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Aspectos Históricos e Sociais que subjazem à Orientação Curricular: as tendências pedagógicas e as subjetividades da
comunidade – teoria e prática.
Conteúdo 1
Secretaria Municipal de Educação de CariacicaEMEF “ Euvira Benedita Cardoso da Silva”
Prof. Maria Dorotéa dos Santos [email protected]
![Page 2: Conteúdo 1](https://reader035.fdocumentos.com/reader035/viewer/2022062517/56813697550346895d9e2687/html5/thumbnails/2.jpg)
1. Aspectos 1. Aspectos Históricos: Históricos: IntroduçãoIntrodução
1. ASPECTOS HISTÓRICOS DO CURRÍCULO
Para início de conversa, o que é Currículo? Qual a relevância na escola?
Proposta Curricular é uma questão de Identidade ou de Subjetividade?
Nas discussões cotidianas quando pensamos em Currículo pensamos apenas
em conhecimento, esquecendo-nos de que o conhecimento que constitui o
Currículo está centralmente e intrinsecamente envolvido naquilo que somos, na
nossa identidade, na nossa subjetividade.
Currículo – vem do latim curriculum e seu significado é pista de corrida.
Na história do currículo, as teorias da eficiência social têm seu desenvolvimento
inicial associado aos trabalhos de Franklin Bobbitt e Werret Charters , e seu
ápice associado ao trabalho de Ralph Tyler. Bobbitt, em seu The Curriculum,
publicado em 1918, nos EUA, visava alcançar a eficiência burocrática na
Administração Escolar a partir do planejamento do Currículo e o fazia
transferindo as técnicas do mundo dos negócios, marcado pela lógica de Taylor,
para o mundo da escola. Nessa perspectiva, a criança era entendida como um
produto a ser moldado pelo currículo, de maneira a garantir sua formação
eficiente. Essa eficiência consistia no atendimento às demandas do modelo
produtivo dominante. Por isso, as atividades do adulto produtivo eram, para
Bobbitt, a fonte dos objetivos de um Currículo.
Nenhum outro modelo de construção curricular antes de Tyler foi capaz de
influenciar tanto a atividade de desenvolvimento curricular.
Revisão histórica de Currículo
Franklin Bobbitt
Frederick W. Taylor
![Page 3: Conteúdo 1](https://reader035.fdocumentos.com/reader035/viewer/2022062517/56813697550346895d9e2687/html5/thumbnails/3.jpg)
1. Aspectos 1. Aspectos Históricos: Históricos: IntroduçãoIntrodução
OrigemOrigem
1. ASPECTOS HISTÓRICOS DO CURRÍCULO
Na tradição teórica de Bobbitt, Charters e Tyler, em linhas gerais, havia em comum a estreita associação entre currículo e mundo produtivo, visando à eficiência do processo educacional, à adequação da educação aos interesses da sociedade e, conseqüentemente, ao controle do trabalho docente e à administração do trabalho escolar. Tais teorias interpretavam a escola a partir de princípios derivados do modelo de organização do mundo fabril. A idéia dominante é de que a escola poderia educar de maneira mais eficiente se reproduzisse os procedimentos de administração científica das fábricas (na época, o modelo taylorista-fordista) e se executasse um planejamento muito preciso dos objetivos a serem alcançados.
A prevalência dos objetivos, especialmente comportamentais, esteve intimamente relacionada a essa perspectiva.
A idéia, ainda muito presente no senso comum educacional de uma forma mais ampla, de que a qualidade do desenvolvimento curricular, e da educação de uma forma geral, depende de uma definição precisa dos objetivos a serem implementados e, por conseguinte, do perfil de profissional, de cidadão ou de sujeito social que se pretende formar, deriva do pensamento de que o currículo existe para atender às finalidades sociais do modelo produtivo dominante.
