapasse US$ 14 bilhões

Construção civil no Brasil atrairá investimentos em

2012Apesar da crise econômica que

vem assustando o mundo desde o final de 2008, o Brasil

é um dos países que menos têm sofrido impacto financeiro. As boas expectativas para 2012 têm atraí-do investimentos estrangeiros em muitos setores e a bola da vez é a construção civil.

Júlio Monte Carlo, economista graduado pela Fundação Getulio Vargas (FGV) e filiado ao Conselho Regional de Economia de São Paulo (CORECON-SP), conta que, com a proximidade de grandes eventos esportivos que acontecerão no País – como a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas em 2016 – combinados com o boom imobiliário brasileiro e a crise na Europa e nos Estados Uni-dos, tem se tornado cada vez mais evidente o interesse de bancos, em-presas e fundos de pensões estran-geiros em investir em ações ligadas à construção civil no Brasil.

“Os potenciais investidores apostam sempre em mercados mais seguros, como o europeu e o ame-ricano. Mas, incrivelmente, a crise está fazendo muito bem ao nosso mercado e os investimentos estão tomando seu rumo em direção aos países emergentes, mas que possam oferecer alguma segurança. E o Bra-sil encaixa-se em todas essas carac-terísticas”, afirma o economista.

Otávio Freitas, especialista em

economia internacional pela Uni-versidade Estadual de Campinas (Unicamp), diz que os investidores estrangeiros encontram no Brasil uma oportunidade de aplicar seus investimentos e obter lucros mes-mo em momentos financeiramente conturbados. Para ele, porém, os grandes atrativos que diferenciam o país de outros emergentes são sua situação social atual e também algumas medidas adotadas recente-mente pelo governo.

Segundo ele, o país apresenta, hoje, um bom sistema político e eco-nômico – em que é visível o aumento gradativo da classe média, juntamen-te com as facilidades provenientes do acesso ao crédito. O Brasil também possui um baixo endividamento e uma renda relativamente alta. “Os salários têm aumentado, mas, ao mesmo tempo, existe ainda uma defasagem quando se trata de habi-tação no Brasil. Além disso, as obras

para os eventos esportivos e medidas governamentais, como a redução de 6% para 0% da alíquota do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) sobre aplicações de estrangeiros em títulos privados de longo prazo com prazos de vencimento superiores a quatro anos, são um prato cheio para o investidor”, afirma.

A expectativa, segundo informa-ções da Câmara Brasileira da In-dústria de Construção (CBIC), é que os investimentos estrangeiros na construção civil brasileira ultrapas-sem US$14 bilhões em 2012.

O investimento, de acordo com Carlo, é em médio prazo e envolve não apenas imóveis residenciais, mas também shopping centers e centros comerciais, cujo número tem aumentado muito no país. Apesar de ainda oferecer riscos, o investimento imobiliário apresenta altas taxas de crescimento e um retorno acima dos mercados europeus e americanos.

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De acordo com dados da (CBIC), em 2011, a construção civil no Brasil registrou um crescimento de 4,8% em relação a 2010. As ex-pectativas do setor para 2012 são ainda mais otimistas: acredita-se que o balanço será ainda maior, alcançando um crescimento de 5 %.

Otávio Freitas conta que o Brasil é o segundo lugar no mun-do mais procurado para investimentos em construção, perdendo apenas para os EUA. O economista aponta que a indústria tem se mantido em um ritmo mais forte do que o Produto Interno Bruto (PIB) e a tendência é que continue assim.

“O setor habitacional continuará se desenvolvendo em razão do aumento da renda e das facilidades de crédito.

Mesmo internamente, os investimentos nacionais em construção civil certamente aumentarão. Além disso, felizmente o Brasil, mais uma vez está tirando vantagem da crise financeira internacional e consolidando-se como um país propício a bons investimentos. Eu diria que 2012 é o ano da construção civil e também o ano do Brasil. Só precisamos tirar proveito para, de fato, avançarmos. A oportuni-dade está aí”, aponta.

A crise está fazendo muito bem ao nosso mercado e os investimentos estão tomando seu rumo em

direção aos países emergentes

Crescimento do setor

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O ano da construção civil – PIB de 5%Emprego e renda

do trabalhador serão mantidos

Índices anunciados pela Câmara Brasileira da Indústria da Cons-trução (CBIC) são confirmados

por analistas do mercado financeiro consultados pelo Banco Central (BC) para o crescimento da economia – Produto Interno Bruto (PIB) – este ano foi mantida em 3,3%. Na última semana, em encontro promovido pela CBIC, foi divulgada a expectativa de crescimento de 3,7% do PIB e para o segmento da construção estimativa é de que o índice alcance os 5%.

O presidente do Sindicato da In-dústria da Construção do Estado de Mato Grosso (Sinduscon-MT), Ce-zário Siqueira, participou do evento realizado na quarta-feira (08), em Brasília, e afirma que perspectivas

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A Força da Indústria na Construção Civil

para 2012 são mais positivas do que as de 2011. Após um ano de cresci-mento consolidado em 2010, o ano posterior apresentou estabilização e até baixas em alguns setores devido ao cenário internacional, puxado pela crise iniciada na Grécia.

De acordo com Siqueira, apesar de não haver definições concretas, eco-nomistas convidados pela CBIC apos-tam em um ano de retomada. Em Mato Grosso, cuja demanda é maior e por ser um Estado receptor de inves-

timentos, o desenvolvimento pode ser ainda superior.

Com relação exclusivamente à construção, CBIC e o presidente do Sinduscon-MT defendem a conti-nuidade da expansão por se tratar de um setor que possui investimen-tos de longo prazo e não são efême-ros, ou seja, uma obra não acaba em poucos meses e os contratos já assinados terão andamento, man-tendo os empregos e a renda do tra-balhador.

As perspectivas para 2012 são

mais positivas do que as de 2011

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A Força da Indústria na Construção Civil

Projeto cria associação de estagiários

Número de trabalhadores com registro na construção civil dobra nos últimos cinco anos

O projeto de Lei 2579/11, que está em discussão na Câmara dos Deputados, faz uma série de al-

terações na Lei do Estágio, em vigor há mais de três anos, com o objetivo de evitar interpretações dúbias e asse-gurar direitos aos estagiários. Um dos pontos previstos no texto, de autoria do deputado Edson Pimenta, PSD-BA, prevê a formação de associações de estagiários para negociar demandas com a empresa concedente do estágio. Esta medida aproxima o estagiário de trabalhadores contratados pela Con-solidação das Leis do Trabalho (CLT), pois a associação também poderá denunciar o descumprimento da lei em nome da classe aos órgãos fis-calizadores. Outra medida constan-te no projeto é a que concede inter-valo de 15 minutos para jornadas de estágio superiores de quatro horas. Hoje, a Lei do Estágio prevê jornada

de quatro no caso de educação espe-cial e nos anos finais do ensino funda-mental na modalidade profissional de educação de jovens e adultos. O proje-to tramita em caráter conclusivo e será analisado pelas comissões do Trabalho, de Administração e Serviço Público; e de Constituição e Justiça e de Cidadania da Câmara.

A quantidade de trabalhadores com carteira assinada no setor da construção civil dobrou nos últimos cinco anos. Até o final de dezembro de 2011, o setor conta-bilizava 2.762.156 empregos celetistas; em 2006, o montante era de 1.388.958, segundo o Cadastro Geral de Emprega-dos e Desempregados (Caged), do Minis-tério do Trabalho e Emprego (MTE). Fa-tores como o aumento do financiamento habitacional, programas sociais, além dos investimentos previstos por conta da Copa e da Olimpíada têm contribuído para o bom resultado.

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Uma das novidades da 20ª edição da Feicon Batimat será o Termoforro, mais um produto da linha de isolantes térmicos e preenchimentos da Termotécnica. Com design moderno, o isolante é perfeitamente apli-

cável em hospitais, prédios públicos e comerciais, além de escolas, indús-trias e residências. As placas, apoiadas sobre estruturas de perfil “T”, com bordas rebaixadas, aliado ao sistema de forro suspenso, permitem a instala-ção de diversos acessórios, como ar-condicionado e alto-falantes.

O Termoforro aceita a aplicação de tintas PVA ou acrílicas. Entre os prin-cipais benefícios estão o fato do material ser 100% reciclável, retardante à chama, não reagente ao cimento, cal, argamassas, ou gessos, além de estar imune a fungos e bactérias.

A Feicon Batimat acontece de 27 a 31 de março, no Parque de Exposições do Anhembi, em São Paulo (SP).

Serviço: Termotécnica (Matriz)Rua Albano Schmidt, 2750 - Boa Vista - Joinville - SC - 89206-001 Fone: (47) 3451-2725 / Fax: (47) [email protected] www.termotecnica.com.br

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Sustentabilidade

Nova aposta da linha de isolantes térmicos e preenchimentos da

Termotécnica

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Mercado Imobiliário

Norte catarinense investe em sustentabilidade

Potencial de crescimento da

região é duas vezes maior

que São Paulo e Rio de Janeiro,

e procura por imóveis de dois e três quartos é

grande

De acordo com matéria da re-vista Exame publicada em ou-tubro passado, o Norte cata-

rinense tem potencial para crescer duas vezes mais que São Paulo e Rio de Janeiro nos próximos dois anos. Ainda conforme a revista, na última década, foram gerados na região 160 mil novos empregos formais, am-pliando o número de trabalhadores com carteira assinada para 381 mil, numa população de 1,2 milhão de pessoas. Esse bom momento se re-flete no mercado imobiliário.

“O mercado de imóveis está aque-cido em Joinville e as perspectivas são promissoras para a região Nor-te”, diz Jorge Laureano, presidente do Secovi Norte, que representa o setor imobiliário em 18 cidades da região, num total de 1,4 mil associados, in-cluindo 340 empresas.

Segundo Laureano, os apartamen-tos de dois e três quartos são os mais procurados em Joinville atualmente. Com perfil familiar, a clientela é for-mada por muitos migrantes. São pro-fissionais de várias partes do Estado e do país em busca das oportunida-des existentes na região.

Uma das medidas tomadas pelo poder público de Joinville para que o crescimento seja sustentável diz res-peito diretamente ao Secovi. Trata-se da lei que torna obrigatória a sepa-ração do lixo em condomínios da ci-dade. Prédios já existentes têm dois anos para se regularizar. “A partir de

março estamos realizando palestras com síndicos e zeladores para orien-tá-los a respeito da lei”, afirma Lau-reano, acrescentando que a iniciativa tem o apoio da Fundação Municipal do Meio Ambiente.

A falta de espaço para instalar as lixeiras seletivas em cores azul, ama-rela, verde e vermelha é um problema que pode ocorrer em alguns condo-mínios, mas Laureano acredita que “para tudo há uma solução”. “Em casos como esses vamos ter que ne-gociar um espaço com a prefeitura”, afirma o dirigente.

Além de palestras sobre como se-parar o lixo, o Secovi Norte planeja ou-tras ações de sustentabilidade para

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2012. Segundo Laureano, a entidade está programando treinamentos para orientar os condomínios a como eco-nomizar água ou reaproveitar a água da chuva para uso em banheiros ou lavagens de áreas externas.

Criado em 1992, o Secovi Norte tem sede em Joinville e está presente também em Araquari, Barra do Sul, Campo Alegre, Canoinhas, Corupá, Garuva, Guaramirim, Itaiópolis, Ita-poá, Jaraguá do Sul, Mafra, Porto União, São Bento do Sul, Três Barras, São Francisco do Sul, Schroeder e Rio Negrinho. Em 2007, o Secovi deixou de ser uma entidade seccional e pas-sou a ser considerado uma associa-ção sindical.

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Seja um Investidor

Mercado disputa a classe CImóvel comprado na planta pode ter uma valorização média até a conclusão da obra entre 25% e 35%

Com 95 milhões de habitantes, a classe “C” no Brasil representa mais um importante mercado

para os construtores de imóveis e vice-versa. Somando-se aos já tra-dicionais investidores das classes A e B, ela tem sido cada vez mais dis-putada devido a sua capacidade de consumo e investimento, que cresce ano a ano em função das facilidades na aquisição de crédito, aumento de renda das famílias e estabilidade no emprego. O Brasil vem sendo um novo oásis para os investidores do mundo. Hoje é o segundo país em investimen-tos estrangeiros (só perde para os Estados Unidos) e os brasileiros tam-bém estão atentos a essa situação.

Com novo perfil, a classe média tem investido em todos os segmentos imobiliários, tanto para sua primei-ra casa própria quanto para buscar renda adicional. Imóveis na planta, imóveis prontos para renda com alu-guéis, terrenos para valorização e ou-tros. O Brasil é um país com cada vez mais jovens participando do mercado e com perspectivas de evolução con-

tínua do crescimento da renda e de novas mudanças na vida profissional.

Na maioria das regiões, o desen-volvimento econômico tem sido uma realidade, por execução de projetos nos mais variados setores da econo-mia. Isto vem proporcionando maior capacidade de investimento. Com crédito disponível e muito dinheiro para habitação, a construção civil proporciona um sólido investimento.

Um imóvel comprado na plan-ta pode ter uma valorização média até a conclusão da obra entre 25% e 35%. Na fase do financiamento, o investidor pode optar pela venda ou aluguel gerando renda ou lucro imediato. Mas como todo negócio, o consumidor antes de fazer suas aplicações, deve pesquisar todos os fatores de risco e burocráticos, detalhes que podem significar um problema em lugar de lucro quando não respeitados adequadamente. Seguro, registros de contratos, ne-gativas, etc. são detalhes que bem observados, podem ser garantia de bons resultados.

Com novo perfil, a classe média tem

investido em todos os segmentos imobiliários, tanto para sua primeira

casa própria quanto para buscar renda adicional

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QUANTO MAIS SÃO JOSÉ CRESCE,

MAIS A GENTE SE APROXIMA.

www.cmsj.sc.gov.br

Câmara Municipal de São JoséSanta Catarina

CÂMARA MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ. CADA VEZ MAIS PERTO DE VOCÊ. }

A Câmara Municipal de São José quer ficar ainda mais perto de você, por isso criou e aprovou inúmeros projetos, eventos e programas para o benefício de todos os josefenses. E ficar mais perto é estar sempre ao seu lado, levando tudo que a nossa gente precisa para uma vida melhor. Vamos juntos fazer mais um grande ano pelo nosso município.

