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O ano principiou e as nossas biblio-
tecas deram as mãos, agora unidas de
forma estreita… e sempre com o
intuito de, juntas, congregar esforços
e sinergias. As esperanças de um ano
letivo repleto de atividades renovam-
se, porque acreditamos que as nossas
bibliotecas são o coração do nosso
agrupamento e que contribuem para
o delinear do futuro dos nossos alu-
nos.
A promoção da leitura e da escrita,
o desenvolvimento das várias literaci-
as, a utilização das novas tecnologias
no contexto do ensino-aprendizagem,
a implementação de atividades de
aprendizagem com base nos recursos
das bibliotecas nortearão o rumo a
seguir, com vista ao sucesso das
aprendizagens e ao desenvolvimento
pleno dos nossos alunos, enquanto
cidadãos responsáveis, competentes
e críticos. Espaço privilegiado de par-
tilha de recursos, acreditamos que as
nossas bibliotecas são um lugar de
excelência à aplicação e desenvolvi-
mento do saber construído coletiva-
mente, tornando-se o espaço de pri-
mazia de atuação simultânea e cola-
borativa da escola, dos alunos e dos profes-
sores.
Confiamos que este vai ser um ano profí-
cuo e com muitos sucessos, ficando, aqui,
desde já, o convite dirigido a toda a comu-
nidade escolar para a participação nas vá-
rias atividades e projetos que forem sendo
desenvolvidos.
As Professoras Bibliotecárias
Isabel Martins
Adelaide Cardão
Conceição Tomé
EDITORIAL
CONTACTO A N O 1 2 * E D I Ç Ã O I * N O V E M B R O
SUMÁRIO
Saiba que
Conhecer…
Aquisições
Acontece…
nas bibliotecas
Ficha Técnica|
Título Contacto | Edição 1ª | Data 1º Período
Responsáveis Equipas das Bibliotecas Escolares do Agrupamento de Escolas Viseu Sul
Telefone 232 424 591 | Email [email protected]
“As bibliotecas não se fazem,
crescem.”
1825 // 1890
Foi há 150 anos…
Camilo Castelo Branco
escreveu “Amor de Perdição”, o
seu mais célebre romance,
enquanto esteve preso na
cadeia da Relação, na cidade
do Porto.
Ler é preciso...
1825 / 1890
Foi há 150 anos…
Camilo Castelo Branco
escreveu “Amor de Perdição”, o
seu mais célebre romance,
enquanto esteve preso na
cadeia da Relação, na cidade do
Porto.
Ler é preciso...
Conhecer… Camilo Castelo Branco
150 anos de Amor de Perdição
A escritora argentina María
Teresa Andruetto e o ilustra-
dor checo Peter Sís venceram
o prémio internacional Hans
Christian Andersen, conside-
rado o Nobel na área da lite-
ratura infanto-juvenil.
O prestigiado prémio, atribuí-
do pelo Conselho Internacio-
nal sobre Literatura para os
Jovens (IBBY), foi dado à es-
critora argentina María Teresa
Andruetto, como reconheci-
mento de uma marca poética
e sensível da sua obra, na
abordagem de temas
variados como as migrações,
o amor, a pobreza e a violên-
cia.
Peter Sís foi premiado na área
da ilustração pela diversidade de
técnicas utilizadas e pela combi-
nação de elementos do universo
fantástico com apontamentos
reais, disse o júri.
A Fundação José Saramago
celebrou, no dia 16 de novem-
bro, os 90 anos do nascimento
do escritor, realizando o primei-
ro "Dia do Desassossego". Para
a celebração dos 90 anos de
Saramago - que coincide com o
30º aniversário da edição do
«Memorial do Convento» - a
Fundação José Saramago organi-
zou uma série de eventos, pre-
tendendo transformar esta co-
memoração numa festa cívica e
da cultura.
A nossa colega, professora
bibliotecária da Escola Básica D.
Luís de Loureiro, Maria da Con-
ceição Dinis Tomé, foi distingui-
da, no dia 16 de novembro, com
o prémio literário Maria Rosa
Colaço, na modalidade literatura
juvenil, com o original : "O ca-
derno do avô Heinrich".
Valter Hugo Mãe é o grande
vencedor da 10ª edição do Pré-
mio Portugal Telecom de Litera-
tura em Língua Portuguesa. O
escritor português recebeu, no
dia 26 de novembro, numa ceri-
mónia que decorreu no Auditó-
rio Ibirapuera, em S. Paulo, no
Brasil, o prémio na categoria de
melhor romance com " A Má-
quina de Fazer Espanhóis" e
também foi o vencedor do
Grande Prémio Portugal Tele-
com 2012.
