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Contabilidade de Custos fornece uma compreensão completa dos conceitos de custos, comportamento de custos e técnicas de contabilidade de custos com relação a como se aplicam às empresas de manufatura e de serviços.

Os estudantes aprendem como determinar os custos de produtos e de serviços acuradamente; como usar o conhecimento dos custos de produtos e de serviços para estabelecer preços de venda, para dar lances em contratos e para analisar a rentabilidade relativa de vários produtos e serviços; como usar técnicas para medir o desempenho de gerentes e subunidades dentro de uma organização; como projetar um sistema de contabilidade que se acomode ao sistema de pro-dução e de distribuição de uma organização; e como usar o sistema de conta-bilidade como ferramenta para motivar gerentes a perseguirem os objetivos da organização.

Neste livro o estudante vai encontrar:

material para um curso sobre contabilidade de custos de um semestre, ou um ano;os princípios e os procedimentos do custeio por ordem de serviço, custeio de processo e custeio padrão, de forma lógica e concisa; e discussão sobre os relatórios de propósitos especiais e as técnicas ana-líticas da contabilidade gerencial.

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9 7 8 8 5 2 2 1 0 2 3 8 9

ISBN 85 - 221 - 0238 - 4

Para suas soluções de curso e aprendizado, visitewww.cengage.com.br

ISBN 13 978-85-221-0973-9ISBN 10 85-221-0973-7

9 7 8 8 5 2 2 1 0 9 7 3 9

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CONTABILIDADE

DE CUSTOS

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Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)

(Bibliotecária Maria Fátima dos Santos CRB8-6818)

Índices para catálogo sistemático:

657.42 Contabilidade de custos

VanDerbeck, Edward J.Contabilidade de custos / Edward J.

VanDerbeck, Charles F. Nagy ; tradução Robert Brian Taylor ; revisão técnica EliasPereira. -- 11.ed. -- São Paulo : CengageLearning, 2001456 p.: graf., il., tab.

Título original: Principles of cost accouting,11.ed.

Inclui glossário e índice.

ISBN 85-221-0973-7 (livro eletrônico)ISBN 978-85-221-0973-9 (livro eletrônico)

1. Contabilidade de custos. 2. Tomada de decisão

(administração executiva). I. Nagy, Charles F.II. Taylor, Robert Brian, trad. III. Pereira,Elias, rev. IV. Título.

03-7022 CDD-531

Requisitos do sistema : Windows, Mac e Linux web browsers; JavaScript, cookies e pop-ups devem estar habilitados.Modo de acesso : Web

657.42V288c

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CONTABILIDADE

DE CUSTOS

11.ª Edição

Edward J. VanDerbeckProfessor de Contabilidade Xavier University

Cincinnati, Ohio

Charles F. NagyEmérito do Corpo Docente de ContabilidadeCleveland State University - Cleveland, Ohio

TraduçãoRobert Brian Taylor

Revisão TécnicaElias Pereira

Mestrando em Cências Contábeis e FinançasMestrado em Controladoria e Contabilidade, Administração, Finanças e Markenting

Austrália • Brasil • Japão • Coréia • México • Cingapura • Espanha • Reino Unido • Estados Unidos

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Contabilidade de Custos – 11ª edição

Edward J. VanDerbeck Charles F. Nagy

Diretor Editorial: José Martins Braga

Gerente de Produção: Maria Celina J. Moriya

Título Original: Principles of Cost Accounting, 11nd ed

Tradução: Robert Brian Taylor

Revisão Técnica: Elias Pereira

Revisão: Renato Nicolai e Lucia Scoss Nicolai

Editoração Eletrônica: Divina Rocha Corte Fukuko Saito

Capa: Marco Zero

© 1999 by South-Western College Publishing, parte da Cengage Learning

© 2001 Cengage Learning Edições Ltda.

Todos os direitos reservados. Nenhuma parte deste livro po-derá ser reproduzida, sejam quais forem os meios empregados, sem a permissão, por escrito, da Editora.Aos infratores aplicam-se as sanções previstas nos artigos 102, 104, 106 e 107 da Lei no 9.610, de 19 de fevereiro de 1998.

© 2001 Cengage Learning. Todos os direitos reservados.

ISBN-10: 85-221-0238-4,

Cengage LearningCondomínio E-Business Park Rua Werner Siemens, 111 – Prédio 20 – Espaço 04 Lapa de Baixo – CEP 05069-900 – São Paulo – SP Tel.: (11) 3665-9900 – Fax: (11) 3665-9901SAC: 0800 11 19 39

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Para informações sobre nossos produtos, entre em contato pelo telefone 0800 11 19 39

Para permissão de uso de material desta obra, envie seu pedido para [email protected]

Impresso no Brasil.Printed in Brazil.11 12 13 14 15 05 04 03 02 01

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POR QUE ESTUDAR CONTABILIDADE DE CUSTOS?

A décima primeira edição de Contabilidade de Custos fornece uma compreensão comple-ta dos conceitos de custos, comportamento de custo e técnicas de contabilidade de custos comrelação a como se aplicam às empresas de manufatura e de serviços. Os estudantes aprendemcomo determinar os custos de produtos e de serviços acuradamente; como usar o conhecimen-to dos custos de produtos e de serviços para estabelecer preços de venda, para dar lances emcontratos, e para analisar a rentabilidade relativa de vários produtos e serviços; como usar técni-cas para medir o desempenho de gerentes e subunidades dentro de uma organização; comoprojetar um sistema de contabilidade que se adapte ao sistema de produção e de distribuição deuma organização; e como usar o sistema de contabilidade como ferramenta para motivar geren-tes a perseguirem os objetivos da organização.

FORMATO DA DÉCIMA PRIMEIRA EDIÇÃO

1. Oferece material para um curso sobre contabilidade de custos de um semestre, ou umano.

2. Apresenta os princípios e os procedimentos do custeio por ordem de serviço, custeiode processo, e custeio padrão, de forma lógica e concisa.

3. Discute os relatórios de propósitos especiais e as técnicas analíticas da contabilidadegerencial.

4. Mantém o formato de dez capítulos – uma característica do texto. Um capítulo sobrecusteio por ordem de serviço para uma empresa de serviços substitui o capítu-lo sobre uma aplicação abrangente de custeio por ordem de serviço.

5. A principal investida da revisão tem sido de produzir um livro relevante e de fácil leituraque cobre os pontos essenciais sobre a contabilidade de custos, que introduz exemplosdo mundo real, que reforça a discussão com problemas de demonstração, e que oferece

Prefácio

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aos estudantes prática em dominar os tópicos com perguntas, exercícios e problemasrelevantes no final dos capítulos. Alguns problemas estão adaptados para ser resolvidospor computador.

6. Integra os usos de informações sobre custos com uma discussão sobre sistemas e pro-cedimentos de acumulação de custos ao mesmo tempo que oferece material práticoque se aproxima muito da apresentação do mesmo material no capítulo.

CARACTERÍSTICAS DA DÉCIMA PRIMEIRA EDIÇÃO

A décima primeira edição inclui diversas características para facilitar o processo de apren-dizagem para o estudante e realça a capacidade de ensino do texto para o professor.

APÊNDICES

Um apêndice no final do Capítulo 2 ilustra os sistemas de estoque “just-in-time” (JIT). Umapêndice no final do Capítulo 9 ilustra os métodos de análise de três e de quatro variações.

PROBLEMAS DE DEMONSTRAÇÃO

Incluído no final de cada capítulo, há um problema de demonstração com explicação pas-so-a-passo sobre como resolvê-lo. O problema de demonstração é criado a partir de conceitosdifíceis no capítulo e reforça as técnicas e os procedimentos que foram discutidos nele. Em ca-da capítulo, um problema muito parecido ao problema de demonstração é identificado.

EXEMPLOS DO MUNDO REAL

Os exemplos do mundo real são predominantemente excertos de artigos de jornais e re-vistas que explicam o que há de mais moderno em técnicas de contabilidade de custos usadaspara uma adaptação às rápidas mudanças na tecnologia de manufatura. Alguns exemplos dostópicos incluem os sistemas “just-in-time”, de estoque, manufatura de classe mundial, sistemasaltamente automatizados de manufatura onde os custos de mão-de-obra direta são insignifi-cantes, e os métodos de alocação de custos que procuram determinar o custo “correto” de umproduto ou de um serviço.

OBJETIVOS INTEGRADOS DE APRENDIZAGEM

Os objetivos de aprendizagem iniciam cada capítulo. Cada objetivo de aprendizagem é in-dicado no texto onde é discutido pela primeira vez. Todos os exercícios e problemas de final decapítulo estão identificados pelos objetivos de aprendizagem.

TERMOS-CHAVE

Os termos-chave são realçados em negrito assim que são introduzidos. Eles são listados,com referência de página, no final de cada capítulo. Um glossário abrangente está incluído ao fi-nal do livro, fornecendo definições para todos os termos-chave.

6 • CONTABILIDADE DE CUSTOS

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MATERIAIS DE FINAL DE CAPÍTULO

As questões, exercícios e problemas de final de capítulo foram cuidadosamente escritos erevisados para refletir uma cobertura dos assuntos como estes aparecem nos respectivos capítu-los. Houve um esforço concentrado para oferecer ao professor uma ampla escolha de assuntos ede grau de dificuldade ao designar materiais de final de capítulo. Além disso, alguns problemasespecíficos podem ser resolvidos com o uso de planilha eletrônica.

TAREFAS DIRIGIDAS

Em pontos específicos dentro de cada capítulo, os estudantes são orientados para tarefasapropriadas no final do capítulo. Isso permite aos estudantes trabalharem em itens práticos semcompletar o capítulo inteiro.

AGRADECIMENTOS

Agradecemos os seguintes docentes que revisaram manuscritos para esta edição e queofereceram sugestões úteis:

Barry Buchoff Cynthia GreesonTowson State University Ivy Tech State College, Evansville

Margaret Combs Leann JohnsonUnion College Southeastern Illinois College

Sharon Johnson Ronald LoeselKansas City Kansas Great Lakes Junior CollegeCommunity College

Josephine MillerJudith Kizzie Mercer County CommunityClinton Community College College

Kenneth Leibham Joan RyanColumbia Gorge Clackamas Community CollegeCommunity College

PREFÁCIO • 7

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CAPÍTULO 1 INTRODUÇÃO À CONTABILIDADE DE CUSTOS

Usos dos Dados da Contabilidade de Custos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15Determinando Custos e Preços de Produtos;Planejamento e Controle

O Relacionamento da Contabilidade de Custos com a ContabilidadeFinanceira . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18

Custo de Produtos Vendidos; EstoquesElementos dos Custos de Manufatura . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22

Materiais Diretos; Mão-de-obra Direta; CustosIndiretos de Fabricação; Resumo dos Custos deManufatura; Fluxo de Custos

Ilustração da Contabilidade para Custos de Manufatura. . . . . . . . . . . . . . . 24Sistemas de Contabilidade de Custo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 33

Pedidos Especiais; Produção Contínua ou em Massa; Combinaçãode Sistemas; Custeio Padrão; Ilustração de um Sistema de Custo porOrdem; Conta de Controle de Produtos em Processo; Produtosem Processo na Demonstração de Manufatura.

CAPÍTULO 2 CONTABILIDADE PARA MATERIAIS

Controle de Materiais. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 60Controle Físico de Materiais; Controlando oInvestimento em Materiais

Procedimentos de Controle de Materiais. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 65Pessoal de Controle de Materiais; ControleDurante a Obtenção; Controle Durante aEstocagem e Baixa de Estoque

Contabilidade de Materiais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 73Determinando o Custo de Materiais Baixados,Procedimentos Contábeis

Refugo, Produtos Danificados e Defeituosos. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 86Material Refugado; Produto Danificado ouDefeituoso

Apêndice: Controle de Materiais “Just-In-Time” . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 89JIT e Fluxos de Custo

Sumário

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CAPÍTULO 3 CONTABILIDADE DE MÃO-DE-OBRA

Planos de Remuneração . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 109Planos de Taxa por hora; Plano de Taxa porPeça; Planos Salariais Modificados

Controlando Custos de Mão-de-Obra . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 111Cartão de Ponto e Registro de Tempo; Departamentoda Folha de Pagamento

Contabilizando Custos de Mão-de-Obra, Impostos e Encargos Sociaissobre Folha de Pagamento dos Empregadores . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 118

Encargos Sociais do Empregador; Ilustração daContabilidade de Custos de Mão-de-obra

Provisões sobre Folha de Pagamento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 127Problemas Especiais de Custos de Mão-de-Obra. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 130

Prêmios sobre Turnos de Trabalho; Custos de Pensão dosEmpregados; Gratificação; Pagamento de Férias e Feriados;Contabilidade para Pagamento de Gratificações, Férias e Feriados

Anexo: Legislação Brasileira sobre Custos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 152

CAPÍTULO 4 CONTABILIDADE DE CUSTOS INDIRETOS DE FABRICAÇÃO

Identificando Padrões de Comportamento de Custo . . . . . . . . . . . . . . . . 154Analisando Custos Indiretos de Fabricação Semivariáveis . . . . . . . . . . . . 155

Método Observacional; Método Alto-Baixo;Método do Gráfico de Dispersão; Limitaçõesdos Métodos Alto-Baixo e Gráfico deDispersão Estatística

Orçamento dos Custos Indiretos de Fabricação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 159Contabilidade de Custos Indiretos de Fabricação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 160

Folhas de Análise de Custos Indiretos de Fabricação;Programação de Custos Fixos; Despesas Geraiscomo Custo Indiretos de Fabricação; Resumo dos CustoIndiretos de Fabricação

Distribuindo Despesas dos Departamentos de Serviços . . . . . . . . . . . . . 165Aplicação dos Custo Indiretos de Fabricação à Produção. . . . . . . . . . . . 171

Método de Custo de Mão-de-obra Direta;Método de Horas de Mão-de-obra Direta;Método de Horas – Máquina;Método de Custeio baseado em Atividade

Contabilidade dos Custo Indiretos de Fabricação Reais e Aplicados . . . 177

CAPÍTULO 5 CONTABILIDADE DE CUSTOS PARA O SETOR DE SERVIÇOS

Custeio por Ordem para o Setor de Serviços . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 211Folha de Custos por Ordem para um Setorde Serviços; Escolhendo a Base de Alocação de Custos;Rastreando o Curso dos Custos Diretos até a Ordem de Serviço;Relatório de Desempenho dos Custos

Orçamentos para Empresas de Serviços . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 215O Orçamento de Receita; O Orçamento de Mão-de-obra;O Orçamento de Custos Indiretos de Prestação de Serviços;

10 • CONTABILIDADE DE CUSTOS

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O Orçamento para Outras Despesas; A Demonstraçãode Resultados Orçados

Custeio Baseado em Atividade em uma Empresa de Serviços . . . . . . . . . 219Convertendo Custos Indiretos em Custos Diretos; Grupos de CustosMúltiplos Indiretos; Folha de Custo por Ordem – Custeio Baseadoem Atividade

Alocações Usando Custeio Simplificado versus CusteioBaseado em Atividade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 221

CAPÍTULO 6 CONTABILIDADE DE CUSTOS POR PROCESSO– PROCEDIMENTOS GERAIS

Comparação de Sistemas de Custos Básicos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 237Custos de Materiais e Mão-de-obra; Custos Indiretos de Fabricação

Custo do Produto em um Sistema de Custo por Processo. . . . . . . . . . . . 239Fábrica Não Departamentalizada; FábricaDepartamentalizada

Estoque de Produtos em Processo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 240Resumo do Custo de Produção – Um Departamentosem Estoque Inicial . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 242Resumo do Custo de Produção – Um Departamentocom Estoque Inicial . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 245Resumo do Custo de Produção – Múltiplos Departamentossem Estoque Inicial . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 247Resumo do Custo de Produção – Múltiplos Departamentoscom Estoque Inicial . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 257Mudanças nos Custos Unitários de Transferênciano Departamentos Anterior . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 265

CAPÍTULO 7 CONTABILIDADE DE CUSTOS POR PROCESSO– PROCEDIMENTOS ADICIONAIS

Produção Equivalente – Materiais Não Aplicados Uniformemente . . . . . 282Problema Ilustrativo n.º 1; ProblemaIlustrativo n.º 2; Problema Ilustrativo n.º 3

Unidades Perdidas na Produção . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 291Unidades Ganhas na Produção . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 293Produção Equivalente – Método PEPS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 295

Problema Ilustrativo n.º 1; Problema Ilustrativo n.º 2Produtos Conjuntos e Subprodutos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 303

Contabilizando Produtos Conjuntos;Contabilidade para Subprodutos

CAPÍTULO 8 CONTABILIDADE DE CUSTO PADRÃO– MATERIAIS E MÃO-DE-OBRA

Tipos de Padrão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 327Procedimentos de Custo Padrão. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 328

Determinação dos Custos Padrão para Materiais e Mão-de-obra;Registrando Custos Padrão para Materiais e Mão-de-obra

Sumário • 11

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Determinação de Variações . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 329Contabilizando de Variações . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 333

Método Alternativo para Registrar Custos deMateriais; Disposição das Variações de Custo Padrão

Análise das Variações . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 335Características da Contabilidade de Custo Padrão . . . . . . . . . . . . . . . . . 340Ilustrações de Custo Padrão em uma Fábrica Departamentalizada . . . . 341

CAPÍTULO 9 ORÇAMENTOS E CONTABILIDADE DE CUSTOPADRÃO PARA CUSTOS INDIRETOS DE FABRICAÇÃO

Princípios Orçamentários . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 365Preparando e Usando Orçamentos. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 367

Previsão de Vendas; Planejamento de Estoque e Produção;Orçamentos para Custos de Manufatura e DespesasAdministrativas e de Vendas; Outros Orçamentos;Avaliando o Desempenho Orçamentário

Orçamentos Flexíveis. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 372Preparando o Orçamento Flexível para Custos Indiretos deFabricação; Usando o Orçamento Flexível; Custos Semifixos eSemivariáveis; Orçamentos do Departamento de Serviçose Variações; Resumo do Processo Orçamentário

Análise das Variações do Custo Padrão para CustosIndiretos de Fabricação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 377Método de Análise de Duas Variações . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 379Apêndice: Métodos de Análise de Quatro e Três Variações . . . . . . . . . . 384

CAPÍTULO 10 ANÁLISE DE CUSTOS PARA TOMADAS DEDECISÕES GERENCIAIS

Custeio Direto e Custeio por Absorção . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 407Custos do Produto versus Custos do Período;Ilustração dos Métodos de Custeio Direto e por Absorção

Méritos e Limitações do Custeio Direto. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 411Relatório por Segmentos para Análise de Rentabilidade . . . . . . . . . . . . 412Análises Custo-Volume-Lucro . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 414

Análises do Ponto de Equilíbrio; Gráfico do Ponto de Equilíbrio;Análise do Ponto de Equilíbrio para Decisões Gerenciais

Índice de Margem de Contribuição e Margem de Segurança. . . . . . . . . 419Análise do Custo Diferencial . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 420Custos de Distribuição. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 422

GLOSSÁRIO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 442

ÍNDICE ANALÍTICO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 453

12 • CONTABILIDADE DE CUSTOS

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A importância das informações contábeis para a operação bem-sucedida de uma empresa,incluindo dados sobre custos específicos, foi reconhecida há muito tempo. Entretanto,no atual ambiente da economia globalizada, essas informações são mais críticas do que

nunca. Automóveis da Alemanha, equipamento eletrônico do Japão, sapatos da Itália e roupas daTailândia são apenas alguns poucos exemplos de produtos feitos no exterior que ofereceramuma concorrência dura para fabricantes dos EUA, tanto interna quanto externamente. Como re-sultado dessas pressões, as empresas de hoje estão dando mais ênfase no controle de custos emuma tentativa de manter os seus produtos competitivos. A contabilidade de custos fornece osdados detalhados sobre custos que a gestão precisa para controlar as operações atuais e planejarpara o futuro. Como ilustra a Figura 1-1, a contabilidade de custos fornece as informações quepermitem à gerência alocar recursos para as áreas mais eficientes e rentáveis da operação.

OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM

Após estudar este capítulo, você dever estar apto a:

� Explicar os usos dos dados da contabilidade de custos.� Descrever o relacionamento entre a contabilidade de custos e a contabilidade

financeira.� Identificar os três elementos básicos dos custos de manufatura.� Ilustrar os procedimentos básicos da contabilidade de custos.� Distinguir entre os dois tipos básicos de sistemas de contabilidade de custos.

Introdução à Contabilidade de Custos1

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Fonte: Lawrence J. Gitman e Carl McDaniel, The World of Business (Cincinnati, OH: South-Western Publishing Co., 1995).

Todos os tipos de entidades comerciais — empresas de manufatura, de comércio e de ser-viços — necessitam de sistemas de informação de contabilidade de custos para contabilizaremas suas atividades. Fabricantes convertem matérias-primas compradas em produtos acabadosao usarem mão-de-obra, tecnologia e instalações. Empresas de comércio compram produtosacabados para a revenda. Estes podem ser varejistas, que vendem produtos para indivíduosconsumirem, ou atacadistas, que compram bens de fabricantes e vendem para varejistas. Em-presas de serviços com fins lucrativos, como linhas aéreas, arquitetos e cabeleireiros, ven-dem serviços em vez de produtos. Agências de serviço sem fins lucrativos, como as institui-ções de caridade, agências governamentais e algumas instalações de assistência médica,oferecem serviços a pouco ou nenhum custo ao usuário.

A natureza do processo de manufatura exige que os sistemas de informações contá-beis dos fabricantes sejam projetados para acumular dados detalhados sobre custos relaciona-dos com o processo de produção. Assim, hoje em dia é comum para as empresas de manufaturade todos os tamanhos terem sistemas de contabilidade de custos que mostram os custos in-corridos, e onde e como estas despesas foram usadas. Enquanto os princípios e procedimentosda contabilidade de custos discutidos no livro enfatizam os fabricantes, muitos dos mesmos prin-cípios se aplicam às empresas de comércio e às de serviços. Hoje, a contabilidade de custos é re-conhecida como sendo essencial para uma operação eficiente de hospitais, agências de bem-es-tar social e muitas outras entidades. O Capítulo 5 ilustra os procedimentos da contabilidade decustos para empresas de serviço.

As atividades de uma organização de manufatura são parecidas, em muitas maneiras, àque-las de uma empresa de comércio. As duas compram, armazenam e vendem produtos; ambasprecisam ter uma gestão eficiente e fontes adequadas de capital; ambas podem empregar cente-nas ou milhares de trabalhadores. O processo de manufatura em si realça a distinção entre as

14 • CONTABILIDADE DE CUSTOS

Figura 1-1 Processo de produção para bens de serviços

Entradas(Fatores de produção)

Recursosnaturais Saídas

BensProcesso deconversão

Recursoshumanos

Serviços

Capital

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duas: empresas de comércio como a Circuit City compram equipamento eletrônico em formatonegociável para revendê-lo aos seus clientes; fabricantes, como a Magnavox, precisam fabricar osprodutos que vendem. Uma vez que a organização de comércio adquiriu produtos, ela pode rea-lizar a função demarketing. A compra de matérias-primas por um fabricante, no entanto, é ape-nas o começo de uma cadeia longa, e às vezes complexa, de eventos que resultam em um artigoacabado para a venda.

O processo de manufatura envolve a conversão de matérias-primas em produtos acaba-dos através do uso de mão-de-obra e vários outros recursos de fábrica. O fabricante precisa fazerum investimento grande em ativos físicos, como edifícios para a fábrica e tipos especializados demáquinas e equipamento. Para executar o processo de manufatura, o fabricante precisa comprarquantidades apropriadas de matéria-prima, suprimentos e peças, e criar uma força de trabalhopara converter estes recursos em produtos acabados.

Além do custo de materiais e mão-de-obra, o fabricante incorre em outras despesas noprocesso de produção. Muitos desses custos, como depreciação, impostos, seguros e utilidadespúblicas, são parecidos àqueles incorridos por uma empresa de comércio. Outros custos, comoa manutenção e reparos de máquinas, manuseio de materiais e preparação, programação e ins-peção para produção, são singulares aos fabricantes. Uma vez que os produtos tenham sido fa-bricados e estejam prontos para a venda, o fabricante realiza basicamente as mesmas funçõesque o comércio. Os métodos de contabilidade para vendas, custo de produtos vendidos, e des-pesas administrativas e de venda são similares àqueles dos comerciantes. Em comparação, em-presas de serviço não têm estoques porque o serviço é consumido no momento em que é for-necido. Empresas de serviço têm receitas e despesas operacionais, mas nenhum custo deprodutos vendidos.

USOS DOS DADOS DA CONTABILIDADE DE CUSTOS

OBJETIVO DE APRENDIZAGEM 1Explicar os usos dos dados da contabilidade de custos.

Foram desenvolvidos princípios de contabilidade de custos que permitem ao fabricanteprocessar os muitos custos diferentes associados com a manufatura e a fornecer característicasde controle próprias. A informação produzida por um sistema de contabilidade de custos forne-ce uma base para determinar custos de produtos e preços de venda, e ajuda a gerência a plane-jar e controlar operações.

DETERMINANDO CUSTOS E PREÇOS DE PRODUTOS

Procedimentos de contabilidade de custos oferecem o meio de determinar custos de pro-dutos e, assim, de gerar demonstrações financeiras significativas e outros relatórios relevantespara a gestão. Procedimentos de custos devem ser projetados para permitir a determinação decustos unitários, assim como os custos totais do produto. Por exemplo, o fato de que um fabri-cante gastou US$ 10.000 de mão-de-obra em certo mês não é, em si, significativo; mas se essamão-de-obra produziu 5.000 unidades de produtos acabados, o fato de que o custo por mão-de-obra foi de US$ 2 por unidade é significativo. Essa cifra pode ser comparada ao custo de mão-de-obra por unidade de outros períodos e, até certo ponto, ao dos concorrentes.

Capítulo 1 • INTRODUÇÃO À CONTABILIDADE DE CUSTOS • 15

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Informações sobre o custo por unidade também são úteis para tomar uma variedade de de-cisões importantes demarketing:

1. Determinando o preço de venda de um produto. Saber o custo de manufatura de umaunidade de produto ajuda a estabelecer o preço de venda. Esse preço deve ser alto o suficien-te para cobrir o custo de produção do item, incluindo as despesas administrativas e de mar-keting que são atribuíveis ao produto, e ainda oferecer lucro.

2. Enfrentando a concorrência. Se o produto está sendo vendido por um preço menor porum concorrente, informações detalhadas com relação aos custos por unidade podem ser usa-das para determinar se o problema pode ser resolvido ao reduzir o preço de venda, ao redu-zir os custos de manufatura, ou ao eliminar o produto.

3. Oferta de preços em contratos.Muitos fabricantes precisam fazer ofertas competitivas pa-ra obter contratos. Uma análise dos custos por unidade relacionados ao fabricante de um pro-duto em particular é de grande importância na determinação do preço a ofertar.

4. Analisando a rentabilidade. Informações sobre o custo por unidade permitem à adminis-tração determinar o montante de lucro que cada produto deve obter e possivelmente elimi-nar os produtos menos lucrativos, assim concentrando os seus esforços nos produtos maislucrativos. No entanto, não é incomum para algumas empresas manterem uma linha de pro-dutos que rendem um lucro muito baixo, ou até dão prejuízo, para poder manter a variedadede produtos que atrairá os clientes que também compram os itens mais lucrativos.

PLANEJAMENTO E CONTROLE

O valor final da contabilidade de custos repousa no uso dos dados acumulados e relatados.Uma das funções mais importantes da contabilidade de custos é de desenvolver informaçõesque a gestão pode usar para planejar e controlar operações.

Planejamento é o processo de estabelecer objetivos ou metas para a empresa e de de-terminar os meios pelos quais a empresa irá atingi-los. O planejamento eficaz é facilitado peloseguinte:

1. Objetivos claramente definidos da operação de manufatura. Estes objetivos podemser expressos no número de unidades a serem produzidas, na qualidade desejada, no custoestimado por unidade, ou no momento necessário para satisfazer a demanda do cliente semmanter estoques excessivos.

2. Um plano de produção que ajudará e guiará a empresa a atingir os seus objetivos.Este plano detalhado inclui a descrição das operações de manufatura necessárias que serãoexecutadas, uma projeção das necessidades de pessoal para o período, e a coordenação daaquisição oportuna de materiais e instalações.

A contabilidade de custos realça o processo de planejamento ao fornecer custos históricosque servem como base para projeções futuras. A gerência pode analisar os dados para estimarcustos futuros e resultados operacionais e para tomar decisões com relação à aquisição de insta-lações adicionais, às mudanças nas estratégias demarketing e à disponibilidade de capital.

A palavra “controle” é usada de muitas formas diferentes, mas do ponto de vista de umaempresa de manufatura, controle é o processo de monitorar as operações da companhia e de-terminar se os objetivos identificados no processo de planejamento estão sendo realizados. Ocontrole eficaz é obtido das seguintes maneiras:

16 • CONTABILIDADE DE CUSTOS

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1. Designando responsabilidade.2. Medindo e comparando resultados periodicamente.3. Tomando a ação corretiva necessária.

Designando Responsabilidade. A responsabilidade deve ser designada para cada deta-lhe do plano de produção. Todos os gestores e supervisores devem saber precisamente quaissão as suas responsabilidades em termos de eficiência, operações, produção e custos. A chavepara se ter um controle apropriado envolve o uso de contabilidade por responsabilidade e cen-tros de custos.

A essência da contabilidade por responsabilidade está na designação de responsabilida-de por custos ou resultados de produção aos indivíduos que têmmais autoridade para influenciá-los. Envolve um sistema de informações que rastreia os dados até os gestores responsáveis.

Um centro de custos é uma unidade de atividade dentro da fábrica à qual os custos po-dem ser designados de forma prática e imparcial. Um centro de custos pode ser um departa-mento ou um grupo de empregados; pode representar um serviço, um processo ou uma máqui-na. Os critérios para um centro de custos são (1) uma base razoável sobre a qual os custos demanufatura podem ser alocados e (2) uma pessoa que tem controle sobre, e que é responsávelpor, muitos dos custos debitados para aquele centro.

Com a contabilidade por responsabilidade, o gestor de um centro de custos é responsávelsomente por aqueles custos que o gestor controla. Por exemplo, os custos de mão-de-obra emateriais serão debitados para o centro de custos, mas o gestor pode ser responsável apenaspela quantidade de materiais usados e o número de horas trabalhadas pela mão-de-obra. Essegestor provavelmente não seria responsável pelo custo por unidade de matérias-primas ou pe-la quantia paga por hora aos empregados. Normalmente, essas despesas vão além do controledo gestor e são da responsabilidade dos departamentos de compras e de pessoal. O gestor po-de ser responsável pelo custo de manutenção e reparo de máquinas devido ao mal uso no cen-tro de custos, mas ele não seria responsável pelos custos de depreciação, impostos e segurodas máquinas se a decisão para comprar máquinas fosse feita em um nível mais alto na organi-zação. Se a produção no centro de custos por um dado período for mais baixa do que a plane-jada, isso pode ser devido à má supervisão, que seria da responsabilidade do gestor. Entretan-to, se trabalhadores menos qualificados estão sendo contratados, isso normalmente vai alémdo controle do gestor.

Relatórios de custos e de produção para um centro de custos refletem todos os dadosde custos e de produção identificados com aquele centro. Em um sistema de contabilidade porresponsabilidade, os dados específicos pelos quais o gestor é responsável seriam realçados ousegregados para avaliar o desempenho daquele gestor e iniciar ação para corrigir deficiências.No entanto, freqüentemente, tanto um relatório de custos e produção quanto um relatório dedesempenho em separado serão preparados para um centro de custos. O relatório de de-sempenho incluirá apenas os dados de custos e de produção que o gestor do centro podecontrolar.

Esses relatórios devem ser fornecidos em intervalos regulares (mensalmente, semanalmen-te, diariamente), de forma oportuna. Para fornecer o benefício máximo, os relatórios devem es-tar disponíveis assim que possível após o final do período que está sendo relatado. Relatóriosque não são produzidos de forma oportuna não são eficazes como um dispositivo de controle.

Medindo e Comparando Resultados Periodicamente. Relatórios operacionais reaisdevem ser medidos periodicamente e comparados com os objetivos estabelecidos no processode planejamento. Essa análise, que pode ser feita mensal, semanal, diariamente, ou até por hora,

Capítulo 1 • INTRODUÇÃO À CONTABILIDADE DE CUSTOS • 17

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no caso de relatórios de produção e refugo, é uma das principais partes do controle de custosporque ela compara o desempenho atual com o plano como um todo. O montante em dinheiroreal, unidades produzidas, horas trabalhadas ou materiais usados são comparados com o orça-mento, que é o plano operacional da gestão expresso em termos quantitativos (unidades e di-nheiro). Essa comparação é uma característica primária da análise de custos. O montante em di-nheiro gasto ou a quantidade de unidades produzidas têm pouco significado até seremcomparados com as quantias orçadas. Os resultados reais de períodos anteriores também po-dem ser comparados para realçar tendências significativas.

Tomando a Ação Corretiva Necessária. Os relatórios produzidos pela mensuração eanálise de resultados operacionais podem identificar áreas problemáticas e desvios do plano.Uma ação corretiva apropriada deve ser implementada onde necessário. Uma variação significa-tiva do plano é um sinal de aviso. Investigações podem revelar uma fraqueza que deve ser corri-gida ou um ponto forte que deve ser melhor utilizado.

A administração não quer apenas saber os resultados das operações, mas como os resul-tados — se favoráveis ou desfavoráveis — se comparam com o plano, por que as coisas acon-teceram e quem foi o responsável. A administração deve ser preparada para melhorar as con-dições existentes. Do contrário, a mensuração periódica de atividade tem pouco valor.Contadores podem ter um papel chave nesse empreendimento, como ilustra o exemplo domundo real na página (25).

O RELACIONAMENTO DA CONTABILIDADE DE CUSTOSCOM A CONTABILIDADE FINANCEIRA

OBJETIVO DE APRENDIZAGEM 2Descrever o relacionamento da contabilidade de custos com a contabilidadefinanceira.

O objetivo da contabilidade é acumular informações financeiras para serem usadas nas to-madas de decisão econômicas. A contabilidade financeira focaliza a coleta de informações aserem usadas na preparação de demonstrações financeiras que satisfazem as necessidades de in-vestidores, credores e outros usuários externos de informações financeiras. As demonstraçõesincluem um balanço, uma demonstração de resultado, uma demonstração de lucros acumuladose uma demonstração de fluxos de caixa. Essas demonstrações financeiras, embora úteis para aadministração assim como para os usuários externos, não são o suficiente. Relatórios, listagens eanálises adicionais são necessários para o uso interno no planejamento e controle. A administra-ção passa a maior parte de seu tempo avaliando os problemas e as oportunidades de departa-mentos e divisões individuais da empresa em lugar de examinar a empresa inteira de uma só vez.Como resultado, as demonstrações financeiras externas para toda a empresa são de pouca ajudapara a gestão tomar decisões do dia-a-dia. A contabilidade de custos fornece as informações adi-cionais necessárias para esses relatórios especiais destinados à administração, e também forneceos dados necessários para preparar as demonstrações financeiras. Por exemplo, os procedimen-tos de contabilidade de custos são necessários para determinar: se se deve fabricar ou comprarum componente de produto; se se deve aceitar um pedido especial por um preço descontado;o montante para custo de produtos vendidos na demonstração de resultados; e a valorização deestoques que constam no balanço.

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Capítulo 1 • INTRODUÇÃO À CONTABILIDADE DE CUSTOS • 19

QUADRO: EXEMPLO DO MUNDO REAL

O CONTROLLER COMO ESTRATEGISTA EMPRESARIAL“Controllers estão quebrando o molde tradicional de contador como ‘alguém que só

mexe com números’, e estão atravessando as linhas funcionais para reduzir custos e me-lhorar a eficiência, agregando valor às suas organizações. Usando inovações tecnológicas,estão fazendo com que dados se tornem conhecimento para as tomadas de decisão e es-tão transformando seu papel como estrategista empresarial.

Este papel novo e expandido do controller está refletido nos resultados das freqüen-tes pesquisas conduzidas pelos Grupos de Interesse dos Membros (MIGs) do Instituto deContadores Gerenciais (IMA): Conselho dos Controllers (CC) e Grupo de Gestão de Cus-tos (CMG). Por exemplo, muitos controllers e gestores financeiros estão envolvidos eminovações de gestão de custos exemplificadas pelo grande impulso nos últimos anos paraa reengenharia da função financeira...

Como indicam as pesquisas contínuas do IMA, o papel de controllers e gestores fi-nanceiros está mudando enquanto combinam ferramentas tecnológicas e criatividade pa-ra agregar valor às suas organizações ao reduzir custos e ao servir como parceiros empre-sariais que trazem a sua perícia financeira à equipe. Todos os indícios são de que essepapel continuará e provavelmente se expandirá enquanto as suas empresas competem ati-vamente no mercado mundial.”

Dan Hrisak, “The Controller As Business Strategist”, Management Accounting, dez. 1996, p. 48-9.

CUSTO DE PRODUTOS VENDIDOS

Empresas comerciais preocupam-se em computar o custo de mercadorias vendidas comodemonstrado abaixo. A quantia de compras representa o custo de mercadorias adquiridas duran-te o período para revenda.

Estoque inicial de mercadoriasMais compras (mercadoria)Mercadoria Caixa para vendaMenos estoque final de mercadoriasCusto de mercadorias vendidasCusto de mercadorias vendidas

Devido à empresa de manufatura fabricar em vez de comprar os produtos que tem Caixapara venda, o termo “estoque de produtos acabados” substitui “estoque de mercadorias”, e oitem “custo de produção” substitui “compras” para determinar o custo de produtos vendidos,como demonstrado abaixo. O montante para o custo de produção é apoiado por uma listagemdetalhada dos custos de materiais, mão-de-obra e despesas de manutenção e operação de umafábrica.

Estoque inicial de produtos acabadosMais custo de produçãoProdutos acabados disponíveis para vendaMenos estoque final de produtos acabadosCusto de produtos vendidosCusto de produtos vendidos

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O formato da demonstração de resultados para um fabricante não é significativamente di-ferente daquele de um comerciante. No entanto, os procedimentos de contabilidade de custosenvolvidos na coleta dos dados para determinar o custo de produção são consideravelmentemais complexos do que o registro de mercadorias compradas na sua forma acabada. Esses pro-cedimentos são introduzidos neste capítulo e discutidos em detalhes em capítulos subseqüen-tes. As demonstrações de resultado para empresas de serviço não têm uma seção de mercado-rias vendidas porque fornecem um serviço em vez de um produto.

ESTOQUES

Se uma empresa de comércio tem itens não vendidos em estoque no final de um períodocontábil, o custo da mercadoria está refletido na seção de ativos circulantes do balanço da se-guinte maneira:

Ativos circulantes:CaixaContas a receberEstoques de Mercadorias

No balanço de uma empresa de manufatura, a seção de ativos circulantes é expandida, co-mo a seguir:

Ativos circulantes:CaixaContas a receberEstoques:

Produtos acabadosProdutos em ProcessoMatéria-prima

O saldo da conta de produtos acabados representa o custo total incorrido na fabricaçãode produtos completados, mas ainda em estoque no final do período. O saldo da conta de pro-dutos em processo inclui todos os custos de manufatura incorridos até a data para as merca-dorias em vários estágios de produção, mas que ainda não foram completadas. O saldo da contadematérias-primas representa o custo de todos os materiais comprados e em estoque para se-rem usados no processo de manufatura, incluindo matérias-primas, peças pré-fabricadas e ou-tros materiais de fábrica e suprimentos. Freqüentemente, a matéria-prima de uma empresa é oproduto acabado de outra empresa. Por exemplo, aço laminado para ser usado na produção deautomóveis seria o produto final da siderúrgica. Peças pré-fabricadas incluiriam unidades, comomotores elétricos, montadas por outro fabricante para serem usadas na manufatura de um pro-duto como máquinas de escritório. Outros materiais e suprimentos podem incluir parafusos,pregos, rebites, lubrificantes e solventes.

Empresas de serviços não têm estoques nos seus balanços porque fornecem serviços emvez de produtos. Uma comparação resumida de empresas de manufatura, de comércio e de ser-viços aparece na Figura 1-2.

Valorização dos Estoques. Muitos procedimentos usados para colher custos são exclusi-vos para fabricantes. Estoques de fabricantes são valorizados para propósitos de demonstrações

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financeiras externas ao usar os métodos de custeio de estoques — como primeiro a entrar, pri-meiro a sair (PEPS), último a entrar, primeiro a sair (UEPS), e média ponderada — que tambémsão usados por empresas de comércio. A maioria dos fabricantes mantém um sistema de con-trole de estoques perpétuos que fornece registros contínuos de compras, baixas e saldos detodos os bens em estoque. Geralmente, esses dados são verificados por contagens periódicas deitens selecionados durante o ano. Sob o sistema perpétuo, dados de valorização de estoques pa-ra propósitos de demonstrações financeiras estão disponíveis a qualquer hora, diferente do sis-tema periódico de estoques que exige uma estimativa do estoque durante o ano para de-monstrações internas e o fechamento de operações para contar todos os itens em estoque nofinal do ano.

Figura 1-2 Comparação de Empresas de Serviços, de Comércioe de Manufatura

Setor de Exemplos Produto ou Conta(s)Negócios Serviço de Estoque

Serviços Linhas aéreas, arquitetos, Benefícios intangíveis Nenhumacabeleireiros, franquias como transporte,desportivas projetos, cuidados

pessoais,entretenimento

Comércio Recordações desportivas, Produtos tangíveis Estoque delojas de departamentos, comprados de mercadorialojas de posters, fornecedores ematacadistas forma acabada

Manufatura Produtores de aeronaves, Produtos físicos criados Produtosfabricantes de pela aplicação de acabados,equipamento mão-de-obra e tecnologia produtos emesportivo, construtores de em matéria-prima processo ecasas, produtos matérias-primasfarmacêuticos

Além de fornecer dados de valorização de estoques para as demonstrações financeiras, osdados detalhados de custos e os registros de estoque perpétuo fornecem as informações neces-sárias para controlar os níveis de estoque, para assegurar a disponibilidade oportuna de mate-riais para a produção, e para detectar furtos, desperdício e deterioração. Valorização e controlede estoque são discutidos em detalhes no Capítulo 2.

Livros Razões de Estoque. Geralmente, tanto empresas de comércio quanto fabricantesmantêm vários razões subsidiários, como aquele para contas a receber. Além disto, fabricantesnormalmente mantêm razões subsidiários para as contas de controle do estoque no razão geral,Produtos Acabados, Produtos em Processo, e Materiais. Estes razões subsidiários são necessáriospara um sistema de controle de estoque perpétuo e fornecem os saldos detalhados e informa-ções detalhadas para apoiar os saldos nas contas de controle.

Capítulo 1 • INTRODUÇÃO À CONTABILIDADE DE CUSTOS • 21

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Alguns fabricantes usam um razão industrial, que contém todas as contas relacionadas amanufatura, incluindo as contas de estoque. Este razão, que é mantido na fábrica, está ligado aorazão geral no escritório central por meio de uma conta especial para a fábrica nos livros do es-critório central e uma conta especial para o escritório central nos livros da fábrica.

ELEMENTOS DOS CUSTOS DE MANUFATURA

OBJETIVO DE APRENDIZAGEM 3Identificar os três elementos básicos dos custos de manufatura.

Custos de manufatura ou de produção são classificados em três elementos básicos: (1)materiais diretos, (2) mão-de-obra direta e (3) custos indiretos de fabricação.

MATERIAIS DIRETOS

Os custos de materiais que se tornam parte de um certo produto fabricado, e que podemser prontamente identificados com ele, são classificados como custos de materiais diretos.Exemplos incluem madeira usada na fabricação de móveis, tecido usado na produção de roupas,minério de ferro usado na fabricação de produtos de aço, e borracha usada na produção de cal-çados desportivos.

Muitos tipos de materiais e suprimentos necessários para o processo de manufatura po-dem, ou não, ser prontamente identificados com qualquer item fabricado, ou ter um custo rela-tivamente insignificante. Os custos de itens como a lixa usada para lixar móveis, lubrificantes usa-dos na máquinas, e outros itens para o uso geral da fábrica, são classificados como custos demateriais indiretos. Materiais que realmente se tornam parte do produto acabado mas cujoscustos são relativamente insignificantes, como linha, parafusos, rebites, pregos e cola, são classi-ficados de forma similar.

MÃO-DE-OBRA DIRETA

O custo da mão-de-obra para os empregados que trabalham diretamente no produto fabri-cado, como os operadores de máquinas ou os trabalhadores na linha de montagem, é classifica-do como sendo custo demão-de-obra direta. Os ordenados e salários de empregados que sãonecessários para o processo de manufatura mas que não trabalham diretamente nas unidadesem fabricação são considerados custos demão-de-obra indireta. Essa classificação inclui os or-denados e salários dos chefes de departamento, inspetores, pessoal de manuseio de material epessoal de manutenção. Custos relacionados com a folha de pagamento, como os impostos so-bre a folha, seguro em grupo, auxílio doença, pagamento de férias e de feriados, contribuiçõespara o programa de aposentadoria, e outros benefícios, mesmo para a mão-de-obra direta, tam-bém são tratados como custos indiretos.

Agora, você deve estar apto a resolver o seguinte: Questões 1-14; Exercícios 1-1 e1-2; Problema 1-1.

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CUSTOS INDIRETOS DE FABRICAÇÃO

Custos indiretos de fabricação são conhecidos por vários nomes — ônus de fábrica,despesa de manufatura, custos indiretos, gastos gerais de fabricação e despesas de fábrica — eincluem todos os custos relacionados à fabricação de um produto exceto materiais diretos emão-de-obra direta. Assim, os custos indiretos de fabricação incluem materiais indiretos, mão-de-obra indireta e outras despesas de manufatura, como a depreciação do edifício e da máquinase equipamento da fábrica, suprimentos, aquecimento, iluminação, energia, manutenção, seguro,impostos e custos relacionados à folha de pagamento. Com as fábricas se tornando cada vezmais automatizadas, os custos indiretos de fabricação, como porcentagem do custo total de fa-bricação, têm aumentado drasticamente.

RESUMO DOS CUSTOS DE MANUFATURA

Às vezes, os custos de materiais diretos e de mão-de-obra direta são combinados e descri-tos como o custo primário da fabricação de um produto. O custo total de produção é igual aocusto primário mais os custos indiretos de fabricação. O custo de mão-de-obra direta e os custosindiretos de fabricação, que são necessários para converter os materiais diretos em produtosacabados, podem ser combinados e descritos como o custo de conversão ou transformação.Estes custos de manufatura estão ilustrados na Figura 1-3.

Figura 1-3 Custo Primário e Custo de Conversão

As despesas de marketing ou de venda, custos administrativos gerais e outros gastos quenão são de fábrica, não são incluídos nos custos de manufatura. No entanto, alguns custos incor-ridos por um fabricante podem beneficiar tanto as operações de fábrica quanto as que não sãoda fábrica. Exemplos incluem depreciação, seguro e impostos prediais sobre um edifício que alo-ja tanto a fábrica quanto os escritórios administrativos. Nessa situação, uma alocação do custoprecisa ser feita para cada função da empresa.

FLUXO DE CUSTOS

Todos os três elementos do custo de manufatura fluem pela conta de estoques de produ-tos em processo. Os custos de materiais diretos e de mão-de-obra direta usados na produção sãodebitados diretamente na conta de Produtos em Processo. Todos os outros custos de fábrica —mão-de-obra indireta, materiais indiretos e outras despesas de fábrica — são debitados na contade custos indiretos de fabricação e mais tarde são transferidos para a conta de Produtos em Pro-

Capítulo 1 • INTRODUÇÃO À CONTABILIDADE DE CUSTOS • 23

Materiais Diretos

Custo Primário

Mão-de-obra Direta

Custo de Conversão

Custos Indiretosde Fabricação

Elementosdo Custo

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cesso. Quando os produtos são acabados, os custos totais incorridos na produção dos produtossão transferidos da conta de Produtos em Processo para a conta de estoques de produtos acaba-dos. Quando produtos são vendidos, os custos incorridos para fabricá-los são transferidos daconta de Produtos Acabados para a conta de Custo de Produtos Vendidos. A Figura 1-4 ilustra ofluxo dos custos de manufatura.

ILUSTRAÇÃO DA CONTABILIDADE PARA CUSTOS DE MANUFATURA

OBJETIVO DE APRENDIZAGEM 4Ilustrar procedimentos básicos da contabilidade de custos.

Os procedimentos da contabilidade de custos são usados para acumular e alocar todos oselementos do custo de manufatura de forma que produzirá dados significativos para o uso inter-no da gestão e para a preparação das demonstrações financeiras externas. O seguinte exemploilustra os procedimentos básicos da contabilidade de custos, utilizando a terminologia e os prin-cípios que foram discutidos anteriormente.

Figura 1-4 Fluxo de Custos

A Companhia de Móveis Fahr, uma corporação pequena e recém-organizada, fabrica mó-veis de vime— tanto mesas quanto cadeiras. A empresa vende produtos diretamente aos varejis-tas. As etapas básicas no processo de produção da empresa são as seguintes:

1. Pedaços de junco, uma fibra natural que cresce no Oriente, são comprados em especificaçõespré-cortadas. Os pedaços são montados para formar a estrutura da mesa ou cadeira no De-partamento de Montagem.

2. Os pés e os encostos da cadeira, e os pés e o contorno da mesa, são então amarrados em ca-na-da-índia no Departamento de Amarração.

3. O assento e o encosto da cadeira, e o topo da mesa, estão prontos para serem trançados emseus lugares no Departamento de Tecedura onde a cadeira ou a mesa será acabada.

O estoque inicial para a empresa no dia 1.º de janeiro do presente ano é como a seguir:

24 • CONTABILIDADE DE CUSTOS

Materiais Diretos

Mão-de-obra Direta

Custos Indiretos deFabricação (CIF)

Produtos em Processo Produtos Acabados

Custo de ProdutosVendidos

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Companhia de Móveis FahrBalanço

1º de janeiro de 2001

Por uma questão de simplificação, vamos supor que a empresa fabrica um estilo de mesa enenhuma cadeira. Durante janeiro, as seguintes transações são completadas e registradas, emformato resumido:

1. Materiais (junco, cana-da-índia, pregos, tachas, grampos, cola e solventes) são comprados aprazo a um custo de $ 25.000.

D — Materiais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25.000C — Contas a Pagar . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25.000

O custo dos materiais comprados é debitado na conta de controle de estoques, Materiais.Esse tratamento se baseia na suposição de que a empresa usa um sistema de controle de esto-que perpétuo.2. Durante o mês, materiais diretos (junco, cana-da-índia) com um custo de $ 20.000 e materiaisindiretos (pregos, tachas, grampos, cola e solventes para limpeza) com um custo de $ 995 sãobaixados para a fábrica.

D — Produtos em Processo (Materiais Diretos) . . . . . . . . . . . . . . . 20.000D — Custos Indiretos de Fabricação (Materiais Indiretos) . . . . . . . . 995

C — Materiais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20.995

Materiais diretos baixados são debitados diretamente na conta de controle de produtos emprocesso, mas os materiais indiretos são debitados na conta de Custos Indiretos de Fabricação. Aconta de Custos Indiretos de Fabricação será usada para acumular várias despesas de fábrica quedepois serão transferidas para a conta de Produtos em Processo.3. O total de ordenados e salários auferidos para o mês era de: empregados da fábrica trabalhan-do no produto, $ 10.000; supervisão da fábrica, manutenção e empregados do almoxarifado,$ 3.500; e empregados administrativos e de vendas, $ 6.500. Os lançamentos para contabilizara folha de pagamento e os pagamentos aos empregados (ignorando as deduções da folha depagamento) seria como a seguir:

D — Folha de Pagamento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20.000C — Salários a Pagar. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20.000

D — Salários a Pagar . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20.000C — Disponível . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20.000

Capítulo 1 • INTRODUÇÃO À CONTABILIDADE DE CUSTOS • 25

AtivosCaixa ............................................$ 40.000

Edifício ...........................................250.000

Máquinas e equipamento....................75.000

Total do ativo.................................$365.000

Passivos e Patrimônio LíquidoPassivos................................................ $ -0-

Capital Social ............................... 365.000

Total do passivo epatrimônio líquido ...................... $365.000

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4. O lançamento para distribuir a folha de pagamento para as contas apropriadas seria como aseguir:

D — Produtos em Processo (Mão-de-obra Direta) . . . . . . . . . . . . . . 10.000D — Custos Indiretos de Fabricação (Mão-de-obra Indireta) . . . . . . . 3.500D — Despesas Administrativas e de Vendas (Salários) . . . . . . . . . . . 6.500

C — Folha de Pagamento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20.000

Os ordenados ganhos pelos empregados que trabalham diretamente no produto são de-bitados na conta de Produtos em Processo, enquanto os salários e ordenados do supervisor dafábrica e do pessoal do almoxarifado e da manutenção, que não trabalham diretamente noproduto, são debitados na conta de Custos Indiretos de Fabricação como mão-de-obra indire-ta. Os salários dos empregados que não são da fábrica são debitados em uma conta de despe-sas separada.

Para poder enfocar procedimentos específicos de contabilidade de custos em comparaçãoaos procedimentos de contabilidade geral, a conta para Despesas Administrativas e de Vendas norazão geral será usada para acumular todas as despesas que não são de manufatura. Normalmen-te, contas de controle separadas no razão geral devem ser estabelecidas para as despesas admi-nistrativas e de vendas.

5. A despesa de depreciação para o edifício é de 6% do custo por ano. Os escritórios adminis-trativos e de vendas ocupam um décimo do total do edifício, e a operação da fábrica ocupa osoutros nove décimos. A despesa por um mês é contabilizada da seguinte forma:

D – Custos Indiretos de Fabricação (Depreciação do Edifício) . . . . . . . 1.125D – Despesas Administrativas e de Vendas(Depreciação do Edifício) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 125

C – Depreciação Acumulada – Edifício. . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1.250

($ 250.000 � 0,06 � 1/12 = $ 1.250;$ 1.250 � 0,90 = $ 1.125; $ 1.250 � 0,10 = $ 125)

O princípio da contabilidade de custos que está sendo ilustrado aqui é que apenas os cus-tos diretamente relacionados à produção devem ser debitados na conta para Custos Indiretos deFabricação. A depreciação sobre uma parcela do edifício usado como espaço para escritórios éuma despesa administrativa e não deve ser tratada como um elemento do custo do produto.

6. A despesa de depreciação para máquinas e equipamento é de 20% do custo por ano.

D – Custos Indiretos de Fabricação (Depr. de Maq. e Equip.) . . . . . . . 1.250C – Depreciação Acumulada – Máquinas e Equipamentos . . . . . 1.250

($ 75.000 � 0,20 � 1/12 = $ 1.250)

Todas as máquinas e equipamentos são usados na fábrica para propósitos de produção;portanto a despesa de depreciação é corretamente debitada na conta de Custos Indiretos deFabricação.

26 • CONTABILIDADE DE CUSTOS

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7. O custo de aquecimento, iluminação e energia para o mês foi de $ 1.500.

D – Custos Indiretos de Fabricação (Utilidades Públicas) . . . . . . . . . . 1.350D – Despesas Administrativas e de Vendas (Utilidades Públicas). . . . . 150

C – Contas a Pagar. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1.500

Devido a que um décimo do edifício é usado para propósitos de escritório, 10% do total docusto para utilidades públicas é alocado na conta de Despesas Administrativas e de Vendas.

8. Despesas administrativas e de venda diversas para telefone, suprimentos de escritório, via-gens, e aluguel de móveis e equipamentos para escritório totalizou $ 3.750.

D – Despesas Administrativas e de Vendas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3.750C – Contas a Pagar . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3.750

Muitas outras despesas podem ser incorridas por uma organização de manufatura, mas porsimplicidade suponhamos que nenhuma outra despesa foi incorrida durante o mês. Após efe-tuar os lançamentos no diário geral, nas contas apropriadas no razão geral segundo o plano decontas, os Custos Indiretos de Fabricação refletirão os seguintes débitos:

Transação Descrição Valor2. Materiais indiretos $ 9954. Mão-de-obra indireta 3.5005. Depreciação do edifício 1.1256. Depreciação de máquinas e equipamento 1.2507. Utilidades públicas 1.350

Total $ 8.220

9. O saldo na conta para Custos Indiretos de Fabricação é transferido para Produtos em Proces-so com o seguinte lançamento:

D – Produtos em Processo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8.220C – Custos Indiretos de Fabricação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8.220

Os três elementos do custo de manufatura — materiais diretos, mão-de-obra direta, e cus-tos indiretos de fabricação – são agora acumulados na conta de Produtos em Processo. Os débi-tos na conta são como a seguir:

Transação Descrição Valor2. Materiais diretos $ 20.0004. Mão-de-obra direta 10.0009. Custos Indiretos de Fabricação 8.220

Total $ 38.220

10. Supondo que todos os produtos iniciados no processo foram acabados, o seguinte lança-mento transfere o custo desses produtos da conta de Produtos em Processo para ProdutosAcabados:

Capítulo 1 • INTRODUÇÃO À CONTABILIDADE DE CUSTOS • 27

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D – Produtos Acabados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 38.220C – Produtos em Processo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 38.220

Supondo que 1.000 mesas foram produzidas durante o mês, o custo unitário é de $ 38,22($ 38.220/1.000). O custo unitário para cada elemento do custo de manufatura é calculado da se-guinte forma:

Unidades CustoTotal Produzidas Unitário

Materiais diretos . . . . . . . . . . . $ 20.000 1.000 $ 20,00Mão-de-obra direta . . . . . . . . . . 10.000 1.000 10,00Custos Indiretosde Fabricação . . . . . . . . . . . . . . . 8.220 1.000 8,22

$ 38.220 $ 38,22

Se o mesmo tipo de mesa for produzido em períodos futuros, os custos unitários daquelesperíodos podem ser comparados com os custos unitários determinados no exemplo preceden-te. Quaisquer diferenças podem ser analisadas para que a administração possa tomar a medidaapropriada.

O custo unitário também serve como base para estabelecer o preço de venda das mesas.Após considerar as despesas administrativas e de vendas previstas, a administração estabeleceum preço de venda que deve fornecer um lucro razoável. O preço de venda pode ser determina-do ao adicionar uma porcentagem de lucro sobre o custo, que é uma porcentagem do cus-to de manufatura unitário. Por exemplo, se a administração decidir que uma porcentagem de lu-cro de 50% sobre o custo é necessário para cobrir a parcela do produto das despesasadministrativas e de vendas e ainda obter um lucro satisfatório, o preço de venda unitário, arre-dondado para o centavo mais próximo, seria calculado da seguinte maneira:

Custo de manufatura ................................................................................... $ 38,22Porcentagem de lucro sobre o custo (50%) ..................................................... 19,11Preço de venda........................................................................................... $ 57,33

Em períodos posteriores, pode-se descobrir que este item em particular não pode ser ven-dido a um preço alto o suficiente para fornecer um lucro razoável. Por meio da análise dos cus-tos unitários, a administração pode efetuar uma medida de corte de custos, ou talvez até descon-tinuar a produção do item.

Deste exemplo, está aparente que, a qualquer dado momento, o custo de cada item no es-toque está Caixa. Deve ser enfatizado que uma das funções da contabilidade de custos é a deter-minação acurada do custo de manufatura de uma unidade do produto. O conhecimento do cus-to unitário ajuda a gestão a planejar e controlar as operações e tomar decisões demarketing.

Para continuar com o exemplo, suponha que as seguintes transações ocorreram em janei-ro (além daquelas que já foram contabilizadas):

11. Faturas de $ 25.000, representando os custos de materiais, utilidades públicas e despesas ad-ministrativas e de vendas, são pagas.

D – Contas a Pagar. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25.000C – Caixa. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25.000

28 • CONTABILIDADE DE CUSTOS

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12. Um total de 800 mesas são vendidas para varejistas a um preço líquido de$ 57,33 cada.

D – Contas a Receber (800 � $ 57,33) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 45.864C – Vendas. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 45.864

D – Custo de Produtos Vendidos (800 � $ 38,22) . . . . . . . . . . . . . . . . . 30.576C – Produtos Acabados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30.576

Por que o custo unitário de cada item é conhecido, o custo de produtos vendidos pode serdeterminado sem um inventário físico ou estimativa de custo.

13. Caixa totalizando $ 33.000 é recebido das contas a receber.

D – Caixa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 33.000C – Contas a Receber. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 33.000

As contas no razão geral refletirão os lançamentos como segue:

Caixa Contas a Receber

1/1 Saldo 40.000 3. 20.000 12. 45.864 13. 33.00013. 33.000 11. 25.000 12.864

73.000 45.00028.000

Produtos Acabados

10. 38.220 12. 30.5767.644

Produtos em Processo

2. Materiais diretos 20.000 10. 38.2204. Mão-de-obra direta 10.0009. Custos Indiretos de Fabricação 8.220

38.220

Materiais Edifício

1. 25.000 2. 20.995 1/1 Saldo 250.0004.005

Depreciação Acumulada – Edifício Máquinas e Equipamentos

5. 1.250 1/1 Saldo 75.000

Depreciação Acumulada – Máquinase Equipamentos Contas a Pagar

6. 1.250 1. 25.00011. 25.000 7. 1.500

8. 3.750Salários a Pagar 30.250

3. 20.000 3. 20.000 5.250

Capítulo 1 • INTRODUÇÃO À CONTABILIDADE DE CUSTOS • 29

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Capital Vendas

1/1 Saldo 365.000 12. 45.864

Custo dos Produtos Vendidos Folha de Pagamento

12. 30.576 3. 20.000 4. 20.000

Custos Indiretos de Fabricação

2. Materiais indiretos 995 9. 8.2204. Mão-de-obra indireta 3.5005. Depreciação de edifício 1.1256. Depreciação de máq. e equipamentos1.2507. Utilidades públicas 1.350

8.220

Despesas Administrativas e de Vendas

4. Salários 6.5005. Depreciação de edifício 1257. Utilidades públicas 1508. Outros 3.750

10.525

Após calcular o saldo de cada conta do razão geral, a igualdade dos débitos e créditos é pro-vada pela preparação de um balancete de verificação, como a seguir.

Companhia de Móveis FahrBalancete de Verificação31 de janeiro de 20 – –

Caixa. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 28.000Contas a Receber . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12.864Produtos Acabados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7.644Produtos em Processo. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . -0-Materiais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4.005Edifício. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 250.000Depreciação Acumulada – Edifício . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 1.250Máquinas e Equipamentos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 75.000Depreciação Acumulada – Máquinas

e Equipamentos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1.250Contas a Pagar. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5.250Salários a Pagar. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . -0-Capital. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 365.000Vendas. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 45.864Custo de Produtos Vendidos.. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30.576Folha de Pagamento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . -0-CIF . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . -0-Despesas Administrativas e de Vendas . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10.525. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 418.614 $ 418.614

30 • CONTABILIDADE DE CUSTOS

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Note que a conta de controle dos produtos acabados reflete o custo das 200 unidades ain-da em estoque: 200 � $ 38,22 = $ 7.644.

De uma análise das contas do razão geral e do balancete de verificação, as demonstraçõesfinanceiras para o período são preparadas da seguinte maneira:

Companhia de Móveis FahrDemonstração do Custo de Produção

para o Mês Encerrado em Dia 31 de Janeiro de 20 – –

Materiais diretos:Estoque, 1 de janeiro . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ -0-Compras . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25.000

Custo total dos materiais disponíveis . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 25.000Menos estoque, 31 de janeiro . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4.005

Custo de materiais usados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 20.995Menos materiais indiretos usados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 995

Custos dos materiais diretos usados na produção . . . . . . . . . . $ 20.000Mão-de-obra direta . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10.000Custos indiretos de fabricação:

Materiais indiretos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 995Mão-de-obra indireta. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3.500Depreciação de edifício . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1.125Depreciação de máquinas e equipamentos . . . . . . . . . . . . 1.250Utilidades públicas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1.350Total de custos indiretos de fabricação . . . . . . . . . . . . . . . 8.220

Custo de produção durante o mês. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 38.220

Companhia de Móveis FahrDemonstração de Resultado

para o Mês Encerrado em 31 de Janeiro de 20 – –

Vendas líquidas. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 45.864Custo de produtos vendidos:

Estoque de produtos acabados, 1 de janeiro . . . . . . . . . . . $ -0-Mais custo de produção . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 38.220Produtos disponíveis para a venda . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 38.220

Menos estoque de produtos acabados, 31 de janeiro . . . . . . . 7.644 30.576Lucro bruto sobre vendas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 15.228Despesas administrativas e de vendas . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10.525Lucro líquido. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 4.763

Capítulo 1 • INTRODUÇÃO À CONTABILIDADE DE CUSTOS • 31

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Companhia de Móveis FahrBalanço

31 de Janeiro de 20 – –

Ativos

Ativo circulante:Caixa. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 28.000Contas a receber . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12.864Estoques:

Produtos acabados . . . . . . . . . . . . . . . . $ 7.644Produtos em Processo . . . . . . . . . . . . . . -0-Materiais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4.005 11.649Total de ativos circulantes . . . . . . . . . . . . $ 52.513

Instalações e equipamentos:Edifício . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 250.000

Menos depreciação acumulada . . . . . . . 1.250 $ 248.750Máquinas e equipamentos . . . . . . . . . . . . . $ 75.000

Menos depreciação acumulada . . . . . . . 1.250 73.750Total de instalações e equipamentos. . . . . . . 322.500

Total do ativo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 375.013Passivos e Patrimônio Líquido

Passivo circulante:Contas a pagar . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 5.250

Patrimônio líquido:Capital . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 365.000Lucros acumulados . . . . . . . . . . . . . . . . 4.763Total do patrimônio líquido. . . . . . . . . . . 369.763

Total do passivo e patrimônio líquido . . . . . . $ 375.013

As cifras na demonstração de custo de produção foram obtidas ao analisar as contas apro-priadas do razão geral. A conta de estoque de materiais não tinha um estoque inicial, mas temum saldo final de $ 4.005. O montante de compras durante o período foi determinado pela aná-lise dos débitos na conta de materiais. O custo de materiais diretos usados de $ 20.000 e o custode mão-de-obra direta de $ 10.000 foram obtidos da conta de Produtos em Processo. Todos osoutros itens na demonstração do custo de produção representam os Custos Indiretos de Fabri-cação e são determinados da conta de Custos Indiretos de Fabricação no razão geral.

Essa discussão apresentou um ciclo completo dos procedimentos da contabilidade de cus-tos. Antes de prosseguir, revise cuidadosamente os elementos básicos da terminologia e do flu-xo de custos. É necessário um bom entendimento dos fundamentos já apresentados para com-preender o material mais complexo nos capítulos subseqüentes. A Figura 1-5 mostra umailustração gráfica do fluxo de custos. Você deve estudar esta ilustração cuidadosamente, seguin-do cada linha para traçar o fluxo de custos.

Agora, você deve estar apto a resolver o seguinte: Questões 15-21; Exercícios 1-3 a1-7; Problema 1-2 a 1-4.

32 • CONTABILIDADE DE CUSTOS

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Figura 1-5 Fluxo de custos

Materiais Produtos em Processo

Custo de materiais Custo de materiais Custo de materiais Custo de produtoscomprados diretos usados diretos acabados

Custo de materiais Custo de mão-de-indiretos usados obra direta

Custos indiretos defabricação

Folha de Pagamento Produtos Acabados

Salários brutos Custo da mão-de- Custo de produtos Custo de produtosobra direta acabados acabados

Custo da mão-de- vendidosobra indireta

Custos Indiretos de Fabricação Custo de Produtos Vendidos

Custo de materiais Transferido para Custo de produtosindiretos produtos em acabadosCusto de mão-de- processo vendidosobra indireta

Outras despesasindiretas defabricação

SISTEMAS DE CONTABILIDADE DE CUSTOS

OBJETIVO DE APRENDIZAGEM 5Distinguir entre os dois tipos básicos de sistemas de contabilidade de custos.

O exemplo anterior apresentou o fundamento básico de um sistema de contabilidade decustos. Naquela ilustração, os custos foram acumulados por um mês. No final do mês, os custosforam divididos pelo total de unidades produzidas para determinar o custo unitário. Isso realizouuma função da contabilidade de custos: a determinação dos custos de produtos – tanto os custostotais para o período, quanto o custo por unidade. No entanto, um outro objetivo importante deum sistema de contabilidade de custos – o controle de custos – não poderia ser alcançado satisfa-toriamente usando o procedimento descrito. Como foi dito, os custos por unidade poderiam sercomparados com custos similares em períodos futuros para determinar se os custos estavam au-mentando. Supondo que em um mês subseqüente, o custo da mão-de-obra direta tenha aumen-tado de $ 10,00 para $ 11,00 por unidade, é necessário investigar e determinar se algo pode serfeito para corrigir a situação. O procedimento de contabilidade descrito restringe qualquer inves-tigação, porque não se sabe exatamente onde esse aumento ocorreu na fábrica. Os custos de

Capítulo 1 • INTRODUÇÃO À CONTABILIDADE DE CUSTOS • 33

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mão-de-obra subiram; mas subiram por causa de um aumento geral em ordenados, ou por causada ineficiência? Os custos de mão-de-obra aumentaram no processo de manufatura como um to-do, ou para um departamento ou serviço em particular? As respostas para tais perguntas não es-tão prontamente disponíveis usando os procedimentos descritos no exemplo anterior.

Para fornecer os dados necessários para a administração ter um controle eficaz de custos,dois tipos básicos de sistemas de contabilidade de custos foram desenvolvidos: o sistema de cus-teio de processo e o sistema de custeio por ordem. Ambos os sistemas são usados para colherdados e para alocar custos aos produtos fabricados. A escolha de ummétodo ou de outro depen-de do tipo de operação de manufatura usado por uma dada empresa. Para determinar o métodoapropriado, operações de manufatura são classificadas em dois tipos: pedidos especiais e produ-ção contínua ou em massa.

PEDIDOS ESPECIAIS

Neste tipo de operação, a produção consiste em produtos especiais ou feitos sob encomenda;emoutras palavras, cada produto é feito para umpedido. Umpedido pode ser umpedido externo ouinterno para uma quantidade predeterminada de produtos. Indústrias de pedidos especiais incluemas que fabricam locomotivas, navios, aeronaves, ferramentas demáquinas, motores, aço estrutural, li-vros e revistas, diretórios e catálogos, e lojas de especialidades produzindo produtos feitos sob enco-menda como roupas, sapatos, chapéus, ou casas construídas sob encomenda. Um sistema de cus-to por ordem é apropriado nessas circunstâncias. Técnicas de contabilidade de custos por ordempodem ser usadas por organizações de serviço como contabilidade, arquitetura, e empresas de advo-cacia para realizarem funções como determinar o custo para prestar um serviço a um cliente.

PRODUÇÃO CONTÍNUA OU EM MASSA

Este tipo de operação produz uma saída contínua de produtos homogêneos. Uma empresadeste tipo pode produzir um único produto, como um automóvel, ou muitos produtos diferentes,como refrigerantes ou artigos farmacêuticos. Geralmente, a fábrica é organizada em departamentos.Indústrias de produção contínua ou em massa incluem as que fabricam automóveis, pneus, cimen-to, produtos químicos, produtos enlatados, madeira, papel, balas, produtos alimentícios, farinha, vi-dro, sabão, pasta de dente, goma de mascar, produtos derivados de petróleo, têxteis, plásticos, tin-tas, e empresas engajadas em processos como a composição e vulcanização de borracha. Este tipode empresa de manufatura normalmente usa um sistema de custo por processo.

A contabilidade de custos por processo se adequa às situações de manufatura nas quais to-das as unidades do produto final são substancialmente idênticas. A Móveis Fahr utilizou um sis-tema de custo por processo no exemplo anterior para contabilizar o seu único produto. Unida-des acabadas são colocadas em estoque, e tiradas assim que necessário, para atender pedidos declientes. Não existem serviços em separado que apresentam características substancialmente di-ferentes. Em vez disso, a empresa (ou um departamento dentro da empresa) produz grandesnúmeros de itens virtualmente idênticos que são vendidos (ou transferidos para outros departa-mentos) assim que os pedidos são recebidos. Técnicas de contabilidade de custos por processopodem ser usadas por organizações que fornecem um serviço, como para determinar o custopor raio-X, no departamento de raios X de um hospital, ou o custo por milha/passageiro parauma linha aérea. Os Capítulos 6 e 7 cobrem a contabilidade de custos por processo. A Figura 1-6mostra exemplos do uso dos sistemas de custo por ordem e sistema de custo por processo emempresas de serviço, de comércio e de manufatura.

34 • CONTABILIDADE DE CUSTOS

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COMBINAÇÃO DE SISTEMAS

Algumas empresas usam um sistema de custo por ordem e de custo por processo. Porexemplo, uma empresa que fabrica produtos com pedidos específicos, mas que também produz,de forma contínua, um número de pequenas peças para serem usadas na maioria das ordens,pode se beneficiar ao combinar os dois sistemas. Os custos para fabricar essas pequenas peçassão acumulados em bases de custo por processo, enquanto os custos para cada serviço devemser coletados em uma folha de custo por ordem.

CUSTEIO PADRÃO

Os sistemas de contabilidade de custo por ordem e de custo por processo são os principaissistemas usados por organizações de manufatura. No entanto, embora sejam úteis em fornecerdados sobre custos, esses sistemas ainda são limitados com relação ao controle de custos. Embo-ra possibilitem determinar o que um produto realmente custa, não oferecem nenhum meio dedeterminar o que o produto deveria ter custado. Um sistema de contabilidade de custo pa-drão, que não é um terceiro sistema, mas que pode ser usado tanto com um sistema por ordemquanto um sistema de custo por processo, é projetado para fornecer uma medida que ajudará aadministração a tomar decisões com relação à eficiência das operações.

Custos padrões seriam incorridos sob condições de operação eficientes e são previstosantes do processo de manufatura começar. Durante as operações, uma organização compara oscustos reais incorridos com esses custos padrões predeterminados. “Variações”, ou diferenças,são então calculadas. Essas variações revelam quais desempenhos desviam do padrão, e assimfornecem uma base pela qual a administração pode tomar uma medida apropriada para eliminarcondições de operação que são ineficientes. A contabilidade de custo padrão será discutida emprofundidade e ilustrada nos Capítulos 8 e 9.

Figura 1-6 Usos dos sistemas de custos

Sistema de Custo Empresa de Empresa de Empresa deServiço Comércio Manufatura

Ordem de Serviço Empresa de Companhia de Construtor dearquitetura, madeira, varejista casas sobrecrutadores de de PCs encomenda,executivos gráfica

Processo Departamento de Publicação de Produtor deraios X de um jornal, atacadista papel,hospital, serviço agrícola cervejariade limpeza do hotel

ILUSTRAÇÃO DE UM SISTEMA DE CUSTO POR ORDEM

Com um sistema de custo por ordem, os custos são acumulados por serviço (ou lote). Umavantagem de um sistema de custo por ordem é que o acúmulo de custos para um serviço em par-ticular ajuda a determinar o seu preço de venda. Ou, se um serviço é feito sob contrato, com um

Capítulo 1 • INTRODUÇÃO À CONTABILIDADE DE CUSTOS • 35

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preço estabelecido, o lucro ou perda no serviço pode ser prontamente determinado ao compararo custo com o preço de contrato. Ao mesmo tempo, custos que foram acumulados para certo ti-po de trabalho ajudarão a administração a preparar ofertas para serviços similares no futuro.

Para ilustrar o uso de um sistema de contabilidade de custos por ordem, suponha que aCompanhia de Móveis Fahr aceita dois pedidos para fabricar certos itens durante o mês de feve-reiro. Esses pedidos especiais são como a seguir:

1. Do Armazém Wicker: fabricar 1.000 cadeiras de acordo com as especificações do ArmazémWicker: preço contratado, $ 36.000. Núm. do Serviço 101 está designado para este pedido.

2. Da Wicker Shop: fabricar 500 mesas de acordo com as especificações da Wicker Shop: preçocontratado, $ 29.650. Núm. do Serviço 102 está designado para este pedido.

Após aceitar esses pedidos e planejar as exigências de manufatura com relação a mate-riais, mão-de-obra e Custos Indiretos de Fabricação (CIF), o departamento de contabilidade decustos prepara uma folha de custos por serviço para cada serviço. A Figura 1-7 ilustra esse for-mulário para o pedido do Armazém Wicker. Todos os custos aplicáveis a cada serviço serão acu-mulados nesses formulários. Note que a Fahr mudou de custeio de processo para custeio por or-dem agora que está fazendo produtos sob encomenda para clientes específicos.

Figura 1-7 Folha de custos por serviço

Companhia de Móveis FahrFolha de Custos por Serviço

Nome do Cliente: Número do Serviço:Endereço: Data de Início:

Quantidade: Data de Encerramento:Produto:Descrição:

Materiais Diretos Mão-de-obra Direta Custos Indiretos de Fabricação

Data Núm. Valor Data Núm. Valor Data Base de Valorda Req. do Cartão Aplicaçãode Mat. de Ponto

24/2 5505 8.200 25/2 2101 2.500 60% do26/2 6211 4.000 27/2 2826 1.500 total

28/2 3902 2.000 28/2 dos CIF 5.007

Total 12.200 6.000 5.007

RESUMOMateriais diretos $ 12.200 Preço de venda $ 36.000 Comentários:Mão-de-obra direta 6.000 Custo deCIF 5.007 produção 23.207Custo total $ 23.207 Lucro bruto $ 12.793Custo unitário $23.21

vime, de 39’’cadeiras

1.000Houston, TX 77057

28/2

24/2101

Skyway Dr., 5525Armazém Wicker

36 • CONTABILIDADE DE CUSTOS

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As transações e os lançamentos de diário para o mês de fevereiro aparecem como a seguir.Para realçar os procedimentos de contabilidade de custo por ordem, apenas os lançamentos re-lativos a manufatura de produtos serão ilustrados. Lançamentos rotineiros, como aqueles paracontabilizar a compra de materiais, despesas que não são de manufatura, ou pagamentos aoscredores, serão ignorados, já que esses lançamentos são feitos da mesma maneira que foi ilustra-do anteriormente, independente do sistema de custo utilizado.

1. Materiais indiretos com um custo de $ 2.620 foram baixados para a fábrica, e materiais diretossão baixados como a seguir:

Serviço 101 Serviço 102Junco . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 11.000 $ 8.000Cana-da-índia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1.200 1.000

$ 12.200 $ 9.000

O lançamento no final da semana para contabilizar a baixa de materiais aparece como:D – Produto em Processo – 101 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12.200D – Produto em Processo – 102 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9.000D – CIF (materiais indiretos) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2.620

C – Materiais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23.820Se os materiais indiretos pudessem ser rastreados diretamente para um serviço específico,

o custo poderia ser debitado naquele serviço. No entanto, muitas vezes é difícil determinar qualserviço se beneficiou do uso de vários suprimentos. Assim, custos de materiais indiretos são nor-malmente debitados na conta de CIF e depois distribuídos entre os vários serviços.

2. Custos de mão-de-obra indireta de $ 2.180 e custos de mão-de-obra direta são incorridos co-mo a seguir:

Serviço 101 Serviço 102Mão-de-obra Direta . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 6.000 $ 3.750O lançamento semanal para distribuir esses custos é contabilizado da seguinte forma:

D – Produto em Processo – 101 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6.000D – Produto em Processo – 102 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3.750D – CIF (Mão-de-obra Indireta) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2.180

C – Folha de Pagamento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11.930

3. Despesa mensal de depreciação para o edifício é contabilizado como a seguir:

D – CIF (Depreciação do Edifício) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1.125D – Despesas Administrativas e de Vendas(Depreciação do Edifício) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 125

C – Depreciação Acumulada – Edifício . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1.250

4. O lançamento para contabilizar a depreciação mensal para máquinas e equipamentos é regis-trado da seguinte maneira:

D – CIF (Depreciação da Máquinas e Equipamentos) . . . . . . . . . . . . . . . 1.250C – Depreciação Acumulada – Máquinas e Equipamentos . . . . . . . 1.250

5. O custo de utilidades públicas para o mês de fevereiro é de $ 1.300, e é registrado como a se-guir:

D – CIF (Utilidades públicas) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1.170D – Despesas Administrativas e de Vendas (Utilidades Públicas) . . . . . . . 130

C – Contas a Pagar . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1.300

Capítulo 1 • INTRODUÇÃO À CONTABILIDADE DE CUSTOS • 37

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6. Débitos totais do CIF para o mês são mostrados a seguir:

Materiais indiretos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 2.620Mão-de-obra indireta . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2.180Depreciação do edifício . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1.125Depreciação de máquinas e equipamentos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1.250Utilidades públicas. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1.170Total . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 8.345

Suponha que os CIF sejam alocados como a seguir: 60% para o Serviço 101, 40% para o Ser-viço 102.

Total de CIF 60% 40%Serviço 101 Serviço 102

$ 8.345 $ 5.007 $ 3.338

A distribuição dos CIF seria registrada da seguinte maneira:

D – Produto em Processo – 101 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5.007D – Produto em Processo – 102 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3.338

C - CIF . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8.345

No final do mês, as contas de Produtos em Processo e de CIF ficariam como a seguir:

Produto em Processo – 101

1. Materiais diretos 12.2002. Mão-de-obra direta 6.0006. CIF 5.007

23.207

Produto em Processo – 102

1. Materiais diretos 9.0002. Mão-de-obra direta 3.7506. CIF 3.338

16.088

CIF

1. Materiais indiretos 2.620 6. Transferência para Produtos em2. Mão-de-obra indireta 2.180 Processo 8.3453. Depreciação do edifício 1.1254. Depr. de máquinas e equipamentos 1.2505. Utilidades públicas 1.170

8.345

Os custos mostrados nas contas de Produtos em Processo representam os totais mensais(lançamentos resumidos) para cada elemento do custo de manufatura. Esses mesmos custos sãomostrados em maiores detalhes nas folhas de custos por serviço, como aquela que foi ilustradapreviamente.

38 • CONTABILIDADE DE CUSTOS

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7. Supondo que os dois serviços foram completados até o final do mês, os custos para os ser-viços completados seriam transferidos para a conta de controle de estoques de produtosacabados:

D – Produtos Acabados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 39.295C – Produto em Processo – 101. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23.207C – Produto em Processo – 102. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16.088

8. Quando os produtos são despachados e faturados para os clientes, os seguintes lançamentossão feitos para contabilizar as vendas e o custo dos serviços:

D – Contas a Receber . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 65.650C – Vendas. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 65.650

D – Custo de Produtos Vendidos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 39.295C – Produtos Acabados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 39.295

Os custos para se produzir os dois serviços podem ser resumidos da seguinte maneira:

Serviço 101 (1.000 unid.) Serviço 102 (500 unid.)Custo Custo Custo CustoTotal Unitário Total Unitário

Materiais diretos $ 12.200 $ 12,20 $ 9.000 $ 18,00Mão-de-obra direta 6.000 6,00 3.750 7,50CIF 5.007 5,01 3.338 6,68Total $ 23.207 $ 23,21 $ 16.088 $ 32,18

O lucro bruto obtido em cada serviço é determinado da seguinte forma:

Serviço 101 (1.000 unid.) Serviço 102 (500 unid.)Total Unitário Total Unitário

Preço de venda $ 36.000 $ 36,00 $ 29.650 $ 59,30Custo 23.207 23,21 16.088 32,18Lucro bruto $ 12,793 $ 12,79 $ 13,562 $ 27,12

As folhas de custo por serviço refletem as informações anteriores de modo mais detalhado,de forma que, pouco tempo após cada serviço ser completado, o lucro bruto possa ser determi-nado. Além disso, se a administração fizer uma oferta para serviços similares no futuro, um regis-tro acurado de todos os custos estaria disponível para apoiar a gestão na determinação de pre-ços de contratos.

CONTA DE CONTROLE DE PRODUTOS EM PROCESSO

Quando os serviços se tornam numerosos demais para manter uma conta de Produtos emProcesso em separado para cada um, uma conta de controle de Produtos em Processo será usa-da no razão geral. Em um sistema de custo por ordem, os detalhes nas folhas de custo por servi-ço no razão de custo por serviço subsidiário apóiam o saldo em Produtos em Processo no ra-zão geral.

Capítulo 1 • INTRODUÇÃO À CONTABILIDADE DE CUSTOS • 39

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PRODUTOS EM PROCESSO NA DEMONSTRAÇÃO DE MANUFATURA

Se houver Produtos em Processo no início e no final do mês, eles serão mostrados como aseguir na demonstração de custo de produção para a Companhia de Manufatura Nehr.

O custo total de manufatura de $ 660.000 representa o custo de materiais diretos, mão-de-obra direta e CIF usados durante o mês de junho. A Manufatura Nehr incorreu em custos de$ 85.000 durante o mês anterior por produtos que não foram completados no final daquele mês.Portanto, o total de $ 745.000 representa custos de manufatura que a empresa precisa justificar.No final de junho, Produtos em Processo é de $ 125.000, que representa o custo incorrido até adata por itens que não tinham sido acabados até o final de junho. Portanto, o custo de produtoscompletados em junho, dos quais alguns tiverem sua produção iniciada em meses anteriores, éde $ 620.000. A conta de razão para Produtos em Processo, na forma de razonetes (conta T), iriaaparecer como a seguir no final do mês:

Produtos em Processo

1/6 Saldo 85.000 Para Produtos Acabados 620.000Materiais diretos 290.000Mão-de-obra direta 240.000CIF 130.000

745.000125.000

Se estiver usando um sistema de custo por ordem, o saldo na conta representa $ 125.000do custo de manufatura incorrido até a data, nos serviços que ainda não foram completados.

Companhia de Manufatura NehrDemonstração do Custo de Produção para o Mês Encerrado em 30 de Junho de 20 – –

Materiais diretos:Estoques, 1 de junho . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 15.000Compras . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 310.000

Total do custo de materiais disponíveis . . . . . . . . . . . . . . . $ 325.000Menos estoques, 30 de junho . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25.000

Custo de materiais usados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 300.000Menos materiais indiretos usados . . . . . . . . . . . . . . . . . 10.000

Custos de materiais diretos usados na produção . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 290.000Mão-de-obra direta . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 240.000CIF:

Materiais indiretos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 23.000Mão-de-obra indireta . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 47.000Depreciação do edifício . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 35.000Depreciação de máquinas e equipamentos . . . . . . . . . . 15.000Utilidades públicas. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10.000

Total de CIF. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 130.000Custo de produção durante o mês . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 660.000Mais estoques de Produtos em Processo, 1 de junho . . . . . . . . . . . . . . . . 85.000. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 745.000Menos estoques de Produtos em Processo, 30 de junho . . . . . . . . . . . . . . 125.000Custo de produção durante o mês . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 620.000

40 • CONTABILIDADE DE CUSTOS

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Capítulo 1 • INTRODUÇÃO À CONTABILIDADE DE CUSTOS • 41

Agora, você deve estar apto a resolver o seguinte: Questões 22-26; Exercícios 1-8 e1-9; Problemas 1-5 a 1-9.

TERMOS-CHAVEAgências de serviço sem fins lucrativos Mão-de-obra indiretaAtacadistas MateriaisCentro de custos Materiais diretosCompras OrçamentoContabilidade de custos PlanejamentoContabilidade por responsabilidade Porcentagem de lucro sobre o custo ou vendaContabilidade financeira Processo de manufaturaControle Produto em ProcessoCusto de conversão Produtos acabadosCusto de produção Razão industrialCusto primário Razão de custo por serviçoCustos de manufatura (ou produção) Relatórios de custos e de produçãoCustos padrões Relatório de desempenhoCustos unitários Sistema de contabilidade de custo padrãoEmpresas de comércio Sistema de controle de estoque perpétuoEmpresas de serviço com fins Sistema de controle de estoque periódicolucrativos Sistema de custo por ordemFabricantes Sistema de custo por processoCustos Indiretos de Fabricação Sistemas de contabilidade de custosMão-de-obra direta Sistemas de informações contábeis

Varejistas

PROBLEMA PARA AUTO-AVALIAÇÃO

SISTEMA BÁSICO DE CUSTOS; LANÇAMENTOS DE DIÁRIO; DEMONSTRAÇÕESFINANCEIRASCOMPANHIA DE MANUFATURA MUSKETEER

O balancete de verificação de encerramento para a Companhia de Manufatura Muske-teer, no dia 30 de setembro, está reproduzido como a seguir:

Companhia de Manufatura MusketeerBalancete de Verificação Encerrado em 30 de Setembro de 20 – –

Caixa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15.000Contas a Receber . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18.000Produtos Acabados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25.000Produtos em Processo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4.000Materiais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8.000Edifício . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 156.000Depreciação Acumulada – Edifício . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23.400 �

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Equipamento de Fábrica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 108.000Depreciação Acumulada – Equipamento de Fábrica . . . . . . . . . 54.000Equipamento de Escritório . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12.000Depreciação Acumulada – Equipamento de Escritório . . . . . . . . 2.000Contas a Pagar . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30.000Capital . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 175.000Lucros Acumulados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 61.600

346.000 346.000

Durante o mês de outubro, as seguintes transações ocorreram:a. Matérias-primas, a um custo de $ 50.000, e suprimentos gerais para a fábrica, a um cus-

to de $ 8.000, foram comprados a prazo. (Materiais e suprimentos são contabilizados naconta para materiais.)

b. Matérias-primas para serem usadas na produção, custando $ 41.000, e suprimentos di-versos de fábrica, custando $ 5.500, foram baixados.

c. Ordenados e salários incorridos e pagos no mês foram pagos como a seguir: ordenadosda fábrica (incluindo $ 2.500 de mão-de-obra indireta), $ 34.000, e salários administra-tivos e de vendas, $ 5.000. (Ignore deduções e retenções na folha de pagamento.)

d. A folha de pagamento no item (c) foi distribuída.e. A depreciação foi contabilizada para o mês a uma taxa anual de 5% para o edifício, e

20% para o equipamento de fábrica e o equipamento de escritório. Os empregados admi-nistrativos e de vendas usam aproximadamente um quinto do edifício para seus escritórios.

f. Durante o mês, várias outras despesas totalizando $ 5.200 foram incorridas a prazo. Acompanhia determinou que um quarto desse montante é alocável em funções de escritório.

g. O total de CIF foram transferido para Produtos em Processo.h. Durante o mês, produtos com um custo total de $ 79.000 foram completados e transferi-

dos para o armazém de produtos acabados.i. As vendas do mês totalizaram $ 128.000 para produtos custando $ 87.000. (Suponha

que todas as vendas foram feitas a prazo.)j. Contas a receber no montante de $ 105.000 foram cobradas e recebidas.k. Contas a pagar totalizando $ 55.000 e ordenados a pagar totalizando $ 39.000 foram

pagos.

Pede-se:1. Preparar os lançamentos de diário para contabilizar as transações.2. Preparar razonetes (contas T) para todas as contas listadas no Balancete de Verificação

Encerrado em 30 de Setembro de 20 – –, e para Custo de Produtos Vendidos, CIF, Despe-sas Administrativas e de Vendas, Vendas, e Salários a Pagar. Lance o Balancete de Verifi-cação inicial e os lançamentos de diário preparados na Parte 1 nas contas e calcule ossaldos nas contas no dia 31 de outubro.

3. Prepare uma demonstração de custo de produção, uma demonstração de resultado, e umbalanço patrimonial.

SOLUÇÃO PARA O PROBLEMA DE AUTO-AVALIAÇÃOSugestões:

Leia o problema inteiro cuidadosamente, mantendo em mente o que está sendo solicitado:

1. Contabilize as transações.

42 • CONTABILIDADE DE CUSTOS

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2. Lance o Balancete de Verificação inicial e os lançamentos de diário nos razonetes que vo-cê preparou e calcule os saldos finais para cada conta.

3. Usando os saldos finais das contas, prepare uma demonstração de custo de produção,uma demonstração de resultados e um balanço patrimonial.

As especificações no problema realçam os seguintes fatos:1. A empresa é um fabricante; portanto, serão usadas três contas de estoque, Materiais, Pro-

dutos em Processo, e Produtos Acabados.2. Uma conta temporária, CIF, será usada para contabilizar todos os materiais indiretos,

mão-de-obra indireta e outras despesas de manufatura para o período.

Preparando os lançamentos de diário:a. e b. Note que só tem uma conta de estoque para materiais, que inclui o custo dos mate-

riais tanto diretos quanto indiretos. Quando os materiais são baixados para a produção,os materiais diretos são debitados em Produtos em Processo e os materiais indiretos sãodebitados no CIF.

a. D – Materiais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 58.000C – Contas a Pagar. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 58.000

b. D – Produtos em Processo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 41.000D – CIF . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5.500

C – Materiais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 46.500

c. Os lançamentos para contabilizar a folha de pagamento e os pagamentos aos emprega-dos usam as contas de folha de pagamento e salários a pagar.

D – Folha de Pagamento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 39.000C – Salários a Pagar . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 39.000

D – Salários a Pagar. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 39.000C – Caixa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 39.000

d. O lançamento para distribuir a folha de pagamento requer o uso da conta Produtos emProcesso para os salários dos empregados que trabalham diretamente no produto, a con-ta CIF dos salários dos empregados que trabalham na fábrica mas não diretamente noproduto, e a conta Despesas Administrativas e de Vendas para os salários do pessoal devendas e administrativo.

D – Produtos em Processo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 31.500D – CIF (Mão-de-obra Indireta). . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2.500D – Despesas Administrativas e de Vendas (Salários) . . . . . . . . . . 5.000

C – Salários a Pagar . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 39.000

e, f, e g. A depreciação do edifício e equipamentos e as outras despesas são divididas en-tre CIF e Despesas Administrativas e de Vendas, dependendo da parcela da despesaque se relaciona com a fábrica e a parcela que se relaciona com a função administrati-va e de vendas. O saldo na conta para CIF ao final do mês é transferido para Produtosem Processo.

Capítulo 1 • INTRODUÇÃO À CONTABILIDADE DE CUSTOS • 43

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e. D – CIF (Depreciação do Edifício) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 520D – CIF (Depreciação do Equipamento de Fábrica) . . . . . . . . . . 1.800D – Despesas Administrativas e de Vendas (Depreciação

de Equipamentos de Escritório) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 130D – Despesas Administrativas e de Vendas (Depreciação

do Equipamento de Escritório). . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 200C – Depreciação Acumulada – Edifício. . . . . . . . . . . . . . . . 650C – Depreciação Acumulada – Equipamento de Fábrica . . . 1.800C – Depreciação Acumulada – Equipamento de Escritório . . 200

f. D – CIF (Diversos) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3.900D – Despesas Administrativas e de Vendas (Diversos) . . . . . . . . 1.300

C – Contas a Pagar . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5.200

g. D – Produtos em Processo. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14.220C – CIF . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14.220

h, i, j, e k. Quando os produtos são completados, o custo dos produtos é tirado de Produtosem Processo e registrado em Produtos Acabados. Quando os produtos acabados são ven-didos, o custo destes produtos é removido da conta de estoques de produtos acabados econtabilizado na conta de despesas de custo de produtos vendidos, e o recebível e recei-tas são registrados pelo montante da venda.

h. D – Produtos Acabados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 79.000C – Produtos em Processo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 79.000

i. D – Contas a Receber . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 128.000C – Vendas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 128.000

D – Custos de Produtos Vendidos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 87.000C – Produtos Acabados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 87.000

j. D – Caixa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 105.000C – Contas a Receber. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 105.000

k. D – Contas a Pagar . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 55.000C – Caixa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 55.000

Lançando o balancete de verificação inicial e os lançamentos de diário nos razonetes.

Caixa Contas a Receber

30/9 15.000 c. 39.000 30/9 18.000 j. 105.000j. 105.000 k. 55.000 i. 128.000

120.000 146.00026.000 41.000

Produtos Acabados Produtos em Processo

30/9 25.000 i. 87.000 30/9 4.000 h. 79.000h. 79.000 b. 41.000

104.000 d. 31.50017.000 g. 14.220

90.72011.720

44 • CONTABILIDADE DE CUSTOS

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Materiais Edifício

30/9 8.000 b. 46.500 30/9 156.000a. 58.000

66.00019.500

Depreciação Acumulada – Edifício Equipamentos de Fábrica

30/9 23.400 30/9 108.000e. 650

24.050

Depreciação AcumuladaEquipamentos de Fábrica Equipamentos de Escritório

30/9 54.000 30/9 12.000e. 1.800

55.800

Depreciação AcumuladaEquipamentos de Escritório Contas a Pagar

30/9 2.000 k. 55.000 30/9 30.000200 a. 58.000

2.200 5.20093.200

Salários a Pagar 38.200

c. 39.000 c. 39.000

Capital Lucros Acumulados

30/9 175.000 30/9 61.600

Vendas Custo de Produtos Vendidos

i. 128.000 i. 87.000

Folha de Pagamento

c. 39.000 d. 39.000

CIF Despesas Administrativas e de Vendas

b. 5.500 f. 14.220 d. 5.000d. 2.500 e. 130e. 520 e. 200e. 1.800 f. 1.300f. 3.900 6.630

14.220

Capítulo 1 • INTRODUÇÃO À CONTABILIDADE DE CUSTOS • 45

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Preparando uma demonstração de custo de produção, uma demonstração de resultadose um balanço patrimonial:

O custo total de manufatura de $ 86.720 representa o custo de materiais diretos, mão-de-obra direta, e CIF incorridos durante o mês de outubro. Observe que o custo dos materiais indire-tos é subtraído no cálculo de custos de materiais diretos usados na produção porque é incluído co-mo um item separado sob os CIF. Para determinar o custo de produção para outubro, que naverdade significa o custo dos produtos completados para o mês, você tem que adicionar o custodo estoque inicial de Produtos em Processo, $ 4.000, e subtrair o custo do estoque final de Produ-tos em Processo, $ 11.720, do custo total de manufatura para outubro.

Companhia de Manufatura MusketeerDemonstração de Custo de Produção

para o Mês Encerrado em 31 de Outubro de 20 – –

Materiais Diretos:Estoques, 1 de outubro . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 8.000Compras . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 58.000Total do custo de materiais disponíveis . . . . . . . . . . . . . $ 66.000Menos estoques, 31 de outubro . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19.500

Custo dos materiais usados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 46.500Menos materiais indiretos usados . . . . . . . . . . . . . . . . . 5.500Custo dos materiais diretos usados na produção . . . . . . $ 41.000

Mão-de-obra direta. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 31.500CIF:

Materiais indiretos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 5.500Mão-de-obra indireta . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2.500Depreciação do edifício . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 520Depreciação do equipamento da fábrica . . . . . . . . . . . 1.800Despesas diversas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3.900Total dos CIF. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14.220

Total do custo de produção . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 86.720Mais estoques de Produtos em Processo, 1 de outubro . . . . . . . . . . . . 4.000

$ 90.720Menos estoques de Produtos em Processo, 31 de outubro . . . . . . . . . . 11.720

Custo de produção . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 79.000

Ao preparar uma demonstração de resultados para um fabricante, lembre-se de que o esto-que inicial dos produtos acabados para o mês deve ser adicionado ao custo de produção para seobter o custo de produtos disponíveis para a venda. Depois o saldo final dos produtos acabadosprecisa ser subtraído para obter o custo de produtos vendidos:

46 • CONTABILIDADE DE CUSTOS

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Companhia de Manufatura MusketeerDemonstração de resultado

para o Mês Encerrado em 31 de Outubro de 20 – –Vendas líquidas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 128.000Custo de produtos vendidos:

Estoque de produtos acabados, 1 de outubro . . . . . . . . . $ 25.000Mais custo de produção . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 79.000Produtos disponíveis para a venda. . . . . . . . . . . . . . . . . $ 104.000Menos estoque de produtos acabados, 31 de outubro . . . 17.000 87.000

Lucro bruto sobre as vendas. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 41.000Despesas administrativas e de vendas:

Salários administrativos e de vendas . . . . . . . . . . . . . . . $ 5.000Depreciação do edifício . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 130Depreciação dos equipamentos de escritório . . . . . . . . . 200Diversos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1.300 6.630

Lucro líquido . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 34.370

Ao preparar um balanço para um fabricante, observe que existem três contas separadas deestoque, em vez de uma única conta como para uma empresa de comércio.

Companhia de Manufatura MusketeerBalanço Patrimonial

para o Mês Encerrado em 31 de Outubro de 20 – –

AtivosAtivos circulantes:

Caixa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 26.000Contas a receber . . . . . . . . . . . . . . . . . . 41.000Estoques:

Produtos acabados . . . . . . . . . . . . . . . $ 17.000Produtos em Processo . . . . . . . . . . . . . 11.720Materiais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19.500 48.220

Total de ativos circulantes . . . . . . . . . . . . . . . $ 115.220Instalações e equipamentos:

Edifício . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 156.000Menos depreciação acumulada . . . . . . 24.050 $ 131.950

Equipamentos de fábrica . . . . . . . . . . . . . $ 108.000Menos depreciação acumulada . . . . . . 55.800 52.200

Equipamentos de escritório. . . . . . . . . . . . $ 12.000Menos depreciação acumulada . . . . . . 2.200 9.800

Total de instalações e equipamentos . . . . . 193.950Total de ativos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 309.170

Capítulo 1 • INTRODUÇÃO À CONTABILIDADE DE CUSTOS • 47

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Passivos e Patrimônio LíquidoPassivo circulante:

Contas a pagar . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 38.200Patrimônio líquido:

Capital. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 175.000Lucros acumulados*. . . . . . . . . . . . . . . . . 95.970Total de patrimônio líquido . . . . . . . . . . . . 270.970Total de passivos e patrimônio líquido . . . . $ 309.170

* $ 61.600 (saldo em 30/9) + $ 34.370 (lucro líquido para outubro) = $ 95.970

(Observação: O Problema 1-3 é semelhante a esse problema.)

48 • CONTABILIDADE DE CUSTOS

1. Como é que a função da contabilidade decustos ajuda na administração de uma em-presa?

2. Em que as atividades de fabricantes, em-presas de comércio e empresas de serviçosão diferentes?

3. De que forma uma empresa típica de ma-nufatura difere de uma empresa de comér-cio? Em que são semelhantes?

4. Como é que a administração usa os da-dos da contabilidade de custos?

5. Por que informações sobre o custo unitáriosão importantes para a administração?

6. Para um fabricante, o que está envolvidono processo de planejamento e como sãousados os dados sobre contabilidade decustos?

7. Como é que se consegue controle eficazem uma empresa de manufatura?

8. Defina contabilidade por responsabilidade.9. Que critérios precisam ser satisfeitos para

que uma unidade de atividade dentro deuma fábrica se qualifique como um centrode custos?

10. Qual é o relacionamento entre contabilida-de de custos e contabilidade financeira?

11. Como os cálculos do custo de produtosvendidos de um fabricante são diferentesdaqueles de um comerciante?

12. Como você descreveria as seguintes con-tas – Produtos Acabados, Produtos em Pro-cesso e Materiais?

13. Compare os setores de manufatura, co-mércio e serviços. Em que diferem com re-lação aos tipos de empresa em cada cate-goria, a natureza de sua produção, e tipode estoque, se o tiver?

14. Qual é a diferença entre um sistema decontrole de estoque perpétuo e um sistemade controle de estoque periódico?

15. Quais são os elementos básicos dos custosde produção?

16. Como você definiria os seguintes custos:materiais diretos, materiais indiretos,mão-de-obra direta, mão-de-obra indireta,e CIF?

17. Como você definiria custo primário e custode conversão (ou transformação)? O custoprimário mais o custo de conversão éigual ao custo de produção?

18. Em que o tratamento contábil dado aosCIF difere daquele de materiais diretos ecustos de mão-de-obra direta?

19. Em que o custo de produtos vendidos pa-ra um fabricante difere do custo de pro-dução?

20. Como são justificados os custos que nãosão de fábrica e os custos que beneficiam

QUESTÕES

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tanto as operações da fábrica quanto asque não são da fábrica?

21. O que é uma porcentagem de lucro sobreo custo?

22. Quando é apropriado usar o custeio porordem e que tipos de empresa o usam?

23. Quando é apropriado usar o custeio porprocesso e que tipos de empresa o usam?

24. Quais são as vantagens de acumular cus-tos por departamento ou serviço em vezde para uma fábrica como um todo?

25. O que é uma folha de custos por serviço, epor que é útil?

26. O que são custos padrão, e qual o propó-sito de um sistema de custo padrão?

Capítulo 1 • INTRODUÇÃO À CONTABILIDADE DE CUSTOS • 49

EXERCÍCIOS

E1-1 Custo de produtos vendidos – comerciantesObjetivo 2

Os seguintes dados foram tirados do razão geral do Comércio Morton no dia 31 de janeiro,o final do primeiro mês de operações do presente ano fiscal:

Estoques de mercadorias, 1 de janeiro. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22.000Compras. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 83.000Estoques de mercadorias, 31 de janeiro. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17.000Calcule o custo de mercadorias vendidas para o mês de janeiro.

E1-2 Custo de produtos vendidos – fabricantesObjetivo 2

Os dados abaixo foram tirados do razão geral e outros dados da Fábrica MillCreek, no dia31 de julho:

Produtos acabados, 1 de julho . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 93.000Custo de produção . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 343.000Produtos acabados, 31 de julho . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 85.000Calcule o custo de produtos vendidos para o mês de julho.

E1-3 Classificação de custosObjetivo 3

Classifique os itens abaixo como materiais diretos, mão-de-obra direta, CIF, ou despesas ad-ministrativas e de vendas.

a. Aço usado em uma fábrica de automóveis.b. Tecido usado em uma fábrica de camisas.c. Fibra de vidro usada por um construtor de barcos a vela.d. Óleos lubrificantes usados em máquinas em uma fábrica de ferramentas.e. Ordenados de um encadernador em uma gráfica.f. Seguro em máquinas da fábrica.g. Aluguel pago por edifícios da fábrica.h. Ordenados de um operador de empilhadeira empregado pela fábrica.i. Couro usado em uma fábrica de sapatos.

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j. Ordenados de um zelador da fábrica.k. Energia elétrica consumida para operar máquinas da fábrica.l. Depreciação sobre escritórios centrais.m. Combustível usado para aquecer uma fábrica.n. Tinta usada na fabricação de automóveis.o.Ordenados de um trabalhador em ferro no setor de construção civil.p. Eletricidade usada para iluminar os escritórios de vendas.

E1-4 Fluxo de custosObjetivo 3

Em forma narrativa, explique o fluxo de materiais diretos, mão-de-obra direta e CIF por meiode contas.

E1-5 Demonstração do custo de produção; custo de produtos vendidosObjetivo 4

Os dados a seguir são tirados do razão geral e outros registros da Companhia de Fabrica-ção Mathis, em 31 de janeiro, o final do primeiro mês de operações do presente ano fiscal:

a. Prepare uma demonstração do custo de produção.b. Prepare a seção do custo de mercadorias vendidas na demonstração de resultado.

Vendas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 75.000Estoques de materiais (1 de janeiro) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25.000Estoques de produtos em processo (1 de janeiro) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24.000Estoques de produtos acabados (1 de janeiro) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 32.000Materiais comprados. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21.000Custo da mão-de-obra direta . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18.000CIF (incluindo $1.000 de materiais indiretos usados

e $3.000 de custo de mão-de-obra indireta) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12.000Despesas administrativas e de vendas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10.000Estoques em 31 de janeiro:

Materiais. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22.000Produtos em processo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20.000Produtos acabados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30.000

E 1-6 Determinando materiais, mão-de-obra e custo de mercadorias vendidasObjetivos 3, 4

Os seguintes dados sobre estoque são da Myknaos Corp.Estoques

Final InicialProdutos acabados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 75.000 $ 110.000Produtos em processo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 80.000 70.000Materiais diretos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 95.000 90.000

Receitas e Custos para o PeríodoVendas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 900.000Custos de produtos disponíveis para a venda. . . . . . . . 775.000Custos totais de manufatura . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 675.000CIF . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 175.000Materiais diretos usados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 205.000

50 • CONTABILIDADE DE CUSTOS

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Calcule o seguinte para o ano:

a. Materiais diretos compradosb. Custo da mão-de-obra incorridoc. Custo de produtos vendidosd. Lucro bruto

E 1-7 Lançamentos de diárioObjetivo 4

Segue uma lista dos custos de manufatura incorridos pela Companhia de Produtos Printz, du-rante o mês de julho:

Materiais diretos usados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 15.000Materiais indiretos usados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3.000Mão-de-obra direta empregada . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21.000Mão-de-obra indireta empregada . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5.000Despesas de aluguel . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4.000Despesas de utilidades públicas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1.200Despesas de seguro . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 500Despesas de depreciação (máquinas e equipamentos) . . . . . . . . . . . . . . . 1.500

Prepare os lançamento de diário para registrar as informações precedentes e para transferiros CIF para Produto em Processo.

E 1-8 Lançamentos de diário para custeio por ordem; cálculo de custo totale unitário

Objetivos 4, 5

A Fábrica Mirage Inc, usa o sistema de custo por ordem. As seguintes informações foram ob-tidas dos livros da empresa após todos os lançamentos terem sido completados no final de maio.

Custo de Custo Mão-Serviços Material de-obra Unidades

Completados Direto Direta CIF Completadas

1984 $ 3.600 $ 4.000 $ 1.600 4002000 2.380 2.500 1.000 2402525 1.800 1.700 680 200

a. Prepare os lançamentos de diário para debitar os custos de materiais, mão-de-obra e CIFpara cada serviço.

b. Calcule o custo total de produção de cada serviço.c. Prepare o lançamento de diário para transferir o custo de serviços completos para Produ-

tos Acabados.d. Calcule o custo unitário de cada serviço.e. Calcule o preço de venda unitário para cada serviço, supondo que haja uma porcenta-

gem de lucro de 40% sobre o custo.

Capítulo 1 • INTRODUÇÃO À CONTABILIDADE DE CUSTOS • 51

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E 1-9 Lançamentos de diário para o custeio por ordem.Objetivos 4, 5

A Companhia Jet-Products fabrica produtos por ordem. Durante o mês de abril, três serviçosforam iniciados em Processo. (Não havia Produtos em Processo no início do mês.) Os serviços 707e 727 foram completados e vendidos durante o mês (preços de venda: Serviço 707, $ 22.000;Serviço 727, $ 27.000); o Serviço 737 ainda estava em Processo no final de abril.

Os seguintes dados vieram das folhas de custos para cada serviço. Esses custos incluíram umtotal de $ 1.200 para materiais indiretos e $ 900 para mão-de-obra indireta. Uma conta de con-trole para Produtos em Processo é usada para todos os serviços.

Serviço 707 Serviço 727 Serviço 737

Materiais diretos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 5.000 $ 6.000 $ 3.500Mão-de-obra direta . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4.000 5.000 2.500CIF . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2.000 2.500 1.250

Prepare lançamentos de diário para contabilizar o seguinte:

a. Materiais usadosb. Ordenados e salários de fábrica ganhosc. CIF transferidos para Produtos em Processod. Serviços completadose. Serviços vendidos

PROBLEMAS

P 1-1 Custo de produtos vendidos – comércio e fabricanteObjetivo 2

Os seguintes dados foram tirados dos razões gerais e outros dados da Manufatura Kingdome do Comércio Magic no dia 30 de abril do presente ano:

Estoques de mercadorias, 1 de abril . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 38.000Produtos acabados, 1 de abril . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 67.000Compras . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 121.000Custo de produção . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 287.000Estoques de mercadorias, 30 de abril . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 33.000Produtos acabados, 30 de abril . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 61.000

Pede-se:

1. Calcule o custo das mercadorias vendidas para o Comércio Magic, escolhendo os itensapropriados da lista acima.

2. Calcule o custo dos produtos vendidos para a Manufatura Kingdom, escolhendo os itensapropriados da lista acima.

52 • CONTABILIDADE DE CUSTOS

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P 1-2 Demonstração do custo de produção; demonstração de resultado; balançopatrimonial

Objetivos 3, 4

O Balancete de Verificação ajustado para a Companhia de Móveis Nehr, no dia 30 de se-tembro, o final de seu primeiro mês de operações, está registrado como abaixo:

Companhia de Móveis NehrBalancete de Verificação30 de Setembro de 20 – –

Caixa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 21.800Contas a Receber . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16.200Produtos Acabados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13.900Produtos em Processo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . —Materiais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7.400Edifício . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 300.000Depreciação Acumulada – Edifício . . . . . . . . . . . . . . . $ 3.000Máquinas e Equipamentos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 88.000Depreciação Acumulada – Máquinas e Equipamentos. . 2.200Contas a Pagar. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7.900Folha de Pagamento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . —Capital . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 422.550Vendas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 68.300Custo de Produtos Vendidos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 41.450CIF . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . —Despesas Administrativas e de Vendas. . . . . . . . . . . . . 15.200

$ 503.950 $ 503.950

O razão geral revela os seguintes dados adicionais:a. Não havia estoques iniciais.b. Compras de materiais durante o período foram de $ 33.000.c. Custo de mão-de-obra direta foi de $18.500.d. Os CIF foram os seguintes:

Materiais indiretos. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 1.400Mão-de-obra indireta. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4.300Depreciação do Edifício. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3.000Depreciação de Máquinas e Equipamentos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2.200Utilidades públicas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1.750

$ 12.650

Pede-se:

1. Prepare uma demonstração dos custos de produção para o mês de setembro.

2. Prepare uma demonstração de resultados para o mês de setembro.

3. Prepare um balanço patrimonial encerrado em 30 de setembro.

Capítulo 1 • INTRODUÇÃO À CONTABILIDADE DE CUSTOS • 53

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P 1-3 Sistema básico de custo; lançamentos de diário; demonstraçõesfinanceiras. Similar aos problemas de auto-avaliação.

Objetivos 3, 4O Balancete de Verificação de encerramento para a Companhia de Manufatura Boulder, en-

cerrado em 30 de abril, está reproduzido abaixo:

Companhia de Manufatura BoulderBalancete de Verificação Encerrado em

30 de Abril de 20 – –Caixa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25.000Contas a Receber . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 65.000Produtos Acabados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 120.000Produtos em Processo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 35.000Materiais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18.000Edifício . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 480.000Depreciação Acumulada – Edifício . . . . . . . . . . . . . . . 72.000Equipamentos da Fábrica. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 220.000Depreciação Acumulada – Equipamento da Fábrica . . . 66.000Equipamento de Escritório . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 60.000Depreciação Acumulada – Equipamentos de Escritório . 36.000Contas a Pagar. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 95.000Capital . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 250.000Lucros Acumulados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 504.000

1.023.000 1.023.000

Durante o mês de maio, ocorreram as seguintes transações:a. Compra de matérias-primas a um custo de $ 45.000 e suprimentos gerais de fábrica a um

custo de $ 13.000, a prazo (contabilizou materiais e suprimentos na conta de materiais).b. Matérias-primas baixadas para serem usadas na produção, custando $ 47.000, e diver-

sos suprimentos de fábrica, custando $ 15.000.c. Registro de folha de pagamento, os pagamentos para empregados e a distribuição dos

ordenados e salários ganhos para o mês da seguinte forma: ordenados da fábrica (in-cluindo $ 12.000 de mão-de-obra indireta), $ 41.000, e salários administrativos e devendas, $ 7.000. Títulos adicionais para contas incluem Salários a Pagar e Folha de Pa-gamento. (Ignore retenções e deduções da folha de pagamento.)

d. Depreciação reconhecida para o mês a uma taxa anual de 5% sobre o edifício, 10% so-bre equipamento de fábrica, e 20% sobre equipamento de escritório. O pessoal adminis-trativo e de vendas usa aproximadamente um quinto do edifício para os seus escritórios.

e. Várias outras despesas incorridas totalizando $ 11.000. Um quarto dessa quantia podeser alocada para a função do escritório.

f. Transferência do total do CIF para Produtos em Processo.g. Produtos completados e transferidos com um custo total de $ 91.000 para o almoxarifa-

dos para produtos acabados.h. Produtos custando $ 188.000 foram vendidos por $ 345.000. (Suponha que todas as

vendas tenham sido a prazo.)i. Contas a receber foram recebidas no montante de $ 362.000.j. Contas a pagar foram pagas totalizando $ 158.000.

54 • CONTABILIDADE DE CUSTOS

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Pede-se:

1. Prepare lançamentos de diário para contabilizar as transações.2. Prepare os razonetes. Lance o Balancete de Verificação inicial e os lançamentos de diário

preparados no item (1) para as contas e determine os saldos nas contas no dia 31 de maio.3. Prepare uma demonstração do custo de produção, uma demonstração de resultado e um

balanço patrimonial. (Arredonde os montantes para a próxima unidade inteira.)

P 1-4 Lançamentos de diário; análise de contasObjetivos 3, 4

A seguir temos saldos de contas e transações selecionados para a Companhia de Manufatu-ra Hawkins:

Saldos das Contas1 de Maio 31 de Maio

Matérias-primas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 5.000 $ 6.500Suprimentos da fábrica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 800 900Produtos em Processo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5.300 6.000Produtos acabados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13.200 12.000

Transações de maio:a. Comprou matérias-primas e suprimentos de fábrica a prazo, a custos de $ 45.000 e

$ 5.000, respectivamente. (Uma conta de estoque é mantida.)b. Incorreu ordenados durante o mês de $ 65.000 ($ 10.000 foi para mão-de-obra indireta).c. Incorreu em CIF no montante de $ 12.000, a prazo.d. Fez lançamentos de ajuste para registrar $ 7.000 de CIF (a crédito de várias contas).

CIF foi encerrado para Produtos em Processo. Serviços acabados foram transferidos pa-ra Produtos Acabados, e o custo de serviços vendidos foi debitado para Custo de Produ-tos Vendidos.

Pede-se:

Prepare lançamentos de diário para os itens abaixo:1. Compra de matérias-primas e suprimentos de fábrica.2. Baixa de matérias-primas e suprimentos para a produção. (Dica: Certifique-se de consi-

derar os estoques iniciais e saldos finais de matérias-primas e suprimentos assim como aquantia das compras.)

3. Registro da folha de pagamento.4. Distribuição da folha de pagamento.5. Pagamento da folha de pagamento.6. Registro dos CIF incorridos.7. Lançamento de ajuste para os CIF.8. Lançamento para transferir os CIF para Produtos em Processo.9. Lançamento para transferir o custo de trabalho completado para Produtos Acabados.

(Dica: Certifique-se de considerar os estoques iniciais e saldos finais para Produtos emProcesso, assim como os custos somados ao Produtos em Processo nesse período.)

10. Lançamento para registrar o custo de mercadorias vendidas. (Dica: Certifique-se de con-siderar os estoques iniciais e saldos finais de Produtos Acabados, assim como o custodos produtos acabados durante o mês.)

Capítulo 1 • INTRODUÇÃO À CONTABILIDADE DE CUSTOS • 55

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P 1-5 Custo por ordem; lançamentos de diário; Produtos em Processo final;análise de estoques

Objetivos 4, 5A Companhia Histórica fabrica produtos por pedidos especiais e usa um sistema de custo por

ordem. Durante seu primeiro mês de operações, ocorreram as seguintes transações selecionadas:

a. Materiais comprados a prazo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 37.000b. Materiais baixados para a fábrica:

Serviço 1066 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 2.200Serviço 1215 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5.700Serviço 1776 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7.100Serviço 1865 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1.700Para uso geral na fábrica. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1.350

c. Ganhos em ordenados e salários de fábrica:Serviço 1066 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 2.700Serviço 1215 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6.800Serviço 1776 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9.200Serviço 1865 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2.100Para trabalho geral na fábrica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2.250

d. CIF diversos, a prazo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 2.400a. Foi lançada depreciação de $2.000 em máquinas da fábrica.b. CIF alocados da seguinte forma:

Serviço 1066 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 1.200Serviço 1215 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2.000Serviço 1776 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3.800Serviço 1865 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1.000

c. Serviços 1066, 1215 e 1776 foram completados.d. Serviços 1066 e 1215 foram embarcados para o cliente e faturados a $ 30.900.

Pede-se:1. Prepare uma tabela que reflete o custo de cada um dos quatro serviços.2. Prepare lançamentos de diário para registrar as transações. (Uma conta de controle é

usada para Produtos em Processo.)3. Calcule o saldo final na conta para Produtos em Processo.4. Calcule o saldo final na conta para Produtos Acabados.

P 1-6 Análise de dados, demonstração de custo de fabricação, terminologiade custos

Objetivos 3, 5O custo de produtos vendidos para a Companhia Fielder para o mês encerrado em 31 de julho

foi de $ 345.000. O saldo final para estoque de Produtos em Processo foi de 90% do estoque inicialpara Produtos em Processo. Os CIF foram de 50% do custo da mão-de-obra direta. Seguem outras in-formações pertinentes aos estoques e à produção da Companhia Fielder para o mês de julho:

Estoques iniciais, 1 de julho:Materiais diretos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 20.000Produtos em Processo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 40.000Produtos acabados. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 102.000

Compras de materiais diretos durante julho . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 110.000

56 • CONTABILIDADE DE CUSTOS

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Saldos finais, 31 de julho:Materiais diretos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 26.000Produtos em Processo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ?Produtos acabados. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 105.000

Pede-se:

1. Prepare uma demonstração dos custos de produção para o mês de julho. (Dica: Prepareuma demonstração do custo de produção, colocando as informações dadas nos espaçosapropriados e resolvendo as informações desconhecidas.)

2. Prepare uma tabela para calcular o custo primário incorrido durante julho.3. Prepare uma tabela para calcular o custo de conversão debitado para Produtos em Pro-

cesso durante o mês de julho.

P 1-7 Custo por ordem; lançamentos de diário; análise de lucroObjetivos 4, 5

A Companhia de Manufatura Dice obteve as seguintes informações de seus registros para omês de julho:

Serviços Acabados e VendidosServiço 7 Serviço 11 Serviço 12

Custo de materiais diretos . . . . . . . . . . . . . $ 15.000 $ 10.000 $ 25.000Custo de mão-de-obra direta . . . . . . . . . . . 50.000 50.000 50.000CIF . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30.000 30.000 30.000Unidades fabricadas . . . . . . . . . . . . . . . . . 10.000 5.000 4.000Preço de venda. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 126.667 80.000 131.250

Pede-se:

1. Em forma resumida, prepare os lançamentos de diário que teriam sido feitos durante omês para contabilizar a distribuição de materiais, mão-de-obra e CIF; o término dos ser-viços; e a venda dos serviços. (Suponha que haja contas separadas de Produtos em Pro-cesso para cada serviço.)

2. Prepare tabelas que mostram o lucro bruto ou prejuízo para os seguintes itens em julho:a. A empresa como um todo.b. Cada serviço terminado e vendido.c. Para cada unidade fabricada e vendida. (Arredonde para o centavo mais próximo.)

P 1-8 Custo de serviço; lançamentos de diário; análise de estoques;demonstração de custo de fabricação

Objetivos 4, 5

A Companhia de Manufatura Power-D fabrica motores que são feitos somente a pedido declientes, e de acordo com as especificações dos mesmos. Durante janeiro, a companhia traba-lhou nos Serviços 90AX, 90BZ, 90CK e 90DQ. As seguintes cifras resumem os registros de cus-tos para o mês:

Capítulo 1 • INTRODUÇÃO À CONTABILIDADE DE CUSTOS • 57

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Serviço Serviço Serviço Serviço90AX 90BZ 90CK 90DQ

(100 unid.) (60 unid.) (25 unid.) (100 unid.)Materiais diretoscolocados no processo:

Janeiro 2 $ 15.000 $ 5.000 — —18 20.000 16.000 $ 5.000 —22 15.000 1.000 10.000 $ 6.00028 — — 3.500 2.000

Custo de mão-de-obra direta:Semana encerrada

Janeiro 2 $ 1.000 $ 1.000 — —9 27.000 9.000 — —

16 32.000 27.000 — —23 20.000 3.000 $ 5.000 $ 50030 — — 18.000 11.500

CIF $ 60.000 $ 32.000 $ 17.500 $ 10.500Motores terminados 100 60 25 —

Os serviços 90AX e 90BZ foram terminados e entregues ao cliente a um preço total de ven-da de $ 426.000, a prazo. O Serviço 90CK está terminado, mas ainda não foi entregue. O Ser-viço 90DQ ainda está em Processo. Não havia nenhum produto em Processo no início do mês.Pede-se:

1. Prepare os lançamentos de diário resumidos para o mês para registrar a distribuição doscustos de materiais, mão-de-obra e CIF. (Suponha que uma conta para Produtos em pro-cesso seja mantida para cada serviço.)

2. Prepare um resumo mostrando o custo total de cada serviço completado durante o mês,ou em processo no final do mês. Determine também o custo dos estoques dos motoresacabados e motores em processo no final do mês.

3. Prepare os lançamentos de diário para contabilizar o término dos serviços e a venda dosserviços.

4. Prepare uma demonstração do custo de produção.

P 1-9 Análise de dados; demonstração do custo de produçãoObjetivo 5

A Corporação Pincus fabrica um produto e contabiliza os seus custos por meio de um siste-ma de custo por ordem. Você obteve as seguintes informações dos livros e registros da corporaçãopara o ano encerrado em 31 de dezembro:

a. O custo total de fabricação durante o ano foi de $ 1.000.000, incluindo materiais dire-tos, mão-de-obra direta e CIF.

b. O custo de produção durante o ano foi de $ 970.000.c. O CIF debitado em produtos em processo foram de 75% do custo de mão-de-obra direta,

e 27% do total de custo de fabricação.d. O estoque inicial para produtos em processo, no dia 1 de janeiro, foi de 60% do saldo fi-

nal para produtos em processo, no dia 31 de dezembro.Pede-se:

Prepare uma demonstração do custo de produção para o ano encerrado em 31 de dezembropara a Corporação Pincus. (Dica: Prepare uma demonstração do custo de produção, colocando asinformações dadas nos espaços apropriados e calculando as informações desconhecidas.)

58 • CONTABILIDADE DE CUSTOS

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Ocusto total para um produto acabado consiste nas despesas feitas em matérias-primas,mão-de-obra direta e custos indiretos de fabricação gerados pelas atividades de manufa-tura. Os princípios e procedimentos para controlar e contabilizar esses elementos de

custos são os assuntos principais dos Capítulos 2, 3 e 4. Cada capítulo examinará os controles eos procedimentos contábeis que se aplicam a cada elemento. No entanto, controles e práticascomuns pertencem a todos os sistemas de controle de custo. Em geral, a principal função dequalquer sistema de controle de custo é de manter despesas dentro dos limites de um planopreconcebido. O sistema de controle também deve encorajar reduções de custos ao eliminar odesperdício e ineficiências operacionais. Um sistema eficaz de controlar custos é projetado paracontrolar as pessoas responsáveis pelas despesas porque as pessoas controlam os custos. Oscustos não controlam a si mesmos.

OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM

Após estudar este capítulo, você dever estar apto a:

� Reconhecer os dois aspectos básicos de controle de materiais.� Especificar procedimentos de controle interno para materiais.� Contabilizar materiais e relacionar a contabilidade de materiais com o razão geral.� Contabilizar material refugado, produtos danificados e defeituosos.� Contabilizar estoques em um sistema just-in-time.

Contabilidade para Materiais2

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Um sistema eficaz de controle de custos deve incluir o seguinte:

1. Uma distribuição específica de deveres e responsabilidades.

2. Uma lista de indivíduos autorizados a aprovar as despesas.

3. Um plano estabelecido de objetivos e metas.

4. Relatórios periódicos que mostram as diferenças entre os desempenhos planejados e realizados.

5. Um plano de ações corretivas projetadas para prevenir novas ocorrências de diferenças desfa-voráveis.

6. Procedimentos de acompanhamento para as medidas corretivas.

A contabilidade por responsabilidade é uma parte integral do sistema de controle de cus-tos porque focaliza a sua atenção em indivíduos específicos que foram designados para atingir asmetas estabelecidas. Dos três principais objetivos da contabilidade de custos — controle de cus-tos, custeio do produto e determinação de preços dos estoques — o controle de custos é fre-qüentemente o mais difícil de se alcançar. Uma fraqueza no controle de custos pode ser muitasvezes superada ao colocar mais ênfase na contabilidade por responsabilidade. Isso faz com queas pessoas que incorrem em custos sejam responsáveis por esses custos.

CONTROLE DE MATERIAIS

Objetivo de Aprendizagem 1Reconhecer os dois aspectos básicos de controle de materiais.

Os dois aspectos básicos de controle de materiais são (1) controle físico ou salvaguardade materiais, e (2) controle do investimento em materiais. O controle físico protege os materiaisde uso impróprio ou apropriação indébita. Controlar o investimento em materiais mantémquantidades apropriadas de materiais em estoque.

CONTROLE FÍSICO DE MATERIAIS

Todo negócio requer um sistema de controle interno que inclui procedimentos para a sal-vaguarda de ativos. Já que ativos altamente líquidos, como dinheiro vivo e títulos negociáveis,são especialmente suscetíveis à apropriação indébita, a proteção fornecida para tais ativos é nor-malmente mais do que adequada. No entanto, outros ativos, incluindo estoques, também preci-sam ser protegidos do uso não autorizado ou do furto.

Já que estoques representam uma parte significativa dos ativos circulantes de um fabrican-te, uma empresa precisa controlar os seus materiais do momento em que são pedidos até omomento em que são despachados para os clientes em forma de produtos acabados. Em geral,para controlar materiais de forma eficaz, uma empresa precisa manter: (1) acesso limitado, (2)segregação de funções e (3) precisão no registro.

Acesso Limitado. Somente o pessoal autorizado deve ter acesso às áreas de armazena-mento de materiais. Materiais devem ser baixados para uso na produção somente se as requisi-ções por materiais foram apropriadamente documentadas e aprovadas. Produtos acabados tam-bém devem ser salvaguardados em áreas de armazenamento com acesso limitado, e não devemser liberados para embarque na ausência da documentação e autorização apropriada. Procedi-

60 • CONTABILIDADE DE CUSTOS

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mentos devem ser estabelecidos dentro de cada área ou departamento para salvaguardar os pro-dutos em processo.

Segregação de Funções. Um princípio básico do controle interno é a segregação dedeveres para minimizar as oportunidades de apropriação indébita de ativos. Com respeito aocontrole de materiais, as seguintes funções devem ser segregadas: compras, recebimento, arma-zenamento, uso e registro. A independência do pessoal designado para essas funções não elimi-na o perigo da apropriação indébita ou o uso impróprio porque a possibilidade de conluio aindaexiste. No entanto, a segregação apropriada de funções limita as oportunidades de um únicoempregado fazer apropriação indébita e ocultação. Em organizações menores, muitas vezes nãoé possível obter uma segregação otimizada devido às limitações com relação aos recursos e aopessoal. Portanto, pequenas empresas precisam depender de procedimentos de controle espe-cialmente projetados para compensar a falta de independência das funções designadas.

Precisão nos Registros. Um sistema eficaz para o controle de materiais requer um regis-tro preciso de compras e baixas (saídas) de materiais. Registros de estoques devem documentaras quantidades físicas de estoques em mãos, e os registros de custos devem fornecer os dadosnecessários para atribuir um valor aos estoques para o preparo das demonstrações financeiras.Periodicamente, estoques registrados devem ser comparados com uma contagem física do esto-que, e qualquer discrepância significativa deve ser investigada. Diferenças podem surgir devido aerros de registro, ou podem resultar de perdas de estoque através de furto ou dano. Uma vezque a causa foi determinada, uma ação corretiva apropriada deve ser tomada.

CONTROLANDO O INVESTIMENTO EM MATERIAIS

Manter o equilíbrio apropriado de materiais em mãos é um dos objetivos mais importantesno controle de materiais. Um estoque de tamanho e diversidade suficientes para uma operaçãoeficiente precisa ser mantido, mas o tamanho não deve ser excessivo com relação às necessida-des programadas de produção.

Já que fundos investidos em estoque não estão disponíveis para outros usos, a administra-ção precisa considerar as outras necessidades por capital de giro ao determinar a quantia de fun-dos a ser investidos em estoque, e se usos alternativos desses fundos podem render um retornomaior. Além do uso de fundos, a administração deve considerar os custos de manuseio de mate-riais, armazenamento e seguro contra incêndio, furto ou outro sinistro. Além disso, níveis deestoque maiores do que o necessário podem aumentar a possibilidade de perdas por danos,deterioração e obsolescência. O planejamento e o controle do investimento em estoques demateriais requer que todos esses fatores sejam cuidadosamente estudados para determinar (1)quando os pedidos devem ser colocados e (2) quantas unidades devem ser pedidas.

Ponto de Pedido. Um nível mínimo de estoque deve ser determinado para cada artigo dematéria-prima, e os registros de estoque devem indicar quanto de cada artigo está em mãos. Issorequer o estabelecimento de um razão subsidiário no qual uma conta separada é mantida paracada item de matéria-prima individual usado no processo de manufatura.

O ponto no qual um item deve ser pedido, chamado de ponto de pedido, ocorre quandoo nível mínimo predeterminado de estoque em mãos é alcançado. O cálculo do ponto de pedi-do é baseado nos seguintes dados:

1. Uso — a taxa prevista pela qual o material será usado.

Capítulo 2 • CONTABILIDADE PARA MATERIAIS • 61

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2. Prazo de entrega — o intervalo estimado, em tempo, entre a colocação de um pedido e orecebimento do material.

