Construindo #12

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Sharon Stone promove a FG Empreendimentos SANTA CATARINA Ano IV | Nº 12 | R$ 9,90 | Editora Destaques Catarinenses CONSTRUINDO Revista | Sul Competitivo: 177 projetos para transformar a região Inovação à vista com a Norma 15575 Turismo em São Francisco do Sul, onde o Brasil começou

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Sul Competitivo.

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Sharon Stone promove a FG Empreendimentos

SANTA CATARINAA n o I V | N º 1 2 | R $ 9 , 9 0 | E d i t o r a D e s t a q u e s C a t a r i n e n s e s

CONSTRUINDORevista

|

Sul Competitivo:177 projetos para

transformar a região

Inovação à vista com a Norma 15575

Turismo em São Francisco do Sul, onde o Brasil começou

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Relação dos Presidentes dos Sinduscons do Estado de Santa Catarina

Balneário Camboriú: Carlos Haacke; Blumenau: Amauri Alberto Buzzi; Brusque: Ademir Pereira; Chapecó: Lenoir Broch; Criciú-ma: Jair Paulo Savi; Grande Florianópolis: Helio Bairros; Itajaí: José Carlos Santos Leal; Itapema: João Formento; Jaraguá do Sul: Paulo Obenaus; Joinville: Marco Antonio Corsini; Lages: Albraino da Silva Brazil; Rio do Sul: Arno Nardelli; São Miguel do Oeste: Ivo Bortolossi; Tubarão: José Sylvio Ghisi.

Ficha Técnica:

Diretor geral: José Chaves Conselho editorial: José Chaves, Sheila R. Oliveira e Hélio César Bairros Editor e jornalista responsável: Dorva Rezende (DRT-RS 6220) Textos e pesquisas: Alexsandro Vanin, Beatrice Gonçalves, Mateus Boing e assessorias Editor de Arte: Rodrigo Kurtz - [email protected] Produção: Elsa A. R. Matos - [email protected] Comercialização: Rosângela Rosário - [email protected] - (48) 9935-4421

07 Palavra do PresidenteEstímulo à construção com sustentabilidade

08 A força da indústria da Construção CivilO maior edifício da América do Sul

16 Mercado ImobiliárioSegundo semestre indica um 2013 favorável

22 Seja um InvestidorO que fazer em tempos de acomodação e equilíbrio

26 Inovação e Tecnologia Empresas se capacitam para atender à Norma 15575

28 Inovação e TecnologiaMissão da Fiesc no Oriente Médio

32 Cidades / PlanejamentoConstrução no centro do debate eleitoral

37 Sul CompetitivoEstudo da Fiesc aponta as obras urgentes

48 SindusconA força do associativismo

58 EventosSinduscon Oeste elege nova diretoria

64 Qualidade de vidaAlimentação reforçada melhora saúde do trabalhador

66 Atrações TurísticasSão Francisco do Sul, onde o Brasil também começou

77 CREACatálogo Empresarial 2013

82 EventosCasaPronta teve 55 mil visitantes

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Sumário

Editora Destaques Catarinenses Ltda.

Rua Manoel Loureiro, 470 | São José | SC | CEP 88117-330 | Fone: (48) 3246-5972 e 3258-8859

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Estímulo à construção com sustentabilidade

FABRICON 2013

3º feira Brasileira de Fabricantes da

Construção Civil

12 a 16/06/2013

Parque Vila Germânica - Blumenau/ SC

INTERCON 2013

Feira e Congresso da Construção Civil

Complexo Expoville - Joinville /SC

02 q 05/10/2013

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O crescimento do setor da constru-ção civil em Brusque está direta-mente ligado a imigração de pes-

soas vindas de várias partes do país para a nossa cidade, em busca de trabalho nas empresas. Para atender a demanda de moradias, foi necessário investir em no-vas construções, principalmente as ver-ticais.

Hoje, em Brusque, estão sendo cons-truídas perto de 140 edificações, entre prédios comerciais e residenciais. Se-gundo o Instituto Brusquense de Pla-nejamento e Mobilidade, o Ibplam, em todo o ano de 2011, foram expedidos 802 alvarás, que é a licença para construir (residências, comércios e indústrias) na cidade e, até o final deste mês, este nú-mero pode chegar a 700. Já os pedidos de habite-se, que é a vistoria na obra para autorizar a ocupação ou não, fecharam em 528 no ano passado e, até novembro,o devem somar 500 autorizações.

O Sindicato da Indústria da Construção e do Mobiliário de Brusque, Guabiruba, Botuverá e Nova Trento (Sinduscon), des-de que foi criado, há 21 anos, vem pas-sando por administrações cada vez mais preocupadas com a qualidade de vida dos moradores e incentivando o crescimento do setor através de obras sustentáveis.

Mas é bom saber que uma empresa sustentável não está relacionada apenas a projetos de economia de água e energia, mas também àqueles que exigem estudos desde a criação do projeto, passando pela reciclagem e disposição de seus resíduos e pela redução de custos de operação e manutenção da edificação.

Todos esses cuidados pretendem re-verter os números alarmantes que envol-vem a construção civil no país, setor que hoje consome 42% da energia disponibi-lizada, 21% da água tratada e é respon-sável por 25% da emissão de gases na atmosfera, além de gerar de 60 a 70% do entulho no Brasil. E os gastos também refletem nas obras, representando entre 11% e 15% do custo total, em média.

A necessidade de oferecer construções sustentáveis aos clientes fez com que a indústria da construção mudasse os seus

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Palavra do Presidente

conceitos. De acordo com a ONG Green Building Council, responsável pelo selo LEED (Leadership in Enerny and Environ-mental Designer), que significa Energia e Designer Ambiental, o setor das constru-ções sustentáveis cresceu 27% no perío-do de 2005 a 2008, e a previsão de cresci-mento até 2013 é de 53%. Ainda segundo a entidade, a cada R$ 1,00 investido na construção de edifícios sustentáveis, em 20 anos, R$ 15,00 são retornados, sendo deste total, 74% economizados em saúde e produtividade dos ocupantes, 14% na operação e manutenção e 11% no consu-mo energético e hidráulico.

Em Santa Catarina, a sustentabilida-de nas construções tem crescido a cada ano e em Brusque não é diferente. O Sin-duscon tem estimulado a construção de obras limpas e seguras, prestando orientações e atualizando o setor sobre as normas exigidas para a categoria. Um trabalho que deve continuar nos próximos anos, pois faz parte dos projetos da nova diretoria da entidade, a qual presidirei por mais três anos, até 2015.

Além da conscientização ambiental do setor, outra meta da minha administra-ção continua sendo os serviços prestados ao nosso associado, como cursos, convê-nios de saúde, apoio jurídico, entre ou-tros. O bom relacionamento com o sindi-cato laboral vai continuar, pois a parceria tem gerado benefícios para ambos.

O Sinduscon Brusque continuará cada vez mais atuante, promovendo ações importantes na cidade e na re-gião como o Dia Nacional da Constru-ção Social e a nossa Fairtec – Feira de Tecnologia da Construção Civil. Na primeira edição, em 2011, recebe-mos mais de 31 mil visitantes e já es-tamos preparando a segunda edição com muito mais novidades no setor da construção, móveis e no setor imobiliá-rio. As novidades foram apresentadas aos convidados no lançamento oficial da Fairtec 2013, que terá como temas principais a Inovação e a Sustentabili-dade. O evento aconteceu no dia 30 de novembro, no Centro Empresarial, So-cial e Cultural de Brusque.

Ademir PereiraPresidente do Sindicato da Indústria da Construção e do Mobiliário de Brusque,

Guabiruba, Botuverá e Nova Trento

Estímulo à construção com sustentabilidade

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A força da indústria da Construção Civil

A fórmula visão + estratégia + planejamento + ação fez com que o setor da construção civil ganhasse uma empresa top no mer-cado, entre as maiores e melhores do país, cuja missão agora

é construir o maior prédio residencial da América do Sul. O Infinity Coast, que em breve deverá começar a ser construído, terá 66 anda-res no mais reconhecido balneário catarinense. Com 240 metros de altura, será um misto entre residencial e empresarial e reforçará as metas empreendedoras da construtora. As pretensões são grandes. O Grupo FG, holding com 10 empresas e que atua fortemente no se-tor imobiliário com a FG Empreendimentos, tem atualmente cerca de dois mil funcionários e a meta de fechar 2012 com um volume de 500 mil metros quadrados de obras em andamento.

O projeto do Infinity Coast apresenta um megaempreendimen-to focado na sustentabilidade, com vista definitiva para o mar. Os apartamentos terão valor de venda estimado de R$ 1,8 milhão a R$ 7 milhões, e a obra terá arquitetura moderna inspirada nas constru-ções de Dubai, com uso de iluminação natural e esquadrias diferen-ciadas. Segundo o departamento de engenharia da FG Empreendi-mentos, para este arranha-céu será criado um modelo de esquadria exclusiva, chamado Infinity.

Além dos itens de sustentabilidade já usados pela construtora em outros empreendimentos como captação de água da chuva para uso em espaços comuns, coleta seletiva de lixo, óleo de cozinha e recolhimento de pilhas e baterias, o projeto do Infinity Coast conta com energia eólica e solar. O isolamento acústico de todos os apar-tamentos será de piso a piso com o uso de mantas para proteção acústica feita de pneus reciclados, assim como as telhas ecológicas que funcionam como isolantes térmico e acústico e maior durabili-dade.

Uma novidade é o reaproveitamento de energia dispensada no uso do elevador. Devido à altura do empreendimento, a energia de descida do equipamento será armazenada e utilizada para ilumina-ção das áreas comuns, as quais terão em sua maioria lâmpadas de LEDs. Os quatro elevadores serão de alta performance com veloci-dade de 3,5 metros por segundo. O projeto prevê também tomada para carros elétricos e espaço em cisternas.

O edifício Infinity Coast terá uma infraestrutura de resort, nun-ca vista em empreendimentos residenciais de Balneário Camboriú. Para área de lazer, piscina interna com raia aquecida e geradores de aquecimento de baixo consumo com utilização de energia solar. Na área externa, haverá uma piscina panorâmica com espelhos d’água para relaxamento e pontos de hidromassagem, e decks para des-canso produzidos de material reciclado. O quesito diversão se com-pleta com o campo de minigolfe, muro de escalada e espaço horto e árvores frutíferas.

Dados do The Skyscraper Center (Banco de dados global sobre edifícios no mundo) apresentam o projeto da FG Empreendimen-tos no topo da lista de maiores arranha-céus da América do Sul. No Brasil, o documento lista 54 prédios, de 111 a 240 metros. O Infinity Coast aparece em primeiro lugar, e é 58 metros maior do que o se-gundo colocado, de João Pessoa (PB). No ranking estão 10 prédios de Balneário Camboriú, três deles (incluindo o Infinity Coast) são da FG. A pesquisa pode ser visualidade em http://www.ctbuh.org/, no link The Skyscraper Center.

Grupo FG ergue o maior edifício da América do Sul

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Infinity Coast começa a ser construído no Pontal Norte

de Balneário Camboriú e terá 240 metros quando pronto

A FG EmpreendimentosO Grupo FG Empreendimentos é uma das maiores construtoras do

Sul do país, chegando ao final deste ano com mais de 600 mil metros quadrados em construção, o que representa um VGV (Valor Geral de Vendas) que ultrapassa os R$ 1,2 bilhões. Em toda a história da fa-mília do fundador, Francisco Graciola, no ramo da construção, foram mais de 42 empreendimentos entregues, representados por 1.446 unidades de apartamentos, sendo que o volume de obras atual repre-senta cerca de 1.150 apartamentos de alto padrão de acabamento. A FG une em seus projetos ousadia e sofisticação para o mercado de luxo extremamente seleto.

Uma das novidades da holding é a empresa Neo. G Construções que aposta agora no público de classe média, com renda familiar en-tre R$ 3 mil e R$ 7 mil. Serão apartamentos com o padrão reconhe-cido da FG, mas em espaços mais compactos. Ainda em 2012, estão previstos três lançamentos, totalizando 100 mil metros quadrados de obras. A empresa já possui terrenos adquiridos no Bairro Ressacada, em Itajaí, no Bairro das Nações, em Balneário Camboriú, na Rodovia Oswaldo Reis que liga os dois municípios do litoral catarinense, além de Jaraguá do Sul e Blumenau.

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Quantidade de andares: 66Altura: 240 metrosLocalização: Pontal NorteValor de venda estimado: de R$ 1,8 milhão a R$ 7 milhões Apartamentos por andar: 2 com 3 suítes cada

Itens que fazem parte do projeto: Business Center, Piscinas adul-to e infantil Espelho D´Água, Bar Infinity, Spas externos, Mini Golfe, Muro de Escalada, Pomar, Wine Bar, Cinema, Pub Infinity, Health Club (com academia, estúdio de pilates, sauna seca e úmida, sala de massagem e sala de descanso), Piscina interna aquecida com raia e hidromassagem e Sala de festas com espaço gourmet

Estrela de Hollywood, Sharon Stone agora é garota propaganda da FG Em-preendimentos. No início de outubro, a atriz esteve no mais famoso balneário catarinense trabalhando para a campanha de Verão 2013, veiculada desde o

início de novembro. A locação foi o Ocean Palace Residence, edifício recém-inau-gurado pela construtora e que mantém o status de luxo e sofisticação comuns às obras da FG.

O trabalho contemplará anúncios em jornais e revistas, outdoors e vídeos ins-titucionais. A artista chegou cedo ao set de gravação, foi simpática com a equipe de cerca de 70 pessoas e até ajudou na direção do material. O “namoro” com a FG surgiu há alguns meses, na estada da estrela em Santa Catarina. “Ela visitou o Espaço FG, com apartamentos decorados e se encantou com a qualidade do nosso produto. Depois ainda ficou sabendo das ações sociais da empresa. Foi o início das tratativas para ela estrelar nossa campanha”, comentou a coordenadora de Marketing, Silvana Britto.

Sharon Stone disse estar encantada com Santa Catarina e que Balneário Cam-boriú – cidade que visitou pela segunda vez - é incrível. “Gosto de todas as coisas, a comida, uma praia do lado da outra e as pessoas. São todas amáveis e respeitam o meu espaço. Aqui posso nadar, andar na rua e não sou interrompida. As pessoas me tratam de maneira igual, com simplicidade”, revela.

Essa atitude que mescla simplicidade com a imagem de artista hollywoodia-na motivou a FG a pensar na diva como garota propaganda. “Além do material de divulgação, ela participará de três eventos nossos. Estamos felizes em fazer uma campanha ousada, assim como os projetos da FG, que mantêm inovação no seu DNA”, considera o diretor geral da empresa, Jean Graciola.

