Contabilidade Social IE 2010 2 - ie.ufrj.br · Curso de Contabilidade Social Prof. Dr. João...
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Curso de Contabilidade Social Prof. Dr. João Felippe Cury M. Mathias
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Objetivos da Contabilidade Social
A Contabilidade Social trata da mensuração da atividade econômica e social em seu múltiplos aspectos.Assim, a Contabilidade Social apresenta os sistemas contábeis de estatísticas econômicas oficiais e seus instrumentos de análise. Com efeito, deve ser entendida como um sistema contábil que permite a avaliação da atividade econômica em um determinado período.
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Macroeconomia X Contabilidade Social
O acompanhamento dos movimentos de medidas agregadas em macroeconomia é o campo de estudo da teoria macroeconômica. A preocupação com a mensuração dos agregados macroeconômicos é o objeto da Contabilidade Nacional.
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Origens keynesianas da Contabilidade Nacional
• Contabilidade Nacional se desenvolve a partir da obra de John Maynard Keynes – foco na macroeconomia.
• Na macroeconomia keynesiana economias monetárias não tendem ao pleno emprego.
• Comportamento do todo pode ser diferente do que é planejado pelos agentes econômicos.
• A teoria de Keynes define a determinação do nível de renda e produto no curto prazo como o objeto de estudo da Macroeconomia.
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Demanda efetiva e demanda agregada
• Teoricamente, o produto gerado em uma economia em um período de tempo édeterminado pela demanda efetiva.
• A demanda efetiva é quanto os agentes econômicos estão dispostos a gastar em determinado período, é a renda esperada ou ex-ante.
• A demanda agregada é a que é medida pelas Contas Nacionais, é a renda ex-post.
• As transações econômicas mensuráveis em CN são registradas em valor monetário.
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Dados do PIB do Brasil – 1990-2003
5,9 4,9 13 396,91 14 183,11 187 642 6,1 2 513 819 2 661 344 2007
6,1 2,7 12 029,29 12 769,08 185 564 4,0 2 232 206 2 369 484 2006
7,2 1,9 10 921,63 11 709,03 183 383 3,2 2 002 843 2 147 239 2005
8,0 4,3 9 922,69 10 720,25 181 106 5,7 1 797 054 1 941 498 2004
13,7 (-) 0,2 8 362,73 9 510,66 178 741 1,1 1 494 767 1 699 948 2003
10,6 1,2 7 582,07 8 382,24 176 304 2,7 1 336 748 1 477 822 2002
9,0 (-) 0,2 6 875,23 7 491,81 173 808 1,3 1 194 970 1 302 136 2001
6,2 2,8 6 485,64 6 886,28 171 280 4,3 1 110 861 1 179 482 2000
Preços do ano
anterior
Preços correntes
Preços do ano
anterior
Preçoscorrentes
Variação anual
(%)
Variaçãoreal
anual (%)
R$Variação
real anual (%)
1 000 000 R$
DeflatorProduto Interno Bruto per capita
Preçoscorrentes
Produto Interno Bruto
Ano
população residente e deflator - 2000-2007
Tabela 5 - Produto Interno Bruto, Produto Interno Bruto per capita,
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O fluxo circular da renda: setores
Numa abordagem simplificada, trabalha-se com dois setores institucionais na economia:1) O setor famílias: que consome bens e serviços da economia e oferta mão-de-obra; 2) As empresas (unidades produtoras): que produzem todos os bens e serviços da economia e empregam toda a mão-de-obra.
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Fluxo circular da renda: mercados e fluxos
• Mercado de bens e serviços: local onde é vendida a produção das firmas;
• Mercado de trabalho: oferta e demanda de mão-de-obra;
• Fluxo de trocas real: medem quantidades;
• Fluxo de trocas monetário: medem valores.
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Inclusão de mais dois mercados
• Mercado de fundos de capital ou mercado financeiro: as famílias canalizam recursos ao mercado financeiro e as empresas demandam recursos financeiros.
• Mercado de bens de investimento: mercado no qual as empresas demandam bens de capital (Y = C + I)
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Fluxo circular da renda ampliado
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Fluxos e estoques
Variáveis em Macroeconomia são de fluxo ou de estoque. ∆K = Kt+1 - Kt = IltIlt = Ibt - Irt,∆K - variação de estoque de um período (Kt ) a
outro (Kt+1 ),Ilt - fluxo de investimento líquido num período
eIbt e Irt - fluxos de investimento bruto e de
reposição (depreciação) num período, respectivamente.
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Abrangência das Contas Nacionais
• Quanto à forma institucional: empresas, trabalhadores autônomos, governo e instituições privadas sem fins lucrativos.
• Quanto à forma de distribuição da produção: mercantil e não mercantil.
• Quanto ao cumprimento de formalidades legais: formal e informal.
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Unidades institucionais
As unidades institucionais residentes na economia são:
• Empresas não-financeiras• Empresas financeiras• Administrações públicas (previdência social) • ISFL ao serviço das famílias• Famílias• Resto do mundo
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Agregados macroeconômicos
• Agregados macroeconômicos sãoconstruções estatísticas que sintetizamaspectos relevantes da atividadeeconômica em um período de tempo. O PIB é o principal desses agregados.
• São derivados de um sistema contábil, formalizado em um conjunto de identidades.
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Produto Interno Bruto (PIB)
• PIB de um país ou região: representa a produção de todas as unidades produtoras da economia, num dado período a preços de mercado.
• Produção para as Contas Nacionais: toda produção de bens e serviços, mais a produção por conta própria e a produção de serviços pessoais e domésticos quando remunerados.
• Produção são as transações econômicas com valor de mercado. A valoração em termos monetários permite que se agregue quantidades heterogêneas.
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O Valor Adicionado (VA)
Consiste em calcular o que cada ramo da atividade adicionou ao valor do produto final, em cada etapa do processo produtivo.Com isso, evita-se a dupla contagem. Trata-se da diferença entre o Valor da Produção (VP) e do Consumo Intermediário (CI). Assim:
VA = VP - CI
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PIB e Valor Adicionado
Suponha a produção de uma firma no ano de 500 unidades, vendidas ao preço unitário de R$ 2,00:
• Valor da Produção (500XR$ 2,00) R$ 1 000,00• Despesas Operacionais R$ 800,00
Pagamento de salários R$ 500,00Custo de matérias-primas R$ 300,00
• Receita Líquida de Vendas R$ 200,00
Valor que a firma adiciona ao PIB– Valor da Produção Menos Produção Intermediária:
• (R$ 1000,00 – R$ 300,00) = R$ 700,00
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PIB per capita
• PIB per capita - referência importante como medida síntese de padrão de vida e de desenvolvimento econômico dos países.
• É obtido dividindo-se o PIB do ano pela população residente no mesmo período.
• Medida fortemente afetada pela distribuição de renda.
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PIB per capita: Brasil
Brasil: PIB, PIB per capita e População ResidenteTaxa de Crescimento %Ano PIB Pop. Resid. PIB per capita1991 1,03 1,58 -0,541992 -0,54 1,53 -2,041993 4,92 1,50 3,371994 5,85 1,46 4,331995 4,22 1,43 2,751996 2,66 1,40 1,241997 3,27 1,38 1,871998 0,13 1,36 -1,211999 0,79 1,34 -0,542000 4,36 1,33 2,992001 1,42 1,32 0,102002 1,52 1,3 0,21Fonte: IBGE
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Conceitos de Interno (PIB) e Nacional (PNB)
O PIB mede o total do valor adicionado produzido por firmas operando no Brasil, independente da origem do seu capital. O PNB (Produto Nacional Bruto) e o RNB (Renda Nacional Bruta) são agregados que consideram o valor adicionado gerado por fatores de produção de propriedade de residentes. Há fatores de produção (capital e trabalho) produzindo no país e fora deste.
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Produto Nacional Bruto (PNB) e Renda Nacional Bruta (RNB)
Valor da Produção R$ 1 000,00Despesas Operacionais R$ 800,00Pagamento de Salários R$ 500,00
a brasileiros R$ 400,00a argentinos R$ 100,00
Custo das Matérias Primas(nacional e importada) R$ 300,00
Receita Líquida de Vendas R$ 200,00paga a brasileiros R$ 100,00paga a argentinos R$ 100,00
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Pagamentos e recebimentos de fatores
• Juros• Lucros• Dividendos• Royalties
• Aluguéis• Salários• Se Recebimentos > Pagamentos, então tem-se
uma Renda Líquida Recebida do exterior (RLR);• Se Recebimentos < Pagamentos, então tem-se
uma Renda Líquida Enviada ao exterior (RLE)
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PNB e RNB (conclusão do exemplo)
PIB = R$ 700,00Pela ótica do Produto: PNB = 500 = (1 000 – 300) – 200 Pela ótica da renda: RNB = 500 = 400 + 100
PNB = PIB + RLR, RLR é a Renda Líquida Recebida do exterior, PNB>PIB.
PNB = PIB – RLERLE é a Renda Líquida Enviada ao Exterior, PIB>PNB.
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Exemplo do Brasil
Brasil: Produto Interno e Nacional Bruto 1995 (1000R$)
Produto Interno Bruto 646 191 517Menos rendimentos líquidos enviados ao resto do mundo
10 153 742Produto Nacional Bruto 636 037 775
Fonte:IBGE.
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Renda Nacional Bruta (RNB) e Renda Disponível Bruta (RDB)
• RNB engloba: rendas dos setores público e privado e as transferências de recursos entre o país e o resto do mundo.
• Renda Disponível Bruta (RDB): considera o saldo das transferências correntes recebidas e enviadas ao exterior.
RDB = RNB + TrTr = Transferências correntes líquidas recebidas.
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RNB e RDB: Brasil, 1995
(1.000R$)Produto Interno Bruto 646 191 517Menos rendimentos líquidos enviados ao resto do mundo
10 153 742Produto Nacional Bruto 636 037 775
Transferências unilaterais, líquidas, ao resto do mundo(+) 3 324 649
Renda Disponível Bruta 639 362 424
Fonte: IBGE
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Renda Disponível Bruta: subdivisões
Pode-se subdividir a Renda Disponível em Renda Líquida do Governo (RLG) e Renda Privada Disponível (RPD). Assim:
RDB = RLG + RPD
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RLG e RPD
Renda Líquida do Governo (RLG):Soma dos impostos diretos e indiretos arrecadados pelo governo e
outras receitas correntesmenos
As transferências e subsídios pagos pelo governo.
Renda Privada Disponível (RPD): – salários, – juros, lucros e aluguéis pagos a indivíduos,– transferências pagas a indivíduos, menos impostos sobre renda
e patrimônio e– lucros retidos nas empresas e reserva para depreciação.