3. Estoque de segurança — o nível mínimo estimado de estoque necessário para proteger con-tra faltas de estoque (esgotamento de estoques). As “faltas de estoques” podem ocorrer devi-do a estimativas imprecisas de uso ou de prazo de entrega, ou vários outros eventos não previs-tos, como o recebimento de materiais danificados ou materiais inferiores de um fornecedor.

Suponha que o uso diário esperado de um item de material por uma companhia seja de100 unidades, o prazo de entrega antecipado de 5 dias e o estoque de segurança estimado de1.000 unidades. O seguinte cálculo mostra que o ponto de pedido é alcançado quando o esto-que em mãos chega a 1.500 unidades:

100 unidades (uso diário) � 5 dias (prazo de entrega) . . . . . . . 500 unidadesEstoque de segurança exigido . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1.000 unidadesPonto de pedido . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1.500 unidades

Se as estimativas de uso e de prazo de entrega estiverem precisas, o nível de estoque, quan-do o novo pedido for recebido, seria igual ao estoque de segurança de 1.000 unidades. No entan-to, se o novo pedido for entregue com três dias de atraso, a empresa precisará emitir 300 unida-des de material de seu estoque de segurança para manter o nível de produção durante o atrasotemporário.

Quantidade Econômica de Pedido (EOQ). O ponto de pedido estabelece o momentoem que um pedido deve ser colocado, mas não indica o número mais econômico de unidadesque devem ser pedidas. Para determinar a quantidade a ser pedida, o custo para colocar umpedido e o custo de manter estoque precisam ser considerados. Custos de pedidos geralmen-te incluem vários fatores:

1. Salários e ordenados de empregados engajados na compra, recebimento e inspeção de mate-riais.

2. Custos de comunicação associados com pedidos, como despesas com telefone (incluindofax), correios e formulários ou material de escritório.

3. Contabilidade de materiais e escrituração de registros.

Uma variedade de fatores precisam ser considerados para determinar os custos de man-ter estoque:

1. Custos de estocagem e manuseio de materiais.

2. Juros, seguro e impostos prediais.

3. Perdas devido a furtos, deterioração ou obsolescência.

4. Registros e suprimentos associados à manutenção de estoques.

Custos de pedir e de manter estoques se movimentam em sentidos opostos — custosanuais para pedidos diminuem quando o tamanho do pedido aumenta, enquanto custos anuaispara manter estoques aumentam quando o tamanho do pedido aumenta. A quantidade ótima aser pedida de uma só vez, chamada de Quantidade Econômica de Pedido (EOQ), é o tama-nho de pedido que minimiza o total dos custos de pedir e de manter estoques ao longo de umperíodo de tempo, como, por exemplo, um ano.

Os fatores que devem ser considerados para determinar custos de pedir e de manter esto-ques para uma empresa em particular variam com a natureza de operações e a estrutura organi-

62 • CONTABILIDADE DE CUSTOS

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zacional. Normalmente, análises especiais são necessárias para identificar custos relevantes, por-que esses dados normalmente não são acumulados em um sistema de contabilidade. É precisotomar cuidado em determinar quais custos são relevantes. Por exemplo, uma empresa pode terespaço adequado de armazenamento para manter grande quantidade adicional de estoque. Se oespaço não pode ser usado para algum outro propósito rentável, o custo do espaço não é um fa-tor relevante para determinar custos de manter estoques. No entanto, se o espaço no armazémda empresa poderia ser usado para um propósito mais rentável ou se o espaço adicional paraarmazenamento precisa ser arrendado ou alugado para acomodar maiores estoques, os custosassociados com o espaço adicional são relevantes na determinação dos custos de manter.

O custo de juros associados em manter estoque deve ser considerado se fundos foremtomados emprestados ou não para comprar o estoque. Se esses fundos não foram usados para oestoque, poderiam ter sido aplicados de forma rentável em algum uso alternativo. A taxa de ju-ros a ser usada nos cálculos irá variar de acordo com o custo do empréstimo tomado ou com ataxa que seria ganha pelos fundos se tivessem sido usados por algum outro propósito.

Modelos quantitativos, ou fórmulas, foram desenvolvidos para calcular a QuantidadeEconômica de Pedido (EOQ). Uma fórmula que pode ser usada é a seguinte:

ondeEOQ = 2CN EOQ = quantidade econômica do pedido

√ K C = custo de pedirN = número de unidades necessárias anualmenteK = custo de manter estoque por unidade

Para ilustrar essa fórmula, suponha que os seguintes dados tenham sido determinados aoanalisar os fatores relevantes para o estoque de materiais:

Número de unidades de material necessárias anualmente . . . . . . . . . . . 10.000Custo de pedir. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 10,00Custo anual de manter por unidade de estoque. . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 0,80

Usando a fórmula EOQ:

EOQ = 2 (custo de pedir) (número de unidades necessárias anualmente)√ (custo unitário de manter)

= 2($ 10) (10.000)√ $ 0,80

= $ 200.000√ $ 0,80

= √ 250.000

= 500 unidades

A EOQ também pode ser determinada com a construção de uma tabela usando a amplitu-de dos tamanhos de pedidos. Segue uma apresentação tabular dos dados do exemplo acima,supondo que não haja estoque de segurança:

Capítulo 2 • CONTABILIDADE PARA MATERIAIS • 63

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1 2 3 4 5 6Tamanho Número de Custo Total Estoque Médio Custo Total Custo Total dedo Pedido Pedidos de Pedido de Manter Pedido e

de Manter100 100 $ 1.000 50 $ 40 $ 1.040200 50 500 100 80 580300 33 330 150 120 450400 25 250 200 160 410500 20 200 250 200 400600 17 170 300 240 410700 14 140 350 280 420800 13 130 400 320 450900 11 110 450 360 470

1.000 10 100 500 400 500

1. Número de unidades por pedido.2. 10.000 unidades anuais � tamanho do pedido3. Número de pedidos � $ 10 por pedido4. Tamanho do pedido � 2 = estoque médio em mãos durante o ano5. Estoque médio � $ 0,80 por unidade, custo de manter estoque por um ano6. Custo total do pedido � custo total de manter estoque

Os dados apresentados na Figura 2-1 mostram o custo total de pedidos anuais diminuin-do com o aumento no tamanho do pedido. Enquanto isso, o custo anual total de manter esto-que aumenta com o aumento do tamanho do pedido devido à necessidade de manter uma

64 • CONTABILIDADE DE CUSTOS

Custos Total de Pedir

Figura 2-1 Custos de Pedir e Manter Estoque

Custos TotaisMínimos de Pedido500 Unidades

$ 1100

1000

900

800

700

600

500

400

300

200

100

00 100 200 300 400 500 600 700 800 9001000

Custos

TotaisAnuais

Tamanho do Pedido (Unidades)

Custo To

tal de Ma

nterCusto Total – Pedi

r e Manter

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quantidade grande de estoque. No nível de 500 unidades, a combinação dos custos de manterestoque e de pedido estão no seu ponto mínimo. Esse é o ponto no qual as despesas totais demanter estoque se igualam aos custos totais de pedido, como demonstrado na figura, quandonenhum estoque de segurança é fornecido. No exemplo, suponha que a companhia deseja umestoque de segurança de 400 unidades. O número médio de unidades em estoque seria calcula-do da seguinte maneira:

Número médio deunidades em estoque = (1/2 � EOQ) � Estoque de segurança

= (1/2 � 500) � 400= 650 unidades

Assim, o custo total de manter estoque seria:

Custo de manterestoque = Estoque médio � Custo de manter por unidade

= 650 � $ 0,80= $ 520

Observe que o custo de pedir de $ 200, que não muda nesse exemplo, é significativamen-te menor do que o custo de manter estoque de $ 520 quando o estoque de segurança estiverpresente.

Limitações do Ponto de Pedido e Cálculos EOQ. As técnicas ilustradas para determi-nar quando pedir (ponto de pedido) e quanto pedir (EOQ) podem dar uma falsa impressão deexatidão. No entanto, devido ao fato de esses cálculos estarem baseados em estimativas de fato-res como o volume de produção, prazo de entrega e custos de pedir e manter estoque, eles naverdade são aproximações que servem como guia para o planejamento e controle do investi-mento em materiais.

Além disso, outros fatores podem influenciar o momento para fazer um pedido ou a quan-tidade pedida. Tais fatores incluem a disponibilidade de materiais dos fornecedores, a proximi-dade dos fornecedores, flutuações no preço de compra dos materiais, descontos para revendas(volume) oferecidos por fornecedores.

PROCEDIMENTOS DE CONTROLE DE MATERIAIS

Objetivo de Aprendizagem 2Especificar procedimentos de controle interno para materiais.

Procedimentos específicos de controle interno devem ser feitos sob medida para as neces-sidades de uma empresa. No entanto, o controle de materiais geralmente envolve as seguintesfunções: (1) compra e recebimento de materiais, (2) estocagem de materiais e (3) requisição econsumo de materiais.

Capítulo 2 • CONTABILIDADE PARA MATERIAIS • 65

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PESSOAL DE CONTROLE DE MATERIAIS

Embora os títulos e deveres reais dos cargos possam variar de uma empresa para outra, opessoal envolvido no controle de materiais normalmente inclui (1) agente de compras, (2)empregado de recebimento, (3) almoxarife e (4) supervisor do departamento de produção.

Agente de Compras. A responsabilidade por comprar os materiais necessários para umempreendimento de manufatura deve repousar sobre uma pessoa. Em uma fábrica menor oempregado que faz as compras pode também desempenhar outras funções, enquanto em umafábrica maior o agente de compras pode chefiar um departamento estabelecido para realizaratividades de compra. Independentemente do tamanho de uma organização, é importante queno final das contas um indivíduo seja responsável pela função de compras. Os deveres de umagente de compras podem incluir o seguinte:

1. Trabalhar com o gerente de produção para prevenir atrasos causados pela falta de material.

2. Compilar e manter informações que identificam onde os materiais desejados podem ser obti-dos pelo preço mais econômico.

3. Colocar pedidos de compra.

4. Supervisionar o processo de pedido até os materiais serem recebidos.

5. Verificar faturas de compras e aprová-las para pagamento.

Empregado de Recebimento. O empregado de recebimento é responsável porsupervisionar o recebimento de embarques que entram na empresa. Todos os materiais queentram precisam ser verificados nas quantidades e qualidades, e às vezes no preço.

Almoxarife. O almoxarife, que fica encarregado dos materiais após terem sido recebi-dos, precisa verificar que os materiais sejam apropriadamente estocados e mantidos. Os mate-riais devem ser colocados em estoque e baixados somente sob requisições propriamente autori-zadas. O agente de compras deve ser informado sobre as quantidades em mãos como umadiretriz para a compra de materiais adicionais.

Supervisor do Departamento de Produção. Cada departamento de produção temuma pessoa que é responsável pela supervisão das funções operacionais dentro do departamen-to. A esse indivíduo pode ser dado o título de supervisor do departamento de produção, ououtra designação parecida. Um dos deveres designados a um supervisor de departamento é o depreparar ou aprovar as requisições que designam as quantidades e os tipos de materiais necessá-rios para o trabalho que será feito pelo departamento.

CONTROLE DURANTE A OBTENÇÃO

Materiais são pedidos para manter os níveis adequados de estoque necessário para satisfa-zer as necessidades de produção programada. O almoxarife é responsável por monitorar asquantidades de material em mãos. Quando o ponto de pedido é atingido por um item em parti-cular de matéria-prima, o processo de compra é iniciado. Em muitas empresas, os computadoresarmazenam dados pertinentes aos estoques em mãos, pontos de pedidos predeterminados equantidades econômicas de pedidos. Quando programados corretamente, os computadorespodem simplificar a tarefa de manter níveis apropriados de estoque.

Documentos de apoio são essenciais para manter controle durante o processo de obten-ção. Em geral, os documentos devem ser pré-numerados e protegidos do uso não autorizado.

66 • CONTABILIDADE DE CUSTOS

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Os documentos mais comumente utilizados na compra de materiais inclui (1) requisições decompras, (2) pedidos de compra, (3) faturas de fornecedores, (4) relatórios de recebimento e(5) avisos de débitos e créditos. Os documentos de apoio estão cada vez mais em forma de regis-tros de computador (em mídia eletrônica).

Requisições de Compra. O formulário usado para notificar o agente de compras de quemateriais adicionais são necessários é conhecido como uma requisição de compra. Essa requi-sição é uma parte importante do processo de controle de materiais porque ela autoriza o agen-te a comprar. Requisições de compra devem originar-se com o almoxarife ou algum outro indiví-duo com autoridade e responsabilidade igual.

Requisições de compra devem ser pré-numeradas em série para ajudar a detectar a perdaou o uso impróprio de qualquer desses formulários. Geralmente, são preparadas em duplicata.A primeira via vai para o agente de compras, e o almoxarife retém a segunda via. A Figura 2-2mostra uma requisição de compras.

Figura 2-2 Requisição de Compra. (Notifica o agente de comprasde que materiais adicionais devem ser pedidos.)

MANUFATURA REQUISIÇÃO DE COMPRA Núm. 3246

LONGHORN

Data

Data desejada

Serviço Núm. 300Para

Conta Núm. 1482

Autorização Núm. 3313

QUANTIDADE DESCRIÇÃO

20.000 Galões Adesivo Composto — Classificação A102

Aprovado por Assinado por

Número do Pedido de Compra Data do Pedido

Pedido de Corporação Sooner

6 de janeiro de 20 – –1982

(assinatura)(assinatura)

1 de fevereiro de 20 – –

3 de janeiro de 20 – –

Capítulo 2 • CONTABILIDADE PARA MATERIAIS • 67

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68 • CONTABILIDADE DE CUSTOS

Pedido de Compra. A requisição de compra dá ao agente de compras a autoridade depedir os materiais descritos na requisição. O agente de compras deve manter ou ter acesso auma lista atualizada de fornecedores, que inclui preços, descontos disponíveis, prazo de entregaestimado e qualquer outra informação relevante. Dessa lista, o agente de compras escolhe umfornecedor de quem materiais de alta qualidade podem ser obtidos quando necessário a umpreço competitivo. Se essas informações não estão disponíveis da lista para um item específicode material, o agente de compras pode contatar vários fornecedores prospectivos e pedir cota-ções para os materiais necessários.

Depois, o agente de compras completa um pedido de compras como demonstrado naFigura 2-3, e o endereça para o fornecedor escolhido, descrevendo os materiais desejados, citan-do o preço e os termos, e fixando a data e o modo de entrega. Esse pedido de compra deve serpré-numerado em série e preparado em quadruplicata. A primeira via vai para o fornecedor, umavia vai para o departamento de contabilidade, uma via vai para o empregado de recebimento, eo agente de compras retém uma cópia.

Figura 2-3 Pedido de Compra. (Preparado pelo agente de comprase enviado ao fornecedor para pedir os materiais).

MANUFATURA PEDIDO DE COMPRA Núm. do Pedido 1982

LONGHORNMarque o Número do Pedido nafatura e em todos os pacotes

Para: Corporação Sooner Data:Batesville, Indiana 47006 Prazos:

Modal de Entrega:

QUANTIDADE DESCRIÇÃO PREÇO

20.000 Galões Adesivo Composto $ 31.300 00Classificação A102

PorAgente de Compras

(assinatura)

prevista — 25 de janeiro de 20 – –

caminhão (chegada

10/3 ddd notif./60

6 de janeiro de 20 – –

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A cópia do pedido do agente de compras deve ser colocada em um arquivo de pedidosnão atendidos (em aberto). Antes de o pedido ser arquivado, a requisição de compras sobrea qual o pedido foi baseado, deve ser anexada a ele. Esta última etapa importante dá início àmontagem de um conjunto completo de todos os formulários pertinentes à transação dacompra. Para identificar cada documento relativo a uma transação com todos os outros domesmo conjunto, o número do pedido de compra deve ser indicado em cada um dos docu-mentos. Os conjuntos podem então ser compilados de acordo com os números respectivosde pedidos de compra.

Fatura do Fornecedor. A empresa deve receber uma fatura do fornecedor antes deos materiais chegarem à fábrica. Assim que eles forem recebidos, a fatura do fornecedor vaipara o agente de compras, onde será comparada com o pedido de compra, especialmenteobservando se a descrição dos materiais é a mesma, se o preço e os prazos estão de acordo e seo método de embarque e a data de entrega estão em conformidade com as instruções no pedi-do de compras. Quando o agente de compras estiver satisfeito com a exatidão da fatura, elerubricará ou carimbará a fatura indicando que ela foi verificada e que está de acordo com opedido de compras. Depois, a fatura é arquivada junto com o pedido de compra e a requisiçãode compra no arquivo para pedidos não atendidos (em aberto) até os materiais chegarem.

Relatório de Recebimento. Como vimos anteriormente, uma cópia do pedido de com-pra vai para o empregado de recebimento para dar um aviso antecipado sobre a chegada dosmateriais pedidos. Isso é feito para facilitar o planejamento e criar espaço para os materiais queestão entrando. O empregado de recebimento está encarregado do departamento de recebi-mento, onde todos os materiais que chegam são recebidos, abertos, contados ou pesados, e tes-tados para conformidade com o pedido. Se os materiais recebidos são de natureza técnicademais para serem testados pelo empregado de recebimento, um engenheiro do escritório dogerente de produção pode realizar a inspeção, ou os materiais podem ser enviados para o labo-ratório da fábrica para serem testados.

O empregado de recebimento conta e identifica os materiais recebidos e prepara um rela-tório de recebimento parecido com o que está reproduzido na Figura 2-4. Cada relatório énumerado em série e mostra o fornecedor, quando os materiais foram recebidos, o que continhano embarque e o número do pedido de compra que identifica o embarque. O relatório deve serpreparado em quadruplicata. Duas vias vão para o agente de compras, uma via vai com os mate-riais ou suprimentos até o almoxarife para assegurar que todos os materiais que chegam aodepartamento de recebimento são colocados no almoxarifado, e o empregado de recebimentoretém uma cópia. Em algumas fábricas, ao empregado de recebimento é dada uma via do pedi-do de compra com a quantidade pedida omitida, assim assegurando que os itens recebidosserão contados.

O agente de compras compara o relatório de recebimento com a fatura do fornecedor e opedido de compra para determinar se os materiais recebidos são os que foram pedidos e fatura-dos. Se os documentos estão de acordo, o agente de compras rubrica ou carimba as duas vias dorelatório de recebimento. Em seguida, uma cópia é anexada a outros formulários que já estão noarquivo e o conjunto inteiro de formulários é enviado para o departamento de contabilidadeonde a compra de mercadorias a prazo será registrada. A outra via do relatório de recebimento éenviada para a pessoa do departamento de contabilidade que mantém os registros de estoques.Os procedimentos para contabilizar as compras de materiais são discutidos mais adiante nestemesmo capítulo.

Capítulo 2 • CONTABILIDADE PARA MATERIAIS • 69

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Figura 2-4 Relatório de Recebimento. (Materiais que chegamsão abertos, contados, pesados ou testados para conformidade

com o pedido de compras.)

MANUFATURA RELATÓRIO DE RECEBIMENTO Núm. 496

LONGHORNData:

Para o agente de compras:

RECEBIDO DE

Via Encargos de Transporte:

QUANTIDADE DESCRIÇÃO

20.000 Galões Adesivo Composto — Classificação A102

Contado por Inspecionado por

Número do Pedido de Compra

Aviso de Débito-Crédito. Ocasionalmente, um embarque de materiais não está de acor-do com o pedido e a fatura. O agente de compras descobrirá essa discrepância ao comparar orelatório de recebimento com o pedido de compra e a fatura. Não importa a causa, a diferençalevará a uma correspondência com o fornecedor, e cópias dessas cartas devem ser colocadasjuntas no arquivo de formulários relacionados com a transação. Se foi recebida uma quantidademaior do que pedida, e o excesso será mantido para uso futuro, um aviso de crédito é prepa-rado, notificando o fornecedor sobre a quantia de aumento na fatura.

Por outro lado, se o embarque estiver a menor, uma ou duas medidas podem ser tomadas.Se os materiais recebidos podem ser usados, podem então ser retidos, e um aviso de débitopreparado, notificando o fornecedor da quantia que está faltando. Se os materiais recebidos nãopodem ser usados, uma ordem de devolução de embarque é preparada e os materiais sãodevolvidos.

A Figura 2-5 mostra um modelo de aviso de débito-crédito. Esse aviso mostra que o forne-cedor entregou materiais que não satisfazem às especificações do comprador. O agente de com-pras preparará uma ordem de devolução de embarque e devolverá os materiais ao fornecedor.

1982

RubricaRubrica

$ 210,85Rodoviária Ace

Corporação Sooner

21 de janeiro de 20 – –

70 • CONTABILIDADE DE CUSTOS

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Figura 2-5 Aviso de Débito-Crédito. (Discrepância entre pedido,embarque e fatura do fornecedor. Pedido de ajuste de preço mostrado

no aviso de débito-crédito.)

MANUFATURA DÉBITO

LONGHORN AVISO DECRÉDITO

Data:Para: Companhia de Máquinas Jayhawk

Lawrence, Kansas 66044

debitamosHoje nós à sua conta o seguinte:

creditamos

Explicação

QUANTIDADE DESCRIÇÃOPREÇO

TOTALUNITÁRIO

5 caixas Parafusos de latão para $ 27,50 $ 137 50máquina, 8/32” � 1”,cabeça chata

Número do Pedido de CompraData da sua fatura

Por:Agente de Compras

CONTROLE DURANTE ESTOCAGEM E BAIXA DO ESTOQUE

A discussão acima delineou maneiras de manter o controle de materiais durante o processode compra. Os procedimentos e formulários descritos são necessários para o controle das fun-ções de pedido e de recebimento e a transferência de materiais que chegam ao almoxarifado. Opróximo problema a ser considerado é a estocagem e a baixa (saída) de materiais e suprimentos.

Requisição de Materiais. Como explicamos anteriormente, os materiais devem ser pro-tegidos de qualquer uso não autorizado. Nenhum material deve ser baixado do almoxarifado

(assinatura)

27 de dezembro de 19991029

tamanho errado

3 de janeiro de 20 – –

Capítulo 2 • CONTABILIDADE PARA MATERIAIS • 71

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72 • CONTABILIDADE DE CUSTOS

exceto com autorização por escrito para diminuir a chance de furto, descuido ou uso impróprio.O formulário usado para fornecer esse controle é conhecido como requisição de materiaisou requisição do almoxarifado (veja a Figura 2-6) e é preparado por pessoal da fábrica auto-rizado a retirar materiais do almoxarifado. O pessoal autorizado a desempenhar essa funçãopode ser diferente de uma empresa para outra, mas é preciso dar essa autoridade a alguém deresponsabilidade. O arranjo mais satisfatório deveria ser o gerente de produção ter de preparartodos os materiais de requisição, mas normalmente isso não é viável. Uma outra maneira requerque os supervisores de departamento aprovem (assinem) todas as requisições de materiais paraos seus respectivos departamentos. Quando o almoxarife recebe uma requisição corretamenteassinada, os materiais requeridos são liberados. Deveria ser necessário que tanto o almoxarifequanto o empregado a quem os materiais são remetidos assinassem a requisição.

Figura 2-6 Requisição de Materiais (Autorização para retirarmateriais do almoxarifado).

MANUFATURA REQUISIÇÃO DE MATERIAIS

LONGHORNData: Núm..

Para:

QUANTIDADE DESCRIÇÃOPREÇO

TOTALUNITÁRIO

100 Galões Adesivo Composto — $ 1,565 $ 156 50Classificação A102

Aprovado por Baixado por

Recebido por

Debitado para o Serviço/DepartamentoConta de Despesas de Custos Indiretos de Fabricação

Normalmente, a requisição de materiais é preparada em quadruplicata. Duas vias vão parao departamento de contabilidade para a contabilização; uma via vai para o almoxarife e servecomo autorização para a baixa (saída) dos materiais; e o gerente de produção ou o supervisor dedepartamento que preparou a requisição retém uma via.

A identificação é fator importante no controle de materiais. Por essa razão, a requisição demateriais deve indicar o número do serviço (custeio por ordem de serviço) ou o departamento(custeio por processo) para o qual os materiais são emitidos. Quando materiais indiretos são bai-xados, como material de limpeza, lubrificantes e tinta, a requisição indicará o nome ou o núme-ro da conta de custos indiretos de fabricação a ser debitada.

300

rubrica

rubricarubrica

(NOME)

63219 de janeiro de 20 – –

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Relatório de Materiais Devolvidos. Às vezes, após a requisição de materiais, parte dosmateriais ou todos eles precisam ser devolvidos ao almoxarifado. Pode ser que mais materiaistenham sido requisitados do que o necessário, ou o tipo errado de material foi baixado. Não impor-ta a razão, um relatório por escrito, chamado de relatório de materiais devolvidos, descrevendoos materiais e a razão da devolução, precisa acompanhar os materiais de volta ao almoxarifado.

Agora, você deve estar apto a resolver o seguinte: Questões 1-15; Exercício2-1; Problema 2-1.

CONTABILIDADE DE MATERIAIS

OBJETIVO DE APRENDIZAGEM 3Contabilizar materiais e relacionar a contabilidade de materiais ao razão geral.

Os registros de estoque de uma empresa devem mostrar (1) o número de unidades de ca-da tipo de material em mãos e (2) o seu custo. O método mais desejável para se conseguir esseresultado é o de integrar o sistema de contabilidade de materiais com as contas do razão geral.Todas as compras de materiais são contabilizadas como um débito para Materiais no razão geral(o crédito correspondente é Contas a Pagar, quando a prazo, e Caixa ou Bancos, quando à vista).Materiais é uma conta de controle suportado pelo razão subsidiário do almoxarifado, ourazão de materiais, que contém uma conta individual para cada item de materiais mantidosem estoque. Periodicamente, o saldo da conta de controle e o total das contas individuais sãocomparados, e qualquer variação significativa entre as duas contas é investigada.

Cada uma das contas individuais de materiais no razão subsidiário do almoxarifado mostra(1) a quantidade em mãos e (2) o custo dos materiais. Para manter essas informações atualiza-das, é necessário registrar a quantidade e o custo dos materiais recebidos, baixados e em esto-que, em cada conta individual. Normalmente, as contas no razão do almoxarifado são mantidasem folhas parecidas em projeto àquela da Figura 2-7.

Cópias do pedido de compra e do relatório de recebimento são aprovadas pelo agente decompras e enviadas para o departamento de contabilidade. Ao receber o pedido de compra, ocontador do razão do almoxarifado coloca a data, o número do pedido de compra, e a quantida-de nas colunas “Materiais ainda não recebidos” da folha apropriada do razão do almoxarifado.Quando os materiais chegarem, a via do relatório de recebimento do departamento de contabi-lidade serve como base para lançar o recebimento dos materiais para a folha do razão do almo-xarifado. O lançamento mostra a data de recebimento, o número do relatório de recebimento, eo número de unidades recebidas e o seu custo. O custo pode ser expresso em custo por unida-de e custo total, ou somente em custo total.

Quando materiais são baixados, duas vias da requisição de materiais vão para o departamentode contabilidade. Uma via é usada para lançar o custo de materiais requisitados para as contas apro-priadas nos razões de custo por ordem e de custos indiretos de fabricação. Materiais diretos sãodebitados para a ordem (ou departamento) e materiais indiretos são debitados das contas apropria-das de custos indiretos de fabricação. A outra via da requisição vai para o contador do razão do almo-xarifado e se torna a base para fazer os lançamentos nas folhas de razão. O lançamento mostra a da-ta de baixa (saída), o número de requisição, e o número de unidades baixadas e o seu custo.

Quando materiais são devolvidos ao almoxarifado, uma via do relatório de materiais devolvi-dos vai para o departamento de contabilidade. O custo dos materiais devolvidos é lançado no rela-tório e depois na folha apropriada do razão do almoxarifado. O custo designado aos materiaisdevolvidos deve ser o mesmo que foi registrado quando os materiais foram baixados para a fábrica.

Capítulo 2 • CONTABILIDADE PARA MATERIAIS • 73

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74 • CONTABILIDADE DE CUSTOS

Figura

2-7

Folhade

razãodo

almoxarifa

do

Descrição

Localização

noAlmoxarifado

Máximo

Mínimo

Núm

.deCo

ntano

Razãodo

Almoxarifado

NOPEDIDO

ENTRADA

SAÍDA

SALDO

Data

Núm.

Núm.Rel.

Requisição

doPedido

Quant.Recebimento

Preço

Materiais/

Preço

Preço

deCompra

(Núm.Pedido

Quant.Unitário

Total

Núm.Rel.

Quant.Unitário

TotalQuant.Unitário

Total

Devolução

Devolução

Embarque

Materiais

1411

500quilos

7.500quilos

Prateleira8

ChumboBranco

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A via do relatório de materiais devolvidos é então encaminhada para o contador de custosencarregado dos razões de custo por ordem e de custos indiretos de fabricação. Materiais dire-tos devolvidos são creditados à ordem ou departamento, e os materiais indiretos devolvidos sãocreditados à conta apropriada de custos indiretos de fabricação.

Depois que cada recebimento e baixa (saída) de materiais for lançado para as folhas dorazão do almoxarifado, o saldo é acumulado. Essas acumulações podem ser feitas ao final doperíodo contábil, quando os saldos finais devem ser determinados objetivando relatórios finan-ceiros. No entanto, esperar até aquele momento tiraria uma das vantagens deste método de con-trole de materiais porque não seria possível determinar, do razão do almoxarifado, quando osestoques estão caindo abaixo dos requisitos mínimos. Além disso, a maioria das empresas auto-matizaram os sistemas de estoques que utilizam processamento de informações online, comocódigos de barra e escaneamento ótico, assim permitindo que saldos atuais estejam disponíveisde forma oportuna e eficiente com relação ao custo.

DETERMINANDO O CUSTO DE MATERIAIS BAIXADOS

Uma área importante da contabilidade de materiais é o custo dos materiais requisitadosdo almoxarifado para uso na fábrica. O custo por unidade dos materiais que entram é conheci-do na hora da compra. A data de cada compra também é conhecida, mas os materiais em esto-que tipicamente incluem itens comprados em datas diferentes e a preços diferentes. Itens quetêm a mesma aparência são normalmente misturados no almoxarifado. Como resultado, podeser difícil, ou até impossível, identificar uma baixa (saída) de materiais com uma compra espe-cífica quando se estiver determinando que custo unitário deve ser designado aos materiais queestão sendo baixados.

Vários métodos práticos para resolver esse problema estão disponíveis. Ao escolher ométodo a ser empregado, as políticas contábeis da empresa e os regulamentos fiscais dos gover-nos estadual e federal precisam ser considerados. Enquanto examinamos os métodos é impor-tante lembrar que o fluxo de materiais não dita o fluxo de custos. O fluxo de materiais é opedido pelo qual os materiais são realmente baixados para uso na fábrica. O fluxo de custos éo pedido pelo qual os custos unitários são designados aos materiais baixados. Os exemplos aseguir supõem o uso de um sistema de controle de estoques perpétuo onde a folha do razão demateriais é atualizada cada vez que materiais são recebidos ou baixados. PEPS e UEPS tambémpodem ser usados com um sistema de controle de estoques periódicos onde o estoque é conta-do e custeado no final do período. Em um sistema de controle de estoques periódico, o métododa média móvel é substituído pelo método da média ponderada ou média mensal.

Método do Primeiro a Entrar, Primeiro a Sair. O método de custeio primeiro a entrar,primeiro a sair (PEPS) tem a vantagem da simplicidade. O método PEPS supõe que os materiaisbaixados são retirados do material mais velho que está em estoque. Portanto, os materiais são cus-teados nos preços pagos para os materiais mais velhos. Em muitas empresas, o fluxo de custosusando PEPS acompanha, quase que paralelamente, o fluxo físico de materiais. Por exemplo, se osmateriais têm uma tendência de deteriorar quando armazenados, os materiais mais velhos seriambaixados primeiro. No entanto, como já vimos, o fluxo de custos não precisa ser determinado nabase do fluxo de materiais. Como resultado, qualquer organização pode usar o PEPS.

O método PEPS pode ser ilustrado usando os seguintes dados:

Dezembro 1 Saldo, 1.000 unidades a $ 20,00.10 Baixou 500 unidades.

Capítulo 2 • CONTABILIDADE PARA MATERIAIS • 75

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15 Comprou 1.000 unidades a $ 24.20 Baixou 250 unidades.26 Baixou 500 unidades.28 Comprou 500 unidades a $ 26.30 Baixou 500 unidades.31 Saldo 750 unidades

Usando o PEPS, os custos seriam designados aos materiais baixados durante o mês e aosmateriais em estoque no final do mês, da seguinte forma (veja a Figura 2-8):

Dezembro 10 Baixados do saldo de 1 de dezembro: 500 unidades a $ 20,00, custototal, $ 10.000.

20 Baixados do saldo de 1 de dezembro: 250 unidades a $ 20,00, custototal, $ 5.000.

26 Baixados do saldo de 1 de dezembro: 250 unidades a $ 20,00, custototal, $ 5.000.

26 Baixados das compras de 15 de dezembro: 250 unidades a $ 24,00 custototal, $ 6.000

26 Custo total dos materiais baixados: $ 5.000 + $ 6.000 = $ 11.00030 Baixados das compras de 15 de dezembro: 500 unidades a $ 24, custo

total, $ 12.000.31 O saldo final de estoque de materiais, 750 unidades, consiste no seguinte:

Data da Compra Unidades Custo Unitário Custo Total

15 de dezembro 200 $ 24 $ 6.00028 de dezembro 500 26 13.000

750 $ 19.000

Como ilustrado no exemplo, os saldos finais usando o PEPS são custeados com base nospreços pagos para as compras mais recentes. Assim, 500 das unidades em estoque são designa-das a um custo unitário de $ 26, o custo unitário da compra do dia 28 de dezembro. As 250 uni-dades remanescentes são custeadas a $ 24 por unidade, refletindo o custo unitário da próximacompra mais recente, no dia 15 de dezembro.

Método do Último a Entrar, Primeiro a Sair. O método do último a entrar, primei-ro a sair (UEPS) de custeio de materiais, como o nome implica, supõe que os materiais baixa-dos para fabricação são os materiais que foram comprados mais recentemente. Assim, materiaisbaixados são custeados com base nos preços da compra mais recente e os estoques em mãos nofinal do período são custeados com base nos preços pagos pelas compras mais antigas. O méto-do UEPS de custeio se aproxima muito do fluxo físico de materiais em algumas indústrias. Porexemplo, na fundição de minério de ferro, a matéria-prima é armazenada em pilhas montanho-sas. Quando se precisa de minério para produção, ele é retirado da pilha de forma que o mate-rial sendo usado é o último minério a ser recebido. No entanto, como já foi enfatizado anterior-mente, o fluxo físico não determina o método de custeio usado.

Usando os mesmos dados que foram ilustrados no método PEPS, os custos sob o métodoUEPS seriam determinados da seguinte maneira (veja Figura 2-8):

Dezembro 10 Baixados do saldo de 1 de dezembro: 500 unidades a $ 20,00, custototal, $ 10.000

20 Baixados da compra de 15 de dezembro: 250 unidades a $ 24,00, custototal, $ 6.000

76 • CONTABILIDADE DE CUSTOS

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26 Baixados da compra de 15 de dezembro: 500 unidades a $ 24,00, custototal, $ 12.000.

30 Baixados da compra de 28 de dezembro: 500 unidades a $ 26,00, custototal, $ 13.000

31 O saldo final de materiais, 750 unidades, consiste no seguinte:Data da Compra Unidades Custo Unitário Custo Total

Saldo, 1 de dezembro 500 $ 20 $ 10.00015 de dezembro 250 24 6.000

750 $ 16.000

Figura 2-8 Comparação dos Métodos de Valorização de Estoques

Método do Primeiro a Entrar, Primeiro a Sair

Entradas Saídas Saldo

Data Quant. Custo Total Quant. Custo Total Quant. Custo TotalUnitário Unitário UnitárioDez.1 1.000 20 00 20.000 0010 500 20 00 10.000 00 500 20 00 10.000 0015 1.000 24 00 24.000 00 500 20 00

1.000 24 00 34.000 0020 250 20 00 5.000 00 250 20 00

1.000 24 00 29.000 0026 250 20 00

250 24 00 11.000 00 750 24 00 18.000 0028 500 26 00 13.000 00 750 24 00

500 26 00 31.000 0030 500 24 00 12.000 00 250 24 00

500 26 00 19.000 00

Dez. 1 1.000 20 00 20.000 0010 500 20 00 10.000 00 500 20 00 10.000 0015 1.000 24 00 24.000 00 500 20 00

1.000 24 00 34.000 0020 250 24 00 6.000 00 500 20 00

750 24 00 28.000 0026 500 24 00 12.000 00 500 20 00

250 24 00 16.000 0028 500 26 00 13.000 00 500 20 00

250 24 00500 26 00 29.000 00

30 500 26 00 13.000 00 500 20 00250 24 00 16.000 00

Capítulo 2 • CONTABILIDADE PARA MATERIAIS • 77

Método do Último a Entrar, Primeiro a Sair

Entradas Saídas Saldo

Data Quant. Custo Total Quant. Custo Total Quant. Custo TotalUnitário Unitário Unitário

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Método da Média MóvelEntradas Saídas Saldo

Data Quant. Custo Total Quant. Custo Total Quant. Custo TotalUnitário Unitário Unitário

Dez. 1 1.000 20 00 20.000 0010 500 20 00 10.000 00 500 20 00 10.000 0015 1.000 24 00 24.000 00 1.500 22 6667 34.000 0020 250 22 6667 5.666 67 1.250 22 6667 28.333 3326 500 22 6667 11333 33 750 22 667 17.000 0028 500 26 00 13.000 00 1.250 24 00 30.000 0030 500 24 00 12.000 00 750 24 00 30.000 00

Método da Média Móvel. O método da média móvel supõe que os materiais baixadosa qualquer momento são simplesmente retirados de um grupo misto de materiais parecidos noalmoxarifado e que nenhuma tentativa é feita para identificar se os materiais são das comprasmais recentes ou mais antigas. Esse método tem a desvantagem de exigir computações mais fre-qüentes do que os outros métodos. No entanto, o uso de computadores tem superado essa des-vantagem, e muitas empresas estão adotando esse método. Uma exigência básica do método damédia móvel é que um preço unitário médio seja computado toda vez que um novo lote demateriais é recebido, e esse preço unitário médio precisa ser usado para custear todas as baixasde materiais até que um outro lote seja comprado. Assim, as baixas na ilustração seriam compu-tadas como a seguir (veja a Figura 2-8):

Dezembro 10 Baixou do saldo de 1 de dezembro: 500 unidades a $ 20,00, custo total,$ 10.000.

15 O saldo de materiais em mãos no dia 15 de dezembro consiste em 500unidades de 1 de dezembro, e 1.000 unidades adquiridas no dia 15 dedezembro, para um total de 1.500 unidades que custam $ 34.000. Ocusto médio é de $ 22,6667 por unidade ($ 34.000 � 1.500).

20 Baixou 250 unidades a $ 22,6667, custo total, $ 5.667,67

26 Baixou 500 unidades a $ 22,6667, custo total, $ 11.333,33

28 O saldo de materiais em estoque no dia 28 de dezembro consiste em 750unidades custando $ 17.000 (compradas antes de 28 de dezembro)e 500 unidades a $ 26 (compradas em 28 de dezembro) custando$ 13.000. O custo total é de $ 30.000 pelos 1250 unidades, represen-tando um custo médio de $ 24 por unidade ($ 30.000/1.250)

30 Baixou 500 unidades a $ 24, custo total, $ 12.000

31 O saldo final de materiais é de $ 18.000, e consiste em 750 unidades a$ 24 por unidade.

Análise de PEPS, UEPS e Média Móvel. PEPS, UEPS e média móvel são os métodos maiscomumente usados de custeio de estoque. Qualquer desses métodos pode ser adotado paramanter o razão do almoxarifado.

78 • CONTABILIDADE DE CUSTOS

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Já que nunca um único método se adequa a todas as situações de manufatura, o métodoescolhido deve ser aquele que reflete, com mais precisão, a renda para o período, em termosdas atuais condições econômicas. Um fator a considerar é o efeito que o método de custeiotem sobre a renda líquida declarada. Declarar a renda líquida em excesso sujeitará a empresa aimpostos mais altos do que os de um concorrente que está usando um método de custeiodiferente.

Às vezes o UEPS é adotado, em um ambiente inflacionário, para que os preços maiores dosmateriais comprados mais recentemente possam ser debitados contra a receita cada vez maisalta de vendas. Supõe-se que a margem bruta mais baixa que resulta reflete um quadro maisexato dos ganhos porque a empresa terá de substituir o seu estoque aos novos custos mais altos.Além disso, a margem bruta mais baixa, causada pelo uso do método UEPS, resulta em uma obri-gação fiscal mais baixa para a empresa. Esse benefício do método UEPS, no entanto, não querdizer que todas as empresas devem adotar o método.

Para ilustrar os efeitos que os diferentes métodos de custeio têm sobre a determinação delucros, suponha que A, B e C são empresas concorrentes que usam PEPS, média móvel e UEPS,respectivamente. As empresas não têm estoques iniciais e compram materiais idênticos na mes-ma hora, como a seguir (suponha também que cada compra seja para uma unidade):

Compra Número 1 a $ 0,10Compra Número 2 a $ 0,50Compra Número 3 a $ 0,90

Suponha que a unidade de material é usada e vendida a um preço de $ 1,00 depois de aúltima compra ter sido efetuada. A renda líquida é calculada da seguinte forma:

Empr. A Empr. B Empr. CPEPS Média UEPS

Móvel(Unitário) (Unitário) (Unitário)

Vendas líquidas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 1,00 $ 1,00 $ 1,00Menos custo dos produtos vendidos . . . . . 0,10 0,50* 0,90Margem bruta sobre vendas . . . . . . . . . . $ 0,90 $ 0,50 $ 0,10Despesas operacionais . . . . . . . . . . . . . . 0,08 0,08 0,08Lucro antes dos impostos . . . . . . . . . . . . . $ 0,82 $ 0,42 $ 0,02Menos imposto de renda (50%) . . . . . . . . 0,41 0,21 0,01Lucro líquido . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 0,41 $ 0,21 $ 0,01

* $ 0,10 + $ 0,50 + $0,90 = $ 1,50/3 unidades = $ 0,50 por unidade

Como mostrado no exemplo, o custeio UEPS tem uma clara vantagem fiscal quando os pre-ços estão subindo rapidamente. Note que a Empresa C paga $ 0,01 por unidade em impostos,enquanto as empresas A e B pagam impostos por unidade de $ 0,41 e $ 0,21, respectivamente.Assim, a Empresa C tem $ 0,99 de cada unidade monetária em vendas para pagar por mercado-rias, despesas operacionais e dividendos, enquanto a Empresa A tem apenas $ 0,59 e a EmpresaB apenas $ 0,79 disponíveis.

Como mencionamos anteriormente, cada unidade de material atualmente custa $ 0,90(Compra Número 3). Portanto, a Empresa A requer fundos adicionais de $ 0,31 ($ 0,90 – $ 0,59)e a Empresa B requer fundos adicionais de $0,11 ($ 0,90 – $ 0,79) para repor uma unidade dematerial. Apenas a Empresa C pode repor materiais, pagar despesas operacionais e impostos, ereter o seu lucro por unidade.

Capítulo 2 • CONTABILIDADE PARA MATERIAIS • 79

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As empresas, usando os seus respectivos métodos de custeio, têm os seguintes saldosfinais de estoques de materiais:

Empresa A (PEPS) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 1,40 ($ 0,50 + $0,90)Empresa B (média móvel) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 1,00 ($ 0,50 + $ 0,50)Empresa C (UEPS) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 0,60 ($ 0,10 + $ 0,50)

A Empresa C tem o estoque mais conservadoramente valorizado a $ 0,60, e a Empresa Amostra o valor mais alto para o estoque a $ 1,40. O valor do estoque da Empresa A também podeser prejudicial porque o estoque está freqüentemente sujeito (nos Estados Unidos) a impostosterritoriais estaduais e locais que são baseados na valorização do estoque escolhida pela empre-sa. É importante perceber que diferenças entre os três métodos normalmente não serão tãoextremas quanto nesse exemplo. Empresas que têm um giro muito rápido de estoque não fica-rão tão preocupadas com relação à escolha do método quanto empresas que mantêm seu esto-que por um período mais longo.

Muitas empresas adotaram o método UEPS para combinar custos atuais de materiais comreceitas atuais, assim como para minimizar o efeito dos impostos de renda nos períodos depreços ascendentes. No entanto, empresas que estão considerando adotar o método UEPSdevem analisar cuidadosamente as condições econômicas e examinar os regulamentos sobreimpostos pertinentes ao UEPS. Se houver uma tendência de queda de preços, essas empresasirão provavelmente querer mudar para o método PEPS para ter as mesmas vantagens compe-titivas que foram obtidas ao usar UEPS quando os preços estavam ascendentes. No entanto, aescolha do UEPS não pode ser rescindida a não ser que autorizada, ou exigida, pela ReceitaFederal Americana*.

PROCEDIMENTOS CONTÁBEIS

O propósito da contabilidade de materiais é o de fornecer um resumo do razão geral decusto total de materiais comprados e usados na manufatura. Os formulários mais comumenteusados para juntar os dados exigidos já foram discutidos. As faturas de compra fornecem asinformações necessárias para preparar o lançamento no diário de compras ou para preparar oscomprovantes, que são então lançados em um registro de comprovantes, se um sistema de com-provantes for usado. Note que, para propósitos ilustrativos neste livro, todos os lançamentos sãoregistrados em formato de diário geral. No final do mês, o total de materiais comprados duranteo mês é lançado ao debitar Materiais e creditar Contas a Pagar [se a prazo] ou Caixa e Bancos [seà vista]. A conta de materiais no razão geral serve como uma conta de controle para o razão doalmoxarifado.

Todos os materiais baixados durante o mês e os materiais devolvidos para o estoque sãolançados em um formulário chamado resumo de materiais baixados e devolvidos (vejaFigura 2-9). Quando o resumo é preenchido no final do mês, o custo total de materiais diretosrequisitados é registrado ao debitar-se Produtos em Processo e creditar-se Materiais. O total demateriais indiretos requisitados é registrado ao debitar-se a conta apropriada de custos indiretosde fabricação e creditar-se Materiais. A conta de produtos em processo no razão geral serve co-mo uma conta de controle para o razão de custo por ordem.

80 • CONTABILIDADE DE CUSTOS

* N. do R. No Brasil, tal prática não é exigida pela autoridade governamental, mas requer que a mudança seja comunicada emnotas explicativas ao balanço patrimonial, quando seu efeito for significativo.

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Figura

2-9

Resumode

materiaisba

ixad

osedevolvidos

RESU

MODE

MATERIAISBA

IXADO

SEDE

VOLVIDOS

Mês

Encerradoem

20

MateriaisBaixados

MateriaisDe

volvidos

aoAlmoxarifado

Data

MateriaisDiretos

MateriaisIndiretos

MateriaisDiretos

MateriaisIndiretos

Núm

.Ordem

Valor

Núm

.Conta

Valor

Núm

.Núm

.Conta

Req.

CIF

Rel.

Ordem

Valor

CIF

Valor

Março

5825

315

$2.150,00

8826

316

3.210,00

3121

$440,00

11827

317

280,00

3121

132,50

3121

$12,50

14828

317

415,00

17829

316

340,00

17830

317

820,00

18831

318

290,00

3121

135,00

3121

15,00

19832

319

224,20

232

319

$12,10

20833

319

975,90

24834

320

4.350,00

233

320

448,90

2783

532

16.50

0,00

3121

432,00

234

321

318,20

29836

322

550,00

30837

321

785,40

31838

320

870,00

$21

.760

,50

$1.13

9,50

$77

9,20

$27

,50

Capítulo 2 • CONTABILIDADE PARA MATERIAIS • 81

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Quaisquer materiais não danificados devolvidos para o almoxarifado também devem serregistrados no resumo de materiais baixados e devolvidos para que os totais possam ser registra-dos no final do mês. Os lançamentos exigidos para registrar materiais não danificados devolvidossão o inverso dos lançamentos exigidos para registrar materiais requisitados. Assim, o custo totalde materiais diretos devolvidos ao almoxarifado deve ser debitado em Materiais e creditado emProdutos em Processo, enquanto o custo total de materiais indiretos devolvidos deve ser debita-do em Materiais e creditado na conta de custos indiretos de fabricação apropriada.

Quaisquer materiais devolvidos aos seus fornecedores originais devem ser debitados emContas a Pagar e creditados em Materiais. A não ser que um diário especial seja fornecido paracontabilizar essas devoluções, os lançamentos podem ser feitos no diário geral. Todas as transa-ções relativas a materiais devem ser contabilizadas para que o saldo da conta de materiais norazão geral represente o custo de materiais em estoque no final do período. O saldo da conta demateriais no razão geral pode ser provado ao listar os saldos das contas do razão do almoxarifado.

Um resumo dos procedimentos envolvidos na contabilidade de materiais é mostrado naFigura 2-10, que apresenta os registros necessários para as transações mais típicas de materiais,tanto no momento da transação quanto no final do período. No momento da transação, os regis-tros a serem feitos afetam os razões subsidiários, como o razão do almoxarifado e o razão do cus-to por ordem. No final do período, os lançamentos a serem feitos afetam as contas de controlepara materiais, produtos em processo e custos indiretos de fabricação no razão geral.

Verificação do Estoque. O razão do almoxarifado contém uma conta para cada materialusado no processo de manufatura. Cada conta mostra o número de unidades em estoque e oseu custo. Em outras palavras, o razão do almoxarifado fornece um controle de estoque perpé-tuo dos itens individuais de material no almoxarifado. Os dados necessários sobre o estoque demateriais podem ser obtidos das informações no razão do almoxarifado para preparar um balan-ço, uma demonstração de resultado e uma demonstração do custo de produção.

Erros na contabilização de recebimentos ou baixas de materiais no razão do almoxarifadopodem afetar a confiabilidade dos totais do estoque. Para se assegurar contra erros, os materiaisem estoque devem ser verificados periodicamente contra as contas individuais do razão doalmoxarifado. A prática normal é contar um lote de materiais por vez, com um intervalo entre ascontagens, de forma que uma verificação completa de todos os estoques no almoxarifado possaser feita dentro de um período estabelecido de tempo, como três meses. Essas verificaçõesperiódicas têm a vantagem de eliminar a tarefa onerosa e demorada de contar todos os materiaisde uma só vez. Para evitar descuidos ou desonestidade, a contagem deve ser feita por alguém defora do almoxarifado ou outro que não o lançador do razão do almoxarifado.

A pessoa que faz a contagem deve preparar um relatório de estoque parecido com aque-le mostrado na Figura 2-11. Se o total indicado no relatório difere do saldo na conta do razão doalmoxarifado, um lançamento imediato de correção deve ser feito na conta apropriada do razãodo almoxarifado. Os lançamentos nas contas do razão geral podem ser feitos, no seu total, no fi-nal do mês. Se os materiais em estoque excedem o saldo na conta de controle, o saldo da contade controle deve ser aumentado com o seguinte lançamento:

D — Materiais xxxC — CIF (Faltas e Sobras de Estoque e) xxx

Se a quantidade de materiais no estoque for menor do que o saldo da conta de controle,como no caso da Figura 2-11, o saldo deve ser diminuído com o seguinte lançamento:

D — CIF (Faltas e Sobras de Estoque) xxxC — Materiais xxx

82 • CONTABILIDADE DE CUSTOS

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Figura

2-10Resumoda

stra

nsaçõesde

materiais

Lançam

entono

Mom

entoda

Transação

Lançam

entono

Finaldo

Perío

doCo

ntábil

Livro

doLançam

entoem

Fontede

Livro

doLançam

entono

Transação

Fontede

Dados

Lançam

ento

RazãoSubsidiário

Dados

Lançam

ento

RazãoGeral

Orig

inal

Orig

inal

CompradeMateriais

FaturadoFornecedor

Registrode

Razãodo

Registrode

Nenhum

D-Materiais

RelatóriodeRecebimentos

Comprovantes

Almoxarifado

Comprovantes

C-ContasaPagar

Materiaisdevolvidos

OrdemdeDevolução

DiárioGeral

Razãodo

DiárioGeral

Nenhum

D-ContasaPagar

paraofornecedor

deEmbarque

Almoxarifado

C-Materiais

Pagamentodefaturas

ComprovanteAprovado

Livrode

Nenhum

Livrode

Nenhum

D-ContasaPagar

Cheques

Cheques

C-Caixa/Bancos

Materiaisdiretos

Requisiçõesde

Nenhum

RazãodoAlmoxarifado

Resumode

DiárioGeral

D-ProdutosemProcesso

baixados

Materiais

RazãodoCustoporOrdem

Materiais

C-Materiais

Materiaisindiretos

Requisiçõesde

Nenhum

RazãodoAlmoxarifado

Resumode

DiárioGeral

C-CIF

baixados

Materiais

RazãodeCIF

Materiais

C-Materiais

Materiaisdiretos

RelatóriodeMateriais

Nenhum

RazãodoAlmoxarifado

Resumode

DiárioGeral

D-Materiais

devolvidosdafábrica

Devolvidos

RazãodeCustoporOrdem

Materiais

C-Produtos

paraoalmoxarifado

emProcesso

Materiaisindiretos

RelatóriodeMateriais

Nenhum

RazãodoAlmoxarifado

Resumode

DiárioGeral

D-Materiais

devolvidosdafábrica

Devolvidos

RazãodeCIF

Materiais

C-CIF

paraoalmoxarifado

Ajustedeestoque:

a)Materiaisemestoque

RelatóriodeEstoque

DiárioGeral

RazãodeCIF

DiárioGeral

Nenhum

D-CIF

menordoqueosaldono

RazãodoAlmoxarifado

C-Materiais

razãodoalmoxarifado

b)Materiaisemestoque

RelatóriodeEstoque

DiárioGeral

RazãodeCIF

DiárioGeral

Nenhum

D-Materiais

maiordoqueosaldono

RazãodoAlmoxarifado

C-CIF

razãodoalmoxarifado

Capítulo 2 • CONTABILIDADE PARA MATERIAIS • 83

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Figura 2-11 Relatório de Estoque (Compara as quantidadesdo estoque segundo os livros contábeis com o estoque físico.)

MANUFATURA RELATÓRIO DE ESTOQUELONGHORN

Material

Localização no Almoxarifado

Núm. Conta no Razão do Almoxarifado

Data de Verificação

Unidades no Almoxarifado

Unidades no Departamento de Recebimento

Número Total de Unidades em Estoque

Saldo de Acordo com o Razão do Almoxarifado

Diferença

Contado por:

Supervisionado por:

Tais diferenças de estoque são quase sempre uma falta e podem surgir de descuido nomanuseio de materiais, encolhimento ou diminuição de produtos como resultado do manuseio,ou a baixa (saída) excessiva de materiais para a produção. Essas faltas são consideradas inevitá-veis e fazem parte do custo operacional de uma instalação de manufatura. As faltas (ou as sobras)são contabilizadas na conta de custos indiretos de fabricação, normalmente intitulada Faltas eSobras de Estoque, como indicado nos lançamentos precedentes.

Auxílio Visual. Para que um sistema de contabilidade de custos funcione corretamente,cada empregado precisa entender os deveres designados e o propósito dos diversos formuláriose registros. A Figura 2-12 mostra o inter-relacionamento das contas e como procedimentos decontrole interno podem ser estabelecidos.

(assinatura)

(assinatura)

20

910

890

300

590

27 de janeiro de 2000

12345

prateleira L123

válvulas de 3/4”

84 • CONTABILIDADE DE CUSTOS

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Figura 2-12 Inter-relacionamento de Documentos e Contas de Materiais

CONTAS DE CONTROLE RAZÕES SUBSIDIÁRIOSDO RAZÃO GERAL

Agora, você deve estar apto a resolver o seguinte: Questões 16-20; Exercícios 2-2 a2-9; Problemas 2-2 a 2-7.

Capítulo 2 • CONTABILIDADE PARA MATERIAIS • 85

Materiais

Registro de comprovantes

Resumo de Materiais

Materiais Indiretos

Débito

Direto

Depart. TotalTotal Total

Indireto

Crédito Entrada Saída Saldo

Materiais

Totais

Folha de Razão de Materiais

Contas aPagar

Produtos emProcesso

Requisição deCompras

Pedido deCompras

Fornecedor Relatório deRecebimento

Fatura

Requisição deMateriais Planilha de Custo por

Ordem ou Departamentode Produtos em Processo

CustosIndiretos deFabricação

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REFUGO, PRODUTOS DANIFICADOS E DEFEITUOSOS

OBJETIVO DE APRENDIZAGEM 4Contabilizar refugos, produtos danificados e defeituosos.

Operações de manufatura normalmente produzem algumas unidades imperfeitas que nãopodem ser vendidas como itens normais. Os controles sobre itens imperfeitos e operações quedesperdiçam materiais são elementos importantes do controle de estoques. O refugo oumate-rial refugado pode resultar naturalmente do processo de produção, ou ser unidades danifica-das ou defeituosas que resultam de erros evitáveis ou inevitáveis durante a produção. Porque avenda de itens imperfeitos tende a comprometer a reputação da empresa, a maioria das empre-sas introduzem técnicas de controle de qualidade para prevenir que itens imperfeitos sejam ven-didos. Já que refugo, produtos danificados e defeituosos normalmente têm algum valor, cada umde seus custos é contabilizado em separado.

MATERIAL REFUGADO

O valor esperado das vendas do refugo produzido pelo processo de manufatura determinaquais procedimentos contábeis serão usados. Quando o valor do refugo é baixo, nenhum lança-mento é feito até que ele seja vendido. Então, a conta Caixa (ou Contas a Receber) é debitada, euma conta como Receita de Refugo ou Sucata é creditada. Normalmente, a receita de vendas desucata é contabilizada como “Outras receitas” na demonstração de resultado.

Se a receita do refugo vai ser tratada como uma redução em custos de manufatura em vezde como outra receita, Produtos em Processo pode ser creditada se o refugo puder ser pronta-mente identificado com uma ordem em particular. Se o refugo não puder ser identificado comuma ordem específica, Custos Indiretos de Fabricação pode ser creditada.

Quando o valor do refugo for relativamente alto, uma folha de estoque deve ser preparadae o refugo transferido para uma área de armazenagem de materiais controlados. Se tanto a quan-tidade e o valor de mercado do refugo forem conhecidos, os seguintes lançamentos diários sãoregistrados:

D — Material Refugado. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . xxxC — Receita de Refugo ou Sucata (ou Produtos em

Processo ou CIF). . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . xxxRefugo transferido para o estoque.

D — Caixa (ou Contas a Receber) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . xxxC — Material Refugado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . xxx

Refugo vendido.

Se o valor de mercado do refugo não for conhecido, nenhum lançamento no diário é feitoaté que o refugo seja vendido. No momento da venda, o seguinte lançamento é então registrado:

D — Caixa (ou Contas a Receber) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . xxxC — Receita de Refugo ou Sucata (ou Produtos em

Processo ou CIF). . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . xxxVendeu a sucata

86 • CONTABILIDADE DE CUSTOS

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PRODUTO DANIFICADO OU DEFEITUOSO

O refugo ou sucata é um subproduto inesperado da produção do produto primário.Produtos danificados ou defeituosos não são subprodutos, mas unidades imperfeitas do produ-to primário. Unidades danificadas têm imperfeições que não podem ser economicamentecorrigidas. São vendidas como itens de qualidade inferior.Unidades defeituosas têm imperfei-ções consideradas possíveis de se corrigir porque o valor de mercado da unidade corrigida serámaior do que o custo total incorrido para a unidade.

Produto Danificado. A perda associada com produtos danificados pode ser tratada comoparte do custo por ordem ou departamento que produziu as unidades danificadas, ou a perdapode ser debitada em Custos Indiretos de Fabricação e alocada entre todas as ordens ou depar-tamentos. Geralmente, o CIF é debitado a menos que a perda resultante de um pedido especiale o dano é devido ao tipo de produto exigido naquele pedido em especial. Em ambos os casos,os produtos danificados são contabilizados no Estoque de Produtos Danificados ao preço devenda esperado.

Para ilustrar, suponha que um fabricante de roupas, usando custeio por ordem, completaum pedido de 1.000 jaquetas jeans (Ordem 350) com os seguintes custos unitários:

Materiais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 20Mão-de-obra . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20Custos Indiretos de Fabricação. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10

Custo total unitário. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 50

O lançamento de diário para contabilizar os custos de produção é o seguinte:

D — Produtos em Processo — Ordem 350 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 50.000C — Materiais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20.000C — Folha de Pagamento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20.000C — Custos Indiretos de Fabricação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10.000

Custos de produção reconhecidos para a Ordem 350.

Durante a inspeção final, descobriu-se que 50 jaquetas eram inferiores e foram classificadascomo irregulares ou de segunda categoria. Espera-se que sejam vendidas a $ 10 cada. Se os cus-tos não recuperados do refugo devem ser debitados aos Custos Indiretos de Fabricação, então oseguinte lançamento deve ser registrado:

D — Estoque de Produtos Refugados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 500D — CIF . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2.000

C — Produtos em Processo — Ordem 350 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2.500Produtos refugados reconhecidos ao valor de mercado (50 jaquetas a $ 10), debitado emCustos Indiretos de Fabricação pela perda de $ 40 por unidade, e redução do custo da Or-dem 350 (50 jaquetas a $ 50).

Se a perda oriunda do refugo for considerada um custo da ordem específica, o lançamentopara registrar o valor de mercado é feito como a seguir:

D — Estoque de Produtos Refugados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 500C — Produtos em Processo — Ordem 350 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 500

Produtos refugados reconhecidos ao valor de mercado e redução do custo da Ordem 350pelo preço de venda dos produtos refugados de $ 500.

Capítulo 2 • CONTABILIDADE PARA MATERIAIS • 87

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Custos de produtos refugados debitados em CIF são alocados entre todas as ordens emprodução. Quando o refugo é atribuído a uma ordem específica, no entanto, todo custo de refu-go é refletido no custo daquela ordem. No exemplo, a Ordem 350 será cobrada apenas em parteda perda de $ 2.000 de refugo quando o CIF for alocado a diversas ordens. No entanto, quandoo CIF não é cobrado pelos custos de refugo, a perda total de $ 2.000 é incluída no custo total daOrdem 350.

Produto Defeituoso. Os procedimentos para registrar o custo associado com produtodefeituoso são parecidos àqueles empregados na contabilidade de produtos refugados. No en-tanto, existem custos adicionais para corrigir as imperfeições nas unidades defeituosas. Se essescustos forem incorridos em pedidos que a empresa produz com regularidade, são debitados emCIF. Para pedidos especiais, os custos adicionais são cobrados da ordem específica sobre a qualos produtos defeituosos ocorrem. Uma conta de estoque não é estabelecida para produtos clas-sificados como defeituosos porque os defeitos são corrigidos e as unidades se tornam mercado-rias de primeira qualidade.

Como no exemplo anterior, suponha que custa $ 50 para fabricar cada jaqueta. Após a ins-peção final das 1.000 jaquetas acabadas, descobrem-se 50 jaquetas com defeitos porque umamanga em cada jaqueta tem um tom de azul ligeiramente diferente do que as outras partes da ja-queta. A gestão decide cortar as mangas de novo de um rolo de tecido idêntico à cor do resto dajaqueta. Os custos para corrigir os defeitos são $ 500 para materiais, $ 400 para mão-de-obra, e$ 300 para CIF, representando um custo total de $ 1.200.

Se os custos adicionais forem debitados em CIF, o custo para corrigir o produto defeituo-so é rateado por todas as ordens que passam pelo ciclo de produção. O lançamento diário ficaassim:

D — CIF (Custos para Corrigir Produtos Defeituosos) . . . . . . . . . . . . . . . 1.200C — Materiais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 500C — Folha de Pagamento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 400C — CIF. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 300

Reconhecimento de custos para corrigir unidades defeituosas.

Se o pedido por 1.000 jaquetas foi um pedido especial e os defeitos resultaram de especifi-cações exatas do pedido, os custos adicionais seriam debitados na ordem, como a seguir:

D — Produtos em Processo — Ordem 350. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1.200C — Materiais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 500C — Folha de Pagamento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 400C — CIF . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 300

Debitado na Ordem 350 com custos de corrigir produtos defeituosos.

O custo total da Ordem 350 será mais alto porque os custos adicionais para corrigir osdefeitos foram debitados do pedido em vez de na conta CIF. O custo unitário de cada jaquetaacabada aumenta de $ 50 ($ 50.000/1.000) para $ 51.2 ($ 51.200/1.000) devido aos custos adicio-nais debitados da conta de produtos em processo.

Agora, você deve estar apto a resolver o seguinte: Questões 21-22; Exercício2-10 a 2-12; Problema 2-8 a 2-10.

88 • CONTABILIDADE DE CUSTOS

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APÊNDICE: CONTROLE DE MATERIAIS JUST-IN-TIMEOBJETIVO DE APRENDIZAGEM 5Contabilizar estoques em um sistema just-in-time.

Em um sistema de estoque just-in-time (JIT), materiais são entregues à fábrica imediata-mente antes de serem usados na produção. Um sistema JIT reduz significativamente os custos demanter estoque ao exigir que as matérias-primas sejam entregues na hora de serem colocadas emprodução. Além disso, o estoque de produtos em processo é minimizado ao eliminar produtosreservados entre os centros de trabalho. Por exemplo, o trabalho é desempenhado em uma uni-dade no Departamento A apenas depois que o departamento recebe o pedido do DepartamentoB para certo número de unidades. Isso está em contraste com os sistemas tradicionais de manu-fatura que produzem bens para o estoque na esperança de que a demanda por esses bens sejacriada. Para que o JIT funcione com êxito, é preciso existir um alto grau de coordenação e coope-ração entre o fornecedor e o fabricante e entre os centros de trabalho de manufatura.

Técnicas de produção just-in-time foram utilizadas pela primeira vez pela indústria japonesa erecentemente se tornaram populares entre os fabricantes dos EUA. As empresas dos EUA que ado-taram os princípios JIT incluem Harley-Davidson, Hewlett-Packard, IBM e Motorola. Na manufaturacom JIT, não é raro para um produto acabado ser embarcado para o cliente durante o mesmo turnode trabalho de oito horas em que as matérias-primas usadas na sua produção foram recebidas dofornecedor. O seguinte exemplo do mundo real faz numerosas referências ao JIT e estoques.

EXEMPLO DO MUNDO REAL

JIT E O PLANO EQUILIBRADOO JIT pode ser descrito como um conjunto de técnicas e conceitos de manufatura, ou

uma filosofia de se fazer negócios, que minimiza os níveis de estoque e desfruta dos efeitosmensuráveis de se fazer isso. Geralmente, a manufatura com JIT é mais orientada para uma efi-cácia ampla, enquanto sistemas tradicionais de manufatura tendem a enfatizar a eficiência. OJIT expõe os problemas de produção porque não existe nenhum estoque de reserva. Se des-cobrir que uma seção da linha está defeituosa, e portanto não pode ser aproveitada, é precisoparar a linha de produção porque não existe nenhum estoque adicional em excesso para subs-tituí-lo. O JIT exigiria que o problema fosse endereçado imediatamente para que se pudessevoltar a produzir e problemas similares sejam evitados no futuro. Assim, o JIT é orientado paraa qualidade e enfatiza a simplificação do processo e a prevenção de problemas.

[...] A base fornecedora usada com JIT é muito menor do que com sistemas tradicionaise muitas vezes consiste em fornecedores credenciados. Esses fornecedores estão credencia-dos (isto é, exigidos por contrato) para fornecer entregas oportunas de bens em nível de altaqualidade. Uma relação de parceria com os fornecedores é encorajada, e os fornecedores sãofreqüentemente convidados para a fábrica para ajudá-los a entender as necessidades do fabri-cante. Buscam-se contratos a longo prazo envolvendo um mínimo de papelada.

[...] Com um sistema JIT, a prevenção de defeitos se torna mais importante do que aavaliação, e os trabalhadores são premiados por apontar e resolver problemas em vez deescondê-los. Os gerentes são premiados por minimizarem o investimento ao explicita-mente imputarem investimento em estoque no plano de avaliação de desempenho.

[...] O uso dos relacionamentos de fornecedores credenciados simplifica as relaçõescom fornecedores, assegura que os níveis de qualidade e de entrega serão atingidos, eminimiza o custo de transações e de papelada. A análise de atividade é apropriada com oJIT para poder determinar a eficácia. A análise de atividade também é útil para se desen-volver métricas de controle gerencial relevantes.B. Douglas Clinton e Ko-Cheng Hsu, “JIT and the Balanced Scorecard”, Management Accounting, set. 1997, p. 18-24.

Capítulo 2 • CONTABILIDADE PARA MATERIAIS • 89

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JIT e o Controle de Custos. A redução dos níveis de estoque pode aumentar a velocidadede processamento, assim reduzindo o tempo que leva para uma unidade passar pela produção. Porexemplo, se 10.000 unidades são produzidas a cada dia e o número médio de unidades em proces-so for de 40.000, então o tempo de processamento, ou o tempo que leva para uma unidade pas-sar pelo sistema, é de 40.000/10.000, ou quatro dias. Se a mesma produção diária pode ser alcança-da enquanto se reduz o produto em processo em 50%, o tempo de processamento será reduzidoem dois dias, 20.000/10.000, e a velocidade ou rapidez em que unidades são produzidas no siste-ma terá dobrado. Se a velocidade de produção pode ser aumentada dramaticamente, todos os pro-dutos podem ser fabricados sob encomenda, assim eliminando a necessidade de um estoque deprodutos acabados. Além disso, ao reduzir o tempo de processamento é possível reduzir custosporque haverá menos atividades sem valor agregado — operações que incluem custos masque não somam valor ao produto, como movimentação, armazenagem e inspeção**.

Se a velocidade de produção for dobrada como no exemplo acima, os custos de manterestoques podem ser reduzidos. Por exemplo, suponha que há uma porcentagem anual de custode manter estoques de 20% e um produto em processo médio de $ 400.000, resultando em cus-tos anuais de manutenção de $ 80.000 (20% � $ 400.000). Suponha também que pelo uso de téc-nicas de produção JIT, a velocidade de produção seja dobrada sem mudar o total da produçãoanual, assim precisando de apenas metade da quantia de produtos em processo (PEP). Os novoscustos anuais de manter estoque seriam calculados da seguinte maneira:

Porcentagem de custo de manter estoque � PEP médio20% � (1/2 � $ 400.000) = $ 40.000

ou uma redução de $ 40.000 do nível anterior de $ 80.000.Outra vantagem da redução do tempo de processamento é o aumento da satisfação do

cliente devido à entrega mais rápida. Além disso, perdas de produção são reduzidas devido ao fa-to de não ter grandes quantidades de unidades parcialmente acabadas se empilhando na próxi-ma estação de trabalho antes que um erro na sua produção possa ser detectado.

JIT E FLUXOS DE CUSTOS

A Figura 2-13 mostra o contraste entre os lançamentos diários feitos em um sistema tradi-cional de contabilidade de custos para a manufatura e os lançamentos feitos em um sistema JIT.O custeio retrocedido*** é o nome dado para o sistema de contabilidade usado com manufa-tura JIT. O nome é derivado do fato de que os custos não são “eliminados” do sistema de conta-bilidade e debitados aos produtos até os produtos serem acabados e vendidos.

Os lançamentos A e B na Figura 2-13 indicam que uma única conta, Matérias-Primas e emProcesso, é usada no custeio retrocedido tanto para estoques de matérias-primas quanto de produ-tos em processo. Isso é feito porque as matérias-primas são baixadas para a produção logo que sãorecebidas em um sistema JIT, assim eliminando a necessidade de uma conta em separado para esto-ques de matérias-primas. Os lançamentos C, D e E ilustram que uma única conta, Custos de Con-versão ou de Transformação, contém custos de mão-de-obra direta e custos indiretos de fabricaçãoem um sistema retrocedido. Normalmente, a mão-de-obra direta é tão insignificante em umambiente JIT altamente automatizada que não existe razão em contabilizá-la separadamente.

90 • CONTABILIDADE DE CUSTOS

*** N. do R. A movimentação e armazenagem feitas sem planejamento logístico não agrega valor, todavia o planejamento e aação desses temas logísticos podem agregar valor significativo.

*** N. do R. Também denominado custeio diferido, custeio pós-determinado, custeio back-flush.

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Capítulo 2 • CONTABILIDADE PARA MATERIAIS • 91

Os lançamentos F e G ilustram que em um verdadeiro ambiente JIT, não existe necessida-de de uma conta de produtos acabados porque os produtos são despachados para os clientesimediatamente após terem sido acabados. O lançamento G ilustra que custos de materiais, mão-de-obra e CIF não são alocados aos produtos em um sistema retrocedido até que sejam acaba-dos e vendidos. O raciocínio por trás dessa abordagem é que produtos são movidos através dosistema tão rapidamente em um ambiente JIT que não seria eficaz rastrear os custos de produ-ção até eles enquanto em processo.

Observe que empresas diferentes escolhem pontos diferentes no processo de produção,chamados pontos gatilho, para registrar lançamentos diários em um sistema retrocedido. Ospontos escolhidos nesse exemplo são típicos.

Agora, você deve estar apto a resolver o seguinte: Questões 23-24; Exercícios 2-13 e2-14; Problemas 2-11 e 2-12.

D – Materiais . . . . . . . 50.000C – Contas aPagar . . . . . . . 50.000

D – Produtos emProcesso . . . . . . . . . 50.000C – Materiais: . . . 50.000

D – Produtos emProcesso . . . . . . . . . 25.000C – Folha dePagamento . . . . 25.000

D – CIF . . . . . . . . . . . 75.000C – VáriosCréditos . . . . . . 75.000

D – Produtos emProcesso . . . . . . . . . 75.000C – CIF . . . . . . . . 75.000

D – ProdutosAcabados. . . . . . . . 150.000C – Produtos emProcesso. . . . . . 150.000

D – Custo de ProdutosVendidos . . . . . . . . 150.000C – ProdutosAcabados . . . . 150.000

D – Matérias-primas e emProcesso . . . . . . . . . 50.000C – Contas aPagar . . . . . . . 50.000

Nenhum Lançamento

D – Custos deConversão . . . . . . . 25.000C – Folha dePagamento . . . . 25.000

D – Custos deConversão . . . . . . . 75.000C – VáriosCréditos . . . . . . 75.000

Nenhum Lançamento

Nenhum Lançamento

D – Custo de ProdutosVendidos . . . . . . . . 150.000C – Matérias-primas e emProcesso. . . . . . 50.000

C – Custos deConversão . . . . 100.000

A. Compra dematérias-primas

B. Matérias-primasrequisitadas para aprodução

C. Distribuição docusto da mão-de-obradireta

D. CIF incorridos

E. Transferência de CIFpara produtos emprocesso

F. Acabamento dosprodutos

G. Venda dosprodutos

Figura 2-13 Lançamentos Diários para Sistemas de ContabilidadeTradicionais e Retrocedido

Transação Lançamentos Diários — Lançamentos Diários —Sistema Tradicional Sistema Retrocedido

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TERMOS-CHAVE

Agente de compras Prazo de entregaAlmoxarife Primeiro a entrar, primeiro a sair (PEPS)Atividades sem valor agregado Quantidade econômica de pedido (EOQ)Aviso de crédito Razão de materiaisAviso de débito Razão subsidiário do almoxarifadoControle de materiais Relatório de estoqueCusteio retrocedido Relatório de materiais devolvidosCustos de manter estoques Relatório de recebimentoCustos de pedidos Requisição de comprasEmpregado de recebimento Requisição de materiaisEstoque de segurança Requisição do almoxarifadoFatura do fornecedor Resumo de material baixado e devolvidoFluxo de custos Sistema de estoque just-in-time (JIT)Fluxo de materiais Falta de estoque (Stockout)Materiais refugados Supervisor do departamento de produçãoRefugo ou refugado de material Tempo de processamentoMédia móvel Último a entrar, primeiro a sair (UEPS)Pedido de devolução de embarque Unidades defeituosasPedido de compras Unidades danificadasPonto de pedido UsoPontos gatilho Velocidade

PROBLEMA PARA AUTO-AVALIAÇÃO

PONTO DE PEDIDO; QUANTIDADE ECONÔMICA DE PEDIDO; CUSTOS DE PEDIR E MANTERESTOQUESCOMPANHIA LEXINGTON SLUGGER

A Companhia Lexington Slugger, fabricante de bastões de bêisebol top de linha, feitas defreixo branco do norte dos EUA, prevê que 8.000 toras de madeira serão usadas durante o ano.(Uma tora é a quantidade de madeira bruta necessária para se fazer um bastão.) O uso diárioesperado é de 32 toras. Existe um prazo de entrega esperado de 10 dias e um estoque de segu-rança de 500 toras. A empresa espera que a madeira custe $ 4 por tora. Ela prevê que custará$40 para colocar cada pedido. O custo anual de manter estoque é de $ 0,25 por tora.

Pede-se:1. Calcule o ponto de pedido.2. Calcule a quantidade mais econômica de pedido (EOQ).3. Calcule o custo total de pedir e manter estoques no ponto EOQ.

SOLUÇÃO DO PROBLEMA DE AUTO-AVALIAÇÃO

Sugestões:Leia o problema por completo, mantendo em mente que você precisa calcular (1) o ponto de

pedido, (2) EOQ e (3) custos totais de pedir e manter estoques.

92 • CONTABILIDADE DE CUSTOS

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Capítulo 2 • CONTABILIDADE PARA MATERIAIS • 93

As especificações no problema realçam os seguintes fatos relevantes para computar o pontode pedido:

Uso diário esperado é de 32 toras.Prazo de entrega esperado é de 10 dias.Estoque de segurança necessário é de 500 toras.

O ponto de pedido é o nível do estoque em que um pedido deve ser colocado. É determina-do ao somar o número estimado de toras que serão usadas entre a colocação e o recebimento dopedido:

Uso estimado durante o prazo de entrega = 32 unidades (uso diário) � 10 dias (prazo deentrega) = 320.

Some o número de unidades de estoque de segurança (500 neste problema) necessáriaspara haver proteção contra uso anormalmente alto e atrasos não previstos no recebimento demateriais bons do fornecedor:

Ponto de Pedido = Uso esperado durante prazo de entrega � estoque de segurança= 320 � 500= 820 unidades

As especificações no problema realçam os seguintes fatos relevantes para calcular EOQ:

Uso anual estimado de materiais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8.000 torasCusto de colocar um pedido . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 40Custo anual de manter estoque por tora . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 0,25

EOQ é o tamanho do pedido que minimiza os custos totais de pedir e manter estoques.Pode ser calculada usando a fórmula:

EOQ = 2 � custo de pedir � demanda anual℘custo anual de manter estoque por unidade

= 2 � $ 40 � 8.000℘$0,25

= $ 640.000℘$ 0,25

= ℘2.560.000

= 1.600 toras

As especificações no problema realçam os seguintes fatos relevantes para o cálculo doscustos totais de pedir e manter estoque no ponto EOQ:

Uso anual . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8.000 torasEOQ. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1.600 torasCustos de pedir . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 40 por pedidoCustos de manter . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 0,25 por toraEstoque de segurança . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 500 toras

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Para determinar o custo anual de pedir, primeiro você precisa determinar o número de pedi-dos ao dividir o uso anual por EOQ:

Número de pedidos = uso anual/EOQ= 8.000 toras/1.600 unidades= 5

O custo anual de pedir é determinado ao multiplicar-se o número de pedidos pelo custo porpedido:

5 pedidos � $ 40 por pedido = $ 200

Para determinar o custo anual de manter estoque, primeiro você precisa determinar o núme-ro médio de unidades em estoque:

(1/2 � EOQ) + estoque de segurança(1/2 � 1.600) + 500 = 1.300 unidades

O número médio de toras em estoque consistiria em metade da quantia pedida mais as 500toras que são mantidas como reserva contra eventos não previstos. Então, o custo total de manterestoque seria o seguinte:

Estoque médio � custo de manter estoque por tora1.300 � $ 0,25 = $ 325

Custo total de pedir e de manter estoque:

Custos de pedir + custos de manter estoque

$ 200 + $ 325 = $ 525

(Nota: O Problema 2-1 é semelhante a esse.)

94 • CONTABILIDADE DE CUSTOS

QUESTÕES

1. Quais são os dois principais objetivos docontrole de materiais?

2. Muitas vezes, materiais representam umaparte substancial dos ativos de umaempresa; portanto, devem ser controladosdo momento em que os pedidos são colo-cados até a hora em que os produtos aca-bados são embarcados para o cliente.Quais são os procedimentos de controleusados como salvaguarda de materiais?

3. Quais fatores devem ser consideradospela administração para determinar aquantia de investimento em materiais?

4. Manter e repor o estoque de materiais usa-dos nas operações de manufatura é umaspecto importante do processo de obten-ção. O que significa o termo “ponto depedido”?

5. Que tipos de informações e dados sãonecessários para calcular um ponto depedido?

6. Como você definiria o termo “quantidadeeconômica de pedido”?

7. Quais fatores devem ser consideradospara determinar o custo de um pedido?

8. Quais são os custos de manter materiaisem estoque?

9. Descreva sucintamente quais são os deve-res dos seguintes empregados:a. Agente de comprasb. Empregado de recebimentoc. Almoxarifed. Supervisor de produção

10. A autorização apropriada é exigida antesque pedidos para novos materiais possamser colocados. Qual é a diferença entre

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uma requisição de compras e um pedidode compras?

11. Agentes de compras são responsáveis porcontatar fornecedores dos quais compra-rão materiais requisitados pela produção.Por que o agente de compras é tambémresponsável por examinar e aprovar fatu-ras que chegam dos fornecedores?

12. Ilustrações de formulários para requisi-ções, pedidos e contabilidade de mate-riais são apresentados neste capítulo.Você acha que os formulários, como apre-sentados, serão usados por todos os fabri-cantes? Explique.a. Requisição de comprasb. Pedido de comprasc. Relatório de recebimentod. Requisição de materiaise. Aviso de débito-crédito

16. Normalmente, um fabricante mantém umsistema de contabilidade que inclui umrazão do almoxarifado e uma conta dorazão geral para Materiais. Qual o rela-cionamento entre o razão do almoxarifa-do e a conta de materiais?

17. Uma empresa pode escolher um métodode custeio de estoque de um número deprocedimentos comumente usados. Sucin-tamente, como você descreveria cada umdos seguintes métodos:a. Primeiro a entrar, primeiro a sairb. Último a entrar, primeiro a sairc. Média móvel

18. Por que empresas adotam o método UEPSde custeio de estoque? A sua discussãodeve incluir os efeitos na demonstração deresultados e balanço patrimonial.

19. Qual dos formulários mostrados no capítu-lo é a fonte para os seguintes lançamentospara contas de razões subsidiários?a. Débitos para contabilizar materiaiscomprados no razão do almoxarifado.

b. Créditos para contabilizar materiaisrequisitados no razão do almoxarifado.

c. Débitos para contabilizar materiaiscolocados em processo no razão decustos por ordem.

20. Quais são algumas das medidas quefabricantes podem tomar para controlarcustos de estoque?

21. Um processo de manufatura pode produ-zir uma quantidade considerável de refu-go devido à natureza do produto. Quaismétodos podem ser usados para contabi-lizar o valor de venda de material refu-gado?

22. Após a inspeção de um produto, algumasunidades são classificadas como danifica-das e outras como defeituosas. O que dis-tingue um produto de ser classificadocomo danificado ou defeituoso?

23. Como a abordagem just-in-time para aprodução difere da abordagem tradicio-nal? (Apêndice)

24. Qual a diferença entre tempo de processa-mento e velocidade? (Apêndice)

Capítulo 2 • CONTABILIDADE PARA MATERIAIS • 95

EXERCÍCIOS

E 2-1 Quantidade econômica de pedido; custo de pedido; custo de manter estoqueObjetivo 1

A Companhia Hornik prevê que usará 90.000 unidades de material durante o ano. É espe-rado que o material custe $ 5 por unidade. Gordon prevê que custará $ 18 para colocar cadapedido. O custo anual de manter estoques é de $ 1 por unidade.

a. Determine a quantidade mais econômica de pedido usando a fórmula EOQ.b. Determine o custo total de pedir e de manter estoques no ponto EOQ.

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E 2-2 Lançamento de requisições de materiais em diárioObjetivo 3

A Corporação Hood contabiliza o seguinte uso de materiais durante o mês de junho:

Requisiçõesde Materiais

DataNúmero da

UsoMateriais Materiais

Requisição Diretos Indiretos

1 110 Material A, Ordem 10 $ 20.0005 111 Material B,

Ordem 11 18.0009 112 Material B,

Ordem 12 16.00012 113 Suprimentos de fábrica $ 80018 114 Material C,

Ordem 10 3.00021 115 Material D,

Ordem 10 9.00023 116 Material E,

Ordem 13 2.00028 117 Suprimentos de fábrica 1.30030 118 Suprimentos de fábrica 1.700

Prepare um lançamento de diário resumido para as requisições de materiais.

E 2-3 Contabilizando transações de materiaisObjetivo 3

Prepare um lançamento de diário para registrar cada uma das seguintes transações de mate-riais:

a. Total de materiais comprados durante o mês foi de $ 200.000.b. Materiais diretos requisitados durante o mês totalizaram $ 175.000.c. Materiais indiretos requisitados durante o mês totalizaram $ 12.000.d. Materiais diretos devolvidos para o almoxarifado da fábrica totalizaram $ 2.500.e. O total de material devolvido para o fornecedor durante o mês foi de $ 800.f. Pagamento durante o mês para materiais comprados totalizou $ 160.000, menos 2% dedesconto. (Use Descontos de Compras.)

E 2-4 Custeio PEPSObjetivo 3

Usando o sistema de controle de estoque perpétuo e o custeio primeiro a entrar, primeiro asair, e as seguintes informações, determine o custo de materiais usados e o custo do estoque dodia 31 de maio:

96 • CONTABILIDADE DE CUSTOS

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Maio 1 Saldo em estoque, 1.000 unidades (rolamentos, $ 4 cada)3 250 unidades baixadas.5 Entrada de 500 unidades a $ 4,50 cada.6 150 unidades baixadas.10 110 unidades baixadas11 A fábrica devolveu 10 unidades para o almoxarifado que foram baixadas no dia 10.15 Entrada de 500 unidades a $ 5,00 cada20 300 unidades devolvidas para o fornecedor da compra do dia 15 de maio.26 600 unidades baixadas.

E 2-5 Custeio UEPSObjetivo 3

Usando o sistema de controle de estoque perpétuo e o custeio último a entrar, primeiro a sair,e as informações apresentadas no E 2-4, calcule os custos de materiais usados e os custos de esto-que do dia 31 de maio.

E 2-6 Custeio de média móvelObjetivo 3

Usando o sistema de controle de estoque perpétuo e o método da média móvel, e as infor-mações apresentadas no E 2-4, calcule os custos de materiais usados e os custos do estoque dodia 31 de maio. (Arredonde os preços unitários para cinco casas decimais e os totais para a uni-dade monetária inteira mais próxima.)

E 2-7 Comparação dos métodos PEPS, UEPS e média móvelObjetivo 3

Em formato tabular, compare o custo total transferido para Produtos em Processo e o custo dosaldo final de estoque para cada método usado no E 2-4, E 2-5 e E 2-6. Discuta o efeito que cadamétodo terá sobre os lucros, dependendo de se ele está em um período de preços ascendentes oude preços declinantes.

E 2-8 Impacto dos métodos de custeio sobre o resultado líquidoObjetivo 3

A Companhia Scripps foi franqueada no dia 1 de janeiro de 1999. No final de seu terceiroano de operações, 31 de dezembro de 2001, a administração requisitou um estudo para determi-nar que efeito diferentes métodos de custeio de estoque de materiais teria tido no seu resultadolíquido relatado ao longo do período de três anos.

A conta de estoque de materiais, usando UEPS, PEPS e média móvel, teria tido os seguintessaldos finais:

Saldos de Estoques de Materiais

31 de dezembro UEPS PEPS Média1999 $ 20.000 $ 22.000 $ 21.0002000 22.000 24.000 23.0002001 26.000 30.000 28.000

Capítulo 2 • CONTABILIDADE PARA MATERIAIS • 97

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a. Supondo o mesmo número de unidades no saldo final de estoque ao final de cada ano,os custos de materiais estavam subindo ou caindo de 1999 a 2001?

b. Qual método de custeio mostraria o resultado líquido mais alto para 1999?c. Qual método mostraria o resultado líquido mais alto para 2001?d. Qual método mostraria o resultado líquido mais baixo para os três anos combinados?e. Para o ano 2000, como se compara o lucro usando UEPS com o lucro usando o PEPS?

E 2-9 Registrando transações de materiaisObjetivo 3

A Companhia de Manufatura Nashville mantém as seguintes contas no razão geral: Mate-riais, Produtos em Processo, CIF, e Contas a Pagar. No dia 1 de junho, a conta de materiais ti-nha um saldo devedor de $ 8.000. Segue um resumo das transações de materiais para o mêsde junho:

1. Materiais comprados, $ 18.7502. Materiais diretos, requisitados, $ 21.2503. Materiais diretos devolvidos para o almoxarifado, $ 1.400.4. Materiais indiretos requisitados, $ 1.975.5. Materiais indiretos devolvidos para o almoxarifado, $ 185.

a. Prepare lançamentos de diário para registrar as transações de materiais.b. Faça os lançamentos de diário nas contas de razão (em forma de razonetes).c. Qual o saldo da conta de estoque de materiais no final do mês?

E 2-10 Material refugadoObjetivo 4

Uma oficina metalúrgica fabrica uma peça de aço inoxidável que é usada em um produto demontagem. Os materiais debitados para uma ordem em particular totalizaram $ 600. No pontoda inspeção final descobriu-se que o material usado era inferior às especificações exigidas pelodepartamento de engenharia; portanto, todas as unidades tiveram que ser refugadas.

Registre os lançamentos exigidos para refugo sob cada uma das seguintes condições:

a. A receita recebida pelo refugo deve ser tratada como uma redução no custo de manufa-tura mas não pode ser identificada com nenhuma ordem específica. O valor do refugo deaço inoxidável é estável. O refugo é vendido dois meses mais tarde por $ 125.

b. A receita recebida pelo refugo deve ser tratada como uma redução no custo de manufa-tura mas não pode ser identificada com uma ordem específica. Um preço firme não édeterminado para o refugo até ser vendido. Posteriormente, ele é vendido por $ 75.

c. Uma ordem de produção é uma ordem especial e os $ 85 recebidos pelo refugo devemser tratados como uma redução no custo de manufatura. (Um preço firme não é determi-nado para o refugo até ser vendido.)

d. Apenas $ 40 foram recebidos pelo refugo quando foi vendido no período fiscal seguinte.(Não é possível determinar um preço firme pelo refugo até ser vendido e a quantia a serrecebida pelo refugo deve ser tratada como outras receitas.)

98 • CONTABILIDADE DE CUSTOS

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E 2-11 Produto danificadoObjetivo 4

A Companhia Parr fabrica roupas de golfe. Durante o mês, a empresa cortou e montou8.000 suéteres. Cem dos suéteres não satisfizeram as especificações e foram considerados desegunda categoria. Suéteres de segunda categoria são vendidos por $ 9,95 cada, enquanto sué-teres de primeira qualidade são vendidos por $ 39,95. Durante o mês, Produtos em Processoforam debitados em $ 108.000: $ 36.000 para Materiais, $ 48.000 para Mão-de-obra Direta, e$ 24.000 para CIF.

Registre os lançamentos para debitar custos de produção para o período e a perda devidoaos produtos danificados, sob cada uma das seguintes condições:

a. A perda devido aos produtos danificados é rateada por todas as ordens no departamento.

b. A perda devido aos produtos danificados é debitada a esta ordem porque é um pedidoespecial.

E 2-12 Produto defeituosoObjetivo 4

A Companhia Techno de Manufatura fabrica uma placa de circuito integrado de transistorespara clientes que já compram dela, mas também aceita pedidos especiais para o mesmo produto.A Ordem Número 10A1 incorreu nos seguintes custos unitários para 1.000 placas de circuitofabricadas:

Materiais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 5,00Mão-de-obra . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2,00CIF . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2,00

$ 9,00

Quando os produtos acabados foram testados, descobriu-se que 50 placas estavam defeituo-sas. Os custos por unidade para corrigir os defeitos são:

Materiais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 3,00Mão-de-obra . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1,00CIF . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1,00

Registre os lançamentos de diário para os custos envolvidos para corrigir o produto defeituoso:

a. Se o custo pelo produto defeituoso for debitado nos CIF.

b. Se o custo pelo produto defeituoso for debitado na ordem.

E 2-13 Apêndice JIT e Controle de CustosObjetivo 5

A Indústria Nomar produz 5.000 unidades por dia e o número médio de unidades nos pro-dutos em processo é de 25.000.

1. Determine o tempo de processamento.

2. Se a mesma produção diária pode ser alcançada enquanto se reduz os produtos em pro-cesso em 40%, determine o novo tempo de processamento.

Capítulo 2 • CONTABILIDADE PARA MATERIAIS • 99

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E 2-14 Apêndice Custeio retrocedidoObjetivo 5

A Companhia Roman usa custeio retrocedido para contabilizar os seus custos de manufatu-ra. Prepare lançamentos de diário para contabilizar o seguinte:

a. Comprou matérias-primas, a prazo, $ 80.000.b. Requisitou matérias-primas para produção, $ 40.000.c. Distribuiu custos de mão-de-obra direta, $ 10.000.d. Incorreu em CIF, $ 60.000. (Use Créditos Diversos para a conta na parte do crédito doslançamentos.)

PROBLEMAS

P 2-1 Quantidade econômica de pedido; custos de pedir e manter estoques.Parecido com o problema de auto-avaliação.

Objetivo 1A Companhia Normandy prevê que usará 25.000 unidades de material durante o ano. O

uso diário esperado é de 200 unidades, e existe um prazo de entrega previsto de cinco dias e umestoque de segurança de 500 unidades. É esperado que o material custe $ 5 por unidade. A Nor-mandy prevê que custará $ 50 para colocar cada pedido. O custo anual de manter estoques é de$ 0,10 por unidade.

Pede-se:1. Calcule o ponto de pedido.

P 2-2 Métodos de custeio de estoqueObjetivo 3

A seguir vemos as compras e baixas (saídas) de gaxetas de borracha (Razão do Almoxarifado,Número 11216) como demonstradas nos registros da Corporação Begker para o mês de novembro:

Unidades PreçoUnitário

Novembro 1 Saldo inicial . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30.000 $ 3,004 Recebeu, Rel. de Recebimento Núm. 112 . . . . . . . . 10.000 3,105 Baixou, Requisição de Materiais, Núm. 49 . . . . . . . 30.0008 Recebeu, Rel. de Recebimento, Núm. 113 . . . . . . . 50.000 3,3015 Baixou, Requisição de Materiais, Núm. 50 . . . . . . . 20.00022 Recebeu, Rel. de Recebimento, Núm. 114 . . . . . . . 25.000 3,5028 Baixou, Requisição de Materiais, Núm. 51 . . . . . . . 30.000

Pede-se:1. Complete uma folha do razão do almoxarifado parecida com aquela da Figura 2-7 (ascolunas no pedido podem ser omitidas) para cada um dos seguintes métodos de custeiode estoque, usando um sistema de controle de estoque perpétuo:

100 • CONTABILIDADE DE CUSTOS

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a. PEPSb. UEPSc. Média móvel (levando os preços unitários para cinco casas decimais)2. Para cada método, prepare uma tabela que mostre o custo total de materiais transferidospara Produtos em Processo e o custo do saldo final.

3. Se os preços continuarem a aumentar, você é a favor de adotar o método PEPS ou UEPS?Explique.

4. Quando os preços continuam a subir, qual é o efeito do PEPS versus UEPS sobre o saldodo estoque relatado no balanço patrimonial? Discuta.

P 2-3 Métodos de custeio de estoqueObjetivo 3

As seguintes transações afetando materiais aconteceram em fevereiro:

Fevereiro 1 Saldo em estoque, 1.200 unidades a $ 2,76, $ 3.312,00 (tubulação plásti-ca, 100 pés por unidade; conta do razão do almoxarifado, número 906)

5 Baixou 60 unidades na Requisição de Materiais Número 108.11 Baixou 200 unidades na Requisição de Materiais Número 210.14 Recebeu 800 unidades, Relatório de Recebimento Número 634, preço

$ 2,8035 por unidade15 Baixou 400 unidades, Requisição de Materiais Número 27416 Devolveu para crédito 90 unidades compradas no dia 14 de fevereiro que

estavam defeituosas18 Recebeu 1.000 unidades, Relatório de Recebimento Número 712, preço

$ 2,82712 por unidade21 Baixou 640 unidades, Requisição de Materiais Número 318

Pede-se:Registre as transações em folhas do razão do almoxarifado, como na Figura 2-7. (As colunas

“no pedido” podem ser omitidas.) Use os seguintes métodos de estoque, supondo o uso de um sis-tema de controle de estoque perpétuo. Leve os preços unitários para cinco casas decimais.

1. PEPS2. UEPS3. Média Móvel

P 2-4 Lançando transações de materiais em diárioObjetivo 3

A Companhia Newark de Tricô usa um sistema de custo por ordem. Uma lista parcial dascontas mantidas pela empresa, com os saldos de 1 de novembro, é mostrada abaixo:

Caixa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 32.250Materiais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29.500Produtos em Processo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27.000Contas a Pagar (crédito) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21.000CIF . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . nenhum

Capítulo 2 • CONTABILIDADE PARA MATERIAIS • 101

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As seguintes transações foram completadas durante o mês de novembro:

a. Materiais comprados durante o mês, $ 24.000.b. Materiais requisitados durante o mês:1. Materiais diretos, $ 31.0002. Materiais indiretos, $ 6.000

c. Materiais diretos devolvidos pela fábrica para o almoxarifado durante o mês, $ 1.100d. Materiais devolvidos para fornecedores durante o mês antes do pagamento, $ 1.000.e. Pagamentos para fornecedores durante o mês, $ 23.000.

Pede-se:

1. Prepare lançamentos no diário geral para cada uma das transações.2. Contabilize os lançamentos no diário geral em razonetes.3. Concilie as contas e relate os saldos de 30 de novembro para o seguinte:a. Caixab. Materiaisc. Contas a Pagar

P 2-5 Analisando materiais e outras transaçõesObjetivo 3

A Companhia Liza de Manufatura usa um sistema de custo por ordem. As seguintes contasforam tiradas dos livros da empresa:

Materiais

Saldo de Estoque 7.000 b. Requisições 23.000a. Compras para o mês 20.000

Produtos em Processo

Saldo de estoque 3.600 e. Para Produtos Acabados 50.000b. Requisições de materiais 23.000c. Mão-de-obra direta 17.000d. CIF 12.000

Produtos Acabados

Saldo de estoque 11.650 f. Custo de Produtos Vendidos 55.000e. Produtos Acabados 50.000

Pede-se:1. Analise as contas e descreva em forma narrativa que transações ocorreram. (Use as letrasde referência de a à f nas suas explicações.)

2. Liste os documentos de apoio, ou formulários necessários, para registrar cada transaçãoenvolvendo o recibo ou a baixa de materiais.

3. Determine os saldos finais de Materiais, Produtos em Processo, e Produtos Acabados.

102 • CONTABILIDADE DE CUSTOS

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P 2-6 Análise compreensiva dos procedimentos contábeis de materiaisObjetivos 2, 3

As seguintes decisões e transações foram executadas pela Companhia de Chapas de MetalManatee na contabilidade de custos de materiais para abril.Março 31 O gerente da fábrica informa o almoxarife que, para o mês de abril, existe uma

previsão de uso de 2.000 chapas de alumínio. Uma verificação do estoquemostra que existem 500 chapas de alumínio em estoque, custando $ 23 cada. Épreciso manter um estoque mínimo de 300 chapas, e o agente de compras é noti-ficado da necessidade de 1.800 chapas. Essa quantia cobrirá as necessidadesde produção para abril e, ao mesmo tempo, manterá o nível mínimo de estoque.

Abril 1 Após checar com um número de fornecedores diferentes, o agente de comprasfaz o pedido do número requisitado de chapas a $ 25 cada.

6 O embarque de chapas de alumínio é recebido, inspecionado e declarado estarem boas condições. No entanto, o pedido está com falta de 100 chapas, e umpedido pendente é feito. O embarque é esperado em cinco dias.

6 A fatura do fornecedor que cobre as chapas de alumínio é recebida e aprovadapara pagamento.

11 As chapas de alumínio do pedido pendente são recebidas e aprovadas.11 A fatura do fornecedor para o embarque do pedido pendente é recebido e

aprovado para pagamento.16 A fatura de 6 de abril é paga, menos um desconto em dinheiro de 2%.30 Durante o mês, 1.900 chapas foram baixadas para a fábrica. A empresa usa o

custeio PEPS e um sistema de custo por ordem.30 A fábrica devolve 20 chapas não usadas para o almoxarifado. As chapas

devolvidas têm um custo de $ 25 cada.30 No final do dia, 398 chapas estão em estoque.

Pede-se:1. Em forma de tabela, responda as seguintes perguntas relativas a cada uma das decisõese transações acima:a. Quais formulários, se algum, foram usados?b. Quais lançamentos de diário, se algum, foram efetuados?c. Quais livros de lançamento original, se algum, foram usados para registrar os dados?d. Quais registros subsidiários foram afetados?

2. Calcule e mostre os seus cálculos para os seguintes itens:a. O saldo do estoque de materiais de 30 de abril.b. O custo de materiais usados na produção durante abril.

P 2-7 Problema de revisão; transações e demonstraçõesObjetivo 3

A Companhia Stewart fabrica guinchos de corrente. Os estoques de matérias-primas para odia 1 de outubro eram os seguintes:

Corrente . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6.000 quilos, $ 24.000Polias. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4.000 conjuntos, $ 20.000Parafusos e tarraxas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10.000 conjuntos, $ 5.000Chapas de aço . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4.000 unidades, $ 2.000

Capítulo 2 • CONTABILIDADE PARA MATERIAIS • 103

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Os saldos nas contas do razão no dia 1 de outubro eram os seguintes:

Caixa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 12.000Produtos em Processo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 35.000Materiais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 51.000Seguro Pago Antecipadamente . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3.000Máquinas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 125.000Equipamento de Escritório . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30.000Móveis de Escritório . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20.000Contas a Pagar . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 30.000Capital Social . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 200.000Lucros Acumulados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 46.000

$ 276.000 $ 276.000

As transações durante o mês de outubro foram as seguintes:

a. Folha de pagamento contabilizada durante o mês: mão-de-obra direta, $ 28.000; mão-de-obra indireta, $ 3.000

b. Suprimentos comprados para fábrica, em dinheiro, $ 1.000. (Use uma conta de estoqueseparada, Suprimentos de Fábrica.)

c. Materiais comprados a prazo: corrente – 2.000 quilos, $ 8.800; polias – 2.000unidades, $ 10.200; chapas de aço – 5.000 unidades, $ 3.000.

d. Vendas a prazo para o mês, $ 126.375.e. Contas a receber recebidas, $ 72.500f. Materiais usados durante outubro (custeio PEPS): corrente, 7.000 quilos; polias, 4.400unidades; parafusos e tarraxas, 4.000 conjuntos; chapas de aço, 3.800 unidades.

g. Folha de pagamento paga, $ 31.000.h. Suprimentos de fábrica em estoque, 31 de outubro, $ 350.i. Custos de aquecimento, iluminação e energia da fábrica para outubro, $ 3.000 (aindanão pagos).

j. Salários de escritório pagos, $ 6.000.k. Propaganda paga, $ 2.000.l. Supervisão da fábrica paga, $ 1.800.m. Seguro vencido – sobre equipamento de escritório, $ 100; sobre máquinas da fábrica,

$ 300.n. Aluguel da fábrica pago, $ 2.000.o. Depreciação sobre equipamento de escritório, $ 400; sobre móveis de escritório, $ 180;sobre máquinas, $ 1.200.

p. CIF debitados para as ordens, $ 11.950.q. Produtos em Processo, 31 de outubro, $ 31.000. (Dica: A diferença entre os débitostotais para Produtos em Processo durante o período e o saldo final de Produtos em Proces-so representa o custo dos produtos acabados.)

r. Custo de produtos vendidos durante o mês, $ 84.250.s. Contas a pagar pagas, $ 33.750

Pede-se:1. Montar razonetes e lançar os saldos a partir de 1 de outubro.2. Preparar lançamentos de diário para registrar cada uma das transações acima.

104 • CONTABILIDADE DE CUSTOS

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3. Contabilizar os lançamentos de diário para as contas, criando qualquer nova conta dorazão necessária. Apenas as contas de controle devem ser mantidas; no entanto, mostreos cálculos para o custo dos materiais usados.

4. Preparar uma demonstração do custo de produção para outubro.5. Preparar uma demonstração de resultados.6. Preparar um balanço patrimonial mostrando as classificações de ativos circulantes, insta-lações e equipamento, passivos circulantes, e patrimônio líquido.

P 2-8 Faltas de estoque de materiais; devoluções; refugo; produtos danificadosObjetivos 3, 4

Um exame dos registros da Corporação Hood-Robbins revelou as seguintes transações:a. No dia 31 de dezembro, o estoque físico de matérias-primas era de 9.950 unidades.A quantidade no livro, usando o método da média móvel, era de 11.000 unidades a$ 0,52 por unidade.

b. A produção devolveu materiais ao almoxarifado com um custo de $ 775.c. Materiais com um valor de $ 770 foram debitados em CIF (Reparos e Manutenção), masdeveriam ter sido debitados em Produtos em Processo.

d. Materiais defeituosos, comprados a prazo, foram devolvidos para o fornecedor. O mate-rial devolvido custou $ 234, e os custos de embarque para a devolução (nosso custo) de$ 35 foram pagos em dinheiro.

e. Produtos vendidos para um cliente, a prazo, de $ 5.000 (custo de $ 2.500) foram de-volvidos devido a um desentendimento sobre a quantidade pedida. O cliente afirmou queos produtos devolvidos estavam em excesso da quantidade necessária.

f. Materiais requisitados totalizaram $ 22.300, dos quais $ 2.100 representavam supri-mentos usados.

g. Materiais comprados a prazo totalizaram $ 25.500. Frete sobre os materiais compradosera de $ 185.

h. Materiais diretos devolvidos para o almoxarifado totalizaram $ 950.i. Refugo baixado para o almoxarifado era avaliado em um preço estimado de venda de$ 685 e tratado como uma redução no custo de todas as ordens processadas duranteo período.

j. Produtos danificados enviados para o almoxarifado avaliados a um preço de venda de$ 60 tinham custos de produção de $ 200 já debitados para ele. O custo dos produtosdanificados está para ser debitado em ordem específica durante o período.

k. O refugo em (i) foi vendido por $ 685 em dinheiro.

Pede-se:Registre os lançamentos para cada transação. (Arredonde as quantias para a unidade mone-

tária inteira mais próxima.)

P 2-9 Produtos danificados; perda debitada em CIF; perda debitada na ordemObjetivo 4

A Companhia Humungo fabrica gigantes de plástico, que são vendidos por $ 0,99 cada.O custo de cada gigante consiste em:

Capítulo 2 • CONTABILIDADE PARA MATERIAIS • 105

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Materiais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 0,35Mão-de-obra . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 0,15CIF . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 0,20Total . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 0,70

A Ordem 100 produziu 10.000 gigantes de plástico, dos quais 600 unidades foram dani-ficadas e classificadas como de segunda categoria. Produtos de segunda categoria são vendidospara lojas de departamentos por $ 0,50 cada.

Pede-se:

1. Supondo que a perda resultante dos produtos danificados será distribuída para todas asordens produzidas durante o período atual, use lançamentos de diário geral para (a) re-gistrar os custos de produção, (b) colocar os produtos danificados no estoque e (c) regis-trar a venda das unidades danificadas em dinheiro.

2. Supondo que a perda resultante dos produtos danificados será debitada na Ordem100, use lançamentos de diário geral para (a) registrar os custos de produção, (b) colo-car os produtos danificados no estoque e (c) registrar a venda das unidades danificadasem dinheiro.

P 2-10 Produtos danificados e defeituososObjetivo 4

A Companhia Reinsdorf fabrica equipamento elétrico com especificações recebidas de clien-tes. A Ordem X10 era para 1.000 motores que seriam usados em um complexo elétrico especial-mente projetado. Os seguintes custos foram determinados para cada motor:

Materiais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 117Mão-de-obra . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 100CIF . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 83Total . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 300

Ao final da inspeção, a Reinsdorf descobriu que 33 dos motores não satisfaziam as especi-ficações exatas estabelecidas pelo cliente. Um exame indicou que 15 dos motores não tinham con-serto e que deveriam ser vendidos como produtos danificados por $ 75 cada. Os outros 18 moto-res, embora defeituosos, podiam ser recondicionados como unidades de primeira qualidade coma adição de $ 1.650 de materiais, $ 1.500 de mão-de-obra e $ 1.200 de CIF.

Pede-se:

Prepare os lançamentos de diário para registrar o seguinte:

1. O refugo (sucata) das 15 unidades, com uma receita dos produtos danificados tratadacomo uma redução no custo de manufatura da ordem específica.

2. A correção das 18 unidades defeituosas, com custo adicional debitado à ordem específica.

3. O custo adicional de reposição de 15 motores danificados por novos motores.

4. A venda dos motores danificados por $ 75 cada.

106 • CONTABILIDADE DE CUSTOS

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P 2-11 Apêndice JIT e Controle de CustosObjetivo 5

A Fixações Spencer produz 50.000 unidades por dia e o número médio de unidades emprocessamento é de 200.000. A porcentagem média anual de custo de manter estoques é de20%, e o valor médio de produtos em processo é de $ 1.000.000.

Pede-se:1. Determine o tempo de processamento.2. Calcule os custos anuais de manter estoques.3. Se a mesma produção diária pode ser alcançada enquanto se reduz o estoque de produ-tos em processo em 50%, determine o novo tempo de processamento.

4. O que aconteceu com a velocidade de produção na parte 3?5. Calcule os custos anuais de manter estoques para a parte 3.

P 2-12 Apêndice Custeio RetrocedidoObjetivo 5

A Companhia Crumm usa custeio retrocedido para contabilizar os seus custos de manufatu-ra. Os pontos gatilho para registrar transações no estoque são a compra de materiais e a vendade produtos acabados.

Pede-se:Prepare lançamentos de diário, se necessário, para contabilizar as seguintes transações:a. Comprou matérias-primas a prazo, $ 150.000.b. Requisitou matérias-primas para produção, $ 150.000.c. Distribuiu custos de mão-de-obra direta, $ 25.000.d. Incorreu em CIF, $ 100.000. (Use Créditos Diversos para a parte de crédito do lança-mento.)

e. Custo de produtos acabados, $ 275.000.f. Produtos acabados vendidos por $ 400.000, a prazo.

Capítulo 2 • CONTABILIDADE PARA MATERIAIS • 107

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Os custos da folha de pagamento da fábrica são divididos em duas categorias: mão-de-obra direta e mão-de-obra indireta. A mão-de-obra direta representa custos da folhade pagamento identificados diretamente com o produto. O custo da mão-de-obra direta

é debitado em Produtos em Processo. A mão-de-obra indireta consiste em custos de mão-de-obra incorridos por uma variedade de serviços relacionados ao processo de produção, mas nãoidentificável diretamente com os serviços individuais processados durante o período. Os custosde mão-de-obra indireta incluem salários e ordenados do superintendente da fábrica, superviso-res, zeladores, auxiliares de escritório, contadores da fábrica e apontadores de tempo. Os custosde mão-de-obra indireta são debitados em Custos Indiretos de Fabricação.

O sistema de contabilidade de um fabricante precisa incluir os seguintes procedimentospara registrar os custos da folha de pagamento:

OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM

Após estudar este capítulo, você dever estar apto a:

� Distinguir entre as características de planos salariais por hora e por peça.� Especificar procedimentos para controlar custos de mão-de-obra.� Contabilizar custos de mão-de-obra e encargos sobre a folha de pagamento.� Preparar provisões para rendimentos e encargos sobre a folha de pagamento.� Contabilizar problemas especiais do custeio de mão-de-obra.

Contabilidade da Mão-de-Obra

3

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Capítulo 3 • CONTABILIDADE DA MÃO-DE-OBRA • 109

1. O registro das horas trabalhadas ou a quantidade de produção por empregado no total, e porordem, processo ou departamento.

2. Análise das horas trabalhadas por empregados para determinar como o tempo deve ser debi-tado.

3. O débito dos custos da folha de pagamento para as ordens, processos, departamentos e con-tas de custos indiretos de fabricação.

4. Preparar a folha de pagamento, que envolve calcular e registrar os rendimentos brutos dosempregados, encargos sociais e deduções, e o rendimento líquido.

PLANOS DE REMUNERAÇÃO

Objetivo de Aprendizagem 1Distinguir entre as características de planos salariais por hora e por peça.

Salários de empregados são baseados nos planos que foram estabelecidos pela administra-ção, aprovados por sindicatos, se estiverem presentes, e que cumprem com os regulamentos deagências governamentais. Um fabricante pode ter muitas variações de planos salariais. Este capí-tulo cobre os planos salariais que são encontrados com mais freqüência, incluindo taxas por ho-ra, por peça e planos salariais modificados.

PLANOS DE TAXA POR HORA

Um plano de taxa por hora estabelece uma taxa definida por hora para cada empregado. O sa-lário de um empregado é calculado pela multiplicação do número de horas trabalhadas no perío-do de folha de pagamento pela taxa estabelecida por hora. O plano de taxa por hora é ampla-mente usado e é simples de aplicar. Críticos argumentam que ele não oferece nenhum incentivopara o empregado manter ou atingir um alto nível de produtividade. Um empregado é pago me-ramente por “estar à disposição” por um período estabelecido de tempo. O plano não dá ne-nhum reconhecimento ou prêmio extra por fazer mais do que o mínimo exigido para a posição.Proponentes do plano argumentam que já que a produtividade não é um fator importante paraeste plano, os empregados não serão tentados a sacrificar a qualidade do produto ao aumentar avelocidade de produção para ganhar um salário mais alto.Para ilustrar o plano de taxa por hora, suponha que um empregado ganha $ 10 por hora e traba-lha 40 horas por semana. A renda bruta do empregado deve ser de $ 400 (40 � $ 10 por hora).

PLANO DE TAXA POR PEÇA

Uma empresa que dá alta prioridade à quantidade produzida para cada trabalhador deve consi-derar o uso de um plano de incentivo salarial, como o plano de taxa por peça, que baseiaa renda na quantidade de produção do empregado. Para ilustrar, suponha que um operador demáquina ganhará $ 0,20 para cada peça acabada. Se o operador terminar 2.200 peças em uma se-mana, ele ganhará $ 440 ($ 0,20 � 2.200 peças). O plano oferece um incentivo para os emprega-dos realizarem um alto nível de produção, assim maximizando sua renda e também aumentandoas receitas da empresa. No entanto, uma deficiência séria desse tipo de plano é que ele pode en-

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110 • CONTABILIDADE DE CUSTOS

corajar o empregado a sacrificar a qualidade para poder maximizar os seus rendimentos, a nãoser que o plano esteja baseado somente em unidades boas. Além disso, taxas por peça não sãoapropriadas se as máquinas controlam a velocidade de produção.

PLANOS SALARIAIS MODIFICADOS

Os planos salariais modificados combinam algumas das características dos planos da ta-xa por hora e da taxa por peça. Um exemplo de plano salarial modificado seria o de estabelecerum salário mínimo por hora que será pago pela empresa mesmo se um empregado não atingiruma cota estabelecida da produção. Se a cota estabelecida for excedida, um pagamento adicio-nal por peça será somado ao nível mínimo de rendimento. Este tipo de plano dirige a atenção daadministração ao empregado que é incapaz de satisfazer as cotas estabelecidas.

Negociações entre a mão-de-obra e a administração criam muitas variações dos planos porhora e por peça. Essas variações ocorrem porque a administração deseja minimizar os custos emaximizar os lucros, enquanto a mão-de-obra tenta maximizar a renda do empregado.

Para ilustrar um plano salarial modificado, suponha que um empregado ganha $ 10 por ho-ra por até 100 unidades de produção por dia. O empregado que produz mais de 100 unidadespor dia receberá uma taxa por peça adicional de $ 0,80 por unidade [($ 10 � 8 horas)/100 unida-des]. Quando o empregado produzir menos do que 100 unidades, a diferença, muitas vezes cha-mada de composição garantida, será cobrada de Custos Indiretos de Fabricação em vez deProdutos em Processo, porque representa um custo de produção ineficiente, em vez de um cus-to necessário dos serviços processados.

Suponha que a produção e a renda semanal de um empregado seja como a seguir:

Peças Renda Renda Renda naHoras Acabadas a $ 10 por a $ 0,80 por Composição Folha de

Trabalhadas (Cota de 100) Hora Unidades Garantida Pagamento

Seg. 8 120 $ 80 $ 96 $ 96Ter. 8 90 80 72 $ 8 80Qua. 8 80 80 64 16 80Qui. 8 110 80 88 88Sex. 8 80 80 64 16 80

40 $ 400 $ 384 $ 40 $ 424

O empregado ganhou $ 384 com base na taxa por peça, mas a garantia diária de $ 80 pordia compensou os dias em que o empregado não conseguiu atingir a cota. Uma composição ga-rantida de $ 40 é debitada em Custos Indiretos de Fabricação porque o empregado não satisfeza cota na Terça-feira ($ 8), Quarta-feira ($ 16), e Sexta-feira ($ 16). A distribuição da folha de pa-gamento para a semana seria como a seguir:

D – Produtos em Processo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 384D – CIF . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 40

C – Folha de Pagamento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 424Distribuição da folha de pagamento.

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Capítulo 3 • CONTABILIDADE DA MÃO-DE-OBRA • 111

Se o número de peças acabadas depende de um esforço em grupo, então um plano de in-centivo único para o grupo seria o mais apropriado. Ultimamente, os fabricantes dos EUA têmadotado o conceito de equipes de trabalho de produção, onde a produção depende decontribuições feitas por todos os membros da equipe de trabalho ou departamento. Os saláriospodem ser computados de maneira parecida à ilustração anterior, exceto que o bônus da taxapor peça seria compartilhado por todos os membros do grupo. O Exemplo do Mundo Real naPágina (112) ilustra um bônus em grupo, ou plano de compartilhar ganhos, em uma em-presa de caixas.

CONTROLANDO CUSTOS DE MÃO-DE-OBRA

Objetivo de Aprendizagem 2Especificar procedimentos para controlar custos de mão-de-obra.

Os departamentos de registros de tempo e de folha de pagamento têm a responsabilidadede manter os registros da mão-de-obra. As funções de registro de tempo e de folha de pagamen-to podem ser estabelecidas como departamentos separados, ou organizadas como subdivisõesde um único departamento. Em qualquer dos casos, devem funcionar como unidades indepen-dentes para fornecerem uma verificação interna da exatidão dos cálculos e registros dos custosde mão-de-obra.

O departamento de registro de tempo contabiliza o tempo gasto pelos empregadoshoristas na fábrica. O objetivo geral do departamento é determinar o número de horas que de-vem ser pagas e o tipo de trabalho executado pelos empregados durante o dia de trabalho.

O departamento de folha de pagamento calcula a renda bruta de cada empregado, aquantia de deduções e retenções, e a renda líquida que deve ser paga ao empregado.

As responsabilidades departamentais de registro de tempo e folha de pagamento incluemcompletar e manter os seguintes formulários e registros:

Registro de Tempo Folha de Pagamento

Cartão de ponto Registros de folha de pagamento

Registro de tempo Registros de renda dos empregados

Relatórios de produção Resumos da folha de pagamento

CARTÃO DE PONTO E REGISTRO DE TEMPO

Um cartão de ponto é fornecido para cada empregado da empresa que precisa usar umrelógio de ponto. O cartão fornece um registro da quantidade total de horas que o empregadopassa na fábrica. O cartão pré-impresso contém informações como o nome do empregado, o nú-mero do CPF, o número do departamento, o número do relógio e a semana ou o período de pa-gamento. O cartão completado mostra a hora que um empregado começou e parou de trabalharem cada dia, e o total de horas normais e extras que ele teve para o período. O número do reló-gio também identifica o empregado nos registros de folha de pagamento. A Figura 3-1 mostraum exemplo de cartão de ponto.

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112 • CONTABILIDADE DE CUSTOS

EXEMPLO DO MUNDO REAL

COMPARTILHANDO OS GANHOS EM UMA EMPRESA DE CAIXAS

Uma empresa de Missouri que emprega aproximadamente 180 operários, e que fa-brica caixas de papelão corrugado, contêineres de embarque, embalagens internas e mos-tradores ilustra como o compartilhamento dos ganhos funciona na prática. Sob a pressãodos clientes de um fabricante de equipamento original (FEO) para abaixar os preços, oprodutor de caixas foi forçado a empurrar a sua força de trabalho para uma produtividademais alta para poder cortar custos unitários, assim permitindo preços mais baixos.

O projeto de compartilhamento dos ganhos começou com um exame dos registrosde produção da empresa durante os últimos dois anos. Essa análise profunda descobriuque os custos de mão-de-obra (incluindo supervisão, engenharia da fábrica, programaçãoe toda a mão-de-obra indireta) pairavam em torno de 37% do custo total. Quer dizer, paracada $ 1 milhão de produtos corrugados, $ 370.000 iam para despesas relacionadas a mão-de-obra. O objetivo era cortar esses custos.

Com um pouco de ajuda de peritos, a empresa foi em frente e projetou uma fórmu-la para premiar a força de trabalho por conseguir abaixar os custos de mão-de-obra. A fór-mula envolvida convenceu os trabalhadores de que se eles trabalhassem mais duro, maisinteligentemente, mais organizados e com mais cuidado, reduzindo os custos de mão-de-obra (digamos) para $ 300.000, as economias seriam de $ 70.000 sobre o próximo $ 1milhão de rodada de produção. A economia (ganhos) naquele período seria compartilha-da por igual: $ 35.000 para os trabalhadores, com um bônus de $ 194,44 para cada empre-gado, e uma economia de $ 35.000 para a empresa. Os bônus dos empregados estavamalém da taxa salarial normal.

O padrão de produtividade foi estabelecido por uma investigação cuidadosa de ex-periências passadas, mostrando quantas horas eram necessárias para a combinação deprodução média com volume de produção (boa). Um típico período básico foi escolhidopara servir como padrão. O fato de que experiências passadas envolveram uma combina-ção de produtos corrugados, contêineres e mostradores que não duplicavam exatamentea série atual de produção de produtos corrugados, não apresentava nenhum problema.Os registros mostravam que a combinação se mantinha relativamente constante. Os ele-mentos em comum – horas trabalhadas pela equipe ou unidades monetárias despendidasem mão-de-obra – podiam ser extraídos e ainda servir como padrão.

Woodruff Imberman, “Is Gainsharing the Wave of the Future?” Management Accounting (nov. 1995), p. 35-9.

Cada entrada da fábrica pode ser uma estação de cartão de ponto com relógios de ponto eum porta-cartões para cartões de ponto para os empregados designados para aquela entrada. Ocartão de ponto deve mostrar o horário de entrada e saída de cada empregado. Atualmente, re-gistradores automáticos de tempo e cartões de ponto estão sendo substituídos por tecnologiade códigos de barras. Códigos de barras são símbolos que podem ser processados eletronica-mente para identificar números, letras, ou caracteres especiais. Cada empregado recebe um car-tão de identificação com um código de barras que é lido por escaneadores óticos (coletoreseletrônicos) posicionados nas entradas das fábricas, assim registrando os horários de entrada esaída no banco de dados do computador.

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Capítulo 3 • CONTABILIDADE DA MÃO-DE-OBRA • 113

Figura 3-1 Cartão de Ponto do Empregado

Nome:CPF:

Núm. do Departamento: 04 Núm. do Relógio: 2316Semana Encerrada em: 16/02Autorizado: Sé da Zilva

Dia Entrada Saída Entrada Saída Total Apenas parauso da folha depagamento

Seg.Ter.Qua.Qui.Sex.Sáb.Dom.

Normais Taxa Normais Horas Total15,00/hora 39,5/hora 592,50

Extras Extras

Ao se apresentar a uma estação de trabalho, o empregado recebe um registro de horas(Figura 3-2) para registrar as horas trabalhadas em tarefas específicas. As horas gastas em cada ta-refa podem ser entradas manualmente no registro de horas pelo empregado, um supervisor deprodução, ou um indivíduo do departamento de registro de tempo. Muitas empresas têm termi-nais de computador localizados pela fábrica que, quando usados em conjunto com a tecnologiade código de barras, podem entrar as distribuições de tempo do empregado diretamente nocomputador sem a necessidade de uma cópia impressa.

Figura 3-2 Registro de Tempo (Diário)

Nome: Sé da Zilva Núm. do Relógio: 2316Departamento: 04

Serviço ou Hora Hora Apenas para Uso da

Tipo de de deHoras Trabalhadas Folha de Pagamento

Trabalho Início Parada Normais Extras Taxas TotalNorm. Extras Ganho

402 8:00 12:00 4 15,00 60 00437 1:00 4:00 3 15,00 45 00

Reparo de 4:00 5:00 1 15,00 15 00Máquina

Data: Assinado por:Empregado

Aprovado por:Supervisor

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114 • CONTABILIDADE DE CUSTOS

O registro de tempo mostra os horários de início e de parada do empregado em cada ser-viço, a taxa de pagamento e o total de renda. Quando ocorrem transferências de serviços duran-te o dia, as horas de transferências para, e de, serviços diferentes, são anotadas no registro. Ashoras de mão-de-obra anotadas no registro de tempo devem ser aprovadas por um supervisorporque o registro é o documento fonte para a alocação do custo de mão-de-obra nas ordens oudepartamentos no razão de custos e no razão de custos indiretos de fabricação. A preparação deregistros de tempo separados ou por unidade para cada ordem ou operação na qual um empre-gado trabalha pode ser um requisito do sistema contábil (Figura 3-3). Cores diferentes podemser escolhidas para esses registros de tempo para facilitar a classificação dos registros nas catego-rias de mão-de-obra direta ou indireta.

Depois que o empregado bate o ponto para entrar, o apontador de horas coleta os regis-tros de tempo do dia anterior dos supervisores, e compara os registros de tempo e cartões deponto. O propósito dessa comparação é determinar se todo o tempo gasto pelo empregado nafábrica está justificado. O total de tempo trabalhado, como demonstrado no cartão de ponto doempregado, deve corresponder ao tempo relatado no registro de tempo. As discrepâncias de-vem ser investigadas imediatamente. Se o cartão de ponto mostrar mais horas do que o registrode tempo, a diferença é relatada como tempo ocioso. Algumas empresas comparam registros detempo com os cartões de ponto no final de cada turno em vez de esperar até o dia seguinte. Des-sa forma, relatórios precisos sobre eficiência podem ser preparados à noite e estarão disponíveispara o supervisor no início do dia seguinte.

O empregador precisa compensar o empregado pelo tempo gasto em tarefas designadas.Quando o tempo não é totalmente utilizado, o empregador sofre uma perda como se um furtode algum bem tangível tivesse acontecido. Portanto, se o tempo gasto na fábrica não foi produti-vo, o tempo ocioso, junto com os motivos pelos quais ocorreu, deve ser registrado.

Figura 3-3 Registro de Tempo (Unidades)

Departamento Núm. do Relógio Nome04 2316 Sé da Zilva

Ordem Descrição do Trabalho Engrenagem de 3 HP402 Camisa Semi-acabada

Apenas para Uso da Folha de Pagamento

Parada Horas Extras Quantidade Total12:00

Início Horas Normais8:00 4 15,00 60,00

Data: 14/02

Assinado:Empregado

Aprovado:Supervisor

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Depois que os cartões de ponto e registros de tempo foram comparados, os cartões sãodevolvidos para os porta-cartões e os registros de tempo são encaminhados para a folha de pa-gamento. As taxas de pagamento são lançadas e a renda bruta do empregado é computada e re-gistrada nos registros de tempo. No final da semana, os cartões de ponto são removidos dos por-ta-cartões, e o total de horas trabalhadas pelo empregado é computado e registrado. Os cartõessão então enviados para a folha de pagamento onde a taxa de pagamento e a renda bruta são re-gistradas nos cartões de ponto e nos registros de folha de pagamento. Então, os cartões são ar-quivados pelo nome ou número do empregado.

Relatórios de produção individual são usados em vez de registros de tempo quando oscustos de mão-de-obra são computados usando taxas por peças. Para cada empregado, um rela-tório diário é preparado, mostrando as tarefas de trabalho por número de serviço, ou tipo de tra-balho executado, e o número total de unidades acabadas. Depois da aprovação do supervisor, orelatório é enviado para a folha de pagamento para computar a renda.

DEPARTAMENTO DA FOLHA DE PAGAMENTO

A responsabilidade primária do departamento da folha de pagamento é de computar os or-denados e salários dos empregados. Isso envolve combinar os ordenados diários, determinar arenda total e computar deduções e retenções para cada empregado.

O departamento precisa manter informações atuais com relação aos requisitos regulamenta-dores que envolvem ordenados e salários porque uma quantia específica dos ordenados do empre-gado está sujeita a deduções na fonte para o imposto de renda e INSS (Instituto Nacional da Seguri-dade Social; veja Anexo, relativo à legislação brasileira ao final deste capítulo). Deduções adicionais,aprovadas pelo empregado, podem ser tiradas para prêmios de seguro em grupo, contribuições sin-dicais, contribuições para alguma anuidade que serve como abrigo fiscal, e assim por diante.

Registros da Folha de Pagamento. Formulários usados para registrar informações sobre arenda podem variar consideravelmente de uma empresa para outra; no entanto, todos os formulá-rios têm algumas características em comum. O registro da folha de pagamentomostrado na Fi-gura 3-4 é para o período encerrado em 16 de fevereiro e fornece informações típicas. Este registromonta e resume os dados da folha de pagamento de cada período, e serve como um registro sub-sidiário para a preparação de um lançamento no diário geral. Por exemplo, o lançamento para re-gistrar os dados da folha de pagamento que constam na Figura 3-4 seriam como a seguir:

D – Folha de Pagamento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1.840,50C – INSS – Encargos Sociais a Pagar. . . . . . . . . . . . . . . . . . 147,24C – Imposto de Renda Retido na Fonte dos

Empregados a Recolher . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 386,11C – Assistência Médica a Pagar . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 120,00C – Contas a Receber de Empregados . . . . . . . . . . . . . . . . . 50,00C – Salários a Pagar . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1.137,15

Reconhecimento da folha de pagamento incorrida.

Registros de Renda dos Empregados. Além do registro da folha de pagamento, o de-partamento da folha de pagamento mantém um registro para a renda de cada empregado. A Fi-gura 3-5 mostra um registro de renda dos empregados. Esse registro cumulativo da rendados empregados é necessário para computar a quantia de renda do empregado que está sujeitaaos encargos sociais e outros impostos sobre a folha de pagamento.

Capítulo 3 • CONTABILIDADE DA MÃO-DE-OBRA • 115

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116 • CONTABILIDADE DE CUSTOS

Figura

3-4

Registroda

folhade

pagamento

ParaoPeríodoEncerradoem16/02/20––

RENDIMENTOS

NOME

NÚM.RELÓGIO

C/S

NUM.DE

TAXA

NORMAIS

EXTRAS

RENDIMENTO

DEPENDENTES

Horas

TotalHoras

Total

TOTAL

Donovan,P.

1987

C0

14,00

40,0

560,00

000,00

560,00

Fry,R.

2403

C2

16,00

40,0

640,00

248,00

688,00

Zilva,S.

2316

S1

15,00

39,5

592,50

000,00

592,50

RETENÇÕES

DEDUÇÕES

PAGAMENTOLÍQUIDO

RendimentosBasede

EncargosSociais

ImpostodeRenda**

NúmerodoCheque

TotaldoCheque

Cálculo–INSS

doINSS*

Federal

Estadual

Municipal

SegurodeSaúde

Outras

560,00

44,80

84,00

28,00

5,60

40,00

8441

357,60

688,00

55,04

103,20

34,00

6,88

40,00

50,00-vale

8442

398,88

592,50

47,40

88,88

29,62

5,93

40,00

8443

380,67

**N

.do

R.O

sen

carg

osso

ciai

sre

colh

idos

aoIN

SS,n

oBra

sil,

corr

espo

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N.d

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Ren

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l.