“A verdade é algumas vezes o escolho de um romance. Na vida real, recebemo-la como ela sai dos encontrados casos, ou da lógica implacável das coisas; mas, na
novela, custa-nos a sofrer que o autor, se inventa, não invente melhor; e, se copia, não minta por amor da arte. Um romance, que estriba na verdade o seu merecimento é frio, é impertinente, é uma coisa que não sacode
os nervos, nem tira a gente, sequer uma temporada, enquanto ele nos lembra, deste jogo de nora, cujos alcatruzes somos, uns a subir, outros a descer, movidos pela manivela do egoísmo. A verdade! Se ela é feia, para que oferecê-la em painéis ao público?!
A verdade do coração humano! Se o coração humano tem filamentos de ferro que o prendem ao barro donde saiu, ou pensam nele e o submergem no charco da culpa primitiva, para que é emergi-lo, retratá-lo e pô-lo à venda? Os reparos são de quem tem o juízo no seu lugar; mas, pois que eu perdi o meu a estudar a verdade, já
agora a desforra que tenho é pintá-la como ela é, feia e repugnante.
A desgraça afervora, ou quebranta o amor?”
ver para o público, sujeitando-se assim aos ditames da moda, con-
seguiu manter uma escrita muito original. Casou muito cedo, com apenas 16 anos, com Joaquina
Pereira de França, casamento que não resistiu muito no tempo. O seu percurso académico é igual-
mente conturbado. Tenta, no Porto, o curso de Medicina, que não conclui, optando depois por Direito. A partir de 1848, faz uma
vida de boémia repleta de pai-xões, repartindo o seu tempo entre os cafés e os salões burgue-
ses e dedicando-se entretanto ao jornalismo. Apaixona-se por Ana Augusta Vieira Plácido e, quando
esta se casa, em 1850, tem uma crise de misticismo, chegando a frequentar o seminário, que
abandona em 1852. Camilo seduz e rapta Ana Plácido. Depois de algum tempo a monte, são captu-
rados e julgados pelas autorida-
des. Depois de absolvidos, Cami-lo e Ana Plácido passaram a viver
juntos. Entretanto, Ana Plácido tem um filho, supostamente gera-do pelo seu antigo marido, que
foi seguido por mais dois de Camilo. Com uma família tão numerosa para sustentar, Camilo
começa a escrever a um ritmo alucinante, escreveu mais de 250 obras. Quando o ex-marido de Ana Plácido morre, a 15 de julho
de 1863, o casal vai viver para uma casa, em São Miguel de Sei-de, que o filho do comerciante
recebera por herança do pai. Em 1870, devido a problemas de saúde, Camilo vai viver para Vila
do Conde, onde se mantém até 1871. A partir de 1865, Camilo começa a sofrer de graves pro-
blemas visuais e o desespero causado pela sua crescente ce-gueira está na origem do seu
suicídio a 1 de junho de 1890, na freguesia de Seide, Vila Nova de
Famalicão.
Camilo Castelo Branco nas-ceu em Lisboa a 16 de março de
1825. Filho de Manuel Joaquim Botelho Castelo Branco e de Jacinta Rosa do Espírito Santo
Ferreira com quem seu pai nunca casou. Camilo foi assim perfilha-do pelo pai em 1829, como «filho
de mãe incógnita». Ficou órfão de mãe quando tinha um ano de idade e de pai aos dez anos, o que lhe criou um caráter de
eterna insatisfação com a vida. Foi recolhido por uma tia de Vila Real e, depois, por uma irmã mais
velha, Carolina Rita Botelho Castelo Branco. Teve uma vida atribulada, que lhe serviu muitas
vezes de inspiração para as suas novelas. Foi o primeiro escritor de língua portuguesa a viver
exclusivamente dos seus escritos literários. Apesar de ter de escre-
P Á G I N A 2
Saiba que ...
Conhecer mais de Camilo http://area.dgae.mec.pt/camilo_castelo_branco/index.html
http://www.camilocastelobranco.org/index2.php
Aquisições recentes
P Á G I N A 3 A N O 1 2 * E D I Ç Ã O I *
«Certa noite fui acordado por um
som terrível. Na manhã seguinte esta-
va tudo silencioso. O Papá não estava.
Perguntei à mamã quando é que ele
voltava, mas ela não parecia saber.
