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CAPÍTULO 3 - AS CONTAS ECONÔMICAS INTEGRADAS E AS TABELAS DE RECURSOS E USOS Professor Rodrigo Nobre Fernandez Pelotas 2015 Contabilidade Social Carmen Feijó … [et al.] – 4ª edição

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CAPÍTULO 3 - AS CONTAS ECONÔMICAS INTEGRADAS E AS TABELAS DE RECURSOS E USOS

Professor Rodrigo Nobre Fernandez

Pelotas2015

Contabilidade SocialCarmen Feijó … [et al.] – 4ª edição

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Introdução

• Desde o fim da II Guerra Mundial, há um esforço internacional, coordenadopelas Nações Unidas, para que as nações produzam informaçõessistemáticas e padronizadas sobre o funcionamento das suas economias

• No Brasil essas informações eram produzidas do pós-guerra até 1986 pelaFundação Getúlio Vargas no Rio de Janeiro; a partir de 1986 esta atribuiçãoficou de responsabilidade do IBGE

• A contabilidade de um país, suas contas nacionais, registram como o produtoé gerado, é usado, consumido e exportado, como é distribuídofuncionalmente, qual a porção destinada para investimento e para aumentarestoques e como o investimento é financiado

• Em suma, representa uma síntese da realidade econômica de um país emum determinado momento no tempo

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Introdução

Oferecem também as referências básicas de classificação de atividades ede setores institucionais, definições sobre a fronteira econômica e conceitospara definir e classificar unidades estatísticas e suas transações

As Contas Econômicas Integradas (CEI) se constituem no corpo central doSistema e são apresentadas por setores institucionais (empresasfinanceiras e não financeiras, famílias, administrações pública, instituiçõessem fins lucrativos e serviço das famílias)

O sistema também integra as Tabelas de Recursos e Usos que trazeminformações de produção e de geração da rendas por setores de atividadeprodutiva

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As Contas Econômicas Integradas

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As contas são construídas em torno de uma sequência de contas de fluxointerrelacionados com as contas de patrimônio

As contas de fluxos descrevem como ocorrem diferentes tipos de atividadeseconômicas num determinado período de tempo

A ligação entre as diversas contas que compõem o sistema das ContasEconômicas Integradas é dada pelo saldo de uma conta que é transportadopara a conta seguinte

As rubricas são descritas no corpo central e os lançamentos feitos a direitae a esquerda

Utiliza-se a terminologia usos e recursos, no lugar de débito e crédito,respectivamente

Os saldos se constituem em agregados econômicos de interesse, como oPIB, Renda Nacional, Renda Disponível, Poupança Bruta etc.

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Contas Correntes: Produção, Distribuição e Utilização da Renda

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Resumo das Contas Correntes

Contas Correntes Saldo da Conta

1.Conta de Produção PIB*

2. Conta de Renda

2.1. Conta de Distribuição Primária da Renda

2.1.1.Conta de Geração da Renda Excedente Operacional Bruto

2.1.2.Conta de Alocação da Renda Renda Nacional

2.2.Conta Distribuição Secundária da Renda Renda Nacional Disponível

2.3.Conta de uso da Renda Poupança

Essas contas apresentam a atividade de produção de bens e serviços, ageração de renda na produção e a subsequente distribuição e redistribuiçãodos rendimentos pelas unidades institucionais e a alocação final entreconsumo e poupança

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Contas de Acumulação: Variação de Ativos e Passivos e do Patrimônio Líquido

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Esta conta abre com a Poupança e registram os “fluxos de transações” e“outros fluxos” que representam mudanças nos ativos (lado esquerdo) emudanças nas obrigações (lado direito)

Resumo das Contas de Acumulação

3. Conta de Acumulação Saldo da Conta

3.1 Conta de Capital Capacidade ou Necessidade de Financiamento

3.2 Conta Financeira Igual ao da Conta de Capital com sinal trocado

3.3. Conta de Outras Variações no Volume de Ativos e Contas de Reavaliação

3.3.1. Conta de Outras Variações nosAtivos Financeiros

Mudanças no patrimônio líquido resultantes de outrasvariações no volume dos ativos