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Capítulo 3 • CONTABILIDADE DA MÃO-DE-OBRA • 117

FIigura

3-5

Registrode

rendadosem

pregados

16/02/20––

NúmerodoRelógio:2316

NomedoEmpregado:SédaZilva

NúmerodoCPF:123.456.789-87

EstadoCivil:S

NúmerodeDependentes:1Sexo:M

Departamento:OficinadeRetificação

Cargo:OperadorDatadeNascimento:04/04/47

Período

Data

Normais

Extras

Renda

Seguro

Núm.do

Núm.19XX

Taxa

Horas

Total

Horas

Total

Total

INSS

FederalEstadualMunicipaldeSaúdeOutrosCheque

Total

105/0114,40

40576,00

576,00

43,20

86,40

28,80

5,76

40,00

7971

371,84

716/0215,00

39,5

592,50

592,50

47,40

88,88

29,62

5,93

40,00

8443

380,67

TotalTrimestre

4096,00

306,00

4402,00330,15

660,30

220,10

44,02

280,00

50,00

2817,43

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118 • CONTABILIDADE DE CUSTOS

Pagamento da Renda Líquida. O departamento da folha de pagamento envia o registroda folha de pagamento (Figura 3-4) para o escritório do tesoureiro, que é responsável por fazeros pagamentos aos empregados. Normalmente, a renda é paga em cheque ou crédito em contabancária. Um cheque para a quantia total a ser paga é emitido para criar um fundo especial da fo-lha de pagamento do qual os empregados serão pagos. A conta especial é usada somente para afolha de pagamento, e os cheques individuais da folha de pagamento, quando descontados, sãocobrados da conta especial. Pode-se estabelecer uma nova conta da folha de pagamento para ca-da período da folha, numerando as contas seqüencialmente. Os cheques emitidos para cada pe-ríodo da folha podem então ser identificados como pertencendo a um período especial da folhade pagamento. Esse sistema facilita a reconciliação dos extratos bancários. O lançamento para re-gistrar o pagamento líquido aos empregados seria como a seguir:

D – Salários a Pagar. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1137,15C – Bancos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1137,15

Pagamento aos empregados.

Nas raras ocasiões em que os pagamentos aos empregados são feitos em dinheiro, um che-que é descontado para a quantia total da renda líquida. O dinheiro é então dividido em quantiasganhas por empregado individual. Essas quantias em dinheiro são colocadas em envelopes e dis-tribuídas aos empregados. O recibo ou a assinatura do empregado é o reconhecimento de quefoi pago e quitado. Hoje em dia, muitos empregadores permitem que os empregados autorizemo depósito eletrônico direto de sua renda líquida nas suas contas correntes.***

Agora, você deve estar apto a resolver o seguinte: Questões 1-10; Exercícios 3-1 a3-3; e Problema 3-1.

CONTABILIZANDO CUSTOS DE MÃO-DE-OBRA E IMPOSTOSE ENCARGOS SOCIAIS SOBRE FOLHA DE PAGAMENTO DOSEMPREGADORES

Objetivo de Aprendizagem 3Contabilizar custos de mão-de-obra e encargos sobre a folha de pagamento.

Para todos os empregados horistas normais, as horas trabalhadas devem ser registradas emum registro de tempo ou em um relatório individual de produção. Os registros de tempo e rela-tórios de produção são enviados diariamente para a folha de pagamento. O departamento da fo-lha de pagamento coloca as taxas de pagamento e a renda bruta e envia os relatórios para a con-tabilidade. Os contadores de custos separam os registros de tempo e os relatórios de produção,e debitam os custos de mão-de-obra às ordens e departamentos apropriados, bem como aoscustos indiretos de fabricação. Essa análise dos custos da mão-de-obra é registrada em um resu-mo dos custos de mão-de-obra (Figura 3-6) no razão de custos por ordem, e no razão de cus-tos indiretos de fabricação.

*** N. do R. A rigor, o crédito em conta bancária por depósito comprova o pagamento ao empregado. Mas a Legislação exigeque a empresa mantenha em registros a quitação como comprovante, que são os Recibos de Pagamento. O comprovantede depósito em conta bancária é aceito como comprovante de quitação segundo o artigo 464 da CLT, parágrafo único,acrescentado pela lei 9.528/97.

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Capítulo 3 • CONTABILIDADE DA MÃO-DE-OBRA • 119

Figura 3-6 Resumo de Custos de Mão-de-obra

Resumo de Custos de Mão-de-obra

Departamento Mês Encerrado em

Débito DébitoProdutos em Processo Custos indiretos de Crédito

Data (Mão-de-obra direta fabricação (Mão-de-obra Folha de Pagamento— horas normais) indireta e prêmio (Total)

por horas extras)

14/05 11.050 00 1.950 00 13.000 00

28/05 13.000 00 2.600 00 15.600 00

31/05 3.900 00 780 00 4.680 00

Empregados mensalistas, como supervisores de departamentos, não precisam bater o pon-to ou preparar registros de tempo diários. A folha de pagamento envia uma lista de empregadosmensalistas para a contabilidade mostrando os nomes dos empregados, a natureza do trabalhoexecutado e os salários. O departamento de contabilidade registra a renda no resumo de custosde mão-de-obra e em contas do razão de custos indiretos de fabricação, porque os empregadosmensalistas da fábrica são mão-de-obra indireta.

O resumo dos custos de mão-de-obra se torna a fonte para fazer um lançamento no diáriogeral para distribuir a folha de pagamento às contas apropriadas:

D – Produtos em Processo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27.950D – CIF . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5.330

C – Folha de Pagamento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 33.280Distribuição da folha de pagamento.

O lançamento é então contabilizado para as contas de controle, Produtos em Processo eCustos Indiretos de Fabricação, no razão geral. Os registros de tempo e os relatórios individuaisde produção foram usados para registrar os custos de mão-de-obra nos razões subsidiários decusto por ordem e razões de CIF e no resumo de custos de mão-de-obra. Portanto, o débito pa-ra a conta de controle de produtos em processo deve ser igual ao custo de mão-de-obra diretadebitado nas ordens, e o débito da conta de controle de CIF deve ser igual aos custos de mão-de-obra registrados no razão de CIF da fábrica.

Ao preparar o resumo de custos de mão-de-obra dos registros de tempo, qualquer hora ex-tra precisa ser separada do tempo normal do empregado porque o tratamento contábil pode serdiferente para cada tipo de pagamento. Horas normais, trabalhadas por mão-de-obra direta, sãodebitadas em Produtos em Processo. Pagamento de horas extras pode ser debitado em Produtos

31 de maio de 20 – –Oficina de Retificação

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em Processo, Custos Indiretos de Fabricação, ou alocado parcialmente em Produtos em Proces-so e parcialmente em Custos Indiretos de Fabricação. A distribuição de horas extras depende dascondições que criam a necessidade por horas extras.

Se um empregado trabalha além do tempo normalmente programado, mas é pago a umataxa horária normal, o pagamento extra é chamado de pagamento de horas extras. Se umataxa adicional for permitida para as horas extras trabalhadas, a taxa adicional recebida é chama-da de prêmio por horas extras. Essa taxa prêmio é somada à taxa normal do empregado pe-las horas adicionais trabalhadas. Muitas vezes, a taxa prêmio é a metade da taxa normal, resul-tando em uma taxa total por hora que equivale a 150% da taxa normal. Sob essas circunstâncias,o pagamento de horas extras muitas vezes é chamado de pagamento de “tempo e meio”. Em al-guns casos, o prêmio por horas extras pode ser igual à taxa normal, resultando em pagamento“dobrado”.

Para ilustrar como uma folha de pagamento é computada onde um prêmio por horas ex-tras é um fator, suponha que um empregado normalmente ganha $ 10 por hora para um dia de8 horas. Se vier a ser chamado para trabalhar mais do que 8 horas em um dia de trabalho, a em-presa paga tempo e meio pelas horas extras. Supondo que o empregado trabalha 12 horas na se-gunda-feira, a renda seria computada como a seguir:

Mão-de-obra direta – 8 horas a $ 10 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 80Mão-de-obra direta – 4 horas a $ 10 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 40Custos indiretos de fabricação (prêmio por horas extras) –4 horas a $ 5 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20 60

Renda Total . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 140

A análise acima mostra que a taxa normal de pagamento foi usada para debitar Produtos emProcesso pelo custo da mão-de-obra direta de $ 120. A taxa adicional foi usada para calcular ocusto de $ 20 pelas horas extras, que foi debitado em CIF. Como o débito do prêmio por horasextras é para a conta de CIF, todas as ordens processadas durante o período recebem o custodos prêmios sobre horas extras pago. Se o contrato por ordem estipulasse que era um pedido deurgência e os prêmios por horas extras resultassem das limitações de tempo no contrato, seriaapropriado debitar o prêmio pago à ordem específica processada durante o período de horas ex-tras, em vez de para uma conta de CIF.

ENCARGOS SOCIAIS DO EMPREGADOR

Os encargos sociais sobre a folha de pagamento cobrados de empregadores incluemos encargos sociais previdenciários e os impostos federais e estaduais de seguro desemprego.Periodicamente, os empregadores precisam declarar e pagar os impostos para as agências do go-verno apropriadas. Empregadores que deixam de apresentar as declarações exigidas ou de pagaros impostos devidos estão sujeitos a penalidades cíveis, e em alguns casos criminais.

A Lei Federal de Contribuições de Seguro Previdenciário (FICA) requer que os em-pregadores paguem contribuições sociais de previdência social sobre salários e ordenados iguaisà quantia retida da renda de empregados. Portanto, os empregadores e empregados comparti-lham por igual o custo do programa de previdência social. A FICA inclui uma contribuição socialpara financiar os programas federais para idosos, sobreviventes, seguro contra invalidez (OASDI– Old Age, Survivors and Disability Insurance) e o programa de Medicare (seguro de saúde pa-ra idosos). A legislação que governa a FICA é emendada com freqüência. As emendas mudam a

120 • CONTABILIDADE DE CUSTOS

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Capítulo 3 • CONTABILIDADE DA MÃO-DE-OBRA • 121

base salarial sujeita à FICA e a taxa percentual de contribuição a ser cobrada. Por exemplo, em1980, a taxa de contribuição para o empregador era de 6,13%, e a base salarial era de $ 25.900. Pa-ra 1997, a taxa de contribuição FICA era de 7,65% sobre os primeiros $ 65.400 em renda anual;renda acima dos $ 65.400 era taxada a 1,45% para o programa de Medicare. (Devido à incertezaque cerca tanto a taxa quanto a base salarial, uma taxa arbitrária de impostos FICA de 8% seráaplicada aos primeiros $ 70.000 de renda em todas as discussões, exemplos e problemas neste li-vro. Rendas acima dos $ 70.000 não serão taxadas. A taxa e base salarial arbitrárias que foram es-colhidas irão simplificar os cálculos de contribuições relativas à FICA, mas não são um prognós-tico de legislação futura que pode alterar o sistema de previdência social).****

A Lei Federal do Imposto para Seguro Desemprego (FUTA – Federal Unemploy-ment Tax Act) exige que os empregadores paguem uma taxa estabelecida de contribuições so-bre salários e ordenados para fornecer compensação aos empregados caso sejam demitidos deseus empregos normais. Para 1998, os empregadores estavam sujeitos a uma contribuição de6,2%, que pode ser reduzida para 0,8% como crédito por um imposto estadual para seguro de-semprego, sobre os primeiros $ 7.000 de salários e ordenados pagos a cada empregado duranteo ano civil.

No entanto, na verdade, benefícios de desemprego são pagos por estados individuais e nãopelo governo federal. Desde 1998, a máxima taxa estadual reconhecida pelo sistema federal deseguro desemprego era de 5,4% sobre os primeiros $ 7.000 de renda anual de cada empregado,destinada ao governo estadual a fim de acumular fundos para pagar por compensação de desem-prego. Cada estado tem as suas próprias leis sobre impostos para o seguro desemprego, embo-ra tais leis precisem estar em conformidade com certos requisitos estabelecidos sob a FUTA. Astaxas de impostos e as bases salariais variam entre os estados, e a quantia real de impostos fede-rais e estaduais para o seguro desemprego que são pagos depende de diversos fatores, incluin-do uma taxa de experiência para um empregador que fornece emprego estável que pode resul-tar em uma taxa estadual substancialmente abaixo do máximo de 5,4%. (Devido à variação entreos estados, e devido ao fato de os impostos FUTA serem sujeitos a emendas, os exemplos, exer-cícios e problemas neste livro irão supor uma taxa de 4% para os impostos estaduais e uma taxade 1% para os impostos federais. Essas taxas de imposto serão aplicadas aos primeiros $ 8.000 derenda anual de um empregado.

Os impostos sobre a folha de pagamento do empregador são diretamente relacionadosaos custos da mão-de-obra direta e da mão-de-obra indireta, e teoricamente devem ser debita-dos nessas categorias de custos de mão-de-obra. No entanto, devido à despesa e ao tempo adi-cional que tais alocações exigiriam, normalmente é mais prático registrar todos os impostos dafolha de pagamento relacionados à fábrica como custos indiretos de fabricação. O lançamentopara registrar os impostos da folha de pagamento para a folha de pagamento na Figura 3-4, su-pondo que nenhum empregado excedeu o máximo para impostos para o seguro desemprego,seria o seguinte:

D – Custos Indiretos de Fabricação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 239,27C – Encargos Sociais a Paga . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 147,24C – Encargos Sociais para Seguro Desemprego a Pagar . . . . 18,41C – Encargos Sociais Estaduais para Seguro Desemprego a Pagar 73,62

Reconhecimento de encargos sociais da folha de pagamento.

**** N. do R. Veja Anexo sobre a Legislação Brasileira ao final deste capítulo.

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ILUSTRAÇÃO DA CONTABILIDADE DE CUSTOS DE MÃO-DE-OBRA

A Companhia de Manufatura Morton paga os seus empregados a cada duas semanas. Se-gunda-feira, dia 1 de maio, é o início de um novo período da folha de pagamento. A empresamantém os seguintes registros:

Registro da folha de pagamentoRegistros de renda dos empregadosDiário geralRazão geralRazão do custo por ordemRazão de custos indiretos de fabricação

A Morton usa as seguintes contas do razão geral na contabilidade de custos de mão-de-obra:

CaixaProdutos em ProcessoSalários a PagarEncargos Sociais (FICA) (INSS) a PagarImposto de Renda Retido na Fonte a RecolherSeguro Desemprego Federal (FUTA) a PagarSeguro Desemprego Estadual (SUTA) a PagarPrêmios de Seguro de Saúde a PagarFolha de PagamentoCustos Indiretos de FabricaçãoSalários de VendasSalários AdministrativosDespesa de Encargos Sociais sobre Folha de Pagamento – Salários de VendasDespesa de Encargos Sociais sobre Folha de Pagamento – Salários Administrativos

As taxas de encargos sociais sobre a folha de pagamento e de retenção, e as bases salariaisque são aplicáveis seguem:

TaxasSalários/

Retenção do Enc. Sociais do OrdenadosEmpregado Empregador Anuais

Sujeitos aEncargos

Imposto de renda federal . . . . . . . . . . . Progressivo* 100%INSS (FICA). . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8% 8% $ 70.000Seguro desemprego federal . . . . . . . . . 1% $ 8.000Seguro desemprego estadual . . . . . . . . 4% $ 8.000

* Retenções de imposto de renda federal são determinadas de tabelas. Impostos de renda estaduais e municipais não sãomostrados neste exemplo.

O seguinte resumo da folha de pagamento é preparado pelo departamento da folha de pa-gamento e enviado para a contabilidade para ser lançado:

122 • CONTABILIDADE DE CUSTOS

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Capítulo 3 • CONTABILIDADE DA MÃO-DE-OBRA • 123

Resumo da Folha de PagamentoPara o Período de 1-14 de Maio

EmpregadosEmpregados Administrativosda Fábrica e de Vendas Total

Renda bruta. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 100.000 $ 30.000 $ 130.000Retenções e deduções:INSS (FICA) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 8.000 $ 2.400 $ 10.400Imposto de renda . . . . . . . . . . . . . . . 11.250 3.500 14.750Prêmios de seguro de saúde . . . . . . . . 2.100 700 2.800Total . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 21.350 $ 6.600 $ 27.950

Renda líquida . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 78.650 $ 23.400 $ 102.050

Após verificar os dados, um lançamento no diário geral registra a folha de pagamento:

(A) D – Folha de Pagamento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 130.000C – Encargos Sociais a Pagar . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10.400C – Imposto de Renda dos Empregados a Pagar . . . . . . . 14.750C – Prêmios de Seguro de Saúde a Pagar . . . . . . . . . . . 2.800C – Salários a Pagar . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 102.050Folha de pagamento incorrida no período encerrado em 14 de maio.

Para registrar o pagamento da renda líquida aos empregados, o seguinte lançamento preci-sa ser feito:

(B) D – Salários a Pagar . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 102.050C – Caixa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 102.050Pagamento da folha de pagamento para o período encerrado em 14 de maio.

O seguinte resumo dos custos de mão-de-obra e resumo dos encargos sociais sobre a folhade pagamento fornece as informações necessárias para distribuir o total da folha de pagamentode $ 130.000 para as contas apropriadas e para registrar os encargos sociais patronais sobre a fo-lha de pagamento para o período.

Programação de Renda e Impostos sobre a Folha de Pagamentopara o Período de 1-14 de Maio da Folha

Encargos Sociais doTotal Seguro Desemprego

de EncargosRenda INSS Federal Estadual Sobre a

Empregados Bruta 8% 1% 4% FolhaNão de Fábrica

Vendas . . . . . . . . . . . . . . . . $ 20.000 $ 1.600 $ 200 $ 800 $ 2.600

Administrativas . . . . . . . . . . 10.000 800 100 400 1.300

$ 30.000 $ 2.400 $ 300 $ 1.200 $ 3.900

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Empregados da FábricaMão-de-obra Direta:Normais . . . . . . . . . . . . . $ 85.000 $ 6.800 $ 850 $ 3.400 $ 11.050Prêmios/Horas Extras. . . . 10.000 800 100 400 1.300

Mão-de-obra Indireta . . . . . . 5.000 400 50 200 650. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 100.000 $ 8.000 $ 1.000 $ 4.000 $ 13.000Total . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 130.000 $ 10.400 $ 1.300 $ 5.200 $ 16.900

As distribuições da folha de pagamento e dos encargos sociais do empregador sobre a fo-lha de pagamento são registradas da seguinte maneira:

(C) D – Produtos em Processo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 85.000C – Custos Indiretos de Fabricação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15.000*D – Salários de Vendas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20.000D – Salários Administrativos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10.000

C – Folha de Pagamento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 130.000Folha de pagamento distribuída para o período encerrado em 14 de maio.

* Prêmio de horas extras ($ 10.000) + mão-de-obra indireta da fábrica ($ 5.000)

(D) D – Custos Indiretos de Fabricação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13.000**D – Despesa de Encargos Sociais sobre Folha de Pagamento /

Salários de Vendas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2.600***D – Despesa de Encargos Sociais sobre Folha de Pagamento /

Salários Administrativos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1.300****C – Encargos Sociais a Pagar . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10.400C – Seguro Desemprego Federal a Pagar . . . . . . . . . . . . 1.300C – Seguro Desemprego Estadual a Pagar . . . . . . . . . . . 5.200Encargos sociais sobre a folha de pagamento do empregador reconhecidos para operíodo encerrado em 14 de maio.

** FICA ($ 8.000) + FUTA ($ 1.000) + SUTA ($ 4.000)*** FICA ($ 1.600) + FUTA ($ 200) + SUTA ($ 800)**** FICA ($ 800) + FUTA ($ 100) + SUTA ($ 400)

A seguir estão as contas do razão geral que refletem os lançamentos relacionados ao perío-do da folha de pagamento de 1-14 de maio:

Caixa Produtos em Processo

(B) 102.050 (C) 85.000

Salários a Pagar Enc. Sociais (FICA) a Pagar

(B) 102.050 (A) 102.050 (A) 10.400(D) 10.400

124 • CONTABILIDADE DE CUSTOS

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Capítulo 3 • CONTABILIDADE DA MÃO-DE-OBRA • 125

I IRR Fonte dos Empregados a Recolher FUTA a Pagar

(A) 14.750 (D) 1.300

SUTA a Pagar Prêmios de Seguro de Saúde a Pagar

(D) 5.200 (A) 2.800

Folha de Pagamento Custos Indiretos de Fabricação

(A) 130.000 (C) 130.000 (C) 15.000(D) 13.000

Salários de Vendas Salários Administrativos

(C) 20.000 (C) 10.000

Despesa de Encargos Sociais Sobre Despesa de Encargos Sociais Sobre FolhaFolha de Pagamento – Salários de Vendas de Pagamento – Salários Administrativos

(D) 2.600 (D) 1.300

O próximo período da folha de pagamento é de 15 de maio a 28 de maio. No final do perío-do de duas semanas, a seguinte programação é preparada para a folha de pagamento:

Resumo da Folha de Pagamento para o Período de 15-28 de MaioEmpregados

Empregados Administrativosda Fábrica e de Vendas Total

Renda bruta. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 120.000 $ 30.000 $ 150.000Retenções e deduções:Encargos sociais (FICA) . . . . . . . . . . . $ 9.600 $ 2.400 $ 12.000Imposto de renda . . . . . . . . . . . . . . . 13.000 3.500 16.500Prêmios de seguro de saúde . . . . . . . . 2.300 700 3.000Total. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 24.900 $ 6.600 $ 31.500

Renda líquida . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 95.100 $ 23.400 $ 118.500

Os dados da folha de pagamento são verificados, e um lançamento no diário geral é prepa-rado, como a seguir:

(E) D – Folha de Pagamento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 150.000C – Encargos Sociais a Pagar . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12.000C – IRR Fonte a Recolher . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16.500C – Prêmios de Seguro de Saúde a Pagar . . . . . . . . . . . . 3.000C – Salários a Pagar . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 118.500Folha de pagamento incorrida no período encerrado em 28 de maio.

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126 • CONTABILIDADE DE CUSTOS

O pagamento da renda líquida aos empregados requer o seguinte lançamento:

(F) D – Salários a Pagar . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 118.500C – Caixa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 118.500Folha de pagamento paga para o período encerrado em 28 de maio.

O seguinte resumo de custos de mão-de-obra e resumo dos encargos sociais sobre a folhade pagamento fornece as informações necessárias para distribuir o total da folha de pagamentode $ 150.000 para as contas apropriadas e para registrar os encargos sociais sobre a folha de pa-gamento do empregador para o período.

Programação de Renda e Encargos Sociais sobre Folha de Pagamentopara o Período de 15-28 de Maio da Folha

Encargos Sociais deSeguro Desemprego

Total deEncargosSobre a

Renda INSS Federal Estadual Folha deEmpregados Bruta 8% 1% 4% PagamentoNão de Fábrica

Vendas. . . . . . . . . . . . . . . . $ 20.000 $ 1.600 $ 200 $ 800 $ 2.600Administrativas . . . . . . . . . . 10.000 800 100 400 300

$ 30.000 $ 2.400 $ 300 $ 1.200 $ 3.900

Empregados de FábricaMão-de-obra Direta:Normais . . . . . . . . . . . . $ 100.000 $ 8.000 $ 1.000 $ 4.000 $ 13.000Prêmios/Horas Extras . . . 12.000 960 120 480 1.560

Mão-de-obra Indireta . . . . . . 8.000 640 80 320 1.040$ 120.000 $ 9.600 $ 1.200 $ 4.800 $ 15.600

Total. . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 150.000 $ 12.000 $ 1.500 $ 6.000 $ 19.500

A distribuição da folha de pagamento e encargos sociais sobre a folha de pagamento doempregador são registrados como a seguir:

(G) D – Produtos em Processo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 100.000D – Custos Indiretos de Fabricação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20.000*D – Salários de Vendas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20.000D – Salários Administrativos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10.000

C – Folha de Pagamento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 150.000Folha de Pagamento distribuída para o período encerrado em 28 de maio.

* Prêmio por horas extras ($ 12.000) + mão-de-obra indireta de fábrica ($ 8.000).

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(H) D – Custos Indiretos de Fabricação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15.600D – Despesa de Encargos Sociais sobre Folha de Pagamento /

Salários de Vendas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2.600D – Despesa de Encargos Sociais sobre Folha de Pagamento /

Salários Administrativos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1.300C – Encargos Sociais a Pagar . . . . . . . . . . . . . . . . . 12.000C – FUTA a Pagar . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1.500C – SUTA a Pagar . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6.000

Encargos sociais sobre folha de pagamento do empregador reconhecidos para o períodoencerrado em 28 de maio.

PROVISÕES SOBRE FOLHA DE PAGAMENTO

Objetivo de Aprendizagem 4Preparar provisões para rendimentos e encargos sobre a folha de pagamento.

Quando a data da demonstração financeira não coincide com a data de encerramento deum período da folha de pagamento, uma provisão para os rendimentos e despesas de encargossociais sobre folha de pagamento deve ser feita. As computações da provisão não incluirão as re-tenções dos empregados porque não afetam a renda do empregador ou os passivos totais a se-rem declarados. No entanto, os encargos sociais do empregador sobre a folha de pagamento sãoprovisionados para evitar a sub-avaliação de despesas e obrigações para aquele período.

O próximo período da folha de pagamento para a Companhia de Manufatura Morton co-meça no dia 29 de maio e encerra-se no dia 11 de junho. No entanto, as demonstrações financei-ras que devem ser preparadas para maio exigirão uma provisão para a renda e encargos sociaissobre folha de pagamento para o período de 29-31 de maio. A renda dos empregados e os im-postos sobre a folha de pagamento para o período de provisão são mostrados aqui, seguido pe-los lançamentos diários para registrar e distribuir a folha de pagamento acumulada e para regis-trar os encargos sociais do empregador sobre a folha de pagamento.

Programação de Renda e Encargos Sociais sobre a Folha de Pagamentopara o Período de 29-31 de Maio da Folha

Encargos Sociais deSeguro Desemprego

Total deEncargos

Renda INSS Federal Estadual Sobre aBruta 8% 1% 4% Folha de

Empregados Pagamentonão de Fábrica

Vendas. . . . . . . . . . . . . . . . $ 6.000 $ 480 $ 60 $ 240 $ 780Administrativas . . . . . . . . . . 3.000 240 30 120 390

$ 9.000 $ 720 $ 90 $ 360 $ 1.170

Capítulo 3 • CONTABILIDADE DA MÃO-DE-OBRA • 127

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128 • CONTABILIDADE DE CUSTOS

Empregados de FábricaMão-de-obra Direta:Normais . . . . . . . . . . . . $ 30.000 $ 2.400 $ 300 $ 1.200 $ 3.900Prêmios/Horas Extras . . . 4.000 320 40 160 520

Mão-de-obra Indireta . . . . . . 2.000 160 20 80 260$ 36.000 $ 2.880 $ 360 $ 1.440 $ 4.680

Total. . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 45.000 $ 3.600 $ 450 $ 1.800 $ 5.850

(I) D – Folha de Pagamento. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 45.000C – Salários a Pagar . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 45.000

Folha de pagamento incorrida para 29-31 de maio.

(J) D – Produtos em Processo. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30.000D – Custos Indiretos de Fabricação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6.000*D – Salários de Vendas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6.000D – Salários Administrativos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3.000

C – Folha de Pagamento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 45.000Folha de pagamento distribuída no período de 29-31 de maio.

* Prêmio por horas extras ($ 4.000) + mão-de-obra indireta ($ 2.000).

(K) D – Custos Indiretos de Fabricação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4.680D – Despesa de Encargos Sociais sobre Folha de Pagamento /

Salários de Vendas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 780D – Despesa de Encargos Sociais sobre Folha de Pagamento /

Salários Administrativos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 390C – Encargos Sociais a Pagar . . . . . . . . . . . . . . . . . 3.600C – FUTA a Pagar . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 450C – SUTA a Pagar . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1.800

Encargos sociais do empregador sobre folha de pagamento no período de 29-31 de maio.

Antes das transações de junho serem registradas, o lançamento para a provisão da folha depagamento deve ser revertido:

(L) D – Salários a Pagar . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 45.000C – Folha de Pagamento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 45.000

Reversão do lançamento de ajuste do dia 31 de maio da provisão da folha de pagamento.

A quantia ganha pelos empregados durante o período de 29-31 de maio é uma parte do to-tal de custos e despesas para produção, vendas e administração do mês de maio. No entanto, osempregados não serão pagos até o dia 11 de junho para o período da folha de pagamento de 29de maio a 11 de junho. O saldo credor na conta da folha de pagamento, criado pelo lançamentode reversão, assegurará que apenas os custos da folha de pagamento acumulados durante o pe-ríodo de 1 de junho a 11 de junho estejam incluídos nos custos de produção de junho, despesasde vendas e administração. As contas do razão irão parecer como as seguintes depois de conta-bilizar todos os lançamentos acima:

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Capítulo 3 • CONTABILIDADE DA MÃO-DE-OBRA • 129

Caixa Produtos em Processo

(B) 102.050 (C) 85.000(F) 118.500 (G) 100.000

(J) 30.000215.000

Salários a Pagar Encargos Sociais a Pagar

(B) 102.050 (A) 102.050 (A) 10.400(F) 118.500 (E) 118.500 (D) 10.400(L) 45.000 (I) 45.000 (E) 12.000

(H) 12.000(K) 3.600

48.400

IRR Fonte dos Empregados a Recolher FUTA a Pagar

(A) 14.750 (D) 1.300(E) 16.500 (H) 1.500

31.250 (K) 4503.250

SUTA a Pagar Prêmios de Seguro de Saúde a Pagar

(D) 5.200 (A) 2.800(H) 6.000 (E) 3.000(K) 1.800 5.800

13.000

Folha de Pagamento Custos Indiretos de Fabricação

(A) 130.000 (C) 130.000 (C) 15.000(E) 150.000 (G) 150.000 (D) 13.000(I) 45.000 (J) 45.000 (G) 20.000

325.000 (L) 45.000 (H) 15.600370.000 (J) 6.000

45.000 (K) 4.68074.280

Salários de Vendas Salários Administrativos

(C) 20.000 (C) 10.000(G) 20.000 (G) 10.000(J) 6.000 (J) 3.000

46.000 23.000

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130 • CONTABILIDADE DE CUSTOS

Despesa de Encargos Sociais Sobre Despesa de Encargos Sociais Sobre FolhaFolha de Pagamento – Salários de Vendas de Pagamento – Salários Administrativos

(D) 2.600 (D) 1.300(H) 2.600 (H) 1.300(K) 780 (K) 390

5.980 2.990

Agora, você deve estar apto a resolver o seguinte: Questões 11-17, Exercícios 3-4 a3-11; Problemas 3-2 a 3-9.

PROBLEMAS ESPECIAIS DE CUSTOS DE MÃO-DE-OBRA

Objetivo de Aprendizagem 5Contabilizar problemas especiais de custo de mão-de-obra.

Um empregador pode ser obrigado a justificar uma variedade de custos relacionados àmão-de-obra que não se enquadram na rotina normal de contabilidade de custos da folha de pa-gamento. Esses custos especiais podem incluir prêmios sobre turnos de trabalho, pensões, gra-tificações e pagamento de férias e feriados. Se encontrados, o empregador deve sistematicamen-te registrar e reconhecer cada um desses custos como um custo do processo de produção.Algumas empresas identificam os benefícios indiretos concedidos aos trabalhadores diretos coma ordem específica em processamento (Produtos em Processo), enquanto outras alocam os be-nefícios indiretos concedidos a todas as ordens trabalhadas durante o período (Custos Indiretosde Fabricação). Teoricamente, é mais correto rastrear os custos desses benefícios indiretos às or-dens específicas porque se trabalhadores com maiores salários, com os seus benefícios indire-tos, são exigidos para certas ordens, aquelas ordens devem também arcar com uma quantiamaior dos custos dos benefícios indiretos.

PRÊMIOS SOBRE TURNOS DE TRABALHO

Um turno de trabalho é definido como um período de trabalho regularmente progra-mado para um número designado de horas. Se uma empresa dividir cada dia de trabalho emdois ou três turnos de oito horas, os empregados trabalhando em turnos além do turno diur-no normal podem receber um pagamento adicional, chamado de um prêmio por turnos detrabalho. Por exemplo, suponha que uma empresa opera três turnos: o turno diurno, das8:00 às 16:00; o turno da tarde, das 16:00 à meia-noite; e o turno da noite, da meia-noite às8:00 da manhã. A empresa paga um adicional de $ 1,00 por hora para os empregados que tra-balham no turno da tarde, e um adicional de $ 1,50 para aqueles que trabalham no turno danoite. Os custos adicionais da folha de pagamento para os prêmios sobre turnos de trabalhonão aumentam a produtividade dos turnos, mas são pagos devido aos ajustes sociais e outrosestilos de vida exigidos dos empregados dos turnos mais tardios. Os horários de sono e de tra-balho que são “fora do normal” privam os trabalhadores de participarem de muitas rotinas eatividades sociais estabelecidas e normais. Os prêmios sobre turnos de trabalho são projeta-dos para atrair trabalhadores para esses turnos mais tardios que são programados pela empre-

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Capítulo 3 • CONTABILIDADE DA MÃO-DE-OBRA • 131

sa. Na verdade, o nível de produtividade dos trabalhadores diurnos normalmente excede aprodutividade dos trabalhadores de turnos mais tardios, embora estes últimos sejam pagos ataxas mais altas. Para evitar uma distorção no custeio de produtos dependendo da hora do diaem que foram processados, prêmios sobre turnos de trabalho são normalmente debitados emCustos Indiretos de Fabricação e alocados para todas as ordens processadas durante o perío-do, independente do turno.

CUSTOS DE PENSÃO DOS EMPREGADOS

Os custos de pensão têm origem em um acordo entre a empresa e o seu grupo de em-pregados, pelo qual a empresa promete fornecer uma renda aos empregados depois que estesse aposentam. A quantia dos benefícios de pensão pagos a um empregado aposentado é normal-mente baseada no nível passado de renda do empregado e o seu tempo de serviço com a empre-sa. Planos previdenciários sem contribuição são completamente custeados (pagos) pelaempresa. Planos previdenciários com contribuição requerem uma contribuição parcial doempregado. Normalmente, quando um plano de pensão é iniciado, ele é retroativo e reconheceos anos anteriores de serviço de cada empregado com a empresa.

Uma provisão básica de todos os planos é de sistematicamente provisionar, sobre o perío-do de serviço ativo, o total do custo estimado da pensão da data inicial do plano de pensão atéa data de aposentadoria do empregado. Por exemplo, se um empregado trabalha uma semanade 40 horas e a empresa incorrer em um custo de pensão de $ 2 por hora, a quantia do custo dapensão que pode ser debitada do período da folha de pagamento para esse empregado é de$ 80. Os custos de pensão relativos aos empregados da fábrica poderiam ser debitados em Des-pesas Gerais ou Administrativas sob a premissa de que os custos de pensão são benéficos paraa empresa como um todo. No entanto, também é considerado apropriado debitar custos depensão diretamente para o departamento do empregado individual, ou ratear o custo das pen-sões, usando um percentual do total da folha de pagamento, para todos os departamentos den-tro da empresa.

GRATIFICAÇÃO

Empregados podem receber pagamentos de gratificação por uma variedade de ra-zões, como lucros mais altos do que o normal da empresa, excedendo cotas departamentaisde vendas ou produção, ou qualquer outra realização que a empresa achar que merece umpagamento adicional. Planos de gratificação podem incluir alguns, ou todos os empregados.Geralmente, o custo de gratificações é debitado do departamento no qual o empregado tra-balha. Portanto, gratificações dos trabalhadores da fábrica são debitados em Custos Indire-tos de Fabricação, gratificações de empregados de vendas são debitados em Despesas deVendas, etc.

PAGAMENTO DE FÉRIAS E FERIADOS

Todos os empregados permanentes de uma empresa esperam um período de férias a cadaano que será pago pelo empregador. Normalmente, o pagamento de férias é ganho gradual-mente pelo empregado por dia trabalhado no serviço.

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132 • CONTABILIDADE DE CUSTOS

Planos de férias geralmente estipulam que a um empregado será concedido um períodoespecificado de férias pagas a cada ano por serviços prestados durante o ano. O custo de férias éacumulado durante o ano e designado ao departamento do empregado. Por exemplo, suponhaque um empregado ganha $ 600 por semana e tem direito a um programa de férias de quatro se-manas. O custo total das férias para a empresa seria de $ 2.400. O departamento do empregadoseria debitado em $ 50 ($ 2.400/48 semanas) por despesas de pagamento de férias a cada sema-na que o empregado trabalhar.

Pagamento de feriados é baseado em um acordo entre a administração e os empregadosda empresa. O argumento estipula que, durante o ano, certos feriados serão pagos pela empre-sa, mas não são dias de trabalho do empregado.

CONTABILIDADE PARA PAGAMENTO DE GRATIFICAÇÕES, FÉRIASE FERIADOS

Para ilustrar a contabilidade para pagamento de gratificação, férias e feriados, suponha queum trabalhador da fábrica, que está classificado como mão-de-obra direta, ganha $ 700 por sema-na. Além disso, o trabalhador receberá uma gratificação de $ 1.000 no final do ano, duas semanasde férias pagas, e cinco feriados pagos. O seguinte lançamento registra a folha de pagamento se-manal e os custos e os passivos relativos ao pagamento da gratificação, férias e feriados comouma despesa das 50 semanas que o empregado realmente trabalhou.

D – Produtos em Processo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 700D – CIF (Gratificação)*. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20D – CIF (Férias)** . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 28D – CIF (Feriados)*** . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14

C – Folha de Pagamento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 700C – Provisão de Gratificação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20C – Provisão de Férias. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 28C – Provisão de Feriados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14

Despesas de folha de pagamento incorrida relativo a gratificação, férias e feriados.

* Gratificação: $ 1.000/50 semanas = $ 20 por semana** Pagamento de Férias: ($ 700 por semana � 2 semanas)/50 semanas = $ 28 por semana*** Pagamento de Feriados: $ 140 por dia � 5 feriados pagos = $ 700

$ 700/50 semanas = $ 14 por semana

Note no exemplo acima que a conta de Custos Indiretos de Fabricação foi debitada pelocusto da gratificação, férias e feriados. Se os benefícios indiretos dos trabalhadores tivessemsido rastreados às ordens individuais, a conta de Produtos em Processo teria sido debitada. Seesses benefícios tivessem sido relativos a empregados de vendas, ou empregados gerais doescritório, as contas de Salários de Vendas e Salários Administrativos teriam sido debitadas, res-pectivamente.

Agora, você deve estar apto a resolver o seguinte: Questões 18-22; Exercício3-12; Problemas 3-10 e 3-11.

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Capítulo 3 • CONTABILIDADE DA MÃO-DE-OBRA • 133

TERMOS-CHAVE

Composição garantida Pagamento de fériasCartão de ponto Pagamento de horas extrasCódigos de barra Plano de incentivo salarialCustos de pensão Plano de compartilhar ganhosDepartamento da folha de pagamento Plano de taxa por horaDepartamento de registro de tempo Plano de taxa por peçaEquipes de trabalho de produção Plano previdenciário com contribuiçãoEscaneadores óticos Plano previdenciário sem contribuiçãoEncargos Sociais sobre a folha de pagamento Plano salarial modificadoLei Federal de Contribuições de Seguro Prêmio por horas extrasPrevidenciário (FICA) Prêmio por turnos de trabalhoLei Federal do Imposto para Seguro Registro da folha de pagamentoDesemprego (FUTA) Registro de horasMão-de-obra direta Registro de renda dos empregadosMão-de-obra indireta Relatório de produção individualPagamento de gratificação Resumo dos custos de mão-de-obraPagamento de feriados Turnos de trabalho

PROBLEMA PARA AUTO-AVALIAÇÃO

PAGAMENTO E DISTRIBUIÇÃO DE FOLHA DE PAGAMENTOCompanhia Náutica

O razão geral da Companhia Náutica mostrou os seguintes saldos credores no dia 15 demarço:

Encargos Sociais a Pagar . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 1.550IRR dos Empregados a Recolher . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 975FUTA a Pagar . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 95SUTA a Pagar . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 380

A renda da mão-de-obra direta totalizou $ 5.100, e a mão-de-obra indireta foi de$ 3.400 para o período de 16 de março a 31 de março. Os salários administrativos e de vendaspara o mesmo período totalizaram $ 1.500.

Use as seguintes taxas de encargos e bases tributárias para este problema:

FICA: 8% sobre os primeiros . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 70.000.Seguro desemprego estadual: 4% sobre os primeiros . . . . . . . . $ 8.000.FUTA: 1% sobre os primeiros . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 8.000IRRF: 10% da renda bruta de cada empregado.

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Pede-se:

1. Prepare os lançamentos no diário para os seguintes itens:a. Registrar a folha de pagamento.b. Pagar a folha de pagamento.c. Registrar o passivo dos encargos sociais da folha de pagamento do empregador.d. Distribuir a folha de pagamento para 16 a 31 de março.

2. Prepare os lançamentos no diário para registrar o pagamento das quantias devidas para omês, para FICA e retenções do imposto de renda.

Sugestões:Leia o problema todo, cuidadosamente, mantendo em mente o que você precisa fazer:

1. Lançamentos no diário para registrar a folha de pagamento, pagar a folha de pagamento, re-gistrar o passivo dos encargos sociais da folha de pagamento do empregador, e distribuir a fo-lha de pagamento.

2. Lançamentos no diário para o pagamento das obrigações previdenciárias e as retenções doimposto de renda federal.

As especificações do problema realçam o fato de que existem três categorias separadas demão-de-obra: mão-de-obra direta, mão-de-obra indireta da fábrica, e vendedores e administradores.

SOLUÇÃO PARA OS PROBLEMAS DE AUTO-AVALIAÇÃO

1. a. Lançamento diário para registrar a folha de pagamento para o período de 16-31 de mar-ço: Para determinar o montante de débito para a Folha de Pagamento, as rendas da mão-de-obra direta, mão-de-obra indireta, vendas e administração precisam ser somadas juntaspara obter $ 10.000. Os $ 800 da FICA que devem ser retidos podem ser obtidos ao mul-tiplicar a folha de pagamento de $ 10.000 (supondo que o salário de nenhum empregadotenha excedido a base de $ 70.000 para o ano) pela taxa de 8%. Os $ 1.000 retidos pa-ra o imposto de renda são determinados ao multiplicar a folha de pagamento de $ 10.000pela porcentagem suposta de retenção de 10%. Por último, o crédito para Salários a Pagarde $ 8.200 representa a quantia de pagamento líquido que deve aparecer nos contrache-ques dos empregados.

D – Folha de Pagamento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10.000

C – Encargos Sociais a Pagar . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 800

C – IRRF a Recolher . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1.000

C – Salários a Pagar . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8.200

b. Lançamento no diário para pagar a folha de pagamento: Um cheque emitido pela empre-sa para o total de renda líquida na folha de pagamento é depositado no banco em umaconta separada para a folha de pagamento, e cheques individuais são emitidos para osempregados.

D – Salários a Pagar . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8.200

C –- Bancos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8.200

134 • CONTABILIDADE DE CUSTOS

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c. Lançamento no diário para registrar a obrigação fiscal da folha de pagamento: Os encar-gos sociais sobre a folha de pagamento consistem em impostos previdenciários por partedo empregador e os prêmios federais e estaduais para seguro desemprego. O empregadorpaga uma quantia de encargos sociais previdenciários que equivale às contribuições doempregado e prêmios para seguro desemprego que são baseados em uma taxa de expe-riência de sinistros relativa à história de emprego do negócio. (Neste exemplo, $ 800 re-presenta as contribuições FICA dos empregadores, $ 400 é o prêmio de seguro desempre-go estadual, e $ 100 é o prêmio de seguro desemprego federal.) Um fato importante quedeve ser observado no seguinte lançamento no diário é que os impostos sobre a folha depagamento para a mão-de-obra da fábrica, tanto direta quanto indireta, são todos debita-dos em CIF, enquanto os impostos sobre a folha para os salários administrativos e de ven-das são debitados em Despesas de Encargos Sociais sobre a Folha (Salários Administrati-vos e de Vendas).

D – CIF . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1.105*D – Despesa de Encargos Sociais sobre Folha de Pagamento(Salários Administrativos e de Vendas) . . . . . . . . . . . . . . . . . . 195**

C – Encargos Sociais a Pagar . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 800

C – FUTA a Pagar . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 100

C – SUTA a Pagar . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 400

* [0,08($ 5.100 + $ 3.400) + 0,01($ 8.500) + 0,04($ 8.500)]** [0,08($ 1.500) + 0,01($ 1.500) + 0,04($ 1.500)]

d. Lançamento no diário para distribuir a folha de pagamento: Ao distribuir a folha de paga-mento para as contas apropriadas, é importante distinguir entre a mão-de-obra direta, queé debitada em Produtos em Processo, e a mão-de-obra indireta, que é debitada em CIF.

D – Produtos em Processo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5.100D – CIF . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3.400D – Salários Administrativos e de Vendas . . . . . . . . . . . . . . . . 1.500

C – Folha de Pagamento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10.000

2. Em momentos apropriados, como designado pela lei, as obrigações sociais sobre a folha depagamento do empregador e as retenções dos empregados precisam ser remetidas para asautoridades apropriadas. Neste exemplo, os encargos sociais da FICA (INSS) e os impostos derenda retidos na fonte dos empregados são remetidos mensalmente. O lançamento seria comoa seguir:

D – Encargos Sociais a Pagar . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3.150D – IRR Fonte a Recolher . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1.975

C – Caixa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5.125

(Nota: O problema 3-5 é similar a este problema)

Capítulo 3 • CONTABILIDADE DA MÃO-DE-OBRA • 135

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136 • CONTABILIDADE DE CUSTOS

QUESTÕES

1. Qual é a diferença entre mão-de-obra dire-ta e indireta?

2. Resumidamente, quais são as vantagens eas desvantagens de (a) o plano salarialpor hora e (b) o plano salarial por peça?

3. O que é um plano salarial modificado?4. Qual é o conceito de equipes de trabalhode produção em termos de como se rela-ciona com planos de incentivo salarial?

5. Quais são as funções dos departamentosde controle de tempo e da folha de paga-mento?

6. Até certo ponto, espera-se que os departa-mentos de controle de tempo e da folha depagamento trabalhem independentementeum do outro. Por que essa independênciaé importante?

7. (a) Em um sistema de folha de pagamento,que propósito é atendido pelo cartão deponto e registro de horas? (b) Como sãousadas as informações registradas noscartões de ponto e registros de horas?

8. Que tecnologia está substituindo os regis-tros mecânicos de horas e os cartões deponto na fábrica moderna? Explique.

9. Como é que os cartões de ponto e os re-gistros de horas se complementam?

10. Embora os registros da folha de pagamen-to possam variar em projeto, que tipos dedados do empregado seriam encontradosnos registros da folha de pagamento namaioria das empresas de manufatura?

11. Quais são as fontes para lançar o custo demão-de-obra direta (a) para serviços indi-viduais no razão do custo por ordem e (b)para a conta de produtos em processo norazão geral?

12. Quais são as fontes para lançar o custo damão-de-obra indireta para a conta demão-de-obra indireta no razão de custosindiretos de fabricação?

13. Ao contabilizar os custos de mão-de-obra,qual é a diferença entre pagamento nor-

mal e pagamento de prêmios por horasextras?

14. Manter controle interno sobre os custos damão-de-obra é necessário para um sistemade contabilidade de custos funcionar comeficácia. Quais são os procedimentos decontrole interno com relação ao débito naconta de produtos em processo e com rela-ção ao crédito na conta da folha de paga-mento no razão geral?

15. Quais contas são usadas para registrar osimpostos retidos de empregados e os en-cargos sociais do empregador sobre a fo-lha de pagamento?

16. Quais são os procedimentos envolvidos nacontabilidade do custo da mão-de-obra, equais formulários de apoio são usados pa-ra cada procedimento?

17. Quais são as fontes de dados, e os livrosde lançamento original, para cada um dosseguintes itens?a. Registrar os ordenados e salários ga-nhos durante o período da folha de pa-gamento.

b. Registrar os encargos sociais sobre a fo-lha de pagamento que são de obriga-ção do empregador.

18. O que é um prêmio por turno de trabalho?19. O que é um requerimento básico em todos

os planos de pensão?20. Que tratamentos contábeis as gratifica-

ções, pagamentos de férias e pagamentosde feriados para os empregados da fábri-ca têm em comum?

21. Sob que conjunto de circunstâncias a mão-de-obra direta pode ser considerada umaquantia insignificante que não seria conta-bilizada como uma categoria separada decusto?

22. Quais são as duas alternativas para conta-bilizar os benefícios indiretos dos trabalha-dores diretos?

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EXERCÍCIOS

OBSERVAÇÃO: Para os exercícios e problemas deste capítulo, use as seguintes taxas de en-cargos:

FICA – Empregador e empregado, 8% sobre os primeiros $ 70.000 de renda por emprega-do por ano civil.

Seguro Desemprego Estadual – 4% sobre os primeiros $ 8.000 de renda por empregado porano civil.

FUTA – 1% sobre os primeiros $ 8.000 de renda por empregado por ano civil.Imposto de Renda Retido na Fonte – 10% da renda bruta de cada empregado, a não ser que

estipulado de outra forma.

E 3-1 Computando renda e encargos da folha de pagamentoObjetivos 1, 2

R. King, da Companhia Royalty Manufatura, é pago a uma taxa de $ 12 por hora por umdia de 8 horas, com hora e meia para horas extras e hora dobrada para domingos e feriados. Oemprego normal é na base de 40 horas semanais, cinco dias por semana. O dia normal de traba-lho é das 7:00 da manhã ao meio-dia, e das 12:30 às 15:30. No final de uma semana, o cartãode ponto mostra o seguinte:

Manhã Tarde Horas ExtrasEntrada Saída Entrada Saída Entrada Saída

Domingo 8:00 12:00

Segunda-feira 6:58 12:01 12:25 15:35

Terça-feira 7:00 12:03 12:28 15:32

Quarta-feira 6:56 12:02 12:30 15:33

Quinta-feira 6:55 12:05 12:28 15:35 18:00 21:30

Sexta-feira 6:55 12:01 12:29 18:32

Sábado 6:55 13:30

De segunda-feira a sexta-feira à noite, o Sr. King trabalhou na linha de produção. As horastrabalhadas no sábado e no domingo foram usadas para consertar a maquinaria.

a. Compute a renda total de King para a semana. (Ignore minutos de sobra.)b. Apresente o lançamento no diário para distribuir a renda total de King.

E 3-2 Registrando a folha de pagamentoObjetivos 1, 2

Usando os dados sobre renda desenvolvidos no E 3-1, e supondo que esta foi a primeira se-mana de trabalho de R. King com a Companhia Royalty de Manufatura, prepare os lançamentosno diário para os seguintes itens:

a. A folha de pagamento para a semana.b. Pagamento da folha.

Capítulo 3 • CONTABILIDADE DA MÃO-DE-OBRA • 137

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138 • CONTABILIDADE DE CUSTOS

Observação: Esses lançamentos únicos no diário, aqui e no E 3-7 e E 3-8, têm o propósitode ilustrar o princípio envolvido. Normalmente, os lançamentos seriam feitos para a folha de pa-gamento da fábrica como um todo, mais a folha de pagamento administrativa e de vendas.

E 3-3 Determinando a renda da folha de pagamentoObjetivo 2

A Companhia David exige que todos os empregados da fábrica registrem a hora de chega-da e de saída através de um relógio de ponto. A empresa opera em uma base de 40 horas, comum acréscimo de 50% para horas extras. O dia normal de trabalho é das 8:30 às 12:00, e das13:00 às 17:00, de segunda-feira a sexta-feira, e das 8:30 às 11:00 no sábado.

Para a segunda-feira, o cartão de ponto de um grupo de empregados é assim:

Número do Manhã Meio-dia Meio-dia Noite Hora Extra Hora ExtraEmpregado Entrada Saída Entrada Saída Entrada Saída

51 8:29 12:00 12:51 16:57

52 8:30 12:01 12:56 16:58

53 8:21 12:05

54 8:20 12:02 12:57 16:53

55 8:24 12:04 12:53 16:50

56 8:29 12:04 12:53 16:57

57 8:25 12:04

58 8:27 12:00 12:48 16:56

59 8:28 12:01 12:57 18:50

60 8:26 12:03 12:56 17:20

61 8:26 12:05 12:59 16:58

62 8:23 12:00 12:52 16:59 17:30 21:30

a. Compute as horas normais e as horas extras do dia para cada empregado. (Arredondepara a meia hora mais próxima.)

b. Supondo que todos os empregados são pagos a uma taxa de $ 9,20 por hora, computeo total de renda do dia para cada empregado.

E 3-4 Alocação de horas extrasObjetivo 3

A Companhia de Ferramentas para Máquinas Igar produz ferramentas por ordem. Duranteo mês de maio, duas ordens foram completadas, e os seguintes custos foram incorridos:

Ordem 401 Ordem 402Materiais diretos. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 28.000 $ 37.000Mão-de-obra direta: horas normais . . . . . . . . . . . . . 18.000 23.000

prêmio por horas extras. . . . . . . . . . . . . . . . . – 6.000

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Capítulo 3 • CONTABILIDADE DA MÃO-DE-OBRA • 139

Outros custos de fábrica para o mês totalizaram $ 16.800. Custos indiretos de fabricaçãoforam alocados da seguinte forma: um terço na Ordem 401 e dois terços na Ordem 402.

a. Descreva dois métodos alternativos para atribuir o custo do prêmio por horas extras àsOrdens 401 e 402, e explique como o método apropriado seria determinado.

b. Compute o custo da Ordem 401 e 402 sob cada um dos dois métodos descritos na par-te a.

E 3-5 Lançamentos no diário para a folha de pagamentoObjetivos 2, 3

Um resumo parcial dos dados da folha de pagamento da Companhia Monte Carlo de Ma-nufatura, para cada semana de junho, é como segue:

7 de junho 14 de junho 21 de junho 28 de junho

Total de renda . . . . . . . . . . $ 36.500 $ 34.200 $ 37.300 $ 38.400Deduções:

Encargos Sociais, 8% . . $ ? $ ? $ ? $ ?Anuidade do incentivofiscal . . . . . . . . . . . . 1.825 1.780 1.855 1.870

Imposto de renda . . . . . . . . 4.215 4.120 4.320 4.410

Seguro de saúde . . . . . . . . 600 600 600 600

Total de deduções . . . . . . . $ ? $ ? $ ? $ ?

Renda líquida . . . . . . . . . . $ ? $ ? $ ? $ ?

a. Compute as quantias em branco no resumo, supondo que nenhum empregado tenha che-gado ao máximo de $ 70.000 para FICA.

b. Para cada período da folha de pagamento, prepare lançamentos para o diário para (1)registrar a folha de pagamento e (2) registrar os pagamentos aos empregados.

E 3-6 Encargos sociais sobre a folha de pagamentoObjetivo 3

A Companhia Fucia pagou salários aos seus empregados da seguinte maneira durante oano:

Souza . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 11.400Silva. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12.700Pereira . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9.000Tanaka . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19.300Medeiros . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29.200Cardoso . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 32.100Oliveira . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 62.700Macedo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 75.000

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a. Quanto do total da folha de pagamento está isento da taxa de 8% para FICA?b. Quanto do total da folha de pagamento está isento dos impostos federais e estaduais pa-ra o seguro desemprego?

c. Quanto do total da folha de pagamento está isento de retenção para o imposto de rendafederal?

E 3-7 Registrando a folha de pagamento e os encargos sobre a folhade pagamento

Objetivos 2, 3

Usando os dados sobre renda desenvolvidos no E 3-1, e supondo que esta foi a décima se-mana de emprego para Souza, e os ganhos anteriores até a presente data foram de $ 7.900, pre-pare os lançamentos no diário para os seguintes itens:

a. A folha de pagamento para a semana.b. Pagamento da folha de pagamento.c. Os encargos sociais da folha de pagamento do empregador.

E 3-8 Registrando a folha de pagamento e os encargos sociais sobre a folhade pagamento

Objetivos 2, 3

Usando os dados sobre renda desenvolvidos no E 3-1, e supondo que esta foi a qüinqua-gésima semana de emprego para Souza, e os ganhos anteriores até a presente data foram de$ 69.800, prepare os lançamentos no diário para os seguintes itens:

a. A folha de pagamento para a semana.b. Pagamento da folha.c. Os encargos sociais sobre a folha de pagamento do empregador.

E 3-9 Distribuição da folha de pagamentoObjetivo 3

O total de ordenados e salários ganhos por todos os empregados da Companhia de Manu-fatura Fang durante o mês de março, como mostra o resumo de custos de mão-de-obra e a progra-mação dos salários fixos da administração e de vendas, são classificados como segue:

Mão-de-obra direta . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 625.125Mão-de-obra indireta . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 162.120Salários administrativos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 140.200Salários de vendas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 172.500Total de salários ganhos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 1.099.945

a. Prepare um lançamento do diário para distribuir os salários ganhos durante março.b. Qual é a quantia total de encargos sobre a folha de pagamento que será imposta ao em-pregador para a folha de pagamento, supondo que dois empregados administrativoscom rendas conjuntas nesse período de $ 1.500 excederam os $ 8.000 em renda antesdo período?

140 • CONTABILIDADE DE CUSTOS

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Capítulo 3 • CONTABILIDADE DA MÃO-DE-OBRA • 141

E 3-10 Renda e encargos sociais dos empregadosObjetivos 2, 3

Um resumo semanal da folha de pagamento criado dos registros de horas mostra os seguin-tes dados:

HorasEmpregado Classificação Taxa por Hora Normais Extras

Dantes, A. Direta $ 12 40 2Ferreira, C. Direta 12 40 3Lopes, J. Direta 15 40 4Junqueira, R. Indireta 9 40Mendes, H. Indireta 18 40

A hora extra é paga a 1,50 vezes a taxa normal de pagamento para um empregado e é dis-tribuída para todos as ordens processadas durante o período.

a. Determine o pagamento líquido de cada empregado. Os impostos de renda retidos paracada empregado totalizam 15% dos salários brutos.

b. Prepare lançamentos do diário para os seguintes itens:1. Registro da folha de pagamento.2. Pagamento da folha.3. Distribuição da folha de pagamento. (Suponha que o prêmio por hora extra será debi-tado em todas as ordens processadas durante o período.)

4. Os encargos sociais da folha de pagamento do empregador. (Suponha que nenhumdos empregados tenha alcançado as bases máximas de salários para FICA e para en-cargos de seguro desemprego.)

E 3-11 Renda dos empregados usando os métodos de taxa por hora e de taxapor peça

Objetivos 1, 3

Os registros da folha de pagamento para a Companhia de Manufatura Sudoeste mostram asseguintes informações para a semana encerrada em 17 de abril:

ImpostoHoras Produção Renda de

Empregado Classificação Trabalhadas (Unidades) Taxa RetidoRibeiro, A. Direta 42 $ 9,00/hora $ 40Salles, M. Direta 48 8,80/hora 42Souza, N. Direta 39 2.000 $ 0,22/peça 55Nóbrega, F. Direta 40 1.800 0,22/peça 50Magalhães, G. Indireta 40 $ 200/semana 25Guimarães, S. Indireta 40 400/semana 60Silva, J. Indireta 40 350/semana 30

Empregados horistas são pagos uma vez e meia por hora extra.

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142 • CONTABILIDADE DE CUSTOS

a. Determine a renda líquida de cada empregado.

b. Prepare os lançamentos no diário para os seguintes itens:1. Registro da folha de pagamento.2. Pagamento da folha.3. Distribuição da folha de pagamento.4. Registro dos encargos sociais sobre a folha de pagamento do empregador. Suponhaque nenhum dos empregados tenha alcançado as bases salariais máximas para a FI-CA e os encargos para o seguro desemprego.

E 3-12 Contabilidade para pagamentos de gratificações e fériasObjetivo 5

Maria Lúcia, uma operária de fábrica, ganha $ 1.000 por semana. Além disso, ela ganha-rá uma gratificação de $ 4.000 no final do ano e quatro semanas de férias pagas.

Prepare o lançamento para registrar a folha de pagamento semanal e os custos e encargosrelacionados ao pagamento da gratificação e das férias, supondo que Maria Lúcia é a única em-pregada.

PROBLEMAS

P 3-1 Computação da folha de pagamento com um gratificação de incentivoObjetivo 1

Quinze trabalhadores são designados para um projeto em grupo. O padrão de produçãopede que 500 unidades sejam completadas a cada hora para satisfazer um prazo de entrega es-tabelecido pelo cliente para os produtos. Se as unidades exigidas conseguem ser entregues antesda data proposta para o pedido, um prêmio substancial pela entrega será pago pelo cliente. Acompanhia, querendo encorajar os trabalhadores a produzir além do padrão estabelecido, ofere-ceu uma gratificação por excesso de produção que será somado ao pagamento de cada trabalha-dor do projeto. A gratificação deve ser computada da seguinte forma:

a. Excesso de produção do grupo acima do padrão � 50% = porcentagem

Unidades padrão por semanade gratificação

b. Taxa de salário horário individual � porcentagem de gratificação = taxa de gratificaçãohorária

c. Taxa de salário horário + taxa de gratificação horária = nova taxa horária da semana

d. Total de horas trabalhadas � nova taxa horária = rendimento por semana

A taxa média horária para os trabalhadores no projeto é de $ 12. O registro de produçãopara a semana mostra o seguinte:

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Capítulo 3 • CONTABILIDADE DA MÃO-DE-OBRA • 143

Horas ProduçãoTrabalhadas (Unidades)

Segunda-feira 112 61.040Terça-feira 112 60.032Quarta-feira 112 60.480Quinta-feira 112 65.632Sexta-feira 108 57.344Sábado 60 26.000

616 330.528Pede-se:

1. Determine a taxa da gratificação horária e o montante total de gratificação para a semana.

2. Quais são os salários totais de L. Ribeiro, que trabalhou 40 horas a uma taxa base de $ 10 porhora?

3. Quais são os salários totais de R. Nonato, que trabalhou 35 horas a uma taxa base de $ 14por hora?

P 3-2 Cálculo e distribuição da folha de pagamento; horas extras e horas ociosasObjetivos 2, 3

Um pedido de urgência por cinco conversões de furgões foi aceito pela Conversões Alta Vis-ta. Os registros de horas e os cartões de ponto para a semana encerrada em 27 de março mostra-ram o seguinte:

Registros de Horas – Distribuição das Horas

Horas de Furgão Furgão Furgão Furgão FurgãoEmpregados Relógio Núm. 1 Núm. 2 Núm. 3 Núm. 4 Núm. 5

Filipe (Supervisor) 42Bento 45 10 10 10 10 5Sebastião 48 24 24Figueiredo 48 24 24Cortês 45 15 15 15Aguirre 42 24 8Santos 40 20 10

Todos os empregados são pagos a $ 10,00 por hora, exceto Filipe, que recebe $ 15 por ho-ra. Todo o pagamento de prêmio por hora extra, exceto do Filipe, é debitado na ordem, e todosos empregados, incluindo Filipe, recebem uma taxa de uma vez e meia pelas horas extras.

Pede-se:

1. Calcular o total da folha de pagamento e o total da renda líquida para a semana. Suponhaque é necessário fazer uma dedução de 18% para o imposto de renda federal, além das dedu-ções para FICA. Suponha que nenhum empregado tenha alcançado os limites máximos para FI-CA e nem para os encargos para o seguro desemprego. Horas não trabalhadas nos furgõessão tempo ocioso e não são debitadas na ordem.

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144 • CONTABILIDADE DE CUSTOS

2. Prepare os lançamentos do diário para registrar e pagar a folha de pagamento.

3. Prepare o lançamento no diário para distribuir a folha de pagamento para as contas apro-priadas.

4. Determine a quantia em dólares para a mão-de-obra que pode ser debitada de cada furgão,supondo que os custos pelas horas extras são proporcionais às horas normais usadas nos fur-gões. (Primeiro compute uma taxa média de mão-de-obra para cada trabalhador, incluindo oprêmio por horas extras, e depois use a taxa para debitar todas as horas dos trabalhadoresaos furgões.)

P 3-3 Computando e contabilizando os encargos sociais sobre a folhade pagamento do empregador

Objetivo 3

O seguinte formulário é usado pela Companhia de Manufatura Munique para computar osencargos sociais sobre a folha de pagamento incorridos durante o mês de abril:

Encargos de SeguroDesemprego

Total dos EncargosClassificação de Renda FICA Imposto Imposto sobre Folha

Salários e Ordenados para o 8% Federal Estadual Cobrados doMês 1% 4% Empregador

Mão-de-obra direta 88.180

Mão-de-obra indireta 16.220

Encargos sociais sobrefolha de pagamentodos salários da fábrica

Salários administrativos 12.000

Salários de vendas 11.500

Total dos encargossociais sobre a folhade pagamento

Pede-se:

1. Usando o formulário acima, calcule os encargos sobre folha de pagamento para abril. Supo-nha que nenhum dos empregados tenha alcançado os limites máximos para FICA nem para en-cargos de seguro desemprego.

2. Supondo que os encargos sociais sobre folha de pagamento do empregador, relativos aos sa-lários da fábrica, sejam tratados como custos indiretos de fabricação, os encargos cobrindoos salários administrativos sejam uma despesa administrativa, e os encargos cobrindo os sa-lários de vendas sejam uma despesa de vendas, prepare um lançamento no diário geral pararegistrar as obrigações do empregador com relação aos encargos sobre a folha de pagamen-to de abril.

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Capítulo 3 • CONTABILIDADE DA MÃO-DE-OBRA • 145

P 3-4 Folha de pagamento para um sistema de salários com taxa por peçaObjetivos 1, 3

A Companhia de Manufatura Green opera um plano salarial modificado. Durante as opera-ções de uma semana, os seguintes custos de mão-de-obra foram incorridos:

Taxa por Peça Unidades AcabadasEmpregado por 100 Unidades S T Q Q S

Celso, D. $ 0,90 6.800 7.100 6.500 8.000 4.800

Alves, E. 6.300 6.400 2.900 2.800 7.000

Pedro, F. 1,30 6.200 6.100 7.100 6.000 2.800

Os empregados são operadores de máquinas. As taxas por peça variam com o tipo de pro-duto produzido. Um mínimo de $ 45 por dia é garantido a cada empregado por contrato com osindicato.

Pede-se:

1. Compute a renda do Celso, do Alves e do Pedro para a semana.

2. Prepare lançamentos de diário para:a. Registrar a folha de pagamento da semana, supondo que nenhum dos empregados tenha al-cançado o limite máximo para os encargos sociais.

b. Registrar o pagamento da folha.c. Registrar a parte do empregador dos encargos sobre a folha de pagamento, supondo quenenhum dos empregados tenha alcançado o limite máximo para o salário base para os en-cargos sociais e seguro desemprego.

P 3-5 Pagamento e distribuição da folha de pagamento.Parecido com o problema de auto-avaliação.

Objetivo 3

O razão geral da Companhia Franco mostrou os seguintes saldos credores no dia 15 demaio:

Encargos Sociais a Pagar . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3.100,00Imposto de Renda dos Empregados a Recolher . . . . . . . . . . . . . . 1.937,50FUTA a Pagar . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 193,75SUTA a Pagar . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 775,00

A renda da mão-de-obra direta totalizou $ 10.500 do dia 16 de maio até o dia 31 de maio.A mão-de-obra indireta foi de $ 5.700, e os salários administrativos e de vendas para o mesmoperíodo foram de $ 3.800. Todos os salários estão sujeitos aos encargos sociais, FUTA, SUTA e re-tenção de 10% do imposto de renda.

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Pede-se:

1. Preparar os lançamentos no diário para os seguintes itens:a. Registro da folha de pagamento.b. Pagamento da folha.c. Registro dos encargos sociais sobre a folha de pagamento do empregador.d. Distribuição dos custos da folha de pagamento para o período de 16 a 31 de maio.

2. Prepare o lançamento no diário para registrar o pagamento das quantias mensais devidas aoFICA e retenções para o imposto de renda do mês.

3. Calcule o montante de renda total para o período de 1 a 15 de maio.

P 3-6 Planilha para folha de pagamento e lançamentos de diárioObjetivos 2, 3

Os registros da folha de pagamento para a Corporação Souza e Filhos, para a semana en-cerrada em 7 de outubro, a quadragésima semana do ano, mostram o seguinte:

Salário ou Renda BrutaOrdenado Imposto até a

para de TrigésimaSemana de Horas Renda nona

Empregado Classificação 40 Horas Trabalhadas Retido SemanaCosta Presidente $ 2.040 40 $ 400 $ 79.560Duarte Vice-presidente –

Administração 1.782 40 320 69.500Pereira Supervisor – Produção 700 40 180 27.300Franco Fábrica – Direta 500 48 150 19.820Gregório Fábrica - Direta 400 46 160 17.200Humberto Fábrica - Direta 400 44 110 16.600Penha Fábrica - Direta 380 42 120 15.200Ramos Fábrica - Indireta 300 42 80 7.800Samuel Fábrica - Indireta 300 42 60 6.600

Pede-se:

1. Complete uma planilha com os seguintes cabeçalhos:Empregados3 colunas para Rendimentos para a Semana:

Use uma coluna para Pagamento NormalUse uma coluna para Pagamento de Prêmio por Hora Extra (A empresa paga umavez e meia por hora extra para todos os empregados abaixo do nível de supervisão.)Use uma coluna para o Total da Semana.

Total de Renda até a Quadragésima SemanaRenda Tributável para FICAFICAImposto de Renda Retido na FonteRenda Líquida

146 • CONTABILIDADE DE CUSTOS

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Capítulo 3 • CONTABILIDADE DA MÃO-DE-OBRA • 147

2. Prepare lançamentos no diário para os seguintes itens:a. Folha de pagamento para a quadragésima semana.b. Pagamento da folha para a semana.c. Distribuição dos custos da folha de pagamento, supondo que o prêmio por horas extras édebitado em todas as ordens processadas durante o período.

d. Encargos sociais sobre a folha de pagamento do empregador.

3. A empresa mantém uma apólice de seguro contra invalidez para os empregados a um custo de$ 7,80 por semana para cada trabalhador. Contabilize o custo do empregador para os prê-mios de seguro por semana.

P 3-7 Estimando custos de mão-de-obra para concorrênciaObjetivos 1, 3

A Companhia de Manufatura Mutombo prepara estimativas de custos para projetos nosquais entrará em concorrência. Para poder antecipar o custo da mão-de-obra que deve ser incluí-da em um pedido para dar um lance em um contrato de 1.200.000 unidades que serão entreguesao cliente à razão de 100.000 unidades por mês, a empresa compilou os seguintes dados relati-vos à mão-de-obra:a. As primeiras 100.000 unidades exigirão 5 horas por unidade.b. As segundas 100.000 unidades exigirão menos mão-de-obra devido às habilidades apren-didas nas primeiras 100.000 unidades acabadas. Espera-se que o tempo da mão-de-obraseja reduzido em 15% se uma gratificação de incentivo de metade da economia da mão-de-obra for paga aos empregados.

c. Para o 1.000.000 de unidades restantes, espera-se que o tempo de mão-de-obra seja redu-zido em 25% da estimativa original (as primeiras 100.000 unidades) se a mesma gratifica-ção de incentivo (1/2 das economias) for paga aos empregados.

d. Prêmios por horas extras devem ser excluídos quando as economias são computadas.Serão precisos 2.250 empregados para o contrato, pagos a uma taxa base de $ 10,00 por

hora, com hora extra paga a uma vez e meia. A fábrica opera numa base de 5 dias, 40 horaspor semana. Empregados são pagos duas semanas de férias em agosto e oito feriados.A produção programada para o ano de trabalho de cinqüenta semanas mostra:

Janeiro-Junho: 26 semanas com 4 feriadosJulho-Dezembro: 24 semanas com 4 feriados

Pede-se:Prepare estimativas de custo para a mão-de-obra direta e custos relacionados a mão-de-

obra, mostrando o seguinte:

1. Salários pagos a taxa normal.

2. Pagamentos de prêmios por horas extras. (Não se esqueça dos feriados quando computar ashoras normais disponíveis.)

3. Pagamentos de gratificações de incentivo.

4. Pagamentos de férias e feriados.

5. Encargos sociais sobre a folha de pagamento do empregador (13% do total da renda, supon-do que nenhum empregado tenha excedido os limites salariais para FICA e os encargos parao seguro desemprego).

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148 • CONTABILIDADE DE CUSTOS

P 3-8 Resumo dos procedimentos da folha de pagamentoObjetivos 2, 3

Uma análise da folha de pagamento para o mês de novembro da Companhia Exata de Ma-nufatura revela as informações abaixo:

Renda Bruta* – Semana Encerrada em

Nome do Empregado 08/11 15/11 22/11 29/11

A. Alberto $ 300 $ 280 $ 290 $ 320B. Bento 280 270 260 280C. Carvalho 320 300 340 280D. Dante 1.577 1.577 1.577 1.577E. Pereira 800 760 850 870

* Todos de horas normais.

Alberto, Bento e Carvalho são operários de produção, e Dante é o gerente da fábrica. Perei-ra é o encarregado do escritório.

Renda cumulativa paga (antes das deduções) neste ano civil, antes do período encerrado em8 de novembro para a folha de pagamento, foi como a seguir: Alberto, $ 12.000; Bento,$ 7.800; Carvalho, $ 11.500; Dante, $ 69.400; e Pereira, $ 32.800.

Pede-se:A solução para este problema requer os seguintes formulários, usando os cabeçalhos indi-

cados:

Registro de Renda dosEmpregados

Semana Encerrada

Renda Bruta Semanal

Renda Bruta Acumulada

Renda Semanal Sujeita aoFICA

Retenções (2 colunas):Encargos FICAImposto de Renda (10%)

Montante Líquido Pago

Registro da Folha dePagamento

Nome do Empregado

Renda Bruta

Retenções (2 colunas):Encargos FICAImposto de Renda (10%)

Montante Líquido Pago

Resumo dos Custos deMão-de-obra

Semana Encerrada

Débito de Produtos emProcesso (Mão-de-obraDireta)

Débito de CIF (Mão-de-obraIndireta)

Débito de SaláriosAdministrativos (Escritório)

Crédito de Folha dePagamento (Total)

1. Prepare um registro de rendimento por empregado para cada um dos cinco empregados.

2. Prepare um registro de folha de pagamento para cada uma das quatro semanas.

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3. Prepare um resumo de custos de mão-de-obra para o mês.

4. Prepare lançamentos de diário para registrar os seguintes itens:a. A folha de pagamento para cada uma das quatro semanas.b. O pagamento dos salários para cada uma das quatro folhas.c. A distribuição dos custos mensais de mão-de-obra de acordo com o resumo dos custos damão-de-obra.

d. Os encargos sociais sobre a folha de pagamento da empresa, cobrindo os quatro períodosde folha de pagamento.

P 3-9 Resumo dos procedimentos da folha de pagamentoObjetivos 2, 3

A Companhia de Construção Constância usa o sistema de custos por ordem. Ao registrar astransações da folha de pagamento, as seguintes contas são usadas:

Caixa Salários AdministrativosSalários a Pagar Despesas Diversas AdministrativasEncargos Sociais a Pagar Salários de VendasFUTA a Pagar Despesas Diversas de VendasSUTA a Pagar CIFIRR Fonte dos Empregados a Recolher Produtos em ProcessoFolha de Pagamento

Empregados da fábrica são pagos semanalmente, enquanto todos os outros empregadossão pagos quinzenalmente, no dia quinze e no último dia de cada mês. Todos os salários e orde-nados estão sujeitos a todos os encargos sociais.

Segue uma narrativa sobre as transações completadas durante o mês de março:

Março 7 Registrou a renda total dos empregados da fábrica totalizando $ 68.200, menosas deduções para o imposto de renda dos empregados e os encargos sociais.

7 Emitiu cheque para pagamento da folha.14 Registrou a renda total dos empregados da fábrica totalizando $ 66.300, menos

as deduções para o imposto de renda dos empregados e os encargos sociais.14 Emitiu cheque para pagamento da folha.15 Registrou salários administrativos, $ 9.000, e salários de vendas, $ 17.000, me-

nos as deduções para o imposto de renda dos empregados e os encargos sociais.15 Emitiu cheque para pagamento dos salários.21 Registrou a renda total dos empregados da fábrica totalizando $ 72.500, menos

as deduções para o imposto de renda dos empregados e os encargos sociais.21 Emitiu cheque para pagamento da folha.28 Registrou a renda total dos empregados da fábrica totalizando $ 74.200, menos

as deduções para o imposto de renda dos empregados e os encargos sociais.28 Emitiu cheque para pagamento da folha.31 Registrou salários administrativos, $ 9.000, e salários de vendas, $ 17.000, me-

nos as deduções para o imposto de renda dos empregados e os encargos sociais.31 Emitiu cheque para pagamento dos salários.31 Os ordenados e salários abaixo foram ganhos ou provisionados durante o mês

de março:

Capítulo 3 • CONTABILIDADE DA MÃO-DE-OBRA • 149

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Mão-de-obra direta . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 302.500Mão-de-obra indireta . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22.500Salários administrativos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18.000Salários de vendas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 34.000Total . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 377.000

A Companhia de Construção Constância usou o seguinte formulário para computar a quan-tia incorrida de encargos sociais sobre a folha de pagamento do empregador:

Rendimentos Tributáveis

Folha para Encargos Encargos Total deFederais para Estaduais para Encargos

Encargos Seguro Seguro Sobre aItens FICA Desemprego Desemprego Folha de

Pagamento

Salários da fábrica 325.000Salários administrativosSalários de vendasTotal 377.000

Pede-se:

1. Complete o formulário acima para mostrar os encargos sobre a folha impostos sobre o empre-gador para o mês de março.

2. Prepare os lançamentos de diário para registrar as transações acima, incluindo a distribuiçãodos custos da folha de pagamento e os encargos sobre a folha, supondo que os encargos sobrea folha impostos sobre o empregador pelos salários de fábrica serão debitados em CIF, os encar-gos sobre os salários administrativos serão debitados em Despesas Administrativas Diversas, eos encargos sobre os salários de vendas serão debitados em Despesas de Vendas Diversas.

3. Suponha que os empregados da fábrica trabalharam nos dias 29, 30 e 31 de março. Qual foia quantia de salários provisionados no dia 31 de março?

P 3-10 Contabilizando o pagamento de gratificações, de férias e de feriadosObjetivo 5

A folha de pagamento da fábrica para a semana é de $ 100.000, que consiste em$ 70.000 ganhos por 100 operários diretos e $ 30.000 ganhos por 30 operários indiretos. Ototal de gratificações da fábrica que devem ser recebidas no final do ano está estimado em$ 200.000. Todos os trabalhadores da fábrica recebem duas semanas de férias pagas e cinco fe-riados pagos.

Prepare o lançamento para registrar a folha de pagamento semanal e os custos e obrigaçõesrelativos às gratificações, férias e feriados, supondo que os benefícios indiretos dos operários di-retos sejam debitados em CIF.

150 • CONTABILIDADE DE CUSTOS

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Capítulo 3 • CONTABILIDADE DA MÃO-DE-OBRA • 151

P 3-11 Alocando prêmios por horas extras e custos de gratificaçõesObjetivos 3, 5

A Companhia de Manufatura Ciclopes usa um sistema de custo por ordem para custear osseus produtos. Recentemente, ela assinou um novo contrato coletivo de trabalho com o sindicatoque pede por uma vez e meia para todo trabalho acima de 40 horas por semana, e o dobro pa-ra sábados e domingos. Além disso, uma gratificação de 1% sobre a renda anual dos emprega-dos deve ser paga aos empregados no final do ano fiscal. O controller, o gerente da fábrica e ogerente de vendas discordam sobre como os pagamentos por horas extras e gratificações devemser alocados.

Um exame da folha de pagamento do primeiro mês sob as provisões do novo contrato cole-tivo de trabalho mostra o seguinte:

Mão-de-obra direta:Normal – 40.200 horas a $ 10 . . . . . . . . . . . . . . . $ 402.000Horas extras:Dias da semana – 1.700 horas a $ 15. . . . . . . . $ 25.500Sábados – 400 horas a $ 20 . . . . . . . . . . . . . . 8.000Domingos – 300 horas a $ 20. . . . . . . . . . . . . . 6.000 39.500

Mão-de-obra indireta . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14.800$ 456.300

Análise dos documentos que apóiam a folha de pagamento revelaram o seguinte:

a. Cada dia, mais produção era programada do que podia ser manejada em um dia normalde trabalho, resultando na necessidade de horas extras.

b. As horas de sábado e domingo resultaram de pedidos de urgência com arranjos especiaisde contrato com os clientes.

O controller acredita que os prêmios por horas extras e as gratificações devem ser debitadasem CIF e rateadas sobre toda a produção do período contábil, independente de quando as or-dens foram completadas.

O gerente de fábrica é a favor de debitar os prêmios por horas extras diretamente das or-dens processadas durante as horas extras, e as gratificações das despesas administrativas.

O gerente de vendas afirma que os prêmios por horas extras e as gratificações não são cus-tos da fábrica debitáveis da produção normal, mas são custos criados por políticas administrativase, portanto, devem ser debitadas apenas de despesas administrativas.

Pede-se:

1. Avalie cada posição – do ponto de vista do controller, do gerente da fábrica e do gerente devendas. Se você discordar de todas as posições tomadas, apresente o seu ponto de vista sobrea alocação apropriada.

2. Prepare os lançamentos no diário para ilustrar a posição que você apóia, incluindo a provisãopara a gratificação.

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152 • CONTABILIDADE DE CUSTOS

ANEXO A:

LEGISLAÇÃO BRASILEIRA SOBRE CUSTOSA Contabilidade de Custos, no Brasil, em nível societário, é muito influenciada pela legisla-

ção. A legislação orientadora corresponde a:� Constituição Federal de 1988, artigos 145 a 162, 201 a 204� Lei nº 6.404 de 1976 – das S/As, art. 177 a 183� Decreto Lei nº 1.598 de 1977, art. 13� Lei nº 8.212 e 8.213 de 1991 – Orgânica da Previdência Social� Decreto Lei nº 3.000 de 1999, RIR/99, art. 290 e 291Em relação à mão-de-obra, os encargos sociais, em média, são:

Encargos sociais para o setor industrial

Pessoal de produçãoTipos de Encargos (%) sobre o salárioGRUPO A – Obrigações SociaisPrevidência Social 20,00FGTS 8,00Salário Educação 2,50Acidentes de Trabalho (médio) 2,00SESI 1,50SENAI 1,00SEBRAE 0,60INCRA 0,20

Subtotal A 35,80GRUPO B – Tempo não trabalhado 1Repouso semanal 18,91Férias 9,45Feriados 4,36Abono de feias 3,64Aviso prévio 1,32Auxílio enfermidade 0,55

Subtotal B 38,23GRUPO C – Tempo não trabalhado 213º Salário 10,91Despesa de rescisão contratual 2,57

Subtotal C 13,48GRUPO D – IncidênciasIncidência cumulativa grupo A 3 B 13,68Incidência do FGTS sobre 13º 0,87

Subtotal D 14,55

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Todos os custos incorridos na fábrica, que não são diretamente identificáveis ao produtoacabado, são chamados de Custos Indiretos de Fabricação (CIF). Esses custos opera-cionais da fábrica não podem ser rastreados para uma unidade específica de produção.

Uma variedade de outros termos já foram usados para descrever esse tipo de custo, como custosindiretos, despesas indiretas, custos indiretos de manufatura ou despesas indiretas de fabricação.

Um método para determinar se uma despesa de fábrica é um item de custos indiretos defabricação, é o de comparar a despesa com os padrões de classificação estabelecidos para custosde materiais diretos e mão-de-obra direta. Se a despesa não pode ser debitada de qualquer des-tas duas contas “diretas” de fábrica, ela é classificada como um custo indireto de fabricação. As-

OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM

Após estudar este capítulo, você deverá estar apto a:

� Identificar padrões de comportamento de custos.� Separar custos semivariáveis em componentes variáveis e fixos.� Elaborar um orçamento para custos indiretos de fabricação.�Contabilizar os custos indiretos de fabricação reais.�Distribuir custos indiretos de fabricação entre o departamento de serviçose departamentos de produção.

�Aplicar custos indiretos de fabricação usando taxas predeterminadas.�Contabilizar custos indiretos de fabricação reais e aplicados.

Contabilidade para Custos Indiretosde Fabricação

4

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sim, todas as despesas indiretas de fábrica são itens de custos indiretos de fabricação.Geralmente, contas de custos indiretos de fabricação incluem (1) materiais indiretos consumi-dos na fábrica, como materiais de limpeza e lubrificantes que são necessários para a produção;(2) mão-de-obra indireta da fábrica, como os salários de zeladores, operadores de empilhadeirase supervisores; e prêmios por horas extras pagos a todos os trabalhadores da fábrica; e (3) outrasdespesas indiretas de fabricação, como aluguel, seguro, impostos prediais, depreciação, aqueci-mento, iluminação e energia.

A contabilidade para custos indiretos de fabricação envolve os seguintes procedimentos:

1. Identificar os padrões de comportamento de custos.

2. Criar um orçamento para os custos indiretos de fabricação.

3. Acumular os custos reais indiretos.

4. Aplicar estimativas de custos indiretos de fabricação à produção.

5. Calcular e analisar as diferenças entre os custos indiretos de fabricação reais e aplicados.

IDENTIFICANDO PADRÕES DE COMPORTAMENTO DE CUSTOS

OBJETIVO DE APRENDIZAGEM 1Identificar padrões de comportamento de custos.

Materiais diretos e mão-de-obra direta são classificados como custos variáveis. Custosvariáveis são custos que variam em proporção direta com mudanças no volume. Em contraste,existem os custos que permanecem iguais, no total, quando os níveis de produção aumentam oudiminuem. Esse custos constantes são chamados de custos fixos. Custos semivariáveis têmcaracterísticas de custos variáveis e de custos fixos. Às vezes, são chamados de custos mistos ousemifixos.

Despesas indiretas de fabricação incluem custos que podem ser classificados como variá-veis, fixos, ou semivariáveis. Portanto, custos indiretos de fabricação criam um problema difícilpara a maioria das empresas porque precisam prever custos que serão incorridos em váriosníveis de produção. Os custos indiretos de fabricação que se comportam como o custo de mate-riais diretos e custos de mão-de-obra direta são considerados custos variáveis e são prontamen-te previsíveis porque aumentam ou diminuem na mesma proporção que as mudanças no volu-me de produção. Os custos indiretos de fabricação que são considerados fixos permanecemconstantes quando a produção varia; portanto, também são considerados previsíveis. Os custosindiretos de fabricação que são semivariáveis requerem uma análise e uma atenção adicionalporque não são tão prontamente previsíveis. Em muitas empresas, custos semivariáveis consti-tuem parte substancial das despesas de custos indiretos de fabricação, e o método usado paraprever esses custos precisa ser cuidadosamente escolhido.

A Figura 4-1 mostra os padrões básicos de custos indiretos de fabricação quando existemmudanças de volume. Exemplos de custos indiretos de fabricação variáveis, fixos e semivariáveisincluem os seguintes:

Variáveis: Custos de energia diretamente associados à produção, despesas de deprecia-ção computadas na base de horas-máquina usadas, suprimentos, produtosdanificados, despesas de pequenas ferramentas.

154 • CONTABILIDADE DE CUSTO

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Fixos: Impostos prediais e territoriais da fábrica, depreciação de equipamento com-putada pelo método da linha reta, pagamentos periódicos de aluguel, saláriosde executivos de produção, seguro sobre o prédio e o equipamento da fábrica.

Semivariáveis:

Tipo A: Muda quando vários níveis de produção são alcançados. Este tipo de custo,também conhecido como custo variável em degraus, permanecerá constan-te sobre uma amplitude de produção, e depois mudará abruptamente. Osaumentos não são contínuos, e os custos atingirão um platô antes de ocorreroutra mudança no custo. Exemplos são custos de inspeção e manuseio, super-visão de fábrica e outros custos relacionados à mão-de-obra indireta e a algunsmateriais indiretos.

Tipo B: Varia continuamente, mas não em proporção direta às mudanças no volume.Exemplos incluem custos de serviços públicos e a manutenção de equipamen-to da fábrica. Por exemplo, a eletricidade usada para mover as máquinas iriavariar em proporção direta com o nível de produção, enquanto a eletricidadeusada para iluminar e aquecer a fábrica não iria variar com o número de unida-des produzidas. Um custo semivariável do Tipo B está ilustrado na Figura 4-1.

Figura 4-1 Padrões de Comportamento de Custos

A composição dos diferentes custos indiretos de fabricação semivariáveis faz com que aprevisão de uma quantia específica de custo para um dado nível de produção seja um grandedesafio. Técnicas matemáticas podem ser usadas para estabelecer componentes fixos e variáveisque compõem os custos semivariáveis e, até certo ponto, tirar um pouco da incerteza.

ANALISANDO CUSTOS INDIRETOS DE FABRICAÇÃO SEMIVARIÁVEIS

OBJETIVO DE APRENDIZAGEM 2Separar custos semivariáveis em componentes variáveis e fixos.

Muitas técnicas e teorias diferentes existem com relação à previsão de eventos futuros. Amaioria das técnicas matemáticas tenta estabelecer um padrão das evidências históricasdisponíveis e depois usam esse padrão como um modelo para prever resultados futuros. Se ahistória se repetir, o modelo irá simular os eventos futuros de forma satisfatória e as previsõesserão benéficas para o processo de tomada de decisão.

Capítulo 4 • CONTABILIDADE PARA CUSTOS INDIRETOS DE FABRICAÇÃO • 155

Custo Custo Custo

Volume Volume Volume

Variável Fixo Semivariável

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156 • CONTABILIDADE DE CUSTOS

As técnicas matemáticas (estatísticas) que serão discutidas usam os relacionamentos decustos históricos para isolar elementos variáveis e fixos que podem ser usados para determinarcustos futuros. O método não matemático (observacional) repousa sobre experiência pessoal ejulgamento gerencial.

MÉTODO OBSERVACIONAL

O método observacional repousa grandemente na habilidade de um observador paradetectar um padrão de comportamento de custos ao rever dados de custos e volumes passados.A reação de uma despesa a mudanças passadas de produção é observada, e uma decisão é toma-da para tratar a despesa como um item variável ou um item fixo, dependendo de a qual tipo decomportamento de custo ele mais se assemelha. Daí em diante, o item analisado de custos indi-retos de fabricação será tratado como um custo variável ou um custo fixo, ignorando o fato deque muitos custos são semivariáveis. Empresas que usam este método acreditam que a discre-pância entre os custos reais e os custos previstos será insignificante e não afetará as estratégias eoperações da administração.

O método observacional ainda é usado por algumas empresas. No entanto, devido a umaênfase cada vez maior na quantificação de dados de negócios e a necessidade de separar custossemivariáveis em seus componentes fixos e variáveis, os métodos matemáticos têm crescido empopularidade. Dois desses métodos são discutidos nas próximas seções: (1) o método alto-baixoe (2) o método do gráfico de dispersão estatístico. Esses dois métodos isolam um elemento deum custo semivariável, depois sugerem que o restante do custo seja o outro elemento.

MÉTODO ALTO-BAIXO

O método alto-baixo compara um alto volume de produção e seu custo relacionado aoutro de baixo volume de produção com seus custos relacionados. A diferença em volume entreos dois pontos comparados é linear e cairá ao longo de uma linha reta.

Para ilustrar, suponha que os seguintes custos indiretos de fabricação foram incorridos emdois níveis diferentes de produção:

1.000 Unidades 2.000 UnidadesDepreciação (fixo) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 2.000 $ 2.000Custos de inspeção (semivariáveis) . . . . . . . . . . . . . 3.000 5.000Suprimentos de fábrica (variáveis) . . . . . . . . . . . . . . 1.000 2.000

A depreciação é um custo fixo que permaneceu inalterado, no total, com o dobro de pro-dução. Suprimentos de fábrica é um custo variável que dobrou no total quando a produçãodobrou. No entanto, os custos de inspeção nem eram fixos nem mudaram em proporção aovolume. Ao usar a técnica alto-baixo, parte do custo de inspeção será determinado como sendovariável, e a parte restante como sendo fixa:

Custo Variável:Unidades Custos

Volume alto . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2.000 $ 5.000Volume baixo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1.000 3.000Diferença . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1.000 $ 2.000

Custo variável por unidade ($ 2.000/1.000 unidades) = $ 2

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Capítulo 4 • CONTABILIDADE PARA CUSTOS INDIRETOS DE FABRICAÇÃO • 157

Custo Fixo

1.000 Unidades 2.000 UnidadesCusto . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 3.000 $ 5.000Variável a $ 2 por unidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2.000 4.000Custo fixo (restante) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 1.000 $ 1.000

Custos de inspeção para vários níveis de produção podem ser estimados usando a seguin-te fórmula:

Custos de inspeção = $ 1.000 + ($ 2 � número de unidades produzidas)

Suponha que a administração deseja estimar os custos indiretos de fabricação totais paraum mês a um nível de produção de 4.000 unidades. Usando os dados acima, e a fórmula para ocusto semivariável, os custos indiretos de fabricação projetados para o mês seriam de $ 15.000,computados da seguinte maneira:

Depreciação (fixo) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 2.000Custos de inspeção (semivariável, $ 1.000 + $ 2(4.000) . . . . . . . . . . . . 9.000Suprimentos de fábrica (variável, $ 1 � 4.000)) . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4.000Total de custos indiretos de fabricação estimado para 4.000 unidades . . . $ 15.000

MÉTODO DO GRÁFICO DE DISPERSÃO

O método do gráfico de dispersão estima uma linha reta ao longo da qual os custossemivariáveis estarão dispostos. O custo analisado é traçado no eixo das ordenadas (eixo y) dográfico, e o nível de atividade, como as horas de mão-de-obra direta, ou horas-máquina, é plota-do no eixo das abscissas. Depois que as observações dos dados de custo e produção são plota-dos no gráfico, uma linha é desenhada, através de inspeção visual, representando a tendênciamostrada pela maioria dos pontos dos dados. Normalmente, um número igual de pontos caiacima e abaixo da linha. O ponto onde a linha reta cruza o eixo das ordenadas representa o totaldos custos fixos. O custo variável por unidade é computado ao subtrair os custos fixos dos cus-tos totais em qualquer ponto no gráfico e depois dividir pelo nível de volume para aquele ponto,lido do eixo das abscissas.

Os seguintes dados serão usados para ilustrar a determinação dos componentes fixos evariáveis do custo de inspeção, usando dados de custos e de produção dos últimos seis meses:

Mês Custo de Inspeção para o Mês Unidades Produzidas

Julho $ 4.500 1.600

Agosto 3.000 1.000

Setembro 4.600 1.800

Outubro 5.000 2.000

Novembro 4.050 1.500

Dezembro 3.350 1.200

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Figura 4-2 Método do Gráfico de Dispersão

A Figura 4-2 mostra o gráfico de dispersão desses dados. Uma linha é visualmente encaixa-da nesses dados ao posicionar uma régua até que esta esteja sobre, ou próximo de, todos os da-dos, com um número igual de pontos acima e abaixo da linha. (O fato de que mais de uma linhaassim pode ser traçada é uma das limitações explicadas abaixo.) A linha de custos na Figura 4-2cruza o eixo das ordenadas no nível de $ 2.500. Essa é a estimativa da parte dos custos fixos reti-rada do custo semivariável. Subtraia o custo fixo do custo total para qualquer nível de volume afim de determinar o total do custo variável naquele nível. Por exemplo, o total do custo variávelpara um nível de volume de 1.500 unidades é de $ 4.050 – $ 2.500 = $ 1.550. Então, o custo variá-vel por unidade seria de $ 1,03 ($ 1.550/1.500 unidades).

LIMITAÇÕES DOS MÉTODOS ALTO-BAIXO E GRÁFICODE DISPERSÃO ESTATÍSTICA

Os métodos alto-baixo e gráfico de dispersão estatística usam padrões de custos históricospara prever custos futuros e, portanto, estão sujeitos às limitações que se aplicam a todas as téc-

158 • CONTABILIDADE DE CUSTOS

$ 5.000

$ 4.000

$ 3.000

$ 2.500

$ 2.000

$ 1.000

Custo Total

1.000 1.200 1.400 1.600 1.800 2.000

Unidades Produzidas

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Capítulo 4 • CONTABILIDADE PARA CUSTOS INDIRETOS DE FABRICAÇÃO • 159

nicas de previsão. O uso de técnicas matemáticas não assegura uma previsão acurada. A exatidãode uma previsão depende muito da validade dos dados usados com o método escolhido.

A análise de custos é mais útil para a tomada de decisão quando todos os custos estãosegregados em duas categorias: variáveis e fixos. Portanto, os custos semivariáveis devem seranalisados e subdivididos nas duas categorias. O método alto-baixo baseia a sua solução em duasobservações e supõe que todos os outros relacionamentos não analisados cairão ao longo deuma linha reta entre essas observações selecionadas. Uma suposição desse tipo pode provar seraltamente irreal porque as duas observações usadas podem não ser representativas do grupo doqual os dados foram escolhidos. O método pode ser considerado confiável, no entanto, se paresadicionais dos dados são analisados e os resultados se aproximam dos obtidos nas primeirasobservações.

O método do gráfico de dispersão é uma melhoria sobre o método alto-baixo porque usatodos os dados disponíveis. Além disso, a inspeção visual do gráfico permite que pontos de da-dos não representativos, chamados de circundantes, sejam identificados. A principal desvanta-gem do método do gráfico de dispersão é que a linha de custos é traçada através dos pontos dedados baseada na inspeção visual em vez de em técnicas matemáticas. Técnicas mais sofisticadaspara determinar matematicamente uma linha de melhor encaixe através de um conjunto de pon-tos plotados vão além do escopo deste livro.

Os dois métodos enfatizam a importância do relacionamento entre os fatores de custo evolume; no entanto, muitos outros fatores podem afetar o comportamento de custo e não de-vem ser ignorados. Por exemplo, deve-se dar consideração também às mudanças de preços e àsmudanças na tecnologia. Generalizações sobre modelos de custo devem ser evitadas porqueapenas poucos custos têm características inerentes. Políticas administrativas influenciam direta-mente a maioria dos custos.

ORÇAMENTO DOS CIF

OBJETIVO DE APRENDIZAGEM 3Elaborar um orçamento para Custos Indiretos de Fabricação.

Orçamentos são os planos operacionais da administração expressos em termos quantita-tivos, como unidades de produção e custos relacionados. Depois de os custos indiretos de fabri-cação terem sido classificados como fixos ou variáveis, orçamentos podem ser elaborados paraníveis esperados de produção. A segregação dos componentes de custos fixos e variáveis permi-te à empresa elaborar um orçamento flexível. Um orçamento flexível é um orçamento quemostra os custos estimados para diferentes volumes de produção (ajustável).

Suponha que a administração deseja elaborar um orçamento de custos indiretos de fabrica-ção para três níveis de produção – 10.000, 20.000 e 40.000 unidades. Os CIF variáveis são de $ 5

Agora, você deve estar apto a resolver o seguinte: Questões 1-7; Exercícios 4-1 a4-3; Problemas 4-1 a 4-3.

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160 • CONTABILIDADE DE CUSTOS

por unidade, e os CIF fixos totalizam $ 50.000. Para esses volumes, os custos orçados são comoos seguintes:

10.000 20.000 40.000. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Unidades Unidades Unidades

Custo variável a $ 5 por unidade . . . . . . . . . $ 50.000 $ 100.000 $ 200.000Custo fixo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 50.000 50.000 50.000Total de CIF . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 100.000 $ 150.000 $ 250.000

CIF por unidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 10,00 $ 7,50 $ 6,25

Com o aumento de volume, os custos indiretos de fabricação por unidade diminuem por-que o custo fixo total ($ 50.000) é distribuído sobre um número maior de unidades. Por exem-plo, o custo fixo por unidade adicionará $ 5 ao custo por unidade ($ 50.000/10.000 unidades) nonível de 10.000 unidades, mas apenas $ 1,25 ($ 50.000/40.000 unidades) quando 40.000 unidadessão produzidas. O custo variável permanece constante a $ 5 por unidade em toda a amplitude daprodução.

A elaboração de orçamentos é uma ferramenta valiosa para a administração no planejamen-to e controle de custos. Um orçamento flexível ajuda a administração a estabelecer metas realis-tas de produção e a comparar os custos reais com os custos orçados (planejados).

CONTABILIDADE DE CUSTOS INDIRETOS DE FABRICAÇÃO

OBJETIVO DE APRENDIZAGEM 4Contabilizar os custos reais de custos indiretos de fabricação.

Sistemas de contabilidade de custos são projetados para acumular, classificar e resumir oscustos indiretos de fabricação realmente incorridos. Os procedimentos específicos usados paracontabilizar os custos reais de custos indiretos de fabricação dependem da natureza e organiza-ção da empresa de manufatura.

Em uma empresa pequena de manufatura, que tem apenas um departamento de produ-ção, os custos indiretos de fabricação podem ser contabilizados de forma semelhante às despe-sas administrativas e de vendas. Todas as contas de custos indiretos de fabricação podem sermantidas no razão geral. Entretanto, contas separadas devem ser mantidas para materiais indire-tos, mão-de-obra indireta e para cada uma das outras despesas indiretas de manufatura.

Os custos de materiais indiretos e mão-de-obra indireta são os primeiros a ser registradosno diário geral. Esses lançamentos são feitos a partir do resumo de materiais baixados e devolvi-dos, e do resumo de custos da mão-de-obra. Outras despesas de custos indiretos de fabricaçãotambém são registradas no diário geral, do qual são contabilizadas nas contas apropriadas norazão geral. As faturas que foram recebidas são as fontes para esses lançamentos. Listagens decustos fixos devem ser preparadas e usadas como as fontes para lançamentos de ajuste do diáriogeral para registrar a quantia de impostos, depreciação, seguro e outras despesas similares parao período.

Uma modificação substancial precisa ser feita no sistema de contabilidade quando o núme-ro de contas para custos indiretos de fabricação se torna elevado. Um razão subsidiário para cus-tos indiretos de fabricação deve ser criado e mantido, junto com uma conta de controle no razãogeral. O razão subsidiário é conhecido como o razão de custos indiretos de fabricação, e a

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Capítulo 4 • CONTABILIDADE PARA CUSTOS INDIRETOS DE FABRICAÇÃO • 161

conta de controle é intitulada “Custos Indiretos de Fabricação”, ou “Custos Indiretos de Manu-fatura”. No final de cada período contábil, o saldo da conta de controle para custos indiretos defabricação é confirmado ao comparar o seu saldo com o total dos saldos das contas no razão sub-sidiário de custos indiretos de fabricação.

Contas no razão de custos indiretos de fabricação devem ter títulos que descrevam clara-mente a natureza da despesa. Exemplos de contas típicas de custos indiretos de fabricaçãoincluem:

Água Mão-de-obra IndiretaAluguel Materiais IndiretosAquecimento e Iluminação Prêmios por Horas ExtrasBenefícios Indiretos dos Empregados Produtos DanificadosCombustível ReparosDepreciação Segurança da FábricaEnergia SeguroFerramentas Pequenas Seguro de Acidentes de TrabalhoImpostos Prediais e Territoriais Serviços de ZeladorLubrificantes SuprimentosManuseio de Materiais Telefone/FaxManutenção Produtos Defeituosos

Em empresas de manufatura com vários departamentos, o sistema de contabilidade é pro-jetado para acumular custos por departamento. Geralmente, orçamentos separados são prepa-rados para cada departamento, e depois combinados em um orçamento geral para a empresa.Assim, os custos reais incorridos podem ser prontamente comparados com os custos orçadospara cada departamento.*

As despesas de custos indiretos de fabricação precisam ser cuidadosamente analisadasantes de serem atribuídas aos departamentos. Por exemplo, o total da depreciação de fábrica éanalisado para determinar a distribuição dos débitos de depreciação entre os departamentos. Osistema de contabilidade deve ser projetado para fornecer os dados necessários pronta e acura-damente.

FOLHAS DE ANÁLISE DOS CUSTOS INDIRETOS DE FABRICAÇÃO

Em vez de expandir o razão de custos indiretos de fabricação para incluir uma conta sepa-rada para a parte de cada departamento das diversas despesas, folhas de análise dos custosindiretos de fabricação podem ser usadas para manter um registro subsidiário das despesasindiretas de fabricação. Uma folha separada de análise pode ser usada para registrar cada tipo dedespesa, com colunas individuais para a classificação departamental da despesa. Como alternati-va, uma folha separada de análise pode ser usada para cada departamento, com colunas indivi-duais para a classificação da despesa.

* N. do R. Também denominado área de responsabilidade quando se estuda a Contabilidade por Responsabilidade paraefeito de orçamento e accountability no sentido de prestação de contas por decisões gerenciais. É a unidade mínima adminis-trativa em que se presume haja um responsável por ela, algumas vezes tratada como centro de custos, que é a mínima unidadede acumulação de custos indiretos de febricação.

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A Figura 4-3 mostra um exemplo de folha de análise usada para manter registros individuaispara cada tipo de despesa indireta de fabricação. A folha de análise por tipo de despesa for-nece uma coluna para quantias separadas para cada departamento, tornando possível a distribui-ção dos débitos entre os departamentos enquanto as despesas são registradas. Cada colunarepresenta um departamento; portanto, cada folha de análise substitui tantas contas separadasquantos departamentos existem na fábrica. Na Figura 4-3, que ilustra a distribuição de um mêsde depreciação para os departamentos, o custo de depreciação atribuível aos vários departa-mentos foi determinado ao multiplicar a valorização da fábrica e do equipamento em cadadepartamento (A: $ 36.000; B: $ 24.000; C: $ 18.000; D: $ 60.000) pela taxa anual de depreciação(10%) aplicável à propriedade. A depreciação mensal estimada (1/12 da depreciação anual) foiregistrada no diário geral e se tornou a fonte do lançamento para a folha de análise.

Figura 4-3 Folha de Análise dos Custos Indiretos de Fabricação— por Tipo de Despesa

Núm. da Conta: 3111 Base de Distribuição: Valorização de Fábrica e Equipamento

Conta: DepreciaçãoAnálise Departamental Data Descrição Ref. Lanc Débito Crédito SaldoDepto.A Depto.B Depto.C Depto.D. 300,00 200,00 150,00 500,00 31/01 Depreciação p/ janeiro DG 1.150,00 1.150,00

A folha de análise por tipo de departamento na Figura 4-4 fornece uma coluna sepa-rada de quantias para cada tipo de despesa. Isso torna possível a distribuição de despesas basea-da em departamentos, enquanto estão sendo registrados. Cada coluna representa uma despesadiferente. Portanto, cada folha de análise substitui tantas contas separadas quantos forem ostipos de despesas na fábrica. A Figura 4-4 mostra todas as despesas incorridas para o Departa-mento A durante janeiro. Somente os totais são lançados. Despesas são lançadas dos livros delançamento original no todo, ou a partir da data em que foram incorridas. As despesas fixas sãolançadas de um diário geral no final do mês.

Folhas de análise dos custos indiretos, por despesa e por departamento, servem comorazões subsidiários e são controladas pela conta de custos indiretos de fabricação no razão geral.A vantagem de se usar uma folha de análise para cada despesa, classificada por departamento, éque ela fornece apenas tantas colunas para quantias quantos departamentos existem na fábrica(veja a Figura 4-3). No entanto, um resumo deve ser preparado no final de um período contábilpara determinar o total de despesas incorridas para cada departamento.

Figura 4-4 Folha de Análise de CIF por Tipo de Departamento

CUSTOS INDIRETOS DE FABRICAÇÃO – DEPARTAMENTO A

Imposto DespesasMateriais Mão-de-obra Predial IndiretasIndiretos Indireta Energia Depreciação da Fábrica Seguro da FábricaNº 311.1 Nº 311.12 Nº 311.13 Nº 311.18 Nº 311.20 Nº 311.30 Nº 311.50

300 00 200 00 150 00 300 00 280 00 350 00 150 00

162 • CONTABILIDADE DE CUSTOS

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Capítulo 4 • CONTABILIDADE PARA CUSTOS INDIRETOS DE FABRICAÇÃO • 163

CUSTOS INDIRETOS DE FABRICAÇÃO – DEPARTAMENTO ADespesas Diversas de Data Descrição Ref. Débito Crédito Saldo

Fábrica Lanc.Nº Conta Valor

31/01 Despesas totais - janeiro 1730 00 1730 00

A vantagem de se usar uma folha de análise para cada departamento, classificada por des-pesas, é que menos folhas são necessárias e a preparação de um resumo não é requerido no fi-nal de um período contábil (veja a Figura 4-4). Quando uma fábrica é departamentalizada, oscustos indiretos de fabricação precisam ser registrados por departamento para determinar o cus-to total operacional de cada departamento. Um software de planilhas eletrônicas facilita a distri-buição dos custos indiretos de fabricação departamentais.

PROGRAMAÇÃO DE CUSTOS FIXOS

Tem-se por certo que os custos fixos não variam em quantia de mês em mês. Alguns custosfixos, como seguro e impostos prediais e territoriais, são despesas pagas antecipadamente ouprovisionadas. Devido a que esses custos são considerados muito previsíveis, programas para ovalor periódico de custos fixos a serem alocados aos diversos departamentos podem ser prepa-rados com antecipação. Uma programação de custos fixos parecida com a da Figura 4-5 podeser preparada para vários períodos. Ao se referir à programação no final do período, um lança-mento no diário pode ser preparado para registrar o total dos custos fixos. A programação tam-bém pode ser usada como uma fonte da qual os custos fixos podem ser lançados para as folhasde análise dos custos indiretos de fabricação departamentais.

Na Figura 4-5, a programação de custos fixos mostra que, para o mês de janeiro, o total dedespesas de depreciação da maquinaria, $ 1.150, é alocado para os departamentos como aseguir: A, $ 300; B, $ 200; C, $ 150; D, $ 500. A Figura 4-5 também mostra os custos fixos departa-mentais mensais para impostos sobre a propriedade e seguro, que foram distribuídos na base dametragem quadrada de espaço ocupado por departamento. No final do mês, o contador lançariaas quantias da programação de custos fixos para a folha de análise de cada departamento.

DESPESAS GERAIS COMO CIF

Todas as despesas gerais indiretas de fabricação são registradas de forma regular e sistemá-tica para que, no final de um período contábil, todas as despesas debitáveis para o período játenham sido distribuídas para os departamentos da fábrica. A alocação de custos indiretos paraos departamentos teria sido feita em proporção aos benefícios mensuráveis recebidos de taisdespesas. No entanto, para alguns itens de custos indiretos de fabricação, é difícil mensurar osbenefícios por departamento. Em vez disso, a fábrica como um todo é a beneficiária. Um exem-plo é o salário do gerente da fábrica, que tem a responsabilidade de supervisionar todas as ope-rações da fábrica. Outro exemplo seriam os salários dos guardas de segurança da companhia.

Despesas gerais indiretas de fabricação não identificadas com um departamento espe-cífico são debitadas para os departamentos por um processo de alocação. Essa alocação é nor-malmente feita em bases lógicas,** como alocar custos de aquecimento para os departamentosbaseado no espaço da fábrica devotado para cada departamento, ou o salário do gerente da

* N. do R. Alocação ou rateio implica obter-se a relação causa-efeito adequada por critérios ou métodos científicos, e não porarbitrariedades ou idiossincrasias.

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164 • CONTABILIDADE DE CUSTOS

fábrica baseado no montante estimado de tempo que é devotado para cada departamento. A alo-cação pode ser feita para cada item de despesa com relação a como foi incorrido e registrado, oudespesas podem ser acumuladas como incorrem e a alocação do total das despesas feita no finaldo período contábil. Se a alocação for feita no final do período, cada tipo de despesa geral defábrica incorrida durante o período é registrada em uma folha separada de análise. No final doperíodo, o total é alocado e registrado nas folhas de análise departamentais. O interesse emregistrar os custos indiretos de fabricação em folha separada depende da freqüência na qualessas despesas são incorridas durante o período.

Figura 4-5 Programação de Custos Fixos

Programação de Custos Fixos

Item de Custo Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho

Depreciação:Departamento A $ 300,00 $ 300,00 $ 300,00 $ 300,00 $ 300,00 $ 300,00Departamento B 200,00 200,00 200,00 200,00 200,00 200,00Departamento C 150,00 150,00 150,00 150,00 150,0 150,00Departamento D 500,00 500,00 500,00 500,00 500,00 500,00

Total $ 1.150,00 $ 1.150,00 $ 1.150,00 $ 1.150, $ 1.150,00 $ 1.150,00

Imposto Predial:Departamento A $ 280,00 $ 280,00 $ 280,00 $ 280,00 $ 280,00 $ 280,00Departamento B 270,00 270,00 270,00 270,00 270,00 270,00Departamento C 250,00 250,00 250,00 250,00 250,00 250,00Departamento D 200,00 200,00 200,00 200,00 200,00 200,00

Total $ 1.000,00 $ 1.000,00 $ 1.000,00 $ 1.000,00 $ 1.000,00 $ 1.000,00

Seguro:Departamento A $ 350,00 $ 350,00 $ 350,00 $ 350,00 $ 350,00 $ 350,00Departamento B 325,00 325,00 325,00 325,00 325,00 325,00Departamento C 300,00 300,00 300,00 300,00 300,00 300,00Departamento D 425,00 425,00 425,00 425,00 425,00 425,00

Total $ 1.400,00 $ 1.400,00 $ 1.400,00 $ 1.400,00 $ 1.400,00 $ 1.400,00

Total Geral $ 3.550,00 $ 3.550,00 $ 3.550,00 $ 3.550,00 $ 3.550,00 $ 3.550,00

RESUMO DOS CIF

Todas as despesas de custos indiretos de fabricação incorridas durante o período contábil,tanto variáveis quanto fixas, são registradas em folhas de análise de custos indiretos de fabrica-ção e na conta de controle de custos indiretos de fabricação no razão geral. Depois de completaros lançamentos no final do período contábil, o saldo da conta de controle é provado pela prepa-ração de um resumo de custos indiretos de fabricação (Figura 4-6) das folhas de análise.Esse resumo mostra os itens de despesa por departamento e no total.

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Capítulo 4 • CONTABILIDADE PARA CUSTOS INDIRETOS DE FABRICAÇÃO • 165

DISTRIBUINDO DESPESAS DOS DEPARTAMENTOS DE SERVIÇOS

OBJETIVO DE APRENDIZAGEM 5Distribuir custos indiretos de fabricação dos departamentos de serviços paraos departamentos de produção.

Todos os sistemas de custo por ordem e por processo são projetados para acumularem ocusto total de cada ordem ou unidade de produto. Para incluir custos indiretos de fabricação co-mo parte do custo total, a quantia de custos indiretos de fabricação incorrida por departamentode produção deve ser determinada.

Em uma fábrica, o processo de manufatura consiste em uma série de operações executadasem departamentos, ou centros de custo. Os departamentos são divididos em duas classes:departamentos de serviços e de produção. Um departamento de serviços é uma parte essen-cial da organização, mas não trabalha diretamente no produto. A função de um departamento deserviços é de atender às necessidades dos departamentos de produção e outros departamentosde serviços. O produto recebe o benefício do trabalho executado pelo departamento de serviçosindiretamente. Exemplos de departamentos de serviços incluem um departamento que gera aenergia para a fábrica, um departamento de manutenção do edifício que é responsável pelamanutenção das instalações, ou o departamento de contabilidade de custos que mantém osregistros contábeis da fábrica.

Figura 4-6 Resumo dos Custos indiretos de fabricação

Resumo dos Custos indiretos de fabricaçãopara o Mês Encerrado em 31 de Janeiro de 20 – –

Classificação Departamental

Despesas Depto. A Depto. B Depto. C Depto. D Total

Materiais Indiretos $ 100 $ 50 $ 40 $ 30 $ 220Mão-de-obra Indireta 200 150 140 160650Energia 150 140 120 100510Depreciação 300 200 150 500 1.150Imposto Predial da Fábrica 280 270 250 200 1.000Seguro 350 325 300 425 1.400Despesas Gerais da Fábrica 150 350 200 300 1.000Total $ 1.530 $ 1.485 $ 1.200 $ 1.715 $ 5.930

Um departamento de produção executa as operações reais de manufatura que fisica-mente transformam as unidades em processamento. Devido a que os departamentos de produ-ção recebem os benefícios do trabalho executado pelos departamentos de serviços, o custo totalda produção deve incluir não apenas os custos debitados diretamente para os departamentos deprodução, mas também uma parte dos custos operacionais dos departamentos de serviços. Por-tanto, os custos totais do produto devem incluir uma parte dos custos dos departamentos deserviços.

A distribuição dos custos dos departamentos de serviços para os departamentos de produ-ção envolve uma análise do relacionamento do departamento de serviços com os outros depar-

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166 • CONTABILIDADE DE CUSTOS

tamentos antes que um processo de rateio possa ser desenvolvido. O custo operacional de cadadepartamento de serviços deve ser distribuído em proporção com os benefícios recebidos pelosvários departamentos. O rateio dos custos do departamento de serviços é complicado porquealguns departamentos de serviços prestam serviços para outros departamentos de serviçostanto quanto para os departamentos de produção. Para que uma distribuição possa ser eqüitati-va, o custo operacional de um departamento de serviços deve ser dividido entre todos os depar-tamentos que este atende, tanto de serviço quanto de produção.

O primeiro requisito do processo de distribuição é determinar como um departamento deserviços em particular divide os seus serviços entre os outros departamentos. Em alguns casos,os serviços realizados para um outro departamento podem ser determinados com precisão. Noentanto, na maioria das vezes, a distribuição precisa ser baseada em aproximações. Por exemplo,o departamento de energia pode estar fornecendo energia para a operação das máquinas e paraa iluminação do prédio e dos terrenos e áreas que cercam a fábrica. Se a energia usada em cadadepartamento for medida, os medidores podem ser lidos no final do período e os departamen-tos debitados pela quantia exata de energia que foi usada. Esse tipo de débito para o departa-mento seria chamado de débito direto.

Por outro lado, um departamento, como de manutenção do prédio, que mantém o prédiolimpo e faz os consertos necessários, não consegue medir exatamente os benefícios que forneceaos outros departamentos que atende. Portanto, o custo operacional do departamento demanutenção de prédios é distribuído para os outros departamentos de alguma forma eqüitativa,como a metragem quadrada de espaço que ocupa.

Bases comuns para distribuir os custos dos departamentos de serviços incluem os seguintes:

Departamentos de Serviços Bases para DistribuiçãoManutenção do Prédio Espaço ocupado pelos outros departamentosInspeção e Embalagem Volume de produçãoOficina Mecânica Valor da maquinaria e equipamentoPessoal Número de empregados no departamento atendidoCompras Número de pedidos de comprasExpedição Quantidade e peso dos itens expedidosAlmoxarifado Unidades de material requisitadasFerramentaria Total de horas de mão-de-obra direta

nos departamentos atendidos

Depois que as bases para distribuição foram escolhidas para os departamentos de serviços,a próxima etapa é distribuir o custo total de cada departamento de serviços para os outrosdepartamentos. Para ilustrar o processo de distribuição, suponha que as seguintes condiçõesexistam:

1. O departamento de manutenção presta serviços ao prédio da usina geradora.

2. O departamento de energia fornece energia para o equipamento de manutenção do departa-mento de manutenção.

3. O departamento de energia e o departamento de manutenção prestam serviços para as insta-lações do departamento de pessoal.

4. O departamento de pessoal presta serviços para os departamentos de energia e de manuten-ção através de suas funções de contratação de pessoal e de manutenção dos registros do pes-soal dos departamentos.

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O primeiro passo é computar o custo total de qualquer um desses departamentos que sesobrepõem. Existem três métodos diferentes que podem ser usados:

1. O método de distribuição direta, que distribui os custos do departamento de serviçosdiretamente para os departamentos de produção.

2. O método de distribuição seqüencial ou método passo a passo, que distribui os custosdo departamento de serviços regressivamente para outros departamentos de serviços edepois para os departamentos de produção. A seqüência da alocação dos custos do departa-mento de serviços é normalmente estabelecida de uma destas duas maneiras:

a. O número de outros departamentos atendidos.

b. A magnitude dos custos totais em cada departamento de serviços.

3. O método de distribuição algébrica leva em consideração o fato de que alguns departa-mentos de serviços não só prestam serviços para, mas também podem receber serviços de,outros departamentos de serviços. Uma explicação mais aprofundada deste método vai alémdo escopo deste livro.

O método de distribuição direta não tenta determinar a extensão na qual um departa-mento de serviços presta serviços para outro departamento de serviços. Em vez disso, os custosdos departamentos de serviços são alocados diretamente e apenas para os departamentos deprodução. Este método tem a vantagem da simplicidade, mas pode produzir resultados menosprecisos do que os outros métodos. O uso do método direto é justificado se os custos alocadospara os departamentos de produção não diferem substancialmente dos custos que seriam aloca-dos se se estivesse usando um outro método mais preciso.

O método de distribuição seqüencial reconhece o inter-relacionamento dos departa-mentos de serviços. Os custos do departamento de energia são divididos entre os departamen-tos de pessoal, manutenção e produção. Depois da distribuição do custo do departamento deenergia, os custos totais do departamento de pessoal – que agora incluem uma parte dos custosdo departamento de energia – serão alocados para os departamentos de manutenção e de pro-dução. Finalmente, os custos dos departamentos de manutenção serão distribuídos para osdepartamentos de produção.

A seqüência de distribuição para alocar os custos dos departamentos de serviços é umadecisão de alta prioridade quando o método de distribuição seqüencial for usado. O procedi-mento seqüencial deve primeiro distribuir os custos do departamento de serviços que presta omaior número de serviços aos outros departamentos. Deve continuar até que todos os custosdos departamentos de serviços tenham sido distribuídos para os departamentos de produção. Ométodo de distribuição seqüencial pode ser longo e trabalhoso, mas tem a vantagem de ser maispreciso se a seqüência estabelecida for baseada em uma análise robusta dos serviços prestadosaos vários departamentos. Se existir um grau substancial de incerteza quanto ao custo de qualdepartamento deve ser distribuído primeiro para os outros departamentos, e essa incerteza nãopuder ser dissipada, o departamento com o maior custo de fabricação total deve ser distribuídoprimeiro. Esta ordem de distribuição está baseada na suposição de que os departamentos pres-tam serviços em proporção direta à quantia de despesa que incorrem.

A Figura 4-7 (distribuição direta apenas para os departamentos de produção) e a Figura 4-8(distribuição seqüencial para departamentos de serviços e de produção baseada na magnitudedos custos totais nos departamentos de serviços) mostram os métodos direto e seqüencial dedistribuição dos custos dos departamentos de serviços para os departamentos de produção. Re-pare que a quantia dos custos em cada departamento de serviços é usada como um critério para

Capítulo 4 • CONTABILIDADE PARA CUSTOS INDIRETOS DE FABRICAÇÃO • 167

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168 • CONTABILIDADE DE CUSTOS

Figura4-7

Método1–Distribuição

DiretadosCustosdo

Departamentode

Serviços

paraosDepartamentosde

Produção

Energia

Pessoal

Manutenção

Depto.A

Depto.B

Depto.C

Depto.D

Total

Totaldasfolhasdeanálisedos

custosindiretosdefabricação

30.000

0010.000

0020.000

0050.000

0040.000

0060.000

0090.000

00300.00000

Distribuiçãodeenergia–

(kilowatts-hora)

A–12.000a$0,30

*3.60000

B–18.000a

0,30

5.40000

C–20.000a

0,30

6.00000

D–50.000a

0,30

15.000

00100.000

DistribuiçãodoDepto.Pessoal

(númerodeempregados

atendidos)

A–30a$100*

*3.00000

B–10a$100

1.00000

C–20a$100

2.00000

D–40a$100

4.00000

100

Distribuiçãodamanutenção

(pésquadrados)

A–5.000a$1,00

***

5.00000

B–6.000a1,00

6.00000

C–4.000a1,00

4.00000

D–5.000a1,00

5.00000

20.000

61.600

0052.400

0072.000

00114.00000

300.00000

*$30.000/100.000(kilowatts-hora)=$0,30porkilowatts-hora

**$10.000/100(númerodeempregadosatendidos)=$100porempregado

***$20.000/20.000(pésquadrados)=$1,00porpésquadrado

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Capítulo 4 • CONTABILIDADE PARA CUSTOS INDIRETOS DE FABRICAÇÃO • 169

Figura4-8

Método2–Distribuição

Seqüencialde

Custosdo

Departamentode

ServiçosBaseadana

Magnitude

dosCustosTotaisdosDepartamentosde

Serviços

Energia

Manutenção

Pessoal

Depto.A

Depto.B

Depto.C

Depto.D

Total

Totaldasfolhasdeanálisede

CIF

30.000

0020.000

0010.000

0050.000

0040.000

0060.000

0090.000

00300.00000

Distribuiçãodeenergia–kW/h

Manutenção–

10.000a$0,25

*2.50000

Pessoal–

10.000a0,25

2.50000

A–12.000a$0,25

3.00000

B–18.000a0,25

4.50000

C–20.000a0,25

5.00000

D–50.000a0,25

12.500

00120.000

22.500

00Distribuiçãodamanutenção

–(pé)2Pessoal–

5.000a$0,90

**4.50000

A–5.000a$0,90

**4.50000

B–6.000a0,90

5.40000

C–4.000a0,90

3.60000

D–5.000a0,90

4.50000

25.000

17.000

00Distribuiçãodepessoal-(núm.

empregadosatendidos)

A–30a$170*

**5.10000

B–10a170

1.70000

C–20a170

3.40000

D–40a170

6.80000

100

62.600

0051.600

0072.000

00113.80000

300.00000

*$30.000/120.000(kW/hora)=$0,25porkW/hora.

**$22.500/25.000(pé)2=$0,90por(pé)2

***$17.000/100(númerodeempregadosservidos)=$170porempregado.

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170 • CONTABILIDADE DE CUSTOS

determinar a ordem de distribuição porque cada departamento de serviços presta serviços parao mesmo número de outros departamentos. A organização e a estrutura operacional de umaempresa serão os determinantes sobre qual método de distribuição deve ser escolhido e usado.Se a variação de um método para outro for insignificante, o método de distribuição direta seriaadequado porque economiza tempo e esforço.

As planilhas de distribuição completadas servem de base para uma série de lançamentos nodiário geral. Os lançamentos abaixo são baseados nos dados mostrados na Figura 4-8.

Lançamentos Contábeis

D - CIF – Departamento de Energia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30.000D - CIF – Departamento de Manutenção . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20.000D - CIF – Departamento de Pessoal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10.000D - CIF – Departamento A . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 50.000D - CIF – Departamento B . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 40.000D - CIF – Departamento C . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 60.000D - CIF – Departamento D . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 90.000

C – Custos Indiretos de Fabricação . . . . . . . . . . . . . . . . 300.000

Fechamento de despesas indiretas de fabricação para departamentos de serviços e de pro-dução.

A alocação dos custos de departamentos de serviços deve ser contabilizada como a seguir:

D - CIF – Departamento de Manutenção . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2.500D - CIF – Departamento de Pessoal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2.500D - CIF – Departamento A . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3.000D - CIF – Departamento B . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4.500D - CIF – Departamento C . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5.000D - CIF – Departamento D . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12.500

C - CIF – Departamento de Energia . . . . . . . . . . . . . . . . 30.000

Fechamento de despesas indiretas de fabricação do departamento de energia para os de-partamentos de serviços e de produção.

D - CIF – Departamento de Pessoal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4.500D - CIF – Departamento A . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4.500D - CIF – Departamento B . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5.400D - CIF – Departamento C . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3.600D - CIF – Departamento D . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4.500

C - CIF – Departamento de Manutenção . . . . . . . . . . . . 22.500

Fechamento das despesas indiretas de fabricação do departamento de manutenção para osdepartamento de serviços e de produção.

D - CIF – Departamento A . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5.100D - CIF – Departamento B . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1.700D - CIF – Departamento C . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3.400D - CIF – Departamento D . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6.800

C - CIF – Departamento de Pessoal . . . . . . . . . . . . . . . . 17.000

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Capítulo 4 • CONTABILIDADE PARA CUSTOS INDIRETOS DE FABRICAÇÃO • 171

Fechamento das despesas indiretas de fabricação do departamento de pessoal para os de-partamentos de produção.

Um sistema de contabilidade pode ser projetado para reduzir o número de contas de CIFque devem ser mantidas para os departamentos de serviços. Em um sistema assim, após comple-tar a planilha de distribuição na Figura 4-8, um lançamento no diário pode ser feito para fechar aconta de controle de custos indiretos de fabricação. Os débitos são feitos diretamente nosdepartamentos de produção como a seguir:

D - CIF – Departamento A . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 62.600D - CIF – Departamento B . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 51.600D - CIF – Departamento C . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 72.000D - CIF – Departamento D . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 113.800

C - CIF . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 300.000

Fechamento do CIF para os departamentos de produção. (Os totais departamentais incluemos custos rateados dos departamentos de serviços).

Após fazer os lançamentos de diário no razão geral, os saldos totais das contas departamen-tais de custos indiretos de fabricação serão iguais ao saldo da conta de controle de custos indire-tos de fabricação antes de ser fechada. Os lançamentos de diário não afetaram o total das despe-sas indiretas de fabricação. No entanto, o razão geral agora mostra a quantia de despesa dos CIFalocada para cada departamentos de produção.

APLICAÇÃO DOS CIF À PRODUÇÃO

OBJETIVO DE APRENDIZAGEM 6Aplicar os CIF usando taxas predeterminadas.

Nas discussões prévias, as empresas evitaram estimar e aplicar os custos indiretos de fabri-cação para a produção ao debitar os custos indiretos de fabricação reais ou incorridos para aconta de produtos em processo. As empresas usaram esses procedimentos para enfatizar ofluxo de custos e as técnicas básicas utilizadas na contabilidade de custos sem complicar indevi-damente os fundamentos. No entanto, custos indiretos de fabricação incluem muitos custosdiferentes, alguns dos quais não serão conhecidos até o final do período contábil. Já que é dese-jável conhecer o custo total de uma ordem, ou de um processo, logo após este ser completado,algum método precisa ser estabelecido para estimar a quantia de custos indiretos de fabricaçãoque deve ser aplicada para o produto acabado. Através do procedimento de estimativa, umaordem ou processo será debitado por uma quantia estimada de despesa indireta de fabricação.No final do período, os custos reais ou incorridos dos custos indiretos de fabricação podem sercomparados aos custos indiretos de fabricação estimados que foram aplicados. Se uma empre-sa encontrar uma diferença, ela pode fazer uma análise e uma distribuição subseqüente paracontas apropriadas.

Agora, você deve estar apto a resolver o seguinte: Questões 8-11; Exercícios 4-4 a4-6; Problema 4-4.

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172 • CONTABILIDADE DE CUSTOS

As vantagens de estimar e debitar custos indiretos de fabricação incluem faturar o clientede forma mais oportuna e preparar ofertas para novos contratos de forma mais acurada. Se nãofoi possível faturar um cliente por uma ordem completada até um ou dois meses depois porquetodos os custos indiretos de fabricação não eram conhecidos, essa demora adicional para rece-ber tais contas provaria ser muito caro para a empresa. Muitas empresas dependem muito de umprocesso de licitação para obter novas ordens. Se uma empresa não puder incluir um débito acu-rado justo de CIF nos custos da oferta, a saúde financeira da empresa pode ser prejudicada. Seuma empresa oferece um preço menor por um contrato e ganha a licitação porque subestimouas reais despesas indiretas de fabricação, ela pode acabar perdendo renda como resultado. Poroutro lado, superestimar os custos indiretos de fabricação numa oferta pode levar a empresa aperder novos contratos. Portanto, aproximar as despesas indiretas de fabricação projetadas paraas ofertas e para as ordens completadas é importante para o bem-estar financeiro de umaempresa e para o crescimento contínuo.

O orçamento flexível, que inclui os custos indiretos de fabricação esperados por departa-mento a dados níveis de produção, é usado para estabelecer taxas predeterminadas de cus-tos indiretos de fabricação. As taxas são computadas ao dividir o custo indireto de fabricaçãoorçado pela produção orçada. A produção orçada pode ser expressa em termos de horas/máqui-na, horas de mão-de-obra direta, custo de mão-de-obra direta, unidades, e assim por diante. Aexatidão das taxas depende das projeções de custos e as estimativas de produção previstas noorçamento flexível. Em projeções de orçamentos, os componentes de custos variáveis e fixos, ospadrões de comportamento de custos históricos e as possíveis futuras diferenças econômicas eoperacionais devem ser cuidadosamente considerados. Especificamente, esses fatores incluem ovolume antecipado de produção, a variabilidade de despesas, os custos fixos relevantes nosníveis de produção, a atividade da indústria como prevista e as possíveis mudanças de preçosque podem ocorrer. Devido aos muitos itens desconhecidos, não se pode esperar uma precisãoabsoluta. Mesmo assim, a administração deve dar alta prioridade para obter a taxa mais precisapossível.

Em uma empresa departamentalizada, custos indiretos de fabricação devem ser orçadospara cada departamento. Os procedimentos para distribuir as despesas departamentais orçadassão idênticos aos usados para alocar as reais despesas de custos indiretos de fabricação. Os orça-mentos de custos indiretos departamentais também devem incluir um rateio para despesas fixasorçadas, como a depreciação e uma parte das despesas orçadas dos departamentos de serviços.