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Mulheres na Construção

Iniciativa de deputado paraense altera a CLT e a

Lei de LicitaçõesNo mínimo 10% do quadro de

pessoal numa obra deve ser obrigatoriamente preenchido

por mulheres nas empresas da Cons-trução Civil, se um projeto de lei nes-se sentido for aprovado pela câmara. O Projeto de Lei 2856/11, do deputa-do Jânio Natal (PRB-PA), alteraria a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT - Decreto-lei 5.452/43).

Além disso, o projeto também tra-ria alterações para a Lei de Licita-ções (8.666/93), onde tornaria obri-gatória a inclusão desse percentual mínimo para contratações de mu-lheres no edital de convocação ou, quando houver dispensa de licita-ção, no contrato administrativo.

A justificativa do deputado é com-bater a resistência por parte de al-

guns empreiteiros na contratação de mulheres para trabalhar na constru-ção civil. “Os empreiteiros normal-mente ignoram as vantagens do tra-balho feminino e não se sensibilizam com estudos, segundo os quais, a atitude sempre mais cautelosa e de-talhista das mulheres contribui para a edificação de prédios mais confiá-veis”, diz Natal

Como tramita em caráter conclu-sivo, o projeto não terá que passar pelo plenário da Casa, tendo que ser aprovado somente pelas comis-sões designadas: do Trabalho, de Administração e Serviço Público; de Finanças e Tributação; e de Consti-tuição e Justiça e de Cidadania. Após a aprovação, o projeto segue para o Senado.

Projeto prevê

para mulheres10% de vagas

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Em quase todos os estados brasileiros, através dos Sinduscons, do SENAI, de outros órgãos do governo e também

particulares, estão sendo ministrados inú-meros cursos que proporcionam às mulhe-res oportunidades na Construção Civil. Elas têm um grande potencial a ser explorado e poderão contribuir decisivamente para so-lução da crise de mão de obra no setor. Um ótimo exemplo será relatado a seguir.

O Sindicato da Indústria da Construção Civil do Distrito Federal (Sinduscon-DF), em parceria com a Superintendência de De-senvolvimento do Centro-Oeste (Sudeco) e com o Instituto Federal de Brasília (IFB), promoveram no dia 29 de fevereiro, em Ta-guatinga, a cerimônia inaugural do progra-ma “Mulheres na Construção”. Durante o evento foram realizadas palestras explica-tivas sobre como funciona o projeto e quais os benefícios trabalhistas.

O programa “Mulheres na Construção” visa capacitar a mão de obra feminina para trabalhar no setor, na Região Integrada de Desenvolvimento do Distrito Federal e En-torno (Ride). A ideia é preencher um número considerável de vagas do setor com mão

Programa do DF capacita mão de obra femininade obra feminina, promovendo a inclusão social e produtiva das mulheres da região. A iniciativa conta, também, com o apoio da Secretaria da Mulher.

A Sudeco irá investir cerca de R$1,1 mi-lhão para realizar os cursos, gratuitos, que serão ministrados pelo IFB. O “Mulheres na Construção” vai ensinar às mulheres a exercer funções de azulejista e pintora. As

alunas do curso vão receber do IFB uma Bolsa de Iniciação ao Trabalho, no valor de R$ 200 por mês, para as despesas com alimentação e transporte. Para a primeira etapa, a intenção é capacitar 440 alunos, em sua maioria mulheres. No decorrer da capacitação, além dos cursos técnicos, as mulheres também vão aprender noções de cidadania e dos direitos da mulher.

Alunas recebem bolsa de R$ 200 para despesas com alimentação e transporte durante o curso

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Artigo

Só reduzir juros e facilitar crédito não basta para enfrentar a crise. A Europa continua buscando

uma saída organizada da crise finan-ceira. Numa ação coordenada pelo FED norte-americano, seis bancos centrais facilitam os empréstimos interbancários em dólares para a zona do euro. Novas reuniões do BCE (Banco Central Europeu) e dos bancos centrais dos países que for-mam o bloco são marcadas para buscar evitar futuras insolvências.

No Brasil, o governo anuncia a redu-ção do IOF no crédito ao consumo para estimular o financiamento a pessoas físi-cas, bem como desonerações tributárias para incentivar as vendas de determina-dos setores, como parte da estratégia de não deixar a economia esfriar.

Mesmo com todas essas medidas, o Brasil ainda continua muito distante das taxas de financiamentos ofertadas no Primeiro Mundo. O crédito bancário médio está por volta de 39% e o consig-nado, em 28%, isso sem falar nos juros estratosféricos do crediário e do cheque especial. A inadimplência também não ajuda na redução das taxas.

Neste aspecto, o mercado de crédito imobiliário segue sendo um porto seguro para investidores e famílias. Com os recursos do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) e da Caderneta de Poupança, ele oferece empréstimos a taxas entre 5% e 12% mais TR (Taxa Referencial).

Em 2011, somente os recursos da poupança destinados ao financiamento da construção e da aquisição de mo-radias devem superar em 50% o valor concedido em 2010. Isso mostra o im-portante papel do financiamento para a atividade da construção e a economia do país. O crédito imobiliário, que historica-mente representava apenas 2% do PIB (Produto Interno Bruto), agora já repre-senta 5% e ainda tem muito espaço para crescer, comparado a outros países. Para tanto, será preciso fortalecê-lo ainda mais e inovar, buscando novas fontes para seu financiamento.

Mas, nem por isso as construto-ras estão imunes ao elevado custo do financiamento bancário. Isso pode ser

constatado na comparação das Sonda-gens Nacionais da Construção, realiza-das trimestralmente pela FGV (Fundação Getúlio Vargas). O histórico das son-dagens mostra que os empresários da construção esperam mais dificuldades financeiras em 2012.

Neste cenário, para manter o cres-cimento econômico e enfrentar a crise, o governo terá a grande responsabili-dade de agir em outras frentes além da redução dos juros e da facilitação do crédito. Precisará também voltar a elevar seus investimentos especialmente em

O foco para 2012

Para manter o crescimento econômico e enfrentar a crise, o governo terá de

agir em outras frentes além da redução dos juros e da facilitação do crédito

Jorge Luiz Strehl Vice-presidente Regional Vale do Itajaí da FIESC

infraestrutura e habitação, bem como impulsionar medidas que desonerem o setor produtivo e contribuam para elevar a produtividade. E necessitará, em todos os níveis e instâncias, elevar sua eficiên-cia administrativa.

As grandes medidas macroeconômi-cas precisam ser acompanhadas de um elenco de ações que efetivamente esti-mulem o investimento na produção e no fortalecimento do mercado interno, nos-so maior cacife para enfrentar os desdo-bramentos da crise europeia e manter a taxa de crescimento da economia.

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Qualidade

Norma de desempenho vigora em um anoNBR 15.575 deverá mudar a forma como se constrói no país e atualizações serão publicadas pela ABNT

A norma de desempenho NBR 15.575 deve entrar em vigor em março de 2013 e promete mudar

a forma de se construir no Brasil. Com a normatização, fabricantes de materiais de construção civil, construtoras e pres-tadores de serviço precisarão garantir re-quisitos mínimos de segurança, conforto, funcionalidade e eficiência aos produtos que vendem no mercado. Para isso, deve-rão testar e certificar, por meio de laudos técnicos, que os materiais e utensílios que fabricam ou utilizam nas obras estão de acordo com os padrões de qualidade exigidos e que os imóveis construídos fo-ram planejados para promover conforto térmico e acústico ao ambiente, como está previsto na NBR 15.575.

A norma estabelece padrões de qualidade para sistemas estruturais, de pisos, vedações, coberturas e sistemas hidrossanitários para todas as edifica-ções, independentemente de altura, e os classifica de acordo com o desempenho como mínimo, intermediário e superior. Ela não tem força de lei, mas a tendência é que o mercado a utilize como um parâ-

metro para comprovar o desempenho dos produtos vendidos. A NBR 15.575 poderá ainda ser usada pelos consumidores como uma ferramenta legal para exigir a qualidade dos imóveis adquiridos.

A medida entraria em vigor em 2010, mas a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) prorrogou o prazo para que as empresas do ramo pudessem propor alterações à normatização. Há dois anos, a entidade formou uma co-missão de estudos com representantes da cadeia produtiva da construção civil e tem promovido reuniões mensais para discutir os requisitos da norma. Todas as atualizações propostas pelo grupo serão divulgadas no site da ABNT em março de 2012. A partir desse período, a normati-zação passará por uma outra consulta pública para então ser aprovada pelo setor.

O empresário Mário Rambo, vice--presidente de Tecnologias Inovadoras do Sinduscon de Balneário Camboriú, é o único representante de Santa Catarina no grupo de estudos sobre a norma na ABNT. Ele explica que desde o início das discus-

sões sobre a normatização foram apre-sentadas mais de cinco mil propostas de alteração ao texto original e que na atual fase de debates estão sendo discutidos como serão testados e certificados os produtos utilizados nas obras. “No Brasil ainda há poucos laboratórios com capa-cidade de emitir laudos técnicos sobre o desempenho e a qualidade dos materiais de construção civil. Nós temos trabalhado para sensibilizar as federações industriais e as universidades a construírem centros de excelência nessa área”.

Além de laboratórios especializados, Rambo avalia que será preciso também capacitar engenheiros para testar os produtos e advogados, juízes e promoto-res para que eles entendam quais serão as novas exigências que deverão ser co-bradas das empresas do setor. “A norma NBR 15.575 não responsabiliza apenas as construtoras pela qualidade e pelo de-sempenho dos imóveis construídos. Todo o setor terá que garantir a eficiência dos produtos vendidos. A norma cobra das empresas um trabalho muito maior de atendimento ao cliente no pós-venda”.

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Cidades

Por Paulo Safady Simão *

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É hora de eleger um novo modelo de gestão para as nossas cidades que incorpore inovação, sustentabilidade e qualidade de vida da população como condições fundamentais ao desenvolvimento

Uma grande parte das cidades brasileiras, em particular as de médio e grande porte,

se encontra à beira de um colapso e está cada dia mais distante do objetivo de proporcionar aos seus habitantes uma boa qualidade de vida. Neste sentido, as eleições municipais de 2012 assumem papel crucial: ou a sociedade brasileira ele-ge um novo modelo de gestão voltado ao desenvolvimento urbano susten-tável ou continuará empurrando os problemas para baixo do tapete.

Pesquisa recente do IBGE cons-tatou, no censo de 2010, o lamen-tável crescimento de aglomerados precários, totalizando 6.329 áreas espalhadas por 323 municípios brasileiros e que abrigam mais de 3,2 milhões de domicílios e 11 milhões de pessoas.

São áreas ocupadas irregularmen-te, sem serviços públicos adequados, representadas por favelas, palafitas, grotas e vilas. O resultado desse des-caso são as repetidas tragédias nas épocas das chuvas e a alta incidên-cia de doenças causadas pela falta de saneamento básico - principal-mente entre crianças.

São várias as razões que levaram o país a ter que conviver com esta lamentável realidade. A principal origem do problema está na ausên-cia, durante longos anos, de políticas urbanas adequadas. Justamente no momento em que a população rural migrava maciçamente para as grandes regiões metropolitanas. O resultado não poderia ser outro.

Às vésperas de se tornar a quinta potência econômica do mundo, o Brasil não pode se omitir em equa-cionar estas e outras questões urgentes.

Nos últimos anos, foram imple-mentados e/ou desenvolvidos alguns programas e projetos cruciais, como os voltados para a área imobiliária, com destaque para o projeto Minha Casa, Minha Vida; o Plano Nacional de Saneamento, que demonstra preocupação maior com a área de saneamento básico - com destaque para a atuação da Funasa no aten-dimento dos municípios com menos

de 50 mil habitantes; a política de resíduos sólidos, que encontrou boa repercussão em várias unidades da federação; e algumas obras do PAC, voltadas para a mobilidade urbana, especialmente nos grandes centros e nos projetos de urbanização das favelas, onde a própria pesquisa do IBGE já acusou alguns avanços importantes.

Mas ainda é necessário conti-nuar avançando para alcançarmos uma verdadeira e definitiva mudan-ça. Lembrando sempre do papel estratégico que o empresariado no Brasil já vem desenvolvendo na solução de problemas estruturais do país por meio de parcerias público--privadas. Na área de habitação, por exemplo, não podemos relaxar e voltar ao passado.

É urgente revermos as regras e as condições da segunda etapa do pro-grama de moradia social do Governo federal. Não podemos deixar que obstáculos comprometam o bom an-damento do programa, sob pena de não alcançarmos as metas previstas. Quanto ao saneamento básico, onde o país ainda mantém uma enorme dí-vida social, é preciso inovar e ousar, da mesma forma como o país encon-trou a solução para o problema do déficit habitacional com o programa Minha Casa, Minha Vida. Temos que reabilitar as dezenas de companhias de saneamento espalhadas pelo país que estão, em sua maioria, operando no vermelho.

É urgente pensarmos na imple-mentação de um fundo federal que apoie o desenvolvimento de pla-nos regionais de saneamento, com foco nas bacias hidrográficas e que também financie os planos munici-pais que se reportarem a este plano regional. Temos que pensar ainda em estímulos e incentivos aos agentes envolvidos, para que os obstáculos existentes sejam afastados. É neces-sário estabelecer metas ousadas e uma estrutura de acompanhamento e fiscalização eficiente dos serviços e obras a serem contratados, redu-zindo os desperdícios, melhorando a qualidade dos empreendimentos e agindo preventivamente aos inúme-

ros problemas de saúde que afetam a nossa população por deficiência de saneamento.

Na área da mobilidade urbana, já passou da hora de encararmos com seriedade o problema e pensarmos em soluções coletivas de qualidade para a mobilidade dos cidadãos, hoje submetidos a um verdadeiro suplício, perdendo preciosas horas diárias no trânsito em detrimento do maior convívio com suas famílias e dispo-nibilidade para o lazer. Isso signifi-ca, entre outras ações, investir em transporte de massa e desestimular o uso do transporte individual.

É urgente que esses e outros te-mas que dizem respeito à qualidade de vida em nossas cidades, ocupem lugar de destaque na agenda pública em 2012. Os gestores municipais não podem continuar negligenciando a solução desses problemas, como tem acontecido ao longo da nossa história.