Origem nas fábricas
Ralph W. Tyler
Henry Ford
![Page 4: Conteúdo 1](https://reader035.fdocumentos.com/reader035/viewer/2022062517/56813697550346895d9e2687/html5/thumbnails/4.jpg)
1. Aspectos 1. Aspectos Históricos: Históricos: IntroduçãoIntrodução
OrigemOrigem
Necessidade Necessidade de Formaçãode Formação
1. ASPECTOS HISTÓRICOS DO CURRÍCULONecessidade de formação do trabalhador
Objetivos Objetivos comportamentais e comportamentais e
competências = competências = mensuráveis = mensuráveis = controláveiscontroláveis
Objetivos Objetivos comportamentais foram comportamentais foram
substituídos pela idéia de substituídos pela idéia de competênciacompetência
Em seguida: Em seguida: estendeu-se às estendeu-se às
diferentes áreas diferentes áreas do ensinodo ensino
Inicialmente: Inicialmente: associada aos associada aos programas de programas de formação dos formação dos trabalhadorestrabalhadores
Teorias Curriculares: Teorias Curriculares: Ensino para a Ensino para a CompetênciaCompetência
Anos 70Anos 70
O objetivo foi associar o comportamentalismo a dimensões
humanistas mais amplas, visando formar comportamentos (as
competências) que representassem metas sociais impostas aos jovens pela
sua sociedade e cultura.
![Page 5: Conteúdo 1](https://reader035.fdocumentos.com/reader035/viewer/2022062517/56813697550346895d9e2687/html5/thumbnails/5.jpg)
1. Aspectos 1. Aspectos Históricos: Históricos: IntroduçãoIntrodução
OrigemOrigem
Necessidade Necessidade de Formaçãode Formação
II. Teoria II. Teoria Tradicional Tradicional Crítica e Pós Crítica e Pós
Crítica: O Crítica: O Que São?Que São?
2. TEORIA TRADICIONAL CRÍTICA E PÓS CRÍTICA DO CURRÍCULO: O QUE SÃO?
Proposta Proposta CurricularCurricular
1. Os aspectos teóricos: descrição, representação, signo, reflexo de uma realidade.
2. Os aspectos históricos: localização temporal.
3. As justificativas: Porque e Para quê? O que queremos?
4. As tendências pedagógicas: aspectos políticos e pedagógicos.
5. Os aspectos sociais: Para qual sociedade? Quais as realidades sócio-culturais?
6. Os aspectos didáticos: quais conhecimentos são importantes? Qual o tipo de ser humano? Por que esses ou aqueles conhecimentos? Como praticar e avaliar esses conhecimentos?
O que é O que é Currículo?Currículo?
Lugar, espaço, território. O currículo é relação de poder. Trajetória, viagem, percurso. Currículo é identidade. Necessário autonomia e flexibilidade para a construção de uma proposta curricular. Mas é preciso um parâmetro, uma condução, uma identidade harmônica.
![Page 6: Conteúdo 1](https://reader035.fdocumentos.com/reader035/viewer/2022062517/56813697550346895d9e2687/html5/thumbnails/6.jpg)
1. Aspectos 1. Aspectos Históricos: Históricos: IntroduçãoIntrodução
OrigemOrigem
Necessidade Necessidade de Formaçãode Formação
II. Teoria II. Teoria Tradicional Tradicional Crítica e Pós Crítica e Pós
Crítica: O Crítica: O Que São?Que São?
Aspectos Aspectos TeóricosTeóricos
ASPECTOS TEÓRICOS
Para isto, necessário se faz considerar o que os aspectos teóricos da Educação definem.Vamos relembrar?O que fundamenta a Educação enquanto área de estudo e de trabalho?
1. Os modos de conhecer: Epistemologias que determinam as visões, formas de considerar a aquisição e/ou apropriação do conhecimento.
2. Os Fundamentos da Educação: Ciências e pressupostos da Educação.
3. As correntes e tendências da Educação Brasileira: Que tipo de Escola, de homem e de sociedade pretende-se. São os modos de ensinar e aprender para a realidade, para um determinado ideal filosófico e uma sociedade.
4. A harmonia pedagógica: o enviesamento e integração dos modos de conhecer, de ensinar e de aprender para a composição do eixo curricular de acordo com a identidade do Meio e seus aspectos.