Tinha saudades do papá...»
Rio de Doze Águas é uma antolo-
gia de doze poetas muito dife-
rentes que se encontraram nas
partilhas e tertúlias da página
"Quem lê Sophia de Mello Brey-
ner Andresen" (facebook).
Alguns já com obra publicada,
outros a iniciar-se no gotejar
das palavras da fonte onde sem-
pre estiveram guardadas. Cada
autor corre neste rio com sete
poemas inéditos e um fotopoe-
ma.
Título: Pela Floresta
Autor : Anthony Browne
Editora : Kalandraka
Para os + crescidos...
Para os + velhos
Título: Rio de Doze Águas
Autor: António Gil et al
Editora: Coisas de Ler
Género: Poesia
"O livro é lido
para eternizar a
memória."
(Jorge Luís Borges)
Para os + novos...
O Inverno do Mundo retoma
a história no ponto exato em que
termina o primeiro livro. As cinco
famílias, americana, alemã, russa, in-
glesa e galesa, que tiveram os seus
destinos entrelaçados no alvorecer
do século XX, embarcam agora no
turbilhão social, político e económico
que começa com a ascensão do Ter-
ceiro Reich. A nova geração terá de
enfrentar o drama da Guerra Civil
Espanhola e da Segunda Guerra Mun-
dial, culminando com a explosão das
bombas atómicas.
Título: A árvore vermelha
Autor: Shaun Tan
Editora: Kalandraka
A árvore vermelha é um canto poético à esperança. A protagonista
sente-se triste, incompreendida, perdida, desorientada, vazia e
vencida pelas circunstâncias adversas... mas eis que, quando e onde
menos se espera, surge a luz ao fundo do túnel, o motivo desejado
para vencer o desânimo.
Título: O Inverno do Mundo
Autor: Ken Follett
Editora: Presença
Género: Romance
Título: Os Ciganos
Autor: Sophia de Mello
Breyner
Editora: Porto Editora
Ruy é um rapaz que vive numa casa que
não lhe parece ser sua. Há muitas re-
gras, muitas rotinas, tantas que nem
mesmo o jardim que rodeia a casa con-
segue ser suficientemente grande para
q u e s e s i n t a l i v r e .
Contudo, num daqueles dias de prima-
vera que caem lentamente ao som do
baloiçar das folhas, Ruy é surpreendido
pelo rataplã de um tambor que o desa-
fia a saltar o muro do jardim e a per-
correr os campos até se abeirar de um
acampamento de ciganos.
Título: D. Amélia
Autor: Isabel Stilwell
Editora : A esfera dos livros
Uma rainha não foge, não vira costas ao
seu destino, ao seu país. D. Amélia de
Orleães e Bragança era uma mulher mar-
cada pela tragédia quando embarcou, em
outubro de 1910, na Ericeira rumo ao
exílio. Essa palavra maldita que tinha mar-
cado a sua família e a sua infância. O povo
acolheu-a com vivas, anos antes, quando
chegou a Lisboa. Admirou a sua beleza,
comentou como era alta e ficou encanta-
do com o casamento de amor a que assis-
tiu na Igreja de São Domingos. A princesa
sentia-se uma mulher feliz. Mas cedo co-
meçou a sentir o peso da tragédia...
Enquanto a chuva
Escorrer da minha vidraça
E furar o telhado
Daquele farrapo de homem que
além passa
Enquanto o pão
Não entrar com justiça
Lado a lado
Mão a mão
Nem Jesus vem
Andar pelos caminhos onde outros
vão
Um dia
Quando for Natal
(E já não for Dezembro)
E o mundo for o espaço
Onde cabe
Um só abraço
Então
Jesus virá
E será
À flor de tudo
O Redentor
Universal
(Quando o homem quiser
Será Natal)
Manuel Sérgio
Feliz Natal a todos!
Acontece… nas bibliotecas P Á G I N A 4
ver a atividade “Em tempo de Natal…
Partilhar Poesia!”, com o objetivo de
inserir a BE nas atividades letivas e
envolver todos os departamentos
curriculares na comemoração do
Natal. Assim, será feita a seleção de
poemas no âmbito das várias discipli-
nas e serão elaborados marcadores de
livros com os poemas selecionados.
Em todas as turmas dos 2º e 3º ciclos,
nas diversas disciplinas, na semana de
10 a 14 de dezembro, far-se-á a decla-
mação /leitura dos poemas seleciona-
dos. Na BE terá lugar a exposição:
“Celebrar o Natal com Poesia”.