Ao completar um orçamento de despesas para custos indiretos de fabricação, a empresaprecisa escolher um método para usar quando aplicar as despesas estimadas para os departa-mentos. Os métodos de aplicação comuns requerem que se obtenha os dados dos orçamentosde produção do período. Os orçamentos de produção irão fornecer informações quanto a esti-mativa de quantidade do produto, custo da mão-de-obra direta, horas da mão-de-obra direta, ehoras/máquina.

Das estimativas de produção para a fábrica ou para cada departamento, a empresa podeescolher um método que irá debitar o produto com uma parte justa dos custos indiretos defabricação que são esperados serem incorridos. A composição departamental de trabalho huma-no versus mecânico influenciará o método de aplicação dos custos indiretos de fabricação aoproduto. Um departamento com pouca automação normalmente aplicará custos indiretos defabricação usando o método de custo de mão-de-obra direta ou de horas de mão-de-obra,enquanto um departamento de produção altamente automatizado normalmente usará o méto-do de horas/máquina.

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Capítulo 4 • CONTABILIDADE PARA CUSTOS INDIRETOS DE FABRICAÇÃO • 173

MÉTODO DE CUSTO DE MÃO-DE-OBRA DIRETA

O método de custo de mão-de-obra direta usa o montante do custo de mão-de-obradireta que foi debitado ao produto como a base para se aplicar os custos indiretos de fabricação.A taxa de custos indiretos de fabricação a ser usada é predeterminada ao dividir o custo estima-do (orçado) de custos indiretos de fabricação pelo custo estimado (orçado) da mão-de-obradireta. O relacionamento dos custos indiretos de fabricação com os custos da mão-de-obra dire-ta é expresso como uma porcentagem do custo da mão-de-obra direta (a base).

Por exemplo, suponha que o custo orçado de custos indiretos de fabricação para o Depar-tamento A totalize $ 100.000, e é esperado que o custo da mão-de-obra direta estimado seja de$ 200.000. A taxa predeterminada seria de 50% das unidades monetárias da mão-de-obra($ 100.000/$ 200.000). E suponha que durante o primeiro mês de operações, a Ordem 100 incor-reu em $ 1.000 para materiais diretos e $ 3.000 para mão-de-obra direta. A Ordem é completada.Usando a taxa predeterminada para estimar custos indiretos de fabricação, o custo total é com-putado da seguinte maneira:

Ordem 100Materiais diretos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 1.000Mão-de-obra direta . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3.000Custos indiretos de fabricação (50% da mão-de-obra diretaem unidades monetárias) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1.500

Custo total da ordem completada . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 5.500

O método de custos da mão-de-obra direta é apropriado em departamentos que requeremmaior parte de trabalho humano e nos quais os débitos de custos de mão-de-obra direta são rela-tivamente estáveis de um produto para outro. Se uma força de trabalho gerar um custo de mão-de-obra direta que varia muito devido à amplitude da taxa por hora dos empregados, ou absen-teísmo, um outro método deve ser usado. Por exemplo, um empregado que ganha uma taxabaixa por hora poderia ser substituído, devido ao absenteísmo, por um empregado que ganhauma taxa mais alta por hora. O empregado que ganha a taxa mais alta irá encarecer o custo damão-de-obra direta, e assim aumentar a quantia de custos indiretos de fabricação debitados nodepartamento. Esses aumentos em cobranças de custos indiretos de fabricação normalmentenão são justificados porque o empregado que ganha a taxa mais alta normalmente não aumentaa real despesa de custos indiretos de fabricação incorrida pelo departamento. Qualquer flutua-ção no custo da mão-de-obra direta departamental que não é acompanhada por um aumentoproporcional nas despesas reais de custos indiretos de fabricação causará uma distorção no cus-to total do produto. Isso pode ser prejudicial à habilidade da empresa em controlar os seus cus-tos e tomar boas decisões de produção e de marketing.

MÉTODO DE HORAS DE MÃO-DE-OBRA DIRETA

O método de horas de mão-de-obra direta supera o problema de variações nas taxas sala-riais ao aplicar os custos indiretos de fabricação usando o número de horas da mão-de-obra diretatrabalhada em uma ordem ou processo. A taxa predeterminada é computada ao dividir o custo orça-do de custos indiretos de fabricação pelo número estimado de horas da mão-de-obra direta queserão trabalhadas. Por exemplo, suponha que o custo orçado de custos indiretos de fabricação erade $ 100.000, e é esperado que a produção irá precisar de 25.000 horas de mão-de-obra direta. A taxapredeterminada seria de $ 4 por hora de mão-de-obra direta ($ 100.000/25.000 horas).

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174 • CONTABILIDADE DE CUSTOS

Se custos indiretos de fabricação forem aplicados à Ordem 100 usando o método de horasde mão-de-obra direta, os registros devem incluir o número de horas de mão-de-obra direta usa-das em cada ordem. Supondo que levou 500 horas de mão-de-obra direta para completar a Or-dem 100, e os custos de materiais diretos e mão-de-obra direta eram de $ 1.000 e $ 3.000, respec-tivamente, o custo da Ordem 100 fica assim:

Ordem 100Materiais diretos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 1.000Mão-de-obra direta (500 horas) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3.000Custos indiretos de fabricação (500 horas a $ 4) . . . . . . . . . . . 2.000Custo total da ordem completada . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6.000

Uma vantagem do método de horas de mão-de-obra direta é que o montante do custo indi-reto de fabricação aplicado não é afetado pela combinação de taxas de mão-de-obra no custo to-tal da mão-de-obra direta. A desvantagem em usar este método seria que a base de aplicação(número de horas de mão-de-obra direta) poderia ser substancialmente menor do que quandoo custo da mão-de-obra direta é usado. Essa base de aplicação deveria ser, portanto, mais afeta-da pelos ligeiros desvios das horas de mão-de-obra direta. Também, se os custos indiretos defabricação primariamente consistem em itens que são mais proximamente ligados às unidademonetárias de mão-de-obra, tal como benefícios indiretos dos empregados, então o método dehoras de mão-de-obra direta pode não ser tão acurado.

MÉTODO DE HORAS-MÁQUINA

Um departamento altamente automatizado é geralmente melhor atendido pelo métodode horas-máquina. Em tais departamentos os custos indiretos de fabricação deveriam ser maisproporcionais às horas-máquina geradas por um equipamento do que por horas de mão-de-obradireta ou custos incorridos pelos empregados ao operarem a maquinaria. É comum em departa-mentos automatizados um único empregado operar mais do que um equipamento. Conseqüen-temente, uma hora de mão-de-obra direta pode gerar, possivelmente, cinco horas-máquina.

O método de horas-máquina exige substancial estudo preliminar à instalação e uma quanti-dade adicional de registros a serem mantidos. Entretanto, as vantagens a serem ganhas por umataxa de aplicação de custos indiretos de fabricação mais confiável pode mais do que compensar oesforço adicional e os custos envolvidos. A taxa de hora-máquina é determinada pela divisão docusto indireto de fabricação orçado pelas horas-máquina estimadas a ser usada pela produção.

Por exemplo, suponha que o custo indireto de fabricação orçado é de $ 100.000, e é espe-rado que 10.000 horas-máquina sejam requeridas. A taxa pré-determinada seria $ 10 por hora-máquina ($ 100.000/10.000 horas). Presumindo que a Ordem 100 completada agora usou $ 1.000para materiais diretos, $ 3.000 para mão-de-obra direta e requereu 300.000 horas-máquina, seucusto é o seguinte:

Ordem 100Materiais diretos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 1.000Mão-de-obra direta . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3.000Custos indiretos de fabricação (300 horas-máquina a $ 10) . . . . 3.000Custo total da ordem completada . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 7.000

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Capítulo 4 • CONTABILIDADE PARA CUSTOS INDIRETOS DE FABRICAÇÃO • 175

MÉTODO DE CUSTEIO BASEADO EM ATIVIDADE

Os métodos precedentes de aplicação de custos indiretos de fabricação aos produtossupõe que todos os custos indiretos de fabricação incorridos eram relacionados ao volume. Porexemplo, a quantia de custos indiretos de fabricação incorridos era apenas uma função de quan-tas horas de mão-de-obra direta ou horas-máquina foram usadas. Em uma fábrica moderna quemanufatura muitos produtos, uma parte substancial dos custos indiretos de fabricação pode sermais uma função da complexidade do produto em fabricação do que do número de unidadesproduzidas. O custeio baseado em atividade (ABC – Activity Based Costing) consideraatividades que não são relacionadas ao volume e que criam custos indiretos de fabricação, taiscomo o número de preparações de máquinas ou mudanças no projeto do produto que sãonecessárias para uma linha específica dele.

Um produto que é difícil de fazer pode ser produzido em números pequenos, talvez devi-do a sua natureza incomum e a resultante falta de demanda. Se custos indiretos de fabricaçãofossem aplicados aos produtos estritamente na base de horas de mão-de-obra direta, ou horas-máquina, pouquíssimos custos indiretos de fabricação seriam debitados para tal produto em vir-tude de seu baixo volume de produção. No entanto, a sua complexidade para produzir pode tercriado muitos custos indiretos de fabricação adicionais na forma de preparações de máquinas emudanças de projeto, embora o número de unidades naquela produção tenha sido pequeno.

Para empregar um sistema ABC com êxito, primeiro uma empresa precisa identificar as ati-vidades na fábrica que criam custos. Exemplos incluiriam mudanças nos projetos, inspeções,movimentação de materiais (logística), requisições de materiais e preparações das máquinas. Oscustos para executar cada uma dessas atividades no período vindouro precisam ser determina-dos. O próximo passo é de decidir o direcionador de custos (Cost Driver), ou base usadapara alocar cada grupo de custos de atividade. Por exemplo, para os custos da preparação dasmáquinas o direcionador de custos pode ser o total do tempo estimado para preparação dasmáquinas para o período vindouro, ou o número estimado de preparações que devem ser exe-cutadas. Por último, o custo estimado de cada grupo de atividades é dividido pelo número esti-mado de unidades de direcionadores de custo relacionados àquele grupo para computar custosindiretos, ou taxa de atividade, que é usada para debitar cada produto ou ordem baseada no seuconsumo dos recursos necessários para sustentar cada atividade.

Por exemplo, suponha que o orçamento de custos indiretos de fabricação é de $ 100.000. Aseguir vemos as bases de alocação, níveis esperados de atividade para cada grupo de custos, etaxas de custos indiretos de fabricação:

Nível EsperadoGrupo de Valor de Base de Taxa deCustos Esperado Alocação CIFUso de mão-de-obra direta $ 30.000 10.000 horas de mão- $ 3/hora de mão-

de-obra de-obra diretaUso de máquinas 0.000 5.000 horas-máquina $ 8/hora-máquinaPreparações de máquinas 20.000 100 preparações $ 200/preparaçãoMudanças de desenho 10.000 25 mudanças de $ 400/mudança

$ 100.000 projeto no projeto

Suponha que a Ordem 100, agora completada, exigiu $ 1.000 em materiais diretos, $ 3.000em mão-de-obra direta, 500 horas de mão-de-obra direta, 75 horas-máquina, duas preparações

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de máquinas e uma mudança no projeto. O custo da ordem deveria ser computado da seguintemaneira:

Ordem 100Materiais diretos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 1.000Mão-de-obra direta (500 horas) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3.000

Custos indiretos de fabricação relacionados a:Uso de mão-de-obra direta (500 horas � $ 3/hora demão-de-obra direta) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1.500Uso de máquinas (75 horas � $ 8 hora-máquina . . . . . . . . . . . . . . 600Preparações das máquinas (2 preparações � $ 200 / preparação) . 400Mudanças no projeto (1 mudança � $ 800 / mudança no projeto) . 800

Custo total da ordem completa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 7.300

Note que os custos indiretos de fabricação debitados para essa ordem usando custeiobaseado em atividade e, portanto, o custo total da ordem são maiores do que eram sob qualquerdos outros métodos de débito de custos indiretos de fabricação. O custeio baseado em atividadereflete melhor os custos adicionais para produzir uma ordem que requer uma mudança no pro-jeto e mais de uma preparação das máquinas.

EXEMPLO DO MUNDO REAL

ABC: UMA ABORDAGEM PILOTO

Abaixo estão incluídos alguns excertos de um artigo na Management Accounting(Contabilidade Gerencial), no qual o autor explica a implementação do ABC na Lord Cor-poration, uma empresa baseada em tecnologia diversificada mundialmente.

“Primeiro tivemos que aprender os pontos básicos do nosso ABC, então a nossaequipe se dividiu e participou de seminários sobre ABC no país todo. O que trouxemos devolta foi o seguinte: É vital aprender tudo de bom, de errado e de ruim que os outros fize-ram antes de tentar a sua própria implementação… Por exemplo, é preciso obter o apoio daalta gerência. Além disso, comece devagar – escolha uma área que será fácil de estudar. De-cida de antemão o seu propósito em usar o ABC – é impossível atribuir os melhores dire-cionadores de custo sem conhecer as suas metas. E isto vale a pena repetir: É preciso ter en-volvimento de função cruzada para fazer o projeto funcionar. Se o esforço vier apenas dacontabilidade, a implementação será vista como sendo um projeto da contabilidade…”

“As entrevistas dos empregados foram precedidas por uma reunião em grupo na qualos membros da equipe ABC explicaram aos empregados os pontos básicos sobre o custeiobaseado em atividade. Também ajudamos os empregados a pensar sobre as suas ativi-dades primárias e quanto tempo passavam executando cada uma, e pedimos quepreenchessem um formulário com essas informações antes da entrevista. Não queríamos

Agora, você deve estar apto a resolver o seguinte: Questões 12-18; Exercícios 4-7 e4-8; Problemas 4-5 a 4-7.

176 • CONTABILIDADE DE CUSTOS

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Capítulo 4 • CONTABILIDADE PARA CUSTOS INDIRETOS DE FABRICAÇÃO • 177

mais do que quatro atividades principais para cada pessoa e uma descrição breve de cadaatividade. Enfatizamos que não queríamos um resumo de cinco páginas sobre cada serviçoque a pessoa já realizou. Também enfatizamos repetidamente que as pessoas não tinham oque temer, e que não era para ficarem ‘protecionistas’ com relação aos seus empregos. Noformulário também pedimos aos empregados para descreverem as causas para cada umadas suas atividades de ordem…”

“O estudo piloto nos mostrou que o custo de peças era um pobre direcionador doscustos indiretos de materiais. Ele também revelou que um único direcionador de custos indi-retos de materiais era a inspeção. (Por exemplo, descobrimos que simplesmente mover ma-teriais de inspeção para estoque representava uma parte significante dos custos indiretos defabricação de um componente.) Foi aí que batemos o martelo para a necessidade do ABC.A implementação era vital para o sucesso do estudo piloto, então em freqüentes apresen-tações para a alta gerência, e altos empregados corporativos enfatizávamos a necessidadede aumentarmos o nosso programa de fornecedores certificados para poder reduzir asatividades de inspeção. Com um fornecedor credenciado as peças que entram contornam ainspeção e vão diretamente para a produção. Também dependemos muito de um programade “pular lotes”. Um modelo de computador determina se a peça deve ser inspecionada ounão, baseado em um histórico de entrega de peças de qualidade pelo fornecedor…”

“A abordagem ABC para o custeio mandou ondas de choque pelo grupo de marketing.Eles não conseguiam compreender por que peças de baixo volume e baixo custo, que anteslevavam uma porcentagem fixa de seu custo como custos indiretos de materiais, de repentesaltaram de 500% a 700%. Para eles, só fazia sentido que uma peça de $ 0,10 recebesse umcentavo de custos indiretos de fabricação, como o nosso sistema de custos padrão demonstra-va antes. O que o ABC revelou foi que mesmo essas peças baratas estavam sendo com-pradas, recebidas, inspecionadas e estocadas de forma que criavam custos significativos. Par-ticularmente, as peças de baixo volume e baixo custo eram altamente penalizadas…”

“Economias que podemos atribuir diretamente ao ABC são mais perceptíveis na formade produtos com melhores preços do que em reduções nos custos de manufatura. Isso foi de-vido às nossas metas para o estudo piloto e às nossas escolhas de direcionadores de custo.Usamos os resultados para justificar a determinação de preços e para discutirmos com osnossos clientes sobre o nosso foco em identificar e eliminar custos. Conseqüentemente, fo-mos capazes de melhorar o resultado líquido ao melhorar a confrontação entre o preço devenda e o custo…”

Alan W. Rupp, “ABC: A Pilot Project”, Management Accounting, jan. 1995, p. 50-5.

CONTABILIDADE DOS CIF REAIS E APLICADOS

OBJETIVO DE APRENDIZAGEM 7Contabilizar custos indiretos de fabricação reais e aplicados.

Após escolher o método de aplicação e computar a taxa predeterminada que será usada,todas as ordens ou processos devem ser debitados com o custo indireto de fabricação estimadoem vez de os custos indiretos de fabricação reais incorridos. Os custos indiretos de fabricaçãoestimados são aplicados para a produção através de um débito em Produtos em Processo e um

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178 • CONTABILIDADE DE CUSTOS

crédito em uma conta intitulada Custos Indiretos de Fabricação Aplicados. O uso da contaseparada para custos indiretos de fabricação aplicados em vez de ao lado do crédito da conta decontrole de custos indiretos de fabricação evita confundir os reais encargos de custos indiretosde fabricação, que são debitados na conta de controle de custos indiretos de fabricação, com osencargos estimados que são debitados na produção. No final de um período, o saldo devedorem Custos Indiretos de Fabricação é comparado ao saldo credor em Custos Indiretos de Fabri-cação Aplicados para determinar a precisão das taxas predeterminadas.

Custos Indiretos de Fabricação Custos Indiretos de Fabricação Aplicados

Debitado por Debitado quando Creditado porCIF encerrados os CIF CIF aplicadosreais incorridos às ordens

Para ilustrar o uso de uma taxa predeterminada, suponha que uma empresa estimou umataxa de $ 5 por hora de mão-de-obra direta, e uma ordem de produção exigiu 1.000 horas demão-de-obra direta para ser completada. Usando o método por hora de mão-de-obra direta,$ 5.000 de custos indiretos de fabricação estimados seriam aplicados às ordens como segue:

D - Produtos em Processo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5.000C - CIF Distribuídos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5.000

CIP aplicados à ordem (1.000 horas a $ 5).

No final do período, a conta de custos indiretos de fabricação aplicados é encerrada para aconta de controle de custos indiretos de fabricação:

D - CIF Aplicados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5.000C - CIF . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5.000

Encerramento da conta CIF Aplicados para a conta de Controle.

Depois que os lançamentos acima são feitos, o saldo (devedor ou credor) que permanecerna conta de controle para custos indiretos de fabricação, indica que os custos indiretos de fabri-cação reais que foram incorridos não eram iguais aos custos indiretos de fabricação estimadosque foram aplicados. Um saldo devedor que permanecer em Custos Indiretos de Fabricaçãoindica que uma quantia menor de custos indiretos de fabricação foi aplicado para a produção doque realmente foi incorrido durante o período. O saldo devedor indica que os custos indiretosde fabricação foram subaplicados ou superaplicados. Em outras palavras, a conta para produ-tos em processo foi subdebitada pelos custos indiretos de fabricação incorridos no período con-tábil. Causas prováveis para a subaplicação podem incluir: (1) foi alcançado um nível mais baixode capacidade operacional do que fora previsto quando a taxa predeterminada foi estabelecida,ou (2) as despesas dos custos indiretos de fabricação reais eram maiores do que orçado para onível operacional que foi alcançado. Se, por outro lado, um saldo credor permanecer após oscustos indiretos de fabricação terem sido aplicados, o saldo credor representaria uma superapli-cação de custos indiretos de fabricação ou uma superabsorção de CIF. Isso quer dizerque mais custos indiretos de fabricação foram aplicados para a produção do que foi realmente

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Capítulo 4 • CONTABILIDADE PARA CUSTOS INDIRETOS DE FABRICAÇÃO • 179

incorrido no período. Para começar cada mês novo com um saldo zero em Custos Indiretos deFabricação, normalmente o saldo credor ou devedor na conta é transferido para uma conta inti-tulada Custos Indiretos de Fabricação Sub- e Superaplicados, como a seguir:

D - CIF Sub- e Superaplicados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . xxC - CIF . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . xx

Saldo devedor encerrado (subaplicado) na conta de controle de CIF.

D - CIF . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . xxC - CIF Sub- e Superaplicados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . xx

Saldo credor encerrado (superaplicado) na conta de controle de CIF.

A conta especial, Custos Indiretos de Fabricação Sub- e Superaplicados, acumulará as dife-renças mês a mês. No final do ano, o saldo da conta sub- e superaplicados será fechado contra oCusto dos Produtos Vendidos, ou alocados na base pro rata para Produtos em Processo, Produ-tos Acabados, e Custo de Produtos Vendidos. O saldo deve ser rateado proporcionalmente se fordistorcer materialmente os resultados ao debitar a quantia toda de Custo de Produtos Vendidos.

A seguinte tabela ilustra como custos indiretos de fabricação sub- e superaplicados tipica-mente se compensam entre si sobre um dado período de tempo com as mudanças sazonais dademanda e dos níveis de produção:

Custos Indiretos de Fabricação Sub- e SuperaplicadosMês Subaplicados Superaplicados Saldo D (C)Janeiro . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 1.200 $ 1.200Fevereiro . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 800 2.000Março . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 3.500 (1.500)Abril . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2.000 (3.500)Maio . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1.000 (4.500)Junho . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 500 (5.000)Julho . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 700 (4.300)Agosto . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1.100 (3.200)Setembro . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2.500 (700)Outubro . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1.000 300Novembro . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 500 800Dezembro . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1.000 (200). . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 7.800 $ 8.000

Se um saldo pequeno, como o de $ 200 no exemplo acima, permanecer na conta de CIFSub- e Superaplicados no final do ano, ele pode ser encerrado diretamente para Custo de Pro-dutos Vendidos porque não afetará materialmente o resultado. No entanto, um saldo remanes-cente alto poderia distorcer o resultado do ano se fosse encerrado totalmente para Custo de Pro-dutos Vendidos quando a empresa tinha quantias materiais de estoques finais de produtos emprocesso e de produtos acabados que também conteriam custos indiretos de fabricação aplica-dos. Portanto, um ajuste é necessário para redemonstrar os saldos das contas de Produtos emProcesso, Produtos Acabados, e Custo de Produtos Vendidos.

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180 • CONTABILIDADE DE CUSTOS

Para ilustrar o procedimento de rateio (ajuste), suponha que um saldo devedor de $ 10.000(custos indiretos de fabricação subaplicados) permaneceu na conta de custos indiretos de fabri-cação sub- e superaplicados. Os saldos de final de período, antes do ajuste, das seguintes contaseram como segue:

Porcentagemdo Total

Produtos em Processo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 10.000 10%Produtos Acabados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30.000 30Custo de Produtos Vendidos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 60.000 60Total . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 100.000 100%

A quantia pro rata de custos indiretos de fabricação subaplicados debitáveis para cadaconta deveria ser computada como segue:

Produtos em Processo ($ 10.000 � 10%) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 1.000Produtos Acabados ($ 10.000 � 30%) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3.000Custo de Produtos Vendidos ($ 10.000 � 60%) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6.000

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 10.000

O lançamento no diário para fechar o saldo devedor em CIF Sub- e Superaplicados, seria daseguinte forma:

D - Produtos em Processo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1.000D - Produtos Acabados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3.000D - Custo de Produtos Vendidos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6.000

C - CIF Sub- e Superaplicados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10.000Saldo devedor encerrado em CIF Sub- e Superaplicados

A quantia alocada para Custo de Produtos Vendidos se torna um custo de período quereduz diretamente a quantia de resultado líquido para o período corrente. As quantias alocadaspara Produtos em Processo e Produtos Acabados se torna parte do custo de produto dos esto-ques e serão diferidas, junto com os outros custos de estoques, para o próximo período quandoo estoque for vendido.

As seções anteriores deste capítulo apresentaram e ilustraram os vários aspectos da conta-bilidade para custos indiretos de fabricação, incluindo a departamentalização dos custos indire-tos de fabricação, a distribuição dos custos dos departamentos de serviços, a aplicação dos cus-tos indiretos de fabricação para a produção usando taxas predeterminadas, e a contabilidadepara diferenças entre os custos indiretos de fabricação reais e aplicados. As Figuras 4-9 a 4-15 jun-tam esses vários aspectos e mostram o fluxo dos custos indiretos de fabricação pelo sistema decontabilidade.

A Figura 4-9 mostra os custos indiretos de fabricação reais acumulados durante o mês e dis-tribuídos no final do mês, usando os mesmos dados e métodos de distribuição dos custos dosdepartamentos de serviços apresentados na Figura 4-8. Os custos indiretos de fabricação foram

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aplicados aos departamentos de produção enquanto os serviços eram processados durante omês, como a seguir:

Departamento A . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 66.000Departamento B . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 56.000Departamento C . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 70.000Departamento D . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 110.000

A Figura 4-9 também mostra os custos indiretos de fabricação sub- e superaplicados pordepartamento e no total, como a seguir:

Custos Reais Aplicados Sub/(Super)Departamento A . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 62.600 $ 66.000 $ (3.400)Departamento B . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 51.600 56.000 (4.400)Departamento C . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 72.000 70.000 2.000Departamento D . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 113.800 110.000 3.800Total . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 300.000 $ 302.000 $ (2.000)

A Figura 4-10 mostra o fluxo de despesas indiretas de fabricação reais através de registroscontábeis. O exemplo supõe que as quantias lançadas para a conta de controle de custos indire-tos de fabricação foram originalmente registradas no razão geral. O débito total para a conta decontrole de $ 300.000 é igual à soma das despesas de custos indiretos de fabricação reais incorri-das pelos departamentos individuais e registradas nas folhas de análise para custos indiretos defabricação.

Na Figura 4-11, o saldo de $ 300.000 na conta de controle de custos indiretos de fabricaçãoé transferido para as contas de custos indiretos de fabricação para os departamentos tanto deserviços quanto de produção. As folhas de análise para custos indiretos de fabricação fornecemos dados necessários para a distribuição.

A Figura 4-12 mostra a distribuição dos custos do departamento de serviços para as contasde custos indiretos de fabricação do departamento de produção, usando o método de distribui-ção seqüencial dos custos do departamento de serviços com o departamento de serviços, comos maiores totais de custos sendo distribuídos primeiro. A Figura 4-13 mostra a aplicação doscustos indiretos de fabricação, baseados em taxas predeterminadas, para os departamentos indi-viduais de produção. Na Figura 4-14, as contas de custos indiretos de fabricação aplicados sãoencerradas para as contas de custos indiretos de fabricação departamentais. Finalmente, comomostra a Figura 4-15, os saldos nas contas de custos indiretos de fabricação departamentais sãoencerrados para Custos Indiretos de Fabricação Sub- e Superaplicados. O montante líquido decustos indiretos de fabricação superaplicados, $ 2.000, é relativamente pequeno e seria encerra-do totalmente para Custo de Produtos Vendidos em vez de alocados (rateados proporcional-mente) entre Custo de Produtos Vendidos e contas de estoques. A Figura 4-16 mostra, de formaresumida, as transações envolvidas na contabilidade para custos indiretos de fabricação.

Agora, você deve estar apto a resolver o seguinte: Questões 19-20; Exercícios 4-9 a4-12; Problemas 4-8 a 4-13 e Problema 4-14, que é uma revisão abrangente dosCapítulos 1 a 4.

Capítulo 4 • CONTABILIDADE PARA CUSTOS INDIRETOS DE FABRICAÇÃO • 181

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182 • CONTABILIDADE DE CUSTOS

Figura4-9

ResumodosCustosIndiretosde

Fabricação

ReaiseAplicados

Energia

Manutenção

Pessoal

Depto.A

Depto.B

Depto.C

Depto.D

Total

Totaldasdespesasreaisdas

folhasdeanálisedoCIF

30.000

0020.000

0010.000

0050.000

0040.000

0060.000

0090.000

00300.00000

Distribuiçãodeenergia–kW/h

Manutenção–

10.000a$0,25

2.50000

Pessoal–

10.000a0,25

2.50000

A–12.000a$0,25

3.00000

B–18.000a0,25

4.50000

C–20.000a0,25

5.00000

D–50.000a0,25

12.500

00120.000

22.500

00Distribuiçãodemanutenção

–(pé)2Pessoal–

5.000a$0,90

4.50000

A–5.000a$0,90

4.50000

B–6.000a0,90

5.40000

C–4.000a0,90

3.60000

D–5.000a0,90

4.50000

25.000

17.000

00Distribuiçãodepessoal-(núm.

empregadosatendidos)

A–30a$170

5.10000

B–10a170

1.70000

C–20a170

3.40000

D–40a170

6.80000

100

62.600

0051.600

0072.000

00113.80000

300.00000

CustosIndiretosdeFabricação

Aplicados

66.000

0056.000

0070.000

00110.00000

302.00000

CIFSub-ouSuperaplicado

(3.400

00)(4.400

00)2.00000

3.80000

(2.000

00)

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Figura 4-10 Despesas Indiretas de Fabricação Reais

Figura 4-11 Distribuição dos Custos Indiretos de Fabricação Reaispara os Departamentos de Serviços e de Produção

Custos Indiretos de Fabricação

300.000 300.000

CIF CIF CIF CIF CIF CIF

Energia Manutenção Pessoal Depto. A Depto. B Depto. C Depto. D

30.000 20.000 10.000 50.000 40.000 60.000 90.000

Capítulo 4 • CONTABILIDADE PARA CUSTOS INDIRETOS DE FABRICAÇÃO • 183

Diário Geral$ 300.000

Custos Indiretosde fabricação

300.000

Energia$ 30.000 Manutenção

$ 20.000 Pessoal$ 10.000 Depto. A

$ 50.000 Depto. B$ 40.000 Depto. C

$ 60.000 Depto. CD$ 90.000

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184 • CONTABILIDADE DE CUSTOS

Figura4-12Distribuição

dosCustosdosDepartamentosde

Serviços

Distrib

uiçãodosCustos

doDepartam

entode

Energia

Distrib

uiçãodosCustos

doDepartam

entode

Pessoal

Distrib

uiçãodosCustos

doDepartam

entode

Manutenção

Manutenção

20.000

2.500 Pessoal

10.000

2.500

Manutenção

20.000

22.500

2.500

22.5

00

Pessoal

10.000

2.500

4.500

Pessoal

10.000

17.000

2.500

4.500

17.000

CIF

DepartamentoA

50.000

3.000

4.500

5.100

62.600 CIF

DepartamentoB

40.000

4.500

5.400

1.700

51.600

CIF

DepartamentoC

60.000

5.000

3.600

3.400

72.000 CIF

DepartamentoD

90.000

12.000

4.500

6.800

113.

800

Energia

30.000

30.000

CIF

DepartamentoA

50.000

3.000 CIF

DepartamentoB

40.000

4.500 CIF

DepartamentoD

90.000

12.500

CIF

DepartamentoC

60.000

5.000

CIF

DepartamentoA

50.000

3.000

4.500 CIF

DepartamentoB

40.000

4.500

5.400 CIF

DepartamentoC

60.000

5.000

3.600 CIF

DepartamentoD

90.000

12.500

4.500

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Figura 4-13 Custos Indiretos de Fabricação Departamentais Aplicados

CIFDepartamento A

66.000

CIFDepartamento B

56.000

Produtos em Processo

302.000

CIF AplicadosDepartamento C

70.000

CIF AplicadosDepartamento D

110.000

Figura 4-14 Encerramento de Contas CIF Aplicados para CIF Departamental

CIF CIF AplicadosDepartamento A Departamento A

62.600 66.000 66.000 66.000

CIF CIF AplicadosDepartamento B Departamento B

51.600 56.000 56.000 56.000

CIF CIF AplicadosDepartamento C Departamento C

72.000 70.000 70.000 70.000

CIF CIF AplicadosDepartamento D Departamento D

113.800 110.000 110.000 110.000

Capítulo 4 • CONTABILIDADE PARA CUSTOS INDIRETOS DE FABRICAÇÃO • 185

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Figura 4-15 Encerramento dos Saldos das Contas de CIF Departamentais

CIFDepartamento A

62.600 66.0003.400

66.000

CIFDepartamento B

1.600 56.0004.400

56.000

CIFDepartamento C

72.000 70.0002.000

72.000

CIFDepartamento D

113.800 110.0003.800

113.800

186 • CONTABILIDADE DE CUSTOS

CIF – Sub- e SuperaplicadosDepartamento A

2.000

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Capítulo 4 • CONTABILIDADE PARA CUSTOS INDIRETOS DE FABRICAÇÃO • 187

Figura4-16Resumode

Transaçõesde

CustosIndiretosde

Fabricação.

CONTABILIDA

DEDO

SCU

STOSINDIRETO

SDE

FABRICAÇÃ

O

Transação

Fontede

Dados

Livrode

Lança-

Lançam

entono

razãogeral

RegistrosSubsidiário

smen-to

Orig

inal

deCustos

Materiaisindiretosrequisitados

Resumo

DiárioGeral

D-CIF

Análisedasfolhasde

doalmoxarifadoparauso

demateriais

ouDiário

C-Materiais

razãodoCIF.Cartõesde

nafábrica

baixados

deRequisições

razãodoalmoxarifado

Mão-de-obraindiretaempregada

Resumodecusto

DiárioGeral

D-CIF

Análisedasfolhas

nafábrica

demão-de-obra

C-FolhadePagamento

derazãodoCIF

Encargossociaissobrefolha

Registrodafolha

DiárioGeral

D-CIF;C-EncargosSociais

Análisedasfolhas

depagamentodo

depagamento

aPagar;C-FUTAaPagar;

derazãodoCIF

empregadornorazãoanalítico

C-SUTAaPagar

CIFincorridostaiscomoaluguel,

Faturas

DiárioGeral

D–CIF;C-ContasaPagar

Análisedasfolhas

energiaereparos

derazãodoCIF

AjustesdoCIFtaiscomoseguros

Programação

DiárioGeral

D-CIF;C-SeguroPré-pago;

Análisedasfolhas

vencidos,impostopredial

C-ImpostoPredialProvisionado;

derazãodoCIF

provisionadoedepreciação

C-DepreciaçãoAcumulada

DistribuiçãodeCIFpara

Programação

DiárioGeral

D-ContasdeCIFDepartamentais

Nenhum

departamentosdeserviçoseprodução

C-CIF

Distribuiçãodasdespesasdodepto.

Programação

DiárioGeral

D-ContasdeCIFdoDepartamento

Análisedasfolhas

deserviçosparacontasdedespesas

deProdução.C-ContasdeCIFdo

derazãodoCIF

dodepartamentodeprodução

DepartamentodeServiços

AplicaçãodoCIFparaasordens

Programaçãodastaxas

DiárioGeral

D-ProdutosemProcesso

Folhasdecustoporordem

deaplicaçãopredeter-

C-ContasdeCIFAplicados

minadasdepartamentais

aodepartamentodeprodução

EncerramentodascontasdeCIFaplicados

ContasdeCIFaplicados

DiárioGeral

D-ContasdeCIFAplicados

Nenhum

paraascontasdecontroledeCIF

C-CIF

Encerramentodossaldosdascontasde

ContasdeControle

DiárioGeral

D-CIFSub-eSuperaplicados

Nenhum

controledeCIFparaascontasdeCIF

deCIF

D-CIF(seSubaplicado);C

-CIF;

sub-esuperaplicados

C-CIFSub-eSuperaplicado

(sesuperaplicado)

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188 • CONTABILIDADE DE CUSTOS

TERMOS-CHAVECIF (Custos Indiretos de Fabricação) Folha de análise por tipo de departamento.CIF Aplicados Folha de análise por tipo de despesaCIF Sub- e Superaplicados Folhas de análise dos CIFCIF Superaplicados ou Superabsorvidos Método alto-baixoCircundantes Método de horas de mão-de-obra diretaCusteio baseado em atividade Método de distribuição algébricaCusto de período Método de distribuição diretaCusto do produto Método de distribuição seqüencialCusto variável em degraus (ou método passo a passo)Custos fixos Método de horas-máquinaCustos mistos Método do custo da mão-de-obra diretaCustos semifixos Método do gráfico de dispersãoCustos semivariáveis Método observacionalCustos variáveis OrçamentoDébito direto Orçamento flexívelDepartamento de produção Programação de custos fixosDepartamento de serviços Razão de CIFDespesa geral de CIF Resumo de CIFDirecionador de custos Taxa predeterminada de CIF

PROBLEMA PARA AUTO-AVALIAÇÃO

FOLHAS DE CUSTO POR ORDEM; LANÇAMENTOS NO DIÁRIOCOMPANHIA SERRA DO MAR

A Companhia Movidos a Água, fabricantes de Jet-Ski sob encomenda, completou a Ordem500 no dia 31 de março, e não havia ordens em processo na planta. Antes do dia 1 de abril, ataxa predeterminada para aplicação de custos indiretos de fabricação para o mês de abril foicomputada usando os seguintes dados, baseados em uma estimativa de 40.000 horas de mão-de-obra direta:

CIF variáveis estimados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 10.000CIF fixos estimados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20.000Total de CIF estimados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 30.000

CIF variáveis estimados por hora . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 0,25CIF fixos estimados por hora . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 0,50Taxa predeterminada de CIF por hora de mão-de-obra direta . . . $ 0,75

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A fábrica tem um departamento de produção, e o método de horas de mão-de-obra direta éusado.

Três ordens são iniciadas durante o mês, e lançamentos são feitos diariamente para as folhasde custo por ordem das requisições de materiais e dos registros de horas. A tabela a seguir mos-tra as ordens e os valores lançados nas folhas de custo por ordem:

Data de Materiais Mão-de-obra Horas de Mão-Ordem Início Diretos Direta de-obra Direta

401 1 de abril $ 10.000 $ 20.000 12.000402 12 de abril 20.000 25.000 18.000403 15 de abril 8.000 14.000 8.000

$ 38.000 $ 59.000 38.000

A conta de controle para custos indiretos de fabricação foi debitada durante o mês pelasdespesas reais de CIF de $ 32.500. No dia 11 de abril, a Ordem 401 foi completada e entregueao cliente com um acréscimo (markup) de 50% sobre o custo de manufatura. No dia 24 de abril,a Ordem 402 foi completada e transferida para Produtos Acabados. No dia 30 de abril, a Or-dem 403 ainda estava em processo.

Pede-se:

1. Prepare folhas de custo por ordem para as Ordens 401, 402 e 403, incluindo CIF aplicadosquando a ordem foi completada, ou ao final do mês para ordens parcialmente completadas.

2. Prepare lançamentos diários a partir de 30 de abril para os seguintes itens:a. Aplicação dos CIF para a produção.b. Encerramento da conta de CIF aplicados.c. Encerramento da conta de CIF.d. Transferência do custo das ordens completadas para Produtos Acabados.e. Registro do custo de venda e da venda da Ordem 401.

Sugestões:

1. Quando estiver completando as folhas de custo por ordem, primeiro você precisa determinarquanto de CIF deve ser aplicado para cada ordem.

2. Quando estiver encerrando a conta CIF, o saldo representará os CIF sub- e superaplicados.

SOLUÇÃO PARA O PROBLEMA DE AUTO-AVALIAÇÃOPreparando as folhas de custo por ordemNo dia 11 de abril, a Ordem 401 foi completada e os CIF foram aplicados como segue:

Ordem 401Materiais diretos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 10.000Mão-de-obra direta . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20.000CIF aplicados (12.000 horas � $ 0,75) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9.000Custo total . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 39.000

Capítulo 4 • CONTABILIDADE PARA CUSTOS INDIRETOS DE FABRICAÇÃO • 189

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No dia 24 de abril, a Ordem 402 foi completada e os CIF foram aplicados como segue:

Ordem 402Materiais diretos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 20.000Mão-de-obra direta . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25.000CIF aplicados (18.000 horas � $ 0,75) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13.500Custo total . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 58.500

No dia 30 de abril, a Ordem 403 não estava completada, no entanto os CIF são aplicadospara as ordens parcialmente completadas para estimar o custo total incorrido durante o mês deabril, como segue:

Ordem 403Materiais diretos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 8.000Mão-de-obra direta . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14.000CIF aplicados (8.000 horas � $ 0,75) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6.000Custo total (para o mês de abril) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 28.000

Preparando os lançamentos no diário

2. a. Os CIF totais aplicados para as três ordens durante abril foi de $ 28.500. O lançamento nodiário geral feito no dia 30 de abril para aplicar os CIF à produção é o seguinte:

30 de abril – Produtos em Processo . . . . . . . . . . . . . . 28.500CIF aplicados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 28.500

Os CIF aplicados de $ 28.500 já foram registrados nas folhas de custo por ordem. O lança-mento no diário geral acima faz a conta de controle para produtos em processo ficar deacordo com o razão subsidiário de custo por ordem.

b. e c. O próximo procedimento é encerrar a conta CIF Aplicados para CIF. Depois, transferirqualquer saldo remanescente para a conta CIF Sub- e Superaplicados.

30 de abril CIF Aplicados . . . . . . . . . . . . . . . . . 28.500CIF . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 28.500

30 de abril CIF Sub- e Superaplicados . . . . . . . . . 4.000CIF . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4.000

Encerramento de CIF ($ 32.500 real – $ 28.500 aplicado).

d. e e. Durante abril, os seguintes lançamentos foram feitos para transferir o custo das Ordens401 e 402, completadas, para Produtos Acabados, e para registrar o custo das vendase a venda da Ordem 401:

Produtos Acabados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 97.500Produtos em Processo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 97.500

Completou Ordens 401 ($ 39.000) e 402 ($ 58.500) e transferiu para Produtos Acabados.

190 • CONTABILIDADE DE CUSTOS

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Contas a Receber . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 58.500Vendas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 58.500

Entregou a Ordem 401 para o cliente e faturou com 50% de markup ($ 39.000 �

150%).

Custo de Produtos Vendidos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 39.000Produtos Acabados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 39.000

Registro do custo da Ordem 401 entregue ao cliente.

(Nota: o Problema 4-12 é similar a esse.)

QUESTÕES

Capítulo 4 • CONTABILIDADE PARA CUSTOS INDIRETOS DE FABRICAÇÃO • 191

1. Quais são as despesas de custos indiretosde fabricação e o que as distingue deoutros custos de manufatura? Quais outrostermos são usados para descrever despe-sas indiretas de fabricação?

2. Quais são as três categorias de despesasindiretas de fabricação? Dê exemplos decada.

3. Quais são as características que distin-guem os seguintes custos indiretos de fabri-cação: custos variáveis, custos fixos e cus-tos semivariáveis?

4. Quando o custo de um produto é compostode custos fixos e variáveis, qual é o efeitode aumento ou queda de produção sobreo custo total por unidade?

5. Qual é o efeito de uma mudança em volu-me sobre os custos variáveis, fixos e semi-variáveis?

6. Qual é a premissa subjacente ao métodoalto-baixo para analisar custos variáveis?

7. Quais são as vantagens e desvantagensdo método do gráfico de dispersão emcomparação com o método alto-baixo?

8. Em que a contabilidade de custos indiretosde fabricação difere nas empresas peque-nas com relação a empresas grandes?

9. Qual é a função e o uso de cada um dosdois tipos de folha de análise para custosindiretos de fabricação?

10. Quais são os dois tipos de departamentoencontrados em uma fábrica? Qual é a fun-ção e o propósito de cada um?

11. Quais são os dois métodos mais comumen-te usados para distribuir custos do departa-mento de serviços para os departamentosde produção?

12. Quais são as deficiências de esperar atéque as despesas de custos indiretos defabricação reais sejam conhecidas antesde registrar tais custos nas folhas de custopor ordem?

13. Quais são os dois tipos de dados orçamen-tários necessários para computar as taxaspredeterminadas de custos indiretos defabricação?

14. Quais são os três métodos tradicionalmen-te usados para aplicar custos indiretos defabricação para as ordens? Discuta a apli-cação de cada método.

15. Que condições operacionais de fábrica edados são necessários para cada um dosmétodos usados tradicionalmente usadospara aplicar custos indiretos de fabricaçãoaos produtos? Discuta os pontos fortes efracos de cada método.

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192 • CONTABILIDADE DE CUSTOS

16. Sob que condições seria desejável parauma empresa usar mais do que um métodopara aplicar custos indiretos de fabricaçãoàs ordens ou produtos?

17. Em que o Custeio Baseado em Atividadedifere dos métodos tradicionais de aplica-ção de custos indiretos de fabricação aprodutos?

18. Que medidas uma empresa precisa tomarpara empregar o Custeio Baseado emAtividade com êxito?

19. Se a conta de controle de custos indiretosde fabricação tem um saldo devedor de$ 1.000 no final do primeiro mês do anofiscal, os custos indiretos de fabricaçãoforam sub- ou superaplicados para o mês?Quais são algumas das prováveis causasdo saldo devedor?

20. Quais são as duas maneiras de se acabarcom um saldo de CIF sub- e superaplicadosno final de um período fiscal?

EXERCÍCIOS

E 4-1 Classificando custos fixos e variáveisObjetivo 1

Classifique cada um dos seguintes itens de custos indiretos de fabricação como sendo umcusto fixo ou variável. (Inclua quaisquer custos que você considerar como semivariáveis na cate-goria de custos variáveis.)

a. Mão-de-obra indiretab. Materiais indiretosc. Seguro sobre o prédiod. Pagamento de prêmio por hora extrae. Depreciação sobre o prédio (linha reta)f. Compostos de polimentog. Depreciação sobre maquinaria (baseada em horas de uso)h. Encargos sociais sobre a folha de pagamento do empregadori. Impostos prediais e territoriaisj. Lubrificantes para as máquinask. Seguro hospitalar do empregado (pago pelo empregador)l. Mão-de-obra para reparos de máquinasm.Pagamento de fériasn. Amortização de patenteso. Salários do zeladorp. Aluguelq. Ferramentas pequenasr. Salário do gerente da fábricas. Eletricidade para a fábricat. Salários do inspetor de produtos

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Capítulo 4 • CONTABILIDADE PARA CUSTOS INDIRETOS DE FABRICAÇÃO • 193

E 4-2 Método alto-baixoObjetivo 2

A Companhia Derby acumulou os seguintes dados sobre um período de seis meses:Horas de Mão-de- Custos de Mão-de-obra Indireta obra Indireta

Janeiro . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 400 $ 6.000Fevereiro . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 500 7.000Março . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 600 8.000Abril . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 700 9.000Maio . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 800 10.000Junho . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 900 11.000

3.900 $ 51.000

Separe a mão-de-obra indireta em seus componentes fixos e variáveis, usando o métodoalto-baixo.

E 4-3 Método do gráfico de dispersãoObjetivo 2

Usando os dados em 4-2 e um pedaço de papel gráfico:1. Marque os pontos dos dados no gráfico e desenhe uma linha por meio de inspeçãovisual, indicando a tendência mostrada pelos pontos.

2. Determine o custo variável por unidade e o total do custo fixo das informações no gráfico.

E 4-4 Computando custos unitários a diferentes níveis de produçãoObjetivo 3

A Companhia de Manufatura Nobre orçou 12.000 unidades do produto XYLON durante omês de maio. O custo unitário do produto XYLON era de $ 20, consistindo em materiais diretos,$ 7; mão-de-obra direta, $ 8; e CIF, $ 5 (fixos, $ 3; variáveis, $ 2).

a. Qual seria o custo unitário se 8.000 unidades fossem fabricadas? (Dica: Primeiro, vocêprecisa determinar o custo fixo total.)

b. Qual seria o custo unitário se 15.000 unidades fossem fabricadas?c. Explique por que ocorre uma diferença no custo unitário.

E 4-5 Identificando a base para distribuição dos custos do departamentode serviçosObjetivo 5

Qual seria a base apropriada para a distribuição dos custos de cada um dos seguintesdepartamentos de serviços?

a. Manutenção do prédiob. Inspeção e embalagem

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194 • CONTABILIDADE DE CUSTOS

c. Oficina mecânicad. Pessoale. Comprasf. Expediçãog. Almoxarifadoh. Ferramentaria

E 4-6 Distribuição seqüencial dos custos do departamento de serviçosObjetivo 5

Uma empresa de manufatura tem dois departamentos de serviços e dois de produção. Osdepartamentos de serviços são manutenção do prédio e escritório da fábrica.

Os departamentos de produção são montagem e usinagem. Os seguintes dados foram esti-mados para as operações do próximo ano:

Horas de mão-de-obra direta: Montagem, 80.000; Usinagem, 40.000Ocupação de espaço: Escritório da fábrica, 10%; Montagem, 50%; Usinagem, 40%Os débitos diretos esperados para os departamentos são os seguintes:

Manutenção do prédio . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 90.000Escritório da fábrica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 171.000Montagem . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 378.000Usinagem . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 328.000

O departamento de manutenção do prédio presta serviços para todos os departamentos daempresa e os seus custos são alocados usando a ocupação de espaço, enquanto os custos doescritório da fábrica são alocáveis para montagem e usinagem com base nas horas de mão-de-obra direta. O método de distribuição seqüencial é usado, com o departamento prestando servi-ços para o maior número de outros departamentos sendo distribuído primeiro.

1. Distribua os custos dos departamentos de serviços, usando o método direto.2. Distribua os custos dos departamentos de serviços, usando o método de distribuiçãoseqüencial.

E 4-7 Determinando o custo por ordem, usando os métodos de custo da mão-de-obra direta, horas de mão-de-obra direta e horas-máquinaObjetivo 6

a. Se o método de custo da mão-de-obra direta for usado para aplicar os CIF e a taxa pre-determinada for de 150%, que quantia deveria ser debitada para a Ordem 1776 porCIF? Suponha que materiais diretos usados totalizaram $ 5.000 e que o custo da mão-de-obra direta totalizou $ 3.200.

b. Se o método da hora de mão-de-obra direta for usado para aplicar os CIF e a taxa prede-terminada for de $ 2 por hora, que quantia deveria ser debitada para a Ordem 1776 porCIF? Suponha que os materiais diretos totalizaram $ 5.000, o custo da mão-de-obra dire-ta totalizou $ 3.200 e o número de horas de mão-de-obra direta totalizaram 2.500.

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c. Se o método de horas-máquina for usado para aplicar os CIF e a taxa predeterminada forde $ 15 por hora, que quantia deveria ser debitada para a Ordem 1776 por CIF? Supo-nha que os materiais diretos usados totalizaram $ 5.000, o custo da mão-de-obra diretatotalizou $ 3.200 e o número de horas-máquina totalizou 295.

E 4-8 Determinando custos por ordem, usando o método ABCObjetivo 6

A Ordem 1107 precisou de $ 5.000 de materiais diretos, $ 2.000 de mão-de-obra direta,200 horas de mão-de-obra direta, 100 horas-máquina, duas preparações de maquinaria e trêsmudanças de projetos. Os grupos de custos e as taxas de custos indiretos de fabricação para ca-da grupo eram os seguintes:

Grupo de Custos Taxa de Custos Indiretos de Fabricação

Uso de mão-de-obra direta $ 5/hora de mão-de-obraUso das máquinas $ 10/hora-máquinaPreparações das máquinas $ 250/preparaçãoMudanças de projeto $ 500/mudança de projeto

Determine o custo da Ordem 1107.

E 4-9 Determinando os custos indiretos de fabricação reaisObjetivos 6, 7

Os livros da Companhia Produtos de Prestígio revelaram que o seguinte lançamento no diá-rio geral foi feito no final do corrente período contábil:

CIF . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2.000CIF Sub- e Superaplicados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2.000

O total do custo para materiais diretos para o período foi de $ 40.000. O custo total da mão-de-obra direta, a uma taxa média de $ 10 por hora para a mão-de-obra direta, foi de 1,5 vezes ocusto de materiais diretos. Custos indiretos de fabricação foram aplicados na base de $ 4 por horade mão-de-obra direta. Qual foi o total de CIF reais incorridos para o período? (Dica: Primeiroencontre o custo da mão-de-obra direta e depois o custo para horas de mão-de-obra direta.)

E 4-10 Determinando os custos da mão-de-obra e os custos indiretosde fabricaçãoObjetivos 6, 7

O razão geral da Companhia Coringa de Manufatura contém a seguinte conta de controle:

Produtos em Processo

Materiais 15.000 Produtos acabados 30.000

Mão-de-obra 16.000

CIF 8.000

Capítulo 4 • CONTABILIDADE PARA CUSTOS INDIRETOS DE FABRICAÇÃO • 195

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196 • CONTABILIDADE DE CUSTOS

Se os materiais debitados em uma única ordem não completada e ainda em processo totali-zaram $ 3.400, que quantia de mão-de-obra e CIF deve ter sido debitado para a ordem se a taxade CIF é de 50% do custo da mão-de-obra direta?

E 4-11 Análise da conta do razão geralObjetivo 7

O seguinte formulário representa uma conta tirada do razão geral da Companhia Java deManufatura:

Materiais indiretos 500 Produtos em Processo 8.200

Salário do supervisor 1.200 (50% de $ 16.400 de mão-de-

Energia 5.000 obra direta)

Despesas do prédio 1.000

CIF diversos 1.400

Saldo 900 9.100

Responda as seguintes questões:a. Qual é o título da conta?b. Trata-se de uma fábrica departamentalizada?c. O que representa o saldo da conta?d. Como foi determinada a taxa de 50%?e. O que deve ser feito com o saldo, supondo que estamos no final do ano fiscal?

E 4-12 Computando custos indiretos de fabricação sub- e superaplicadosObjetivo 7

A Companhia Roberts tinha um saldo devedor remanescente de $ 20.000 na sua conta decustos indiretos de fabricação sub- e superaplicados no final do ano. O saldo foi consideradogrande e, portanto, deve ser encerrado em Produtos em Processo, Produtos Acabados, e Custo deProdutos Vendidos. Os saldos de final de ano dessas contas, antes do ajuste, mostrou o seguinte:

Produtos em Processo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 25.000Produtos Acabados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 50.000Custo de Produtos Vendidos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 125.000Totais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 200.000

a. Determine a quantia rateada proporcionalmente de custos indiretos de fabricação subapli-cados que pode ser debitável a cada uma das contas.

b. Prepare o lançamento no diário para encerrar o saldo devedor em CIF Sub- eSuperaplicados.

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Capítulo 4 • CONTABILIDADE PARA CUSTOS INDIRETOS DE FABRICAÇÃO • 197

PROBLEMAS

P 4-1 Análise de modelos de custos variáveis e fixosObjetivo 1

O padrão de comportamento dos custos a seguir estão demarcados rotulados de A a H. Oseixos verticais dos gráficos representam o total de despesa em dinheiro e os eixos horizontaisrepresentam a produção. Em cada caso, o ponto zero está no cruzamento dos dois eixos. Cadagráfico pode ser usado mais de uma vez, ou simplesmente não ser usado.

A B C D

E F G H

Pede-se:Escolha o gráfico que combina com os custos rotulados descritos abaixo:a. Depreciação de equipamento – a quantia de depreciação debitada é computada com ouso do método de horas-máquina.

b. Conta de luz – débito fixo, mais um custo variável depois que um certo número de quilo-watts/hora for consumido.

c. Conta de água da cidade – computada da seguinte maneira:

Primeiro 1.000.000 de galões, ou menos $ 1.000 taxa fixaPróximos 10.000 galões 0,003 por galão consumidoPróximos 10.000 galões 0,006 por galão consumidoPróximos 10.000 galões 0,009 por galão consumido

e assim por diante

d. Depreciação de equipamento – o valor é computado usando o método de depreciaçãopor linha reta.

e. Aluguel sobre o prédio da fábrica doado pela cidade – o acordo requer o pagamento deuma taxa fixa, a não ser que 200.000 horas de mão-de-obra sejam trabalhadas, caso emque nenhum aluguel precisa ser pago.

f. Salários de reparadores – um reparador é necessário para cada 1.000 horas-máquina oumenos (isto é, de 0 a 1.000 horas requer um reparador, de 1001 a 2.000 horas requerdois reparadores, etc.)

g. Custo de matérias-primas consumidas.

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P 4-2 Análise de custos fixos e variáveis; método alto-baixoObjetivo 2

A Companhia Cavalier fabrica um produto que requer o uso de uma quantia considerável degás natural para aquecer o produto até uma temperatura desejável. O processo requer um nívelconstante de calor, então os fornos são mantidos a uma temperatura estabelecida por 24 horas aodia. Embora não tenha unidades sendo processadas continuamente, a administração deseja queo custo variável seja debitado diretamente ao produto e o custo fixo a custos indiretos de fabrica-ção. Os seguintes dados foram coletados para o ano:

Unidades Custo Unidade CustoJaneiro 2.400 $ 4.400 Julho 2.200 $ 4.400Fevereiro 2.300 4.300 Agosto 2.100 4.100Março 2.200 4.200 Setembro 2.000 3.800Abril 2.000 4.000 Outubro 1.400 3.400Maio 1.800 3.800 Novembro 1.900 3.700Junho 1.900 3.900 Dezembro 1.800 4.050

Pede-se:1. Separe os elementos fixos e variáveis, usando o método alto-baixo.2. Determine o custo a ser debitado ao produto para o ano. (Dica: Primeiro determine onúmero de unidades anuais produzidas.)

3. Determine o custo que deve ser debitado a CIF para o ano.

P 4-3 Método do gráfico de dispersãoObjetivo 2

Usando os dados de P 4-2 e um pedaço de papel gráfico:1. Plote os pontos no gráfico e desenhe uma linha através da inspeção visual, indicando atendência mostrada pelos pontos.

2. Determine o custo variável por unidade e o custo fixo total das informações no gráfico.3. Determine o custo a ser debitado ao produto para o ano.4. Determine o custo a ser debitado a CIF para o ano.

P 4-4 Distribuição dos custos dos departamentos de serviços paraos departamentos de produçãoObjetivo 5

A Companhia de Manufatura Marvin é dividida em cinco departamentos, A, B, C, D e E. Osprimeiros três departamentos estão engajados em trabalho de produção. Os Departamentos D e Esão departamentos de serviços. Durante o mês de junho, os seguintes CIF foram incorridos para osvários departamentos:

Departamento A $ 21.000 Departamento D $ 9.000Departamento B 18.000 Departamento E 6.400Departamento C 25.000

198 • CONTABILIDADE DE CUSTOS

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Capítulo 4 • CONTABILIDADE PARA CUSTOS INDIRETOS DE FABRICAÇÃO • 199

As bases para a distribuição das despesas dos departamentos de serviços para os outrosdepartamentos estão a seguir:

Departamento E – Baseado no espaço ocupado pelos outros departamentos, como a seguir:Departamento A, 10.000 pés quadrados; Departamento B, 4.500 pés quadrados; DepartamentoC, 10.500 pés quadrados; e Departamento D, 7.000 pés quadrados.

Departamento D – Dividido: Departamento A – 30%; Departamento B – 20%; DepartamentoC – 50%.

Pede-se:Prepare programações mostrando a distribuição das despesas dos departamentos de servi-

ços para:1. O método de distribuição direta.2. O método de distribuição seqüencial pela ordem do número de outros departamentosatendidos.

P 4-5 Determinando custos totais por ordem, usando uma taxa predeterminadapara CIFObjetivo 6

A Companhia de Manufatura Elizabete usa o sistema de contabilidade de custo por ordem.Abaixo há uma lista das ordens completadas durante o mês de março, mostrando os débitos demateriais requisitados e mão-de-obra direta.

Ordem Materiais Requisitados Mão-de-obra Direta007 $ 300,00 $ 600,00008 1.080,00 940,00009 720,00 1.400,00010 4.200,00 5.120,00

Suponha que CIF sejam aplicados na base de custos de mão-de-obra direta e que a taxa pre-determinada é de 200%.

Pede-se:1. Compute a quantia de CIF que devem ser somados ao custo de cada ordem completada

durante o mês.2. Compute o custo total de cada ordem completada durante o mês.3. Compute o custo total para produzir todos os serviços acabados durante o mês.

P 4-6 Determinando custos por ordem – cálculo da taxa predeterminada paraaplicar CIF usando os métodos de custo de mão-de-obra direta e por horade mão-de-obra diretaObjetivo 6

A Companhia de Manufatura Hans tem a sua fábrica dividida em três departamentos, comtaxas individuais de CIF para cada departamento. Em cada departamento, todas as operaçõessão parecidas o suficiente para o departamento ser considerado um centro de custos. Os CIF men-

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200 • CONTABILIDADE DE CUSTOS

sais estimados para os departamentos são: Departamento A, $ 64.000; Departamento B,$ 36.000; Departamento C, $ 10.080. Os dados sobre a produção estimada incluem o seguinte:

Depto. A Depto. B Depto. C

Materiais consumidos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 20.000 $ 10.000 $ 10.000Custo da mão-de-obra direta . . . . . . . . . . . . . . $ 16.000 $ 15.000 $ 8.400Horas de mão-de-obra direta . . . . . . . . . . . . . . 8.000 5.000 3.500

O razão do custo por ordem mostra os seguintes dados para a Ordem 2525, que foi com-pletada durante o mês:

Depto. A Depto. B Depto. C

Materiais consumidos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 12,00 $ 14,00 $ 12,00Custo da mão-de-obra direta . . . . . . . . . . . . . . $ 13,00 $ 13,50 $ 12,50Horas de mão-de-obra direta . . . . . . . . . . . . . . 11 9 10

Pede-se:Determine o custo da Ordem 2525. Suponha que os CIF sejam aplicados para as ordens de

produção baseado no seguinte:1. Custo da mão-de-obra direta2. Horas de mão-de-obra direta

P 4-7 Determinando custos por ordem, usando Custeio Baseado em AtividadeObjetivo 6

A Companhia de Manufatura Moderna usa Custeio Baseado em Atividade. O orçamento paracustos indiretos de fabricação para o próximo período é de $ 500.000, e consiste no seguinte:

Grupo de Custos Valor OrçadoUso de mão-de-obra direta . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 150.000Uso de máquinas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 200.000Preparações das máquinas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 100.000Mudanças de projetos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 50.000

Totais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 500.000

As bases em potencial para alocação e seus valores estimados são os seguintes:

Base de Alocação Valor OrçadoNúmero de mudanças de projetos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 50Número de preparações de máquinas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 200Horas-máquina . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10.000Horas de mão-de-obra direta . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20.000

Pede-se:1. Determine a taxa de CIF para cada grupo de custos, usando a base de alocação maisapropriada para cada grupo.

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Capítulo 4 • CONTABILIDADE PARA CUSTOS INDIRETOS DE FABRICAÇÃO • 201

2. A Ordem 1267 precisou de $ 25.000 de materiais diretos, $ 10.000 para mão-de-obradireta, 1.000 horas de mão-de-hora direta, 500 horas-máquina, cinco preparações demáquinas e três mudanças de projeto. Determine o custo da Ordem 1267.

P 4-8 Lançamentos no diário geral para CIFObjetivos 4, 6, 7

A Companhia Pereira usa um sistema de custo por ordem. Seguem algumas transações quelidaram com itens da fábrica para o mês:

a. Requisitou materiais indiretos do almoxarifado, $ 3.200.b. Comprou, a prazo, suprimentos de fábrica para necessidades futuras, $ 4.400.c. Comprou peças, a prazo, para consertar uma máquina, $ 1.400.d. Requisitou suprimentos de fábrica do almoxarifado, $ 900.e. Devolveu suprimentos de fábrica defeituosos para o fornecedor, $ 700.f. Aluguel acumulado da fábrica para o mês, $ 2.400g. Devolveu ao almoxarifado suprimentos da fábrica requisitados anteriormente, $ 350.h. Depreciação de maquinaria e equipamento, $ 2.800.i. Obrigações de encargos da folha de pagamento para o mês, $ 3.200.j. Débitos a pagar por aquecimento, iluminação e energia para o mês, $ 6.400.k. Seguro vencido sobre estoques, $ 1.350.l. CIF aplicados para produção, $ 36.400.m.Mão-de-obra indireta para o mês, $ 2.600.n. Produtos completados e transferidos para produtos acabados: materiais, $ 14.400; mão-de-obra, $ 40.400; CIF, $ 30.400.

Pede-se:Registre as transações acima. Suponha que os registros incluam uma conta de controle e um

razão subsidiário para CIF, para os quais os lançamentos serão feitos em data futura.

P 4-9 Determinando taxas para CIF, usando os métodos de custo de mão-de-obradireta, horas de mão-de-obra direta e horas-máquina; determinando o custo porordem; computando CIF sub- e superaplicadosObjetivos 6, 7

A Companhia de Manufatura Moisés está estudando os resultados de aplicar os CIF para aprodução. Os seguintes dados foram usados: CIF estimados, $ 60.000; custos estimados de mate-riais, $ 50.000; custos estimados de mão-de-obra, $ 60.000; horas estimadas de mão-de-obradireta, 40.000; horas-máquina estimadas, 25.000; produtos em processo no início do mês,nenhum.

Os CIF reais incorridos para o mês de novembro foram de $ 55.000, e as estatísticas de pro-dução no dia 30 de novembro são:

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202 • CONTABILIDADE DE CUSTOS

Custos de Horas de Data deCustos de Mão-de-obra Mão-de-obra Horas OrdemOrdem Materiais Direta Direta máquina Completada

101 $ 5.000 $ 7.200 5.000 3.000 10/11102 7.000 10.000 6.000 3.200 14/11103 8.000 11.000 6.500 4.000 20/11104 9.000 9.000 5.600 3.400 em processo105 10.000 15.000 10.500 6.500 26/11106 11.000 4.200 3.000 1.500 em processoTotal $ 50.000 $ 56.400 36.600 21.600

Pede-se:

1. Compute a taxa predeterminada com base no seguinte:a. Custo da mão-de-obra diretab. Horas de mão-de-obra diretac. Horas-máquina

2. Usando cada um dos métodos, compute o custo estimado total de cada ordem no final domês.

3. Determine os CIF sub- e superaplicados, no total, no final do mês, sob cada um dos métodos.

4. Qual dos métodos você recomendaria? Por quê?

P 4-10 Determinando a taxa de CIF, usando os métodos de custo da mão-de-obradireta, horas de mão-de-obra direta e horas-máquinaObjetivos 6, 7

As seguintes informações, tiradas dos livros da Companhia Michael, representam as opera-ções para o mês de janeiro:

Depto. A Depto. B Depto. C

Materiais consumidos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 20.000 $ 10.000 $ 10.000Custo da mão-de-obra direta . . . . . . . . . . . . . . $ 8.000 $ 5.000 $ 9.000Horas de mão-de-obra direta . . . . . . . . . . . . . . 20.000 10.000 27.000Horas-máquina . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4.000 5.000 2.025Custos indiretos de fabricação . . . . . . . . . . . . . $ 20.000 $ 10.000 $ 16.200

O sistema de custo por ordem é usado, e a folha de custos para fevereiro para a Ordem1812 mostra o seguinte:

Depto. A Depto. B Depto. C

Materiais consumidos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 2,00 $ 4,00 $ 2,00Mão-de-obra direta . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 3,60 $ 3,00 $ 2,10Horas de mão-de-obra direta . . . . . . . . . . . . . . 8 6 6Horas-máquina . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2 3 1

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Capítulo 4 • CONTABILIDADE PARA CUSTOS INDIRETOS DE FABRICAÇÃO • 203

As seguintes informações foram acumuladas durante fevereiro:

Depto. A Depto. B Depto. C

Horas de mão-de-obra direta . . . . . . . . . . . . . . 15.000 9.800 20.000Custos indiretos de fabricação . . . . . . . . . . . . . $ 14.000 $ 10.000 $ 11.800

Pede-se:

1. Usando os dados de janeiro, apure as taxas para aplicação de CIF que devem ser usa-das durante fevereiro, baseado no seguinte:a. Custo da mão-de-obra diretab. Horas de mão-de-obra diretac. Horas-máquina

2. Prepare uma programação mostrando o total do custo de produção da Ordem 1812usando cada método de aplicação de CIF.

3. Prepare os lançamentos para registrar as seguintes operações para fevereiro:a. Pagamento do total de custos indiretos de fabricação.b. Distribuição dos CIF para os departamentosc. Aplicação dos CIF para as ordens, usando horas de mão-de-obra direta. (Use a taxapredeterminada calculada na parte 1 acima e separe as contas para cada departa-mento.)

d. Encerramento das contas para aplicação dos CIF.e. Registro dos CIF sub- e superaplicados e encerramento das contas de CIF reais.

P 4-11 Determinando os CIF sub- e superaplicadosObjetivos 5, 6, 7

A Corporação Plutão tem quatro contas departamentais: Manutenção do Prédio, CIF, Depar-tamento A e Departamento B. O método das horas de mão-de-obra direta é usado para aplicar oscustos indiretos de fabricação para as ordens processadas nos Departamentos A e B. A empresaespera que cada departamento de produção use 30.000 horas de mão-de-obra direta durante oano. As taxas estimadas de CIF para o ano incluem o seguinte:

Depto. A Depto. B

Custo variável por hora . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 1,30 $ 1,50Custo fixo por hora . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2,70 3,00

$ 4,00 $ 4,50

Durante o ano, os Departamentos A e B usaram 28.000 horas de mão-de-obra direta. Oscustos de custos indiretos de fabricação incorridos durante o ano seguem:

Manutenção de prédio . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 30.000CIF . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 75.400Departamento A . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 45.800Departamento B . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 68.800

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204 • CONTABILIDADE DE CUSTOS

Ao determinar as taxas de aplicação no início do ano, as alocações de custos foram feitosda seguinte maneira, usando o método de distribuição seqüencial:

Manutenção do Prédio para CIF, 10%; para Departamento A, 50%; para DepartamentoB, 40%.

O custos indiretos de fabricação foram distribuídos de acordo com as horas de mão-de-obradireta.

Pede-se:Determine os CIF sub- e superaplicados para cada departamento de produção.

P 4-12 Folhas de custo por ordem, lançamentos no diário. Parecido como Problema para Auto-avaliação.Objetivos 6, 7

A Companhia Xian de Manufatura completou a Ordem 2525 no dia 31 de maio, e nãohaviam ordens em processo na planta. Antes do dia 1 de junho, a taxa de aplicação de CIF pre-determinada para junho foi computada a partir dos dados abaixo, com base em uma estimativade 5.000 horas de mão-de-obra direta:

CIF variáveis estimados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 20.000CIF fixos estimados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10.000Total de CIF estimados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 30.000

CIF variáveis por hora estimados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 4CIF fixos por hora estimados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2Taxa predeterminada de CIF por

hora de mão-de-obra direta . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 6

A fábrica tem um departamento de produção e usa o método de horas de mão-de-obra dire-ta para aplicar os CIF.

Três ordens foram começadas durante o mês, e lançamentos são feitos diariamente para asfolhas de custo por ordem das requisições por materiais e registros de horas. A seguinte progra-mação mostra as ordens e os valores lançados para as folhas de custo das ordens:

Data de Materiais Mão-de-obra Horas de Mão-Ordem Início Diretos Direta de-obra Direta

2526 1 de junho $ 5.000 $ 10.000 1.6002527 12 de junho 10.000 15.000 1.9002528 15 de junho 4.000 7.000 1.300

$ 19.000 $ 32.000 4.800

A conta de controle de CIF foi debitada durante o mês para as despesas indiretas de fabri-cação reais de $ 25.500. No dia 11 junho, a Ordem 2526 foi completada e entregue ao clientecom um markup de 50% sobre o custo de manufatura. No dia 24 de junho, a Ordem 2527 foicompletada e transferida para Produtos Acabados. No dia 30 de junho, a Ordem 2528 aindaestava em processo.

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Pede-se:

1. Prepare folhas de custos para as Ordens 2526, 2527 e 2528, incluindo os CIF aplica-dos quando a ordem foi completada, ou no final do mês para ordens parcialmente com-pletadas.

2. Prepare lançamentos no diário a partir de 30 de junho para os seguintes itens:a. Aplicando custos indiretos de fabricação para a produção.b. Encerrando a conta de custos indiretos de fabricação aplicados.c. Encerrando a conta de custos indiretos de fabricação.d. Transferindo o custo das ordens completadas para produtos acabados.e. Registrando o custo das vendas e a venda da Ordem 2526.

P 4-13 Encerramento de CIF sub- e superaplicados no final do anoObjetivo 7

A Companhia Eastwood tinha um saldo credor remanescente de $ 10.000 na sua conta de CIFsub- e superaplicados no final do ano. Também tinha saldos no final do ano nas seguintes contas:

Produtos em Processo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 25.000Produtos Acabados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15.000Custo de Produtos Vendidos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 85.000Totais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 125.000

Pede-se:1. Prepare o lançamento de encerramento para os $ 10.000 de CIF superaplicados, supon-

do que o saldo não é considerado material.2. Prepare o lançamento de encerramento para os $ 10.000 de CIF superaplicados, supon-

do que o saldo é considerado material.

P 4-14 Revisão abrangente dos procedimentos por ordemCapítulos 1-4

A Companhia Canto de Cromo fabrica peças cromadas especiais, feitas sob encomenda enas especificações do cliente. Ela tem dois departamentos de produção, estampagem e metaliza-ção, e dois departamentos de serviços, energia e manutenção. Em qualquer departamento de pro-dução, a ordem em processo é totalmente completada antes de se dar início à próxima ordem.

A empresa opera no ano fiscal que encerra em 30 de setembro. Segue o balancete de veri-ficação pós-encerramento na data de 30 de setembro:

Canto de CromoBalancete de Verificação Pós-encerramento

30 de Setembro de 20 – –

Caixa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 22.500Contas a Receber . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21.700Produtos Acabados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8.750

Capítulo 4 • CONTABILIDADE PARA CUSTOS INDIRETOS DE FABRICAÇÃO • 205

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206 • CONTABILIDADE DE CUSTOS

Produtos em Processo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3.600Materiais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15.000Seguro Pago Antecipadamente . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4.320Prédio da Fábrica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 64.000Depreciação Acumulada – Edifício da Fábrica . . . . . . . . . . . 22.500Máquinas e Equipamentos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 38.000Depreciação Acumulada – Máquinas e Equipamentos . . . . . . 16.000Equipamentos de Escritório . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10.500Depreciação Acumulada – Equipamentos de Escritório . . . . . . 7.500Contas a Pagar . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2.500Encargos Sociais a Pagar . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3.120FUTA a Pagar . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 364SUTA a Pagar . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1.404IRR Fonte dos Empregados a Recolher . . . . . . . . . . . . . . . . . 5.200Capital . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 75.000Lucros Acumulados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 54.782

188.370 188.370

Informações adicionais:

1. O saldo na conta de materiais representa o seguinte:

Materiais Unidades Custo Unitário Total

A . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 120 $ 25 $ 3.000B . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 320 15 4.800C . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 180 30 5.400

Suprimentos da Fábrica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1.800$ 15.000

A empresa usa o método PEPS de contabilidade para todos os seus estoques. O Material Aé usado no departamento de estampagem, e os materiais B e C são usados no departamento demetalização.

2. O saldo na conta de produtos em processo representa os seguintes custos que são aplicá-veis à Ordem 905 (o pedido do cliente é por 1.000 unidades do produto acabado):

Materiais diretos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 1.500Mão-de-obra direta . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1.200CIF . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 900

$ 3.600

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Capítulo 4 • CONTABILIDADE PARA CUSTOS INDIRETOS DE FABRICAÇÃO • 207

3. A conta de produtos acabados reflete o custo da Ordem 803, que foi acabada no finaldo mês anterior e está esperando pedido de entrega do cliente.

4. No início do ano, as taxas de aplicação de CIF foram baseadas nos seguintes dados:

Departamento Departamentode Estampagem de Metalização

CIF estimados para o ano . . . . . . . . . . . . . . . . $ 145.000 $ 115.000Horas estimadas de mão-de-obra para o ano . . 29.000 6.000

Em outubro, as seguintes transações foram registradas:

a. Comprou os seguintes materiais e suprimentos a prazo:

Material A . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1.100 unidades a $ 26Material B . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 900 unidades a $ 17Material C . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 800 unidades a $ 28Suprimentos da fábrica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 3.200

b. Os seguintes materiais foram baixados para a fábrica:

Ordem 905 Ordem 1001 Ordem 1002

Material A . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 600 unidades 400 unidadesMaterial B . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 400 unidades 200 unidadesMaterial C . . . . . . . . . . . . 200 unidades 400 unidadesSuprimentos da fábrica - $ 2.450

Os pedidos de clientes cobertos pelas Ordens 1001 e 1002 são para 1.000 e500 unidades de produtos acabados, respectivamente.

c. Salários e ordenados da fábrica e do escritório, de vendas e administrativos são pa-gos no final de cada mês. Os seguintes dados, obtidos de uma análise dos registros dehoras e programações de salários da mão-de-obra, serão o suficiente para prepararos lançamentos para registrar a folha de pagamento. (Suponha que as taxas paraencargos sociais e imposto de renda federal sejam de 8% e 10%, respectivamente.)Registre as obrigações da empresa com relação aos impostos estadual e federal paraseguro desemprego. (Suponha taxas de 4% e 1%, respectivamente.) Registre a distri-buição da folha de pagamento para o mês de outubro.

Departamento Departamentode Estampagem de Metalização

Ordem 905 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 100 horas a $ 9 300 horas a $ 11Ordem 1001 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1.200 horas a $ 9 300 horas a $ 11Ordem 1002 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 800 horas a $ 9

Salários dos supervisores, pessoal da zeladoria, etc. totalizaram $ 9.500; salá-rios administrativos foram de $ 18.300.

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d. Custos indiretos de fabricação diversos incorridos durante o mês totalizaram $ 4.230.Despesas diversas da administração e de vendas foram de $ 1.500. Esses itens, assimcomo o INSS e o IRRF para setembro, foram pagos. (Veja os saldos das contas nobalancete de verificação pós-encerramento para 30 de setembro.)

e. A depreciação anual dos ativos da planta é calculada usando as seguintes taxas:Edifícios da fábrica – 5%Máquinas e equipamentos – 20%Equipamentos de escritório – 20%

f. O saldo da conta para seguro pago antecipadamente representa um prêmio de trêsanos por uma apólice de seguro contra incêndio que cobre o prédio da fábrica e amaquinaria. Foi pago no último dia do mês anterior e entrou em vigor no dia 1 deoutubro.

g. O resumo dos custos indiretos de fabricação preparados do razão para custos indire-tos de fabricação está reproduzido abaixo:

Resumo dos Custos Indiretos de Fabricação para OutubroTransação Conta Estampagem Metalização Energia Manutenção Totala. Suprimentos da fábrica $ 940,00 $ 750,00 $ 260,00 $ 500,00 $ 2.450,00b. Mão-de-obra indireta 3.780,00 2.860,00 970,00 1.890,00 9.500,00c Encargos sobre folha 2.948,40 1.229,80 126,10 245,70 4.550,00d. Diversos 1.692,00 1.410,00 752,00 376,00 4.230,00e Depreciação 360,00 270,00 90,00 180,00 900,00f. Seguro 48,00 40,00 16,00 16,00 120,00

Total $ 9.768,40 $ 6.559,80 $ 2.214,10 $ 3.207,70 $ 21.750,00

h. As despesas totais do departamento de manutenção são distribuídas com base emespaço ocupado pelos departamentos de energia (8.820 pés quadrados), de estam-pagem (19.500 pés quadrados) e de metalização (7.875 pés quadrados). As despe-sas do departamento de energia são então alocadas eqüitativamente para os departa-mentos de estampagem e metalização.

i. Depois que as despesas reais de custos indiretos de fabricação foram distribuídaspara as contas departamentais e os custos indiretos de fabricação aplicados foramregistrados e lançados, qualquer saldo nas contas departamentais é transferido paraCIF sub- e superaplicados.

j. As Ordens 905 e 1001 foram encerradas durante o mês. A Ordem 1002 ainda estáem processo ao final do mês.

k. Durante o mês, as Ordens 803 e 905 foram vendidas com um markup de 150% sobreo custo.

l. $ 55.500 foram recebidos de clientes em pagamento de suas contas.

m.Cheques foram emitidos no valor de $ 43.706 para cobrir a folha de pagamento.

208 • CONTABILIDADE DE CUSTOS

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Capítulo 4 • CONTABILIDADE PARA CUSTOS INDIRETOS DE FABRICAÇÃO • 209

Pede-se:

1. Preparar o balancete de verificação inicial em razonetes.

2. Preparar as folhas de razão para estoques de materiais e colocar os saldos de 1 de ou-tubro.

3. Preparar folhas de custo por ordem, na medida do necessário.

4. Registrar todas as transações e lançamentos relacionados para o mês de outubro e lan-çar em razonetes.

5. Preparar uma planilha de distribuição de despesas do departamento de serviços paraoutubro.

6. No final do mês:

a. Analise o saldo na conta de materiais, na conta de produtos em processo e na contade produtos acabados.

b. Prepare a demonstração de custo de produção, a demonstração de resultado e obalanço para 31 de outubro.

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Um serviço é um benefício intangível, como consultoria, projeto, cuidados pessoais,transporte e entretenimento. Ele não tem propriedades físicas e é consumido no mo-mento em que é fornecido. Não pode ser guardado ou armazenado, e portanto não é co-

locado em estoque. Exemplos de empresas de serviços incluem empresas de contabilidade, li-nhas aéreas, cabeleireiros, encanadores, times profissionais de esportes e restaurantes. Note quealgumas empresas de serviços têm uma matéria-prima ou produto associado a elas. Por exem-plo, enquanto um restaurante está no negócio de servir alimentos, a alimentação em si tem pro-priedades tangíveis.

As principais características de empresas de serviços são que elas têm pouco ou nenhumestoque. Mesmo um restaurante não manteria a maioria dos itens de alimentos por mais de umou dois dias, e os custos de mão-de-obra consomem três quartos, ou mais, dos custos totais. Em-presas de serviços são importantes porque aproximadamente 70% dos trabalhadores dos EUA

OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM

Após estudar este capítulo, você dever estar apto a:

� Executar custeio por ordem para empresas do setor de serviços.� Preparar orçamentos para empresas do setor de serviços.� Aplicar Custeio Baseado em Atividade para empresas do setor de serviços.� Comparar os resultados das alocações de custos usando o custeio simplificado versuso Custeio Baseado em Atividade.

Contabilidade de Custos para o Setorde Serviços

5

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estão empregados em empresas de serviços. Essas empresas são responsáveis por mais de 60%do valor da produção total de bens e serviços no país. Aproximadamente 90% dos empregoscriados nos EUA nos últimos vinte anos têm sido no setor de serviços. A falta de crescimento namanufatura, devido principalmente às importações e à automação, é responsável pela maior par-te dos aumentos percentuais da fatia de crescimento dos empregos em serviços. Além disso, aautomação da manufatura tem resultado na produção de muito mais bens usando menos traba-lhadores, assim criando uma necessidade por mais pessoas para a comercialização, distribuiçãoe atendimento desses produtos adicionais.

Historicamente, contadores de custos passavam muito tempo desenvolvendo custos deprodutos para bens manufaturados e pouco tempo no custeio de serviços. Devido à importânciade serviços na nossa economia moderna, os assuntos relacionados com custos não podem maisser ignorados. É importante para gerentes saberem o custo de fornecer um serviço para propó-sitos como licitações para contratos, e decidirem quais serviços devem ser enfatizados e quaisdevem ser desenfatizados na sua linha de ofertas.

CUSTEIO POR ORDEM PARA O SETOR DE SERVIÇOS

OBJETIVO DE APRENDIZAGEM 1Executar custeio por ordem para empresas de serviços.

O volume e a complexidade dos serviços oferecidos pode variar substancialmente de clien-te para cliente. Quando esse for o caso, uma empresa de serviços deve usar custeio por ordem,da mesma forma que fabricantes de produtos diferenciados usam o mesmo sistema. Exemplosde empresas de serviços que usam custeio por ordem incluem empresas de contabilidade ondeo custo de uma auditoria dependeria do tamanho e da complexidade das operações de um clien-te, e mecânicos de automóveis cujos preços são baseados nas peças, suprimentos e tempo demão-de-obra necessário em cada serviço. O documento básico para acumular custos para umaempresa de serviços usando custeio por ordem é a folha de análise de custos por ordem, quetambém foi usada nos nossos exemplos de manufatura. A Figura 5-1 é uma folha de análise decustos por ordem usada por uma empresa de contabilidade para a auditoria de um grupo auto-motivo com revendedoras em uma área que engloba três estados.

FOLHA DE CUSTOS POR ORDEM PARA UM SETOR DE SERVIÇOS

Note que o custo por hora do sócio, do gerente e da equipe de assessoria inclui a suacompensação por hora e uma parte dos custos indiretos de prestação de serviços (CIPS) da em-presa. Suponha que um sócio ganha $ 100 por hora e foi determinado que para cada $ 1 de cus-to em mão-de-obra direta (horas do sócio, gerente e equipe de assessoria) a empresa gastará$ 1,50 em custos indiretos de prestação de serviços (CIPS), como apoio de secretárias, benefí-cios indiretos, depreciação de computadores, aluguel e serviços públicos. Já que o custo damão-de-obra direta é o custo simples mais alto para a empresa, e a necessidade de se ter traba-lhadores diretos resulta em todos os outros custos que a empresa incorre, o montante do cus-to da mão-de-obra direta incorrido em um serviço determina quanto de CIPS será debitado pa-ra ela. Por exemplo, o preço de $ 250 para cada hora de tempo do sócio consiste na taxa salarialde $ 100 por hora, e $ 150 de CIPS. Portanto, a taxa de CIPS é de 150% ($ 150/$ 100) do custoda mão-de-obra direta.

Capítulo 5 • CONTABILIDADE DE CUSTOS PARA O SETOR DE SERVIÇOS • 211

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Figura 5-1 Folha de Análise de Custos por Ordem de uma Empresa de Serviços

Sousa, Pereira e Nóbrega, ContadoresResumo de Conta de Empenho

Nome do Cliente: Automotiva Superior, Ltda.Tipo de Empenho: AuditoriaNúmero do Empenho: 727Data de Contratação: 19/12/20 – –Data de Completude: 22/02/20 – –Sócio Supervisor: Lucas

Horas do Sócio:

Período encerrado em Horas Taxa Total31/01/20 – – 10 $ 250* $ 2.50028/02/20 – – 8 $ 250* 2.000

Subtotais: 18 $ 4.500

Horas do Gerente:

Período encerrado em Horas Taxa Total31/01/20 – – 45 $ 125* $ 5.62528/02/20 – – 25 $ 125* 3.125

Subtotais: 70 $ 8.750

Horas da Equipede Assessoria

Período encerrado em Horas Taxa Total31/01/20 – – 120 $ 75* $ 9.00028/02/20 – – 80 $ 75* 6.000

Subtotais: 200 $ 15.000

Período Período Total deEncerrado em Encerrado em Outros

Outros: 31/01/20 – – 28/02/20 – –

Viagens $ 2.970 $ 1.975 $ 4.945Refeições 1.430 795 2.225

Total de Outros: $ 4.400 $ 2.770 $ 7.170

Total dos Custos de Empenho: $ 35.420

* Inclui mão-de-obra direta mais custos indiretos de prestação de serviços sobre o custo de mão-de-obra direta.

212 • CONTABILIDADE DE CUSTOS

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A taxa de 150% para CIPS é uma taxa anual predeterminada, computada da seguinte maneira:

CIPS Orçados para 20 – –

Assistência das secretárias. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 1.500.000Benefícios indiretos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1.250.000Despesas de aluguel . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 500.000Depreciação – equipamento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 750.000Utilidades públicas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 300.000Telefone e fax . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 150.000Reprografia (fotocópias) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 50.000Total . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 4.500.000

Mão-de-obra Direta Orçada para 20 – –Sócios . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 800.000Gerentes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1.200.000Equipe de assessoria. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1.000.000Total . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 3.000.000

Taxa orçada para CIPS=CIPS* orçados

MOD** orçada

=$ 4.500.000

$ 3.000.000

= 150%* CIPS = Custos Indiretos de Prestação de Serviços** MOD = Mão-de-obra Direta

ESCOLHENDO A BASE DE ALOCAÇÃO DE CUSTOS

Note que a empresa poderia ter usado horas de mão-de-hora direta em vez de unidadesmonetárias de mão-de-obra direta para debitar os CIPS para as ordens. Ao escolher o custo damão-de-obra direta, a empresa decidiu que os seus CIPS eram mais relacionados ao dinheiro demão-de-obra direta debitados às ordens do que às horas de mão-de-obra direta trabalhadas naordem. Isso significa que sócios, que ganham salários mais altos do que gerentes e contadoresde assessoria, criam mais CIPS. Eles têm mais assessoria das secretárias, escritórios melhores epedem por mais estudos de computadores do que gerentes e contadores de assessoria. Se todasas três categorias de mão-de-obra direta consumissem a mesma quantia de CIPS por hora traba-lhada em uma ordem, as horas de mão-de-obra direta seriam uma base mais apropriada para se-rem usadas para debitar os CIPS.

RASTREANDO O CURSO DOS CUSTOS DIRETOS ATÉ A ORDEM DE SERVIÇO

Existem custos além dos custos de mão-de-obra direta que podem ser rastreados até a or-dem. Note as despesas de viagens e refeições que aparecem na categoria de “Outros” na Figura5-1. Essas são despesas que podem ser especificamente identificadas com uma ordem e não pre-

Capítulo 5 • CONTABILIDADE DE CUSTOS PARA O SETOR DE SERVIÇOS • 213

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cisam ser alocadas para a ordem usando as taxas de CIPS. Por exemplo, os contadores podemmanter um registro das despesas de viagens e refeições incorridas ao prestarem serviços paraclientes localizados em outras cidades.

RELATÓRIO DE DESEMPENHO DOS CUSTOS

Uma vez que a ordem foi completada e todos os custos foram debitados a ela, a administra-ção pode usar as informações de muitas maneiras. Ela pode comparar os custos debitados paraa ordem com o preço ofertado aceito pelo cliente para determinar a rentabilidade da ordem. Porexemplo, se o preço de oferta foi $ 48.000 para a ordem na Figura 5-1, o lucro seria computadoda seguinte maneira:

Preço da oferta . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 48.000Custos:

Total de mão-de-obra e CIPS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 28.250Total de outros custos diretos. . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7.170 35.420

Lucro . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 12.580

O lucro foi de aproximadamente 26% ($ 12.580/$ 48.000) do preço de oferta, e os custos demão-de-obra e CIPS foram de aproximadamente 80% ($ 28.250/$ 35.420) dos custos totais. A em-presa pode usar tais informações para ofertar para a auditoria da Automotiva Superior no anoque vem, em ofertas de auditorias para negócios parecidos e em comparação de custos orçadoscom custos reais na auditoria para propósitos de controle de custos futuros. A Figura 5-2 ilustraum relatório de desempenho dos custos para a ordem da Automotiva Superior. O relatóriocompara os custos orçados para a ordem com os custos reais incorridos e indica a variação, oudiferença, para cada item.

Figura 5-2 Relatório de Desempenho dos Custos

Relatório de Desempenho dos CustosItem Resultado Orçamento Variação

Real

Salários e CIPS dos sócios . . . . . . . . . . . $ 4.500 $ 3.900 $ 600 DSalários e CIPS dos gerentes . . . . . . . . . 8.750 8.500 250 DSalários e CIPS dos contadoresde assessoria . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15.000 13.500 1.500 DViagens . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4.945 4.695 250 DRefeições . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2.225 2.060 165 DTotal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 35.420 $ 32.655 $ 2.765 D

D = DesfavorávelF = Favorável

Os custos reais para a ordem foram $ 2.765 acima do orçamento. Os sócios desejarão deter-minar qual foi a causa de a ordem ter saído acima do orçamento. O orçamento foi malfeito, re-sultando em uma estimativa de custos irrealisticamente baixa, ou foi por causa de algum uso ine-

214 • CONTABILIDADE DE CUSTOS

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ficiente de recursos na ordem? Se tivessem cumprido com o orçamento no serviço, o lucro daordem teria sido de $ 15.345, em vez de $ 12.580, e o lucro, como uma porcentagem do preço deoferta, teria sido de 32% em vez de 26%.

ORÇAMENTOS PARA EMPRESAS DE SERVIÇOS

OBJETIVO DE APRENDIZAGEM 2Preparar orçamentos para empresas de serviços.

A estimativa de receita e de despesas do trabalho com a Automotiva Superior seria umaparte das cifras orçadas que aparecem no orçamento anual para Sousa, Pereira e Nóbrega Conta-dores. O orçamento de receitas, ilustrado na Figura 5-3, é o ponto de partida para o orçamen-to anual porque a quantia de negócios do cliente precisa ser projetada antes de se fazer uma es-timativa do montante de horas de mão-de-obra e CIPS que serão incorridos.

Figura 5-3 Orçamento de Receita

Programação 1Orçamento de Receita para o Ano Encerrado em 31 de Dezembro de 20 – –

Item Horas Taxa de Total deProfissionais Faturamento Receitas

Auditoria:Sócios . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2.000 $ 300 $ 600.000Gerentes. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8.000 175 1.400.000Equipe de assessoria . . . . . . . . . . . . . . 30.000 100 3.000.000Subtotal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 40.000 $ 5.000.000

Consultoria Empresarial:Sócios . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 750 $ 300 $ 225.000Gerentes. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2.500 175 437.500Equipe de assessoria . . . . . . . . . . . . . . 10.000 100 1.000.000Subtotal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13.250 1.662.500

Consultoria Tributária:Sócios . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1.500 $ 300 $ 450.000Gerentes. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5.000 175 875.000Equipe de assessoria . . . . . . . . . . . . . . 20.000 100 2.000.000Subtotal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 26.500 $ 3.325.000Total . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 79.750 $ 9.987.500

O ORÇAMENTO DE RECEITA

O orçamento de receita na Figura 5-3 foi desenvolvido em torno dos três principais servi-ços que a empresa fornece: auditoria, consultoria empresarial e consultoria tributária. As horasde mão-de-obra profissional que devem ser trabalhadas em cada área estão orçadas com basenos conhecimentos da empresa em relação ao tempo gasto com clientes contínuos no passado,

Capítulo 5 • CONTABILIDADE DE CUSTOS PARA O SETOR DE SERVIÇOS • 215

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negócios novos que são esperados, a combinação de trabalhos esperados de auditoria, consulto-ria empresarial, consultoria tributária, e a combinação das categorias de mão-de-obra profissio-nal que será necessária. As taxas de faturamento refletem a melhor estimativa da empresa so-bre o quanto debitará aos clientes para as várias categorias de mão-de-obra profissional no anovindouro. A receita total de todos os clientes atendidos é orçada em $ 9.987.500.

O ORÇAMENTO DE MÃO-DE-OBRA

Uma vez que as horas de mão-de-obra profissional, necessárias para satisfazer os serviçosao cliente, forem orçadas, um orçamento de mão-de-obra profissional, como na Figura 5-4,pode ser preparado. As horas orçadas, necessárias na área de serviços de cada cliente, são multi-plicadas pela taxa orçada para obter a despesa de salários para cada categoria de mão-de-obraprofissional.

Figura 5-4 Orçamento de Mão-de-obra Profissional

Programação 2Orçamento de Mão-de-obra Profissional para o Ano Encerrado

em 31 de Dezembro de 20 – –

Item Horas Taxa de Total de Mão-Profissionais Salários de-obra em

Dinheiro

Auditoria:Sócios . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2.000 $ 100 $ 200.000Gerentes. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8.000 50 400.000Equipe de assessoria . . . . . . . . . . . . . . 30.000 30 900.000Subtotal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 40.000 $ 1.500.000

Consultoria Empresarial:Sócios . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 750 $ 100 $ 75.000Gerentes. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2.500 50 125.000Equipe de assessoria . . . . . . . . . . . . . . 10.000 30 300.000Subtotal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13.250 500.000

Consultoria Tributária:Sócios . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1.500 $ 100 $ 150.000Gerentes. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5.000 50 250.000Equipe de assessoria . . . . . . . . . . . . . . 20.000 30 600.000Subtotal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 26.500 $ 1.000.000Total . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 79.750 $ 3.000.000

As taxas de salários na Figura 5-4 diferem das taxas que aparecem na folha de análise de cus-tos por ordem na Figura 5-1. Isso porque a folha de análise de custos por ordem inclui a mão-de-obra e os CIPS em uma única taxa combinada. Para propósitos de orçamentos, queremos orçarseparadamente mão-de-obra profissional e CIPS.

Embora normalmente pensamos em empregados profissionais, como contadores, ganhan-do um salário em vez de um ordenado por hora, é importante desenvolver uma taxa por hora

216 • CONTABILIDADE DE CUSTOS

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para fins de orçamentos e faturamento. Por exemplo, a taxa de $ 100 por hora para um sócio foidesenvolvida da seguinte maneira:

Taxa por hora=

Salário anual

Horas anuais faturáveis

= $ 200.0002.000 horas

= $ 100/ horaÉ muito importante orçar as horas de mão-de-obra necessárias com cuidado. Se a empresa

superestimar o número de horas necessárias, ficará com uma equipe grande demais e o custo damão-de-obra adicional irá reduzir os lucros. Se a empresa subestimar o número de horas neces-sárias, ficará com uma equipe muito pequena, e a falta de profissionais fará com que desista deserviços que poderiam aumentar as receitas e os lucros.

O ORÇAMENTO DE CUSTOS INDIRETOS DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS

O próximo passo é a empresa preparar um orçamento para CIPS que inclui todos os itens dedespesa que não podem ser rastreados diretamente às ordens, mas devem ser alocados a elas pelouso de taxas de CIPS. O orçamento de CIPS para Sousa, Pereira e Nóbrega aparece na Figura 5-5.

Não confunda o uso do termo “CIPS” aqui com o uso do “CIF” no Capítulo 4. O Capítulo4 ilustrou a contabilidade para custos indiretos de fabricação (CIF), que consiste apenas emdespesas indiretas incorridas na fábrica. Neste exemplo, o CIPS consiste nas despesas indiretasincorridas para apoiar as atividades de uma empresa de serviços profissionais. Os totais doorçamento de mão-de-obra profissional (Figura 5-4) e do orçamento para CIPS (Figura 5-5) fo-ram usados para computar a taxa para CIPS de 150% (4.500.000/3.000.000) do dinheiro da mão-de-obra direta.

O ORÇAMENTO PARA OUTRAS DESPESAS

O último dos orçamentos individuais para esta empresa seria o orçamento para OutrasDespesas, que aparece na Figura 5-6, e que consiste nas despesas diretas que não são da mão-de-obra profissional e que podem ser rastreadas para ordens específicas.

Figura 5-5 Orçamento para CIPS

Programação 3Orçamento para CIPS para o Ano Encerrado em 31 de Dezembro de 20 – –

Assistência de secretárias . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 1.500.000Benefícios indiretos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1.250.000Despesas de aluguel . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 500.000Depreciação – equipamento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 750.000Utilidades públicas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 300.000Telefone e fax . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 150.000Reprografia (Fotocópias) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 50.000Total . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 4.500.000

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218 • CONTABILIDADE DE CUSTOS

Figura 5-6 Outras Despesas

Programação 4Orçamento para Outras Despesas para o Ano Encerrado

em 31 de Dezembro de 20 – –

Viagens . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 1.105.000Refeições . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 285.000Total . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 1.390.000

DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS ORÇADOS

Depois de preparar todos os orçamentos individuais, as informações podem ser usadas pa-ra preparar a demonstração de resultados orçada, que aparece na Figura 5-7. Note as diferençasentre esta demonstração de resultados e as demonstrações de resultados ilustradas anterior-mente para um fabricante. Não existe linha para o custo de produtos vendidos porque a empre-sa vende um serviço em vez de um produto. Todas as despesas operacionais são debitadas con-tra a renda no período em que são incorridas porque não existem contas de estoques às quais asdespesas possam ser relacionadas. Enquanto isso, em uma empresa de manufatura, qualquerdespesa incorrida na fábrica seria alocada para as ordens produzidas durante o período e perma-necem como parte das contas de ativos de Produtos em Processo e Produtos Acabados, até queas ordens tenham sido completadas e vendidas. Naquele momento, as ordens seriam debitadascontra a receita, como custo de produtos vendidos.

A demonstração de resultados na Figura 5-7 também pode ser usada para fins de planeja-mento em antecipação ao ano civil. Por exemplo, o lucro operacional está estimado em 11% dasreceitas ($ 1.097.500/$ 9.987.500). Se os sócios esperam que o lucro das operações seja no míni-mo 15% das receitas, precisam voltar para os orçamentos individuais e determinar como aumen-tar o lucro operacional em $ 400.625 através de alguma combinação de aumento das receitas or-çadas e/ou de diminuição dos custos orçados. A demonstração de resultados também pode serusada para fins de controle durante, e no final do ano civil. Ao comparar receitas e despesas or-çadas com as reais, os sócios podem determinar quão bem uma empresa está satisfazendo as ex-pectativas, e tomar medidas corretivas onde necessário.

Figura 5-7 Demonstração de Resultados Orçados

Demonstração de Resultados OrçadosSousa, Pereira e Nóbrega, Contadores

Para o Ano Encerrado em 31 de Dezembro de 20 – –

Receitas (Programação 1) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 9.987.500Custos Operacionais:Mão-de-obra profissional (Programação 2) . . . . . . . $ 3.000.000CIPS de apoio (Programação 3). . . . . . . . . . . . . . . 4.500.000Outras despesas (Programação 4) . . . . . . . . . . . . . 1.390.000 8.890.000

Lucro operacional. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1.097.500

Agora, você deve estar apto a resolver o seguinte: Questões 1-11; Exercícios 5-1 a5-4; Problemas 5-1 a 5-4.

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CUSTEIO BASEADO EM ATIVIDADE EM UMA EMPRESA DE SERVIÇOS

OBJETIVO DE APRENDIZAGEM 3Aplicar o Custeio Baseado em Atividade em uma empresa de serviços

Lembre-se de que Sousa, Pereira e Nóbrega tinham apenas duas categorias principais decustos diretos – mão-de-obra profissional e refeições e viagens – e que apenas uma única taxa deCIPS foi usada para custos indiretos. No Capítulo 4, introduzimos o conceito de Custeio Baseadoem Atividade para uma empresa de manufatura. Neste capítulo, aqueles mesmos princípios se-rão aplicados às empresas de serviços. Empresas que usam Custeio Baseado em Atividade(ABC) tentam deslocar tantos custos quanto possível do grupo de custos indiretos que precisamser alocados para as ordens, para grupos de custos diretos, que podem ser especificamente ras-treados para ordens individuais, e que foram a causa pela ocorrência dos custos. Os custos rema-nescentes, que não podem ser rastreados para ordens individuais, são separados em grupos decustos homogêneos e depois alocados para ordens individuais ao usar bases separadas de aloca-ção para cada grupo de custos. Por exemplo, se o montante de custos do departamento da folhade pagamento e do departamento de pessoal for relacionado ao número de pessoas emprega-das, então esses custos podem ser agrupados em um único grupo de custos indiretos e alocadospara as ordens na base de número de empregados.

CONVERTENDO CUSTOS INDIRETOS EM CUSTOS DIRETOS

As despesas em reprografia e telefone/fax são dois CIPS da Sousa, Pereira e Nóbrega queseriam principais candidatos para serem rastreados diretamente para as ordens individuais.Um número de código do cliente pode ser entrado antes de fazer cada ordem de reprografiapara identificar o cliente recebedor do serviço, e chamadas de longa distância e faxes podemser rastreadas a clientes individuais via contas telefônicas ou um registro mantido pela em-presa. O aumento na sofisticação e em preços mais acessíveis da tecnologia de processamen-to de informações permite que tais custos, que anteriormente eram classificados como indi-retos e eram incluídos na taxa de CIPS, sejam traçados diretamente para ordens específicas aum custo mínimo. Por exemplo, se as despesas de telefone, fax, e reprografia forem rastrea-das diretamente para a ordem da Automotiva Superior, a seção de Outros da folha de custosiria ficar assim:

Outros Período Período TotalEncerrado em Encerrado em31/01/20 – – 28/02/20 – –

Viagens . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 2.970 $ 1.975 $ 4.945Refeições . . . . . . . . . . . . . . . . . 1.430 795 2.225Reprografia. . . . . . . . . . . . . . . . 280 175 445Telefone/fax . . . . . . . . . . . . . . . 370 220 590Total . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 5.050 $ 3.165 $ 8.215

Note que as taxas de faturamento usadas na Figura 5-1 devem ser ligeiramente mais baixasporque o componente de CIPS da taxa não inclui mais as despesas de telefone/fax e de repro-grafia. Esses itens, que anteriormente eram espalhados “como creme de amendoim” sobre to-das as ordens, agora podem ser especificamente identificados com as ordens que causaram es-

Capítulo 5 • CONTABILIDADE DE CUSTOS PARA O SETOR DE SERVIÇOS • 219

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ses custos. Custeio de creme de amendoim se refere à prática de atribuir custos eqüitativa-mente para ordens usando uma taxa CIPS, quando ordens diferentes consomem recursos emproporções diferentes.

GRUPOS DE CUSTOS MÚLTIPLOS INDIRETOS

Outro ingrediente principal de Custeio Baseado em Atividade é tomar CIPS que antes esta-vam em um único grupo de custos indiretos e separá-los em um número de grupos de custoshomogêneos com um direcionador de custos, ou base de alocação de custos, separado para ca-da grupo. Por exemplo, o grupo único de CIPS de $ 4.500.000 que antes estava alocado para asordens na base de dinheiro de mão-de-obra direta poderia ser separado em três grupos de cus-tos com um direcionador de custos diferente para cada grupo, como a seguir:

Grupo de Custos Base de Alocação de Custos

Assistência de secretárias Horas de mão-de-obra do sócioBenefícios indiretos Unidades monetárias de

mão-de-obra profissionalAssistência de auditoria Horas de mão-de-obra profissional

Usando os números orçados da Figura 5-5, e as informações adicionais de que 6.000 horasde mão-de-obra do sócio e 106.000 horas de mão-de-obra profissional foram orçadas, as taxas deCIPS para os grupos individuais de custos seriam computadas da seguinte maneira:

Custos Direcionadores de TaxaGrupo de Custos Orçados Custos Orçados Orçada

Assistência de secretárias . . . $ 1.500.000 4.250 horas $ 353/hora de mão-de-obra do sócio

Benefícios indiretos . . . . . . . . $ 1.250.000 $ 3.000.000 0,4167/unidademonetária de mão-de-obra profissional

Assistência de auditoria. . . . . $ 1.550.000 79.750 horas $ 19,44/ hora demão-de-obraprofissional

Note que o montante de $ 1.550.000 no grupo de custos de assistência de auditoria foideterminado do orçamento de CIPS na Figura 5-5, da seguinte maneira:

Despesas de aluguel . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 500.000Depreciação — equipamento. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 750.000Despesas de utilidades públicas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 300.000

$ 1.550.000

Os montantes orçados para assistência de secretárias, $ 1.550.000, e os benefícios indire-tos, $ 1.250.000, eram uma linha de itens separados no orçamento de CIPS. Usando um sistemade Custeio Baseado em Atividade para debitar CIPS para a ordem da Automotiva Superior, osmontantes alocados, usando as taxas acima, seriam como a seguir:

220 • CONTABILIDADE DE CUSTOS

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Número deDirecionadores

de CustosGrupo de Custos Taxa Orçada Unidades Total

ConsumidasAssistência de secretárias . . . . . . $ 353/hora de 18 horas $ 6.354

mão-de-obrado sócio

Benefícios indiretos . . . . . . . . . . . 0,4167/unidade $ 11.300 4.709monetária demão-de-obraprofissional

Assistência de auditoria. . . . . . . . $ 19,44/ hora 288 horas 5.599de mão-de-obraprofissional

Total . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 16.662

Os números de direcionadores de custos vieram da Figura 5-1, onde 18 horas do sócio, e288 horas profissionais, foram trabalhadas na ordem da Automotiva Superior. As taxas por horaforam determinadas do orçamento de mão-de-obra profissional na Figura 5-4.

O dinheiro de mão-de-obra profissional incorrido na ordem foi computado da seguintemaneira:

Sócios . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18 horas a $ 100 = $ 1.800Gerentes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 70 horas a $ 50 = 3.500Equipe de assessoria . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 200 horas a $ 30 = 6.000

Total . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 11.300

FOLHA DE CUSTOS POR ORDEM – CUSTEIO BASEADO EM ATIVIDADE

A folha revisada de custos por ordem refletindo todas as despesas para a ordem da Auto-motiva Superior, usando custeio baseado em atividade, aparece na Figura 5-8.

ALOCAÇÕES USANDO CUSTEIO SIMPLIFICADO VERSUS CUSTEIOBASEADO EM ATIVIDADE

OBJETIVO DE APRENDIZAGEM 4Comparar os resultados de alocações de custos usando custeio simplificado versusCusteio Baseado em Atividade.

Nos exemplos das Figuras 5-1 e 5-8, os custos totais debitados à ordem usando custeio sim-plificado à ordem ($ 35.420) variam menos do que 10% dos custos totais usando Custeio Basea-do em Atividade ($ 36.177). Essas diferenças pequenas não são sempre o caso, como ilustradopelo exemplo a seguir. Suponha que uma empresa de advocacia tem duas categorias de mão-de-obra profissional – sócio e associado. Ela também tem dois tipos de custos indiretos – assistênciajurídica e assistência de secretárias. As informações orçadas para o ano são estas:

Capítulo 5 • CONTABILIDADE DE CUSTOS PARA O SETOR DE SERVIÇOS • 221

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222 • CONTABILIDADE DE CUSTOS

Mão-de-obra Mão-de-obrado Sócio do Associado

Número de advogados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10 40Horas anuais faturadas por advogado . . . . . . . . 2.000 2.000Compensação anual por advogado . . . . . . . . . . $ 200.000 $ 75.000

Assistência AssistênciaJurídica de Secretárias

Estimativa de CIPS anuais . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 2.000.000 $ 500.000

A categoria de custos diretos inclui todos os custos de mão-de-obra profissional, que sãorastreados para as ordens em uma base por hora. A categoria de custos indiretos inclui todos osCIPS. Esses custos estão incluídos em um único grupo de custos indiretos – isto é, assistênciaprofissional – e alocados para ordens usando horas de mão-de-obra profissional como a base dealocação. Usando um sistema de custeio simplificado com uma categoria de custo direto e umacategoria de custo indireto, as ordens seriam custeadas como está mostrado na Figura 5-9. Emais, considere dois clientes: Braga, que requer 50 horas de trabalho no tribunal; e Ribeiro, querequer 75 horas de trabalho tributário.

A taxa de mão-de-obra profissional de $ 50 por hora foi computada da seguinte maneira:

Unidades monetárias anuais demão-de-obra profissional.

Horas anuais de mão-de-obra profissional

=(10 � $ 200.000) + (40 � $ 75.000)

(10 � 2.000 horas) + (40 � 2.000 horas)

=$ 5.000.000

100.000 horas

= $ 50 por hora

A taxa do custo indireto de assistência profissional de $ 25 por hora foi computada da se-guinte maneira:

Custo de assistência anual

Horas anuais de mão-de-obra profissional

=$ 2.000.000 + $ 500.000

100.000 horas

=$ 2.500.000

100.000 horas

= $ 25 por hora

Taxa de mão-de-obra profissional =

Taxa de mão-de-obra profissional =

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Figura 5-8 Folha de Custos por Ordem com Custeio Baseado em Atividade

Sousa, Pereira e Nóbrega – ContadoresResumo da Conta de Empenho

Nome do Cliente: Automotiva Superior, Ltda.Tipo de Empenho: AuditoriaNúmero do Empenho: 727Data de Contratação: 19/12/20 – –Data de Completude: 22/02/20 – –Sócio Supervisor: LucasHoras do Sócio:Período encerrado em Horas Taxa Total31/01/20 – – 10 $ 100 $ 1.00028/02/20 – – 8 $ 100 800Subtotais: 18 $ 1.800Horas do Gerente:Período encerrado em Horas Taxa Total31/01/20 – – 45 $ 50 $ 2.25028/02/20 – – 25 $ 50 1.250Subtotais: 70 $ 3.500Horas da Equipe de AssessoriaPeríodo encerrado em Horas Taxa Total31/01/20 – – 120 $ 30 $ 3.60028/02/20 – – 80 $ 30 2.400Subtotais: 200 $ 6.000CIPS:

Número deDirecionadores de Custo

Grupo de Custos Taxa Orçada Unidades TotalAssistência de secretárias . . . . . . $ 353/mão-de-obra 18 horas $ 6.354

do sócioBenefícios indiretos . . . . . . . . . . . 0,4167/dólar de $ 11.300 4.709

mão-de-obraprofissional

Assistência de auditoria. . . . . . . . $ 19,44/hora de 288 horas 5.559mão-de-obraprofissional

Subtotais . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16.662

Outros Período Encerrado Período Encerrado TotalCustos Diretos em31/01/20 – – em28/02/20 – – OutrosViagens . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 2.970 $ 1.975 $ 4.945Refeições . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1.430 795 2.225Reprografia . . . . . . . . . . . . . . . . 280 175 445Telefone/fax. . . . . . . . . . . . . . . . 370 220 590Subtotal: . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 5.050 $ 3.165 $ 8.215Total de Custos do Empenho: . . . . $ 36.177

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Figura 5-9 Custeio Simplificado de Serviços para uma Empresa de Advocacia

Braga RibeiroCusto da mão-de-obra profissional

50 horas � $ 50 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 2.50075 horas � $ 50 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 3.750

Assistência profissional:50 horas � $ 25 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1.25075 horas � $ 25 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1.875Total . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 3.750 $ 5.625

Agora, vamos supor que a empresa decide implementar um sistema de custeio mais sofisti-cado porque ela acha que muitas cotações, como da ordem do Ribeiro, estão sendo rejeitadaspor serem muito altas. A empresa decide ter duas categorias de custos diretos – mão-de-obra dosócio e mão-de-obra do associado – e duas categorias de custos indiretos – assistência jurídica eassistência de secretárias. A base para a alocação de custos para a assistência jurídica é horas demão-de-obra profissional, e para a assistência de secretárias é horas de mão-de-obra do sócio.Usando os dados na página 222, as taxas para cada categoria de custo seriam assim:

Categoria Taxa

Mão-de-obra do sócio . . . . . . . . . $ 200.000/2.000 horas = $ 100 por horaMão-de-obra do associado . . . . . $ 75.000/2.000 horas = $ 37,50 por horaAssistência jurídica . . . . . . . . . . . $ 2.000.000/100.000 horas = $ 20 por horaAssistência de secretárias . . . . . . $ 500.000/20.000 horas = $ 25 por hora

Suponha também que a ordem do Braga precisará de 40 horas de sócio e 10 horas de asso-ciado, enquanto a ordem do Ribeiro precisará de 70 horas de associado e cinco horas de sócio.Usando um sistema de Custeio Baseado em Atividade com as duas categorias de custos diretos eas duas categorias de custos indiretos, as ordens seriam custeadas como mostra a Figura 5-10.

Figura 5-10 Custeio Baseado em Atividade para a Empresa de Advocacia

Braga RibeiroCusto de mão-de-obra de sócio:

40 horas � $ 100 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 4.0005 horas � $ 100 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 500

Custo de mão-de-obra de associado:10 horas � $ 37,50 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 37570 horas � $ 37,50 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2.625

Assistência jurídica:50 horas � $ 20 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1.00075 horas � $ 20 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1.500

Assistência de secretárias:40 horas � $ 25 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1.0005 horas � $ 25 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 125Total . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 6.375 $ 4.750

224 • CONTABILIDADE DE CUSTOS

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Os custos das duas ordens sob os dois sistemas de custeio são resumidos da seguinte forma:

Braga RibeiroCusto usando sistema simplificado. . . . . . . . . . . . . . . . . $ 3.750 $ 5.625Custo usando sistema de Custeio Baseado em Atividade . 6.375 4.750Diferença . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ (2.625) $ 875

Usando o sistema de custeio simplificado, a ordem do Braga foi custeada a menor em$ 2.625 (uma diferença de 70%) e o serviço do Ribeiro foi sobrecusteada em $ 875 (quase 16%).Isso ajuda a explicar por que a empresa perdeu a licitação para a ordem do Ribeiro. Embora te-nha ganho a oferta na ordem do Braga, é possível que tenha executado a ordem com prejuízo.Se a empresa adicionasse 50% na estimativa de custo na oferta da ordem do Braga, a oferta ajus-tada estaria subcusteada em $ 750 relativos ao custo baseado em atividade da ordem. Esse mon-tante é determinado da seguinte maneira:

Preço de oferta usando um sistema de custeiosimplificado [$ 3.750 + 0,50($ 3.750)] . . . . . . . . . . . . $ 5.625Custo da ordem baseado em atividade . . . . . . . . . . . . . 6.375Prejuízo na ordem . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ (750)

Para resumir, vale a pena implementar o Custeio Baseado em Atividade quando diferen-tes ordens usam recursos em proporções diferentes. No exemplo acima, devido à natureza detrabalho de tribunal, a ordem do Braga exigiu predominantemente tempo de sócios, que émais caro e requer mais serviços de assistência. Implementar, ou não, um sistema mais sofisti-cado de custeio deve ser uma decisão de custo/benefício. Isto é, o benefício recebido dasinformações mais refinadas excedem o custo de implementação e manutenção do sistemamais sofisticado?

O seguinte exemplo hipotético do mundo real descreve o uso de Custeio Baseado em Ati-vidade para despesas administrativas e de vendas em uma pequena empresa.

EXEMPLO DO MUNDO REAL

USANDO ABC PARA DETERMINAR O CUSTO DE PRESTAR SERVIÇOS AOSCLIENTES

Embora a maioria dos estudos de casos sobre aplicações de ABC têm sido na área demanufatura, o ABC pode ser usado em uma pequena empresa de serviços para isolar cus-tos para a tomada de decisões. Conduzimos um estudo de custos com ABC em uma pe-quena empresa familiar de suprimentos para soldagem. Os propósitos desse estudo foramdeterminar o custo de prestar serviços aos clientes e identificar oportunidades viáveis pa-ra a redução de custos.

O dono, que opera o negócio com um estilo administrativo muito conservador, típi-co de donos de negócios operados pela família, tem metas financeiras que se limitam amanter um saldo credor de ano em ano. Mesmo assim, existe uma preocupação crescentede que certas áreas da empresa têm subsidiado outras áreas e que os lucros com algunsclientes estão subsidiando prejuízos com outros.

Capítulo 5 • CONTABILIDADE DE CUSTOS PARA O SETOR DE SERVIÇOS • 225

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226 • CONTABILIDADE DE CUSTOS

A aplicação de princípios de ABC para dados históricos (dados financeiros do ano fis-cal de 1994) foi usada para endereçar essas preocupações para que o dono da empresapudesse ver os problemas e avaliar idéias sobre como corrigi-los.

O próximo passo foi identificar os possíveis relacionamentos causais entre a ocor-rência de custos e atividades assim como os direcionadores subjacentes das atividades. Asfunções da empresa foram divididas em 15 atividades... [A tabela a seguir lista as ativida-des, a base de alocação (ou o direcionador de custos) mais apropriada, para cada ativida-de, e a taxa de alocação.]

Atividades, Base, e Taxas

Atividade Base Cálculo1. Vendas Tempo Veja… Estudo de Tempo (não mostrado)2. Compras Número de faturas Gasto no período/Número total de faturas =

($ 6.150/13.780) = $ 0,4463 por fatura3. Cobranças Unidades monetárias Gasto no período/Total de vendas =

de vendas ($ 6.150/$ 1.440.000) = $ 0,0044 porunidade monetária de vendas

4. Auditoria Número de faturas Gasto no período/Número totalde faturas = ($ 6.150/13.780) =$ 0,4463 por fatura

5. Administração Distribuição por Gasto no período/Empregados de vendas =igual ($ 3.075/5) = $ 615 por empregado de vendas

6. Armazenagem Unidades monetárias Gasto no período/Total de vendas =de vendas ($ 24.650/$ 1.440.000) = $ 0,0176 por

unidade monetária de vendas7. Puxar pedidos Tempo Veja... Estudo de Tempo (não mostrado)8. Faturamento Número de faturas Gasto no período/Número total de

faturas = ($ 24.115/13.780) =$ 1,75 por fatura

9. Contas a pagar Número de faturas Gasto no período/Número total defaturas = ($ 18.000/13.780) =$ 13,06 por fatura

10. Propaganda Unidades monetárias Custo total/Total de vendas = ($ 3.780de vendas / $ 1.440.000) = $ 0,0027 por unidade

monetária de vendas11. Telefone Unidades monetárias Custo total/Total de vendas = ($ 4.620

de vendas / $ 1.440.000) = $ 0,0033 por unidademonetária de vendas

12. Serviços de Distribuição por Gasto no período/Empregados de vendas =assistência igual ($ 2.500/5) = $ 500 por empregado de vendasjurídica econtabilidade

13. Diversos Unidades monetárias Custo total/Total de vendas = ($ 1.540de vendas / $ 1.440.000) = $ 0,0011 por unidade

monetária de vendas14. Seguro Unidades monetárias Custo total/Total de vendas = ($ 19.320

de vendas / $ 1.440.000) = $ 0,0138 por unidademonetária de vendas

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15. Aluguel e Unidade monetárias Custo total/Total de vendas = ($ 18.200utilidades de vendas / $ 1.440.000) = $ 0,013 por unidadepúblicas monetária de vendas

Após identificar as atividades, conduzir estudos de tempo, encontrar relação causa-efeito entre as atividades e os custos, computar as taxas de alocação e colocar os dados emum formato de margem de contribuição, os números de custos desejados foram obtidos.Mesmo que essa análise não fosse refinada e tentada novamente, ela ainda identificou oscustos de prestar serviços a clientes diferentes, que é a razão pela qual o projeto foi imple-mentado.

Michael Krupnicki e Thomas Tyson, “Using ABC to Determine the Cost of Servicing Customers”, ManagementAccounting (dez. 1997), p. 40-6.

Agora, você deve estar apto a resolver o seguinte: Questões 12-15; Exercícios 5-5 a5-7; Problemas 5-5 a 5-7.

TERMOS-CHAVE

Custeio creme de amendoim Orçamento de receitasCusteio baseado em atividade Relatório de desempenho de custosDecisão de custo/benefício ServiçoOrçamento de mão-de-obra profissional Taxas de faturamento

PROBLEMA PARA AUTO-AVALIAÇÃO

ALOCAÇÕES USANDO CUSTEIO SIMPLIFICADO VERSUS CUSTEIO BASEADOEM ATIVIDADE

JEFFERSON e MARCOSJefferson e Marcos, arquitetos, têm usado um sistema de custeio simplificado no qual todos

os custos da mão-de-obra profissional estão incluídos em uma única categoria de custos diretos,a mão-de-obra profissional; e todos os CIPS estão incluídos em uma única categoria de custosindiretos, assistência profissional, e alocados para as ordens usando horas de mão-de-obra pro-fissional como base de alocação. Considere dois clientes: o Restaurante Néon, que precisou de25 horas de trabalho para o projeto de um novo anexo, e Linda Gonçalves, que precisou deplanos para a construção de uma nova casa, supermoderna, e que levou 40 horas para ser pro-jetada. A empresa tem dois sócios, cada um com um salário de $ 150.000 ao ano, e quatro as-sociados, que ganham $ 60.000 por ano. Cada profissional tem 1.500 horas faturáveis porano. A assistência profissional é de $ 1.080.000, e consiste em $ 700.000 de apoio em pro-

Capítulo 5 • CONTABILIDADE DE CUSTOS PARA O SETOR DE SERVIÇOS • 227

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jetos e $ 380.000 para a assistência de equipe de assessoria. A ordem do Néon exigiu 5 ho-ras de tempo do sócio e 20 horas de tempo do associado. A ordem da Gonçalves exigiu 30horas de tempo do sócio e 10 horas de tempo do associado.

Pede-se:

1. Prepare folhas de custo por ordem, para o Restaurante Néon e para a Linda Gonçalves, usan-do um sistema de custeio simplificado, com um grupo de custo direto e um grupo de custo indi-reto.

2. Prepare folhas de custo por ordem para os dois clientes, usando um sistema de Custeio Basea-do em Atividade, com duas categorias de custo direto – mão-de-obra de sócio e mão-de-obrade associado – e duas categorias de custo indireto – assistência de projeto e assistência de as-sessoria. Use unidades monetárias de mão-de-obra profissional como base de alocação de cus-tos para assistência de projeto, e horas de mão-de-obra profissional como base para alocaçãode custos para a assistência da equipe de assessoria

3. Determine o montante em que cada ordem foi sub- ou supercusteada usando o sistema de cus-teio simplificado.

SOLUÇÃO PARA O PROBLEMA DE AUTO-AVALIAÇÃOSUGESTÕES:

1. Quando estiver computando a taxa de CIPS usando o sistema de custeio simplificado, certifi-que-se de usar unidades monetárias de mão-de-obra profissional como base para a alocaçãode custos.

2. Quando estiver computando o custo por ordem, usando o Custeio Baseado em Atividade, cer-tifique-se de distinguir entre as horas de mão-de-obra do sócio e as horas de mão-de-obra doassociado consumidas em cada ordem.

3. Quando estiver computando o custo por ordem usando Custeio Baseado em Atividade, certifi-que-se de usar unidades monetárias de mão-de-obra profissional como base de alocação decustos para a assistência do projeto e horas de mão-de-obra profissional como base de aloca-ção de custo para assistência de assessoria.

Preparando as folhas de custo por ordem usando o sistema de custeio simplificado:

1. Primeiro, você precisa calcular a taxa salarial média por hora para a mão-de-obra profissional:

Taxa salarial profissional média = Salários profissionaisHoras faturáveis

= (2 � $ 150.000) + (4 � $ 60.000)6 � 1.500 horas

= $ 540.0009.000 horas

= $ 60 por hora

Depois, você precisa computar a taxa do custo indireto:

Taxa de custo indireto = Total de custos indiretosHoras de mão-de-obra profissional

= $ 1.080.0009.000 horas

= $ 120 por horaAgora, você pode preparar as folhas de custos:

228 • CONTABILIDADE DE CUSTOS

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Restaurante LindaNéon Gonçalves

Custo de mão-de-obra profissional:25 horas � $ 60. . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 1.50040 horas � $ 60. . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 2.400

Assistência profissional:25 horas � $ 120. . . . . . . . . . . . . . . . . . 3.00040 horas � $ 120. . . . . . . . . . . . . . . . . . 4.800

$ 4.500 $ 7.200

Preparando as folhas de custo por ordem usando um sistema de Custeio Baseado em Ativi-dade:

2. Primeiro, você precisa computar a taxa salarial média por hora para cada classificação demão-de-obra profissional:

Taxa salarial de sócio = Salários dos sóciosHoras faturáveis dos sócios

= $ 300.0003.000 horas

= $ 100 por hora

Taxa salarial de associado = Salários de associadosHoras faturáveis de associados

= 4 � $ 60.0004 �1.500 horas

= $ 40 por hora

Agora, você precisa computar as taxas dos custos indiretos para assistência de projeto e pa-ra assistência de assessoria:

Assistência de projeto = Custos orçados do projetoUnidades monetárias orçadas de mão-de-obra profissional

= $ 700.000$ 540.000

= 1,30 por unidade monetária demão-de-obra profissional

Assistência de assessoria = Custos orçados para a assessoriaHoras orçadas de mão-de-obra profissional

= $ 380.0009.000 horas

= $ 42,22 por hora de mão-de-obra profissionalAgora, você pode preparar as folhas de custos:

Capítulo 5 • CONTABILIDADE DE CUSTOS PARA O SETOR DE SERVIÇOS • 229

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230 • CONTABILIDADE DE CUSTOS

Restaurante LindaNéon Gonçalves

Custo de mão-de-obra de sócio:5 horas � $ 100. . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 50030 horas � $ 100. . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 3.000

Custo de mão-de-obra de associado:20 horas � $ 40. . . . . . . . . . . . . . . . . . . 80010 horas � $ 40. . . . . . . . . . . . . . . . . . . 400

Assistência de projeto:1,30 � $ 1.300 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1.6901,30 � $ 3.400 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4.420

Assistência de assessoria:$ 42,22 � 25 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1.056$ 42,22 � 40 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1.689

$ 4.046 $ 9.509

Determinando o montante pelo qual cada ordem foi sub- ou supercusteada, usando um siste-ma de custeio simplificado:3. Restaurante Linda

Néon Gonçalves

Custo usando sistema simplificado . . . . . . . . . . . . . . $ 4.500 $ 7.200Custo usando sistema baseado em atividade . . . . . . . 4.046 9.509Diferença. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 454 ($ 2.309)

O sistema de custeio simplificado sobrecusteou a ordem do Néon em $ 454 e subcusteou aordem da Gonçalves em $ 2.309.

(Note que o Problema 5-6 é similar a esse.)

QUESTÕES

1. Dê um mínimo de cinco exemplos de em-presas de serviços.

2. Quais são algumas características distinti-vas de empresas de serviços?

3. Por que as empresas de serviços são im-portantes para a economia?

4. Que tipo de sistema de custeio é usadopela maioria das empresas de serviços, epor que elas usam esse sistema?

5. Que fatores você consideraria para deci-dir se deveria usar unidades monetáriasde mão-de-obra direta ou horas de mão-de-obra direta quando debitar CIPS paraas ordens em uma empresa de serviços?

6. Distinga entre um custo direto e um custoindireto quando o objeto de custo é a or-dem.

7. Quais são os elementos de um relatório dedesempenho de custos?

8. Qual dos diversos orçamentos é o pontode partida para se preparar um orçamen-to anual?

9. Por que é importante orçar as horas demão-de-obra profissional com extremo cui-dado?

10. Qual é a diferença entre o tratamento con-tábil de CIPS para uma empresa de servi-ços e CIF para um fabricante?

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11. Explique como uma demonstração de re-sultados orçada para uma empresa deserviços pode ser usada para fins de pla-nejamento e controle.

12. Quais são as duas principais coisas queum sistema de Custeio Baseado em Ativi-dade tenta realizar com relação aos cus-tos diretos e indiretos?

13. Explique o conceito de “custeio creme deamendoim”.

14. Quando é que normalmente vale a penaimplementar um sistema de Custeio Basea-do em Atividade?

15. Explique o conceito de uma “decisão decusto/benefício” e como ela se relacionacom sistemas de custeio por ordem.

EXERCÍCIOS

E 5-1 Computando taxas orçadas de CIPSObjetivo 2

Cruz e Costa têm uma empresa de serviços profissionais com os seguintes custos orçados pa-ra o ano corrente:

Salários de associados . . . . . . . . . . . . . . . . $ 250.000Depreciação – equipamento . . . . . . . . . . . . 25.000Benefícios indiretos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 75.000Despesas de aluguel . . . . . . . . . . . . . . . . . . 110.000Salários dos sócios . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 200.000Telefone e fax. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15.000

Compute a taxa de CIPS orçados para o ano vindouro, usando unidades monetárias demão-de-obra direta como a base de alocação dos CIPS.

E 5-2 Computando o resultado em uma ofertaObjetivo 2

Alex e Silva, eletricistas, foram bem-sucedidos em uma oferta de $ 24.000 para o trabalhoelétrico em uma nova casa de luxo. O custo total da mão-de-obra direta na ordem foi de $ 9.500,outros custos diretos foram de $ 2.500 e os CIPS debitados para a ordem foram de 150% do cus-to da mão-de-obra direta.

1. Compute o resultado da ordem (a) em unidades monetárias e (b) como porcentagem do preçode oferta.

2. Expresse a mão-de-obra e os CIPS como uma porcentagem dos custos totais.

E 5-3 Preparando um orçamento de receitasObjetivo 2

Abreu e Soares, contadores, fizeram um orçamento para horas de mão-de-obra profissionalpara o ano vindouro: sócios, 1.500; gerentes, 5.000; assessoria, 20.000. Taxas de faturamentoorçado são: sócios, $ 250 por hora; gerentes, $ 120 por hora; contadores de assessoria, $ 80por hora.

Prepare um orçamento de receitas para o ano encerrado em 31 de dezembro de 20 – –.

Capítulo 5 • CONTABILIDADE DE CUSTOS PARA O SETOR DE SERVIÇOS • 231

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E 5-4 Preparando uma demonstração de resultados orçadosObjetivo 2

Bento e Ferreira, médicos, prepararam um orçamento para as seguintes receitas e despesaspara o mês de setembro:

Depreciação – equipamento . . . . . . . . . . . . $ 1.850Benefícios indiretos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3.300Despesas de aluguel . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2.500Salários de enfermeiras . . . . . . . . . . . . . . . . 4.500Salários dos médicos . . . . . . . . . . . . . . . . . 24.000Receita de pacientes . . . . . . . . . . . . . . . . . . 48.500Assistência de secretárias . . . . . . . . . . . . . . 2.200Utilidades públicas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 650Prepare uma demonstração de resultados orçados para o mês encerrado em 30 de setembro

de 20– –.