ATIVIDADE 1 – BREVE RESGATE DAS TEORIAS DO CURRÍCULO: VAMOS RELEMBRAR AS TENDÊNCIAS PEDAGÓGICAS E AS TEORIAS DA APRENDIZAGEM? VAMOS HARMONIZÁ-LAS?
![Page 7: Conteúdo 1](https://reader035.fdocumentos.com/reader035/viewer/2022062517/56813697550346895d9e2687/html5/thumbnails/7.jpg)
ANÁLISO SÓCIO POLÍTICA
AbordagensSistema político
adjacente
Pressupostos Teóricos
Como o homem aprende?
Daí vem a visão de Ensino.
Sociedade Liberal: o pensamento livre para
o saber produtivo – 1789 – Revolução
Francesa.
Capitalismo
Os homens são diferentes
Visão Tradicional – Racionalista, do sujeito para o meio. Teoria Tradicional do Currículo.
Os homens são essencialmente iguais, mas a
vida em sociedade os
diferencia.
Visão Comportamentalista – Empirista – do meio para o sujeito. Teoria Tradicional do Currículo.
Visão Tecnicista – do método, da técnica para transformar o sujeito. Teoria Tradicional do Currículo.
Sociedade Progressista: o saber
para a busca equilibrada da
emancipação do sujeito.
Socialismo - Idealismo
A igualdade entre os homens não
se dá igualmente na sociedade.
Visão Libertadora – construir a partir de suas próprias descobertas. Teoria Crítica do Currículo.
Visão Libertária – Transformar-se a partir do meio para transformar, emancipar-se. Teoria Crítica do
Currículo.
Visão Interacionista – o sujeito não é somente racional, soberano, nem tampouco natural, puramente empírico. Ele é simultaneamente os dois na medida em que é um sujeito histórico-cultural. Teoria Pós-Crítica do Currículo.
TABELA 1 – Análise sócio-política da visão de Sociedade
1. Aspectos 1. Aspectos Históricos: Históricos: IntroduçãoIntrodução
OrigemOrigem
Necessidade Necessidade de Formaçãode Formação
II. Teoria II. Teoria Tradicional Tradicional Crítica e Pós Crítica e Pós
Crítica: O Crítica: O Que São?Que São?
Aspectos Aspectos TeóricosTeóricos
Análise Análise Sócio Sócio
PolíticaPolítica
![Page 8: Conteúdo 1](https://reader035.fdocumentos.com/reader035/viewer/2022062517/56813697550346895d9e2687/html5/thumbnails/8.jpg)
•Ensino;•Aprendizagem;•Avaliação;•Metodologia;•Didática;•Organização;•Planejamento;•Eficiência;•Objetivos;•Quais as Tendências, Técnicas da Aprendizagem e Abordagem do Ensino que se assemelham às Teorias Tradicionais do Currículo?
1. Aspectos 1. Aspectos Históricos: Históricos: IntroduçãoIntrodução
OrigemOrigem
Necessidade Necessidade de Formaçãode Formação
II. Teoria II. Teoria Tradicional Tradicional Crítica e Pós Crítica e Pós
Crítica: O Crítica: O Que São?Que São?
Aspectos Aspectos TeóricosTeóricos
Análise Análise Sócio Sócio
PolíticaPolítica
Teoria Teoria TradicionalTradicional
A partir de uma inter-relação entre os mecanismos teóricos da Educação, é possível adotar uma linha, norte para pensar a Proposta Curricular. No cenário curricular, as categorias de teorias de acordo com os conceitos que elas enfatizam são:
TEORIA TRADICIONAL DO CURRÍCULO
![Page 9: Conteúdo 1](https://reader035.fdocumentos.com/reader035/viewer/2022062517/56813697550346895d9e2687/html5/thumbnails/9.jpg)
•Valoriza as atividades teóricas ou práticas de racionar a partir da natureza, da hereditariedade, das raças, dos dons, da escola, do currículo.
•Considera que a razão e o pensamento são as únicas fontes de conhecimento em detrimento ao conhecimento que subjaz à ciência, à Escola, ao Currículo Programado.
•O conhecimento se dá por situações de treinamentos, repetição exaustiva e memorização.
