Contabilidade Gerencial no Agronegócio Laerte Florindo e Outro · contabilidade gerencial no...

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UNISALESIANO Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium Curso de Ciências Contábeis Daiana Piona de Souza Fabiana Soares Ivanilce Aparecida de Mello Contabilidade Gerencial no Agronegócio Laerte Florindo e Outro LINS SP 2009

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UNISALESIANO

Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium

Curso de Ciências Contábeis

Daiana Piona de Souza

Fabiana Soares

Ivanilce Aparecida de Mello

Contabilidade Gerencial no Agronegócio

Laerte Florindo e Outro

LINS – SP

2009

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DAIANA PIONA DE SOUZA

FABIANA SOARES

IVANILCE APARECIDA DE MELLO

CONTABILIDADE GERENCIAL NO AGRONEGÓCIO

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Banca Examinadora do Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium, curso de Ciências Contábeis sob a orientação da Profª M. Sc Rosiane Cristina Sozzo Gouvêa e orientação técnica da Profª M. Sc. Heloisa Helena Rovery da Silva.

LINS – SP

2009

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Souza, Daiana, Piona de; Soares, Fabiana; Mello, Ivanilce Aparecida de.

Agronegócio: Laerte Florindo e Outro / Daiana Piona de Souza; Fabiana Soares; Ivanilce Aparecida Mello. – – Lins, 2009.

84p. il. 31cm.

Monografia apresentada ao Centro Universitário Católico Salesiano

Auxilium – UNISALESIANO, Lins-SP, para graduação em Ciências

Contábeis, 2009.

Orientadores: Rosiane Cristina Sozzo Gouvêa; Heloisa Helena Rovery

da Silva.

1. Agronegócio. 2. Relatórios Gerenciais. 3. Contabilidade Gerencial. I Título.

S714a

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DAIANA PIONA DE SOUZA

FABIANA SOARES

IVANILCE APARECIDA DE MELLO

CONTABILIDADE GERENCIAL NO AGRONEGÓCIO

Monografia apresentada ao Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium,

para obtenção do título de Bacharel em Ciências Contábeis.

Aprovada em: ____/____/____

Banca Examinadora:

Profª Orientadora: M. Sc. Rosiane Cristina Sozzo Gouvêa

Titulação: Mestre em Contabilidade Avançada pela Universidade de Marília

Assinatura: ____________________________

1° Prof (a): ______________________________________________________

Titulação________________________________________________________

_______________________________________________________________

Assinatura: ____________________________

2° Prof (a): ______________________________________________________

Titulação________________________________________________________

_______________________________________________________________

Assinatura: ____________________________

S714a

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A DEUS

Obrigado por tudo, obrigado por colocar em minha vida

pessoas especiais que fazem da minha vida o que é hoje,

agradeço por tudo.

AOS PAIS APARECIDA E JAIR

Agradeço por estar na minha vida, e por fazerem de

mim o que sou hoje. E que nos momentos em que precisei de

ajuda vocês estavam lá dispostos a me ajudar, não

importando a hora, o momento ou a situação, mas eu sabia

que vocês iriam me ajudar. E rezo a Deus todos os dias por ter

pais que são exemplo que vida, que batalham para construção

de uma família, digna e que fazem do seu suor sua

felicidade. Obrigado!

DAIANA PIONA DE SOUZA

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A DEUS

Primeiramente agradeço a Deus por ter me ajudado a vencer

mais uma etapa da minha vida.

AOS FAMILIARES

Dedico este trabalho de modo especial a minha família.

Agradeço a todos pelo incentivo e compreensão que sempre

recebi, principalmente de meus pais José e Regina, meus

irmãos Felipe e Fernando, e minha querida avó Maria, pois a

conclusão deste trabalho, só foi possível com a força e

confiança que vocês sempre me deram.

Também dedico em especial a Senhorita Solange Maria a

qual tornou este sonho possível.

AOS PROFESSORES E AMIGOS

Aos professores e amigos que colaboraram para realização

desse trabalho.

Muito obrigada a todos.

FABIANA SOARES

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A DEUS

Agradeço primeiramente a Deus, na sua infinita bondade,

por ter dado mão e braços, para que pudessem agarrar e

segurar seus ensinamentos, sabedoria e coragem para atingir

os objetivos de minha vida.

AOS FAMILIARES

Agradeço aos familiares pela presença constante de carinho e

apoio sempre fortificando o meu futuro. Não há palavras

suficientes que expresse minha gratidão.

“que Jesus, José e Maria sejam luz para todos os seus dias!”

IVANILCE APARECIDA DE MELLO

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AGRADECIMENTOS

A DEUS

Agradecemos primeiramente a Deus, que iluminou nosso

caminho, mostrando a direção correta para que

conseguíssemos chegar ao fim de uma realização e o começo

de um sonho. Obrigado Senhor, por fazer parte de nossas

vidas principalmente nos momentos de sabedoria, alegrias e

esperança. Apesar dos momentos difíceis em que pensávamos

que não iríamos conseguir, vinha uma voz dizendo vão em

frente, continuem o caminho que será longo, porem quando

chegarem ao fim terá uma recompensa valiosa, do fruto deste

trabalho. Obrigada Senhor por nos dar força e podermos

concluir mais uma etapa de nossas vidas.

À EMPRESA

A Laerte Florindo e Outro que nos abriu as portas para a

elaboração deste trabalho, que confiou em nossa capacidade

de realização e organização do trabalho, fornecendo

informações para a conclusão de um sonho. Nosso muito

obrigado.

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AOS PROFESSORES

Obrigado por mostrar um mundo de possibilidade e desafios

que teremos a frente, e por acreditar que possamos conseguir

mesmo que seja impossível.

ESPECIALMENTE À ROSIANE E HELOISA HELENA

Por acompanhar cada evolução de nosso trabalho, até mesmo

quando não tínhamos ânimo, para continuar, vocês estavam

lá dando apoio e palavras de conforto e sabedoria dizendo

para continuar e não desistir.

Agradecemos por tudo que fizeram por nós e por ter

acreditado em nosso potencial. Obrigado por acreditar.

AOS AMIGOS

Por acompanhar cada passo de nossa vida, por saber quando

precisamos de um obro amigo para desabafar e compartilhar

alegrias. Amigo é um tesouro difícil de encontrar, quando

encontrados devem ser guardados em um lugar especial,

deverá guardá-lo no coração, pois, amigos são tesouros e

deverão ser guardados para sempre.

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RESUMO

Atualmente o agronegócio é o segmento econômico de maior valor em termos mundiais, sendo que a produção agrícola tem respondido muito bem as expectativas e vem servindo como âncora para todos os programas econômicos do país elevando a balança comercial brasileira. O Brasil encontra-se em 4º lugar no ranking mundial em exportação de produtos do agribusiness. O termo agribusiness significa o conjunto de negócio relacionado à agricultura dentro do ponto de vista econômico. A empresa Laerte Florindo e Outro atua há dez anos na agricultura, com o plantio de hortaliças como o pimentão, berinjela, e o tomate. A Contabilidade Gerencial é um fator fundamental para as empresas rurais que atuam no ramo do agribusiness. A elaboração de relatórios gerenciais é fundamental para a empresa, que tem por base, dados e informações contábeis, tornando-se importante para a tomada de decisão. Possuindo dados diversificados, torna-se uma ferramenta indispensável, pois fornece informações que relatam os custos de atividades, processos, produtos, serviços e clientes da empresa. Com base em todos os aspectos observados na pesquisa destaca-se a influência dos seus benefícios visando instrumentos que auxiliam nas decisões para as melhorias futuras. Os relatórios gerenciais permitem acompanhar e analisar a situação econômica e financeira da empresa de forma clara e precisa proporcionando aos proprietários, sócios e acionistas o acompanhamento de todo o processo de desenvolvimento dos planos, para tomada de decisões seguras, de acordo com o que foi planejado.

Palavras-chave: Contabilidade Gerencial. Agribusiness. Relatórios Gerenciais

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ABSTRACT

Currently, agribusiness is the economic sector of higher value in world

terms, is that the agricultural production has corresponded very well to

expectations and goes serving as an anchor to all economics programs and

raising the Brazilian trade balance. The Brazil it is met in 4th place in the world

ranking in exports of agribusiness´s products. The term agribusiness means the

set of businesses related to agriculture within the economic point of view. The

Laerte Florindo and Outro Company acts to ten years in agriculture, with the

planting of vegetables such as peppers and tomatoes. The Management

Accounting is a fundamental factor for businesses rural that work in the area of

agribusiness. The preparation of management reports is critical to the company,

which is based, data and accounting information, becomes very important for

decision making. Possessing diverse data, it becomes an indispensable tool,

since it provides informations that report the costs of activities, processes,

products, services and company´s customers. Based on all the aspects

observed in the search it is detailed the influence of its benefits viewing

instruments that help in decisions to future improvements. The management

reports to accompany and to analyze the company´s economic and financial

situation of clean form and accurately proportionating to owners, partners and

shareholders the accompaniment the entire process of plans´developing to

taking secure decisions in accordance with what was planned.

Keywords: Managerial Accounting. Agribusiness. Management Reports

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LISTA DE QUADROS

Quadro 1: Período de plantação ..................................................................... 24

Quadro 2: Fluxo de caixa mensal ................................................................... 48

Quadro 3 Fluxo de caixa mensal .................................................................... 49

Quadro 4: Fluxo de caixa diário1ª semana ..................................................... 50

Quadro 5: Fluxo de caixa diário 2ª semana .................................................... 50

Quadro 6: Fluxo de caixa diário 3ª semana .................................................... 51

Quadro 7: Fluxo de caixa diário 4ª semana .................................................... 51

Quadro 8: Fluxo de caixa diário 5ª semana .................................................... 52

Quadro 9: Fluxo de caixa planejado ............................................................... 53

Quadro 10: Custo da mão de obra .................................................................. 54

Quadro 6: Previsão de faturamento ................................................................ 56

LISTA DE FIGURAS

Figura 1: Empresa Laerte Florindo e Outro .................................................... 16

LISTA DE ABREVIATURA E SIGLAS

ABC: Custo Baseado em atividades

a. C: Antes de Cristo

BP: Balanço Patrimonial

DRE: Demonstração dos Resultados

DMPL: Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido

DFC: Demonstração dos Fluxos de Caixa

DVA: Demonstração dos Lucros ou Prejuízos Acumulados

DOAR: Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ................................................................................................ 14

CAPÍTULO I – EMPRESA LAERTE FLORINDO E OUTRO .......................... 16

1 EMPRESA ............................................................................................ 16

1.1 História ................................................................................................. 17

1.1.1 Objetivos e valores ............................................................................... 17

1.1.2 Estrutura organizacional e física .......................................................... 18

1.1.3 Política de recursos humanos .............................................................. 19

1.1.4 Responsabilidade sócio-ambiental ....................................................... 19

1.2 Áreas de atuação ................................................................................. 20

1.2.1 Mercado nacional. ................................................................................ 20

1.2.2 Destino das embalagens tóxicas .......................................................... 21

1.2.3 O produto ............................................................................................. 22

1.3 Período das operações ....................................................................... 22

1.3.1 Processo produtivo ............................................................................... 23

1.3.2 Preparo do solo .................................................................................... 23

1.3.3 Plantio e manejo ................................................................................... 24

1.3.4 Irrigação e adubação ............................................................................ 24

1.3.5 Combate as pragas .............................................................................. 25

1.4 Colheita ................................................................................................ 25

1.4.1 Tipos de podas ..................................................................................... 26

1.5 O processo de comercialização ........................................................... 27

1.5.1 Transporte ............................................................................................ 27

1.5.2 Vendas ................................................................................................. 27

1.5.3 Variedades de tomate in natura ........................................................... 28

1.5.4 Variedades de tomate para a indústria ................................................. 29

CAPÍTULO ll – CANTABILIDADE GERENCIAL NO AGRONEGÓCIO ........ 30

2 CONCEITO DO AGRONEGÓCIO ....................................................... 30

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2.1 Atividades rurais e agrícolas ................................................................ 31