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Produto bruto X líquido
O produto líquido desconta a depreciação do capital utilizado no esforço de produção num determinado período. A depreciação é o desgaste ou o consumo dos bens de capital (máquinas, equipamentos, prédios, etc.). O conceito de líquido se aplica à ótica de mensuração do produto, pois a depreciação representa um custo de produção e não uma renda de fator. Trata-se de um fundo para as empresas reporem seu capital.
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Bruto e Líquido: exemplo
Valor da Produção R$ 1 000,00Despesas Operacionais R$ 810,00
– Pagamento de Salários R$ 500,00– Custo de Matérias-primas R$ 300,00– Reserva para Depreciação R$ 10,00
Receita Líquida de Vendas R$ 190,00
PIB = R$ 700,00 PIL - Produto Interno Líquido = R$ 690,00.
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PIB a preços correntes e constantes
Para se acompanhar a evolução dos agregados ao longo do tempo é necessário isolar o quanto o crescimento ocorreu por força de variação de preço e quanto se deveu à variação de quantidade. Para tanto é preciso estudar a variável em dois períodos de tempo.PIB corrente (PIB)= Produto medido aos preços médios do ano corrente (p x q do ano)PIB a preços constantes (PIBRt) = Produto medido a preços constantes de um determinado ano.
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Brasil: PIB e deflator implícito
5,9 6,1 2 513 819 2 661 344 2007
6,1 4,0 2 232 206 2 369 484 2006
7,2 3,2 2 002 843 2 147 239 2005
8,0 5,7 1 797 054 1 941 498 2004
13,7 1,1 1 494 767 1 699 948 2003
10,6 2,7 1 336 748 1 477 822 2002
9,0 1,3 1 194 970 1 302 136 2001
6,2 4,3 1 11 861 1 179 482 2000
Preços do anoanterior
Preçoscorrentes
Variação anual (%)
Variaçãoreal anual
(%)
1 000 000 R$
DeflatorProduto Interno Bruto
Ano
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Variação em volume
−=∆
−
11001t
t
tPIB
PIBRVOL
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Deflator implícito
−=∆ 1.100
t
t
tPIBR
PIBDI
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Preços constantes e correntes
A evolução do PIB corrente entre dois anos consecutivos, exemplo, 2001 e 2002:
PIB (2001) X Variação de Volume entre 2002 e 2001 = PIB (2002 a preços de 2001)
EX: PIB (2002 a preços de 2001) = 1.200.060 X 1,01524 = 1.218.348
PIB (2002 a preços de 2001) X Variação dos preços entre 2002 e 2001 = PIB (2002)
EX: 1.218.348 X 1,08466 = 1.321.490
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Identidades contábeis
O produto bruto da economia pode ser obtido de três formas distintas: pela ótica do produto, da renda e da despesa. Assim:
PRODUTO = RENDA = DESPESA
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Produto Interno Bruto (PIB) – Óticas
Ótica do produtoPIB = Valor da Produção – Consumo IntermediárioÓtica da rendaPIB = soma das remunerações aos fatores de produção (salários, juros, lucros e aluguéis)Ótica da despesaPIB = Soma dos gastos finais na economia em bens e serviços nacionais e importados (consumo, investimento (FBCF + ∆E), e saldo comercial)
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PIB nas três óticas: exemplo
INSUMOS DEMANDA FINAL TOTAL
Atividades TOTAL Consumo Formação de Variação de TOTAL Demanda
Agro Indust Serviços Insumos Pessoal Capital Fixo Estoque DF
Agricultura 5 10 10 25 40 5 10 55 80Indústria 10 30 30 70 40 30 10 80 150Serviços 0 40 60 100 60 10 0 70 170Total Insumos 15 80 100 195 140 45 20 205 400SALÁRIOS 15 25 35 75Renda de Autônomos 15 0 0 15LUCROS 35 45 35 115Valor Adicionado 65 70 70 205 Valor da Produção 80 150 170 400
Economia Fechada sem Governo
Atividades Econômicas
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Identidade Contábil
PIB = ÓTICA DA PRODUÇÃO: VALOR ADICIONADOPRODUÇÃO (-) INSUMOS400 - 195 = 205
PIB = ÓTICA DA RENDASALÁRIOS (+) Autônomos (+) LUCROS75 + 15 + 115 = 205
PIB = ÓTICA DA DEMANDA FINALCONSUMO (+) FORMAÇÃO DE CAPITAL140 + 45 + 20 = 205
ECONOMIA FECHADA
CÁLCULO DO PIB: IDENTIDADE CONTÁBIL
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PIB: níveis de valoração
• Mensuração a preço básico equivale a considerar os preços na porta da fábrica.
• Adicionando a este nível de valoração os impostos líquidos de subsídios sobre produtos, tem-se a valoração a nível de preços de produtor.
• Acrescentando as margens de comércio e transporte e os impostos sobre o valor adicionado chega-se ao preço de consumidor. Este é o nível de valoração do PIB sob a ótica do produto e da despesa.
• O produto medido pela ótica da renda é a preços do consumidor.
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Economia fechada sem governo
Yp =C+ Ip (1)• Yp é o Produto ou Renda Privada,• C são os gastos de Consumo das Famílias, • Ip são os gastos em Investimento Privado.
Yp = C + S (2)
• S é Poupança Privada
S = Yp – CC + S = C + Ip
S = Ip (3)
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Economia fechada com governo
Yn = C + I + G (4)
Yn = C + S + RLG (5)• Yn é Produto ou Renda Nacional • G são os Gastos Correntes do Governo, • I são os gastos em Investimento Privado e Público• RLG é a Receita Líquida do Governo, como definida
anteriormente (Id + Ii + ORC – Tr – sub)
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Poupança do governo
S + RLG = I + G (6)Poupança do Governo Sg expressa como:
Sg = RLG – G , logo (6a)
S + Sg = IUma outra forma de escrever (6) é:
S = I + (G – RLG) (6b)
RLG<G - parte da poupança privada é destinada a cobrir despesas correntes das Administrações Públicas.
RLG>G - poupança pública se soma à poupança privada para financiar os investimentos.
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Economia aberta com governo
Y = C + I + G + Xnf - Mnf (7)
Y = C + S + RLG + RLE (8)
– Y é Produto ou Renda Interna– Xnf- Mnf é o saldo das exportações de bens e serviços
de não fatores – RLE é a renda líquida enviada ao exterior.
S + RLG + RLE = I + G + Xnf – Mnf (9)
(Mnf – Xnf) + RLE = (I - S) + (G – RLG) (10)
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Poupança externa e absorção doméstica
Sext = (Mnf – Xnf) + RLE = saldo do Balanço de Pagamentos em Transações
Correntes (com sinal trocado).
• Absorção Doméstica é o somatório dos gastos com Consumo, Investimento e Gastos do Governo.
Y = A + (Xnf – Mnf) (7a)A = C+ I + G.
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Igualdade entre poupança e investimento
Demanda pelo Produto = C + I + G + (Xnf – Mnf)Alocação da Renda = C + S + RLG + RLE
S + RLG + RLE = I + G + (Xnf –Mnf) Sr = S + (RLG – G)
Sr = I + (Xnf – Mnf) – RLE(Mnf – Xnf ) + RLE = Sext,
Sr + Sext, = I
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Comparações internacionais
Forma direta: aplicar uma taxa de câmbio.Problemas:
– A) taxas de câmbio flutuam influenciando fortemente a medida do PIB.
– B)a estrutura produtiva e de consumo variam significativamente entre as nações.
• A prática internacional tem sido a de se ajustar o PIB per capita a um índice de Paridade do Poder de Compra.
• Este índice é construído para um conjunto comum de bens e serviços produzidos em cada economia ajustados a um preço padrão.
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PPC
Paridade do poder de compra - Em economia, a Paridade do Poder de Compra (PPC), é um método alternativo à taxa de câmbio para se calcular o poder de compra de dois países. A PPC mede quanto é que uma determinada moeda pode comprar em termos internacionais (normalmente dólar), já que bens e serviços têm diferentes preços de um país para outro.
Capítulo 3: O Sistema de Contas Nacionais do Brasil
As Contas Econômicas Integradas e as Tabelas de Recursos e Usos
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PIB: diferenças de valores e taxas de crescimento
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PIB corrente e PIB constante
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59
Comparação das bases – principais agregados
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Uma visão geral das Contas Nacionais
• A Contabilidade Nacional oferece uma síntese da realidade econômica de um país em um determinado momento no tempo.
• As Contas Nacionais (CN) oferecem as referências básicas de classificação de atividades e de setores institucionais, definições sobre a fronteira econômica e conceitos para definir e classificar unidades estatísticas e suas transações.
• IBGE é a fonte de referência das CN do Brasil, desde 1986. Antes era a FGV/RJ.
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Contas Nacionais e ONU
• O Sistema de Contas Nacionais das Nações Unidas (System of National Accounts, SNA, 1993) é centrado nas Contas Econômicas Integradas (CEIs) e nas Tabelas de Recursos e Usos (TRUs).
• A integração entre as partes (CEIs e TRUs) na versão de 1993 garante que os saldos obtidos pela classificação de setores institucionais, nas CEIs, sejam idênticos aos obtidos pela classificação de atividades nas TRUs.
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66
Sobre estrutura e terminologia
• Não se utiliza mais o registro de contas em T, dos sistemas contábeis convencionais, mas as rubricas são descritas no corpo central.
• O novo sistema utiliza a terminologia usos e recursos no lugar de débito e crédito. O termo recursos (lançados no lado direito) é utilizado para designar aumentos no valor econômico de um setor e o termo usos (lançados no lado esquerdo) éutilizado para as operações que reduzem o valor econômico de um setor. O saldo é residual sendo obtido a partir de diferença entre recursos e usos.
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Contas Econômicas Integradas
A Abordagem das Contas Nacionais, a partir das Atividades Econômicas permite identificar no circuito econômico o processo de geração da renda. Entretanto, esta abordagem, ao privilegiar o estudo da geração da renda pelas atividades econômicas não possibilita a análise de vários outros fluxos que ocorrem ao longo do circuito econômico, tais como: redistribuição da renda, formação da renda nacional, utilização da renda em consumo e poupança, acumulação de capital e outros fluxos. Tais fluxos, para serem entendidos, requerem a análise dos setores institucionais.
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Contas Econômicas Integradas
Bens e Serv. Resto do Mundo
Resto do Mundo
Bens e Ser.