Sharon Stone é estrela da nova

campanha

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A força da indústria da Construção Civil

Raio X do projeto do Infinity Coast

Sharon Stone com Jean Graciola, diretor-geral da FG Empreendimen-

tos, e sua esposa, a médica Thammy Kreutzfedl Graciola. F

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Apostando no franco crescimento do mercado de tubos e cone-xões em polipropileno (PPR), material cada vez mais usado na construção civil para distribuição de água quente e fria devido às

suas propriedades físicas e térmicas, a TopFusión, empresa cata-rinense criada em 2005, vai ampliar a linha de produção no ano que vem.

“Os atuais 1,5 mil metros quadrados que temos disponíveis num galpão alugado serão transferidos para uma sede própria, de 6,5 mil metros quadrados. O investimento foi viabilizado por meio de financia-mento do BNDES. A previsão é que, no inicio do segundo semestre de 2013, a nova unidade entre em funcionamento, ampliando as linhas de produtos e o quadro de colaboradores (hoje são 44)”, diz Juliano Langer, do departamento de Qualidade e Marketing.

Outro plano é aumentar a participação nos mercados do Norte e Nordeste, onde a TopFusión já conta com representantes comerciais. “Os estados que atualmente se destacam no faturamento da empresa são Minas Gerais, Paraná, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Santa Catarina e São Paulo”, afirma Juliano.

Entre os tubos e conexões fabricados pela empresa, todos com bi-tolas entre 20mm a 160mm, os mais comercializados são os das linhas TopHidro e TopAir, usados respectivamente para distribuição de água (quente ou fria) e ar comprimido.

“A empresa vem se destacando no mercado brasileiro e pretende crescer 25% até o fim de 2012. Para assegurar esse crescimento, a empresa trabalha com rigoroso controle de qualidade, proporcionando a seus clientes 50 anos de garantia na fabricação de tubos e cone-xões”, diz Juliano.

TopFusión amplia linha de produção

Empresa catarinense busca financiamento do BNDES para construir a sua nova sede e

busca novos mercados no Norte e Nordeste

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Perfil

Juliano Langer diz que TopFusión pretende crescer 25% até o fim de 2012

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Perfil

ICETEC dobra a capacidade produtiva

Em 2010, a ICETEC - Indústria Cerâmica de Telhas Coloniais Ltda, empresa criada há 20 anos por Geraldo Hercílio Pereira, no muni-cípio de Sangão (160 km ao sul de Florianópolis), mudou o seu foco

para uma nova linha de telhas, a Terracota, e agora investiu na instala-ção de um novo forno, com 120 metros de comprimento, que dobrará a sua capacidade de produção.

Atualmente, a ICETEC produz 50 mil telhas por dia. E a intenção é en-trar em 2013 produzindo 100 mil telhas por dia, o que significa 3 milhões de telhas por mês. De acordo com o gerente de marketing da empresa, Valmir Siqueira Jr., este aumento da capacidade de produção se fez necessário para dar conta dos pedidos que vêm de diferentes estados como Minas Gerais, Goiás, São Paulo, Rio de Janeiro, Bahia, Paraná e Rio Grande do Sul. Isso sem falar das demandas do mercado catarinense.

A ICETEC conquistou essa gama de clientes devido à excelência de seu produto, feito com o barro Taguá, abundante na região de Sangão. Com grande resistência e baixa absorção de água (as telhas comuns têm uma taxa de absorção de 20%, enquanto que as telhas fabricadas com o Taguá têm taxa de absorção entre 6 e 7%), as telhas da ICETEC ganharam boa parte do mercado brasileiro justamente por sua qualida-de superior.

Com 180 funcionários, a ICETEC é o terceiro maior empregador de Sangão (o segundo maior, se não for considerada a prefeitura) e também é conhecida no mercado da construção civil por seu atendimento dife-renciado. Confira a linha de produtos da Icetec no site www.icetec.ind.br.

Após inaugurar o seu novo forno com 120 metros de comprimento, empresa de Sangão, no Sul do Estado, quer entrar em 2013 fabricando 100 mil telhas por dia

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Mercado Imobiliário

Melhora sensível no segundo semestre

Empresário do setor da constru-ção civil desde 1981 e professor (desde 1983, hoje licenciado) do

curso de Engenharia Civil da Udesc, o joinvilense Mario Cezar de Aguiar, 58 anos, é o atual presidente da Associação Empresarial de Joinville (ACIJ) e primei-ro vice-presidente da Fiesc (Federação das Indústrias do Estado de Santa Cata-rina), onde também preside a Câmara de Transporte e Logística.

Formado em Engenharia Civil pela UFSC, é especialista em construção civil pela FURB, em marketing pela Univille e em gestão empresarial pela Univer-sidade da Pennsylvania (EUA). Sócio das empresas Vectra Participações e Construções, Vectrapar Construções e Empreendimentos e Êxito Empreen-dimentos e Construções, Mario Aguiar já concluiu mais de uma centena de edifícios residenciais e comerciais em Joinville e região.

Ele também fundou e presidiu o Ser-viço Social da Construção Civil de Join-ville (Seconci), foi diretor administrativo da Associação Empresarial de Joinville e já presidiu o Sinduscon de Joinville, a Câmara Estadual da Indústria e Cons-trução, o Conselho do Centro de Enge-nheiros e Arquitetos de Joinville.

Nesta entrevista, Mario Aguiar fala sobre o atual momento do mercado imobiliário e do setor da construção em Joinville e sobre a expectativa de cresci-mento econômico da região Norte com a chegada da BMW a Araquari.

Qual é a situação do mercado imobi-liário hoje em Joinville e quais são as perspectivas para 2013?Mario Aguiar - O mercado imobiliário em Joinville acompanha a tendência do mercado em todo o Brasil, com um leve desaquecimento no primeiro semestre de 2012, devido ao efeito das crises internacionais e a redução de expecta-tiva de crescimento no mercado interno. No segundo semestre percebemos uma melhora sensível nos negócios, o que nos permite projetar para o próximo ano um mercado favorável.

Há espaço para crescer na cidade?Mario Aguiar - Ainda há espaço, embora o setor venha enfrentando uma série de barreiras, de ordem burocrática e am-biental. Ainda não aprovamos a Lei de Ordenamento Territorial, e a morosidade dos licenciamentos tem sido um entrave para o dinamismo do setor.

Que tipos de imóveis deverão ser mais procurados?Mario Aguiar - Sempre haverá espaço para imóveis desenvolvidos com plane-jamento e pesquisa, que levem em conta as reais necessidades dos clientes e que sejam executados dentro dos mais elevados padrões de segurança e qua-lidade.

O setor da construção civil está aque-cido?Mario Aguiar - Mesmo com as dificul-

dades impostas pelo setor publico nas liberações das licenças o setor tem se mostrado dinâmico.

O que muda na relação do empre-sariado, em particular o do setor da construção civil, com o poder público municipal após o resultado do segundo turno das eleições?Mario Aguiar - Acho que poderemos construir uma relação mais proativa com o poder público municipal. O pre-feito eleito, Udo Döhler, é empresário e certamente estará mais sensível às nos-sas principais dificuldades e demandas.

Com a confirmação da fábrica da BMW em Araquari, que benefícios a insta-lação da unidade deverá trazer para o setor da construção civil no Norte do Estado?Mario Aguiar - Ainda não é possível ter a real dimensão do que esse fato signifi-cará. Mas, certamente, uma montadora desse porte, com todos os sistemistas, fornecedores e demais parceiros que atrai, contribuirá para ampliar o merca-do, em toda a região.

Mario Cezar de Aguiar fala sobre o aumento dos

negócios em Joinville e projeta um mercado

favorável em 2013

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oMario Aguiar aposta numa melhor relação com o prefeito eleito de Joinville, o empresário Udo Döhler

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A MB Iluminação e Ventilação Natural iniciou suas atividades no ano de 2002, com o objetivo de fabricar distribuir e instalar produtos voltados ao segmento

da construção civil industrial e comercial, notadamente nas áreas de iluminação e ventilação natural, com qualidade e consciência ecológica, buscando fornecer aos seus clientes conforto ambiental, economia de energia e melhoria em seus produtos e processos produtivos.

Atualmente sob a direção de Guilherme May Lima, a MB tem como uma de suas metas a capacitação de seus cola-boradores através de parceria firmada com o Sebrae/SESI, que estão trabalhando em todos os setores da empresa, desde chão de fábrica e canteiros de obra até o setor de vendas, passando ainda pelo administrativo e financeiro. Todo este processo, segundo Guilherme, tem como foco principal o cliente final, resultando em produtos e serviços de qualidade a preços altamente competitivos.

“Já somos referência regional no fornecimento de facha-das em alumínio composto, sistemas de ventilação e domus lineares para iluminação natural, mas queremos melhorar ainda mais as soluções oferecidas a nossos clientes”, res-salta Guilherme.

O lançamento de produtos inéditos e exclusivos também está nos planos da MB para o início do próximo ano, nota-damente nas áreas de conforto ambiental e equipamentos para a construção civil, direcionados ao setor de acabamen-tos.

Capacitação para ser a referência

MB Iluminação e Ventilação Natural, em parceria com

o Sebrae/SESI, desenvolve seus colaboradores em todas

as áreas para oferecer melhoresprodutos e serviços

Diretor da empresa, Guilherme May Lima fala

em melhorar soluções oferecidas aos clientes

Este foi um ano de alegrias, alguns erros e muitas realizações. Porém ao fim de tudo podemos concluir que tivemos um saldo de crescimento e aprendizado.

Agradecemos aos nossos colaboradores, clientes, amigos e a todos que de alguma forma participaram de nosso sucesso em 2012, por um ano de trabalho, cooperação, confiança e dedicação.

Esperamos que neste novo ano possamos contar com o mesmo com-prometimento, pois sabemos que unidos nos tornamos mais fortes para conquistarmos nossas metas!

Desejamos a todos um Feliz Natal e um próspero Ano Novo!

MB Metalúrgica.

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Seja um investidor

Mercado busca o equilíbrio

Para José Ibagy, o melhor investimento no momento é o apartamento para classe média, com dois ou três quartos, dois banheiros e vagas na garagem

Atuando no mercado imobiliário da Grande Florianópolis desde 1989, a José Ibagy Imóveis está

sediada no bairro Kobrasol e traba-lha nas áreas de locação e vendas de imóveis residenciais e comerciais, além de prestar consultoria jurídica na locação de imóveis. Nesta entre-vista, seu proprietário, José Ibagy, fala sobre o mercado, sobre a rela-ção do setor imobiliário com os novos prefeitos e dá algumas dicas de in-vestimentos.

Como está a situação do mercado imobiliário na Grande Florianópolis?José Ibagy - Eu, particularmente, sinto que o mercado está em aco-modação. Está passando, acabando aquela fase de explosão, onde tudo que se expunha se vendia ou alugava. Hoje existem muito mais possibilida-des de escolhas e o adquirente está mais cuidadoso; ele filtra, consulta e compara as opções, até chegar ao que pretende ou pode comprar ou alugar. Não estou dizendo que o mer-cado está em restrição e sim que está buscando equilíbrio entre a oferta e procura. E ele (o mercado) é sábio.

Quais as perspectivas para o setor imobiliário com o resultado das ur-nas nas principais cidades da re-gião?José Ibagy - Os prefeitos eleitos cer-

tamente estarão bem mais preocupa-dos (que os anteriores) com o cresci-mento desorganizado e deverão criar e fazer valer regras (leis) condizentes com o cenário atual, eis que o cres-cimento da grande Florianópolis é definitivo, não existe a possibilidade de refreá-lo. A região tornou-se, por motivos diversos, polo atrativo a nível nacional e até internacional.

Qual é o melhor investimento no mo-mento?José Ibagy - Ao meu ver o melhor in-vestimento seria em apartamentos para a classe média – com dois ou três quartos, mas, no mínimo, dois banheiros e garagem – já deve-se pensar em mais de uma vaga por uni-dade. Teria que ter alguma estrutura de lazer no próprio empreendimento. Este imóvel poderia/deveria ser ven-dido a preço um pouco acima do pre-tendido nos projetos de Minha Casa Minha Vida. Eu teria clientes para imóveis assim.

Vale a pena investir em imóvel de aluguel?José Ibagy - Eu acho que o imóvel é a melhor opção de investimento, é sólido, palpável e está ali. Até, psi-cologicamente é mais gratificante adquirir um bem imóvel, do que com-prar títulos do governo ou ações. A rentabilidade da locação, em si, pa-

rece baixa,mas, se acrescentarmos a valorização do próprio imóvel, cer-tamente supera as “poupanças da vida” e quase todas as outras opções de aplicação acessíveis a nós – não experts em mercado financeiro. O in-vestidor tem que estar ciente de que o seu imóvel não é produto perecível. Não é uma penca de bananas que é obrigado e vender hoje sob pena de ir para o lixão amanhã. O imóvel é real. É minha faina diária há décadas. Nunca vi um imóvel desvalorizar por si.

Quais as regiões da Grande Florianó-polis mais favoráveis a investimen-to?José Ibagy - Palhoça parecia para muita gente ser a “bola da vez”. Hou-ve um crescimento vertiginoso na oferta sem que exista tal demanda. Mas ainda é um mercado aquecido e próspero. A região continental de Flo-rianópolis é local para investir sem medo, tal como Campinas, Kobrasol, Forquilhas e Forquilhinhas em São José. Biguaçu também aparece como promissor.

Qual a taxa anual de retorno do in-vestimento em imóvel?José Ibagy - Esta resposta vale(rá) ouro. Mas, com certeza o retorno será superior ao das aplicações financei-ras.

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Inovação e Tecnologia

Gargalos continuam

apesar da norma

A questão é realmente complexa. A alteração de padrões proposta na NBR 15575 não se trata de

uma mudança de aplicação isolada, ela abrange sistemas compostos por diver-sos produtos e envolve, além das cons-trutoras, os fabricantes de materiais de construção e instituições de ensino e pesquisa. Prova disso é que a norma, publicada em 2008, tem sua entrada em vigor adiada desde 2010.

A última consulta pública foi fechada em setembro e recebeu 1.630 votos nas seis partes da regulamentação, sendo 569 aprovações com observações e 43 não aprovações com objeções. “Os adia-mentos para validade da norma decor-rem justamente do mercado ainda não estar preparado para absorver e possi-bilitar todos os controles necessários, assim como padronização de materiais e sistemas”, afirma o engenheiro Marco Alberton, vice-presidente de Tecnologia, Qualidade e Habitação do Sinduscon Grande Florianópolis.