2.1.1 Logística em agronegócio .................................................................... 31

2.1.2 Produção agrícola ................................................................................ 33

2.2 Origem da contabilidade gerencial ....................................................... 33

2.2.1 A contabilidade gerencial ..................................................................... 34

2.2.2 Evolução e mudanças na contabilidade gerencial ................................ 35

2.2.3 Plano de negócio .................................................................................. 36

2.2.4 Planejamento estratégico ..................................................................... 37

2.2.5 Fluxo de caixa ...................................................................................... 38

2.3 Custos .................................................................................................. 39

2.3.1 Custos fixos .......................................................................................... 40

2.3.2 Custos variáveis ................................................................................... 40

2.3.3 Custos diretos ...................................................................................... 41

2.3.4 Custos indiretos .................................................................................... 41

2.3.5 Custo ABC ............................................................................................ 42

2.4 Mão de obra ......................................................................................... 42

2.4.1 Mão de obra direta ............................................................................... 43

2.4.2 Mão de obra indireta ............................................................................ 43

2.5 Despesas ............................................................................................. 43

2.5.1 Despesas administrativa ...................................................................... 44

2.5.2 Despesas operacionais ........................................................................ 44

2.5.3 Relatórios gerenciais ............................................................................ 44

2.5.4 Elaboração dos relatórios gerenciais ................................................... 45

CAPÍTULO lll – IMPLANTAÇÃO DE RELATÓRIOS CONTÁBEIS NA

EMPRESA LAERTE FLORINDO E OUTRO .................................................. 46

3 RELATÓRIO CONTÁBIL-GERENCIAL ............................................... 46

3.1 Tipos de relatórios ............................................................................... 46

3.1.1 Relatórios exigidos pela lei .................................................................. 47

3.1.2 Relatórios não exigidos por lei ............................................................. 47

3.2 Fluxo de caixa ...................................................................................... 49

3.2.1 A implantação do fluxo de caixa ........................................................... 49

3.2.2 Relatório de fluxo de caixa ................................................................... 50

3.2.3 Fluxo de caixa mensal .......................................................................... 50

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3.2.4 Fluxo de caixa diário ............................................................................ 50

3.2.5 Fluxo de caixa planejado ...................................................................... 53

3.3 Mão de obra direta ............................................................................... 54

3.3.1 Relatório do custo da mão de obra ...................................................... 54

3.3.2 Custo da mão de obra .......................................................................... 54

3.4 Previsão de faturamento ...................................................................... 55

3.4.1 Relatório de previsão de faturamento .................................................. 55

3.4.2 Previsão de faturamento ...................................................................... 55

3.4.3 A influência dos relatórios gerenciais para o processo de tomada de

decisão ........................................................................................................... 56

PROPOSTA DE INTERVENÇÃO ................................................................... 57

CONCLUSÃO ................................................................................................. 58

REFERÊNCIAS .............................................................................................. 60

APÊNDICES ................................................................................................... 63

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INTRODUÇÃO

Atualmente o agronegócio tem sido um dos setores que vem se

desenvolvendo a cada dia, para garantir a permanência e crescimento

sustentável buscam agregar valor aos seus produtos. Para que isso ocorra às

empresas estão recorrendo à contabilidade gerencial como um instrumento

para a administração das empresas, tendo um enfoque os relatórios gerenciais

que são de suma importância e indispensáveis para a tomada de decisão.

A empresa Laerte Florindo e Outro, consiste em buscar informações

contábeis para desenvolver relatórios gerenciais para a elaboração de um

planejamento eficiente e eficaz, que supra as necessidade da empresa.

A contabilidade gerencial trata-se de um processo de identificação,

analise e interpretação de dados extraídos da contabilidade financeira, para

transformá-los em informações que auxiliarão no processo de ações presentes

e futuras. Buscando suprir informações validas e efetivas no modelo decisório

do administrador, a contabilidade gerencial tem uma característica que enfoca

varias técnicas e procedimentos conhecidos na contabilidade financeira, na

analise de balanços, permitindo visualizar valores reais e sua rentabilidade por

área ou por produto dando objetividade e focando na avaliação, planejamento e

controle empresarial.

Pelo fato de a empresa não ter um relatório gerencial para tomada de

decisão, objetivou-se neste trabalho, a identificação dos mesmo, bem como o

fluxo de caixa, fluxo de caixa diário, custo da mão de obra direta e a previsão

de faturamento, contribuindo ao empresário informações necessárias para a

elaboração dos relatórios gerenciais, e consequentemente, direcioná-lo na

tomada de decisão.

Diante do exposto, somando-se a pesquisa exploratória realizada

questionou-se: Implantação de relatórios contábeis na empresa é um

importante instrumento para a tomada de decisão?

Surgiu, então, a seguinte hipótese: As informações geradas pela

contabilidade gerencial são ferramentas que propiciam subsídios para que os

gestores possam analisar o aumento da produtividade, a rentabilidade e

competitividade da produção agrícola na gestão e tomada de decisões acerca

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dos negócios.

Para demonstrar a veracidade da questão levantada, foi realizada uma

pesquisa de campo na empresa Laerte Florindo e Outro no período de

fevereiro a Setembro de 2009, onde objetivou-se determinar os relatórios

contábeis para a tomada de decisão, descrever o processo produtivo da

plantação de tomate, analisar a importância do fluxo de caixa mensal e diário,

custo da mão de obra e a previsão de faturamento, para a elaboração de

relatórios contábeis.

Os métodos de pesquisa utilizados foram:

Método de observação sistemática, através do qual foram observadas e

acompanhadas as etapas do processo de plantio do tomate para elaboração

dos relatórios gerenciais entre outros.

Método histórico, através do qual foram observados e analisados os

dados e evolução da história da empresa e do tomate.

As técnicas aplicadas foram as seguintes:

Roteiro de Observação Sistemática (Apêndice C);

Roteiro do Método Histórico (Apêndice D);

Roteiro de entrevista para o Empresário Rural (Apêndice E);

Roteiro de entrevista para o Contador (Apêndice F);

Roteiro de entrevista para os Funcionários (Apêndice G).

O presente trabalho é constituído de três capítulos:

Capitulo l: Apresenta a empresa estagiada com um breve histórico, sua

evolução, estrutura organizacional e todo o seu processo operacional.

Capítulo ll: Trata da descrição da contabilidade gerencial e os aspectos a

ela relacionados.

Capítulo lll: Demonstra a elaboração de relatórios gerenciais.

Finalizando encontram-se a Proposta de Intervenção e a Conclusão.

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CAPÍTULO I

LAERTE FLORINDO E OUTRO

1 EMPRESA

A Laerte Florindo e Outro é uma empresa familiar sediada na cidade de

Sabino/SP, região Noroeste do estado. Sua atividade está ligada diretamente à

agricultura.

A empresa possui o sistema de rodízio das terras, com finalidade de recuperar

solos e a não proliferação das pragas.

Atua no plantio e na comercialização de hortaliças e milho, é uma empresa

rural e possui características de um condomínio agrícola.

Está localizada na estrada SAB 354, bairro Riqueza, fazenda São Benedito da

Riqueza, na cidade de Sabino/SP, inscrita sob o CNPJ/CEI 3760002918-88.

(APÊNDICE H)

É uma empresa familiar, com transmissão de lições de pai para filho e vem

obtendo através dos anos uma enorme trajetória de sucesso.

Fonte: Elaborada pelas autoras

Figura 1: Empresa Laerte Florindo e Outro

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1.1 Histórico

A história da empresa Laerte Florindo e Outro mistura-se com a da

família, pois a atividade de cultivo com terras são práticas que foram

transmitidas e aperfeiçoadas através das gerações.

O Sr. Carlos Alberto Florindo teve experimentos de plantio do tomate

com seu tio o Sr. José Carlos Ulian por dois anos. Após esse período,

continuou a cultivar tomate com pouco sucesso.

Em 1999, reuniu coragem e empreendedorismo convidando seu pai para

a constituição da empresa Laerte Florindo e Outro como pessoa jurídica.

O negócio da família começou pequeno e de forma tímida. Com o

passar dos anos, além do tomate, passaram a cultivar outras hortaliças como

pimentão, berinjela e pepino.

A comercialização desses produtos era feita por intermediários, o que

muitas vezes resultava na falta de pagamentos, causando sérios conflitos.

Com a ampliação da cultura, os sócios perceberam a necessidade de

centralizar as vendas e o recebimento pelos seus produtos.

Nesse momento, iniciou-se todo o processo de reestruturação, vindo a

empresa Laerte Florindo e Outro a entregar toda sua produção a um único

comprador.

Possuidor de um box no Ceasa, o empresário, Sr. Adelar Luiz Sensi,

vulgo “Sapuca”, e morador da cidade de Veranópolis/RS, compra toda a

produção e, com sua frota de veículos e de terceiros, os produtos são

encaminhados para São Paulo e toda região Sul do país.

A empresa mantém o foco na lavoura de tomate, mas não descarta

outras hortaliças, que geram também muita produtividade e rentabilidade.

1.1.1 Objetivos e Valores

A empresa Laerte Florindo e Outro tem como prioridade a qualidade dos

produtos. Busca variedade de tomate com qualidade diferenciada para

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alcançar maior produtividade.

A opção da empresa de investir no tomate é o fortalecimento da

demanda que cresce a cada dia e por ser um produto de ótima aceitação no

mercado.

Diante da nova realidade nacional, a empresa busca valorização dos

seus módulos, contribuindo para a redução de danos causados ao meio

ambiente e destaca-se pela preocupação com a ética, a cidadania e a saúde

dos consumidores, a menor dependência de insumos e agrotóxicos

implementando a produção com responsabilidade social.

1.1.2 Estrutura organizacional e física

A empresa localiza-se na estrada SAB 354, bairro Riqueza, na fazenda

São Benedito da Riqueza, município de Sabino/SP.

Possui estrutura organizacional centralizada, isto é, por se tratar de

empresa familiar as tomadas de decisões e o acompanhamento das lavouras

são feitos diretamente por seus proprietários.

Para facilitar o acompanhamento das atividades, os proprietários contam

com um gerente geral, com colaboradores fixos e funcionários contratados

temporariamente para o período de colheita.

A empresa é constituída de aproximadamente oito setores. (Apêndice A)

Todos os setores são acompanhados e orientados diretamente pelos

proprietários.

Os empresários possuem outras atividades, cada um em separado do

outro, ou seja, não têm participação na empresa.

O escritório Rumo Certo localizado na Avenida Duque de Caxias, 469,

na cidade de Sabino/SP, é responsável pela contabilidade da empresa.

A estrutura física da empresa é constituída por 65 hectares, onde se

encontram plantados 400.000 pés de tomate, sendo 80% da produção da

variedade Parão por possuir melhor aceitação dentre os consumidores, 10% da

produção das variedades Juliana e Gaúcho. Os outros 10% são destinados a

hortaliças variadas.

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A empresa possui um barracão onde são guardados os implementos

agrícolas, um sala para armazenar os insumos, outra para agrotóxicos, uma

guarita e uma área reservada para o depósito das embalagens vazias dos

agrotóxicos. Possui também acomodações para os colaboradores realizarem

suas refeições com mesas e bancos de madeira e com sanitários feminino e

masculino.

1.1.3 Política de Recursos Humanos

A empresa conta com aproximadamente trinta funcionários do começo

até o final da lavoura e cerca de cem funcionários no período da colheita.

Por possuir formação familiar, na empresa não há política de recursos

humanos definida. Em sua maioria os funcionários adicionados no período da

colheita são contratados de municípios vizinhos, trazidos em ônibus.

A definição de cargos e salários também não é padronizada, pois as

contratações acontecem de acordo com as necessidades. O processo de

contratação dos trabalhadores da lavoura é feito pelo escritório contábil Rumo

Certo.