Não temos mais tempo para errar. Precisamos eleger um novo modelo de gestão para as nossas cidades que incorpore inovação, sustentabi-lidade e qualidade de vida da popu-lação como condições fundamentais ao desenvolvimento. Com a palavra, os eleitores brasileiros.

* Presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção

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Cidades | Investimentos

O governador do Estado Rai-mundo Colombo, anunciou, na tarde desta quinta-feira (23 de

fevereiro), em Itajaí, o investimento de cerca de R$ 1,5 bilhão de reais em obras e ações que visam prevenir e minimizar o impacto das enchentes nos municípios do Vale do Itajaí. Logo após a apresentação do plano de ações, foi feita a assinatura do edital de licitação para a contratação dos Projetos da Construção das Compor-tas do Rio Itajaí Mirim.

O projeto de Prevenção e Mitiga-ção de Desastres na Bacia do Rio Itajaí possui ao todo 14 medidas estruturais e não estruturais de im-pacto que devem ser concluídas em um prazo de cinco anos após o início das obras. Foi elaborado pela JICA, fundação japonesa que na opinião do Governador, é a mais bem preparada do mundo quanto à prevenção de

desastres. “E o conceito do projeto é administrar a chegada da água nas cidades, com foco na prevenção, pois as catástrofes naturais vão se tornar cada vez mais frequentes devido às mudanças climáticas do planeta”, ressaltou Colombo. O valor para im-plantação total do projeto é de R$ 1,5 bilhão, parte custeado pelo Governo do Estado e parte pela União.

Compõem as 14 medidas de impacto do projeto a implantação do Sistema de Monitoramento, Alerta e Alarme da Bacia do Rio Itajaí; sobre-levação das Barragens de Taió e de Ituporanga; medidas de prevenção de escorregamentos em rodovias; construção de comportas no Rio Itajaí-Mirim; construção de sete bar-ragens de pequeno porte; construção de uma barragem de médio porte a montante do Rio Itajaí-Mirim; obras de melhoramentos no canal do rio

em Taió (3,7 km); em Rio do Sul (8,2 km); em Timbó (1,0 km) e em Blu-menau (15,8 km); obras de melhora-mentos nos canais dos ribeirões Gar-cia e Velha em Blumenau (7,0 km); obras de melhoramentos do canal do rio em Ilhota (8,0 km); construção de canal extravasor no Rio Itajaí-Açu e ainda inclui-se as obras de Reade-quação de Hidrelétricas.

De acordo com o secretário de Estado da Defesa Civil, Geraldo Althoff, as ações do projeto são extremamente importantes porque, um caminhão de barro que hoje é colocado em Rio do Sul pode ser fator complicador para Itajaí em uma situação de enchente. Já o secretário de Estado do Desenvolvimento Sus-tentável, Paulo Bornhausen, disse que a apresentação deste projeto re-presenta um momento histórico para Itajaí, o Vale e toda Santa Catarina. E

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fez uma comparação com o futebol, ao citar que a ação de Colombo “não é um gol de placa e sim, um gol de bicicleta do meio de campo”.

Falando em nome de todos os prefeitos presentes, Jandir Bellini destacou que este projeto de preven-ção às cheias vem sendo discutido desde a década de 80 e lembrou o ex-governador Antônio Carlos Kon-der Reis, que iniciou as tratativas e debates a respeito. O prefeito de Itajaí concordou com a afirmação de Geraldo Althoff sobre os reflexos que a sua cidade sofre, em situações de enchente, em relação ao que é feito

nos municípios do alto e médio Vale do Itajaí. Bellini destacou, ainda, para o governador Raimundo Colombo, que a profissionalização da Defesa Civil, que o governo do Estado começa a trabalhar, já foi implantada em Itajaí, que recentemente empossou e iniciou o treinamento com 10 agen-tes concursados. “A apresentação deste projeto que há tanto tempo vem sendo estudado e debatido, é a realização de um sonho para Itajaí e os demais municípios do Vale, por isso só temos a agradecer ao gover-nador”, finalizou.

Reunião em Itajaí com o Governador Raimundo Colombo e lideranças regionais.

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Cidades

Para o prefeito Milton Hobus, de Rio do Sul, cidade que foi bastante prejudicada pelas cheias do ano

passado, a largada do plano de contenção e mitigação das cheias e desastres naturais (deslizamentos de encostas, entre outros), traduz o verdadeiro norte do governo catarinense, “cuidar das pessoas” e significa a “renovação das esperanças para o Alto Vale do Itajaí”.

As barragens de Taió e Ituporanga serão aumentadas em dois metros de altura, ampliando em 35 bilhões de litros de água a capacidade de armazenamento das duas, com um custo de R$ 33 milhões. O prazo para a realização das obras é de 36 meses. Esse é o terceiro edital lançado do plano de prevenção de cheias para a região.

No encontro realizado no Parque Universitário Nor-berto Frahm, localizado no encontro dos rios Itajaí do Oeste e o Itajaí do Sul, que formam o Itajaí-Açu, no cen-tro de Rio do Sul, no dia 24 de fevereiro, Colombo apre-sentou pessoalmente à população o plano de preven-ção. “As ações se fundamentam em 14 pontos”, iniciou Colombo, explicando o Plano de Prevenção e Mitigação das Cheias na Bacia do Rio Itajaí. O valor da implanta-ção desta primeira etapa será de R$ 512 milhões e as ações se fundamentam em várias iniciativas.

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Capa

Os Emirados Árabes estão entre os países que mais crescem no mundo. Estima-se que mais

de 1,3 mil obras estejam em anda-mento na região e outros 300 proje-tos estejam em estudo para serem implementados. Segundo a Câmara de Comércio Árabe-Brasileira estão sendo investidos cerca de US$ 418 bilhões em grandes obras no país e estão previstos recursos de mais US$ 143 bilhões para serem utiliza-dos em novos projetos nos próximos anos.

O mercado árabe não chama a atenção apenas pelo grande volume de obras e recursos investidos, o país é referência também em desenvol-ver projetos grandiosos e ao mesmo tempo sustentáveis como Masdar City, cidade que está sendo construí-da próxima à capital Abu Dhabi e que tem como diferencial ser totalmente autossustentável.

O Brasil tem se configurado como um importante fornecedor de pro-dutos e serviços para os Emirados Árabes. Só no primeiro trimestre de 2011, o setor da construção civil exportou mais de US$ 16 milhões ao país árabe com a venda de pisos, mármores, granitos e materiais que promovam a eficiência energética e o consumo racional de água.

Apesar do já intenso mercado, o governo brasileiro considera que é possível promover ainda mais a aproximação entre os dois países e tem organizado, por meio da Agência Brasileira de Promoção de Exporta-

ções e Investimentos (Apex), rodadas de negócios entre empresários dos dois países e viabilizado a partici-pação de empresas nacionais em eventos nos Emirados Árabes.

Em novembro do ano passado, mais de 30 empresas brasileiras do setor da construção civil estiveram na Big Five em Dubai, considerada uma das maiores feiras de cons-trução civil do Oriente. Durante dez dias, elas expuseram seus produtos, participaram de rodadas de negó-cios, seminários e cursos realizados na feira. Dez empresários catarinen-ses integraram a comitiva da Federa-ção das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc) na feira.

“É muito importante participar de eventos como a Big Five. Na feira nós pudemos conhecer diferentes tecno-logias e entender os diferenciais dos processos produtivos árabes. Lá eles utilizam muito mais a tecnologia dos pré-fabricados do que aqui e isso permite que eles realizem obras em um curto período de tempo, gastan-do menos e evitando o desperdício de materiais”, avalia Nivaldo Pinheiro, presidente da Câmara de Desenvol-vimento da Indústria da Construção Civil da Fiesc e líder da comitiva catarinense na Big Five.

Pinheiro explica que essa foi a quinta missão empresarial organiza-da pela Fiesc a Dubai e que a entida-de espera organizar outras comitivas catarinenses para eventos do setor da construção civil nos próximos anos.

“Dos empresários de Santa Catari-na que fizeram parte da missão eram poucos os que já conheciam Dubai. Ao participar dessas feiras, eles entram em contato com uma outra realidade da construção civil e isso os ajuda inclusive a buscar soluções para melhorar seus processos e a ampliarem seus mercados. É uma ótima oportunidade também para fazer contato com outros fornece-dores e trazer produtos diferentes para as obras que são realizadas no Brasil. Hoje importar pode ser uma boa opção porque há preços bastan-te competitivos no mercado”.

Além de participar da feira, o grupo catarinense esteve em Masdar City para acompanhar as obras da cidade sustentável que está sendo plane-jada para receber cerca de 40 mil habitantes e mais de mil empresas de tecnologia limpa. O empreendimento já abriga um parque de energia solar com 87 mil placas fotovoltaicas que geram 10 megawatts e nos próximos anos deve ser instalado um segundo parque para a geração de 100 mega-watts de energia.

“Eles estão construindo na cida-de o Instituto Masdar de Ciência e Tecnologia, uma universidade espe-cializada em desenvolver tecnologias limpas. A instituição está sendo construída em parceria com o Massa-chussets Institute of Technology dos Estados Unidos. A ideia deles é que a universidade seja uma das principais no mundo em pesquisas sobre sus-tentabilidade”, afirma Pinheiro.

Comitiva de empresários catarinenses participa da Big Five, a maior feira da construção civil do Oriente Médio

De olho no mercadoarabe‘

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Nivaldo Pinheiro e comitiva da FIESC

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Capa

Além da comitiva da Fiesc, outro grupo de empresários brasileiros também esteve na Big Five. Organizados pela Apex, eles participaram do Pavilhão Brasil da Big Five e apresentaram seus produtos e serviços para o mercado árabe. Entre as empresas expositoras estava a Itagres de Tubarão (SC) que apresentou seus lançamentos em mármores polidos e retificados de alto brilho e em revestimentos.

“A Itagres participa da Big Five desde 2006 e esse tem sido um importante evento para a de-monstração de nossos produtos, para a abertura de novos mercados e para a escolha de poten-ciais distribuidores dos materiais da Itagres na região”, avalia Camila Mesquita, do departamen-to de marketing da empresa.

No Pavilhão Brasil além de expor seus produ-tos, as empresas brasileiras participaram tam-bém de uma rodada de negócios com 150 empre-sários árabes selecionados pela organização do evento.

“A feira tem se revelado uma excelente opor-tunidade para os empresários brasileiros inte-ressados em expandir os negócios neste setor. Sabemos que os empresários emiráticos estão interessados no Brasil e que há um empenho do departamento econômico em promover Dubai como um polo comercial para mercados vizinhos, com potencial de atender cerca de 1,3 milhão de pessoas, além de apresentar facilidades em infraestrutura e no próprio sistema financeiro”, avalia Michel Alaby, diretor – geral da Câmara de Comércio Árabe- Brasileira.

Apesar da constante participação de marcas brasileiras na Big Five, Nivaldo Pinheiro avalia que ainda há espaço para que mais empresas do setor exponham seus produtos no evento. O em-presário destaca que só a Itália teve mais de 300 expositores em seu pavilhão, enquanto o Brasil teve 22.

“Mesmo com a crise, os Emirados Árabes continuam construindo e o padrão deles é alto com projetos ousados, que contemplam tanto o aspecto visual quanto o uso de tecnologia de ponta. Para o setor da construção civil foi uma ex-celente oportunidade para fazer contatos, eu só espero que no ano que vem tenha mais empresas brasileiras expondo seus produtos”., sustenta.

Pavilhão Brasil

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A iniciativa vai abrigar 40 mil habitantes e 1,5 mil empresas de tecnologia limpa, além do já operante Masdar Institute of Science and Technology, uma universidade com foco em pesquisa e inovação, desenvolvida em coopera-ção com o Massachusetts Institute of Technology (MIT) e o Imperial College.

Todas as ruas de Masdar contarão com prédios projetados em ângulos que facilitam a criação de sombras e ajudam na manutenção de uma tem-peratura agradável. A cidade estará livre de consgestionamentos - o sistema de transporte, todo elétrico, vai operar no subsolo.

Também será instalada, na região, a sede da Agência Internacional de Energias Renováveis (IRENA) que hoje funciona em Abu Dhabi. O Emirado planeja suprir 7% de suas necessidades energéticas com fontes renováveis em apenas uma década. Há dois anos em construção, sob tutela da firma Foster & Partners, e orçada em 22 bilhões de dólares, Masdar City deverá ser concluída em 2016.

CityMasdar

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Poder Público

Município da Grande Florianópolis realiza obras de macrodrenagem e saneamento, num total de quase R$ 100 milhões de recursos obtidos junto a organismos federais

A prefeitura de Biguaçu está realizando uma série de obras estruturais para evitar enchentes

e inundações na cidade. Estão sendo investidos R$ 33 milhões para a cons-trução de um Sistema de Macrodrena-gem Urbana para drenar e canalizar as águas das chuvas para o mar e para o rio Biguaçu. Um projeto que irá beneficiar moradores de diversos bairros do muni-cípio como Jardim São Miguel, Centro, Carandaí e Bom Viver. Os recursos vêm do Ministério das Cidades e da Caixa Econômica Federal por meio do Progra-ma de Aceleração do Crescimento (PAC).

“A macrodrenagem é muito importan-te para a cidade. Serão feitas galerias para o escoamento das águas da chuva além de travessias e pontes em quatro bacias hidrográficas do município. A obra começou a ser feita em janeiro de

2012 e será realizada em dois anos”, afirma José Castelo Deschamps, prefei-to de Biguaçu.

Além da macrodrenagem, para evitar as enchentes são necessários ainda a dragagem do rio Biguaçu e a construção de molhes no local. Para a execução das obras são esperados mais de R$ 19 mi-lhões oriundos do PAC 2. A prefeitura já abriu licitação para os projetos e espera em breve dar início as obras. “A draga-gem do rio e a construção dos molhes são uma segunda etapa no processo de macrodrenagem urbana. Elas vão ga-rantir que a água das chuvas tenha uma vazão mais rápida para o mar e para o rio. Essas são obras estruturais que pre-cisam ser feitas no município”.

Um outro projeto que deve sair do papel em breve é o de tratamento de esgoto em Biguaçu. Um convênio da pre-

feitura firmado com a Casan dará início às primeiras obras de esgoto sanitário no município. Serão investidos cerca de R$ 45 milhões, recursos vindos do Ministério das Cidades e da Caixa Eco-nômica Federal por meio do Programa Saneamento para Todos. Do valor total, cerca de 60% será utilizado nas obras de saneamento básico e os 40% restan-tes deverão ser utilizados pela Casan para melhorar e ampliar o sistema de abastecimento de água no município.