O novo texto normativo deve ter validade para projetos protocolados nos órgãos públicos a partir de março de 2013. Segundo Alberton, grande parte das empresas catarinenses, em espe-cial as localizadas nas maiores cidades,

está estudando a norma, avaliando e buscando formas de adequação às suas solicitações. Mas a conformidade só deve ser atingida durante a vigência da NBR 15575, pois vários quesitos dependem de um sistema homologado, de empresas fabricantes ou laboratórios credenciados a executarem as análises necessárias. “A norma está por entrar em vigor, sem termos ainda condições de obedecer a todos os critérios.”

Depois de valer, a norma passa a ter influência direta, aumentando a respon-sabilidade das construtoras. Para Alber-ton, a discussão deveria ser prolongada, pois ainda existem muitas dúvidas e gargalos que devem ser levados em con-ta na hora de definir a forma que a NBR 15575 será implementada. Grande parte dos fabricantes ainda precisa avaliar seus produtos e caracterizar os resul-tados. Além disso, faltam laboratórios e equipamentos – assim como pessoal capacitado – para avaliação e análise dos sistemas, pois o comportamento de um material muitas vezes não é sufi-ciente para medir o desempenho de um sistema por inteiro. É o caso da acústica de um piso, que envolve a laje, o contra-piso, o piso de acabamento etc. Não há disponibilidade no mercado nem mesmo

NBR 15575 começa a valer em março de 2013 sem que o mercado esteja preparado para se adequar aos padrões exigidos. Empresas procuram se capacitar por conta própria

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de softwares que avaliem os conjuntos de forma integrada.

Outra preocupação diz respeito à formação de profissionais, que preci-sarão definir ainda na fase de projeto o desempenho da edificação. Segundo Alberton, há uma enorme dificuldade de acesso das empresas privadas às universidades. “Apesar da UFSC ser referência na área térmica e acústica, ainda precisamos evoluir muito. Atual-mente, não dispomos de um canal de aproximação e não existe esta prepara-ção dos profissionais.”

As entidades de classe têm procu-rado realizar com freqüência cursos, palestras e debates sobre a NBR 15575. No Sinduscon Grande Florianópolis, por exemplo, foi formado um grupo de construtoras que, com auxílio de uma consultoria especializada, estudou as novas exigências durante um ano. Os investimentos para se adequar aos novos padrões, no entanto, ainda são incertos. Mas são as empresas de capital aberto, pela exposição, equipe e recursos disponíveis, que têm condi-

ções de estar à frente neste processo, podendo disseminar conhecimentos e alavancar o setor, visto que nos grandes centros existem profissionais dedicados à questão, laboratórios capacitados e estrutura suficiente para os ensaios de caracterização dos sistemas, explica Alberton.

O fato é que as novas regras se-rão exigidas, uma hora ou outra, pelo próprio mercado. Vender um imóvel pelo seu desempenho, como já ocorre no exterior, pode ser interessante, na opinião de Alberton. Não interessará a marca, mas sim o desempenho que certo material deve proporcionar em conjunto com os demais materiais de um sistema. E os custos pelo ganho de qualidade final serão repassados aos consumidores. Além disso, a concor-rência desleal deve diminuir considera-velmente, pois empresas temporárias não terão condições de investir em equipe de engenharia, testes, padro-nização e modelo construtivo. “Enge-nharia sendo tratada por profissionais”, ressalta Alberton.

No Sinduscon Grande Florianópolis, foi formado um grupo de construtoras que, com auxílio de uma consultoria

especializada, estudou as novas exigências durante um ano.

48 3357-0175

PERFURAÇÃO COM ESTACA HÉLICE CONTINUA MONITORADA

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Projetos arquitetônicos arrojados, métodos construtivos diferentes dos desenvolvidos no Brasil, inovação e planejamento foram alguns dos destaques observados pelo grupo de empresários catarinenses que visitou canteiros de obras em Doha, no Catar, Dubai e Abu Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos. A missão da Federação das Indústrias de San-ta Catarina (FIESC) à região, apoia-da pela Câmara de Comércio Árabe Brasileira, se encerrou no último dia 9 de novembro, após uma semana no Oriente Médio. O líder do grupo, o empresário Marco Antonio Corsini, afirma que o aprendizado irá ajudá--los a inovar nos projetos.

“Entre o que está sendo construí-do aqui em obras públicas, escri-tórios ou residências, surpreende a inovação, o diferente, o que é atraente. Vimos um prédio torto em Abu Dhabi que é um desafio para a engenharia, que muitas empresas se recusaram a fazê-lo por acredi-tar que não seria possível, mas que uma empresa fez. Isso é inovar. O que vimos em Masdar City (cidade sustentável em construção em Abu Dhabi) mostra o que se pode fazer

em construção civil em favor da sus-tentabilidade”, disse.

Em Doha, eles visitaram o can-teiro de obras da Qatar University e conheceram a Cidade da Educação, o Pérola e o Lisail, bairros que estão sendo construídos a partir do zero. Na capital do Catar, também se reu-niram com o diretor geral da Agência Brasileira de Promoção de Exporta-ções e Investimentos (Apex), Sidney Alves Costa, e com engenheiros das empreiteiras OAS e Odebrecht, que participam de licitações no país.

Em Dubai, eles tiveram um en-contro com o dono da construtora Engeprot, o brasileiro Omar Hamaoui, que lhes falou sobre legislação e contratos locais e participaram do seminário “Invest & Trade in Brazil” promovido pela Câmara Árabe e pela editora CPI. Eles também visitaram a feira de construção civil Big 5.

“A realidade é diferente da nos-sa, mas pode ser aplicada em parte. Ficamos surpresos de ver o planeja-mento com que as obras públicas são executadas e a qualidade delas. Até os elevados que são feitos aqui são construídos com atenção à estética”, disse Corsini.

O empresário observou, porém, que nem tudo é melhor do que o que é feito no Brasil. Os canteiros de obras em Doha, por exemplo, não são tão organizados quanto os brasileiros e os resíduos das obras também não recebem o cuidado necessário, exceto na Masdar City onde são reutilizados nas constru-ções.

“Tenho certeza de que alguma coisa de tudo o que vimos aqui será empregada por nós. Seja o uso de outro material, seja um método construtivo, seja um procedimento diferente daquele que adotamos hoje”, afirmou Corsini.

Desde que levou sua construtora para o Oriente Médio, o empresário brasileiro Omar Hamaoui apostou no crescimento dos dois princi-pais mercados da região: Emirados Árabes Unidos e Arábia Saudita. No começo deste ano os negócios cres-ceram com a chegada da empresa ao Catar. Assim como na Arábia Saudi-ta, o Catar é um dos países do Golfo com maior crescimento do mercado de construção.

“O Catar vai receber uma Copa do Mundo (em 2022), tem dinheiro e

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Inovação e Tecnologia

Missão da Fiesc vê as inovaçõesconstrutivas do Oriente Médio

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Delegação de empresários do setor foi conhecer contatos com novos materiais e técnicas de construção. Comitiva passou por Doha, Dubai e Abu Dhabi

está preparando seu planejamento (de obras)”, disse Hamaoui sobre o que o levou ao país árabe. Este novo escritório não irá substituir o de Dubai. A sede dos Emirados Árabes Unidos será utilizada para gerenciar as obras na região, os contratos e os orçamentos. Além deste escritório, a Engeprot está deixando Riad, onde ficava sua sede saudita, com destino a Jeddah, outra cidade do país que tem mercado imobiliário aquecido e onde a Engeprot tem duas obras em andamento.

Enquanto diversifica a atuação no Golfo, a Engeprot administra os negócios em Dubai. A crise de 2008 prejudicou todas as empresas da região e com a construtora de Ha-maoui não foi diferente.

“Não teve empresa que não sentiu os efeitos da crise. Neste período, o nosso desafio foi manter as equi-pes, fazer obras de custo-benefício razoável e receber os atrasados”, disse Hamaoui. Abu Dhabi, a capital dos Emirados Árabes, não sofreu tanto com a crise quanto Dubai, mas mesmo assim não ajudou os negócios porque o governo está refazendo o planejamento urbano do emirado.

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Hamaoui está em Dubai desde 2004. Decidiu deixar Curitiba, onde ainda mantém uma construtora, e investir no Oriente Médio depois de visitar a feira Big 5, em 2003, e ver que havia oportunidades no emira-do. Desde então, já participou de obras como a construção do Oasis Mall, um dos shoppings de Dubai, e do edifício-garagem do metrô de Dubai. No portfólio da Engeprot também há obras em Abu Dhabi e os projetos em andamento na Arábia Saudita.

Seminário indica os caminhosEmpreendimentos para a Copa do

Mundo de 2022, construção de casas e de um bairro universitário são alguns dos projetos em andamento no Catar que podem render oportunidades de negócios a empresários brasileiros. Foi o que afirmou, em Doha, o gerente sênior de projetos da KEO Consultants, Rick Sassin, no seminário “Catar: um país em transformação - sede da Copa de 2022”, organizado para uma delegação empre-sarial da Federação das Indústrias de Santa Catarina (FIESC) que está no país.

A KEO participa da elaboração de projetos e de construções no Líbano, Kuwait, Bahrein, Abu Dhabi, Dubai, Omã, Al Ain, Washington e no Catar, onde fica sua sede.

Sassin citou como exemplo de grande projeto a Pérola, bairro parcialmente concluído que, quando estiver total-

mente pronto, terá 55 mil imóveis. Em Doha, começa a ser construído também um bairro com capacidade para 250 mil imóveis, e em 2020 deve ser concluída a Education City (Cidade da Educação), empreendimento projetado para atrair universidades de todo o mundo.

“Enquanto Dubai investe no turismo e Abu Dhabi deseja se tornar um centro cultural, Doha se prepara para ser um centro universitário da região”, disse Sassin aos participantes da missão. Para isso, a cidade precisa de fornece-dores de materiais, projetos, arquitetos, engenheiros e construtores.

Duas empresas brasileiras que já estão no Catar também participaram do seminário. As construtoras OAS e Odebrecht chegaram a Doha há um ano para executar obras de infraestrutura. As empresas ainda não têm projetos no país, mas concorrem em algumas licita-ções. “O Catar é um país novo, que ainda está se estruturando. Doha quer fazer mais do que Dubai tem feito [para cres-cer]”, afirmou o gerente local de desen-volvimento de negócios da Odebrecht, Georges Karam.

No seminário, Karam e o diretor do Oriente Médio da OAS, Antonio Roquim Neto, informaram que para uma cons-trutora estrangeira executar obras no Catar ela precisa se associar com um empresário local. Sassin disse que, para empresas donas de terrenos na Edu-cation City, há redução na cobrança de taxas durante o período de obras.

Os empresários que participam da missão acreditam que podem fazer bons negócios no Catar. “Vejo oportunidades

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Inovação e Tecnologia

para os brasileiros em setores como o fornecimento de matéria- prima. Além disso, encontrar as grandes empresas e um empreendedor local é bom por-que aprendemos técnicas diferentes de construção, vemos como funciona a documentação das obras e também podemos fazer contatos. É um começo”, afirmou o líder da missão catarinense, Marco Antonio Corsini.

Diretor executivo da LHW engenharia, de Joinville, Luciano Watzko afirmou que os empreendedores do Catar não enfrentam um dos principais problemas que fazem parte da rotina dos constru-tores brasileiros: dinheiro. “A velocidade com que fazem obras aqui é impressio-nante. É tudo muito rápido. No Brasil, precisamos fazer diversos cálculos de custo antes de começar uma obra. Aqui, não”, disse.

O diretor regional da Agência Bra-sileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex), Sidney Alves Costa, disse que a entidade pode ajudar os empreendedores brasileiros a atuar no país e afirmou que o escritório da agência, que foi aberto em Doha há um ano, foi criado justamente por causa da demanda. “Podemos participar dos projetos. Queremos ajudá-los a explorar todas as oportunidades”, disse.

A missão tem apoio da Câmara de Comércio Árabe Brasileira e o diretor geral da instituição, Michel Alaby, inte-gra a delegação.

Fonte: Agência de Notícias Brasil-Árabe (www.anba.com.br).

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Cidades | Planejamento

Construção no centro do debate

Nas últimas eleições para a prefeitura de Florianópolis o setor da construção civil esteve no centro do debate político. Durante a campanha todos os candidatos dedicaram parte expressiva de

seu tempo na tv e no rádio para falar da necessidade de grandes obras para a cidade e da emergência de um novo plano diretor para Florianó-polis que possa de fato nortear o crescimento urbano.

Apesar das diferentes posições políticas foi um consenso entre os candidatos considerar o setor da construção como estratégico para a cidade. Hoje, a construção civil é uma das atividades econômicas que mais gera emprego e arrecadação para o município.

O prefeito eleito, César Souza Júnior, posicionou-se durante toda a campanha contrário ao crescimento desordenado da cidade. Uma de suas promessas ao assumir o cargo em janeiro de 2013 é desen-gavetar o plano diretor que foi elaborado nos últimos seis anos pela sociedade civil em parceria com técnicos da prefeitura. A proposta do próximo prefeito é que no primeiro ano de seu mandato o documento seja encaminhado para a Câmara de Vereadores e aprovado.

As empresas do setor da construção civil também são favoráveis a uma melhor regulamentação do crescimento da cidade. “Nós estamos há muito tempo pedindo para o setor público que o plano diretor seja atualizado. É interesse nosso que haja uma melhor regulamentação para a ocupação do solo. Durante o debate político o que nós obser-vamos é que alguns candidatos tomaram posições radicais contrárias ao setor da construção e nós entendemos que isso não é bom para a cidade porque não leva as melhores soluções. O setor da construção é estratégico para a economia da cidade e há uma série de outros setores que dependem da construção para se manterem aquecidos”, considera o diretor executivo da Hantei Engenharia, Aliator Silveira.

Plano Diretor e ordenação do crescimento de Floria-

nópolis tomaram boa parte das discussões entre os candidatos a prefeito na

última eleição

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Empreendimento em Destaque

A Hantei Engenharia aguarda apenas o parecer final da Fatma para dar início às obras do Parque Hotel Marina Ponta do Coral na região central de Florianópolis. O órgão, que é o responsável técnico por emitir a licen-

ça ambiental, deve entregar nos próximos meses um parecer definitivo sobre o empreendimento. Assim que for expedida a Licença Ambiental de Instalação (LAI) e concedido o alvará da prefeitura, iniciam-se os trabalhos para aterrar parte do terreno.