A rotatividade de funcionários muda a cada ano, pois os colaboradores

são contratados no início da colheita e exonerados no final dela,

permanecendo somente os colaboradores fixos até o desmanche dos tutores e

posteriormente alguns tratoristas para o plantio, manejo e colheita do milho,

sendo essa cultura totalmente mecanizada.

1.1.4 Responsabilidade sócio-ambiental

Na empresa, a questão ambiental é levada a sério, possui medidas de

prevenção do meio ambiente e manancial e mantém cuidado necessário com a

destinação das embalagens vazias de agrotóxicos, conservando-as em local

adequado até completar um carregamento e serem transportadas à empresa

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especializada localizada no corpo da nota fiscal, sendo a mais próxima a

cidade de Bilac/SP.

Outra preocupação constante da empresa é para com o uso adequado

dos equipamentos de segurança. A empresa fornece boné, óculos, caneleiras e

sapatos de segurança a todos os funcionários.

1.2 Áreas de atuação

A empresa está inserida no agronegócio, atuando na plantação, cultivo,

colheita e venda de hortaliças e milho.

Desde sua fundação, o tomate está entre os cultivos que os proprietários

comercializam, por ser um produto que possui grande demanda no mercado

em todo o país, e por ser a principal matéria-prima de produtos essenciais ao

consumo humano como sucos, polpas, molhos e extratos.

1.2.1 Mercado nacional

O agronegócio tem exercido importante papel no crescimento econômico

brasileiro.

O desenvolvimento científico e tecnológico e a modernização da

atividade rural, através de pesquisas e expansão da indústria de máquinas e

implementos, contribuíram para a transformação da Laerte Florindo e Outro no

aumento da produtividade e da qualidade.

O tomate é um fruto destinado ao consumo humano e ocupa o segundo

lugar à mesa do consumidor. O Brasil está entre os 10 maiores produtores de

hortaliças, sendo o principal fator da expansão da cultura, o aumento do

consumo. Esse crescimento está relacionado, entre outros fatores, com a fusão

das redes de fast food, que utilizam o tomate nas formas frescas e

processadas.

Essa produção é encontrada nas regiões Centro-oeste, Sudeste e Sul do

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país, obedecendo às épocas distintas de cada região.

O consumo atinge tanto classes sociais baixas, quanto a de renda mais

elevada. Com a introdução de cultivares mais resistentes, o tomate chega ao

consumidor final em bom estado de conservação.

1.2.2 Destino das embalagens tóxicas

Os agrotóxicos podem ser definidos como quaisquer produtos de

natureza biológica, física ou química que têm a finalidade de exterminar pragas

ou doenças que ataquem as culturas agrícolas.

No Brasil, ao longo das duas últimas décadas, o monitoramento de

resíduos de agrotóxicos em alimentos foi marcado por esforços isolados de

órgãos estaduais de saúde que, apresentando a falta de ações coordenadas

impediu que o país tivesse conhecimento mais preciso da situação dos

agrotóxicos em produtos agrícolas.

O principal motivo para dar destinação final correta para as embalagens

vazias de agrotóxicos é diminuir risco de saúde das pessoas e da

contaminação do meio ambiente.

A destinação final de embalagens vazias de agrotóxicos determina

responsabilidades para agricultor, canal de distribuição, fabricante e poder

público. Entende-se por responsabilidade dos canais de comercialização dentro

no sistema de destinação final, onde a venda do produto, deverá constar na

nota fiscal o local indicado para entrega, disponibilizando o local de

recebimento, e no momento da entrega das embalagens o agricultor receberá

um comprovante e orientações e conscientização sobre o uso adequado das

embalagens.

O agricultor deve preparar as embalagens vazias para serem devolvidas

nas unidades de recebimentos, sendo que cada tipo de embalagem recebe um

tipo de tratamento:

A tríplice lavagem das embalagens é um procedimento indispensável após o

uso completo do produto, pois além de evitar desperdício dele, a remoção de

resíduo no interior da embalagem torna mais fácil após a sua utilização,

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evitando-se assim a aderência do produto na parede da embalagem. O método

manual consiste no esvaziamento completo da embalagem, despejando-se o

conteúdo no tanque do pulverizado. Logo após este processo adiciona-se água

limpa nela, completa ¼ do seu volume e agita-se por 30 segundos. Por fim, a

água da lavagem é despejada no interior do tanque do pulverizador. Todo esse

processo deve ser realizado três vezes consecutivas para que o resultado

tenha validade.

As embalagens vazias devem ser devolvidas junto com suas tampas e

rótulos quando o agricultor reunir uma quantidade que justifique o transporte. O

empresário rural tem prazo até 1 ano depois da compra para devolver as

embalagens vazias.

O agricultor deverá devolver as embalagens vazias na unidade de

recebimento indicada pelo revendedor no corpo da nota fiscal.

1.2.3 O produto

Conhecido popularmente como um legume, mas, na verdade é uma

fruta. Sendo um dos vegetais que causa mais dificuldade em sua classificação.

Cultivado em quase todo o mundo, o tomate é originário da região

Andina, seu nome científico é LYCOPERSICON ESCULENTUM, de sabor

equilibrado contendo 5% de açúcares e ácidos orgânicos e 95% de água.

(APÊNDICE I)

O tomate é um alimento funcional devido os altos teores de vitaminas A

e C e de licopeno, substância que está presente tanto no produto fresco quanto

no processado e auxilia na prevenção de cânceres.

1.3 Período das operações

As propriedades químicas, físicas e biológicas dos solos devem ser

consideradas antes da decisão de se efetuar os plantios, devendo-se evitar

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áreas que tenham possibilidade de encharcamento, com topografia muito

irregular e que apresentem manchas ou bancos de areia, cascalho ou pedras.

Quanto aos aspectos biológicos, é importante evitar áreas com presença

de patógenos, recorrendo aos históricos dos plantios anteriores.

Quanto às propriedades físicas do solo, deve-se escolher áreas com

solos leves, isto é, com boa distribuição de areia e argila que deverão ser

profundas e permeáveis.

Deve-se também coletar amostras de solo para análise química.

Havendo necessidade da aplicação de calcário, deverá ser feita dois meses

antes do plantio e no período em que ainda ocorram as chuvas.

A correção do solo é de fundamental importância na tomaticultura, uma

vez que esses insumos representam em média 20% a 25% do custo da

produção.

1.3.1 Processo produtivo

Em meados de janeiro, aproveitando a temporada das chuvas, ocorre o

preparo do solo com maquinários, (lavrar, gradear, nivelar e adubar) no

território demarcado para o plantio.

Anos atrás, a empresa preparava as próprias mudas num viveiro

devidamente coberto com sombrite e a compra de sementes era feita em lojas

especializadas com certificação garantida.

Recentemente, adaptando-se aos segmentos e reduzindo custos com

mão de obra, a Laerte Florindo e Outro adquire as mudas já prontas com cerca

de 10 cm em bandejas de isopor com aproximadamente 288 células.

1.3.2 Preparo do solo

Existem várias opções de preparo do solo, e a escolha depende da

disponibilidade de equipamentos, da textura, do grau de compactação do solo

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e do sistema de plantio. (APÊNDICE I)

O preparo do solo na empresa obedece a um rigoroso sistema. São

abertos sulcos ou covas, sempre em nível, onde serão aplicadas as adubações

minerais e orgânicas, proporcionando melhor aproveitamento dos nutrientes

pelo solo. A adubação orgânica é importante, pois, além de promover o

crescimento da planta, aumenta a produção e eleva o teor de matéria orgânica

no solo.

1.3.3 Plantio e manejo

Atualmente, todas as áreas cultivadas com o tomateiro destinado tanto

ao processamento industrial quanto ao consumo in natura, são plantadas com

mudas produzidas em bandejas e transplantadas com auxílio de máquinas ou

manualmente.

As mudas transportadas para o local de plantio devem ser protegidas

com sombrite e irrigadas frequentemente para evitar o dessecamento.

O transplante deve ser realizado com o solo umedecido

antecipadamente. (APÊNDICE L)

Na empresa pesquisada, o transplante é feito manualmente, divididos

em períodos, em quatro talhões plantados em períodos alternados, para a

disponibilidade do produto durante toda a safra.

Meses Fevereiro/Março Março/Abril Abril/Maio Maio/Junho

Quantidade

de mudas

plantada

100.000 100.000 100.000 100.000

Fonte: Elaborada pelas autoras

Quadro 01: Período de apuração

1.3.4 Irrigação e adubação

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A irrigação anteriormente era feita por valas e apresentava despesas

maiores com combustíveis e mão de obra.

Recentemente implantou-se o sistema de gotejamento obtendo-se

economia do diesel em 50% e da mão de obra em 40%.

O sistema de gotejamento que acontece a cada hora é de três litros de

água/pé, retirado de açude através de motor. Essa água é transportada por um

eficiente sistema de tubulação, passando por filtros e finalmente chegando ao

pés de tomate. (APÊNDICE M)

A partir do momento em que ocorre a colocação da muda na terra, a

irrigação acontece todos os dias até o final da colheita.

1.3.5 Combate às pragas

Na Laerte Florindo e Outro, o controle das pragas do tomateiro, tais

como insetos e ácaros, não se restringe ao controle químico e biológico. O

manejo eficiente é obtido nas seguintes proporções:

a) adotar rotação de terras;

b) manter a lavoura livre de ervas daninhas e parasitas;

c) utilizar cultivadores adaptados de acordo com a região;

d) destruir os restos culturais logo após a colheita.

Outras medidas também são adotadas pela empresa para que se

tenham bons resultados na produção, como por exemplo, controle periódico

das bordas da lavoura, utilizar os insumos conforme orientações do agrônomo

e bulas dos produtos adquiridos, desinfetar vasilhames e meio de transporte

para reduzir a disseminação entre o local e obedecer às recomendações

quanto a dosagem, horário e frequência das pulverizações. (APENDICE H)

As principais pragas do tomateiro são: traças, mosca branca, ácaros,

larvas minadoras, tripés, pulgões, lagarta rosca e militar, broca grande e

pequena e burrinho.

1.4 Colheita

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Com muitos ramos e caule flexível, o tomateiro tem sua colheita depois

de 90 a 100 dias do início do transplante. Como o tomate continua

amadurecendo fora do pé, pode ser colhido verde.

Existem dois tipos de colheita:

a) colheita mecanizada: feita pela colheitadeira mecânica que tem

capacidade de colher 15 toneladas por hora, cortando a planta rente

ao solo, sendo a parte aérea separada dos frutos por meio de intensa

vibração, ainda não existe esse processo na região;

b) colheita manual: feita em várias etapas levando-se em consideração o

preço do tomate e a quantidade de frutos a serem colhidos, podendo

ou não acelerar a maturação dos frutos reduzindo ou aumentando as

irrigações.

O período de maturação dos frutos depende do clima da região, do

estado nutricional e da quantidade de água disponível para as plantas. Caso a

lavoura esteja com maturação irregular, não se deve esperar o

amadurecimento da maioria dos frutos, pois as pencas inferiores podem

apodrecer. (APÊNDICE O)

A colheita deve ter início nos carreadores, com a distribuição das caixas

nas laterais e o centro deve ficar livre para a passagem do trator que leva as

caixas com aproximadamente 25 kg/cada para que seja feita a seleção dos

produtos de primeira e segunda, para logo em seguida incorporar as caixas no

caminhão que fará o transporte pelas rodovias. (APÊNDICE P)

A colheita de tomate in natura na região de estudo é realizada em média

por 100 funcionários devidamente registrados. Esses colhedores chegam à

lavoura pela manhã, entre as 6 e 7 horas, com duas horas de descanso. No

final do dia, por volta das 17 horas, o ônibus os leva de volta à cidade.

1.4.1 Tipo de podas

Na lavoura, as podas são necessárias e simples. A poda ou desbrota é a

eliminação de qualquer broto que apareça lateralmente, evitando-se a

concorrência de luz e nutrientes, favorecendo o desenvolvimento do fruto.