“Hoje nós não temos tratamento de esgoto em Biguaçu. Mas vamos conse-guir mudar isso com essas obras de es-goto sanitário. A meta é que esses sis-temas que serão construídos consigam fazer o tratamento de 50% do esgoto gerado na área urbana do município”, explica o prefeito.

Em 2012, também estão previstas mudanças no Plano Diretor do Municí-pio. A prefeitura deve encaminhar para a Câmara de Vereadores um novo pro-jeto até a metade do ano. A proposta, segundo Deschamps, é pensar em obras para a orla marítima do município.

“Pretendemos definir como iremos revitalizar os 15 quilômetros da orla que temos e definir como ficará a constru-ção de piers no local, que áreas serão destinadas para prática de lazer e como se dará a utilização do local para a ma-ricultura. Além disso, queremos fazer o engordamento da faixa de areia da praia em cerca de 200 a 300 metros”, diz.

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Poder Público

O Hospital Regional de Biguaçu deve ser inaugurado ainda este ano. A obra está 90% concluída e terá capacidade para 131 leitos. A unidade está sendo construída com recursos do município, do estado e da Organização Mundial da Família, entidade que foi criada pelas Nações Unidas durante a Segunda Guerra Mundial e hoje atua em mais de 27 países. O hospital terá maternidade, centro cirúrgico e UTIs para atendimen-to de crianças e adultos. “A construção do hospital foi feita com material pré--fabricado que foi enviado pela Organi-zação Mundial da Família. Faltam agora algumas adaptações no entorno da área para que ele seja inaugurado”, afirma o prefeito.

O município também tem investido no atendimento pré-hospitalar. Em feve-reiro, a prefeitura inaugurou a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) no bairro Fundos. O local funcionará 24 horas por dia e irá oferecer atendimento médico de emergência a adultos e crianças. “O investimento para a obra veio do gover-no federal através do Sistema Único de Saúde (SUS). Com essa unidade vamos triplicar a nossa capacidade de atendi-mento”, explica Deschamps.

Os moradores de Biguaçu não precisam mais pagar pela taxa de coleta de lixo. Um acordo firmado entre a prefeitura e a empresa ProActiva, responsável pelo aterro sanitário que funciona no município, isenta o contribuinte de Biguaçu a pagar a contribuição. A partir deste ano, a prefeitura cobrará da ProcAtiva um valor de R$ 5 pela tonelada de lixo trazida de fora do município para o aterro, um valor que irá bonificar o lixo gerado na cidade. “A prefeitura não perdeu receita, porque o valor agora pago pela empresa equivale ao que antes era cobrado do contribuinte. No carne do IPTU deste ano já vem escrito lixo zero”, comenta Deschamps.

Além de obras estruturais no município, o prefeito de Biguaçu considera que é fundamental pensar em novos projetos para a região metropolitana da Grande Flo-rianópolis. Deschamps e mais um grupo de 10 prefeitos de cidades do Vale do Rio Tijucas têm se mobilizado para construir um aeroporto no município de Tijucas.

“Nós entendemos que é preciso ter um aeroporto no continente e hoje o único local disponível para receber aviões é em Tijucas.É inadmissível pensar só em aumentar o aeroporto Hercílio Luz em Florianópolis se não é possível ampliar os acessos ao local. Hoje só há uma estrada que leva até ao aeroporto”, afirma.

Deschamps também tem trabalhado para que seja construído um rodoanel a partir do km 175 da BR- 101 em Biguaçu até o km 222 em Palhoça. Uma obra que estava prevista para ser executada quando foi feita a duplicação da BR-101, mas que até agora não saiu do papel. “Nós estamos sensibilizando a Agência Nacional de Transporte Terrestres (ANTT) para que essa obra saia o mais rápido possível. A empresa que ganhou a concessão do pedágio nesses quilômetros é obrigada a construir esse contorno viário, mas até agora não começou a fazer a obra. Biguaçu, São José, Florianópolis e Palhoça são cortadas pela BR-101 e precisam do rodoa-nel para melhorar a mobilidade urbana”, diz.

Taxa zero

Saúde

Prefeito José Castelo Deschamps

Nós entendemos que é preciso ter um aeroporto no continente

e hoje o único local disponível para receber aviões é em

Tijucas.É inadmissível pensar só em aumentar o aeroporto Hercílio Luz em Florianópolis se não é possível ampliar os acessos ao local. Hoje só há uma estrada que leva até ao

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Governo | Novo Código Florestal

O objetivo das lideranças catarinen-ses é derrubar percentual mínimo de área verde em construções e

preservação de matas em margem de rios em áreas urbanas. Nas cidades, o Plano diretor deve estabelecer as regras para a utilização sustentável e adequada dos espaços. A presidente Dilma Rous-sef, após tramitação e votação prevista para março na câmara, deverá sancionar o projeto que define o código florestal brasileiro.

Em Santa Catarina e em outros esta-dos do Brasil, organizações da indústria e construção civil, entre outros, têm fei-to lobby para excluir do Código Florestal dispositivos que prevêem a proteção de vegetação em áreas urbanas. O código voltou à Câmara depois de alterado pelo Senado para votação final. O movimento favorável às alterações, tem o apoio de vários líderes, inclusive de setores do próprio PT.

Representantes da CNI (Confederação Nacional da Indústria) pediram ao rela-tor, deputado Paulo Piau (PMDB-MG), que suprima dois pontos do substitutivo do Senado. A CBIC (Câmara Brasileira da

Indústria da Construção), principal enti-dade da construção civil, quer modificar um terceiro ponto.

Os deputados podem acatar as mo-dificações do Senado, suprimi-las ou rejeitá-las em favor do texto original aprovado por eles em 2011. Um dos pon-tos contestados estabelece um percen-tual mínimo de 20m² de área verde por pessoa nas expansões urbanas. A CBIC considera essa cifra inaceitável porque manter vegetação aumenta o preço da terra uma vez que novos empreendimen-tos precisariam de áreas maiores. Num momento em que o mercado da cons-trução civil se volta para a periferia das grandes cidades, em parte com financia-mento público (via Minha Casa, Minha Vida), o setor teme prejuízo aos negócios com o código.

Já a CNI se opõe a dois parágrafos do texto que estabelecem percentuais mínimos de preservação em matas ci-liares em área urbana. Segundo Cláudio Brandão Cavalcanti, do setor de assun-tos legislativos da CNI, esse assunto é competência dos municípios, através dos respectivos planos diretores.

Regras diferenciadas para áreasurbanas no Código Florestal

CNI e CBIC defendem alterações no texto que será votado pela Câmara dos Deputados

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O temor da indústria é que o Ministé-rio Público comece a propor ações para tirar fábricas de beira de rio. Paulo Piau já sinalizou que acolherá as demandas. Representantes da indústria citam o apoio dos petistas Cândido Vaccarezza (SP), líder do governo, e Carlos Zarattini (SP). Como o governo não tem posição fechada, ainda será possível corrigir dis-torções que venham a implicar em fu-turos entraves ao desenvolvimento das cidades.

Com a segunda votação já marcada no plenário da Câmara para o dia 6 de março, o texto seguirá para assinatura da presidente Dilma Rousseff após sua aprovação pelos deputados.

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Campo e cidade são coisas diferentes

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O projeto do novo Código Florestal que chegou ao Congresso em maio de 2011 propunha alterações na lei ambiental que deveriam ser aplicadas da mesma forma no campo quanto na cidade. Entre as medidas propostas estavam a de exi-gir que os 15 metros em torno das mar-gens de rios e cursos de água deveriam ser preservados em zonas rurais e ur-banas. Uma proposta interessante, mas que segundo o presidente do Sinduscon da Grande Florianópolis, Helio Bairros, é difícil de ser aplicada nas cidades prin-cipalmente naquelas em que já há um grande adensamento urbano e as áreas em torno dos rios estão ocupadas há anos.

Atentos às discussões que estavam sendo feitas no Congresso, o Sinduscon da Grande Florianópolis e entidades do setor imobiliário como Sindimóveis, Se-covi e Creci de Santa Catarina resolve-

ram se unir para juntas sensibilizar os parlamentares sobre a necessidade de legislações ambientais diferentes para o campo e para a cidade.

“Nós percebemos que o código seria desastroso para o setor imobiliário e procuramos alguns deputados e sena-dores para falar sobre as dificuldades que o setor enfrentaria com a aprova-ção do projeto. Nós entendemos que é preciso separar os assuntos. O campo e a cidade tem uma dependência um do outro, mas não na questão ambiental. Não há como tratar o rio da cidade da mesma forma que o rio que há no cam-po. Nas zonas rurais ele está intacto e na cidade já está poluído”, avalia Helio Bairros.

Outro ponto que o setor considera po-lêmico é o que limita o crescimento das cidades. “Nós entendemos que as cida-des terão problemas sérios com o cres-

cimento em áreas novas porque terão di-ficuldades em transformar áreas rurais em áreas urbanas. Será preciso otimizar os espaços hoje ocupados nas cidades e os planos diretores dos municípios pre-cisam estar atentos a essas mudanças”, avalia o presidente do Sinduscon da Grande Florianópolis.

O projeto do novo código florestal ao passar pelo Senado em novembro de 2011 sofreu mudanças e algumas emendas no texto separam as questões ambientais do campo e da cidade. Pela proposta que segue para a Câmara dos Deputados cada município através de seu plano diretor é quem irá definir qual é o afastamento dos cursos de água que deve ser respeitado pelas edificações. O projeto volta agora para a Câmara de Deputados para ser rediscutido e depois será encaminhado para sanção presi-dencial.

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Governo | Financiamentos

Banco do Brasil reforça crédito

imobiliárioInstituição pretende

ser a terceira do país em financiamento

para moradia até o fim de 2013

O Banco do Brasil (BB) pretende reforçar a concessão de crédi-to imobiliário em 2012. O banco

deve fechar 2011 com um estoque de R$ 7,7 bilhões em financiamento de imóveis, o que representa um aumen-to de 126% em relação aos R$ 3,4 bi-lhões de dezembro de 2010. Segun-do o vice-presidente de Negócios de Varejo do BB, Paulo Caffarelli, ainda existe uma margem de R$ 5 bilhões para aumentar esse valor com recur-sos da poupança, podendo passar de R$ 12 bilhões em 2012.

O Banco do Brasil passou muitos anos sem ter financiamento imobiliá-rio e ainda tem margem para crescer. Como o país tem um déficit de 8 mi-lhões de famílias sem casa própria, e o BB conquistou a quinta posição em financiamento imobiliário no país, ul-trapassando o HSBC, e atrás da Caixa Econômica, Itaú Unibanco, Santan-der e Bradesco, a expectativa do ban-co é passar para a terceira posição até o fim de 2013.

Em 2011, o banco atingiu a marca de 57 milhões de clientes. Segundo Caffarelli, 18 milhões têm cadastro pré-aprovado, dos quais 13 milhões têm propensão a tomar crédito. No

entanto, apenas 5 milhões tem ope-rações com o BB. Entre algumas ra-zões para uma adesão ainda baixa estão a falta de informação sobre os programas e as taxas praticadas pelo banco e o atendimento. Para suprir essa questão, a estratégia estabele-cida pelo banco é focar mais no rela-cionamento com seus atuais clientes, criando uma espécie de “fidelidade”. O foco não estará na aquisição de no-vos clientes.

O crédito imobiliário é o maior pro-duto fidelizador. Ao adquirir um fi-nanciamento para a compra da casa própria o cliente chega a ficar mais de 20 anos ligado ao banco por uma única operação. Além do crédito ao comprador, o vice-presidente disse que o banco também começa a am-pliar a concessão de financiamen-tos a construtoras, que atualmente representam apenas 20% do valor operacionalizado. Segundo ele, 2,3 mil construtoras já estão cadastra-das e 800 têm limite de crédito. Para justificar o potencial de aumento dos empréstimos nessa área, Cafarrel-li diz que o banco tem mostrado aos clientes “agilidade e velocidade na li-beração de crédito imobiliário”.

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Letra de crédito imobiliário é um investimento atraente

Um papel de menor liquidez, mas com bom rendimento, isenção de imposto de renda e

baixo risco. São as Letras de Crédito Imobiliário (LCI), que vêm conquis-tando espaço na carteira de inves-timento dos clientes de alta renda. O produto, ofertado pelos bancos pri-vados, é uma importante alternativa de diversificação. Bancos já ofere-cem LCIs com aplicação mínima de R$ 30 mil. É o caso do Banco Santan-der, que passou a oferecer este ano os papéis no varejo. Na Caixa Econô-mica Federal, a aplicação mínima é de R$ 50 mil.

Em um momento de aquecimento do mercado de imóveis, a tendência é de crescimento da carteira de crédito imobiliário dos bancos e, consequen-temente, de emissões deste tipo de papel. Para atender a demanda dos compradores de imóveis, instituições financeiras precisam de recursos, e uma das fontes de captação, além

Aplicação mínima no papel é de R$ 30 mil, com prazo para resgate que varia de 60 a 180 dias e isenção de IR

da poupança, são as LCIs. No San-tander, os papéis têm prazo mínimo de 180 dias para resgate. Na Caixa Econômica, o prazo para resgate da aplicação é ainda menor, de 60 dias. Lastreados em Certificados de De-pósito Interbancário (CDIs), o maior diferencial do título com relação ao Certificado de Depósito Interbancá-rio (CDB) é que oferece isenção do Imposto de Renda (IR) para pessoas físicas. No caso de pessoa jurídica, quanto maior o prazo de aplicação, menor é a alíquota do imposto, que pode chegar a 15% após 720 dias na Caixa.

A operação das LCIs é simples, semelhante à do CDB: o banco remunera o investidor, já com taxa líquida do Imposto de Renda. Ou-tras aplicações, como o Certificado de Recebíveis Imobiliários (CRIS), além de mais complexas, têm menor liquidez. Portanto, os CRIs são mais arriscados que as LCIs. Além da bai-

xa liquidez, o risco de inadimplência é mais alto, pois o investidor não se torna credor do banco, mas de quem financiou o imóvel, indiretamente, via securitizadora. Se os devedores finais forem pessoas físicas,o risco é ainda maior. Na hora de investir em LCIs, é importante conhecer o perfil da carteira de crédito da instituição escolhida. Grandes bancos, além de terem mais rigor no crédito conce-dido, tem carteira mais pulverizada entre milhares de clientes e em-preendimentos, o que ameniza riscos para o investidor.

