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CONTABILIDADE DE CUSTOS

CURSO DE ADMINISTRAO DE EMPRESA

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BOA VISTA - RR 2011 1 O PATRIMNIO, OS INVESTIMENTOS E AS FONTES DE FINANCIAMENTOS O patrimnio da empresa constitudo pelo conjunto de bens, direitos e obrigaes desta. O Ativo, a parte positiva do Patrimnio, mostra onde os recursos colocados disposio da empresa foram investidos. O Passivo mostra os financiamentos que originaram tais aplicaes e pode ser divididos em duas grandes categorias: Capitais Prprios e de Terceiros.1.1

OS INVESTIMENTOS

Bens Numerrios: So os bens de liquidez imediata, constituindo o disponvel da empresa: dinheiro em espcie, depsito bancrio e aplicaes financeiras de liquidez imediata( Fundo de Investimento Financeiro, por exemplo. Bens de Venda: So aqueles destinados venda pela sociedade e que constituem o objeto de seu negcio. No caso da empresas industriais, so constitudos pelos estoques de produtos em elaborao e pelo de produtos acabados. Segundo Hilrio Franco, alguns autores consideram os estoques de matrias-primas (ou de material direto ou indireto) como bens de venda, pois embora sua finalidade no seja a de serem vendidos, integram direta ou indiretamente o produto a ser vendido. Outros autores preferem classific-los como bens circulantes, por no serem fixos (renovam-se constantemente). Bens Fixos: So aqueles bens de carter permanente ou quase permanente e que constituem os meios de produo da empresa, servindo a vrios ciclos produtivos. Tambm so conhecidos com bens de uso. Esto nesse grupo: Imveis destinados s instalaes do estabelecimento industrial (terrenos e edifcios) Mquinas e equipamentos Instalaes, ferramentas e aparelhos Veculos Mveis e utenslios So geralmente classificados no Ativo Imobilizados. Bens de Renda: So aqueles adquiridos com a finalidade de produzir renda para a sociedade e que no esto diretamente ligados a sua atividade operacional principal. Exemplos: Participao societria de carter permanente ou temporrio Aplicaes financeiras de liquidez no imediata, tais como CDBs, fundo de renda fixa, ouro, debntures, etc. Imveis para alugar.

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Crditos de Funcionamento: valores a receber decorrentes da prpria atividade da empresa. Exemplo: contas a receber duplicatas a receber, etc. Crditos de Financiamentos: valores a receber de prazo mais longo decorrentes de financiamentos a terceiros e que no so diretamente relacionados com o objeto da atividade da empresa. Exemplo: Emprstimos compulsrios unio. Valores Imateriais: Bens no tangveis que figuram no ativo, tais como marcas e patentes, despesa pr-operacionais, gastos com reorganizao administrativa, etc.1.2

FONTES DE FINANCIAMENTOS CAPITAIS PRPRIOS

1.2.1

Capital Realizado: seu valor expressa o montante de recursos que os scios colocaram disposio da sociedade. Reserva de Capital: So valores recebidos de scios ou de terceiros, a ttulo gratuito( ou seja, no h a obrigao de sua devoluo), destinados ao reforo do capital da empresa. Exemplos: Reserva de gio na Emisso de Aes, Reserva de Doaes e Subvenes, Reserva de Prmios na Emisso de Debntures. Reserva de Reavaliao: Como o prprio nome indica, trata-se de recursos resultantes da reavaliao de ativos de propriedade da empresa. Reserva de Lucros ou Lucros Acumulados: So recursos originados pelo prprio resultado da empresa. Exemplo: Reserva Legal, Reserva Estaturia, Reserva de Lucros a Realizar, Reserva para Contingncias.1.2.2

CAPITAL DE TERCEIROS

Dbitos de Funcionamento: So recursos obtidos para o funcionamento normal da empresa, por exemplo: fornecedores, salrios a pagar, impostos a pagar. Dbitos de Financiamentos: recursos obtidos para a ampliao e desenvolvimentos da empresa, tais como os decorrentes de debntures e emprstimos de longo prazo. (soluo em sala de aula)

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2 AS RELAES ENTRE A CONTABILIDADE GERAL OU FINANCEIRA, A CONTABILIDADE DE CUSTOS E A CONTABILIDADE GERENCIAL. 2.1 CONTABILIDADE GERAL A Contabilidade Geral surgiu com o desenvolvimento do comrcio. Seu objetivo fundamental o controle do patrimnio da empresa e de suas variaes, que so resultantes da apurao do resultado das atividades mercantis lucro ou prejuzo. A apurao do Resultado nas empresas comerciais segue a seqncia clssica: ESTOQUE INICIAL DE MERCADORIA (+) COMPRAS (=) MERCADORIAS DISPONVEIS PARA VENDA (-) ESTOQUE FINAL DE MERCADORIA (=) CUSTO DA MERCADORIA VENDIDA RECEITA DE VENDAS (-) CUSTO DAS MERCADORIAS VENDIDAS (=) LUCRO BRUTO (-) DESPESAS - comerciais - administrativas - financeiras (=) RESULTADO LQUIDO 2.2 CONTABILIDADE DE CUSTOS Com o advento da Revoluo Industrial e a conseqente proliferao das empresas industriais, a Contabilidade viu-se s voltas com o problema de adaptar os procedimentos de apurao do resultado em empresas comerciais ( que apenas revendiam mercadorias compradas de outrem) para as empresas industriais, que adquiriam matrias-primas e utilizavam fatores de produo para transform las em produtos destinados venda. A soluo natural para o problema foi usar o mesmo esquema para apurao do resultado, substituindo o item compras pelo pagamento dos fatores que entraram na produo: matria-prima consumida, salrios dos trabalhadores da produo, energia eltrica e combustveis utilizados, enfim todos os gastos que foram efetuados na atividade industrial e que foram denominados de custos de produo. O ramo da Contabilidade que controlava estes gastos passou a chamar-se Contabilidade de Custos. Uma forma simplificada de apresentar a apurao do resultado numa empresa industrial seria:

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ESTOQUE INICIAL DE PRODUTOS INDUSTRIAIS (EM ELABORAO E ACABADOS) (+) CUSTO DE PRODUO DO PERODO) matrias primas consumidas salrios dos operrios energia eltrica combustveis demais custos (-) ESTOQUE FINAL DOS PRODUTOS INDUSTRIAIS (EM ELABORAO E ACABADOS) = CUSTO DOS PRODUTOS VENDIDOS(CPV) Diminuindo-se o valor do CPV da Receita de Vendas, obtm-se o Resultado Bruto Industrial e deduzindo-se deste das despesas comerciais, administrativas e financeiras, tem-se o Resultado Lquido, semelhana das empresas comerciais. Observa-se que o Custo de Produo do perodo, ou seja, todos os gastos incorridos na produo industrial, foi totalmenteabsorvido , seja pelos estoques finais de produtos, seja pelo custo dos produtos vendidos. Este tipo de custeamento chama-se Custeio por Absoro, originou-se da analogia com a Contabilidade Geral e normalmente exigido pela Auditoria Externa das Cias. Aberta e pelo Imposto de Renda. 2.3 CONTABILIDADE GERENCIAL A contabilidade Gerencial o ramo da contabilidade que tem por objetivo fornecer instrumentos aos administradores de empresas que os auxiliem em suas funes gerenciais.e para tomada de decises. A Contabilidade de Custos, cuja a funo inicial era de fornecer elementos para avaliao dos estoques e apurao do resultado,passou, nas ltimas dcadas, a prestar duas funes muito importantes na Contabilidade Gerencial: a utilizao dos dados de custos para auxlio ao controle No que diz respeito funo administrativa de controle, a funo Contabilidade de custos fornecer informaes para o estabelecimento de padres, oramentos ou previses e, a seguir, acompanhar o efetivamente acontecido com os valores previstos. Este tipo de custeamento chamado de Custeio-Padro, tem um papel muito importante no sentido de detectar ineficincias ou desperdcios nas atividades produtivas. Com relao utilizao dos dados da Contabilidade de Custos para tomada de decises, estes podem ser muito teis para o administrador pesar as conseqncias de medidas tais como: Se a capacidade de produo da fbrica insuficiente para atender todos os pedidos dos clientes, qual o produto ou linha de produto deve ser cortado?Elaborada por Mariano Tero de Melo 5

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Como fixar preo de venda de um produto? Deve-se continuar comprando matrias-primas de terceiros ou interessa fabric-los na empresa? Para atender a este objetivo usa-se o Custeio Varivel, por fornecer informaes mais adequadas para decises. 3 - PRINCPIOS CONTBEIS APLICADOS AO CUSTO Princpio da Realizao O lucro(ou prejuzo) s reconhecido quando os bens ou servios so fornecidos a terceiros em troca de dinheiro ou de outros elementos que passam a compor o ativo. Tendo em vista este princpio a contabilidade de custo s pode apurar resultados quando da realizao da receita, porm ela poder estimar o resultado econmico com base nos custos incorridos de produo. Princpio da Competncia e da Confrontao Pelo princpio da realizao se define o momento de reconhecimento da receita, j pelo da Competncia e da Confrontao temos o reconhecimento das despesas e a confrontao das mesmas com a receita realizada. Sendo assim aps o reconhecimento da receita deduz-se todas as despesas, chegando-se ao resultado do perodo. Princpio do Custo Histrico Este princpio trata do resultado contbil dos valores dos ativos que ser original(valor de entrada). Em perodo inflacionrio o registro custo histrico deixa muito a desejar, pois o custo de produo de determinado perodo poder no ser condizente com o custo de reposio(ou mercado) no momento da apurao do resultado. Princpio da Consistncia Na contabilidade de custo este princpio diz respeito a apropriao e alocao de custo com base e critrios consistente para diversos perodo. Conservadorismo Quando houver mais de uma alternativa na apurao do Resultado o contador de custo dever optar pela forma de maior precauo. Materialidade A fim de evitar desperdcios de tempo e dinheiro, deve-se registrar na contabilidade apenas os elementos dignos de ateno e na ocasio oportuna. 4 TERMINOLOGIA EM CONTABILIDADE DE CUSTO 4.1 - DISTINES ENTRE GASTO, DESEMBOLSO, INVESTIMENTO, CUSTO, DESPESA E PERDA. 4.1.1 GASTO: Sacrifcio que a entidade arca para obteno de um bem ou servio, representado por entrega ou promessa de entrega de ativos(normalmente dinheiro ou valores monetrios). Exemplo: Gastos com mo-de-obra(salrios e encargos sociais)= aquisio de servios de mo-de-obra;Elaborada por Mariano Tero de Melo 6