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A poda das folhas ou desfolhas visa à iluminação das folhas à medida

que a planta cresce também para evitar a concorrência da luz e nutrientes e

melhorar a ventilação no interior da lavoura.

A poda do ápice ou ponteiro tem por objetivo limitar o crescimento

vertical da planta tão logo o ponteiro alcance o arame de sustentação.

Feita a carga, com as caixas corretamente enfileiradas, os caminhões

carregados fazem o transporte até o Ceasa. No auge da produção, são

colhidas 2.000 caixas acomodadas em fileiras nos caminhões.

1.5 O processo de comercialização

A empresa agrícola oferece produtos de alta qualidade, visando à saúde

do consumidor final.

O produto já selecionado é transportado de trator até o caminhão, que

fica estacionado em solo firme, geralmente nas laterais da lavoura.

Essa operação é feita por homens denominados cargueiros.

1.5.1 Transporte

Na empresa, o transporte é de total responsabilidade do comprador, ou

seja, o Sr. Adelar Luiz Sensi. (APÊNDICE O)

Os caminhões e as carretas são de sua empresa e há outros de

terceiros para o escoamento da produção.

1.5.2 Vendas

Apesar dos avanços tecnológicos em termos pós-colheita e ser um

produto perecível, o transporte envolve custos altos e exige elevada eficiência

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logística. O comércio do tomate in natura é bastante regionalizado e

dificilmente ocorre entre continentes.

O produtor comercializa o tomate por caixas e o comprador comercializa

por quilo.

1.5.3 Variedades de tomate in natura

A produção de tomate de mesa no Brasil vem passando por

transformações tecnológicas na última década. São cultivares que apresentam

cultivos tutorados ou envarados e são consumidos de forma in natura.

Na Laerte Florindo e Outro, até pouco tempo, predominava o tomate de

mesa, o tipo Santa Cruz, ocupando cerca de 80% do mercado.

Atualmente, o consumidor está muito preocupado com a saúde, o que o

torna mais exigente não só quanto à qualidade, mas também com produtos

livres de agrotóxicos e com adubação orgânica o que eleva o preço do produto,

mas com boa aceitação pelo consumidor.

A partir de 1988, a empresa passou a utilizar-se de sementes híbridas

de cultivares de tipo Longa Vida, que trouxe à mesa do consumidor um fruto

firme, de tamanho grande e pesado, de coloração vermelho intenso, formato

redondo e vida de prateleira longa.

Existem três métodos para se obter um cultivar híbrido do tipo longa

vida:

a) através de métodos convencionais de melhoramento genético, onde

se busca descendentes diretamente de cultivares de tomate de

indústria;

b) através de métodos convencionais de melhoramento genético pela

utilização de mutantes de amadurecimento introduzidos nas linhagens

parentais através de sucessivos cruzamentos;

c) através de técnicas da moderna biologia molecular, conhecida como

os transgênicos. Atualmente no Brasil, não é comercializada esta

técnica.

O tomate longa vida in natura tem aumentado consideravelmente a sua

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participação no mercado brasileiro, representando cerca de 70% de aceitação,

oferecendo maior flexibilidade para o produtor na hora da colheita, menor perda

nas operações de embalagens, transporte e comercialização dos frutos no

varejo.

Para a empresa, produzir tomate de mesa tem sido um bom negócio,

porém, para aumentar a rentabilidade é necessário investir em tecnologia,

visando aumentar a produtividade, a qualidade e aproveitar a obtenção de

melhores preços.

1.5.4 Variedades de tomate para a indústria

Cultivados em grandes áreas, predomina a colheita manual, mas a

colheita mecânica vem evoluindo nos últimos anos.

Conhecido com tomate rasteiro é destinado à indústria para o

processamento de sucos, polpas, molhos prontos, extratos, etc.

De modo geral, a produção de tomates destinados ao processamento é

realizada por agricultores contratados pelas agroindústrias, sendo eles os

responsáveis pelo plantio e colheita.

Deve-se possuir um eficiente sistema de transporte para essa variedade,

devido à alta perecibilidade do produto. Estimam-se maiores perdas devido a

grandes porcentagens de água em sua composição.

Na Laerte Florindo e Outro não se cultiva esta variedade.

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CAPÍTULO II

CONTABILIDADE GERENCIAL NO AGRONEGÓCIO

2 CONCEITO DO AGRONEGÓCIO

Com a fixação do homem à terra, formaram-se comunidades, surgindo

organizações das mais diferenciadas no que se refere ao modo de produção,

tendo a formação de propriedades diversificadas quanto à agricultura e à

pecuária. Com o passar dos tempos, descobriram que as sementes das plantas

devidamente lançadas ao solo, podiam germinar crescer e frutificar e que

animais podiam ser domesticados e criados em cativeiro. É o começo da

agricultura e da fixação do homem a lugares predefinidos, onde as

propriedades rurais eram diversificadas, com várias culturas e criações

diferentes.

As atividades agrícolas são classificadas como temporárias e

permanentes. As culturas agrícolas temporárias são aquelas que estão sujeitas

ao replantio após a colheita, tendo um período de vida muito curto entre o

plantio e a colheita, como exemplo o tomate. Já as culturas agrícolas

permanentes são as que proporcionam mais de uma colheita ou produção, sem

que haja o replantio após a colheita e que apresenta um prazo de vida útil

superior a um ano, como por exemplo, plantação de café.

O agronegócio é toda relação comercial e industrial envolvendo a cadeia

produtiva agrícola. Também chamado Agribusiness é o conjunto de negócios

relacionados à agricultura dentro do ponto de vista econômico. O agronegócio

divide-se em três partes:

a) antes da porteira: está relacionada ao produtor rural, podendo ir

desde pequeno e médio produtor até empresa jurídica;

b) pré-porteira: são as indústrias que fornecem insumos, maquinários,

fertilizantes entre outros para a produção rural;

c) pós-porteira: está relacionado ao consumidor final, ou seja, vai da

compra, transporte e a venda dos produtos agropecuários ou

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agrícolas até chegar à mesa do consumidor.

O agronegócio é o segmento econômico de maior valor em termos

mundiais, sua importância relativa varia para cada país. O agronegócio,

sobretudo a produção agropecuária, tem respondido muito bem as expectativas

e vem servindo como âncora para todos os programas econômicos do país e

salvando a balança comercial brasileira.

Atualmente a agricultura brasileira desempenha um grande papel na

sociedade, gerando diversos produtos agrícolas, e tendo a responsabilidade do

abastecimento alimentar da população do país.

2.1 Atividades rurais e agrícolas

É considerada atividade rural tudo o que envolve a exploração das

atividades agrícolas, pecuárias, a extração vegetal e animal, a transformação

de produtos agrícolas e pecuários, sem que sejam alteradas a composição e as

características do produto in natura realizada pelo próprio agricultor ou criador,

com equipamentos e utensílios usualmente empregados nas atividades rurais.

A agricultura é o conjunto de técnicas utilizado para cultivar plantas com

o objetivo de obter alimento e matéria-prima.

2.1.1 Logística em agronegócio

O termo logística está sendo muito utilizado ultimamente, devido ao

crescimento dos centros urbanos, da distância entre os centros de produção e

os de consumo, da necessidade de diminuição de custos e de perdas de

produtos e da competição entre fornecedores e distribuidores.

Logística é um modo de gestão que cuida especialmente da

movimentação dos produtos, inclusive nas diferentes cadeias produtivas do

agronegócio.

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Em sua forma mais ampla, climaticamente, a logística em agronegócio

ocorre em três etapas distintas.

A logística de suprimentos que em uma cadeia produtiva agroindustrial,

cuida especialmente da forma como os insumos e os serviços fluem até as

empresas, para disponibilizá-los tempestivamente e reduzir os custos de

produção ou de comercialização.

A logística das operações de apoio à produção agropecuária contém

uma gestão do processo produtivo, quanto a suprimentos de insumos, tem de

procurar conduzir o empreendedorismo para conseguir eficácia e eficiência e,

do ponto de vista da logística, procurar a racionalização dos processos

operacionais para transferência física dos materiais, que envolve também

informações sobre estoques e plano de aplicação de cada produto, quantidade

e época de uso.

Os produtos agropecuários de modo geral são perecíveis, variando

quanto ao grau de perecibilidade de produto a produto. Por isso, cada um

necessita de tratamento pós-colheita diferenciado e precisam de cuidados

como: transporte rápido e cuidadoso, embalagens apropriadas.

Outro fator que muito influencia na logística em agronegócio é o inerente

às características dos produtos rurais, quanto a sua distribuição especial, aos

volumes individuais de produção e a organização da produção.

“Para melhor entendimento a importância da logística de distribuição no

agronegócio é importante relembrar algumas características dos produtos

agropecuários e dos produtos rurais.” (ARAUJO, 2005, p. 103.)

Obtida a produção, a logística se ocupará da movimentação física dos

produtos, como transporte interno, manuseio, armazenagem primária, estoque

primário, entregas, estoque final e controles diversos.

Outra característica dos produtos agrícolas é a sazonalidade da

produção, sendo que alguns produtos são colhidos uma única vez ao ano em

cada região, porque são dependentes das condições climáticas. Devido à

sazonalidade da produção agropecuária, a armazenagem é imprescindível

durante toda a comercialização e durante todo o ano, inclusive nos períodos de

entressafras.

A armazenagem no setor de agroindústrias pode ser classificada como

qualquer uma das classes citadas, dependendo do porte e da localização

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delas. Cada produto necessita de um tipo de armazenagem específico. Para

qualquer situação, cada produto tem seu ponto ótimo de conservação e a

armazenagem terá que ser adaptada a essa condição.

Existindo diferentes modalidades de transporte, o desafio para o

administrador é exatamente definir a melhor opção de transporte, quando

existem alternativas, ou na melhor escolha de onde investir, quando existem

locais alternativos.

2.1.2 Produção agrícola

A produção agrícola compreende o conjunto de atividades desenvolvidas

no campo, necessárias ao preparo do solo, que compreende as operações

necessárias para colocá-los em condições ideais para a etapa de plantio. A

colheita é a operação final no campo, tendo sua produção em ponto específico

e exige uma operação diferenciada.

2.2 Origem da contabilidade

Há diversos registros de que as civilizações antigas já possuíam um

esboço de técnica contábil. Há relatos das primeiras escritas contábeis que um

escriba egípcio contabilizou nos negócios efetuados pelo seu país no ano 2000

a.C. Seu desenvolvimento surgiu com a necessidade de acompanhar a

evolução do patrimônio.

No século XV, Frei Lucca Pacioli criou o método das partidas dobradas.

Publicou sua obra em Veneza, em 1.494, mostrando um trabalho pioneiro que

descreveu o princípio contábil segundo o qual todo lançamento a crédito, em

uma conta, faz com que se inicie outra conta, em que é registrada a mesma

importância a débito, e vice-versa.

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Na verdade, não se pode falar em contabilidade, mesmo que rudimentar sem a invenção da escrita e dentro dela, da habilidade de contar, ou seja, antes das primeiras manifestações da capacidade matemática do ser humano. Antes mesmo da partida dobrada que com visto, somente aparecia, mas tarde, provavelmente na Itália, a contabilidade em suas formas rudimentares era capaz de avaliar bens, direitos e obrigações, periodicamente, derivar, portanto o Patrimônio Líquido das entidades. (IUDICIBUS; MARION, 2000, p. 277)

Com o decorrer do tempo, a contabilidade tornou-se a principal

ferramenta para controlar o desenvolvimento e mutações patrimoniais das

grandes empresas rurais, após o surgimento do capitalismo que impulsionou e

aumentou sua eficácia, acompanhando o avanço econômico e institucional da

sociedade.

2.2.1 A Contabilidade gerencial

A Contabilidade Gerencial surgiu após a Revolução Industrial, em

meados do século XVIII, quando só existia a Contabilidade Financeira ou

Contabilidade Geral. Com avanço das indústrias, a função de contador tornou-

se mais complexa. Sendo um dos instrumentos mais poderosos para a

administração de uma empresa, a contabilidade gerencial tem como enfoque

os relatórios gerenciais que são de suma importância e indispensáveis para a

tomada de decisões. Seu objetivo é facilitar o planejamento, controle para as

tomadas de decisões, a fim de planejar e corrigir possíveis falhas na empresa,

proporcionando aos gestores um melhor gerenciamento.