(Rec) (Rec.) Total da Economia
Setores Institucionai
Setores Institucionai
Total da Economia
(Usos) (Usos)
Passivos e Patrimônio Líquido
Contas de Patrimônio
Ativos
Variação de passivos e patrimônio líquido
Contas de Acumulação
Variação de ativos
Recursos
Operações, Saldos, Ativos e Passivos
Contas Correntes
Usos
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Contas Econômicas Integradas1. Contas correntes
• Conta de produção• Conta de geração da renda• Conta de distribuição primária da renda• Conta de distribuição secundária da renda• Conta de uso da renda
2. Contas de acumulação• Conta de capital• Conta financeira• Conta de variação dos ativos• Conta de reavaliação
3. Contas de patrimônio• Conta de patrimônio inicial• Conta de variação patrimonial• Conta de patrimônio final
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Seqüência das contas (1)1. Contas correntes• Registram a atividade de produção de bens e serviços, a
criação de rendimentos através da produção, a subseqüente distribuição e redistribuição dos rendimentos pelas unidades institucionais e a utilização dos rendimentos em consumo ou poupança.
1.1 Conta de produção• Registra a atividade de produção de bens e serviços. O saldo da
Conta de produção é o valor adicionado bruto (valor da produção menos o valor do consumo intermediário). O VAB constitui uma medida da contribuição para o PIB de um produtor individual, de uma atividade ou de um setor institucional.
• O VAB é a fonte dos rendimentos primários, sendo, por isso, transportado para a conta de distribuição primária da renda. O VA pode também ser determinado em termos líquidos, através da dedução do consumo de capital fixo (depreciação).
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71
Seqüência das contas (2)1.2 Conta de distribuição e utilização da rendaConjunto articulado de contas que mostram como os rendimentos são:• Gerados pela produção• Distribuídos pelas unidades institucionais que participaram do processo de
geração do VA criado durante a produção• Redistribuídos entre as unidades institucionais, principalmente pelas
unidades da administração pública, através das contribuições para a seguridade social, subsídios e impostos
• Utilizados pelas famílias, administração pública e IPSFL para o consumo final ou a poupança.
• O saldo proveniente do conjunto completo das contas de renda é a poupança.
• As contas de renda ajudam a explicar o comportamento das unidades institucionais enquanto consumidores finais - isto é, enquanto utilizadores dos bens e serviços emanados da produção para a satisfação das necessidades individuais e coletivas e desejos das famílias e da comunidade.
• O saldo, a poupança, é transportado para a conta de capital, a primeira das contas de acumulação, na seqüência do Sistema de Contas Nacionais.
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Contas correntes
Contas Correntes Saldo da Conta
1.Conta de Produção PIB*
2.1.1Conta de Geraçãoda Renda
Excedente Operacional Bruto
2.1.2.Conta de Alocaçãoda Renda
Renda Nacional
2.2.C.Distr.Secundária daRenda
Renda Nacional Disponível
2.3.Conta de uso da Renda Poupança
Resumo das Contas Correntes
2. Conta de Renda 2.1. Conta de Distribuição Primária da Renda
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Contas de acumulação
3. Conta de Acumulação
Saldo da Conta
3.1 Conta deCapital
Capacidade ou Necessidade de
Financiamento
3.2 ContaFinanceira
Igual ao da Conta de Capital comsinal trocado
3.3.1. Conta deOutras Variaçõesnos AtivosFinanceiros
Mudanças no patrimônio líquido
resultantes de outras variações no
volume dos ativos
3.3.2. Conta deReavaliação
Mudanças no patrimônio líquido
resultantes de ganhos/perdas de
detenção nominais
Resumo das Contas de Acumulação
3.3. Conta de Outras Variações no Volume de Ativos eContas de Reavaliação
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Contas de patrimônio
4. Conta dePatrimônio
Saldo da Conta
4.1 Conta dePatrimônio Inicial
Patrimônio Líquido
4.2. Conta devariação doPatrimônio
Variação do Patrimônio Líquido total. Registra saldos das contas de Capital (Variações doPatrimônio líquido resultante de poupança etransferência líquida de capital) e Conta deOutras Variações no Volume dos Ativos e Contade Reavaliação (3.31 e 3.3.2).
4.3. Conta dePatrimônio Final
Patrimônio Líquido
Resumo das Contas de Patrimônio
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Tabela de recursos e usos
• Tabela de Recursos de Bens e Serviços apresenta a oferta total de Bens e Serviços da economia (produção e importação);
• Tabela de Usos de Bens e Serviços apresenta o Consumo Intermediário e a Demanda Final totalizando o demanda da economia;
• Componentes do Valor Adicionado por setor de atividade.
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Tabela de Recursos e Usos, Brasil: 1999
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77
Conta de operações de bens e serviços
• É uma conta que é apresentada separada das CEIs (conta 0), sendo considerada a base de todo o sistema, pois retrata a atividade de produção (oferta de bens e serviços) e o destino da produção pelas categorias de demanda final;
• Essa conta deve ser interpretada como uma representação agregada das operações que se encontram nas contas dos setores institucionais e nos setores de atividade;
• Por convenção, os recursos são lançados do lado esquerdo e os usos do lado direito.
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78
Conta de Operação de Bens e Serviços: Brasil, 1995 - em R$ 1.000
Recursos Operações Usos1.113.351.626 Produção
61.314.054 Importação de bens e serviços 74.373.434 Impostos sobre produtos
4.875.955 Imposto de importação
69.497.479 Demais impostos sobre produtos
Consumo intermediário 541.533.543
Consumo final 513.561.741Formação bruta de capital fixo 132.753.432Variação de estoque 11.273.743Exportação de bens e serviços 49.916.655
1.249.039.114 Total 1.249.039.114
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Oferta e demanda de bens e serviços
VP pb + Mcif + Ip = CIpc + Cpc + FBCFpc + VE + Xfob
VP pb = Valor da Produção a preços básicos,Mcif = Importações de bens e de serviços de não-fatores (CIF –
cost + insurance + freight)Ip = Impostos sobre Produtos (impostos indiretos), CIpc= Consumo Intermediário a preço de consumidor,Cpc = Consumo Final a preço de consumidor, FBCFpc= Formação Bruta de Capital Fixo a preço de
consumidorVE = Variação de EstoqueXfob= Exportação de bens e de serviços de não fatores,
valoradas a preço FOB (exclui seguros e fretes).
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Conta de Produção: Brasil, 1995Fonte IBGE, Em R$ 1000
Usos Operações e Saldos RecursosProdução 1.113.351.626
541.533.543 Consumo Intermediário
Impostos sobre Produtos 74.373.434
Imposto de importação 4.875.955
Demais impostos sobre produtos
69.497.479
646.191.517 Produto Interno Bruto – PIB
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82
Equação da conta de produção
• Objetivo da Conta de Produção (conta 1) édeduzir o Valor Adicionado Interno Bruto, ou seja, o PIB.
• O Valor da Produção a preço básico é lançado como recurso e acrescido dos impostos sobre produtos (imposto de importação e demais impostos) para ser comparado com o consumo intermediário a preço de consumidor, lançado como um uso.
(VP pb + Ip) – CIpc = PIB
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83
Conta da renda
Conta da Renda: – Conta de Distribuição Primária da Renda, – Conta de Distribuição Secundária da Renda – Conta de Uso da Renda.
Conta de Distribuição Primária da Renda:– Conta de Geração da Renda – Conta de Alocação da Renda.
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84
Conta de Geração da Renda: Brasil, 1995 Fonte: IBGE, em R$ 1000
Usos Operações e Saldos RecursosPIB 646.191.517
247.277.244 Remuneração dos empregados
247.075.857 Residentes201,387 Não-residentes
104.115.611 Impostos sobre a produção e de importação
(–) 3.575.363 Subsídios à produção (–)
298.374.025 Excedente operacional bruto inclusive rendimento de autônomos (EOB)
38.128.990 Rendimento de autônomos (rendimento misto)
260.245.035 Excedente operacional bruto
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85
Equação da conta de geração da renda
PIB - [(W + Wnr) + (Im – Sb)] = EOBW = Remunerações, inclusive encargos sociais e
contribuições parafiscais pagos a residentes,Wnr = Remunerações, inclusive encargos sociais e
contribuições parafiscais pagos a não-residentes por produtores residentes,
(W + Wnr) = Total da remuneração dos empregados, inclusive encargos sociais e contribuições parafiscais pagos no país,
Im = Impostos sobre Produção e a Importação, que incluem os impostos sobre produtos (Ip) e outros impostos ligados `a produção
Sb = Subsídios à produção,EOB = Excedente Operacional Bruto.
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Conta de Alocação da Renda: Brasil, 1995 Fonte: IBGE, Em R$ 1000
Usos Operações e Saldos RecursosExcedente operacional bruto inclusive rendimento de autônomos
298.374.025
Rendimento de autônomos (rendimento misto)
38.128.990
Excedente operacional bruto
260.245.035
Remuneração dos empregados
247.133.039
Residentes 247.075.857Não-residentes 57.182Impostos sobre a produção e de importação
104.115.611
Subsídios à produção (–) (–) 3.575.36313.135.440 Rendas de propriedade
enviadas e recebidas do resto do mundo
3.125.903
636.037.775 Renda Nacional Bruta RNB
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87
Conceito de residência
O IBGE define como unidade residente a “unidade que mantém o centro de interesse econômico no território econômico, realizando, sem caráter temporário, atividades econômicas nesse território”.
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Equação da Conta de Alocação da Renda
EOB + (W + Wr ) + (Im – Sb) + RLP = RNB
• Wr = Remunerações, inclusive encargos sociais e contribuição parafiscais, recebida por residentes, paga por não-residente,
• (W + Wr) = Total da remuneração dos empregados, inclusive encargos sociais e contribuições parafiscais, pagos a residentes no país e no exterior (classificados como não-residentes).
• RLP = remuneração líquida dos fatores de produção, constituída por: rendas de capitais, composta por juros, lucros e dividendos e outros serviços de fatores constituído por royalties, patentes e direitos autorais (enviadas e recebidas)
• RNB = Renda Nacional Bruta.
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Conta de Distribuição Secundária da Renda: Brasil, 1995 - Fonte: IBGE, em R$ 1000
Usos Operações e Saldos RecursosRenda Nacional Bruta 636.037.775
669.595 Transferências correntes enviadas e recebidas do resto do mundo(1)
3.994.244
639.362.424 Renda Disponível Bruta(1) RDB
(1) Inclui as transferências de capital.