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Gasto com aquisio de mercadoria para revenda; Gastos com aquisio de matrias- primas para industrializao; Gastos com aquisio de mquinas e equipamentos; Gasto com energia eltrica = fornecimento de energia eltrica; Gasto com aluguel de edifcio(aquisio de servios); Gasto com reorganizao administrativa.4.1.2

DESEMBOLSO: pagamento resultante da aquisio de um bem ou servio. Pode ocorrer concomitantemente ao gasto(pagamento vista) ou depois deste(pagamento a prazo). Os GASTOS podem ser: INVESTIMENTO, CUSTOS OU DESPESAS.

4.1.3 -

INVESTIMENTO: Gasto com bem ou servio ativado em funo de sua vida til ou de benefcios atribuveis a perodos futuros. Exemplos: Aquisio de mveis e utenslios Aquisio de imveis Aquisio de material de escritrio Aquisio de matria prima - CUSTO: Gasto relativo a bem ou servio utilizado na produo de outros bens e servios: so todos os gastos relativo atividade de produo. Exemplos: Salrios do pessoal da produo; Matria prima utilizada no processo produtivo; Combustveis e lubrificantes usados nas mquinas da fbrica; Depreciao dos equipamentos da fbrica; Gastos com manuteno das mquinas da fbrica.

4.1.4

ATENO: A matria prima adquirida pela indstria, enquanto no utilizada no processo produtivo, representa um INVESTIMENTO e estar ativada numa conta do circulante; no momento em que requisitada pelo setor de produo, dado baixa na conta do ativo e ela passa a ser considerada um CUSTO, pois ser consumida para produzir outros bens ou servios. 4.1.5 - DESPESA: Gasto com bens ou servios no utilizados nas atividades produtivas e consumidos com a finalidade de obteno de receitas.

Em termos prticos, nem sempre fcil distinguir Custos e Despesas. Pode-se, entretanto, propor um regra simples do ponto de vista didtico: todos os gastos realizados com produtos at que esteja pronto, so Custos; a partir da, so Despesas. Assim, por exemplo, gastos com embalagem so Custos se realizados no mbito do processo produtivo(o produto vendido embalado); so Despesas, se realizados aps a produo(o produto pode ser vendido com ou sem embalagem). Todos os custos que esto incorporados nos produtos acabados que so fabricados pela empresa industrial so reconhecidos como DESPESAS no momento em que os produtos so vendidos.Elaborada por Mariano Tero de Melo 7

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Outros Exemplos: Salrios e encargos sociais do pessoal de vendas; Salrios e encargos sociais do pessoal de escritrio de administrao; Energia eltrica consumida no escritrio; Gastos com combustveis e refeies de pessoal de vendas Conta telefnica do escritrio e de vendas; Aluguis e seguros do prdio do escritrio. ATENO: Os encargos financeiros incorridos pela empresa, mesmo aqueles decorrentes da aquisio de insumos para a produo, so sempre considerados despesas.4.1.6

- PERDA: um gasto no intencional decorrente de fatores externos fortuitos ou da atividade produtiva normal da empresa. No 1 CASO, so considerados da mesma natureza que as DESPESAS e so jogadas diretamente contra o resultado do perodo. No 2 CASO, onde se enquadram, por exemplo, as perdas normais e matrias-primas na produo industrial, integram o CUSTO de produo do perodo.

A distino mais difcil e mais importante entre CUSTOS E DESPESAS.Se um gasto considerado DESPESA, ele afeta diretamente o resultado do exerccio. Se considerado CUSTO, s afetar o resultado a parcela do gasto que corresponder aos produtos vendidos. 5-CLASSIFICAO DE CUSTO 5.1 CUSTOS EM RELAO SUA APROPRIAO AOS PRODUTOS FABRICADOS CUSTO : conjunto de dispndio que a empresa tem que arcar com material, mo-deobra e os gatos gerais incorridos na fabricao de seus produtos. ELEMENTOS Matria Prima Mo-de-obra Bruta Elaborada

Custo Direto

Direta Indireta Gastos Gerais de Fabricao CLASSIFICAO APROPRIAO EM RELAO AO PRODUTO

Custo Indireto

CUSTO DIRETO: So aqueles que podem ser apropriados diretamente aos produtos fabricados, porque h uma medida objetiva de seu consumo neste processo produtivo. Exemplos: 1 - Matria PrimaElaborada por Mariano Tero de Melo 8

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Normalmente, a empresa sabe qual a quantidade exata de matria prima que est sendo utilizada para a produo de uma unidade do produto. Sabendo-se o preo da matria prima, o custo da resultante est associado diretamente ao produto. CUSTO INDIRETO: so os custos que dependem de clculos, rateios ou estimativas para serem apropriados em diferentes produtos, portanto, so os custos que s so apropriados indiretamente aos produtos. O parmetro utilizado para as estimativas chamado de base ou critrio de rateios. Exemplos: 1 - Depreciao de equipamentos que so utilizados na fabricao de mais de um produto; 2 - Salrios dos chefes de superviso de equipes de produo; 3 - Aluguel da fbrica; 4 - Energia eltrica que no pode ser associada ao produto. ATENO: Se a empresa produz apenas um produto, todos os seus custos so diretos. s vezes, o custo direto por natureza, mas de to pequeno valor que no compensaria o trabalho de associ-lo a cada produto, sendo tratado como indireto. Exemplo: gastos com verniz e cola na fabricao de mveis. 7 CUSTOS EM RELAO AOS NVEIS DE PRODUO 7.1 CONCEITOS 7.1.1 - CUSTOS FIXOS: so aqueles cujos valores so os mesmos qualquer que seja o volume de produo da empresa. o caso, por exemplo, do aluguel da fbrica. Este ser cobrado pelo mesmo valor qualquer que seja o nvel da produo, inclusive no caso nada de produzir. Observe que os Custos fixos so fixos em relao ao volume de produo, mas podem variar de valor no decorrer do tempo. O aluguel da fabrica, mesmo quando sofre reajuste em determinado ms, no deixa de ser considerado um custo fixo, uma vez que ter o mesmo valor qualquer que seja a produo do ms. Outros exemplos: salrios do vigias, imposto predial, etc... 7.1.2. - CUSTOS VARIVEIS: So aqueles cujos os valores se alteram em funo do volume de produo da empresa. Exemplo: Matria Prima consumida. Se no houver quantidade produzida, o custo varivel ser nulo. Os custos variveis aumentam medida em que aumenta a produo. Exemplos: Materiais indiretos consumidos, depreciao dos equipamentos quando esta for feita em funo das horas/mquinas trabalhadas, gastos com horas-extras na produo, etc. 7.1.3 - CUSTOS SEMI - VARIVEIS: so custos que variam com o nvel de produo mas que, entretanto, tem uma parcela fixa que existe mesmo que no haja produo. o caso, por exemplo, da conta de energia eltrica da fbrica, na qual a concessionria cobra uma taxa mnima mesmo que nada seja gasto no perodo, embora o valor total da conta dependa do nmero de KILOWATS consumidos e, portanto, do volume de produo da empresa

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7.1.4 - CUSTOS SEMI - FIXOS OU CUSTOS POR DEGRAUS: so custos que so fixos numa determinada faixa de produo, mas que variam se h mudanas desta faixa. Considere, por exemplo, a necessidade de supervisores de produo da Cia. Roraima expressa na tabela a seguir:QUANTIDADE NECESSRIA DE SUPERVISORES

VOLUME DE PRODUO

CUSTO EM R$ (SALRIOS + ENCARGOS)

0 - 20.000 20.001 - 40.000 40.001 - 60.000 60.001 - 80.000

1 2 3 4

120.000 240.000 360.000 480.000

O custo dos supervisores ser de R$ 240.000,00, fixo na faixa de produo de 20.001 a 40.000 unidades. Se, entretanto, a produo aumentar para 50.000 unidades, o custo pula para outro degrau( R$ 360.000). 7.2 HIPTESE DE COMPORTAMENTO Assume-se normalmente que os custos variveis (CV) sejam diretamente proporcionais quantidade produzida. Isto implica em que o custo varivel unitrio(CVu), ou seja, o custo varivel dividido pela quantidade produzida, fixo(constante). Por outro lado, o Custo Fixo(CF), pela sua prpria definio, constante qualquer que seja o volume de produo. Entretanto, o custo fixo unitrio(CFu), ou seja, o custo fixo dividido pela quantidade, sempre decrescente. Veja o exemplo a seguir. Exemplo: O contador ou administrador da Cia. Vine fez o seguinte quadro para apresentar os custos de produo de zero a 100(cem) unidades, em R$: (soluo em sala de aula)Q C. Fixo (CF) C. Varivel (CV) C. Total (CT) C. Fixo Unit. (CFu) C. Var. Unit. (CVu) C. Mdio (CMe)

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O Custo fixo(CF) sempre _________, qualquer que seja o volume de produo. J o Custo Fixo Unitrio(CFu) sempre decrescente, uma vez que resulta da diviso de um valor fixo(no caso, R$ 100,00) por quantidades produzidas cada vez maiores. Assim, o Custo Fixo unitrio se a Cia. Produz apenas uma unidade R$ 100,00/1=100,00, enquanto se ela produz 4 unidades R$ 100,00/4=R$ 25,00. O Custo Varivel(CV) sempre crescente com o volume de produo. Se a empresa produz uma quantidade maior do produto, lgico que ela vai gastar mais matria-prima, por exemplo. J o Custo Varivel unitrio(CVu) sempre igual a R$ 100,00, qualquer que seja o volume de produo. Isto implica em supor que, por exemplo, se dobrarmos a produo, dobraremos tambm o custo de matria-prima. Esta a suposio feita pela maioria dos contadores, embora ela necessariamente no se verifique em todos os casos. Graficamente, teramos: (soluo em sala de aula)

ESQUEMA BSICO DA CLASSIFICAO DOS CUSTOS

Custo de Produo fabricao.