3.3.2. Conta de Reavaliação Mudanças no patrimônio líquido resultantes deganhos/perdas de detenção nominais

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Contas de Patrimônio: Estoques de Ativos e Passivos e Patrimônio Líquido

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Mostra os valores de ativos e passivos dos setores institucionais no início eno fim de um período contábil

Engloba: ativos tangíveis (exclui bens duráveis das famílias), intangíveis(marcas e patentes) e financeiros (moeda, ações) e não inclui os recursosnaturais como patrimônio

Resumo das Contas de Patrimônio

4. Conta de Patrimônio Saldo da Conta

4.1 Conta de Patrimônio Inicial Patrimônio Líquido

4.2. Conta de variação doPatrimônio

Variação do Patrimônio Líquido total. Registrasaldos das contas de Capital (Variações doPatrimônio líquido resultante de poupança etransferência líquida de capital) e Conta deOutras Variações no Volume dos Ativos eConta de Reavaliação (3.31 e 3.3.2).

4.3. Conta de Patrimônio Final Patrimônio Líquido

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As Tabelas de Recursos e Usos

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As Tabelas de Recursos e Usos (TRUs) se vinculam as CEIs através dosresultados de oferta e demanda e renda agregados por setoresinstitucionais por setores de atividade

As TRUs são divididas em:

TRUs que apresenta a oferta total de bens e serviços da economia(produção e importação)

TRUs que apresenta o consumo intermediário e a demanda final(exportação, consumo final, formação bruta de capital fixo) totalizandoa demanda da economia

Componentes do valor adicionado por setores de atividade

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Conta de Operações de Bens e Serviços

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Esta conta é apresentada em separado das demais CEIs e é identificada noSistema de Contas Nacionais como conta 0

É considerada a base de todo o sistema, pois retrata a atividade deprodução e o destino da produção pelas categorias de demanda final

Como o saldo dos recursos e usos se equilibram esta conta deve serinterpretada como um resumo dos resultados obtidos nas tabelas derecursos e usos

O objetivo desta conta é apresentar o total da oferta de bens e serviços(produção doméstica + importações) no ano, e o destino desta oferta pelascategorias de demanda: consumo intermediário, consumo final, formaçãobruta de capital fixo, variações de estoques e exportações de bens eserviços

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Conta de Operações de Bens e Serviços

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Recursos Operações Usos

3 786 683 Produção

247 362 Importação de bens e serviços

306 545 Impostos sobre produtos

(-) 1 559 Subsídios aos produtos

Consumo intermediário 1 944 430

Despesa de consumo final 1 721 783

Formação bruta de capital fixo 342 237

Variação de estoque 5 739

Exportação de bens e serviços 324 842

4 339 031 Total 4 339 031

Fonte: IBGE, Sistema de Contas Nacionais Brasil, 2008.

Brasil: economia Nacional – Conta de Bens e Serviços – 2005 – (R$ 1.000.000)

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Conta de Operações de Bens e Serviços

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Esta conta é gerada a partir da identidade entre o valor do PIB obtido pela ótica da produção e do consumo (despesa), logo podemos escrever

Igualando (1) e (2)

)1(IpCIVPPIB pcpb

)2(ciffobpcpc MXVEFBCFCPIB

ciffobpcpcpcpb MXVEFBCFCIpCIVP

Vpb valor de produção a preços básicosMcif importação de bens e serviços de não fatoresIp impostos sobre produtos líquidos dos subsídiosCIpc consumo intermediário a preços do consumidorCpc despesa de consumo final a preços do consumidorFBCFpc formação bruta de capital fixo a preços do consumidorVE variação de estoquesXfob exportação de bens e serviços de não fatores, valoradas a preços FOB

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Conta de Operações de Bens e Serviços