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90
Equação da Conta de Distribuição Secundária da Renda
RNB + Tr = RDB
• Tr = Transferências líquidas correntes, ou seja, transferências de recursos sem contrapartida no processo produtivo, como o pagamento e recebimento de imposto sobre a renda e o patrimônio, de operações de seguro, de contribuições e benefícios previdenciários e transferências entre governos e entre residentes,
• RDB = Renda Disponível Bruta.
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91
Conta de Uso da Renda: Brasil, 1995 Fonte: IBGE, em R$ 1000
Usos Operações e Saldos RecursosRenda Disponível Bruta(1)
639.362.424
513.561.741 Consumo final125.800.683 Poupança Bruta(1) Sr
(1) Inclui as transferências de capital.
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Equação da Conta de Uso da Renda
RDB – Cpc = Sr
• Cpc = Consumo Final (Famílias e Administrações Públicas),
• Sr = Poupança Bruta.
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Conta de Capital: Brasil, 1995 Fonte: IBGE, em R$ 1000
Usos Operações e Saldos Recursos
Poupança bruta(1) 125.800.683
132.753.432 Formação bruta de capital fixo
11.273.743 Variação de estoque
Capacidade (+) ou necessidade (–)
de financiamento.(1)
(1) Inclui as transferências de capital.
(–)18.226.492
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94
Equação da Conta de Capital
Sr – ( FBCFpc + VE) = +- Sext
Sext = Capacidade ou Necessidade de Financiamento, que equivale à Poupança Externa.
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Conta de operações com o resto do mundo
• Traduz as operações que compõem as Transações Correntes do BP;
• É apresentada sob a ótica do resto do mundo. Por exemplo, uma importação do Brasil, significa um recurso do Resto do Mundo (o Brasil gera um crédito ao RM).
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96
Operações Correntes com o Resto do Mundo: Brasil, 1995 – Fonte: IBGE, em R$ 1000
49.916.655 Exportação de bens e serviçosImportação de bens e serviços
61.314.054
11.397.399 Saldo externo de bens e serviços
Saldo externo de bens e serviços
11.397.399
57,182 Remuneração dos empregados não-residentes
201,387
Rendas de propriedade enviadas e recebidasdo resto do mundoTransferências correntes enviadas e recebidas
do resto do mundo(1)
18.226.492 Saldo externo corrente (1)
(1) Inclui as transferências de capital.
Conta de bens e serviços do resto do mundo
Conta 2 – Conta de distribuição primária da renda e transferências correntes do resto do mundo com a economia
3.125.903 13.135.440
3.994.244 669,595
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97
Equação da Conta de Operações com o Resto do Mundo
Xfob – Mcif + (Wr - Wnr) + RLP + Tr = + - Sext
• (Wr - Wnr) = Saldo das remunerações a não-residentes (pagas por não-residentes – Wr- - e pagas por residentes – Wnr)
• RLP = rendimentos de propriedade, juros, dividendos
• (Wr - Wnr) + RLP + Tr = RLE ou BSF + TU = RLE
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99
Tabela de Recursos e Usos
I. Tabela de recursos de bens e serviçosOferta Total
Produção Importação
Quadrante A=
Quadrante A1+ Quadrante A2
II. Tabela de usos de bens e serviçosOferta Total
Consumo Intermediário Demanda Final
Quadrante A=
Quadrante B1 + Quadrante B2
Componentes do Valor AdicionadoQuadrante C
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100
Estimativa do valor de produção
• Estimativa do Valor da Produção dos setores: baseado no valor das receitas de venda dos bens e serviços, acrescido da variação dos estoques, quando aplicável.
Tratamentos especiais: – margens de Comércio e Transportes, – imputação de valores de serviços financeiros
e – setor de Aluguéis.
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101
Tratamentos especiais (1)
• O setor de atividade Comércio equivale ao valor da produção do produto Margem de Comércio, que é estimado pela diferença entre o valor de compra e valor de venda das mercadorias adquiridas para revenda;
• A produção de Transporte equivale ao serviço de transporte realizado por terceiros.
• Os produtos gerados pelas atividades de Comércio e Transportes não são consumidos de maneira convencional, mas são incorporados ao preço final de cada produto.
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102
Tratamentos especiais (2)
• A produção das empresas financeiras consiste em captar recursos e emprestar a terceiros. Trata-se da soma de receitas por prestação de serviços bancários, receitas de aluguéis de imóveis, diferencial entre juros recebidos e pagos e a diferença entre prêmios de seguros e indenizações pagas.
• Já o setor de Aluguéis é considerado pois, por convenção, todo bem de capital gera uma renda. Inclui os imóveis ocupados pelos proprietários (aluguel imputado), para conciliar esta atividade com a FBCF.
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103
Oferta de Bens e Serviços – Fonte: IBGE
A1 + A2Oferta Total a
Preço de Consumidor
(A)
Margem de
Comércio
Margem de
Transporte
Impostos sobre
Produto
Oferta Total a Preço Básico
(A1 + A2)
Total 1.249.039.114 0 0 74.373.434 1.174.665.680
Brasil: Oferta de Bens e Serviços – 1995 – R$1.000Tabela de recursos de bens e serviços
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104
Oferta de Bens e Serviços
• Quadrante A – apresenta a oferta total a preços de consumidor por produto.
• Oferta total (produção mais importação) étransformada para preço de consumidor, acrescentando-se as margens de comércio e transporte e os impostos sobre produtos.
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105
Recursos de Bens e Serviços: Brasil, 1995 –Fonte: IBGE, em R$ 1000
Total da Produção Total das Importações
Oferta Total a Preços Básicos
A1 (total das linhas) A2 A1+ A2
Agropecuária 78.433.497 2.289.139 80.722.636
Extrativa Mineral 10.936.436 3.661.864 14.598.300
Indústria de Transformação 414.350.374 45.806.357 460.156.731
Serviços Industriais de Utilidade Pública
28.627.561 922,439 29.550.000Construção Civil 91.330.688 0 91.330.688
Comércio 67.588.224 355,475 67.943.699
Transporte 39.003.860 2.505.314 41.509.174
Comunicações 10.155.185 49,784 10.204.969
Instituições Financeiras 61.999.911 322,195 62.322.106
Aluguéis 65.509.806 966 65.510.772
Administração Pública 126.658.919 0 126.658.919Outros Serviços 118.757.165 5.400.521 124.157.686
Total 1.113.351.626 61.314.054 1.174.665.680
Descrição do produto
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106
Recursos de Bens e Serviços
• A Tabela de Recursos de Bens e Serviços apresenta os totais da oferta de produtos dos setores de atividade (quadrantes A1 e A2).
• Mostra por setor de atividade a primeira parte da conta de Operação de Bens e Serviços.
• Quadrante A1 apresenta como a produção dos produtos se distribui entre os setores.
• Nas colunas está a distribuição dos valores de produção dos setores de atividade.
• Nas linhas está a distribuição dos produtos pelas atividades que o produzem.
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107
Usos de Bens e Serviços: Brasil, 1995 Fonte: IBGE, em R $ 1000
Descrição do Produto
Oferta Total a Preço de
Consumidor A
Total do Consumo
Intermediário B1
Demanda Final B2
Agropecuária 92.509.232 58.565.931 33.943.301Extrativa Mineral 16.831.150 13.594.484 3.236.666Indústria de Transformação
578.349.832 295.597.010 282.752.822
Serviços Industriais de Utilidade Pública
32.727.170 22.191.627 10.535.543
Construção Civil 91.644.544 8.992.036 82.652.508Comércio 8.145.799 7.806.773 339,026Transporte 31.632.172 15.658.495 15.973.677Comunicações 12.114.967 6.491.769 5.623.198Instituições Financeiras
64.961.742 51.494.674 13.467.068
Aluguéis 65.513.443 8.690.821 56.822.622Administração 126.658.919 0 126.658.919Outros Serviços 127.950.144 52.449.923 75.500.221Total 1.249.039.114 541.533.543 707.505.571
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108
Usos de Bens e Serviços
• Tabela de Usos de Bens e Serviços - apresentao destino da produção de cada setor de atividade.
• Quadrantes B1 e B2 mostram:Oferta total (por produto) a preços de consumidor =
(CIpc)+(Cpc) +(FBCFpc) + (VE) + (Xfob).• Quadrante B1 - linhas informam como os bens
produzidos num setor são consumidos pelos demais setores. Colunas totalizam o consumo intermediário de cada setor de atividade.
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Valor Adicionado por Setor: Brasil, 1995 –Fonte: IBGE, em R$ 1000
Descrição do Produto
Valor Adicionado C
Total do Valor da Produção do Setor A1
Total do Consumo
Intermediário por Setor B1
Agropecuária 51.492.824 83.299.692 31.806.868Extrativa Mineral 4.944.839 10.181.425 5.236.586
Indústria de Transformação
136.739.102 395.685.039 258.945.937
Siup 15.295.495 27.771.930 12.476.435
Construção Civil 52.708.207 91.348.289 38.640.082
Comércio 51.077.975 82.121.621 31.043.646Transporte 19.628.211 40.071.847 20.443.636Comunicações 8.684.995 10.631.222 1.946.227Instituições Financeiras
45.855.743 62.255.777 16.400.034
Aluguéis 59.558.985 63.093.075 3.534.090Administração Pública
93.367.860 140.339.186 46.971.326
Outros Serviços 69.034.137 106.552.523 37.518.386Dummy
Financeiro– 36.570.290 0 36.570.290
Total (1) 571.818.083 1.113.351.626 541.533.543Imp.Líq.Subs. S/ Produto (Ip) (2)
74.373.434
PIB (1) + (2) 646.191.517
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110
Componentes do VA por Setor: Brasil, 1995 Fonte: IBGE, em R$ 1000
Valor adicionado C
Remunerações
EOB + rend.autônomo
Imp. Liq. Subs.s/
(W + Wnr) + (EOB) + (Im – Sb)
(W + Wnr) (EOB) (Im – Sb) – Ip
Agropecuária 51.492.824 7.094.380 46.326.789 – 1.928.345
Ext. Min. 4.944.839 1.296.249 3.315.001 333,589
Ind.de Transf. 136.739.102 39.316.418 84.768.202 12.654.482
SIUP 15.295.495 7.784.153 6.570.962 940,38
Const.Civil 52.708.207 6.819.152 43.009.131 2.879.924
Comércio 51.077.975 19.445.830 29.097.621 2.534.524
Transporte 19.628.211 9.098.233 9.954.834 575,144
Comunicações 8.684.995 2.903.083 5.451.085 330,827
Instituições Financeiras
45.855.743 24.935.923 18.465.217 2.454.603
Aluguéis 59.558.985 1.121.795 57.986.087 451,103
Administração Pública
93.367.860 92.182.527 0 1.185.333
Out.Serviços 69.034.137 35.279.501 29.999.386 3.755.250Dummy Financeiro
– 36.570.290 0 – 36.570.290 0
Total (1) 571.818.083 247.277.244 298.374.025 26.166.814
Imp. Líq. Subs.s/Produto (Ip) (2)
74.373.434
Valor adicionado da economia
646.191.517
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111
TRU - Planilhas de trabalho
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113
CEI e setores institucionais
• A análise da CEI por setores institucionais émais rica e detalhada e permite visualizar o mecanismo pelo qual empresas, administração pública, famílias e resto do mundo contribuem no processo de geração, apropriação, distribuição e uso da Renda Nacional.