Custos Diretos: matria prima, mo-de-obra, gastos gerais de

Custo de Produo Custo Indireto: Materiais Indiretos( combustveis, lubrificantes, material para limpeza, acessrio); Mo-de-obra Indireta( salrios de inspetores, salrios de chefe e encarregados, salrio do pessoal de apoio, salrio pessoal administrativo, seguro com acidentes, assistncia mdica, restaurante; Gastos gerais de Fabricao( luz e fora, gs, gua esgoto, aluguis, seguros, reparos e conservao, perdas e quebras, depreciao).

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8 - A MODERNA CONTABILIDADE DE CUSTOS EM EMPRESAS INDUSTRIAIS Com o advento da nova forma de usar a Contabilidade de Custos, ocorreu seu maior aproveitamento em outros campos que no o industrial. No caso de instituies no tipicamente daquela natureza, tais como instituies financeiras, empresas comerciais, firmas de prestao de servios, etc. onde seu para efeito de balano era quase irrelevante(pela ausncia de estoque), passou explorar seu potencial para o controle e at para tomada de decises. Mesmos nas empresas prestadoras de servios que eventualmente faziam uso de custos para avaliao de "estoques de servios em andamento", para a avaliao dos custos incorridos em projetos ainda no acabados, seu campo alargou-se de maneira formidvel. MATERIAIS: Os materiais utilizados na fabricao podem ser classificados em : Matrias-primas: So os materiais principais e essncias que participam com maior incidncia na fabricao do produto. Materiais secundrios: So os materiais que entram em menor quantidade na fabricao do produto. Esses materiais so aplicados juntamente com a matria-prima. Complementando-a ou at mesmo dando o acabamento necessrio ao produto. Materiais de embalagem: so os materiais destinados a condicionar ou embalar os produtos, antes que eles saiam da rea de produo. Quanto ao custo de aquisio dos materiais, devemos observar, quando da contabilizao, duas situaes distintas: a) Como deve ser utilizado seu custo de aquisio; b) Como devem ser avaliadas as sadas de materiais para a produo. O custo de aquisio de materiais compreende efetivamente todos os gastos incorridos para sua colocao, em condies de uso, na empresa. Sendo assim no valor de aquisio dos materiais devem estar todos os valores inerentes compra deduzidos os impostos recuperveis. O custo de aquisio das mercadorias, matrias-primas, material de embalagem e material secundrios, devem compreender: o preo da aquisio, excludos ICMS E IPI, quando recuperveis; o custo de seus transporte at a empresa; seguros sobre compras; os tributos devidos na importao.

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9 - FORMAO DO VALOR AQUISIO DOS MATERIAIS RECUPERVEIS - Quando a empresa se credita dos impostos na oportunidade da aquisio. VLR AQUI.= VLR DA NOTA - ICMS-IPI + FRETE IRRECUPERVEIS - quando a empresa no se credita dos impostos VLR AQUIS.= VLR DA NOTA + FRETE CONTABILIZAO E APROPRIAO Na Compra D - Compra de matria-prima D - ICMS a recuperar D - IPI a recuperar D - Frete e carretos D - Outras despesas na compra C - Caixa/Banco/Fornecedor Na Apropriao D - estoque de matria-prima C - compra de matria-prima C - frete e carretos C - Outras despesas na compra 10 - MO-DE-OBRA DIRETA MOD Mo-de-obra(MOD) o gasto relativo ao pessoal que trabalha diretamente na produo, sendo possvel a averiguao do tempo dispendido na elaborao do produto e, portanto, um gasto cujo valor aproprivel a este sem necessidade de qualquer critrio de rateio. Os gastos relativos ao pessoal da produo que necessitam de algum critrio de rateio para sua apropriao ao produto so classificados como Mo-de-obra Indireta(MOI). Enquanto os gastos com MOD podem ser debitados diretamente nas contas de produtos, por serem a eles diretamente atribuveis, os gastos com MOI so classificados como Gastos Gerais de Fabricao a serem rateados aos diversos produtos. ENCARGOS DE TRABALHO So gastos adicionais remunerao efetiva, como custos de Previdncia Social, de Fundos e Indenizaes, de repouso, doena e lazer de empregados, etc...

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Os custos com encargos de trabalho representam parcelas ponderveis nos custos de pessoal, e sua previso e apropriao devem ser feitas de forma criteriosa. A apropriao feita em bases provisionais. CLCULO DO CUSTO DE MO DE OBRA DIRETA Para clculo da MOD, alm do nmero de horas efetivamente trabalhadas na tarefa, preciso tambm se apurar o custo por hora do trabalhador. Neste custo, alm do salrio propriamente dito, devem ser considerados os encargos sociais incidentes sobre a mo de obra e tambm os direitos trabalhistas(Descanso Semanal Remunerado, 1/3 de adicional de Frias, 13 salrio, etc.). Cada empresa, em funo de sua especificidade(inclusive porque alguns encargos variam em funo do tamanho e da natureza da empresa, tais como o seguro de acidentes de trabalho e a contribuio para o SENAI/SESI, faz seus clculos de forma diferentes. Veja o exemplo que segue: Contribuio e Encargos SENAI 1,0% SESI 1,5% S. Educao 2,5% INCRA 0,2% SEBRAE 0,6% INSS 20% FGTS 8,5% Suponha que o valor da hora seja de .................................................R$ 10,00 (SOLUO EM SALA DE AULA)

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11 - FORMAO DO VALOR DA HORA EXTRA A Constituio Federal do Brasil, bem como a Consolidao das Leis Trabalhistas(CLT) determina que as horas suplementares a jornada de trabalho sejam, obrigatoriamente, acrescidas, de pelo menos, 50% superior ao valor da hora normal. A hora trabalhada em domingos e feriados, dever ser paga em dobro. Sabendo-se que o trabalho noturno ter remunerao superior ao trabalho realizado em horrio diurno, a razo, de pelo menos, 20%. Certamente as horas suplementares (hora - extras), tambm sero acrescidas desde percentual. Considera horrio noturno o perodo compreendido entre 20:00 s 5:00 horas, tendo a hora do trabalho noturno, para efeito de computao de valores, a durao de 52 minutos e trinta segundos. Sendo assim teremos os seguintes percentuais a serem aplicados como acrscimo ao valor hora: a) 50% - Dias normais sem adicional noturno; b) 80% - Dias normais com o adicional noturno de 20%; c) 100% - Domingos e feriados sem adicional noturno; d) 140% - Domingos e feriados com adicional noturno de 20% CONTABILIZAO DA FOLHA DE PAGAMENTO A empresa industrial deve manter controles que permitam perfeita identificao da Mo - de - Obra Direta em cada produto fabricado. Para isto, apontamentos so feitos em mapas, boletins de mo-de-obra dirios ou at mesmo diretamente nas ordens de produo, facilitando a atribuio do valor do respectivo gasto para cada produto. No final de cada ms a mesma elabora a folha de pagamento contendo os gastos com salrios e demais encargos sociais trabalhistas incorridos no respectivo ms. Esta folha poder englobar os gastos com o pessoal que trabalha direta ou indiretamente na fabricao dos produtos. Porm, conveniente que a mo-de-obra direta seja relacionada em folha de pagamento separada. CONTABILIZAO D - Salrios C - Salrios a pagar vlr. referente a apropriao da fopag/msElaborada por Mariano Tero de Melo 1

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D - Salrios a pagar C - Contribuio de Previdncia a recolher C - Imposto de Renda Retido na Fonte a recolher vlr. retido cfe. fopag/ms D - Encargos sociais C - Contribuies de Previdncia a Recolher C - FGTS a recolher vlr. cfe. fopag/ms

12 - GASTOS GERAIS DE FABRICAO GGF Os gastos Gerais de Fabricao(GGF) compreendem todos os gastos decorrentes do processo de fabricao que no correspondam mo-de-obra direta e os gastos com matriaprima. A maior parte dos Gastos Gerais de Fabricao no tem relao direta com os produtos fabricados, pois ocorrem mensalmente e independem do volume produzido. Tendo em vista o Regime Contbil da Competncia, esses gastos devem ser incorporados ao Custo da Produo do Perodo em que forem gerados. O procedimento mais correto que esses gastos sejam apropriados mensalmente. RATEIOS DOS GASTOS GERAIS DE FABRICAO Vrios critrios podem ser usados visando adoo da base de rateio mais adequada para cada caso. Como ocorre com todos os custos indiretos de fabricao, no regra geral que possa ser adotada por todas as empresas, cada caso deve ser estudado isoladamente. Bases mais utilizadas de rateio: a) Valor da matria prima; b) Valor da mo-de-obra; c) Custo primrio. EXEMPLO PRTICO ITENS PRODUTO X PRODUTO Y TOTAL