Os papéis têm garantia de R$ 70 mil investidos, a mesma segurança oferecida no CDB e na poupança pelo Fundo Garantidor de Crédito. Na Caixa, a transferência de titula-ridade e agência e conta da apli-cação podem ser feitas a qualquer momento. O investimento também pode ter garantia pessoal, como fiança.

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nas obras de pequeno agrande porte.

qualidade e rapidez

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Referência no mercado catarinense, no segmento de Gestão de Obras, a

Catalusa executa seus serviços de forma diferenciada e objetiva, dando

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SINDUSCON - A Força do Associativismo

À frente da Câmara de Desenvolvi-mento da Construção Civil da Fiesc (CDIC), Nivaldo Pinheiro tem como

meta trabalhar para ampliar a qualifica-ção dos profissionais da construção civil do Estado nos próximos anos. Para isso considera fundamental aumentar o nú-mero e a capacidade de atendimento das escolas de formação da construção civil.

“A nossa proposta é cada vez mais levar para os canteiros de obras serviços de qualificação profissional e de assis-tência médica e odontológica para que os trabalhadores possam, mesmo durante o expediente, se capacitar e cuidar da saúde”, afirma.

O presidente da CDIC adianta que, em 2012, quatro unidades móveis do Senai irão percorrer todo o Estado oferecendo cursos de capacitação para pedreiros, pintores, instaladores elétricos e mes-tres de obras.

“O ano passado o Senai trabalhou para a construção das unidades móveis e, neste ano, a entidade começa a trabalhar para a construção das unidades físicas. Essas escolas serão uma oportunidade ímpar para que as empresas catarinen-ses treinem seus funcionários e melho-rem seus processos produtivos”, diz.

Além de novas unidades de capacita-ção, o presidente da CDIC considera que é preciso ampliar o acesso das empresas do setor às unidades de atendimento odontológico do Sesi. “Ao cuidarem de sua saúde no próprio local de traba-lho, os funcionários se sentem melhor, querem permanecer na empresa que trabalham e isso diminui a rotatividade no setor. Na Procave nós temos uma experiência muito boa com uma unidade móvel do Sesi especializada em atendi-mento odontológico. Quando nós leva-mos a unidade para o canteiro de uma obra em Itajaí nosso planejamento era que ela ficasse lá por três meses. Mas a procura foi tão grande que tivemos que renovar o contrato por mais três meses para que eles pudessem atender todos os funcionários”.

O empresário considera também fun-damental retomar as discussões sobre a reciclagem de resíduos da construção civil no Estado. Ele cita o caso de Bal-neário Camboriú que tem uma central de tratamento de resíduos da construção como um bom exemplo que precisa ser seguido por outros municípios.

“Eu posso estar na minha obra fazen-do toda a separação correta dos resí-duos, mas se não tiver um destino final que eu possa enviar o material para a reciclagem fica difícil resolver essa ques-tão. É preciso criar espaços de triagem e reciclagem dos resíduos e para isso o po-der público e as entidades da construção civil precisam se mobilizar. Essa é uma questão que terá que ser melhor deba-tida com o setor e termos que encontrar soluções a curto prazo”.

Mesmo com a atual crise na Europa, o empresário avalia que a tendência é que o setor da construção civil no Brasil não seja influenciado pelos altos e baixos da economia. “É claro que o que acontece nos outros países pode aumentar ou não o nível de confiança das pessoas e dos empresários do setor. O que nós temos percebido é que a influência é pequena. O que tem acontecido nos últimos três anos na construção civil é que ela cresceu mui-to de forma até um pouco desordenada. A tendência é que nós tenhamos um pouco mais de estabilidade, mas acreditamos que não deverá haver nenhum tipo de redução no número de obras”.

Presidente da CDIC

Nivaldo Pinheiro pretende levar escolas da construção móveis para os canteiros de obras e fornecer assistência médica e odontológica aos trabalhadores

quer ampliarqualificação

profissional

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Com clientes em Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul, a Q-ISO Consultoria presta assessoria a em-

presas que buscam ampliar a abrangência de suas certificações, principalmente a ISO-9001 e o Programa Brasileiro da Quali-dade e Produtividade do Habitat (PBQP-H). Em Santa Catarina, os clientes fazem parte do setor da construção civil, incluindo infraestrutura viária (rodovias e ferrovias), e também da indústria de plástico. A maior parte deles é da região da Grande Florianó-polis e do Vale do Itajaí.

“Em seus 15 anos de existência, a Q-ISO Consultoria conquistou mais de 100 clien-tes de diversos ramos de atuação. No caso da construção civil, temos hoje 25 clien-tes”, diz Mário Augusto Almeida da Silva, diretor da Q-ISO. Entre os clientes estão a Álamo, Hantei, Mima, Base, Embraed, Arthur Silveira, Edificart e Queiroz Mello.

Segundo Mário Augusto, apesar de o PBQP-H e a ISO 9001 serem os principais produtos da Q-ISO, a “necessidade de as empresas ampliarem a abrangência de suas certificações faz com que busquem aquelas de sistemas de gestão integrados,

Garantia de qualidade

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Perfil

incluindo, além dos critérios de qualidade, a preocupação com a sustentabilidade”.

Para Mário Augusto, tratar cada cliente de forma única e diferenciada é um dos fa-tores de sucesso da Q-ISO. “Temos clientes com cinco profissionais em sua equipe e outros que contam com mais 800 profis-sionais. Ou seja, dificilmente conseguiría-mos sucesso sem personalizar o sistema de gestão de acordo com as condições do cliente. Nossa atuação é no sentido, antes de tudo, de entender as necessidades específicas e depois discutir e implemen-tar um sistema que seja adequado a cada demanda particular”, afirma.

Especialista em certificações, Mário Augusto enxerga novas demandas no mercado além das usuais PBQP-H e ISO 9001. “A sustentabilidade em obra permite que as construtoras busquem certificação

de sua gestão ambiental de acordo com a ISO 14001. Já a certificação de saúde e segurança do trabalho, a OHSAS 18000, exige, por exemplo, redução dos riscos de acidentes e consequentemente diminui custos com seguros”.

Com relação a melhoria dos projetos, explica Mário Augusto, a Eletrobras e o Inmetro contam com o selo Procel para casas e prédios. As moradias são classifi-cadas com letras, sendo A o grau mais efi-ciente de consumo de energia e E o menos eficiente. “O selo permite à construtora demonstrar sua preocupação com o meio ambiente, considerando os aspectos de consumo significativo de energia elétrica, desempenho térmico de fachadas e cober-turas e iluminação e ventilação naturais, além da eficiência do sistema de aqueci-mento de água”, conclui.

Mário Augusto Almeida da Silva - Diretor da Q-ISO.

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:: Tubarão:: José Sylvio Ghisi

Falta de mão de obra e empreendi-mentos clandestinos são os dois maiores problemas no setor da

construção civil de Tubarão no momento, de acordo com o presidente do Sindus-con local, o empresário José Sylvio Ghisi.

“Existem, atualmente, cerca de 10 grupos na cidade, entre pessoas físicas e empresas que não pertencem ao se-tor, construindo prédios clandestinos e sonegando impostos. Já levantamos do-cumentos e fizemos denúncia, no fim de fevereiro, ao Ministério Público, Receita Federal, secretaria da Fazenda e prefei-tura”, afirma Ghisi.

Segundo ele, o esquema funciona da seguinte forma: a obra é realizada como se fosse um condomínio a ser habitado pelo grupo que a está construindo, o que garante uma série de isenções fiscais. No entanto, em vez de construir para morar, o grupo faz uso de laranjas para vender as unidades a preço de mercado e sem escritura pública quando o empreendi-mento é concluído. O próprio grupo faz o financiamento dos imóveis aos clientes.

“Já ouvi caso em que o comprador havia pago praticamente todo o valor negociado, cerca de R$ 200 mil, quando lhe pediram mais R$ 100 mil e ele teve que aceitar para não perder o dinheiro já desembolsado”, conta Ghisi. De acor-do com o dirigente, a fraude começou a ser realizada na cidade há cerca de dois anos.

Outro problema do setor em Tubarão – esse mais crônico – é a falta de mão de obra. Ghisi conta que, embora existam trabalhadores nordestinos sendo em-pregados por construtoras da cidade, o número é pequeno e não supre a deman-da.

“Somos uma cidade de médio porte, com 100 mil habitantes, em meio a mu-nicípios ainda menores, com 20 mil a 30 mil moradores. Então é difícil atrair es-ses trabalhadores, que preferem centros maiores”, explica o empresário. Por cau-sa da carência de mão de obra, os salá-rios no setor aumentaram cerca de 20%

nos últimos dois anos, estima Ghisi.Ele diz que uma novidade relativa-

mente recente na cidade são os “italia-nos”, ou seja, os brasileiros que mora-ram anos na Itália, alguns mais de uma década, e agora estão voltando ao Brasil por causa da crise na União Européia. “Na minha empresa tenho hoje cerca de 10 ‘italianos’ e 30 nordestinos”, afirma Ghisi.

A diferença, diz o presidente do Sin-duscon, é que os “italianos” estão acos-tumados a trabalhar dentro do sistema europeu, muito mais industrializado que o brasileiro. “Nosso sistema ainda é muito artesanal. Por exemplo, já exis-

Industrializar processos reduz déficit de mão de obra

tem máquinas de reboco disponíveis no país, mas o setor ainda prefere fa-zer o reboco da forma tradicional, com a colher. Máquinas e equipamentos como gruas e escoras metálicas são comuns na Alemanha, Itália e outros países da Europa. O serviço que faze-mos aqui com 60 pessoas, eles fazem lá com apenas 15”, conta Ghisi, que vê na industrialização da construção civil brasileira uma saída para o problema da falta de mão de obra.

Somos uma cidade de médio porte, com 100 mil habitantes,

em meio a municípios ainda menores, com 20 mil a 30 mil

moradores. Então é difícil atrair esses trabalhadores,

que preferem centros maiores

- Syvio Ghisi

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:: Itajaí:: José Carlos Santos Leal

Reeleito, Santos Leal quer inaugurar escola da construção

Precisamos ampliar a formação técnica dos

trabalhadores e a Escola da Construção Civil ajudará muito nisso

- José Carlos Santos Leal

J osé Carlos Santos Leal foi reelei-to presidente do Sindicato das Indústrias da Construção Civil dos

Municípios da Foz do Rio Itajaí - Açu (Sinduscon Itajaí) em eleição realizada no dia 9 de fevereiro na sede da enti-dade. O empresário, que está em seu terceiro mandato, ficará no cargo até 2015. Além de Leal foram eleitos para o triênio 2012-2015, os empresários Ver-ner Dietterle (primeiro vice-presidente), Flávio Mussi (segundo vice-presidente), João Bento Souza (terceiro vice--presidente), Nivaldo Pinheiro (quarto vice-presidente) e Sérgio Seixas (quinto vice-presidente).

Leal tem como meta para os próximos três anos construir e inaugurar a Escola da Construção Civil de Itajaí, unidade de treinamento que está sendo feita em parceria com o Senai para formação de mão-de-obra para o setor e irá oferecer cursos de capacitação para pedreiros,

serventes, carpinteiros e pintores. “Pre-cisamos ampliar a formação técnica dos trabalhadores e a Escola da Construção Civil ajudará muito nisso. Teremos uma unidade fixa em Itajaí que atenderá também os municípios de Navegantes, Penha e Balneário Piçarras”.

Nos próximos anos, o empresário pretende também reestabelecer o diá-logo com o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção Civil da região para que juntos eles cheguem a um acordo e assinem uma convenção coletiva que oriente as relações de tra-balho entre empregador e empregado. “É um prejuízo para os trabalhadores da construção ainda não terem uma convenção que estabeleça, por exem-plo, os reajustes que devem ser dados à categoria. Eu espero que nos próximos anos o sindicato dos empregados volte a discutir com a gente a convenção”.

Leal também quer dar continuidade

ao trabalho que vem realizando para aumentar o número de associados à entidade. Hoje são cerca de 50 filiados e a expectativa do empresário é que nos próximos anos além de construtoras e empreiteiras, outras empresas do ramo como fabricantes de produtos para o setor da construção civil também se as-sociem ao sindicato. “Para uma empresa que fabrique tintas, por exemplo, pode ser muito interessante participar do sindicato porque assim ela pode estrei-tar suas relações com as construtoras e essa aproximação pode fazer até com que ela incremente suas vendas”.

Outra conquista de Leal durante os seis anos à frente da entidade foi sanar as dívidas do sindicato e pagar mais da metade da obra da sede do Sinduscon. “Hoje temos até um caixa no sindicato, uma reserva técnica que equivale a dez meses de contribuição sindical”, avalia o presidente.

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Experiência na área, rede de contatos e momento oportuno. Foram esses os fatores que levaram a VKF Esquadrias a crescer rapidamente no mercado de Blumenau e região.

A empresa foi fundada em 2009 por Fagner Albino de Matos, responsável pela administração do negócio, Valmor Rubik, che-

fe da parte operacional, e Alexandre Kuhn, diretor comercial.“Dividimos as funções para que cada um de nós se encaixasse na empresa da melhor forma possível. O Fagner e o Valmor tra-balhavam em uma empresa do ramo na cidade. Eu era represen-tante comercial e técnico da Belmetal e fazia a região do Vale do Itajaí e Litoral Norte”, conta Alexandre. “Começamos justa-mente no ano em que as obras estavam a todo vapor e a mão de obra era escassa. Além disso, vínhamos de empresas conheci-das na região, o que também nos ajudou no início. Crescemos e nosso trabalho é reconhecido, mas sabemos que para real-mente firmar nosso nome temos muito o que enfrentar ainda.”

Para Alexandre, a principal dificuldade que uma empresa nova enfrenta no mercado é a conquista de clientes. “O mer-cado hoje é competitivo e torna-se difícil entrar nas cons-trutoras que já têm parceria de anos com outras empresas do ramo. Por outro lado, isso faz com que nos dediquemos cada vez mais para destacar a VKF no mercado de alumínio e vidro e assim conseguir novos clientes e parceiros”, afirma.