• A abordagem das Contas Nacionais pela ótica dos setores institucionais foi originalmente criada por Keynes nos anos 40, a qual deu origem à primeira versão do Manual de Contas Nacionais das Nações Unidas em 1953.
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114
Setores institucionais: definição
• Setores Institucionais são unidades institucionais capazes de possuir bens e ativos; contrair responsabilidades e de se envolver em atividades econômicas e operações com outras unidades econômicas, sejam estas residentes ou não residentes no território nacional.
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115
Classificação dos Setores Institucionais (1)
• Empresas Não-financeiras: produzem bens e serviços através da transformação de insumos e da contratação de mão-de-obra.
• Empresas Financeiras: criam meios de pagamentos e/ou fazem intermediação de recursos de setores superavitários para os setores demandantes de recursos financeiros.
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116
Classificação dos Setores Institucionais (2)
• Administrações Públicas: prestam serviços de natureza pública e obtêm recursos via taxação de seus serviços ou cobrança de impostos;
• Famílias: têm por objetivo adquirir bens de consumo. São as unidades de produção não incluídas no setor empresas não-financeiras, como unidades rurais, algumas microempresas, IPSFL;
• Resto do Mundo: corresponde às transações econômicas de um país com as demais nações.
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117
Unidades institucionais
As unidades institucionais podem ser:• Pessoas físicas ou grupos de pessoas
agrupadas em famílias.As famílias podem compreender unidades de consumo, ou unidades produtivas sem a necessária constituição legal de uma empresa.
• Pessoas jurídicas ou sociedades legalmente constituídas.As pessoas jurídicas compõem as empresas, administrações públicas, ou instituições sem fins lucrativos.
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118
Famílias: informações adicionais
• Se uma unidade produtiva pertencente à família não élegalmente (formalmente) constituída em empresa (sociedade, ou pessoa jurídica), é considerada como parte integrante do setor institucional família.
• Embora sejam primordialmente unidades consumidoras, as famílias também realizar qualquer tipo de atividade econômica: podem oferecer mão-de-obra e capital às empresas, e podem gerir as suas próprias unidades de produção na forma de empresas não constituídas legalmente.
• Nas Contas Nacionais do Brasil, a produção familiar compreende o setor informal.
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119
Empresas não-financeiras privadas
• Âmbito - Cadastro de empresas do IBGE x SRF, exceto empresas públicas, APU’s, empresas financeiras e de seguros;
• Fonte de dados - IRPJ, pesquisas do IBGE (indústria, comércio e serviços) e balanços.
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Empresas não-financeiras públicas
• Âmbito - empresas não-financeiras em nível federal, estadual e municipal, cujo controle acionário pertence ao governo
• Fonte de dados: Pesquisa Estatísticas Econômicas das Empresas Públicas Não-Financeiras - EPU
• Empresas reclassificadas como APU
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121
CEI com SI empresa não-financeira
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Conta Operações de Bens e Serviços e Operações Correntes com o Resto do Mundo
• São apresentadas como duas colunas no lado direito e esquerdo.
Conta de Bens e Serviços:– lado esquerdo: recursos ou a oferta de bens e serviços -
importação e produção, juntamente com os impostos líquidos de subsídios sobre produtos.
– lado direito: usos do total da economia e do resto do mundo -exportações, consumo intermediário.
• Conta Resto do Mundo, do lado esquerdo (recurso) estão registradas as importações e do lado direito (uso) as exportações.
• Ver Planilha em Excel.
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CEI com setores institucionais
Bens e Serv. Resto do Mundo
Resto do Mundo
Bens e Ser.
(Rec) (Rec.) Total da Economia
Setores Institucion
ais
Setores Institucionais
Total da Economia
(Usos) (Usos)
Operações, Saldos, Ativos e Passivos
Contas Correntes
Usos Recursos
Contas de Acumulação
Variação de ativos Variação de passivos e patrimônio líquido
Contas de Patrimônio
Ativos Passivos e Patrimônio Líquido
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CEI com SI: Conta de Produção
Setores Institucionais
Uso Saldo da Conta
Valor da Produção
Impostos sobre
Produtos
Consumo Intermediário
Total da Economia
VPpb Ip Cipc PIB
Emp. NãoFinanceiras1
VPpb 1 CIpc 1 PIB1
Empresas Financeiras2
VPpb 2 CIpc 2 PIB2
Administrações Públicas3
VPpb 3 CIpc 3 PIB3
Famílias4 VPpb 4 CIpc 4 PIB4
Recurso
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125
Conta de Geração da Renda com SI
Saldo da Conta
Setores Institucionais
Excedente Operacional
Bruto
Total da Economia
PIB (W + Wnr ) (Im – Sb) EOB
Imposto sobreProduto e
Importação
Ip Ip
Empresas Não
Financeiras1
PIB1 (W + Wnr )1 (Im – Sb ) 1 EOB1
Empresas
Financeiras 2
PIB2 (W + Wnr )2 (Im – Sb ) 2 EOB2
Administrações
Públicas3
PIB3 (W + Wnr )3 (Im – Sb ) 3
Famílias4 PIB4 (W + Wnr )4 (Im – Sb ) 4 EOB4
RemuneraçõesPIB
Recurso Uso
Outros Impostos
Líquidos sobre a Produção
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Conta de Geração da Renda
PIB – ( W + Wnr) + (Im – Sb) = EOB
• Remunerações e Impostos sobre a Atividade são lançados como uso.
• Excedente Operacional Bruto obtido por diferença.
• Administrações Públicas têm Excedente Operacional Bruto nulo.
• Impostos sobre Produtos não são identificados por setor institucional.
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Conta de Alocação da Renda
Setores Institucionais
Excedente
Operacional Bruto
Remunerações
Outros Impostos Líquidos sobre a
Produção
Renda Nacional
Bruta
Total da Economia
EOB (W + Wr ) (Im – Sb) RLP RNB
Emp. Não Financeiras1
EOB1 RLP1 RPrB1
Empresas Financeiras 2
EOB2 RLP2 RPrB2
Adm. Públicas 3
(Im – Sb ) 3 RLP3 RPrB3
Famílias4 EOB4 (W + W r )4 RLP4 RPrB4
Saldo da Conta
Recurso Saldo das Rendas
Líquidas de Propriedade
(recebimentos – pagamentos).
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Rendimentos de propriedade (RLP)
• Juros efetivos (contratos);• Juros imputados (famílias): FGTS,
PIS/Pasep;• Rendas recebidas pelo aluguel da terra;• Dividendos;• Participação nos lucros;• Prêmios de seguro e indenizações.
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129
Conta de Alocação da Renda
EOB + ( W + Wr) + (Im – Sb) + RLP = RNB • Conta de ajustes entre os setores institucionais
referentes ao pagamento e recebimento de rendas de propriedade.
• O saldo desta conta é a Renda Nacional Bruta ou Renda Primária dos setores institucionais(RPrB).
• Considera-se o somatório das rendas primárias (como recurso) mais o saldo dos rendimentos referentes à remuneração do capital.
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Conta de Distribuição Secundária da Renda
Set. Instituc. Recurso SaldoIR e Pat.
Saldo Cont.S.
Saldo Ben. S.
Renda Nac. Br.
(IReP) (CS) (BS)
Tot. Econ. RNB 0 0 0 Tr RDBEmp. NãoFin.1
RPrB1 IReP1 Tr1 RDB1
Emp.Fin2 RPrB2 IReP2 CS2 BS2 Tr2 RDB2
Adm. Púb.3 RPrB3 IReP3 CS3 BS3 Tr3 RDB3
Famílias4 RPrB4 IReP4 CS4 BS4 Tr4 RDB4
Saldo de Outras Transf.
Saldo da Conta
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131
Conta de Distribuição Secundária da Renda
RNB + Tr = RDB
• Conta mostra como a renda é redistribuída para se chegar ao agregado Renda Nacional Disponível.
Agregados de interesse:
– RDB1 + RDB2 = Renda Bruta Disponível das Empresas.
– RDB1+ RDB2 + RDB4 = Renda Disponível Privada – RDB3 = Renda Líquida do Governo – Renda Disponível Bruta Privada - impostos diretos
= Renda Pessoal Disponível Bruta.
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Conta de Uso da Renda
Setores Instituc.
Recurso Uso Saldo daConta:
RDB Consumo Final
Poupança Bruta
Total da Economia
RDB C Sr
Emp.Não Fin1 RDB1 S 1
Empresas Financeiras2
RDB2 S 2
Administrações Públicas3
RDB3 C3 S 3
Famílias4 RDB4 C4 S 4
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Conta de Uso da Renda
RDB – C = Sr• OBSERVAÇÃO: Ajuste à Renda Disponível dos
setores institucionais = a parcela equivalente ao Ajustamento pela Variação das Participações Líquidas das Famílias em Fundos de Pensões, FGTS e PIS/PASEP (não são transferências). Ver item D8 da planilha.
• Contribuições aos fundos privados de pensões e Receitas de pensões são aquisição e cessão de ativos. São adicionadas à renda antes de subtrair os gastos com consumo.
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134
Conta de Acumulação: Conta de Capital
RecursoPoupança
BrutaFormação de
Capital (2)Variação de Estoques (3)
Total da Economia Sr FBCFpc VE -+ Sext
Empresas não
Financeiras1
S 1 FBCFpc 1 VE1 -+ Sext 1
Empresas
Financeiras2
S 2 FBCFpc 2 0 -+ Sext 2
Administrações
Públicas3
S 3 FBCFpc 3 0 -+ Sext 3
Famílias4 S 4 FBCFpc 4 VE4 -+ Sext 4
Setores Institucionais Uso Saldo da Conta Transferências líquidas
de capital (4):
Capacidade/necessidade de financiamento[(1)+(4)]-
[(2)+(3)]
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135
Conta de Acumulação: Conta de Capital
Sr - (FBCFpc + VE ) = -+ Sext
• OBSERVAÇÃO: Na Conta de Capital são identificadas as transferências de capital que apresentam a variação do patrimônio líquido resultante das operações financeiras como contrapartida dos empréstimos e das dívidas contraídas. Por convenção, os lançamentos das transferências de capital a receber e a pagar aparecem ambas no lado dos recursos
• Recursos da Poupança são recursos à disposição da aquisição de bens de capital, através de operações no mercado financeiro.