•Os métodos são baseados em aulas expositivas como na demonstração dos conteúdos apresentados de forma linear e numa progressão lógica, sem levar em consideração as características próprias dos alunos.
•O professor é o detentor do saber e avalia o seu aluno através de provas escritas orais e exercícios.
TEORIA TRADICIONAL DO CURRÍCULO (CONT.)
1. Aspectos 1. Aspectos Históricos: Históricos: IntroduçãoIntrodução
OrigemOrigem
Necessidade Necessidade de Formaçãode Formação
II. Teoria II. Teoria Tradicional Tradicional Crítica e Pós Crítica e Pós
Crítica: O Crítica: O Que São?Que São?
Aspectos Aspectos TeóricosTeóricos
Análise Análise Sócio Sócio
PolíticaPolítica
Teoria Teoria TradicionalTradicional
![Page 10: Conteúdo 1](https://reader035.fdocumentos.com/reader035/viewer/2022062517/56813697550346895d9e2687/html5/thumbnails/10.jpg)
TEORIA CRÍTICA DO CURRÍCULO1. Aspectos 1. Aspectos Históricos: Históricos: IntroduçãoIntrodução
OrigemOrigem
Necessidade Necessidade de Formaçãode Formação
II. Teoria II. Teoria Tradicional Tradicional Crítica e Pós Crítica e Pós
Crítica: O Crítica: O Que São?Que São?
Aspectos Aspectos TeóricosTeóricos
Análise Análise Sócio Sócio
PolíticaPolítica
Teoria Teoria TradicionalTradicional
Teoria Teoria CríticaCrítica
•Ideologia
•Reprodução cultural e social
•Poder
•Classe social
•Capitalismo
•Relações sociais de produção
•Conscientização
•Emancipação e libertação
•Currículo oculto
•Resistência
Reflete a maneira em que a educação contribui para a Reflete a maneira em que a educação contribui para a formação de uma sociedade mais igualitária, enfatizando a formação de uma sociedade mais igualitária, enfatizando a escola pública. A escola visualiza o indivíduo adequando escola pública. A escola visualiza o indivíduo adequando suas necessidades ao contexto social em que está inserido.suas necessidades ao contexto social em que está inserido.
![Page 11: Conteúdo 1](https://reader035.fdocumentos.com/reader035/viewer/2022062517/56813697550346895d9e2687/html5/thumbnails/11.jpg)
O conhecimento ocorre na relação entre o sujeito e o objeto e através dela. Sozinho, o sujeito, por maiores que sejam suas potencialidades hereditários, nada é. Da mesma maneira, o objeto, não tem como manifestar suas características. Na interação, ambos são ativos e têm partes indispensáveis.
As práticas pedagógicas nessa teoria são aquelas que permitem que a escola, o professor, o aluno, a comunidade e outros envolvidos no processo educativo apreendam e sistematizem os conhecimentos juntos, numa relação de construção e interação.
Essa perspectiva dá mais importância a aprendizagem em grupo do que aos conteúdos separados, entendendo que a idéia de conhecimento não está no simples fato investigativo por meio de concepções aprendidas mas sim, nas interações e descobertas relacionadas às exigências da vida social.
TEORIA PÓS CRÍTICA DO CURRÍCULO 1. Aspectos 1. Aspectos Históricos: Históricos: IntroduçãoIntrodução
OrigemOrigem
Necessidade Necessidade de Formaçãode Formação
II. Teoria II. Teoria Tradicional Tradicional Crítica e Pós Crítica e Pós
Crítica: O Crítica: O Que São?Que São?
Aspectos Aspectos TeóricosTeóricos
Análise Análise Sócio Sócio
PolíticaPolítica
Teoria Teoria TradicionalTradicional
Teoria Pós Teoria Pós CríticaCrítica
•Identidade, Alteridade, Diferença;•Subjetividade;•Significação e Discurso;•Saber-Poder;
•Representação;•Cultura;•Gênero, raça, etnia, sexualidade;•Multiculturalismo.