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material direto MOD Gasto G. Fabricao Meta de produo Preo de Venda

15.000,00 6.500,00

7.000,00 9.000,00 6.000,00 2.500,00

1.250uindades 1.250unidades 50,00 88,00 (Soluo em sala de aula)

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EXERCCIO DE FIXAO N 01 Nas questes de 01 a 05, escolha a alternativa correta: 01 - O desembolso vista ou aprazo para obteno de bens ou servios, independente de sua destinao dentro da empresa, denomina-se: A. gasto B. investimento C. despesa D. custo. 02 - Os gastos com bens de uso denominam-se: A. desembolso B. investimentos C. custos D. despesas 03 - Os gastos com bens ou servios aplicados diretamente na produo denominam-se: A. desembolso B. investimentos C. custos D. despesas 04 - Os gastos decorrentes do consumo de bens e da utilizao de servios nas reas administrativa, comercial e financeira, que direta ou indiretamente visam a obteno de Receitas, denominam-se A. desembolso B. investimento C. custos D. despesas 05 - A entrega de numerrio antes, no momento ou depois da ocorrncia do gasto denominase: A. investimento B. custo C. despesa D. desembolso Responda: 06 - O que custo Industrial? 07 - Quando um gasto deixa de ser considerado investimento para ser considerado custo?Elaborada por Mariano Tero de Melo 1

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08 - Qual a diferena entre custos e despesas? 09 Ajude a companheira Vera calcular o Custo de Fabricao do Bolo de Aniversrio. Vera fez um bolo de aniversrio para sua filha. No supermercado ela gastou: R$ 10,00 por 5kg de farinha de trigo(usou 3kg); R$ 8,00 por 5kg de acar(usou 1kg); R$ 6,60 por 3 dzias de ovos(usou 1 dzia); R$ 1,50 por 100 gramas de fermento; R$ 2,50 por 500 gramas de manteiga(gastou 100 gramas). Vera trabalhou durante 5 horas para fazer o bolo(considere um salrio de R$ 12,00 pelas 5 horas de trabalhado). Os demais gastos necessrios para a fabricao foram: Energia eltrica R$ 0,30(correspondente s 5 horas de trabalho); Gs R$ 0,50 ( correspondente ao consumo para assar o bolo); Aluguel R$ 0,80 ( correspondendo ao valor proporcional j calculado).

Para a confeco do bolo, calcule: a) Custo Total de Fabricao; b) Custos diretos; c) Custos Indiretos; d) Materiais; e) Mo-de-obra; f) Gastos Gerais de Fabricao

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EXERCCIO DE FIXAO N 02 Nas Questes de 1 a 5, escolha a alternativa correta: 01 - Os materiais principais e essenciais que entram em maior quantidade na fabricao dos produtos so: A. matrias - primas B. materiais secundrios C. materiais de embalagem D. n.d.a. 02 - Os materiais que so aplicados no processo de fabricao juntamente com a matria - prima, complementando-a ou at mesmo dando o acabamento necessrio, denominam-se: A. matrias-primas B. materiais secundrios C. materiais de embalagens D. n.d.a. 03 - Os materiais utilizados para condicionar e embalar os produtos antes que eles saiam da rea de produo denominam-se: A. matrias-primas B. materiais secundrios C. materiais de embalagens D. n.d.a. 04 - Os gastos com o pessoal que trabalha na rea de produo da empresa industrial, envolvendo salrios, encargos, seguros etc.., denominam-se: A. matrias-primas B. mo-de-obra C. gastos gerais de fabricao D. n.d.a. 05 - Os gastos com aluguis, energia eltrica e servios de terceiros denominam-se: A. matrias-primas B. materiais secundrios C. mo-de-obra D. gastos gerais de fabricao Responda: 06 - Quantos e quais so os elementos bsicos dos custo industrial? 07 - Cite dois exemplos de matrias-primas e o tipo de indstrias onde so aplicadas.Elaborada por Mariano Tero de Melo 2

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08 - Cite trs exemplos de materiais secundrios e o tipo de empresas que os aplicam. 09 - Cite cinco gastos considerados como Gastos Gerais de Fabricao.

EXERCCIO DE FIXAO n 03 Nas questes de 01 a 06, escolha a alternativa correta: 1 - Quando um determinado gasto beneficia a fabricao de vrios produtos ao mesmo tempo, esse gasto : A. Custo Direto de Fabricao B. Custo Indireto de Fabricao C. Energia eltrica D. Depreciao 2 - Sempre que um gasto puder ser identificado facilmente em relao a cada produto, esse gasto ser: A. Custo Direto de Fabricao B. Custo Indireto de Fabricao C. Investimento D. Gastos Gerais de Fabricao 3 - A atribuio dos custos indiretos de Fabricao aos produtos feita por meio de: A. Critrio fixos B. Clculos percentuais C. rateios por critrios estimados ou arbitrados D. rateio por critrios na Lei 6.404/76 4 - Base de rateio : A. Custo Direto de Fabricao B. Custo Indireto de Fabricao C. Critrio Fixado em Lei D. Critrio escolhido para atribuio dos Custos Indiretos aos produtos 5 - Custos Diretos em relao aos produtos so: A. Custos Fixos B. Custos Variveis C. Custos de Fabricao D. n.d.a. 6 - Custos Indiretos de Fabricao em relao aos produtos so: A. Custos Fixos B. Custos Variveis C. Custos da produo D. n.d.a.Elaborada por Mariano Tero de Melo 2

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Responda: 7 - Todos os gastos que forem facilmente identificados em relao aos produtos obrigatoriamente sero considerados Custos Diretos? Por qu? 8 - Os critrios a serem adotados para rateio dos Custos Indiretos de Fabricao so fixados em Lei? Por qu? 9 - Cite trs gastos que normalmente so considerados como custos indiretos de Fabricao 10 - O custo total da produo de um ms em uma empresa industrial foi de R$ 1.000.000,00. Vanessa, contadora responsvel pela Contabilidade de Custos, decidiu classificar os R$ 800 gastos com material de embalagem juntamente com os Custos Indiretos de Fabricao. Na sua opinio a atitude de Vanessa est correta? Por qu? 11 - Os Custos Diretos de Fabricao so os mesmos em todas as empresas industriais? Por qu? 12 - Cite trs exemplos de Custos Fixos? 13 - O que so Custos Semifixos? 14 - O que so Custos Semivariveis?

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01-PRODUO CONJUNTA Existem processos industriais em que a empresa apresenta diferentes tipos de produtos com importncia ou ateno bastante diferenciada em funo dos estgios que cada produto ir passar pelo processo produtivo, bem como a receita proporcionada por cada um deles. H caso em que a atividade industrial apresenta um fluxo comum do processo produtivo, no qual emerge mais de uma espcie ou qualidade de produto. o que ocorre por exemplo, em um frigorfico, cuja atividade consiste em abater o boi comprado dos pecuaristas, corta-los seguindo diferentes espcies de carne(fil mignon, alcatra,contra-fil, ch-de-dentro, coxo mole, patinho, vscera, fgado, etc.) e armazenar as peas resultantes em cmara frigorficas at sua venda aos comerciantes. Este tipo de produo, que se caracteriza por um fluxo comum de produo at certo ponto denominado de ponto de ciso e do qual resulta uma multiplicidade de produtos chamado de produo conjunta. Os produtos resultantes, conforme a importncia que suas vendas tenham para a empresa industrial, so denominados de Co-produtos ou subprodutos. Os custos incorridos numa produo conjunta at o ponto de ciso, so chamados de custos conjuntos. O processo de atribuio dos Custos Conjuntos ao Co-produtos ainda mais arbitrrio do que a apropriao dos custos indiretos aos diversos produtos elaborados numa produo que no seja conjunta. Isto porque nesse ltimo caso, como os processos de produo de cada produto so separados, possvel escolher uma base de rateio que possa, pelo menos, tentar refletir o grau de absoro dos custos indiretos pelos vrios produtos. No caso de custos conjuntos, no h como esclarecer um critrio, que no seja arbitrrio, que relacione os custos a serem atribudos com algum parmetro de absoro destes custos pelo Co-produtos. Alm disso, entre os custos conjuntos, vo figurar tambm os gastos com material direto e mo-de-obra direta, j que no h meio possvel de associa-los separadamente aos produtos conjuntos. ALGUMS MTODOS DE ALOCAO DOS CUSTOS CONJUNTOS. Existem vrios mtodos para atribuio dos custos conjuntos aos Co-produtos, vale salientar que este mtodos tem por objetivo apenas a alocao dos Custos Conjuntos. Os custos ocorridos aps o ponto de ciso, devem ser atribudos aos Co-produtos atravs das bases tcnicas de rateio estabelecidas pelo sistema de custeamento da empresa. a) b) Valor das vendas Volume produzido ou custo unitrioElaborada por Mariano Tero de Melo 2

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c) d)