O uso da contabilidade gerencial é opcional e, se for questionada a duplicidade da informação e de registros, pode-se argumentar que os princípios devem ser obrigatoriamente seguidos para efeito legais, estatísticos, fiscais e de contabilidade financeira, enquanto os registros gerenciais são feitos a partir de necessidades internas concretas que se justificam. (PIZZOLATO, 2000, p. 21)

A contabilidade gerencial trata-se de um processo de identificação,

adaptação, mensuração, análise e interpretação de dados extraídos da

contabilidade financeira, para transformá-los em informações que auxiliarão no

processo de ações presentes e futuras, abrangendo também outros assuntos

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relacionados à contabilidade, como a contabilidade de custo, a financeira, o

fluxo de caixa e os relatórios gerenciais entre outros assuntos que a

contabilidade gerencial abrange.

Segundo Padoveze (2007), a contabilidade gerencial é relacionada com

o fornecimento de informações para os administradores – isto é, aqueles que

estão dentro da organização e que são responsáveis pela direção e controle de

suas operações.

Voltada unicamente para a administração de empresas, a contabilidade

gerencial procura suprir informações válidas e efetivas no modelo decisório do

administrador, tendo uma característica que enfoca várias técnicas e

procedimentos conhecidos na contabilidade financeira, na de custo, na análise

financeira e de balanço.

Um contador gerencial, pelo visto, deve ser elemento com formação bastante ampla, inclusive com conhecimento, se não das técnicas, pelo menos dos objetivos de resultados que podem ser alcançados com métodos quantitativos. (IUDÍCIBUS, 2006, p. 22)

A contabilidade gerencial permite a visualização dos valores reais e suas

rentabilidades por área ou por produto dando objetividade e focando na

avaliação, planejamento e controle empresarial.

Sua função é manter os gestores com informações atualizadas e auxiliá-

los na tomada de decisões na empresa, tendo caráter estritamente

confidencial, voltado para o ambiente interno da empresa.

2.2.2 Evolução e mudança na contabilidade gerencial

Cada estágio da evolução da contabilidade representa adaptação para

um novo conjunto de condições que as organizações enfrentam pela reforma, e

adição aos focos e tecnologias utilizadas anteriormente, com a combinação do

velho e o novo, sendo que o velho é reformado para ajustar-se com o novo em

combinação, formando um novo conjunto de condições para o ambiente

gerencial.

A contabilidade gerencial desenvolveu-se em quatro estágios.

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Antes de 1950, o foco estava na determinação do custo e controle

financeiro, através do uso das tecnologias de orçamento e contabilidade de

custos, assim foi definido o primeiro estágio.

Por volta de 1965, o foco foi mudado para o fornecimento de informação

para o controle e planejamento gerencial, pelo uso de tecnologia tais como

análise de decisão e contabilidade por responsabilidade, sendo caracterizado

como o segundo estágio.

Em 1985, a atenção foi focada na redução do desperdício de recursos

usados nos processos de negócios, pelo uso das tecnologias de análise de

processo e administração estratégica de custos, esse foi o terceiro estágio.

Já em 1995, a atenção foi mudada para a geração ou criação de valor

através do uso efetivo dos recursos, e do uso de tecnologias tais como exame

dos direcionadores de valor ao cliente, valor para o acionista, e inovação

organizacional, caracterizando-se como o quarto estágio.

2.2.3 Plano de negócio

Um plano de negócio é um projeto específico, desenvolvido para

produzir determinado resultado.

O desenvolvimento do plano de negócio conduz obrigatoriamente o

empreendedor ou o empresário a concentrarem-se na análise do ambiente de

negócio, nos objetivos, nas estratégias, nas competências, na estrutura, na

organização, nos investimentos e nos recursos necessários, bem como no

estudo da viabilidade do modelo do negócio.

De acordo com BERNADI (2008) desenvolver um plano de negócio

envolve cinco etapas distintas:

a) idéias e concepção do negócio;

b) coleta, preparação de dados;

c) análise dos dados;

d) montagem do plano;

e) avaliação do plano.

Todo processo do plano de negócio é lastreado em muita reflexão,

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muitas dúvidas, incertezas e questionamento. À medida que o processo se

aprofunda, novas reflexões, dúvidas e questões surgem.

2.2.4 Planejamento estratégico

O planejamento estratégico é importante a fim de que a empresa

estabeleça metas e ideias de controle sobre os recursos utilizados de forma

que se atinjam os objetivos estipulados.

O propósito do planejamento pode ser definido como desenvolvimento de processo, técnicas e atitudes administrativas, as quais proporcionam uma situação viável de avaliar as implicações futuras de decisões presentes em função dos objetivos empresariais que facilitarão a tomada de decisão no futuro, de modo mais rápido, coerente, eficiente e eficaz. (OLIVEIRA, 2007, p. 05)

O planejamento estratégico identifica-se como estudo prévio a fim de

organizar o trabalho de cada departamento de contabilidade ou controladoria,

porém, obedece a um roteiro e é dividido em diversas fases para fins em que

se destina a empresa, como a divisão do trabalho a ser efetuado, pesquisa de

dados para elaboração de um plano, implantação do serviço e do plano

elaborado; fiscalização dos trabalhos durante a implantação do plano,

observação do funcionamento do plano e ajuste das falhas surgidas dentro do

comércio, do contrato, do ajuste ou trato mercantil.

Planejamento estratégico é o processo administrativo que proporciona sustentação metodológica para se estabelecer a melhor direção a ser seguida pela empresa, visando ao otimizado grau de interação com os fatores externos – não controláveis – e atuando de forma inovadora e diferenciada. (OLIVEIRA, 2007, p. 17-18).

O planejamento é racional, pois age sobre os recursos e possibilidades

reais existentes, contendo experiência, conhecimento, tecnologia e

aproveitamento de oportunidade, podendo construir formalmente uma realidade

esperada pela formulação estratégica inicial, assim podendo ser flexível a

ponto de absorver as novas realidades.

O resultado do planejamento é o projeto e a implantação dos processos

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39

específicos que a empresa usa para levar a cabo suas estratégias. A empresa

monitora o desempenho desse processo em termos de objetivos primários e

secundários.

2.2.5 Fluxo de caixa

É um instrumento pelo qual o administrador financeiro planeja e

administra os números da empresa, isto é, as entradas e saídas de dinheiro do

caixa da empresa. Existem dois tipos de fluxo de caixa: o fluxo de caixa

planejado que se trata de planejar, antever, o fluxo de dinheiro num período

futuro. O fluxo de caixa planejado é uma ótima ferramenta que permite

prognosticar os encaixes e desencaixes do período, fornecendo ao gestor

informações antecipadas de excesso de caixa. A empresa que utiliza o fluxo de

caixa planejado consegue reduzir a necessidade de capital de giro, diminuir

custos financeiros e dispor de liquidez. O fluxo de caixa pode ser elaborado em

período anual, mensal, quinzenal e até mesmo semanal, dependendo das

necessidades, do interesse e do tamanho da empresa.

O objetivo básico de fluxo de caixa planejado é o de projetar as entradas e saídas de recursos financeiros, num determina do período, avaliando a necessidade de captar recursos ou ampliar os excedentes de caixa. (TOFOLI, 2008, p.69)

O fluxo de caixa real registra os acontecimentos efetivos de

movimentação de numerários da empresas registrando os valores efetivamente

transacionados. Significa que deverá ser lançado em uma planilha todas as

entradas e saídas de dinheiro do caixa da empresa e, em seguida, fazer uma

comparação com o fluxo de caixa planejado e observar as diferenças

existentes entre ambos, avaliando as justificativas encontradas.

A maior parte dos fluxos de caixa importantes de uma empresa

relaciona-se às atividades operacionais, existindo dois tipos de métodos para

reportar, na demonstração, os fluxos de caixa das atividades operacionais que

são: o método direto e o método indireto.

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40

O fluxo de caixa apresenta-se como uma ferramenta de aferição e interpretação das variações dos saldos do disponível da empresa. É o produto final da integração do contas a receber com o conta a pagar, de tal forma que, quando se comparam as contas recebidas com as contas pagas tem-se o fluxo de caixa realizado, e quando se comparam as contas a receber com as contas a pagar, tem-se o fluxo de caixa projetado. (SÁ, 1998, p. 03).

O método direto demonstra as origens e as aplicações do caixa

operacional, em que a principal origem do caixa operacional é o recebimento

das vendas dos consumidores, incluindo o pagamento aos fornecedores de

mercadoria e o pagamento de salários aos funcionários. A diferença entre

esses recebimentos e pagamentos é o fluxo de caixa operacional. A principal

vantagem do método direto é que ele demonstra as origens e as aplicações de

caixa na demonstração de fluxo de caixa.

O principal objetivo do fluxo de caixa é dar uma visão das atividades desenvolvidas, bem como as operações financeiras que são realizadas diariamente, no grupo do ativo circulante, dentro das disponibilidades, e que representam o grau de liquidez da empresa. (ZDANOWICZ, 2002, p. 41).

O método indireto reporta o fluxo de caixa operacional, começando pelo

lucro líquido e ajudando-o com receitas e despesas que não envolvem

entradas nem saídas de dinheiro. Ou seja, o lucro líquido contábil é ajustado

para determinar o montante líquido de caixa das atividades operacionais. A

principal vantagem do método indireto é que ele destaca as diferenças entre o

lucro líquido contábil e o fluxo de caixa das atividades operacionais. Devido a

essa vantagem, a maioria das empresas utiliza o método indireto para

demonstrar o fluxo de caixa operacional.

2.3 Custos

Nascida em meados do século XVIII, junto com o advento da revolução

industrial, tornando-se o trabalho do contador mais complexo, a Contabilidade

de Custos tem duas funções relevantes que são: o auxílio ao controle e a ajuda

às tomadas de decisões. Fornece dados importantes para o estabelecimento

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41

de padrão, orçamentos e outras formas de previsão e, num estágio

imediatamente seguinte, acompanha o acontecido para comparação com os

valores anteriormente definidos.

É importante se conhecer a relevância da contabilidade de custos sob o

aspecto de um processo que visa à otimização dos limitados recursos

disponíveis para que qualquer organização possa prosperar, constituindo assim

uma implantação com finalidades específicas dentro de um modelo gerencial e

de uma estrutura organizacional.

De acordo com Warren, Reeve e Fess (2008), custo é um desembolso

de caixa, ou seu equivalente, ou o compromisso de pagar em espécie no

futuro, com o propósito de gerar receitas. Um esquema básico de contabilidade

de custo consiste em separar custos e despesas, a apropriação dos custos

diretos aos produtos e mediante rateio de custos indiretos aos produtos.

2.3.1 Custos fixos

Os custos fixos são custos que não variam e que são necessários ao

funcionamento da empresa, independentemente da produção ou não desta ou

daquela unidade, mesmo ocorrendo oscilações no volume de produção por

curtos períodos de tempo. Os custos fixos por unidade dependem do volume

de produção, sendo que quanto maior for o volume, menor será o custo e vice-

versa. Também existem os custos semifixos, que contêm, em sua formação de

valor, uma parcela fixa e outra que varia com a atividade, já que o custo

semifixo sempre apresentará o gasto da parte fixa, como por exemplo,

despesas com assinatura de telefonia mais os impulsos.

É de importância ressaltar que qualquer custo está sujeito a mudanças

devido às variações que sofrem com a intensidade de esforço ou do serviço.

2.3.2 Custos variáveis

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42

Conforme Padoveze (2008), é importante salientar que a variabilidade

de um custo existe em relação a um determinador específico. Sendo assim

para serem custos variáveis, os custos têm que ter uma relação direta ou

proporcional ao volume de produção, vendas ou outras atividades. Um exemplo

fácil são as comissões sobre vendas que variam devido à quantidade de

produtos vendidos, gerando assim uma comissão sobre vendas.