Apesar do pouco tempo de mercado, a empresa já mos-trou competência técnica. Segundo Alexandre, de todas as obras realizadas, uma em especial pode ser destacada pelo alto grau de complexidade. “O edifício Professional Center, no bairro Jardim, região central de Blumenau, é um prédio comercial com esquadrias de alumínio, fachada estrutu-ral glazing, vidro temperado e revestimento em ACM, que foi a parte mais difícil. Toda uma estrutura teve que ser criada para comportar esse revestimento. Quem conhecia o prédio anteriormente e o vê agora fica perplexo pelo que foi feito.”

Conhecer o que se fazé o grande negócio

VKF Esquadrias conquista cada vez mais clientes em Blumenau e região com sua experiência no mercado de vidro e alumínio

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Perfil

Alexandre Kuhn,Diretor Comercial da VKF Esquadrias

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:: Balneário Camboriú:: Carlos Haacke

Hora de observar ocomportamento do mercado

De 2010 para 2011, houve um au-mento de cerca de 20% no volume em metros quadrados a serem

construídos e que deram entrada para aprovação na Prefeitura de Balneário Camboriú. Em 2010, a metragem aprova-da foi de 423 mil metros quadrados, con-tra 519,7 mil metros quadrados em 2011. Em 2009, foram mais de 1.200 milhões de metros quadrados aprovados, projetos estes que ainda estão em construção.

Repetir este desempenho em 2012 não está previsto. Na avaliação do presidente do Sinduscon de Balneário Camboriú, Carlos Haacke, o que se observa é uma intenção das empresas serem mais come-didas nos novos lançamentos. “Acredito que haverá menos lançamentos este ano, em relação ao ano passado. O momento é

de observar o comportamento do mercado e comercializar as unidades em estoque”, explica.

No balanço feito por Haacke, 2011 foi um ano muito bom para a construção civil, tanto em termos nacionais quanto locais. “Nos últimos anos, a indústria da construção tem crescido sucessivamente em volume de construção. Isso se deve ao próprio momento econômico que o país vive, como também aos incentivos governamentais com linhas de crédito especiais e redução tributária a vários insumos do setor. Agora, entramos em um momento em que o mercado estabilizou, está mais equilibrado, e este equilíbrio temos que buscar também na área de oferta de mão de obra e materiais”, afirma Haacke

O mercado estabilizou, está mais equilibrado, e

este equilíbrio temos que buscar também na área

de oferta de mão de obra e materiais

- Carlos Haacke

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:: Lages:: Albraino da Silva Brazil

Na região de Lages, na Serra catarinense, o ano de 2012 começou devagar. Segundo Albraino Brazil, presidente do Sinduscon de Lages, os investimen-tos e novos projetos estão em ritmo cauteloso, desacelerado. Hoje já se

sente um equilíbrio na oferta de mão de obra qualificada, e até uma facilidade se observa no preenchimento de vagas para trabalhadores nas funções mais simples.

O fim de empreendimentos do Minha Casa Minha Vida, do governo federal, co-laborou para a situação. No entanto, após o Carnaval, Albraino Brazil acredita que aconteça uma retomada e a economia volte a se dinamizar.

“Contamos com aproximadamente 45 associados, e estamos empenhados na obtenção de novos sócios, que contribuam para o fortalecimento do empresariado na defesa de seus mais legítimos interesses”, diz Albraino.

O ano só começa depois do Carnaval

Contamos com aproximadamente 45

associados, e estamos empenhados na obtenção

de novos sócios

- Albraino da Silva Brazil

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:: São Miguel do Oeste:: Ivo Bortolossi

Alguns fatores em 2011 foram deter-minantes para dificultar a execu-ção de empreendimentos na cons-

trução civil, com a qualidade desejada. Uma certa euforia do mercado, sempre com necessidade de mais lançamentos, contribuiu para dificultar a manutenção da qualidade construtiva absolutamente dentro dos padrões adequados.

O presidente do Sinduscon, Ivo Bor-tolossi, vem trabalhando com a colabo-ração de toda a diretoria, para conseguir superar as dificuldades regionais e garantir a execução de projetos de forma que atendam todas as exigências técni-cas. Para qualificar a mão de obra, existe iniciativa em desenvolvimento, via CDIC (Câmara de Desenvolvimento da Indús-tria da Construção) para viabilizar cursos junto ao SENAI com valores subsidiados,

facilitando às empresas a inclusão de seus colaboradores, utilizando, no se-gundo semestre, o caminhão-escola, já disponível no Estado.

“Uma certa desaceleração, pode ser importante para que o mercado volte a ter um equilíbrio entre a oferta e a procura, tanto de suprimentos de materiais quanto na disponibilidade de mão de obra adequada, considerando que a expectativa para 2012, é de que os demais fatores como nível de emprego, financiamentos, crescimento da econo-mia e investimentos no setor não sejam prejudicados”, afirma o presidente.

Ivo Bortolossi destacou, ainda, a aplicação do Plano de Desenvolvimento Associativo (PDA), que apresentamos a seguir, visando atender aos mais impor-tantes objetivos dos Sindicatos.

Euforia do mercado joga contra a qualidade

O que é o PDA?O Programa de Desenvolvimento Asso-ciativo (PDA) realizado pela Federação das Indústrias do Estado de Santa Ca-tarina (FIESC) e apoio da Confederação Nacional da Indústria (CNI) tem o objetivo de ampliar a representatividade e a sus-tentabilidade dos sindicatos industriais, por meio de uma atuação integrada das entidades do Sistema FIESC. Os projetos desenvolvidos no âmbito do PDA visam modernizar os sindicatos e fortalecer sua capacidade de ofertar produtos e servi-ços que proporcionem ganhos de compe-titividade para as indústrias.

Linhas de açãoCom base nas melhores práticas de as-sociativismo, e para enfrentar de forma direta o desafio de ampliar a represen-tatividade e a sustentabilidade dos sin-dicatos, os projetos do PDA estão estru-turados em duas linhas: modernização sindical e fortalecimento empresarial.

Modernização SindicalA linha de Modernização Sindical visa proporcionar aos sindicatos melhores condições para se relacionar com sua base industrial. Esta linha, composta por uma série de projetos, subdivide-se em três áreas:

Capacitação• Aprimorar habilidades de liderança e negociação, entre outras.• Fomentar a cultura do associativismo.• Subsidiar o processo de profissionaliza-ção da gestão sindical.

Planejamento e Gestão• Desenvolver softwares para a gestão sindical.• Estimular o planejamento estratégico dos sindicatos.• Otimizar arrecadação das contribuições sindicais.

Marketing Associativo• Promover maior aproximação entre o Sistema FIESC e as empresas.• Sensibilizar as empresas para a impor-tância do associativismo e estimular suaparticipação em temas relevantes.• Criar novos canais para divulgação das ações e serviços do sindicato.

Fortalecimento EmpresarialEsta linha envolve projetos que podem, com a participação dos sindicatos, pro-piciar ganhos de competitividade para a base industrial.Objetivos• Oferecer às empresas serviços que atendam suas necessidades e as atraiam paraa base de associadas.• Estruturar redes de parcerias e de infor-mações estratégicas.

Uma certa desaceleração, pode ser importante para

que o mercado volte a ter um equilíbrio entre a

oferta e a procura

- Ivo Bortolossi

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:: Joinville:: Luis Carlos Presente

A região de Joinville, também se beneficia com o bom momento da economia brasileira. A Copa

do Mundo e as Olimpíadas no Brasil, o incentivo para a área habitacional, o desenvolvimento industrial regional (como o exemplo da 2ª fase da GM), a forte contribuição do setor de Serviços, a implantação da UFSC na cidade, tem proporcionado um crescimento do poder aquisitivo da classe média.

A estimativa é de que o setor da construção civil continue crescendo e que 2012 seja tão bom quanto 2011. A expansão brasileira do setor no ano passado foi de 4,8%, já sobre uma base de crescimento elevada de 11,6% em 2010.

“O alto padrão salarial dos profissio-

nais da construção civil, as iniciativas de treinamento através do SENAI, o suporte assistencial através do Seconci e Plano da Unimed, além de cursos de segurança, tem proporcionado uma garantia de suprimento de mão de obra, compatível com as necessidades. A rotatividade é entre os empreiteiros do próprio segmento, por mudança de local das obras, sem perdas de profissionais já treinados”, afirma Luis C. Presente, presidente do Sinduscon de Joinville.

“Observamos um salutar equilíbrio no mercado, mesmo com empresas de fora se instalando na região, em alguns casos trazendo seus próprios colabora-dores, contribuindo para acelerar todo o sistema econômico do norte do Estado”, diz.

Expectativa de um bom ano na região Norte

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:: Grande Florianópolis:: Helio Bairros

Confiança na economia alavanca o setor

O nível de confiança do brasileiro no futuro da

economia continua alto e isso tende a alavancar o

setor da construção civil.

- Helio Bairros A expectativa é de crescimento para o setor da construção civil em 2012. O presidente do Sinduscon

da Grande Florianópolis, Helio Bair-ros, avalia que se permanecer o atual cenário econômico, em que se registra aumento na oferta de crédito, tendência de queda na taxa de juros e inflação sob controle, esse será um ano bastante produtivo para a cadeia da construção civil.

“O nível de confiança do brasileiro no futuro da economia continua alto e isso tende a alavancar o setor da construção civil. Está sendo esperado um aumento no volume total de crédito imobiliário na ordem de 30% a 35% em comparação com o ano anterior. Com mais dinheiro disponível para financiamentos, a ten-dência é que o setor continue aquecido”, afirma.

Em 2011, segundo a Associação Brasileira de Crédito Imobiliário e Pou-pança (Abecip) as concessões de crédito imobiliário com recursos da caderneta

de poupança chegaram a R$ 80 bilhões e para este ano a previsão é que sejam disponibilizados para financiamentos imobiliários mais de R$ 100 bilhões.

“O setor da construção civil represen-ta cerca de 5% do PIB brasileiro, mesmo se a economia encolher ou se mantiver estável a cadeia produtiva da cons-trução deve se manter aquecida com o programa Minha Casa, Minha Vida e com investimentos vindos do exterior”, comenta o presidente do Sinduscon da Grande Florianópolis.

Hélio Bairros avalia ainda que o cres-cimento do setor também está associa-do a uma mudança de comportamento do brasileiro. “O consumidor está cada vez mais procurando investir em imóveis porque essa é uma das aplicações que oferece maior rendimento no mercado. Enquanto quem investe em poupança tem um retorno de cerca de 7% ao ano quem investe em imóveis tem uma valo-rização de sua propriedade de cerca de 20% ao ano”.

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Uma excelente oportunidade para os empreendedores da Constru-ção Civil, é a massa de estrangei-

ros que chegam ao Brasil buscando uma alternativa para fugir dos mercados em crise. São milhares de pessoas, vindas dos mais diversos paises, querendo en-contrar melhores condições de vida.

O mercado imobiliário que atualmen-te já opera em condições favoráveis, tem mais esta área para organizar em seus departamentos de Marketing e Comercial, visando atender a mais esta possibilidade, e planejar investimentos

considerando o potencial destes novos compradores.

Empresas da área do Petróleo, da Tecnologia de Ponta, da Indústria Auto-mobilística, de Máquinas e Equipamen-tos, etc., para garantir suas operações no país, tem que importar mão de obra especializada para completar seus quadros técnicos e operacionais. Tanto agora, quanto no futuro é necessário que este filão seja considerado no pla-nejamento das empresas do setor. Sair na frente é um trunfo que sempre deve ser estrategicamente considerado.

Estrangeiros radicados no Brasilinvestem no mercado de imóveis

Como uma segunda pátria, O Brasil setransforma em alternativa parainvestimentos imobiliários.

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Empregos | Escolas | Cursos

A partir desta nona edição, passaremos a informar para algu-mas regiões do Estado, alguns sites, endereços e/ou telefones, visando facilitar o encontro entre as partes interessadas, para

atender a demanda dos trabalhadores por emprego, e das escolas que oferecem cursos para a formação profissional.

Região de Florianópolis - O SENAI está disponibilizando um site, onde todos os alunos e ex-alunos, podem se informar sobre vagas disponíveis na sua região respectiva: www.senaimaiscompetitivida-de.com.br

No site www.sinduscon-fpolis.gov.br, também é possível se cadas-trar e concorrer a vagas disponibilizadas.

Região de Balneário Camboriú

Região de Itapema

Região de Itajaí

Região de Joinville

Região de Brusque

Região de Blumenau

Região de Criciúma

Região de Chapecó

Região de Jaraguá do Sul

www.sindusconbc.com.br

www.sindusconitapema.com.br

www.sindusconitajai.com.br

www.sinduscon-joinville.org.br www.sindusconbq.com.br

www.sindusconbnu.org.br

www.sindusconcriciuma.com.br

www.sindusconchapeco.com.br

(047) 33671234

(047) 33686283

047) 32410300

(047) 34252288

(047) 33550557

(047) 33399000

(048) 3438-3104

(049) 3322-5958

(047) 32757050

Vagas de trabalho pelo Estado

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Histórias de Vida

Inbrasul contrata e treina 17 imigrantes do país do Caribe que estavam no Acre e eles se destacam nas obras em Navegantes

Haitianos em busca da redenção

O casal de haitianos Josias Mirvil e Genica Thelemaque decidiu vir para o Brasil em busca de uma

vida melhor. A cidade em que moravam foi devastada, em 2010, pelo maior terre-moto registrado no Haiti quando mais de 500 mil pessoas ficaram desabrigadas. Eles chegaram ao Brasil como ilegais e, no Acre, tentaram regularizar sua situa-ção e encontrar um emprego. Passaram por muitas dificuldades até que fossem contratados por uma empresa brasileira. A história do casal e dos mais de quatro mil haitianos que vieram morar no Brasil, nos últimos anos, sensibilizou os pro-prietários da construtora e incorporadora Inbrasul de Navegantes.

“A empresa tinha 20 vagas de trabalho em aberto há dois anos e não conse-guia mão-de-obra em Navegantes para trabalhar. Ao assistir uma reportagem na televisão sobre os imigrantes haitianos, que vieram morar no Brasil, os proprietá-rios da construtora se solidarizaram com a situação deles no Acre e resolveram trazê-los para trabalhar em suas obras em Santa Catarina”, afirma Geruza Pauli-na, corretora de imóveis da empresa.