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136
Conta de Capital: Administrações Públicas
• A necessidade de financiamento das Administrações Públicas corresponde ao déficit do governo, segundo as Contas Nacionais.
• Método “acima da linha”* (diferença entre recursos e usos):-Sext 3 = Déficit do Governo = (FBCF3) – (RDB3 - C3) +
Saldo das Transferências Líquidas de Capital
* Só em CN. No BC é abaixo da linha, com o endividamento líquido do governo.
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138
Introdução
• Economias abertas têm uma série de relações econômicas com outros países, envolvendo trocas de mercadorias, fatores de produção e ativos financeiros,
• Com a globalização, tais relações econômicas se aprofundam;
• O Brasil e o Balanço de Pagamentos (BP).
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139
BP: conceitos
• No BP são registradas todas as transações econômicas que o país realiza com o resto do mundo;
• O BP registra todas as transações entre residentes e não residentes de um país num determinado período de tempo;
• Os registros do BP são efetuados em dólar norte-americano.
• No BP também vale o princípio das partidas dobradas.
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140
Definição de residência
• Define-se como residentes de um país todas as pessoas, físicas ou jurídicas, que tenham esse país como seu principal centro de interesse.
• Todas as pessoas que moram permanentemente no país (residência fixa);
• Pessoas que moram no país, mas estão temporariamente fora por turismo ou negócio;
• Empresas sediadas no país, inclusive filiais de multinacionais.
• Embaixadas e consulados que se encontram em outros países.
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141
Estrutura do BP (parte I)
1. Balança comercial1.1 Exportações1.2 Importações2. Balança de serviços2.1 Transportes: fretes, seguros, etc.2.2 Turismo e viagens internacionais2.3 Rendas de capital (remessa de lucros, lucros reinvestidos
e juros)2.4 Serviços governamentais2.5 Diversos3. Transferências unilaterais4. Saldo do BP em transações correntes (1 + 2 + 3)
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142
Estrutura do BP (parte II)5. Movimento de capitais5.1 Investimentos diretos5.2 Reinvestimentos5.3 Empréstimos e financiamentos5.4 Amortizações de empréstimos5.5 Capitais de curto prazo5.6 Outros capitais6. Erros e omissões7. Saldo total do BP (4 + 5 + 6)8. Transações compensatórias8.1 Variação de reservas8.2 Operações de regularização8.3 Atrasados
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143
Algumas relações importantes
T = Transações correntesSTBP = Saldo total do BPKc = capitais (transações) compensatóriosKa = capitais autônomos (movimento de capitais)K = Ka + KcAssim:
T = - K, ou T = T = - (Ka + Kc)e
STBP = - Kc
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144
Lançamentos contábeis no BP (I)
1. Balança comercial• Exportações (+)• Importações (-)2. Balança de serviços• Entrada de recursos (+)• Saída de recursos (-)• Lucros reinvestidos (-)3. Transferências unilaterais• Entradas de recursos ($) e mercadorias (+)• Saídas de recursos ($) e mercadorias (-)• Mercadorias: alimentos, medicamentos, roupas
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145
Lançamentos contábeis no BP (II)
5. Movimento de capitais• Entrada de recursos (+)• Saída de recursos (-)• Reinvestimentos (+) (contrapartida de
lucros reinvestidos)8. Transações compensatórias• Variação positiva de reservas (-)• Variação negativa de reservas (+)
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146
Dicas sobre lançamentos
• Os registros de um BP são realizados com base no princípio contábil das partidas dobradas e portanto, do ponto de vista contábil, o BP está sempre equilibrado
• Operações que indicam entradas e saídas de recursos monetários têm como contrapartida a variação de reservas;
• Operações que indicam entradas e saídas de mercadorias, máquinas e equipamentos, etc., têm como contrapartida a Balança Comercial.
• A contrapartida de lucros reinvestidos (-) são os reinvestimentos (+).
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147
Exemplo, p. 136-137• O país exporta, recebendo à vista US$ 350 milhões;• O país exporta mercadorias no valor de US$ 50 milhões, financiadas a longo prazo;• O país importa mercadorias, pagando à vista US$ 250 milhões;• O país paga, à vista, fretes no valor de US$ 20 milhões;• O país gasta US$ 20 milhões com viagens ao exterior;• O país recebe US$ 5 milhões provenientes de turismo;• O país remete ao exterior US$ 50 milhões de lucro;• Lucros de US$ 20 milhões são reinvestidos no país.• O país paga amortizações no valor de US$ 35 milhões
• O país paga juros num total de US$ 50 milhões;• Ingressam no país US$ 20 milhões sob a forma de IDE;• O país importa máquinas e equipamentos no valor de US$ 65 milhões, financiados a longo prazo;• O país recebe US$ 5 milhões provenientes de envio de recursos de não residentes a familiares no país;• O país recebe donativos, em mercadorias, no valor de US$ 5 mi;• O país obtém US$ 35 milhões de empréstimos;• O país recebe capitais de curto prazo no valor de US$ 30 milhões;• O país paga atrasados no valor de US$ 10 milhões.
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148
RLEE e TLRE (Simonsen, 1995)
RLEE = BSF + TURLEE = Renda liquida enviada ao exteriorBSF = Balança de serviços fatoresTU = Transferências unilaterais
TLRE = BC + BSNFTLRE = Transferência liquida de recursos ao
exteriorBC = Balança comercialBSNF = Balança de serviços não-fatores
STC = RLEE + TLRE
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150
Números-índice: definição
• É uma medida que sintetiza, em uma expressão quantitativa, a variação média, entre duas situações, de todos os elementos de um conjunto. As situações comparadas por um número-índice podem ser períodos de tempo,
regiões geográficas ou conjuntos de pessoas.
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151
A importância da referência temporal
PIB cresce 1,51% em 2002
• A afirmação indica que a variação do PIB entre a média de 2001 e a média de 2002 é de 1,5%.
• Qualquer variação deve ter sua referência temporal explicitada.
• Podemos ter, por exemplo, variações entre médias, entre pontos, acumuladas no ano, acumuladas em 12 meses.
• Os números índices são uma ferramenta auxiliar no cálculo dessas diversas variações.
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152
Números-índice: aplicações na Economia
• Objetiva-se medir variações no tempo de determinadas operações econômicas.
• Estas operações podem ser mensuradas de três maneiras:
- Unidades monetárias - VALOR,- Unidades físicas - QUANTIDADE - Valor unitário - PREÇO.
VALOR = QUANTIDADE X PREÇO
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153
Números-índice: produtos e atividades
• Em economia, a unidade de informação são os bens e serviços transacionados.
• São chamados genericamente de produtos e caracterizados pelo tipo de operação econômica ao qual estão associados.
Exemplo: – O valor da produção de uma empresa é calculado pela soma do
valor dos produtos que produz. – O gasto mensal de uma família é medido pelo valor dos bens e
serviços consumidos.• NÚMEROS-ÍNDICE são calculados a partir dos produtos
transacionados.• CNAE: 4 níveis (Seção, divisão, grupo e classe)
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154
O Período de Coleta
• Um número-índice apresenta a variação de um conjunto de produtos entre dois períodos de tempo. Qual o momento da coleta?
• Dois tipos de coleta:NO MESMO DIA - chamado de ponto a ponto:
Os dados são coletados em um mesmo dia: a variação é obtida pela relação de um vetor de dados (por produto) referenciado a um dia com um outro vetor referenciado a um dia anterior.
AO LONGO – chamado de ao longoDados são coletados durante um período. Para obter-se um vetor de dados calcula-se a média dos dados para cada período e a comparação é feita entre esses vetores.
EX: Diversos IGP.
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155
Percentual/ Multiplicador/ Número-índice
Período 0 - preço de 400,00 $/ton ePeríodo 1 - preço de 600,00 $/ton.
Variação de preços: 600 / 400 = 1,50
=> variação percentual de (1,50-1) x 100 = 50%;=> um número-índice de 1,50 x 100 = 150;=> um multiplicador de 1,50.
Relações entre representações:número-índice = variação percentual + 100 número-índice = multiplicador x 100multiplicador = (variação percentual / 100 ) + 1
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156
Exemplo: p. 346 (Feijó et alii, 2003)
No Brasil, o preço de um produto passou de R$ 5.000,00 para R$ 97.000,00 entre dois períodos. Calcule a variação percentual, o número-índice e o multiplicador que representam essa variação:Variação do preço = 97.000/5.000 = 19,4• Percentual = (19,4 – 1) X 100 = 1.840%• Número-índice = 19,4 X 100 = 1.940• Multiplicador = 19,4
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157
Outro exemplo (p. 346)
Sabendo-se que um produto teve um aumento de 367% entre dois períodos e que seu preço no período inicial era de 720 $/unidade, calcule seu preço no período final.
Variação de preços = 367%Multiplicador de (367/100) + 1 = 4,67Preço do período final = 720 X 4,67 = 3.362,70
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158
O conceito de relativo
• É associado à variação do valor, preço ou quantidade de um único produto para uma dada operação econômica (consumo, exportação, produção, etc.). Seu cálculo éfeito diretamente pela razão dos valores entre o período final e inicial.
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O conceito de relativo: variação de preços
100
0
ip
t
ip
p i
t 0,x=
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160
O conceito de relativo: variação de quantidades
100
0
iq
t
iq
q i
t 0,x=
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161
Período-base
• É o período ao qual todos os relativos de uma série estão associados (escolhe-se um ano ou mês de referência).
• p01 – número-índice entre o período 0 e 1• p02 – número-índice entre o período 0 e 2• p03 – número-índice entre o período 0 e 3• p0n – número-índice entre o período 0 e n
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162
Um exemplo: p. 348 (planilha Excel)
Ano Preço (U$)/UF Quantidade UF Valor $1985 2 2 41986 3 5 151987 9 7 631988 29 15 435
Ano Preço (U$)/UF Quantidade UF Valor $1985 100 100 100 1986 150 250 375 1987 450 350 1.575 1988 1.450 750 10.875
Ano Preço (U$)/UF Quantidade UF Valor $1985 22,22 28,57 6,35 1986 33,33 71,43 23,81 1987 100,00 100,00 100,00 1988 322,22 214,29 690,48
Informações de preço e quantidade (1985-1988)
Número-indice: base 1985
Número-indice: base 1987
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163
Elos relativos e relativos em cadeia
• A seqüência seguir representa os relativos de preços (variação de preços do período 2 em relação a 1, 3 em relação a 2, etc.):
p12, p23, p34, p45, p56
• O encadeamento dos elos permite o cálculo da variação total do período. Por exemplo, a variação entre o período 4 e o período 1 pode ser calculada da seguinte forma:
Ip14 = (Ip12 x Ip23 x Ip34)
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164
Bases de uma série de números-índice
• BASE FIXA - a série de números - índice é toda referenciada ao mesmo período (fixo).