“Nós investimos mais de R$ 18 milhões para fazer o estudo técnico que foi encaminhado para a Fatma. Nós acreditamos nesta obra porque sabemos que ela pode mudar a cara do turismo não só em Florianópolis, mas em toda a região. Será um marco para a cidade e para a Hantei Engenharia”, considera o diretor executivo da empresa, Aliator Silveira.

Sheraton na Ponta do CoralO complexo hoteleiro que será construído na Ponta do Coral e terá capaci-

dade para hospedar mais de 1,3 mil pessoas deve ser administrado pela rede de hotéis Sheraton. O diretor executivo da Hantei Engenharia, Aliator Silveira, afirma que a empresa está em negociação com o grupo Starwood – detentor da bandeira Sheraton – e que em breve a Hantei deve fazer o anúncio oficial da parceria.

“Os hotéis Sheraton são uma referência em todo o mundo pela qualidade dos serviços que oferecem. Ainda não há em Santa Catarina hotéis da rede e nós entendemos que a parceria com o grupo Starwood é fundamental para garantir padrões de qualidade internacionais ao Parque Hotel Marina Ponta do Coral”.

Além de dar início à construção do Parque Hotel Marina Ponta do Coral em 2013, a Hantei Engenharia se prepara para fazer o lançamento do condomínio “Centrinho dos Ingleses” no norte da ilha. O empreendimento, que será cons-truído em frente à praia, terá mais de 300 apartamentos estilo apart hotel, 145 lojas, 370 vagas de garagem e uma área de 1.600 metros quadrados para a realização de eventos.

“Nós iremos fazer uma obra de alto padrão nos Ingleses que irá revitalizar o centro do bairro. Hoje quem passa de carro ou mesmo a pé por aquela região não consegue ver o mar por conta das construções que tem ali. Com o nosso empreendimento será diferente. Quem passar pela região terá uma vista privi-legiada da praia”, afirma Aliator Silveira.

Obras da Ponta do Coral devem

começar em 2013

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necessárias

Sul Competitivo aponta as obras

e urgentes

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Estudo da CNI e das federações das indústrias do Para-ná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul pode subsidiar o

governo federal na tomada de decisões sobre investimentos em infraestrutura e logística na região

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Aumentar a competitividade da indústria do Sul do País, dinami-zando assim toda a economia da

região. Um dos caminhos para esse pro-pósito é diminuir o custo logístico do se-tor, que hoje chega a 18% e traz prejuí-zos para toda a sociedade. As principais deficiências enfrentadas atualmente na movimentação de cargas, bem como os gargalos futuros, foram identificadas no estudo Sul Competitivo, que traçou um perfil das principais cadeias produtivas e fez uma projeção de seu crescimento e seus respectivos fluxos de escoamento até 2020.

Para solucionar todos os problemas observados, serão necessários R$ 70 bilhões para investir em 177 projetos a longo prazo. Mas, para acelerar a recu-peração da infraestrutura e reduzir em 7% o custo de logística em curto prazo,

a proposta é que sejam priorizadas 51 obras em oito eixos intermodais que demandam R$ 15,2 bilhões em investi-mentos. Apesar de representar apenas 22% do orçamento total, a realização delas evitaria gastos anuais de R$ 3,4 bilhões, o que equivale a 80% das per-das em função do déficit de transporte verificado atualmente nos três estados.

“A partir do momento em que a indús-tria é beneficiada, toda a cadeia produ-tiva é beneficiada. Esses investimentos beneficiariam a economia como um todo e toda a sociedade”, afirma Mario Cezar Aguiar, primeiro vice-presidente da Fiesc e presidente da Câmara de Assun-tos de Transporte e Logística da Fiesc. Um exemplo de segmento beneficiado indiretamente é o ramo em que ele atua desde 1981 em Joinville, a construção e incorporação imobiliária. “Se a econo-

mia vai bem, meus clientes têm condi-ções de comprar apartamentos e salas comerciais.” Segundo Egídio Martora-no, secretário-executivo da Câmara, o crescimento da movimentação de carga nos portos terá um reflexo significativo no mercado imobiliário das cidades por-tuárias e vizinhas, não só residencial, como comercial e de depósitos, pois é uma atividade transversal, que abrange muitos serviços.

Há ainda a possibilidade de empresas catarinenses se beneficiarem direta-mente ao se envolverem na realização das obras de infraestrutura. “É um mercado que se abre, será instalado um processo licitatório e elas têm condi-ções de competir”, diz Aguiar. E, se vier a ganhar um grande grupo de fora do Estado, é comum o subempreitamento de partes da obra para empresas meno-res da região. “Podemos então ter tanto grandes quanto pequenas empresas catarinenses envolvidas nas obras, inclusive do setor de serviços e manu-tenção”, ressalta Aguiar.

Agora, caso essas obras não sejam realizadas, o prejuízo anual será de R$ 4,3 bilhões. O custo logístico de trans-portes da região Sul, que em 2010 foi de R$ 30,6 bilhões, deve chegar a R$ 47,8 bilhões em 2020. “O setor produtivo é o maior prejudicado, mas toda a socieda-de sai perdendo se não forem sanadas as deficiências levantadas”, diz Aguiar. Alguns eixos já estão saturados, como o trecho da BR-101 entre Criciúma e Florianópolis, que atualmente suporta quase o triplo de sua capacidade – até 2020, a saturação, que hoje está em 277%, chegará a 411%.

Mas alguns segmentos podem sentir mais, como o agronegócio localizado no oeste catarinense, por exemplo. A ali-mentação de frangos e suínos, compos-ta por milho e farelo de soja, representa 70% do custo de produção, e o insumo chega ao Estado praticamente com o dobro do preço praticado na região pro-dutora, o Centro-Oeste. Segundo Mário Lanznaster, presidente da Câmara de Desenvolvimento da Agroindústria da Federação das Indústrias (Fiesc), a so-lução é a construção de uma ferrovia – a extensão da Norte-Sul – para que essa matéria-prima venha com frete mais barato.

“O que pode ocorrer, se não houver melhorias, é essa indústria migrar para perto da produção dos grãos, o que é o mais lógico. Isso só não ocorre porque lá ainda não tem a mão de obra especia-lizada e de qualidade que se encontra no oeste catarinense”, afirma Aguiar.

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Lanznaster também alerta para a situação da rodovia que faz os produtos da agroindústria chegarem aos portos catarinenses, a BR-282, cujo movimento aumentou 10 vezes sem incremento da capacidade. “Nós somos até privilegia-dos em relação à estrutura portuária, mas se você não tem como acessá-los é um prejuízo”, complementa Aguiar.

Entre os 51 projetos prioritários, uma das obras mais importantes para o escoamento de cargas no País e na região Sul em especial é justamente a extensão da Ferrovia Norte-Sul, entre Panorama (SP) e Rio Grande (RS), pas-sando por Chapecó. A execução desse trecho demandaria, sozinha, cerca de R$ 6 bilhões. A ligação até o porto gaú-cho é um compromisso da presidenta Dilma Rousseff, que prometeu concluir o projeto até o fim de seu mandato. Aliás, Bernardo Figueiredo, presidente da Empresa de Planejamento e Logística (EPL), estatal responsável pelo planeja-mento, desenvolvimento e integração do transporte brasileiro, afirmou recente-mente que o governo federal vai utilizar o estudo Sul Competitivo na formulação de políticas de infraestrutura logística para a região.

Apenas uma pequena parte das obras, no entanto, está em andamento (23,5%), sendo que a maioria ainda está nas fases de projeto (13,7%) e planeja-mento (43,1%). Do total de projetos prio-ritários, 55% ainda não tem uma fonte de financiamento clara. E, de acordo com Egídio Martorano, o governo, por si só, tem demonstrado dificuldades para realizar todos os investimentos. A iniciativa privada pode ter mais facili-dade em reunir os recursos necessá-rios, mas é preciso criar no Brasil um

ambiente que estimule o setor a fazer esses investimentos, seja por meio de parceria público privada (PPP) ou outros instrumentos. “É preciso um ambiente regulatório favorável, o investidor não vai colocar recursos se não houver segu-rança e garantia de retorno”, destaca o secretário-executivo.

Para Aguiar, o estudo Sul Competitivo tem consistência e pode perfeitamente subsidiar o governo na tomada de deci-sões sobre investimentos, pois leva em conta tanto a lógica econômica quanto os benefícios socioambientais que as melhorias trarão para a região. Hoje, em grande parte, os interesses políticos balizam estas decisões. “A sociedade organizada, através das entidades, das bases parlamentares, precisa cobrar do governo as obras que são priorida-de para a região. O que não se pode é apoiar investimentos tomados na base do achismo, é preciso ter base científica na aplicação de recursos.”

Apesar de ter como foco a melhoria do transporte de cargas para reduzir o custo logístico das empresas, as obras sugeridas no Sul Competitivo devem ter reflexo na mobilidade das pessoas. É o caso da conclusão da duplicação do trecho sul da BR-101, a construção dos contornos rodoviários da Grande Florianópolis e de Xanxerê, a construção dos contornos ferroviários de Jaraguá do Sul, Joinville e São Francisco do Sul, e a duplicação da BR-280 entre Jara-guá do Sul e São Francisco do Sul. “É preciso ressaltar também que a Fiesc não defende apenas os projetos previsto neste estudo, nós também queremos os investimentos previstos no PAC e no PPA, como, por exemplo, a ampliação de aeroportos”, afirma Aguiar.

Eixos prioritáriosOs 51 projetos considerados prioritários compõem oito eixos de integração de transportes. Cinco são eixos rodoviários já existentes. Os outros três são novos eixos que devem ser desenvolvidos, sen-do dois ferroviários e um rodoviário. Para chegar aos oito eixos, foram avaliadas as obras necessárias para a moderni-zação, implementação e ampliação de cada eixo intermodal, os custos de cada uma, o prazo de retorno sobre o investi-mento, o impacto no meio ambiente, os benefícios sociais, a geração de tributos e de empregos, além do desenvolvimento regional em função de cada projeto e de cada eixo de integração.

Eixos já existentes1 - Eixo de Integração Atual da Rodovia SP - Porto Alegre via BR-1162 - Eixo de Integração Atual Rodoviário SP - Caxias do Sul via BR 1013 - Eixo de Integração Atual Rodoviário Passo Fundo - Imbituba via BR 2854 - Eixo de Integração Atual Rodoviário São Miguel do Oeste - São Francisco do Sul via BR 280/2825 - Eixo de Integração Internacional Atual Rodoviário São Paulo - Buenos Aires via São Borja, BR 285 e BR 153

Novos eixos6 - Novo Eixo de Integração da Ferrovia Norte-Sul - Trecho Sul7 - Novo Eixo de Integração Ferroviário Guairá - São Francisco do Sul - Parana-guá via Anel ferroviário no litoral e serra8 - Novo Eixo de Integração Rodoviário da Boiadeira Porto Camargo - Parana-guá via Campo Mourão e BR 487

Fonte: Macrologística/Fiesc

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Projetos prioritários em SCCom a execução em curto e médio prazo dos 51 projetos contidos nos oito eixos prioritários do Sul Competitivo, já é possível se alcançar mais de 80% da economia potencial consolidada, investindo-se um quinto do que seria necessário para o de-senvolvimento de todos os projetos e com um retorno econômico de menos de cinco anos. Confira os projetos prioritários com obras em Santa Catarina.

RodoviáriosPavimentação da Ligação entre BR-101 e Itapoá (SC)Construção do Acesso Rodoviário ao Porto de Itajaí (SC)Construção do Contorno da Grande Florianópolis (SC)Duplicação do Acesso ao Porto de Imbituba (SC)Construção da BR-285 entre São José dos Ausentes e Timbé do Sul (RS/SC)Adequação da BR-282 entre São Miguel Oeste e o entroncamento com a BR-153 (SC)Adequação do Acesso Norte a Chapecó (SC)Construção do Contorno Leste de Xanxerê (SC)Duplicação da BR-280 entre Jaraguá do Sul e São Francisco do Sul (SC)

FerroviáriosAdequação da Ferrovia ALL entre Mafra e São Francisco do Sul (SC)Construção do Contorno Ferroviário de Jaraguá do Sul (SC)Construção do Contorno Ferroviário de Joinville (SC)Construção do Contorno Ferroviário de São Francisco do Sul (SC)Construção da Ferrovia Norte-Sul entre Panorama e Rio Grande (RS/SC/PR/SP)Construção do Terminal Rodoferroviário em Coronel Freitas (SC)Construção do Trecho Ferroviário entre São Francisco Sul e Paranaguá (SC/PR)

PortuáriosDragagem no Porto de Imbituba (SC)Ampliação da Área Portuária do Porto de Imbituba (SC)Construção do Berço 401 no Porto de São Francisco do Sul (SC)Recuperação do Berço 201 no Porto de São Francisco do Sul (SC)Derrocagem de Lajes na Bacia de Evolução do Porto S.Francisco Sul (SC)Construção do Terminal Mar Azul em São Francisco do Sul (SC)

Fonte: Macrologística/Fiesc

Os autores e a base do projetoO projeto Sul Competitivo é uma iniciativa da Confederação Nacional da Indústria (CNI) em parceria com as federações das Indústrias de Santa Catarina (FIESC), do Estado do Paraná (FIEP) e do Rio Grande do Sul (FIERGS). O levantamento, apoiado pelo Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE), foi desenvolvido pela consultoria Macrologística, que rea-lizou mais de 180 entrevistas no Brasil e na Argentina, Chile, Uruguai e Paraguai, para compreensão de como funciona a logística de escoamento dos três estados para os países vizinhos e para o mapea-mento das oportunidades potenciais de maior movimentação de cargas. O Sul Competitivo detalhou as cadeias produti-vas nos segmentos agrícola, extrativista e industrial, que incluem 61 diferentes produtos e compõem 86% de tudo o que é produzido, consumido, importado e exportado na região. Foram estudadas ainda a realidade socioambiental e a geografia regionais.

Origem Destino Via principal % Uso 2010/ cap % Uso 2020/ capCriciúma Florianópolis BR 101 277% 411%

Joinville Curitiba BR 101 183% 262%

Itajaí Joinville BR 101 166% 240%

Caxias do Sul Lages BR 116 148% 232%

Lages Mafra BR 116 144% 230%

Mafra Curitiba BR 116 142% 227%

Florianópolis Itajaí BR 101 136% 199%

Principais gargalos rodoviários

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Perfil

Proprietário da Assistec, empresa especializada em Sistemas Construtivos a Seco, Paulo Celso de Souza Ribeiro perdeu praticamente tudo o que tinha na enchente de setembro de 2011, que atingiu a sua empresa localizada

bem no centro de Blumenau, na Rua São Paulo com a Victor Konder. Mas com perserverança e muito trabalho, e sem precisar recorrer a bancos, ele fez com que a Assistec conquistasse, pouco mais de um ano depois, o Gran Awards de Excelência de Qualidade 2012 e Empresa do Ano em Qualidade, que será entre-gue no dia 10 de dezembro, em São Paulo.