Volume produzido ponderado Igualdade do lucro bruto

MTODO DO VALOR DAS VENDAS Este mtodo consiste em atribuir os custos conjuntos proporcionalmente ao valor de mercado dos Co-produtos. o mtodo de maior aceitao, em virtude de fato de ser normalmente considerado que o produto de maior valor de venda tambm o de maior custo. MTODO DO VOLUME PRODUZIDO Por este critrio, a alocao dos custos conjuntos feita com base na percentagem de cada Co-produto em relao ao volume de produo. MTODO DO VOLUME PRODUZIDO PONDERADO Este mtodo essencialmente igual a anterior, com uma nica diferena, que diferentes pesos so atribudos aos volumes produzidos de cada produto, em funo de fatores tais como: tamanho da unidade, dificuldade de fabricao, tempo consumido, diferena de mo-de-obra, etc. MTODO DA IGUALDADE DO LUCRO BRUTO Consiste em atribuir os custos conjuntos de tal forma que o lucro por unidade produzida seja igual para todos os Co-produtos. 02-CO-PRODUTOS, SUBPRODUTOS E SUCATAS A empresa a ser constituda estabelece um objetivo social no que trata de sua atividade principal como organismo econmico de uma sociedade. Neste objetivo social ela trata dos seus principais produtos a ser comercializados delineando sua atividade para com os consumidores. Aos principais produtos industrializados e comercializados pela empresa denominamos de CO-PRODUTOS, pois resultante de uma produo conjunta e tem grande significado direto na receita total da empresa. Os SUBPRODUTOS so aqueles produtos que embora comercializados pela empresa no tem significado direto na receita total da empresa, porm, tem seus compradores quase certos. As SUCATAS so resduos industriais que tem sua venda incerta e pouca importncia no volume total da receita da empresa. So restos que no tem utilidade e que pode ser vendidos para outras empresas para passarem por um processo de reciclagem. Para melhor entender os diferentes aspectos do processo de industrializao no tocante ao produto a ser comercializados, vejamos alguns conceitos alm do citados.Elaborada por Mariano Tero de Melo 2

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Produto REFUGO Produto que no atinge os ndices estabelecidos pelo controle de qualidade e que tem valor comercial reduzido a pequenas falhas; DESPERDCIO Produo que suporta gastos desnecessrios, apresentando materiais extraviados ou substncias em condies irrecuperveis. SOBRAS Corresponde ao saldo de determinados componentes da atividade produtiva apresentando valor mensurvel com representao insignificativa que poder ser levada ao mercado para venda ou reutilizados na produo. Produto DEFEITUOSO Produo que no corresponde aos ndices determinados pelo controle de qualidade e dever sofrer processo de reursinagem para posterior colocao no mercado. 03-AVALIAO DOS ESTOQUES DOS SUBPRODUTOS Os subprodutos caracteriza por ter um mercado de comercializao to normal quanto a dos produtos principais da empresa. Entretanto, seu valor no faturamento to pequeno que no compensa o esforo de atribuir-se custos aos estoques. O mtodo indicado para os subprodutos atribuir aos seus estoques uma estimativa de custo que chamada de VALOR LQUIDO DE REALIZAO. Este valor corresponde ao resultado da seguinte demonstrao: a) b) c) Valor estimado da venda do subproduto (-) Despesas necessrias para a venda (-) Custo de processamento para por o subproduto em condies de venda

04-TRATAMENTO CONTBIL DAS SUCATAS As sucatas ao contrrio dos subprodutos no tem garantia nenhuma de que sero comercializadas. Por ser sua venda um evento incerto e aleatrio, no so avaliados para fins de estoques. Seu custo fica incorporado automaticamente s unidades boas. Se ocorrer a venda, o produto da venda ser registrado a crdito de uma conta de resultado operacional. 05 - CONSIDERAES GERAIS SOBRE CONTABILIZAO DOS CUSTOS a) A Contabilizao levando em considerao a inflao

Nos pases subdesenvolvidos a conjuntura econmica geralmente apresenta um ndice inflacionrio bastante relevante. Com adoo do ndice inflacionrio para controle dos custo pode-se observar que os custos reais apresenta variaes em relao a um novo custo agora corrigido pela inflao que coroe e desatualiza o custo padro. b) A Contabilizao levando em considerao outros ndicesElaborada por Mariano Tero de Melo 2

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A Contabilizao poder fazer uso de ndices econmicos para avaliar a fidelidade de sua contabilizao dos custos. A Anlise p feita da seguinte forma: Dividi-se o custo pelo ndice na data base e quando desejar atualizar o custo basta multiplicar o coeficiente encontrado pelo valor do ndice do dia(data da atualizao) em seguida compara-se o valor encontrado com o custo real apurado. c) A Contabilizao atravs dos valores correntes projetados

A contabilidade poder fixar no incio do perodo o custo padro com base no quanto ir gastar em tal perodo. Na verdade esse critrio apresenta um falha no que diz respeito aos valores adotados para o incio do perodo e o final. Partindo do princpio que o custo padro encontrado um para todo perodo, a empresa ter um custo padro alto no incio do perodo e um custo baixo no final do mesmo, devemos levar em conta que as previses geralmente apresentam erros principalmente em perodos de grandes oscilaes. 06-CUSTEIO POR ABSORO OUTROS TPICOS DEPARTAMENTALIZAO Departamento a unidade mnima administrativa para a contabilidade de custo, representada por homens e mquinas (na maioria dos casos) desenvolvendo atividades homogneas. A Departamentalizao consiste em dividir a fbrica em segmentos, chamados departamentos, aos quais so debitados todos os custos de produo neles incorridos Diz-se unidade mnima administrativa porque h um responsvel para cada departamento ou pelo deveria haver. Esse conceito ligado a atribuio de cada departamento responsabilidade de uma pessoa dar origem a uma das formas de uso da Contabilidade de Custo como forma de controle. A alocao dos custos indiretos com base na departamentalizao ( processo de custeamento) menos arbitrria. Visualizando um departamento realizando tarefas homogneas, por exemplo: forjaria, montagem, pintura, almoxarifado, manuteno, refinarias, administrao geral da fbrica, etc., notamos que podem ser divididos em dois grandes grupos: Departamento de Produo: So os que promovem qualquer tipo de modificao sobre o produto diretamente. Exemplo: Montagem, pintura, refinaria.

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Departamento de Servios: So aqueles que atuam sobre os produtos indiretamente> Exemplos: Manuteno, Almoxarifado, Administrao geral da fbrica.

CENTRO DE CUSTO Centro de Custo a unidade mnima de alocao de custo. Na Maioria da vezes, o Departamento um Centro de Custo, ou seja, nele so acumulados os custos para posterior alocao aos produtos(Departamento de Produo) ou a outros Departamentos(Departamento de Servios). Em alguns casos, podem existir mais de um Centro de Custos num mesmo Departamento. o caso em que neste, apesar de desenvolver atividades homogneas, so usadas mquinas de diversas capacidades produtivas e operadas por pessoal especializado. Nesse caso, seria interessante criar-se um Centro de Custo para cada mquina, para fins de melhor controle de custo. O Centro de Custo , portanto, uma unidade mnima de acumulao de custos, embora no seja necessariamente um unidade administrativa, isso s ocorrendo quando ele coincide com o prprio departamento. Doravante, adotar-se- a hiptese simplificadora de que o Departamento coincide com o Centro de Custo. OBJETIVO So dois o objetivos da departamentalizao dos custos: 1 Melhor controle de custos; 2 Determinao mais precisa do custo dos produtos. O objetivo de melhor controle dos custos atingido porque a departamentalizao torna a incorrncia dos custos de produo no mbito do Departamento como sendo de responsabilidade do respectivo chefe ou supervisor. A determinao mais precisa do custo dos produtos ocorre porque a departamentalizao diminui a arbitrariedade dos critrios de rateio. H basicamente dois motivos para esta maior preciso: 1 Alguns custos, embora sejam indiretos em relao aos produtos, so diretos ( ou seja, podem ser diretamente atribuveis) em relao aos Departamentos. Exemplos: Depreciao das Mquinas do Departamento. Custo indireto em relao aos vrios tipos de produtos fabricados, mas diretamente atribuvel ao Departamento que possui as mquinas.

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Material Indireto usado no Departamento. Mo -de - obra Indireta usada no Departamento.

2 Nem todos os produtos passam por todos os Departamentos e, caso passem, o fazem em propores diferentes. Isto pode ser melhor visualizado atravs do exemplo seguintes: A Cia. Silvi fabrica dois produtos X e Y. Os custos indiretos de fabricao, num determinado ms, foram os seguintes(emR$): Mo de obra Indireta (MOI) .....................100.000,00 Energia eltrica........................................... 60.000,00 Manuteno................................................ 40.000,00 Outros ........................................................ 50.000,00 Total ..........................................................250.000,00

Tendo em vista que os gastos com MOI representam 40% do CIF, a empresa decide ratear os CIF entre os produtos de acordo com o volume de horas trabalhadas pela Mo -de- Obra Direta, que foram os seguintes: PRODUTO X Y TOTAL HORAS TRABALHADAS/MOD 400 600 1.000

O CIF mdio por hora trabalhada ser: R$ 250.000,00 = R$ 250,00 1.000,00 E o rateio ficar assim: PRODUTO X Y CIF ATRIBUDO 400 horas x R$ 250,00 = 100.000.00 600 horas xR$ 250,00 = 150.000,00

O contador de Custos, entretanto observa que: a) b) A distribuio dos CIF no homognea entre os Departamentos; Os produtos foram mais trabalhados em alguns Departamentos;

A partir dessa constatao, monta os seguintes quadros: HORAS TRABALHADAS POR DEPARTAMENTO DE PRODUO PRODUTOS/DEPARTAMENTOS A B C SOMA X 300 100 400Elaborada por Mariano Tero de Melo 2

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Y SOMA

150 450

50 150

400 400

600 1.000

Distribuio dos CIF por Departamentos (R$) CIF/Departamento A B C Soma MOI 10.000 30.000 60.000 100.000 Energia 20.000 5.000 35.000 60.000 Manuteno 5.000 20.000 15.000 40.000 Outros Custos Indiretos 10.000 5.000 35.000 50.000 Soma 45.000 60.000 145.000 250.000 Custos Mdio p/Hora 250.000/1000 45.000/450=100 60.000/150= 400 145.000/400=362,50 =250 Trabalhada E faz o seguinte rateio, baseado na departamentalizao dos Custos(em R$): PRODUTO X Departamento A: 300hx100,00 = 30.000,00 Departamento B: 100hx400,00 = 40.000,00 TOTAL: 70.000,00 PRODUTO Y Departamento A: 150hx100,00 = 15.000,00 Departamento B: 50hx400,00 = 20.000,00 Departamento C: 400hx362,50 = 145.000,00 TOTAL: 180.000,00 Fazendo uma comparao entre os rateios sem departamentalizao e com departamentalizao, tem-se: RATEIO DOS CIF Sem Deptos. 100.000,00 150.000,00 Com Deptos. 70.000,00 180.000,00VARIAO

PRODUTOS X Y

-30% +20%

A diferena significativa e pode ter conseqncias, por exemplo, na fixao no preo de vendas dos dois produtos. O rateio com departamentos , sem dvida, mais acurado.