Também os alunos do PIEF e os alu-
nos do ensino especial participarão
nas atividades de Natal promovidas
pela Biblioteca do Infante, decorando
a árvore de Natal da BE com mensa-
gens alusivas à época natalícia e à
importância e valor dos livros / da
leitura .
Por sua vez, na semana de 10 a 14 de
dezembro, os alunos do 1º ciclo da
Escola de Fail e as crianças dos Jardins
de Infância de Fail, de Vila Chã de Sá e
de Ranhados deslocar-se-ão à escola
sede para uma visita à Biblioteca do
Infante e assistirão à “Hora do Con-
to”, promovida pela contadora de
histórias, professora Isabel Moura,
numa edição muito especial dedicada
aos mais pequenos…
Como forma de assinalar o Mês
Internacional das Bibliotecas Escola-
res, as bibliotecas do agrupamento
dinamizaram, ao longo do mês de
outubro, diversas atividades que se
entrecruzaram com os projetos do
agrupamento.
Este ano o tema selecionado,
“Bibliotecas escolares: uma chave
para o passado, presente e futuro”,
serviu de mote às atividades promo-
vidas pelas nossas bibliotecas: ativi-
dades de animação para a leitura
(Pré-escolar e 1º ciclo); trabalhos de
expressão escrita e plástica -“O que
é uma Biblioteca?” (Pré- escolar e 1º
ciclo); sessões na BE -"História das
Bibliotecas";
exposição - "As Mais Belas Bibliote-
cas do Mundo"; concurso literá-
rio/concurso de desenho “A Biblio-
teca Escolar do Futuro” (2º e 3º
ciclos); sessões com o autor/ ilustra-
dor Pedro Leitão (BE de Jugueiros).
Também ao longo do mês de outu-
bro, as bibliotecas chegaram aos
Jardins de Infância e Escolas do 1º
Ciclo através de atividades de pro-
moção da leitura (Biblioteca Itineran-
te: “ Um livro, um amigo” e “De
mãos dadas com os livros”), tendo
todos os alunos assistido à narração
da história “A Fada Palavrinha e o
Gigante das Bibliotecas” de Luísa
Ducla Soares. As crianças das escolas
sem biblioteca receberam com gran-
de entusiasmo os livros para leitura
domiciliária.
Durante o mês de dezembro, várias
serão as atividades dinamizadas pelas
bibliotecas do nosso agrupamento.
A Biblioteca do Infante está a promo-
Na BE/CRE de Jugueiros, vai de-
correr a Feira do Livro com a ani-
mação de atividades de leitura e o
enfeite do “Pinheiro dos Desejos”,
e m c o l a b o r a ç ã o c o m o s
Pais/Encarregados de Educação dos
alunos da escola. As crianças do
Jardim de Infância de Paradinha e de
Repeses farão uma visita à Biblioteca
de Jugueiros e assistirão à “Hora do
Conto”.
A Biblioteca D. Luís de Loureiro,
e no âmbito do projeto aLeR+, está
a promover uma atividade com as
turmas do 5.º ano da Escola D. Luís
de Loureiro, intitulada «aLeR+ o
Natal». Esta atividade visa essencial-
mente desenvolver as competências
leitoras, promover a escrita criativa
e as competências em informação e
envolve os professores de Portu-
guês, de Educação Musical, de Edu-
cação Visual, de EMRC e os direto-
res de turma, em Formação Cívica.
A atividade
culmina num
sarau de Natal
a realizar no
dia 13 de de-
zembro, na
biblioteca.
A BE/CRE D. Luís de Loureiro pro-
moverá ainda, em dezembro, a ativi-
dade «Natal... com livros!», atividade
que se inscreve também no projeto
aLeR+, e que visa promover a leitu-
ra e o desenvolvimento de hábitos
leitores. Com verbas oferecidas
pelas Juntas de Freguesia de S. João
de Lourosa e de Silgueiros, adquiri-
ram-se livros que serão presentea-
dos a todas as crianças da educação
pré-escolar e alunos do 1.º ciclo das
escolas afetas à BE/CRE D. Luís de
Loureiro. Para além da Feira do
Livro, que terá lugar de 10 a 21 de
dezembro, os alunos do 3.º ciclo,
em TIC, realizarão postais de Natal
digitais alusivos à leitura e aos livros
e, em todas as turmas dos 6.º, 7.º,
8.º e 9.º anos, será lido um con-
to/poema de Natal.