![Page 12: Conteúdo 1](https://reader035.fdocumentos.com/reader035/viewer/2022062517/56813697550346895d9e2687/html5/thumbnails/12.jpg)
Para localizar a situação atual da educação profissional, é preciso fazer um breve histórico a fim de possibilitar uma análise da evolução da Legislação de Ensino, criando condições para repensar a situação atual com base na história passada.
3. FORMAÇÃO DE PROFESSORES E CURRÍCULO
1. Aspectos 1. Aspectos Históricos: Históricos: IntroduçãoIntrodução
OrigemOrigem
Necessidade Necessidade de Formaçãode Formação
II. Teoria II. Teoria Tradicional Tradicional Crítica e Pós Crítica e Pós
Crítica: O Crítica: O Que São?Que São?
Aspectos Aspectos TeóricosTeóricos
Análise Análise Sócio Sócio
PolíticaPolítica
Teoria Teoria TradicionalTradicional
Teoria Pós Teoria Pós CríticaCrítica
III. Educação III. Educação e Trabalho: e Trabalho:
OrigemOrigem
•As primeiras décadas do Império ;•Expansão da lavoura cafeeira;•Surto inicial de crescimento industrial;•Urbanização significativa;•Fim do regime escravo;•Início do trabalho assalariado.
MAIOR PARTICIPAÇÃO POPULAR NOS PROCESSOS POLÍTICOSMAIOR PARTICIPAÇÃO POPULAR NOS PROCESSOS POLÍTICOSMAIOR PARTICIPAÇÃO POPULAR NOS PROCESSOS POLÍTICOSMAIOR PARTICIPAÇÃO POPULAR NOS PROCESSOS POLÍTICOS
![Page 13: Conteúdo 1](https://reader035.fdocumentos.com/reader035/viewer/2022062517/56813697550346895d9e2687/html5/thumbnails/13.jpg)
As forças sociais que participaram do movimento foram as mesmas que governaram o país nos primeiros anos, freando os avanços em torno da educação: o Exército, as oligarquias cafeeiras e os intelectuais muito preocupados com a efervescência política oriunda da Europa
1. Aspectos 1. Aspectos Históricos: Históricos: IntroduçãoIntrodução
OrigemOrigem
Necessidade Necessidade de Formaçãode Formação
II. Teoria II. Teoria Tradicional Tradicional Crítica e Pós Crítica e Pós
Crítica: O Crítica: O Que São?Que São?
Aspectos Aspectos TeóricosTeóricos
Análise Análise Sócio Sócio
PolíticaPolítica
Teoria Teoria TradicionalTradicional
Teoria Pós Teoria Pós CríticaCrítica
III. Educação III. Educação e Trabalho: e Trabalho:
OrigemOrigem
Progressismo Progressismo e Novo e Novo ModeloModelo
Após estabelecida a nova situação, as oligarquias trataram de afastar o Exército e os Intelectuais, comandando o poder e a economia brasileira através da exportação do café. Isso arrefeceu ainda mais os investimentos e tentativas de se
estabelecer um caminho para a educação no país.
![Page 14: Conteúdo 1](https://reader035.fdocumentos.com/reader035/viewer/2022062517/56813697550346895d9e2687/html5/thumbnails/14.jpg)
ERA VARGAS: PERSPECTIVA PARA UM NOVO TRABALHADOR – TECNICISMO
1. Aspectos 1. Aspectos Históricos: Históricos: IntroduçãoIntrodução
OrigemOrigem
Necessidade Necessidade de Formaçãode Formação
II. Teoria II. Teoria Tradicional Tradicional Crítica e Pós Crítica e Pós
Crítica: O Crítica: O Que São?Que São?