E 5-5 Computando taxas de Custeio Baseado em AtividadeObjetivo 3

Os sócios da Edson e Figueiredo, uma empresa de advocacia, decidem implementar umsistema de Custeio Baseado em Atividade para a sua empresa. Eles identificam os seguintes trêsgrupos de custos, e montantes orçados para cada um, para o ano vindouro: benefícios indire-tos, $ 350.000; assistência jurídica, $ 500.000; e assistência de pesquisa, $ 650.000. É de-terminado que o melhor direcionador de custos para os benefícios indiretos é a unidade mone-tária de mão-de-obra profissional ($ 400.000); para a assistência jurídica são as horas demão-de-obra de sócios (4.000); e para a assistência de pesquisa são as horas de mão-de-obraprofissional (50.000).

Calcule as taxas de CIPS orçados para cada um dos três grupos de custos.

E 5-6 Custo por ordem para um clienteObjetivo 3

Um cliente, Estêvão Anderson, precisa de 5 horas de mão-de-obra de sócio e 20 horas de as-sociados profissionais da Edson e Figueiredo, a empresa de advocacia do E 5-5. Sócios recebem$ 125 por hora e associados ganham $ 60 por hora.

Calcule o custo da ordem para atender a Estêvão Anderson.

E 5-7 Comparações de um sistema de custeio simplificado com um sistema deCusteio Baseado em Atividade

Objetivo 4

Antes de instituir um sistema de Custeio Baseado em Atividade, a Edson e Figueiredo, os ad-vogados dos exercícios E 5-5 e E 5-6, usavam um sistema de custeio simplificado com uma cate-goria de custo direto, mão-de-obra profissional, e uma categoria de custo indireto, assistência pro-fissional. A taxa salarial média para a mão-de-obra profissional era de $ 75 por hora e a taxa deCIPS para a assistência profissional era de $ 27,78 por hora de mão-de-obra profissional.

232 • CONTABILIDADE DE CUSTOS

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Calcule o custo por ordem para Estêvão Anderson, o cliente do exercício E 5-6, usando o sis-tema de custeio simplificado, e determine a diferença entre esse custo e o custo por ordem usandoo Custeio Baseado em Atividade do exercício E 5-6.

PROBLEMAS

P 5-1 Folha de custo por ordem para uma empresa de serviçosObjetivo 2

Torres e Ribeiro, advogados, forneceram representação jurídica para a Brinquedos Rainhaem uma ação de responsabilidade do produto. Vinte horas de sócio e 65 horas de associados fo-ram trabalhadas para defender a empresa. O custo de cada hora de sócio é de $ 325, que incluisalários de sócio mais CIPS baseados no custo da mão-de-obra direta. O custo de cada hora deassociado é de $ 145, que também inclui salários e CIPS. Outros custos que podem ser diretamen-te identificados com a ordem são viagens ($ 2.800) e despesas de telefone e fax ($ 1.740). A da-ta em que Brinquedos Rainha contratou a Torres e Ribeiro foi dia 8 de maio e a defesa foi comple-tada com êxito no dia 21 de dezembro. O número do empenho é 525.

Pede-se:

Prepare uma folha de custo por ordem, em boa forma, para a Brinquedos Rainha Ltda.

P 5-2 Relatório de desempenho de custos para uma empresa de serviçosObjetivo 2

O orçamento para a ordem da Brinquedos Rainha no P 5-1 consistiu nos seguintes valores:

Salário e CIPS de sócios . . . . . . . . . . . . . . . $ 6.300Salário e CIPS de associados . . . . . . . . . . . . 9.175Viagens . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3.150Telefone/fax. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1.475

A cotação vencedora foi de $ 24.900.

Pede-se:

1. Prepare um relatório de desempenho de custos.2. Compute o lucro orçado e o lucro real da ordem.

P 5-3 Preparando um orçamento de receitas e um orçamento de mão-de-obrapara uma empresa de serviços

Objetivo 2

Costa e Gerson, sócios de uma empresa de planejamento financeiro, orçaram as seguinteshoras de mão-de-obra profissional para o ano encerrado em 31 de dezembro de 20 – –:

Sócios . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4.000Associados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14.000Assessoria . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22.000

Capítulo 5 • CONTABILIDADE DE CUSTOS PARA O SETOR DE SERVIÇOS • 233

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234 • CONTABILIDADE DE CUSTOS

Os sócios têm uma taxa de faturamento de $ 225 por hora e na verdade ganham $ 110 porhora. Os associados faturam $ 140 por hora, e ganham $ 85 por hora. A assessoria fatura $ 95por hora, e ganha $ 55 por hora.

Pede-se:

1. Prepare um orçamento de receitas.

2. Prepare um orçamento de mão-de-obra profissional.

P 5-4 Preparando um orçamento de CIPS, um orçamento de outras despesas euma demonstração de resultados orçados

Objetivo 2

Costa e Gerson, os planejadores financeiros do problema P 5-3, orçaram CIPS e outras des-pesas da seguinte maneira para o ano encerrado em 31 de dezembro de 20 – –:

CIPS:Depreciação – equipamento . . . . . . . . . . . . $ 60.000Depreciação – prédio . . . . . . . . . . . . . . . . . 135.000Benefícios indiretos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 385.000Reprografia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 95.000Assistência de secretárias . . . . . . . . . . . . . . 465.000Telefone/fax. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 115.000Utilidades públicas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 193.000Outras despesas:Viagens . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 123.000Refeições . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 37.000

Pede-se:

1. Prepare um orçamento de CIPS.

2. Prepare um orçamento de outras despesas.

3. Prepare uma demonstração de resultados orçados.

P 5-5 Computando taxas de Custeio Baseado em AtividadeObjetivo 3

Os sócios de Silvestre e Silveira, uma empresa de serviços de segurança, decidem implemen-tar um sistema de Custeio Baseado em Atividade. Eles identificaram os seguintes três grupos decustos, e orçaram quantias para cada um, para o ano vindouro: benefícios indiretos, $ 200.000;assistência tecnológica, $ 100.000; e assistência de litígio, $ 50.000. Foi determinado que o me-lhor direcionador de custo para os benefícios indiretos são unidades monetárias de mão-de-obraprofissional ($ 200.000); para a assistência tecnológica, são as horas de mão-de-obra de sócio(2.000); e para a assistência de pesquisa, são as horas de mão-de-obra profissional (25.000).

Pede-se:

Calcule a taxa de CIPS orçados para cada um dos três grupos de custos.

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P 5-6 Alocações usando custeio simplificado versus Custeio Baseado emAtividade. Similar ao problema de auto-avaliação.

Objetivo 4

Gaspar e Wellington, arquitetos, têm usado um sistema de custeio simplificado no qual todosos custos de mão-de-obra profissional estão incluídos em uma única categoria de custos diretos,mão-de-obra profissional, e todos os CIPS são incluídos em um único grupo de custos indiretos, as-sistência profissional, e alocados para as ordens usando horas de mão-de-obra profissional comobase de alocação. Considere dois clientes: Produtos Rico, que precisou de 50 horas de trabalhode projetos para um novo anexo, e Sílvia Martins, que precisou de um plano para uma nova casaque levou 20 horas para ser projetada. A empresa tem dois sócios, os quais ganham um saláriode $ 150.000 por ano cada, e quatro associados, que ganham $ 60.000 por ano cada. Cadaprofissional tem 1.500 horas faturáveis por ano. A assistência profissional é de $ 590.000, queconsiste em $ 350.000 de assistência de projetos e $ 240.000 de assistência de assessoria. A or-dem da Produtos Rico requer 10 horas de tempo dos sócios e 40 horas de tempo dos associados.A ordem da Martins requer 15 horas de tempo dos sócios e 5 horas de tempo dos associados.

Pede-se:

1. Prepare folhas de custo por ordem para Produtos Rico e para Sílvia Martins, usando um sistemade custeio simplificado, com um grupo de custos diretos e um de custos indiretos.

2. Prepare folhas de custos por ordem para os dois clientes, usando um sistema de Custeio Basea-do em Atividade, com duas categorias de custos diretos, mão-de-obra de sócios e mão-de-obrade associados, e duas categorias de custos indiretos, assistência de projeto e assistência de as-sessoria. Use unidades monetárias de mão-de-obra profissional como base de alocação paraassistência de projeto, e horas de mão-de-obra profissional como base de alocação para assis-tência de assessoria.

P 5-7 Comparando os resultados de alocações de custos, usando custeiosimplificado versus Custeio Baseado em Atividade

Objetivo 4

Pede-se:Refira-se ao problema P 5-6 e compare os resultados das alocações de custos para os traba-

lhos de Produtos Rico e Sílvia Martins sob o sistema de custeio simplificado e sob o sistema de Cus-teio Baseado em Atividade. Rotule cada diferença como sendo sub- ou sobrecusteado em relaçãoao sistema de custeio simplificado.

Capítulo 5 • CONTABILIDADE DE CUSTOS PARA O SETOR DE SERVIÇOS • 235

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Acontabilidade de custos fornece à administração informações acuradas sobre o custo parafabricar um produto. O tipo de sistema de contabilidade de custos que uma empresa usadepende da natureza de suas operações de manufatura. Os capítulos anteriores enfatiza-

ram o sistema de custo por ordem. Os Capítulos 6 e 7 enfatizam os procedimentos aplicáveis emum sistema de acumulação de custo por processo.

OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM

Após estudar este capítulo, você deverá estar apto a:

� Reconhecer as diferenças entre sistemas de contabilidade (acumulação) de custo porordem e por processo.

�Computar custos unitários em um sistema de custo por processo.�Atribuir custos aos estoques, usando unidades equivalentes de produção com o métodode custo médio.

� Preparar um resumo do custo de produção e lançamentos diários para um departa-mento sem estoque inicial.

� Preparar um resumo do custo de produção e lançamentos diários para um departa-mento com estoque inicial.

� Preparar um resumo do custo de produção e lançamentos diários para múltiplos de-partamentos sem estoque inicial.

� Preparar um resumo do custo de produção e lançamentos diários para múltiplos de-partamentos com estoque inicial.

� Preparar um resumo do custo de produção com uma mudança no custo de transferên-cia unitário do departamento anterior.

Contabilidade de Custos por Processo— Procedimentos Gerais

6

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Capítulo 6 • CONTABILIDADE DE CUSTOS POR PROCESSO — PROCEDIMENTOS GERAIS • 237

COMPARAÇÃO DE SISTEMAS DE CUSTOS BÁSICOS

OBJETIVO DE APRENDIZAGEM 1Reconhecer as diferenças entre os sistemas de contabilidade (acumulação) decusto por ordem e por processo.

Como foi explicado no Capítulo 1, um sistema de acumulação de custo por ordem éapropriado quando os produtos são fabricados, ou serviços são prestados, com base em pedi-dos especiais. Um sistema de acumulação de custo por processo é usado quando produ-tos de natureza similar, ou homogêneos, são fabricados, ou serviços são prestados, em umaoperação contínua.

O ponto focal do sistema de acumulação de custos por ordem é a ordem, mesmo em umafábrica departamentalizada. Os custos de materiais, mão-de-obra e CIF são acumulados paracada ordem, e divididos pelo número de unidades produzidas para determinar o custo unitárioda ordem. O objetivo primário do sistema é determinar o custo de se produzir cada ordem com-pletada durante o período contábil e o custo que foi incorrido em cada ordem não completada.A administração usa essas informações para a valorização do estoque e também para questõesde planejamento, controle e mensuração do desempenho.

O foco de um sistema de custo por processo é o centro de custos ou unidade dentro dafábrica para o qual os custos são atribuídos prática e eqüitativamente. Normalmente, é umdepartamento, mas pode ser um processo, ou uma operação. Os custos acumulados por umcentro de custos são divididos pelo número de unidades produzidas para computar o custounitário. Os objetivos primários, como aqueles para um sistema de custo por ordem, são decomputar o custo unitário dos produtos manufaturados e o custo a ser atribuído às unidades emprocesso ao final do período.

Muitos dos procedimentos utilizados para a contabilidade de custo por ordem também seaplicam à contabilidade de custo por processo. A principal diferença entre os dois métodos é amaneira pela qual os custos são acumulados.

CUSTOS DE MATERIAIS E MÃO-DE-OBRA

Sob o sistema de custo por ordem, os custos de materiais e mão-de-obra, como deter-minado dos resumos de requisições de materiais e registros de horas, são debitados paraordens ou pedidos específicos. Sob o sistema de custo por processo, os custos de materiais emão-de-obra são debitados diretamente para os departamentos onde são incorridos. Noentanto, os custos dos materiais indiretos e a mão-de-obra indireta, que não podem ser dire-tamente associados a um departamento específico, são debitados em CIF, como, por exemplo,suprimentos de reserva para a fábrica e o salário de um supervisor responsável por diversosdepartamentos.

Um sistema por processo exige menor esforço de escritório do que um sistema de custopor ordem porque os custos são debitados a poucos departamentos em vez de muitas ordens.Por exemplo, em um sistema de custo por processo, um detalhado registro de tempo pode sereliminado completamente. Em um sistema de custo por ordem, se um empregado típico defábrica trabalha em diversas ordens diferentes, o total de horas trabalhadas são rastreadas porordem. Em um sistema de custo por processo, o tempo do trabalhador é geralmente atribuídoao departamento onde o trabalho foi executado.

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Além dessas diferenças limitadas, os procedimentos para adquirir, controlar, contabilizar epagar materiais e mão-de-obra são similares em ambos os sistemas. Ao final de cada mês, oresumo de requisições de materiais fornece os dados para o lançamento diário debitandoProdutos em Processo e CIF e creditando Materiais. Da mesma forma, o resumo do custo damão-de-obra fornece os dados para o lançamento diário que debita Produtos em Processo e CIFe credita Folha de Pagamento.

CUSTOS INDIRETOS DE FABRICAÇÃO

Em um sistema de custo por processo, os custos indiretos de fabricação são acumuladosdos vários diários da mesma forma que em um sistema de custo por ordem. Os custos reais parao período são coletados em uma conta de controle do razão geral para a qual lançamentos sãofeitos dos diários apropriados. A conta de controle é apoiada por um razão subsidiário, que con-siste em folhas de análise para CIF que mostram a alocação detalhada dos custos para os depar-tamentos. Ao final do mês, com base nos dados refletidos nas folhas de análises, o total real deCIF é distribuído para as contas de CIF departamentalizadas.

Departamentos de Serviços. Assim como para a contabilidade de custos por ordem, osCIF aplicáveis são debitados para os departamentos de serviço. As despesas de departamentosde serviços são distribuídas para os departamentos de produção. Uma planilha de distribuiçãomostra a alocação de cada despesa dos departamentos de serviço para outros departamentos deserviços e para os departamentos de produção. Um lançamento diário registra a distribuição dasdespesas dos departamentos de serviços para os departamentos de produção e assim encerra ascontas dos departamentos de serviços para os CIF. Os custos dos departamentos de serviços nãoserão considerados na discussão a seguir porque os fundamentos foram desenvolvidos noCapítulo 4.

A aplicação dos CIF. No sistema de custo por ordem, os CIF são aplicados para as ordensatravés de taxas predeterminadas. O uso de taxas predeterminadas também é comum em umsistema de custo por processo, mas os CIF são aplicados para departamentos em vez de paraordens. Como no sistema de custo por ordem o montante de CIF aplicado é calculado pela mul-tiplicação da taxa predeterminada pela base selecionada. A base pode ser custo de mão-de-obradireta, horas de mão-de-obra direta, horas-máquina, ou qualquer outro método que irá distribuireqüitativamente os CIF para os departamentos em proporção aos benefícios recebidos poraquele departamento. Os CIF sub- e superaplicados são tratados da mesma maneira como dis-cutido no Capítulo 4.

EXEMPLO DO MUNDO REAL

PROCESSAMENTO EM “LOTES DE UM”A contabilidade de custo por processo é adequada para situações de manufatura

onde todas as unidades do produto final são substancialmente idênticas. Esse tipo de ope-ração produz uma saída contínua de produtos homogêneos. Indústrias desse tipo incluemas que fabricam automóveis, pneus, produtos químicos, produtos enlatados, madeira, pa-pel, balas, produtos alimentícios, farinha, vidro, sabão, pasta de dente e muitos outrosprodutos.

238 • CONTABILIDADE DE CUSTOS

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Hoje em dia, os clientes exigem variedade em produtos. As empresas estão enfrentan-do o desafio de produzir bens de forma mais rápida e eficaz enquanto satisfazem essademanda. Um artigo na Management Accounting explica como as indústrias que têm pro-duzido bens em grandes lotes, em longas tiragens de produção, estão mudando alguns deseus processos de produção.

Uma combinação de automação programável e trabalhadores autorizados a tomardecisões – tecnologias “espertas” e pessoas “espertas” – fornece uma oportunidade de rom-per com o dilema da produção em massa tradicional. Uma nova “idéia simples” está surgin-do e substituindo o modelo tradicional de economias de escala. É o “lote de um”, ou “cus-tomização em massa (personalização)” – a capacidade de produzir um lote customizado,tão pequeno quanto um lote de um, ao preço de produção em massa.

Essa idéia pode parecer um oximoro (paradoxo). Como é que rodadas de lotespequenos para médios podem ser mais econômicas que processos contínuos?

As “economias da flexibilidade” são obtidas através de ciclos de tempo curtos, auto-mação flexível e a capacidade de se fazer mudanças rápidas de produção com pouca ounenhuma parada na produção ou penalidade de custo. As pessoas são tão importantespara a produção quanto a tecnologia. Empurrar as tomadas de decisão para baixo, paraa linha de produção, e autorizar equipes de empregados a tomarem decisões, permite quea variedade seja manuseada sem demoras ou aprovações incômodas.

O resultado é a variedade a um custo baixo. Por exemplo, modelos diferentes de car-ros vão linha abaixo. O primeiro pode ser um utilitário feito para a Austrália. O equipamen-to lê um código de barra e depois executa um certo número de etapas. O próximo veículopode ser um carro modelo esporte feito para a América do Norte. O código de barra é li-do mais uma vez e o equipamento é direcionado pelo software a executar um padrão dife-rente. As mudanças são instantâneas e virtualmente sem custo.

Gerald H. B. Ross, “Revolution in Management Control”, Management Accounting (nov. 1990), p. 23-7.

CUSTO DO PRODUTO EM UM SISTEMA DE CUSTO POR PROCESSO

OBJETIVO DE APRENDIZAGEM 2Computar os custos unitários em um sistema de custo por processo.

Um princípio básico estabelecido na comparação dos dois sistemas de custo é que em umsistema de custo por processo todos os custos de manufatura são debitados aos departamentosde produção, direta ou indiretamente. O custo unitário em cada departamento é calculado ao di-vidir-se o total dos custos debitados para o departamento pelo número de unidades produzidasdurante o período. O custo total de cada item acabado é igual ao custo unitário combinado detodos os departamentos usados na manufatura do produto.

FÁBRICA NÃO DEPARTAMENTALIZADA

Quando a fábrica é operada como um único departamento produzindo um único produto,com produção contínua, o sistema de custo por processo é relativamente simples. Os custospara operar a fábrica estão resumidos no final de cada período contábil. Depois os custos totais

Capítulo 6 • CONTABILIDADE DE CUSTOS POR PROCESSO — PROCEDIMENTOS GERAIS • 239

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240 • CONTABILIDADE DE CUSTOS

incorridos são divididos pela quantidade de unidades produzidas para calcular o custo de cadaunidade fabricada durante o período.

O resumo de custo de produção a seguir ilustra esse procedimento:

FÁBRICA DEPARTAMENTALIZADA

Geralmente, uma empresa tem vários departamentos de produção e serviços. Os produtosacumulam custos enquanto passam através de cada departamento de produção sucessivo. Os de-partamentos registram os custos de acordo com os seguintes procedimentos: (1) os custos dos de-partamentos de serviços são alocados para os departamentos de produção; (2) os custos adiciona-dos por departamentos anteriores são transportados para departamentos sucessivos; e (3) os custosde materiais e mão-de-obra diretamente identificáveis com um departamento, assim como os CIFaplicados, são debitados para o departamento. O custo unitário dentro de um departamento é cal-culado ao dividir-se os custos totais pelo número de unidades produzidas durante o período.

ESTOQUE DE PRODUTOS EM PROCESSO

OBJETIVO DE APRENDIZAGEM 3Atribuir custos para estoques, usando unidades equivalentes de produção com ométodo de custo médio.

Se não houver produtos em processo no final de um período contábil, calcular o custo uni-tário sob o sistema de custo por processo é um procedimento simples: simplesmente divide-seo custo total incorrido para o período pelo número de unidades produzidas. No entanto, nor-malmente, cada departamento terá produtos em processo no final de um período contábil. Ocálculo de produtos em processo não acabados apresenta um dos problemas mais importantese difíceis na contabilidade do custo por processo.

Normalmente, uma fábrica terá unidades em vários estágios de completude:

1. Unidades começadas e acabadas durante o período corrente.

2. Unidades começadas em um período anterior e acabadas durante o período corrente.

3. Unidades começadas durante o período corrente, mas não acabadas.

Visto que materiais, mão-de-obra e CIF podem ter sido aplicados para cada um dos itensnão acabados, tais débitos não podem ser ignorados ao computar-se o custo de todas as unida-

Materiais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 50.000

Mão-de-obra . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 75.000

CIF . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 35.000

Custo total da produção . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 160.000

Unidades produzidas no período . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 40.000 unidades

Custo unitário para o período . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 4,00 *

*$ 160.000/40.000 unidades = $ 4

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Capítulo 6 • CONTABILIDADE DE CUSTOS POR PROCESSO — PROCEDIMENTOS GERAIS • 241

des. Portanto, deve ser dada consideração não apenas ao número de itens acabados durante operíodo, mas também às unidades em processo no início e no final do período. O problema pri-mário é na alocação do custo total entre (1) unidades acabadas durante o período e (2) unidadesainda em processo ao final do período.

Dois procedimentos são comumente usados para atribuir custos aos estoques: o métodode custo médio e o método do primeiro a entrar, primeiro a sair (PEPS). O método decusto médio é discutido e ilustrado no restante deste capítulo. O Capítulo 7 cobre o método doprimeiro a entrar, primeiro a sair.

No método do custo médio, o custo de produtos em processo no início do período é soma-do aos custos de produção incorridos no período corrente. O custo médio unitário para o períodoé então calculado ao dividir-se os custos totais (estoque inicial mais custos correntes) pelo total daprodução equivalente. A produção equivalente representa o número de unidades que poderiamter sido acabadas durante o período, usando os custos de produção incorridos nele. Por exemplo,se 1.000 unidades estiverem 50% completadas, são consideradas, em termos de “equivalentes”, co-mo 500 unidades, 100% completadas. Portanto, calcular a produção equivalente exige que o esto-que final de produtos em processo seja ajustado em termos de unidades completadas. Para ilustrar,suponha que os custos de produção de um departamento durante dado período sejam:

Se 18.000 unidades são produzidas durante o período, e não existe produto em processo nemno início, nem no final do período, o custo unitário da produção é calculado facilmente como sendode$ 2 ($36.000/18.000), e$ 36.000 seriam transferidos para Produtos Acabados no razão geral.

Agora, em vez disso, suponha que o relatório de produção para o período não mostra pro-duto em processo no início, 17.000 unidades são completadas durante o período e o estoque fi-nal consiste em 2.000 unidades. O problema é alocar o custo de produção para o período,$ 36.000, entre os produtos acabados e os produtos ainda em processo. Que parcela do custo to-tal de produção foi incorrida durante o mês pelas 2.000 unidades remanescentes em processo?

Se as 2.000 unidades estão quase acabadas, mais custo deve ser atribuído para essasunidades não acabadas do que se estivessem em fase inicial de processo. Para se fazer uma men-suração acurada, o estágio de completude das unidades ainda em processo deve ser considera-do. O estágio de completude representa a fração, ou porcentagem do custo de materiais,mão-de-obra e CIF de uma unidade completada que tenha sido aplicada para produtos que nãoforam completados. O gerente de departamento faz uma estimativa do estágio de completude.A possibilidade de erro é minimizada porque o gerente normalmente tem as habilidades e a fa-miliaridade com o trabalho para fazer estimativas confiáveis.

Ao final do período contábil, o gerente de departamento submete um relatório de pro-dução mostrando o seguinte:

1. Número de unidades em produtos em processo no início

2. Número de unidades completadas

3. Número de unidades em produtos em processo no final e seu estágio estimado de completude

Materiais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $12.0000

Mão-de-obra . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18.000

CIF . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6.000

Custo total da produção . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $36.000

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242 • CONTABILIDADE DE CUSTOS

Suponha que 2.000 unidades em processo estejam metade completadas. Se materiais,mão-de-obra e CIF são aplicados por igual no processo, metade do custo total para completar as2.000 unidades pode ser aplicado a essas unidades. Expresso de outra forma, o custo para trazeressas 2.000 unidades até o ponto de estarem 50% completadas é o equivalente ao custo de com-pletar totalmente 1.000 unidades. Portanto, em termos de produção equivalente, 2.000 unidadesmetade completadas é igual a 1.000 unidades totalmente completadas. O custo unitário é calcu-lado da seguinte maneira:

RESUMO DO CUSTO DE PRODUÇÃO – UM DEPARTAMENTO SEMESTOQUE INICIAL

OBJETIVO DE APRENDIZAGEM 4Preparar um resumo do custo de produção e lançamentos diários para umdepartamento sem estoque inicial.

Em um sistema de custo por processo, relatar a produção e seus custos relacionados emcada departamento envolve o seguinte:

1. Acumular os custos para os quais o departamento é responsável

2. Calcular a produção equivalente para o período

3. Computar o custo unitário para o período

4. Resumir a disposição dos custos de produção

Esses dados são relatados em um resumo do custo de produção, que apresenta as in-formações necessárias para a valorização do estoque e serve de fonte para resumo de lançamen-tos diários. Para ilustrar, suponha que a Guri e Cia. fabrica “minibebês” (bebês de brinquedo) emuma base contínua para estoque. A pequena fábrica, que não tinha estoque no dia 1 de janeiro,opera como um único departamento e coloca produtos acabados em estoque para serem retira-dos com o recebimento de pedidos. No final de janeiro, o primeiro mês de operações da empre-sa, o supervisor da fábrica submete o relatório de produção para janeiro, da Figura 6-1. A esti-mativa do estágio de completude indica que as unidades em processo no final do mês eram, emmédia, cerca de metade completadas.

Unidades completadas durante o período . . . . . . . . . . . . . . . . . 17.000

Unidades equivalentes de produtos em processono final do período (2.000 unidades, 50% completadas) . . . 1.000

Produção equivalente para o período . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18.000 unidades

$36.000/18.000 = $ 2 de custo unitário para o mês

Agora, o custo de estoque pode ser calculado da seguinte forma:

Transferido para produtos acabados (17.000 unidades a$ 2) . . $34.000

Produtos em processo (2.000 unidades � 0,5 � $ 2) . . . . . . . . 2.000

Total do custo de produção contabilizado . . . . . . . . . . . . . $36.000

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Capítulo 6 • CONTABILIDADE DE CUSTOS POR PROCESSO — PROCEDIMENTOS GERAIS • 243

Figura 6-1 Relatório de Produção, em 31 de Janeiro

RELATÓRIO DE PRODUÇÃOPara o mês encerrado em 31 de janeiro de 20 – –

Em processo, início do mês nenhumAcabados durante o mês 4.900 unidadesEm processo, final do mês 200 unidadesEstágio estimado de completude de produtos em processo, final do mês 1/2

Comentários

(Rubrica)Supervisor

Após receber o relatório de produção, o contador começa o seguinte resumo de custo deprodução coletando os custos de produção do período dos resumos de requisições de mate-riais, folha de pagamento e folhas de análise de CIF. As unidades em processo são então conver-tidas em unidades equivalentes. A estimativa de que as 200 unidades em processo estão metadecompletadas significa que metade do custo total de materiais, mão-de-obra e CIF necessários pa-ra produzir 200 unidades foram incorridos. O equivalente a 200 unidades em processo, metadecompletadas, é 100 unidades. Portanto, o custo incorrido parcialmente para completar 200 uni-dades é considerado equivalente ao total do custo de produção de 100 unidades. O custo deproduzir 4.900 unidades totalmente completadas e 200 unidades metade completadas, duranteo mês, é equivalente a produzir 5.000 unidades totalmente completadas.

Guri e Cia.Resumo do Custo de Produção

para o Mês Encerrado em 31 de Janeiro de 20 – –Custo de produção no mês:Materiais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 5.000Mão-de-obra . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3.000CIF . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2.000

Total dos custos a ser considerado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $10.000

Unidades produzidas no mês:Acabadas durante o mês . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4.900Unidades equivalentes de produtos em processo, finaldo mês (200 unidades, metade completadas) . . . . . . . . . . . . . . . . 100

Total equivalente de produção . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5.000�

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244 • CONTABILIDADE DE CUSTOS

No final do mês, os seguintes lançamentos no diário registram as operações de fábrica parajaneiro:

31 de janeiro D - Produtos em Processo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5.000C - Materiais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5.000

D - Produtos em Processo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3.000C - Folha de Pagamento . . . . . . . . . . . . 3.000

31 de janeiro D – CIF 2.000C - Várias Contas (Depreciação Acumulada,Seguro Pré-pago, Impostos Acumulados,Contas a Pagar) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2.000D - Produtos em Processo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2.000

C – CIF . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2.000

Após preparar o resumo do custo de produção, o contador pode fazer o seguinte lança-mento:

31 de janeiro D - Produtos Acabados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9.800C - Produtos em Processo . . . . . . . . . . . 9.800

Após registrar esses lançamentos, a conta de produtos em processo tem um saldo devedorde$ 200, representando a valorização de produtos em processo no dia 31 de janeiro, mostradocomo a seguir:

Produtos em Processo

31 de janeiro 5.000 31 de janeiro 9.800

3.000

2.000

10.000

200

Custo unitário para o mês:Materiais ($5.000/5.000 unidades) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 1,00Mão-de-obra ($3.000/5.000 unidades) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 0,60CIF ($2.000/5.000 unidades) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 0,40

Total . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 2,00

Custos de estoque:Custo de produtos acabados durante o mês (4.900 � $ 2) . . . . . . . . . $ 9.800Custo de produtos em processo, final do mês:

Materiais (200 � 0,5 � $ 1) . . . . . . . . . . . . . . . . . . $100Mão de obra (200 � 0,5 � $ 0,60) . . . . . . . . . . . . . 60CIF (200 � 0,5 � $ 0,40) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 40 200

Total do custo de produtos manufaturados considerado . . . . . . . . $10.000

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Capítulo 6 • CONTABILIDADE DE CUSTOS POR PROCESSO — PROCEDIMENTOS GERAIS • 245

Agora, a demonstração do custo de produtos manufaturados para janeiro pode ser prepa-rada como segue:

Guri e Cia.Demonstração do Custo de Produtos Manufaturadospara o Mês Encerrado em 31 de Janeiro de 20 – –

Materiais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 5.000Mão-de-obra . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3.000CIF . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2.000Total . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $10.000Menos estoque de produtos em processo, 31 de janeiro . . . . . . . . . . . . 200

Custo de produção durante o mês . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 9.800

RESUMO DO CUSTO DE PRODUÇÃO — UM DEPARTAMENTOCOM ESTOQUE INICIAL

OBJETIVO DE APRENDIZAGEM 5Preparar um resumo do custo de produção e lançamentos no diário para umdepartamento com estoque inicial.

No final de fevereiro, o segundo mês de operações para a Guri e Cia., o supervisor da fábri-ca submete o relatório de produção para fevereiro mostrado na Figura 6-2.

O resumo do custo de produção para fevereiro é preparado da seguinte maneira:

Guri e Cia.Resumo do Custo de Produção

para o Mês Encerrado em 28 de Fevereiro de 20 – –Custo de produtos em processo, início do mês:*Materiais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 100Mão-de-obra . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 60CIF . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 40 $ 200

Custo de produção para o mês:Materiais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 7.000Mão-de-obra . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4.200CIF . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2.800 14.000

Total do custo a ser considerado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 14.200

Unidades produzidas no mês:Acabadas durante o mês . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6.900Unidades equivalentes de produtos em processo, finaldo mês (600 unidades, 1/3 completado) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 200Total de produção equivalente . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7.100

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246 • CONTABILIDADE DE CUSTOS

Custo unitário para o mês:Materiais [($100 + $ 7.000)/7.100] . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 1,00Mão-de-obra [($60 + $ 4.200)/7.100] . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 0,60CIF [($40 + $ 2.800)/7.100] . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 0,40Total . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 2,00

Custos de estoque:Custo de produtos acabados durante o mês (6.900 � $ 2) . . . . . . . . . $ 13.800Custo de produtos em processo, final do mês:Materiais (600 � 1/3 � $ 1) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 200Mão-de-obra (600 � 1/3 � $ 0,60) . . . . . . . . . . . . . . 120CIF (600 � 1/3 � $ 0,40) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 80 400

Total do custo de produção considerado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 14.200

* O estoque inicial em fevereiro foi o estoque de produtos em processo final para o mês de janeiro.

Figura 6-2 Relatório de Produção, 28 de Fevereiro

RELATÓRIO DE PRODUÇÃOPara o mês encerrado em 28 de fevereiro de 20 – –

Em processo, início do mê 200 unidadesAcabados durante o mês 6.900 unidadesEm processo, final do mês 600 unidadesEstágio estimado de completude dos produtos em processo, final do mês 1/3

Todos os custos incorridos ou atribuídos precisam ser considerados. Portanto, o custo deprodutos em processo no final de janeiro, que é o estoque inicial para fevereiro, é somado ao to-tal dos custos incorridos durante o mês de fevereiro. O cálculo de produção em unidades parao mês inclui as unidades acabadas durante o mês e as unidades equivalentes que estão em pro-cesso no final do mês corrente. O fato de que metade do trabalho já tenha sido completado so-bre as 200 unidades do mês anterior não precisa ser levado em consideração nesse cálculo por-que o custo daquele trabalho é somado aos custos do mês corrente para fins de cálculo doscustos unitários. Esse procedimento é a característica que identifica o método de custo médio.

Agora, o seguinte lançamento pode ser feito usando os dados desenvolvidos no resumodo custo de produção:

28 de fevereiro D - Produtos Acabados . . . . . . . . . . . . . . 13.800C - Produtos em Processo . . . . . . . . . . . . . . . . 13.800

Após fazer esse lançamento e os lançamentos para os custos de produção do mês, a contade produtos em processo tem um saldo devedor de$ 400, como mostrado:

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Capítulo 6 • CONTABILIDADE DE CUSTOS POR PROCESSO — PROCEDIMENTOS GERAIS • 247

Produtos em Processo

31 de janeiro 5.000 31 de janeiro 9.800

3.000

2.000

10.000

200

28 de fevereiro 7.000 28 de fevereiro 13.800

4.200

2.800

24.000 23.600

400

Agora, a seguinte demonstração de custo de produtos manufaturados pode ser preparada:

Guri e Cia.Demonstração do Custo de Produtos Manufaturadospara o Mês Encerrado em 28 de Fevereiro de 20 – –

Materiais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 7.000Mão-de-obra . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4.200CIF . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2.800Total . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $14.000Mais estoque de produtos em processo, 1 de fevereiro . . . . . . . . . . 200

Total . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $14.200Menos estoque de produtos em processo, 28 de fevereiro . . . . . . . . 400

Custo de produtos manufaturados durante o mês . . . . . . . . . . . . . . . . . $13.800

RESUMO DO CUSTO DE PRODUÇÃO – MÚLTIPLOSDEPARTAMENTOS, SEM ESTOQUE INICIAL

OBJETIVO DE APRENDIZAGEM 6Preparar um resumo de custo de produção e lançamentos diários para múltiplosdepartamentos sem estoque inicial.

A empresa da Guri e Cia. continuou a crescer e a administração decidiu departamentalizara fábrica e reorganizar os registros dos custos. De acordo com isso, no dia 1 de janeiro do anoseguinte a fábrica estava dividida em três departamentos, como segue:

Agora, você deve estar apto a resolver o seguinte: Questões 1-11; Exercícios 6-1 a6-6; Problemas 6-1 e 6-2.

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248 • CONTABILIDADE DE CUSTOS

Departamento A - MisturaDepartamento B - MoldagemDepartamento C - AcabamentoContas de controle separadas são mantidas no razão geral para registrar os custos de ope-

rar cada departamento. As folhas de análise de despesas departamentais são usadas para regis-trar as despesas de fábrica incorridas. Os relatórios de produção são preparados para cada de-partamento para janeiro. Não existem estoques iniciais de produtos em processo em qualquerdepartamento. O relatório de produção para o Departamento A está na Figura 6-3.

Após receber o relatório de produção do gerente do Departamento A, o contador preparao seguinte resumo de custo de produção. Lançamentos de diário são então feitos do resumo decusto de produção para registrar as operações do departamento e transferir os custos.

Figura 6-3 Relatório de Produção, Departamento A – Mistura

RELATÓRIO DE PRODUÇÃOPara o mês encerrado em 31 de janeiro de 20 – –

Departamento A – Mistura

Em processo, início do período nenhumaEstágio de completude 6.900 unidadesColocadas em processo durante o período 3.700 unidadesRecebidos do Departamento durante o períodoTransferidos para o Departamento B durante o período 2.700 unidadesTransferidos para o almoxarifado durante o período nenhumaEm processo, final do período 1.000 unidadesEstágio de completude 0,5

Guri e Cia.Resumo do Custo de Produção – Departamento Apara o Mês Encerrado em 31 de Janeiro de 20 – –

Custo da produção para o mês:Materiais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $16.000Mão-de-obra . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8.640CIF . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7.360

Total dos custos a ser considerado. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $32.000

Unidades produzidas para o mês:Acabadas e transferidas para o Departamento B, durante o mês. . . . . . 2.700Unidades equivalentes de produtos em processo, final do mês(1.000 unidades, 50% completadas) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 500Total da produção equivalente . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3.200

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Capítulo 6 • CONTABILIDADE DE CUSTOS POR PROCESSO — PROCEDIMENTOS GERAIS • 249

Note que os custos acumulados no departamento são transferidos para o próximo departa-mento, junto com as unidades completadas durante o período. Assim, os custos seguem o fluxode produtos pelo processo.

Após fazer os lançamentos normais de final de mês, a conta de produtos em processo parao Departamento A tem um saldo devedor de$ 5.000, como demonstrado abaixo. O saldo repre-senta o custo do estoque final parcialmente acabado.

Produtos em Processo – Departamento A

31 de janeiro 16.000 31 de janeiro 27.000

8.640

7.360

5.000 32.000

A única diferença em procedimento entre esse exemplo e aquele para a fábrica de um úni-co departamento (veja a página 314) é que os produtos acabados no Departamento A são trans-feridos para o Departamento B para continuarem a ser processados em vez de serem transferi-dos para o almoxarifado como produtos acabados.

O relatório de produção para o Departamento B é mostrado na Figura 6-4. Note que en-quanto os produtos fluem pelo processo de manufatura, as unidades transferidas, e os seus cus-tos relacionados, são tratadas como produtos acabados no Departamento A, mas as unidadestransferidas para o Departamento B são consideradas como matérias-primas pelo DepartamentoB, e serão somadas ao início da operação de processamento do Departamento B. O custo trans-ferido das unidades inclui os custos de materiais, mão-de-obra e CIF incorridos no Departamen-to A. No entanto, os elementos individuais de custo são combinados e transferidos no todo parao Departamento B.

� Custo unitário para o mês:Materiais ($16.000/3.200 unidades) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 5,00Mão-de-obra ($8.640/3.200 unidades) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2,70CIF ($7.360/3.200 unidades) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2,30

Total . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 10,00Custos de estoque:Custo de produtos acabados e transferidos para o Departamento Bdurante o mês (2.700 � $ 10,00) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $27.000

Custo de produtos em processo, final do mês:Materiais (1.000 � 0,5 � $ 5) . . . . . . . . . . . . . . . $ 2.500Mão-de-obra (1.000 � 0,5 � $ 2,70) . . . . . . . . . . 1.350CIF (1.000 � 0,5 � $ 2,30) . . . . . . . . . . . . . . . . 1.150 5.000

Total do custo de produtos manufaturados considerado . . . . . . . . . . . . . . . . $ 32.000

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Figura 6-4 Relatório de Produção, Departamento B – Moldagem

RELATÓRIO DE PRODUÇÃOPara o mês encerrado em 31 de janeiro de 20 – –

Departamento B – Moldagem

Em processo, início do período nenhuma

Estágio de completude 6.900 unidades

Colocadas em processo durante o período nenhuma

Recebidos do Departamento A durante o período 2.700 unidades

Transferidoss para o Departamento C durante o período 2.200 unidades

Transferidoss para o almoxarifado durante o período nenhuma

Em processo, final do período 500 unidades

Estágio de completude 2/5

Ao examinar o resumo do custo de produção para o Departamento B nas próximas duaspáginas, observe que o cálculo do custo unitário para o mês no Departamento B leva em consi-deração apenas os custos incorridos para materiais, mão-de-obra e CIF durante o mês e as unida-des equivalentes produzidas no departamento. Os custos de transferência e as unidades dodepartamento anterior não estão incluídos na computação. No entanto, ao determinar o cus-to transferido para o Departamento C, os custos do departamento anterior, junto com o custode produtos em processo do Departamento B, devem ser considerados. Além disso, ao calculara valorização de produtos em processo final, o custo total de$ 10 por unidade do DepartamentoA é somado às 500 unidades ainda em processo no Departamento B porque as unidades transfe-ridas para dentro do departamento foram acabadas pelo Departamento A, enquanto apenas umafração do custo por trabalho adicional executado pelo Departamento B, baseado no estágio decompletude, é considerada.

Após fazer os lançamentos de final do mês, a conta de produtos em processo para o Depar-tamento B tem um saldo devedor de$ 5.500.

Produtos em Processo, Departamento B

31 de janeiro 1.200 31 de janeiro 27.500

3.000

1.800

27.000

5.500 33.000

250 • CONTABILIDADE DE CUSTOS

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Capítulo 6 • CONTABILIDADE DE CUSTOS POR PROCESSO — PROCEDIMENTOS GERAIS • 251

Guri e Cia.Resumo do Custo de Produção – Departamento Bpara o Mês Encerrado em 31 de Janeiro de 20 – –

Custo de produtos recebidos do Departamento A durante o mês(2.700 unidades � $ 10,00) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 27.000

Custo da produção para o mês – Departamento B:Materiais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 1.200Mão-de-obra . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3.000CIF . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1.800 6.000

Total do custo a ser considerado . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 33.000Unidades produzidas para o mês:Acabadas e transferidas para Departamento C, durante o mês 2.200Unidades equivalentes de produtos em processo, finaldo mês (500 unidades, 2/5 completadas) . . . . . . . . . . . . . 200Total da produção equivalente . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2.400

Custo unitário para o mês – Departamento B:Materiais ($1.200/2.400 unidades) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 0,50Mão-de-obra ($3.000/2.400 unidades) . . . . . . . . . . . . . . . . . 1,25CIF ($1.800/2.400 unidades) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 0,75Total . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 2,50

Custos de estoque:Custo de produtos acabados e transferidos parao Departamento C durante o mês:Custo no Departamento A (2.200 � $ 10,00) . . . . $ 22.000Custo no Departamento B (2.200 � 2,50) . . . . . . 5.500(2.200 � $ 12,50) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 27.500

Custo de produtos em processo, final do mês:Custo no Departamento A (500 � $ 10,00) . . . . . . . $ 5.000Custo no Departamento B:Materiais (500 � 2/5 � $ 0,50). . . . . . . . $ 100Mão-de-obra (500 � 2/5 � $ 1,25) . . . . . 250CIF (500 � 2/5 � $ 0,75) . . . . . . . . . . . . 150 500 5.500

Total dos custos de produção considerado . . . . . . . . . . . . . . . $ 33.000

O relatório de produção para o Departamento C está na Figura 6-5.

O seguinte resumo do custo de produção para o Departamento C é preparado de maneiraparecida com o resumo do Departamento B. Note que a seção sobre os custos de estoque no re-latório mostra o custo de produtos acabados e transferidos para produtos acabados duranteo mês. O custo unitário de$ 16,50 dos produtos acabados e transferidos representa o total docusto unitário passando pelo Departamento C. O custo unitário detalhado dos produtos com-pletados, de departamento em departamento, mostra a acumulação do custo unitário total.

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252 • CONTABILIDADE DE CUSTOS

Figura 6-5 Relatório de Produção, Departamento C – Acabamento

RELATÓRIO DE PRODUÇÃOPara o mês encerrado em 31 de janeiro de 20 – –

Departamento C – Acabamento

Em processo, início do período nenhumaEstágio de completudeColocadas em processo durante o período nenhumaRecebidos do Departamento B durante o período 2.200 unidadesTransferidos para Departamento durante o períodoTransferidos para almoxarifado durante o período 2.000 unidadesEm processo, final do período 200 unidadesEstágio de término 0,5

Guri e Cia.Resumo do Custo de Produção – Departamento Cpara o Mês Encerrado em 31 de Janeiro de 20 – –

Custo de produtos recebidos do Departamento B durante o mês(2.200 unidades � $ 12,50) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 27.500

Custo da produção para o mês – Departamento C:Materiais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 3.150Mão-de-obra . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2.310CIF . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2.940 8.400

Total de custo a ser considerado . . . . . . . . . . . . . . . $ 35.900

Unidades produzidas para o mês:Acabadas e transferidas para produtos acabados, durante o mês . . . . . 2.000Unidades equivalentes de produtos em processo, finaldo mês (200 unidades, 0,5 completadas) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 100

Total da produção equivalente . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2.100

Custo unitário para o mês – Departamento C:Materiais ($3.150/2.100 unidades) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 1,50Mão-de-obra ($2.310/2.100 unidades) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1,10CIF ($2.940/2.100 unidades) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1,40

Total . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 4,00

Custos de estoque:Custo de produtos acabados e transferidos paraprodutos acabados durante o mês:Custo no Departamento A (2.000 � $ 10,00) . . . . . . $ 20.000Custo no Departamento B (2.000 � 2,50) . . . . . . . . . 5.000Custo no Departamento C (2.000 � 4,00) . . . . . . . . 8.000

(2.000 � $ 16,50) . . . . . . . . . . . . . . . . $ 33.000�

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Capítulo 6 • CONTABILIDADE DE CUSTOS POR PROCESSO — PROCEDIMENTOS GERAIS • 253

Após fazer os lançamentos de final do mês, a conta de produtos em processo para o Depar-tamento C tem um saldo devedor de$ 2.900.

Produtos em Processo – Departamento C

31 de janeiro 3.150 31 de janeiro 33.000

2.310

2.940

27.500

35.900

2.900A planilha na Figura 6-6 fornece as informações para a seguinte demonstração de custo de pro-

dutos manufaturados como um meio de se classificar e resumir as operações da fábrica para janeiro:

�Custo de produtos em processo, final do mês:Custo no Departamento A (200 � $ 10,00) . . . . . . . . . . . $ 2.000Custo no Departamento B (200 � $ 2,50) . . . . . . . . . . . . 500Custo no Departamento C:Materiais (200 � 0,5 � $ 1,50) . . . . . . . . $ 150Mão-de-obra (200 � 0,5 � $ 1,10) . . . . . 110CIF (200 � 0,5 � $ 1,40) . . . . . . . . . . . . 140 400 2.900

Total dos custos de produção a ser considerado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 35.900

Guri e Cia.Demonstração de Custo de Produtos Manufaturadospara o Mês Encerrado em 31 de Janeiro de 20 – –

Materiais $ 20.350Mão-de-obra . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13.950CIF . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12.100Total . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 46.400Menos estoques de produtos em processo,31 de janeiro . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13.400

Custo de produtos manufaturados durante o mês . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 33.000

No final do mês, os seguintes lançamentos são feitos no diário:

31 de janeiro D - Produtos em Processo – Departamento A 16.000D - Produtos em Processo – Departamento B 1.200D - Produtos em Processo – Departamento C 3.150D - CIF* 1.000C - Materiais 21.350

*A quantia debitada para CIF pelo montante real de materiais indiretos é uma quantia arbitrária escolhida para este exem-plo para ilustrar como os custos são coletados e distribuídos. Essa quantia representa o custo de vários suprimentos baixa-dos que não podiam ser debitados diretamente para um departamento.

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254 • CONTABILIDADE DE CUSTOS

Figura 6-6 Planilha de Custos, 31 de Janeiro

Guri e Cia.Planilha de Custos Departamentais para o Mês Encerrado em 31 de Janeiro de 20 – –

Análise Custo por Unidades Unidades Valor Valorunidade recebidas transferidas debitado creditadotransferido no depto. ou em mãos ao depto. ao depto.

Depto. A – MisturaIniciou processo 3.700Custos para o mês:Materiais 16.000,00Mão-de-obra 8.640,00CIF 7.360,00

Acabou e transferiu p/ Depto. B 10,00 2.700 27.000,00Encerrando produtos em processo 1.000 5.000,00

Total 10,00 3.700 3.700 32.000,00 32.000,00Depto. B – Moldagem

Recebeu durante mês do Depto. A 2.700 27.000,00Custos adicionados durante mês:Materiais 1.200,00Mão-de-obra 3.800,00CIF 1.800,00

Acabou e transferiu p/ Depto. C 2,50 2.200 27.500,00Encerrando produtos em processo 500 5.500,00

Total 12,50 2.700 2.700 33.000,00 33.000,00Depto. C – Acabamento

Recebeu durante mês do Depto. B 2.200 27.500,00Custos adicionados durante mês:Materiais 3.150,00Mão-de-obra 2.310,00CIF 2.940,00

Acabou e transferiu p/ estoques 4,00 2.000 33.000,00Encerrando produtos em processo 200 2.900,00

Total 16,50 2.200 2.200 35.900,00 35.900,00

Valor TotalResumo:

Materiais:Depto. A 16.000,00Depto. B 1.200,00Depto. C 3.150,00 20.350,00

Mão-de-obra:Depto. A 8.640,00Depto. B 3.000,00Depto. C 2.310,00 13.950,00

CIF:Depto. A 7.360,00Depto. B 1.800,00Depto. C 2.940,00 12.100,00

Total – custos de produção p/ janeiro 46.400,00Menos estoque de produtosem processo, final do mês

Depto. A 5.000,00Depto. B 5.500,00Depto. C 2.900,00 13.400,00

Custo de produção, produtostotalmente acabados durante janeiro 33.000,00

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Capítulo 6 • CONTABILIDADE DE CUSTOS POR PROCESSO — PROCEDIMENTOS GERAIS • 255

31 de janeiro D - Produtos em Processo – Departamento A 8.640D - Produtos em Processo – Departamento B 3.000D - Produtos em Processo – Departamento C 2.310D – CIF 1.500

C - Folha de Pagamento 15.450

Novamente, o valor debitado para a conta de controle de CIF é um montante arbitrário es-colhido para ilustrar custos de folha de pagamento, como o salário do gerente da fábrica, masque não podiam ser debitados diretamente para qualquer dado departamento.

31 de janeiro D – CIF 9.000C - Várias Contas (Depreciação Acumulada,Seguro Pré-pago, Encargos Sociais de Folha) 9.000

O lançamento anterior resume vários lançamentos feitos no diário geral, e possivelmenteoutros diários, para refletir uma quantia suposta para a provisão de depreciação, seguro, encar-gos sociais de folha e outras despesas do mês corrente.

31 de janeiro D – CIF – Departamento A 6.600D – CIF – Departamento B 2.100D – CIF – Departamento C 2.800

C - CIF 11.500

O lançamento acima distribui os CIF reais do período para os departamentos. A base paraesse lançamento seriam as folhas de análise para CIF, que mostram detalhadamente a alocação,ou rateio, das despesas reais, para os vários departamentos. Note que essas quantias reais nãoaparecem nos resumos dos custos de produção, que contêm as quantias estimadas de CIF apli-cados na produção.

31 de janeiro D - Produtos em Processo – Departamento A 7.360D - Produtos em Processo – Departamento B 1.800D - Produtos em Processo – Departamento C 2.940

C – CIF – Departamento A 7.360C – CIF – Departamento B 1.800C – CIF – Departamento C 2.940

O lançamento acima debita os CIF aplicados que aparecem nos resumos dos custos de pro-dução, para as contas de controle de produtos em processo. As quantias são calculadas pela mul-tiplicação de uma taxa de aplicação de CIF predeterminada na base usada para aplicar CIF paracada departamento, como horas de mão-de-obra ou horas-máquina. Uma base diferente podeser usada para departamentos diferentes, para que os CIF sejam aplicados eqüitativamente, deacordo com os benefícios que cada departamento recebe.

O resumo do custo de produção é usado visando desenvolver os lançamentos para regis-trar a transferência de custos de um departamento a outro, e para Produtos Acabados, da seguin-te forma:

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256 • CONTABILIDADE DE CUSTOS

31 de janeiro D - Produtos em Processo – Departamento B 27.000C - Produtos em Processo – Departamento A 27.000

31 D - Produtos em Processo – Departamento C 27.500C - Produtos em Processo – Departamento B 27.500

31 D - Produtos Acabados 33.000C - Produtos em Processo – Departamento C 33.000

Esses lançamentos de diários estão refletidos nos seguintes razonetes. Os saldos remanes-centes nas contas de produtos em processo estão refletidos no seu total na demonstração decusto de produtos manufaturados. Os saldos nas contas departamentais para CIF representamCIF sub- ou superaplicados, e normalmente seriam transportados para meses futuros. No entan-to, esses saldos podem ser transferidos para uma conta de CIF sub- e superaplicados. Como jáfoi discutido em capítulos anteriores, essas quantias de CIF sub- e superaplicados seriam analisa-das para determinar se eles são variações normais ou sazonais, já esperadas, ou se representamineficiências que devem ser corrigidas.

Produtos em Processo – Departamento A

31 de janeiro 16.000 31 de janeiro 27.000

8.640

7.360

32.000

5.000

Produtos em Processo – Departamento B

31 de janeiro 1.200 31 de janeiro 27.500

3.000

1.800

27.000

33.000

5.500

Produtos em Processo – Departamento C

31 de janeiro 3.150 31 de janeiro 33.000

2.310

2.940

27.500

2.900

Produtos Acabados

31 de janeiro 33.000

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Capítulo 6 • CONTABILIDADE DE CUSTOS POR PROCESSO — PROCEDIMENTOS GERAIS • 257

CIF

31 de janeiro 1.000 31 de janeiro 11.500

1.500

9.000

11.500

Materiais

31 de janeiro 21.350

Folha de Pagamento

31 de janeiro 15.450

CIF – Departamento A

31 de janeiro 6.600 31 de janeiro 7.360

760

CIF – Departamento B

31 de janeiro 2.100 31 de janeiro 1.800

300

CIF – Departamento C

31 de janeiro 2.800 31 de janeiro 2.940

140

RESUMO DO CUSTO DE PRODUÇÃO – MÚLTIPLOSDEPARTAMENTOS COM ESTOQUE INICIAL

OBJETIVO DE APRENDIZAGEM 7Preparar um resumo do custo de produção e lançamentos diários para múltiplosdepartamentos com estoque inicial.

Os relatórios de produção para fevereiro que foram submetidos pelos supervisores de de-partamentos da Guri e Cia. diferem dos relatórios de produção para janeiro. Agora, existem esto-ques para produtos em processo em cada departamento, no início do mês. Após receber os re-latórios de produção para fevereiro, o contador prepara um resumo do custo de produção paracada departamento e faz lançamentos para registrar as operações de cada departamento nascontas do razão geral.

Agora, você deve estar apto a resolver o seguinte: Questões 12-14; Exercícios 6-7 e6-8; Problemas 6-3 e 6-4.

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258 • CONTABILIDADE DE CUSTOS

O relatório de produção de fevereiro para o Departamento A é mostrado na Figura 6-7. Ob-serve que o número de unidades em processamento no início do período, mais as unidades co-locadas em processo, ou recebidas de outro departamento durante o período, é igual ao núme-ro total de unidades que devem ser contabilizadas pelo departamento.

Figura 6-7 Relatório de Produção, Depto. A – Mistura, 28 de Fevereiro

RELATÓRIO DE PRODUÇÃOPara o mês encerrado em 28 de fevereiro de 20 – –

Departamento A – Mistura

Em processo, início do período 1.000 unidadesEstágio de completude 0,5Colocadas em processo durante o período 3.400 unidadesRecebidos do Departamento durante o período nenhumaTransferidos para Departamento B durante o período 3.900 unidadesTransferidos para almoxarifado durante o período nenhumaEm processo, final do período 500 unidadesEstágio de completude 4/5

No resumo do custo de produção a seguir, o custo unitário é determinado somando-se ocusto do estoque de produtos em processo inicial do mês anterior aos custos totais incorridosdurante o mês corrente, e dividindo-se pelas unidades equivalentes. O custo de materiais domês anterior é somado ao custo de materiais do mês presente, e o total do custo de materiais édividido pela produção equivalente de materiais. O mesmo procedimento é seguido para mão-de-obra e CIF. O cálculo para a produção de unidades para o mês leva em consideração todas asunidades acabadas durante o mês, incluindo aquelas que estão em processo no início, e no final,do período.

Guri e Cia.Resumo do Custo de Produção – Departamento A

para o Mês Encerrado em 28 de Fevereiro de 20 – –

Custo de produtos em processo, início do mês:Materiais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 2.500Mão-de-obra . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1.350CIF . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1.150 $ 5.000

Custo da produção para o mês:Materiais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 19.000Mão-de-obra . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10.260CIF . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8.740 38.000

Total de custo a ser considerado . . . . . . . . . . . . . . . . $ 43.000�

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Capítulo 6 • CONTABILIDADE DE CUSTOS POR PROCESSO — PROCEDIMENTOS GERAIS • 259

Unidades produzidas para o mês:Acabadas e transferidas para o Departamento B, durante o mês 3.900Unidades equivalentes de produtos em processo, finaldo mês (500 unidades, 4/5 completadas) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 400Total da produção equivalente . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4.300

Custo unitário para o mês:Materiais [($2.500 + $ 19.000)/4.300] . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 5,00Mão-de-obra [($1.350 + $ 10.260)/4.300] . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2,70CIF ($1.150 + $ 8.740)/4.300] . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2,30Total . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 10,00

Custos de estoque:Custo de produtos acabados e transferidos para oDepartamento B durante o mês (3.900 � $ 10,00). . . . . . . . . . . . . . $ 39.000

Custo de produtos em processo, final do mês:Materiais (500 � 4/5 � $ 5,00) . . . . . . . . . . . . . . . $ 2.000Mão-de-obra (500 � 4/5 � $ 2,70) . . . . . . . . . . . . 1.080

CIF (500 � 4/5 � $ 2,30) 920 4.000

Total de custos de produção considerado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 43.000

A esta altura, os seguintes lançamentos de diário podem ser feitos:

28 de fevereiro D - Produtos em Processo – Depto. B 39.000C - Produtos em Processo – Depto. A 39.000

A conta para produtos em processo para esse departamento, agora, aparece como aseguir:

Produtos em Processo – Departamento A

31 de janeiro 16.000 31 de janeiro 27.000

8.640

7.360

32.000

5.000

28 de fevereiro 19.000 28 de fevereiro 39.000

10.260

8.740

70.000 66.000

4.000

O relatório de produção de fevereiro para o Departamento B é mostrado na Figura 6-8.

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260 • CONTABILIDADE DE CUSTOS

Figura 6-8 Relatório de Produção, Depto. B – Moldagem, 28 de Fevereiro

RELATÓRIO DE PRODUÇÃOPara o mês encerrado em 28 de fevereiro de 20 – –

Departamento B – Moldagem

Em processo, início do período 500 unidadesEstágio de completude 2/5Colocadas em processo durante o período nenhumaRecebidos do Departamento A durante o período 3.900 unidadesTransferidos para Departamento C durante o período 4.100 unidadesTransferidos para almoxarifado durante o período nenhumEm processo, final do período 300 unidadesEstágio de completude 1/3

O resumo do custo de produção de fevereiro para o Departamento B está a seguir. Ao cal-cular o custo unitário no Departamento B no final de fevereiro, as quantias consideradas in-cluem (a) os custos de produção incorridos pelo departamento durante o mês mais (b) o custodepartamental dos produtos em processo no início do mês. O custo do Departamento A incluí-do na valorização inicial de produtos em processo ($5.000) não é usado neste cálculo porque éum custo de um departamento anterior.

Guri e Cia.Resumo do Custo de Produção – Departamento B

para o Mês Encerrado em 28 de Fevereiro de 20 – –Custo de produtos em processo, início do mês – Depto. B:Custo no Depto. A: . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 5.000*

Custo no Depto. B:Materiais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $100Mão-de-obra . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 250CIF . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 150 500 $ 5.500

Custo de produtos recebidos do Departamento A durante o mês . . . . . . . . $ 39.000Custo da produção para o mês – Departamento B:Materiais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 1.664Mão-de-obra. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5.000CIF . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3.336 10.000

Total de custos a ser considerado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 54.500

Unidades produzidas para o mês:Acabadas e transferidas para o Departamento C, durante o mês 4.100Unidades equivalentes de produtos em processo, finaldo mês (300 unidades, 1/3 completadas) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 100

Total da produção equivalente . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4.200�

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Capítulo 6 • CONTABILIDADE DE CUSTOS POR PROCESSO — PROCEDIMENTOS GERAIS • 261

Agora, o seguinte lançamento diário pode ser feito:

28 de fevereiro D - Produtos em Processo – Depto. C 51.250C - Produtos em Processo – Depto. B 51.250

A conta do razão geral para produtos em processo no Departamento B aparece como aseguir:

Produtos em Processo – Departamento B31 de janeiro 1.200 31 de janeiro 27.500

3.0001.80027.00033.000

5.50028 de fevereiro 1.664 28 de fevereiro 51.250

5.0003.33639.00082.000 78.750

3.250

�Custo unitário para o mês – Departamento B:Materiais [($100 + $ 1.664)/4.200] . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 0,42Mão-de-obra [($250 + $ 5.000)/4.200] . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1,25CIF [($150 + $3.366)/4.200] . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 0,83

Total . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 2,50

Custos de estoque:Custo de produtos acabados e transferidos para oDepartamento C durante o mês:Custo no Departamento A (4.100 � $ 10,00) . . . . . . . . $ 41.000Custo no Departamento B (4.100 � 2,50) . . . . . . . . . . . 10.250

(4.100 � $ 12,50) . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 51.250

Custo de produtos em processo, final do mês:Custo no Departamento A (300 � $ 10,00) . . . . . . . . . . . . $ 3.000Custo no Departamento B:Materiais (300 � 1/3 � $ 0,42) . . . . . . . . $ 42Mão-de-obra (300 � 1/3 � $ 1,25) . . . . . 125CIF (300 � 1/3 � $ 0,83) . . . . . . . . . . . . 83 250 3.250

Total dos custos de produção a ser considerado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 54.500

* Não deve ser considerado no cálculo do custo unitário para fevereiro no Departamento B.

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262 • CONTABILIDADE DE CUSTOS

O relatório de produção de fevereiro para o Departamento C é mostrado na Figura 6-9.

Figura 6-9 Relatório de Produção, Depto. C – Acabamento, 28 de Fevereiro

RELATÓRIO DE PRODUÇÃOPara o mês encerrado em 28 de fevereiro de 20 – –

Departamento C – Acabamento

Em processo, início do período 200 unidadesEstágio de completude 0,5Colocadas em processo durante o período nenhumaRecebidos do Departamento B durante o período 4.100 unidadesTransferidos para Departamento durante o períodoTransferidos para almoxarifado durante o período 3.900 unidadesEm processo, final do período 400 unidadesEstágio de completude 0,5

A seguir, está o resumo do custo de produção de fevereiro para o Depto. C.

Guri e Cia.Resumo do Custo de Produção – Departamento C

para o Mês Encerrado em 28 de Fevereiro de 20 – –Custo de produtos em processo, início do mês – Depto. C:Custo no Departamento A . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 2.000*Custo no Departamento B . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 500Custo no Departamento C:Materiais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $150Mão-de-obra . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 110CIF . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 140 400 $ 2.900

Custo de produtos recebidos do Departamento B durante o mês . . . . . . . . . . . $ 51.250Custo da produção para o mês – Departamento C:Materiais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 5.713Mão-de-obra. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4.564CIF . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5.723 16.000

Total de custos a ser considerado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 70.150

Unidades produzidas para o mês:Acabadas e transferidas para produtos acabados, durante o mês . . . . . . . . 3.900Unidades equivalentes de produtos em processo, finaldo mês (400 unidades, 0,5 completadas) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 200

Total da produção equivalente . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4.100�

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Capítulo 6 • CONTABILIDADE DE CUSTOS POR PROCESSO — PROCEDIMENTOS GERAIS • 263

Custo unitário para o mês – Departamento C:Materiais [($150 + $ 5.713)/4.100] . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 1,43Mão-de-obra [($110 + $ 4.564)/4.100] . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1,14CIF [($140 + $ 5.723)/4.100] . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1,43

Total . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 4,00

Custos de estoque:Custo de produtos acabados e transferidos paraprodutos acabados durante o mês:Custo no Departamento A (3.900 � $ 10,00) . . . . . . . . $39.000Custo no Departamento B (3.900 � 2,50) . . . . . . . . . . . 9.750Custo no Departamento C (3.900 � 4,00) . . . . . . . . . . 15.600

(3.900 � $ 16,50) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 64.350

Custo de produtos em processo, final do mês:Custo no Departamento A (400 � $ 10,00) . . . . . . . . . . . . $ 4.000Custo no Departamento B (400 � $ 2,50) . . . . . . . . . . . . . 1.000Custo no Departamento C:Materiais (400 � 0,5 � $ 1,43) . . . . . . . . $ 286Mão-de-obra (400 � 0,5 � $ 1,14) . . . . . 228CIF (400 � 0,5 � $ 1,43) . . . . . . . . . . . . 286 800 5.800

Total dos custos de produção a ser considerado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 70.150* Não deve ser considerado no cálculo do custo unitário para fevereiro no Departamento C.

Agora, o seguinte lançamento diário pode ser feito:

28 de fevereiro D - Produtos Acabados 64.350C - Produtos em processo – Depto. C 64.350

A conta do razão geral para produtos em processo no Departamento C aparece comoa seguir:

Produtos em processo – Departamento C31 de janeiro 3.150 31 de janeiro 33.000

2.3102.94027.50035.900

2.90028 de fevereiro 5.713 28 de fevereiro 64.350

4.5645.72351.250

103.150 97.3505.800

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264 • CONTABILIDADE DE CUSTOS

Agora, a planilha na Figura 6-10 pode ser preparada. Ela resume as operações da fábrica pa-ra fevereiro e fornece os dados necessários para preparar a seguinte demonstração de custo deprodutos manufaturados:

Guri e Cia.Demonstração de Custo de Produtos Manufaturadospara o Mês Encerrado em 28 de Fevereiro de 20 – –

Materiais $ 26.377Mão-de-obra . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19.824CIF . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17.79Total $ 64.000Mais estoques de produtos em processo, 1 de fevereiro . . . . . . . . . . . . . . 13.400. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 77.400Menos estoques de produtos em processo, 28 de fevereiro . . . . . . . . . . . . 13.050

Custo de produtos manufaturados durante o mês . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 64.350

Figura 6-10 Planilha de Custo, 28 de Fevereiro

Guri e Cia.Planilha de Custos Departamentais para o Mês Encerrado em 28 de Fevereiro de 20 – –

Análise Custo por Unidades Unidades Valor Valorunidade recebidas transferidas debitado creditado aotransferido no depto. ou em mãos depto. ao depto.

Depto.– MisturaEstoque inicial em processo 1.000 5.000,00Iniciado em processo 3.400Custos para o mês:Materiais 19.000,00Mão-de-obra 10.260,00CIF 8.740,00

Acabou e transferiu p/ Depto. B 10,00 3.900 39.000,00Encerrando produtos em processo 500 4.000,00

Total 10,00 4.400 4.400 43.000,00 43.000,00Depto. B – Moldagem

Estoque inicial em processo 500 5.500,00Recebeu durante mês do Depto. A 3.900 39.000,00Custos adicionados durante o mês:Materiais 1.664,00Mão-de-obra 5.000,00CIF 3.336,00

Acabou e transferiu p/ Depto. C 2,50 4.100 51.250,00Encerrando produtos em processo 300 3.250,00

Total 12,50 4.400 4.400 54.500,00 54.500,00Depto. C – Acabamento

Estoque inicial em processo 200 2.900,00Recebeu durante o mês do Depto. B 4.100 51.250,00Custos adicionados durante o mês:Materiais 5.713,00Mão-de-obra 4.564,00CIF 5.723,00

Acabou e transferiu p/ estoques 4,00 3.900 64.350,00Encerrando produtos em processo 400 5.800,00

Total 16,50 4.300 4.300 70.150,00 70.150,00 �

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Capítulo 6 • CONTABILIDADE DE CUSTOS POR PROCESSO — PROCEDIMENTOS GERAIS • 265

Valor TotalResumo:

Materiais:Depto. A 19.000,00Depto. B 1.644,00Depto. C 5.713,00 26.377,00

Mão-de-obra:Depto. A 10.260,00Depto. B 5.000,00Depto. C 4.564,00 19.824,00

CIF:Depto. A 8.740,00Depto. B 3.336,00Depto. C 5.723,00 17.799,00

Total – custos de produção p/ fevereiro 64.000,00Mais produtos em processoinício do mês

Depto. A 5.000,00Depto. B 5.500,00Depto. C 2.900,00 13.400,00

Total 77.400,00Menos produtos em processo,final do mês:

Depto. A 4.000,00Depto. B 3.250,00Depto. C 5.800,00 13.050,00

Custo de produção, produtostotalmente acabados durante fevereiro 64.350,00

Ocasionalmente, os produtos acabados, no final do mês, podem não ser transferidos parao próximo departamento até o mês seguinte. Visto que essas unidades ainda estão em mãos nodepartamento no final do mês, não podem ser consideradas como transferidas. São contabiliza-das como “produtos completados e em estoque” e o seu custo é mostrado ao preço unitáriocompleto. São considerados produtos em processo para fins de demonstrações financeiras. Em-bora os produtos estejam acabados no departamento, são considerados em processo até seremoficialmente transferidos para produtos acabados.

MUDANÇAS NOS CUSTOS UNITÁRIOS DE TRANSFERÊNCIA NODEPARTAMENTO ANTERIOR

OBJETIVO DE APRENDIZAGEM 8Preparar um resumo do custo de produção com uma mudança no custo unitáriode transferência do departamento anterior.

Nas ilustrações anteriores, supomos que o custo unitário deste mês de departamentos ante-riores fosse o mesmo custo unitário de transferência que o do mês passado. Essa suposição permi-tiu que o custo unitário do departamento anterior fosse usado sem determinar um novo custounitário médio para os produtos transferidos para dentro do departamento, mesmo que as trans-ferências tivessem vindo de dois períodos diferentes de produção. No entanto, as transferênciasdo departamento anterior, de dois períodos diferentes, freqüentemente terão custos unitários di-

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266 • CONTABILIDADE DE CUSTOS

ferentes em cada mês. Portanto, é preciso fazer uma média em um agrupamento separado paraesses custos anteriores do departamento, para que esses custos de transferência para dentro dodepartamento possam ser corretamente alocados para os produtos produzidos no departamento.O método é parecido com aquele usado para o custo de materiais, mão-de-obra e CIF no departa-mento quando o custo desses elementos representa dois períodos diferentes de tempo.

Para ilustrar, vamos supor que 2.000 unidades estão em processo no Departamento 2 noinício do mês, com um custo de transferência de$ 10.600 do Departamento 1. Durante o mês,10.000 unidades, com um custo total de$ 50.000, são recebidos do Departamento 1; 11.000 uni-dades são acabadas e transferidas para o Departamento 3; e 1.000 unidades estão em processono Departamento 2 no final do mês, 50% completadas. Os custos de processo no Departamento2, para o mês, são de$ 23.000 ($2.000 +$ 21.000) para materiais,$ 16.100 ($1.400 +$ 14.700) pa-ra a mão-de-obra, e$ 11.500 ($1.000 +$ 10.500) para CIF. Usando esses dados, os custos unitá-rios são calculados no seguinte resumo do custo de produção. Observe que o custo unitário dodepartamento anterior é ajustado para$ 5,05.

Agora, você deve estar apto a resolver o seguinte: Questões 15 e 16; Exercício 6-9;Problemas 6-5 a 6-8.

Resumo do Custo de Produção – Departamento 2Custo de produtos em processo, início do mês:Custo no Departamento 1 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 10.600Custo no Departamento 2:Materiais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 2.000Mão-de-obra . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1.400CIF . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1.000 4.400 $ 15.000

Custo de produtos recebidos do Departamento 1 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 50.000Custo no Departamento 2:

Materiais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 21.000Mão-de-obra . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14.700CIF . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10.500 46.200

Total de custos a ser considerado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 111.200

Produção em unidades para o mês:Acabado e transferido para Departamento 3 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11.000Produção equivalente de produtos em processo(1.000 unidades, 50% acabadas) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 500Total da produção equivalente . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11.500

Custo unitário para o mês:Custo do departamento anterior:Estoque inicial (2.000 unidades) . . . . . . . . . . $ 10.600Transferido para dentroeste mês (10.000 unidades) . . . . . . . . . 50.000

Custo médio por unidade (12.000 unidades) . . . . . . . . . $ 60.600 $ 5,05�

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Capítulo 6 • CONTABILIDADE DE CUSTOS POR PROCESSO — PROCEDIMENTOS GERAIS • 267

�Custo no Departamento 2:Materiais [($2.000 + $ 21.000)/11.500] . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 2,00Mão-de-obra [($1.400 + $ 14.700)/11.500] . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1,40CIF [($1.000 + $ 10.500)/11.500] . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1,00. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 4,40

Custos de estoques:Custos de produtos acabados e transferidos:Custo no Departamento 1 (11.000 � $ 5,05) . . . . . . . . $ 55.550Custo no Departamento 2 (11.000 � 4,40) . . . . . . . . . . 48.400

Total acabado e transferido (11.000 � $ 9,45) . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 103.950

Custo de produtos em processo, final do mês:Custo no Departamento 1 (1.000 � $ 5,05) . . . . . . . . . . . . . $ 5.050Materiais (1.000 � 0,5 � $ 2,00) . . . . . . . $ 1.000Mão-de-obra (1.000 � 0,5 � $ 1,40) . . . . 700CIF (1.000 � 0,5 � $ 1,00) . . . . . . . . . . . . 500 2.200 7.250

Total dos custos de produção a ser considerado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 111.200

TERMOS-CHAVECentro de custos Produção equivalenteCustos de transferência Relatório de produçãoEstágio de completude Resumo do custo de produçãoMétodo de custo médio Sistema de acumulação de custo por processoMétodo do primeiro a entrar, Sistema de acumulação de custo por ordem

primeiro a sair, PEPS Unidades de departamentos anteriores

PROBLEMA PARA AUTO-AVALIAÇÃO

RESUMO DO CUSTO DE PRODUÇÃO, DOIS DEPARTAMENTOS

Concreto Pavão Ltda.A Concreto Pavão Ltda., que fabrica produtos em uma base contínua, tinha 800 unidades

em processo no Departamento 1, 50% acabadas, no início de maio. Os custos em abril, paraprocessar essas unidades, eram: materiais,$ 1.200; mão-de-obra,$ 900; e CIF,$ 1.000. Duranteo mês de maio, o Departamento 1 completou e transferiu 10.000 unidades para o Departamento2, e tinha 400 unidades em processo no final de maio, 50% acabadas.

O Departamento 2 tinha 200 unidades em processo no início do mês, 50% acabadas. Oscustos de abril para essas unidades eram: custo transferido do Departamento 1,$ 1.550; mate-

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riais, $ 200; mão-de-obra, $ 175; e CIF, $ 225. Durante o mês de maio, o Departamento 2 com-pletou 9.000 unidades e tinha 1.200 unidades em processo no final do período, dois terçosacabadas.

Os custos de produção incorridos pelos dois departamentos durante o mês de maio eram:

Depto. 1 Depto. 2Materiais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 29.400 $ 19.400Mão-de-obra . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22.050 16.975CIF . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24.500 21.825

Pede-se:Prepare um resumo do custo de produção para cada departamento.

SOLUÇÃO PARA O PROBLEMA DE DEMONSTRAÇÃO

Sugestões:Leia o problema todo, cuidadosamente, mantendo em mente o que você deve fazer:

Preparar um resumo do custo de produção para cada departamento.

As especificações no problema realçam os seguintes fatos:1. Existem dois departamentos, o Departamento 1 e o Departamento 2.2. O Departamento 1 tinha 800 unidades em processo, 50% acabadas, no início de maio. Esta

demonstração indica que materiais, mão-de-obra e CIF estão sendo somados uniformemente àprodução.

3. Para preparar um resumo do custo de produção.a. É preciso determinar o custo total que deve ser contabilizado no departamento.b. Deve-se calcular a produção equivalente.c. Usando os custos de estoques iniciais e os custos incorridos durante o período, determine ocusto total de materiais, o custo total da mão-de-obra e o custo total de CIF. Depois dividao custo total de materiais pela produção equivalente de materiais para calcular o custounitário de materiais para o período. Divida também o custo total da mão-de-obra e de CIFpela produção equivalente que foi determinada para eles.

d. Usando os custos unitários calculados para materiais, mão-de-obra e CIF, determine oseguinte:1. O custo de produtos acabados e transferidos.2. O custo do estoque final de produtos em processo.

Preparando os resumos dos custos de produção:

Concreto Pavão, Ltda.Resumo do Custo de Produção – Departamento 1 para o Mês

Encerrado em 31 de Maio de 20 ––Primeiro – Contabilize o custo total debitado para o Departamento 1.

Custo de produtos em processo, início do mês:Materiais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 1.200Mão-de-obra . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 900CIF . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1.000 $ 3.100

268 • CONTABILIDADE DE CUSTOS

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Custo de produção para o mês:Materiais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $29.400Mão-de-obra . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22.050CIF . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24.500 75.950

Total de custo a ser considerado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 79.050

Segundo – Determine a produção equivalente para o mês. Materiais, mão-de-obra e CIF são so-mados uniformemente. Método de custo médio.

Unidades de produção para o mês:Acabadas e transferidas para o Departamento 2 . . . . . . . . . . . . 10.000Unidades equivalentes de produtos em processo,final do mês: 400 unidades, 50% acabadas . . . . . . . . . . . . . . 200Total de produção equivalente . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10.200

Terceiro – Determine o custo unitário, por elemento, por mês. O método de custo médio requer queos elementos de custo do estoque inicial sejam somados aos elementos de custo do mês corrente. Ocusto total para cada elemento é, então, dividido pela produção equivalente para aquele elemento.

Custo unitário para o mês:Materiais ($1.200 + $ 29.400)/10.200 . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 3,00Mão-de-obra ($900 + $ 22.050)/10.200 . . . . . . . . . . . . . . . . 2,25CIF ($1.000 + $ 24.500)/10.200 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2,50Total . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 7,75

Quarto – Usando os custos unitários, calcule o custo de produtos transferidos e o custo de produ-tos em processo final.Custos de estoques:

Custo de produtos acabados e transferidos para oDepartamento 2 durante o mês (10.000 � $ 7,75) . . . . . . . . . . $ 77.500

Custo de produtos em processo, final do mês:Materiais (400 � 0,5 � $ 3,00) . . . . . . . . . . . . . $ 600Mão-de-obra (400 x 0,5 � $ 2,25) . . . . . . . . . . 450CIF (400 � 0,5 � $ 2,50) . . . . . . . . . . . . . . . . . 500 1.550Total de custos de produção a ser considerado . . . $ 79.050

Prepare o resumo de custos de produção para o Departamento 2:

Concreto Pavão, Ltda.Resumo do Custo de Produção – Departamento 2 para o Mês Encerrado

em 31 de Maio de 20 ––Primeiro – Contabilize todos os custos debitados no Departamento 2.

Custo de produtos em processo, início do mês:Custo no Departamento 1 (departamento anterior) $ 1.550

Custo no Departamento 2Materiais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 200Mão-de-obra . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 175CIF . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 225 600 $ 2.150

Capítulo 6 • CONTABILIDADE DE CUSTOS POR PROCESSO — PROCEDIMENTOS GERAIS • 269

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Custo de produtos recebidos do Depto. 1 durante o mês . . . . . . . . . . 77.500Custo de produção para o mês:Materiais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 19.400Mão-de-obra . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16.975CIF . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21.825 58.200Total de custos a ser considerado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 137.850

Segundo, determine a produção equivalente.

Acabados e transferidos para produtos acabados durante o mês . . . . 9.000Unidades equivalentes de produtos em processo, final domês (1.200 unidades, dois terços acabados) . . . . . . . . . . . . . . . . . . 800

Total da produção equivalente . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9.800

Terceiro – Determine o custo unitário por elemento. Some o estoque inicial dos elementos de custospara os elementos de custo do mês corrente e divida o total pela produção equivalente para aque-le elemento.

Custo unitário do mês:Materiais ($200 + $ 19.400)/9.800 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 2,00Mão-de-obra ($175 + $ 16.975)/9.800 . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1,75CIF ($225 + $ 21.825)/9.800 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2,25Total do custo unitário para o Departamento 2 . . . . . . . . . . . . $ 6,00

Quarto – Usando os custos unitários do Departamento 1 e Departamento 2, calcule o custo de pro-dutos transferidos e o custo de produtos em processo final.

Custos de estoques:Custo de produtos acabados e transferidos para produtosacabados durante o mês:Custo no Depto. 1 (9.000 � $ 7,75) . . . . . . . . $ 69.750Custo no Depto. 2 (9.000 � $ 6,00) . . . . . . . . 54.000Total (9.000 � $ 13,75) . . . . . . . . $ 123.750

Custo de produtos em processo, final do mês:Custo no Depto. 1 (1.200 � $ 7,75) . . . . . . . . . . . 9.300Custo no Depto. 2:Materiais (1.200 � 2/3 � $ 2,00) . . . . . . . . . $1.600Mão-de-obra (1.200 � 2/3 � $ 1,75) . . . . . . . 1.400CIF (1.200 � 2/3 � $ 2,25) 1.800 4.800 14.100

Total de custos de produção a ser considerado . . . . . . . . . . . . . . . $ 137.850

Observe que, no estoque final de produtos em processo acima, o custo unitário do Departamento1 é multiplicado pelo total das 1.200 unidades porque todas aquelas unidades estão acabadascom relação ao processo do Departamento 1.

(Observação: O Problema 6-6 é similar a este.)

270 • CONTABILIDADE DE CUSTOS

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Capítulo 6 • CONTABILIDADE DE CUSTOS POR PROCESSO — PROCEDIMENTOS GERAIS • 271

QUESTÕES

1. Quais são os dois sistemas básicos de con-tabilidade de custos e sob quais condiçõescada um pode ser usado vantajosamente?

2. A seguir há uma lista de produtos fabrica-dos. Para cada produto determine se o sis-tema de custo por ordem ou por processoserá usado para contabilizar os custos deprodução.a. madeira e. cereaisb. prédios f. livros didáticosc. aviões g. tintad. gasolina h. chapéus para mulheres

3. Qual é a diferença primária entre os doissistemas de contabilidade de custos com re-lação à acumulação dos custos e o cálculodos custos unitários?

4. Qual é a diferença entre o termo “custounitário” que é comumente usado no sis-tema de custo por processo, e o termo “cus-to por ordem” que é comumente usado nosistema de custo por ordem?

5. Em que os dois sistemas de contabilidadede custos diferem na contabilização paracada um dos seguintes itens?a. materiaisb. mão-de-obrac. CIF

6. Qual é o objetivo primário da acumulaçãode custos por departamento?

7. O que significa a expressão “produçãoequivalente” da forma que é usada no sis-tema de custo por processo?

8. Por que é necessário estimar o estágio, ou ograu, de completude de produtos em pro-

cesso no final do período contábil sob osistema de custo por processo?

9. Qual seria o efeito sobre o custo unitáriode produtos acabados se uma estimativaimprecisa do estágio de completude deprodutos em processo fosse feita?

10. Que informações são refletidas em um re-latório de produção?

11. Quais são as quatro divisões, ou partes,de um resumo de custo de produção?

12. Qual é a principal diferença na dis-posição de unidades transferidas para fo-ra de um primeiro departamento, em umfábrica de um só departamento versusuma fábrica de múltiplos departamentos?

13. O cálculo do custo unitário em um depar-tamento subseqüente ao primeiro leva emconsideração os custos transferidos paradentro do departamento dos departamen-tos anteriores?

14. Ao determinar os custos transferidos paraum terceiro departamento de um segundodepartamento, os custos do primeiro de-partamento são considerados? São con-siderados na computação de produtos emprocesso final no segundo departamento?

15. Se produtos acabados ainda estiverem emestoque em um departamento no final domês, como são relatados no resumo docusto de produção e no balanço?

16. Se as transferências do departamento an-terior, de dois períodos diferentes, têm cus-tos unitários diferentes em cada mês, co-mo são tratadas para fins de resumo docusto de produção para o departamentoao qual foram transferidas?

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272 • CONTABILIDADE DE CUSTOS

EXERCÍCIOS

E 6-1 Computando produção equivalenteObjetivo 3

Compute a produção equivalente (produção de unidades) para o mês, para cada uma dasseguintes situações:

Unidades Completadas Unidades em Processo Estágio deDurante o Mês no Final do Mês Completude

a. 10.000 2.000 1/2b. 32.000 4.000 3/4c. 8.000 1.000 3/4

500 2/5d. 20.000 5.000 1/2

5.000 3/4e. 48.000 1.500 1/5

4.000 3/4

E 6-2 Computando unidades em processo, unidades completadas e produçãoequivalenteObjetivo 3

Usando os dados apresentados abaixo, determine quais cifras devem ser inseridas nos es-paços em branco.

Unidades Unidades Unidades Unidades UnidadesIniciais em Iniciadas na Transferidas para em Processo EquivalentesProcesso Produção Produtos Acabados Final

a. 600 8.000 8.600 – –b. 900 6.500 – 400 – 1/2 completadas –c. 1.500 – 12.900 1.200 – 1/4 completadas –d. – 7.250 7.200 1 50 – 1/2 completadas –e. – 8.400 8.200 200 – 1/2 completadas –f. 400 6.200 6.200 – 6.300

E 6-3 Computando o custo unitárioObjetivo 4

Durante o mês, uma empresa sem departamentalização incorreu custos de $ 45.000 em ma-teriais, $ 36.000 de mão-de-obra e $ 22.500 em CIF. Não havia unidades em processo no início,nem no final do mês, e 10.000 unidades foram completadas. Determine o custo unitário para ma-teriais, mão-de-obra e CIF para o mês.

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Capítulo 6 • CONTABILIDADE DE CUSTOS POR PROCESSO — PROCEDIMENTOS GERAIS • 273

E 6-4 Computando o custo unitárioObjetivo 4

A Companhia Netuno de Manufatura registrou custos para o mês de $ 18.900 em materiais,$ 44.100 em mão-de-obra, $ 26.250 em CIF. Não havia produtos em processo no início, 9.000unidades foram acabadas e 2.000 unidades estavam em processo no final do período, metadecompletadas. Compute o custo unitário para o mês para cada elemento do custo de manufatura eo total por custo unitário.

E 6-5 Computando o custo unitárioObjetivo 5

Os registros de Queiroz Ltda. refletem os seguintes dados:Produtos em processo, início do mês – 2.000 unidades, 50% completadas a um custo de

$ 1.250 em materiais, $ 675 em mão-de-obra e $ 950 em CIFCustos de produção para o mês – materiais, $ 99.150; mão-de-obra, $ 54.925; CIF,

$ 75.050.Unidades completadas e transferidas para estoque – 38.500Produtos em processo, final do mês – 3.000 unidades, 50% completadas.Calcule o custo unitário para o mês para materiais, mão-de-obra e CIF.

E 6-6 Computando o custo unitárioObjetivo 5

A Companhia Minerva de Manufatura tinha 500 unidades em processo, três quintos com-pletadas, no início do mês. Durante o mês, 2.000 unidades foram iniciadas em processo eacabadas. Não havia produtos em processo no final do mês. O custo unitário da produção parao mês era de $ 1,20. Custos de materiais, mão-de-obra e CIF incorridos no mês corrente to-talizaram $ 2.655. Calcule o custo unitário para o mês anterior. (Dica: Você deve primeiro deter-minar o saldo de produtos em processo no início do mês.)

E 6-7 Computando o custo unitário por departamento e por unidadescompletadasObjetivo 6

A Companhia Noroeste tem dois departamentos de produção. A natureza do processo é talque nenhuma unidade permanece em processo no Departamento 2 no final do período. Durante operíodo, 8.000 unidades, com um custo de $ 27.200, foram transferidas do Departamento 1para o Departamento 2. O Departamento 2 incorreu em custos de $ 8.800 em materiais, $ 7.200em mão-de-obra e $ 8.800 em CIF, e acabou 8.000 unidades durante o mês.

a. Determine o custo unitário para o mês no Departamento 2.b. Determine o custo unitário dos produtos transferidos para produtos acabados.

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E 6-8 Identificar os fluxos de custos no sistema de custo por processoObjetivo 6

Em colunas, liste as transações e as contas debitadas e creditadas para refletir o fluxo decustos por um sistema de custo por processo para:

1. a compra de materiais e suprimentos2. a baixa de materiais e suprimentos para a fábrica3. custos de mão-de-obra de fábrica incorridos4. outros custos de fábrica incorridos5. a distribuição dos CIF reais para os departamentos6. a aplicação dos CIF para os departamentos7. a transferência de unidades de um departamento para outro8. a completude das unidades9. as unidades vendidas

E 6-9 Computando o custo unitário por departamento e por unidadescompletadas com estoque inicialObjetivo 7

A Companhia Master tem dois departamentos de produção. O Departamento 2 tinha 1.000unidades em processo no início do período, 2/5 completadas. Durante o período, 7.800unidades foram recebidas do Departamento 1, 8.200 unidades foram transferidas para ProdutosAcabados e 600 unidades estavam em processo no final do período, 1/3 completadas. O custodos produtos em processo inicial era de:

Custo no Departamento 1 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 10.000Custo no Departamento 2:

Materiais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 200Mão-de-obra . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 500CIF . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 300

Os custos durante o mês foram de:Custo de produtos recebidos do Departamento 1 . . . . . . . . . . . . $ 78.000Custos no Departamento 2:

Materiais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3.328Mão-de-obra . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10.000CIF . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6.672

a. Determine o custo unitário para o mês no Departamento 2.b. Determine o custo total dos produtos transferidos para produtos acabados.c. Determine o custo total do estoque de produtos em processo final.

274 • CONTABILIDADE DE CUSTOS

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PROBLEMAS

P 6-1 Resumo do custo de produção, um departamento; produtos emprocesso inicialObjetivo 5

A Companhia de Produtos Pacaembu produz uma tinta látex e usa o sistema de custo porprocesso. Materiais, mão-de-obra e CIF são adicionados uniformemente pelo processo todo. Asseguintes informações foram obtidas das contas da empresa no final de fevereiro:

Custos de ProduçãoCustos incorridos durante o mês:

Materiais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 30.000Mão-de-obra . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20.000CIF . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 40.000 90.000

Relatório de Produção UnidadesAcabadas e transferidas para o almoxarifado durante o mês . . . . . . 76.000Produtos em processo, final do período, 1/4 completados . . . . . . . . 16.000

Pede-se:Prepare um resumo do custo de produção para fevereiro.

P 6-2 Resumo do custo de produção, um departamento; produtos emprocesso inicialObjetivo 5

A Companhia Tendência usa o sistema de custo por processo. Os seguintes dados, tiradosdos livros da organização, refletem os resultados das operações de manufatura durante o mês deoutubro:

Custos de ProduçãoProdutos em processo, início do período:

Materiais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 2.600Mão-de-obra . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2.300CIF . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1.000 $ 5.900

Custos incorridos durante o mês:Materiais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 10.000Mão-de-obra . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7.500CIF . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6.000 23.500Total . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 29.400

Capítulo 6 • CONTABILIDADE DE CUSTOS POR PROCESSO — PROCEDIMENTOS GERAIS • 275

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276 • CONTABILIDADE DE CUSTOS

Relatório de Produção UnidadesAcabados e transferidos para o almoxarifado durante o mês . . . . . . 13.000Produtos em processo, final do período, 50% completados . . . . . . . . 2.000

Pede-se:Prepare um resumo do custo de produção para outubro.

P 6-3 Análise em planilha de custos departamentais; resumo do custode produção, três departamentos, nenhum estoque inicialObjetivo 6

A Companhia de Manufatura Maravilha tem três departamentos e usa o sistema de contabil-idade de custo por processo. Uma parte da planilha de custos departamentais preparada pelocontador de custos no final de julho está reproduzida na página a seguir.

Prepare um resumo do custo de produção para cada departamento.

P 6-4 Lançamentos diários e demonstração do custo de produtosmanufaturadosObjetivo 6

Pede-se:Usando os dados de P 6-3:1. Prepare os lançamentos necessários para registrar os custos de produtos manufaturadosincorridos durante o mês de julho.

2. Prepare uma demonstração do custo de produtos manufaturados para o mês encerradoem 31 de julho.

Companhia de Manufatura MaravilhaPlanilha de Custos Departamentais para o Mês Encerrado em 31 de Julho de 20 ––

Análise Custo por Unidades Unidades Valor Valorunidade recebidas transferidas debitado creditado aotransferido no depto. ou em mãos depto. ao depto.

Corte:Iniciou processo 6.600Custos para o mês:Materiais 30.000,00Mão-de-obra 16.000,00CIF 14.000,00

Acabou e transferiu p/Estamparia 10,00 5.400 54.000,00Encerrando produtos emprocesso 1/2 compl.) 1.200 6.000,00

Total 10,00 6.600 6.600 60.000,00 60.000,00 �

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Capítulo 6 • CONTABILIDADE DE CUSTOS POR PROCESSO — PROCEDIMENTOS GERAIS • 277

� EstampariaRecebeu durante mêsde Corte 5.400 54.000,00

Custos adicionadosdurante mês:Materiais 1.200,00Mão-de-obra 6.000,00CIF 4.800,00

Acabou e transferiu p/Acabamento 2,50 4.400 55.000,00

Encerrando produtos emprocesso (2/5 comp) 1.000 11.000,00Total 12,50 5.400 5.400 66.000,00 66.000,00

AcabamentoRecebeu durante mêsda Estamparia 4.400 55.000,00Custos adicionadosdurante mês:Materiais 6.300,00Mão-de-obra 4.200,00CIF 6.300,00

Acabou e transferiu p/estoques 4,00 4.000 66.000,00

Encerrando produtos emprocesso (1/2 comp) 400 5.800,00Total 16,50 4.400 4.400 71.800,00 71.800,00

P 6-5 Mudança no custo unitário do departamento anterior e valorizaçãode estoqueObjetivo 7

A Companhia de Produtos Tino tem dois departamentos: mistura e cozimento. No início domês, o departamento de cozimento tinha 2.000 unidades em processo com custos de $ 8.600 dodepartamento de mistura, e os seus próprios custos departamentais de $ 500 para materiais,$ 1.000 para mão-de-obra e $ 2.500 para CIF. Durante o mês, 8.000 unidades foram recebidasdo departamento de mistura com um custo de $ 36.400. O departamento de cozimento incorreuem custos de $ 4.250 para materiais,$ 8.500 para a mão-de-obra e $ 21.250 para CIF, e acabou9.000 unidades. No final do mês, havia 1.000 unidades em processo, 50% completadas.

Pede-se:1. Determine o custo unitário para o mês no departamento de cozimento.2. Determine o novo custo unitário médio para todas as unidades recebidas do departa-mento de mistura.

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278 • CONTABILIDADE DE CUSTOS

3. Determine o custo unitário para produtos acabados.4. Determine o custo acumulado dos produtos acabados e do estoque de produtos emprocesso final.

P 6-6 Resumo do custo de produção, dois departamentos; estoque inicial.Similar ao problema de auto-avaliação.Objetivo 7

A Corporação Produtos Caseiros usa um sistema de custo por processo. Os registros para omês de maio mostram as seguintes informações:

Relatório de Produção Depto. 1 Depto. 2Unidades em processo, 1 de maio . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5.000 10.000Iniciadas durante o mês . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20.000 –Recebidas do departamento anterior . . . . . . . . . . . . . . . . . . . – 15.000Acabadas e transferidas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15.000 10.000Acabadas e em estoque . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5.000 –Unidades em processo, 31 de maio . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5.000 15.000Estágio de completude . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1/5 1/3

Custos de ProduçãoProdutos em processo, 1 de maio

Custo no Departamento 1 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 50.000Materiais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .$ 5.000Mão-de-obra . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6.450CIF . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3.550

Custo no Departamento 2:Materiais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5.000Mão-de-obra . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5.500CIF . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3.500

Custos incorridos durante o mês:Materiais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 37.000 40.000Mão-de-obra . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 45.000 44.000CIF . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 50.000 37.000

Total . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 147.000 $ 185.000Pede-se:Prepare um resumo do custo de produção para cada departamento.

P 6-7 Análise da conta do razão; resumo do custo de produçãoObjetivo 7

Analise as informações apresentadas na seguinte conta do razão geral da Companhia deManufatura Pereira:

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Capítulo 6 • CONTABILIDADE DE CUSTOS POR PROCESSO — PROCEDIMENTOS GERAIS • 279

Produtos em processo – Departamento B

01 de março 10.250 31 de março 50.000

31 Materiais 4.000

31 Mão-de-obra 8.000

31 CIF 6.000

31 Departamento A 36.000

Fatos adicionais:a. 2.000 unidades estavam em processo no início do mês, 50% completadas.b. 9.000 unidades foram recebidas do Departamento A durante o mês.c. 8.000 unidades foram transferidas para o Departamento C durante o mês.d. Custos unitários nos Departamentos A e B eram os mesmos para março que para o mêsanterior.

e. A proporção dos custos de materiais, mão-de-obra e CIF para o Departamento B nos sal-dos iniciais e finais de Produtos em processo era a mesma proporção que os custos incor-ridos no Departamento B durante o mês corrente.

Pede-se:Prepare um resumo do custo de produção para março.

P 6-8 Resumo do custo de produção, três departamentos; mudança no custounitário do departamento anterior; planilha de custos departamentais;lançamentos diários; demonstração de custo de produtos manufaturadosObjetivos 7, 8

A Companhia de Manufatura Cristal usa o sistema de custo por processo. As seguintes in-formações para o mês de dezembro foram obtidas dos livros da empresa e dos relatórios de pro-dução submetidos pelos chefes de departamentos:

Relatório de Produção Mistura Fusão EnvasamentoUnidades em processo, início do período 2.500 1.500 3.000Iniciadas no processo durante o mês 12.500 – –Recebidas do departamento anterior – 13.000 10.000Acabadas e transferidas 13.000 10.000 11.000Acabadas e em estoque – 500 –Unidades em processo, final do período 2.000 4.000 2.000Estágio de completude 1/4 4/5 1/2

Custos de ProduçãoProdutos em processo, início do período:

Custo na Mistura $ 3.075 $ 6.150Materiais $ 1.470Mão-de-obra 650CIF 565

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Custo na Fusão 3.660Materiais 240Mão-de-obra 905CIF 750

Custo no EnvasamentoMateriais 900Mão-de-obra 3.100CIF 3.080

Custos incorridos durante o mês:Materiais 15.000 2.500 1.500Mão-de-obra 4.750 8.000 6.500CIF 5.240 6.100 7.000

Total $ 27.675 $ 21.570 $ 31.890

Pede-se:1. Prepare os resumos dos custos de produção para os Departamentos de Mistura, Fusão eEnvasamento.

2. Prepare uma planilha de custos departamentais.3. Faça os lançamentos de diário necessários para registrar as operações do mês.4. Prepare uma demonstração do custo de produtos manufaturados para o mês de dezembro.

280 • CONTABILIDADE DE CUSTOS

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Os problemas ilustrativos apresentados no Capítulo 6 foram baseados na suposi-ção de que materiais, mão-de-obra e CIF eram aplicados uniformemente duran-te o período de processo. Quando os produtos em processo no final do período

contábil eram considerados 50% completados, supunha-se que metade do custo de ma-teriais, metade do custo de mão-de-obra e metade dos CIF tinham sido adicionados. An-tes que estes detalhes adicionais de custo por processo sejam discutidos, leia o seguin-te Exemplo do Mundo Real sobre uma empresa que usa o custeio por processo e quebusca melhorias contínuas nos seus processos de produção.

OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM

Após estudar este capítulo, você deverá estar apto a:

�Computar custos unitários quando materiais não são adicionados uniformemente peloprocesso todo.

�Contabilizar unidades perdidas no processo de produção.�Contabilizar unidades ganhas no processo de produção.�Atribuir custos para estoques, usando o método PEPS.� Identificar os métodos usados para ratear custos conjuntos para produtos conjuntos e con-

tabilizar subprodutos.

Contabilidade de Custo por Processo— Procedimentos Adicionais

7

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282 • CONTABILIDADE DE CUSTOS

QUADRO: EXEMPLO DO MUNDO REAL

UM GERENTE DE FÁBRICA REINVENTA CONSTANTEMENTE A SUA LINHADE PRODUÇÃO

Desde 1995, a fábrica do Dana Stockton faz chassis de caminhão para um únicocliente: a Toyota Motor Corp. Para ganhar o contrato com a Toyota, Dana prometeu tentarum corte de preços de 2% até 1997, e cortes futuros depois disso, algo que fabricantes deautomóveis esperam cada vez mais de seus fornecedores. “Cada dólar tem que sair doprocesso”, diz […] Mark Schmink, o gerente fundador da fábrica aqui […] “Você conse-gue trabalhar e suar apenas até um certo ponto; é finito,” […] diz o Sr. Schmink. “Aí, o quesobra, é achar maneiras melhores de se fazer as coisas. No meu conhecimento, isso não énem um pouco finito.”

[…] A única esperança do Sr. Schmink em melhorar esse processo foi criar uma cul-tura inventiva, em que nenhuma mudança era pequena demais. Ele começou escolhendosoldadores sem nenhuma experiência, acreditando que mãos não condicionadas estariammais livres para explorar novas maneiras para soldar. Desde o início ele insistiu em todomundo aprender todos os trabalhos na fábrica (para saber como cada etapa se encaixavano todo) e que ninguém recebesse uma designação permanente (assim mantendo umfornecimento de perspectivas novas) […]

[…] Com salários e benefícios subindo lentamente, a pressão por melhorias acele-rou. Equipes de trabalhadores questionavam cada rotina da fábrica, até a seqüência dassoldagens individuais.

O Sr. Schmink exigia que todos submetessem duas idéias por escrito por mês, comsurpreendentes 81% delas provando valer suficientemente a pena para serem implemen-tadas…

O Sr. Schmink oferecia um retorno contínuo ao dispor números de produtividadede minuto emminuto em placas eletrônicas que pareciam placares de quadras esportivas.Ele celebrava a conquista de cada meta com uma ocasião – um almoço com cortes espe-ciais de carne, um churrasco para as famílias […]

Nesta época no ano passado, a fábrica havia passado um limiar que buscava há mui-to tempo, 33 estruturas por hora. Imediatamente, o Sr. Schmink estabeleceu uma novameta de 36 estruturas por hora, uma meta que a fábrica ainda está buscando atingir…

Tom Petzinger, Jr. “A Plant Manager Keeps Reinventing His Production Line,” The Wall Street Journal, 19 set.1997, p. B1.

PRODUÇÃO EQUIVALENTE – MATERIAIS NÃO APLICADOSUNIFORMEMENTE

OBJETIVO DE APRENDIZAGEM 1Computar custos unitários quando materiais não são adicionados uniformementepelo processo todo.

Em indústrias que usam o sistema de custeio por processo, os materiais podem ser colo-cados em produção em quantidades variáveis e em pontos diferentes no ciclo de processo. Por

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exemplo, antes que qualquer processo de manufatura possa começar, os materiais precisam serintroduzidos no primeiro departamento de produção. Esse material pode ser uma chapa demetal que será cortada ou rematada para o tamanho correto, moldada e formada através daaplicação de mão-de-obra e do uso de máquinas. Nesse caso, todo o material é adicionado noinício do processamento no primeiro departamento. Depois, a mão-de-obra e os CIF são usa-dos para converter o material em produto acabado. O estágio de completude de trabalho par-cialmente completado no final de um período é irrelevante para o material porque todos oscustos de material teriam sido adicionados logo no início da produção. Alguns custos de mão-de-obra e CIF terão que ser aplicados para as unidades não acabadas no departamento duranteo próximo período.

No segundo departamento de produção, esse mesmo material pode ser processado aindamais, através da aplicação de outras operações de mão-de-obra, tais como polimento. No final doprocesso no segundo departamento, várias camadas de esmalte serão aplicadas. Nesse caso, asunidades não completadas no departamento no final do período terão recebido uma parte doscustos de mão-de-obra departamental e dos CIF aplicados ao departamento, mas nenhum custode material teria sido adicionado porque o esmalte é aplicado no final da produção no segundodepartamento.

No terceiro departamento, outros materiais, como uma maçaneta, uma alça ou uma almo-fada, são adicionados à unidade no início da produção. Então, um polimento final é aplicado, en-volvendo mão-de-obra e equipamento. Depois de ser polida, a unidade é colocada em um con-têiner de plástico, que é um material adicionado, e a embalagem é selada, incorrendo em maiscusto de mão-de-obra e CIF.

No terceiro departamento, as unidades não acabadas podem ter tido os primeiros itens dematerial e alguma mão-de-obra e CIF aplicados, ou podem ter tido o primeiro material, algumamão-de-obra e CIF, e os materiais adicionais agregados. De qualquer forma, o estágio de comple-tude precisa ser cuidadosamente determinado para medir acuradamente quanto de cada ele-mento de custo aplicar a essas unidades não acabadas.

Comparado com os princípios e procedimentos desenvolvidos no capítulo anterior, o úni-co procedimento novo apresentado aqui é que a produção equivalente precisa ser computadapara cada elemento de custo de produção, em vez de apenas uma quantidade de produçãoequivalente usada para materiais, mão-de-obra e CIF. Além disso, a alocação do custo para cadaelemento precisa ser cuidadosamente considerada quando se valorizam os produtos em pro-cesso final.

Para ilustrar os problemas envolvidos no cálculo dos custos unitários sob essas condições,três problemas usando o método de custo médio são apresentados. Nesses exemplos, materiaissão adicionados em diferentes estágios no processo. Supõe-se que a mão-de-obra e os CIF sejamaplicados uniformemente pelo processo todo. Essa situação é típica, já que CIF são normalmen-te tão relacionados aos custos da mão-de-obra, ou horas de mão-de-obra, que geralmente sepensa em CIF como sendo incorridos ou aplicados na mesma proporção que as despesas demão-de-obra.

PROBLEMA ILUSTRATIVO NÚMERO 1

Computando o custo unitário no Departamento A onde todos os materiais são adiciona-dos no início do processo – método do custo médio.O relatório de produção para o mês subme-tido pelo chefe de departamento, Figura 7-1, é parecido com os que estudamos no capítulo an-

Capítulo 7 • CONTABILIDADE DE CUSTO POR PROCESSO — PROCEDIMENTOS ADICIONAIS • 283

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terior. A ilustração continua para a Guri e Cia., que tem os seguintes departamentos: Departa-mento A – Mistura; Departamento B – Moldagem; Departamento C – Acabamento.

O resumo do custo da produção, Figura 7-2, é parecido com os que discutimos previamen-te, mas tem a característica adicional de determinar produção equivalente para materiais separa-damente de mão-de-obra e CIF.

No Departamento A, visto que todos os materiais são adicionados no início do processo, éfácil determinar as unidades equivalentes para materiais. O relatório de produção da fábrica indi-ca que 500 unidades estavam em processo no início do mês, com todos os materiais adiciona-dos, e 2.500 unidades estavam iniciadas no processo. Portanto, a produção equivalente para ma-teriais é de 3.000 unidades. Uma outra forma de calcular o número pelo método usado nestecapítulo é assim: as 2.600 unidades acabadas durante o mês, mais as 400 unidades em processono final do mês, têm todos os materiais adicionados. A produção equivalente total para mate-riais, portanto, é de 3.000 unidades (2.600 + 400).

A produção de unidades para a mão-de-obra e os CIF é calculada como mostra o capítuloanterior: 2.600 unidades completadas, mais o equivalente de 300 unidades completadas (400unidades, três quartos completadas), dá um total de 2.900 unidades de produção para o mês, pa-ra mão-de-obra e CIF.

Com os números da produção equivalente calculados para materiais, mão-de-obra e CIF,o custo unitário para o mês agora pode ser calculado. O custo de cada elemento no início deprodutos em processo é adicionado ao custo para o elemento incorrido no mês atual. Essecusto total para o elemento é então dividido pelo número apropriado de produção equivalen-te para determinar o custo unitário para cada elemento. Neste exemplo, o custo unitário paramateriais é de $ 3,00, para mão-de-obra é $ 1,25 e para CIF é $ 0,75, dando um total de custounitário de $ 5,00.

Figura 7-1 Relatório de Produção, Departamento A

RELATÓRIO DE PRODUÇÃOPara o mês encerrado em 30 de abril de 20 – –

Departamento A – Mistura

Em processo, início do período 500 unidades

Estágio de completude 2/5

Colocadas em processo durante o período 2.500 unidades

Recebidos do Departamento durante o período

Transferidos para Departamento B durante o período 2.600 unidades

Transferidos para almoxarifado durante o período

EEm processo, final do período 400 unidades

Estágio de completude 3/4

284 • CONTABILIDADE DE CUSTOS

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Figura 7-2 Resumo do Custo de Produção – Departamento A

Capítulo 7 • CONTABILIDADE DE CUSTO POR PROCESSO — PROCEDIMENTOS ADICIONAIS • 285

Guri e Cia.Resumo do Custo de Produção – Departamento Apara o Mês Encerrado em 30 de Abril de 20 – –

Custo de produtos em processo, início do mês:Materiais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 1.500Mão-de-obra . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 250CIF . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 150 $ 1.900

Custo da produção para o mês:Materiais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 7.500Mão-de- obra . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3.375CIF . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2.025 12.900

Total de custos a ser considerado . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 14.800

Unidades produzidas para o mês:Materiais:Acabados e transferidos para o Departamento B, durante o mês 2.600

Unidades equivalentes de produtos em processo, finaldo mês (400 unidades, 3/4 completadas, todos os materiais) 400

Total da produção equivalente . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3.000

Mão-de-obra e CIF:Acabadas e transferidas para o Departamento B, durante o mês 2.600Unidades equivalentes de produtos em processo, finaldo mês (400 unidades, 3/4 completadas) . . . . . . . . . . . . 300Total da produção equivalente . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2.900

Custo unitário para o mês:Materiais ($ 1.500 + $ 7.500)/3.000 unidades . . . . . . . $ 3,00Mão-de-obra ($ 250 + $ 3.375)/2.900 unidades . . . . . . 1,25CIF ($ 150 + $ 2.025)/2.900 unidades . . . . . . . . . . . . . 0,75Total . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 5,00

Custos de estoque:Custo de produtos acabados e transferidos para oDepartamento B durante o mês (2.600 � $ 5,00) . . . . . . $ 13.000

Custo de produtos em processo, final do mês:Materiais (400� $ 3) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 1.200Mão-de-obra (400� 3/4 � $ 1,25) . . . . . . . . . . . . . . . 375CIF (400� 3/4 � $ 0,75) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 225 1.800

Total dos custos de produção a ser considerado . . . . . . . . . . . . . . $ 14.800

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As 2.600 unidades transferidas para o Departamento B são custeadas a $ 5,00 cada e che-gam a um custo total de $ 13.000. Quando estiver custeando os produtos em processo final, épreciso considerar o estágio de completude e o ponto no qual os materiais foram adicionados.Nesse caso, já que os materiais foram colocados em produção no início do ciclo de manufatura,as 400 unidades em processo no final do período já tiveram todos os materiais adicionados e,portanto, são custeadas pelo custo unitário total de $ 3,00 para materiais. Já que os produtos es-tão completados em três quartos, e a mão-de-obra e os CIF são adicionados uniformemente pe-lo processo todo, as 400 unidades são custeadas a três quartos do custo unitário do mês paramão-de-obra e CIF.

PROBLEMA ILUSTRATIVO NÚMERO 2

Computando o custo unitário no Departamento B, onde todos os materiais são adiciona-dos no final do processo – método do custo médio. A Figura 7-3 mostra o relatório de produçãopara o Departamento B. No Departamento B, já que os materiais são adicionados no final do pro-cesso, o custo de materiais será aplicado apenas para as unidades acabadas. Portanto, a produçãoequivalente do mês para materiais no Departamento B é de 2.500 unidades. A mão-de-obra e CIFadiciona as 2.500 unidades acabadas para a produção equivalente de produtos em processo final,350 unidades dois quintos completadas, ou 140, dando um total de 2.640 unidades com a produ-ção equivalente para o mês. A Figura 7-4 mostra o resumo do custo de produção.

Como no Departamento A, o custo unitário para cada elemento é determinado pela somado custo no início de produtos em processo para o custo incorrido durante o mês para aqueleelemento, e dividindo este total pelas unidades de produção para o mês. Para o Departamento B,estes custos unitários para materiais, mão-de-obra e CIF são de $ 4, $ 3, e $ 3, respectivamente.

As unidades acabadas e transferidas para o Departamento C são valorizadas ao custo unitá-rio pleno de $ 5 (do Departamento A), mais o custo unitário de $ 10 adicionado no Departamen-to B, chegando a um total de custo transferido de $ 37.500 (2.500 unidades � $ 15).

Figura 7-3 Relatório de Produção, Departamento B

RELATÓRIO DE PRODUÇÃOPara o mês encerrado em 30 de abril de 20– –

Departamento B – Moldagem

Em processo, início do período 250 unidadesEstágio de completude 1/2Colocadas em processo durante o períodoRecebidos do Departamento A durante o período 2.600 unidadesTransferidos para Departamento B durante o período 2.500 unidadesTransferidos para almoxarifado durante o períodoEm processo, final do período 350 unidadesEstágio de completude 2/5

286 • CONTABILIDADE DE CUSTOS

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O custo das unidades em processo no final do período inclui o custo total de $ 5 do De-partamento A. Não há custo de materiais para o Departamento B no final de produtos em pro-cesso porque nenhum material foi adicionado. Porque as unidades estão completas em doisquintos, dois quintos dos custos unitários atuais para a mão-de-obra e CIF são usados para cus-tear as unidades. A combinação desses itens resulta em um custo de $ 2.590 para produtos emprocesso final.

PROBLEMA ILUSTRATIVO NÚMERO 3

Computando o custo unitário no Departamento C, onde 60% do custo de materiais é so-mado à produção no início do processo, e 40% dos materiais quando o processo está 50%completado – método do custo médio. No Departamento C, o cálculo da produção equivalenteé mais difícil porque os materiais são adicionados em pontos diferentes do processo. Não se po-de determinar a média do estágio de completude de unidades em processo. É preciso registraras unidades em grupos separados de unidades em vários pontos na operação de manufatura, co-mo mostra o relatório de produção, Figura 7-5. Ao calcular as unidades de produção para o pe-ríodo, como mostra a Figura 7-6, o estágio de completude de cada grupo de elementos precisaser cuidadosamente examinado.

Figura 7-4 Resumo do Custo de Produção – Departamento B

Capítulo 7 • CONTABILIDADE DE CUSTO POR PROCESSO — PROCEDIMENTOS ADICIONAIS • 287

Guri e Cia.Resumo do Custo de Produção – Departamento Bpara o Mês Encerrado em 30 de Abril de 20 – –

Custo de produtos em processo, início do mês – Departamento B:Custo no Departamento A . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 1.250Custo no Departamento B:Materiais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . –0–Mão-de-obra . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 375CIF . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 375 750 $ 2.000

Custo de produtos recebidos do Depto. A durante o mês 13.000Custo da produção para o mês:

Materiais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 10.000Mão-de-obra . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7.545CIF . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7.545 25.090

Total de custos a ser considerado . . . . . . . . . . $ 40.090Unidades produzidas para o mês:Materiais:Acabadas e transferidas para o Departamento C, durante o mês 2.500Unidades equivalentes de produtos em processo, final do mês –0–Total da produção equivalente . . . . . . . . . . . 2.500

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Mão-de-obra e CIF:Acabadas e transferidas para o Departamento C, durante o mês 2.500Unidades equivalentes de produtos em processo, finaldo mês (350 unidades, 2/5 completadas) . . . . . 140Total da produção equivalente . . . . . . . . . . . 2.640

Custo unitário para o mês:Materiais ($ 10.000/$ 2.500) . . . . . . . . . . . . . $ 4,00Mão-de-obra ($ 375 + $ 7.545)/2.640 unidades 3,00CIF ($ 375 + $ 7.545)/2.640 unidades . . . . . . 3,00Total . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 10,00

Custos de estoque:Custo de produtos acabados e transferidos para oDepartamento C durante o mês: . . . . . . . . . . . .Custo no Depto. A (2.500� $ 5) . . . . . . . . . $ 12.500Custo no Depto. B (2.500� $ 10) . . . . . . . . 25.000(2.500 � $ 15) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 37.500

Custo de produtos em processo, final do mês:Custo no Departamento A (350� $ 5) . . . . . 1.750Custo no Departamento B:Materiais (400� $ 3) . . . . . . . . . . . . . . . . . -0-Mão-de-obra (350� 2/5 � $ 3) . . . . . . . . . 420CIF (350� 2/5 � $ 3) . . . . . . . . . . . . . . . . 420 840 2.590

Total de custos de produção a ser considerado . . . . . . . . $ 40.090

288 • CONTABILIDADE DE CUSTOS

Figura 7-5 Relatório de Produção, Departamento C

RELATÓRIO DE PRODUÇÃOPara o mês encerrado em 30 de abril de 20 – –

Departamento C - Acabamento

Em processo, início do período 500 unidadesEstágio de completude 200 unidades, 3/4 completadas; 300 unidades,1/3 completadasColocadas em processo durante o períodoRecebidos do Departamento B durante o período 2.500 unidadesTransferidos para Departamento durante o períodoTransferidos para almoxarifado durante o período 2.400 unidadesEm processo, final do período 600 unidadesEstágio de completude 200 unidades 1/4 completadas; 400 unidades3/4 completadas

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A produção equivalente de materiais para o mês é calculada como segue: 2.400 unidadesforam completadas, que inclui todos os materiais, 200 unidades estão a um quarto completadasno final do período. Já que elas não chegaram à metade do processo, apenas 60 % dos materiaisforam adicionados às unidades não completadas, um equivalente de 120 unidades. As 400 unida-des que estão três quartos completadas passaram a metade do processo e tiveram todos os ma-teriais adicionados a elas, um total de 400 unidades equivalentes. Combinando estes números –2.400, 120 e 400 – resulta uma produção equivalente de materiais de 2.920 unidades.

É mais simples calcular a equivalência para mão-de-obra e CIF: 2.400 unidades completa-das, mais o equivalente de 50 unidades completadas (200 unidades, 25% completadas), mais oequivalente de 300 unidades (400 unidades, 75% completadas) é igual a uma produção equiva-lente total para mão-de-obra e CIF de 2.750 unidades.

Os custos unitários para o mês são calculados como ilustrado anteriormente, e são deter-minados como sendo de $ 1,75, $ 1,20, e $ 0,60 para materiais, mão-de-obra e CIF, respectiva-mente, para um custo unitário total no Departamento C de $ 3,55. O custo das unidades acaba-das e transferidas para o almoxarifado inclui os custos unitários do Departamento A de $ 5, doDepartamento B de $ 10, e do Departamento C de $ 3,55, um custo total de $ 18,55.

Quando calcular o custo para ser atribuído ao produtos em processo final, o estágio decompletude deve ser considerado. As 200 unidades que estão 25% completadas terão todos oscustos dos Departamentos A e B atribuídos porque estavam 100% completadas por esses depar-tamentos. Os custos no Departamento C são determinados da seguinte maneira: 60% dos mate-riais foram adicionados às 200 unidades, um equivalente de 120 unidades. O custo dos materiaisserá o seguinte: 200 unidades � 60% � $ 1,75 = $ 210. Os custos alocados para mão-de-obra eCIF são 25% do custo unitário do mês para cada um, ou 200 unidades� 25%� $ 1,20 = $ 60 pa-ra mão-de-obra e 200 unidades � 25% � $ 0,60 = $ 30 para CIF.

Figura 7-6 Resumo do Custo de Produção – Departamento C

Capítulo 7 • CONTABILIDADE DE CUSTO POR PROCESSO — PROCEDIMENTOS ADICIONAIS • 289

Guri e Cia.Resumo do Custo de Produção – Departamento Cpara o Mês Encerrado em 30 de Abril de 20 – –

Custo de produtos em processo, início do mês – Departamento C:Custo no Departamento A . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 2.500Custo no Departamento B . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5.000Custo no Departamento C:Materiais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 665Mão-de-obra . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 300CIF . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 150 1.115 $ 8.615

Custo de produtos recebidos do Depto. B durante o mês 37.500Custo da produção para o mês:

Materiais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 4.445Mão-de-obra . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3.000CIF . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1.500 8.945

Total de custos a ser considerado . . . . . . . . . $ 55.060�

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�Unidades produzidas para o mês:

Materiais:Acabadas e transferidas para produtos acabados, durante o mês 2.400Unidades equivalentes de produtos em processo, final do mês:200 unidades, 25 % completadas (60% de materiais) 120400 unidades, 75% completadas (todos os materiais) 400Total da produção equivalente . . . . . . . . . . 2.920

Mão-de-obra e CIF:Acabadas e transferidas para produtos acabados durante o mês 2.400Unidades equivalentes de produtos em processamento, final do mês:200 unidades, 25% completadas . . . . . . . . 50400 unidades, 75% completadas . . . . . . . . 300Total da produção equivalente . . . . . . . . . . 2.750

Custo unitário para o mês – Departamento C:Materiais ($ 665 + $ 4.445)/2.920 . . . . . . . . $ 1,75Mão-de-obra ($ 300 + $ 3.000)/2.750 unidades 1,20CIF ($ 150 + $ 1.500)/2.750 . . . . . . . . . . . 0,60Total . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 3,55

Custos de estoque:Custo de produtos acabados e transferidos para produtosacabados durante o mês:Custo no Depto. A (2.400� $ 5,00) . . . . . $ 12.000Custo no Depto. B (2.400� $ 10,00) . . . . 24.000Custo no Depto. C (2.400� $ 3,55) . . . . . 8.520(2.400 � $ 18,55) . . . . . . . . . . . . . . . $ 44.520

Custo de produtos em processo, final do mês:200 unidades, 25% completadas:Custo no Departamento A (200� $ 5) . . . . $ 1.000Custo no Departamento B (200� $ 10) . . . 2.000Custo no Departamento C:Materiais (200� 60% � $ 1,75) . . . . . $ 210Mão-de-obra (200� 25% � $ 1,20) . . . 60CIF (200� 25% � $ 0,60) . . . . . . . . . . 30 300

400 unidades, 75% completadas:Custo no Departamento A (400� $ 5) . . . . 2.000Custo no Departamento B (400� $ 10) . . . 4.000Custo no Departamento C:Materiais (400� $ 1,75) . . . . . . . . . . . $ 700Mão-de-obra (400� 75% � $ 1,20) . . . 360CIF (400� 75% � $ 0,60) . . . . . . . . . 180 1.240 10.540

Total dos custos de produção a ser considerado . . . . . $ 55.060

290 • CONTABILIDADE DE CUSTOS

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Todos os custos unitários dos Departamentos A ($ 5) e B($ 10) foram atribuídos às 400 unida-des que estão 75% completadas. Embora essas unidades ainda estejam em processo, todos os ma-teriais exigidos pelo Departamento C foram adicionados. Portanto, são debitadas pelo custo totalde materiais no Departamento C, $ 700 (400 unidades� $ 1,75). Setenta e cinco por cento do cus-to para mão-de-obra e CIF também deve estar incluído no custo dessas unidades: $ 360 para a mão-de-obra (400 unidades� 75%� $ 1,20) e $ 180 para CIF (400 unidades� 75%� $ 0,60).

Depois de os resumos do custo de produção serem preparados para cada departamento,os lançamentos de diário podem ser feitos como ilustrado no Capítulo 6. Lançamentos seriamfeitos para transferir custos de um departamento para o próximo departamento, e assim pordiante, terminando em Produtos Acabados. Os custos reais incorridos durante o mês para mate-riais, mão-de-obra e CIF seriam registrados nos diários e nos razões. Depois de fazer todos oslançamentos, contas de produtos em processo no razão geral devem ter saldos iguais ao custoatribuído em produtos em processo nos resumos do custo de produção. Se quiser, uma planilhade custos departamentais pode ser preparada, como ilustrado no Capítulo 6.

UNIDADES PERDIDAS NA PRODUÇÃO

OBJETIVO DE APRENDIZAGEM 2Contabilizar unidades perdidas no processo de produção.

Em muitas indústrias que têm um processo de manufatura em operação, o processo é de talnatureza que algumas unidades sempre ficarão perdidas devido a evaporação, desperdício, encolhi-mento e outros fatores. O efeito de tais perdas é que, quando o número de unidades completadasem dado período é somado ao número de unidades ainda em processo no final do período, o totalde unidades calculadas será menor do que o número de unidades que devem ser contabilizadas.

Perdas normais são esperadas no processo de manufatura e não podem ser evitadas. Elasrepresentam um custo necessário para se produzir as unidades comercializáveis. Normalmente,perdas normais são tratadas como custos de produtos; isto é, o custo das unidades perdidas éincluído como uma parte do custo de todas as unidades acabadas, ou ainda em processo. Em ou-tras palavras, as unidades boas absorvem o custo das unidades perdidas. O resultado é que ocusto unitário das unidades remanescentes é maior do que se não tivesse tido perdas, devido aonúmero menor de unidades sobre as quais distribuir os custos de produção para o período. A se-guir há um exemplo básico para ilustrar o conceito.

Suponha que materiais, mão-de-obra e CIF sejam aplicados uniformemente pelo processotodo; unidades são perdidas pelo processo todo, mas a inspeção não ocorre até o final do pro-cesso. O relatório de produção mensal para o Departamento de Refinaria da Corporação Zyonde Petróleo relata os seguintes dados:

Unidades iniciadas em processo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12.000Unidades acabadas e transferidas para o próximo departamento 9.000Unidades ainda em processo, 50% completadas

(materiais, mão-de-obra e CIF) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2.000 11.000Unidades perdidas na produção . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1.000

Agora, você deve estar apto a resolver o seguinte: Questões 1-4; Exercícios 7-1 a7-6; Problemas 7-1 a 7-4.

Capítulo 7 • CONTABILIDADE DE CUSTO POR PROCESSO — PROCEDIMENTOS ADICIONAIS • 291

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Esse relatório é significativo para os gestores da fábrica, que examinam essas cifras para de-terminar se representam perdas normais e inevitáveis, ou perdas anormais que exigem um tipodiferente de ação. Das estatísticas de produção e dados sobre os custos de produção para o mês,um resumo do custo de produção, como mostrado na Figura 7-7, pode ser preparado.

Figura 7-7 Resumo do Custo de Produção da Petróleo ZyonDepto. de Refinaria

292 • CONTABILIDADE DE CUSTOS

Petróleo ZyonResumo do Custo de Produção – Departamento de Refinaria

para o Mês Encerrado em 31 de Julho de 20 – –

Custo da produção para o mês:Materiais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 20.000Mão-de-obra . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10.000CIF . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5.000Total de custos a ser considerado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 35.000

Unidades produzidas para o mês:Acabadas e transferidas para Departamento B, durante o mês 9.000Unidades equivalentes de produtos em processo, finaldo mês (2.000 unidades, 50% completadas) . . . . . . . . . . . . 1.000Total da produção equivalente . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10.000

Custo unitário para o mês:Materiais ($ 20.000/10.000 unidades) . . . . . . . . . . . . . . . $ 2,00Mão-de-obra ($ 10.000/10.000 unidades) . . . . . . . . . . . . . 1,00CIF ($ 5.000/10.000 unidades) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 0,50

Total . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 3,50

Custos de estoque:Custo de produtos acabados e transferidos para oDepartamento B durante o mês (9.000� $ 3,50) . . . . . . $ 31.500

Custo de produtos em processo, final do mês:Materiais (2.000� 1/2 � $ 2) . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 2.000Mão-de-obra (2.000� 1/2 � $ 1) . . . . . . . . . . . . . . 1.000CIF (2.000� 1/2 � $ 0,50) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 500 3.500

Total de custos de produção a ser considerado . . . . . . . . . . . . . . $ 35.000

Observe que no resumo do custo de produção as unidades perdidas não foram considera-das. Elas foram ignoradas no cálculo de produção equivalente e na determinação de custos deestoque. Se as unidades não tivessem sido danificadas, mas tivessem sido completadas de acor-do com as especificações, a produção equivalente teria sido de 11.000 unidades, e os custos uni-

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tários para materiais, mão-de-obra e CIF teriam sido menores. No caso ilustrado, existe uma per-da de unidades que já incorreram em alguns custos, que serão absorvidos pelas unidades boasproduzidas durante o mês.

A discussão acima considerou apenas perdas normais, com o custo de unidades perdidassendo tratadas como um custo de produto – isto é, debitado para as unidades remanescentes quesão boas. Mas perdas anormais também podem acontecer. Essas perdas não são esperadas noprocesso de manufatura e não devem acontecer sob condições operacionais normais e eficientes.Unidades perdidas sob circunstâncias anormais são incluídas no cálculo da produção equivalente,e os custos unitários são determinados como se as unidades fossem perdidas no final do proces-so. No entanto, perdas anormais não são incluídas como parte do custo de produtos transferidosou acabados, mas são tratadas como custo do período – isto é, são debitadas para uma conta se-parada, como Perdas por Danos Anormais, e mostradas como um item separado de despesa nademonstração de resultados corrente e não como parte dos custos de manufatura.

UNIDADES GANHAS NA PRODUÇÃO

OBJETIVO DE APRENDIZAGEM 3Contabilizar unidades ganhas no processo de produção.

Para alguns produtos, a adição de materiais em qualquer departamento depois do primei-ro departamento pode aumentar o número de unidades em processamento. Por exemplo, supo-nha que se esteja produzindo um produto líquido. No primeiro departamento, 1.000 galões devários materiais são colocados em produção. No próximo departamento, mais 500 galões de ummaterial diferente são adicionados, aumentando o número de unidades sendo fabricadas para1.500. Esse aumento em unidades tem o efeito oposto de unidades perdidas e requer um ajusteno custo unitário. O cálculo desse custo unitário ajustado é parecido com aquele feito quando asunidades foram perdidas, exceto que o custo total para as unidades originais deve agora ser ra-teado por um número maior de unidades no departamento subseqüente, assim reduzindo ocusto unitário.

Figura 7-8 Resumo do Custo de Produção da Mais Brilho, Depto. B

Capítulo 7 • CONTABILIDADE DE CUSTO POR PROCESSO — PROCEDIMENTOS ADICIONAIS • 293

Companhia de Manufatura Mais BrilhoResumo do Custo de Produção – Departamento de Fusão

para o Mês Encerrado em 31 de Maio de 20 – –

Custo de produtos recebidos do Depto. de Misturadurante o mês (10.000 galões� $ 1,50) . . . . . . . $ 15.000

Custo da produção para o mês:Materiais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 15.400Mão-de-obra . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3.500CIF . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2.800 21.700

Total de custos a ser considerado . . . . . . . . $ 36.700�

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Unidades produzidas para o mês:Completadas e transferidas para produtosacabados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13.000

Unidades equivalentes de produtosem processo, final do mês (2.000 galões,50% completadas) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1.000

Total da produção equivalente . . . . . . . . . 14.000

Custo unitário para o mês:Materiais ($ 15.400/14.000) . . . . . . . . . . . . . $ 1,10Mão-de-obra ($ 3.500/14.000) . . . . . . . . . . . . 0,25CIF ($ 2.800/14.000) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 0,20

Total . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 1,55

Custos de estoque:Custo de produtos completados e transferidos paraprodutos acabados:Custo no Departamento A (13.000� $ 1,00*,custo unitário ajustado) . . . . . . . . . . . . . . . $ 13.000

Custo no Departamento B (13.000� 1,55) . . 20.150(13.000 � $ 12,50) $ 33.150

Custo de produtos em processo, final do mês:Custo no Depto. de Mistura (2.000� $ 1,00,custo ajustado por unidade) . . . . . . . . . . . . . . $ 2.000

Custo no Depto. de Fusão:Materiais (2.000� 1/2 � $ 1,10) . . . . . . . . $ 1.100Mão-de-obra (2.000� 1/2 � $ 0,25) . . . . . 250CIF (2.000� 1/2 � $ 0,20) . . . . . . . . . . . . 200 1.550 3.550

Total dos custos de produção a ser considerado . . . . $ 36.700

* $ 15.000/15.000 galões = $ 1 por galão

294 • CONTABILIDADE DE CUSTOS

Para ilustrar, suponha que um detergente concentrado, Mais Brilho, é fabricado. Durante omês, 10.000 galões do produto parcialmente processado são transferidos para o Departamentode Fusão a um custo de $ 15.000, com um custo unitário de $ 1,50. No Departamento de Fusão,5.000 galões de materiais adicionais são agregados a essas unidades em processo. Como essesmateriais são agregados, a mistura e o refinamento do líquido envolve a aplicação uniforme demateriais, mão-de-obra e CIF. Um relatório de produção mostra que 13.000 galões foram com-pletados e transferidos para produtos acabados, deixando 2.000 galões em processo, 50% com-pletados. O resumo do custo de produção, Figura 7-8, mostra que o custo transferido do Depar-tamento de Mistura pelos 10.000 galões foi de $ 15.000, a um custo unitário de $ 1,50. A adiçãode 5.000 galões no Departamento de Fusão aumenta o líquido no processo para 15.000 unida-des. Agora, o custo de $ 15.000 do Departamento de Mistura precisa ser distribuído sobre essas15.000 unidades, resultando em um custo unitário ajustado de $ 1,00.