O prêmio é concedido pelo Instituto Nacional de Excelência de Gestão de Qualidade Total Quality a empresas que se destacam no mercado brasileiro por sua gestão e pela qualidade de seus produtos e serviços. Para conceder o prêmio e os selos de Qualidade Internacional e Selo Ambiental Internacional, os consul-tores do Instituto verificam a filosofia da empresa, a sua prática operacional, a qualidade dos produtos, o respeito ao consumidor e cliente, a responsabilidade social e a credibilidade da empresa no mercado.

Fundada há 23 anos em Blumenau, a Assistec trabalha com uma vasta linha de materiais e mão de obra para instalação de forros modulares, divisórias, Drywall, tapumes, Steel Frame, isolamentos térmicos e acústicos e móveis em Gesso, entre outros produtos. “Nós podemos construir um prédio de dois anda-res consumindo pouca água, ao contrário dos sistemas construtivos tradicionais, que utilizam muito os recursos naturais. Boa parte do nosso material é reciclado, por exemplo”, afirmou Paulo Celso.

Natural de Vacaria e com 42 anos, Paulo Celso chegou a Blumenau em mea-dos da década de 1980 para trabalhar como garçom na Oktoberfest. Depois, foi funcionário em uma empresa de persianas e, não demorou muito, seu tino comercial o fez abrir o seu próprio negócio. Com a chegada do Plano Collor, a Assistec ficou apenas prestando serviços, enquanto Paulo Celso trabalhou em outra empresa durante 17 anos. Há quatro anos, após a enchente de 2008, ele reativou a empresa 100%.

Hoje, mesmo enfrentando uma enchente como a do ano passado, sua empre-sa dá emprego a 20 funcionários e outros 60 terceirizados. E, se o desastre natu-ral que provocou o caos na cidade quando se preparava para dar o grande salto, Paulo Celso acredita que o momento da virada acontecerá agora, com o prêmio e os selos de qualidade que atestam os bons serviços prestados pela Assistec.

Assistec teve grandes perdas com a enchente de setembro de 2011, em Blumenau, mas

a empresa deu a volta por cima e, pouco mais de um ano depois, vai receber um troféu

internacional de qualidade

Prêmio a quem supera os desafios

Paulo Celso de Souza Ribeiro, proprietário da

Assistec

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Pacto por Santa Catarina

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Neste 2012 que se encerra, nossos agradecimentos àqueles que estiveram conosco, ao longo do ano, unidos pelo objetivo de fortalecer a indústria da Construção Civil em Santa Catarina. Boas Festas e um próspero 2013 a todos.

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Vivemos um momento no nosso país em que nos damos conta da necessidade urgente de assumir uma postura mais crítica e de

atitude resolutiva com relação à educação.Já vai tempo em que ficamos aguardando que

governos trabalhem de forma objetiva esta ques-tão, tanto do ponto de vista de formação pura e simples de nossas crianças, adolescentes, jovens e até mesmo adultos que se mantiveram a mar-gem da formação escolar, quanto da formação profissional, da transmissão de conhecimento, do incentivo a ideias e promoção de competências para o surgimento de líderes e colaboradores qualificados, capazes de desenvolver seu próprio negócio gerando emprego e riquezas.

Quando li a respeito da decisão da nossa Fiesc em investir, de fato, em um programa de educação voltada para o trabalho, fiquei muito feliz. Esta iniciativa é louvável não somente pela importância da educação como alavanca para o aumento da competitividade mas, também, pela simples manutenção da mesma.

Os países que tomaram esta iniciativa já mostram índices superiores de crescimento qualitativo em relação aos que não percebem esta necessidade. É hora de iniciarmos, sim. Não haverá esperança nenhuma para os futuros empreendedores sem investimento na educação no Brasil.

A atual geração de empreendedores sofre mui-to com os baixos níveis educacionais. Se falarmos então da educação funcional, teremos um quadro

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SINDUSCON - A Força do Associativismo

Presidente do Sinduscon Oeste, Lenoir Broch convoca empresários e trabalhadores a lutarem em prol da qualifi-cação do ensino no país

alarmante. Somos culpados por não exigir dos nossos governantes uma postura mais resolutiva com relação ao assunto. Sabemos o tamanho do prejuízo que nossos filhos e netos terão se nada for feito imediatamente.

Nossos sindicatos patronais podem e de-vem contribuir para esta decisão. Os sindicatos dos trabalhores também têm a obrigação de se envolver no processo, sensibilizando as famílias sobre a importância desta ação. Temos muitos trabalhadores que, na condição de líderes, de-sestimulam o aprendizado de seus colaboradores (às vezes, pelo simples receio da competitividade qualificada).

A escola da construção civil é um exemplo de como a oportunidade de aprendizado, a simples freqüência a um ambiente diferenciado, a convi-vência com outras pessoas e o acumulo de conhe-cimento podem dar mais segurança ao indivíduo, permitindo-lhe de forma mais tranquila buscar experiências e perceber a importância desta ati-tude para o seu futuro.

Quando o indivíduo conhece seus direitos e tem a consciência do compromisso com deveres, tem condições de exercer a cidadania de forma digna e segura, não permitindo que o resultado de seu trabalho seja usurpado por maus empre-sários e políticos desonestos que assaltam os cofres deste país.

Por fim, se perseguirmos este objetivo, com certeza os futuros brasileiros poderão comemo-rar.

Educação urgente

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SINDUSCON - A Força do Associativismo

Assessorar o presidente, secreta-riar reuniões, escrever ata, manter contato com os associados e emitir

correspondências são algumas das prin-cipais funções do secretário executivo do Sindicato da Indústria da Construção e de Artefatos de Concreto Armado do Oeste (Sinduscon), Juares Menegatti.

Formado em Administração de Empre-sas pela Fundeste em 1983, Menegatti é casado com a administradora de empre-sas Dilema de Cezaro Menegatti, com quem tem dois filhos: Matheus de Cezaro Menegatti, 18 anos, e Isabelle de Cezaro Menegatti, 14 anos.

O Sinduscon foi fundado em 1987 e tornou-se uma das mais importantes entidades empresariais representativas da região. Com atuação em mais de 20 municípios do Oeste de Santa Catarina,

congrega empresas construtoras, incor-poradoras e prestadoras de serviços de mão de obra, proporcionando diferenciais que as destacam no mercado.

Juares Menegatti trabalha no Sindus-con Oeste desde fevereiro de 2010. Entre as maiores conquistas do sindicato nos últimos dois anos, ele cita, a união com outras entidades, participação ativa nas discussões do novo código de obras de Chapecó e ativação da Escola da Constru-ção Civil do SENAI – uma reivindicação do Sinduscon – que foi oficialmente inaugu-rada neste ano pelo Sistema FIESC.

Natural de Chapecó, além do tra-balho no sindicato, Menegatti atua no desenvolvimento de software - programa específico para controle de imobiliária. Nos momentos de lazer costuma fazer caminhadas, viagens e trilhas.

Juares Menegati, secretário executivo do Sinduscon do

Oeste, desenvolve um software para controle de imobiliária

Juares Menegatti

Escola da construção civil foi uma conquista

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Em 16 anos de atuação no Sinduscon de Jaraguá do Sul, o secretário-executivo da entidade, Carlos Henrique Villas Boas, 49 anos, trabalhou com apenas dois presidentes: com o atual, Paulo Obenaus, e o anterior, Blásio Mannes.

“Aqui em Jaraguá do Sul nós temos uma tradição de longos mandatos. O presidente Paulo Obenaus está no comando desde 2006, quando o antigo sindicato que reunia os setores imobiliário e da construção civil foi desmembrado em dois. Um ficou só com o imobiliário e nós, do Sinduscon, apenas com a construção civil”, disse Villas Boas.

Nesse período, o Sinduscon de Jaraguá do Sul cresceu e atuou de forma muito inte-grada às empresas associadas, em parceria com a Câmara da Indústria da Construção Civil, da Fiesc, e com o Senai, para a realização de cursos de capacitação de funcioná-rios do setor.

De acordo com Carlos Henrique Villas Boas, as empresas da área de atuação do sindicato aproveitaram o momento propício para crescer. A partir da crise econômica mundial de 2008, os empresários não deixaram de investir, apenas se tornaram mais criteriosos.

“Não é que os empresários tenham tirado o pé do acelerador. Mas já tivemos dias melhores. Mas acredito que, com a instalação da fábrica da BMW em Araquari, que é aqui perto de Jaraguá, toda a região venha a se beneficiar. Principalmente Guaramirim, que é próximo e tem muito espaço para crescimento”, afirmou o secretário-executivo.

Segundo Villas Boas, a instalação da sede do Sinduscon no Centro Empresarial de Jaraguá do Sul, onde estão localizadas também o CDL local, a Associação Empresarial (ACIJS), a Associação de Pequenas e Médias Empresas (AMPE), a Associação Brasilei-ra de Recursos Humanos (ABRH) e a Junta Comercial, facilitou a diminuição de custos do sindicato, que tem sua atuação voltada basicamente para os serviços de convenção coletiva.

Carlos Henrique Villas Boas trabalha há 16 anos no Sinduscon de Jaraguá do Sul

Carlos Henrique Villas Boas, secretário--executivo do Sinduscon de Jaraguá do Sul, aposta no desenvolvimento da região com a chegada da BMW

Expectativa de retomada do crescimento

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Perfil

Marcelo Xavier de Oliveira é o cria-dor do software UAU que há 15 anos é a ferramenta tecnológica

das principais construtoras, incorpora-doras e imobiliárias do país. Fundador da Globaltec , empresa que tem como missão trabalhar exclusivamente para este segmento, ele explica como a tecnologia faz a diferença nos canteiros de obras e escritórios de planejamento de grandes empreendimentos.

Prestes a lançar a versão 9.4 do UAU, a Globaltec reafirma o foco neste merca-do, que se tornou a paixão do empresá-rio. Dono de idéias inovadoras, Marcelo acompanhou a evolução e as necessida-des do setor da construção civil brasileiro por mais competitividade e avalia nesta entrevista os desafios e as soluções para o futuro.

Revista Construindo – O UAU tem anos de utilização com sucesso. Como surgiu o UAU?Marcelo Xavier de Oliveira_ A base do UAU foi um sistema que inicialmente chamá-

Um tecnólogo na construção civil

vamos de Sisplan e que em 1995 por aí, começou a ser desenvolvido a partir de tabelas do Excell, numa construtora de Goiânia, que já atuava na vanguarda da busca por modernização. Na época, o desafio era fazer planilhas de custo mais eficientes, pois gastava-se 30 dias para fazer o custo de obra. Bolamos umas planilhas que faziam todo o custo da obra em 2 horas. Esse jogo de planilhas, que foi o embrião do UAU, chamamos de Sisplan.

Revista Construindo_ Hoje são mais de 540 clientes, mas como foi o começo, a aceitação do produto no mercado?Marcelo Xavier de Oliveira – Já tínhamos o foco de que o diferencial de um bom software empresarial era o planejamento, o controle da gestão. Era uma época de poucos recursos tecnológicos; softwares chegavam no Brasil por contrabando. Pesquisamos muito, fomos ao exterior e começamos a fazer a programação. Em 1995, com o Windows, o Sisplan come-çou a ter uma concepção de software de planejamento. No passado, tivemos a

dificuldade do novo. O empreendedor co-nhecia nosso software e se surpreendia. Mas logo questionava como conseguir que ele fosse realidade lá no chão da obra. Os empreendedores apostaram, acreditaram e hoje, como o boom da comunicação, isso é normal e faz parte da rotina de trabalho.

Revista Construindo- Vocês consegui-ram equalizar a qualidade do produto com a assistência?Marcelo- São três pilares que traba-lhamos numa empresa de tecnologia: o produto em si, a evolução dele e o serviço de implantação. Nesse último quesito, as técnicas de repasse de conhecimento ainda são um desafio. No setor da cons-trução civil, a mão de obra é muito volúvel. Com o crescimento do mercado, há o lei-lão de mão de obra. O que significa que se forma um profissional e pode-se perdê--lo. Para implantação do software não quisemos criar o filho e jogá-lo no mundo. Sempre tivemos cuidado de não deixar esse item na mão de outros. Formamos uma equipe de consultores que a cada semestre se reúne na sede da empresa e recebe capacitação. O objetivo é que te-nhamos um atendimento personalizado, ligado diretamente a nós.

O que representa o lançamento da nova versão do UAU?Marcelo Xavier de Oliveira - O UAU está sempre em evolução. Trabalhamos com um olho nas inovações e outro na necessi-dade do cliente. Construímos essa versão com os dados dos nossos usuários e com a participação direta deles. Tenho duas realizações: a primeira, quando chego numa empresa e vejo todas as telas no UAU. Penso: “Puxa, conseguimos contri-buir com o melhor controle da empresa, com o crescimento dela”. Isso é uma satisfação: o pessoal utilizando nossa ferramenta. A segunda é quando vejo nos anúncios de jornal, como pré-requisito de contratação o conhecimento do UAU. Então de uma plataforma de trabalho, fomentamos o conhecimento. E estamos crescendo em qualidade junto com as grandes empresas brasileiras da constru-ção civil.

Marcelo Xavier de Oliveira, diretor da Globaltec

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No dia 1º de junho deste ano, o secretário-executivo do Sindus-con de Rio do Sul, Moacir Tenfen,

completou 21 anos atuando na entidade. Técnico em contabilidade, com 43 anos, ele já trabalhou com cinco presidentes do sindicato; Walgenor Teixeira (1991 a 1994), Arno Nardelli (1994 a 1997 e 2010 a 2013), Airton Demarch (1997 a 2000 e 2003 a 2007), Adilson Antunes (2000 a 2003) e Osnir Miliorini (2007 a 2010).

Segundo Moacir, a organização do sindicato era muito simples no início, toda a documentação era feita manualmente, desde o controle cadastral das empre-sas até a contabilidade. “Os trabalhos da entidade eram restritos às questões da convenção coletiva de trabalho e, quan-do necessário, fazíamos reuniões com os empresários. Com o passar dos anos, verificou-se a necessidade de aumentar o leque de atividades e serviços oferecido aos associados”, disse Tenfen.