Aspectos Aspectos TeóricosTeóricos
Análise Análise Sócio Sócio
PolíticaPolítica
Teoria Teoria TradicionalTradicional
Teoria Pós Teoria Pós CríticaCrítica
III. Educação III. Educação e Trabalho: e Trabalho:
OrigemOrigem
Progressismo Progressismo e Novo e Novo ModeloModelo
Era Vargas: Era Vargas: TecnicismoTecnicismo
Três Constituições precederam a carta magna de 1937: a Constituição outorgada pelo Imperador em 1824, a Constituição republicana de 1891 e a Constituição de 1934. Ao contrário da carta de 34, produzida por uma Assembléia Nacional Constituinte eleita pelo povo, a Lei maior de 1937 foi produzida pela tecnocracia getuliana (Francisco campos) e imposta ao país como ordenamento legal do estado Novo. A carta de 37 inverteu as tendências democratizantes da Carta de 34:
•1934: “Artigo 149 – A Educação é um direito de todos e deve ser ministrada pela família e pelos poderes públicos, cumprindo a estes proporcioná-la a brasileiros e estrangeiros domiciliados no país (...)”;
•1937: “Artigo 125 –” A Educação integral da prole é o primeiro dever e o direito natural do país. O Estado, não será estranho a esse dever, colaborando, de maneira principal ou subsidiária, para facilitar a sua execução de suprir as deficiências e lacunas da Educação particular”.
![Page 15: Conteúdo 1](https://reader035.fdocumentos.com/reader035/viewer/2022062517/56813697550346895d9e2687/html5/thumbnails/15.jpg)
ERA VARGAS (cont.)
3. EDUCAÇÃO E TRABALHO (cont.)1. Aspectos 1. Aspectos Históricos: Históricos: IntroduçãoIntrodução
OrigemOrigem
Necessidade Necessidade de Formaçãode Formação
II. Teoria II. Teoria Tradicional Tradicional Crítica e Pós Crítica e Pós
Crítica: O Crítica: O Que São?Que São?
Aspectos Aspectos TeóricosTeóricos
Análise Análise Sócio Sócio
PolíticaPolítica
Teoria Teoria TradicionalTradicional
Teoria Pós Teoria Pós CríticaCrítica
III. Educação III. Educação e Trabalho: e Trabalho:
OrigemOrigem
Progressismo Progressismo e Novo e Novo ModeloModelo
Era Vargas: Era Vargas: TecnicismoTecnicismo
![Page 16: Conteúdo 1](https://reader035.fdocumentos.com/reader035/viewer/2022062517/56813697550346895d9e2687/html5/thumbnails/16.jpg)
A Era A Era Vargas: O Vargas: O
Estado NovoEstado Novo
A Era A Era Vargas: Vargas: Novas Novas
Políticas Políticas EducacionaisEducacionais
ATIVIDADE 2ATIVIDADE 2
LDB’s: LDB’s: 4024/61 4024/61 5692/715692/71
A Qualidade A Qualidade no Ensinono Ensino
A QUESTÃO DA QUALIDADE DO ENSINO E AS INTENÇÕES EXPRESSAS A PARTIR DO CURRÍCULO
As grades curriculares e os demais elementos da Reforma Francisco Campos e das Leis Orgânicas do Ensino mostram com clareza que o ensino do 2º grau (chamado na época de ensino secundário e ligado estruturalmente ao “ginásio”) tinha como objetivo único o ingresso na Universidade. E quem podia efetivamente nela ingressar eram os alunos provenientes das camadas sociais economicamente mais favorecidas, ficando impedidos de chegar a esta modalidade do ensino os filhos de trabalhadores: os dados estatísticos já analisados o demonstram. Para os alunos oriundos da classe trabalhadora, essas duas reformas reservaram, em nível de 2º grau - ...
As grades curriculares e os demais elementos da Reforma Francisco Campos e das Leis Orgânicas do Ensino mostram com clareza que o ensino do 2º grau (chamado na época de ensino secundário e ligado estruturalmente ao “ginásio”) tinha como objetivo único o ingresso na Universidade. E quem podia efetivamente nela ingressar eram os alunos provenientes das camadas sociais economicamente mais favorecidas, ficando impedidos de chegar a esta modalidade do ensino os filhos de trabalhadores: os dados estatísticos já analisados o demonstram. Para os alunos oriundos da classe trabalhadora, essas duas reformas reservaram, em nível de 2º grau - ...