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Rearranjando chegamos a igualdade entre recursos e usos, ou seja, oequilíbrio entre oferta e demanda de bens e serviços

fobpcpcpccifpb XVEFBCFCCIIpMVP

Oferta de

Bens e Serviços

Demandade

Bens e Serviços

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Conta de Operações de Bens e Serviços

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Como valor de produção (VPpb) considera-se a produção de bens eserviços. No caso de bens a produção voltada para o mercado, ou seja,produção mercantil. Já os serviços estão divididos em mercantis (vendidosno mercado) e não mercantis

Como consumo intermediário (CIpc) considera-se o consumo de bens eserviços mercantis utilizados na produção de outros bens e serviços,mercantis ou não

Como consumo final (Cpc) consideram os bens e serviços de uso privado(consumo das famílias) ou coletivo (administrações públicas) destinados asatisfação das necessidades da população

A ampliação de capacidade produtiva são representados pela formaçãobruta de capital fixo (FBCFpc). O IBGE considera os bens duráveis e osserviços a eles incorporados adquiridos através de compra, troca, formaçãode capital para uso próprio e ajudas recebidas em espécie

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Conta de Operações de Bens e Serviços

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Exemplos de FBCF:

edifícios e construções, equipamentos, máquinas e instalaçõesindustriais, veículos, móveis, utensílios, e instalações comerciais,recursos minerais, florestamento e reflorestamento, direitoscontratuais de exploração de florestas e outras imobilizações

Despesas com formação profissional feitas pelas firmas (P&D)apesar de aumetarem a produtividade e a capacidade de produçãosão consideradas como consumo intermediário, pois não implicamaquisição de ativos que possam ser contabilizados nas Contas dePatrimônio

A variação de estoque (VE) corresponde à variação líquida nos estoques debens acabados ou em elaboração ou de matérias-primas utilizadas noprocesso de produção

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Conta de Operações de Bens e Serviços

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Frete FOB (Free on board): A sigla FOB significa free on board e emportuguês pode ser traduzida por “Livre a bordo”. Neste tipo de frete, ocomprador assume todos os riscos e custos com o transporte damercadoria, assim que ela é colocada a bordo do navio. Por conta e riscodo fornecedor fica a obrigação de colocar a mercadoria a bordo, no porto deembarque designado pelo importador.

Frete CIF (Cost, Insurance and Freight): CIF é a sigla para Cost,Insurance and Freight, que em português, significa “Custo, Seguros eFrete”. Neste tipo de frete, o fornecedor é responsável por todos os custos eriscos com a entrega da mercadoria, incluindo o seguro marítimo e frete.Esta responsabilidade finda quando a mercadoria chega ao porto de destinodesignado pelo comprador.

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Conta de Operações de Bens e Serviços

As importações de mercadorias são valoradas a preço CIF (cost, insuranceand freight), significando que inclui além do seu preço de produção no restodo mundo, os custos de seguros e fretes até o porto nacional,representando o preço de entrada no país

A responsabilidade sobre a mercadoria é transferida do vendedor para ocomprador no momento da transposição da amurada do navio no porto deembarque;

O vendedor é o responsável pelo pagamento dos custos e do fretenecessários para levar a mercadoria até o porto de destino indicado; Ocomprador deverá receber a mercadoria no porto de destino e daí para afrente se responsabilizar por todas as despesas;

Os impostos sobre produtos (Ip) recaem sobre o valor dos bens e serviçosmercantis, sendo compostos por: impostos sobre valor adicionado, impostossobre importação e outros impostos sobre produto.

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As Contas Econômicas Integradas: Contas Correntes – Conta de Produção (Conta 1)

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O objetivo da conta de produção é deduzir o valor adicionado bruto (PIB) e pode ser descrita como a atividade pela qual um agente econômico consome bens e serviços, e na qual toda a renda é gerada

Usos (1 000 000 R$) Operações e saldos Recursos (1 000 000 R$)

2005

Conta 1 - Conta de produção

Produção 3 786 683

1 944 430 Consumo intermediário

Impostos sobre produtos 306 545

Subsídios aos produtos (-) 1 559

2 147 239 Produto Interno Bruto

PIBCIIpVP pcpb )(

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As Contas Econômicas Integradas: Contas Correntes – Conta de Renda (Conta 2)