Moacir comemorou a forte retomada das atividades do setor da construção civil, dizendo que o mercado está aquecido não só em Rio do Sul, mas em toda a região do Alto Vale do Itajaí, com muitos empreendi-mentos sendo construídos e outros tantos sendo lançados. “Com certeza, os efeitos da enchente ocorrida em Rio do Sul, no

Moacir Tenfen, secretário--executivo do Sinduscon de

Rio do Sul, fala sobre a retomada da construção civil

na cidade após a enchente do ano passado

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SINDUSCON - A Força do Associativismo

último ano, deixaram marcas, visíveis e invisíveis, que ficam no coração de quem passou por mais esta catástrofe. Temos ainda reflexos da enchente, pessoas que não conseguiram retornar para seus lares até agora, pessoas que nem casa têm mais. Mas a construção civil está aquecida. Os empresários não deixaram de investir na cidade, gerando empregos para essas pessoas necessitadas”, afirmou.

De acordo com ele, o sindicato, além das questões trabalhistas envolvidas pela convenção coletiva, apoia muitos eventos realizados em Rio do Sul em parceria com outras entidades empresarias e eventos realizados pelo sistema Fiesc, em espe-cial o Senai/Rio do Sul. Moacir destacou o trabalho realizado na divulgação, entre as empresas do setor, dos cursos de capaci-tação de funcionários, como o de mestre de obras, pedreiro de alvenaria estrutural, pintor de obras e encanador instalador predial.

Até março de 2013, uma unidade móvel do Senai ficará à disposição das empresas e da comunidade para que esses cursos possam ser realizados. E para 2013, se-gundo ele, o principal objetivo do sindicato é fazer com que os empresários da cons-trução civil da região participem mais de feiras específicas do setor.

Incentivo à participação em feiras do setor em 2013

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Natal é a presença de Jesus em nossos corações, não só representa a fé, mas principal-mente a vida.O nascimento do Filho de Deus!Natal é um momento doce e cheio de significado para as nossas vidas.É tempo de repensar valores, de ponderar sobre a vida e tudo que a cerca.É momento de deixar nascer essa criança pura, inocente e cheia de esperança que mora dentro de nossos corações.É sempre tempo de contemplar aquele menino pobre, que nasceu numa manjedoura, para nos fazer entender que o ser humano vale por aquilo que é e faz, e nunca por aquilo que possui.Noite cristã, onde a alegria invade nossos corações trazendo a paz e a harmonia.O Natal é um dia festivo e nós do Sinduscon/Rio do Sul, esperamos que o seu olhar possa estar voltado para uma festa maior, a festa do nascimento de Cristo dentro de seu coração.Que neste Natal você e sua família sintam mais forte ainda o significado da palavra amor, que traga raios de luz que iluminem o seu caminho e transformem o seu coração a cada dia, fazendo que você viva sempre com muita felicidade.Também é tempo de refazer planos, reconsiderar os equívocos e retomar o caminho para uma vida cada vez mais feliz.Teremos outras novas oportunidades de dizer à vida, que de fato queremos ser plena-mente felizes, que queremos viver cada dia, cada hora e cada minuto em sua pleni-tude, como se fosse o último e que queremos renovação e buscaremos os grandes milagres da vida a cada instante.Todo Ano Novo é hora de renascer, de florescer, de viver, de concertar mais uma vez nossos erros. Aproveite este ano que está chegando para realizar todos os seus sonhos!FELIZ NATAL E UM PRÓSPERO ANO NOVO PARA TODOS!São os votos da Diretoria do Sinduscon/Rio do Sul e seus Funcionários

Boas-festas!

Arno Nardelli

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SINDUSCON - A Força do Associativismo

Em 2005, a Justiça Federal de Santa Catarina decidiu que se uma obra ou atividade estivesse licenciada por um órgão ambiental, outro órgão não poderia embargar ou discordar da licença emi-

tida. Isso por que o licenciamento ambiental, como ato administrativo, dispõe de presunção de legitimidade, não podendo ser anulado por ou-tro órgão da administração, a não ser ele próprio, ou sob mandamento judicial que declare a nulidade.

Porém, apesar da jurisprudência, isso não vem sendo seguido e, não poucas vezes, uma obra concluída licenciada pela Fatma acaba sendo embargada pelo Ibama ou, em alguns casos, por interferência do Mi-nistério Público, federal ou estadual. Essa insegurança jurídica acaba, na opinião do presidente do Sinduscon da Grande Florianópolis, Helio Bairros, trazendo mais prejuízos para a questão do meio ambiente e para a sociedade do que a aplicação correta ou não da legislação.

De acordo com Helio Bairros, o setor da construção civil aguarda a efetiva aplicação daquilo que foi anunciado como o complemento ao novo Código Florestal brasileiro, muito embora o Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) já tenha editado norma, o decreto que normatiza de uma vez por todas a atuação dos órgãos licenciado-res, talvez seja mais importante do que a própria Lei Complementar 140, sancionada e assinada pela presidente Dilma Roussef, em 8 de dezembro de 2011. (http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/LCP/Lcp140.htm).

“Aqui na Grande Florianópolis cada órgão julga ter competência sobre determinada situação. O decreto vem em boa hora e deve trazer a pacificação desse problema. Com a edição do decreto, cada órgão saberá qual a sua competência de atuação e, com isso, espera-se que acabe com a sobreposição ou invasão de atribuições, passando-se a discutir o que interessa a sociedade e ao meio ambiente”, diz.

Ainda segundo Helio Bairros, o novo Código Florestal brasileiro poderia ter avançado em alguns pontos no que diz respeito a área urbana. Há o consenso de que a discussão sobre a questão florestal e ambiental no espaço urbano foi sufocada pela polêmica entre ruralis-tas e ambientalistas nos debates sobre o Novo Código.

Fim da insegurança na questão ambiental

Presidente do Sinduscon da Grande Florianópolis, Helio Bairros

acredita que decreto anunciado pelo governo vai pacificar o

problema sobre a competência dos órgãos licenciadores

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O presidente do Sinduson do Sul Catarinense, Jair Paulo Savi, destacou o aumento médio de 20% no salário dos funcio-nários das empresas da construção civil que participam

dos cursos promovidos pelo sindicato. Neste segundo semestre de 2012, a entidade promoveu cursos de especialização e capaci-tação para engenheiros, mestres de obra e servente. No dia 19 de novembro, foi aberto um curso para mestre de obra em parceria com o Senai.

“Quem faz esses cursos vêm com ideias novas e procura corrigir os erros dos outros. Além de ser uma oportunidade de ascensão profissional, todo mundo sai ganhando com a especialização do trabalho, tanto o profissional quanto a empresa”, disse Savi.

Atualmente com 41 empresas filiadas, o Sinduscon do Sul Ca-tarinense procura desmistificar a ideia de que as empresas que fi-liam à entidade passam a ser mais fiscalizadas pelo Ministério do Trabalho. “Isso não é verdadeiro. A informalidade é danosa para o setor. Sempre procuramos mostrar que as empresas que se filiam ao sindicato passam a ter o apoio das entidades maiores que nos representam, como a Fiesc e a CDIC - Câmara de Desenvolvimento da Indústria da Construção, não só na questão de assessoria téc-nica e jurídica, mas através dos cursos a que só os associados têm acesso”, disse Jair Paulo Savi, cujo mandato à frente do Sinduscon vai até junho de 2013.

Jair Paulo Savi, presidente do Sinduscon do Sul Catarinense, quer acabar com os mitos nos quais se apoia a informalidade

Ideias novas para o crescimento do setor

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O empresário José Brill Wolf, que assumirá a partir de 2013 a presi-dência do Sindicato da Indústria

da Construção e de Artefatos de Concre-to Armado do Oeste (Sinduscon) para o próximo biênio, tem planos consistentes para seguir as ações coordenadas pelo atual presidente Lenoir Antonio Broch. Composta por chapa única, a nova diretoria foi eleita, neste mês, durante Assembleia Geral Ordinária, no restaurante Tabajara, em Chapecó.

Uma das principais bandeiras da entidade é trabalhar para intensificar os investimentos em tecnologia através do incentivo para adoção de programas de qualidade nas empresas, bem como investir em qualificação de mão de obra. O sindicato também prioriza investimentos em atualização de conhecimento dos em-presários sobre as atividades que desen-volvem, promovendo acesso a informações sobre as leis e obrigações dos empregado-res, segurança no trabalho, missões para feiras e congressos do setor, além de lutar para redução da informalidade.

A conquista da Escola da Construção Civil do Senai, oficialmente inaugurada neste ano pelo Sistema Fiesc, foi uma das grandes conquistas reivindicadas pela entidade. “Vamos continuar trabalhando para qualificar a mão de obra através de incentivos aos trabalhadores, visando não somente melhorar a qualidade de vida do profissional como também otimizar a qua-lidade do processo construtivo”, destacou o presidente eleito para o próximo manda-to, José Brill Wolf.

Segundo Broch, o Sinduscon Oeste conquistou respeito e credibilidade ao longo de seus 25 anos, por atuar em defesa de interesses coletivos com dedicação e seriedade. Durante o evento, o presidente eleito entregou o troféu “O Construtor” ao presidente do Sinduscon e diretor da Broch Empreendimentos, Lenoir Antonio Broch, pelo constante investimento em progra-mas de qualidade na empresa.

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Eventos

Atual presidente do Sinduscon Oeste, Lenoir Antonio Broch (E), e o presidente eleito para a gestão

2013/2014, José Brill Wolff

José Brill Wolf assume em 2013 e promete dar seguimento às

ações desenvolvidas nos últimos anos por Lenoir Antonio Broch

Sinduscon Oeste elege nova diretoria

A nova diretoria é formada pelos seguintes empresários: José Brill Wolf (presidente), Jean Carlo Baldi (vice-pre-sidente administrativo), André Badalot-ti Passuelo (vice-presidente financeiro), Lírio Sanagiotto (vice-presidente de política habitacional e desenvolvimen-to urbano e obras públicas), Mauro Lunardi (vice-presidente de estudos econômicos e estatísticos), Carlos Alberto Bortoluzzi (vice-presidente de qualidade, tecnologia e produtividade)

e Clóvis Afonso Sphor (vice-presidente de relações trabalhistas, segurança e medicina do trabalho). No Conselho Fiscal estão os empresários Josias Antonio Mascarello, Daniel Eduardo Bet e Pablo Davi (efetivos), Gleice Simoni Antonini, Albery Lorencetti e Már-cio Leandro Kaufamann (suplentes). Como delegados foram eleitos Bárbara Paludo, Lenoir Antonio Broch (efeti-vos), Eliandro Pablo Baldissera e Glecir Antonini (suplentes).

Diretoria eleita

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Prestes a entregar os primeiros apartamentos residenciais e escritórios comerciais que formarão o novo centro da Cidade Sustentável Pedra Branca, os diretores do empreendimento es-

tão focados na qualificação dos espaços públicos do local. Para tanto, a empresa constratou os profissionais do escritório Gehl Architects, administrado pelo renomado urbanista Jan Gehl, que tem entre seus projetos a transformação do centro de Copenhague, capital da Dina-marca, e o replanejamento urbano de Merbourne (Austrália), Estocol-mo (Suécia), Lyon (França) e Nova York (Estados Unidos).

Sócio de Gehl, o arquiteto Ulrik Nielsen visitou o empreendimento em construção em Palhoça, na Grande Florianópolis, no início do mês de novembro. Nielsen participou de workshops com os idealizadores do projeto, profissionais de arquitetura, urbanistas e paisagistas envolvidos na construção do “bairro-cidade” sustentável. Entre os ob-jetivos da consultoria internacional, contratada até maio de 2013, está a construção da primeira “rua compartilhada” do Brasil, um conceito que privilegia os pedestres e ciclistas sem deixar de ser trafegável aos automóveis, e que terá como âncora um shopping a céu aberto, o Passeio Pedra Branca. “Ficamos encantados com o trabalho do escri-tório Gehl Architects pelo mundo e a sensibilidade que eles têm com o espaço público pensados para as pessoas, por isso fechamos essa parceria para que aprimorem o que estamos construindo em Santa Catarina”, destacou Marcelo Gomes, diretor da Pedra Branca.

Pedra Branca conta com consultoria do escritório Gehl Architects para

transformar espaços públicos

Sócio do escritório que transformou o centro de Copenhague e outras cidades visitou o empreendimento em Palhoça

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Sustentabilidade

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Desde que deixou sua condição de fazenda (com 250 hectares) de propriedade fami-liar destinada à pecuária para se tornar um projeto urbanístico inovador no início dos anos 2000, a Pedra Branca já passou por algumas fases. Até 2020, pretende se tornar um dos melhores lugares para as pessoas viverem. Para a meta ser alcançada, Valério Gomes, presidente da Pedra Branca, crê que a interação com os colaboradores é fun-damental. “Nós temos um desafio enorme pela frente, que envolve todos que trabalham na Pedra Branca, que é construir um local onde as pessoas desejem morar. Para isso se concretizar, a colaboração de cada um é muito importante.”

Apontado como referência nacional e internacional, a construção do empreendimento é pautada nos conceitos do Urbanismo Sustentável, que tem como prioridade a qualida-de de vida e o resgate às antigas cidades. Nessa ótica, a infraestrutura do bairro é pla-nejada para que os moradores possam se deslocar prioritariamente a pé ou de bicicleta, pois o local oferecerá a curta distância moradia, emprego, educação, serviços e lazer. No projeto urbanístico do ‘bairro-cidade’, como também é conhecido, estão previstos 35 km acessíveis a bicicletas e as pessoas poderão acessar qualquer ponto do empreendimen-to pedalando.

Urbanismo inovador

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Sustentabilidade

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Trabalhadores da Procave que atuam na construção de um condomínio residencial em Itajaí vêm melhorando os indicadores de saúde e qualidade de vida por meio de uma alimentação mais saudável. Uma avaliação nutricional realizada com 155 colaboradores por nutricionistas do Serviço de Alimen-tação do SESI, entidade do Sistema Fiesc, em parceria com acadêmicos de nutrição da Univali, mostrou que apenas 7,7% apresentam alguma doença crôni-ca não transmissível como a hiperten-são arterial (6,4%) e a diabetes (1,3%).

De acordo com Ingrid Godoy, nutricio-nista do SESI responsável pelo restau-rante da Procave, a avaliação identificou que 54% dos trabalhadores estão com o peso adequado para altura e 13% apresentam obesidade. “A avaliação aponta que 79% deles não apresen-taram excesso de gordura abdominal, fator muito positivo já que o acúmulo de gordura nessa região é um fator prediti-vo de doença cardiovascular”, explica.