Disponível em http://www.cpdoc.fgv.br/nav_historia/htm/ev_linhadotempo
.htm
...os cursos profissionalizantes - rigidamente compartimentados,
impedindo-se que entre esses cursos e os demais do ensino
médio houvesse possibilidade de passagem.
...os cursos profissionalizantes - rigidamente compartimentados,
impedindo-se que entre esses cursos e os demais do ensino
médio houvesse possibilidade de passagem.
![Page 17: Conteúdo 1](https://reader035.fdocumentos.com/reader035/viewer/2022062517/56813697550346895d9e2687/html5/thumbnails/17.jpg)
A Era A Era Vargas: O Vargas: O
Estado NovoEstado Novo
A Era A Era Vargas: Vargas: Novas Novas
Políticas Políticas EducacionaisEducacionais
ATIVIDADE 2ATIVIDADE 2
LDB’s: LDB’s: 4024/61 4024/61 5692/715692/71
A Qualidade A Qualidade no Ensinono Ensino
A QUESTÃO DA QUALIDADE DO ENSINO E AS INTENÇÕES EXPRESSAS A PARTIR DO CURRÍCULO (CONT.)
Os cursos profissionalizantes, concebidos desde a Reforma de 1930/31 como maneira de atender às populações escolares provenientes das classes trabalhadoras, passaram a se constituir em “habilitações”, resguardando-se o chamado “núcleo comum” como uma base supostamente igualitária para todos.
Tanto educadores como alunos, em grande parte, não aceitaram essa fórmula. Em decorrência, a legislação editada em 1982 (Lei 7.044) acabou por eliminar a obrigatoriedade anteriormente estabelecida. É preciso considerar, ainda, que as habilitações em geral empobreceram os antigos “cursos técnicos”. O exemplo mais gritante é o que aconteceu com o antigo “curso normal” e com as escolas que o ministravam. Gomes, em estudo realizado no início da década de 80, apresenta um quadro-síntese das “Características do Ensino Médio no Brasil, de acordo com as Reformas de 1931 a 1971”. A apresentação desse resumo é útil para completar nossa análise.
![Page 18: Conteúdo 1](https://reader035.fdocumentos.com/reader035/viewer/2022062517/56813697550346895d9e2687/html5/thumbnails/18.jpg)
LINHA DO TEMPO
1930/1936Iniciando-se com a Revolução de 1930 e encerrando-se com o golpe de Getúlio Vargas que instalou o Estado Novo, esta fase tem como elemento principal de análise a Reforma Francisco Campos.
1937/1946Corresponde à duração do Estado Novo; as Leis Orgânicas do Ensino e as que criaram o SENAI (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial) e o SENAC (Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial) são os documentos legais fundamentais.
1947/1963
A queda do Estado Novo e a edição da Constituição Federal de 1946 são os marcos iniciais desta fase; encerra-se com o movimento militar de 1964. Permanece em vigor durante a maior parte deste período a legislação produzida durante a ditadura Vargas, sendo aprovada apenas em 1961, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei 4.024/61), principal documento legal a considerar.
1964/1982
Tendo por contexto os governos militares que se sucederam após o movimento de 1964, os elementos legais são a Lei de Diretrizes e Bases para o Ensino de 1º e 2º graus (Lei 5.692/71), os documentos que a complementam (em geral os Pareceres do Conselho Federal de Educação) e a lei que acabou por determinar a não-obrigatoriedade da profissionalização no ensino de 2º grau (Lei 7.044/82).
1983/1988
Com a eleição indireta do presidente da República (1984) no contexto de um movimento político que se propunha promover a “transição democrática”, a tumultuada posse em março de 1985, as eleições diretas para a Assembléia Nacional Constituinte (1986) e o desenvolvimento dos trabalhos para elaboração da Nova Constituição Federal (1987/1988), temos um panorama político em revolução e ainda não definido. Da nova Carta Constitucional deverá decorrer a legislação sobre Educação Nacional. Até que seja aprovada, continuam em vigor os dispositivos herdados dos governos militares. Modificação de caráter apenas ajustatório, a Resolução CFE nº 6/86 reformulou o Núcleo Comum do Ensino de 1º e 2º graus.