Exemplo: v01, v02, v03, v04,..........,v0n
• BASE MÓVEL - o período de referência (base) muda para cada elo relativo calculado.
Exemplo: base no período anterior
p01, p12, p23, p34,..., pn-1n
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165
Critérios de avaliação de um número-índice
• IDENTIDADE Ia , a = 1,0 ou 100
• PROPORCIONALIDADE Ia , b = λ quando todos os
produtos tiverem variação constante e igual a λ
• MUDANÇA DE UNIDADE Ia , b é invariante à mudanças
na unidade de medida adotada
• REVERSIBILIDADE Ia , b x Ib , a = 1,0 ou 100
• CIRCULAR Ia , b x Ib , c x Ic , a = 1,0 ou 100
• CIRCULAR MODIFICADA Ia , b x Ib , c x Ic , d = Ia , d
Ver exemplo na planilha de Excel.
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166
Decomposição das causas
• Trata-se de uma propriedade desejável para um número-índice, em que a variação em valor de determinada variável pode ser obtida diretamente a partir de sua variação de preço multiplicada pela variação de quantidade.
Variação de preço x Variação de quantidade = Variação de valor
Ip x Iq = Iv
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167
Decomposição de causas: exemplo
Ver planilha de Excel.
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168
Emprego de médias para o cálculo de números-índice
• Diferentemente da análise de um produto isolado, para um conjunto de produtos utilizam-se médias, de forma a sintetizar a variação de todos os produtos em uma única variação. São os índices agregativos:
1. Razão da média aritmética dos preços e das quantidades para cada período (Bradstreet);
2. Média aritmética dos relativos de cada produto (Sauerbeck). Resolve o problema de adicionar unidades diferentes.
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169
Definições para as fórmulas
• Período de tempo: 0 ... t• n = número de produtos• i = produto• Σ = somatório• p = preços• q = quantidades
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170
Índice de Bradstreet - Preços
100 p i0
p it100
n
p i0
n
p it
I p t0,
xx∑
∑=
∑
∑=
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171
Índice de Bradstreet - Quantidade
100 q i0
q it100
n
q i0
n
q it
t0, Iq
xx∑
∑=
∑
∑=
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172
Índice de Sauerbeck – Preços
100n
p it0,
100n
p i0
p it
I pt0,
xx∑
=
∑
=
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173
Índice de Sauerbeck – Quantidades
100n
q it0,
100n
q i0
q it
I
q
t0, xx
∑=
∑
=
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174
Números-índice em CN
QUADRO 4 - SÉRIE ENCADEADA D O ÍNDICE TRIM ESTRALÍndice de volume - média de 1990 = 100
Agropecuária Indústria Serviços VApb PIB pm
1991.I 89,49 85,12 93,47 91,21 91,01
1991.II 111,09 103,67 101,06 103,44 103,21
1991.III 106,57 112,82 105,06 108,65 108,41
1991.IV 98,34 99,44 101,74 101,73 101,50
....... 132,28 122,30 115,35 126,28 127,26
1999.IV 121,96 119,81 115,47 124,73 125,69
2000.I 127,72 115,64 114,80 123,31 123,96
2000.II 150,81 121,51 117,62 128,88 130,08
F onte: IB GE, Diretoria de P esquisas, Departamento de Contas Nacionais
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175
Um exemplo: taxa de crescimento do volume (trimestre contra trimestre)
• Taxa calculada a partir da série observada (Quadro 4)
• No 2º trimestre de 1996 esta comparação seria: NI 1996.II / NI 1995.II
Para o PIB pmMultiplicador = (119,08 / 116,56) =1,02162
1,02162 x 100 = 102,16Percentual = 102,16-100 = 2,16%
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Taxa acumulada em 4 trimestres
=> Calculada a partir da série observada (Quadro 4)No 2º tri mestre de 1996 esta comparação seria: (NI 1996.II + NI 1996.I + NI 1995.IV + NI 1995.III) /(NI 1995.II + NI 1995.I + NI 1994.IV + NI 1994.III)
Para o PIB pm(119,08 + 113,44 + 115,85 + 117,84) /(116,56 + 115,01 + 116,69 + 116,25) =1,097431,09743 x 100 = 109,74109,74 - 100 = 9,74%
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177
Trimestre contra o trimestre (imediatamente) anterior
=> Calculada a partir da série ajustada sazonalmente (Quadro 5)
No 2º trimestre de 1996 esta comparação seria: NI 1996.II / NI 1996.I
Para o PIB pm(118,05 / 117,32) =1,00621,0062 x 100 = 100,62100,62-100 = 0,62%
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178
Números-índice ponderados
• A importância relativa dos produtos (pesos) deve ser captada pelos números-índice. Portanto, deve ser considerada uma base de ponderação (ver planilha de Excel).
Sejam:• ωit o peso do produto i no total das transações,
no período t.• vit o valor transacionado do produto i, no
período t.
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179
Estrutura de pesos
=ωi
t=
∑ v it
v it
∑ q it p i
t
q it p i
t
x
x
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180
Índice de Laspeyres
• Média aritmética ponderada das variações de cada produto.
• Período inicial do índice é escolhido como referência para o cálculo dos pesos.
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181
Índice de Laspeyres - Preços
∑
∑
q i0 p i
0
q i0 p i
t
x
x
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182
Índice de Laspeyres - Quantidades
∑
∑
p i0 q i
0
p i0 q i
t
x
x
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183
Índice de Paasche
• Média harmônica ponderada das variações de cada produto;
• Período final do índice é escolhido como referência para o cálculo dos pesos.
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184
Índice de Paasche - preços
∑
∑
q it p i
0
q it p i
t
x
x
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185
Índice de Paasche - quantidades
∑
∑
p it q i
0
p it q i
t
x
x
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186
Índice de Fischer
t0,
qP
t0,
q L
t0,
q F
t0,
p P
t0,
pL
t0,
p F
x
x
=
=
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187
Índice de Laspeyres Modificado (LM)
• Por se referenciar ao período inicial, o índice de Laspeyres obriga que se calcule uma nova estrutura de ponderação.
• A idéia é garantir a circularidade da série encadeada. Assim:
LM0,2 = LM0,1 x LM1,2
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188
Índice de Laspeyres Modificado (LM) -preço
) p i
1t
pit(i
0 LMpt1, t
−
∑=− x ω
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189
Índice de Laspeyres Modificado (LM) -quantidades
) q i
1t
q it(i
0 LM qt1, t
−
∑=−
x ω
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190
Uma comparação entre os índices de Laspeyres e de Paasche
• Índice de Paasche é maior que o de Laspeyres se os preços e quantidades tenderem a se mover na mesma direção entre os períodos 0 e t;
• Índice de Laspeyres é maior se os preços e quantidades tenderem a se mover em direções contrárias.
• Definindo a correlação entre preço e quantidade como ρ temos que:
P > L quando ρ > 0L > P quando ρ < 0
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191
Interpretação econômica dos números-índice
• Os índices de Laspeyres e de Paasche podem ser interpretados como indicadores que fazem a passagem de valores nominais para reais (constantes).
• VALOR NOMINAL - é o valor das transações econômicas calculado com a quantidade transacionada e seu preço no mesmo período - qt x pt .
• VALOR REAL (CONSTANTE) - é o valor das transações econômicas calculado com as quantidades transacionadas no período considerado porém, os preços, adotados no cálculo do valor, fixados em um outro período.
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192
Fórmulas: valores nominal e real
v a l o r n o mi n a l e m 0 0ip 0
iq ∑ x
X í n d i c e d e
q u a n t i d a d e
IQ 0,1
= v a l o r r e a l e m 1 0ip
1iq ∑ x
X í n d i c e d e p r e ç o IP 0,1
= v a l o r n o m i n a l e m 1 1ip
1iq ∑ x
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193
Relação entre índice de Laspeyres e Paasche
• Pela relação entre valores nominais e reais entre o período 0 e 1, deduz-se que:
�O índice de quantidade obtido é um Laspeyres e o índice de preços é um Paasche (período 0). Assim: Iv = Lq X Pp;
�Levando em conta a referência no período 1, obtém-se um Paasche de quantidades e um Laspeyres preço: Iv = Lp X Pq
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194
Índice de volume
Um índice de volume é uma média de variações relativos nas quantidades de um determinado conjunto de bens e serviços entre dois períodos temporais.
(System of National Accounts 93, §16.11)
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195
Exemplo: problemas na agregação
A N O 0 A N O 1 P R E Ç O Q U A N T I D A D E P R E Ç O Q U A N T I D A D E
P O P U L A R 1 5 0 2 0
L U X O 4 5 0 8 1 0 0
A U T O M Ó V E L 2 , 5 1 0 0 8 1 0 0
O B S : p r e ç o d o a u t o m ó v e l é a m é d i a d o s p r e ç o s d e c a d a t i p o p o n d e r a d a p e l a
q u a n t i d a d e
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196
Exemplo: continuação
Para o agregado automóvel:• Índice de Preço => (8 / 2,5) x 100 = 320 220% de aum.• Índice de Quantidade => (100 / 100) x 100 = 100 sem
variação.• Índice de Valor => ((8x100) / (2,5x100) ) x 100 = 320 220%
de aum.Para Popular e LuxoÍndice de Preço – PaaschePp = ( (2x0 + 8x100) / (1x0 + 4x100) ) x 100 = 200Índice de Quantidade - LaspeyresLp = ( (1x0 + 4x100) / (1x50 + 4x50) ) x 100 = 160Índice de Valor =>Pp x Lp = (2,0 x 1,6) x 100 = 320
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197
Efeito quantidade/qualidade
• Apesar das quantidades terem permanecido inalteradas em seu total, háum aumento do valor adicionado por cada veículo ao parar de produzir um bem popular para se concentrar em um de luxo. Assim, há uma variação de quantidade e e qualidade.
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198
Mudança de base
• Mudança de base consiste em recalculara série com um novo período comoreferência.