Karen e Alexandre Dias, proprietários da Inbrasul, entraram em contato com a

Secretaria de Assistência Social do Acre e viajaram até Brasileia, cidade que fica a mais de 200 km da capital Rio Branco, para conhecer os imigrantes. A princípio eles queriam contratar 10 trabalhadores, mas ao conhecer a realidade de vida de-les resolveram oferecer emprego para 17 haitianos, entre eles Mirvil e Genica.

Os imigrantes contratados já eram pedreiros, carpinteiros e serventes no Haiti e isso motivou a construtora a escolhê-los. Além disso, a Inbrasul optou por contratar trabalhadores que falavam outras línguas, além do francês e do dia-leto local haitiano, o crioulo. Do grupo de 17 imigrantes, seis deles falam também espanhol e isso facilita a comunicação entre eles e os funcionários brasileiros.

“As técnicas de construção no Haiti são diferentes das que são usadas no Brasil, por isso antes de começar a tra-balhar eles passaram por um treinamen-to. Neste primeiro mês de trabalho, já é possível perceber no dia a dia que eles são muito esforçados e isso tem feito com que eles se destaquem nas obras”.

Os imigrantes foram contratados pelo mesmo salário que a construtora paga aos funcionários brasileiros que desem-penham a mesma função, cerca de R$

950. Eles têm carteira assinada, plano de saúde e ainda contam com auxílio alimentação e moradia, benefícios que não dispunham quando trabalhavam no Haiti. “Todos eles estão morando em uma casa alugada pela construtora até que possam se instalar de fato na cidade. Genica é quem limpa e cozinha na casa”, afirma Gerusa.

A maior parte dos trabalhadores tem entre 30 e 36 anos, deixou a família no Haiti e pretende enviar todos os meses parte do salário para ajudar os fami-liares no país. “Muitos saíram do Haiti depois do terremoto de 2010 e têm interesse em trazer toda a família para vir morar no Brasil, mas os custos das passagens são caros. Custam em média US$ 3 mil”.

Essa foi a primeira vez que a Inbrasul contratou imigrantes para trabalhar em suas obras e segundo Gerusa se houver a necessidade de mão-de-obra, a constru-tora poderá empregar mais estrangeiros. “A princípio o nosso quadro de funcio-nários está completo, mas pela boa experiência que estamos tendo com os funcionários haitianos se precisarmos de mais gente poderemos contratar outros imigrantes”.

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Município litorâneo se consolida como o terceiro maior destino turístico de Santa Catarina

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Atrações Turísticas

no verão 2012

Itapemase destaca

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Em toda a cidade, ainda com boa mobilidade

urbana, lindos e modernos prédios se destacam na avenida principal e na

região próxima às praias

O futuro está sendo construído no terceiro maior destino turístico de Santa Catarina. Com uma população fixa em torno de 48 mil habitantes, e que na temporada de verão pode chegar a 170 mil, Itapema é uma cidade que se destaca no litoral catarinense.

Próxima a Balneário Camboriú e distante apenas 59 km de Floria-nópolis, pela BR-101 duplicada, Itapema possui uma orla de 14 km de praias de águas limpas. O município dispõe de um sistema privado de água e esgoto que está proporcio-nando um impacto positivo de ações sustentáveis na vida dos moradores.

Ainda em implantação, o parque calçadão permite a todos, morado-res e turistas, desfrutarem de uma temporada do mais alto padrão de conforto, de agito, badalação, gas-tronomia e saúde à beira-mar.

Em toda a cidade, ainda com boa mobilidade urbana, lindos e moder-nos prédios se destacam na avenida principal e na região próxima às praias. Neste verão 2012, certamen-te, esta charmosa cidade vai deixar saudades para milhares de turistas.

Há obras em que o conceito de sustentabilidade está nos detalhes, com áreas internas projetadas para receber o máximo de luz natural; cozinha equipada com coletor de óleo para evitar o despejo na rede de esgoto, e há ainda condomínios que são beneficiados por meio de placas que alimentam o sistema implantado para o aquecimento da água da pis-cina e de dentro dos apartamentos, o que gera economia na utilização de energia.

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Atrações Turísticas

Quem percorre os caminhos do Sul descobre, nas dobras do interior e no povo ímpar que as habita, um jeito italiano que surpreende e agrada. Maior corrente migratória recebida pelo estado, os italianos repre-sentam quase 65% da população catarinense.

Existem colônias italianas ao nor-te e oeste do estado, mas o principal e mais homogêneo reduto italiano de Santa Catarina fica no sul. Lá, degustar um bom vinho, comprar produtos caseiros, apreciar dialetos e canções tradicionais são prazeres simples que gratificam o visitante.

Urussanga é a capital da “Pequena Itália”. Sede da Festa do Vinho é uma agradável cidadezinha, salpicada de casas coloniais e cantinas transfor-madas em simpáticos restaurantes

caseiros. A réplica da “Pietá” de Michelangelo, doada pelo Vaticano e exposta no interior da Igreja Matriz, é outra atração da localidade.

Em Orleans, o Museu ao Ar Livre preserva casas, engenhos e equipa-mentos dos primeiros imigrantes e a Via Sacra foi arrancada da rocha pelo escultor Zé Diabo. Em Nova Veneza, a atração é a antiga casa da Família Bratti, o mais excepcional conjunto arquitetônico feito em taipa de pedra da região.

Complementam o circuito os mu-nicípios de Criciúma, Pedras Gran-des, Treze de Maio, Sangão, Morro da Fumaça, Cocal do Sul, Siderópolis, Forquilhinha, Maracajá, Morro Gran-de, Meleiro, Turvo e Jacinto Macha-do. Jeitos e rostos de um mundo simples, com sabor italiano.

A pequena Itália

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Nova Trento destaca-se por possuir o Santuário Santa Paulina, que tem a melhor opção para quem procura o turismo religioso.

O Santuário é um parque ecoló-gico, onde você pode durante todo o dia passear, rezar, contemplar a natureza através de flores, plantas, cachoeiras, animais, pássaros e belas trilhas.

Em cada espaço você sentirá a presença de Santa Paulina, através dos marcos histórico dedicados a ela. Além é claro da acolhida e aten-dimento das Irmãzinhas da Congre-gação fundada por Santa Paulina.

Mas foi a canonização de San-ta Paulina que tornou Nova Trento

mundialmente famosa – por ser a primeira Santa do Brasil e a primei-ra de sua cidade de origem, Vígolo Vattaro, na Itália. Ela veio na primeira leva de imigrantes e viveu pratica-mente toda a sua vida na cidade, na localidade batizada de Vígolo, a 6 quilômetros do centro. Todos os meses, mais de 30.000 visitantes vão à Nova Trento, e especialmente a Vígolo, para rezar a Santa Paulina e agradecer por graças alcançadas.

O Complexo também oferece ao devoto uma estrutura de qualidade, com inúmeros restaurantes, lojas e hotéis que possibilitam a todos aqueles que visitam o Santuário des-frutar de uma boa estadia.

O santuárioO Complexo Turístico Cristo Luz

nasceu da iniciativa de um empre-sário do ramo turístico de Balneário Camboriú, Mário Luiz Pretto, deci-dido a realizar uma nova atração turística na cidade, em parceria com o poder público.

A inauguração do monumento foi realizada no dia 04 de outubro de 1997 e está localizado em um dos pontos mais altos de Balneário Camboriú, à 155 metros de altura. O monumento “Cristo Luz” possui 33 metros de altura, 22 metros de largura e pesa 528 toneladas. Foi esculpido de forma artesanal em argamassa, e construído em ferro, aço e cimento.

O Cristo Luz possui característi-cas singulares que surpreendem a todos os visitantes. Todas as noites, as pessoas que passeiam pela área central de Balneário Camboriú, po-dem apreciar as luzes multicoloridas do monumento, atração inédita no Brasil. De braços abertos, o Cristo segura em sua mão esquerda o sím-bolo do sol que “ilumina e abençoa toda a cidade e seus turistas”. Esse aparelho conta com um equipamento de luz de 6,6 mil W e se divide em 24 raios através de um jogo de espelhos – ampliando a potência para 8 mil watts – que gira em um ângulo de 180º e atinge um raio de 15km.

A roupagem do monumento também é destaque com iluminação especial. O sistema italiano com alta tecnologia ilumina todo o corpo do Cristo. O equipamento possui lâmpadas de 1.800 w cada com sete combinações de cores.

Cristo Luz

Cristo Luz

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Atrações Turísticas

A natureza dá o tom do litoral catarinense. São 500 Km de praias, emoldurados por lagoas, rios, montanhas e exuberante Mata Atlântica. Da mansa Baía da Babi-tonga, na fronteira com o Paraná, até as longas praias de mar aberto ao sul de Araranguá, descortina-se um cenário fascinante de águas claras, areias brancas e muito verde.

A Ilha de São Francisco, no Extremo-norte, abriga a mais antiga povoação catarinense. Fundada por fran-ceses em 1504, São Francisco do Sul guarda invejável patrimônio histórico e um jeito próprio que fascina. Com mais de 40 mil habitantes, é terra de pescadores e marinheiros. A Baía da Babitonga, sobre cujas águas se debruça a cidade, é um paraíso náutico através do qual se chega aos 13 balneários do município e às inúmeras ilhas onde a natureza impera soberana. Pela Lagoa de Saguaçu alcança-se Joinville, a maior cidade do estado e marco da imigração alemã.

O litoral catarinense tem jeito açoriano. As canoas coloridas e as redes, a comida, os rostos e sotaques re-metem ao arquipélago português. Os imigrantes vieram em busca do óleo de baleia e criaram cidades como Bar-ra Velha, Piçarras, Penha e Armação. Na antiga terra dos índios carijós surgiu também Itajaí, que hoje tem 184 mil habitantes. O parque temático Beto Carreiro World, no Balneário de Penha, é a maior atração turística da região, juntamente com as belas praias e a herança histórica de São Francisco do Sul.

Um Litoral Mágicode Norte a Sul

Uma terra de mil jeitos. Jeitos de natureza e jeitos humanos. Situada ao Sul do Brasil, entre os estados do Paraná e Rio Grande do Sul, Santa Catarina recusa defi-nições. Este pequeno estado brasileiro, com pouco mais de 6 milhões de habitantes, reúne em seus singelos 95,4 mil km² uma diversidade tal de cenários e gentes que deslumbra os que o visitam. Praias de areia branca, ma-tas tropicais e serras nevadas. Pescadores açorianos, agricultores italianos e industriais alemães. Uma terra de belos e definitivos contrastes, e por isto mesmo tão fascinante.

Na economia, estes contrastes se repetem. Uma agricultura forte, baseada em minifúndios rurais, divide espaço com um parque industrial atuante. Indústrias de grande porte e milhares de pequenas empresas espa-lham-se pelo estado, ligadas aos centros consumidores e portos de exportação por uma eficiente malha rodo-viária. Estradas que também incrementam o turismo, vocação inata do pequeno estado, hoje terceiro maior pólo turístico nacional.

O equilíbrio e dinamismo da economia catarinense refletem-se nos elevados índices de crescimento, alfa-betização, emprego e renda per capita, muito superiores à média nacional. Números que surpreendem e comple-mentam o perfil fascinante de um dos mais produtivos e belos estados brasileiros.

Os jeitos da terra

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Situado no Pontal Norte da Avenida Atlântica, em Balneário Camboriú, de frente para o mar e com ampla área de lazer e aparta-mentos aconchegantes e confortá-veis o Marambaia Cassino Hotel & Convenções dispõe de espaços per-feitos para sediar os mais variados eventos ou mesmo para inesquecí-veis férias em família.

São três piscinas, incluindo uma térmica coberta, fitness center, sala de jogos, estacionamento com manobrista, Bar e Restaurante Internacional e um atendimento diferenciado.

O Marambaia Cassino Hotel & Convenções, já na década de 60

anunciava com sua estrutura origi-nal e inovadora, que a cidade seria um dos grandes pólos turísticos do estado. Aproveitando incentivos do governo para o turismo na região, Dr. Osmar Nunes e alguns sócios, adquiriram o terreno onde hoje se encontra o hotel. Na época a cidade se caracterizava por conter raras residências e acesso precário à praia. Mesmo assim em 1962, as obras são iniciadas.

Em novembro de 1964, ele é inaugurado, sendo o primeiro hotel com formato arredondado do mundo, segundo o Correio do Povo de 7 de março de 1967. Este formato acaba por lhe proporcio-nar um impressionante Hall social. Iniciou suas atividades com cerca de 30 funcionários, sendo que o setor administrativo funcionava em Itajaí.Visitado por grandes artistas,

Descubra o Marambaia

políticos e famosos, o Marambaia foi se consagrando com um ícone de hospedagem no litoral catari-nense.

Com o desenvolvimento da cidade a estrutura física do Hotel foi ampliada. O arquiteto da época sugeriu que o prédio anexo fosse construído na forma de um “livro aberto”, sendo que a união dos blocos redondo e anexo aconteceu em 1980. Além disso, possui uma grande área social, com piscina interna climatizada, piscinas exter-nas, salão de jogos, fitness center, Bar Vienense, Marambaia Gourmet, lazer programado para tempora-da, entre outros. O seu centro de convenções oferece infra-estrutura para realização de diversos tipos de eventos e uma equipe de profissio-nais altamente qualificados para um atendimento especializado.

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Atrações Turísticas

Para quem deseja passar um domingo diferente, o passeio de Maria fumaça é uma ótima opção. Na temporada de verão o passeio acontece no último domingo do mês, com o roteiro de Tubarão a Jaguaruna e Imbituba, e no período de inverno de Tubarão a Urussanga e Siderópolis.

A cidade de Tubarão, foi cria-da em 27 de Maio de 1870, e sua localização é privilegiada, próxima ao mar, a serra e às águas termais. É cortada pela rodovia BR-101 e pelo rio Tubarão, de sul a leste, que em seu percurso vai desembocar na Lagoa Santo Antonio, em Laguna. É a segunda cidade em população no sul do Estado, com 97.281 habitan-

Passeio de Maria Fumaçates, sendo assim importante pólo comercial da região. Tem sua prin-cipal atividade econômica ligada ao comércio, à agricultura e à pecuá-ria, com destaque também para empresas do setor de cerâmica. É a cidade sede da Unisul - importante universidade de Santa Catarina. Conta com duas estâncias termais: da Guarda e do Rio do Pouso.