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07 - TRATAMENTO DAS PERDAS MATERIAIS Perdas Normais ou Anormais: so aquelas inerentes ao processo produtivo e por este motivo, fazem parte do custo do produto fabricado, pois constitui-se num sacrifcio necessrio para obteno deste ltimo. Assim, Poe exemplo, se na produo de um componente qumico so incorridas perdas de matrias primas em funo de sua evaporao no processo, ser apropriado ao custo do produto a quantidade total de matria - prima utilizada e seu respectivo custo. Por sua vez, as perdas anormais caracterizam-se por serem aleatrias e involuntrias: por exemplo, perda de matrias-primas qumicas em funo de uma inundao da fbrica. Neste caso, d-se baixa no estoque do material com contrapartida numa conta de resultado, j que no se trata de sacrifcio necessrio a obteno do produto. RECUPERAO DE PERDAS Materiais, Subprodutos e Sucatas As vezes os materiais perdidos no processo produtivo podem ter seu custo recuperado pela empresa. o caso , por exemplo, das limalhas de ferro, aparas de papel, etc. Se os itens perdidos tiverem comercializao normal sero considerados subprodutos. Caso contrrio, sucatas. Mo-de-Obra Direta(MOD) um gasto relativo ao pessoal que trabalha diretamente na produo, sendo possvel a averiguao do tempo dispendido na elaborao do produto e, portanto, um gasto cujo o valor aproprivel a este sem a necessidade de qualquer critrio de rateio. Assim, por exemplo, um soldador que faz operaes em um produto de cada vez, tem seu gasto para com a empresa classificado como Mo-de-Obra Direta, uma vez que possvel identificar perfeitamente o nmero de horas trabalhadas em cada produto. Multiplicando-se as horas trabalhadas por hora do operrio, obtm-se um total de custo que aproprivel a cada produto sem necessidades de se recorrer a qualquer critrio de classificao. Mo -de- Obra Indireta (MOI) Os gastos relativos ao pessoal da produo que necessitam de algum critrio de rateio para sua apropriao ao produto so classificados como Mo-de-Obra Indireta(MOI). Assim, por exemplo, um operrio que trabalha supervisionando quatro mquinas, cada uma executando uma operao num produto diferente, ter seu custo classificado como Moi, pois inexiste forma objetiva de apropriao a cada um deles, devendo ser usado algum critrio subjetivo para esta alocao. Da mesma forma, so classificados como Moi os gastos com o pessoal de manuteno das mquinas, com o pessoal da limpeza da fbrica, etc.Elaborada por Mariano Tero de Melo 3

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Tempo Ocioso Uma observao importante que mesmo os gastos relativos ao pessoal que trabalha diretamente na produo podem conter uma parcela classificada como Moi. Se, por hiptese, o operrio fica determinado tempo ocioso, o custo relativo a este tempo classificado como Moi, por no estar ligado diretamente a nenhum produto. Assim, a Mod quase sempre pode ser classificada como custo varivel, esteja ou no o operrio trabalhando na produo, j que o tempo ocioso no ser considerado no clculo da Mod. Classificao Contbil Enquanto os gastos com Mo-de-obra direta podem ser debitados diretamente nas contas de Produtos, por serem a eles diretamente atribuveis, os gastos com Mo-de-Obra Indireta so classificados como custos indiretos de fabricao, a serem rateados aos diversos produtos. 08-CUSTO VARIVEL Definio: O Custeio varivel (tambm conhecimento como Custeio Direto) um tipo de custeamento que consiste em considerar como Custo de Produo do Perodo apenas os Custos Variveis incorridos. Os Custos fixos, pelo fato de existirem mesmo que no ajam produo, no so considerados como custos de produo e sim como despesas, sendo encerrados diretamente contra o resultado do perodo. Desse modo, os Custos dos Produtos Vendidos e os Estoques Finais de Produtos em elaborao e Produtos acabados s contero custos variveis. Uma outra diferena em relao ao Custeio por Absoro, esta de natureza formal, reside na maneira de apresentar a Demonstrao do Resultado. No Custeio Varivel, a diferena entre o valor das Vendas Lquidas e a soma do Custo dos Produtos Vendidos (que s contm Custos Variveis) com as Despesas Variveis (administrativas e de vendas) denominada de margem de contribuio. Deduzindo-se desta os Custos Fixos e as Despesas Fixas, obtm-se o Lucro Operacional Lquido. Veja o esquema a seguir: 1. 2 2.1 2.2 2.3 Vendas Brutas (-) Dedues de Vendas Vendas Canceladas Abatimentos e Descontos Incondicionais Concedidos Tributos Incidentes sobre Vendas

3. (=) Vendas Lquidas 4. (-) Custos dos Produtos Vendidos 4.1 Estoques iniciais de Insumos e Produtos 4.2 (+) Compras de Insumos 4.3 (+) Outros Custos VariveisElaborada por Mariano Tero de Melo 3

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4.4 (-) Estoques Finais de Insumos e Produtos 5. (-) Despesas Variveis de Administrao e Vendas 6. (=) Margem de Contribuio 7. (-) Custos e Despesas Fixas 8. (=) Lucro Operacional Lquido 09-COMPARAO ENTRE OCUSTEIO VARIVEL E O CUSTEIO POR ABSORO A Cia. Silnevi apresentou os seguintes dados contbeis para determinado exerccio: Produo: 1.000 unidades totalmente acabadas Custos Variveis .................................R$ 20.000,00 Custos fixos ........................................R$ 12.000,00 Despesas Variveis .............................R$ 4.000,00 Despesas fixas ....................................R$ 6.000,00 No h estoques iniciais e finais de produtos em elaborao No h estoques iniciais de produtos acabados Vendas Lquidas: 800 unidades a R$ 60,00 cada uma: R$ 48.000,00

Caso a empresa utilizasse o Custeio por Absoro, a demonstrao de resultado seria obtida de forma descrita a seguir: Custo de Produo do Perodo (CPP)

Custos fixos ...........................................R$ 12.000,00 Custos variveis .....................................R$ 20.000,00 CPP ........................................................R$ 32.000,00 Custo da Produo Acabada no Perodo(CPA)

Como no h estoques iniciais e finais de produtos em elaborao, CPA=CPP= r$ 32.000,00 Custo dos Produtos Vendidos(CPV)

Custo unitrio de produo: R$ 32.000,00 /1.000 = R$ 32,00 CPV= unidades vendidas x custo unitrio CPV= 800 x R$ 32,00= R$ 25.600,00Elaborada por Mariano Tero de Melo 3

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Estoque Final dos Produtos Acabados

200 unidades x R$ 32,00 = 6.400,00 Demonstrao do Resultado Vendas Lquidas .......................R$ 48.000,00 (-) CPV .....................................R$ (25.600,00) (=) Resultado Industrial R$ 22.400,00 (-) Despesas Fixas e Varivel ...R$ (10.000,00) (=) Lucro Lquido .....................R$ 12.400,00 Utilizando-se o Custeio Varivel, obter-se-ia: Como somente os Custos Variveis so computados como custos de produo, o CPP seria igual ao valor daquelas (R$ 20.000,00). CPP = R$ 20.000,00 CPA=CPP= R$ 20.000,00 Uma vez que no existem estoques iniciais e finais de produtos em elaborao. Custos dos Produtos Vendidos (CPV)

Custo Unitrio de Produo: R$ 20.000,00 /1.000 = R$ 20,00 CPV = 800 unidades vendidas x R$ 20,00 = R$ 16.000,00 Estoque Final de Produtos dos Acabados

200 unidades x R$ 20,00 = 4.000,00 Demonstrao do Resultado Vendas Lquidas ..............................R$ 48.000,00 (-) CPV ............................................R$ (16.000,00) (-) Despesas Variveis .....................R$ ( 4.000,00) (=) Margem de Contribuio.............R$ 28.000,00 (-) Custos Fixos ................................R$ (12.000,00) (-) Despesas Fixas .............................R$ ( 6.000,00) (=) Lucro Lquido ..............................R$ 10.000,00

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O ITEM

quadro a seguir resume as diferenas entre os dois tipos de custeamento. CUSTEIO POR ABSORO (A) CUSTEIO VARIVEL (B) DIFERENA (A) (B)

Custo de Produo do Perodo = Custo da Produo Acabada no Perodo(CPP = CPA) Custo dos Produtos Vendidos(CPV) Estoque Final dos Produtos Acabados Lucro Lquido