Vejamos a seguir um resumo de como se apresentava a educação Brasil na Primeira República até as substanciais mudanças por um país novamente democrático no início dos anos 80
![Page 19: Conteúdo 1](https://reader035.fdocumentos.com/reader035/viewer/2022062517/56813697550346895d9e2687/html5/thumbnails/19.jpg)
A Era A Era Vargas: O Vargas: O
Estado NovoEstado Novo
A Era Vargas: A Era Vargas: Novas Novas
Políticas Políticas EducacionaisEducacionais
ATIVIDADE 2ATIVIDADE 2
LDB’s: LDB’s: 4024/61 4024/61 5692/715692/71
A Qualidade A Qualidade no Ensino:no Ensino:
Linha do Linha do tempo 1tempo 1
Linha do Linha do tempo 2tempo 2
Período Período Militar: Militar:
Comentários Comentários às Leis às Leis
7024/827024/825540/685540/685692/715692/717044/827044/82
PERÍODO MILITAR
As reformas do ensino promovidas no período – Lei 5540/68 Reforma do Ensino Universitário e Lei 5692 - Reforma do Ensino Médio – correspondem a um esforço dos grupos políticos e intelectuais por uma reorganização legislativa da educação brasileira, mas não agradaram aos setores progressistas e não empolgou às parcelas de comunidade acadêmica que não eram simpáticos às inovações conservadoras do Governo.
Na Lei 5692/71 os anteriores curso primário e ciclo ginasial foram agrupados no ensino de 1º grau para atender crianças e jovens de 7 a 14 anos, cujo objetivo era a formação da criança e do adolescente em conteúdo e métodos segundo as fases de desenvolvimento dos alunos. A nova legislação deixou por conta do CFE a fixação de matérias e dos conteúdos do “Núcleo Comum do 1º Grau”. O 1º e 2º graus passaram a ter disciplinas do núcleo Comum obrigatórias e uma Parte Diversificada para atender às necessidades locais. O CFE fixou o Núcleo Comum extinguindo a divisão entre Português, História, geografia, Ciências da Natureza e colocando no lugar Comunicação e Estudos Sociais, Ciências. O 2º grau tornou-se integralmente profissionalizante. O CFE através do Parecer 45/72 relacionou 130 habilitações técnicas que poderiam ser adotadas pela para seus respectivos cursos profissionalizantes, mais tarde chegando a 158. Em certos casos o CFE chegou a prever várias habilitações para um mesmo setor o que chegou ao impraticável. As escolas poderiam montar um Currículo com habilitação de carne e Derivados e outro com a habilitação de Cervejaria e Refrigerantes.
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A Era A Era Vargas: O Vargas: O
Estado NovoEstado Novo
A Era Vargas: A Era Vargas: Novas Novas
Políticas Políticas EducacionaisEducacionais
ATIVIDADE 2ATIVIDADE 2
LDB’s: LDB’s: 4024/61 4024/61 5692/715692/71
A Qualidade A Qualidade no Ensino:no Ensino:
Linha do Linha do tempo 1tempo 1
Linha do Linha do tempo 2tempo 2
Período Período Militar: Militar:
Comentários Comentários às Leis às Leis
7024/827024/825540/685540/685692/715692/717044/827044/82
PERÍODO MILITAR
Dessa forma, surgiu um grave problema: as escolas particulares preocupadas em satisfazer os interesses da sua clientela e propiciar acesso ao 3º grau, desconsideraram as habilitações e continuaram a oferecer o curso colegial propedêutico à universidade. As escolas públicas obrigadas a cumprir a lei, foram desastrosamente descaracterizadas, além disso, não havia recursos humanos para transformar toda a rede de ensino nacional em profissionalizante.
A Lei 7044/82 reformula o ensino profissionalizante de “qualificação para o trabalho”, para a “preparação para o trabalho”. O 2º grau se livrou da profissionalização obrigatória e ficou sem características próprias. Esse conturbado momento ocorreu no Governo do último Presidente Militar, o General Figueiredo.. Essa lei ficou conhecida como o reconhecimento público do fracasso da Política Educacional da Ditadura.
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