Tubarão apresenta também uma ótima infraestrutura urbana, ho-teleira e gastronômica, possuindo diversos atrativos culturais, além da locomotiva a vapor, o Centro Municipal de Cultura, o Museu Fer-roviário e o museu Willy Zumblick, que abriga parte da obra do artista plástico tubaronense.

Tubarão apresenta também uma ótima

infraestrutura urbana, hoteleira e gastronômica,

possuindo diversos atrativos culturais, além

da locomotiva a vapor

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Ponte Hercílio LuzO governo de Santa Catarina pode-

rá captar, com base na Lei Rouanet, R$ 75 milhões para recuperação da Ponte Hercílio Luz. A garantia foi dada na última quarta-feira (18) pela ministra da Cultura, Ana de Hollanda, aos secretários de Turismo, Cultura e Esporte, Cesar Souza Junior, e de Infraestrutura, Valdir Cobalchini, du-rante audiência de quase duas horas em Brasília.

Segundo Cesar Souza Junior, a au-torização para captação dos recursos será dada entre os dias 12 e 14 de março, durante reunião do Conselho Gestor da Lei Rouanet, que se rea-lizará em Florianópolis. A partir daí, antecipa o secretário, os governos estadual e federal farão uma grande mobilização junto ao empresariado. “Vamos procurar a Fiesc para explicar o projeto”, disse, informando que o secretário executivo do Ministério da Cultura virá a Santa Catarina prestar todas as informações.

Até agora, a autorização para captação de recursos da Lei Rouanet de valor mais elevado foi de R$ 50 milhões, para a restauração do Teatro Municipal do Rio de Janeiro, informou Cesar Souza Junior, satisfeito com a reunião com a Ministra. Também par-ticiparam da audiência o presidente da Fundação Catarinense de Cultura, Joceli de Souza e os presidentes do Instituto do Patrimônio Histórico e Ar-tístico Nacional – Iphan e do Instituto Brasileiro de Museus – Ibram

O projeto de Santa Catarina foi ca-dastrado no Ministério da Cultura em novembro de 2011 e prevê a captação de recursos para a primeira etapa da restauração do vão central da Pon-te Hercílio Luz. Chamada de ponte segura, essa etapa inclui a conclusão da construção das estacas de susten-tação e a plataforma que manterá a ponte no lugar durante a substituição das barras de olhais. O custo total do projeto passa de R$ 170 milhões.

O projeto de Santa Catarina foi cadastrado no Ministério da Cultura

em novembro de 2011 e prevê a captação de

recursos para a primeira etapa da restauração do

vão central da Ponte Hercílio Luz

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CREA

Responsabilidade com a sociedade

O Conselho Regional de Enge-nharia, Arquitetura e Agrono-mia de SC realizou no dia 20

de janeiro a solenidade de posse do novo presidente gestão 2012/2014, Eng. Civil e Seg. Trab. Carlos Alber-to Kita Xavier, da diretoria exercício 2012, coordenadores de câmaras especializadas e dos novos conse-lheiros, além da diretoria da Mútua Caixa de Assistência dos Profissio-nais do CREA-SC.

A cerimônia aconteceu na Fe-deração das Indústrias de Santa Catarina - FIESC, após o encerra-mento do 6º SEC – Seminário Esta-dual de Conselheiros e contou com a presença do Presidente do CON-FEA, Eng. Civil José Tadeu da Silva; do prefeito de Florianópolis, Dário Berger; do prefeito de São José,

Eng. Civil Djalma Berger; do Secre-tário de Educação, Eng. Sanit. Mar-co Tebaldi; do Superintendente do IPUF, Eng. Civil José Carlos Rauen e dos presidentes dos CREAs RJ, PR, MS e RS, entre outras autori-dades empresariais e classistas da região. A eleição da nova diretoria (gestão 2012) foi realizada no dia 20 à tarde durante a primeira reu-nião plenária do ano.

O presidente do CREA-SC falou da responsabilidade e compromis-so do CREA não só com os profis-sionais, mas com a sociedade. “A responsabilidade transcende os li-mites da entidade. Trata-se de um compromisso moral: a defesa dos profissionais do setor tecnológico e da sociedade catarinense”, afirmou Carlos Alberto Kita Xavier. Ele dis-

se também que o seu compromisso será com a ética, com a transpa-rência, com um CREA proativo, com a valorização dos profissionais, das entidades de classe e dos em-pregados do Conselho.

Kita Xavier ressaltou, ainda, a coletividade como essência maior do Conselho, representada pelos profissionais nele registrados, di-rigentes, conselheiros, inspetores, funcionários, associações, sindica-tos e as instituições de ensino. “É com estes que irei conviver e traba-lhar para o fortalecimento do Sis-tema Confea/Crea e a melhoria da qualidade dos serviços”, disse

O engenheiro destacou, também, as conquistas e melhorias da últi-ma gestão. “Venho para consolidar a obra transformadora do presi-

Gestão 2012/2014 terá na presidência o engenheiro Carlos Alberto Kita Xavier, que destacou na sua posse o compromisso moral da entidade

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NOVA DIRETORIA CREA-SC

Eng. Civil e Seg. Trab. Carlos Alberto Kita Xa-vier - Presidente Gestão 2012-2014

Diretoria CREA-SC 2012Eng. Agr. Felipe Penter

1º Vice-Presidente Eng. Eletric. João Reus de Camargo

2º Vice-Presidente Eng. Civ. João Oliveira

1º Secretário Tec. Agropec. Edson Carlos de Quadra

2º Secretário Tecnol. Eletromec. Claudemir Rogério Oldoni

3º SecretárioEng. Seg. Trab. Nelton Luiz Baú

1º Tesoureiro Eng. Civ. Evaldo Cavalli

2º Tesoureiro

Diretoria Da Mutua-Sc Gestão 2012-2014Eng. Agr. Luiz Carlos Coelho Diretor Geral da Mútua-SCEng. Civ. Jacques Zeitoune

Diretor AdministrativoEng. Civ. Laércio Domingos Tabalipa

Diretor Financeiro

dente Raul Zucatto com quem tive a mais vigorosa experiência políti-ca da minha vida. Minha proposta é uma gestão participativa e aber-ta ao diálogo, em que o foco será o nosso maior patrimônio: a vida das pessoas”, afirmou.

Outro grande desafio da gestão é manter o padrão de atendimento, dinamizando muito mais o serviço com a informatização dos traba-lhos e avançando sempre na fisca-lização, intensificando a atuação em cada região do estado, tanto

em edificações públicas como pri-vadas, proporcionando maior segu-rança e qualidade de vida à socie-dade.

Seminário de Conselheiros – No dia 19 de janeiro, o Conselho reali-zou o 6º SEC – Seminário Estadual de Conselheiros, no auditório do CREA-SC, com o intuito de infor-mar os profissionais que iniciam o mandato e conscientizar os que já estão no cargo, sobre as funções que serão desempenhadas e sua importância social.

O conselheiro tem a função de julgar os casos de infração no âm-bito de sua competência especí-fica, analisar e deferir os pedidos de registros de profissionais, de empresas, entidades de classe e de instituições de ensino, além de elaborar as normas para fiscaliza-ção das modalidades profissionais.

Na programação do evento cons-taram também palestras sobre éti-ca profissional, legislação do Sis-tema Confea/Crea e procedimentos operacionais.

“A responsabilidade transcende os limites da entidade. Trata-se de um

compromisso moral: a defesa dos profissionais do setor tecnológico e da sociedade catarinense”

- Carlos Alberto Kita Xavier

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Lazer

Piratuba é um dos destinos turísticos

mais procurados no Estado de Santa

Catarina

Conhecida pelas sulforosas águas termais, com tempe-ratura de 38,6 graus, ampla

estrutura para os turistas e de excepcional qualidade. É uma ótima opção para lazer e entretenimento o ano todo e ao banhar-se percebe-se a pele “aveludada”, com a sensação de cremosidade.

E é para que você aproveite esse destino imperdível que o Thermas de Piratuba Park Hotel oferece uma excelente estrutura de lazer com piscinas internas aquecidas ou piscina externa, saunas, aptos com banheiras e sacadas com vista para a Natureza, coffee shop na área das piscinas, servindo deliciosos lanches e bebidas, sala de TV, playground, sala de recreação para crianças, traslado cortesia até o Parque Ter-mal, estacionamento gratuito e uma localização privilegiada. Gastronomia - Diárias com pensão completa (café da manhã, almoço e jantar) com ênfase nas noites te-

máticas. Acompanhado por nutri-cionista, garantindo a qualidade e o sabor já conhecido e aprovado pelos hóspedes.Espaço Wellness – Dedica-se a es-sência do bem estar. Espaço voltado ao relaxamento e para despertar a recuperação de energias, através das maravilhosas massagens, banhos de ofurô, consulta com nutricionista e SPA dos pés.Eventos - espaços físicos que podem ser utilizados nos mais variados ti-pos de eventos, convenções, confra-ternizações empresariais, casamen-tos, festas de aniversários, além de realizações de pequenas reuniões.Passeios Opcionais - Reviver a histó-ria de Piratuba sobre os trilhos na Maria Fumaça. Visitar a Usina Hidre-létrica de Machadinho, a maior Usina de Santa Catarina. E especialmente para quem gosta da tranqüilidade e da natureza, o passeio da Rota do Engenho com visitas na igreja matriz, casa colonial e o parque ecológico.

Thermas de Piratuba Park HotelBem estar sempre!

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Como forma de combater o altíssimo índice de rein-cidência criminal - que em Santa Catarina chega a 70% - e promover a cidadania, desde 2008 o

Instituto Com Viver desenvolve o Projeto Recomeçar. Além do trabalho de qualificação profissional e de es-

tímulo ao desenvolvimento de habilidades psicológicas e sociais, o Instituto está estabelecendo parcerias para treinamento e qualificação de presos na área da cons-trução civil em 2012.

Sabe-se que, hoje, este é um setor deficitário de mão de obra. Enquanto as construções se multiplicam por todo o Estado, aproveitando o momento favorável da economia, está sendo necessário importar funcionários de outras regiões, opção que nem sempre se demonstra adequada.

O trabalho desenvolvido pelo Com Viver tornará possível para os futuros egressos do sistema prisional adquirir capacitação técnica, mas, também, trabalhar suas possíveis dificuldades que o afastamento social e as condições de vulnerabilidade da maioria dessas pessoas impõem.

Projeto visa à capacitação depresos para a construção civil

Instituto Com Viver quer firmar parcerias com empresas para

treinar detentos para reduzir o déficit de mão de obra no setor e

promover a reinclusão social

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Responsabilidade Social

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CONSTRUINDO SANTA CATARINA 81

Ao se concretizar, o Projeto Recomeçar trará enor-mes benefícios não só à população catarinense que, oferecendo uma segunda chance a estas pessoas, verá a diminuição da reincidência criminal; mas também ao setor da construção civil, fornecendo mão de obra qua-lificada para o trabalho e aos ex-presos, que terão esta grande oportunidade.

Algumas importantes parcerias já estão alinha-das, mas, o Instituto ambiciona aumentar o alcance do projeto. Mais do que construir obras físicas, a sua empresa pode ajudar o Com Viver na construção de uma nova realidade. Como o Instituto Com Viver é reconhe-cidamente uma entidade de interesse público (OSCIP), doações feitas ao projeto podem ser deduzidas do im-posto de renda das pessoas jurídicas, nas especificida-des da Lei 9249/95 (que passou a enquadrar as OSCIPs de acordo com a Medida Provisória 2113-32, de 21 de junho de 2001, artigos 59 e 60).

Entidade privada sem fins econômicos, o Instituto Com viver foi formado em 2008 por uma equipe multi-disciplinar preocupada em promover a cidadania e a inclusão de pessoas em situação de vulnerabilidade social. O objetivo do Instituto é ajudar estes indivíduos a conquistarem sua autonomia e resgatarem seu prota-gonismo, trabalhando seu processo emancipatório. Em 2009, pela relevância de seu trabalho, o Com Viver rece-beu a qualificação de Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP).

Outra ação do Instituto Com Viver, iniciada em 2011, é o Projeto CINE DEBATE, que tem como objetivo prin-cipal o debate de temas relacionados à promoção da cidadania e defesa de direitos, com enfoque a pessoas e grupos em situação de vulnerabilidade e risco social, como forma de mobilização e conscientização da função co-partícipe de cada um na formação de uma sociedade verdadeiramente cidadã.

Espera-se, a partir dessa iniciativa, que os partici-pantes sintam-se motivados a agir como fomentadores de novas reflexões em seus círculos sociais, mobilizan-do amigos, colegas de trabalho, familiares e conhecidos em geral para a importância de uma nova construção de significados e sobre a participação de cada um na promoção da cidadania e tomada de posição frente aos problemas sociais que existem em nosso país, contri-buindo de forma direta e indireta na construção de uma cultura de aceitação das diferenças, defesa de direitos, acolhimento, inclusão social e convivência.

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Cine Debate

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Maior regata de volta ao mun-do do planeta, a Volvo Ocean Race (VOR) passa por Itajaí

em abril de 2012. Será a 11ª edi-ção da VOR, que terá início no porto espanhol de Alicante em novembro de 2011, terminando em Galway, na Irlanda, em julho de 2012. Durante os nove meses de competição, as equi-pes velejarão mais de 39 mil milhas náuticas pelos mares de Cape Town (África do Sul), Abu Dhabi (Emirados Árabes), Sanya (China), Auckland (Nova Zelândia), ao redor do Cabo Horn até Itajaí, Miami (EUA), Lisboa (Portugal) e Lorient (França).

Em Itajaí as etapas da VOR iniciam

no dia 20 de abril, com a realização da Pro-Am Race (sem pontuação para a VOR), seguida pela etapa In--Port Race (pontuando), no dia 21, com a largada para Miami programa-da para o dia 22. Porém, os prepa-rativos começam bem antes disso. O projeto de construção da Vila da Regata, na margem do Rio Itajaí-Açu, foi concluído em maio, a licitação ocorreu em junho e a assinatura da ordem de serviço e o início das obras na primeira quinzena de agosto, com previsão de conclusão em fevereiro de 2012. Os competidores devem começar a chegar a Itajaí por volta de 4 de abril.

Volvo Ocean Race© 2008 Go Squared Ltd.

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Eventos

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CONSTRUINDO SANTA CATARINA 83

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