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PRODUÇÃO EQUIVALENTE – MÉTODO DO PRIMEIRO A ENTRAR,PRIMEIRO A SAIR

OBJETIVO DE APRENDIZAGEM 4Atribuir custos para estoques, usando o método PEPS.

A discussão e as ilustrações anteriores usaram ométodo de custo médio. Como foi menciona-do no Capítulo 6, um outro método comumente usado é ométodo primeiro a entrar, primeiroa sair (PEPS). Esse procedimento supõe que os custos unitários calculados para o período corren-te são aplicados por uma variedade de razões: primeiro, para completar as unidades iniciais de pro-dutos em processo; segundo, para iniciar e completar por inteiro um número adicional de unida-des; e finalmente, para iniciar outras unidades que permanecerão inacabadas no final do período.

Os dois problemas que seguem ilustram o método PEPS, e comparam este com o métodode custo médio para a Companhia de Manufatura Brunner, que tem os seguintes dois departa-mentos: Departamento 1 – Usinagem, e Departamento 2 – Montagem. Quando estiver estudan-do esses dois exemplos, observe que o custo PEPS difere do custo médio somente se tiver uni-dades em processo no início do período. Se não existir produto em processo no início, ambos osmétodos produzirão os mesmos resultados.

Se estiver usando o método PEPS ou o método de custo médio, o primeiro passo na prepa-ração do resumo de custo de produção é listar os custos que devem ser contabilizados: o saldoinicial de produtos em processo, os custos de produção do período corrente e o custo unitáriotransferido de um departamento anterior, se houver. Com o método PEPS, não é necessário di-vidir o custo dos produtos em processo no início em seus elementos de custo, como exigido pe-lo método de custo médio.

O segundo passo sob o método PEPS, assim como no procedimento de custo médio, é de-terminar a unidade de produção para o mês. Se houver unidades em processo no início do pe-ríodo, os números totais de produção equivalente com o método PEPS serão diferentes daque-les para o método de custo médio porque a unidade de produção requerida para completar osprodutos em processo no início deve ser calculada no método PEPS.

PROBLEMA ILUSTRATIVO NÚMERO 1

O método de custo PEPS comparado com o método de custo médio — materiais adicio-nados no início do processo. Suponha que, no Departamento 1, os materiais são adicionados noinício do processo. A mão-de-obra e os CIF são aplicados uniformemente pelo processo todo. Orelatório de produção para março reflete os seguintes dados:

Unidades em processo, início do mês, dois terços completados . 3.000Unidades iniciadas no processo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9.000Unidades acabadas e transferidas para o Departamento 2 . . . . 8.000Unidades em processo, final do mês, 50% completadas . . . . . . 4.000

Os dados de custos são os seguintes:Produtos em processo no início, custo do mês anterior

Materiais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 9.600Mão-de-obra . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3.600CIF . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2.800

Total . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .$ 16.000

Capítulo 7 • CONTABILIDADE DE CUSTO POR PROCESSO — PROCEDIMENTOS ADICIONAIS • 295

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Custos de produção do mês corrente:

Materiais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 27.000Mão-de-obra . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16.000CIF . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8.000

Total . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 51.000

Usando o método PEPS, um resumo do custo de produção é preparado como mostra a Fi-gura 7-9. Para fins de comparação, a Figura 7-10 mostra um resumo do custo de produção usan-do o método de custo médio.

Havia 3.000 unidades em processo no início do mês. Essas unidades estavam completadascom relação a materiais, e dois terços completadas com relação a mão-de-obra e CIF.

No corrente mês, nenhum material precisou ser adicionado para o estoque inicial. No en-tanto, o equivalente a 1.000 unidades (3.000� 1/3) de mão-de-obra e CIF tiveram que ser aplica-dos para acabar as unidades no Departamento 1.

Das 8.000 unidades acabadas e transferidas para o Departamento 2 durante o mês, 3.000eram das unidades em processo inicial. Portanto, 5.000 unidades foram iniciadas e totalmentecompletadas durante o mês. Sob o método de custo PEPS, as unidades em processo inicial nãosão fundidas com as unidades iniciadas e acabadas durante o mês.

O cálculo da produção equivalente para produtos em processo final é omesmo sob PEPS eo método de custo médio. Essas 4.000 unidades em estoque final tiveram todos os materiais adi-cionados e apenas metade da mão-de-obra e CIF. Assim, a produção equivalente do estoque finalpara materiais é de 4.000 unidades e, para mão-de-obra e CIF, 2.000 unidades (4.000 � 1/2).

O cálculo dos custos unitários com o método PEPS leva em consideração apenas os dadosde custos do período corrente. O custo total de cada elemento – materiais, mão-de-obra e CIF –é dividido pela produção equivalente para o período para determinar o custo unitário de cadaelemento. Os elementos de custo de produtos em processo inicial não são fundidos aos elemen-tos de custo corrente sob o método PEPS, como são no método de custo médio.

Figura 7-9 Resumo do Custo de Produção, Depto. 1, Método PEPS

296 • CONTABILIDADE DE CUSTOS

MÉTODO PEPSCompanhia de Manufatura Brunner

Resumo do Custo de Produção – Departamento 1 (Usinagem)para o Mês Encerrado em 31 de Março de 20 – –

Custo de produtos em processo, início do mês . . . . . . . . $ 16.000Custo da produção para o mês:Materiais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 27.000Mão-de-obra . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16.000CIF . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8.000 51.000

Total de custos a ser considerado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 67.000�

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Unidades produzidas para o mês: Materiais Mão-de-obra e CIF

Para completar unidades iniciais em processo . . . . . . . . -0- 1.000Unidades iniciadas e acabadas durante o mês . . . . . . . . 5.000 5.000Unidades finais em processo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4.000 2.000

Total de produção equivalente . . . . . . . . . . . . . . . 9.000 8.000

Custo unitário para o mês:Materiais ($ 27.000/9.000) . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 3,00Mão-de-obra ($ 16.000/8.000) . . . . . . . . . . . . . . . 2,00CIF ($ 8.000/8.000) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1,00Total . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 6,00

Custos de estoque:Custo de produtos acabados e transferidos para o Departamento 2 durante o mês:Unidades iniciais em processo:

Custo do mês anterior . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 16.000Custo corrente para completar:Materiais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . -0-Mão-de-obra (3.000� 1/3 � $ 2) . . . . . . . . . 2.000CIF (3.000� 1/3 � $ 1) . . . . . . . . . . . . . . . 1.000 $ 19.000

Unidades iniciadas e acabadas durante o mês(5.000 � $ 6,00) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30.000Total do custo transferido (8.000� $ 6,125*) . $ 49.000

Custo de produtos em processo, final do mês:Materiais (4.000� $ 3) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 12.000Mão-de-obra (4.000� 1/2 � $ 2) . . . . . . . . . . . . . 4.000CIF (4.000� 1/2 � $ 1) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2.000 18.000

Total dos custos de produção a ser considerado . . . . . . . . $ 67.000* $ 49.000/8.000 = $ 6,125

Capítulo 7 • CONTABILIDADE DE CUSTO POR PROCESSO — PROCEDIMENTOS ADICIONAIS • 297

Figura 7-10 Resumo do Custo de Produção, Depto. 1 –Método de Custo Médio

MÉTODO DE CUSTO MÉDIOCompanhia de Manufatura Brunner

Resumo do Custo de Produção – Departamento 1 (Usinagem)para o Mês Encerrado em 31 de Março de 20 – –

Custo de produtos em processo, início do mês:Materiais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 9.600Mão-de-obra . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3.600CIF . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2.800 $ 16.000 �

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Quando atribui custos às unidades acabadas e transferidas, a abordagem do custo médiodebita as 8.000 unidades transferidas com o custo unitário total de $ 6,09. No entanto, sob o mé-todo PEPS, dois cálculos são necessários para determinar o custo atribuído às unidades transfe-ridas. Primeiro, as 3.000 unidades em processo no início do mês foram completadas anterior-mente com relação a materiais; portanto, nenhum custo de materiais é adicionado. No entanto,as unidades tinham sido completadas em apenas dois terços quanto a mão-de-obra e CIF duran-te o mês anterior, e precisam ser completadas em mais um terço este mês. Assim, um terço docusto unitário do corrente período para mão-de-obra e CIF é atribuído a cada uma das 3.000 uni-dades. O custo para completar o estoque inicial é depois somado ao custo do estoque inicial de$ 16.000 que foi transportado do período anterior para chegar a um custo completo para o esto-que inicial de $ 19.000.

298 • CONTABILIDADE DE CUSTOS

�Custo da produção para o mês:Materiais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 27.000Mão-de-obra . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16.000CIF . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8.000 51.000

Total de custos a ser considerado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 67.000

Unidades produzidas para o mês:Materiais:Acabadas e transferidas para o Departamento 2,durante o mês . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8.000

Produtos em processo, final do mês . . . . . . . . . . . . . . . . 4.000Total da produção equivalente . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12.000

Mão-de-obra e CIF:Acabadas e transferidas para o Departamento 2, durante o mês 8.000Produtos em processo, final do mês (4.000 unidades,50% completadas) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2.000Total da produção equivalente . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10.000

Custo unitário para o mês:Materiais ($ 9.600 + $ 27.000)/12.000 . . . . . . . . . . . . . . $ 3,05Mão-de-obra ($ 3.600 + $ 16.000)/10.000 . . . . . . . . . . . . 1,96CIF ($ 2.800 + $ 8.000)/10.000 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1,08

Total . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 6,09

Custos de estoque:Custo de produtos acabados e transferidos parao Departamento 2 durante o mês (8.000� $ 6,09) . . . . . . $ 48.720

Custo de produtos em processo, final do mês:Materiais (4.000� $ 3,05) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 12.200Mão-de-obra (4.000� 1/2 � $ 1,96) . . . . . . . . . . . . . . 3.920CIF (4.000� 1/2 � $ 1,08) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2.160 18.280

Total de custos de produção a ser considerado . . . . . . . . . . . . . . $ 67.000

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Segundo, as 5.000 unidades iniciadas e totalmente manufaturadas durante o mês são preci-ficadas a um custo unitário de $ 6 para o período. O total do custo acumulado das 3.000 unida-des em processo no início do mês ($ 19.000) mais o custo das 5.000 unidades iniciadas e acaba-das durante o mês ($ 30.000) é então transferido para o Departamento 2 ($ 49.000). Observeque quando fizer essa transferência de custo, o custo e o custo unitários relativos às unidades doestoque inicial perdem a sua identidade porque estão incorporados ao custo das unidades inicia-das e acabadas durante o período corrente. Assim, os $ 49.000 do custo total transferido para oDepartamento 2 é dividido pelas 8.000 unidades transferidas para o Departamento 2 para chegara um simples custo unitário de $ 6,125. Os custos atribuídos ao estoque final de produtos emprocesso são determinados da mesma maneira sob o método PEPS quanto à abordagem docusto médio. As 4.000 unidades estão completadas quanto aos materiais e são debitadas com ocusto total de materiais. Estão 50% completadas quanto a mão-de-obra e CIF, e são alocadas em50% da mão-de-obra e CIF. Embora o método de cálculo seja o mesmo, os custos totais debita-dos para as unidades finais em processo diferem entre os métodos PEPS e custo médio por cau-sa da diferença nos custos unitários determinados pelos dois procedimentos.

PROBLEMA ILUSTRATIVO NÚMERO 2

Ométodo de custo PEPS comparado com o método de custo médio – materiais adiciona-dos no final do processo. Suponha que, no Departamento 2, os materiais sejam adicionados nofinal do processo, e mão-de-obra e CIF sejam aplicados uniformemente pelo processo todo. Aprodução para março reflete as seguintes informações:

Unidades em processo, início do mês, três quartos completadas . 2.000Unidades recebidas do Departamento 1 . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8.000Unidades acabadas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8.000Unidades em processo, final do mês, 50% completadas . . . . . . . 2.000

Os dados de custos são os seguintes:Produtos em processo inicial, custo do mês anterior:Custo do departamento anterior . . . . . . . . . . . . . . . . $ 12.000Materiais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . -0-Mão-de-obra . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4.160CIF . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3.000Total . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 19.160

Custo das unidades recebidas do Departamento 1 . . . . . . . . . . . $ 49.000Custos de produção do mês corrente:

Materiais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 16.000Mão-de-obra . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21.000CIF . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13.875Total . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 50.875

A Figura 7-11 mostra o resumo do custo de produção para o Departamento 2, usando ométodo PEPS, e a Figura 7-12 mostra o resumo usando o método de custo médio. No resumo docusto de produção usando o método PEPS, os custos que devem ser contabilizados são listados,e depois a produção de unidades para o período é determinada. Nesse departamento, os mate-

Capítulo 7 • CONTABILIDADE DE CUSTO POR PROCESSO — PROCEDIMENTOS ADICIONAIS • 299

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riais são adicionados no final do processo. Portanto, para terminar as 2.000 unidades em proces-so no início do período, todos os materiais precisam ser adicionados – um total de 2.000 unida-des. Três quartos de mão-de-obra e CIF foram aplicados a essas unidades de estoque inicial noperíodo anterior, então um quarto de mão-de-obra e CIF precisa ser aplicado no mês correntepara acabar as 2.000 unidades – um equivalente de 500 unidades.

Das 8.000 unidades completadas durante o período, 2.000 eram do estoque inicial; portan-to, 6.000 novas unidades foram iniciadas e totalmente manufaturadas durante o corrente mês. As2.000 unidades em processo no final do mês não tiveram material adicionado mas estão 50%completadas quanto a mão-de-obra e CIF – um equivalente de 1.000 unidades.

Como no Departamento 1, o custo unitário para o PEPS é calculado ao dividir o custo do pe-ríodo corrente, de cada elemento, pela produção equivalente para aquele elemento. Com o mé-todo de custo médio, o custo unitário é calculado ao dividir os custos fundidos dos elementos doperíodo corrente e produtos em processo pela produção equivalente para cada elemento.

Com PEPS, para calcular o total do custo completo do estoque inicial, o saldo total de cus-tos de produtos em processo inicial do período anterior é somado aos custos incorridos paracompletar essas unidades no período corrente. As 2.000 unidades são debitadas pelo custo totalde materiais e um quarto dos custos correntes por mão-de-obra e CIF. O método de custo mé-dio não requer uma computação separada para completar o estoque inicial.

Com o método PEPS, o custo transferido do Departamento 1 durante o período, $ 49.000,é dividido pelas 8.000 unidades transferidas, que resulta em um custo ajustado unitário de$ 6.125 para os produtos recebidos do Departamento 1. As 6.000 unidades iniciadas e acabadasdurante o mês são debitadas pelo custo ajustado unitário de $ 6.125 do departamento anteriormais o custo corrente unitário de $ 6,65, gerado pelo Departamento 2.

Figura 7-11 Resumo do Custo de Produção, Depto. 2, Método PEPS

300 • CONTABILIDADE DE CUSTOS

MÉTODO PEPSCompanhia de Manufatura Brunner

Resumo do Custo de Produção – Departamento 2 (Montagem)para o Mês Encerrado em 31 de Março de 20 – –

Custo de produtos em processo, início do mês . . . . . . . . $ 19.160Custo de produtos recebidos do Depto. 1 durante o mês . 49.000Custo da produção para o mês:Materiais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 16.000Mão-de-obra . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21.000CIF . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13.875 50.875

Total de custos a ser considerado . . . . . . . . . . . $ 119.035

Unidades produzidas para o mês: Materiais Mão-de-obra e CIFPara completar unidades iniciais em processo . . . . . . . . 2.000 500Unidades iniciadas e acabadas durante o mês . . . . . . . . 6.000 6.000Unidades finais em processo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . -0- 1.000Total de produção equivalente . . . . . . . . . . . . . . . . . 8.000 7.500

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Com o método de custo médio, todas as unidades do Departamento 1, deste mês ou domês passado, precisam ser consideradas para determinar o custo unitário. As 2.000 unidadesem processo no início do período e as 8.000 unidades recebidas durante o mês são incluídas nocálculo. O custo do departamento anterior, de $ 12.000, transportado do mês anterior, é soma-do ao custo do mês corrente ($ 49.000) transferido do Departamento 1. O custo total do depar-tamento anterior de $ 61.000 é então dividido por 10.000 unidades para produzir um custo uni-tário de $ 6,10. As 8.000 unidades completadas durante o período têm um custo unitário totalpara o período de $ 12,7706, que consiste no custo transferido para dentro do departamentode $ 6,10, mais o custo que foi adicionado pelas operações do Departamento 2 de$ 6,6706.

Os custos que serão debitados para as unidades em processo no final do mês são diferen-tes, embora tanto o PEPS quanto o custo médio usem os mesmos métodos matemáticos. Os va-lores dos produtos em processo final diferem por causa dos procedimentos usados para derivaros custos unitários do departamento anterior e do mês corrente.

Capítulo 7 • CONTABILIDADE DE CUSTO POR PROCESSO — PROCEDIMENTOS ADICIONAIS • 301

�Custo unitário para o mês:Materiais ($ 16.000/8.000) . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 2,00Mão-de-obra ($ 21.000/7.500) . . . . . . . . . . . . . . . 2,80CIF ($ 13.875/7.500) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1,85

Total . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 6,65

Custos de estoque:Custo de produtos acabadosUnidades iniciais em processo:Custo do mês anterior . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .$ 19.160Custo corrente para completar:Materiais (2.000� $ 2) . . . . . . . . . . . . . . . . 4.000Mão-de-obra (2.000� 1/4 � $ 2,80) . . . . . . 1.400CIF (2.000� 1/4 � $ 1,85) . . . . . . . . . . . . . 925 $ 25.485

Unidades iniciadas e acabadas durante o mês:Custo no Depto. 1 (6.000� $ 6,125) . . . . . . . . . $ 36.750Custo no Depto 2 ( 6.000� $ 6,65) . . . . . . . . . . 39.900 76.650Total [(2.000 unidades + 6.000 unidades)

� $ 12,7669]* . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 102.135

Custo de produtos em processo, final do mês:Custo no Departamento 1 (2.000� $ 6,125) . . . . . . $ 12.250Custo no Departamento 2:Materiais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . -0-Mão-de-obra (2.000� 1/2 � $ 2,80) . . . . . . . . . 2.800CIF (2.000� 1/2 � $ 1,85) . . . . . . . . . . . . . . . 1.850 16.900

Total de custos de produção a ser considerado . . . . . . . . . $ 119.035

* $ 102.135/8.000 = $ 12,7669

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Ao comparar os métodos PEPS e do custo médio, o PEPS afirma que as unidades iniciadasno período corrente são valorizadas pelos custos do corrente período e não são distorcidas pelafusão dos custos correntes com custos do período precedente, que poderiam ser consideravel-mente diferentes. As unidades e os custos no estoque inicial em um departamento de processomantêm a sua identidade separada. Isso ajuda a controlar custos ao ter custos unitários pura-mente correntes a cada mês para comparar quando analisar os custos mês a mês para desvios.No entanto, o uso do método PEPS significa que as unidades do estoque inicial são valorizadasquando completadas a um custo que não representa o custo do período corrente nem o custodo período anterior, mas uma combinação dos dois. Além disso, a identidade das unidades emprocesso inicial tipicamente não é mantida quando essas unidades são transferidas para o próxi-mo departamento. Normalmente, o custo dessas unidades é combinado com o custo de unida-des completamente manufaturadas durante o mês no momento da transferência.

Figura 7-12 Resumo do Custo de Produção, Depto. 2, Método do Custo Médio

302 • CONTABILIDADE DE CUSTOS

MÉTODO DE CUSTO MÉDIOCompanhia de Manufatura Brunner

Resumo do Custo de Produção – Departamento 2 (Montagem)para o Mês Encerrado em 31 de Março de 20 – –

Custo de produtos em processo, início do mês:Custo no Departamento 1 . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 12.000Custo no Departamento 2Materiais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . -0-Mão-de-obra . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 4.160CIF . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3.000 7.160 $ 19.160

Custo de produtos recebidos do Depto. 1durante o mês . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 49.000

Custo da produção para o mês:Materiais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 16.000Mão-de-obra . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21.000CIF . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13.875 50.875Total de custos a ser considerado . . . . . . . . . . $ 119.035

Unidades produzidas para o mês:Materiais acabados durante o mês . . . . . . . . . . 8.000Mão-de-obra e CIF:Acabadas durante o mês . . . . . . . . . . . . . . . 8.000Produtos em processo, final do mês . . . . . . . . 1.000 9.000

Custo unitário para o mês:Materiais ($ 16.000/8.000) . . . . . . . . . . . . $ 2,0000Mão-de-obra ($ 4.160 + $ 21.000)/9.000 . . 2,7956CIF ($ 3.000 + $ 13.875)/9.000 . . . . . . . . 1,8750Total . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 6,6706

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O método do custo médio tem uma vantagem quando comparado com o PEPS porque atodas as unidades completadas durante o período será atribuído o mesmo custo unitário. Esseprocedimento de atribuição de custo faz com que o custo médio seja um método mais simplesde se usar. No entanto, na análise final, um fabricante deve escolher o método que não só mini-miza o custo de escritório para aplicação, mas que também mede mais precisamente o seu cus-to de produção para que os produtos possam competir no mercado.

PRODUTOS CONJUNTOS E SUBPRODUTOS

OBJETIVO DE APRENDIZAGEM 5Identificar os métodos usados para ratear custos conjuntos para produtos conjuntos econtabilizar subprodutos.

Em muitas indústrias, o processo de manufatura começa com uma ou mais matérias-pri-mas no processo, das quais dois ou mais produtos distintos são derivados. Exemplos dessas in-dústrias são refinarias de petróleo, fábricas de madeira e frigoríficos. O petróleo rende gasolina,óleos para calefação e lubrificantes. Processadoras de madeira produzem várias qualidades demadeira e pó de serra comerciável. Processos em frigoríficos resultam em uma variedade de cor-tes diferentes de carnes e outros produtos. Os diversos itens obtidos de um processo comum es-tão divididos em duas categorias: aqueles que são os objetivos primários do processo, chamadosde produtos conjuntos (ou co-produtos), e os produtos secundários, com relativamentepouco valor, chamados de subprodutos.

Agora, você deve estar apto a resolver o seguinte: Questões 5-11; Exercícios 7-7 a7-10; Problemas 7-5 a 7-8 e 7-11.

Capítulo 7 • CONTABILIDADE DE CUSTO POR PROCESSO — PROCEDIMENTOS ADICIONAIS • 303

�Custos de estoque:Custo de produtos acabados:Custo no Depto. 1 (8.000� $ 6,1000) . . . . . $ 48.800,00Custo no Depto. 2 (8.000� $ 6,6706) . . . . . 53.364,80(8.000 � $ 12,7706) . . . . . . . . . . . . . . . $ 102.164,80

Custo de produtos em processo, final do mêsCusto no Depto. 1 (2.000� $ 6,10) . . . . . . . . . $ 12.000,00

Custo no Depto.2Materiais (4.000� $ 3,05) . . . . . . . . . . . -0-Mão-de-obra (2.000� 1/2 � $ 2,7956) . 2.795,60CIF (2.000� 1/2 � $ 1,8750) . . . . . . . . 1.875,00 16.870,60

Total de custos de produção a ser considerado . . . . . $ 119.035,40*

* Diferença de arredondamento

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CONTABILIZANDO PRODUTOS CONJUNTOS

Os custos de materiais, mão-de-obra e CIF incorridos durante o processo conjunto são cha-mados de custos conjuntos. Os produtos separados se tornam identificáveis no ponto de se-paração. Normalmente, os custos de manufatura incorridos até esse ponto não podem ser es-pecificamente identificados com qualquer um dos produtos individuais. Um processo conjuntopode ter um ou mais pontos de separação, dependendo dos tipos de produtos produzidos. Seum mercado existir para o produto, este pode ser vendido no ponto de separação. No entanto,é preciso adotar algum método para alocar os custos conjuntos de forma eqüitativa a cada pro-duto identificável. Se processamentos adicionais forem precisos em qualquer dos produtos de-pois do ponto de separação, esses custos adicionais serão aplicados diretamente aos produtosespecíficos.

A seguir estão algumas bases típicas para o rateio de custos conjuntos para produtos con-juntos:

1. O valor de venda relativo de cada produto (ou valor de venda ajustado).

2. Uma unidade física de medida, como volume, peso, tamanho, ou classificação.

3. Análises químicas, de engenharia e outras.

A atribuição de custos em proporção ao valor relativo de venda de cada produto é o mé-todo mais comumente usado, e é o único que será ilustrado aqui. Esse método supõe um rela-cionamento direto entre preços de venda e custos conjuntos. Segue a lógica de que a maior par-te do custo conjunto deve ser atribuída ao produto que tem o valor mais alto de venda.

Para ilustrar, suponha que a Companhia Quimalina produz dois produtos líquidos de umprocesso. No processo de manufatura, vários materiais são misturados em um tonel muito gran-de e postos a decantar, para que um líquido leve suba até o topo e um líquido pesado decante nofundo do tonel. Os produtos, A e B, são extraídos separadamente e diretamente levados por tu-bos até vagões-tanque para o transporte. Os custos de materiais, mão-de-obra e CIF totalizam$ 200.000, produzindo 30.000 galões de A e 20.000 galões de B.

O Produto A é vendido por $ 10,00 o galão e o Produto B por $ 25,00 o galão. Usando o mé-todo do valor relativo de venda, os custos conjuntos de $ 200.000 seriam alocados da seguintemaneira:

Produto Unidades Preço de Venda Valor Total Percentual CustosProduzidas Unitário de Vendas do Valor Conjuntos

de Vendas Atribuídos

A 30.000 � $ 10,00 = $ 300.000 37,5% $ 75.000B 20.000 � 25,00 = 500.000 62,5 125.000Total 50.000 800.000 100,0% 200.000

Algumas empresas refinam esse método ainda mais ao subtrair do valor de venda as despe-sas estimadas de cada produto para determinar o valor líquido realizável do produto. Se um pro-duto for ainda mais processado depois do ponto de separação, os custos não devem ser atribuí-dos na base de valor de venda final porque o processo adicional agrega valor ao produto. Em umcaso assim, um valor de venda ajustado é usado de forma que leve em consideração o custodo processamento após o ponto de separação.

304 • CONTABILIDADE DE CUSTOS

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Suponha que os pesquisadores de mercado da Quimalina determinem que o Produto B te-ria ummercado melhor se o produto fosse vendido em forma de pó, em embalagens individuais.Após estudar essa proposta, a empresa decide canalizar o Produto B para fornos e desidratar oproduto. O pó que resulta é então dividido em embalagens de 1 libra* que serão vendidas a $ 80cada pacote.

Durante o mês de outubro, com o começo do processo novo, os custos de materiais, mão-de-obra e CIF nos departamentos de mistura e decantação eram de $ 127.500, $ 42.500 e$ 30.000, respectivamente, e 30.000 galões do Produto A foram transferidos para vagões-tanque.No departamento dos fornos, os custos totalizaram $ 100.000 para desidratar e embalar os20.000 galões do Produto B recebidos de mistura e decantação, e 10.000 embalagens de 1 libraforam produzidas.

A atribuição dos custos de $ 200.000 nos departamentos de mistura e decantação, usandoo método de valor ajustado de venda, ficou assim:

Unidades Preço de Valor Menos Custo Valor de % do CustosProduzidas Venda de Venda Pós Ponto Venda no Valor de Conjuntos

Unitário Final de Separação Ponto de Sep. Venda AtribuídosA-30.000 galões � $ 10,00 = $ 300.000 -0- $ 300.000 30% $ 60.000B-10.000 libras* � 80,00 = 800.000 $ 100.000 700.000 70 140.000Total $ 1.100.000 $ 100.000 $ 1.000.000 100% $ 200.000* 20.000 galões de líquido são processados adicionalmente em 10.000 libras de pó.

O custo alocado do Produto A é transferido para uma conta de estoques de produtos aca-bados. O custo atribuído do Produto B é transferido para uma conta de produtos em processopara a qual os custos adicionais de processamento são debitados. O custo total do Produto B éentão transferido para uma conta de estoques de produtos acabados.

CONTABILIDADE PARA SUBPRODUTOS

Ao contabilizar subprodutos, a prática normal é de não fazer alocação dos custos de pro-cesso até o ponto de separação. Os custos incorridos até aquele ponto são debitáveis para osprincipais produtos. Se nenhum processamento adicional for preciso para fazer com que os sub-produtos tornem-se comercializáveis, estes podem ser contabilizados ao debitar uma conta deestoques, Subprodutos, e creditar Produtos em Processo pelo valor estimado de venda dos sub-produtos recuperados. Sob esse procedimento, o valor estimado de venda dos subprodutos re-duz o custo dos principais produtos. A redução em custos, devido ao subproduto, é mostrada naseção de custos de estoque do resumo do custo de produção. Se os subprodutos são vendidospor mais ou menos do que o valor estimado de venda, a diferença pode ser creditada ou debita-da para Ganhos e Perdas sobre Vendas de Subprodutos.

Suponha que a administração da produção da Companhia Quimalina acha que o resíduonão usado no fundo do tonel pode ser vendido por $ 10.000, sem processamento adicional. Su-ponha também que outros dados para o mês de novembro são os mesmos que para outubro. Oresumo do custo de produção na Figura 7-13 reflete os custos conjuntos atribuídos sob o méto-do de valor de venda ajustado e usa o valor do subproduto como uma redução no custo dos pro-dutos conjuntos e como o custo atribuído ao subproduto.

Capítulo 7 • CONTABILIDADE DE CUSTO POR PROCESSO — PROCEDIMENTOS ADICIONAIS • 305

* N. R. Uma libra corresponde a 453,59 gramas.

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Em alguns casos, um mercado instável deixará o valor de venda do subproduto tão insigni-ficante, ou tão incerto, que o custo do produto principal não será reduzido. Nesse caso, nenhumlançamento para o subproduto é feito no ponto de separação. Quando o subproduto for vendi-do, a transação será registrada ao se debitar Caixa, ou Contas a Receber, e creditar Vendas deSubprodutos, ou Rendas Diversas. Geralmente, a conta de receitas será tratada como “outrasrendas” na demonstração de resultado. No entanto, se a quantia for significativa, algumas empre-sas mostrarão essa receita como receita de vendas, como uma dedução do custo dos produtosprincipais que são vendidos, ou como uma redução no custo total dos principais produtos ma-nufaturados.

Figura 7-13 Resumo do Custo de Produção, Produtos Conjuntos e Subprodutos

306 • CONTABILIDADE DE CUSTOS

Companhia QuimalinaResumo dos Custos de Produção – Departamento de Mistura e Decantação

para o Mês Encerrado em 30 de Novembro de 20 – –Custo da produção para o mês:

Materiais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 127.500Mão-de-obra . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 42.500CIF . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30.000

Total do custo a ser considerado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 200.000

Unidades produzidas para o mês:Acabadas e transferidas para produtos acabados (Produto A) . . . . . 30.000Acabadas e transferidas para departamento dos fornos (Produto B) . 20.000Total . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 50.000

Custo unitário para o mês:Materiais ($ 127.000/50.000) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 2,55Mão-de-obra ($ 42.500/50.000) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 0,85CIF ($ 30.000/50.000) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 0,60Total . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 4,00

Custos totais até o ponto de separação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 200.000Menos valor de mercado do subproduto . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10.000

Custo total a ser atribuído para produtos conjuntosacabados e transferidos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 190.000

Custos de estoque:Custo de produtos acabados (Produto A) e transferidos paraprodutos acabados (30%� $ 190.000) . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 57.000

Custo de produtos acabados (Produto B) e transferidos paradepto. dos fornos (30%� $ 190.000) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 133.000

Custo do subproduto acabado e transferido para estoques desubprodutos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10.000

Total dos custos de produção a ser considerado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 200.000

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Se for requerido processamento adicional para tornar o subproduto vendável, uma containtitulada Subprodutos em Processo pode ser aberta, e todos os custos de processamento sub-seqüente são debitados nessa conta. Como com outros produtos, quando o processamento forcompletado, um lançamento é feito para transferir os custos da conta de produtos em processopara a conta de estoques.

TERMOS-CHAVECustos conjuntos Ponto de separaçãoCustos de produtos Produtos conjuntos (co-produtos)Método do primeiro a entrar, Subprodutos

primeiro a sair (PEPS) Valor de venda ajustadoPerdas normais Valor relativo de venda

PROBLEMA PARA AUTO-AVALIAÇÃO

MÉTODOS DE CUSTO MÉDIO E PEPS;

PERDAS NO INÍCIO E FINAL DO PROCESSOCompanhia Mercúrio de Produção

A Companhia Mercúrio de Produção usa um sistema de custo por processo. A sua operaçãode manufatura é realizada em dois departamentos: Usinagem e Acabamento. O Departamento deUsinagem usa o método do custo médio e o Departamento de Acabamento usa o método de cus-to PEPS. Materiais são adicionados em ambos os departamentos no início das operações e os ma-teriais adicionados não aumentam o número de unidades em processamento. As unidades sãoperdidas no Departamento de Usinagem pelo processo de produção e a inspeção ocorre no finaldo processo. As unidades perdidas não têm nenhum valor de sucata e são consideradas perdanormal.

As estatísticas de produção para o mês de maio mostram os seguintes dados:

Usinagem AcabamentoUnidades em processo, 1 de maio (todos os

materiais, 20% da mão-de-obra e CIF) . . . . . . . . . 10.000Unidades em processo, 1 de maio (todos os

materiais, 60% da mão-de-obra e CIF) . . . . . . . . . 20.000

Agora, você deve estar apto a resolver o seguinte: Questões 12-15; Exercícios 7-11a 7-14; Problemas 7-9 e 7-10.

Capítulo 7 • CONTABILIDADE DE CUSTO POR PROCESSO — PROCEDIMENTOS ADICIONAIS • 307

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Unidades iniciadas em processo . . . . . . . . . . . . . . . . 70.000Unidades completadas e transferidas . . . . . . . . . . . . . 50.000Unidades transferidas de usinagem . . . . . . . . . . . . . . 50.000Unidades completadas e transferidas para produtos

acabados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 50.000Unidades em processo, 31 de maio (todos os

materiais, 40% da mão-de-obra e CIF) . . . . . . . . . 20.000Unidades em processo, 31 de maio (todos os

materiais, 20% da mão-de-obra e CIF) . . . . . . . . . 20.000Unidades perdidas na produção . . . . . . . . . . . . . . . . 10.000

Custos de Produção Usinagem AcabamentoProdutos em processo, 1 de maio:

Materiais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 20.000 $ 55.000Mão-de-obra . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12.000 30.000CIF . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4.000 20.000Custos no departamento de usinagem . . . . . . . . . . 120.000

Custos incorridos durante o mês:Materiais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 139.600 120.000Mão-de-obra . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 89.500 80.220CIF . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30.220 39.900

Total . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .$ 295.300 $ 696.120

Pede-se:Prepare um resumo de custo de produção para cada departamento.

SOLUÇÃO PARA O PROBLEMA DE AUTO-AVALIAÇÃO

Sugestões:Cuidadosamente, leia o problema todo, mantendo em mente que preparará um resumo do

custo de produção para cada departamento.Realce os seguintes fatos:

1. A empresa tem dois departamentos.

2. O Departamento de Usinagem usa o método de custo médio, enquanto o Departamento deAcabamento usa o método de custo PEPS.

3. As unidades são perdidas durante o processo, mas a inspeção não ocorre até o final do processo.

4. As unidades perdidas não têm valor de sucata e as perdas são consideradas normais.

5. Os materiais são adicionados no início das operações em ambos os departamentos, mas amão-de-obra e os CIF são adicionados por igual. Portanto, a produção equivalente para mate-riais será diferente da produção equivalente da mão-de-obra e CIF em cada departamento.

308 • CONTABILIDADE DE CUSTOS

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Preparando um resumo do custo de produção para o Departamento de Usinagem:1. Contabilize o custo total debitado para cada departamento.2. Calcule a produção equivalente, usando os procedimentos de custo médio, para (a) materiais e(b) mão-de-obra e CIF.

3. Calcule os custos unitários para materiais, mão-de-obra e CIF. (Observe que as unidades boasque chegam até o final do processo de produção levarão todos os custos de produção, incluin-do os custos incorridos, até o momento em que as unidades foram perdidas.)

4. Usando os custos unitários calculados, determine o seguinte:a. O custo de produtos acabados e transferidos.b. O custo de produtos em processo final.

Companhia Mercúrio de ProduçãoResumo do Custo de Produção – Departamento de Usinagem

para o Mês Encerrado em 31 de Maio de 20 – –

Primeiro – Contabilize o custo total debitado para o departamento.Custo de produtos em processo, início do mês:

Materiais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 20.000Mão-de-obra . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12.000CIF . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4.000 $ 36.000

Custo da produção para o mês:Materiais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .$ 139.600Mão-de-obra . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 89.500CIF . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30.220 259.320

Total de custos a ser considerado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 295.320

Segundo – Calcule as unidades produzidas (produção equivalente).

Unidades produzidas para o mês:Materiais:Acabadas e transferidas durante o mês . . . . . . . . . . 50.000Unidades equivalentes de produtos em processo,final do mês (20.000, 100% completadas) . . . . . 20.000Total da produção equivalente . . . . . . . . . . . . . . 70.000

Mão-de-obra e CIF:Acabadas e transferidas durante o mês . . . . . . . . . . 50.000Unidades equivalentes de produtos em processo,final do mês (20.000, 40% completadas) . . . . . . 8.000Total da produção equivalente . . . . . . . . . . . . . . 58.000

Terceiro – Calcule os custos unitários.Materiais ($ 20.000 + $ 139.600)/70.000 . . . . . . . . $ 2,28Mão-de-obra ($ 12.000 + $ 89.500)/58.000 . . . . . . . 1,75CIF ($ 4.000 + $ 30.220)/58.000 . . . . . . . . . . . . . . 0,59Total . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 4,62

Capítulo 7 • CONTABILIDADE DE CUSTO POR PROCESSO — PROCEDIMENTOS ADICIONAIS • 309

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Quarto – Determine os custos de estoque usando custos unitários calculados.

Custos de estoque:Custos de produtos acabados e transferidos . . . . . . . . .(50.000 � $ 4,62) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 231.000

Custo de produtos em processo, final do mês:Materiais (20.000� $ 2,28) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 45.600Mão-de-obra (20.000� 40% � $ 1,75) . . . . . . . . . . . 14.000CIF (20.000� 40% � $ 0,59) . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4.720 64.320

Total dos custos de produção a ser considerado . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 295.320

Preparando um resumo do custo de produção para o Departamento de Acabamento:Observação: Use a mesma seqüência de instruções que foram dadas para o Departamento deUsinagem.

Companhia Mercúrio de ProduçãoResumo do Custo de Produção – Departamento de Acabamento

para o Mês Encerrado em 31 de Maio de 20 – –

Custo de produtos em processo, início do mês:Custo no Departamento de Usinagem . . . . $ 120.000Custo no Departamento de Acabamento:Materiais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .$ 55.000Mão-de-obra . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30.000CIF . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20.000 105.000 $ 225.000

Custo de produtos recebidos de Usinagem durante o mês 231.000Custo da produção para o mês:

Materiais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 120.000Mão-de-obra . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 80.220CIF . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 39.900 240.120

Total de custos a ser considerado . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 696.120

Unidades produzidas para o mês:Materiais:Para completar unidades iniciais em processo -0-Unidades iniciadas e totalmente fabricadas duranteo mês (50.000 – 20.000) . . . . . . . . 30.000

Unidades finais em processo(20.000, todos os materiais) . . . . . . 20.000Total de produção equivalente . . . . 50.000

310 • CONTABILIDADE DE CUSTOS

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Mão-de-obra e CIFPara completar unidades iniciais em processo(20.000, 40% completadas) . . . . . . . . . 8.000Unidades iniciadas e totalmente fabricadas duranteo mês . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30.000

Unidades finais em processo(20.000, 20% completadas) . . . . . . 4.000Total de produção equivalente . . . . 42.000

Custo unitário para o mês:Materiais ($ 120.000/50.000) . . . . . . . . $ 2,40Mão-de-obra ($ 80.220/42.000) . . . . . . 1,91CIF ($ 39.900/42.000) . . . . . . . . . . . . . 0,95

Total . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 5,26

Custos de estoque:Custo de produtos acabados e transferidospara produtos acabados durante o mês:

Unidades iniciais em processo:Custo do mês anterior . . . . . . . . . . . . . $ 225.000Custo corrente para completar:Mão-de-obra (20.000� 40% � $ 1,91) 15.280CIF (20.000� 40% � $ 0,95) . . . 7.600 $ 247.880

Unidades iniciadas e acabadas durante o mês:Custo no departamento anterior (30.000� $ 4,62) $ 138.600Custo no Depto. de Acabamento (30.000� $ 5,26) 157.800Total do custo transferido (30.000� $ 9,88) 296.400

Custo de produtos em processo, final do mês:Custo do departamento anterior(20.000 unidades� $ 4,62) . . . . . . . . $ 92.400

Materiais (20.000 unidades� $ 2,40) . . . 48.000Mão-de-obra (20.000 unidades� 20% � $ 1,91) 7.640CIF (20.000� 20% � $ 0,95) . . . . . . . . 3.800 151.840

Total dos custos de produção a ser considerado . . . . . . . $ 696.120

(Nota: O Problema 7-11 é semelhante a este problema.)

Capítulo 7 • CONTABILIDADE DE CUSTO POR PROCESSO — PROCEDIMENTOS ADICIONAIS • 311

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1. Sob que condições os custos unitários demateriais, mão-de-obra e CIF podem sercomputados ao usar apenas uma cifra daprodução equivalente?

2. Quando é necessário usar cifras sepa-radas de produção equivalente para com-putar os custos unitários de materiais,mão-de-obra e CIF?

3. Se os materiais não são postos em proces-so uniformemente, o que deve ser consid-erado quando da determinação dos cus-tos de produtos em processo final?

4. De que maneira o resumo dos custos deprodução na Figura 7-2 difere dos re-sumos do custo de produção apresentadosno Capítulo 6? Qual a razão desse trata-mento diferente?

5. Por que é possível que o número total deunidades completadas durante um mês,mais o número de unidades em processono final do mês, seja menor do que onúmero total de unidades em processo noinício do mês, mais o número de unidadescolocadas em processo durante o mês?

6. Qual é o método normal para lidar com ocusto de perdas que ocorrem normalmentedurante o processo?

7. Se algumas unidades são perdidas nor-malmente durante o processo de manu-fatura, e todas as unidades absorvem ocusto, que efeito isso terá no custo unitário

de produtos acabados durante o períodoe no custo de produtos em processo no fi-nal do período?

8. Como o custo de unidades perdidas nor-malmente na manufatura é absorvido pelocusto unitário para o período?

9. Como você descreveria o método usadopara lidar com o custo de perdas anor-mais no processo?

10. Quais computações precisam ser feitas seos materiais adicionados em um departa-mento aumentam o número de unidadessendo processadas naquele departamento?

11. Qual é a diferença entre o método de cus-to médio e o método do primeiro a entrar,primeiro a sair?

12. Defina cada um dos seguintes:a. produtos conjuntosb. subprodutosc. custos conjuntosd. ponto de separação

13. Quais são os três métodos para alocarcustos conjuntos?

14. Como você descreveria a contabilidadede subprodutos para os quais nenhumprocesso adicional é requerido?

15. Explique o refinamento que algumas em-presas fazem com relação ao método devalor de venda relativa da contabilidadede produtos conjuntos.

312 • CONTABILIDADE DE CUSTOS

QUESTÕES

EXERCÍCIOS

E 7-1 Computando unidades equivalentes de produção para materiais,mão-de-obra e CIFObjetivo 1

Usando os dados para os Casos 1-3, e o método de custo médio, compute as unidadesequivalentes separadas de produção – uma para materiais, e uma para mão-de-obra e CIF – sobcada uma das seguintes suposições (mão-de-obra e CIF são aplicados uniformemente durante oprocesso em cada suposição):

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a. Todos os materiais entram na produção no início do processo.b. Todos os materiais entram na produção no final do processo.c. No início do processo, 75% dos materiais entram na produção, e 25% entram na pro-dução quando o processo estiver 50% completado.

Caso 1 – Iniciadas no processo, 5.000 unidades; 3.000 unidades acabadas; 2.000unidades em processo no final do período, 75% completadas.

Caso 2 – Estoque inicial de 5.000 unidades, três quintos completadas; 40.000 unidades ini-ciadas no processo; 39.000 unidades acabadas; 6.000 unidades em processo no final do perío-do, 25% completadas.

Caso 3 – Estoque inicial de 1.000 unidades, 50% completadas, e 8.000 unidades, 25%completadas; 30.000 unidades iniciadas no processo; 29.000 unidades acabadas; 5.000unidades em processo no encerramento de estoque, 25% completadas, e 5.000 unidades, 50%completadas.

E 7-2 Computando produção equivalente, custos unitários, e custos para unidadescompletadas e estoque finalObjetivo 1

A Companhia Precisão fabrica relógios de pulso em uma linha de montagem. O estoquepara produtos em processo, a partir de 1 de maio, consistia em 5.000 relógios que estavam com-pletados quanto ao material, e 50% completados quanto a mão-de-obra e CIF. Os custos de pro-dutos em processo para 1 de maio foram os seguintes:

Materiais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 5.000Mão-de-obra . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5.000CIF . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8.000

Total . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 18.000

Durante o mês, 10.000 unidades foram iniciadas, e 9.500 unidades foram completadas. As1.500 unidades de estoque final foram completadas em relação aos materiais, e um terço com-pletadas em relação a mão-de-obra e CIF.

Os custos para maio foram os seguintes:Materiais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 61.000Mão-de-obra . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 40.000CIF . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 97.000

Total . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 198.000Calcule:a. Unidades equivalentes para materiais, mão-de-obra e CIF, usando o método do customédio

b. Custos unitários para materiais, mão-de-obra e CIFc. Custo das unidades completadas e transferidasd. Custo detalhado do estoque finale. Total de todos os custos contabilizados

Capítulo 7 • CONTABILIDADE DE CUSTO POR PROCESSO — PROCEDIMENTOS ADICIONAIS • 313

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E 7-3 Computando custos unitários; o custo de unidades acabadas; o custode unidades em processoObjetivo 1

Os seguintes dados apareceram nos registros contábeis da Companhia Martins de Manu-fatura, que usa um sistema de produção de custo médio:

Iniciadas no processo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12.000 unidadesAcabadas e transferidas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10.500 unidadesProdutos em processo, final do mês . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1.500 unidades

(2/5 completadas)Materiais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 36.000Mão-de-obra . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 44.400CIF $ 22.200

Caso 1 – Todos os materiais são adicionados no início do processo e mão-de-obra e CIF sãoadicionados uniformemente durante o processo.

Caso 2 – Metade dos materiais são adicionados no início do processo de manufatura, e osaldo dos materiais são adicionados quando as unidades são completadas pela metade. Mão-de-obra e CIF são aplicados uniformemente durante o processo.

Faça as seguintes computações para cada caso:

a. Custo unitário para materiais, mão-de-obra e CIF para o mêsb. Custo das unidades acabadas durante o mêsc. Custo das unidades em processo no final do mês

E 7-4 Calculando unidades equivalentesObjetivo 1

A Companhia de Manufatura Major usa um sistema de processamento de custo médio. To-dos os materiais são adicionados no início do processo de produção. Mão-de-obra e CIF são adi-cionados uniformemente, na mesma proporção, durante o processo. Os registros da ManufaturaMajor indicam os seguintes dados para o mês de maio:

Produtos em processo inicial, 1 de maio(60% completadas) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1.000 unidades

Iniciadas em maio . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5.000 unidadesCompletadas e transferidas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4.000 unidades

Produtos em processo final, no dia 31 de maio, estão 20% completadas quanto a mão-de-obra e CIF. Faça os seguintes cálculos:

a. Unidades equivalentes para materiais diretosb. Unidades equivalentes para mão-de-obra e CIF

314 • CONTABILIDADE DE CUSTOS

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E 7-5 Computando custos e unidadesObjetivo 1

Supondo que todos os materiais são adicionados no início do processo, e que a mão-de-obra e os CIF são aplicados uniformemente durante o processo, compute as cifras que devem serinseridas nos espaços em branco dos seguintes dados, usando o método de custo médio.

Caso 1 Caso 2 Caso 3Unidades em processo, início do período . . . . . . . . . 300 Nenhuma –Custo de materiais no processo, início do período . . . $ 915 Nenhum $ 568Custo de mão-de-obra no processo, início doperíodo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 351 Nenhum $ 200CIF em processo, início do período . . . . . . . . . . . . . $ 300 Nenhum $ 188Unidades iniciadas no processo . . . . . . . . . . . . . . . – – 19.200Unidades transferidas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1.300 8.000 –Unidades em processo, final do período . . . . . . . . . 200 – 1.400Estágio de completude . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1/4 – 1/5Unidades equivalentes – materiais . . . . . . . . . . . . . . – –Unidades equivalentes – mão-de-obra e CIF . . . . . . . – – 18.440Custo de materiais, mês corrente . . . . . . . . . . . . . . . $ 3.660 $ 13.120 $ –Custo de mão-de-obra e CIF, mês corrente . . . . . . . . $ 5.100 $ 16.200 $ –Custo unitário de materiais para o período . . . . . . . . – $ 1,60 $ 0,30Custo unitário de mão-de-obra e CIFpara o período . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . – $ 2.00 $ 0,20

E 7-6 Computando custos unitários médiosObjetivo 1

A Companhia Rafael fabrica creme de barbear e usa um sistema de custo médio. Em no-vembro, a produção é de 14.800 unidades equivalentes para materiais e 13.300 unidades paramão-de-obra e CIF. Durante o mês, os custos de materiais, mão-de-obra e CIF eram:

Materiais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 73.000Mão-de-obra . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 68.134CIF . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 77.200

Produtos em processo inicial para novembro teve um custo de $ 11.360 para materiais,$ 11.666 para mão-de-obra e $ 9.250 para CIF.

Compute o seguinte:a. Custo médio por unidade para materiaisb. Custo médio por unidade para mão-de-obrac. Custo médio por unidade para CIFd. Custo unitário total para o mês

Capítulo 7 • CONTABILIDADE DE CUSTO POR PROCESSO — PROCEDIMENTOS ADICIONAIS • 315

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E 7-7 Calculando custos unitários; custo de unidades transferidas e em processoObjetivo 2

A Companhia de Produtos Tomás fabrica um produto líquido em um departamento. Devido ànatureza do produto e do processo, unidades são perdidas regularmente no início da produção.Custos de materiais e de conversão (transformação) são adicionados uniformemente durante oprocesso. Os seguintes resumos foram preparados para o mês de janeiro:

Resumo de Produção UnidadesIniciadas em processo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10.000Acabadas e transferidas para o almoxarifado . . . . . . . . . . . . 8.000Em processo, final do mês . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1.000Estágio de completude . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1/4Perdidas no processo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1.000

Resumo de CustosMateriais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 132.000Mão-de-obra . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 33.000CIF . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20.625

Calcule o custo unitário de materiais, mão-de-obra e CIF para janeiro e mostre os custos deunidades transferidas e em processo.

E 7-8 Calculando custos unitários; custos de unidades transferidas e em processoObjetivo 3

Uma empresa fabrica um produto líquido chamado Brilho do Sol. Os ingredientes básicossão colocados no processo no Departamento 1. No Departamento 2, outros materiais adiciona-dos aumentam o número de unidades em processamento em 50%. A fábrica tem apenas dois de-partamentos.

UnidadesResumo de Produção Depto. 1 Depto. 2

Iniciadas em processo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18.000Recebidas do departamento anterior . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14.000Adicionadas às unidades em processo . . . . . . . . . . . . . . . . . 7.000Acabadas e transferidas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14.000 15.000Em processo, final do mês . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4.000 6.000Estágio de completude – materiais, mão-de-obra e CIF . . . . . . 1/4 1/2

Resumo de CustosMateriais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 90.000 $ 36.000Mão-de-obra . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30.000 13.500CIF . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15.000 4.500

Calcule o seguinte para cada departamento: (a) custo unitário para o mês de materiais, mão-de-obra e CIF, (b) custo das unidades transferidas e (c) custo de produtos em processo.

316 • CONTABILIDADE DE CUSTOS

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E 7-9 Computando unidades equivalentes, método PEPSObjetivo 4

Usando os dados abaixo para os Casos 1-3, e o método de custo PEPS, compute asunidades equivalentes separadas de produção, uma para materiais e uma para mão-de-obra eCIF, sob cada uma das seguintes suposições (mão-de-obra e CIF são aplicados uniformemente du-rante o processo em cada suposição):

a. Todos os materiais entram em produção no início do processo.b. Todos os materiais entram em produção no final do processo.c. No início do processo, 75% dos materiais entram em produção e 25% entram em pro-dução quando o processo estiver 50% completado.

Caso 1 – Iniciadas em processo, 5.000 unidades; acabadas, 3.000 unidades; em proces-samento no final do período, 2.000 unidades, 75% completadas.

Caso 2 – Estoque inicial, 5.000 unidades, 3/5 completadas; iniciadas em processo,40.000 unidades; 39.000 unidades acabadas; 6.000 unidades em processo no final do período,25% completadas.

Caso 3 – Estoque inicial, 1.000 unidades, 50% completadas, e 8.000 unidades, 25% com-pletadas; iniciadas em processo, 30.000 unidades; 29.000 unidades acabadas; encerramentode estoque para produtos em processo, 5.000 unidades, 25% completadas, e 5.000 unidades,50% completadas.

Compare as suas respostas com aquelas do E 7-1 sobre o custo médio.

E 7-10 Computando unidades equivalentes, métodos de custo PEPS e médioObjetivos 1, 4

Suponha cada uma das seguintes condições relativas aos dados abaixo:

1. Todos os materiais são adicionados no início do processo.2. Todos os materiais são adicionados no final do processo.3. Metade dos materiais são adicionados no início do processo e o saldo dos materiais éadicionado quando as unidades estiverem 75% completadas.

Em todos os casos, a mão-de-obra e os CIF são adicionados uniformemente durante o processo.Unidades

Resumo de Produção Depto. 1 Depto. 2 Depto. 3Produtos em processo, início do mês . . . . . . . . . . . 3.000 1.500 1.200Estágio de completude . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1/2 3/5 4/5Iniciadas em processo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18.000 16.000 21.000Acabadas e transferidas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19.000 15.500 21.000Produtos em processo, final do mês . . . . . . . . . . . . 2.000 2.000 1.200Estágio de completude . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1/4 4/5 1/5

Capítulo 7 • CONTABILIDADE DE CUSTO POR PROCESSO — PROCEDIMENTOS ADICIONAIS • 317

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Compute as unidades equivalentes separadas de produção, uma para materiais e uma paramão-de-obra e CIF, para cada uma das condições listadas, usando (a) o método de custo médio e(b) o método de custo PEPS.

E 7-11 Fazendo um lançamento diário – produtos conjuntosObjetivo 5

A Companhia de Madeira Lopes processa a madeira bruta para obter três classificações demadeira acabada, A, B e C. A empresa aloca custos aos produtos conjuntos baseado no valorde mercado. Durante o mês de maio, a Companhia Lopes incorreu em custos totais de produçãode $ 208.000 na produção do seguinte:

Classificação Mil Pés de Tábua Preço de Vendapor Mil Pés de Tábua

A 100 $ 200B 300 100C 500 160

Faça o lançamento diário para transferir a madeira acabada para as contas separadas deestoque para cada produto.

E 7-12 Computando custos conjuntos – método do valor de venda relativoObjetivo 5

O custo conjunto da Companhia Vale para produzir 1.000 unidades de Produto A, 500unidades de Produto B e 500 unidades de Produto C, é de $ 200.000. Os valores de venda porunidade para os três produtos, no ponto de separação são: Produto A, $ 20; Produto B, $ 200 e;Produto C, $ 160. Os saldos finais incluem 100 unidades do Produto A, 200 unidades do Produ-to B e 300 unidades do Produto C.

Compute a quantia de custo conjunto que seria incluída na valorização do saldo final dostrês produtos com base nos seus valores relativos de venda.

E 7-13 Fazendo um lançamento diário – subprodutoObjetivo 5

A Companhia Química de Perdizes fabrica o Produto X. Durante o processo, um subprodu-to, AX, é obtido e colocado em estoque. O valor estimado de venda do AX produzido durante omês de abril é de $ 1.020. Suponha que o valor do subproduto reduz o custo de produção.

Faça o lançamento diário para abril para registrar o seguinte:

a. Colocar AX em estoque.b. Vender 75% do AX por $ 800.

318 • CONTABILIDADE DE CUSTOS

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E 7-14 Fazendo lançamentos diários – subprodutoObjetivo 5

A Companhia de Manufatura Guilherme faz um produto principal, X, e um subproduto, Z,com o ponto de separação do produto principal quando o produto está 75% completado. O Pro-duto Z é vendido sem processamento adicional e sem ser colocado em estoque. Durante o mês dejunho, $ 1.200 são obtidos da venda do subproduto.

Faça os lançamentos para registrar a recuperação e a venda do subproduto sob a suposiçãode que a recuperação é tratada como um dos seguintes:

a. Uma redução no custo do produto principal.b. Outras rendas.

PROBLEMAS

P 7-1 Resumos de custos de produção, um departamento, dois meses;lançamentos diáriosObjetivo 1

Os dados de manufatura dos meses de janeiro e fevereiro no Departamento de Mistura daCompanhia Puma de Manufatura são os seguintes:

Janeiro FevereiroMateriais usados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 20.000 $ 28.400Mão-de-obra . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 15.200 $ 23.000CIF . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 11.400 $ 19.800Acabadas e transferidas para o Departamento de Fusão . . 3.600 3.200Produtos em processo, final do mês . . . . . . . . . . . . . . . . . 400 600Estágio de completude . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1/2 1/3

Todos os materiais são adicionados no início do processo. Mão-de-obra e CIF são adiciona-dos uniformemente por todo o processo. Nenhuma unidade estava em processamento no início dejaneiro. Produtos acabados no Departamento de Mistura são transferidos para o Departamentode Fusão para processamento adicional.

Pede-se:

1. De uma análise dessas informações, prepare um resumo de custo de produção para cadamês, usando o método de custo médio.

2. Faça os lançamentos diários necessários para registrar as transações de cada mês. (Dica:Veja o Capítulo 6 para recapitular.)

Capítulo 7 • CONTABILIDADE DE CUSTO POR PROCESSO — PROCEDIMENTOS ADICIONAIS • 319

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P 7-2 Lançamentos diários para um fabricanteObjetivo 1

No dia 1 de dezembro, a Companhia Monte Azul de Produção tinha um estoque de produ-tos em processo de 1.200 unidades, que estavam completadas quanto a materiai, e um terço com-pletadas quanto a mão-de-obra e CIF. Os custos do dia 1 de dezembro são os seguintes:

Materiais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 6.000Mão-de-obra . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2.000CIF . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2.000

Ocorreram as seguintes transações durante o mês de dezembro:

a. Comprou materiais custando $ 50.000, a prazo.b. Colocou materiais diretos custando $ 49.000 em produção.c. Incorreu salários de produção totalizando $ 50.500.d. Incorreu custos de CIF para dezembro:

Depreciação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 20.000Utilidades públicas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 28.000 (Pagamento à vista)Salários . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11.000 (Pagamento à vista)Suprimentos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2.000 (Do estoque)

e. Aplicou CIF para produtos em processo a uma taxa predeterminada de 100% do custo damão-de-obra direta.

f. Completou e transferiu 10.000 unidades para Produtos Acabados. (Dica: você deve com-putar primeiro as unidades equivalentes e os custos unitários.)

A Companhia Monte Azul usa um sistema de custo médio. O estoque final de produtos emprocesso consistia em 1.000 unidades que estavam completadas quanto a materiais e 50% com-pletadas quanto a mão-de-obra e CIF.

Pede-se:Prepare os lançamentos de diário para registrar as informações acima para o mês de

dezembro.

P 7-3 Resumos de custos de produção, três departamentos; planilha de custodepartamental; lançamentos de diário; demonstração do custo de produçãoObjetivo 1

A Companhia de Manufatura Capital fabrica um composto de cimento para vedação chama-do Vedejá. O processo requer que o produto passe por três departamentos. No Departamento 1,todos os materiais são colocados em produção no início do processo; no Departamento 2, os ma-teriais são colocados em produção uniformemente durante o processo; e no Departamento 3, to-dos os materiais são colocados em produção no final do processo. Em cada departamento, supõe-se que a mão-de-obra e os CIF são aplicados uniformemente durante o processo.

320 • CONTABILIDADE DE CUSTOS

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No final de janeiro, os relatórios de produção para o mês mostram o seguinte:Depto. 1 Depto. 2 Depto. 3

Iniciadas no processo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 50.000 – –Recebidas do departamento anterior . . . . . . . . . . . – 40.000 30.000Acabadas e transferidas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 40.000 30.000 28.000Acabadas e em estoque . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . – 5.000 –Produtos em processo, final do mês . . . . . . . . . . . . 10.000 5.000 2.000Estágio de completude . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1/2 1/4 3/4

O resumo de custos para janeiro mostra o seguinte:Depto. 1 Depto. 2 Depto. 3

Materiais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 22.500 $ 23.200 $ 19.600Mão-de-obra . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7.200 14.500 11.800CIF . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10.800 14.500 8 850. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 40.500 $ 52.200 $ 40.250

Pede-se:1. Prepare um resumo de custo de produção para cada departamento para janeiro, usandoo método do custo médio.

2. Prepare uma planilha de custo departamental para janeiro. (Dica: Veja o Capítulo 6 pararecapitular.)

3. Faça os lançamentos diários necessários para registrar as operações de janeiro.4. Prepare uma demonstração do custo de produção para o mês encerrado em 31 dejaneiro.

P 7-4 Custo das unidades completadas e do estoque finalObjetivo 1

A Companhia Gigante enlata milho e usa um sistema de custo médio. Para o mês de no-vembro a companhia mostrou o seguinte:

Milho completado e enlatado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 245.000 librasMilho em processo no final de novembro:100% completado quanto ao milho, 50% completado quanto a mão-de-obrae CIF, 0% completado quanto às latas para envase . . . . . . . . . . . 16.500 libras

Dados sobre custos:Milho . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 0,05 por libra equivalenteMão-de-obra . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 0,25 por libra equivalenteCIF . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 0,15 por libra equivalenteLatas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 0,07 por lata

Cada lata contém uma libra de milho.

Pede-se:1. Calcule o custo da produção completada para novembro.2. Mostre o custo detalhado do estoque final para novembro.

Capítulo 7 • CONTABILIDADE DE CUSTO POR PROCESSO — PROCEDIMENTOS ADICIONAIS • 321

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P 7-5 Unidades perdidas; resumos de custos de produçãoObjetivo 2

A Companhia de Produtos Ápice usa um sistema de custo por processo. O registro das ope-rações da fábrica para o mês de outubro é o seguinte:

Resumo da Produção UnidadesIniciadas em processo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12.500Acabadas e transferidas para o estoque. . . . . . . . . . . . . . . . 9.500Em processo, final do mês, 50% completadas quantoa materiais, mão-de-obra e CIF. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1.000

Resumo de CustosMateriais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 30.000Mão-de-obra . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12.000CIF. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18.000

Pede-se:Prepare um resumo de custo de produção, supondo que o custo de unidades perdidas é

absorvido pelas unidades boas completadas.

P 7-6 Unidades ganhas; resumos de custos de produçãoObjetivo 3

A Companhia de Manufatura Bravo, que usa um sistema de custo por processo, tem dois de-partamentos: A e B. Em ambos os departamentos, todos os materiais são colocados em produçãono início do processo. Os materiais adicionados no Departamento B aumentam o número deunidades processadas em 25%. A mão-de-obra e os CIF são incorridos uniformemente durante oprocesso em todos os departamentos.

Um registro das operações da fábrica para maio é o seguinte:Resumo de Custos Depto. A Depto. B

Materiais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 25.000 $ 7.500Mão-de-obra. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10.800 10.140CIF . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8.100 7.215

Resumo de Produção UnidadesDepto. A Depto. B

Iniciadas em processo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10.000Recebidas do departamento anterior . . . . . . . . . . . . . . . . 8.500Adicionadas às unidades em processo . . . . . . . . . . . . . . 1.500Acabadas e transferidas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8.500 9.500Unidades em processo, final do mês . . . . . . . . . . . . . . . . 1.500 500Estágio de completude. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1/3 1/2

Pede-se:Prepare um resumo de custo de produção para cada departamento para o mês de maio.

322 • CONTABILIDADE DE CUSTOS

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P 7-7 Método de custo PEPS; resumo de custos de produçãoObjetivo 4

A Companhia de Produtos Jaguar usa o método de custo PEPS e adiciona todos os materiais,a mão-de-obra e os CIF uniformemente à produção. O registro das operações da fábrica para omês de outubro é o seguinte:

Resumo de Produção UnidadesProdutos em processo, início do mês, 25% completados . . . . . . . 5.000Iniciadas em processo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13.000Acabadas e transferidas para o estoque . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11.000Produtos em processo, final do mês, 75% completadas . . . . . . . . 7.000

Resumo de CustosProdutos em processo, início do mês . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .$ 10.000Materiais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 45.000Mão-de-obra . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30.000CIF . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15.000

Pede-se:Prepare um resumo de custos de produção para o mês.

P 7-8 Custo de unidades completadas e estoque finalObjetivo 4

A Companhia Central tinha um custo por unidade equivalente para o mês de $ 4,56 paramateriais, $ 1,75 para mão-de-obra e $ 1,00 para CIF. Durante o período, 10.250 unidadesforam completadas e transferidas para produtos acabados. As 3.200 unidades em processo finalestavam 100% completadas quanto aos materiais e 60% completadas quanto a mão-de-obra eCIF. No início do mês, 1.500 unidades estavam em processo, 100% completadas quanto aos ma-teriais e 50% completadas quanto a mão-de-obra e CIF. O estoque inicial tinha um custo de$ 8.775. A Companhia Central usa o método de custo PEPS.

Pede-se:

1. Calcule o custo das unidades completadas e transferidas.2. Calcule o custo de produtos em processo final.

P 7-9 Alocações de custos conjuntosObjetivo 5

A Corporação FranSol é especializada na criação de frangos. Os frangos são criados, em-balados e vendidos na sua maior parte para redes de supermercados. Os frangos são contabi-lizados em lotes de 50.000. No final de cada período de cria, os frangos são separados e ven-didos de acordo com um classificação. As classificações AA e A são vendidas para as redes

Capítulo 7 • CONTABILIDADE DE CUSTO POR PROCESSO — PROCEDIMENTOS ADICIONAIS • 323

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grandes de supermercado, e as classificações B e C são vendidas para outros compradores. Parafins de custeio, a FranSol trata cada lote de pintos como um produto conjunto. Os dados de custospara um lote de 50.000 pintos são os seguintes:

Classificação Número Média de Libras Preço de Vendade Frangos por Frango por Libra

AA 25.000 5 $ 0,70A 15.000 4 0,50B 6.000 2 0,40C 4.000 1 0,30

O total de custos conjuntos para o lote foi de $ 50.000.

Pede-se:

Compute as alocações de custos para cada produto, usando o método do valor de vendasrelativo.

P 7-10 Alocação de custos conjuntosObjetivo 5

A Companhia de Manufatura Moto compra zeon a $ 0,80 o galão. No final do processo noDepartamento 1, o zeon tem o ponto de separação nos produtos A, B e C. O Produto A é vendi-do no ponto de separação, sem processamento adicional. Os Produtos B e C requerem processa-mentos adicionais antes que possam ser vendidos. O Produto B é processado no Departamento 2e o Produto C é processado no Departamento 3. Segue um resumo de custos e outros dados rela-cionados para o ano encerrado em 31 de dezembro:

Depto. 1 Depto. 2 Depto 3Custo do zeon . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 76.000 – –Mão-de-obra direta . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14.000 $ 45.000 $ 65.000CIF . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10.000 21.000 49.000Total . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 100.000 $ 66.000 $ 114.000

Produto A Produto B Produto CGalões vendidos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20.000 30.000 45.000Galões em estoque, 31 de dezembro . . . . . . . . 10.000 – 15.000Vendas em dólares . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 30.000 $ 96.000 $ 141.750

Não havia estoque no início do ano, e nenhum zeon estava em estoque no final do ano. To-dos os galões em estoque no final do ano estavam completados quanto ao processo. A Moto usao método do valor de vendas relativo para a alocação dos custos conjuntos.

Pede-se:

1. Calcule a alocação dos custos conjuntos.2. Calcule o custo do Produto B vendido.

324 • CONTABILIDADE DE CUSTOS

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P 7-11 Métodos de custo médio e PEPS; perdas no início e no final do processo.SEMELHANTE AO PROBLEMA DE AUTO-AVALIAÇÃO.Objetivos 2, 4

A Companhia de Produção Plutão usa o sistema de custo por processo. Sua operação demanufatura é realizada em dois departamentos: Usinagem e Acabamento. O Departamento de Usi-nagem usa o método de custo médio e o Departamento de Acabamento usa o método de custoPEPS. Os materiais são adicionados em ambos os departamentos no início das operações e osmateriais adicionados não aumentam o número de unidades processadas. As unidades são per-didas no Departamento de Usinagem durante todo o processo de produção e a inspeção é reali-zada no final do processo. As unidades perdidas não têm nenhum valor de sucata e são consi-deradas uma perda normal.

As estatísticas de produção para o mês de julho mostram os seguintes dados:

Usinagem AcabamentoUnidades em processo, 1 de julho (todos os

materiais, 40% da mão-de-obra e CIF) . . . . . . . . . . . . 20.000Unidades em processo, 1 de julho (todos os

materiais, 80% da mão-de-obra e CIF) . . . . . . . . . . . . 40.000Unidades iniciadas em produção . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 140.000Unidades completadas e transferidas . . . . . . . . . . . . . . . . . . 100.000Unidades transferidas de Usinagem . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 100.000Unidades completadas e transferidas para

produtos acabados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 100.000Unidades em processo, 31 de julho (todos os

materiais, 60% da mão-de-obra e CIF) . . . . . . . . . . . . 40.000Unidades em processo, 31 de julho (todos os

materiais, 40% da mão-de-obra e CIF) . . . . . . . . . . . . 40.000Unidades perdidas na produção . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20.000

Custos de Produção Usinagem AcabamentoProdutos em processo, 1 de julho:

Materiais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 40.000 $ 110.000Mão-de-obra . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24.000 60.000CIF . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8.000 40.000Custos do Departamento de Usinagem . . . . . . . . . . . . . 240.000

Custos incorridos durante o mês:Materiais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 280.000 $ 240.000Mão-de-obra . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 180.000 160.000CIF . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 60.000 80.000

Total . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 592.000 $ 690.000

Pede-se:Prepare um resumo de custos de produção para cada departamento. (Arredonde três casas

decimais.)

Capítulo 7 • CONTABILIDADE DE CUSTO POR PROCESSO — PROCEDIMENTOS ADICIONAIS • 325

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As discussões sobre o controle de custos nos capítulos anteriores enfatizaram a compara-ção de custos correntes com custos históricos – os custos de ontem, da semana passada,do mês passado, ou do ano passado. Quando os custos correntes eram desfavoravelmen-

te diferentes dos custos anteriores, foi sugerido que a administração investigasse imediatamentea causa do desvio e tentasse eliminá-lo antes que a mudança se tornasse muito onerosa. A admi-nistração também foi aconselhada a não somente ficar de olho nessas flutuações e tentar corrigi-las, mas a considerar todas as maneiras possíveis para controlar custos.

Embora esses métodos anteriores de controle de custos sejam úteis, a administração podetender a tornar-se complacente se os custos de manufatura não diferirem significativamente deperíodo a período. Os gerentes podem sentir que as operações de manufatura são eficientesporque os custos por unidade e os custos totais se estabilizaram em certo nível. Mas a estabilida-de de custos não indica necessariamente eficiência se os custos anteriores, com os quais os cus-

OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM

Após estudar este capítulo, você deverá estar apto a:

�Descrever os diferentes padrões usados na determinação dos custos padrão.�Usar os procedimentos apropriados para registrar custos padrão para materiais e mão-de-obra.

� Explicar o significado de variações e como elas são analisadas.� Preparar lançamentos de diário para registrar e distribuir as variações.� Realizar uma análise profunda das variações.� Reconhecer as características específicas de um sistema de custo padrão.�Contabilizar os custos padrão em uma fábrica departamentalizada.

Contabilidade de Custo Padrão —Materiais e Mão-de-obra

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Capítulo 8 • CONTABILIDADE DE CUSTO PADRÃO — MATERIAIS E MÃO-DE-OBRA • 327

tos correntes estão sendo comparados, podem conter ineficiências embutidas. Além disso, podeser possível utilizar custos correntes de forma mais eficaz.

O propósito da contabilidade de custo padrão é de controlar custos e promover a efi-ciência. Esse sistema não é mais um método de contabilidade de custos para acumular custos demanufatura, mas é usado em conjunto com métodos como custo por ordem, custo por proces-so ou custeio retrocedido. A contabilidade de custo padrão é baseada em uma predeterminaçãodo que deveria custar para fabricar um produto e uma comparação subseqüente dos custos reaiscom o padrão estabelecido. Qualquer desvio dos padrões estabelecidos pode ser rapidamentedetectado, e a responsabilidade apontada com precisão, para que a empresa possa tomar as me-didas apropriadas para eliminar as ineficiências ou tirar vantagem das eficiências. Isso é conheci-do como administração por exceção, onde tanto as diferenças significativamente desfavorá-veis, quanto as favoráveis, são o ponto focal da atenção da administração.

Normalmente, os custos padrão são determinados por um período de um ano e devem serrevisados anualmente. No entanto, se análises de custos durante o ano indicam que um padrãonão é correto ou se uma mudança significativa em custos, ou outros fatores relacionados, ocor-reu, a administração não deve hesitar em ajustar o padrão para remediar uma situação adversa.

TIPOS DE PADRÃO

OBJETIVO DE APRENDIZAGEM 1Descrever os diferentes padrões usados para determinar custos padrões.

Um padrão é uma norma com a qual o desempenho real pode ser medido. O objetivo emestabelecer padrões é de medir eficiência e monitorar custos ao atribuir responsabilidade pordesvios dos padrões. Além disso, um padrão pode motivar empregados ao fornecer uma meta aser atingida. Mas uma pergunta que surge com frequência é “Qual é o padrão apropriado para seusar?” Uma empresa pode estimar os usos e custos de materiais, mão-de-obra e CIF, mas e oscustos não previstos, como produtos danificados, tempo perdido e quebras de equipamento?Esses itens devem ser considerados para determinar o custo padrão para fabricar um produto?

Algumas empresas estabelecem os seus padrões no máximo grau de eficiência. Ao usar umpadrão ideal assim, os custos são determinados ao considerar os custos estimados de mate-riais, mão-de-obra e CIF, a condição da fábrica e do equipamento, e tempo para períodos de des-canso, feriados e férias; mas nenhuma provisão é feita para tempo perdido, desperdícios ou pro-dutos danificados. Esse padrão ideal só pode ser atingido sob as condições mais eficientespossíveis de operação; portanto, é praticamente impossível de se atingir e geralmente gera varia-ções desfavoráveis. Empresas usando esse tipo de padrão acham que ele fornece um objetivomáximo para o qual devem se empenhar na tentativa de melhorar a eficiência. No entanto, exis-te uma desvantagem psicológica – o pessoal da fábrica pode se tornar desencorajado e perder oseu incentivo de satisfazer padrões que normalmente são impossíveis de obter exceto sob con-dições perfeitas de operação.

Ao reconhecer esse problema em potencial, muitas empresas estabelecem padrões obte-níveis que incluem fatores como tempo perdido, produtos danificados e desperdícios. Essasempresas reconhecem que algumas ineficiências não são possíveis de se eliminar por completo,e então projetam um padrão que pode ser satisfeito ou até melhorado em situações de produ-ção eficiente. A principal preocupação do fabricante deve ser de estabelecer um padrão que é al-to o suficiente para fornecer motivação e promover eficiência, mas não tão alto que se torne ir-racional e, portanto, não obtenível.

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328 • CONTABILIDADE DE CUSTOS

PROCEDIMENTOS DE CUSTO PADRÃO

OBJETIVO DE APRENDIZAGEM 2Usar os procedimentos apropriados para registrar custos padrão para materiais emão-de-obra.

A contabilidade de custo padrão é baseada nos seguintes procedimentos:

1. Custos padrão são determinados para os três elementos de custo – materiais diretos, mão-de-obra direta e custos indiretos de fabricação.

2. Os custos padrão, os custos reais e as variações entre os custos reais e padrão são registradosem contas apropriadas.

3. Todas as variações são analisadas e investigadas, e as medidas apropriadas são tomadas.

DETERMINAÇÃO DOS CUSTOS PADRÃO PARA MATERIAIS E MÃO-DE-OBRA

O primeiro passo, na determinação de custos padrão para um produto, é uma tarefa com-plexa que requer experiência considerável e familiaridade com as operações de manufatura, as-sim como a cooperação dos empregados departamentais. O departamento de contabilidade éfreqüentemente consultado para ajudar a determinar custos históricos, para apontar tendênciasprevalecentes e ajudar a estabelecer os padrões. Um padrão de custo de materiais é baseadoem estimativas sobre a quantidade de materiais necessários para uma unidade de produto e ocusto unitário dos materiais usados. Ao estabelecer um padrão de custo de materiais, os gesto-res podem consultar o departamento de engenharia de produção para determinar as quantias eos tipos de materiais necessários, e o agente de compras deve fornecer conhecimento dos pre-ços dos fornecedores para calcular o custo desses materiais.

Um padrão de custo de mão-de-obra é baseado em estimativas sobre as horas de mão-de-obra necessárias para produzir uma unidade de produto e o custo de mão-de-obra por uni-dade. Ao estabelecer um padrão de custo de mão-de-obra, os chefes (gestores) dos vários depar-tamentos contribuem com seus conhecimentos de operações de processamento. O fabricantepode usar os serviços de engenheiros de estudo de tempo para estabelecer o tempo necessáriopara executar cada operação, e o gerente de pessoal deve ser consultado com relação às taxas sa-lariais que prevalecem para os vários tipos de mão-de-obra necessários.

Os custos históricos e os processos são estudados para se ganhar familiaridade com essesitens, mas os indivíduos que estabelecem os padrões também devem considerar as tendênciasprevalecentes que podem causar mudanças nas futuras operações da empresa. Ao estabelecerpadrões para materiais e mão-de-obra, uma variedade de fatores pode ser considerada:

1. A tendência dos preços para matérias-primas.

2. O uso dos diferentes tipos de materiais devido a novos processos ou desenvolvimentos demercados.

3. O efeito de negociações com sindicatos trabalhistas sobre taxas para a mão-de-obra.

4. A possível economia de tempo de mão-de-obra devido ao uso de maquinaria e equipamentomais moderno.

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A seguinte tabela ilustra um resumo simples de custo padrão para um produto:

Produtos Finos Ltda.Resumo de Custo Padrão

Produto XMateriais – 1 libra a $ 4 por libra . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 4,00Mão-de-obra – 1/2 hora a $ 10 por hora . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5,00CIF – 40% do custo da mão-de-obra direta . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2,00Custo padrão por unidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 11,00

O desenvolvimento de padrões de CIF será discutido no capítulo seguinte.

REGISTRANDO CUSTOS PADRÃO PARA MATERIAIS E MÃO-DE-OBRA

Uma vez determinado o custo padrão para se fabricar um produto, a segunda fase do siste-ma pode ser colocada em andamento: os custos padrão, os custos reais e as variações são regis-trados em diários e transferidos para o razão geral. Os lançamentos e a contabilização podemocorrer semanalmente ou mensalmente, dependendo das necessidades da gestão por informa-ções correntes.

DETERMINAÇÃO DE VARIAÇÕES

OBJETIVO DE APRENDIZAGEM 3Explicar o significado de variações e como são analisadas.

Uma variação representa a diferença entre os custos reais e padrão de materiais, mão-de-obra e CIF. As variações medem eficiências, ou ineficiências, no consumo (quantidade de mate-riais usados, ou número de horas de mão-de-obra trabalhadas) e preço (custo de materiais e ta-xas salariais). Observe que embora as variações computadas aqui sejam para um fabricante, elaspoderiam também ser computadas para uma empresa de serviços, como as variações no custode alimentos e no custo de mão-de-obra dentro de um lanchonete. Além disso, um fabricantepode computar variações para itens que não são da fábrica, como os custos de marketing, queexplicariam, por exemplo, as razões pelas quais os salários reais dos empregados de distribuiçãosão diferentes da remuneração orçada.

Suponha que o relatório de produção da Produtos Finos Ltda., cujo resumo de custo pa-drão está mostrado na página anterior, indica que a produção equivalente para o mês, calculadacomo já foi discutido em capítulos anteriores, era de 10.000 unidades. O custo padrão dessa pro-dução é computado da seguinte maneira:

Custo de materiais (10.000 unidades � $ 4,00) . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 40.000Custo de mão-de-obra (10.000 unidades � $ 5,00) . . . . . . . . . . . . . . . 50.000CIF (10.000 unidades � $ 2,00) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20.000Total do custo padrão de manufatura de 10.000 unidades . . . . . . . . . . . $ 110.000

Capítulo 8 • CONTABILIDADE DE CUSTO PADRÃO — MATERIAIS E MÃO-DE-OBRA • 329

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330 • CONTABILIDADE DE CUSTOS

Suponha que as requisições de materiais, os registros de tempo ou da folha de pagamentoe os registros de CIF indicam os seguintes custos reais de manufatura desses itens:

Custo de materiais diretos usados (11.000 libras a $ 3,80) . . . . . . . . . . $ 41.800Custo de mão-de-obra direta (4.500 horas a $ 11,00) . . . . . . . . . . . . . . 49.500CIF . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20.000Total do custo real de manufatura de 10.000 unidades . . . . . . . . . . . . . . $ 111.300

Agora, os padrões podem ser comparados aos custos reais para determinar se existe algu-ma variação. Essa análise é realizada da seguinte maneira:

Variações LíquidasCusto Custo – Favoráveis ou

Padrão Real (Desfavoráveis)Materiais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 40.000 $ 41.800 $ (1.800)Mão-de-obra . . . . . . . . . . . . . . . . . 50.000 49.500 500CIF . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20.000 20.000 –Total . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 110.000 $ 111.300 $ (1.300)

A informação apresentada por essas cifras comparativas é significativa porque ela mostraque o total real dos custos de manufatura excederam os padrões previamente estabelecidos. Asvariações indicam que o custo de materiais foi $ 1.800 mais alto do que deveria ter sido e que ocusto da mão-de-obra foi $ 500 mais baixo do que os padrões estabelecidos, resultando em umavariação global desfavorável de $ 1.300. No entanto, essas cifras podem ser de mais valor para ocontrole de custos se for feito um desdobramento adicional das variações. As contas usadas paraindicar as variações de materiais e de mão-de-obra estão a seguir:

1. A variação do preço de materiais reflete o custo real por unidade de materiais, acima ouabaixo do custo padrão por unidade, multiplicado pela quantidade real de materiais usados.

(Custo real por unidade de materiais – custo padrão por unidade) � quantidade real demateriais usados = Variação do Preço de Materiais

2. A variação da quantidade (consumo) de materiais representa a quantidade real de mate-riais diretos usados acima ou abaixo da quantidade padrão permitida para o nível real de pro-dução ao preço padrão.

(Quantidade real usada – quantidade padrão permitida) � preço padrão de material = Va-riação da Quantidade de Materiais

3. A variação da taxa da mão-de-obra (preço) representa a média das taxas reais por horapagas acima ou abaixo da taxa padrão por hora, multiplicada pelo número real de horas traba-lhadas.

(Taxa real por hora da mão-de-obra – taxa padrão por hora da mão-de-obra) � número realde horas de mão-de-obra trabalhadas = Variação da Taxa da Mão-de-obra

4. A variação da eficiência da mão-de-obra (consumo) indica o número de horas reais demão-de-obra direta, trabalhadas acima ou abaixo das horas padrão permitidas para o nível realde produção ao preço padrão.

(Número real de horas de mão-de-obra trabalhadas – número padrão de horas demão-de-obra permitidas) � custo padrão por hora de mão-de-obra = Variação da Eficiência daMão-de-obra

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A quantidade padrão para o nível real de produção, usada para a variação da quantidade demateriais e a variação da eficiência da mão-de-obra, representa a produção equivalente determi-nada para cada um desses elementos. A produção equivalente é calculada exatamente da mesmamaneira que foi usada para determinar as unidades equivalentes no custeio por processo. No en-tanto, um cálculo adicional pode ser necessário quando cada unidade equivalente requer vá-rias peças de material ou várias horas para ser completada. Por exemplo, suponha que um cál-culo da produção equivalente de materiais determine que 1.000 unidades foram produzidasdurante o período. O padrão estabelecido para o material permite cinco peças de material paracada unidade completada; portanto, a quantidade padrão permitida para a produção real seriade 5.000 unidades de material (1.000 unidades � 5 peças).

Um saldo devedor em uma conta de variação indica uma variação desfavorável; isto é,custos reais excederam o custo padrão estabelecido. Um saldo credor reflete uma variação fa-vorável, indicando que custos reais foram mais baixos do que o custo padrão. Em terminologiade administração, uma variação desfavorável significa que uma despesa (débito) foi adicionada,aumentando o custo além do padrão estabelecido, assim reduzindo a rentabilidade esperada doproduto. Uma variação favorável (crédito) aumentaria a rentabilidade esperada do produto por-que reduziria o custo padrão estabelecido para o produto. Quando uma empresa usa um siste-ma de custo padrão, normalmente considera o custo padrão do produto como o custo para es-tabelecer o seu preço de venda. Portanto, qualquer movimento do custo acima ou abaixo dopadrão terá um efeito direto sobre a receita ganha.

A Figura 8-1 mostra as fórmulas comumente usadas para calcular as variações de materiaise de mão-de-obra, usando os dados anteriormente apresentados para materiais e mão-de-obra.

Figura 8-1 Fórmulas para Calcular as Variações

Fórmula para Variações de Materiais

Custo real (Quantidade real Quantidade real � preço Produção equivalente �

consumida � preço real por padrão por unidade quantidade padrão porunidade) unidade x preço padrão

11.000 libras $ 3,80 = 11.000 libras � $ 4,00 = 10.000 unidades � 1 libra �

41.800 $ 44.000 $ 4 = $ 40.000

Variação do Preço de Materiais Variação da Quantidade de Materiais$ 2.200 (favorável) $ 4.000 (desfavorável)

Variação Líquida de Materiais$ 1.800 (desfavorável)

Capítulo 8 • CONTABILIDADE DE CUSTO PADRÃO — MATERIAIS E MÃO-DE-OBRA • 331

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332 • CONTABILIDADE DE CUSTOS

Fórmula para Variações de Mão-de-obra

Horas reais (Horas reais � Horas reais � taxa Produção equivalente � horastaxa real por hora) padrão por hora padrão por unidade � taxa padrão

4.500 horas � $ 11 = 4.500 horas � $ 10 = 10.000 unidades � 0,5 horas$ 49.500 $ 45.000 � $ 10 = $ 50.000

Variação da Taxa de Mão-de-obra Variação da Eficiência da Mão-de-obra$ 4.500 (desfavorável) $ 5.000 (favorável)

Variação Líquida da Mão-de-obra$ 500 (favorável)

Essa análise mostra as variações específicas quando quantidade e preço se desviam dospadrões estabelecidos. O esforço de manufatura excedeu o padrão de materiais estabelecidopara 10.000 unidades, que, a um preço padrão de $ 4,00 por libra, criou uma variação desfavo-rável da quantidade de materiais de $ 4.000 (1.000 libras consumidas em excesso do padrãopermitido � $ 4,00). Essa variação foi parcialmente compensada pelo fato de as 11.000 libras demateriais consumidos terem sido obtidas a um custo abaixo do padrão de $ 3,80 por libra, assimcriando uma variação favorável de preço de $ 2.200 (11.000 libras consumidas a uma economiade $ 0,20 por libra).

O cálculo de variações de mão-de-obra indica uma variação favorável na eficiência da mão-de-obra de $ 5.000 porque o número de horas trabalhadas foi 500 horas abaixo do padrão permi-tido para a produção de 10.000 unidades (500 horas � a taxa padrão de $ 10,00). No entanto, du-rante o período, a companhia pagou uma taxa de mão-de-obra de $ 11,00 por hora, que era maisalta do que o padrão, criando uma variação desfavorável de taxa de $ 4.500 (4.500 horas a uma ta-xa de $ 1,00 acima do padrão).

É importante compreender que os termos favorável e desfavorável indicam apenas umdesvio do custo real abaixo ou acima do padrão. Análise e investigação adicional podem indicarque a variação desfavorável não esteja, necessariamente, refletindo uma ineficiência, e nem queuma variação favorável esteja sempre indicando uma situação desejável. Uma condição aparente-mente desfavorável pode ser completamente compensada por uma situação favorável. Porexemplo, uma variação favorável do preço de materiais que resulta da compra de materiais me-nos caros do que o padrão pode mais do que compensar uma variação desfavorável da quantida-de de materiais que resulta de danos adicionais devido ao consumo de materiais mais baratos.De qualquer forma, todas as variações, favoráveis ou desfavoráveis, devem ser analisadas pa-ra determinar a causa, e o efeito, dos desvios. Ações apropriadas devem ser empreendidas paramelhorar essas áreas de problemas.

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Capítulo 8 • CONTABILIDADE DE CUSTO PADRÃO — MATERIAIS E MÃO-DE-OBRA • 333

CONTABILIZANDO VARIAÇÕES

OBJETIVO DE APRENDIZAGEM 4Preparar lançamentos de diário para registrar e distribuir variações.

A conta de produtos em processo é sempre debitada com o custo padrão (quantidade pa-drão � preço padrão) determinado para a produção equivalente do período. A conta de estoquede materiais é creditada para o custo real de materiais baixados para a fábrica como indicado pe-las requisições de materiais e folhas do razão de estoques se um método alternativo de registraro custo de materiais não for usado. A conta da folha de pagamento é creditada com o custo realda mão-de-obra incorrida para o período. As diferenças entre os débitos (a custos padrão) e oscréditos (a custos reais) são debitadas (variações desfavoráveis), ou creditadas (variações favorá-veis) para as contas de variação. O custo padrão de unidades acabadas é transferido de Produtosem Processo para Produtos Acabados.

Para ilustrar, use as cifras anteriormente apresentadas para os custos de materiais e de mão-de-obra.

1. Para registrar o lançamento para o custo de materiais diretos:

D - Produtos em Processo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 40.000D - Variação da Quantidade de Materiais . . . . . . . . . . . . . . . . 4.000

C - Variação do Preço de Materiais . . . . . . . . . . . . . . . . 2.200C - Materiais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 41.800

2. Para registrar o lançamento para o custo de mão-de-obra direta:

D - Produtos em Processo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 50.000D - Variação da Taxa de Mão-de-obra . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4.500

C - Variação da Eficiência da Mão-de-obra . . . . . . . . . . 5.000C - Folha de Pagamento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 49.500

3. Para registrar o lançamento aplicando CIF para produtos em processo (presuma nenhuma va-riação):

D - Produtos em Processo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20.000C – CIF Aplicados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20.000

4. Para registrar o lançamento para produtos acabados ao custo padrão (supondo que não hajaestoques iniciais ou finais de produtos em processo, 10.000 unidades a $ 11,00):

D - Produtos Acabados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 110.000C - Produtos em Processo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 110.000

O balanço da Produtos Finos Ltda., usando um sistema de custo padrão, refletiria os esto-ques para produtos em processo e produtos acabados ao custo padrão, enquanto a conta de es-toque de materiais seria mostrada ao custo real. Esse procedimento será seguido neste livro. Aconta de estoque de materiais, no entanto, também pode ser mostrada ao custo padrão, comoexplicado na seção seguinte.

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334 • CONTABILIDADE DE CUSTOS

MÉTODO ALTERNATIVO PARA REGISTRAR CUSTOS DE MATERIAIS

Algumas empresas reconhecem variações de preços de materiais no momento em que osmateriais são comprados, em vez de esperarem até que eles sejam consumidos, ao registraremuma variação do preço de compra, que representa o desvio do custo de compra acima ouabaixo do custo padrão. A lógica por trás do registro dessa variação no momento da compra éque a diferença entre o custo real e o custo padrão é conhecido nesse momento, portanto nãohá razão em atrasar o reconhecimento dessa variação até os materiais serem consumidos.

Usando as cifras anteriores de preços, e supondo que 12.000 libras são compradas, o lança-mento de compra sob esse método seria o seguinte:

D - Materiais (12.000 libras a $ 4,00 preço padrão) . . . . . . . . . 48.000C - Variação do Preço de Compra de Materiais . . . . . . . 2.400C - Contas a Pagar (12.000 libras a $ 3,80 preço real) . . 45.600

Sob essas condições, a conta de estoque de materiais no balanço refletiria o custo padrão.No momento em que os materiais são consumidos, não haveria nenhuma variação de preço aser anotada, e a variação da quantidade seria registrada da seguinte maneira:

D - Produtos em Processo (10.000 libras a $ 4,00 preço padrão) 40.000D - Variação da Quantidade de Materiais . . . . . . . . . . . . . . . . 4.000

C - Materiais (11.000 libras a $ 4,00) . . . . . . . . . . . . . . 44.000

Outro benefício de se usar o método da variação do preço de compra é que as contas indi-viduais de estoque de materiais são mantidas a custo padrão. Isso economiza despesas de manu-tenção de registros porque é somente preciso rastrear as quantidades compradas, baixadas e emestoque. Não é necessário contabilizar custos de materiais individuais, ou de calcular quantiasem dinheiro continuamente nas folhas de razão do estoque. Já que a conta de estoque de mate-riais é mantida no custo padrão, o saldo, em dinheiro, pode ser determinado a qualquer mo-mento ao multiplicar o preço padrão pela quantidade em estoque.

DISPOSIÇÃO DAS VARIAÇÕES DE CUSTO PADRÃO

No final do período contábil, as variações do custo real em relação ao custo padrão preci-sam estar refletidas de alguma maneira apropriada nas demonstrações financeiras. Existem abor-dagens diferentes para se lidar com esses itens:

1. Algumas empresas rateiam essas variações proporcionalmente para Custo de Produtos Vendi-dos, estoque de Produtos em Processo e estoque de Produtos Acabados. Com hardware esoftware se tornando cada vez mais acessíveis, esse método está crescendo em popularidade.O efeito líquido desse método é que essas contas são ajustadas para o custo real ou histórico.A lógica é que custos padrão são importantes para a avaliação da gestão das operações, masnão são apropriados para relatórios financeiros externos. Portanto, as variações, sendo partedo custo real de manufatura, devem ser incluídas nos custos de estoque. Quando esse méto-do é seguido, a alocação das variações em materiais, mão-de-obra e CIF será em proporçãoaos custos padrão para materiais, mão-de-obra e CIF incluídos no custo de produtos vendi-dos, produtos em processo e produtos acabados.

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Capítulo 8 • CONTABILIDADE DE CUSTO PADRÃO — MATERIAIS E MÃO-DE-OBRA • 335

2. Uma abordagem mais comum é de mostrar a variação líquida desfavorável como um aumentono custo de produtos vendidos para o período, e a variação líquida favorável como uma redu-ção. Isso é mostrado na demonstração parcial de resultados a seguir. Essa abordagem está ba-seada no fato de que essas variações resultam de condições ou ineficiências, favoráveis oudesfavoráveis, durante o período. Portanto, elas devem ser debitadas ou creditadas para o pe-ríodo. Esses itens não devem ser debitados em períodos futuros ao serem incluídos nos cus-tos de estoques.Vendas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 100.000Custo de produtos vendidos ao padrão . . . . . . . . . $ 80.000Mais a variação desfavorável:

Variação da quantidade de materiais . . . . . 800. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 80.800

Menos as variações favoráveis:Variação do preço de materiais . . . . . . . . . $ 410Variação da eficiência da mão-de-obra . . . . 100Variação da taxa para mão-de-obra . . . . . . 105 615

Custo de produtos vendidos (custo real) . . . . . . . . . 80.185Margem bruta sobre vendas (custo real) . . . . . . . . . $ 19.815

3. Se as variações forem significativas, ou causadas pelo uso de um padrão incorreto, as varia-ções devem ser alocadas para Estoques e Custo de Produtos Vendidos, e o custo padrão deveser ajustado de acordo.

4. Se a produção for sazonal, com picos e vales extremos durante o ano, as variações devem sermostradas como débitos ou créditos diferidos nos balanços intermediários, usando a lógicade que seriam compensadas, em grande parte, em períodos futuros. No entanto, no final doano, é preciso fazer alguma disposição dessas variações, como descrito anteriormente, e ascontas de variações encerradas.

5. Se as variações forem por causa de circunstâncias anormais, ou incomuns, como greves, in-cêndios, tempestades ou enchentes, existe uma justificativa para eliminar esses itens do ativocomo perdas extraordinárias na demonstração de resultados.

Este livro usará, a menos que indicado de outra forma, a abordagem mais comum para re-fletir as variações de materiais e mão-de-obra como ajustes ao custo padrão de produtos vendi-dos, como ilustrado no Item 2 acima. As variações de CIF, que serão discutidas no capítulo a se-guir, também seriam refletidas nas demonstrações de forma parecida. A Figura 8-2 oferece umaajuda para compreender o fluxo de custos por meio de um sistema de custo padrão.

ANÁLISE DAS VARIAÇÕES

OBJETIVO DE APRENDIZAGEM 5Realizar uma análise profunda de variações.

Ao analisar variações de materiais e de mão-de-obra, dois componentes são investigados:consumo (quantidade) e preço. O analista verificará cuidadosamente a quantidade de materiais

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336 • CONTABILIDADE DE CUSTOS

Figura8-2

Fluxode

CustosporMeiode

umSiste

made

CustoPadrão

*SeráexplicadonoCapítulo9.

Mat

eria

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dacompra)

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demateriaisdiretos

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mão-de-obraindireta

Custopadrão

deCIF

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deprodutosacabados

Custodemateriais

indiretos

Custodemão-de-obra

indireta

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Despesasreais

Saláriosbrutosde

fábricapagos

Custorealde

mão-de-obra

Custopadrão

deprodutosvendidos

DouC D

ouC

DouC DouC

DouC DouC

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Capítulo 8 • CONTABILIDADE DE CUSTO PADRÃO — MATERIAIS E MÃO-DE-OBRA • 337

consumidos, o custo por unidade de cada tipo de material, o número de horas de mão-de-obradireta trabalhadas e o custo de cada hora de mão-de-obra. Quando o consumo e/ou o preço di-ferem dos padrões estabelecidos, o analista examinará a razão pela variação e considerará qual-quer ação que possa ser tomada para corrigir qualquer deficiência antes que essa perda se tornesignificativa e seja colocada no estoque.

Ao analisar a variação do custo de materiais, o consumo de materiais pode ser acima ouabaixo do padrão, ou no padrão. A administração necessita desses dados analisados para tomardecisões corretivas se necessário. Considere as três possibilidades seguintes na manufatura de10.000 unidades:

Exemplo 1:Custo padrão, 10.000 libras de materiais a $ 4,00 . . . . . . . . . . . . $ 40.000Custo real, 10.000 libras de materiais a $ 4,18 . . . . . . . . . . . . . . 41.800Variação desfavorável do preço de materiais

(10.000 � $ 0,18) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ (1.800)

Essa análise mostra que o consumo de materiais da fábrica está no padrão, mas que o pre-ço estabelecido para os materiais foi excedido. A variação é causada pelo fato de que a compa-nhia consumiu materiais custando $ 0,18 a mais do que o preço padrão. Com o consumo de10.000 libras, essa variação de $ 0,18 por unidade causou uma variação total de $ 1.800.

Agora a administração tem os dados com os quais investigar por que o custo por unidadede materiais é mais alto do que o padrão de $ 4,00 por libra. Existem várias possibilidades, in-cluindo estas:

1. Métodos ineficientes de compras

2. O consumo de um material ligeiramente diferente como experiência

3. Aumento no preço de mercado

Compras ineficientes podem ser corrigidas através de um melhor planejamento e uma se-leção cuidadosa de fornecedores. Se um material diferente, de preço mais alto, for escolhido pa-ra ser consumido nas operações de manufatura, o custo padrão terá que ser aumentado. O cus-to padrão também terá que ser aumentado se houver um aumento considerado permanente nopreço de mercado.

O exemplo ilustra o princípio de que a administração deve investigar qualquer variação cui-dadosamente, seja ela favorável ou desfavorável, para que medidas corretivas possam ser toma-das. Uma medida assim pode envolver a eliminação de ineficiências, ou a mudança do custo pa-drão do produto.

Exemplo 2:Custo padrão, 10.000 libras de materiais a $ 4,00 . . . . . . . . . . . . $ 40.000Custo real, 10.450 libras de materiais a $ 4,00 . . . . . . . . . . . . . . 41.800Variação desfavorável da quantidade de materiais

(450 � $ 4,00) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ (1.800)

Nesse caso, o custo de materiais está no padrão, porém o consumo de materiais é excessi-vo. A operação de manufatura consumiu 450 libras a mais de materiais do que deveria ter consu-mido, como indicado pelo padrão. Essas 450 libras adicionais, a um custo de $ 4,00 por libra,causaram a variação de $ 1.800 sobre o custo padrão.

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338 • CONTABILIDADE DE CUSTOS

Assim como no exemplo anterior, agora a administração precisa determinar por que os mate-riais extras foram consumidos. Novamente, várias circunstâncias podem ter criado essa situação:

1. Materiais foram danificados ou desperdiçados. Essa perda pode ter sido resultado do uso deum material diferente, de trabalhadores descuidados ou de pessoal de supervisão muito rela-xado. Se possível, a causa da perda deve ser eliminada.

2. Mais materiais foram propositadamente consumidos por unidade fabricada como uma expe-riência para determinar se a qualidade do produto pode ser melhorada. Se a administraçãodecidir continuar com esse consumo, o custo padrão por unidade terá que ser alterado.

Uma análise da causa dessa variação também pode resultar na eliminação de ineficiênciasou na alteração do custo padrão.

Exemplo 3:Custo padrão, 10.000 libras de materiais a $ 4,00 . . . . . . . . . . . . $ 40.000Custo real, 11.000 libras de materiais a $ 3,80 . . . . . . . . . . . . . . 41.800Variação líquida desfavorável de materiais

(10.000 � $ 0,18) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ (1.800)

Nesse exemplo, uma combinação de variações no consumo e no preço causa a variação ge-ral desfavorável. A fábrica usou 1.000 libras de materiais acima do padrão, mas comprou essesmateriais a um custo que é $ 0,20 abaixo do padrão. Mais uma vez, a administração deveria saberpor que os materiais adicionais foram consumidos e tomar as medidas apropriadas. É importan-te reconhecer que a variação de $ 0,20 no preço também precisará de investigação. O fato de queessa variação é favorável, abaixo do custo padrão, não é razão para o pessoal de produção se tor-nar complacente e ignorá-la. Esse preço “melhor” pode ter sido criado através de técnicas maiseficientes de compras, um preço promocional ou uma redução geral no preço. Por outro lado,materiais de qualidade inferior podem ter sido comprados, assim reduzindo a qualidade do pro-duto e possivelmente causando um efeito desfavorável sobre o marketing.

Também é possível que o consumo mais elevado de materiais seja relacionado ao preçomais baixo. Desperdício e danos podem ter sido causados por (1) uso de materiais mais baratosou (2) não familiaridade dos trabalhadores da produção com o uso de material diferente. Umainvestigação mais aprofundada pode revelar que o padrão não foi corretamente determinado e,portanto, deve ser revisado.

Os seguintes pontos importantes foram ilustrados através dos três exemplos com variaçõeslíquidas idênticas:

1. A variação total entre o custo padrão e o custo real precisa ser desdobrada em consumo e preço.

2. As variações no consumo e no preço, sejam elas desfavoráveis ou favoráveis, precisam ser ana-lisadas quanto a causa e efeito. As variações podem ser demonstradas em montantes em di-nheiro ou em termos de unidades, tais como peso ou horas. O método escolhido deve ser oque oferece o maior benefício para determinar as causas das variações.

3. Ações apropriadas devem ser empreendidas. Elas podem incluir uma alteração nos métodos demanufatura, supervisão ou compras, ou uma alteração no custo padrão do produto. Podem en-volver tirar vantagens das operações eficientes ou funções. Se o custo padrão for alterado, asunidades em estoque são freqüentemente revalorizadas de acordo com os novos números.

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Capítulo 8 • CONTABILIDADE DE CUSTO PADRÃO — MATERIAIS E MÃO-DE-OBRA • 339

Os mesmos princípios de análise se aplicam às variações no custo da mão-de-obra. Trêsexemplos similares são apresentados abaixo:

Exemplo 1:Custo padrão, 5.000 horas a $ 10,00 por hora . . . . . . . . . . . . . . $ 50.000Custo real, 5.000 horas a $ 9,90 por hora . . . . . . . . . . . . . . . . . . 49.500Variação favorável na taxa da mão-de-obra(5.000 � $ 0,10) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 500

Exemplo 2:Custo padrão, 5.000 horas a $ 10,00 por hora . . . . . . . . . . . . . . $ 50.000Custo real, 4.950 horas a $ 10,00 por hora . . . . . . . . . . . . . . . . . 49.500Variação favorável na eficiência da mão-de-obra(50 � $ 10,00) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 500

Exemplo 3:Custo padrão, 5.000 horas a $ 10,00 por hora . . . . . . . . . . . . . . $ 50.000Custo real, 4.500 horas a $ 11,00 por hora . . . . . . . . . . . . . . . . . 49.500Variação líquida favorável da mão-de-obra(5.000 � $ 0,10) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 500

No primeiro exemplo, é evidente que o número de horas reais de mão-de-obra estava nopadrão, porém o custo por hora foi mais baixo do que o padrão de $ 10,00. Embora esse resulta-do pareça ser favorável, a razão e o possível efeito ainda devem ser determinados. É possível queo departamento de pessoal esteja fazendo um trabalho mais eficiente na contratação de empre-gados qualificados, que devem ser parabenizados; ou é possível que empregados não tão qualifi-cados estejam sendo contratados a uma taxa salarial mais baixa, possivelmente reduzindo a qua-lidade do processamento do produto. Esta segunda condição não deveria ser aceitável.

O segundo exemplo indica que a taxa da mão-de-obra está no padrão, mas o tempo reque-rido foi de 50 horas abaixo do padrão. Novamente, a questão é: por quê? É possível que a veloci-dade de produção tenha sido aumentada, e os empregados estejam trabalhando rápido demaispara fazerem um trabalho de alta qualidade. Essa situação teria um efeito adverso sobre as ven-das. É lógico, mais uma vez, que existe a possibilidade de as funções de manufatura e/ou super-visão terem se tornado mais eficientes de forma que mais trabalho é feito em menos tempo.

No terceiro exemplo, uma economia de 500 horas está indicada, mas houve um pagamen-to por hora de $ 1,00 acima do padrão. Esses dois fatores podem estar correlacionados. A contra-tação de pessoal mais qualificado e melhor remunerado muitas vezes resulta em uma reduçãono número de horas trabalhadas. Mas, assim como nos outros exemplos, a administração preci-sa investigar para determinar a causa e o efeito das variações no consumo e no preço. Se a varia-ção na eficiência da mão-de-obra for desfavorável, pode ter sido causada pelo uso de trabalhado-res não qualificados, ou pode ter sido devida ao tempo perdido por causa de quebras demáquinas, uma programação imprópria da produção ou um fluxo ineficiente de materiais para alinha de produção.

As análises das variações de materiais e mão-de-obra não são isoladas umas das outras. Ébem possível que a diferença acima ou abaixo do padrão de uma esteja diretamente relacionada

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340 • CONTABILIDADE DE CUSTOS

com a variação da outra. Por exemplo, a contratação de pessoal mais qualificado a uma taxa maisalta para mão-de-obra nem sempre reduz o número de horas trabalhadas, mas pode reduzir onúmero de materiais perdidos por danos. Em contrapartida, o uso de menos trabalhadores qua-lificados, a uma taxa mais baixa para a mão-de-obra, pode causar uma perda maior de materiais.Ao examinar qualquer variação, a administração deve olhar cuidadosamente o relacionamentoque essa variação pode ter com outras variações.

CARACTERÍSTICAS DA CONTABILIDADE DE CUSTO PADRÃO

OBJETIVO DE APRENDIZAGEM 6Reconhecer as características específicas de um sistema de custo padrão.

Algumas características da contabilidade de custo padrão precisam ser enfatizadas. Primei-ra, a empresa não determina o custo real por unidade de manufatura de um produto. Apenas ototal dos custos reais e o total dos custos padrão são coletados.

Segunda, o fato de que os padrões são baseados em estimativas não os torna desconfiáveis.Uma investigação e análise cuidadosa das variações rapidamente indicará se a operação de ma-nufatura é ineficiente ou se os padrões são razoáveis.

Terceira, os padrões mudarão com as mudanças nas condições. Mudanças permanentesem preços, processos ou métodos de operação podem indicar a necessidade de ajustes nospadrões.

Quarta, o propósito de se usar um sistema de contabilidade de custo padrão é fornecer umincentivo contínuo ao pessoal da fábrica para manter custos e desempenho em linha com osobjetivos predeterminados pela administração. Como foi mencionado anteriormente neste capí-tulo, comparações entre os custos reais e os padrões predeterminados são muito mais eficazesdo que comparações entre os custos reais correntes e os custos reais de períodos anteriores.

Quinta, um sistema de contabilidade de custo padrão, por meio do registro e da análise dasvariações de custos de manufatura, ajuda a focalizar a atenção da administração nestas questões:

1. Os materiais foram comprados a preços acima ou abaixo do padrão?

2. Os materiais foram consumidos em quantidades acima ou abaixo do padrão?

3. A mão-de-obra está sendo paga a taxas acima ou abaixo do padrão?

4. A mão-de-obra está sendo consumida em quantidades acima ou abaixo do padrão?

Finalmente, apesar da discussão neste livro sugerir que as variações são determinadas no fi-nal do mês, a maioria das empresas de manufatura calcula variações semanalmente, ou até dia-riamente, para permitir a tomada de uma medida mais oportuna para corrigir ineficiências ou ti-rar proveito de eficiências. No entanto, as variações para o mês ainda são registradas nas contasno final do mês.

Agora, você deve estar apto a resolver o seguinte: Questões 1-16; Exercícios 8-1 a8-12; Problemas 8-1 a 8-9.

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Capítulo 8 • CONTABILIDADE DE CUSTO PADRÃO — MATERIAIS E MÃO-DE-OBRA • 341

ILUSTRAÇÕES DE CUSTO PADRÃO EM UMA FÁBRICADEPARTAMENTALIZADA

OBJETIVO DE APRENDIZAGEM 7Contabilizar custos padrão em uma fábrica departamentalizada.

O seguinte exemplo demonstra os procedimentos da contabilidade de custo padrão emuma fábrica que tem dois departamentos.

Resumo do Custo PadrãoDepto. A Depto. B Total

Materiais: 5 libras a $ 1,00 por libra . . . . . . . . . $ 51 libra a $ 2,00 por libra . . . . . . . . . . . . . $ 2 $ 7

Mão-de-obra:1 hora a $ 8,00 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 82 horas a $ 10,00 . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20 28

CIF:Por unidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1 2 3

Custos padrão por unidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 14 $ 24 $ 38

Relatório de Produção para o MêsDepto. A Depto. B

Unidades iniciais no processo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Nenhuma NenhumaUnidades acabadas e transferidas . . . . . . . . . . . . . . . . . 2.200 1.800Unidades finais no processo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Nenhuma 400Estágio de completude . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1/2

As unidades passam pelo Departamento A para o Departamento B. Em ambos os departa-mentos, materiais, mão-de-obra e CIF são adicionados uniformemente por todo o processo. Oscustos reais para o mês, como determinado de requisições de materiais, registros da folha de pa-gamento e registros de CIF, estão a seguir:

Depto. A

$ 11.400

16.200

$ 400600

1.200 2.200$ 29.800

Depto. B

$ 3.990

40.590

$ 1.0001.0002.000 4.000

$ 48.580

Total

$ 15.390

56.790

6.200$ 78.380

Materiais diretos:12.000 libras a $ 0,951.900 libras a $ 2,10

Mão-de-obra direta:2.000 horas a $ 8,104.100 horas a $ 9,90

CIF:Materiais indiretosMão-de-obra indiretaOutros itens

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342 • CONTABILIDADE DE CUSTOS

Os custos padrão da produção podem ser determinados por meio dos dados no resumodos custos padrão. Para facilitar a comparação desses números com os custos reais e a determi-nação de variações, pode-se usar um formulário similar ao da Figura 8-3.

Usando os dados da Figura 8-3, as variações específicas para materiais podem ser computa-das da seguinte maneira:

Materiais – Departamento A

Custo real Quantidade real � preço padrão Custo padrão

12.000 libras � $ 0,95 = 12.000 libras � $ 1,00 = $ 12.000 11.000 libras � $ 1,00 =$ 11.400 $ 11.000

Variação do Preço de Materiais Variação da Quantidade de Materiais$ 600 (favorável) $ 1.000 (desfavorável)

Variação Líquida dos Materiais$ 400 (desfavorável)

Materiais – Departamento B

Custo real Quantidade real � preço padrão Custo padrão

1.900 libras � $ 2,10 = 1.900 libras � $ 2,00 = $ 3.800 2.000 libras � $ 2,00 =$ 3.990 $ 4.000

Variação do Preço de Materiais Variação da Quantidade de Materiais$ 190 (desfavorável) $ 200 (favorável)

Variação Líquida dos Materiais$ 10 (favorável)

Foram consumidas 1.000 libras de materiais além do padrão no Departamento A, que, aocusto padrão de $ 1,00, causou uma variação desfavorável de $ 1.000. Se os preços não tivessemmudado, não teria havido nenhuma outra variação. Porém, o preço mudou – 12.000 libras demateriais, a um custo de $ 0,05 abaixo do padrão – o que resultou em uma variação de preço fa-vorável de $ 600. A combinação das variações resultou em uma variação líquida desfavorável nocusto de materiais de $ 400 no Departamento. A.

O Departamento. B consumiu 100 libras de materiais abaixo do padrão. A um custo padrãode $ 2,00 por libra, a variação favorável na quantidade foi de $ 200. Mas essa variação foi parcial-mente compensada pela variação desfavorável de preço criada pelo aumento no custo por uni-dade dos materiais de $ 0,10. Com 1.900 libras sendo consumidas, a variação de preço foi de$ 190 acima do padrão. As duas variações resultaram em uma variação líquida favorável no custode materiais de $ 10 no Departamento B.

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Capítulo 8 • CONTABILIDADE DE CUSTO PADRÃO — MATERIAIS E MÃO-DE-OBRA • 343

O lançamento diário da baixa de materiais diretos e indiretos para a produção e do registrodas variações de materiais fica da seguinte maneira:

D - Produtos em Processo – Depto. A . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11.000D - Produtos em Processo – Depto. B . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4.000D - Variação da Quantidade de Materiais – Depto. A . . . . . . . . 1.000D - Variação do Preço de Materiais – Depto. B . . . . . . . . . . . . . 190D – CIF (Materiais Indiretos) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1.400

C - Variação do Preço de Materiais – Depto. A . . . . . . . . 600C - Variação da Quantidade de Materiais – Depto. B . . . 200C - Materiais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16.790

Observe que as contas para produtos em processo são debitadas pelo custo padrão de mate-riais diretos, a conta de CIF é debitada pelo custo real dos materiais indiretos consumidos, a contade materiais é creditada ao custo real por todos os materiais diretos e indiretos consumidos, e ascontas de variação são debitadas se a variação for desfavorável e creditadas se ela for favorável. (Seessa empresa seguisse a prática de registrar a variação do preço de materiais no momento da com-pra, nenhuma variação de preço seria registrada nesse momento porque a variação do preço decompra de materiais teria sido determinada quando os produtos foram recebidos.)

Com base nos dados da Figura 8-3, as variações específicas para a mão-de-obra podem sercomputadas da seguinte maneira:

Mão-de-obra – Departamento AHoras reais

Custo real trabalhadas � taxa padrão Custo padrão

2.000 horas � $ 0,95 = 2.000 horas � $ 8,00 = $ 16.000 2.200 horas � $ 8,00 =$ 16.200 $ 17.600

Variação da Taxa da Mão-de-obra Variação da Eficiência da Mão-de-obra$ 200 (desfavorável) $ 1.600 (favorável)

Variação Líquida da Mão-de-obra$ 1.400 (favorável)

Mão-de-obra – Departamento BHoras reais

Custo real trabalhadas � taxa padrão Custo padrão

4.100 horas � $ 9,90 = 4.100 horas � $ 10,00 = $ 41.000 4.000 horas � $ 10,00 =$ 40.590 $ 40.000

Variação da Taxa da Mão-de-obra Variação da Eficiência da Mão-de-obra$ 410 (favorável) $ 1.000 (desfavorável)

Variação Líquida da Mão-de-obra$ 590 (desfavorável)

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344 • CONTABILIDADE DE CUSTOS

Figura8-3

Cálculoda

sVa

riações

Dept

o.A

Dept

o.B

Tota

lPr

oduç

ãoEq

uiva

lent

ede

Prod

ução

Equi

vale

nte

de2.200unidades

2.000unidades

Variação

Variação

Variação

Líquida

Líquida

Líquida

Custo

Custo

Favorável

Custo

Custo

Favorável

Custo

Custo

Favorável

Padrão

Real

(Desfavorável)

Padrão

Real

(Desfavorável)

Padrão

Real

(Desfavorável)

Materiais:

11.000

librasa$1,00

$11.000

12.000

librasa$0,95

$11.400

$(400)

2.000librasa$2,00

$4.000

1.900librasa$2,10

$3.990

$(10)

$15.000

$15.390

$(390)

Mão-de-obra:

2.200horasa$

8,00

17.600

2.000horasa$

8,10

16.200

1.400

4.000horasa$10,00

40.000

4.100horasa$

9,90

40.590

(590)

57.600

56.790

810

CIF:

Custopadrão

por

unidade,$1,00

2.200

Custoreal

2.200

—Custopadrão

por

unidade,$2,00

4.000

Custoreal

4.000

—6.200

6.200

Total

$30.800

$29.800

$1.000

$48.000

$48.580

$(580)

$78.800

$78.380

$420

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Capítulo 8 • CONTABILIDADE DE CUSTO PADRÃO — MATERIAIS E MÃO-DE-OBRA • 345

Durante o mês, o Departamento A economizou 200 horas ao trabalhar menos horas doque o número estabelecido como um padrão para o número de unidades produzidas. A um cus-to padrão de $ 8,00 por hora, uma variação favorável de eficiência de $ 1.600 foi obtida. No en-tanto, a taxa média por hora de pagamento foi $ 0,10 acima do padrão e, portanto, também hou-ve uma variação desfavorável da taxa. A empresa pagou $ 0,10 a mais por hora do que a taxapadrão pelas 2.000 horas de trabalho, ou um total de $ 200.

O Departamento B consumiu 100 horas a mais do que o padrão. Portanto, à taxa padrão de$ 10,00, o Departamento teve uma variação desfavorável de eficiência de $ 1.000. Já que a taxareal era $ 0,10 abaixo do padrão, uma variação favorável da taxa de $ 410 foi obtida, determina-da pela multiplicação de 4.100 horas trabalhadas pela taxa diferencial de $ 0,10. (Para os propó-sitos de discussão neste capítulo, nenhuma variação foi mostrada para CIF. Essa variação será dis-cutida no próximo capítulo.)

O lançamento de diário para registrar a mão-de-obra direta e indireta consumida na produ-ção e as variações da mão-de-obra, é o seguinte:

D - Produtos em Processo – Depto. A . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17.600D - Produtos em Processo – Depto. B . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 40.000D - Variação da Taxa da Mão-de-obra – Depto. A . . . . . . . . . . . 200D - Variação da Eficiência da Mão-de-obra – Depto. B . . . . . . . . 1.000D - CIF (Mão-de-obra Indireta) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1.600

C - Variação da Eficiência da Mão-de-obra – Depto. A . . 1.600C - Variação da Taxa da Mão-de-obra – Depto. B . . . . . 410C - Folha de Pagamento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 58.390

Da mesma forma que com os materiais, apenas os custos padrão para a mão-de-obra di-reta são debitados para Produtos em Processo. A conta de CIF é debitada pelo custo real da mão-de-obra indireta consumida, a conta da folha de pagamento é creditada pelo custo real damão-de-obra direta e indireta durante o mês, e as variações são debitadas ou creditadas para ascontas apropriadas.

Durante o mês, e no final do mês, haveria os lançamentos normais nos diários para regis-trar os CIF além de materiais indiretos e mão-de-obra indireta. Esses lançamentos são resumidoscomo a seguir:

D - CIF . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3.200C - Vários créditos (Contas a Pagar, Depreciação

Acumulada, Seguro Pago Antecipadamente) . . . . . . 3.200

O CIF seria aplicado aos produtos em processo pelos seguintes lançamentos:

D – Produtos em Processo – Depto. A(2.200 unidades � $ 1) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2.200

D – Produtos em Processo – Depto. B(2.000 unidades � $ 2) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4.000

C – CIF Aplicados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6.200

Então os lançamentos são feitos para transferir o custo padrão de unidades acabadas no De-partamento A para o Departamento B, e do Departamento B para estoque de produtos acabados.

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D - Produtos em Processo – Depto. B . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30.800C - Produtos em Processo – Depto. A . . . . . . . . . . . . . . 30.800

(2.200 unidades a $ 14)D - Produtos Acabados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 68.400

C - Produtos em Processo – Depto. B . . . . . . . . . . . . . . . 68.400(1.800 unidades a $ 38)

Após a contabilização desses lançamentos, as contas do razão geral refletiriam os dados co-mo mostrados em formato de razonetes. (Observe que a contabilização supõe que lançamentosforam feitos anteriormente para a compra de materiais e para registrar a folha de pagamento.)

Materiais Produtos em Processo – Depto. A

16.790 16.790 11.000 30.80017.6002.200

30.800

Produtos em Processo – Depto. B Produtos Acabados

4.000 68.400 68.4000.0004.00030.80078.800

10.400

Var. de Quant. de Materiais – Depto. A Var. de Quant. de Materiais – Depto. B

1.000 200

Variação de Preços de Materiais – Depto. A Var. de Preços de Materiais – Depto. B

600 190

Var. Eficiência da Mão-de-obra – Depto. A Var. Eficiência da Mão-de-obra – Depto. B

1.600 1.000

Var. da Taxa da Mão-de-obra – Depto. A Var. da Taxa da Mão-de-obra – Depto. B

200 410

Folha de Pagamento CIF – Depto. B

58.390 58.390 1.4001.6003.2006.200

CIF Aplicados

6.200

346 • CONTABILIDADE DE CUSTOS

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Capítulo 8 • CONTABILIDADE DE CUSTO PADRÃO — MATERIAIS E MÃO-DE-OBRA • 347

A conta de produtos em processo para o Departamento A não tem saldo porque todo o tra-balho foi completado e transferido para o Departamento B. A conta de produtos em processopara o Departamento B tem um saldo de $ 10.400 contabilizado como segue:

Custo no Depto. A – 400 unidades a $ 14 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 5.600

Custo no Depto. B – 400 unidades a $ 12 (50% completada) . . . . . . . . . . . . 4.800

$ 10.400

TERMOS-CHAVEAdministração por exceção Variação da eficiência (consumo) daContabilidade de custo padrão mão-de-obraConsumo Variação da quantidade (consumo) dePadrão materiaisPadrão obtenível Variação da taxa (preço) daPadrão de custo de mão-de-obra mão-de-obraPadrão de custo de materiais Variação do preço de materiaisPadrão ideal Variação desfavorávelPreço Variação do preço de compraVariação Variação favorável

PROBLEMA PARA AUTO-AVALIAÇÃO

ANÁLISES DE VARIAÇÕES DE MATERIAIS E MÃO-DE-OBRACOMPANHIA SERRA DO MAR

A Companhia Serra do Mar fabrica um produto e usa um sistema de custo padrão. Ospadrões estabelecidos para materiais e mão-de-obra são os seguintes:

Material A: 3 libras a $ 6 por libra $ 18Mão-de-obra: 4 horas a $ 7,50 por hora $ 30

Agora, você deve estar apto a resolver o seguinte: Questão 17; Exercício 8-13;Problema 8-10. Observe que qualquer material deste capítulo que ainda não foitrabalhado, pode ser trabalhado agora.Agora, você deve estar apto a completar asseguintes questões: Questões 1-14; Exercícios 1-1 e 1-2; Problema 1-1.

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Os dados operacionais para o mês de maio são os seguintes:Produtos em Processo, 1 de maio: 200 unidades, todos os materiais, 20%

completadas quanto à mão-de-obra.Produtos em Processo, 31 de maio: 600 unidades, todos os materiais,

80% completadas quanto à mão-de-obra.Completadas durante o mês: 6.400 unidades.Todos os materiais foram adicionados no início de processo no departamento.

20.900 libras de materiais foram usados na produção durante o mês, a um custo totalde $ 123.310. A mão-de-obra direta totalizou $ 208.670, a uma taxa de $ 7,70 porhora.

Pede-se:Usando o método PEPS de custo, calcule as seguintes variações:1. Variação da quantidade de materiais2. Variação do preço de materiais3. Variação da eficiência da mão-de-obra4. Variação da taxa da mão-de-obra

SOLUÇÃO PARA A DEMONSTRAÇÃO DO PROBLEMA

As especificações no problema realçam os seguintes fatos:

Além dos procedimentos normais usados para resolver problemas de custo padrão, tambémé preciso calcular a produção equivalente (PEPS). A produção equivalente determinada pelo méto-do PEPS será usada para calcular os materiais padrão e a mão-de-obra padrão permitidos. Duasvariações (preço e quantidade) precisam ser determinadas para os materiais, e duas variações(taxa e eficiência) precisam ser determinadas para a mão-de-obra.

Calculando a produção equivalente para materiais e mão-de-obra usando o método PEPS:

UnidadesMateriais:

Produtos em processo, 1 de maio: 200 unidades(todos os materiais adicionados no último período) . . . . . . . . . . -0-

Unidades iniciadas e acabadas durante maio (6.400 – 200) . . . . . 6.200Produtos em processo, 31 de maio: 600 unidades(todos os materiais adicionados) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 600

Total da produção equivalente – materiais . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6.800Mão-de-obra:

Produtos em processo, 1 de maio: 200 unidades(80% da mão-de-obra necessária) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 160

Unidades iniciadas e acabadas durante maio . . . . . . . . . . . . . . . . 6.200Produtos em processo, 31 de maio: 600 unidades(80% da mão-de-obra adicionada) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 480

Total da produção equivalente – mão-de-obra . . . . . . . . . . . . . . . . 6.840

348 • CONTABILIDADE DE CUSTOS

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Determinando as variações de materiais e mão-de-obra:

Variações de MateriaisUnidades equivalentes �

Peso real � preço peso por unidade xCusto real padrão preço padrão

20.900 libras � $ 5,90* = 20.900 libras � $ 6,00 = 6.800 unidades � 3 libras �

$ 123.310 $ 125.400 $ 6,00 = $ 122.400

Variação do Preço de Materiais Variação da Quantidade de Materiais$ 2.090 (favorável) $ 3.000 (desfavorável)

Variação Líquida de Materiais$ 910 (desfavorável)

*$ 123.310/20.900 = $ 5,90 por libra

Variações de Mão-de-obraUnidades equivalentes �

Horas reais trabalhadas horas padrão por unidade �

Custo real � taxa padrão taxa padrão

27.100 horas � $ 4,70 = 27.100 horas � $ 4,50 = 6.840 unidades � 4 horas$ 127.370 $ 121.950 � $ 4,50 = $ 123.120

Variação da Taxa de Mão-de-obra Variação da Eficiência da Mão-de-obra$ 5.420 (desfavorável) $ 1.170 (favorável)

Variação Líquida da Mão-de-obra$ 4.250 (desfavorável)

(Nota: O Problema 8-7 é semelhante a este problema.)

QUESTÕES

1. Qual é a função e quais são os objetivosda contabilidade de custo padrão?

2. Qual é a diferença entre o custo padrão eo custo real da produção?

3. O que é um “padrão”?

4. Quais são os procedimentos específicosnos quais um sistema de contabilidade decusto padrão é baseado?

5. Como são determinados os padrões paraos custos de materiais e mão-de-obra?

6. O que é uma “variação”?

7. Quando é que as variações são normal-mente registradas nos diários?

8. Como as variações de preço e quantidadese relacionam com os custos de materiais?

Capítulo 8 • CONTABILIDADE DE CUSTO PADRÃO — MATERIAIS E MÃO-DE-OBRA • 349

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350 • CONTABILIDADE DE CUSTOS

9. Como as variações de taxa e eficiência serelacionam com os custos da mão-de-obra?

10. Uma variação favorável é “boa” e umavariação desfavorável é “ruim”? Explique.

11. Os custos reais ou os custos padrão sãodebitados para Produtos em Processo?

12. Quando uma empresa usa um sistema decontabilidade de custo padrão, as contasde estoque – Produtos Acabados, Produtosem Processo, e Materiais – são valo-rizadas pelo custo real ou pelo custopadrão?

13. Quais são os dois fatores que precisam serconsiderados ao desdobrar de uma va-riação em seus componentes? Explique.

14. O que pode causar as seguintes varia-ções?a. Uma variação desfavorável do preçode materiais.b. Uma variação favorável do preço demateriais.c. Uma variação desfavorável da quanti-dade de materiais.

d. Uma variação favorável da quantidadede materiais.e. Uma variação desfavorável da taxa damão-de-obra.f. Uma variação favorável da taxa damão-de-obra.g. Uma variação desfavorável da eficiên-cia da mão-de-obra.h. Uma variação favorável da eficiênciada mão-de-obra.

15. É possível uma variação de um tipo sercompensada parcial ou completamentepor outra variação? Explique.

16. Se, em dado período, o total do custo realde todos os materiais consumidos for exa-tamente o mesmo que o custo padrão, deforma que nenhuma variação líquida re-sulte, os dados ainda devem ser analisa-dos mais detalhadamente? Explique.

17. Por qual montante é feito o lançamentopara transferir o custo de produtos acaba-dos do primeiro departamento para umdepartamento subseqüente em um sistemade custo padrão?

EXERCÍCIOS

E 8-1 a E 8-5 usam os seguintes dados:A capacidade operacional padrão da Companhia de Manufatura Última é de 1.000

unidades. Um estudo detalhado dos dados de manufatura relacionados à produção de um pro-duto revelaram o seguinte:

1. Duas libras de material são necessárias para produzir uma unidade.

2. O custo padrão por unidade de materiais é de $ 8 por libra.

3. Leva uma hora de mão-de-obra para produzir uma unidade.

4. A taxa padrão para mão-de-obra é de $ 10 por hora.

5. O CIF padrão para esse volume totaliza $ 4.000.

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Capítulo 8 • CONTABILIDADE DE CUSTO PADRÃO — MATERIAIS E MÃO-DE-OBRA • 351

Para cada caso do E 8-1 ao E 8-5 pede-se o seguinte:

a. Estabeleça um resumo de custo padrão mostrando o custo padrão por unidade.

b. Analise as variações e faça lançamentos de diário para registrar a transferência paraProdutos em Processo de:(1) custos de materiais(2) custos de mão-de-obra(3) CIF

Quando fizer esses lançamentos, indique os tipos de variações e diga se cada variação é fa-vorável ou desfavorável.

c. Prepare os lançamentos de diário para registrar a transferência de custos para a contade produtos acabados.

E 8-1 Custo padrão por unidade; análise de variações; lançamentos de diárioObjetivos 2, 3, 4

1.000 unidades foram iniciadas e acabadas.

Caso 1. Todos os preços e quantidades para os elementos de custo são padrões, exceto ocusto de materiais, que é de $ 7,70 por libra.

Caso 2. Todos os preços e quantidades para os elementos de custo são padrões, excetoque foram consumidas 2.100 libras de materiais.

E 8-2 Custo unitário padrão; análise de variações; lançamentos de diárioObjetivos 2, 3, 4

1.000 unidades foram iniciadas e acabadas.