Variando na mesma proporção do aumento ou diminuição da produção,

os custos variáveis são alocados aos produtos ou aos serviços, proporcionando

à administração maiores informações sobre a relação existente entre os custos.

Um custo é considerado semivariável se sua variação não é na mesma

proporção da variação do volume de produção ou vendas. Dado um aumento

de produção, o custo aumenta mas não, o mesmo percentual do aumento do

volume.

2.3.3 Custos diretos

Classificados como diretos, podem ser identificados diretamente aos

produtos, basta ter uma medida de consumo, sendo fisicamente identificados

para um segmento particular sob consideração. Assim, se o que está sob

consideração é uma linha de produtos, então os materiais e a mão de obra

envolvida em sua manufatura seriam ambos os custos diretos. Estes custos

podem ser mensurados com facilidade.

2.3.4 Custos indiretos

Todos os custos indiretos só podem ser apropriados, por sua definição,

de formas indiretas aos produtos, isto, é mediante estimativas, critério de

rateio, previsão de comportamento de custos. São os gastos industriais que

não podem ser alocados de forma direta ou objetiva aos produtos ou a outro

segmento ou atividade operacional.

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43

Todos os custos indiretos só podem ser apropriados, por sua própria definição, de forma indireta aos produtos, isto é, mediante estimativas, critérios de rateios, previsão de comportamento de custos etc. (MARTINS, 2006, p. 79).

Os custos indiretos variáveis são padronizados normalmente através da

construção de taxas predeterminadas em relação a uma medida de atividade

escolhida.

2.3.5 Custo ABC

O custo ABC conhecido com Activity – Basead. Costing ou Custo

Baseado em Atividades - é um método de custeio que procura reduzir

sensivelmente as distorções provocadas pelo rateio arbitrário dos custos

indiretos. O custo ABC é definido como um método de custeamento que atribui

primeiro os custos para as atividades, e depois para os produtos baseados no

uso das atividades de cada produto, é fundamental no conceito produtos

consomem atividades e atividades consomem recurso. Também o ABC pode

ser útil na tomada de decisões de precificação em que as operações de

produto envolvem grande quantia de custos indiretos de fabricação.

“O ABC é uma ferramenta que permite melhor visualização dos custos

através das análises das atividades executadas dentro da empresa e suas

respectivas relações com o produto. (MARTINS, 2006, p. 103.)”

Apoiando-se no planejamento, execução e mensuração do custo das

atividades para obter vantagens competitivas, utiliza-se o ABC que se

caracteriza por decisões estratégicas como: redesenho do produto, eliminação

de desperdício, alteração no processo de formação de preço, entre outros.

Com essa análise do ABC, o valor deve ser realizado sempre sob a óptica do

cliente, interno ou externo, isto é, daquele que recebe o bem ou serviço gerado

pela atividade.

2.4 Mão de obra

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44

O custo da mão de obra pode se dar de maneira direta e indireta.

2.4.1 Mão de obra direta

A mão de obra direta normalmente é determinada pela quantidade de

horas necessárias do pessoal, ou da quantidade de funcionários diretos, em

todas as fases dos processos de fabricação do produto. Sabendo quanto

tempo cada um trabalhou no produto e preço da mão de obra, é possível

apropriá-la diretamente ao produto.

Mão-de-obra direta é aquela relativa ao pessoal que trabalha diretamente sobre o produto em elaboração, desde que seja possível a mensuração do tempo despendido e a identificação de quem executou o trabalho, sem necessidade de qualquer apropriação indireta ou rateio. (MARTINS, 2006, p.133.)

A base para a valorização dos custos de mão de obra direta deve incluir

toda remuneração dos trabalhadores mais os encargos sociais de caráter

genérico. Utiliza-se o critério de custo médio horário dos salários de cada

departamento de produção ou da atividade de processo por onde passa o

produto, através dos centros de custos ou centro de acumulação por

atividades.

2.4.2 Mão de obra indireta

Os gastos relativos ao pessoal da produção que necessitam de algum

critério de rateio para sua apropriação ao produto são classificados como mão

de obra indireta.

2.5 Despesas

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45

Despesas é qualquer desembolso já efetuado, ou ainda a ser efetuado,

que reduz o ativo ou aumenta o passivo e, em qualquer caso, reduz o

patrimônio. São gastos necessários para vender e enviar os produtos, que

estão gastos ligados às áreas administrativas e comerciais. O custo do produto,

quando vendido, transforma-se em despesas.

2.5.1 Despesas administrativas

Despesas administrativas são aquelas necessárias para administrar a

empresa, de modo geral, são gastos nos escritórios visando à direção ou à

gestão da empresa, como honorários, salários e encargos sociais do pessoal.

2.5.2 Despesas operacionais

São consideradas como despesas operacionais aquelas pagas ou

incorridas para vender produtos e administração de empresa.

2.5.3 Relatórios gerenciais

O relatório gerencial tem como finalidade complementar dados da

movimentação ocorridos no período, que inicialmente são evidenciados pela

demonstração de resultados. Contém um conceito básico de que os relatórios

estão nas origens de recurso e nas aplicações de recursos.

“Certos relatórios financeiros, todavia, são válidos tanto sob o ponto de

vista do interessado externo à empresa quanto sob o ponto de vista da

gerência. (IUDÍCIBUS, 2006, p. 21)”

Recai para a contabilidade gerencial todo procedimento técnico ou

relatório contábil feito sob medida para a utilização da tomada de decisão entre

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46

alternativas conflitantes ou na avaliação de desempenho.

2.5.4 Elaboração dos relatórios gerenciais

A elaboração dos relatórios gerenciais é uma peça positiva dos estudos

realizados e das conclusões de todos os fenômenos que ocorreram dentro do

sistema contábil da empresa, podendo versar sobre assuntos econômicos,

financeiros, perícias, auditorias e até propondo mudanças no conjunto,

devendo-se obedecer a uma ordem para a elaboração.

A elaboração dos relatórios gerenciais deve adaptar à forma e necessidade de influência de seus diretores, sem deixar de tentar influenciá-las também no sentido da contabilização suas necessidades informativas em formas repetitivas de relatórios, emanada do sistema contábil. (IUDÍCIBUS, 1998, p. 285).

Os relatórios gerenciais devem ser feitos de acordo com a necessidade

de cada empresa devendo ser claros, objetivos, de fácil entendimento e

direcionados a atender as necessidades de seus usuários com a finalidade de

avaliação de desempenho e de comunicação dentro da empresa.

Os relatórios gerenciais contábeis constituem uma das formas importantes por meio das quais a estratégia é comunicada por toda organização. Bons relatórios contábeis são os que centram a atenção nos fatores que são fundamentais para o sucesso da estratégia adotada. (PADOVEZE, 2002, p. 152).

Os relatórios gerenciais são elaborados pela controladoria e suas

qualidades estão asseguradas em todos os processos por onde passam. São

destinados basicamente aos gerentes, diretores e colaboradores da empresa.

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47

CAPÍTULO III

IMPLANTAÇÃO DE RELÁTORIOS CONTÁBEIS NA EMPRESA LAERTE

FLORINDO E OUTRO

3 RELATÓRIOS CONTÁBIL-GERENCIAIS

Os relatórios gerenciais são importantes ferramentas para a otimização

do processo decisório da empresa e neles devem constar informações de

todos os acontecimentos, previsões futuras baseadas em orçamentos,

fornecendo ao administrador condições de tomar as melhores decisões para a

empresa. É a ferramenta pela qual as informações são transmitidas,

fornecendo subsídios, tendo um papel importante no controle dos fatos.

Os relatórios devem dar suporte e apoio aos processos de gestão,

relatar somente o que realmente aconteceu, sempre de forma clara e precisa, a

fim de que sejam facilmente entendidos pelos seus usuários, pois a tomada de

decisões depende, em grande parte, da quantidade e da qualidade das

informações recebidas, pois se as informações contém dados incorretos, o

usuário terá erros em seus relatórios.

3.1 Tipos de relatórios

Não existe uma regra para realizar um relatório, assim sendo, cada

empresa adota um sistema que atenda as suas necessidades.

Nos relatórios para supervisores, deve constar a produtividade, para

superintendentes, serão fornecidos dados diários ou semanais para obtenção

de noções gerais da empresa, para gerentes, são feitos comparações com

dados de meses ou anos anteriores.

Além das demonstrações financeiras relacionadas, tem-se as notas

explicativas, que são complementos às demonstrações, dispostos aos

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48

processos de gestão, através das informações que possibilitem a real situação

da empresa. (APÊNDICE B)

3.1.1 Relatórios exigidos pela lei

Para fins exclusivo da Lei nº 11.638/07, as empresas que atingirem no

ano anterior saldos de ativo total superior a R$ 240 milhões ou receita bruta

anual superior a R$ 300 milhões, são consideradas sociedades de grande

porte. Estas companhias deverão apresentar, além das demonstrações

normais, as Demonstrações dos Valores Adicionados (DVA) e as

Demonstrações de Mutações do Patrimônio Liquido (DMPL), esta substituindo

a demonstração dos lucros e prejuízos acumulados.

3.1.2 Relatórios não exigidos pela lei

Os relatórios não exigidos por lei são as Demonstrações das Origens e

Aplicação de Recursos (DOAR) e orçamentos que descrevem o futuro, que são

fundamentais para as decisões empresariais.

3.2 Fluxo de caixa

O fluxo de caixa é um instrumento pelo qual o gestor planeja e

administra a entrada e saída de dinheiro da empresa, permitindo prognosticar

os encaixes e desencaixes do período, fornecendo aos gestores informações

antecipadas.

3.2.1 A implantação do fluxo de caixa

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49

A implantação do fluxo de caixa diário ou mensal na empresa fará com

que ela administre melhor seus números, isto é, administrar as entradas e

saídas de dinheiro do caixa da empresa.

Com a implantação do fluxo, de caixa o empresário saberá os dias em

que o caixa terá um fluxo maior de dinheiro, decorrente das vendas, e

controlará melhor as saídas nos dias em que o fluxo de dinheiro for menor,

principalmente quando não ocorrer receitas para suprir as necessidades da

empresa, como pagamento de funcionários entre outros.

3.2.2 Relatório de fluxo de caixa

O objetivo deste relatório é demonstrar detalhadamente o

acompanhamento mensal de entrada e saída de dinheiro na empresa,

demonstrando o total de entradas em dinheiro que a empresa teve e onde

foram utilizadas essas entradas, como é o caso da empresa que utilizou as

entradas para o pagamento de funcionários, despesas administrativas,

arrendamentos, honorários, entre outros. Possibilita visualizar cada movimento

que a empresa teve em relação ao caixa.

O fluxo de caixa diário demonstra as entradas e as saídas que a

empresa teve ao final do dia, detalhando cada movimento que a empresa teve

com relação ao dinheiro. O fluxo de caixa diário possibilita ao empresário

gerenciar os dias em que ocorre um fluxo maior de dinheiro.