2. Conta da Renda

2.1. Conta de Distribuição Primária da Renda2.1.1. Conta de Geração da Renda - EOB2.1.2. Conta de Alocação da Renda - RNB

2.2. Conta de Distribuição Secundária da Renda - RND

2.3. Conta de Uso da Renda - SD

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As Contas Econômicas Integradas: Contas Correntes – Conta de Geração da Renda (Conta 2.1.1)

Na conta de geração de renda descrimina-se os componentes do PIB na ótica da remuneração dos fatores

Usos (1 000 000 R$) Operações e saldos Recursos (1 000 000 R$)

2005

Conta 2 - Conta da renda

2.1 - Conta de distribuição primária da renda

2.1.1 - Conta de geração da renda

Produto interno bruto 2 147 239

860 886 Remuneração dos empregados

860 624 Residentes

262 Não-residentes

334 521 Impostos sobre a produção e a importação

(-) 4 109 Subsídios à produção

955 941 Excedente operacional bruto e rendimento

misto bruto (EOB)

200 859 Rendimento misto bruto

755 082 Excedente operacional bruto Prof. Rodrigo Nobre FernandezUFPel - DECON – 2015/2

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As Contas Econômicas Integradas: Contas Correntes – Conta de Geração da Renda (Conta 2.1.1)

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Na conta de geração de renda discriminam-se os componentes do PIB naótica da remuneração dos fatores; é explicitado o uso dos fatores trabalho ecapital na geração do Produto.

O PIB é lançado como um recurso, cujo uso resulta no pagamento dasremunerações aos residentes e não residentes e dos impostos sobreprodução e importação, líquido de subsídios

O excedente operacional bruto (EOB) é obtido por diferença

Podemos escrever a identidade para esta conta como:

EOBWWPIB nr Im])[(

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As Contas Econômicas Integradas: Contas Correntes – Conta de Geração da Renda (Conta 2.1.1)

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Temos que:

W remunerações, inclusive encargos sociais e contribuições parafiscais pagos a residentes

Wnr remunerações, inclusive encargos sociais e contribuições parafiscais, pagos a não-residentes.

(W + Wnr) total das remunerações dos empregados, inclusive encargos sociais e contribuições parafiscais, pagos no país

Im impostos sobre produção e importação, que incluem impostos sobre produtos (Ip) e outros impostos ligados à produção (imposto sobre folha de pagamento e demais impostos e taxas incidentes sobre atividade produtiva), líquido de subsídios

EOB excedente operacional bruto

EOBWWPIB nr Im])[(

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Rendimento MistoGanhos recebidos pelos proprietários de empresas não constituídas emsociedade, pertencentes às famílias, sejam eles trabalhadores por conta-própria (autônomos) ou empregadores informais. É obtido através deentrevistas à população.

Excedente Operacional BrutoÉ uma proxy do lucro bruto da renda gerada pelas empresas. Lucro líquido doexercício, antes do IR; doações e contribuições; resultado em participaçõessocietárias; despesas com royalties, distribuições no exercício.

Produção IlegalProdução realizada em mútuo acordo entre as partes (drogas, contrabando,prostituição). Não deve incluir extorsão ou roubo, pois apenas há transferênciade ativos de um agente a outro. É obtida através de entrevista à população.

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Produção ocultaRefere-se a execução de atividades legais mas que não são declaradas (ouapenas parcialmente declaradas) às autoridades com o objetivo principal desonegar o pagamento de impostos. Pode ser estimada pela oferta e demandapor bens e serviços.

Produção InformalConsiste na produção do setor institucional famílias. Baixo nível de organizaçãoprodutiva e não possuem uma clara divisão entre trabalho e capital enquantofatores de produção. Obtida através de pesquisas domiciliares que captam osganhos da produção e pelas características da atividade estima-se o valor daprodução e do consumo dos bens intermediários.