Quanto à alimentação dos trabalha-dores, 74% realizam duas ou três re-feições ao dia. O almoço é a refeição de maior consumo calórico, e os operários chegam a consumir 1.390Kcal. Ingrid ex-plica que a recomendação do Programa de Alimentação do Trabalhador (PAT), é de no máximo 1.200Kcal no almoço. “No entanto, mesmo apresentando o consumo calórico acima do recomenda-do por este programa, os trabalhadores

não apresentam prevalência de excesso do peso, em virtude do alto gasto ener-gético durante a execução das obras”, detalha Ingrid.

A Alimentação do Trabalhador da Construção Civil é tema do estudo reali-zado com os colaboradores Procave que exercem suas atividades no canteiro de obras do Brava Home Resort. A iniciativa da pesquisa feita em parceria pelo SESI e Univali partiu da nutricionista Ingrid Godoy. “A ideia surgiu da seguinte for-ma: uma estagiária realizou um trabalho onde relatou o valor calórico consumido pelos trabalhadores e comparou com o PAT – Programa de Alimentação do Tra-balhador. Percebi que apenas comparar valores de calorias não era válido para esta população, pois somente com estes dados poderia se concluir que os tra-balhadores estariam com alimentação inadequada e prevalência de sobrepeso, o que não é verdade. Sugeri, então, a avaliação nutricional para provar que mesmo tendo o consumo calórico acima do recomendado, não há prevalência de sobrepeso, em virtude do alto gasto energético deles. A Univali aceitou fazer o estudo e o resultado da pesquisa confirmou a minha ideia. Este trabalho será encaminhado para publicação em revista científica”, conta a nutricionista.

Através do IMC (Índice de Massa Corporal), identificou-se que 54% dos trabalhadores apresentam-se eutrófi-cos, ou seja, com o peso adequado para

altura; 33% apresentam sobrepeso, e 13% obesidade. “Vale ressaltar que o IMC, avalia apenas peso e altura, e o público do estudo são trabalhadores braçais, com massa muscular bem de-senvolvida, o que pode apresentar valo-res elevados de IMC, não representando necessariamente tecido gorduroso, mas sim aumento de massa magra. Portanto os índices de sobrepeso e obesidade encontrados podem ser ainda mais baixos se avaliar a composição corporal diferenciando massa magra da massa gorda”, diz Ingrid.

Os 155 trabalhadores entrevistados receberam atendimento individual na avaliação nutricional e orienta-ções para uma boa alimentação. Os trabalhadores do Brava Home Resort contam com uma cozinha industrial do SESI e um refeitório com 300 lugares implantados no Centro de Vivência do canteiro de obras. O cardápio prepa-rado pela nutricionista oferece uma alimentação balanceada. “Arroz e feijão são a base e os complementos variam diariamente. Dois tipos de vegetais, cozidos ou crus na salada. Na guarnição: polenta, batata, massa e farofa. A carne, fonte de proteína, é oferecida de várias maneiras: frango, bovino e suíno. Na sobremesa, uma fruta, docinho e algo mais elaborado em datas festivas. As refeições são servidas em sistema de buffet livre”, explica a nutricionista.

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Qualidade de vida

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Estudo do SESI e da Univali com os trabalhadores da Procave, em Itajaí, indica que consumo calórico um pou-co acima do recomendado pelo PAT é compensado pelo gasto energético na execução das obras

Alimentação reforçada melhora a saúde na construção

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São Francisco do Sul, ou “São Chi-co”, como é carinhosamente cha-mada, tem o charme dos casarios

em estilo colonial português, além de suas praias, da Mata Atlântica preser-vada e da Baía Babitonga, que encantam os milhares de turistas que visitam este pedaço do paraíso todos os anos.

Descoberta em 1504, por uma expe-dição francesa que a consagrou como a terceira localidade mais antiga do país, e a primeira de Santa Catarina, possui um Centro Histórico tombado pelo Insti-tuto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – IPHAN, com destaque ao Museu Nacional do Mar – Embarcações Brasileiras.

Passear de barco, caminhar pela orla, se aventurar pelos caminhos em meio à natureza, ou simplesmente contemplar o pôr do sol na Baía Babitonga, são ape-nas alguns dos motivos que São Fran-cisco do Sul o convida para conhecer.

Descobrimento: 5 de janeiro de 1504Fundação: 15 de abril de 1847População: 42.569 habitantes (IBGE

– 2010)Área territorial: 492,97 km²Colonização: AçorianaClima: subtropicalSituada na região sul do Brasil, no

litoral norte do Estado de Santa Catari-na, São Francisco do Sul está a 200 km da capital, Florianópolis, e a 40 km de Joinville. O acesso terrestre à cidade se dá pela BR-280, que a se conecta com a BR-101. Por via marítima, é possível chegar de ferry boat da parte continen-

tal a ilha.Aeroportos próximos: Joinville (55

km) / Navegantes (96 km) / Curitiba (167 km)

Em São Francisco do Sul são diversas

as opções de passeio. Nesta área você poderá conhecer um pouco mais da ci-dade para tornar sua visita inesquecível!

Centro Histórico

Igreja Nossa Senhora da Graça Ícone do centro histórico da cidade, a Igre-ja Matriz Nossa Senhora da Graça foi construída a partir de 1699 com arga-massa composta de areia, cal, conchas e óleo de baleia. Toda sua imponência revela a religiosidade que a comunidade possui, propiciando um espaço de louvor para moradores e turistas. – Mercado Municipal Inaugurado em 20 de janei-ro de 1900, foi o principal centro de comercialização de produtos agrícolas e artesanais de São Francisco do Sul.

Nacional do Mar – Embarcações

Brasileiras FuncionamentoUma das principais atrações de São

Francisco do Sul, foi instalado em um antigo galpão em que eram realizadas operações portuárias. Com uma área de 10.000m2, é o único museu de embar-cações brasileiras, reunindo um acervo com centenas de peças oriundas de todo o país. O Museu Nacional do Mar também conta com uma biblioteca, um auditório e uma loja de suvenires, além de oferecer diversos cursos para a comunidade local.

Museu HistóricoConstruído no início do séc. XVIII

para abrigar a câmara de vereadores e a cadeia pública “O Palácio da Praia dos Mottas”, como ficou conhecido, foi utilizado até 1968. Em meio a celas e janelas de ferro, está exposto o acer-vo constituído por móveis, utensílios domésticos, objetos da marinha e do folclore local, mantendo vivo o legado e as tradições do povo francisquense.

CariocasNa língua indígena significa “Bicas

d’água”, que abasteciam a antiga Vila. Ao todo havia cinco, hoje existem ape-nas três: a da Rua Benjamim Constant, que apresenta azulejos portugueses; a da Rua Marcílio Dias em estilo colonial e a da Rua Coronel Oliveira que até hoje mantém sua construção original

Morro do Pão de AçúcarTambém conhecido como Morro da

Cruz, é o ponto mais alto da cidade, com 150m de altura. A história conta que antes de voltar para a França, o Capitão Binot Paulmier de Gonneville, ergueu uma cruz no alto de uma colina com o auxílio dos índios carijós para celebrar a Páscoa de 1504. No ano de 1947, quando a cidade de São Francisco do Sul completou 100 anos, uma réplica desta cruz em concreto foi instalada neste morro.

Forte Marechal Luz

Situado na Praia do Forte, foi inau-gurado no início do século para proteger

Turismo em São Francisco do Sul, onde o Brasil começou

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Atrações Turísticas

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a costa de invasões. Este pitoresco monumento encanta com suas peças de artilharia, além das incríveis paisagens que surgem na subida ao topo do morro, que pode ser feita de carro ou a pé.

Praias

Praia do Forte - Reduto da tranqui-lidade em meio à natureza. As águas calmas são propícias para curtir o mar com as crianças, com direito a visitar o Forte Marechal Luz.

Itaguaçu - Com caráter residencial, esta praia também é procurada para quem busca o descanso. Caminhe por sua orla e aprecie o entardecer em meio à brisa do mar.

Praia de Ubatuba - Procurada por esportistas, sejam eles surfistas, que são atraídos por suas ondas, ou então praticantes do vôlei de praia. Apesar de também ser residencial, é possível encontrar alguns restaurantes que ofe-recem frutos do mar em seus cardápios.

Praia de Enseada - concentra o maior número de hotéis, restaurantes e bares, sendo a mais movimentada dentre os demais balneários de São Francisco do Sul. Na alta temporada conta com atividades de lazer, assim como eventos esportivos.

Praia da Saudade “Prainha” - É uma das mais conhecidas praias de São Francisco do Sul, principalmente por suas ondas que garantem a prática do surf durante todo o ano, servindo como sede de campeonatos mundiais deste esporte. Possui bares por toda sua orla e localiza-se entre dois costões.

Praia Grande - Praticamente deserta, é a maior praia de São Francisco do Sul, com formação de dunas e de restinga em quase toda a extensão de sua orla. É neste local em que se encontra o Parque Estadual do Acaraí.

Praia do Ervino - Residencial, tam-bém é ideal para a pesca e surf. Para quem busca tranquilidade, o Ervino é uma ótima opção.

Parques

Sambaqui - A palavra tem origem guarani: Tambá – conchas e Ki – monte. Os Sambaquis são montes de conchas, formados por vestígios da ocupação humana pré-histórica. Os povos con-sumiam moluscos e amontoavam as cascas para morarem sobre elas, pois constituíam um local alto e seco. Nos sambaquis encontram-se vários ves-tígios desta ocupação humana, como sepultamentos, instrumentos líticos, fogueiras, restos de cozinha (ossos de peixes, aves e mamíferos consumidos).

Parque Estadual do Acaraí - Ocupa

uma área de 6.667 hectares, além do arquipélago Tamboretes, pertencente a São Francisco do Sul. Além de ser com-posto por dunas, restinga e sambaquis, o Parque também possui um complexo hídrico, formado pelo rio Acaraí, pelas nascentes do rio Perequê e pela lagoa do Capivaru, responsável pelo abrigo, reprodução e alimentação de várias es-pécies aquáticas e de restinga da Mata Atlântica, constituindo um local para proteção da flora e fauna, entre elas as endêmicas e ameaçadas de extinção. O parque foi criado em 23 de setembro de 2005 e com diversos estudos planeja-se a criação de um centro de visitação para oferecer a possibilidade de o turista conhecer toda essa diversidade com princípios de mínimo impacto.

Baía da Babitonga - É a maior baía navegável de Santa Catarina, composta por 24 ilhas em sua extensão. Possui um potencial náutico imensurável, já que além das belas paisagens e da rica fauna e flora, suas águas abrigam as embarcações de ventos fortes e tem-pestades. Na alta temporada, diaria-mente passeios de barco partem do trapiche central do Centro Histórico com destino a suas ilhas. No caminho ainda

é possível avistar golfinhos que animam os grupos que são presenteados de alegria com suas aparições.

Distrito Do Saí / Vila Da Glória

Um programa imperdível para quem visita São Francisco do Sul é conhecer as belezas da parte continental da cida-de: o Distrito do Saí, onde estão loca-lizadas as regiões do Estaleiro e a Vila da Glória. Nesta região existem várias cachoeiras, mas as principais para visi-tação são a da Serrinha e a do Casarão Backmayer. Ao chegar à indicação da primeira delas, é possível se refrescar nas águas cristalinas após uma trilha de aproximadamente 5 minutos. Para poder contemplar a segunda e maior cachoeira, anda-se aproximadamen-te mais dez minutos de carro após o acesso à Serrinha e também possui uma trilha de cerca de 5 minutos para chegar na queda. Uma vez estando na rua prin-cipal que liga o Estaleiro à Vila da Glória, é fácil identificar a estrada de chão que conduz o visitante até as mesmas pois existem placas indicando a entrada. A melhor forma é ir de carro ou de moto, mas para os aventureiros, a bicicleta também pode ser uma ótima opção.

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Em 1504, o navegador francês Binot Palmier de Gonneville aportou na região, marcando o início da primeira povoação catarinense e a terceira mais antiga do país.

O veleiro L`Espoir, comandado por Binot de Gonneville, lançou âncoras nas águas tranqüilas da Baía da Babitonga, em 5 de janeiro de 1504. Tinha partido do porto de Honfleur, na França, levado pela mesma saga que trouxe inúmeros outros aventureiros para este lado do Atlântico, a busca das riquezas das Índias?. Com os mastros e o casco ava-riados por fortes tempestades, busca abrigo para efetuar os reparos necessá-rios. Aqui, os marinheiros franceses não apenas são bem recebidos pelos índios carijós, chefiados pelo cacique Arosca, como também encontram madeira de lei nos matos próximos, além de água potá-vel e víveres para o reabastecimento.

Permanecem no lugar até 3 de julho de 1504, quando retornam para a Fran-ça. No cume do mais alto morro deixam uma cruz de madeira, marcando sua passagem por estas terras. Ao parti-rem, levam junto o índio Içá-Mirim, filho do cacique Arosca, com a promessa de devolvê-lo após 20 luas, depois de ensinar-lhe a arte da artilharia. O índio nunca mais retornou à sua terra natal, e

História viva nas ruas de São

Francisco do Sul

acabou casando com uma sobrinha de Binot de Gonneville.

A vinda de Manoel Lourenço de Andrade, em 1658, marcou o efetivo povoamento da região. Ele chegou acompanhado de toda sua família, de numerosos escravos, e trazendo animais e equipamentos necessários ao desenvolvimento da agricultura e pasto-reio do gado.

Em 1660 a povoação foi elevada à categoria de Vila e em 1665 tornou-se oficialmente Paróquia. Nas décadas se-guintes, a região foi fortemente influen-ciada pela iniciativa de outros empreen-dedores, com destaque para Gabriel de Lara, Domingos Francisco Francisques e Rafael Pires Pardinho.

Hoje, a herança cultural da aventura desses pioneiros pode ser conferida nas festas típicas, nos costumes, na culinária, e, principalmente, na arquite-tura… Numa volta pelo centro da cidade, é possível admirar casarões, igrejas e monumentos bem conservados ou res-taurados que preservam a memória dos tempos antigos.

Fonte: Site Prefeitura de São Francisco do SulFotos: Alexandre Braga

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Atrações Turísticas

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São Francisco do Sul parece ter a receita certa como cidade turística. Não é à toa que todos os anos, durante a temporada de verão, a população aumenta consideravelmente. As belezas naturais das praias em consonância com a arquitetura do Centro Histórico são requisitos fundamentais da escolha da cidade enquanto destino turístico.