3.2.3 Fluxo de caixa mensal

Atividades

Operacionais Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho

1. Saldo anterior 0,00 (15.175,00) (39.868,75) (73.925,00) (39.013,75) 26.823,75

2. Vendas à vista 0,00 0,00 0,00 85.000,00 136.000,00 220.000,00

3. Subtotal 0,00 (15.175,00) (39.868,75) 11.075,00 96.986,25 246.823,75

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50

(continuação)

4. Compra a vista 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

5. INSS 2.925,00 5.118,75 7.556,25 11.488,75 16.412,50 16.412,50

6. Confederativa 180,00 315,00 465,00 707,00 1.010,00 1.010,00

7. FGTS 720,00 1.260,00 1.860,00 2.828,00 4.040,00 4.040,00

8. Salários 8.100,00 14.175,00 20.925,00 31.815,00 45.450,00 45.450,00

9. Arrendamento 1.250,00 1.250,00 1.250,00 1.250,00 1.250,00 1.250,00

10. Pró-Labore 1.000,00 1.000,00 1.000,00 1.000,00 1.000,00 1.000,00

11. Contador 1.000,00 1.000,00 1.000,00 1.000,00 1.000,00 1.000,00

12. Subtotal 15.175,00 24.118,75 34.056,25 50.088,75 70.162,50 70.162,50

Saldo do caixa do dia (15.175,00) (39.868,75) (73.925,00) (39.013,75) 26.823,75 176.661,25

Fonte: Elaborado pelas autoras

Quadro 2: Fluxo de caixa mensal

(continuação)

Atividades

Operacionais Julho Agosto

1. Saldo anterior 176.661,25 303.998,75

2. Vendas à vista 197.500,00 190.000,00

3. Subtotal 374.161,25 493.998,75

4. Compra a vista 0,00 0,00

5. INSS 16.412,50 16.412,50

6. Confederativa 1.010,00 1.010,00

7. FGTS 4.040,00 4.040,00

8. Salários 45.450,00 45.450,00

9. Arrendamento 1.250,00 1.250,00

10. Pró-Labore 1.000,00 1.000,00

11. Contador 1.000,00 1.000,00

12. Subtotal 70.162,50 70.162,50

Saldo do caixa do dia 303.998,75 423.836,25

Fonte: Elaborado pelas autoras

Quadro 3: Fluxo de caixa mensal

A elaboração do fluxo de caixa mensal demonstra os períodos em que a

empresa possui um fluxo de caixa maior, porém há períodos em que não

ocorre esse fluxo e sim a saída dele em quantidade maior.

No fluxo de caixa mensal o administrador pode visualizar as entradas e

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51

saídas avaliando os períodos em que tem um fluxo de caixa maior. As saídas

são decorrentes de encargos financeiros, salários e despesas em geral,

podendo variar de período a período. A empresa que trabalha com o fluxo de

caixa mensal, tem como objetivo gerenciar as entradas e as saídas,

proporcionando-a um desenvolvimento melhor.

3.2.4 Fluxo de caixa diário

Atividades

Operacionais

Segunda

Terça

Quarta

01/04

Quinta

02/04

Sexta

03/04

Sábado

04/04

1. Saldo anterior (73.925,00) (73.925,00) (72.592,00) (69.592,00)

2. Vendas à vista 2.000,00 2.583,00 3.000,00 2.754,00

3. Subtotal (71.925,00) (71.342,00) (69.592,00) (66.838,00)

4. Compra a vista 0,00 0,00 0,00 0,00

5. INSS 0,00 0,00 0,00 0,00

6. Confederativa 0,00 0,00 0,00 0,00

7. FGTS 0,00 0,00 0,00 0,00

8. Salários 0,00 0,00 0,00 0,00

9. Arrendamento 0,00 1.250,00 0,00 0,00

10. Pró-Labore 1.000,00 0,00 0,00 0,00

11. Contador 1.000,00 0,00 0,00 0,00

12. Subtotal 2.000,00 1.250,00 0,00 0,00

Saldo do caixa do dia (73.925,00) (72.592,00) (69.592,00) (66.838,00)

Fonte: Elaborado pelas autoras

Quadro 4: Fluxo de caixa diário 1ª semana

(continuação)

Atividades

Operacionais

Segunda

06/04

Terça

07/04

Quarta

08/04

Quinta

09/04

Sexta

10/04

Sábado

11/04

1. Saldo anterior (66.838,00) (93.590,00) (93.718,00) (86.218,00) (80.018,00) (85.756,75)

2. Vendas à vista 5.063,00 2.700,00 7.500,00 6.200,00 5.750,00 3.950,00

3. Subtotal (61.775,00) (90.890,00) (86.218,00) (80.018,00) (74.268,00) (81.806,75)

4. Compra a vista 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

5. INSS 0,00 0,00 0,00 0,00 11.488,75 0,00

6. Confederativa 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

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52

(continuação)

7. FGTS 0,00 2.828,00 0,00 0,00 0,00 0,00

8. Salários 31.815,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

9. Arrendamento 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

10. Pró-Labore 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

11. Contador 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

12. Subtotal 31.815,00 2.828,00 0,00 0,00 10.602,83 0,00

Saldo do caixa do dia (93.590,00) (93.718,00) (86.218,00) (80.018,00) (85.756,75) (81.806,75)

Fonte: Elaborado pelas autoras

Quadro 5: Fluxo de caixa diário 2ª semana

(continuação) Atividades

Operacionais

Segunda

13/04

Terça

14/04

Quarta

15/04

Quinta

16/04

Sexta

17/04

Sábado

18/04

1. Saldo anterior (81.806,75) (78.906,75) (77.406,75) (75.313,75) (73.213,75) (71.783,75)

2. Vendas à vista 2.900,00 1.500,00 2.800,00 2.100,00 1.430,00 1.680,00

3. Subtotal (78.906,75) (77.406,75) (74.606,75) (73.213,75) (71.783,75) (70.103,75)

4. Compra a vista 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

5. INSS 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

6. Confederativa 0,00 0,00 707,00 0,00 0,00 0,00

7. FGTS 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

8. Salários 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

9. Arrendamento 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

10. Pró-Labore 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

11. Contador 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

12. Subtotal 0,00 0,00 707,00 0,00 0,00 0,00

Saldo do caixa do dia (78.906,75) (77.406,75) (75.313,75) (73.213,75) (71.783,75) (70.103,75)

Fonte: Elaborado pelas autoras

Quadro 6: Fluxo de caixa diário 3ª semana

(continuação)

Atividades

Operacionais

Segunda

20/04

Terça

21/04

Quarta

22/04

Quinta

23/04

Sexta

24/04

Sábado

25/04

1. Saldo anterior (70.103,75) (65.016,75) (62.363,75) (59.963,75) (58.163,75) (55.363,75)

2. Vendas à vista 5.087,00 2.653,00 2.400,00 1.800,00 2.800,00 5.275,00

3. Subtotal (65.016,75) (62.363,75) (59.963,75) (58.163,75) (55.363,75) (50.088,75)

4. Compra a vista 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

5. INSS 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Page 54: Contabilidade Gerencial no Agronegócio Laerte Florindo e Outro · contabilidade gerencial no agronegÓcio Monografia apresentada ao Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium,

53

(continuação)

6. Confederativa 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

7. FGTS 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

8. Salários 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

9. Arrendamento 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

10. Pró-Labore 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

11. Contador 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

12. Subtotal 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Saldo do caixa do dia (65.016,75) (62.363,75) (59.963,75) (58.163,75) (55.363,75) (50.088,75)

Fonte: Elaborado pelas autoras

Quadro 7: Fluxo de caixa diário 4ª semana

(continuação) Atividades

Operacionais

Segunda

26/04

Terça

27/04

Quarta

28/04

Quinta

29/04

Sexta

20/04

Sábado

01/05

1. Saldo anterior (50.088,75) (47.563,75) (46.463,75) (44.663,75) (42.513,75) (39.013,75)

2. Vendas à vista 2.525,00 1.100,00 1.800,00 2.150,00 3.500,00

3. Subtotal (47.563,75) (46.463,75) (44.663,75) (42.513,75) (39.013,75)

4. Compra a vista 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

5. INSS 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

6. Confederativa 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

7. FGTS 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

8. Salários 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

9. Arrendamento 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

10. Pró-Labore 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

11. Contador 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

12. Subtotal 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Saldo do caixa do dia (47.563,75) (46.463,75) (44.663,75) (42.513,75) (39.013,75)

Fonte: Elaborado pelas autoras

Quadro 8: Fluxo de caixa diário 5ª semana

O fluxo de caixa diário demonstra detalhadamente o que ocorreu no

caixa da empresa naquele dia, se houve mais entradas ou saídas e vice-versa.

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Neste caso o administrador saberá os dias em que há mais entradas do

que saída, podendo então administrar as entradas para os dias em que as

saídas são maiores, para que não ocorra do caixa ficar negativo.

3.2.4 Fluxo de caixa planejado

Atividades

Operacionais Setembro Outubro Novembro Dezembro Janeiro/10 Fevereiro/10

1. Saldo anterior 423.836,25 505.371,90 477.446,63 458.165,97 428.807,53 410.357,09

2. Vendas à vista 165.000,00 10.000,00 0,00 0,00 0,00 0,00

3. Subtotal 588.836,25 515.371,90 477.446,63 458.165,97 428.807,53 410.357,09

4. Compra a vista 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

5. INSS 12.741,09 8.385,47 4.965,78 4.225,10 3.417,10 3.282,50

6. Confederativa 707,00 454,50 202,00 101,00 101,00 202,00

7. FGTS 2.828,00 1.818,00 808,00 1.750,70 942,70 808,00

8. Salários 31.815,00 20.452,50 9.090,00 9.191,00 9.191,00 9.090,00

9. Arrendamento 1.250,00 1.250,00 1.250,00 1.250,00 1.250,00 1.250,00

10. Pró-Labore 1.000,00 1.000,00 1.000,00 1.000,00 1.000,00 1.000,00

11. Contador 1.000,00 1.000,00 1.000,00 1.000,00 1.000,00 1.000,00

12. 13º Salário 0,00 0,00 0,00 9.292,00 0,00 0,00

13. Férias 0,00 0,00 0,00 1.548,64 1.548,64 0,00

14. 13º Salário

proporcional 7.549,43 4.645,63 3.871,36 0,00 0,00 0,00

15. Férias

proporcionais 7.549,43 4.645,63 3.871,36 0,00 0,00 0,00

16. GRRF 3.086,40 1.939,20 1.616,00 0,00 0,00 0,00

17. Rescisão

contratual 13.938,00 11.615,00 11.615,00 0,00 0,00 0,00

18. Subtotal 83.464,35 57.205,93 39.289,50 29.358,44 18.450,44 16.632,50

Saldo do caixa do dia 505.371,90 458.165,97 408.157,13 428.807,53 410.357,09 393.724,59

Fonte: Elaborado pelas autoras

Quadro 9: Fluxo de caixa planejado

O fluxo de caixa planejado quando elaborado de maneira adequada,

pode suprir as necessidades da empresa. Este planejamento proporciona ao

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55

empresário uma visão futura das entradas e saídas do caixa, fornecendo

informações antecipadas aos empresários em relação ao caixa da empresa. O

desenvolvimento do fluxo de caixa planejado pode ser elaborado em períodos

mensais, anuais ou de acordo com que a empresa necessitar.

3.3 Mão de obra direta

A mão de obra direta está relacionada a funcionários que estão

envolvidos com a produção.

3.3.1 Relatório do custo da mão de obra

A função deste relatório é mostrar detalhadamente o custo da mão de

obra, desde o início da plantação até o término, com a finalidade de mostrar

quanto cada funcionário custa para a empresa, desde o salário até a rescisão

contratual.

3.3.2 Custo da mão de obra

Meses

Quantidade

de

funcionários

Salário

Bruto

INSS

8% Confederativa FGTS

Salário

líquido

JANEIRO 20 9.000,00 720,00 180,00 720,00 8.100,00

FVEREIRO 35 15.750,00 1.260,00 315,00 1.260,00 14.175,00

MARÇO 50 23.250,00 1.860,00 465,00 1.860,00 20.925,00

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56

(continuação)

ABRIL 70 35.350,00 2.828,00 707,00 2.828,00 31.815,00

MAIO 100 50.500,00 4.040,00 1.010,00 4.040,00 45.450,00

JUNHO 100 50.500,00 4.040,00 1.010,00 4.040,00 45.450,00

JULHO 100 50.500,00 4.040,00 1.010,00 4.040,00 45.450,00

AGOSTO 100 50.500,00 4.040,00 1.010,00 4.040,00 45.450,00

Fonte: Elaborado pelas autoras

Quadro 10: Custo da mão de obra

3.4 Previsão de faturamento

A previsão de faturamento é a mais básica de todas as funções

gerenciais, pois baseia-se em dados anteriores.