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As Contas Econômicas Integradas: Contas Correntes – Conta de Alocação da Renda (Conta

2.1.2)

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A conta de alocação da renda apresenta como saldo a Renda NacionalBruta que é o conceito de valor adicionado pela ótica da renda

O SCN distingue dois tipos de transferências no processo de distribuição darenda: as transferências de capital e as transferências correntes. A conta dealocação da renda explicita as transferências de capital

Assim, para chegar a RNB devemos considerar a remuneração dos fatoresde produção e as operações de redistribuição da renda associadas àremuneração do capital (RLP, que equivale aos rendimentos depropriedade, juros, dividendos)

A conta registra as mesmas rubricas da Conta de Geração da Renda,porém do ponto de vista do recebedor, ou seja, os lançamentos são feitosdo lado dos recursos

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As Contas Econômicas Integradas: Contas Correntes – Conta de Alocação da Renda (Conta

2.1.2)

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Usos (1 000 000 R$) Operações e saldos Recursos (1 000 000 R$)

2.1.2 - Conta de alocação da renda

Excedente operacional bruto e rendimento misto bruto 955 941

Rendimento misto bruto 200 859

Excedente operacional bruto 755 082

Remuneração dos empregados 861 418

Residentes 860 624

Não-residentes 794

Impostos sobre a produção e a importação 334 521

Subsídios à produção (-) 4 109

70 435 Rendas de propriedade enviadas e

recebidas do resto do mundo8 317

2 085 653 Renda nacional bruta

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As Contas Econômicas Integradas: Contas Correntes – Conta de Alocação da Renda (Conta

2.1.2)

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Temos que:

Wr remunerações, inclusive encargos sociais e contribuições parafiscais, recebidas por residentes, por serviços prestados a não residentes

(W + Wr) total das remunerações dos empregados, inclusive encargos sociais e contribuições parafiscais, pagos a residentes or serviços prestados a residentes e não residentes

RLP remuneração líquida (recuros menos usos) dos fatores de produção de propriedade, constituída por rendas de capitais – juros, lucros e dividendos – e outros serviços de fatores constituído por royalties, patentes e direitos autorais

RNB renda nacional bruta

RNBRLPWWEOB r Im)(

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As Contas Econômicas Integradas: Contas Correntes – Conta de Distribuição Secundária da Renda (Conta 2.2)

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A conta de distribuição secundária da renda mostra como os rendimentosprimários pagos a residentes podem ser usados para pagamentos detransferências para unidades não residentes

O saldo desta conta é a Renda Nacional Disponível (RND), diferencia-se daRNB por incluir o saldo líquido das transferências correntes recebidas doexterior

Usos (1 000 000 R$) Operações e saldos Recursos (1 000 000 R$)

2.2 - Conta de distribuição secundária da renda

Renda nacional bruta 2 085 653

1 184 Outras transferências correntes enviadas e

recebidas do resto do mundo 9 819

2 094 288 Renda Disponível Bruta

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As Contas Econômicas Integradas: Contas Correntes – Conta de Distribuição Secundária da Renda (Conta 2.2)

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Temos que:

TUR transferências líquidas correntes, ou seja, transferências derecursos sem contrapartida do processo produtivo, como o pagamento erecebimento de imposto sobre a renda e o patrimônio, de operações deseguro, de contribuições e benefícios previdenciários e transferências entregovernos e entre residentes

RDB renda disponível bruta = RND

RDBTURRNB

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As Contas Econômicas Integradas: Contas Correntes – Conta de Uso da Renda (Conta 2.3)

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Explicita a RDB como recurso, e como destino o consumo final e a poupança bruta

Cpc despesa consumo final

SD poupança bruta

Usos (1 000 000 R$) Operações e saldos Recursos (1 000 000 R$)

2.3 - Conta de uso da renda

Renda disponível bruta 2 094 288

1 721 783 Despesa de consumo final

372 505 Poupança bruta

SDCRDB pc

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As Contas Econômicas Integradas: Conta de Acumulação – Conta de Capital