32.000,00 25.600,00 6.400,00 12.400,00

20.000,00 16.000,00 4.000,00 10.000,00

+ 12.000,00 + 9.600,00 + 2.400,00 2.400,00

O Custo de Produo do Perodo (CPP), no Custeio por Absoro, maior em R$ 12.000,00. Esta diferena corresponde exatamente ao valor dos Custos Fixos que, no Custeio Varivel, no so considerados custos e sim despesa do exerccio. O Custo dos Produtos Vendidos(CPV), no Custeio por Absoro, maior em R$ 9.600,00. Esta diferena corresponde ao valor dos Custos Fixos descarregados nas unidades vendidas. Cada unidade produzida recebeu R$ 12,00 de custos fixos(12.000,00/1.000,00). Como foram vendidas 800 unidades, o total de Custos Fixos correspondente ser 800 x R$ 12,00 = R4 9.600,00. No Custeio Varivel, os Custos Fixos no so considerados custos de produo e, portanto, no integram o CPV. O Estoque Final dos Produtos Acabados maior em R$ 2.400,00 no Custeio por Absoro. Este valor corresponde aos Custos Fixos descarregados nas unidades acabadas e no vendidas, ou seja, 200 unidades vezes R$ 12,00 = 2.400,00. No Custeio Varivel, o estoque final s contm custos variveis e pode assim ser calculado: Custo Varivel Unitrio: R$ 20.000,00 /1.000 = R$ 20,00 Unidades em Estoque no fim do perodo: 200 Valor do Estoque Final: 200 x R$20,00= 4000,00

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No Custeio por Absoro, o estoque final pode assim ser decomposto: Custo Fixo Unitrio: R$ 12.000,00 / 1.000,00 = R$ 12,00 Custo Varivel Unitrio: R$ 20.000,00 / 1.000 = R$ 20,00 Custo Unitrio Total: R$ 12,00 + R$ 20,00 = R$ 32,00 Unidades em Estoque no Final do Perodo: 200 Valor do Estoque Final: 200 x R$ 32,00 = 6.400,00

Como o estoque final no Custeio por Absoro maior em R$ 2.400,00, o Lucro lquido nesse tipo de custeio tambm ser maior em R$ 2.400,00. Outra forma de se observar este mesmo ponto analisar que, no Custeio Varivel, os R$ 12.000,00 correspondente ao total dos Custos Fixos foram diminudos do Resultado, enquanto que, no Custeio por Absoro, apenas R$ 9.600,00 correspondentes aos Custos Fixos foram diminudos do Resultado, pelo fato de integrarem o CPV. A diferena est em que, no Custeio Varivel, todos os Custos Fixos so considerados como Despesas(R$ 12.000,00), enquanto que, no Custeio por Absoro, Somente a parcela de custos fixos correspondente aos produtos vendidos(R$ 9.600,00) considerada despesa. VANTASGENS E DESVANTAGEM DO CUSTEIO VARIVEL Vantagens: a) Impede que aumentos de produo que no correspondam a aumentos de vendas distoram o resultado; b) uma ferramenta melhor para a tomada de deciso dos administradores. O uso do Custeio por Absoro pode induzir a decises errneas sobre a produo. No custeio por Absoro, a subjetividade inerente ao critrio de alocao dos Custos Indiretos de Fabricao (CIF) pode distorcer os clculos dos custos unitrios dos diversos produtos elaborados pela empresa, no permitindo uma avaliao precisa da lucratividade de cada um. Desvantagens a) No caso de Custos Mistos ( custos que tem uma parcela fixa e outra varivel) nem sempre possvel separar objetivamente a parcela fixa da parcela varivel. Embora existam tcnicas estatsticas para efetuar tal diviso, muitas vezes ela to arbitrria quanto o rateio dos CIF no Custeio por Absoro; b) O Custeio Varivel no aceito pela Auditoria Externa das empresas que tem capital aberto e nem pela legislao do Imposto de Renda, bem como por uma parcela significativa de contadores. A razo disto que o Custeio Varivel fere os princpios contbeis geralmente aceitos, em especial os Princpios de Realizao de Receita, de Confrontao e da Competncia. Estes princpios estabelecem que os custos associados aos produtos s podem ser reconhecidos medida em que estes so vendidos, j que, somente quando reconhecida a receita( por ocasio daElaborada por Mariano Tero de Melo 3

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venda), que devem ser deduzidos todos os sacrifcios necessrios sua obteno(Custos e despesas). Como o Custeio Varivel admite que todos os Custos Fixos sejam deduzidos do Resultado, mesmo que nem todos os produtos sejam vendidos, ele violaria tais princpios. 10 - ANLISE DAS RELAES CUSTO/ VOLUME/LUCRO Esta anlise um instrumento utilizado para projetar o lucro que seria obtido a diversos nveis possveis de produo e vendas, bem como para analisar o impacto sobre o lucro de modificaes no preo de venda, nos custos ou em ambos. Ela baseada no Custeio Varivel e, atravs dela, tambm pode-se estabelecer qual a quantidade mnima que a empresa dever produzir e vender para que no incorra em prejuzo. Tomemos o exemplo da Cia. Vine, citado no captulo 4, subitem 4.2.2. Suponhamos que os custos fixos e custos variveis l mencionados correspondem, na realidade, a custos mais despesas fixos e custos mais despesas variveis, respectivamente. O preo unitrio do produto fabricado pela companhia de R$ 15,00.n Rememorando o grfico do Custo Total (CT), cuja expresso algbrica era: CT= R$ 100,00 + R$ 10,00 Q (Custo Fixo = R$ 100,00 e Custo Varivel Unitrio = R$ 10,00, temos que: (soluo em sala de aula)

OBS: Ao longo de todo este item, usaremos para fins de simplificao, as expresses Custos Fixos e Custos Variveis, mas, a menos que se mencione o contrrio, estaremos nos referindo sempre a Custos mais despesas fixos e Custos mais despesas variveis. A receita Total (RT) ter o seguinte expresso: TR = R$ 15,00 Q Pois cada unidade vendida tem o preo de R$ 15,00. Assim, se a Cia. Vender 10 unidades, RT = R$ 15,00 x 10 = R$ 150,00. Colocando-se essa reta no grfico, ter-se-: ( Soluo em sala de aula )Elaborada por Mariano Tero de Melo 3

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At se atingir Qe, a reta do Custo Total (CT) est acima da reta da Receita Total (RT). Isto significa que a empresa est tendo prejuzo. Assim, por exemplo, se Q = 10(menor que Qe): RT = 10 x R$ 15,00 = R$ 150,00 CT = 100,00 + ( r$ 10,00 x 10 ) = R$ 200,00 e haver um prejuzo de R$ 50,00. Aps Qe, a situao se inverte, e RT est acima de CT. Assim, se Q = 30(maior que Qe): RT = 30 x R$ 15,00 = 450,00 CT = 100,00 + (30 x R$ 10,00) = R$ 400,00 E haver um lucro de R$ 50,00. No ponto Qe, que chamado de Ponto de Equilbrio (Break-Even Point), as retas de CT e RT se cruzam indicando que so iguais e, portanto, no h lucro nem prejuzo. Para determinarmos Qe, basta igualar RT com CT: RT ( 15,00 Q ) = CT ( 100,00 + 10,00 Q ) 15,00 Q 10,00 Q = 100,00 5,00 Q = 100,00 Q = 100,00 /5,00 = 20,00 Refazendo o Grfico (Soluo em sala de Aula):

O Ponto de Equilbrio a quantidade mnima que a empresa deve produzir para que no tenha prejuzo. Fabricando mais de 20 unidades, a Cia. Vine ter um lucro que ser tanto maior quanto maior o volume de produo e vendas (Q).

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DETERMINAO ALGBRICA DO PONTO DE EQUILBRIO EM UNIDADES E EM MOEDAS CORRENTES Chamado de: Pv = Preo de Venda Q = Quantidade Vendida CF = Custo Fixo Cvu = Custo Varivel Unitrio Mcu = Margem de Contribuio Unitria = Pv Cvu Tem se que: RT = Pv x Q CT = CF + (Cvu x Q) No Break even point, RT = CT, logo: Pv x Q = CF + (Cvu x Q) Pv x Q CvuxQ = CF Colocando Q em evidencia: Q(Pv Cvu) = CF Qx Mcu = CF Q = CF/Mcu O Ponto de Equilbrio (PE), em unidades, resulta da diviso de Custo Fixo pela Margem de Contribuio Unitria. De fato, no caso da Cia Vine, Pv = R$ 15,00 e Cvu = R$ 10,00, de modo que cada unidade produzida e vendida contribui com R$ 5,00 para o resultado da empresa. Como os Custos Fixos so iguais a R$ 100,00, h a necessidade de se vender R$ 100,00/R$ 5,00 = 20 unidades do produto para se recuperar o valor dos mesmos e comear a gerar lucro. Para se achar o PE em R$, basta multiplicar o PE em quantidade pelo Preo de Venda: PE(R$) = PE(q) x Pv PE(R$) = CF/Mcu x Pv Ou rearranjando:Elaborada por Mariano Tero de Melo 3

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PE(R$) = CF/ (Mcu/Pv) = CF/Mcu/Pv O ponto de equilbrio, em R$, resulta da diviso do Custo Fixo pela porcentagem que a Margem de Contribuio Unitria representa do Preo de Venda. De fato, na Cia. Vine, a Mcu de R$ 5,00 representa 1/3 do Preo de Venda (R$ 15,00). Logo, PE(R$) = R$ 100,00/1/3 = 100,00 x 3 = 300,00 Que o mesmo resultado que chegaramos multiplicando as 20 unidades correspondente ao PE em quantidade pelo Preo de Venda (R$ 15,00).