Consideram-se três mudanças:
1. Base móvel para base fixa2. Base fixa para base fixa3. Base fixa para base móvel
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199
Base Móvel para Base Fixa
Considere a série:I0,1 – I1,2 – I2,3 –.......... – It–1,t
• Pelo critério da circularidade, uma base fixa no período 0 é calculada como:
I0, 1 = I0, 1I0, 2 = I0, 1 × I1, 2I0, 3 = I0, 1 × I1, 2 × I2, 3= I0, 2 × I2, 3
...I0, t = I0, 1 × I1, 2 .... × It–1, t = I0, t–1 × It–1, t
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200
Base Fixa para Base fixa
• Através de uma regra de três. Série com base no período 0:
I0, 0 – I0, 1 – I0, 2 – I0, 3,..., – I 0, tSérie base fixa no período 3:
I3, 1 – I3, 2 – I3, 3 –...– I 3, t• Supondo conhecida a série no período 0, mudar a base
para período 3:I3, 1 = I0, 1/I0, 3I3, 2 = I0, 2,/I0, 3I3, 3 = I0, 3/I0, 3, igual a 1,00 por ser a nova baseI3, 4 = I0, 4/I0, 3
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201
Base Fixa para Base Móvel
• Seja uma série de multiplicadores para umasérie base fixa no período 0.
I0, 0 – I0, 1 – I0, 2 – I0, 3 –...– I0, tUma base móvel período contra período anterior é
calculado por:I0, 1 = I0, 1I1, 2 = I0, 2/I0, 1I2, 3 = I0, 3/I0, 2...It–1, t = I0, t/I0, t–1
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202
Índices de preços no Brasil: IBGE
• IBGE: INPC, IPCA e IPCA-EAbrangência: 11 regiões metropolitanas• RJ, Porto Alegre, BH, Recife, SP, Belém,
Fortaleza, Salvador, Curitiba, Brasília e Goiânia;
• INPC: medida de correção do poder de compra dos salários. Famílias entre 1 e 8 s.m. Coleta: de 1 a 30 do mês de referência.
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203
IPCA e IPCA-E
• IPCA: medido desde 1979. É a medida oficial de inflação do Brasil.
• Famílias com rendimento mensal entre 1 e 40 s.m. Coleta de 1 a 30 do mês de referência.
• IPCA-E: medido desde 1992 com o objetivo de reajustar a UFIR. A coleta é do dia 16 do mês anterior ao dia 15 do mês de referência.
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204
Fundação Getúlio Vargas (FGV)
• A FGV divulga o Índice Geral de Preços (IGP) em três versões, devido às diferentes datas de coletas dos preços:
• IGP-10: coleta de preços entre os dias 11 do mês anterior e 10 ao mês de referência;
• IGP-M: coleta de preços entre os dias 21 do mês anterior e 20 ao mês de referência;
• IGP-DI: coleta de preços entre os dias 1 e 30 do mês de referência.
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205
Composição do IGP/FGV
• IPA (60%): tem abrangência em 15 UF’s, captando as variações de preços nos estabelecimentos atacadistas;
• IPC (30%): abrangência restrita aos estados de SP (62,5%) e do RJ (37,5%), captando variações de preços ao consumidor para famílias de 1 a 33 s.m.;
• INCC (10%): tem abrangência de 20 regiões metropolitanas, captando a variação dos custos dos insumos de construção habitacional.
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206
FIPE
• Calcula o índice de preços ao consumidor para o município de São Paulo para as famílias com assalariados com renda mensal entre 2 e 20 s.m.;
• É uma média móvel (média dos últimos 30 dias em relação à media dos 30 dias imediatamente anteriores.
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208
O modelo de Leontief (1941)
• Leontief foi pioneiro nos estudos das relações interindustriais. Foi influenciado por Quesnay e Walras. Prêmio Nobel de 1973.
• Matriz de Leontief: matriz de coeficientes técnicos diretos e indiretos.
• Modelo clássico: permite obter o valor da produção das atividades econômicas a partir da demanda final. É o que estudaremos.
• Modelo de preços: mede o impacto de variações nos componentes do valor adicionado ou nas importações sobre o nível de preços das atividades.
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209
Representação básica dos dados do modelo
• Leontief toma como referência os fluxos entre as diferentes atividades econômicas.
• A base de dados deve descrever as relações dessas atividades entre si e com a demanda final.
• A visualização destes fluxos é feita através da Tabela de Transações.
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210
Algumas identidades
1. Produção = Consumo Intermediário + Valor Adicionado. (ótica dos custos)
2. Produção = Consumo Intermediário + Consumo Final – Importações. (ótica dos destinos)
3. Valor Adicionado = Soma das Rendas Primárias.
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211
Tabela de Transações (ver Excel)
Atividades Produção Total
Atividades gA1A2 I IIAi gij fi gi
AnImportações – M
mj
Valor Adicionado – y’
Salários III IVImpostos e SubsídiosExcedente
Produção Total g’
gj
A1 A2 .Aj. An CF fI X VE CG
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Notação da tabela de transações
OBS: letra maiúscula, matriz, minúscula, vetor.Quadrante I:
– gij = ao valor da produção da atividade i consumido na atividade j.
– gj = ao valor total da produção da atividade j.– i, j Є {atividades}
Quadrante II– fi = ao valor da produção da atividade i destinado à
demanda final.Quadrante III
– m’, y’
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213
O Modelo de Insumo-Produto
• Leontief desenvolveu seu modelo admitindo que a relação entre os insumos consumidos em cada atividade e a produção total dessa atividade éconstante;
• A essa relação Leontief chamou de coeficiente técnico.
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214
Coeficiente técnico de produção
j
ij
ijg
ga =
aij representa o valor produzido na atividade i e consumido pela atividade j
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215
Coeficiente técnico: exemplo
0956,0396
38
3
1313 ===
g
ga
Cálculo dos coeficientes técnicos diretos entre atividades 1 e 3: o quanto a atividade 3 (transformação), consome da atividade 1 (agropecuária), para gerar sua produção. Esse resultado mostraque para a atividade 3 produzir uma unidade monetária deveráconsumir 0,0956 unidade monetária da atividade 1.
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216
Uma breve descrição da matriz de Leontief
∑ +=j
ijiji fgag .
∑ +=j
iiji fgg
Das linhas do quadrante I da Tabela de Transações,obtém-se o valor da produção de cada atividade
Equação básica, em valor, do modelo de insumo produto:
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217
Equação do modelo Insumo-Produto
fgAg += .
fgAg =− .
( ) fAIg .1−
−=
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218
Síntese do modelo
Fazendo:
( )
( ) 1
1
.
−
−
−
=
−=
AI
A
fZg
AIZ
= Matriz dos coeficientes técnicos diretos
= Matriz de coeficientes técnicosdiretos e indiretos ou Matriz de Leontief
= Modelo de insumo produto
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219
Aplicações do modelo de insumo-produto
• Os trabalhos empíricos de matrizes adotaram os mesmos conceitos básicos da economia keynesiana, analisando economias de mercado e o impacto da demanda final sobre a economia de mercado.
• Os trabalhos buscam indicar as repercussões sobre as atividades econômicas em determinadas variáveis, ou seja, quantificar o efeito multiplicador de variações na demanda final sobre a produção e o nível de emprego em nível setorial.
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220
Aplicações do modelo Insumo-Produto
• Modelo de insumo-produto: permite calcular a produção g necessária para atender à demanda f.
No exemplo numérico:G=Z.f
– onde G representa a matriz de fluxo monetárioentre as atividades econômicas e
– g representa o valor da produção de cadaatividade.
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221
Matriz G e vetor g (passo 1)
12 0 38 0 0 3 830 1 7 0 0 0 10
G = 11 2 138 1 20 44 g = 3960 0 6 7 0 5 280 0 1 0 3 5 915 2 40 2 6 78 469
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222
Exemplo: Coeficientes Diretos para Todas as Atividades - Matriz A (passo 2)
0,15 0,00 0,10 0,00 0,00 0,010,00 0,05 0,02 0,00 0,00 0,00
A = 0,13 0,20 0,35 0,05 0,21 0,090,00 0,03 0,01 0,25 0,00 0,010,00 0,01 0,00 0,00 0,04 0,010,06 0,19 0,10 0,06 0,07 0,17
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223
Exemplo: Coeficientes Diretos e Indiretos Para Todas as Atividades – Matriz Z (passo 3)
1,20 0,05 0,19 0,02 0,04 0,030,01 1,06 0,03 0,00 0,01 0,00
(I–A)-1 = 0,26 0,38 1,62 0,13 0,38 0,190,01 0,06 0,04 1,34 0,01 0,020,00 0,01 0,01 0,01 1,04 0,010,13 0,30 0,22 0,11 0,14 1,23
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224
Exemplo: Qual a Produção Necessária para Atender à Demanda F1 (dada)?
1,20 0,05 0,19 0,02 0,04 0,03 32 890,01 1,06 0,03 0,00 0,01 0,00 3 11
g1 = 0,26 0,38 1,62 0,13 0,38 0,19 × 190 = 419
0,01 0,06 0,04 1,34 0,01 0,02 10 300,00 0,01 0,01 0,01 1,04 0,01 91 1010,13 0,30 0,22 0,11 0,14 1,23 352 493
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225
Diferenças entre a matriz A e (I – A)-1
• A matriz A (coeficientes diretos) nada informa sobre os efeitos indiretos dos aumentos de produção de uma atividade. Por exemplo, o setor A3, transformação, inclui a produção de automóveis. Aço e pneus são insumos da indústria automotiva. Ocorre que mais aço e pneu, significa mais consumo de minério, carvão e borracha. Esses efeitos indiretos são captados pela matriz (I –A)-1, de coeficientes diretos e indiretos.
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226
X X 19951995 50%1 1,52 315 22,57 10,514 210 0
Exemplo: Qual o Impacto de um Aumento de 50% nas Exportações? (MIP – tab básicas)
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227
Exemplo: Impacto do Aumento das Exportações por Atividade
A1 7,24 4,83 2,41A2 4,11 2,74 1,37A3 47,19 31,45 15,73A4 15,32 10,21 5,11A4 22,1 14,74 7,37A6 10,15 6,76 3,38Total 106,1 70,74 35,37
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228
Hipóteses do modelo
• Homogeneidade: cada produto ou grupo de produtos é fornecido por uma única atividade.
Corolários:• a) somente uma tecnologia é utilizada para
produzir um produto.b) cada atividade produz apenas um único produto.
• Proporcionalidade:os insumos consumidos por cada atividade são uma função somente do nível de produção dessa atividade.