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Nesta conta a poupança bruta deve financiar a formação bruta de capital fixo e a variação de estoque

Usos (1 000 000 R$) Operações e saldos Recursos (1 000 000 R$)

Conta 3 - Conta de acumulação

3.1 - Conta de capital

Poupança bruta 372 505

342 237 Formação bruta de capital fixo

5 739 Variação de estoque

571 Transferências de capital enviadas e

recebidas do resto do mundo2 201

26 159 Capacidade ( + ) ou Necessidade ( - )

líquida de financiamento

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As Contas Econômicas Integradas: Conta de Acumulação – Conta de Capital

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Temos que:

Trc transferências líquidas de capital, que corresponde à variação de patrimônio líquido resultante de operações financeiras;

Sext capacidade ou necessidade de financiamento da economia

extpc STrcVEFBCFSD )(

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Conta de Operações Correntes com o Resto do Mundo

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Usos (1 000 000 R$) Operações e saldos Recursos (1 000 000 R$)

2005

Conta 1 - Conta de bens e serviços do resto do mundo com a economia nacional

324 842 Exportação de bens e serviços

287 321 Exportação de bens

37 521 Exportação de serviços

Importação de bens e serviços 247 362

Importação de bens 189 561

Importação de serviços 57 801

(-) 77 480 Saldo externo de bens e serviços

Conta 2 - Conta de distribuição primária da renda e transferências correntes do resto do mundo com a economia nacional

Saldo externo de bens e serviços (-) 77 480

794 Remuneração dos empregados (Wnr – Wr) 262

8 317 Rendas de propriedade (RLP) 70 435

6 732 Juros 38 208

1 585 Dividendos 32 227

9 819 Outras transferências correntes enviadas e recebidas do

resto do mundo (TUR) 1 184

198 Cooperação internacional 338

9 621 Transferências correntes diversas 846

(-) 24 529 Saldo externo corrente

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Conta 3 - Conta de acumulação do resto do mundo com a economia nacional

3.1 - Conta de capital

Saldo externo corrente (-) 24 529

2 201 Transferências de capital enviadas e recebidas do resto do

mundo (Trc) 571

Variações do patrimônio líquido resultantes de poupança e de transferências

de capital (-) 26 159

(-) 26 159 Capacidade ( + ) ou Necessidade ( - ) líquida de

financiamento (+-Sext)

Conta de Operações Correntes com o Resto do Mundo

Esta conta traduz em termos de contas nacionais as operações quecompõem as Transações Correntes do Balanço de Pagamentos

IMPORTANTE: é apresentada sob a ótica do resto do mundo, o quesignifica dizer que as importações de bens e serviços de não fatores sãorecursos do resto do mundo e as exportações de bens e serviços de nãofatores são usos

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Conta de Operações Correntes com o Resto do Mundo

Temos que:

(Wnr – Wr) saldo das remunerações de não residentes e residentes

(Wnr – Wr) + RLP = RLEE

SE poupança externa (exclui as transferências líquidas de capital)

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extrnrfobcif STrcTURRLPWWXM )()(

SETURRLPWWXM rnrfobcif )()(

RLEE

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Resumo das Identidades Contábeis das Contas Econômicas Integradas

Conta de bens e serviços

1. Conta de Produção (PIB pela ótica do produto)

2.1.1. Conta de Geração da Renda

2.1.2. Conta de Alocação da Renda

fobpcpcpccifpb XVEFBCFCCIIpMVP

PIBCIIpVP pcpb )(

EOBWWPIB nr Im])[(

RNBRLPWWEOB r Im)(Prof. Rodrigo Nobre Fernandez

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Resumo das Identidades Contábeis das Contas Econômicas Integradas

2.2. Conta de Distribuição Secundária da Renda

2.3. Conta de Uso da Renda

3.1 Conta Capital

Conta de Operações Correntes com o Resto do Mundo

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RDBTURRNB

SDCRDB pc

extpc STrcVEFBCFSD )(

extrnrfobcif STrcTURRLPWWXM )()(

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