Caso 1. Todos os preços e quantidades são padrões, exceto pela taxa da mão-de-obra,que é de $ 10,20 por hora.

Caso 2. Todos os preços e quantidades são padrões, com exceção das horas de mão-de-obra, que totalizaram 900.

E 8-3 Computando o custo unitário padrão; análise de variações; lançamentos dediário

Objetivos 2, 3, 4

Todos os desvios listados em E 8-1 e E 8-2 ocorreram, e 1.000 unidades foram iniciadas eacabadas. (Observe que as quantidades consumidas afetarão a taxa de variações para ambos,materiais e mão-de-obra.)

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352 • CONTABILIDADE DE CUSTOS

E 8-4 Custo unitário padrão; análise de variações; lançamentos de diárioObjetivos 2, 3, 4

Todos os desvios listados em E8-1 e E8-2 ocorreram e 950 unidades foram iniciadas eacabadas.

E 8-5 Custo unitário padrão; análise de variações; lançamentos de diárioObjetivos 2, 3, 4

Todos os desvios listados em E8-1 e E8-2 ocorreram e 1.050 unidades foram iniciadas eacabadas.

E 8-6 Computando variações de materiaisObjetivo 3

A Companhia Calendário Panorâmico é especializada em fabricar calendários que retratamcenas da natureza do mundo todo. A empresa usa um sistema de custo padrão para controlar osseus custos. Durante um mês de operações, o custo de materiais diretos e as quantidades de papelconsumido mostraram o seguinte:

Preço real de compra . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 0,165 por páginaQuantidade padrão permitida para a produção . . . . . . . . 170.000 páginasQuantidade real comprada durante o mês . . . . . . . . . . . . 200.000 páginasQuantidade real consumida durante o mês . . . . . . . . . . . 185.000 páginasPreço padrão por página . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 0,17 por página

Calcule o seguinte:1. Custo total de compras para o mês2. Variação do preço de material3. Variação da quantidade de material4. Variação líquida para materiais (Nota: Use o diagrama no formato mostrado na Figura8-1 para computar as variações.)

E 8-7 Computando variações de mão-de-obraObjetivo 3

A Companhia Portão Eletrônico fabrica portões de garagem para residências. A quantidadepadrão de mão-de-obra direta para fabricar um portão é de 4,5 horas. O salário padrão por ho-ra neste departamento é de $ 12,50 por hora. Durante o mês de agosto, 6.100 portões foramproduzidos. Os registros da folha de pagamento indicam que 31.110 horas foram trabalhadas aum custo total para a folha de pagamento de $ 405.985,50.

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Capítulo 8 • CONTABILIDADE DE CUSTO PADRÃO — MATERIAIS E MÃO-DE-OBRA • 353

Calcule o seguinte:1. Variação da taxa de mão-de-obra2. Variação da eficiência da mão-de-obra3. Variação líquida da mão-de-obra (Nota: Use o formato de diagrama mostrado na Figura8-1 para computar as variações.)

E 8-8 Resumo do custo padrão; variações do custo de materiais de mão-de-obraObjetivos 2, 3

Uma planta de manufatura produz uma média de 10.000 unidades por mês. Os padrões dafábrica são de 20.000 horas de mão-de-obra direta, e 10.000 libras de materiais, para este volu-me. O custo padrão da mão-de-obra direta é de $ 9,00 por hora, e o custo padrão para materiaisé de $ 4,00 por libra. O padrão para CIF, neste nível de produção, é de $ 10.000.

Durante o corrente mês, os relatórios de produção e de custos refletiram as seguintes infor-mações:

Unidades iniciais em processo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . NenhumaUnidades acabadas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9.500Unidades em processo, final do mês . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . NenhumaHoras de mão-de-obra direta trabalhadas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20.000Libras de materiais consumidos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9.400Custo da mão-de-obra direta . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 178.000Custo de materiais consumidos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 39.480

Baseado nas informações acima:1. Prepare um resumo do custo padrão2. Calcule as variações dos custos de materiais e da mão-de-obra, e indique se estas são fa-voráveis, ou desfavoráveis, usando as fórmulas na Figura 8-1.

E 8-9 Computando variações da mão-de-obraObjetivo 3

Preencha os valores que estão faltando para cada um dos seguintes casos independentes:Caso 1 Caso 2

Unidades produzidas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1.200 ?Horas padrão por unidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2 0,6Horas padrão permitidas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ? 1.200Taxa padrão por hora . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 5 ?Horas reais usadas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2.460 1.160Custo real da mão-de-obra . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ? ?Variação da taxa da mão-de-obra . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 123 D $ 290 DVariação da eficiência da mão-de-obra . . . . . . . . . . . . . . . . ? $ 80 F

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354 • CONTABILIDADE DE CUSTOS

E 8-10 Preparando um resumo do custo padrão e fazendo lançamentos de diárioObjetivos 2, 3, 4

A capacidade normal de uma planta de manufatura é 40.000 horas de mão-de-obra diretae 20.000 unidades por mês. Uma unidade acabada requer 6 libras de materiais a um custo esti-mado de $ 2 por libra. O custo estimado de mão-de-obra é $ 10,00 por hora. A planta estimaque os CIF para o mês sejam $ 40.000.

Durante o mês de março, a planta totalizou 34.800 horas de mão-de-obra direta, a umataxa média de $ 9,50 por hora. A fábrica produziu 18.000 unidades, usando 105.000 libras demateriais a um custo de $ 2,04 por libra.

1. Prepare um resumo do custo padrão mostrando o custo unitário padrão.2. Faça lançamentos de diário para debitar materiais e mão-de-obra em Produtos em Proces-so. Indique as variações como favoráveis ou desfavoráveis.

E 8-11 Fazendo lançamentos de diárioObjetivos 3, 4

Suponha que, durante o mês de abril, o relatório de produção da empresa no E8-10 reve-lasse as seguintes informações:

Unidades produzidas durante o mês . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21.000Horas de mão-de-obra direta para o mês . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 41.000Materiais consumidos em libras . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 130.000Taxa por hora da mão-de-obra . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 10,04Custo de materiais por libra . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 1,98

Faça os lançamentos de diário para debitar materiais e mão-de-obra para Produtos emProcesso. Indique as variações como favoráveis ou desfavoráveis. (Lembre-se de buscar os custospadrão do E8-10 antes de resolver este exercício.)

E 8-12 Usando análise de variações e interpretaçãoObjetivos 3, 5

No ano anterior, a Companhia Junção adotou um sistema de custo padrão. Os padrõespara a mão-de-obra foram estabelecidos na base dos estudos de tempo e taxas de saláriosprevalecentes. Os materiais padrão foram determinados das especificações de materiais e dospreços destes em vigor.

No dia 30 de junho, final do corrente ano fiscal, um balancete de verificação parcial reve-lou o seguinte:

Débito CréditoVariação do Preço de Materiais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25.000Variação da Quantidade de Materiais . . . . . . . . . . . . . . . . . 9.000Variação da Taxa da Mão-de-obra . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30.000Variação da Eficiência da Mão-de-obra . . . . . . . . . . . . . . . . 7.500

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Capítulo 8 • CONTABILIDADE DE CUSTO PADRÃO — MATERIAIS E MÃO-DE-OBRA • 355

Os padrões estabelecidos no início do ano permanecem inalterados. Todos os estoques sãoprecificados a custo padrão. Que conclusões podem ser tiradas de cada uma das quatro varia-ções mostradas no balancete de verificação da Companhia Junção?

E 8-13 Contabilizando custos padrão em dois departamentosObjetivo 7

A Manufatura Capixaba Ltda. tem dois departamentos, Mistura e Fusão. Quando os produ-tos são acabados no departamento de Mistura, são transferidos para o departamento de Fusão edepois para o almoxarifado de produtos acabados. Não havia produtos em processo inicial ou fi-nal em nenhum dos dois departamentos. Listadas abaixo temos as informações a serem utilizadasna preparação dos lançamentos de diário no final do mês de outubro:

Custo padrão de materiais diretos para a produção real – Mistura . . . . . $ 185.000Custo real de materiais diretos consumidos na produção – Mistura . . . . . 193.000Variação do preço de materiais – Mistura . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10.000 DVariação da quantidade de materiais – Mistura . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2.000 FCusto padrão de materiais diretos para a produção real – Fusão . . . . . . . 130.000Custo real de materiais diretos consumidos na produção – Fusão . . . . . . . 124.000Variação do preço de materiais – Fusão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4.000 FVariação da quantidade de materiais – Fusão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2.000 FCusto padrão da mão-de-obra direta para a produção real – Mistura . . . 110.000Custo real da mão-de-obra direta consumida na produção real – Mistura . 117.000Variação da taxa da mão-de-obra – Mistura . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10.000 DVariação da eficiência da mão-de-obra – Mistura . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3.000 FCusto padrão da mão-de-obra direta para a produção real – Fusão . . . . . 95.000Custo real da mão-de-obra direta consumida na produção real – Fusão . . 80.000Variação da taxa da mão-de-obra – Fusão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8.000 FVariação da eficiência da mão-de-obra – Fusão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7.000 FCIF reais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 145.000CIF aplicados – Mistura . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 85.000CIF aplicados – Fusão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 70.000

Prepare lança.mentos de diário para os seguintes itens:

1. A baixa de materiais diretos para a produção e o registro das variações dos materiais.2. O consumo da mão-de-obra direta na produção e o registro das variações da mão-de-obra.

3. Os lançamentos para registrar os CIF reais e aplicados.4. Os lançamentos para transferir os custos de produção do departamento de Mistura parao departamento de Fusão, e do departamento de Fusão para produtos acabados.

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356 • CONTABILIDADE DE CUSTOS

PROBLEMAS

P 8-1 Variações de materiais e de mão-de-obraObjetivo 3

Uma empresa de inspeção residencial é especializada em determinar se os canos de um pré-dio ou de uma casa estão corretamente conectados ao sistema de esgoto da cidade. A empresadespeja um produto químico colorido nos canos e colhe uma amostra de inspeção de cada saída,e essa amostra é então analisada. Cada serviço deve levar 15 horas para cada um dos 4 ins-petores, que são pagos a $ 18 por hora. Cada serviço usa 5 galões de Prove (um produto quími-co colorido), que custa $ 25 por galão. Os dados do serviço mais recente da empresa (um prédio)mostram o seguinte:

5 homens trabalharam um total de 80 horas e foram pagos a$ 20 por hora . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 1.600,004,5 galões de Prove foram consumidos e custaram $ 27,50 por galão . . . 123,75Custo total do serviço . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 1.723,75

Pede-se:1. Compute as variações de preço e de quantidade de materiais.2. Compute as variações de taxa e eficiência da mão-de-obra.

P 8-2 Análises das variações de materiais e de mão-de-obraObjetivo 3

A Aceleração Ltda. fabrica um aditivo para o combustível chamado Energia, que tem umpreço de venda estável de $ 44 por tambor. A empresa tem produzido e vendido 80.000 tam-bores por mês.

Junto com o exame das demonstrações financeiras da Aceleração para o ano encerrado em30 de setembro, a gestão pediu a você para rever alguns cálculos feitos pelo contador de custosda Aceleração. Seus papéis de trabalho revelam o seguinte sobre as operações da empresa:

Custos padrão por tambor de produto manufaturado:Materiais:

8 galões de Energia a $ 2 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 161 tambor vazio . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1 $ 17

Mão-de-obra direta – 1 hora . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 8CIF . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 6Custos e despesas durante o mês de setembro:Energia: 600.000 galões comprados a um custo de $ 1.140.000; 645.000 galões con-

sumidosTambores vazios: 94.000 comprados a um custo de $ 94.000; 80.000 consumidosMão-de-obra direta: 81.000 horas trabalhadas a um custo de $ 654.480CIF: $ 768.000

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Pede-se:Calcule as seguintes variações para o mês de setembro:1. Variação da quantidade de materiais2. Variação do preço de materiais (determinado no momento da compra)3. Variação da eficiência da mão-de-obra4. Variação da taxa de mão-de-obra

P 8-3 Cálculo das variações de materiais e da mão-de-obraObjetivo 3

A Corporação Opus fabrica e vende um único produto. A empresa usa um sistema de custopadrão. O custo padrão por unidade do produto é como a seguir:

Materiais – uma libra de plástico a $ 3,00 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 3,00Mão-de-obra direta – 1,6 horas a $ 10,00 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16,00CIF . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4,45Total . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 23,45

Seguem os débitos para o departamento de manufatura para o mês de novembro, quando5.000 unidades foram produzidas:

Materiais – 5.300 libras a $ 3,00 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 15.900Mão-de-obra direta – 8.200 horas a $ 9,80 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 80.360CIF . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23.815Total . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 120.075

Normalmente, o departamento de compras compra aproximadamente a mesma quantidadeque é consumida na produção durante o mês. Em novembro, 5.200 libras foram compradas a umpreço de $ 2,90 por libra.

Pede-se:Calcule as seguintes variações dos custos padrão para os dados:1. Quantidade de materiais2. Preço de materiais (no momento da compra)3. Eficiência da mão-de-obra4. Taxa da mão-de-obra

P 8-4 Análise das variações de materiais e de mão-de-obraObjetivo 3

A Companhia de Manufatura Júpiter usa um sistema de custo padrão na contabilidade paraos custos de produção de seu único produto, o Produto A. Os padrões para a produção de umaunidade do Produto A estão a seguir:

Materiais diretos: 10 pés de Prolax a $ 0,75 por pé, e 3 pés de Laxpro a $ 1,00 por pé.

Capítulo 8 • CONTABILIDADE DE CUSTO PADRÃO — MATERIAIS E MÃO-DE-OBRA • 357

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358 • CONTABILIDADE DE CUSTOS

Mão-de-obra direta: 4 horas a $ 8,00 por horaCIF: aplicados a 150% dos custos padrão de mão-de-obra direta

Não havia estoque inicial no dia 1 de julho. A seguir está um resumo dos custos e dadosrelacionados para a produção do Produto A durante o ano seguinte, encerrado em 30 de junho:

100.000 pés de Prolax foram comprados a $ 0,78 por pé.30.000 pés de Laxpro foram comprados a $ 0,90 por pé.8.000 unidades do Produto A foram produzidas, que requereram 78.000 pés de Prolax,26.000 pés de Laxpro e 31.000 horas de mão-de-obra direta a $ 8,20 por hora.6.000 unidades do Produto A foram vendidas.

Em 30 de junho, havia 22.000 pés de Prolax, 4.000 pés de Laxpro, e 2.000 unidades com-pletadas do Produto A em estoque. Todas as compras e transferências são debitadas pelo padrão.

Pede-se:Calcule o seguinte:1. Variação da quantidade de materiais para Prolax.2. Variação da quantidade de materiais para Laxpro.3. Variação do preço de materiais para Prolax (registrada na compra).4. Variação do preço de materiais para Laxpro (registrada na compra).5. Variação da eficiência da mão-de-obra.6. Variação da taxa da mão-de-obra.

P 8-5 Variações de materiais e mão-de-obraObjetivo 3

A Companhia Charles usa um custo padrão para contabilizar o seu único produto. Ospadrões estabelecidos para o produto incluem o seguinte:

Materiais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8 libras a $ 0,05 por libraMão-de-obra . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6 horas a $ 5,60 por hora

Os seguintes dados operacionais vieram dos registros para o mês:

Em processo, estoque inicial, nenhuma.Em processo, estoque final, 800 unidades, 80% completadas quanto a mão-de-obra; ma-terais são baixados no início do processo.Completadas durante o mês, 5.600 unidades.

Materiais baixados para a produção: 51.680 libras a $ 0,045 por libraMão-de-obra direta: $ 215.840 a uma taxa de $ 5,68 por hora.

Pede-se:Calcule as seguintes variações:1. Preço de materiais2. Quantidade de materiais

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Capítulo 8 • CONTABILIDADE DE CUSTO PADRÃO — MATERIAIS E MÃO-DE-OBRA • 359

3. Variação líquida de materiais4. Taxa da mão-de-obra5. Eficiência da mão-de-obra6. Variação líquida da mão-de-obra

(Dica: Antes de determinar a quantidade padrão para materiais e mão-de-obra, primeirovocê deve computar as unidades equivalentes para materiais e mão-de-obra.)

P 8-6 Análise das variações de materiais e da mão-de-obraObjetivo 3

A Companhia Produtos Residenciais fabrica uma variedade de produtos feitos de compo-nentes de plástico e alumínio. Durante os meses de inverno, basicamente toda a capacidade deprodução é devotada para a produção de irrigadores de gramado para as próximas estaçõesde primavera e verão. Outros produtos são fabricados durante o restante do ano.

A empresa desenvolveu custos padrão para os seus diversos produtos. Os custos padrãopara cada ano são estabelecidos no mês de outubro anterior. O custo padrão para um irrigadorpara o ano corrente é de $ 3,70, computado da seguinte maneira:

Materiais diretos:Alumínio – 0,2 libras a $ 0,40 por libra . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 0,08Plástico – 1,0 libra a $ 0,38 por libra . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 0,38

Mão-de-obra da produção – 0,3 horas a $ 8,00 por hora . . . . . . . . . . . . . 2,40CIF . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 0,84Total . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 3,70

Durante o mês de fevereiro, a Produtos Residenciais fabricou 8.500 irrigadores bons. A em-presa incorreu os seguintes custos, que são debitados para a produção:

Materiais requisitados para a produção:Alumínio – 1.900 libras a $ 0,40 por libra . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 760Plástico – Qualidade normal – 6.000 libras a $ 0,38 por libra . . . . . . . . . 2.280

Qualidade baixa – 3.500 libras a $ 0,38 por libra . . . . . . . . . . . . 1.330Mão-de-obra da produção – 2.700 horas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23.220

CIF . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7.140Custos cobrados para a produção . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 34.730

As variações do preço de materiais não são determinadas pelo consumo, mas são debitadaspara a conta de variação do preço de materiais no momento em que a fatura é lançada. Todos osmateriais são mantidos em estoque nos preços padrão. As compras de materiais para fevereiroforam as seguintes:

Alumínio – 1.800 libras a $ 0,48 por libra . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 864Plástico – Qualidade normal – 3.000 libras a $ 0,50 por libra . . . . . . . . . 1.500

Qualidade baixa* – 6.000 libras a $ 0,29 por libra . . . . . . . . . . . 1.740

*Devido a faltas de plástico, a empresa foi forçada a comprar um plástico de qualidade inferior à exigida pelos padrões.Isso aumentou o número de irrigadores refugados na inspeção.

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360 • CONTABILIDADE DE CUSTOS

Pede-se:Calcule as variações de preço e de consumo para cada tipo de material e mão-de-obra.

P 8-7 Análises das variações de materiais e da mão-de-obra.Semelhante ao problema de auto-avaliação.Objetivos 3, 5

Abaixo está o resumo do custo padrão da Companhia de Manufatura Costa, junto com osdados de custos e de produção para o período.

Resumo do Custo PadrãoMateriais:

2 galões de A a $ 2,00 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 4,002 galões de B a $ 3,00 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6,00 $ 10,00

Mão-de-obra:1 hora a $ 12,00 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12,00

CIF:$ 1,00 por hora de mão-de-obra direta . . . . . . . . . . . 1,00

Total do custo unitário padrão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 23,00

Resumo de Custos e ProduçãoUnidades completadas durante o mês . . . . . . . . . . . . . . . . . 9.000Unidades em processo final (25% completadas) . . . . . . . . . . 2.000Galões de material A consumido . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21.000Galões de material B consumido . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20.000Horas de mão-de-obra direta trabalhadas . . . . . . . . . . . . . . . 10.000Custo do material A consumido . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 41.160Custo do material B consumido . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 60.000Custo da mão-de-obra direta . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 117.000

Um galão de cada material, A e B, é adicionado no início do processo. O restante dos ma-teriais é adicionado quando o processo está dois terços completado. A mão-de-obra e os CIF sãoadicionados uniformemente durante o processo.

Pede-se:1. Calcule a produção equivalente. (Esteja certo de se referir ao resumo do custo padrãopara ajudar a determinar o percentual de materiais em produtos em processo final.)

2. Calcule as variações de materiais e mão-de-obra, e indique se são favoráveis ou desfa-voráveis, usando as fórmulas mostradas na Figura 8-1.

3. Determine o custo de materiais e mão-de-obra na conta de produtos em processo no finaldo mês.

4. Prove que todos os custos de materiais e mão-de-obra foram contabilizados. (Dica: Nãose esqueça das variações líquidas na reconciliação dos custos considerados com os cus-tos a serem contabilizados.)

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Capítulo 8 • CONTABILIDADE DE CUSTO PADRÃO — MATERIAIS E MÃO-DE-OBRA • 361

P 8-8 Lançamentos de diário para as variações de materiais e mão-de-obraObjetivo 4

A Empresa Lindo-Mar estabeleceu o seguinte custo padrão por unidade:Materiais – 6 libras a $ 2 por libra . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 12Mão-de-obra – 2 horas a $ 6,00 por hora . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12

Embora 10.000 unidades tenham sido orçadas, apenas 8.800 unidades foram produzidas.O departamento de compras comprou 55.000 libras de materiais a um custo de $ 123.750.

Foram consumidas 54.305 libras de materiais reais. O custo da mão-de-obra direta foi de$ 127.400 para as 18.200 horas trabalhadas.

Pede-se:1. Faça lançamentos de diário para registrar as transações de materiais, supondo que asvariações de preços de materiais ocorreram no momento da compra.

2. Faça lançamentos de diário para registrar as variações de mão-de-obra.

P 8-9 Alocação das variaçõesObjetivos 4, 5

A Companhia de Manufatura Mirna usa um sistema de custo padrão que registra matérias-primas ao custo real, registra as variações de preços de materiais no momento em que asmatérias-primas são baixadas para produtos em processo e rateia todas as variações ao final doano. As variações associadas com os materiais diretos são rateadas com base nos saldos de ma-teriais diretos nas contas apropriadas, e as variações associadas com a mão-de-obra direta sãorateadas com base nos saldos de mão-de-obra direta nas contas apropriadas. As seguintes infor-mações estão disponíveis para a Mirna para o ano encerrado em 31 de dezembro:

Estoque de matérias-primas em 31 de dezembro . . . . . . . . . . . . . . . . . . .$ 65.000Estoques de produtos acabados em 31 de dezembro:

Materiais diretos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 87.000Mão-de-obra direta . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 130.500CIF aplicados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 104.400

Custo dos produtos vendidos para o ano encerrado em 31 de dezembro:Materiais diretos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 348.000Mão-de-obra direta . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 739.500CIF aplicados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 591.600

Variação da quantidade de materiais (favorável) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15.000Variação do preço de materiais (desfavorável) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10.000Variação da eficiência da mão-de-obra (favorável) . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5.000Variação da taxa da mão-de-obra (desfavorável) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20.000CIF aplicados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 696.000

Não havia estoque inicial, e nenhum estoque final de produtos em processo.

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362 • CONTABILIDADE DE CUSTOS

Pede-se:

Calcule o seguinte:

1. O montante de variação de preço de materiais a ser rateada para o estoque de produtosacabados em 31 de dezembro. (Dica: Primeiro, você deve determinar o quociente de cus-tos de materiais diretos no estoque final de produtos acabados.)

2. O montante total de custos de materiais diretos no estoque de produtos acabados em 31de dezembro, após todas as variações terem sido rateadas.

3. O montante total do custo de mão-de-obra direta no estoque de produtos acabados em 31de dezembro, após todas as variações terem sido rateadas.

4. O total do custo de produtos vendidos para o ano encerrado em 31 de dezembro, apóstodas as variações terem sido rateadas.

P 8-10 Análise de variações, lançamentos de diário, outras análises paradepartamentos múltiplosObjetivos 3, 4, 5, 7

Dados sobre custos e produção para a Companhia de Produtos Sinergia estão apresentadosa seguir:

Resumo do Custo de Produção

Depto. 1 Depto. 2 TotalMateriais:

4 libras a $ 0,50 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 21 galão a $ 1,00 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 1 $ 3

Mão-de-obra:1 hora a $ 8,00 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 81 hora a $ 10,00 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10 18

CIF:Por unidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1 2 3

$ 11 $ 13 $ 24

Relatório de Produção

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Depto. 1 Depto. 2Unidades iniciais em processo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Nenhuma NenhumaUnidades acabadas e transferidas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6.000 5.000Unidades finais em processo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2.000 1.000Estágio de completude . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1/2 1/2

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Dados de Custos

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Depto. 1 Depto. 2Materiais diretos:

30.000 libras a $ 0,52 . . . . . . . . . $ 15.6005.500 galões a $ 0,95 . . . . . . . . . $ 5.225

Mão-de-obra direta:6.800 horas a $ 8,00 . . . . . . . . . . 54.4005.600 horas a $ 10,20 . . . . . . . . . 57.120

CIF:Materiais indiretos . . . . . . . . . . . . $ 500 $ 1.000Mão-de-obra indireta . . . . . . . . . . . 2.000 5.000Outros . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4.500 7.000 5.000 11.000

Pede-se:

1. Calcule as variações líquidas para materiais, mão-de-obra e CIF.2. Calcule as variações de especificações para materiais e mão-de-obra por departamento.3. Faça todos os lançamentos de diário para registrar os custos de produção em Produtos emProcesso e Produtos Acabados.

4. Prove os saldos de Produtos em Processo para ambos os departamentos.5. Prove que todos os custos foram considerados. Nota: Suponha que materiais, mão-de-obra e CIF são adicionados uniformemente durante o processo.

6. Suponha que 4.000 unidades foram vendidas a $ 40 cada uma.a. Calcule a margem bruta baseado no custo padrão. (Dica: Lembre-se de que MargemBruta = Vendas – Custo de Produtos Vendidos.)

b. Calcule a margem bruta com base no custo real.

Capítulo 8 • CONTABILIDADE DE CUSTO PADRÃO — MATERIAIS E MÃO-DE-OBRA • 363

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Um sistema de custo padrão é um bom procedimento de controle porque fornece um mé-todo de comparação de dados essencial para um planejamento e controle precisos. Alémdisso, o estudo de alterações de volume é um fator importante no controle de custos in-

diretos de fabricação porque certos custos variam com alterações em atividade, enquanto outroscustos não variam.

Para determinar os padrões apropriados para a comparação de custos predeterminadoscom custos reais em níveis diferentes de atividade, os CIF precisam ser acumulados de maneira

OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM

Após estudar este capítulo, você deverá estar apto a:

� Explicar os princípios gerais envolvidos no processo orçamentário.� Reconhecer os tipos diferentes de orçamentos preparados por empresas.� Explicar os procedimentos apropriados para determinar os montantes de CIF padrãoem níveis diferentes de produção.

� Reconhecer a diferença entre CIF reais e aplicados.�Computar a variação controlável e a variação de volume para o método de análise deduas variações.

�Computar as variações de dispêndio, eficiência, orçamento e volume para o métodode análise de quatro variações.

�Computar as variações de orçamento, capacidade e eficiência pelo método de análisede três variações.

Orçamentos e Contabilidadede Custo Padrão para Custos Indiretosde Fabricação

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Capítulo 9 • ORÇAMENTOS E CONTABILIDADE DE CUSTO PADRÃO PARA CUSTOS INDIRETOS DE FABRICAÇÃO • 365

que permitam o relacionamento de custo com o volume de atividade a ser prontamente deter-minada. Portanto, além de serem classificados por função, os custos precisam ainda mais serclassificados quanto ao comportamento quando uma atividade associada mudar. O comporta-mento de custos é determinado através do processo de distinguir se um custo permanece fixoou se varia com a mudança que ocorre nas atividades.

Os CIF são agrupados primeiro por departamento e depois por comportamento, fixo ouvariável. Posteriormente, os CIF são ainda mais reduzidos, para uma base de custo predetermi-nado ou padrão para cada unidade de produto – unidades de produto, por hora de mão-de-obradireta, por horas-máquina ou por unidade monetária de custo de mão-de-obra direta. Já que ocusto por unidade de CIF aumentará com a diminuição de volume, ou atividade, e vice-versa, ocontrole dos custos de CIF pode ser melhor estabelecido usando um orçamento flexível ou ajus-tável. O desenvolvimento e o uso de orçamentos flexíveis facilitam um controle mais eficaz decustos e um melhor planejamento administrativo.

PRINCÍPIOS ORÇAMENTÁRIOS

OBJETIVO DE APRENDIZAGEM 1Explicar os princípios gerais envolvidos no processo orçamentário.

A maioria das empresas bem-sucedidas de hoje em dia usam orçamentos operacionais pa-ra ajudá-las em seus constantes esforços para analisar e controlar as operações, manter os custosem linha e reduzir despesas. Um orçamento é um dispositivo de planejamento que ajuda umaempresa a estabelecer metas e que serve como um indicador contra o qual resultados reais po-dem ser medidos. Muitos chefes de família estão familiarizados com os aspectos básicos de orça-mentos com os quais fazem uma estimativa de sua renda para o próximo ano, determinam quaisserão as despesas de vida e depois, dependendo dos números, reduzem despesas desnecessá-rias, estabelecem um plano de poupança ou, possivelmente, determinam maneiras adicionaispara suplementar a sua renda. Durante o ano, eles comparam o seu orçamento com a sua rendae despesas reais para ter certeza de que as despesas não excedem a renda, assim causando difi-culdades financeiras. O Exemplo do Mundo Real discute as dificuldades encontradas em elabo-rar um orçamento do lar e depois examina os problemas orçamentários para a universidade.

A elaboração de orçamentos em empresas e setores é um método formal de planejamentofinanceiro detalhado. Engloba a coordenação e o controle de todo item significativo no balançoe na demonstração de resultados. A preparação de orçamentos é usada para ajudar a empresa aatingir os seus objetivos de curto e longo prazo. Se os princípios orçamentários são levados a ca-bo de maneira apropriada, a empresa pode estar assegurada de um uso eficiente de todos osseus recursos e de alcançar os resultados mais favoráveis possíveis, a longo prazo.

Basicamente, o objetivo primário de qualquer empresa é o de maximizar sua renda líqui-da, ou obter o maior volume de vendas ao menor custo possível. Planejamento e controle sãoabsolutamente essenciais para atingir essa meta, e o processo orçamentário produz a estruturadentro do qual a organização pode alcançar esse objetivo. Assim, o orçamento se torna um ma-pa rodoviário que guia os gestores ao longo do caminho e lhes permite saber quando a empre-sa está se desviando de sua rota planejada. É um mapa de curso de operações; além de prevercustos e lucros como um meio de controlar os custos, ele também requer que aqueles que es-tão em posições de autoridade, em todas as áreas da empresa, analisem cuidadosamente todosos aspectos de sua responsabilidade por custos e que também analisem os pontos fortes e fra-cos da empresa.

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Os princípios orçamentários gerais têm diversos requisitos:

1. A gestão precisa definir seus objetivos claramente.

2. As metas devem ser realísticas e possíveis de serem obtidas.

3. Já que o processo orçamentário envolve olhar para o futuro, o orçamento deve considerar cui-dadosamente os desenvolvimentos econômicos, o ambiente geral dos negócios e a situaçãodo setor como um todo, bem como as mudanças e tendências que podem influenciar vendase custos. Dados históricos devem ser usados apenas como ponto de partida para projeções nofuturo.

4. Deve haver um plano, que seja seguido consistentemente, para constantemente analisar os re-sultados reais em comparação com os planejados (orçados).

5. O orçamento deve ser flexível o suficiente para que possa ser modificado à luz de mudançasnas condições; ele não pode ser tão restritivo que as mudanças não possam ser feitas quandoresultados mais favoráveis são previsíveis.

6. A responsabilidade pela previsão de custos deve ser claramente definida, e a responsabilidadepor resultados reais deve ser reforçada. Esse princípio encoraja uma análise cuidadosa e umaavaliação precisa.

EXEMPLO DO MUNDO REAL

MEU ORÇAMENTO DO LARA nossa família consiste em dois adultos (João e Cátia), quatro filhos e dois gatos. Te-

mos uma renda limitada e temos as contas normais da maioria das famílias, incluindo aprestação para a casa, prestações para carros, seguro, alimentos, utilidades públicas, rou-pas, contas médicas e odontológicas, despesas escolares e compromissos de poupança.

Vamos supor que no ano que vem teremos uma renda discricionária de $ 1.000, apósimpostos, e nenhum desejo de entrar em mais dívida. Como devemos gastar esse dinhei-ro? A Cátia gostaria de gastar $ 500 em roupas para os filhos, que estão crescendo muitorápido. Além disso, ela gostaria de gastar os outros $ 500 em lições de piano para os filhos.Por outro lado, o João gostaria de gastar $ 500 para trocar a porta da garagem, que estácaindo, e outros $ 500 para consertar a transmissão do carro, que está começando a apre-sentar problemas. João e Cátia estão tendo dificuldades em decidir no que devem gastar odinheiro. Como é que essa família deveria alocar esses recursos escassos e finalizar o seuorçamento para o ano que vem?

Esse exemplo ilustra, em escala pequena, as raízes de muitos assuntos e problemasque qualquer organização encara para alocar recursos escassos. Esses problemas tendema surgir durante o processo orçamentário porque é quando os recursos tendem a ser alo-cados. Os problemas reais podem estar em outro lugar, mas o processo orçamentário se-rá “culpado” pelo desconforto.

Esse exemplo mostra que parece haver uma diferença de opinião com relação às me-tas e estratégias dessa família, e uma diferença no que cada pessoa considera importante. Épossível determinar as prioridades de uma pessoa ao examinar como ela gasta o dinheiro.

366 • CONTABILIDADE DE CUSTOS

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Capítulo 9 • ORÇAMENTOS E CONTABILIDADE DE CUSTO PADRÃO PARA CUSTOS INDIRETOS DE FABRICAÇÃO • 367

�Parece não haver uma maneira tradicional para se tomar decisões sobre dispêndios.

Além disso, aparentemente não há nenhuma para avaliar despesas propostas, especial-mente as que envolvem fatores qualitativos.

A UNIVERSIDADE LOCAL

Durante o processo orçamentário anual, são discutidas propostas com relação ao le-vantamento de fundos para programas e departamentos. A administração quer ser firmecom relação às despesas e manter o custo do ensino competitivo, porém os coordenado-res dos departamentos levantam uma série de questões.

“O Departamento de Ciências Humanas e Artísticas não deveria receber mais dinhei-ro este ano para ajudar a enfatizar a importância de um currículo em ciências humanas? Ea respeito da Faculdade de Administração? Ela não deveria receber mais fundos operacio-nais porque as suas classes têm a maior demanda? Mais dinheiro não deveria ser colocadoem programas de diversidade para ajudar os alunos a ficarem mais conscientes sobre dife-renças entre culturas, raças, sexos e assim fomentar a compreensão? E com relação à es-trutura física: os telhados estão precisando ser trocados, as calçadas estão rachando. Nãoé preciso fazer alguns reparos? E além do mais, como é que podemos manter uma equipevencedora de futebol sem construir novas dependências?”

Você gostaria de ser responsável por resolver essas questões? Finalmente, surge umadecisão que é feita para resolver todos esses pedidos concorrentes por fundos – é claro,aumentar o preço! Quais os problemas e assuntos envolvidos aqui? Muitos constituintescompetem para aumentar em muito o desafio da alocação de recursos em comparaçãocom o exemplo do lar. Cada departamento dentro da universidade tem o seu próprio sen-so de missão, prioridades, metas, objetivos e agendas. Pode não haver um bom alinha-mento no nível universitário. É difícil priorizar os pedidos propostos por financiamentoporque pode não haver critérios claros e acordados com os quais comparar os benefíciosdo pedido de um departamento com o de outro. A natureza intangível dos benefícios pa-ra cada programa faz com que seja ainda mais desafiador.

James C. Horsch, “Redesigning the Resource Allocation Process”, Management Accounting (jul. 1995), p. 55-9.

PREPARANDO E USANDO ORÇAMENTOS

OBJETIVO DE APRENDIZAGEM 2Reconhecer os tipos diferentes de orçamentos preparados por empresas.

A discussão seguinte não pretende ser um levantamento exaustivo sobre a elaboração deorçamentos. A principal preocupação aqui é com a preparação do plano de produção e o orça-mento de despesas de manufatura. No entanto, uma breve apresentação de outros orçamentosé apropriada para que você possa ver como todos os orçamentos são inter-relacionados e comoo orçamento da fábrica é influenciado pelos outros orçamentos. Embora este exemplo seja parauma empresa de manufatura, a elaboração de orçamentos é igualmente importante para o co-mércio e para as empresas de serviços.

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368 • CONTABILIDADE DE CUSTOS

PREVISÃO DE VENDAS

A empresa precisa considerar todos os itens sobre renda e despesas ao preparar um orça-mento. O ponto de partida normal na elaboração de orçamentos é uma previsão de vendas*,seguida de uma determinação de política de estoque, um plano de produção, um orçamento decustos de manufatura e um orçamento para todas as despesas administrativas e de vendas. Oproduto final é o montante de renda líquida orçada para o ano. Uma previsão do balanço tam-bém deve ser preparada, especialmente com relação ao disponível, contas a receber e adições decapital.

Embora todos os orçamentos mencionados acima sejam importantes, a previsão de vendasé especialmente significativa, porque a administração precisa usar essas informações como basepara preparar todos os outros orçamentos. Essa previsão se preocupa em projetar o volume devendas, tanto em unidades físicas quanto em dinheiro. Ao estimar as vendas para o ano que vem,o departamento de vendas deve levar em consideração as situações econômicas presentes e fu-turas. Deve pesquisar e analisar cuidadosamente mercados potenciais para os seus produtos edar consideração ao desenvolvimento de produtos novos e a descontinuação de produtos ve-lhos. Deve fazer essas análises por território, por tipo de produto, e possivelmente por tipo decliente. Pesquisadores de marketing também devem pesquisar e avaliar a demanda do clientecuidadosamente. Depois desse exame detalhado, a combinação dos produtos a serem vendidos,bem como o volume e o preço de vendas podem ser determinados.

PLANEJAMENTO DE ESTOQUE E PRODUÇÃO

Depois de fazer os planos da combinação de vendas e volume, a fábrica pode procedercom a determinação das necessidades de produção. Em uma situação simples, supondo que ha-ja um único produto, uma produção estável durante o ano e um estoque final de 2.000 unidadesmaior do que o estoque inicial, o número de unidades a ser produzido pode ser calculado da se-guinte forma:

Unidades a serem vendidas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 100.000Estoque final necessário . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4.500Total . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 104.500Estoque inicial . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2.500Unidades a serem fabricadas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 102.000Unidades por mês (102.000/12) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8.500

Na prática real, essa computação é muito mais complexa. A administração precisa tentar atin-gir um equilíbrio satisfatório entre a produção, o estoque e a disponibilidade oportuna de produ-

* N. R. Presume-se que o pessoal de marketing conheça melhor a capacidade de reação do mercado em relação aos produ-tos, preços, volumes, distribuição e as tendências futuras em relação às vendas da empresa, e que esse conhecimento sejatransmitido para a organização por meio dos planos na previsão de vendas. Em geral, as companhias constituem um comitêdas pessoas que têm maior influência na administração pela experiência acumulada sobre os fatores de mercado que in-fluenciam o sucesso comercial da empresa.

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tos a serem vendidos. Por exemplo, se as vendas da empresa forem sazonais em vez de distribuídasuniformemente durante o ano, uma produção estável pode resultar na seguinte situação:

Número de UnidadesProduzidas Vendidas Em Estoque

Saldo inicial . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2.500Janeiro . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8.500 1.000 10.000Fevereiro . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8.500 2.000 16.500Março . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8.500 3.000 22.000Abril . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8.500 10.000 20.500Maio . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8.500 15.000 14.000Junho . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8.500 15.000 7.500Julho . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8.500 12.000 4.000Agosto . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8.500 9.000 3.500Setembro . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8.500 9.000 3.000Outubro . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8.500 8.000 3.500Novembro . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8.500 8.000 4.000Dezembro . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8.500 8.000 4.500Total . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 102.000 100.000

A empresa deve ter uma instalação para estocagem grande o suficiente para manusear até22.000 unidades. No entanto, a maior parte desse espaço não será utilizada durante vários mesesdo ano, resultando em um desperdício de capital investido para estoque, instalações de estoca-gem e despesas de manutenção, seguro e impostos que não oferecem nenhum benefício direto.Nessa situação, uma empresa de manufatura pode alugar algumas instalações para estocagemdurante os meses de pico, assim necessitando de uma instalação muito menor da empresa. Noentanto, o aluguel pode apresentar problemas de inconveniência, despesas e a não disponibili-dade das instalações na hora certa e no lugar certo. Além disso, durante alguns meses a empresateria um montante considerável de capital amarrado em produtos acabados que poderiam serameaçados com a obsolescência.

Outra solução é a administração programar níveis diferentes de produção para cada mês,para manter um estoque estável e minimizar o número de unidades estocadas. A seguinte tabelamostra essa abordagem:

Número de UnidadesProduzidas Vendidas Em Estoque

Saldo inicial . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2.500Janeiro . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1.500 1.000 3.000Fevereiro . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2.500 2.000 3.500Março . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3.000 3.000 3.500Abril . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10.000 10.000 3.500Maio . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15.000 15.000 3.500Junho . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15.000 15.000 3.500Julho . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12.000 12.000 3.500Agosto . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9.500 9.000 4.000Setembro . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9.500 9.000 4.500Outubro . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8.000 8.000 4.500Novembro . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8.000 8.000 4.500Dezembro . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8.000 8.000 4.500Total . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 102.000 100.000

Capítulo 9 • ORÇAMENTOS E CONTABILIDADE DE CUSTO PADRÃO PARA CUSTOS INDIRETOS DE FABRICAÇÃO • 369

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370 • CONTABILIDADE DE CUSTOS

Essa alternativa necessita de um mínimo de espaço para estocagem e despesas relaciona-das, mas cria um novo problema. A fábrica precisa ter instalações o suficiente para lidar com umpico de produção de 15.000 unidades, mas essas instalações estariam de 50 a 90 por cento ocio-sas durante alguns meses. Uma possível solução é estabelecer uma instalação menor e engajardois ou três turnos de empregados durante os meses de atividade mais acentuada. Embora redu-zido o problema de investimento em instalações, um problema ainda maior é criado porque aforça de trabalho pode variar em até 1.000% entre o período mais lento e o período mais ativo.Essa condição exigiria a contratação de empregados novos nos meses iniciais, quando a produ-ção está aumentando, com o problema do alto custo de recrutamento e treinamento, assim co-mo o problema de qualidade na produção com novos, e possivelmente inexperientes, emprega-dos. Nos meses posteriores, com a queda na produção, muitos empregados seriam demitidos,criando uma despesa adicional considerável para indenização dos desempregados, assim comoaflições para os empregados e um sentimento de rancor com a empresa.

Freqüentemente, a empresa precisa enfrentar o problema de determinar qual curso se-guir — manter uma produção estável, com a necessidade de fornecer uma capacidade adequa-da de estocagem, comprometer fundos de capital em estoque, e a possibilidade de obsolescên-cia; ou manter um estoque estável, com todas as despesas decorrentes de pessoal e instalações.A maioria das empresas analisará cuidadosamente as alternativas e chegará a um plano que re-presente um compromisso razoável entre as duas alternativas. Como já foi discutido anterior-mente, a manufatura just-in-time representa uma terceira alternativa que muitas empresas jávêm adotando.

ORÇAMENTOS PARA CUSTOS DE MANUFATURA E DESPESASADMINISTRATIVAS E DE VENDAS

Uma vez determinada a programação da produção, o orçamento para custos de manu-fatura pode ser preparado, o qual envolve determinar os custos de materiais, mão-de-obra e CIFpara cada mês (ou semana, ou dia) do ano vindouro. Após determinar os custos padrão, esse cál-culo, seja para um ou vários produtos, é relativamente simples para materiais diretos e mão-de-obra direta – o número de unidades a serem produzidas multiplicado pelo custo padrão por uni-dade. No entanto, a previsão para os CIF é mais complicada e será considerada em detalhes maisadiante nesta seção. Quando uma empresa determina o seu nível de atividade para vendas e pro-dução, ela pode preparar os seus orçamentos para despesas administrativas, de vendas eoutras. Assim como com outras previsões, os planejadores devem levar em consideração nãoapenas o volume planejado para a empresa, mas também as condições econômicas, tendênciaspara salários e ordenados locais e nacionais, e outras despesas.

OUTROS ORÇAMENTOS

Completar esses orçamentos permite à empresa determinar a sua demonstração de re-sultados orçados para o ano. Lembre-se de que, embora esta discussão se concentre em unida-des físicas e dinheiro, estas previsões também podem ser usadas para planejar a contratação (ou

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Capítulo 9 • ORÇAMENTOS E CONTABILIDADE DE CUSTO PADRÃO PARA CUSTOS INDIRETOS DE FABRICAÇÃO • 371

demissão) de empregados, para programar as compras de materiais, para arranjar as instalaçõesnecessárias, para desenvolver promoções de vendas, e outras funções apropriadas.

Agora, a empresa pode preparar seus orçamentos do balanço. O orçamento de caixamostra o fluxo de caixa antecipado e o momento de recebimentos e desembolsos baseado emreceitas projetadas, programação da produção, e despesas. Usando esse orçamento, a gestãopode planejar o financiamento necessário e o investimento temporário de fundos excedentes.O orçamento para contas a receber, baseado em vendas antecipadas, vendas a prazo, eco-nomia e outros fatores relevantes, influenciará o orçamento de caixa ao mostrar quando o di-nheiro pode ser esperado do giro dos estoques e dos recebíveis. Um orçamento de passivostambém é necessário, refletindo como a posição de disponível da empresa será afetada ao pa-gar esses itens.

A empresa pode preparar um orçamento de dispêndio de capital, que é um plano pa-ra estabelecer o momento certo de aquisições de prédios, equipamento ou outros ativos signifi-cativos durante o ano. Esse plano é ligado aos planos de vendas e produção e pode influenciar oorçamento de caixa para despesas ao ponto de ser necessário financiamento adicional.

Para preparar orçamentos, trabalho em equipe e cooperação são absolutamente essenciais.As divisões de vendas, engenharia, manufatura e contabilidade da empresa precisam trabalharem conjunto para produzir previsões significativas, porque muitas das estimativas dependemdos planos de outros departamentos. Além disso, uma considerável coordenação é necessária.Por exemplo, a meta de vendas deve ser compatível com a produção que pode ser obtida com asinstalações disponíveis. Ao mesmo tempo, o montante e a programação da produção repousammuito nas necessidades do departamento de marketing. Como mencionado anteriormente, al-guns orçamentos podem ser preparados apenas depois de outros serem completados, e serãoinfluenciados por estes outros planos.

Um fator importante no processo orçamentário é que os orçamentos não são necessaria-mente preparados seqüencialmente. Depois de fazer a previsão de vendas em unidades físicas, adivisão de manufatura pode começar a trabalhar na programação da produção e no orçamentode despesas de manufatura, o departamento de vendas pode começar a preparar o seu orça-mento para despesas de vendas, e a previsão de despesas administrativas pode ser feita. A pro-gramação de giro de contas a receber também pode ser feita nesse momento, e é possível que oorçamento de despesas de capital seja preparado. O orçamento de caixa e a programação dospassivos e pagamentos não podem ser considerados até que todos os itens acima estejam com-pletados.

AVALIANDO O DESEMPENHO ORÇAMENTÁRIO

Se é para um orçamento ser usado com sucesso como uma ferramenta de controle pela ad-ministração, os resultados reais devem ser periodicamente comparados com os números orça-dos, e as diferenças completamente analisadas. Sem essa análise e acompanhamento constante,o orçamento é um item inútil. Esse princípio já foi discutido anteriormente em conexão comcustos padrão e também se aplica aos outros montantes planejados, por volume em unidades fí-sicas e em dinheiro. Se as variações são descobertas no número de unidades vendidas ou fabri-cadas, ou nos montantes em dinheiro em vendas ou despesas, ou em outros itens orçados, osplanejadores devem avaliar cuidadosamente as variações e determinar as responsabilidades.

Tipicamente, relatórios de desempenho são preparados e distribuídos para o pessoal que éresponsável pelos resultados reais. Por exemplo, todos os supervisores e chefes de departamen-

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372 • CONTABILIDADE DE CUSTOS

tos recebem relatórios para os seus departamentos respectivos. O vice-presidente encarregadoda produção recebe informações sobre todos os elementos de manufatura que envolvem os de-partamentos de produção e serviço. O presidente da empresa recebe relatórios de todas as fun-ções da empresa – da manufatura, de vendas e de administração. Esses relatórios devem refletirclaramente as variações do orçamento em todas as áreas, de forma que ações apropriadas pos-sam ser empreendidas.

ORÇAMENTOS FLEXÍVEIS

OBJETIVO DE APRENDIZAGEM 3Explicar os procedimentos apropriados para determinar os montantes padrão de CIFem níveis diferentes de produção.

A comparação de resultados reais com o orçamento para ver se os objetivos planejados es-tão sendo satisfeitos leva ao uso de orçamentos flexíveis. Esse conceito, introduzido no Capí-tulo 4, será discutido do ponto de vista do orçamento para CIF, mas os princípios são aplicáveisa qualquer item de despesa que envolve elementos fixos e variáveis.

Para implementar um orçamento flexível, uma empresa precisa planejar como responderáa vários conjuntos de condições – por exemplo, a venda de 10.000 unidades por mês, em vez de9.000, a produção de 15.000 unidades por mês em vez de 17.000, a adição ou a substituição deuma máquina em um departamento, ou o desenvolvimento de produtos novos, ou a desconti-nuação de velhos. Em outras palavras, a empresa planeja, com antecipação, qual será o efeito nareceita, nas despesas e no lucro se as vendas ou a produção forem diferentes do orçamento. Pa-ra ilustrar, se as vendas orçadas para um mês forem de $ 100.000 e a despesa orçada para a ven-da for de $ 25.000, é razoável presumir que se as vendas reais forem de $ 80.000, a despesa realde venda seria menos do que $ 25.000. Se o volume de produção foi de 10.000 unidades em vezdas 9.000 unidades orçadas, o custo de produção deve logicamente ser maior do que a quantiaorçada para as 9.000 unidades.

O orçamento flexível é influenciado pela presença de custos fixos e variáveis, como discuti-do no Capítulo 4. Custos fixos foram definidos anteriormente como custos que não mudamcom mudanças na produção sobre dada amplitude. São uma função do tempo e geralmente se-rão incorridos independente do nível de produção. Essas despesas, como depreciação em linhareta, seguro, impostos, salários de supervisão e outras, permanecerão o mesmo em total de di-nheiro, exceto no caso extremo de uma grande mudança na produção que requer mais, ou me-nos, máquinas, instalações e pessoal de supervisão.

Muitos custos variam na quantia total de dinheiro em proporção com qualquer mudançana produção. Esses custos variáveis, que são uma função de atividade, incluem os custos damão-de-obra direta, materiais diretos, mão-de-obra indireta e manutenção. É por causa desseselementos variáveis que o custo total difere das quantias originalmente orçadas quando o nívelde produção é diferente. Se o fabricante orçou uma produção de 5.000 unidades para o mês, aum custo de $ 50.000, e a produção real for mais, ou menos, do que as 5.000 unidades, a compa-ração do custo real da produção com os itens que compõem os $ 50.000 do orçamento estáti-co teria pouco valor – isto é, um orçamento onde os custos são mostrados para apenas um nívelde atividade. Sob tais condições operacionais, no entanto, um orçamento flexível é útil porquemostra as despesas planejadas a vários níveis de produção. Assim a administração pode determi-nar variações rapidamente ao comparar os custos reais com o que os custos da produção deve-riam ter sido no nível real de produção.

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Capítulo 9 • ORÇAMENTOS E CONTABILIDADE DE CUSTO PADRÃO PARA CUSTOS INDIRETOS DE FABRICAÇÃO • 373

PREPARANDO O ORÇAMENTO FLEXÍVEL PARA CUSTOS INDIRETOSDE FABRICAÇÃO

A determinação dos CIF padrão por unidade e a preparação do orçamento flexível para CIFseguem os mesmos princípios básicos sugeridos para determinar os padrões para os custos demateriais e mão-de-obra. Todos os custos que podem ser incorridos devem ser cuidadosamenteconsiderados. Custos anteriores, assim que ajustados, devem ser estudados, assim como o efei-to de novos custos, condições econômicas futuras, mudanças nos processos e tendências. Assimcomo com outros padrões, os indivíduos responsáveis por estabelecer os padrões de CIF devemter experiência e familiaridade consideráveis com as operações de manufatura.

Devido a que os custos são afetados pelo nível da produção, o primeiro passo é determinarqual deveria ser o volume padrão de produção. A produção padrão é o volume em que o cál-culo inicial de custos é baseado. Diversas abordagens são usadas para determinar esse número eexistem várias definições relacionadas da capacidade de manufatura. Esses tipos de capacidadeincluem os seguintes:

1. A capacidade teórica representa o número máximo de unidades que podem ser produzidascom o uso completamente eficiente de todas as instalações e pessoal disponíveis. Geralmen-te, é impossível obter esse nível de produção. Ele representa um padrão rígido para a fábricaporque requer um máximo de produção sem nenhuma concessão por ineficiências de qual-quer natureza.

2. A capacidade prática é o nível de produção que fornece a utilização completa de todas as ins-talações e pessoal, mas permite alguma capacidade ociosa devido a interrupções operacionais,tais como desdobramento de máquinas, tempo ocioso e outras ineficiências inescapáveis.

3. A capacidade normal é o nível de produção que satisfará as necessidades normais da de-manda de vendas ao longo de um período de anos. Embora possa ser concebível que essa ca-pacidade seja igual ou maior que a capacidade prática, a capacidade normal geralmente nãoenvolve um plano para o uso máximo das instalações de manufatura, mas permite alguma ca-pacidade ociosa inevitável e algumas ineficiências nas operações. A maioria das empresas demanufatura usam esse nível de capacidade para o desenvolvimento de orçamentos porque re-presenta um equilíbrio lógico entre a capacidade máxima de produção e a capacidade que édemandada pelo volume real de vendas. Além do mais, ao longo de um período de anos, todadespesa de CIF irá normalmente ser absorvida pela produção. A discussão a seguir irá supor ouso da capacidade normal para propósitos de planejamento.

Para ilustrar o orçamento flexível, os seguintes números foram determinados serem os cus-tos indiretos de fabricação a um volume normal, ou padrão de 1.000 unidades. (Para simplificara ilustração, apenas poucas classificações de CIF são usadas. Na prática real, muitos tipos de des-pesa seriam divididos em categorias fixas e variáveis.)

Produção padrão – 1.000 unidadesHoras padrão de mão-de-obra direta – 2.000Custo fixo:

Depreciação dos edifícios e equipamentos . . . . . . . . . . . . $ 4.000Imposto territorial e seguro . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1.000Salários de supervisão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4.000

Total do custo fixo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 9.000

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374 • CONTABILIDADE DE CUSTOS

Custo variável:Manutenção . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 2.000Suprimentos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1.000

Total do custo variável . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3.000Total dos CIF . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 12.000

Taxa de aplicação de CIF padrão por hora de mão-de-obra direta:Custo fixo ($ 9.000/2.000 horas) . . . . . . . . . . . . . . . . $ 4,50Custo variável ($ 3.000/2.000 horas) . . . . . . . . . . . . . 1,50

Total da taxa de CIF ($ 12.000/2.000 horas) . . . . . . . . . . $ 6,00CIF padrão por unidade ($ 12.000/1.000 unidades) . . . . . . . $ 12,00

Como já foi discutido no Capítulo 4, os CIF podem ser aplicados para produtos em proces-so usando bases diferentes, como horas de mão-de-obra direta, custo da mão-de-obra direta ouhoras-máquina. Uma das bases mais comumente usadas – horas de mão-de-obra direta – aplicaos CIF em relação ao número padrão de horas de mão-de-obra direta permitidas pela produçãoreal corrente.

Na programação anterior, unidades padrão e horas padrão são dadas porque a produçãopode ser expressa em termos de unidades ou número padrão de horas de mão-de-obra diretapermitidas para a produção real. Qualquer que seja a base escolhida para medir a produção, osresultados não são afetados. Com base no orçamento anterior, se 900 unidades forem fabricadas,Produtos em Processo seria debitado em $ 10.800 (900 unidades � $ 12) pelo CIF. Se a produção

Porcentagemde Capacidade Normal . . . . 80% 90% 100% 110% 120%Número de unidades . . . . . 800 900 1.000 1.100 1.200Número de horas padrãode mão-de-obra . . . . . . . 1.600 1.800 2.000 2.200 2.400

CIF orçados:Custo fixo:Depreciação de prédioe equipamento . . . . $ 4.000 $ 4.000 $ 4.000 $ 4.000 $ 4.000

Impostos territoriaise seguro . . . . . . . . . 1.000 1.000 1.000 1.000 1.000

Salários de supervisão 4.000 4.000 4.000 4.000 4.000Total do custo fixo . . $ 9.000 $ 9.000 $ 9.000 $ 9.000 $ 9.000

Custo variável:Manutenção . . . . . . . $ 1.600 $ 1.800 $ 2.000 $ 2.200 $ 2.400Suprimentos . . . . . . . . 800 900 1.000 1.100 1.200Total do custo variável $ 2.400 $ 2.700 $ 3.000 $ 3.300 $ 3.600

Total dos CIF . . . . . . . . . . . $ 11.400 $ 11.700 $ 12.000 $ 12.300 $ 12.600CIF por horade mão-de-obra direta . . . $ 7,125 $ 6,50 $ 6,00 $ 5,59 $ 5,25

Figura 9-1 Orçamento de CIF

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Capítulo 9 • ORÇAMENTOS E CONTABILIDADE DE CUSTO PADRÃO PARA CUSTOS INDIRETOS DE FABRICAÇÃO • 375

for expressa em termos de horas de mão-de-obra direta padrão de 1.800 (900 unidades � 2 ho-ras), Produtos em Processo deveria ainda ser debitado em 10.800 (1.800 � $ 6).

A Figura 9-1 mostra o orçamento flexível para essa ilustração. Os indivíduos responsáveispelo trabalho determinaram quais seriam os custos fixos e variáveis em vários níveis de produ-ção. Observe que os CIF por hora de mão-de-obra direta diminuem com o aumento do volume,porque os CIF fixos estão sendo distribuídos sobre uma produção maior. Além disso, observeque o volume padrão de produção está expresso como sendo 100% da capacidade. Esse nível deprodução não é necessariamente a capacidade máxima da instalação de manufatura. Consideran-do a demanda de vendas, ele representa o uso mais eficiente das presentes instalações sob con-dições normais de operação, com alguma concessão por interrupções operacionais. Uma fábricapode produzir mais do que o volume normal ao trabalhar horas extras, adicionar um turno, ouconseguindo colocar mais máquinas ou empregados; mas essas condições não são normais. Vis-to que não é incomum operar acima ou abaixo do normal, o orçamento flexível mostra quantiasde despesa para uma produção acima ou abaixo da capacidade normal de 100%.

USANDO O ORÇAMENTO FLEXÍVEL

Se a produção real, por um dado período, for de exatamente 1.000 unidades, pode ser fei-ta uma comparação dos custos indiretos de fabricação totais ou individuais incorridos, com es-ses números orçados, e as variações podem ser determinadas como a seguir:

Variações de CIFProdução normal . . . . . . . . . . . . . 1.000 unidades (ou 2.000 horas de mão-de-obra direta)Produção real . . . . . . . . . . . . . . . 1.000 unidades (ou 2.000 horas de mão-de-obra direta)

VariaçõesFavoráveis

Orçada Realizada (Desfavoráveis)Custos fixos:Depreciação do edifícioe equipamentos . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 4.000 $ 4.000

Impostos territoriais e seguro . . . . . . . . . . 1.000 1.000Salários de supervisão . . . . . . . . . . . . . . 4.000 4.000Total do custo fixo . . . . . . . . . . . . . . . $ 9.000 $ 9.000

Custo variável:Manutenção . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 2.000 $ 2.500 $ (500)Suprimentos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1.000 900 100Total do custo variável . . . . . . . . . . . . $ 3.000 $ 3.400 $ (400)

Total do CIF . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 12.000 $ 12.400 $ (400)

A variação líquida desfavorável é considerada uma variação do orçamento, ou uma variaçãocontrolável, porque a produção estava à capacidade normal, eliminando a possibilidade de umavariação de volume, que resultaria de um volume diferente da capacidade normal. No entanto,normalmente, a atividade da fábrica não estará exatamente no nível normal. O volume da produ-ção invariavelmente flutua até certa extensão do nível padrão porque é afetado por tais fatorescomo férias, feriados, absenteísmo de empregados, interrupções de trabalho e quebras de equi-pamento. Se um fator sazonal estiver envolvido, a flutuação de um mês para o outro pode ser

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376 • CONTABILIDADE DE CUSTOS

significativa. Sob essas circunstâncias, o orçamento flexível fornece os números orçados para osníveis reais de produção em vez de para o nível normal estabelecido.

Ao receber o relatório sobre o volume real para o período, os CIF que deveriam ter sido in-corridos àquele volume, podem ser comparados com os custos reais para determinar quaisquervariações. Se o volume de produção cair entre dois dos montantes mostrados no orçamento,uma aproximação dos custos orçados pode ser interpolado.

Produção real, 850 unidades (85%)Custo orçado a 90% . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 11.700Custo orçado a 80% . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11.400Diferença . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 300

Amplitude entre os dois volumes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10%

Dividir a diferença de $ 300 por 10 determina um custo adicional de $ 30 para cada pontopercentual de aumento.

Próximo volume orçado mais baixo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 80%Custos a 80% do volume . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 11.400Custos adicionais a 85% do volume (5 � $ 30) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 150Custos orçados a 85% do volume . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 11.550

CUSTOS SEMIFIXOS E SEMIVARIÁVEIS

O método precedente para determinar o montante orçado de CIF a um nível diferente deprodução daquele dado no orçamento, é satisfatório se o CIF aumentar uniformemente atravésde cada faixa de atividade, como seria o caso se todos os custos fossem fixos ou variáveis. No en-tanto, se existirem custos semifixos ou semivariáveis significativos, então esse método não seriasempre acurado o suficiente para se ter uma avaliação significativa.

Custos semifixos, ou custos por degraus, são os custos que tendem a permanecer nomesmo montante em dinheiro por certa faixa de atividade, mas aumentam quando a produçãoexcede certos limites. Por exemplo, o salário de um chefe de departamento é geralmente consi-derado um custo fixo, porque nenhum outro chefe de departamento será contratado dentro dedada amplitude de atividade, e o custo do salário não mudará com a flutuação no volume. Masse o nível de produção exceder dado número de unidades, pode ser preciso contratar um chefeassistente de departamento para ajudar na supervisão do maior número de trabalhadores queseriam necessários. Nesse caso, a despesa fixa para o pessoal de supervisão aumentaria, comoilustrado na tabela que segue:

Porcentagem da . . . . . 80% 90% 100% 110% 120% 130%Capacidade Normal

Custo Fixo . . . . . . . . . $ 20.000 $ 20.000 $ 20.000 $ 20.000 $ 28.000 $ 28.000Custo Variável . . . . . . 24.000 27.000 30.000 33.000 36.000 39.000Total de CIF . . . . . . . . $ 44.000 $ 47.000 $ 50.000 $ 53.000 $ 64.000 67.000

Nesse caso, se o volume real de produção cair entre a faixa de 110% e 120%, o uso da interpo-lação para determinar a despesa orçada provavelmente não seria satisfatório. Seria necessário fazer

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uma análise cuidadosa das despesas, sem o uso da interpolação, para determinar se mais pessoalde supervisão seria necessário a 119% da capacidade, ou 111% da capacidade, por exemplo.

Custos semivariáveis são aqueles que podem mudar com a produção, mas não necessa-riamente em proporção direta. Por exemplo, se uma empresa incorrer em despesas para treinarnovos empregados antes de eles entrarem na fábrica, essa despesa aumentará com o aumentona produção e com a contratação de novos empregados. Mas se o volume de produção diminuir,e nenhum empregado novo for contratado, nenhum custo de treinamento será incorrido.

A existência de custos semifixos ou semivariáveis indica uma necessidade ainda maior deuma análise cuidadosa e uma avaliação dos custos a cada nível de produção. Despesas semivariá-veis foram discutidas no Capítulo 4. No entanto, a abordagem neste capítulo supõe que os cus-tos fixos permanecem constantes e que os custos variáveis variam uniformemente pelas amplitu-des de atividade que são dadas, a não ser que especificado de outra forma.

ORÇAMENTOS DO DEPARTAMENTO DE SERVIÇOS E VARIAÇÕES

A preparação de orçamento para um departamento de serviços segue o mesmo procedi-mento que para departamentos de produção. As despesas são estimadas para diferentes níveisde produção, e uma taxa padrão para a aplicação das despesas do departamento de serviços pa-ra os departamentos de produção é determinada com base no tipo de serviço oferecido e no usoestimado pelos departamentos de produção. Os departamentos de produção levarão essas des-pesas em consideração quando estabelecerem os seus orçamentos.

Durante o período, os departamentos de produção são debitados com despesas do depar-tamento de serviços pela taxa padrão usando a sua base real de atividade, como quilowatt-horaou horas de mão-de-obra de manutenção. No final do período, as despesas reais do departamen-to de serviços são comparadas com o montante debitado aos departamentos de produção paradeterminar as variações.

RESUMO DO PROCESSO ORÇAMENTÁRIO

A Figura 9-2 resume o processo orçamentário para a fábrica e a determinação dos custospadrão.

ANÁLISE DAS VARIAÇÕES DO CUSTO PADRÃO PARA CUSTOSINDIRETOS DE FABRICAÇÃO

OBJETIVO DE APRENDIZAGEM 4Reconhecer a diferença entre CIF reais e aplicados.

Determinar o custo padrão por unidade para CIF envolve estimar o CIF no nívelpadrão, ou normal, de produção, considerar dados históricos (ajustados para aqueles itens dis-

Agora, você deve estar apto resolver o seguinte: Questões 1-14; Exercícios 9-1 e9-2; Problemas 9-1 a 9-3.

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torcidos no passado tais como greves ou perdas em incêndios), e considerar mudanças etendências futuras. Os CIF estimados são divididos pelo número padrão de horas esperadas paraas unidades planejadas a serem produzidas. Por exemplo, suponha que a produção orçada sejade 1.000 unidades, que exigirá 2.000 horas de mão-de-obra direta. Nesse nível de atividade, de-terminam-se os CIF padrão, como é demonstrado a seguir:

Depreciação sobre prédio e maquinaria . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 4.000Impostos e seguro sobre prédio e maquinaria . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1.000Salários de supervisão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4.000Custos de manutenção . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2.000Suprimentos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1.000Total de CIF padrão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 12.000

Figura 9-2 Resumo do Processo Orçamentário

1 Uma Previsão de Vendas em unidades, considerando a2 Política de Estoque, mínimo-máximo e estável ou flutuante, ajuda no desenvolvimento do3 Plano de Produção em unidades e por períodos.

Estas informações ajudam no desenvolvimento de

4(a) 4 (b) 4(c)Necessidades de Necessidades de Necessidades deMateriais Diretos Mão-de-obra Direta Custos Indiretos,

Instalações e Suprimentos(quantidades e preços) (horas e taxas) (custos fixos e variáveis)

Dessas informações elaboram-se os

5(a) 5 (b) 5 (c)Orçamento de Materiais Orçamento de Mão- Orçamento de

Diretos de-obra Direta CIF

Desses orçamentos são elaborados os

6(a) 6 (b) 6(c)Custo Unitário Padrão Custo Unitário Padrão Custo Unitário Padrãopara Materiais Diretos para a Mão-de-obra Direta para CIF

(Estes números juntos determinam o Custo Unitário Padrão para o Produto.)

Dividindo o custo padrão de CIF, $ 12.000, pelas 2.000 horas de mão-de-obra direta, resul-ta um padrão por custo de hora de mão-de-obra direta de $ 6 por hora, e já que cada unidade ne-cessita de duas horas de mão-de-obra direta, o custo unitário padrão é de $ 12. Se a produçãoequivalente durante o período for exatamente 1.000 unidades, que consumiram 2.000 horas demão-de-obra direta, Produtos em Processo será debitado em $ 12.000 dos CIF estimados (1.000unidades � 2 horas por unidade � $ 6 por hora). Como ilustrado no seguinte lançamento de

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Capítulo 9 • ORÇAMENTOS E CONTABILIDADE DE CUSTO PADRÃO PARA CUSTOS INDIRETOS DE FABRICAÇÃO • 379

diário e razonete, se os CIF reais fossem de $ 12.000, todo esse custo seria aplicado para a contade produtos em processo e não existiria nenhum CIF subaplicado.

D - Produtos em Processo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12.000C - CIF . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12.000CIF aplicado para produtos em processo.

Produtos em Processo CIF

12.000 12.000 12.000

(custos reais (custo padrão

registrados de vários aplicado para

diários) Produtos em

Processo)

Se os CIF reais forem maiores que $ 12.000, a conta CIF teria um saldo devedor de$ 12.000 após o custo padrão ter sido aplicado em Produtos em Processo. Esse saldo refletiria aquantia dos CIF não debitada para produtos produzidos. Um custo subaplicado (não absorvi-do) representa o montante de CIF incorridos além e acima do custo padrão permitido para onível de produção obtido. O saldo na conta seria considerado uma variação desfavorável. Ob-serve que uma única conta é usada para CIF nesse exemplo para realçar a diferença entre CIFaplicados e reais.

A seguinte seção deste capítulo, e o apêndice, analisam, em detalhes, o que uma variaçãoem CIF poderia causar. Embora o método de duas variações de análise de CIF seja o preferidopor muitas empresas, o método de três variações também é usado. O método de quatro varia-ções, que na verdade é uma derivação do método de duas variações, é freqüentemente encon-trado em livros-texto de administração porque indica os modelos de comportamento de custosdos CIF com mais clareza. Já que o método de quatro variações é um tanto relacionado com ométodo de duas variações, ele é discutido logo depois deste.

MÉTODO DE ANÁLISE DE DUAS VARIAÇÕES

OBJETIVO DE APRENDIZAGEM 5Computar a variação controlável e a variação de volume para o método de análisede duas variações.

O método que uma empresa escolher para analisar as variações de CIF depende dos bene-fícios que a empresa obtém da análise detalhada. O custo incorrido ao aplicar CIF padrão para aprodução, mantendo as contas necessárias e analisando os resultados, também faz parte do pro-cesso de escolher um método. Livros-texto podem dar uma cobertura extensa para o método dequatro variações (discutido no apêndice) mas ignoram o custo adicionado de manter o métodose este fosse usado na prática real.

O método de quatro variações requer a separação dos elementos de custos fixos e variáveis,assim como o método de duas variações. No entanto, quando o método de quatro variaçõesé usado, os elementos separados são registrados em contas individuais estabelecidas para os

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CIF variáveis e fixos. O método de duas variações combina os elementos fixos e variáveis emuma só taxa para a aplicação dos CIF e registra todos os CIF reais em uma só conta de contro-le de CIF.

Em análise das variações controláveis, comparam-se os CIF reais e o montante de CIFpadrão permitido para a produção real (equivalente) para o período. A diferença resulta do com-portamento dos itens de custos fixos e variáveis. Como discutido anteriormente, os itens de cus-tos fixos tendem a permanecer os mesmos no total em dinheiro apesar das flutuações normaisno volume de produção, enquanto o total de custos variáveis tende a variar em proporção comas mudanças na produção. No exemplo anterior, depreciação, impostos, seguro e salários de su-pervisão são itens comuns de despesas fixas, enquanto os custos de manutenção e suprimentosnormalmente são listados na categoria de custos variáveis.

Suponha que o nível real de produção dado anteriormente era de 900 unidades – 90% daprodução planejada de 1.000 unidades – e as 900 unidades consomem 1.800 horas de mão-de-obra padrão (900 unidades � 2 horas por unidade). Segue o montante real de CIF para esseperíodo:

Depreciação de edifício e maquinaria (fixo) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 4.000Impostos e seguro sobre os itens acima (fixo) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1.000Salários da supervisão (fixo) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4.000Custos de manutenção (variável) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1.800Suprimentos (variável) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1.000

$ 11.800

Os custos fixos permanecem os mesmos como orçados a 1.000 unidades de produção, masos custos variáveis são mais baixos. Devido a que 900 unidades foram produzidas, e cada unida-de consome 2 horas de mão-de-obra direta a $ 6 por hora, a conta de produtos em processo foidebitada e a conta de CIF creditada em $ 10.800. A conta de CIF mostra um saldo devedor suba-plicado de $ 1.000.

CIF

11.800 10.800

(custos reais) (900 unidades aplicadas

� 2 horas padrão por

(1.000 subaplicado) unidade � $ 6)

Usando as taxas de custos fixos e variáveis por unidade calculadas anteriormente a $ 1,50para custos variáveis e $ 4,50 para custos fixos, o cálculo da variação controlável é o seguinte:

CIF padrão orçados para o nível real de produção:Custo variável:900 unidades � 2 horas por unidade � $ 1,50 . . . . . . . . . . . $ 2.700

Custo fixo:Como orçado (total do orçamento) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9.000

Orçamento flexível ao nível real de produção . . . . . . . . . . . . . . . . $ 11.700CIF reais incorridos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11.800Variação controlável (desfavorável) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 100

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Capítulo 9 • ORÇAMENTOS E CONTABILIDADE DE CUSTO PADRÃO PARA CUSTOS INDIRETOS DE FABRICAÇÃO • 381

O cálculo da variação de volume usa o mesmo montante do orçamento flexível como de-terminado em cálculos anteriores ($ 11.700) e compara o montante do orçamento com os CIFaplicados para a produção para o período.

Orçamento flexível ao nível real de produção . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 11.700CIF aplicados:

900 unidades � 2 horas por unidade � $ 6 . . . . . . . . . . . . . . . . 10.800Variação de volume (desfavorável) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 900

Em resumo, as variações controláveis e de volume explicam os $ 1.000 subaplicados nascontas de CIF como a seguir:

Variação controlável (desfavorável) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 100Variação de volume (desfavorável) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 900CIF subaplicado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 1.000

O orçamento para o ano antecipou que o custo fixo de $ 9.000 seria distribuído pelas 2.000horas de mão-de-obra direta e usado para produzir 1.000 unidades do produto. Visto que apenas900 unidades foram produzidas, apenas $ 8.100 (1.800 horas de mão-de-obra direta � $ 4,50 decusto fixo por hora) foram aplicados. O resultado foi uma variação desfavorável de $ 900. A se-guinte ilustração mostra esse efeito:

Nível Real de Produção – 900 unidadesVariação

Orçado Aplicado de VolumeCusto fixo aplicado:

900 unidades � 2 horas � $ 4,50 . . . . . $ 9.000 $ 8.100 $ 900Custo variável aplicado:

900 unidades � 2 horas � $ 1,50 . . . . . 2.700 2.700 -0-Total aplicado (900 � 2 horas � $ 6) . . . . . . . . $ 11.700 $ 10.800 $ 900

A variação de volume é um fator significativo porque indica o grau em que a produção es-tava abaixo do padrão estabelecido. Se a administração achar que 1.000 unidades deveriam ter si-do produzidas durante o período, ficará preocupada porque apenas 900 unidades foram produ-zidas e investigará para determinar a causa. Essa produção reduzida pode resultar deineficiências na mão-de-obra ou supervisão, de quebras de máquinas devido a falta de manuten-ção, ou de qualquer número de condições desfavoráveis. Por outro lado, esse nível de produçãopode indicar uma flutuação sazonal normal que será contrabalançada por uma produção maiorque a normal em outros períodos. Se a redução na produção não for sazonal, pode ter ocorridoporque as vendas não foram tão altas quanto o previsto, caso em que o departamento de mar-keting poderia ser responsabilizado.

Independente das circunstâncias, uma fábrica que está produzindo abaixo de sua capacida-de normal tem uma capacidade ociosa e possivelmente desperdiçada. Se estiver produzindo aci-ma de sua capacidade normal, o volume mais alto pode criar condições ineficientes de operaçãoe custos excessivos. Situações desse tipo devem ser examinadas pela administração, que é a res-ponsável final pelo planejamento e pela implementação dos métodos e programações de produ-ção mais eficientes.

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A fórmula para calcular as variações de CIF usando o método de duas variações está ilus-trada no seguinte exemplo:

Fórmula para Calcular as Variações de CIF Usando o Método de Duas VariaçõesCIF aplicados ao padrão (Produção

CIF padrão equivalente � horas padrão pororçados para nível unidade � taxa de CIF por hora

CIF reais real de produção 900 unidades � 2 horas �

$ 11.800 $ 11.700 $ 6,00 = $ 10.800

Variação Controlável Variação de Volume$ 100 (desfavorável ) $ 900 (desfavorável)

Variação Líquida de CIF$ 1.000 (desfavorável)

A conta CIF terá um saldo devedor de $ 1.000, como mostrado no seguinte razonete. O sal-do devedor representa uma variação líquida desfavorável.

CIF

11.800 10.800

(custos reais registrados (custo padrão aplicado parados vários diários) Produtos em Processo)

Saldo 1.000

O montante de CIF aplicados para a produção é $ 900 a menos do que os CIF calculadospara o nível real de produção pelo orçamento flexível. Essa variação é desfavorável porque osCIF fixos orçados no início do período não foram totalmente debitados para a produção devidoa um número insuficiente de unidades produzidas. É conhecida como variação de volume por-que é criada pelo excesso, ou pela falta, de unidades reais produzidas em comparação com aquantidade planejada de produção.

A variação controlável surgiu porque os CIF reais para o período excederam o montantede CIF permitido para o nível de produção. A variação controlável é favorável quando as despe-sas reais são menores do que o montante em dinheiro flexível calculado para o nível obtido deprodução. Ela é desfavorável quando os CIF reais excedem o orçamento calculado.

Após a análise de variações, o seguinte lançamento de diário pode ser feito. Este lançamen-to encerra a conta para CIF e registra as variações em contas individuais:

D - CIF – Variação de Volume . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 900D - CIF – Variação Controlável . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 100

C - CIF . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1.000

382 • CONTABILIDADE DE CUSTOS

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Os lançamentos de diário para aplicar CIF e para registrar as variações podem ser combina-dos da seguinte maneira:

D - Produtos em Processo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10.800D - CIF – Variação de Volume . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 900D - CIF – Variação Controlável . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 100

C - CIF . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11.800

A produção abaixo do número padrão de unidades causará sempre uma variação de volu-me desfavorável. Inversamente, a produção maior do que o número padrão de unidades sempreproduzirá uma variação de volume favorável. Suponha os seguintes fatos para o período:

Custo padrão de CIF por unidade (2 horas demão-de-obra direta � $ 6) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 12

Número de unidades realmente produzidas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1.200Número de unidades que se espera produzir (orçadas) . . . . . . . . . . . . . . 1.000CIF . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 15.000

CIF padrão orçados para o nível real de produção:Custos fixos: (como orçados) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .$ 9.000Custos variáveis:1.200 unidades � 2 horas por unidade � $ 1,50 . . . . . . . . . . 3.600

Orçamento flexível para o nível real de produção . . . . . . . . . . . . . $ 12.600

Sob essas circunstâncias, a conta de produtos em processo seria debitada a $ 14.400 de CIFaplicados (1.200 unidades � 2 horas por unidade � $ 6). A conta de CIF teria um saldo devedorde $ 600. O saldo devedor representa uma variação líquida desfavorável.

O desdobramento da variação líquida mostra uma variação de volume favorável porque oCIF foi superabsorvido quando o volume real de produção foi maior do que o padrão estabeleci-do. A variação controlável desfavorável indica que os CIF reais excederam o montante permitidopara o nível real de produção.

CIF padrão orçados CIF aplicadosCIF reais para nível real de produção ao padrão

$ 15.000 $ 12.600 1.200 unidades � 2 horas �

$ 6,00 = $ 14.400

Variação Controlável Variação de Volume$ 2.400 (desfavorável) $ 1.800 (favorável)

Variação Líquida de CIF$ 600 (desfavorável)

Capítulo 9 • ORÇAMENTOS E CONTABILIDADE DE CUSTO PADRÃO PARA CUSTOS INDIRETOS DE FABRICAÇÃO • 383

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384 • CONTABILIDADE DE CUSTOS

Ambas as variações devem ser investigadas em sua relação de causa e efeito. A variação devolume favorável pode se dever a uma flutuação sazonal antecipada e pode contrabalançar emtodo, ou em parte, as variações de volume desfavoráveis precedentes que surgiram durante pe-ríodos de produção baixa. No entanto, esse nível de produção pode ter ocorrido porque a em-presa recebeu mais pedidos por produtos do que tinha antecipado. Do ponto de vista dos lucrosantecipados, esse fator é favorável. No entanto, se a fábrica trabalhou além de uma capacidadeeficiente estabelecida de produção, a qualidade do produto pode ter sofrido.

A variação controlável desfavorável deve ser examinada para determinar por que os cus-tos foram mais altos do que o esperado, onde cai a responsabilidade por essa condição e quemedidas podem ser tomadas para manter esses custos sob controle no futuro. Essa variação po-de resultar de vários fatores, como complacência em compras, ineficiência na supervisão ou con-trole fraco de despesas. No entanto, alguma parte da variação controlável pode resultar de cus-tos adicionais de manutenção e reparos de máquinas, que são atribuíveis ao aumento de uso dasinstalações no nível mais alto de produção.

Nas demonstrações financeiras, as variações de CIF podem ser tratadas como adições para,ou deduções do, custo padrão de produtos vendidos. Se as variações forem grandes em montante,sazonais, ou devidas a circunstâncias incomuns, serão tratadas como foi discutido no Capítulo 8.

APÊNDICE: MÉTODOS DE ANÁLISE DE QUATROE TRÊS VARIAÇÕES

MÉTODO DE ANÁLISE DE QUATRO VARIAÇÕES

OBJETIVO DE APRENDIZAGEM 6Computar as variações de despesas, eficiência, orçamento e volume para o métodode análise de quatro variações.

Uma visão refinada da administração do método de duas variações isola os componentes fi-xos e variáveis que compõem o CIF e calcula variações separadas para os custos variáveis e fixos.O método de quatro variações reconhece duas variações de custos variáveis e duas variaçõesde custos fixos. As variações de custo são identificadas como uma variação de dispêndios de CIFvariáveis, uma variação de eficiência dos CIF variáveis, uma variação do orçamento de CIFfixos e uma variação do volume de CIF fixos.

A variação de dispêndios de CIF variáveis mede o efeito de diferenças na taxa real de CIFvariáveis e a taxa padrão de CIF variáveis. A variação de eficiência dos CIF variáveis mede a mu-dança no consumo de CIF variáveis que ocorre devido ao uso eficiente ou ineficiente da base de

Agora, você deve estar apto a resolver o seguinte: Questões 15-20; Exercícios 9-3 a9-6; Problemas 9-4 a 9-7.

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alocação de custos, como horas de mão-de-obra direta. A variação do orçamento de CIF fixosmede a diferença entre os CIF fixos reais e os CIF fixos orçados. A variação do volume de CIF fi-xos é a diferença entre os CIF fixos orçados e os CIF fixos aplicados.

O método de quatro variações tem dois aspectos importantes: (1) contas separadas de CIFreais devem ser mantidas para custos variáveis e custos fixos e (2) horas reais de mão-de-obra di-reta trabalhadas devem ser conhecidas. Usando os mesmos dados de CIF mostrados na ilustra-ção precedente (exceto o reconhecimento dos CIF reais de $ 15.000, que foram compostos de$ 8.000 de CIF variáveis e $ 7.000 de CIF fixos, e de 3.000 horas de mão-de-obra direta foram con-sumidas na produção), os cálculos de quatro variações deveriam ser como segue:

Variações de CIF Variáveis

CIF Horas reais � taxa variável Horas padrão � taxa variávelvariáveis reais padrão por hora padrão por hora

$ 8.000 3.000 horas � $ 1,50 = $ 4.500 1.200 unidades � 2 horas �

$ 1,50 = $ 3.600

Variação de Dispêndios Variação de Eficiência$ 3.500 (desfavorável) $ 900 (desfavorável)

Variações de CIF Fixos

Custos fixos reais Custo fixo: orçado Horas padrão � taxa fixa

$ 7.000 $ 9.000 1.200 unidades x� 2 horas �

$ 4,50 = $ 10.800

Variação do Orçamento Variação de Volume$ 2.000 (favorável) $ 1.800 (favorável)

Variação CIF Líquido$ 600 (desfavorável)

Após analisar as variações, o seguinte lançamento de diário pode ser feito:

D - CIF – Variação de Dispêndio . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3.500D - CIF – Variação de Eficiência . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 900

C - CIF – Variação de Orçamento . . . . . . . . . . . . . . . . . 2.000C - CIF – Variação de Volume . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1.800C - CIF . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 600

Para encerrar a conta CIF e registrar variações.

Capítulo 9 • ORÇAMENTOS E CONTABILIDADE DE CUSTO PADRÃO PARA CUSTOS INDIRETOS DE FABRICAÇÃO • 385

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386 • CONTABILIDADE DE CUSTOS

O método de quatro variações e de duas variações resulta na mesma variação de CIF líqui-da – $ 600 desfavorável – como abaixo. Embora o método de quatro variações identifique a varia-ção do orçamento de custo fixo como originária das diferenças entre despesas reais de custos fi-xos e o montante de custo fixo orçado, a variação controlável (método de duas variações)considera a variação do orçamento como custo variável e a inclui como parte do total da variaçãocontrolável. A variação controlável engloba as variações de dispêndios, eficiência e orçamentoem uma única variação total. O montante da variação de volume está mostrado como um únicoitem separado para ambos os métodos.

Método de Quatro Variações Método de Duas VariaçõesCusto variável:Variação de dispêndio – desfavorável $ 3.500Variação de eficiência – desfavorável 900

Custo fixo: Variação controlável –desfavorável $ 2.400

Variação do orçamento – favorável 2.000 Variação de volume – favorável 1.800Variação de volume – favorável 1.800

Variação líquida – (desfavorável) $ 600 $600

Historicamente, a maioria das empresas tem usado o método de duas variações de análisepara CIF e aplicado os CIF para a produção usando uma única taxa que combina os componen-tes fixos e variáveis. Essas empresas consideram isso muito oneroso do ponto de vista da asses-soria de escritório para aplicar as taxas separadas fixas e variáveis para a produção completada etambém manter contas separadas de CIF para os elementos fixos e variáveis. No entanto, o usomais valioso do método de quatro variações é que ele demonstra os padrões de comportamen-to de custos dos custos fixos e variáveis quando os volumes de produção flutuam. Ele é um ex-celente exercício para estudar o comportamento dos custos porque demonstra os padrões decomportamento importantes para a tomada de decisão da gestão que afeta a lucratividade. Paraempresas que consideram essas informações adicionais importantes, a era do computador temfeito esse tipo de análise de dados muito mais efetiva em termos de custo.

O MÉTODO DE ANÁLISE DE TRÊS VARIAÇÕES

OBJETIVO DE APRENDIZAGEM 7Computar as variações de orçamento, capacidade e eficiência pelo método deanálise de três variações.

O método de três variações de análise de CIF, embora não tão comum quanto o méto-do de duas variações, é usado freqüentemente por fabricantes. Esse método separa CIF reais eaplicados em três variações: (1) orçado (dispêndio), (2) capacidade e (3) eficiência.

A variação do orçamento, ou variação do dispêndio, reflete a diferença entre os CIFreais e os montantes orçados calculados para horas reais trabalhadas. A economia, ou superdis-pêndio, é debitado ao gestor ou supervisor departamental responsável pelos custos.

Essas variações do orçamento não devem ser confundidas com aquelas para o método deduas variações. Os cálculos são diferentes e resultam em uma distinção mais precisa em varia-ções. A principal diferença entre os dois métodos de análise de variações é que o método de trêsvariações determina as concessões orçamentárias com base em horas reais trabalhadas em vezde no número padrão de horas permitidas para as unidades produzidas.

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A variação de capacidade indica que o volume de produção foi maior, ou menor, do queo normal. Ela reflete uma sub- ou superabsorção de custos fixos e mede a diferença entre horasreais trabalhadas, multiplicadas pela taxa padrão de CIF, e a concessão orçamentária baseada nashoras reais trabalhadas. Essa variação é considerada a responsabilidade do gestor e pode ser de-vido a variações sazonais esperadas ou mudanças no volume de produção (causadas por progra-mação pobre, uso impróprio da mão-de-obra, greves ou outros fatores).

A variação de eficiência mede a diferença entre os CIF aplicados (horas padrão pela taxapadrão) e as horas reais trabalhadas multiplicadas pela taxa padrão. Ela mostra o efeito sobre CIFfixos e variáveis quando as horas reais trabalhadas são maiores, ou menores, do que as horas pa-drão permitidas para o volume de produção. Variações desfavoráveis podem ser causadas porineficiências no uso da mão-de-obra ou um uso excessivo de horas de mão-de-obra. Variações fa-voráveis de eficiência indicam um uso mais eficaz da mão-de-obra do que aquilo que foi anteci-pado pelos padrões.

Muitos contadores acham que a concessão orçamentária para CIF é mais apropriada quan-do a base usada reflete as horas reais de mão-de-obra em vez de as horas padrão de mão-de-obra. Eles acreditam que existe um relacionamento mais definitivo entre as horas reais trabalha-das e as despesas envolvidas da fábrica e que o método de três variações oferece uma análisemais precisa dos CIF.

Independente de usar o método de duas, três ou quatro variações, os CIF aplicados para aprodução são os mesmos porque a aplicação é baseada no número padrão de horas de mão-de-obra permitido para a produção real, multiplicado pelas taxas padrão estabelecidas para CIF.Além disso, os CIF reais incorridos seriam similares em todos os casos. Portanto, a variação líqui-da de CIF que é calculada também seria a mesma com todos os métodos.

Na ilustração que segue, a variação do orçamento é desfavorável porque os CIF reais exce-deram a concessão orçamentária. Novamente, a quantia difere do método de duas variações por-que horas reais, em vez de padrão, são usadas para determinar o montante orçado. Observe quea variação do orçamento é calculada para o método de quatro variações, mas é especificamenteusada para comparar os custos fixos realmente incorridos para o período com o custo fixo orça-do anteriormente. Infelizmente essas variações têm designações similares. As designações nãoforam mudadas porque ambas são amplamente aceitas pelos contadores. Esses termos são rara-mente confundidos porque se referem a tipos diferentes de análises de CIF.

Fórmula para Calcular Variações de CIF

CIF orçados CIF aplicados:para horas reais Horas reais � horas padrão

CIF reais trabalhada taxa padrão � taxa padrãoVariável:

Fixo: $ 7.000 3.000 � $ 1,50 = $ 4.500Variável: 8.000 Fixo: orçado = 9.000 3.000 � $ 6 = 2.400 � $ 6 =

$ 15.000 $ 13.500 $ 18.000 $ 14.400

Variação de Orçamento Variação de Capacidade Variação de Eficiência$ 1.500 (desfavorável) $ 4.500 (favorável) $ 3.600 (desfavorável)

Variação de CIF Líquido$ 600 (desfavorável)

Capítulo 9 • ORÇAMENTOS E CONTABILIDADE DE CUSTO PADRÃO PARA CUSTOS INDIRETOS DE FABRICAÇÃO • 387

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A variação de eficiência, como ilustrado, é desfavorável porque as horas de mão-de-obratrabalhadas foram maiores do que as horas padrão permitidas para o nível de produção. Nessecaso, as 600 horas em excesso multiplicadas pela taxa padrão de aplicação de CIF de $ 6, é iguala variação de $ 3.600 e reflete a subabsorção dos custos fixos e variáveis.

O novo orçamento para CIF, baseado nas horas reais trabalhadas, é calculado ao multiplicaras horas reais trabalhadas pela taxa variável para CIF (3.000 horas � $ 1,50 por hora), totalizando$ 4.500, e somando o custo fixo esperado de $ 9.000 para o período. O novo orçamento, para ashoras trabalhadas, totaliza $ 13.500. A variação de capacidade teoricamente reflete o custo de ins-talações de fábrica não usadas e envolve custos fixos na sua maior parte. Com 3.000 horas reaisde mão-de-obra trabalhadas, $ 13.500 (3.000 � $ 4,50) de custo fixo foi absorvido na conta deProdutos em Processo, $ 4.500 maiores do que foram orçados. Essa variação é similar à variaçãode volume sob o método de duas variações, mas o montante difere porque esta está baseada nashoras reais trabalhadas em vez de nas horas padrão permitidas para 12.000 unidades.

Para propósitos de comparação, o método de duas variações produziria os seguintes resul-tados:

CIF padrão orçados CIF aplicadosCIF reais para nível real de produção ao padrão

2.400 � $ 1,50 = $ 3.600Fixo: = 9.000

$ 15.000 $ 12.600 2.400 horas � $ 6 = $ 14.400

Variação Controlável Variação de Volume$ 2.400 (desfavorável) $ 1.800 (favorável)

Variação de CIF Líquida$ 600 (desfavorável)

TERMOS-CHAVECapacidade normal Orçamento de passivosCapacidade prática Orçamento estáticoCapacidade teórica Orçamento flexívelComportamento de custos Orçamento para contas a receberCusto padrão por unidade para CIF Orçamento para custos de manufaturaCustos fixos Orçamentos para despesasCustos semifixos (ou custos por degraus) administrativas, de vendas e outrasCustos semivariáveis Previsão de vendasCustos variáveis Produção padrão

Agora, você deve estar apto a resolver o seguinte: Questões 21 e 22; Exercícios 9-7e 9-8; Problemas 9-8 a 9-13.

388 • CONTABILIDADE DE CUSTOS

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Capítulo 9 • ORÇAMENTOS E CONTABILIDADE DE CUSTO PADRÃO PARA CUSTOS INDIRETOS DE FABRICAÇÃO • 389

Demonstração de resultados orçados Variação controlávelMétodo de duas variações Variação de capacidadeMétodo de quatro variações Variação do dispêndioMétodo de três variações Variação de eficiênciaOrçamento Variação de volumeOrçamento de caixa Variação do orçamentoOrçamento de dispêndio de capital

PROBLEMA PARA AUTO-AVALIAÇÃO

ORÇAMENTOS FLEXÍVEIS: MÉTODOS DE DUAS, TRÊS E QUATRO VARIAÇÕESDE ANÁLISE DE CIF

COMPANHIA TREVOA Companhia Trevo fabrica um único produto e usa um sistema de custo padrão. Os CIF são

aplicados com base em horas de mão-de-obra direta. Segue uma versão condensada do orça-mento flexível da empresa:

Horas de mão-de-obra direta . . . . . . . . . . . . 20.000 25.000 40.000Custo por hora $ 2Custos de CIF:

Custos variáveis . . . . . . . . . . . . . . . . $ 40.000 $ 50.000 $ 80.000Custos fixos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 200.000 200.000 200.000Total . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 240.000 $ 250.000 $ 280.000

O produto requer 3 libras de materiais a um custo padrão por libra de $ 7 e 2 horas de mão-de-obra direta a um custo padrão de $ 6 por hora.

Para o ano corrente, a empresa planejou operar com 25.000 horas de mão-de-obra direta eproduzir 12.500 unidades do produto. Produção e custos reais para o ano são os seguintes:

Número de unidades produzidas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14.000Horas reais de mão-de-obra direta trabalhada . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30.000CIF reais variáveis incorridos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 52.000CIF reais fixos incorridos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 208.000

Pede-se:

1. Compute a taxa de CIF que será usada para a produção para o ano corrente. Mostre os com-ponentes variáveis e fixos que compõem o total da taxa predeterminada que será usada.

2. Prepare uma folha de custo padrão para o produto. Mostre os elementos individuais da taxa deCIF assim como a taxa total.

3. Compute (a) horas padrão permitidas para a produção e (b) CIF sub- ou superaplicados parao ano.

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4. Determine o motivo para qualquer CIF sub- ou superaplicado para o ano, ao computar todas asvariações, usando cada um dos seguintes métodos:a. método de duas variaçõesb. método de três variações (apêndice)c. método de quatro variações (apêndice)

SOLUÇÃO PARA O PROBLEMA DE AUTO-AVALIAÇÃOCompute a taxa de CIF em elementos fixos e variáveis

1. Mostre a taxa predeterminada total que será usada durante o ano corrente:

Taxa variável: Por hora de mão-de-obra diretaCustos variáveis . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 50.000 = $ 2,00Horas de mão-de-obra direta . . . . . . . . . . . . . . . . . 25.000

Taxa fixa:Custos fixos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 200.000 = $ 8,00Horas de mão-de-obra direta . . . . . . . . . . . . . . . . . 25.000

Taxa total:Custos variáveis . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 50.000Custos fixos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 200.000Custos totais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 250.000Horas de mão-de-obra direta . . . . . . . . . . . . . . . . . 25.000 = $ 10,00

2. Prepare uma folha de custo padrão para cada unidade do produto.

Materiais diretos: 3 libras a $ 7 por libra . . . . . . . . . . . . . . . $ 21,00Mão-de-obra direta: 2 horas a $ 6 por hora . . . . . . . . . . . . . 12,00CIF:

Custo variável: 2 horas a $ 2 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 4,00Custo fixo: 2 horas a $ 8 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16,00 20,00

Custo unitário padrão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 53,00

3. a. Compute as horas padrão permitidas para a produção para o ano.

Unidades reais produzidas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14.000Número de horas permitidas pelo padrão estabelecido

para cada unidade de produto . . . . . . . . . . . . . . . . . . . � 2Total de horas padrão permitidas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 28.000

b. Compute os CIF sub- ou superaplicados para o ano.CIF reais incorridos:

Custos variáveis . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 52.000Custos fixos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 208.000

Total de CIF reais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 260.000CIF aplicados:

Horas padrão permitidas � taxa padrão:28.000 horas � $ 10,00 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 280.000CIF superaplicados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 20.000

390 • CONTABILIDADE DE CUSTOS

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4. Calcule o motivo para o CIF superaplicado por:

a. Método de duas variações:

CIF padrãoorçados para nível CIF aplicados

CIF reais real de produção ao padrão

Var.: 28.000 � $ 2 = $ 56.000Fixo: = 200.000

$ 260.000 $ 256.000 28.000 horas � $ 10 = $ 280.000

Variação Controlável Variação de Volume$ 4.000 (desfavorável) $ 24.000 (favorável)

Variação Líquida de CIF$ 20.000 (favorável)

b. Método de três variações: (Apêndice)

CIF aplicado:CIF orçados para Horas reais � horas padrão

CIF reais horas reais trabalhadas taxa padrão � taxa padrão

Variável:30.000 � $ 2,00 = $ 60.000Fixo: = 200.000 30.000 � $ 10 = 28.000 � $ 10 =

$ 260.000* $ 260.000 $ 300.000 $ 280.000

Variação de Orçamento Variação de Capacidade Variação de Eficiência$ -0- $ 40.000 (favorável) $ 20.000 (desfavorável)

Variação de CIF Líquida$ 20.000 (favorável)

Capítulo 9 • ORÇAMENTOS E CONTABILIDADE DE CUSTO PADRÃO PARA CUSTOS INDIRETOS DE FABRICAÇÃO • 391

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c. Método de quatro variações:

CIF Horas reais � taxa variável Horas padrão � taxa variávelvariáveis reais padrão padrão por hor

$ 52.000* 30.000 � $ 2,00 = $ 60.000 28.000 � $ 2 = $ 56.000

Variação de Dispêndios Variação de Eficiência$ 8.000 (favorável) $ 4.000 (desfavorável)

CIF fixos reais Custo fixo: orçado Horas padrão � taxa fixa padrão

$ 208.000* $ 200.000 28.000 � $ 8 = $ 224.000

Variação do Orçamento Variação de Volume$ 8.000 (desfavorável) $ 24.000 (favorável)

Variação de CIF Líquida$ 20.000 (favorável)

* Esses custos totais representam as horas reais � as taxas reais por hora. Quando o custo total é dado, não é necessá-rio determinar os componentes específicos que compõem o custo total a não ser que você o faça para compreender asfórmulas usadas.

(Nota: O Problema 9-13 é semelhante a esse problema.)

QUESTÕES

1. Como é determinado o custo padrão porunidade para CIF?

2. Como se aplica o CIF para produtos emprocesso em um sistema de contabilidadede custo padrão?

3. Qual é a diferença entre custos fixos e va-riáveis? Dê exemplos de cada.

4. O que é orçamento?

5. Qual é a vantagem para empresas e se-tores de usar orçamentos?

6. Quais são os seis princípios de um bomprocesso orçamentário?

7. Qual orçamento deve ser elaborado antesdos outros? Por quê?

8. Se a previsão de vendas estimar que50.000 unidades de um produto serão

392 • CONTABILIDADE DE CUSTOS

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Capítulo 9 • ORÇAMENTOS E CONTABILIDADE DE CUSTO PADRÃO PARA CUSTOS INDIRETOS DE FABRICAÇÃO • 393

vendidas durante o próximo ano, a fábricadeve planejar fabricar 50.000 unidadesno ano vindouro? Explique.

9. Quais são as vantagens e as desvantagensde cada um dos seguintes:a.Uma política de produção estávelb.Uma política de estoque estável parauma empresa que tem uma flutuação muitogrande de vendas durante o ano

10. Depois dos orçamentos serem preparadosem unidades e em dinheiro, quais outrasatividades podem ser planejadas?

11. O que é um orçamento flexível?

12. Como você definiria os termos abaixo?a.Capacidade teóricab.Capacidade práticac.Capacidade normal

13. É possível para uma fábrica operar a maisde 100% de sua capacidade?

14. Se uma fábrica operar a 100% da capaci-dade um mês, a 90% da capacidade nomês seguinte e a 105% da capacidadeno próximo mês, irá um custo diferente por

unidade ser debitado para Produtos emProcesso a cada mês para CIF?

15. O que é uma variação controlável?16. Por que é importante determinar variações

controláveis?17. O que é uma variação de volume?18. Qual é o significado de uma variação de

volume?19. Se a produção for maior, ou menor, do

que o volume padrão, é possível que nãoexista variação controlável ou de volume?Explique.

20. No final do corrente ano fiscal, o balan-cete de verificação da Empresa Reis reve-lou os seguintes saldos devedores:Variação Controlável - $ 2.000Variação de Volume - $ 75.000Quais conclusões podem ser tiradas des-sas duas variações?

21. Quais variações do método de quatro va-riações são incluídas na variação con-trolável do método de duas variações?

22. Qual é a principal diferença entre os méto-dos de cálculo dos métodos de duas va-riações e de três variações?

EXERCÍCIOS

E 9-1 Preparando o orçamento de produção e o orçamento de materiaisObjetivo 2

O departamento de vendas de sua empresa fez uma previsão de vendas de 20.000unidades para o mês de março. Seguem informações adicionais:

Estoque de produtos acabados, 1 de março . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3.000 unidadesEstoque necessário para produtos acabados, 31 de março . . . . . . . . 1.000 unidades

Materiais consumidos na produção:Estoque

Estoque Necessário Custo1 de Março 31 de Março Padrão

A (um galão por unidade) . . . . . . . . . . . 500 galões 1.000 galões $ 2 por galãoB (uma libra por unidade) . . . . . . . . . . . 1.000 libras 1.000 libras $ 1 por libra

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394 • CONTABILIDADE DE CUSTOS

Prepare o seguinte:a. Um orçamento de produção para março (em unidades)b. Um orçamento de materiais para o mês (em unidades e em dinheiro)

E 9-2 Calculando CIFObjetivo 3

A capacidade normal de uma indústria de manufatura é de 5.000 unidades por mês. CIFfixos a esse volume são de $ 2.500 e CIF variáveis são de $ 7.500. Seguem dados adicionais:

Mês 1 Mês 2Produção real (unidades) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5.200 4.500CIF reais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 9.900 $ 9.400

Calcule o montante de CIF permitidos para os níveis reais de produção e a taxa de apli-cação de CIF por unidade aos vários níveis de produção. (Arredonde para duas casas decimais.)

E 9-3 Calculando CIFObjetivos 3, 4

A capacidade padrão de uma fábrica é de 8.000 unidades por mês. Seguem os dados so-bre custos e produção:

Taxa padrão de aplicação de CIF fixos . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 0,50 por unidadeTaxa padrão de aplicação de CIF variáveis . . . . . . . . . . . . . . $ 1,50 por unidadeProdução – Mês 1 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7.200 unidadesProdução – Mês 2 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8.400 unidadesCIF reais – Mês 1 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 14.500CIF reais – Mês 2 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 17.600

Calcule o montante de CIF permitido para o volume real de produção em cada mês e a va-riação entre CIF orçados e reais para cada mês.

E 9-4 Calculando CIF: duas variaçõesObjetivos 4, 5

Normalmente, a Companhia de Manufatura Vítor produz 10.000 unidades do produto � acada mês. Cada unidade requer 2 horas de mão-de-obra direta e os CIF são aplicados com baseem horas de mão-de-obra direta. Custos fixos e custos variáveis em CIF na capacidade normal sãode $ 5 e $ 3 por unidade, respectivamente. Seguem os dados de maio sobre custos e produção:

Produção para o mês . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9.000 unidadesHoras de mão-de-obra direta consumidas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18.500 horasCIF incorridos para:Custos variáveis . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 28.500Custos fixos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 52.000

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Capítulo 9 • ORÇAMENTOS E CONTABILIDADE DE CUSTO PADRÃO PARA CUSTOS INDIRETOS DE FABRICAÇÃO • 395

a. Calcule a variação controlávelb. Calcule a variação de volumec. Os CIF totais foram sub- ou superaplicados? Por que montante?

E 9-5 Fazendo lançamentos de diário para CIF e variações; análise das variaçõesObjetivos 4, 5

A capacidade normal de uma planta de manufatura é de 30.000 horas de mão-de-obra di-reta ou 20.000 unidades por mês. Custos fixos padrão são $ 6.000 e custos variáveis são$ 12.000. Seguem dados para dois meses:

Junho JulhoUnidades produzidas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18.000 21.000CIF incorridos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 16.500 $ 19.000

Faça lançamentos de diário para debitar CIF para Produtos em Processo e para registrarvariações para cada mês. Indique os tipos de variações e diga se cada uma é favorável ou des-favorável. (Dica: Primeiro você deve computar as variações de volume e controláveis.)

E 9-6 Calculando o montante de CIF aplicados para produtos em processoObjetivos 4, 5

A taxa de aplicação de CIF para uma empresa é de $ 2,50 por unidade, composto de$ 1,00 para CIF fixos e $ 1,50 para CIF variáveis. A capacidade normal é de 10.000 unidades.Em um mês, houve uma variação controlável desfavorável de $ 200. Os CIF reais para o mêsforam de $ 27.000. Qual foi o montante orçamentário do nível real da produção?

E 9-7 (Apêndice) Calculando CIF: quatro variaçõesObjetivo 6

A Companhia de Gaxetas Giro orçou 8.000 horas de mão-de-obra direta para o ano. É es-perado que o total do orçamento de CIF chegue a $ 20.000. O custo padrão para uma unidadede produto da empresa estima os CIF variáveis da seguinte forma:

CIF variáveis (3 horas a $ 2) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 6 por unidade

Seguem os dados reais para o período:

Unidades reais completadas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2.500Horas reais de mão-de-obra direta . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7.640CIF variáveis reais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 16.100CIF fixos reais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3.920

Usando o método de quatro variações, calcule as variações para CIF. (Dica: Primeiro com-pute os CIF fixos orçados.)

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E 9-8 (Apêndice) Calculando CIF: três variaçõesObjetivo 7

Usando os dados mostrados no E 9-4, calcule as seguintes variações de CIF:

a. Variação de orçamentob. Variação de capacidadec. Variação de eficiênciad. Os CIF foram sub- ou superaplicados? Por que montante?

PROBLEMAS

P 9-1 Orçamento flexível; análise de variações de CIFObjetivo 2

Abaixo está o orçamento mensal de CIF (capacidade normal de 5.000 unidades ou 20.000horas de mão-de-obra direta) e os dados sobre produção e custos para um mês.

Orçamento de CIFCusto fixo:

Depreciação de edifício e maquinaria . . . . . . . . . . . . $ 1.200Impostos prediais e sobre maquinaria . . . . . . . . . . . . 500Seguro de edifício e maquinaria . . . . . . . . . . . . . . . . 500Salário do superintendente . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1.500Salários de supervisores . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2.300Ordenados de manutenção . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1.000 $ 7.000

Custo variável:Reparos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 400Suprimentos para manutenção . . . . . . . . . . . . . . . . . 300Outros suprimentos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 200Encargos sociais sobre a folha . . . . . . . . . . . . . . . . . 800Pequenas ferramentas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 300 2.000

Total de CIF padrão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 9.000

Dados de Produção e de Custos

Número de unidades produzidas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4.000CIF:

Depreciação sobre edifício e maquinaria . . . . . . . . . . $ 1.200Salários de supervisores . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2.300Seguro sobre edifício e maquinaria . . . . . . . . . . . . . . 480Suprimentos para manutenção . . . . . . . . . . . . . . . . . 200

396 • CONTABILIDADE DE CUSTOS

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Ordenados de manutenção . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1.050Outros suprimentos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 150Encargos sociais sobre a folha . . . . . . . . . . . . . . . . . 650Reparos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 275Pequenas ferramentas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 170Salário do superintendente . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1.500Impostos sobre edifício e maquinaria . . . . . . . . . . . . . 525

Pede-se:1. Supondo que os custos variáveis irão variar em proporção direta com a mudança no vo-lume, prepare um orçamento flexível para níveis de produção de 80%, 90% e 110%.Além disso, determine a taxa de aplicação de CIF para produtos em processo em cadanível de volume.

2. Prepare um orçamento flexível para níveis de produção de 80%, 90% e 110%, supondoque os custos variáveis irão variar em proporção direta com a mudança no volume, mascom as seguintes exceções: (Dica: Estabeleça uma terceira categoria para despesas semi-fixas.)a. A uma capacidade de 110%, será preciso um chefe assistente de departamento, comum salário anual de $ 10.500.

b. A uma capacidade de 80%, a despesa de reparos cairá 50% em comparação com aquantia necessária a 100%.

c. A despesa de suprimentos para manutenção permanecerá constante em todos os níveisde produção.

d. A 80% da capacidade, um trabalhador de manutenção de meio período, ganhando$ 6.000 por ano, será demitido.

e. A 110% da capacidade, uma máquina que normalmente não é usada, e sobre a qualnenhuma depreciação é normalmente registrada, será usada na produção. O seu cus-to foi de $ 12.000 e ela tem uma vida útil de 10 anos.

3. Usando o orçamento flexível preparado em (1), determine o custo orçado a 96% da ca-pacidade, usando a interpolação.

4. Usando o orçamento flexível preparado em (1), determine o custo orçado a 104% dacapacidade usando outro método que não o de interpolação.

P 9-2 Taxa de aplicação de CIFObjetivo 3

A Companhia de Manufatura Clareza usa um sistema de custo por ordem e custo padrão.Ela fabrica um único produto, cujo custo padrão segue:

Materiais, 20 metros a $ 0,90 por metro . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 18Mão-de-obra direta, 4 horas a $ 9,00 por hora . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 36Total de CIF (a proporção de custosvariáveis para custos fixos é de 3 por 1) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 32Total do custo unitário . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 86

Capítulo 9 • ORÇAMENTOS E CONTABILIDADE DE CUSTO PADRÃO PARA CUSTOS INDIRETOS DE FABRICAÇÃO • 397

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Os padrões são baseados em atividade normal de 2.400 horas de mão-de-obra direta. Aatividade real para o mês de outubro é a seguinte:

Materiais comprados, 18.000 metros a $ 0,92 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 16.560Materiais consumidos, 9.500 metrosMão-de-obra direta, 2.100 horas a $ 9,15 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19.215Total de CIF, 500 unidades realmente produzidas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17.760

Pede-se:Compute as taxas de CIF fixos e variáveis por hora de mão-de-obra direta, e o total dos CIF

fixos com base em atividade normal.

P 9-3 AnáliseObjetivo 3 e revisão do Capítulo 8

No dia 1 de maio, a Companhia Colegial começou a fabricação de um novo dispositivomecânico, conhecido como Calouro. A empresa instalou um sistema de custo padrão para con-tabilizar os custos de manufatura. Os custos padrão para uma unidade de Calouro são osseguintes:

Matérias-primas (5 libras a $ 1 por libra) . . . . . . . . . . . . . . . $ 5Mão-de-obra direta (1 hora a $ 8 por hora) . . . . . . . . . . . . . 8CIF (50% dos custos de mão-de-obra direta) . . . . . . . . . . . . . 4

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 17

Os seguintes dados vieram dos registros da Colegial para o mês de maio:

UnidadesProdução real . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4.000Unidades vendidas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2.500

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Débito CréditoVendas$ 50.000Compras (22.000 libras) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 23.300Variação do preço de materiais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1.300Variação da quantidade de materiais . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1.000Variação da taxa da mão-de-obra direta . . . . . . . . . . . . . . . 770Variação da eficiência da mão-de-obra direta . . . . . . . . . . . . 1.200Variação total de CIF de manufatura . . . . . . . . . . . . . . . . . . 500

O montante mostrado acima para a variação do preço de materiais é aplicável às matérias-primas compradas em maio.

Pede-se:Compute cada um dos seguintes itens para a Colegial para o mês de maio. Mostre as com-

putações em boa forma.1. Quantidade padrão de matérias-primas permitidas (em peso) para a produção real2. Quantidade real de matérias-primas consumidas (em peso) (Dica: Certifique-se de consi-derar a variação da quantidade de materiais.)

398 • CONTABILIDADE DE CUSTOS

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3. Horas de mão-de-obra direta padrão permitidas

4. Horas reais de mão-de-obra direta trabalhadas

5. Taxa da mão-de-obra direta real

6. CIF totais reais

P 9-4 Variações de materiais, mão-de-obra e CIF; análise de CIFde duas variaçõesObjetivos 4, 5

As especificações padrão para um motor elétrico fabricado pela empresa DHL Motores estãoa seguir:

DHL

Custo padrão por unidade:Materiais (2 libras � $ 5 por libra) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 10,00Mão-de-obra (4 horas � $ 6 por hora) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24,00CIF (4 horas � $ 3,38* por hora) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13,52

Total de custo padrão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 47,52* $ 1,00 variável + $ 2,38 fixo = $ 3,38

As taxas de CIF são baseadas na capacidade normal de 70% e usa o seguinte orçamentoflexível:

Normal70% 85% 90%

Motores a serem produzidos . . . . . . . . . . . . . . . . . 2.100 2.550 3.000CIF variáveis . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 8.400 $ 10.200 $ 12.000CIF fixos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20.000 20.000 20.000

A produção real foi de 2.500 motores e os CIF totalizaram $ 30.305.

Pede-se:Calcule as variações dos CIF usando o método de duas variações.

P 9-5 Lançamentos de diário; análise de variações; outras análisesObjetivos 4, 5 e revisão do Capítulo 8

Dados de custos e produção para a Companhia de Produtos Zezinho estão a seguir:

Folha do Custo Padrão(Capacidade Normal – 1.000 unidades)

Depto. A Depto. B TotalMateriais:

I – 2 libras a $ 2 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 4II – 2 libras a $ 1 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 2 $ 6

Capítulo 9 • ORÇAMENTOS E CONTABILIDADE DE CUSTO PADRÃO PARA CUSTOS INDIRETOS DE FABRICAÇÃO • 399

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400 • CONTABILIDADE DE CUSTOS

Mão-de-obra:2 horas a $ 5 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 101 hora a $ 6 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6 16

CIF (por hora de mão-de-obra padrão):Fixo Variável$ 2 $ 1 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 61 3 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4 10

Total . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 20 $ 12 $ 32

Relatório de ProduçãoDepto. A Depto. B

Unidades iniciais em processo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Nenhuma NenhumaUnidades acabadas e transferidas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1.000 900Unidades finais em processo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 200 100Estágio de completude . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1/2 1/2

Dados de Custos Reais

Depto. A Depto. B

Materiais diretos usados:I – 2.300 librasII – 1.850 libras

Mão-de-obra direta:2.150 horas1.000 horas

CIF:Materiais indiretosMão-de-obra indiretaOutros (custos fixos)

Total

$ 4.715

10.965

$ 1.0001.3004.400 6.700

$ 22.380

$ 1.813

5.900

$ 5001.0002.250 3.750

$ 11.463

Durante o mês, 850 unidades foram vendidas a $ 50 cada.Nota: Materiais, mão-de-obra e CIF são adicionados uniformemente durante o processo.

Pede-se:

1. Faça lançamentos no diário geral para registrar todas as transações e variações. (Use ométodo de duas variações para análise de variações de CIF.) (Dica: Primeiro você precisacomputar as unidades equivalentes e as variações para materiais, mão-de-obra e CIF.)

2. Prove os saldos de Produtos em Processo para ambos os departamentos.

3. Prove que todos os custos foram contabilizados.

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Capítulo 9 • ORÇAMENTOS E CONTABILIDADE DE CUSTO PADRÃO PARA CUSTOS INDIRETOS DE FABRICAÇÃO • 401

P 9-6 Análise de variaçõesObjetivos 3, 5 e revisão do Capítulo 8

Camisas Lopo Ltda. fabrica camisas esporte masculinas para lojas grandes. A Lopo produzuma única qualidade de camisas em lotes de uma dúzia de acordo com o pedido do cliente eafixa a etiqueta da loja. Os custos padrão para uma dúzia de camisas incluem o seguinte:

Materiais diretos. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24 metros a $ 0,55 $ 13,20Mão-de-obra direta. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3 horas a $ 7,35 22,05CIF . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3 horas a $ 2,00 6,00

Custo padrão por dúzia . . . . . . . . . . . . . . . . $ 41,25

Durante outubro, a Lopo trabalhou em três pedidos para camisas. Os registros do custo porordem para o mês apresentam o seguinte:

Lote Unidades no Lote Materiais Usados Horas Trabalhadas30 1.000 dúzias 24.100 metros 2.98031 1.700 dúzias 40.440 metros 5.13032 1.200 dúzias 28.825 metros 2.890

As seguintes informações também estão disponíveis:

a. A Lopo comprou 95.000 metros de materiais durante o mês de outubro a um custo de$ 53.200. A variação do preço de materiais é registrada quando os produtos são com-prados e todos os estoques são mantidos ao custo padrão.

b. A mão-de-obra direta incorrida totalizou $ 81.400 durante o mês de outubro. De acordocom registros da folha de pagamentos, empregados de produção foram pagos a $ 7,40por hora.

c. Os CIF são aplicados com base nas horas de mão-de-obra direta. Os CIF totalizando$ 22.800 incorreram durante o mês de outubro.

d. Um total de $ 288.000 foi orçado para CIF para o ano, baseado em estimativas de pro-dução na capacidade normal da fábrica de 48.000 dúzias de camisas por ano. Os CIFsão de 40% fixo e 60% variável a esse nível de produção.

e. No dia 1 de outubro, não havia produtos em processo. Durante outubro, os Lotes 30 e 31foram completados e todos os materiais foram baixados para o Lote 32, que estava 80%completado quanto a mão-de-obra e CIF.

Pede-se:

1. Prepare uma planilha computando os custos padrão para outubro dos Lotes 30, 31 e 32.

2. Prepare uma planilha computando a variação dos preços de materiais para outubro e in-dique se é favorável ou desfavorável.

3. Para cada lote produzido durante outubro, prepare planilhas computando o seguinte (in-dique se favorável ou desfavorável):a.Variação da quantidade de materiais em metros.b.Variação da eficiência da mão-de-obra em horas. (Dica: Não se esqueça da porcen-tagem de completude.)

c. Variação da taxa da mão-de-obra em dinheiro.

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4. Prepare uma planilha computando a variação de volume de CIF e a variação controláveltotal em outubro, e indique se são favoráveis ou desfavoráveis.

P 9-7 Variações de materiais, mão-de-obra e CIF – método de duas variaçõesObjetivos 4, 5 e revisão do Capítulo 8

A Companhia Oliva fabrica produtos em lotes de 100 unidades por lote. A empresa usa umsistema de custo padrão e prepara orçamentos que requerem 500 desses lotes por período. CIFfixos são de $ 60.000 por período. Os custos padrão por lote estão a seguir:

Materiais (80 galões) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 32Mão-de-obra (60 horas) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 216CIF . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 252Custo padrão por lote . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 500

Durante o período, 503 lotes foram fabricados e os seguintes custos foram incorridos:

Materiais consumidos (40.743 galões) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 15.482,34Mão-de-obra (29.677 horas a $ 3,65 por hora) . . . . . . . . . . . . . 108.321,05CIF variáveis reais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 67.080,00CIF fixos reais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 60.500,00

Pede-se:Calcule as variações de materiais, mão-de-obra e CIF. Para os CIF, use o método de duas

variações.

P 9-8 (Apêndice) Todas as variações; quatro variações para CIFObjetivo 6

A Companhia de Manufatura Brando fabrica um pequeno motor elétrico que é uma peça dereposição para os fornos a gás mais populares. A folha do custo padrão mostra que as necessi-dades do produto são as seguintes:

Materiais diretos – 2 libras a $ 4 por libra . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 8,00Mão-de-obra direta – 5 horas a $ 8 por hora . . . . . . . . . . . . . . . . . . 40,00CIF:

Custo variável – 5 horas a $ 2 por hora . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10,00Custo fixo – 5 horas a $ 4 por hora . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20,00Total do custo padrão por unidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 78,00

As taxas dos CIF são baseadas na capacidade normal de 100% e nos seguintes orçamentosflexíveis:

Normal90% 100% 110%

Unidades produzidas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2.500 3.000 3.500CIF – variáveis . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 25.000 $ 30.000 $ 35.000CIF – fixos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 60.000 60.000 60.000

402 • CONTABILIDADE DE CUSTOS

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A empresa produziu 3.500 unidades e incorreu nos seguintes CIF:

CIF – fixos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 61.950CIF – variáveis . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 33.710

Pede-se:1. Calcule as variações dos CIF de dispêndio, eficiência, orçamento e volume.2. A variação líquida representa CIF sub- ou superaplicados?

P 9-9 (Apêndice) Variações de materiais, mão-de-obra e CIF – método dequatro variaçõesObjetivo 6 e revisão do Capítulo 8

A empresa Mágica usa um sistema de custo padrão e fabrica um único produto. Os custosvariáveis por produto são assim:

Materiais (4 partes) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 2Mão-de-obra (2 horas) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6CIF . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 11

Os custos fixos orçados para o mês são de $ 4.000 e a Mágica esperava fabricar 2.000unidades. No entanto, a produção real foi de apenas 1.800 unidades. Os preços de materiaisficaram 5% acima do padrão e as taxas para a mão-de-obra ficaram 10% acima do padrão. Dasdespesas dos CIF, apenas 80% foram usadas, e os CIF fixos ficaram $ 100 acima da quantia orça-da. Em relação ao consumo de materiais, foram usadas 8% a mais de peças que o esperado paraa produção real de acordo com o padrão, e foram consumidas 6% a mais de horas de mão-de-obra que o esperado.

Pede-se:1. Calcule as variações de materiais e mão-de-obra.2. Calcule as variações para CIF pelo método de quatro variações.

P 9-10 (Apêndice) Variações da mão-de-obra e análise dos CIF com o métodode quatro variaçõesObjetivo 6 e revisão do Capítulo 8

A Companhia de Manufatura Moderna estima os seguintes custos de mão-de-obra e CIFpara o período:

CIF variáveis. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 44.200CIF fixos. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 50.050Total dos CIF estimados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 94.250Custo estimado para mão-de-obra direta . . . . . . . . . . . . . $ 65.000Taxa padrão por hora para mão-de-obra direta . . . . . . . . $ 5

Cada unidade precisará de 26 horas de mão-de-obraProdução estimada para o período . . . . . . . . . . . . . . 500 unidades

Capítulo 9 • ORÇAMENTOS E CONTABILIDADE DE CUSTO PADRÃO PARA CUSTOS INDIRETOS DE FABRICAÇÃO • 403

Page 405: Contabilidade de Custos - georgenunes.files.wordpress.com · como projetar um sistema de contabilidade que se acomode ao sistema de pro-dução e de distribuição de uma organização;

Estatísticas da produção para o período:Produção real . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 510 unidadesHoras reais de mão-de-obra direta consumidas . . . . . 13.015 horasCusto real da mão-de-obra direta. . . . . . . . . . . . . . . $ 66.116,20CIF reais:Custos variáveis . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 45.009Custos fixos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 50.125

Pede-se:Use o método de quatro variações para a análise dos CIF. Calcule as variações para mão-

de-obra direta e CIF. Prove que as variações dos CIF são iguais aos CIF sub- ou superaplicadospara o período.

P 9-11 (Apêndice) Análise de CIF pelo método de três variaçõesObjetivo 7

Usando os dados fornecidos no P 9-5, calcule as variações de CIF usando o método de trêsvariações.

P 9-12 (Apêndice) Análise de variações usando o método de três variaçõespara CIFObjetivo 7

A Companhia de Móveis Futura usa um sistema de custo padrão para contabilizar seuscustos de produção. O custo padrão para uma unidade de móveis segue:

Madeira, 100 pés a $ 150 por 1.000 pés. . . . . . . . . . . . . . . $ 15,00Mão-de-obra direta, 4 horas a $ 10 por hora. . . . . . . . . . . . . 40,00CIF: Fixos (15% da mão-de-obra direta) . . . . . . . . . . . . . . . $ 6,00

Variáveis (30% da mão-de-obra direta) . . . . . . . . . . . . 12,00 18,00Total do custo por unidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 73,00

O orçamento flexível mensal para CIF aplica:Horas de Mão-de-obra Direta CIF Estimados

5.200 $ 21.6004.800 20.4004.400 19.2004.000 (capacidade normal) 18.0003.600 16.800

Seguem os custos reais por unidade para o mês de dezembro:

Madeira consumida (110 pés a $ 120 por 1.000 pés) . . . $ 13,20Mão-de-obra direta (4,25 horas a $ 10,24 por hora) . . . . 43,52

CIF: Custos variáveis. . . . . . . . . . . . . $ 7.400Custos fixos. . . . . . . . . . . . . . . . 13.720. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 21.120/1.200 unidades 17,60

Total do custo real por unidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 74,32

404 • CONTABILIDADE DE CUSTOS

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Pede-se:Compute as variações para materiais, mão-de-obra e CIF, usando o método de três variações

para CIF.

P 9-13 (Apêndice) Orçamentos flexíveis; análise dos CIF usando os métodos deduas, três e quatro variações. Similar ao problema para auto-avaliação.Objetivos 5, 6, 7

A Companhia Moisés fabrica um único produto e usa um sistema de custo padrão. Os CIFsão aplicados com base em horas de mão-de-obra direta. Segue uma versão condensada do orça-mento flexível da empresa:

Horas de mão-de-obra direta a $ 2/hora . . . . . 5.000 6.250 10.000CIF: Custos variáveis . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 10.000 $ 12.500 $ 20.000

Custos fixos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 50.000 50.000 50.000Total . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 60.000 $ 62.500 $ 70.000

O produto precisa de 3 libras de materiais a um custo padrão de $ 5 por libra e 2 horas demão-de-obra direta a um custo padrão de $ 10 por hora.

Para o ano corrente, a empresa planejou operar a um nível de 6.250 horas de mão-de-obradireta e produzir 3.125 unidades do produto. A produção e os custos reais para o ano são osseguintes:

Número de unidades produzidas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3.500Horas reais de mão-de-obra direta trabalhadas . . . . . . . . . . . . . . . . . 7.000CIF reais variáveis incorridos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 14.000CIF reais fixos incorridos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 52.000

Pede-se:

1. Compute a taxa de CIF que será usada para a produção para o ano corrente. Mostre oscomponentes variáveis e fixos que compõem a taxa predeterminada total a ser usada.

2. Prepare uma folha de custo padrão para o produto. Mostre os elementos individuais dataxa para CIF, assim como a taxa total.

3. Compute (a) as horas padrão permitidas para a produção e (b) os CIF sub- ou superapli-cados para o ano.

4. Determine os motivos para qualquer CIF sub- ou superaplicado para o ano computandotodas as variações, por meio de cada um dos seguintes métodos:a. método de duas variaçõesb. método de três variações (apêndice)c. método de quatro variações (apêndice)

Capítulo 9 • ORÇAMENTOS E CONTABILIDADE DE CUSTO PADRÃO PARA CUSTOS INDIRETOS DE FABRICAÇÃO • 405

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Ascaracterísticas que distinguem a contabilidade de custos da contabilidade gerencial nãosão fáceis de detectar. Até certo ponto, as diferenças entre as duas áreas são subjetivas. Amaioria dos livros-texto de contabilidade de custos (incluindo este) dedica atenção con-

siderável aos usos gerenciais de dados de custos ao entrelaçar os usos dos dados e as necessida-des gerenciais com as discussões sobre os sistemas de custos. A maioria dos livros-texto sobrecontabilidade gerencial inclui alguma discussão sobre os sistemas de custos e a acumulação eprocessamento dos dados de custos. No entanto, uma cobertura mais abrangente dos sistemas

OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM

Após estudar este capítulo, você dever estar apto a:

� Computar o resultado líquido sob o custeio direto e o custeio por absorção.� Discutir os méritos e as limitações do custeio direto.� Definir o conceito de análise de rentabilidade por segmento e explicar a distinçãoentre custos diretos e indiretos.

� Computar o ponto de equilíbrio e o volume alvo necessário para obter certo resultado.� Calcular o índice de margem de contribuição e o índice de margem de segurança.� Usar técnicas de análise do custo diferencial para tomar decisões especiais.� Identificar as técnicas apropriadas para analisar e controlar os custos de distribuiçãoincorridos na venda e entrega de produtos.

Análise de Custos para Tomadasde Decisões Gerenciais

10

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Capítulo 10 • ANÁLISE DE CUSTOS PARA TOMADAS DE DECISÕES GERENCIAIS • 407

de contabilidade de custos (por ordem, por processo e padrão), que são a principal investidados livros sobre contabilidade de custos, aumenta a habilidade analítica do indivíduo para resol-ver os problemas especiais encontrados internamente em empresas de manufatura.Muitos estudos que geram relatórios especiais para a gestão usam os dados de custos que são re-gularmente acumulados. No entanto, muitas vezes, os dados regularmente compilados pelo sis-tema precisam ser alterados e realçados para criar relatórios adicionais por causa de ocorrênciaseconômicas que não foram previstas. Esses relatórios, que são preparados para o uso interno enão são distribuídos para partes externas, exigem que o usuário compreenda a terminologia nãocomumente usada em sistemas de contabilidade de custos operacionais. Neste capítulo, váriostermos novos são introduzidos e definidos, relacionados aos relatórios de propósitos especiaispara tomadas de decisão interna da administração.

CUSTEIO DIRETO E CUSTEIO POR ABSORÇÃO

OBJETIVO DE APRENDIZAGEM 1Computar o resultado líquido sob o custeio direto e o custeio por absorção.

Sob o custeio direto, o custo de um produto manufaturado inclui apenas os custos quevariam diretamente com o volume: materiais diretos, mão-de-obra direta e CIF variáveis. Essemétodo também é conhecido como custeio variável, porque apenas os custos variáveis de ma-nufatura são atribuídos ao produto, enquanto CIF fixos são classificados como um custo de pe-ríodo e debitados totalmente no período no qual os custos fixos foram incorridos.

A alternativa para o custeio direto é o custeio por absorção ou custo total (o métodousado nos nove capítulos anteriores). Sob esse método, tanto os custos fixos quanto os custosvariáveis de manufatura são atribuídos ao produto e nenhuma atenção em particular é dada pa-ra a classificação de custos como sendo fixos ou variáveis.

CUSTOS DO PRODUTO VERSUS CUSTOS DO PERÍODO

Todos os custos, da produção ou não, podem ser classificados como custos do produto oucustos do período. Como discutido em capítulos anteriores, um custo do produto (ou custodo estoque) é atribuído para Produtos em Processo e subseqüentemente para Produtos Acaba-dos. Quando o estoque é vendido, os custos do produto são reconhecidos como despesas (cus-to de produtos vendidos) e combinados com as receitas relacionadas. Em contraste, os custosdo período não são atribuídos ao produto, mas são reconhecidos como despesas, totalmenteno período em que foram incorridos. Todos os custos que não são de produção são custos doperíodo. Estes incluem despesas de vendas e despesas gerais e administrativas.

A única diferença entre o custeio direto e o custeio por absorção é a classificação dos CIF fi-xos. Sob o custeio direto, os CIF fixos são classificados como custos de período. Sob o custeiopor absorção, são tratados como custos de produto.

ILUSTRAÇÃO DOS MÉTODOS DE CUSTEIO DIRETO E POR ABSORÇÃO

Para ilustrar as diferenças entre o custeio direto e o custeio por absorção, suponha as se-guintes condições para um período de três meses:

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Preço de venda por unidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 11Custo variável por unidade:Materiais diretos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 2Mão-de-obra direta . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2CIF variáveis . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1

Custo variável por unidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 5Custo fixo por unidade:CIF fixos para o ano. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 108.000Produção normal para o ano em unidades . . . . . . . . . 36.000Custo fixo por unidade ($ 108.000/36.000) . . . . . . . $ 3

Unidades Produzidas Unidades VendidasJaneiro . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3.000 1.500Fevereiro . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 500 2.000Março . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4.000 2.000Não existe estoque inicial para janeiro.