3.4.1 Relatório de Previsão de faturamento

A finalidade deste relatório é visualizar a previsão de faturamento, para o

ano de 2010, tendo um aumento de 10%, na plantação de pés de tomate.

Com o aumento de pés de tomate, aumentará a área em que serão

plantadas as hortaliças e, consequentemente crescerá o número de

funcionários que serão contratados conforme a necessidade da empresa,

principalmente quando auge na colheita, e as vendas terão um aumento, mas

isso dependerá do valor do produto e se não houver nenhuma mudança

climática.

3.4.2 Previsão de faturamento

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57

Faturamento em 2009 Previsão para

faturamento em 2010

Vendas 1.003.500,00 1.103.850,00

Funcionários 100 110

Pés de tomate 400.000 440.000

Fonte: Elaborado pelas autoras

Quadro 11: Previsão de faturamento

3.4.3 A influência dos relatórios gerenciais para o processo de tomada de

decisão

O objetivo da contabilidade gerencial é gerar relatórios que orientem

empresários e diretores nas tomadas de decisões.

Os relatórios gerenciais são informações processadas pela contabilidade

e geradas em forma de relatórios práticos e objetivos. Estes relatórios orientam

empresários e diretores nas tomadas de decisões, com objetivo de uma

decisão ágil e eficaz.

Os relatórios gerenciais devem ser constituídos por meios de dados

elaborados de forma a adaptar-se as características de cada empresa, cujos

objetivos já foram definidos. Devem ser dados com qualidade e em quantidade

suficiente, visando sempre a qualidade de suas informações gerenciais e , por

conseqüência, a seus produtos.

Visando fornecer à empresa a maneira de agir no presente e fornecer

base para o planejamento futuro para obter melhores resultados nas tomadas

de decisões.

Relatórios contábeis é a exposição resumida e ordenada de dados

colhidos pela contabilidade com objetivos de demonstrar todas as informações

necessárias para que os usuários tomem decisões rápidas.

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58

PROPOSTA DE INTERVENÇÃO

Após estudos realizados na empresa Laerte Florindo e Outro, conclui-se

que o ponto a ser melhorado na empresa está relacionado à contabilidade

gerencial, pois não existe um fluxo de caixa diário ou mensal na empresa e

relatórios gerenciais para tomada de decisão.

Por ser uma empresa que atua há 10 anos no mercado de agronegócio,

que cultiva hortaliças temporárias, devido à sazonalidade da produção, acabam

ocorrendo gastos e não há geração de receita.

Propomos a implantação do fluxo de caixa, através do qual o empresário

poderá planejar e gerenciar melhor as entradas e saídas da empresa, bem

como mostrar a real situação do caixa, proporcionando um planejamento

estruturado e eficaz, para o desenvolvimento da mesma perante o mercado

atual.

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59

CONCLUSÃO

Após a pesquisa realizada, concluímos que a contabilidade gerencial é

uma ferramenta muito importante no processo decisório, atendendo às

necessidades dos usuários e fornecendo informações em tempo hábil.

Com o atual mercado competitivo, onde decisões devem ser tomadas a

todo momento, faz-se necessário para qualquer empresa que busca qualidade

em seus produtos e resultados para a organização, a obtenção de tecnologia

capaz de proporcionar as exigências que o mercado impõe.

É nesse ponto que o Sistema de Informação Contábil-Gerencial mostra-

se como uma ferramenta indispensável, diagnosticando a qualquer momento a

real situação empresarial, apontando os pontos fortes e fracos da organização,

de forma ágil, objetiva e principalmente confiável. Diante de tais informações, a

gerência terá todas as condições para um bom planejamento das atividades

empresariais e corrigir possíveis falhas, na busca da otimização dos resultados.

O que apresentamos foi apenas um início, existem outras ferramentas

gerenciais que podem auxiliar na tomada de decisões e no controle das

organizações.

Esse gerenciamento é irrigado com informações necessárias para que

os objetivos organizacionais se materializem da forma esperada. Assim, a

sustentação para a execução de suas atividades.

No desenvolvimento desta pesquisa, constatamos, que a empresa

Laerte Florindo e Outro se preocupa com a qualidade de seus serviços e sua

competitividade no mercado.

O trabalho procurou mostrar como é importante o controle de fluxo de

caixa, exemplificando os métodos e as técnicas que deverão ser usadas e

assim usufruir da gestão do mesmo que nos oferece.

A utilização do controle do fluxo de caixa e relatórios gerenciais

proporcionam aos proprietários estimativas futuras, e organizações sobre suas

entradas e saídas de recursos. A técnica quando bem utilizada favorece a

busca de lucratividade e honrando com seus compromissos, sem prejudicar o

potencial de liquidez da empresa.

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60

A finalização deste trabalho proporcionou aos seus componentes um

alto grau de satisfação e conhecimento e através disso um desenvolvimento

profissional de satisfação e conhecimento e através disso um desenvolvimento

profissional auferido.

Com tudo isso, deixamos espaço aberto para novas pesquisas e

respeito da contabilidade gerencial sejam realizadas, pois as mudanças são

constantes perante este milênio globalizado

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61

REFERÊNCIAS

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Disponível em: http://www.administradores.com.br/artigos/origem_da_contabilidade_gerencial/27745/. Acesso em 20 Julho 2009. MARION, J. C. Contabilidade e controladoria em agribusiness. São Paulo: Atlas, 1996. ______. Contabilidade Empresarial. 14 ed. São Paulo: Altas S/A, 2009. MARTINS, E. Contabilidade de Custos. 9 ed. São Paulo: Atas, 2006. NEEVES. S.; VICECONTI, P. E. Contabilidade de custo: um enfoque direto e objetivo. 7 ed. São Paulo: Frase, 2003. PADOVEZE, C. L. O papel da contabilidade gerencial no processo empresarial de criação de valor, São Paulo, Maio a Agosto de 1999. Disponível em: http://www.eac.fea.usp.br/cadernos/completos/cad21/o_papel.pdf. Acesso em: 05 de ago. 2009. ______. Sistema de informação contábeis: fundamentos e analises. 3 ed. São Paulo: Atlas, 2002. ______. Contabilidade Gerencial: Um enfoque em sistema de informação contábil. 4 ed. São Paulo: Atlas, 2007. ______. Contabilidade Gerencial: Um enfoque em sistema de informação contábil. 5 ed. São Paulo: Atlas, 2008. OLIVEIRA, D. P. R. Planejamento estratégico: conceito, metodologia e prática. 23 ed. São Paulo: Atlas 2007. PEROSSO, B. G; VICENTE, G. P. Destinação final de embalagens de agrotóxicos e seus possíveis impactos ambientais, Barretos, 2007. Disponível em: http://www.feb.br/cursos_engcivsc/TCCDestinacaoFinalEmbalagensAgrotoxicosPossiveisImpactosAmbientais.pdf. Acesso em 03 de set 2009. SÁ. C. A. Gerenciamento do fluxo de caixa. Apostila São Paulo: top Eventos,

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APÊNDICES

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APÊNDICE A - Organograma da empresa

Figura 1: Organograma da empresa

PROPRIETÁRIOS

GERENTE GERAL

PREPARO

DO SOLOPLANTIO

IRRIGAÇÃO E

ADUBAÇÃO

COLHEITA E

SELEÇÃO

TRANSPORTE

E CARGA

ADMINISTRAÇÃO

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APÊNDICE B – Relatórios gerenciais exigidos por lei e não exigidos por

lei

Figura 2: Relatórios gerenciais exigidos por lei e não exigidos por lei

Relatórios Gerenciais

Obrigatório (pela Lei das Sociedades por

Ações)

Sociedade Anônima

Capital Aberto

BP, DRE, DMPL, DFC, DVA

Capital Fechado

BP, DRE, DLPAC, DFC

Limitada

Grande Porte

BP, DRE, DLPAC, DFC

Médias, Pequenas e Micros

BP, DRE, DLPAC

Não Obrigatórios

Relata o passado

DOAR Balanço Social

Relata o futuro

Orçamento

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APÊNDICE C - Roteiro de observação sistemática

I – IDENTIFICAÇÃO

Empresa:

Localização:

Ramo de atividade:

Início da atividade:

II – ASPECTOS A SEREM OBSERVADOS

1 Origem

2 Evolução

3 Dificuldades encontradas pelos profissionais

4 Perspectivas de negócio

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APÊNDICE D - Roteiro histórico

I – IDENTIFICAÇÃO

Empresa:

Localização:

Ramo de atividade

Início da atividade

II – ASPECTOS A SEREM OBSERVADOS

1 Origem

2 Evolução

3 Dificuldades encontradas pelos profissionais

4 Perspectivas de negócio

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APÊNDICE E - Roteiro de entrevista para o empresário rural

I – DADOS DE IDENTIFICAÇÃO

Cargo/Função:

Profissão:

Escolaridade:

Experiências profissionais:

Residência/Cidade/Estado:

II – QUESTÕES

1 – Como surgiu à idéia de se tornar um empresário rural?

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2 – As perdas são freqüentes em relação ao plantio?

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3 – Quais as medidas utilizadas para prevenção de doenças?

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4 – Onde são levadas as embalagens vazias de agrotóxicos ?

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5 – Qual a melhor satisfação em relação ao agronegócio?

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APÊNDICE F - Roteiro de entrevista para o contador

I – DADOS DE IDENTIFICAÇÃO

Cargo/Função:

Profissão:

Escolaridade:

Experiências profissionais:

Residência/Cidade/Estado:

II – QUESTÕES ESPECIFICAS

1 – Qual o principal ponto a se considerar sobre o sistema de custeamento

implantado na empresa?

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2 – Qual a diferença do custo em uma lavoura de tomate a de uma loja?

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3 – A contabilidade oferece alguma forma de relatórios gerenciais para analise

da lucratividade da produção?

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4 – Qual a importância da Contabilidade Gerencial no agronegócio?

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5 – Como é desenvolvido a Contabilidade Gerencial na Empresa Laerte

Florindo e Outro?

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6 – Qual o beneficio da Contabilidade Gerencial?

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APÊNDICE G - Roteiro de entrevista para os funcionários

I – DADOS DE IDENTIFICAÇÃO

Cargo/Função:

Profissão:

Escolaridade:

Experiências profissionais:

Residência/Cidade/Estado:

II – Questões

1 – Quando e como é feito a desbrota do tomate?

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2 – Por que o uso de equipamentos de segurança ajuda no trabalho?

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3 – Quais são os tipos de doenças mais comuns que pode afetar a lavoura?

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4 – Quais são os tipos mais comum de tomates para revenda?

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APÊNDICE H - Empresa Laerte Florindo e Outro

Foto 1: Empresa Laerte Florindo e Outro

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Foto 2: Empresa Laerte Florindo e Outro

APÊNDICE J - Tomate

Foto 1: Pés de tomate

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Foto 2: Pés de tomate

APÊNDICE I - Preparo do solo

Foto 1: Pés de tomate

Foto 1: Preparo do solo

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Foto 2: Preparo do solo

APÊNDICE L - Plantio

Foto 1: Plantio

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Foto 2: Plantio

APÊNDICE M - Irrigação

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Foto 1: Irrigação

Foto 2: Irrigação

APÊNDICE N – Pulverização

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Foto 1: Pulverização

Foto 2: Pulverização

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APÊNDICE O - Colheita

Foto 1: Colheita do tomate

Foto 2: Colheita do tomate

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APÊNDICE P - Seleção

Foto 1: Seleção do tomate

Foto 2: Seleção do tomate

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APÊNDICE Q – Transporte

Foto 1: Transporte

Foto 2: Transporte

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APÊNDICE R - Implementos agrícolas

Foto 1: Implementos agrícolas

Foto 2: Implementos agrícolas

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APÊNDICE S - Desmanche

Foto 1: Desmanche da lavoura

Foto 2: Desmanche da lavoura

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APÊNDICE T - Transporte de funcionários

Foto 1: Transporte dos funcionários