A Prefeitura já está se preparando para recepcionar os mais de 400 mil turistas que são esperados. O tradicional evento que acontece na Enseada com atividades recreativas todos os dias, este ano tem tema: Estação Verão na Rota da Copa. Segundo o secretário municipal de Turismo, Augusto Kolling, a escolha faz alusão ao fato de o município ter sido apontado pela FIFA como destino oficial durante a Copa do Mundo em 2014. Durante o Estação Verão, vários profissionais de Educação Física promovem atividades como brincadeiras, vôlei, tênis de mesa, futebol de areia, ginástica na praia, recreação infantil e dança com qual-quer pessoa que queira participar. “É um evento para toda a família. Então, além de aproveitar a praia, as famílias podem participar, gratuitamente, das recreações”, explica o prefeito Luiz Roberto de Oliveira.

Nesse período também é realizado dois campeonatos esportivos, o Beach Soccer e o Futsal. Competi-ções esportivas que reúnem grande público com jogos de times amadores da região.

Para este ano, uma novidade: a Prefeitura vai disponibilizar transporte para os turistas que estejam na região dos balneários e queiram conhecer o Centro Histórico (a distância é de aproximadamente 18 km).

Mas não é só por terra que São Francisco do Sul recebe visitantes. Desde 2010, a cidade faz parte da rota de navios de cruzeiros marítimos. Para este ano, mais navios estão programados, inclusive o primei-ro chega na próxima sexta-feira, dia 30. O prefeito, com o intuito de consolidar ainda mais esta realidade turística, elaborou projeto de construção do Píer de Atracação de Navios de Passageiros, já em fase de execução, que também contará com uma marina pública.

Na região dos balneários, nos últimos meses, também foram feitos investimentos. Das obras, a que mais se destaca é a construção de uma nova adutora de abastecimento de água para a região dos balneários que pôs fim a um problema que era recorrente, a falta de água. Além disso, também foi instalada a Sub-prefeitura dos Balneários que oportuniza a moradores e veranistas, que têm casa no município, usufruírem dos serviços da Administração Pública sem precisar se deslocar até o prédio sede que fica no Centro Histó-rico. Obras de drenagem pluvial e pavimentações ocorreram, serviços realizados com recursos próprios da Prefeitura e que têm evitado alagamentos.

Trabalhos voltados ao lazer e esporte foram realizados e hoje representam opções de atividades da criança ao idoso. Em toda a cidade foram instaladas onze academias para a melhor idade, além da revi-talização e instalação de praças e parques infantis. E em breve, uma pista de skate, modalidade street, será inaugurada no Ubatuba. “Buscamos, a cada ano, melhorar em todos os aspectos para oportunizar a visitantes e francisquenses um verão agradável. Nossos 508 anos de história somados às belezas naturais e aos investimentos são um forte atrativo. Vale a pena conhecer e repetir o passeio”, diz Luiz Roberto de Oliveira.

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Perfil

Fundada em 26 de Julho de 2010, a VKF Esquadrias vem atendendo atualmente a grandes empresas do ramo da construção civil em Blumenau e região, e vem crescendo

e ganhando espaço a cada dia, com experiência de mais de 10 anos no ramo do aluminio e vidro, através dos anos de expe-riências em grandes empresas do ramo do alumínio de seu sócio proprietário, possui uma estrutura sólida para garantir a qualidade de seus produtos, com suporte de grandes empre-sas fornecedoras.

E visando prestar aos seus clientes um serviço diferenciado, com produtos de qualidade, investimos em maquinas espe-ciais de ultima geração para alumínio e vidro e procuramos profissionais capacitados para execução de cada obra, é com essa dedicação que a cada dia estamos conquistando mais espaço e reconhecimento no mercado.

“Nosso principal objetivo é atender e suprir as necessidades e expectativas de nossos clientes, com inovação, eficiência e criatividade”

Oferecemos assessoria do inicio ao fim da obra, assistência técnica especializada e garantimos o prazo de entrega estipu-lado.

Qualidade e atendimento garantem a conquista de novos clientes para a VKF Esquadrias

Em busca da perfeição

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Alexandre Kuhn,Diretor Comercial da VKF Esquadrias

VKF Esquadrias de Aluminio LtdaRua Heinrich Hemmer, 75 - Galpão 1

Badenfurt - Blumenau -Santa CatarinaTel: (47) 3232-7410 / 9969-6505

Visite nosso site www.vkfesquadrias.com.br

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Jaime Silva trabalhou três anos como empregado de uma empresa de pré-moldados antes de investir tudo o que havia conquistado, menos a casa, na sua própria fábrica.

Isso foi em 1997 e, desde então, a Silva Pré-Moldados só vem se beneficiando da coragem, determinação e seriedade de seu fundador. “É, fui corajoso e otimista, porque arrisquei tudo que tinha”, lembra Jaime.

Ele instalou a empresa em Palhoça, no bairro São Sebas-tião, região da cidade que começou a se desenvolver apenas alguns anos atrás. O negócio se tornou conhecido aos poucos. E isso ocorreu graças ao eficiente e barato marketing do boca a boca. Foi assim que a clientela deixou de ser formada apenas por pessoas físicas e passou a incluir construtoras de desta-que da Grande Florianópolis. Hoje, a proporção é de meio a meio entre empresas e particulares.

“A gente conseguiu uma construtora que confiou no nosso trabalho. Eles nos indicaram para outra e assim foi indo. Mas isso só deu certo porque nossos produtos são de qualidade”, conta Jaime, destacando que a credibilidade da Silva Pré-Mol-dados é conhecida no mercado a ponto de a empresa já ter atendido clientes de Criciúma, Balneário Camboriú, Joinville e do Planalto Serrano.

A empresa ampliou o mix de produtos no ano passado e agora fabrica também lajes treliçadas, que estão sendo cada vez mais empregadas na construção civil catarinense. Segun-do Jaime, o produto já corresponde por 30% do total de lajes comercializadas por mês. Com 10 funcionários e caminhão próprio para entregas, ele planeja ampliar a área construída da empresa erguendo mais galpões em 2013.

Planos de expansão para 2013Silva Pré-Moldados ganhou a confiança dos clientes, empresas e particulares, pela qualidade do seu mix de produtos

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Perfil

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Catálogo Empresarial

A EBGE – Editora Brasileira de Guias Especiais está em contato com os profissionais e empresas registrados e em dia com o Conselho para a atualização de dados e

autorização de divulgação na edição 2013 do Catálogo Em-presarial de Engenharia e Agronomia, que será lançada no mês de março do ano que vem. A atualização pode ser feita no link www.ebgesc.com.br/crea

Esta será a quarta edição do Catálogo, que é editado em versão impressa e virtual por meio de convênio entre o CREA--SC e a Editora, sem ônus algum para o Conselho, divulgando as empresas registradas e fornecedores anunciantes da área tecnológica catarinense.

Lembramos que só constarão na edição as empresas lis-tadas em relatório emitido pelo Departamento de Tecnologia da Informação do Conselho no dia 30.09, que efetuarem até o dia 21.12.12 a sua atualização cadastral.

CREA-SC define implantação do Programa de Qualidade ISO 9001

O CREA-SC e a Learn Business Consultoria e Assessoria Empresarial iniciaram em outubro a implantação do Progra-ma de Gestão da Qualidade ISO 9001 no Conselho, com prazo de 18 meses. A implantação da norma e a certificação do CREA-SC é uma das metas da atual gestão, visando a exce-lência profissional e tecnológica do Conselho. Posteriormen-te o programa será estabelecido nas inspetorias e escritórios regionais do estado.

“Acredito que este é um dos caminhos para melhorarmos o relacionamento com os profissionais, empresas e socieda-de”, diz o presidente Eng. Civ. e Seg. Trab. Carlos Alberto Kita Xavier.

A coordenação no CREA-SC é do Adm. Rafael Leal, vin-culado ao Núcleo de Gestão da Qualidade e à Assessoria de Planejamento e Gestão do CREA-SC.

“O objetivo é garantir processos mais eficientes o que, consequentemente, trará a satisfação dos clientes e a mate-rialização do Princípio da Eficiência”, explica Rafael.

Segundo ele, a ISO 9001:2008 foi o meio escolhido para padronização dos processos, visando o comprometimento com os resultados dentro de um prazo adequado.

Mérito Nacional: Profissionais catarinenses foram homenageados pelo Confea

Os engenheiros catarinenses Silvio Thadeu de Menezes e Manoel Arlindo Zaroni Torres foram homenageados pelo Confea na abertura da 69ª SOEA – Semana Oficial da Enge-

nharia e Agronomia, no dia 19 de novembro, em Brasília. O Eng. Agrônomo Silvio foi indicado para inscrição no livro

Láurea ao Mérito do Sistema Confea/Crea.Silvio foi Diretor Geral (Gestão 2006-2008) e Diretor

Financeiro (Gestão 2009-2011) da Mútua/Caixa de Assistência dos Profissionais do CREA-SC, Presiden-te da AEASC – Associação dos Engenheiros Agrôno-mos de Santa Catarina (Gestão 2009-2011) e faleceu em 9 de abril passado.

O Eng. Eletricista Manoel Zaroni teve seu nome aprovado na plenária do Confea, em caráter excep-

cional, pelas relevantes contribuições para o Sistema e para a sociedade, em função do trabalho que vem de-

senvolvendo como Diretor-Presidente da Tractebel Energia, maior empresa privada de geração de energia elétrica do Brasil, responsável pela produção de 7,5% da energia elétri-ca consumida no país.

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CREA

Atualize seu cadastro para a edição 2013 até dia 21/12

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Piratuba é conhecida na Região Sul e nos países vizinhos pelo grande parque aquático de águas termais que há mais de 30 anos movimenta a indústria do turismo nessa cidade do Meio-

-Oeste catarinense. Mas não pense você que sua temporada por lá vai se resumir, basicamente, a ir de roupão do hotel para o parque termal – andar de roupão pelas ruas, para quem não sabe, é tão natural em Piratuba quanto andar descalço na praia.

O Thermas Piratuba Park Hotel, por exemplo, programou uma extensa lista de atividades a partir de janeiro. A rotina diária inclui caminhadas ecológicas, minigolfe, futebol de sabão (isso mesmo, sa-bão), gincana e hidroginástica (porque não dá mesmo para ficar muito tempo longe da água na cidade). Além disso, há à disposição cama elástica, sala para crianças com vários brinquedos e escorregador in-flável, sem contar o recanto de jogos e suas mesas de sinuca, pingue--pongue, pebolim e carteado.

E não parou ainda. No parque de aventuras do hotel, profissionais credenciados explicam as técnicas e garantem a segurança de quem estiver interessado em fazer rapel, tirolesa, escalada e arco e flecha. Depois de tudo isso, você pode relaxar nas piscinas do hotel, duas delas aquecidas, na sauna ou no espaço Wellness, que oferece massa-gens, banhos de ofurô e terapias alternativas.

Mas isso não quer dizer que você deve passar toda a sua estadia no hotel. Até porque você estaria perdendo atrações como viajar no tem-po embarcado num trem Maria-Fumaça, visitar a maior usina hidrelé-trica de Santa Catarina e conhecer a cultura local.

O passeio na Maria-Fumaça de 1906 ocorre aos sábados e feriados entre Piratuba e a cidade gaúcha de Marcelino Ramos. Margeando o Rio do Peixe, o trem oferece uma viagem tranquila para os passageiros apreciarem a natureza da região. As saídas ocorrem às 13h de Pira-tuba e às 17h30 de Marcelino Ramos, que também conta com parque termal. O valor é R$ 6 por pessoa.

Já na visita à usina de Machado o turista conhece túneis de condu-ção, comportas, linhas de transmissão de energia, túneis de desvio e transformadores. Guias explicam cada parte do passeio, que dura cer-ca de 2h30min, incluindo o tempo de viagem. Custa R$ 16 por pessoa, com saída do hotel.

Outra opção de passeio é a Rota do Engenho. O percurso inclui paradas no parque ecológico de Três Pinheiros e no Hotel Fazenda do Engenho. Sai por R$ 16 por pessoa, com a mesma duração do passeio à usina: 2h30min.

E ainda tem o Parque Termal de Piratuba. Ou você pensava que não iria se falar dele? Principal atração da cidade reúne inúmeras piscinas, banheiras individuais e duchas. O complexo é enorme e funciona das 7h30min às 19h. A entrada para as piscinas térmicas custa R$ 6 para pessoas acima de 12 anos, R$ 3 para crianças de cinco a 12 e é livre para menores de quatro. Para entrar na piscina é preciso fazer exame médico no local, que é rápido e sai por R$ 4.

Aventura e diversão para todas as idades

O Thermas Piratuba Park Hotel tem uma progra-mação repleta de atividades para quem quiser

curtir o verão no paraíso das águas termais

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Lazer

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Eventos

CasaPronta teve 55 mil visitantes

Feira da construção em Criciúma contou com mais

de 170 expositores de cinco estados em sua 10ª edição

Entre os dias 17 e 21 de outubro, foi realizada no Centro de Eventos José Ijair Conti, em Criciúma, a

10ª edição da CasaPronta, considerada a maior feira da construção de Santa Catarina tanto em tamanho quanto frequência, apresentando novidades que agradaram desde o empreiteiro da obra até a dona de casa, e para quem desejava mobiliar, decorar, construir, reformar ou adquirir um novo imóvel. A CasaPronta, que teve público recorde de 55 mil pessoas nos cinco dias do evento, contou este ano com 210 espaços para exposições, em 10 mil m² de área, que foram ocupados por mais de 170 empre-sas e entidades expositoras de cinco estados.

“A CasaPronta chega na sua décima edição como referência no calendário de eventos que envolve os negócios no Estado”, avaliou a gerente comercial da Nossacasa Feiras, Jaqueline Backes, durante a solenidade de inauguração da feira, que contou com diversas autori-dades da região sul e do Estado. “A 10ª CasaPronta entrou para a história dos grandes eventos realizados na cidade,

além de trazer visitantes de todos os lugares para realizar negócios na região. O resultado expressivo consolida esta feira como a maior na área da cons-trução realizada em Santa Catarina”, afirmou Jaqueline.

A feira é uma ação conjunta e conta com os apoios institucionais e promo-cionais da Associação dos Comercian-tes de Materiais de Construção – ACO-MAC Sul, do Sindicato da Indústria da Construção e Mobiliário - SINDUSCOM, da Associação Empresarial de Criciú-ma – ACIC, do Conselho Regional dos Representantes Comerciais de Santa Catarina – CORE SC, do Sindicato das Indústrias de Revestimentos Cerâmi-cos do Sul – SINDICERAM, do Instituto de Arquitetos do Brasil – IAB Criciúma, Associação dos Municípios da Re-gião Carbonífera - AMREC, Conselho Regional de Engenheiros e Arquitetos de Santa Catarina -CREA/SC, Sindicer Morro da Fumaça, Núcleo Catarinense de Decoração e conta com a organiza-ção e promoção da Nossacasa Feiras e Eventos e Emtursul Convention Bureau.

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