O relatório de produção comparativo na Figura 10-1 mostra os custos debitados para o pro-duto sob cada método de custeio. Observe que, sob o custeio por absorção, os produtos fabrica-dos em janeiro são debitados com os custos padrão dos materiais diretos, mão-de-obra direta eCIF fixos e variáveis, totalizando $ 8 por unidade. Sob o custeio direto, os CIF fixos não são debi-tados ao produto, resultando em um custo unitário de $ 5.

Figura 10-1 Comparação de Custos de Produtos para Custeiopor Absorção e Custeio Direto

Relatório de Produção ComparativoJaneiro Fevereiro Março

(3.000 unidades) (500 unidades) (4.000 unidades)

Custeio por Custeio Custeio por Custeio Custeio por CusteioAbsorção Direto Absorção Direto Absorção Direto

Materiais diretos $ 6.000 $ 6.000 $ 1.000 $ 1.000 $ 8.000 $ 8.000Mão-de-obra direta 6.000 6.000 1.000 1.000 8.000 8.000CIF variáveis 3.000 3.000 500 500 4.000 4.000CIF fixos 9.000 — 1.500 — 12.000 —Custo total $ 24.000 $ 15.000 $ 4.000 $ 2.500 $ 32.000 $ 20.000

Custo por unidade $ 8 $ 5 $ 8 $ 5 $ 8 $ 5

A Figura 10-2 usa custeio por absorção para comparar a média dos CIF fixos de $ 9.000($ 108.000/12) por mês com a quantia distribuída para a produção a cada mês. Em janeiro, 3.000unidades são fabricadas e os custos de manufatura sob o custeio por absorção incluem $ 9.000($ 3 � 3.000) em CIF fixos. Os custos de manufatura de fevereiro cobrindo 500 unidades pro-duzidas incluem os CIF fixos de $ 1.500 e os custos de manufatura de março cobrindo 4.000unidades produzidas incluem os $ 12.000 de CIF fixos. Como resultado da não uniformidade deprodução, $ 7.500 de despesas fixas em fevereiro não estão incluídas nos custos de manufatura;mas em março os CIF fixos são superaplicados em $ 3.000. Essas variações de CIF sub- e supe-

408 • CONTABILIDADE DE CUSTOS

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raplicados estão refletidas nas demonstrações de resultado para fevereiro e março, como umaadição e como uma dedução de custo de produtos vendidos, respectivamente. Sob o custeiodireto, nenhuma despesa de CIF fixos é debitada para a produção em qualquer mês. Esses cus-tos fixos aparecem como uma despesa na demonstração de resultados de cada mês, junto comas despesas de vendas e administrativas.

Figura 10-2 Tabela de CIF Fixos Aplicados sob Custeio por Absorção

CIF Fixos Aplicados – Custeio por Absorção

Janeiro Fevereiro Março

CIF mensais fixos $ 9.000 $ 9.000 $ 9.000CIF fixos aplicados 9.000 1.500 12.000CIF sub(super)aplicados -0- $ 7.500 $ (3.000)

A Figura 10-3 compara os efeitos do custeio direto e do custeio por absorção no resultado.A cada mês, o custo de produtos vendidos reflete um custo de $ 8 por unidade sob o custeio porabsorção, comparado aos $ 5 por unidade sob o custeio direto. Sob o custeio por absorção, a di-ferença entre a receita de vendas e o custo de produtos vendidos é denominadomargem bru-ta ou lucro bruto. O termo comumente usado no custeio direto para designar a diferença en-tre vendas e o custo de produtos vendidos é margem de contribuição. Já que o custo deprodutos vendidos determinado sob o custeio por absorção inclui ambos CIF fixos e variáveis,mas inclui apenas os CIF variáveis sob o custeio direto, a margem bruta sob o custeio por absor-ção é sempre menor do que a margem de contribuição sob o custeio direto.

Sob o custeio por absorção, as despesas de vendas e administrativas são deduzidas da mar-gem bruta para determinar o lucro líquido ou o prejuízo. Na ilustração, supõe-se que esses cus-tos sejam de $ 2.000 para cada mês. Sob o custeio direto, a quantia total de CIF fixos é deduzidada margem de contribuição, junto com as despesas de vendas e administrativas. Assim, os$ 9.000 de CIF fixos são debitados contra a receita de cada mês, independente do número deunidades produzidas ou vendidas.

Ao examinar as demonstrações comparativas de resultados na Figura 10-3, vemos o efeitoque uma produção flutuante tem sobre o resultado reportado sob o custeio por absorção. Em-bora as vendas de fevereiro excedam as vendas de janeiro, o resultado líquido diminuiu de$ 2.500 em janeiro para um prejuízo líquido de $ 3.500 em fevereiro, com o uso do custeio porabsorção. Essa diminuição é causada em parte pela adição dos $ 7.500 de CIF subaplicados ao fi-nal de fevereiro para o custo de produtos vendidos.

As vendas de março são as mesmas que as de fevereiro, mas o resultado líquido aumentoude um prejuízo líquido de $ 3.500 em fevereiro para um lucro líquido de $ 7.000 em março. Esseaumento é devido ao aumento da produção que causou mais CIF fixos aplicados para a produ-ção em março do que em fevereiro. De fato, os CIF são superaplicados em março e essa supera-plicação está mostrada como uma diminuição no custo de produtos vendidos na demonstraçãode março.

Um estudo da demonstração de resultados sob o custeio direto mostra que, como as ven-das aumentaram em fevereiro, o resultado também aumentou. Como em março as vendas per-manecem as mesmas de fevereiro, o resultado não mudou.

Com o custeio por absorção os estoques tiveram um maior custo do que com o custeio di-reto, porque os custos fixos são incluídos no custo de estoque no custeio por absorção. Esse ele-

Capítulo 10 • ANÁLISE DE CUSTOS PARA TOMADAS DE DECISÕES GERENCIAIS • 409

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mento de custos fixos não será relatado como débito contra receitas até que os produtos sejamvendidos. Sob o custeio direto, os custos fixos não são incluídos no estoque; são debitados con-tra a receita no período que eles incorrem.

Figura 10-3 Comparação da Renda Líquida do Custeiopor Absorção e do Custeio Direto

Demonstrações Comparativas de Lucros e Perdaspara os Três Meses Encerrados em 31 de Março 20 – –

Janeiro Fevereiro Março(1.500 unidades (2.000 unidades (2.000 unidades

vendidas) vendidas) vendidas)

Custeio por Custeio Custeio por Custeio Custeio por CusteioAbsorção Direto Absorção Direto Absorção Direto

Vendas $ 16.500 $ 16.500 $ 22.000 $22.000 $22.000 $22.000Custo de produtosvendidos (veja tabelaabaixo (12.000) (7.500) (16.000) (10.000) (16.000) (16.000)CIF super(sub)aplicados — — (7.500) — 3.000 —Margem bruta (perda) $ 4.500 (1.500) $ 9.000Margem de contribuição $ 9.000 $ 12.000 $ 12.000Menos:CIF fixos (9.000) (9.000) (9.000)Despesas de vendas eadministrativas (2.000) (2.000) (2.000) (2.000) (2.000) (2.000)Resultado líquido(perda) $ 2.500 $ (2.000) $ (3.500) $ 1.000 $ 7.000 $ 1.000

Tabela Comparativa do Custo de Mercadorias Vendidaspara os Três Meses Encerrados em 31 de Março, 20 – –

Estoque de produtosacabados, 1 de janeiro — — $ 12.000 $ 7.500 — —Custo de produção $ 24.000 $ 15.000 4.000 2.500 $ 32.000 $ 20.000Produtos disponíveispara a venda $ 24.000 $ 15.000 $ 16.600 $ 10.000 $ 32.000 $ 20.000Menos estoque deprodutos acabados,31 de março 12.000 7.500 — — $ 16000 $ 10.000Custo de produtosvendidos $ 12.000 $ 7.500 $ 16.000 $ 10.000 $ 16.000 $ 10.000

410 • CONTABILIDADE DE CUSTOS

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Capítulo 10 • ANÁLISE DE CUSTOS PARA TOMADAS DE DECISÕES GERENCIAIS • 411

MÉRITOS E LIMITAÇÕES DO CUSTEIO DIRETO

OBJETIVO DE APRENDIZAGEM 2Discutir os méritos e as limitações do custeio direto.

Os méritos do custeio direto podem ser vistos do ponto de vista da utilidade dos dados for-necidos por sua aplicação. Muitos gerentes de empresas acreditam que o custeio direto fornecedados mais compreensíveis com relação aos custos, volumes, receitas e lucros para os membrosda administração que não são formalmente treinados no campo da contabilidade. Ele apresentadados de custos de forma que realça o relacionamento entre vendas e custos variáveis da produ-ção, que se movimentam na mesma direção que as vendas. Além do mais, eles acreditam que ocusteio direto ajuda no planejamento administrativo, porque apresenta um quadro mais claro decomo as mudanças no volume da produção afetam os custos e a renda. Da parte do custeio dire-to do relatório de produção na Figura 10-1, a administração pode determinar que as unidadesproduzidas e vendidas acima da produção normal custarão apenas $ 5 cada em despesas desem-bolsadas para custos variáveis, porque os custos fixos de manufatura foram completamente ab-sorvidos pela produção normal esperada. Portanto, as unidades adicionais produzirão uma re-ceita marginal de $ 6 cada a um preço de venda de $ 11. Suponha que a capacidade de umaindústria não está sendo completamente utilizada e a administração tem a oportunidade deatender um pedido especial a um preço de venda de $ 7 cada. Se a administração usar o custo deabsorção de $ 8 por unidade na Figura 10-1 incorretamente, ela rejeitaria o pedido especial. Sefor comparado corretamente o preço de venda de $ 7 com os custos variáveis adicionais de $ 5para produzir cada unidade, a administração aceitaria o pedido especial e ganharia uma receitaadicional de $ 2 por unidade porque os CIF fixos de $ 3 por unidade já foram absorvidos pelaprodução normal e, portanto, não devem ser considerados na tomada de decisão. Apenas oscustos variáveis adicionais são relevantes para a decisão.*

Embora o custeio direto possa fornecer informações úteis para tomadas de decisões inter-nas, não é um método geralmente aceito de custeio de estoque para fins de relatórios externos.A mensuração do resultado, na teoria contábil tradicional, está baseada na confrontação de recei-tas com os custos associados. Sob o custeio por absorção, os custos de produtos incluem todosos custos variáveis e fixos de manufatura. Esses custos são confrontados com as receitas de ven-das no período em que os produtos são vendidos. No entanto, o custeio direto confronta apenasos custos variáveis de manufatura com a receita. O custeio por absorção precisa ser usado parafins de imposto de renda, assim como para demonstrações financeiras externas. Os regulamen-tos da receita federal quanto ao imposto de renda proíbem especificamente o custeio direto nacomputação da renda tributável (lucro tributável).

Existem outras limitações e críticas do custeio direto. Mesmo quando técnicas sofisticadasde estatística são usadas para separar custos em componentes variáveis e fixos, os resultados po-dem levar a conclusões errôneas. Freqüentemente, os procedimentos usam tendências e dadoshistóricos ajustados para expectativas futuras de forma a estabelecer os componentes; porém,ocorrências imprevisíveis podem ter um efeito significativo sobre tais categorias estabelecidas decustos. Para evitar deixar que mudanças significativas em modelos de comportamento de custopassem despercebidos, uma revisão sistemática dos custos e das técnicas estatísticas deve ser in-cluída no sistema. Qualquer evento inesperado relacionado aos planos estabelecidos anterior-mente deve disparar uma análise para determinar seus efeitos sobre as categorias designadas decustos para que dados incompletos não sejam usados na tomada de decisão.

* N. R. A afirmação é verdadeira sob a apreciação da Teoria Microeconômica relativa ao Custo de Oportunidade.

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412 • CONTABILIDADE DE CUSTOS

O custeio direto também é criticado porque nenhum CIF fixo é incluído em produtos emprocesso ou estoque de produtos acabados. Na opinião de oponentes ao custeio direto, tanto oscustos fixos quanto os variáveis são incorridos na manufatura de produtos. Já que os númerosdos estoques não refletem o custo total da produção, eles não apresentam uma valorização rea-lística dos custos.

Ajustes podem ser feitos nos números dos estoques para refletir o custeio por absorção nosrelatórios financeiros publicados enquanto ainda retêm os benefícios do custeio direto interna-mente para propósitos de análise de resultado. No exemplo dado, o custo por unidade era de $ 5sob o custeio direto e $ 8 sob o custeio por absorção. O custeio por absorção reflete um custo 60%maior do que o custeio direto; portanto, os estoques poderiam ser ajustados da seguinte forma:

Estoque Índice de Estoque FinalFinal sob Custo por sob Custeio

Custeio Direto Absorção – Direto por Absorção($ 8/$ 5)

Janeiro . . . . . . . . . . . . . . $ 7.500 � 160% $ 12.000Fevereiro . . . . . . . . . . . . Nenhum NenhumMarço . . . . . . . . . . . . . . $ 10.000 � 160% $ 16.000

Agora você deve estar apto a resolver o seguinte: Questões 1-3; Exercícios10-1 a 10-6; Problema 10-1.

RELATÓRIO POR SEGMENTOS PARA ANÁLISE DE RENTABILIDADE

OBJETIVO DE APRENDIZAGEM 3Definir o conceito de análise de rentabilidade por segmento e explicar a distinçãoentre custos diretos e indiretos.

O relatório por segmentos fornece dados que a administração pode usar para avaliar asoperações e a rentabilidade de segmentos individuais dentro de uma empresa. Um segmento*pode ser uma divisão, uma linha de produto, um território de vendas ou outra unidade organi-zacional identificável.

Os resultados de uma análise de rentabilidade do segmento podem ser questionados quan-to a sua validade se forem baseados em dados de custeio por absorção. Isso se deve ao fato deque a medida da rentabilidade de cada segmento da empresa pode ser distorcido ao atribuir cus-tos indiretos arbitrariamente aos segmentos que estão sendo examinados. A abordagem da mar-gem de contribuição (como usado no custeio direto) que separa os elementos fixos e variáveisque compõem o custo, é usada com freqüência para superar essas objeções.

A análise da rentabilidade por segmento requer que todos os custos sejam classificados emuma de duas categorias: diretos ou indiretos. Um custo direto (rastreável) é um custo que po-de ser rastreado para o segmento em análise. Custos diretos incluem tanto custos fixos quantovariáveis que são diretamente identificáveis com um segmento específico. Um custo indireto(não rastreável) é um custo que não pode ser identificado diretamente com um segmento es-pecífico. Muitas vezes esse custo é chamado de custo comum em análise de segmentos. Sob aabordagem da margem de contribuição, apenas os custos que podem ser rastreados diretamen-

* N. R. Algumas vezes referido como área de responsabilidade ou departamento.

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te para um segmento são atribuídos a ele. O excesso de receita do segmento sobre os custos di-retos atribuídos ao segmento é chamado de margem do segmento. Custos indiretos são ex-cluídos da computação da margem do segmento.

Embora os custos indiretos não possam ser diretamente identificados com um segmentoespecífico, eles são identificáveis como sendo comuns a todos os segmentos em um nível parti-cular da organização. Muitas vezes, as diferenças entre os custos diretos e indiretos não são no-tadamente distintas; no entanto, os custos que irão desaparecer quando a empresa eliminar osegmento seriam classificados como custos diretos. Os custos difíceis de classificar não devemser alocados a segmentos individuais sem uma avaliação cuidadosa do método de alocação. Porexemplo, se uma empresa consiste em duas divisões, o salário do gerente de cada divisão seriaum custo direto para a divisão. No entanto, se cada divisão fabricasse dois produtos, o relatóriode atividade do produto de cada divisão classificaria o salário do gerente como um custo indire-to. A alocação arbitrária do salário do gerente para um produto distorceria a rentabilidade mos-trada para cada produto.

A seguinte tabela mostra dois relatórios por segmento, um listado por divisões e outro porprodutos para uma das divisões. A empresa é dividida em duas divisões cada divisão fabrica doisprodutos.

Relatório de Atividade Relatório de Atividadepor Divisões por Produtos – Divisão 1

Empresa Divisão Divisão Total da Produto ProdutoToda Um Dois Divisão Um A B

Vendas $ 1.000.000 $ 750.000 $ 250.000 $ 750.000 $ 500.000 $ 250.000Menos custos variáveis 800.000 675.000 125.000 675.000 450.000 225.000Margem de contribuição $ 200.000 $ 75.000 $ 125.000 $ 75.000 $ 50.000 $ 25.000Menos custos fixosdiretos:Produção $ 50.000 $ 25.000 $25.000 $ 20.000 $ 10.000 $ 10.000Administração 75.000 40.000 35.000 15.000 10.000 5.000Total dos custos fixosdiretos $ 125.000 $ 65.000 $ 60.000 $ 35.000 $ 20.000 $ 15.000Margem do segmento $ 75.000 $ 10.000 $ 65.000 $ 40.000 $ 30.000 $ 10.000Menos custos fixoscomuns:Vendas $ 30.000Produção $ 5.000Administração 20.000 25.000Total custos fixos comuns $ 50.000 $ 30.000Margem do segmentoLucro líquido $ 25.000 $ 10.000

Uma análise do relatório do segmento por divisão revela que a margem do segmento da di-visão foi de $ 75.000 para a empresa toda. A Divisão Um contribuiu com $ 10.000 para a margem;a Divisão Dois, com $ 65.000. Os custos fixos diretos debitáveis para as divisões totalizaram$ 125.000 e os custos fixos comuns não alocáveis totalizaram $ 50.000.

Quando a Divisão Um for isolada e analisada para determinar como cada produto con-tribuiu para a margem do segmento de $ 10.000, os custos fixos diretos debitáveis aos produ-

Capítulo 10 • ANÁLISE DE CUSTOS PARA TOMADAS DE DECISÕES GERENCIAIS • 413

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414 • CONTABILIDADE DE CUSTOS

tos individuais somaram $ 35.000. O Produto A é debitado em $ 20.000 e o Produto B em$ 15.000. A Divisão Um tem custos fixos comuns não alocáveis de $ 30.000, não diretamentedebitáveis para qualquer um dos dois produtos. Por exemplo, os $ 25.000 da Administraçãolistados sob custos fixos comuns podem representar o salário do gerente da Divisão Um quesupervisiona a produção de ambos os produtos. Esses relatórios revelam como os custos sedeslocam de uma categoria para outra dependendo do segmento que está sob análise. Cadarelatório de segmento preparado para uma empresa isola os custos, variáveis e fixos, que po-dem ser debitados diretamente para os elementos do segmento. Quando segmentos diferen-tes são analisados, esses custos podem ser custos diretos em um segmento e custos indiretosem outro segmento.

As margens de contribuições das divisões são determinadas pela subtração dos custos va-riáveis daquelas vendas. A margem da contribuição pode ser usada como guia para tomadas dedecisão gerencial com respeito a oportunidades de curto prazo, tais como precificação de pedi-dos especiais.

Os custos fixos diretos debitáveis a cada segmento são subtraídos da margem de contribui-ção para determinar a margem do segmento. A margem do segmento pode ser usada como umguia relativo para a rentabilidade de longo prazo do segmento. Em outras palavras, ela mede ahabilidade da divisão, ou do produto, de recuperar não apenas os custos variáveis atribuídos,mas também os custos fixos diretos que precisam ser recuperados para manter a companhia sol-vente a longo prazo. A curto prazo, se a margem do segmento é positiva, o segmento seria reti-do mesmo se a companhia como um todo estivesse com um prejuízo operacional. Visto que cus-tos fixos comuns normalmente permanecerão no mesmo nível ainda que o segmento sejaeliminado, a remoção de um segmento com uma margem de segmento positiva irá apenas au-mentar o montante do prejuízo líquido da empresa. A receita remanescente, após terem sido de-duzidos os custos variáveis e fixos diretos, é a quantia que sobra para ser aplicada para os custoscomuns não alocados e o lucro líquido da empresa como um todo. A análise de margem por seg-mento é particularmente benéfica como uma ajuda para a tomada de decisões relativas às neces-sidades de longo prazo da empresa e ao desempenho, tais como mudanças nas capacidades deprodução, políticas de precificação de produtos, decisões para reter ou eliminar segmentosespecíficos, análises dos desempenhos de gerentes de segmentos e seleção do retorno sobre oinvestimento esperado do segmento.

ANÁLISES CUSTO-VOLUME-LUCRO

OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM 4Computar o ponto de equilíbrio e o volume alvo necessário para obterum certo lucro.

O lucro líquido de uma empresa é a medida do sucesso da administração em atingir as suasmetas. No planejamento, a administração precisa antecipar como os preços de venda, custos,despesas e lucros reagirão às mudanças em atividades quando a atividade é medida em termosde capacidade ou volume. Quando o grau de variabilidade em custos é conhecido, o efeito dasmudanças no volume podem ser predizíveis.

A análise de custo-volume-lucro (CVL) é uma técnica que usa os graus de variabilidadepara medir o efeito de mudanças no volume sobre os lucros resultantes. Tal análise supõe queos ativos da fábrica de uma empresa permanecerão os mesmos a curto prazo; portanto, o nívelestabelecido do custo fixo também permanecerá inalterado durante o período sob análise.

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ANÁLISES DO PONTO DE EQUILÍBRIO

O ponto de partida usual na análise CVL é a determinação do ponto de equilíbrio de umaempresa. O ponto de equilíbrio pode ser definido como o ponto no qual a receita de vendasé adequada para cobrir todos os custos de manufatura e vender o produto, mas sem obter lucro.A equação pode ser colocada da seguinte maneira:

Receitas de vendas (no ponto de equilíbrio) = Custo para fabricar + Custo para vender

A análise do ponto de equilíbrio repousa na segregação dos custos de acordo com seugrau de variabilidade. Os agrupamentos estabelecidos são normalmente classificados como cus-tos variáveis e fixos (ou não variáveis) e a equação do ponto de equilíbrio é reescrita da seguintemaneira:

Receita de vendas (no ponto de equilíbrio) = Custos fixos + Custos variáveis

A demonstração de resultados anual da Companhia Mago de Manufatura, em sua formacondensada, é a seguinte:

Companhia Mago de ManufaturaDemonstração de Resultados

para o Ano Encerrado em 31 de Dezembro de 20 – –

Vendas líquidas (10.000 unidades a $ 10). . . . . . . . . . . $ 100.000Custo de produtos vendidos:Materiais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 20.000Mão-de-obra. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25.000CIF . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15.000 60.000

Margem bruta sobre vendas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 40.000Despesas operacionais:Despesas de vendas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 15.000Despesas administrativas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10.000 25.000

Lucro líquido . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 15.000

Os custos e despesas da Companhia Mago de Manufatura foram analisados e classifica-dos como segue. A análise mostrou que os custos variáveis são 70% das vendas líquidas(70.000/$ 100.000).

Custos CustosItens Total Variáveis FixosMateriais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 20.000 $ 20.000 —Mão-de-obra . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25.000 25.000 —CIF. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15.000 10.000 $ 5.000Despesas de vendas. . . . . . . . . . . . . . 15.000 10.000 5.000Despesas administrativas . . . . . . . . . . 10.000 5.000 5.000

$ 85.000 $ 70.000 $ 15.000

A equação do ponto de equilíbrio em termos matemáticos é a seguinte:

Volume de vendas no ponto de equilíbrio=Total dos custos fixos1 – (Total de custos variáveis/Total do volume de vendas)

Capítulo 10 • ANÁLISE DE CUSTOS PARA TOMADAS DE DECISÕES GERENCIAIS • 415

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Usando essa equação, o ponto de equilíbrio em receitas de vendas para a Companhia Ma-go de Manufatura seria:

Volume de vendas do ponto de equilíbrio (em dinheiro) = $ 15.0001– ($ 70.000/$ 100.000)

=$ 15.0001 – 0,70

=$ 15.0000,30

= $ 50.000

O ponto de equilíbrio pode ser calculado em termos de unidades ao usar a seguinte equação:

Volume de vendas no ponto = Total dos custos fixosde equilíbrio (unidades) (Preço de venda unitário – Custo variável unitário)

Usando essa equação, o ponto de equilíbrio para a Companhia Mago de Manufatura seriacomo a seguir:

Volume de vendas no ponto de equilíbrio = $ 15.000$ 10 – $ 7

=$ 15.000$ 3

= 5.000 unidades

Observe que 5.000 unidades multiplicado por um preço de venda de $ 10 por unidade éigual a $ 50.000 do volume de vendas no ponto de equilíbrio computado anteriormente. O pon-to de equilíbrio pode ser verificado, se desejado, da seguinte maneira:

Vendas no ponto de equilíbrio $ 50.000Menos os custos variáveis no ponto de equilíbrio (70% � $ 50.000) 5.000Margem de contribuição $ 15.000Menos os custos fixos 15.000Lucro (prejuízo) líquido -0-

GRÁFICO DO PONTO DE EQUILÍBRIO

O ponto de equilíbrio também pode ser graficamente retratado por um gráfico do pontode equilíbrio, como na Figura 10-4. O gráfico do ponto de equilíbrio é construído e interpretadoda seguinte maneira:

1. Uma linha horizontal, o eixo X, é desenhada e dividida em distâncias iguais para representar ovolume de vendas em dinheiro.

2. Uma linha vertical, o eixo Y, é desenhada com espaçamento de partes iguais representando oscustos e receitas em dinheiro.

416 • CONTABILIDADE DE CUSTOS

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Figura 10-4 Gráfico do Ponto de Equilíbrio

3. A linha de custos fixos é desenhada paralela ao eixo X no ponto dos $ 15.000 no eixo Y.

4. Uma linha para os custos totais é desenhada do ponto dos custos fixos de $ 15.000 acima doponto onde o eixo X e o eixo Y interceptam-se, até o ponto dos custos totais de $ 85.000 à di-reita.

5. Uma linha de vendas é desenhada da intersecção do eixo X e eixo Y até o ponto para o totalde vendas de $ 100.000, à direita.

6. A linha de vendas intercepta a linha de custo total no ponto de equilíbrio, representando$ 50.000 de vendas.

7. A área sombreada à esquerda do ponto de equilíbrio é a área do prejuízo líquido, e a áreasombreada à direita do ponto de equilíbrio é a área do lucro líquido.

ANÁLISE DO PONTO DE EQUILÍBRIO PARA DECISÕES GERENCIAIS

A análise do ponto de equilíbrio pode ser usada para ajudar a gestão a selecionar uma açãoquando várias alternativas existirem. Essa análise é baseada nas condições de que custos variá-veis irão variar em constante proporção com o volume de vendas, e de que os custos fixos per-manecerão fixos sobre uma amplitude prescrita, ou relevante, de atividade. Portanto, se a gestãodesejar testar novas propostas que mudarão a porcentagem de custos variáveis para o volume devendas, ou o montante total de custos fixos, ou até uma combinação dessas mudanças, ela podeusar a equação básica para o ponto de equilíbrio para calcular os resultados.

Capítulo 10 • ANÁLISE DE CUSTOS PARA TOMADAS DE DECISÕES GERENCIAIS • 417

EixoY=CustoseReceitas(em$milhares)

Eixo X = Volume de Vendas (em $ milhares)

Eixo Y

Eixo X

Ponto de Equilíbrio

Custo Variável $ 70.000

Vendas$ 100.000

Custo Total$ 85.000

Lucro Líquido $ 15.000

Custo Fixo$ 15.000Linha de Vendas

Linha dosCustosTotais

Linha deCustos FixosÁr

eadePrejuízoLíquido

ÁreadeLucroLíquido

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Por exemplo, suponha que a Companhia Mago de Manufatura estabeleceu o seu ponto deequilíbrio em volume de vendas a $ 50.000 e agora quer determinar o montante em dinheiro dasvendas necessárias para obter um lucro líquido de $ 18.000. O lucro líquido de $ 18.000 é vistocomo um fator não variável e o volume de vendas seria calculado como a seguir, usando umaequação modificada:

Volume de vendas=Total dos custos fixos + Lucro líquido1 – (Total dos custos variáveis/Total do volume de vendas)

=$ 15.000 + $ 18.0001 – ($ 70.000/$ 100.000)

=$ 33.0001 – 0,70

=$ 33.0000,30

= $ 110.000

As novas condições podem ser verificadas, no formato de demonstração de resultados,desta forma:

Vendas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 100.000Menos os custos variáveis (70% � $ 110.000) . . . . . . . . . . . . . . . . . . 77.000Margem de contribuição . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 33.000Menos os custos fixos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15.000Lucro líquido . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 18.000

Suponha também que a gestão da Companhia Mago de Manufatura, commedo de que mu-danças nas condições econômicas possam tornar difícil para a empresa atingir o seu presente vo-lume de vendas, queira analisar o efeito sobre o ponto de equilíbrio se ela aumentar a porcenta-gem de custos variáveis para vendas e diminuir os custos fixos. A gestão acredita que os custosfixos possam ser reduzidos em $ 5.000 como um aumento correspondente na porcentagem decustos variáveis para 80%.

O volume de vendas no ponto de equilíbrio calculado com essas condições ficaria assim:

Volume de vendas do ponto de equilíbrio=$ 5.0001 – 0,80

=$ 5.0000,20

= $ 25.000

Se a elevação proposta dos custos fixos para os custos variáveis for alcançada, o ponto deequilíbrio é reduzido de $ 50.000 para $ 25.000. Quanto mais alto os custos variáveis, menor orisco de não atingir o ponto de equilíbrio esperado. Por outro lado, se o volume de vendas exce-der as expectativas, uma grande parte da receita de vendas será usada para cobrir os custos variá-veis. Portanto, um lucro líquido menor precisa ser antecipado.

Para ilustrar, suponha que a Companhia Mago de Manufatura atinge um volume de vendasde $ 200.000. Com uma porcentagem de custo variável de 70%, o lucro líquido chegaria a$ 45.000. Se os custos fixos fossem reduzidos para $ 5.000, e a porcentagem de custo variável

418 • CONTABILIDADE DE CUSTOS

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aumentado para 80%, o lucro seria de apenas $ 35.000, uma redução de $ 10.000 com o mesmovolume de vendas.

Taxa do Custo Variável70% 80%

Vendas. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 200.000 $ 200.000Custos variáveis . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 140.000 160.000Margem de contribuição . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 60.000 $ 40.000Custos fixos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15.000 5.000Lucro líquido. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 45.000 $ 35.000

ÍNDICE DE MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO E MARGEM DE SEGURANÇA

OBJETIVO DE APRENDIZAGEM 5Calcular o índice de margem de contribuição e margem de segurança.

Dois termos freqüentemente usados em relacionamentos de custo-volume-lucro são mar-gem de contribuição e margem de segurança. A margem de contribuição, introduzida na dis-cussão sobre custeio direto, é a diferença entre receita de vendas e o total de custos e despesasvariáveis. Quando uma demonstração de resultados retrata a margem de contribuição, a admi-nistração pode usá-la como uma ferramenta para estudar os efeitos de mudanças nos volumesde vendas. O índice de margem de contribuição, também conhecido como índice da ren-da marginal, é o relacionamento da margem de contribuição com vendas.

A margem de segurança indica o montante que as vendas podem diminuir antes que acompanhia sofra uma perda. O índice de margem de segurança é o relacionamento compu-tado pela divisão da margem de segurança em dinheiro pelo total de vendas. Para ilustrar, vamossupor a seguinte demonstração de resultados:

Vendas (10.000 unidades a $ 100) . . . . . . . . . . . . . . . $ 1.000.000 100%Custos variáveis . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 600.000 60Margem de contribuição . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 400.000 40%Custos fixos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 300.000 30Lucro líquido. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 100.000 10%

Nessa demonstração de resultados, a margem de contribuição é $ 400.000. O índice demargem de contribuição é calculado da seguinte maneira:

Taxa da margem de contribuição=Margem de Contribuição

Vendas

= $ 400.000$ 1.000.000

= 40%Usando a taxa da margem de contribuição de 40%, o ponto de equilíbrio pode ser calcula-

do da seguinte maneira:

Volume de vendas do ponto de equilíbrio = Custos FixosÍndice de Margem de Contribuição

= $ 300.0000,40

= $ 750.000

Capítulo 10 • ANÁLISE DE CUSTOS PARA TOMADAS DE DECISÕES GERENCIAIS • 419

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A margem de segurança é computada da seguinte maneira:

Margem de segurança = Vendas – ponto de equilíbrio de vendas= $ 1.000.000 – $ 750.000= $ 250.000

O índice de margem de segurança (M/V) é calculado da seguinte forma:

Taxa da margem de segurança=Margem de Segurança

Vendas

= $ 250.000$ 1.000.000

= 25%

Se as vendas do ponto de equilíbrio forem iguais aos $ 750.000, mas o total de vendas espe-radas for $ 1.000.000, o índice M/V mostra que o valor de $ 1.000.000 em vendas pode cair em até25% antes de chegar ao nível do ponto de equilíbrio da empresa. Já que a margem de segurança(M/V) está diretamente relacionada ao lucro líquido, o índice de margem de segurança pode serusado para calcular o lucro líquido como uma porcentagem de vendas, e vice-versa.

Porcentagem do lucro líquido = Índice de margem de contribuição� Índice de margem de segurança

= 40% � 25%= 10% (Nota: Este número concorda com o lucro líquidocomo uma porcentagem de vendas, mostrado nademonstração de resultados na página (419).

Índice de margem de segurança=

Porcentagem do lucro líquidoÍndice de margem de contribuição

= 0,100,40

= 25%

A análise de custo-volume-lucro supõe que todos os fatores usados na análise, exceto o vo-lume, permanecerão constantes (inalterados) para dado período de tempo. É absurdo presumirque o relacionamento estabelecido entre vendas e produção permanecerá como o previsto, ouaté que a combinação de vendas, como estabelecido, permanecerá constante por um longo pe-ríodo. Até mudanças nos preços que não foram previstas podem ocorrer, e o resultado serásubstancialmente afetado. Se não for possível estabelecer um conjunto relativamente estável derelacionamentos, deve-se preparar uma série de análises que reconhecem as mudanças no con-junto de circunstâncias e os seus resultados relacionados.

ANÁLISE DO CUSTO DIFERENCIAL

OBJETIVO DE APRENDIZAGEM 6Usar as técnicas de análise de custo diferencial para tomar decisões especiais.

Todas as exigências da gestão não podem ser satisfeitas por um conceito ou combinação dedados de custos. O propósito designado para o qual uma medida de custos é feita deve ser cui-dadosamente estudado para determinar quais itens devem ser incluídos na análise de custos. Es-se estudo deve então fornecer uma série de soluções alternativas baseadas na comparação dos

420 • CONTABILIDADE DE CUSTOS

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diferentes conjuntos de dados de custos relevantes. Um estudo que realça as alternativas dos da-dos de custos significativos é conhecido como análise do custo diferencial.

Suponha que uma empresa, agora operando a 80% de capacidade, recebe um pedido deum comprador, de uma só vez, para vender unidades adicionais por um preço abaixo do preçode venda estabelecido. A empresa faria um estudo para determinar a diferença em custos nosdois níveis de volume.

A empresa produz 30.000 unidades a 80% de sua capacidade total. Os seus CIF fixos são de$ 20.000 e ela vende cada unidade por $ 10. Um novo cliente deseja comprar 7.500 unidades a$ 4 por unidade. A empresa deve concordar com os termos ou rejeitar a oferta?

Os custos variáveis de produção por unidade são como a seguir:

Materiais diretos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 2,00Mão-de-obra direta . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1,00CIF variáveis . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 0,75Total do custo variável por unidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 3,75

No presente nível de operações, o custo total de produção por unidade é de $ 4,42([(30.000 unidades� $ 3,75) + $ 20.000]/30.000 unidades). Se as unidades adicionais forem pro-duzidas, o custo total por unidade seria de $ 4,28 ([(37.500 unidades� 3,75) + $ 20.000]/37.500unidades). Visto que o novo cliente está oferecendo apenas $ 4 por unidade, aparentemente aempresa não deve aceitar a oferta.

No entanto, quando o CIF fixo total de $ 20.000 não é afetado pela produção das unidadesadicionais, apenas o custo diferencial (neste caso o custo variável) aumentará. Assim, cada unida-de adicional produzida, e vendida por $ 4, aumentará a margem de contribuição em $ 0,25 (pre-ço de venda de $ 4,00 – $ 3,75 de custo variável por unidade). Se a empresa aceitar a oferta, o seuaumento total na margem de contribuição seria de $ 1.875 (7.500 unidades � $ 0,25). Já que ocusto fixo não mudará, a margem bruta também aumentará em $ 1.875, comomostrado a seguir:

Aceitar Pedido Rejeitar PedidoVendas:30.000 unidades a $ 10 . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 300.000 $ 300.0007.500 unidades a $ 4 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30.000 -0-Total de receitas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 330.000 $ 300.000

Custos variáveis . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 140.625* 112.500**Margem de contribuição . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 189.375 $ 187.500CIF fixos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20.000 20.000Margem bruta sobre vendas. . . . . . . . . . . . . . . . . $ 169.375 $ 167.500

* 37.500 unidades � $ 3,75 (custo variável) . . . . . . . . $ 140.625** 30.000 unidades � $ 3,75 (custo variável) . . . . . . . $ 112.500

O conceito do custo diferencial é aplicável somente quando existir uma capacidade em ex-cesso que pode ser utilizada com pouco ou nenhum aumento no custo fixo. Além disso, ao acei-tar pedidos adicionais a preços de venda abaixo dos níveis de preços normais, é preciso tomarcuidado para que a legislação que barra vendas para clientes diferentes a preços diferentes nãoseja violada ou que clientes regulares não esperem o mesmo tratamento relativo a preço para assuas compras.

Para ilustrar outra análise dos custos diferenciais, suponha que uma empresa possa com-prar uma peça acabada que talvez pudesse ser fabricada mais economicamente em sua própriafábrica. Por exemplo, suponha que 40.000 peças sejam compradas a cada mês a um preço por

Capítulo 10 • ANÁLISE DE CUSTOS PARA TOMADAS DE DECISÕES GERENCIAIS • 421

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unidade de $ 1 por peça. Todas as ferramentas e habilidades necessárias para a manufatura des-sa peça estão disponíveis no Departamento A da empresa.

O Departamento A tem uma capacidade total de 30.000 horas de mão-de-obra direta pormês. A utilização presente é de 24.000 horas de mão-de-obra direta ou 80% da capacidade da fá-brica. Análises de CIF do Departamento A incluem o seguinte:

Orçado (80%) Normal (100%)24.000 horas 30.000 horas

Custos Custos Custos CustosTotais Por Hora Totais Por Hora

Custos fixos . . . . . . . . . . . . . . . . $ 72.000 $ 3,00 $ 72.000 $ 2,40Custos variáveis . . . . . . . . . . . . . 48.000 2,00 60.000 2,00Total. . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 120.000 $ 5,00 $ 132.000 $ 4,40

Custo diferencial . . . . . . . . . . . . $ 12.000 $ 0,60

Os custos para fabricar 40.000 peças incluem o seguinte:

Materiais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 2.000Mão-de-obra, 6.000 horas a $ 4 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24.000Total. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 26.000Mais o CIF diferencial de 6.000 horas de mão-de-obra . . . . . . . . . . . 12.000Custo total para fabricar peças . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 38.000Custo por unidade ($ 38.000/40.000) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 0,95

Já que o Departamento A está presentemente operando a 80% de sua capacidade total, a em-presa pode economizar $ 2.000 ($ 40.000 custo da compra – $ 38.000 custo para fazer) ou $ 0,05por peça ($ 1,00 – $ 0,95), ao fazer as 40.000 peças em vez de comprá-las. Se o nível de 80% de ca-pacidade no Departamento A é uma condição de curto prazo, esse fator deve ser considerado an-tes da decisão final ser tomada. A economia estimada pode não ser obtida se o excesso na capaci-dade do departamento for logo exigida para produtos manufaturados regularmente pela empresa.

CUSTOS DE DISTRIBUIÇÃO

OBJETIVO DE APRENDIZAGEM 7Identificar as técnicas apropriadas para analisar e controlar os custos de distribuiçãoincorridos na venda e entrega de produtos.

Freqüentemente, pensa-se na contabilidade de custos como um método de contabilidadeapenas para os custos de manufatura. No entanto, “custo” como um termo geral cobre mais doque meramente custos de manufatura; deveria incluir todos os custos de se fazer negócios. Emoutras palavras, o controle eficiente de todos os custos deveria cobrir tanto os custos de produ-ção quanto os custos de distribuição. Os custos de distribuição incluem os custos incorridospara vender e entregar o produto.

Nos anos recentes, leis estaduais e federais que proíbem preços discriminatórios de vendae o aumento da concorrência forçaram os contadores a devotar mais tempo ao estudo dos cus-tos de distribuição. Uma tentativa está sendo feita para determinar, através de uma análise minu-ciosa e cuidadosa, as respostas a uma variedade de questões:

422 • CONTABILIDADE DE CUSTOS

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Capítulo 10 • ANÁLISE DE CUSTOS PARA TOMADAS DE DECISÕES GERENCIAIS • 423

1. Quanto das despesas administrativas e de vendas são alocáveis a cada produto vendido?

2. Quanto das despesas administrativas e de vendas são alocáveis a cada escritório de vendas emparticular?

3. Quanto das despesas administrativas e de vendas são alocáveis a cada vendedor?

4. Quanto das despesas administrativas e de vendas são alocáveis a cada pedido vendido?Para ilustrar algumas das dificuldades encontradas, suponha que uma empresa que vende

produtos de padaria também opera uma frota de caminhões de entrega para distribuir os itensacabados. Cada motorista é um vendedor; portanto, cada caminhão é uma combinação de cami-nhão de vendas e de entrega. Em cada parada, o motorista pega um pedido do gerente da lojapor pão, bolos, biscoitos e outros produtos de padaria transportados no caminhão e depois es-toca nas prateleiras. Em uma loja, quinze minutos podem ser gastos vendendo quatro dúzias depães, duas dúzias de pães doces e uma dúzia de roscas. Em outra loja, o vendedor pode precisarde quarenta e cinco minutos para vender apenas uma dúzia de pães.

Suponha que os custos diários da operação são de $ 50 para o salário do motorista/vende-dor, $ 30 para a depreciação do caminhão, $ 15 para o combustível e óleo e $ 5 para despesasoperacionais diversas. Quanto do total da despesa do caminhão pode ser debitado para cadavenda? A despesa deveria ser alocada de acordo com o número de vendas feitas? Deveria ser alo-cada de acordo com o tempo gasto em cada parada do motorista? Qual é o custo de vender umpão, uma dúzia de roscas ou um pacote de pães doces?

Essas questões não são acadêmicas e as empresas devotam um tempo considerável tentan-do obter respostas significativas para tais questões. O exemplo seguinte mostrará a utilidade dosestudos de custo de distribuição.

Suponha que uma empresa está fazendo três produtos, A, B e C. O custo de manufaturapor unidade é assim:

A. . . . . . . . . . . . . $ 10B . . . . . . . . . . . . . . 15C . . . . . . . . . . . . . . . 5

Durante um mês, 1.000 unidades de cada produto são vendidos a $ 15, $ 18 e $ 6 cada, res-pectivamente. A margem bruta para o mês seria de $ 9.000 ($ 39.000 – $ 30.000). Se a despesa ad-ministrativa e de vendas para o mês for $ 4.000, o lucro líquido para o mês seria $ 5.000, um re-sultado que a administração provavelmente consideraria como satisfatório.

Agora, suponha que um estudo de custeio baseado em atividade indique que o custo dedistribuição por produto é o seguinte:

Despesa A B C TotalDespesas de vendas:Salários . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 300 $ 200 $ 300 $ 800Comissões . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 500 500Propaganda . . . . . . . . . . . . . . . . . . 600 200 200 1.000Telefone e fax . . . . . . . . . . . . . . . . . 40 60 100Salário do gerente de vendas . . . . . . 133 133 134 400Despesas diversas de vendas . . . . . . 127 17 56 200Total da despesa de vendas . . . . . . . $ 1.200 $ 550 $ 1.250 $ 3.000Despesa administrativa . . . . . . . . . . 300 350 350 1.000Total. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 1.500 $ 900 $ 1.600 $ 4.000

Número de unidades . . . . . . . . . . . . . . �1.000 �1.000 �1.000Custo por unidade . . . . . . . . . . . . . . . . $ 1,50 $ 0,90 $ 1,60

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424 • CONTABILIDADE DE CUSTOS

Para chegar a esses números, a empresa precisa identificar o direcionador de custo maisapropriado para cada despesa e alocar essas despesas aos produtos. Por exemplo, salários devendas podem ser alocados aos produtos com base nos registros de horas que mostram o tem-po devotado para a venda de cada produto. A propaganda pode ser alocada com base no núme-ro de centímetros quadrados de espaço de propaganda comprado para cada produto. O saláriodo gerente de vendas pode ser alocado uniformemente entre os produtos. As despesas de ven-das diversas podem ser alocadas com base no número de pedidos recebidos para cada produtoou no valor de cada produto vendido.

Usando os dados de custos e vendas acima, fica aparente que, na verdade, um lucro estásendo obtido somente nos Produtos A e B. O Produto C está sendo vendido com prejuízo. A se-guinte tabela, baseada nas vendas para o mês, mostra a extensão de ganho e perda:

Custo para Custo para Custo Preço LucroProduto Fazer Vender Total de Venda (Prejuízo)

A $ 10.000 $ 1.500 $ 11.500 $ 15.000 $ 3.500B 15.000 900 15.900 18.000 2.100C 5.000 1.600 6.600 6.000 (600)Total $ 30.000 $ 4.000 $ 34.000 $ 39.000 $ 5.000

Como resultado da análise dos custos de distribuição, a administração determina que épossível a empresa fazer mais dinheiro ao vender menos. Se a venda do Produto C fosse descon-tinuada, parece que o lucro geral da empresa seria maior pela quantia de prejuízo sendo susten-tado no Produto C. No entanto, se um estudo mais intenso fosse realizado, poderia mostrar queos Produtos A e B não poderiam sustentar as suas margens de lucro se os custos inescapáveis de-bitados para o Produto C, tais como o salário do gerente de vendas, tivessem que ser debitadospara A e B. Além disso, os benefícios intangíveis derivados da continuação de manter o ProdutoC precisam ser considerados. Freqüentemente, os fatores intangíveis têm um papel principal emdeterminar se uma ação ou outra é mais justificável. O efeito total sobre a empresa normalmen-te determina tais decisões.

O Exemplo do Mundo Real que segue descreve como o uso dos conceitos do custeio ba-seado em atividade pode ajudar os gerentes a determinar qual de seus canais de distribuição é omais rentável.

Agora, você deve estar apto a resolver o seguinte: Questões 4-16; Exercícios 10-7 a10-15; Problemas 10-2 a 10-10.

EXEMPLO DO MUNDO REAL

RENTABILIDADE DO CANAL DE DISTRIBUIÇÃOOs custos de distribuição são um fato da vida para quase todo fabricante, distribui-

dor e fornecedor. Enquanto os principais varejistas, atacadistas, distribuidores e fabrican-tes reconfiguram as suas cadeias de suprimentos, todos os participantes na cadeia de su-primentos precisam compreender as trocas de receitas e custos que estão associadas comos vários canais através dos quais eles entregam produtos e serviços [...] As seções abaixodescrevem como duas empresas, enfrentando diferentes assuntos de concorrência, pude-ram usar a abordagem do custeio baseado em atividade para desenvolver suas respostasestratégicas.

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Capítulo 10 • ANÁLISE DE CUSTOS PARA TOMADAS DE DECISÕES GERENCIAIS • 425

Um fabricante de especialidades em produtos químicos fornecia produtos para umaampla faixa de clientes nos setores alimentícios, de produtos de consumo e industriais. Osprodutos eram feitos principalmente dentro da empresa [...] Os clientes podiam optarpor várias opções de entrega e de determinação de preços, incluindo a coleta do produtopelo cliente, entrega a granel e entrega de carga incompleta de caminhão.

Recentemente, foi noticiado que um novo concorrente estava planejando entrar emum dos segmentos-chave do mercado da empresa. O vice-presidente de vendas e market-ing [...] acreditava que o segmento alvo fornecia uma parte significativa do lucro da divisãoembora o relatório financeiro indicasse que não era muito rentável devido aos descontosacima da média. O chefe de vendas e marketing decidiu patrocinar um estudo para com-preender a “verdadeira” rentabilidade das diversas opções de entrega e grupos de clientes...

A equipe de estudos descobriu várias coisas significativas:� Os grandes clientes realmente forneciam uma porcentagem desproporcional doslucros da empresa, apesar de suas margens brutas mais baixas, devido principal-mente ao fato de precisarem de menos serviços ao cliente, de terem despesasmais baixas de devedores duvidosos e despesas de manuseio reduzidas nos pedi-dos grandes.

� Os diferenciais de custo dentro do agrupamento de grandes clientes depende maisdo uso do produto. Clientes do setor alimentício consumiam mais marketing téc-nico, exigiam mais apoio de pesquisa e requeriam uma qualidade mais apurada doproduto, o que diminuía a velocidade do processo das taxas de produção.

� A “verdadeira” diferença de custo entre as diferentes opções de entrega foi sur-preendente [...] O estudo revelou que a opção para o cliente coletar o produto,após o ajuste para as despesas de frete, na verdade custava menos do que as outrasopções de entrega devido às perdas muito mais baixas com relação às reivindica-ções sobre produtos danificados e a redução dos custos de programação de frete.

� As vendas brutas geradas por pequenos clientes não cobriam nem o custo de ven-der e servir essas contas [...] Os clientes menores freqüentemente dependiam daajuda da empresa.

� Enquanto vários dos produtos terceirizados de grande volume pareciam ser rentá-veis, o estudo indicou que se tornavam não rentáveis uma vez que se levava emconta o custo da logística de entrada e o custo de compra.

[...] O chefe de vendas e marketing trabalhou junto com o vice-presidente de ope-rações, pesquisa e desenvolvimento, e finanças para desenvolver o seguinte conjunto dereações:

1. Os recursos técnicos foram tirados dos pequenos clientes e designados a trabalha-rem exclusivamente nas contas de manufatura e produto dos grandes clientes. As-sim, a equipe de vendas tentava descobrir os problemas dos clientes que podiamser resolvidos ao tornar esses recursos valiosos disponíveis para os cliente [...]

2. O preço da coleta pelo cliente foi reduzido para atrair mais volume através dessecanal. A intenção dessa mudança era de atrair os usuários de grande volume doproduto – produtos de consumo e industriais [...]

3. A empresa começou a buscar ativamente outros fornecedores para os produtosque eles terceirizavam, de forma a melhorar a rentabilidade dessa operação...

Kenneth H. Manning, “Distribution Channel Profitability”, Management Accounting, jan. 1995, p. 44-8.

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TERMOS-CHAVE

Análise de custo-volume-lucro (CVL) Custo totalAnálise do custo diferencial Índice de margem de contribuiçãoAnálise do ponto de equilíbrio Índice de margem de segurançaCusteio direto Índice da renda marginalCusteio por absorção Lucro brutoCusteio variável Margem brutaCusto comum Margem de contribuiçãoCusto direto (rastreável) Margem de segurançaCusto do período Margem do segmentoCusto do produto Ponto de equilíbrioCusto indireto (não rastreável) SegmentoCustos de distribuição

PROBLEMA PARA AUTO-AVALIAÇÃO

PONTO DE EQUILÍBRIO; CUSTEIO POR ABSORÇÃO E CUSTEIO DIRETO

COMPANHIA DE PRODUTOS RIO

A Companhia de Produtos Rio tem uma capacidade produtiva máxima de 100.000 unida-des por ano. A capacidade normal é de 90.000 unidades por ano. Os custos variáveis padrão demanufatura são de $ 20 por unidade. Os CIF fixos são de $ 450.000 por ano. A despesa variá-vel de vendas é de $ 10 por unidade e a despesa fixa de vendas é de $ 300.000 por ano. O pre-ço de venda por unidade é de $ 50.

Os resultados operacionais para o ano são: vendas, 80.000 unidades; produção, 85.000unidades; estoque inicial, 5.000 unidades. Todas as variações são baixadas como adições para(ou deduções de) custo padrão de vendas.

Pede-se:1. Qual é o ponto de equilíbrio expresso em dinheiro de vendas?2. Quantas unidades devem ser vendidas para obter um lucro líquido de $ 50.000 por ano?3. Prepare uma demonstração de resultados formal para o ano sob os seguintes métodos:a. Custeio por absorção (Dica: Não se esqueça de computar a variação de volume.)b. Custeio direto

SOLUÇÃO PARA O PROBLEMA DE AUTO-AVALIAÇÃO

1. Para computar o ponto de equilíbrio em dinheiro de vendas, primeiro você deve identificar oscustos fixos totais, o custo variável por unidade e o preço de venda por unidade, e colocá-losna seguinte fórmula:

426 • CONTABILIDADE DE CUSTOS

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Volume de vendas do ponto de equilíbrio=Custos fixos

1 – (Custos variáveis/Vendas)

= $ 450.000 + $ 300.0001 – [($ 20 + $ 10)/$ 50]

=$ 750.0001 – 0,60

= $ 750.0000,40

= $ 1.875.000

2. Para resolver o volume alvo em unidades, primeiro você deve identificar o total dos custos fi-xos, o lucro líquido desejado, o preço de venda por unidade e o custo variável por unidade, ecolocá-los na seguinte fórmula:

Volume alvo em unidades=Custos fixos + Lucro líquidoPreço de venda por unidade – custo variável por unidade

=$ 750.000 + $ 50.000

$ 50 – $ 30= 40.000 unidades

3a. Antes de preparar uma demonstração de resultados sob o custeio por absorção, você precisa:

(1) Computar o custo de produção padrão por unidade:

Custo de produção padrão por unidade = Custo variável + Custo fixo

= $ 20 +$ 450.000

90.000 unidades*= $ 25

* Note que o CIF fixo por unidade está baseado na capacidade normal.

(2) Computar o estoque final:

Estoque inicial . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5.000Mais produção . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 85.000Estoque disponível para o uso . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 90.000Menos vendas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 80.000Estoque final . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10.000

(3) Determinar a variação desfavorável de volume:

Capacidade normal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 90.000Produção real . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 85.000Variação de volume em unidades . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5.000CIF fixos por unidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . � $ 5Variação desfavorável de volume . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 25.000

Capítulo 10 • ANÁLISE DE CUSTOS PARA TOMADAS DE DECISÕES GERENCIAIS • 427

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Companhia de Produtos RioDemonstração de Resultados sob Custeio por Absorçãopara o Ano Encerrado em 31 de Dezembro de 20 – –

Vendas (80.000 � $ 50) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 4.000.000Menos o custo de produtos vendidos:

Saldo inicial (5.000 � $ 25) . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 125.000Custo de produção (85.000 � $ 25) . . . . . . . . . . . . 2.125.000Produtos disponíveis para a venda . . . . . . . . . . . . . . $ 2.250.000Saldo final (10.000 � $ 25) . . . . . . . . . . . . . . . . . . 250.000Custo de produtos vendidos ao padrão . . . . . . . . . . . $ 2.000.000Mais variação desfavorável de volume . . . . . . . . . . . 25.000Custo de produtos vendidos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2.025.000

Margem bruta . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 1.975.000Despesas de vendas:

Variáveis (80.000 � $ 10) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 800.000Fixas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 300.000 $ 1.100.000

Lucro líquido . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 875.000

3b. Antes de preparar a demonstração de resultados sob custeio direto, você deve:(1) Perceber que o custo variável de produção por unidade é apenas $ 20.(2) Usar o formato da margem de contribuição para a sua demonstração de resultados, onde:

Vendas – Custos variáveis = Margem de contribuição= Margem de contribuição – Custos fixos = Lucro líquido

Companhia de Produtos RioDemonstração de Resultados sob Custeio Direto

para o Ano Encerrado 31 de Dezembro de 20 – –

Vendas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 4.000.000Custos variáveis:

Saldo inicial (5.000 � $ 20) . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 100.000Custo de produção (85.000 � $ 20) . . . . . . . . . . . . 1.700.000Produtos disponíveis para) venda . . . . . . . . . . . . . . . $ 1.800.000Saldo final (10.000 � $ 20) . . . . . . . . . . . . . . . . . . 200.000Custo variável de produtos vendidos . . . . . . . . . . . . . $ 1.600.000Despesa variável de vendas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 800.000Total de despesas variáveis . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2.400.000

Margem de contribuição . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 1.600.000Custos fixos:

CIF fixos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 450.000Despesas de vendas fixas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 300.000 750.000

Lucro líquido . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 850.000(Nota: O Problema 10-6 é similar a este problema.)

428 • CONTABILIDADE DE CUSTOS

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Capítulo 10 • ANÁLISE DE CUSTOS PARA TOMADAS DE DECISÕES GERENCIAIS • 429

QUESTÕES

1. Qual é a diferença entre custeio por absor-ção e custeio direto?

2. Que efeito terá a aplicação de custeio di-reto na demonstração de resultados e nobalanço?

3. Quais são as vantagens e desvantagensde se usar o custeio direto?

4. Por que existem objeções em usar o cus-teio por absorção quando os relatórios derentabilidade por atividade estão sendopreparados?

5. O que são custos comuns?6. Como se determina uma margem de con-tribuição e por que é importante para aadministração?

7. O que são considerados os custos diretosna análise por segmento?

8. O que é a análise de custo-volume-lucro?9. O que é o ponto de equilíbrio?10. Que etapas são necessárias para se cons-

truir um gráfico do ponto de equilíbrio?11. Qual é a diferença entre o índice da margem

de contribuição e o índice da margem desegurança?

12. O que é análise de custos diferenciais?13. Qual é a importância de estudos de fazer-

ou-comprar para uma empresa?14. O que são custos de distribuição?15. Qual é o propósito da análise dos custos

de distribuição?16. Na análise de custos, o que determina

quais custos serão incluídos no estudo?

EXERCÍCIOS

E 10-1 Computando o custo por unidade e o custo do estoque – custeio porabsorção e direto

Objetivo 1

A Companhia de Produtos Pereira usa um sistema de custeio por processo e distribui os CIFreais para produtos em processo no final do mês. Os seguintes dados vieram dos registros para omês de março:

Materiais diretos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 200.000Mão-de-obra direta . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 100.000CIF variáveis . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 80.000CIF fixos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 60.000Despesas administrativas e de vendas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 40.000Unidades produzidas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25.000Unidades vendidas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15.000Preço de venda por unidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 25Não havia estoque inicial e nenhum produto em processo no final do mês.Das informações apresentadas, compute o seguinte:

1. Custo de produção por unidade sob custeio por absorção e custeio direto.

2. Custo do estoque final sob custeio por absorção e custeio direto.

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430 • CONTABILIDADE DE CUSTOS

E 10-2 Demonstrações comparativas de resultado – custeio direto e por absorçãoObjetivo 1

Usando as informações apresentadas no E 10-1, prepare demonstrações comparativas deresultado para março (a) sob custeio por absorção e (b) sob custeio direto.

E 10-3 Usando custeio direto e custeio por absorçãoObjetivo 1

O diretor geral da empresa Clementina participou de uma conferência na qual uma das ses-sões foi devotada ao custeio direto. Ele ficou impressionado com a apresentação e pediu que osseguintes dados da empresa Clementina fossem usados para preparar demonstrações comparati-vas usando o custeio direto e o custeio por absorção da empresa. Os dados estão a seguir:

Materiais diretos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 90.000Mão-de-obra direta . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 120.000CIF variáveis . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 60.000CIF fixos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 150.000Despesas administrativas e de marketing fixas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 180.000

A fábrica produziu 75.000 unidades durante o período e 60.000 unidades foram vendidaspor $ 600.000.

1. Prepare uma demonstração de resultados usando o custeio direto.

2. Prepare uma demonstração de resultados usando o custeio por absorção.

E 10-4 Usando custeio direto e custeio por absorçãoObjetivo 1

Os seguintes dados de produção vieram dos registros da Companhia Cesta para o ano en-cerrado em 31 de dezembro de 20—:

Materiais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 480.000

Mão-de-obra . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 260.000

CIF variáveis . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 44.000

CIF fixos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 36.800

Durante o ano, 40.000 unidades foram manufaturadas, mas apenas 35.000 unidades fo-ram vendidas.

Determine o efeito sobre a valorização de estoque ao computar o seguinte:

1. Total dos custos inventariáveis e custo das 35.000 unidades vendidas e das 5.000 unidades noestoque final, usando o custeio direto.

2. Total dos custos inventariáveis e custo das 35.000 unidades vendidas e das 5.000 unidades noestoque final, usando o custeio por absorção.

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E 10-5 Determinando o resultado pelo custeio por absorçãoObjetivo 1

Uma empresa tem resultado de $ 50.000, usando o custeio direto para dado período. Osestoques iniciais e finais para o período eram 18.000 e 13.000 unidades, respectivamente. Se ataxa de aplicação de CIF fixo foi de $ 2 por unidade, qual era o resultado líquido usando o cus-teio por absorção?

E 10-6 Ajustando o resultado do custeio direto para resultado líquido porabsorção

Objetivo 1

Os CIF fixos orçados para a Companhia Vila a uma capacidade esperada de 500.000unidades, são $ 2.500.000. Internamente, o custeio direto é usado e o lucro líquido é ajus-tado para o lucro líquido do custeio por absorção no final do ano. Dados coletados dos últi-mos três anos mostram o seguinte:

Primeiro Ano Segundo Ano Terceiro Ano

Unidades produzidas . . . . . . . . . . . . . . . . 502.000 498.000 495.000Unidades vendidas . . . . . . . . . . . . . . . . . 496.000 503.000 495.000Lucro líquido (custeio direto) . . . . . . . . . . $ 500.000 $ 521.000 $ 497.000

Determine o ajuste de cada ano para converter o lucro líquido do custeio direto para um lucrolíquido do custeio por absorção. Compute o lucro líquido do custeio por absorção para cada ano.

E 10-7 Relatório por segmento por divisãoObjetivo 3

A Companhia Fraternidade tem duas divisões, Alfa e Beta. Para o mês encerrado em 31 demarço, Alfa teve vendas e custos variáveis de $ 500.000 e $ 225.000, respectivamente, e Beta te-ve vendas e custos variáveis de $ 800.000 e $ 475.000, respectivamente. Alfa teve despesas fixasdiretas de produção e administrativas de $ 40.000 e $ 25.000, respectivamente, e Beta teve des-pesas fixas diretas de produção e administrativas de $ 60.000 e $ 35.000, respectivamente. Oscustos fixos que eram comuns para ambas as divisões, e não puderam ser alocados para as divi-sões sob qualquer forma significativa, foram de vendas, $ 33.000, e de administração, $ 27.000.

Prepare uma demonstração de resultados segmentada por divisão para março.

E 10-8 Computando o ponto de equilíbrioObjetivo 4

A Companhia Padrão tem um preço de venda por unidade para o seu único produto de$ 13. O custo variável por unidade é de $ 5. No ano 20—, a empresa vendeu 80.000 unidades,que foi 5.000 unidades acima do ponto de equilíbrio.

Compute o seguinte:1. Total das despesas fixas (Dica: Primeiro, compute a margem de contribuição por unidade.)2. Total da despesa variável no volume do ponto de equilíbrio.

Capítulo 10 • ANÁLISE DE CUSTOS PARA TOMADAS DE DECISÕES GERENCIAIS • 431

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E 10-9 Computando o ponto de equilíbrio mais o lucro líquidoObjetivo 4

A Companhia Avalon vende o seu único produto por $ 50 por unidade. Os custos fixos tota-lizam $ 600.000 por ano. As despesas variáveis são de $ 1.120.000 quando 40.000 unidadessão vendidas.

Quantas unidades precisam ser vendidas para se obter um lucro líquido de $ 40.000?

E 10-10 Usando a análise do ponto de equilíbrioObjetivo 4

Um produto novo é esperado ter vendas de $ 100.000, custos variáveis de 60% das vendase custos fixos de $ 20.000.

1. Usando papel gráfico, construa um gráfico do ponto de equilíbrio e marque a linha de vendas,a linha dos custos totais, a linha dos custos fixos, o ponto de equilíbrio e as áreas do lucro lí-quido e prejuízo líquido.

2. Do gráfico, identifique o ponto de equilíbrio e o montante de lucro, ou prejuízo, se as vendasforem de $ 100.000.

E 10-11 Usando análise CVLObjetivos 4, 5

Uma empresa tem vendas de $ 1.000.000, custos variáveis de $ 400.000 e custos fixos de$ 300.000. Compute o seguinte:

1. Índice da margem de contribuição

2. Volume de vendas do ponto de equilíbrio

3. Índice da margem de segurança

4. Lucro líquido como uma porcentagem de vendas

E 10-12 Usando análise do ponto de equilíbrioObjetivos 4, 6

Uma empresa preparou as seguintes estatísticas com relação a sua produção e suas vendasa níveis diferentes de capacidade.

Nível de capacidade . . . . . . . . . . . . . . . . 60% 80% 100%Unidades . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 60.000 80.000 100.000Vendas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 240.000 $ 320.000 $ 400.000Custos totais:

Variáveis . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 120.000 $ 160.000 $ 200.000Fixos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 150.000 150.000 150.000Custos totais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 270.000 $ 310.000 $ 350.000

Lucro (prejuízo) líquido . . . . . . . . . . . . . . . $ (30.000) $ 10.000 $ 50.000

432 • CONTABILIDADE DE CUSTOS

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1. Em que ponto o ponto de equilíbrio é alcançado em dinheiro? E em unidades físicas?

2. Se a empresa estiver operando a 60% de capacidade, ela deve aceitar uma oferta de um clien-te para comprar 10.000 unidades a $ 3 por unidade?

E 10-13 Usando análise de custo diferencial – pedido especial do clienteObjetivo 6

A Companhia Oscar fabrica bolas de basquete. A demonstração de resultados estimados daempresa para o ano, antes de quaisquer pedidos especiais, é assim:

Montante Por UnidadeVendas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 8.000.000 $ 10,00Custo de manufatura de produtos vendidos . . . . . . . . . . . . . 6.400.000 8,00Lucro bruto . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 1.600.000 $ 2,00Despesas de vendas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 600.000 0,75Receita operacional . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 1.000.000 $ 1,25

Os custos fixos incluídos na demonstração de resultados projetada são $ 4.000.000 em cus-tos de manufatura de produtos vendidos e $ 400.000 em despesas de vendas.

Um cliente novo colocou um pedido especial para a Oscar, oferecendo comprar 100.000bolas de basquete por $ 5,00 cada. A empresa não incorrerá em despesa adicional de vendas seaceitar o pedido especial. Supondo que a Oscar tenha capacidade o suficiente para fabricar100.000 bolas de basquete a mais, em quanto aumentaria ou diminuiria a receita operacional co-mo resultado ao aceitar o pedido especial? (Dica: Primeiro compute o custo variável por unidaderelevante para essa decisão.)

E 10-14 Decidindo fazer ou comprarObjetivo 6

A Companhia JR precisa de 20.000 unidades de uma certa peça para usar no seu ciclo deprodução. As seguintes informações estão disponíveis:

Custo para JR fazer a peça:Materiais diretos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 4Mão-de-obra direta . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16CIF variáveis . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12CIF fixos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6Total . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 38

Custo para comprar a peça da Companhia Rio Claro . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 36

Se JR comprar a peça da Rio Claro, em vez de fabricá-la, a JR não poderia usar as instala-ções liberadas com outra atividade de manufatura. Setenta por cento dos CIF fixos aplicados con-tinuarão os mesmos, independente da decisão que a JR tomar.

1. Para decidir se deve fazer ou comprar a peça, quais são os custos totais relevantes por unida-de para fazer a peça?

2. Que decisão a JR deve tomar?

Capítulo 10 • ANÁLISE DE CUSTOS PARA TOMADAS DE DECISÕES GERENCIAIS • 433

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434 • CONTABILIDADE DE CUSTOS

E 10-15 Usando análise comparativa do lucro líquidoObjetivos 3, 7

A Companhia de Manufatura Gancho deseja determinar a rentabilidade de seus produtos epede ao contador de custos para fazer uma análise comparativa de vendas, custo de vendas ecustos de distribuição para cada produto para o ano. O contador juntou os seguintes dados, queserão úteis na preparação da análise:

Produto X Produto Y Produto ZNúmero de unidades vendidas . . . . . . . . . 30.000 20.000 20.000Número de pedidos recebidos . . . . . . . . . 5.000 2.500 1.000Preço de venda por unidade . . . . . . . . . . . $ 50 $ 75 $ 100Custo por unidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 30 $ 50 $ 75

As despesas de propaganda totalizam $ 600.000 por ano, com uma quantia igual sendousada para anunciar cada produto. A comissão do representante de vendas é baseada no preçode venda de cada unidade e é de 8% para o Produto X, 12 % para o Produto Y e 16% para o Pro-duto Z. O salário do gerente de vendas é de $ 75.000 por ano e é alocado uniformemente paracada produto. Outras despesas diversas de vendas e administrativas estão estimadas em $ 15 porpedido recebido.

Prepare uma análise para a Companhia Gancho de Manufatura que mostrará, em formacomparativa, o lucro líquido derivado da venda de cada produto para o ano.

PROBLEMAS

P 10-1 Demonstrações de resultados de custeio por absorção e custeio diretoObjetivo 1

A Companhia Salinas de Manufatura determinou o custo de manufatura de uma unidade deproduto da seguinte forma, com base na produção normal de 100.000 unidades por ano:

Materiais diretos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 5Mão-de-obra direta . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4CIF variáveis . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3CIF fixos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3

$ 15

As estatísticas operacionais para os meses de março e abril incluem o seguinte:

Março Abril

Unidades produzidas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12.000 6.000Unidades vendidas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6.000 10.000Despesas de vendas e administrativas (todas fixas) . . . . . . . $ 12.000 $ 12.000

O preço de venda é de $ 18 por unidade. Não havia estoque no dia 1 de março e não ha-via produtos em processo no dia 30 de abril.

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Pede-se:Prepare uma demonstração de resultados comparativa para cada mês, sob cada um dos se-

guintes métodos:

1. Custeio por absorção (incluir CIF fixos sub- ou superaplicados)

2. Custeio direto

P 10-2 Demonstração de resultados por segmentoObjetivo 3

A Companhia de Manufatura Grego fabrica dois produtos, Alfa e Beta, que são vendidosem dois territórios designados pela empresa como Território Leste e Território Oeste. A demonstra-ção de resultados preparada para a empresa mostra os segmentos da linha de produtos.

Companhia de Manufatura GregoDemonstração de Resultado

Total Alfa Beta

Vendas . . . . . . . . . . . . . . $ 1.000.000 $ 600.000 100% $ 400.000 100%Menos despesas variáveis 600.000 420.000 70 180.000 45Margem de contribuição . $400.000 $ 180.000 30% $ 220.000 55%Menos custos fixos diretos 200.000 50.000 150.000Margem por segmento . . . $200.000 $ 130.000 70.000Menos custos fixos comuns 120.000Lucro líquido . . . . . . . . . . $ 80.000

As vendas territoriais do produto são assim:Leste Oeste

Alfa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 400.000 $ 200.000Beta . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 200.000 200.000Total . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 600.000 $ 400.000

As despesas diretas do Alfa ($ 50.000) e do Beta ($ 150.000) não são identificáveis comqualquer dos dois territórios. Os custos fixos comuns são parcialmente identificáveis com o Territó-rio Leste, o Território Oeste e a administração geral, da seguinte forma:

Território Leste . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 54.000Território Oeste . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 36.000Administração geral . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30.000Total dos custos fixos comuns . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 120.000

Pede-se:

1. Prepare uma demonstração de resultados por segmentos por território. Os custos fixos diretosdas linhas de produtos serão tratados como custos fixos comuns na demonstração por segmen-to que está sendo preparada.

2. Qual é a importância dessa análise?

Capítulo 10 • ANÁLISE DE CUSTOS PARA TOMADAS DE DECISÕES GERENCIAIS • 435

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P 10-3 Relatório por segmentoObjetivo 3

A Companhia de Manufatura Tic-Tac tem duas linhas de produtos. A demonstração de resul-tados para o ano encerrado no dia 31 de dezembro mostra o seguinte:

Companhia de Manufatura Tic-TacDemonstração de Resultados da Empresa e da Linha de Produtos

para o Ano Encerrado em 31 de Dezembro de 20– –

Zig Zag Total

Vendas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 40.000 $ 60.000 $ 100.000Menos despesas variáveis . . . . . . . . . . . . 16.000 24.000 40.000Margem de contribuição . . . . . . . . . . . . . $ 24.000 $ 36.000 $ 60.000Menos despesas fixas diretas . . . . . . . . . . 16.000 14.000 30.000Margem do produto . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 8.000 $ 22.000 $ 30.000Menos despesas fixas comuns . . . . . . . . . . 12.000Lucro líquido . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 18.000

Os produtos Zig e Zag são vendidos em dois territórios, Norte e Sul, como segue:

Norte Sul

Vendas de Zig . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 24.000 $ 16.000Vendas de Zag . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18.000 42.000Vendas totais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 42.000 $ 58.000

As despesas fixas comuns podem ser rastreadas para cada território da seguinte forma:

Despesas fixas do Norte . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 4.000Despesas fixas do Sul . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6.000Despesas fixas administrativas do escritório central . . . . . . . . . . . . . . . . . 2.000Total das despesas fixas comuns . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 12.000

As despesas diretas do Zig, $ 16.000, e do Zag, $ 14.000, não são identificáveis com qual-quer dos territórios.

Pede-se:

1. Prepare demonstrações de resultados por segmento por território para o ano que inclui uma co-luna para a empresa como um todo.

2. Por que as despesas diretas de um tipo de relatório por segmento não são despesas diretas deum outro tipo de relatório por segmento?

P 10-4 Relatório por segmentosObjetivo 3

A Editora Sudoeste prepara demonstrações de resultados por segmentos por divisões, mas odiretor geral não está certo quanto ao desempenho real da empresa. Seguem os dados financei-ros da empresa:

436 • CONTABILIDADE DE CUSTOS

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SegmentosDivisão de Divisão TotalLivros-Texto Profissional da Empresa

Vendas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 360.000 $ 820.000 $ 1.180.000Menos despesas variáveis:

Manufatura . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 64.000 $ 410.000 $ 474.000Vendas e administrativas . . . . . . . . . 8.000 41.000 49.000Total . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 72.000 $ 451.000 $ 523.000

Margem de contribuição . . . . . . . . . . . . $ 288.000 $ 369.000 $ 657.000Menos despesas fixas diretas . . . . . . . . . 30.000 440.000 470.000Lucro líquido . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 258.000 $ (71.000) $ 187.000

A Divisão Profissional parece ter dificuldades e o diretor geral acredita que uma investiga-ção mais detalhada precisa ser feita com relação à sua eficácia operacional. Dados adicionaiscom relação a essa divisão estão a seguir:

Contabilidade Executiva Administrativa

Vendas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 280.000 $ 280.000 $ 260.000Despesas variáveis de manufaturacomo porcentagem das vendas . . . . . 60% 40% 50%

Outras despesas variáveis comoporcentagem das vendas . . . . . . . . . 5% 5% 5%

Despesas fixas diretas . . . . . . . . . . . . . . $ 100.000 $ 150.000 $ 100.000

Os livros de contabilidade da Divisão Profissional são vendidos para auditores e controllers.Os dados correntes sobre esses dois mercados estão a seguir:

Mercado de VendasAuditores Controllers

Vendas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 60.000 $ 220.000Despesas variáveis de manufaturacomo porcentagem das vendas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 60% 60%

Outras despesas variáveis comoporcentagem das vendas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16% 2%

Despesas fixas diretas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 30.000 $ 50.000

Pede-se:

1. Prepare uma demonstração de resultados por segmento por produtos da Divisão Profissional,incluindo uma coluna para a divisão como um todo. (Dica: Para obter as despesas fixas co-muns, comece com o total das despesas diretas na Divisão Profissional.)

2. Prepare uma demonstração de resultados segmentados por mercados dos livros de contabilida-de da Divisão Profissional.

3. Avalie os livros de contabilidade da Divisão Profissional. Todos os livros devem ser mantidos oualguns livros devem ser descontinuados?

Capítulo 10 • ANÁLISE DE CUSTOS PARA TOMADAS DE DECISÕES GERENCIAIS • 437

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P 10-5 Análise do ponto de equilíbrioObjetivos 1, 4

A fabrica de um produto novo fez com que a Companhia de Manufatura Melissa precisassealugar instalações adicionais de manufatura. Baseado em estudos, os seguintes dados ficaram dis-poníveis:

Vendas anuais estimadas – 24.000 unidadesCustos estimados: Montante Por Unidade

Materiais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 96.000 $ 4,00Mão-de-obra direta . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14.400 0,60CIF . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24.000 1,00Despesas administrativas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 28.800 1,20

Total . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 163.200 $ 6,80

Estima-se que as despesas de vendas serão de 20% das vendas e o lucro líquido será de$ 1,20 por unidade.

Pede-se:

1. Calcule o preço de venda por unidade. (Dica: Use “X” como o preço de venda e expresse adespesa de vendas como uma porcentagem de “X”.)

2. Prepare uma demonstração de resultados usando custeio por absorção para o ano.

3. Calcule o ponto de equilíbrio expresso em dinheiro e em unidades físicas, supondo que as des-pesas administrativas e os CIF são todos fixos, mas que outros custos sejam totalmente variáveis.

P 10-6 Ponto de equilíbrio: análise de custos usando custeio por absorção ecusteio direto. Similar ao problema de auto-avaliação.Objetivos 1, 4

A Companhia Jumbo tem uma capacidade produtiva máxima de 210.000 unidades porano. A capacidade normal é 180.000 unidades por ano. Custos variáveis padrão de manufaturasão de $ 10 por unidade. CIF fixos são de $ 360.000 por ano; despesas variáveis de venda, $ 5por unidade; e despesas fixas de venda são de $ 252.000 por ano. O preço de venda por unida-de é de $ 20.

Os resultados operacionais para o ano são: vendas, 150.000 unidades; produção,160.000 unidades; estoque inicial, 10.000 unidades. Todas as variações são baixadas como adi-ções para (ou deduções de) custo padrão de vendas.

Pede-se:

1. Qual é o ponto de equilíbrio expresso em dinheiro de vendas?

2. Quantas unidades precisam ser vendidas para obter-se um lucro líquido de $ 100.000 porano?

3. Prepare uma demonstração formal de resultados para o ano usando os seguintes métodos:a. Custeio por absorção (Dica: Não se esqueça de computar a variação de volume.)b. Custeio direto

438 • CONTABILIDADE DE CUSTOS

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P 10-7 Margem de contribuição e análise do ponto de equilíbrioObjetivo 4

A Palmeira Ltda. produz e vende um produto com um preço de $ 100 por unidade. Os se-guintes dados de custos foram preparados para os seus limites superiores e inferiores estimados deatividade.

Limite Inferior Limite Superior

Produção (unidades) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4.000 6.000Custos da produção:Materiais diretos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 60.000 $ 90.000Mão-de-obra direta . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 80.000 120.000CIF:

Materiais indiretos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25.000 37.500Mão-de-obra indireta . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 40.000 50.000Depreciação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20.000 20.000

Despesas de vendas e administrativas:Salários de vendas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 50.000 65.000Salários de escritório . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30.000 30.000Propaganda . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 45.000 45.000

Outros . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15.000 20.000Total . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 365.000 $ 477.500

Pede-se:

1. Classifique cada elemento de custos como variável, fixo ou semivariável. (Dica: Lembre-se deque despesas variáveis devem acompanhar em proporção direta as mudanças no volume deatividade.)

2. Calcule o ponto de equilíbrio em unidades físicas e em dinheiro. (Dica: Primeiro use o méto-do alto–baixo ilustrado no Capítulo 4 para separar os custos em seus componentes fixos e va-riáveis.)

3. Prepare um gráfico do ponto de equilíbrio.

4. Prepare uma demonstração de resultado por contribuição, similar em formato à demonstraçãoque aparece no tópico “Análise do Ponto de Equilíbrio para Decisões Gerenciais”, supondovendas de 5.000 unidades.

5. Recalcule o ponto de equilíbrio, em unidades, supondo que os custos variáveis aumentem em20% e os custos fixos sejam reduzidos em $ 50.000.

P 10-8 Calculando o ponto de equilíbrio, o índice da margem de contribuição eo índice da margem de segurança

Objetivos 4, 5

A Companhia Evita está considerando construir uma fábrica de manufatura no México. Pre-vendo vendas de 100.000 unidades por ano, Evita estima as seguintes despesas:

Capítulo 10 • ANÁLISE DE CUSTOS PARA TOMADAS DE DECISÕES GERENCIAIS • 439

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440 • CONTABILIDADE DE CUSTOS

Total Porcentagem dodas Total Úde Despesas

Despesas Anuais que SãoAnuais Fixas

Materiais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 19.000 10%Mão-de-obra . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 26.000 20%CIF . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 40.000 40%Marketing e administração . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14.000 60%

99.000

Uma empresa mexicana que se especializa em marketing estará engajada em vender o pro-duto fabricado e receberá uma comissão de 10% do preço de venda. Nenhuma despesa do escri-tório central dos EUA será alocada para a instalação mexicana.

Pede-se:

1. Se o preço de venda por unidade for $ 2, quantas unidades devem ser vendidas para chegarao ponto de equilíbrio? (Dica: Primeiro compute o custo variável por unidade.)

2. Calcule o índice da margem de segurança.

3. Calcule o índice da margem de contribuição.

P 10-9 Fazer ou comprarObjetivo 6

A empresa Espanta Inseto produz e vende uma linha de repelentes de insetos que normal-mente são vendidos nos meses de verão. Recentemente, o diretor geral se interessou em possivel-mente fabricar um repelente que pode prevenir que uma pessoa seja atacada se pulverizada porum repelente de “pimenta”. O apelo desse produto é que teria vendas o ano todo e ajudaria a es-tabilizar o resultado da empresa.

No entanto, o produto precisa ser vendido em uma lata pulverizadora especialmente proje-tada com segurança para não disparar acidentalmente. O produto será vendido em caixas quemantêm 24 latas do repelente. O preço de venda será de $ 96 por caixa. A fábrica está operan-do agora a 65% de sua capacidade total, então nenhum custo fixo adicional será incorrido. Noentanto, um débito para CIF de $ 100.000 será alocado para o produto novo do total atual decustos fixos da empresa.

Usando as estimativas correntes para 100.000 caixas do repelente “pimenta” como o volu-me padrão, os seguintes custos foram desenvolvidos para cada caixa, incluindo o custo da lata:

Materiais diretos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 12Mão-de-obra direta . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6CIF (inclui o débito fixo alocado) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4

Custo total pela caixa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 22

A empresa Espanta Insetos pediu uma proposta de preço de um fabricante de pulverizadoresespeciais por uma lata vazia que pode ser usada para o produto novo. A empresa ofereceu umpreço de $ 4 por uma caixa de latas. Se a proposta for aceita, a Espanta Insetos estima que amão-de-obra direta e os CIF variáveis serão reduzidos em 10% e os materiais diretos serão redu-zidos em 20%.

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Pede-se:

1. A empresa Espanta Insetos deveria fazer ou comprar as latas especiais? (Dica: Primeiro compu-te os custos que poderiam ser economizados ao comprar as latas.)

2. Qual seria o preço máximo de compra aceitável das latas para a empresa Espanta Insetos?

P 10-10 Análise do custo diferencialObjetivo 6

A Companhia Clara fabrica produtos residenciais como janelas, lustres, escadas e mesas detrabalho. Durante o ano, ela produziu 10.000 janelas do Modelo 10X, mas vendeu apenas5.000 unidades a $ 40 cada. As unidades remanescentes não podem ser vendidas através de ca-nais normais. O custo para fins de estoque no dia 31 de dezembro incluiu os seguintes dados so-bre as unidades não vendidas:

Materiais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 10,00Mão-de-obra . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5,00CIF variáveis . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3,00CIF fixos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2,00Custo total por janela . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 20,00

A Companhia Clara pode vender 5.000 janelas por um preço de liquidação de $ 10,00 porjanela, mas incorrerá em uma despesa de embalagem e embarque de $ 6,00 por janela.

Pede-se:

1. Identificar os custos e receitas relevantes para a alternativa da venda de liquidação. É melhorpara a Clara aceitar o preço de liquidação em vez de fazer nada?

2. Suponha que o Modelo 10X possa ser reprocessado para outro tamanho de janela, o Modelo20X, que irá precisar da mesma quantia de mão-de-obra e CIF quanto foi necessário para pro-duzir a janela inicialmente, mas que vende por apenas $ 25. Determine a medida mais rentá-vel – liquidar ou reprocessar?

Capítulo 10 • ANÁLISE DE CUSTOS PARA TOMADAS DE DECISÕES GERENCIAIS • 441

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AAdministração por exceção. Com relação à aná-lise de variações, é a prática de examinar dife-renças significativas que são favoráveis ou desfa-voráveis em relação ao padrão.

Agências de serviço sem fins lucrativos. Estasincluem caridades, unidades governamentais ealgumas instalações de saúde que oferecem ser-viços de baixo ou nenhum custo para o usuário.

Agente de compras. O empregado responsávelpelas compras de materiais necessários para aprodução. Um indivíduo na organização que éresponsável pela função de compras.

Almoxarife. O empregado responsável por arma-zenar e guardar os estoques de materiais.

Análise custo-volume-lucro. Uma técnica analí-tica que usa os graus de variabilidade para mediro efeito das mudanças no volume sobre os lu-cros resultantes.

Análise do custo diferencial. Um estudo querealça os dados de custos significativos das alter-nativas.

Análise do ponto de equilíbrio. Uma técnicaanalítica baseada na determinação do ponto deequilíbrio, expresso em termos de receita devendas ou volume de vendas.

Atacadista. Um tipo de comerciante que compraprodutos de fabricantes e vende para varejistas.

Atividades sem valor agregado. Operações queincluem custos, mas que não agregam valor aoproduto, como movimentação, estocagem e ins-

peção (estudos de gestão logística mais recen-tes consideram que o valor de tempo e lugar éadicionado por essas atividades ao negócio.)

Aviso de crédito e débito. Um documento usa-do para notificar o fornecedor de que os mate-riais recebidos não correspondem aos materiaispedidos.

CCapacidade normal. O nível de produção quesatisfará os requisitos normais da demanda nor-mal de vendas sobre um período de tempo; fre-qüentemente usada para a elaboração do orça-mento porque representa um equilíbrio lógicoentre a capacidade máxima e a capacidade exigi-da pelo atual volume de vendas.

Capacidade prática. O nível de produção quefornece a utilização completa de todas as insta-lações e de todo o pessoal, mas que leva emconsideração alguma capacidade ociosa devidoa interrupções de operação como quebras demáquinas, tempo ocioso e outras ineficiências.

Capacidade teórica. O número máximo de uni-dades que podem ser produzidas com o uso to-talmente eficiente de todas as instalações e detodo o pessoal disponíveis.

Cartão de ponto. Um cartão pré-impresso usadopara registrar o montante total de tempo gastona fábrica por um empregado.

Centro de custos. Uma unidade de atividade, co-mo um departamento, para a qual custos po-dem ser prática e eqüitativamente atribuídos.

Glossário

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GLOSSÁRIO • 443

CIF aplicados. A conta creditada quando CIF esti-mados são aplicados para a produção; o débitoé para Produtos em Processo. O uso de contasseparadas para “aplicação” evita a confusão comos CIF reais debitados para CIF, a conta de con-trole no razão geral.

CIF subaplicados (ou subabsorvidos). O mon-tante pelo qual os CIF reais excedem os CIF apli-cados; representado por um saldo devedor re-manescente na conta de CIF.

CIF sub- e superaplicados. Uma conta usada pa-ra acumular diferenças de período em períodoentre os CIF reais e aplicados. Ao final do ano, osaldo nessa conta pode ser encerrado para Cus-to dos Produtos Vendidos (se o montante for re-lativamente pequeno), ou alocado, na base prorata para Produtos em Processo, Produtos Aca-bados e Custos de Produtos Vendidos (se omontante for relevante.)

CIF superaplicados (ou superabsorvidos). Omontante pelo qual os CIF aplicados excedemos CIF reais incorridos; representado por umsaldo credor remanescente em CIF.

Códigos de barra. Símbolos que podem ser pro-cessados eletronicamente para identificar nú-meros, letras ou caracteres especiais.

Comerciantes. Atacadistas ou varejistas que com-pram produtos acabados para revenda.

Comportamento de custos. A determinação dese os custos são fixos ou variáveis.

Composição garantida. Um montante pago aosempregados sob um plano modificado de remu-neração quando cotas estabelecidas de produ-ção não são satisfeitas durante um período detrabalho. Essa composição garantida é debitadana conta CIF.

Consumo. A quantidade de materiais consumidosou o número de horas de mão-de-obra diretatrabalhadas.

Contabilidade por responsabilidade. A atribui-ção de responsabilidade por custos ou resulta-dos de produção para os indivíduos que têm aautoridade de influenciar custos ou produção.

Contabilidade de custo padrão. Veja o sistemade contabilidade de custo padrão.

Contabilidade de custos. O ramo da contabilida-de que se concentra em fornecer os dados deta-lhados sobre custos que a administração precisapara controlar as operações correntes e planejaro futuro.

Contabilidade financeira. O ramo da contabili-dade que se concentra em coletar informações

para serem usadas na preparação de demonstra-ções financeiras externas; isto é, balanços, de-monstrações de resultados e demonstrações defluxos de caixa.

Controle. O processo de monitorar as operaçõesda empresa e determinar se os objetivos identi-ficados no processo de planejamento estão sen-do alcançados (assegurar que os planos sejamconcretizados).

Controle de materiais. Procedimentos incorpo-rados no sistema de controle interno que sãoprojetados para proteger ou salvaguardar mate-riais fisicamente (controle físico) e manter oequilíbrio apropriado de materiais em estoque(controle do investimento em materiais).

Custeio Baseado em Atividade (ABC). Um mé-todo de aplicar CIF aos produtos que consideraatividades não relacionadas ao volume quecriam CIF, assim como as atividades relaciona-das ao volume.

Custeio direto. Método de contabilidade paracustos de manufatura que debitam no produtoapenas os custos que variam diretamente com ovolume: materiais diretos, mão-de-obra direta eCIF variáveis. Esse método também é conhecidocomo “custeio variável”.

Custeio “creme de amendoim”. A prática deatribuir custos uniformemente às ordens viauma taxa de CIF quando, de fato, ordens dife-rentes consomem recursos em proporções dife-rentes.

Custeio por absorção. Um método de contabili-dade para custos de manufatura que debitamambos custos fixos e variáveis do produto; tam-bém referido como método do “custo total”.

Custeio retrocedido (custeio back-flush). Onome para o sistema de contabilidade usadocom a manufatura just-in-time. Os custos nãosão “tirados” do sistema até os produtos seremcompletados e vendidos.

Custeio por processo. O ato de atribuir custospara uma unidade de atividade dentro da fábrica.

Custeio variável. Veja Custeio direto.

Custo comum.O termo usado em análise por seg-mentos para descrever o custo que não pode serrastreado para, ou identificado especificamentecom, um segmento particular do negócio.

Custo de conversão (de transformação). Ocusto combinado de mão-de-obra direta e CIFque é necessário para converter os materiais di-retos em produtos acabados.

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444 • CONTABILIDADE DE CUSTOS

Custo direto (rastreável). O termo usado emanálise por segmento para descrever um custoque pode ser rastreado para um segmento espe-cífico do negócio.

Custo de manter. Os custos incorridos como re-sultado de manter estoques. Esses custos geral-mente incluem: custos de manuseio e estoca-gem de materiais; juros, seguro e impostos;perdas por roubo, deterioração ou obsolescên-cia; e a manutenção de registros e suprimentos.

Custo indireto (não-rastreável). Veja Custo co-mum.

Custo padrão da mão-de-obra. Uma estimativapredeterminada do custo da mão-de-obra diretanecessária para uma unidade de produto, basea-da em estimativas de horas de mão-de-obra ne-cessárias para produzir uma unidade de produ-to e de custo da mão-de-obra por unidade.

Custo padrão para materiais. Uma estimativapredeterminada do custo de materiais diretosnecessários para uma unidade do produto.

Custo padrão por unidade para CIF. O resulta-do de estimar os CIF ao nível padrão, ou nor-mal, de produção, considerando dados históri-cos e futuras mudanças e tendências.

Custo unitário. O custo de fabricar uma unidadede produto.

Custo primário. Os custos combinados de mate-riais diretos e mão-de-obra direta incorridos nafabricação de um produto.

Custo variável por degrau. Um tipo de custo se-mivariável que permanece constante no totalsobre uma amplitude de produção e depois mu-da abruptamente.

Custos conjuntos. Os custos de materiais, mão-de-obra e CIF incorridos durante a produção deprodutos conjuntos.

Custos de distribuição. Custos incorridos paravender e entregar um produto.

Custos de manufatura (ou produção). Todos oscustos incorridos no processo de manufatura; oscustos são classificados em três elementos bási-cos: materiais diretos, mão-de-obra direta e CIF.

Custos de pensão. Os custos incorridos por umempregador para fornecer benefícios de apo-sentadoria para empregados.

Custos de transferência para dentro do de-partamento. A parcela dos custos totais de umdepartamento que foram incorridos por, etransferidos de, um departamento de produçãoanterior.

Custos diferenciais. Os custos que são realçadosde uma série de soluções alternativas que com-param conjuntos diferentes de dados relevantessobre custos.

Custos de pedido. Os custos incorridos como re-sultado de pedir materiais; inclui salários e orde-nados de empregados envolvidos na compra, norecebimento e na inspeção de materiais; custosde comunicação como telefone, correio e for-mulários; e custos da manutenção de registros.

Custos de período. Todos os custos não atribuí-dos ao produto, mas que são reconhecidos co-mo despesa e debitados a receitas no períodoincorrido.

Custos de produto. Custos que são incluídos co-mo parte dos custos do estoque e debitados adespesas quando os produtos são vendidos.

Custos Indiretos de Fabricação (CIF). Todos oscustos relativos à manufatura de um produto ex-ceto materiais diretos e mão-de-obra direta; es-ses custos incluem materiais indiretos, mão-de-obra indireta e outras despesas de manufaturacomo depreciação, suprimentos, utilidades pú-blicas, manutenção, seguro e impostos.

Custos fixos. Custos de manufatura que perma-necem constantes quando os níveis de produ-ção aumentam ou diminuem; exemplos in-cluem depreciação em linha reta, pagamentosperiódicos de aluguel, seguro e salários pagospara executivos de produção.

Custos mistos. Veja Custos semifixos e semivariá-veis.

Custos padrão. Os custos que seriam incorridossob condições operacionais eficientes e que sãoprevistos antes do processo de manufatura co-meçar. Os custos padrão predeterminados sãocomparados com os custos reais de manufaturaque são incorridos e usados pela administraçãocomo base para a avaliação da eficiência opera-cional e para tomar medidas corretivas quandonecessário.

Custos por etapas (passo a passo). Veja Custossemifixos.

Custos semifixos. Custos que tendem a perma-necer os mesmos em montante de dinheiro so-bre certa amplitude de atividade, mas que au-mentam quando a produção excede certoslimites.

Custos semivariáveis. Custos de manufatura quesão um tanto sensíveis às mudanças na produ-ção, mas que não mudam em proporção aos au-

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GLOSSÁRIO • 445

mentos e às diminuições no volume; exemplosincluem os materiais indiretos, a mão-de-obraindireta, reparos e manutenção, e energia.

Custos variáveis. Custos de manufatura que va-riam em proporção com as mudanças no volu-me de produção; inclui mão-de-obra direta, ma-teriais diretos e alguns tipos de CIF diretos.

DDecisão de custo-benefício. Uma decisão quan-to a se o benefício recebido de seguir um cursode ação excede os custos daquela ação.

Demonstração de resultados orçados. Um re-sumo de receitas e despesas antecipadas para oano vindouro baseado em orçamentos para ven-das, custos de manufatura e despesas de ativida-des não fabris (vendas, administrativas e outras).

Departamento de folha de pagamento. O de-partamento responsável por manter os registrosda folha de pagamento e determinar a rendabruta e líquida de cada empregado.

Departamento de produção. Um departamentono qual operações reais de manufatura são de-sempenhadas e as unidades produzidas sãotransformadas fisicamente.

Departamento de registro de horas. O depar-tamento responsável por determinar o númerode horas para as quais os empregados devemser pagos e o tipo de trabalho executado pelosempregados.

Departamento de serviços. Um departamentodentro de uma fábrica que não trabalha direta-mente no produto, mas que fornece serviçosnecessários para outros departamentos; exem-plos incluem um departamento que gera ener-gia para a fábrica; um departamento de manu-tenção que mantém e repara edifícios eequipamentos; um departamento de contabili-dade de custos que mantém registros contábeisda fábrica.

Despesa direta. Uma despesa que pode ser men-surada exatamente e debitada para um departa-mento específico.

Despesas indiretas de fabricação. Despesas in-diretas de fabricação que não podem ser identi-ficadas com um departamento específico e quedevem ser debitadas dos departamentos por umprocesso de alocação.

Direcionador de custos. A base usada para alocarcada uma das atividades no custeio baseado em

atividade, como o número de preparações e onúmero de mudanças de projeto.

EEmpresas de serviço com fins lucrativos. Sãoempresas que vendem serviços em vez de pro-dutos, como linhas aéreas e contadores.

Encargos sociais sobre folha de pagamento.Encargos sociais exigidos do empregador, in-cluindo o INSS e os impostos estaduais e fede-rais para o seguro desemprego.

Equipes de trabalho da produção. Um concei-to recente de que a produção depende de con-tribuições feitas por todos os membros de umaequipe de trabalho.

Escaneadores óticos. Dispositivos que lêem có-digos de barra de materiais, como crachás deidentificação de empregados.

Estágio de completude. A fração, ou porcenta-gem, dos custos de materiais, mão-de-obra eCIF de uma unidade completada que foram apli-cados durante o período para produtos que ain-da não foram completados.

Estoque de segurança. O nível mínimo estimadode estoque necessário para proteger contra afalta de estoque.

FFabricantes. Convertem matérias-primas em pro-dutos acabados ao usar mão-de-obra, tecnologiae instalações.

Fatura do fornecedor. Um formulário, normal-mente recebido do fornecedor antes de os pro-dutos serem entregues, confirmando a comprade materiais e representando uma “fatura” dosprodutos pedidos. O agente de compras devecomparar a fatura com o pedido de compra emquestão, para verificar a descrição dos materiais,o preço, os prazos de pagamento, o método deembarque e a data de entrega.

Fluxo de custos. A seqüência na qual os materiaissão realmente baixados para consumo na fábri-ca.

Fluxo de materiais. A seqüência pela qual os cus-tos unitários são atribuídos aos materiais baixa-dos.

Folha de análise por tipo de departamento.Um formulário de análise de CIF; uma folha deanálise separada é usada para cada departamen-

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446 • CONTABILIDADE DE CUSTOS

to, com colunas de montantes individuais paracada tipo de despesa indireta de fabricação.

Folha de análise por tipo de despesa. Um for-mulário de análise de CIF; uma folha de análiseseparada é usada para cada tipo de despesa indi-reta de fabricação, com colunas de montantesindividuais para cada departamento.

Folha do custo por ordem. Um formulário usa-do para acumular os custos aplicáveis para cadaordem sob um sistema de contabilidade de cus-teio por ordem.

Folhas de análise de CIF. Um registro subsidiá-rio das despesas indiretas de fabricação; substi-tui o razão subsidiário de CIF. As folhas de análi-ses são comumente usadas por grandesempresas com diversos departamentos e tiposmuito diferentes de despesas indiretas.

Falta de estoque. Ficar sem um item em estoque;pode ocorrer devido a estimativas imprecisas deconsumo ou de prazos de entrega, ou outroseventos imprevistos, como o recebimento demateriais danificados ou de qualidade inferiorde um fornecedor.

Empregado da recepção (recebimento). Oempregado responsável pela supervisão dosembarques de materiais que dão entrada na fá-brica e por assegurar que todos os materiais en-trantes sejam verificados quanto à quantidade equalidade.

IÍndice de margem de contribuição.O relaciona-mento da margem de contribuição para vendas.

Índice de margem de segurança. Um relaciona-mento computado ao dividir a diferença entrevendas totais e vendas do ponto de equilíbriopelas vendas totais.

Índice de renda marginal. Veja Índice de mar-gem de contribuição.

LLei Federal de Contribuições para o SeguroPrevidenciário (FITA - INSS). Legislação fede-ral que exige que tanto empregadores quantoempregados recolham contribuição para o segu-ro social sobre os salários e ordenados.

Lei Federal do Imposto para Seguro Desem-prego. Legislação federal que exige que empre-gadores paguem uma taxa estabelecida de con-

tribuição sobre salários e ordenados, para forne-cer remuneração para os empregados se eles fo-ram demitidos de seus empregos regulares.

Lote econômico de compra (LEQ). A quantida-de ótima (mais econômica) de materiais que de-vem ser pedidos de uma só vez; representa o ta-manho do pedido que minimiza o total doscustos do pedido e de manter o produto em es-toque.

Lucro bruto. Veja Margem bruta.

MMão-de-obra direta. O custo da mão-de-obra pa-ra empregados que trabalham diretamente namanufatura do produto.

Mão-de-obra indireta. Os salários e ordenadosde empregados que são necessários para o pro-cesso de manufatura, mas que não trabalham di-retamente nas unidades produzidas; exemplosincluem chefes de departamento, inspetores,pessoal de manuseio de materiais e pessoal demanutenção.

Margem bruta. A diferença entre a receita de ven-das e o custo de produtos vendidos; tambémconhecido como “lucro bruto”.

Margem de contribuição. A diferença entre re-ceita de vendas e custos variáveis.

Margem de segmento. O termo usado na análisepor segmento para o excesso de receita do seg-mento sobre os custos diretos atribuídos ao seg-mento; custos comuns são excluídos na compu-tação da margem de segmento.

Margem de segurança. A quantia pela qual asvendas podem cair antes de a empresa sofrerum prejuízo.

Materiais. A conta de estoque que representa ocusto de todos os materiais comprados e em es-toque que serão consumidos no processo demanufatura, incluindo matérias-primas, peçaspré-fabricadas e suprimentos.

Materiais de sucata. Subprodutos que são gera-dos no processo de manufatura; normalmentetais materiais têm algum valor e os seus custos ereceitas são contabilizados em separado.

Materiais diretos. Materiais que se tornam par-te do produto fabricado e que podem serprontamente identificados com certo produto.

Materiais indiretos. Materiais e suprimentos ne-cessários para o processo de manufatura quenão podem ser prontamente identificados com

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GLOSSÁRIO • 447

qualquer produto em particular manufaturado,ou cujo custo relativo é muito irrelevante paramedir.

Materiais sucateados. Veja Materiais de sucata.

Média móvel. Um método de custeio de estoquebaseado na suposição de que os materiais baixa-dos em qualquer momento são tirados de umgrupo misto de materiais parecidos, e de que ne-nhuma tentativa é feita para identificar os mate-riais como sendo de compras mais recentes oumais antigas. Sob esse método, um preço médiopor unidade é computado cada vez que um lotenovo de materiais é recebido, e o novo preçopor unidade é usado para custear todas as baixasde materiais até que um outro lote seja recebidoe um novo preço unitário seja computado.

Método alto-baixo. Um método usado para isolaros elementos fixos e variáveis de um custo semi-variável; envolve a comparação de um volume al-to e o seu custo relativo, com um volume baixo eo seu custo relativo, para determinar o montantevariável por unidade e o elemento fixo.

Método de hora da mão-de-obra direta. O mé-todo de aplicar CIF para a produção baseado nonúmero de horas de mão-de-obra direta traba-lhadas em uma ordem ou processo.

Método de custo de mão-de-obra direta.Omé-todo de aplicar CIF para a produção com base nomontante de custo de mão-de-obra direta incor-rido para uma ordem ou processo.

Método de custeio total. Veja custeio por absor-ção.

Método de custo médio. Um procedimento co-mumente usado para atribuir custos para os esto-ques finais sob um sistema de contabilidade decusteio por processo. Sob esse método, estoquesfinais são valorizados usando um custo médiopor unidade, computado da seguinte forma:(custo de produtos iniciais em processo + custosde produção do período corrente) dividido pelototal da produção equivalente para o período.

Método de distribuição algébrico. Método paraalocação de custos de departamento de serviçospara departamentos de produção usando técni-cas algébricas. Embora esse método possa forne-cer a distribuição mais acurada de custos, é maiscomplicado do que os outros métodos e os re-sultados obtidos podem não justificar o esforçoadicional envolvido.

Método de distribuição direta. Método para alo-car custos do departamento de serviços para osdepartamentos de produção. Nenhuma tentativa

é feita para determinar a extensão em que os de-partamentos de serviços fornecem serviços a ca-da outro; em vez disso, todos os custos do depar-tamento de serviços são distribuídos diretamentepara os departamentos de produção.

Método de distribuição seqüencial. Um mé-todo para alocar custos do departamento deserviços para os departamentos de produção,reconhecendo o inter-relacionamento dos de-partamentos de serviços. Os custos são aloca-dos primeiro, seqüencialmente, para os outrosdepartamentos de serviços, e depois para os de-partamentos de produção. A seqüência podecomeçar ao distribuir os custos do departamen-to de serviços que presta o maior montante deserviços para todos os outros departamentos deserviços. Alternativamente, os custos do depar-tamento de serviços com os maiores CIF totaispodem ser distribuídos primeiro.

Método de duas variações. A análise de CIF ba-seado na computação da variação de volume e avariação do orçamento.

Método de horas-máquina. Um método de apli-car CIF para a produção baseado no número dehoras-máquina consumidas em uma ordem ouprocesso.

Método de quatro variações. A análise de CIF, fi-xos e variáveis, baseada na computação de umavariação de dispêndio e uma variação de eficiên-cia para os custos variáveis, e uma variação deorçamento e uma variação de volume para oscustos fixos.

Método de três variações. Método de análise deCIF baseado na computação das variações deeficiência, capacidade e orçamento (dispêndio).

Método do gráfico de dispersão. Um métodoque estima uma linha reta pela qual os custos se-mivariáveis cairão ao desenhar uma linha usan-do inspeção visual de pontos de dados plotadosem um gráfico.

Método observacional. Uma técnica usada paraclassificar um custo semivariável como fixo ouvariável; envolve um exame e uma análise derelacionamentos passados entre a despesa e ovolume de produção. Baseada no padrão ob-servado de comportamento do custo, uma de-cisão é tomada para classificar a despesa comocusto fixo ou variável, dependendo do quemais se parece.

Método por degraus. Veja Método de distribui-ção seqüencial.

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448 • CONTABILIDADE DE CUSTOS

OOrçamento. Plano operacional da gestão expres-so em termos quantitativos, como unidades deprodução e custos relacionados.

Orçamento de caixa. Orçamento que mostra ofluxo de caixa antecipado e o momento de re-cebimentos e desembolsos baseado em vendasprojetadas, custos de manufatura e outras des-pesas.

Orçamento de despesas de capital. Um planopara determinar o momento para adquirir pré-dios, equipamentos e outros ativos operacionaisdurante o ano.

Orçamento de passivos. Mostra como a posiçãodo caixa será afetada com o pagamento dos pas-sivos.

Orçamento estático. Um orçamento que é pre-parado para apenas um nível de atividade.

Orçamento flexível. Um orçamento que mostraos custos esperados a níveis diferentes de pro-dução.

Orçamento para a mão-de-obra profissional.Um orçamento em que as horas orçadas neces-sárias para cada área de serviço do cliente sãomultiplicadas pela taxa orçada para cada catego-ria, para obter a despesa total dos ordenados pa-ra cada categoria de mão-de-obra profissional.

Orçamento para recebíveis. Mostra quando ocaixa pode ser esperado do giro de estoques erecebíveis.

Orçamento para custos de manufatura. Orça-mento do custo de materiais, mão-de-obra e CIFpara cada mês (ou período mais curto) do anovindouro.

Orçamentos para despesas de vendas, admi-nistrativas e outras. Orçamentos individuaismostrando em antecipação as despesas de ven-das, administrativas e outras atividades que nãode manufatura; preparada após o nível de ativi-dade ter sido determinado.

PPadrão. Uma norma, ou critério, contra a qual odesempenho pode ser medido.

Padrão atingível. Um critério de desempenhoque reconhece ineficiências que provavelmenteresultarão de fatores como tempo perdido, da-nos ou desperdício.

Padrão ideal. Um critério de desempenho que re-flete eficiência máxima, sem concessão paratempo perdido, desperdício ou danos.

Pagamento de feriados. Um montante pago aosempregados por feriados nos quais os emprega-dos não precisam trabalhar.

Pagamento de férias. Um montante pago aosempregados durante os seus períodos de fériascomo parte da remuneração dos empregadospor serviços aos empregadores.

Pagamento de gratificação. Um montante pagoaos empregados em adição às rendas regulares,por desempenho superior, como um resultadode lucros acima do normal da empresa ou umavariedade de outras razões.

Pagamento de horas extras. Um montante ga-nho pelos empregados à taxa normal por horapelas horas trabalhadas além do tempo regular-mente programado.

Pedido de compra. Um formulário, preparadopelo agente de compras e endereçado ao forne-cedor escolhido, que descreve os materiais pe-didos, condições de crédito e preços, e a data eo método de entrega; representa a autorizaçãodo fornecedor para enviar os produtos.

Pedido de retorno de embarque. Um formuláriopreparado pelo agente de compras quando osprodutos devem ser devolvidos ao fornecedor.

Perdas normais. Unidades perdidas devido à na-tureza do processo de manufatura. Tais perdassão inevitáveis e representam um custo necessá-rio para se produzir produtos.

Planejamento. O processo de estabelecer objeti-vos ou metas para a organização e determinar omeio pelo qual os objetivos serão atingidos.

Plano da taxa por hora. Um plano de remunera-ção sob o qual um empregado é pago a uma taxaestabelecida por hora para cada hora trabalhada.

Plano de compartilhamento de ganhos. Um ti-po de plano de gratificação em grupo no qual osesforços de um grupo de trabalho determinamo nível de compensação de incentivo, se houver,para o grupo.

Plano de incentivo salarial. Um plano salarialmodificado para aumentar a produtividade dotrabalhador ao pagar uma taxa de gratificaçãopor hora quando um empregado satisfizer ouexceder as cotas de produção estabelecidas.

Plano de taxa por peça. Um plano salarial sob oqual o empregado é pago a uma taxa específicapara cada unidade ou “peça” completada.

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GLOSSÁRIO • 449

Plano modificado de salários. Um plano salarialque combina certas características dos planosde taxa por hora e taxa por peça.

Planos de contribuição. Planos de pensão querequerem uma contribuição parcial dos empre-gados.

Planos não-contributórios. Planos de pensãoque são completamente financiados pelo em-pregador.

Ponto de separação. O ponto onde produtosconjuntos se tornam identificáveis separada-mente; pode ocorrer durante, ou no final, doprocesso de manufatura.

Ponto de equilíbrio. O ponto no qual a receitade vendas cobre adequadamente todos os cus-tos de manufatura e de venda do produto, masnenhum lucro é obtido.

Ponto de pedido. O ponto no qual um item deestoque deve ser pedido; ocorre quando um ní-vel mínimo predeterminado de estoque em es-toque é atingido. Determinar um ponto de pe-dido requer a consideração de consumo, prazode entrega e estoque de segurança.

Pontos remotos (outliers). Pontos de dados nãorepresentativos que podem ser erroneamenteescolhidos ao se usar o método alto-baixo.

Porcentagem do lucro bruto (ou taxa de lu-cro sobre custo). Uma porcentagem dos cus-tos de manufatura por unidade; a porcentagemé aplicada ao custo de manufatura para determi-nar o lucro bruto que, por sua vez, é somado aocusto de manufatura para determinar o preçode venda.

Prazo de entrega. O intervalo estimado de tem-po entre a colocação do pedido e o recebimen-to do material.

Preço. No contexto da análise de variações, refere-se ao custo de materiais ou à taxa salarial por ho-ra de mão-de-obra direta.

Prêmio de horas extras. Uma taxa adicional depagamento somada à taxa normal por hora pe-las horas trabalhadas além das regularmenteprogramadas.

Prêmio para turno. Uma taxa adicional de paga-mento somada à taxa regular do empregado co-mo compensação por trabalhar em turno ves-pertino ou noturno.

Previsão de vendas. Um orçamento de vendasprojetadas expressas em unidades físicas e di-nheiro; serve como base para preparação de to-dos os outros orçamentos.

Primeiro a entrar, primeiro a sair (PEPS). Ummétodo de custeio de estoque baseado na supo-sição de que materiais baixados são tirados dosmateriais mais velhos em estoque. Assim, mate-riais baixados são custeados pelos preços ante-riores pagos por materiais em estoque e os esto-ques finais são custeados aos preços de compramais recentes.

Processo de manufatura. As atividades envolvi-das na conversão de matérias-primas em produ-tos acabados por meio de aplicação de mão-de-obra e incoerência de várias despesas defabricação.

Produção equivalente. O número de unidadesque poderiam ter sido completadas durante umperíodo, usando os custos totais de produçãopara o período.

Produção padrão. O volume no qual o cálculoinicial dos custos padrão está baseado.

Produtos acabados. A conta de estoque que re-presenta o custo total incorrido na manufaturade produtos que são completados, mas aindaem estoque no final do período contábil.

Produtos conjuntos. Dois ou mais produtos quesão obtidos do mesmo processo de manufaturae que são os objetivos primários do processo.

Produtos em processo. A conta de estoque queinclui todos os custos de manufatura incorridosaté a presente data, por produtos que estão emvários estágios de produção, mas que ainda nãoforam completados.

Programação de custos fixos. Uma listagem deCIF fixos, como depreciação, seguro e impostosprediais; fornece a fonte da qual os custos fixospodem ser alocados para os diversos departa-mentos. Como se supõe que os custos fixos nãovariam de mês em mês, uma tabela pode serpreparada para vários períodos em antecipação;no final dos períodos, um lançamento de diáriopode ser preparado para registrar o total doscustos fixos das informações oferecidas na pro-gramação.

RRazão da fábrica. Um razão separado contendo to-das as contas relativas à manufatura, incluindocontas de estoque; émantida na fábrica e está liga-da ao razão geral através de uma conta especial.

Razão de CIF. Um razão subsidiário que contémas contas individuais de CIF; o total dos saldos

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450 • CONTABILIDADE DE CUSTOS

das contas individuais no razão subsidiário deveser igual ao saldo na conta de controle, CIF, norazão geral.

Razão do almoxarifado (ou materiais). Um ra-zão subsidiário que apóia a conta de controle demateriais no razão geral. As contas individuais norazão do almoxarifado são usadas para registrarrecebimentos e baixas de materiais, e mostrar aquantidade e o custo de materiais em estoque.

Razão do custo por ordem. Um razão subsidiá-rio que consiste na folha de custos da ordem in-dividual.

Razão para materiais. Veja Razão do almoxari-fado.

Registro da folha de pagamento. Um formulá-rio preparado para cada período de pagamentomostrando as rendas de cada empregado para operíodo.

Registro de horas. Um documento usado pararegistrar o tempo gasto pelo empregado em ta-refas específicas. O registro de horas é a base pa-ra a alocação do custo da mão-de-obra da fábricapara ordens ou departamentos.

Registro dos ganhos dos empregados. Um for-mulário preparado para cada empregado quemostra os ganhos do empregado a cada períodode pagamento, e os ganhos cumulativos para ca-da trimestre e para o ano.

Relatório da produção. Um relatório usado emum sistema de contabilidade de custeio por pro-cesso e preparado pelo chefe de departamento,mostrando: unidades iniciais em processo, nú-mero de unidades completadas durante o perío-do, unidades finais em processo e o seu estágiode completude estimado.

Relatório de custos e produção. Um resumodos dados de custos e produção para um centrode custos em particular.

Relatório de desempenho. Um resumo periódi-co dos dados de custos e produção que são con-troláveis pelo gestor de um centro de custos emparticular.

Relatório de desempenho do custo. Comparaos custos orçados para uma ordem com seuscustos reais e indica a variação para cada item dalinha.

Relatório de devolução de materiais. Um for-mulário preparado para acompanhar materiaisquando estão sendo devolvidos ao almoxarifadodepois de terem sido requisitados anteriormen-te, mas não usados na produção.

Relatório de estoque. Um relatório preparadoao se fazer uma contagem física do estoque eusado para reconciliar as diferenças entre o es-toque registrado e as quantidades de estoquedeterminadas pela contagem física.

Relatório de produção individual. Um relató-rio diário preparado para cada empregadoquando os custos da mão-de-obra são calcula-dos na base de uma taxa por peça. O relatóriomostra a tarefa do empregado e o número deunidades completadas.

Relatório de recebimento. Um formulário pre-parado pelo agente de recebimento para cadaembarque de materiais entrante. O empregadoidentifica os materiais, determina as quantida-des recebidas e registra essas informações norelatório de recebimento, assim como o nomedo transportador, a data de recebimento e o nú-mero do pedido de compra que identifica o em-barque.

Requisição de compra. Um formulário normal-mente preparado pelo almoxarife, ou um em-pregado com responsabilidades similares, que éusado para notificar o agente de compras deque materiais adicionais são necessários; repre-senta a autoridade do agente para comprar ma-teriais.

Requisição de materiais. Um formulário prepa-rado por pessoal autorizado de fábrica, e nor-malmente aprovado pelo supervisor do departa-mento de produção, para requisitar materiais doalmoxarifado; representa a autorização do almo-xarife para baixar materiais a serem usados naprodução.

Requisições do almoxarifado. Veja Requisiçãode materiais.

Resumo de materiais baixados e devolvidos.Um formulário usado para registrar todas as bai-xas de materiais para a fábrica, devoluções demateriais requisitados anteriormente e devolu-ções de materiais para os fornecedores. O resu-mo, quando completado no final de um perío-do, fornece as informações necessárias pararegistrar o custo de materiais para o período.

Resumo do custo da mão-de-obra. Um formu-lário que mostra a alocação do total da folha depagamento para Produtos em Processo e CIF.

Resumo do custo de produção. Um relatórioque resume os custos de produção para um pe-ríodo, para cada departamento, e fornece as in-formações necessárias para a valorização do es-toque.

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Resumo dos CIF. Uma programação de todas asdespesas indiretas de fabricação incorridas du-rante um período; preparada das folhas de análi-se dos CIF, a programação mostra cada item dedespesas indiretas de fabricação por departa-mento e no total.

SSegmento. Uma divisão, uma linha de produtos,um território de vendas ou outra unidade orga-nizacional que pode ser identificada separada-mente para fins de relatórios e análise de renta-bilidade.

Sistema de contabilidade de custo padrão.Um método de contabilidade para custos demanufatura que pode ser usado em conjunçãocom um sistema de custeio por ordem ou umsistema de custeio por processo. O custeio pa-drão torna possível determinar quanto um pro-duto deveria custar, assim como quanto o pro-duto realmente custa.

Sistema de contabilidade de custos. Um con-junto de métodos e procedimentos usados poruma organização de manufatura para acumulardados detalhados de custos relacionados com oprocesso de manufatura.

Sistema de custeio por ordem. Um método, ousistema, de contabilidade de custos que é apro-priado para operações de manufatura de produ-tos feitos sob encomenda ou pedidos especiais.Os custos de manufatura são acumulados sepa-radamente para cada ordem e registrados emuma folha de custo por ordem.

Sistema de custeio por processo. Um método,ou sistema, de contabilidade de custos que éapropriado para operações de manufatura comsaída contínua de produtos homogêneos. Oscustos de manufatura são acumulados separada-mente para cadadepartamento e são registradosem um relatório de custo da produção.

Sistema de informação contábil. Um conjuntode procedimentos projetado para fornecer asinformações financeiras necessárias dentro deuma organização de negócios.

Sistema de estoque just-in-time. Um sistemaque reduz significativamente os custos de man-ter estoque por exigir que matérias-primas se-jam entregues por fornecedores para a fábricano momento exato em que são necessárias paraa produção.

Sistema de estoque periódico. Um método de

contabilidade para estoque que exige uma esti-mativa de estoque durante o ano para demons-trações intermediárias e a paralisação das opera-ções no final do ano para uma contagem detodos os itens de estoque.

Sistema de estoque perpétuo. Um método decontabilidade para estoques que fornece um re-gistro contínuo de compras, baixas e saldos detodos os produtos e materiais em estoque.

Subprodutos. Produtos secundários com relativa-mente pouco valor, que são obtidos no processode manufatura do produto principal.

Supervisor do departamento de produção. Oempregado que é responsável por supervisionaras funções operacionais de um departamentode produção.

TTaxa de lucro sobre custos. Uma porcentagemdo custo de manufatura por unidade.

Taxa predeterminada para CIF. Uma porcenta-gem ou montante determinado pela divisão dosCIF orçados pela produção orçada; a produçãoorçada pode ser expressa em termos de horas-máquina, horas de mão-de-obra direta, custo demão-de-obra direta ou unidades físicas. A taxapredeterminada é uma estimativa usada paraaplicação de CIF na produção.

Taxas de faturamento. As taxas por hora queuma empresa cobra de seus clientes para váriascategorias de mão-de-obra profissional trabalha-das em uma ordem.

Tempo de processamento (throughput time).O tempo que leva para uma unidade passar peloprocesso de produção.

Turno de trabalho. Um período de trabalho re-gularmente programado por um número desig-nado de horas.

UÚltimo a entrar, primeiro a sair (UEPS). Ummétodo de custeio de estoque baseado na supo-sição de que os materiais baixados são os mate-riais mais recentemente comprados. Assim, osmateriais baixados são custeados aos preços decompra mais recentes e os estoques finais sãocusteados aos preços pagos pelas compras maisvelhas.

GLOSSÁRIO • 451

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Unidades defeituosas. Unidades de produtocom imperfeições que são consideradas possí-veis de se corrigir porque o valor de mercado daunidade corrigida será maior do que o custo to-tal incorrido pela unidade.

Unidades danificadas. Unidades de produto comimperfeições que não podem ser economicamen-te corrigidas; são vendidas como itens de qualida-de inferior ou como “secundários”.

VValor de venda ajustado. Uma base de alocaçãodos custos conjuntos que leva em consideraçãoos custos de processamento após o ponto de se-paração.

Valor relativo de venda. Uma base para alocarproporcionalmente os custos conjuntos, basea-da nos respectivos preços de venda dos produ-tos separados.

Varejista. Um tipo de comerciante que vende pro-dutos ou serviços para o consumo.

Variação. A diferença, durante um período contá-bil, entre os custos reais e padrão ou os custosorçados de materiais, mão-de-obra e CIF.

Variação controlável. Omontante em que os CIFreais diferem dos CIF padrão, para o nível deprodução obtido.

Variação da capacidade. Reflete uma sub- ou su-perabsorção dos custos fixos pela mensuraçãoda diferença entre horas reais trabalhadas, multi-plicada pela taxa padrão, e a concessão orçamen-tária baseada nas horas realmente trabalhadas.

Variação da eficiência. A diferença entre CIF apli-cados (horas padrão pela taxa padrão) e as horasreais trabalhadas, multiplicada pela taxa padrão;indica o efeito líquido sobre CIF fixos e variáveisquando as horas reais são diferentes, para maisou menos, que as horas padrão permitidas parao volume de produção.

Variação da eficiência (consumo) da mão-de-obra. A diferença entre o número real de horasde mão-de-obra direta trabalhadas e as horaspadrão para o nível real de produção ao preçopadrão.

Variação da quantidade (consumo) de mate-riais. A diferença entre a quantidade real de ma-teriais diretos usados e a quantidade padrão pa-ra o nível real de produção ao preço padrão.

Variação da taxa (preço) de mão-de-obra. A di-ferença entre a taxa média de mão-de-obra dire-ta por hora realmente paga e a taxa padrão porhora, multiplicada pelo número de horas traba-lhadas.

Variação de dispêndio. Veja variação do orça-mento. A diferença entre os CIF reais para cus-tos variáveis e as horas reais, multiplicada pelataxa padrão variável.

Variação de volume. A diferença entre CIF fixosorçados e CIF fixos aplicados em produtos emprocesso; o resultado de operar em um nível deprodução diferente do nível padrão, ou normal.

Variação desfavorável. A diferença entre custosreais e padrão quando os custos reais excedemos custos padrão.

Variação do orçamento (método de duas varia-ções). A diferença entre os CIF orçados na capa-cidade atingida e os CIF reais incorridos.

Variação do preço de compra. A diferença entreo custo real de materiais e o custo padrão.

Variação do preço de materiais. A diferença en-tre o custo real por unidade de materiais diretose o custo padrão por unidade, multiplicada pelaquantidade real de materiais consumidos.

Variação favorável. A diferença entre custos reaise padrão quando os custos reais são menoresdo que os custos padrão.

Velocidade. A velocidade com a qual unidades sãoproduzidas em um sistema de manufatura. É oinverso do tempo de processamento.

452 • CONTABILIDADE DE CUSTOS

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AAdministração por exceção, 327Agências de serviço sem fins lucrativos, 14Agente de compras, 66Almoxarife, 66Análise

de custo-volume-lucro (CVL), 414do custo diferencial, 421do ponto de equilíbrio, 415

Atacadistas, 14Atividades sem valor agregado, 90Aviso

de crédito, 70de débito, 70

CCapacidade

normal, 373prática, 373teórica, 373

Cartão de ponto, 111Centro de custos, 17, 237CIF (Custos Indiretos de Fabricação), 153

Aplicados, 178Sub- e Superaplicados, 178-179Superaplicados e Superabsorvidos, 178

Circundantes, 159Códigos de barra, 112Comportamento de custos, 365Composição garantida, 110

Compras, 19Consumo, 329Contabilidade

de custo padrão, 327de custos, 13financeira, 18por responsabilidade, 17

Controle, 16de materiais, 60

Custeiobaseado em atividades, 175, 219de creme de amendoim, 220direto, 407por absorção, 407retrocedido, 90variável, 407

Custocomum, 412de conversão, 23de manufatura (ou produção), 22de período, 180, 407de produção, 19direto (rastreável), 412do produto, 180, 407indireto (não rastreável), 412padrão por unidade para CIF, 377primário, 23total, 407variável em degraus, 155

Custosconjuntos, 304de distribuição, 422de manter estoques, 62de pedidos, 62

Índice analítico

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de pensão, 131de produtos, 291de transferência, 250fixos, 154, 372Indiretos de Fabricação, 23, 25mistos, 154padrões, 35semifixos (ou custos pordegraus), 154, 376semivariáveis, 154, 377unitários, 15variáveis, 154, 372

DDébito direto, 166Decisão de custo/benefício, 225Demonstração de resultados orçados, 370Departamento

de folha de pagamento,111de produção, 165de registro de tempo, 111de serviços, 165

Despesa geral de CIF, 163Direcionador de custos, 175

EEmpregado de recebimento, 66Empresas

de comércio, 14de serviços com fins lucrativos, 14

Encargos Sociais sobre a folha depagamento, 120Equipes de trabalho de produção, 111Escaneadores óticos, 112Estágio de completude, 241Estoque de segurança, 62Estoques de mercadorias, 20

FFabricantes, 14Falta de estoque (Stockout), 62Fatura do fornecedor, 69Fluxo

de custos, 75de materiais, 75

Folhade análise por tipo de departamento, 162de análise por tipo de despesa, 162de custos por serviço, 36

Folhas de análise dos CIF, 161

IÍndice

da renda marginal, 419de margem de contribuição, 419de margem de segurança, 419

LLei Federal de Contribuições de SeguroPrevidenciário (FICA), 120Lei Federal do Imposto para Seguro Desemprego(FUTA), 121Lucro bruto, 409

MMão-de-obra

direta, 22, 108indireta, 22, 108

Margembruta, 409de contribuição, 409de segurança, 419do segmento, 413

Materiais, 25diretos, 22refugados, 86

Matérias-primas, 20Média móvel, 78Método

alto-baixo, 156da distribuição direta, 167de custo médio, 241de distribuição algébrica, 167de distribuição seqüencial(ou método passo a passo), 167de duas variações, 382de horas de mão-de-obra direta, 173de horas-máquina, 174de quatro variações, 384de três variações, 386do custo da mão-de-obra direta, 173

454 • CONTABILIDADE DE CUSTOS

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do gráfico de dispersão, 157do primeiro a entrar, primeiroa sair (PEPS), 241, 295observacional, 156

OOrçamento, 18, 159, 365

de caixa, 371de dispêndio de capital, 371de mão-de-obra profissional, 216de passivos, 371de receitas, 215estático, 372flexível, 159, 372para contas a receber, 371para custos de manufatura, 370

Orçamentos para despesas administrativas, devendas e outras, 370Ordem de devolução de embarque, 70

PPadrão, 327

de custo de mão-de-obra, 328de custo de materiais, 328ideal, 327obtenível, 327

Pagamentode feriados, 132de férias, 131de gratificação, 131de horas extras, 120

Pedidode compras, 68de devolução de embarque, 74

Perdas normais, 291Planejamento, 16Plano

de compartilhar ganhos, 111de incentivo salarial, 109de taxa por hora, 109de taxa por peça, 109previdenciário com contribuição, 131previdenciário sem contribuição, 131salarial modificado, 110

Pontode equilíbrio,de pedido, 61de separação, 304

Pontos gatilho, 91

Porcentagem de lucro sobre o custo ou venda, 28Prazo de entrega, 62Preço, 329Prêmio

por horas extras, 120por turnos de trabalho, 130

Previsão de vendas, 368Primeiro a entrar, primeiro a sair (PEPS), 75Processo de manufatura, 15Produção

equivalente, 241padrão, 373

Produto em processo, 20, 25, 40Produtos

acabados, 20conjuntos (co-produtos), 303

Programação de custos fixos, 163

QQuantidade econômica de pedido (EOQ), 62

RRazão

de CIF, 160de custo por serviço, 39de materiais, 73industrial, 22subsidiário do almoxarifado, 73

Refugo ou material refugado, 86Registro

da folha de pagamento, 115de horas, 113de renda dos empregados, 115

Relatóriode desempenho de custos, 214de desempenho, 17de estoque, 82de materiais devolvidos, 73de produção individual, 115de produção, 241-242de recebimento, 69

Relatórios de custos e de produção, 17Requisição

de compras, 67de materiais, 71-72do almoxarifado, 72

Resumode CIF, 164de material baixado e devolvido, 80

ÍNDICE ANALÍTICO • 455

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do custo de produção, 242dos custos de mão-de-obra, 118

SSegmento, 412Serviço, 210Sistema

de acumulação de custo por ordem, 237de acumulação de custo porprocesso, 237de contabilidade de custo padrão, 35de controle de estoque perpétuo, 21de controle periódico de estoque, 21de custo por ordem, 34de custo por processo, 34de estoque just-in-time (JIT), 89

Sistemasde contabilidade de custos, 14de informações contábeis, 14

Subprodutos, 303Supervisor do departamento deprodução, 66

TTaxa predeterminada de CIF, 172Taxas de faturamento, 216Tempo de processamento, 90Turnos de trabalho, 130

UÚltimo a entrar, primeiro a sair (UEPS), 76Unidades

danificadas, 87de departamentos anteriores, 250defeituosas, 87-88

Uso, 61

VValor

de venda ajustado, 304relativo de venda, 304

Varejistas, 14Variação, 329

controlável, 380da eficiência (consumo) da mão-de-obra, 330da eficiência (consumo) demateriais, 330da taxa (preço) da mão-de-obra, 330de capacidade, 382de eficiência, 387de volume, 381desfavorável, 331do dispêndio, 386do orçamento, 386do preço de compra, 334do preço de materiais, 330favorável, 331

Velocidade, 90

456 • CONTABILIDADE DE CUSTOS

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Contabilidade de Custos fornece uma compreensão completa dos conceitos de custos, comportamento de custos e técnicas de contabilidade de custos com relação a como se aplicam às empresas de manufatura e de serviços.

Os estudantes aprendem como determinar os custos de produtos e de serviços acuradamente; como usar o conhecimento dos custos de produtos e de serviços para estabelecer preços de venda, para dar lances em contratos e para analisar a rentabilidade relativa de vários produtos e serviços; como usar técnicas para medir o desempenho de gerentes e subunidades dentro de uma organização; como projetar um sistema de contabilidade que se acomode ao sistema de pro-dução e de distribuição de uma organização; e como usar o sistema de conta-bilidade como ferramenta para motivar gerentes a perseguirem os objetivos da organização.

Neste livro o estudante vai encontrar:

material para um curso sobre contabilidade de custos de um semestre, ou um ano;os princípios e os procedimentos do custeio por ordem de serviço, custeio de processo e custeio padrão, de forma lógica e concisa; e discussão sobre os relatórios de propósitos especiais e as técnicas ana-líticas da contabilidade gerencial.

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DOBRA

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CORTE

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9 7 8 8 5 2 2 1 0 2 3 8 9

ISBN 85 - 221 - 0238 - 4

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ISBN 13 978-85-221-0973-9ISBN 10 85-221-0973-7

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