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ANEXOS

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EXERCCIO DE FIXAO N 05 01) A Roraima Cia. Ltda. precisou de seus servios de Contabilidade de Custos para calcular o custo da mo-de-obra de sua empresa de um determinado operrio. Para isso, a referida empresa paga seguro de acidente de trabalho alquota de 1%, pelo fato de sua atividade industrial ser considerada de risco leve, e as seguintes contribuies:

SENAI ..................... 1% SESI ........................ 1,5% SALRIO EDUCAO ........ 2,5% INCRA ..................................... 0,2% SEBRAE .................................. 0,6% TOTAL .................................... 5,8%

Suponhamos que o operrio seja contratado a R$ 5,00 por hora e pede-se para calcular seu custo anual e o custo por hora. Como contador de custo, quais os valores corretos encontrados?

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CONTABILIDADE DE CUSTOS. REVISO GERAL 01 Relacione as colunas: O percentual de adicional a hora-extra ser...... a) Dias normais sem adicional noturno b) Dias normais com adicional noturno c) Domingos e feriados sem adicional noturno d) Domingos e feriados com adicional noturno ( ( ( ( ) 80% )140% ) 50% )100%

02 Calcule o valor da hora-extra dos funcionrios abaixo, sabendo que o valor da hora normal de R$ 4,00Nmeros Segunda Tera Quarta Quinta Sexta Sbado Domingo

001 002 003

20/22 ---22/04

22/02 20/24 ----

---20/22 20/24

20/24 -------

---20/02 22/24

20/24 22/02 24/04

09/12 -------

Fonte: Departamento de Recursos Humanos

03 Calcule o valor da mo-de-obra tomando por base as seguintes informaes; a) valor da hora: R$ 8,00 b) contribuies sociais: 32% c) carga horria semanal: 44 horas 04 Em relao terminologia utilizada pela Contabilidade de Custos, correto afirmar que: a) Gastos so custos ou despesas que a empresa incorre para realizar a produo e vende-la; b) Despesas so gastos incorridos com a produo de bens e servios, com a inteno de sua venda posterior; c) Investimento no so gastos, uma vez que se trata de ativos adquiridos pela empresa que somente so depreciados lentamente; d) Perdas so sacrifcios ocorridos na produo, de forma involuntria ou fortuita; e) Custos so gastos que a empresa incorre para a comercializao dos produtos por ela fabricados. 05 O gasto do Departamento de faturamento, a depreciao das mquinas de produo, a compra de matria prima, o tempo do pessoal em greve(remunerado) so, respectivamente: a) Despesa, perda, ativo, custos; b) Despesa, ativo, perda, custos; c) Despesa; custo; ativo; perda; d) Despesa, custo,perda, ativo;Elaborada por Mariano Tero de Melo 4

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e) Despesa, ativo, custo, perda.

06 Representa gasto: a) b) c) d) e) O pagamento de dividendos A contratao de um financiamento a longo prazo; O pagamento de compra efetuado a prazo; O aumento de capital da empresa; A aquisio de maquinas.

07 Desembolso representa; a) b) c) d) e) Pagamento pela aquisio de um bem ou pela obteno de um servio; A aquisio a prazo de mveis e utenslios; Depreciao de equipamentos da fbrica; A apropriao dos gastos de mo- de- obra; Constituio de proviso.

08 Investimento representa: a) Qualquer desembolso para aquisio de um servios; b) Um gasto com bem ou servio ativado em funo de sua vida til ou de benefcios atribuveis a perodos futuros; c) Gasto com bem ou servios consumidos com a finalidade de obter receitas; d) Gasto de salrios e encargos sociais do pessoal de vendas; e) Gasto no intencional, decorrente de fatores externos fortuitos ou da atividade produtiva normal da empresa. 09 A Cia Roraima Petroqumica importou vrios produtos de matria-prima no valor de R$ 40.000,00. Sobre a importao foram taxados os seguintes custos, que foram pagos vista atravs de chegues emitido pela empresa: Imposto de importao ..........R$ 5.000,00 IPI...........................................R$ 3.000,00 ICMS .....................................R$ 5.600,00 Frete e Seguro de Transporte das Mercadorias do porto at a fbrica.... R$ 2.600,00 Total do desembolso .............R$ 56.200,00 A empresa fabrica produtos sujeitos `a incidncia do IPI e do ICMS. Pede-se: calcular o custo de aquisio na conta de Materiais DiretO

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EXERCICIO N 01 - II UNIDADE INTRODUO CONTABILIDADE DE CUSTOS/DATA 20/11/03/PROFESSOR: MARIANO. Nas questes de 01 a 04, escolha a alternativa correta: 01 As perdas normais que ocorrem no processo de fabricao: A. Devem ser contabilizadas. B. No devem ser contabilizadas. C. Devem ser consideradas apenas se for matria prima D. N.d.a 02 As receitas com vendas de subprodutos devem ser consideradas: A. Como reduo dos estoques B. Como reduo do Custo de Fabricao C. Como aumento nos preos dos produtos D. N.d.a 03 As Sucatas, por serem espordicas: A. So consideradas Custo de Fabricao B. So consideradas reduo do Custo de Fabricao C. No so consideradas como reduo do Custo de Fabricao. D. N.d.a 04 As sucatas, quando acumuladas em quantidades considerveis, devem ser contabilizadas em contas de estoque. A. Certo B. Errado Responda: 01 Qual o tratamento que deve ser dado para as perdas consideradas anormais na empresa? 02 O que so subprodutos? 03 Cite trs exemplos de subprodutos. 04 O que so sucatas?

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EXERCCIO N 02 II UINDADE INTRODUO CONTABILIDADE DE CUSTOS 01 entre os chamados custos indiretos, h aqueles que so considerados diretos em relao ao departamento de produo ou servio em que se originam. Entre eles, pode ser citado: a) Aluguel da fbrica; b) Depreciao de edifcios; c) Seguro contra acidentes de trabalho; d) Iluminao da fbrica; e) Depreciao de equipamentos. 02 na contabilidade de custos por absoro, de uma empresa X, os custos de manuteno so rateados para os Centros de Custos de Produo, Almoxarifado e Controle de Qualidade, proporcionalmente s horas trabalhadas para esses centros: 70 horas para produo, 20 horas para o Almoxarifado e 30 horas para o Controle de Qualidade. O total de gastos da manuteno a ratear foi de R$ 5.500.000,00 no perodo em apurao. Pode-se indicar que a parcela da manuteno rateada para o Centro de Controle de Qualidade foi de: a) b) c) d) e) R$ 916.667,00 R$ 1.375.000,00 R$ 2.750.000,00 R$ 3.208.333,00 R$ 5.500.000,00

03 a empresa Pastor Rodrigues Comrcio de Carnes Ltda adquiriu em um determinado ms, 10(dez) bois vivos, ao preo de R$ 340,00 cada, com ICMS incluso de 18%. Durante o processo de abate de todos os animais, a empresa incorreu nos seguintes custos operacionais: Mo-de-obra R$ 503,00 Custos Indiretos R$ 1.045,00 O produto acabado vendido no mercado pelos seguintes preos de venda: Fil mignon R$ 10,00/kg Picanha R$ 11,00/kg Alcatra R$ 6,00/kg Demais carnes(preo mdio) R$ 5,00/kg Midos R$ 2,00/kg Ossos e couro R$ 1,00/kg A produo total foi de: Fil mignon Picanha 30/kg 40/kgElaborada por Mariano Tero de Melo 4

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Alcatra 45/kg Demais carnes(preo mdio) Midos 120/kg Ossos e couro 50/kg

800/kg

A empresa atribui custos aos diferentes produtos com base no valor da venda dos mesmos. Considerando os dados acima, pode-se afirmar que os custos de produo da picanha e da alcatra foram, respectivamente(desprezando-se os centavos): a) b) c) d) e) R$ 821,00 e R$ 612,00 R$ 715,00 e R$ 158,00 R$ 612,00 e R$ 821,00 R$ 365,00 e R$ 226,00 R$ 359,00 e R$ 221,00

04 os itens de produo, que nascem de forma normal durante o processo produtivo, porm no possuem mercado definido, e cuja venda aleatria, so denominados: a) b) c) d) e) Perdas produtivas Subprodutos Sucatas Co-produtos Perdas improdutivas

05 Quando dois ou mais produtos so produzidos simultaneamente como resultado da mesma operao em que no h uma maneira positiva de determinar o valor do custo aplicvel a cada um deles, ocupando cada um deles posio relevante no mercado, do ponto de vista da empresa que produz so denominados: a) b) c) d) e) Co-produtos Subprodutos Produtos primrios Produtos secundrios Produtos intermedirios.

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BIBLIOGRAFIA RECOMENDADA

BACKER, N. & JACOBSON, L.E. Contabilidade de Custo. So Paulo: Mc GRAW-Hill do Brasil. BEUKE, Roland; DALVIO, J. Berto. Custo Integrado a Contabilidade. Porto Alegre: Sagra. EDGAR, Luiz Medeiros, Custos. Porto Alegre: Ortiz. FLORENTINO, Amrico Matheus. Custos: Princpios, Clculos e Contabilizao. Rio de Janeiro:FGV. FRANCO, Hilrio. Contabilidade Industrial. So Paulo: Atlas. LEONE, George S.G. Custos: Planejamento, Implantao e Controle. 3 ed. So Paulo: Atlas, 2000. MAHER, Michael. Contabilidade de Custos: criando valor para administrao. So Paulo, Atlas, 2001. MARTINS, Eliseu. Contabilidade de Custo: inclui O abc.8 ed. So Paulo: Atlas, 2000. RIBEIRO, Osni Moura. Contabilidade de Custo: Fcil. So Paulo: Saraiva, SANTOS, Joel Jos dos. Anlise de Custos. So Paulo: Atlas, VICECONTI, Paulo E. V.;NEVES, Silvrio das. Contabilidade de Custo: Um enfoque direto e objetivo". 6 ed. So Paulo: Frase, 2000. ______. ______. 7 ed., So Paulo: Frase, 2003.Elaborada por Mariano Tero de Melo 4