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  • 7/24/2019 Contedo 1 bimestre

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    Colgio Estadual Professora RanulfaProfessor: EdimrioDisciplina Filosofia1 Srie do Ensino Mdio !imestre

    " origem da Filosofia

    A origem da palavra filosofia grega.Atribui-se ao filosofo e matemtica Pitgoras (IVa.C.) o uso inicial dela. Para Pitgoras, somenteo ser umano capa! de filosofar, isto , debuscar a sabedoria.

    A palavra filosofia deriva de dois termosgregos"

    #I$%& (pil'a)" ami!ade&%#IA (&opia)" sabedoria

    #ilosofia significa, portanto, ami!ade pela sabedoria, amor e respeito pelo saber.#ilosofo" o ue ama a sabedoria tem ami!ade pelo saber, desea saber.

    A filosofia entedia como aspira*+o ao conecimento racional, lgico esistemtico da realidade natural e umana, da origem e causas do mundo e de suastransforma*es, da origem e causas das a*es umanas e do prprio pensamento, um fato tipicamente grego.

    As principais caracter'sticas dessa filosofia nascente s+o" Racionalidade:a ra!+o usada como principal critrio na busca da

    verdade. A ra!+o est acima da eperi/ncia imediata e acima dafantasia m'tica.

    !usca de respostas: a solu*+o de um problema deve ser sempresubmetida 0 anlise cr'tica, em ve! de ser dogmaticamente aceita.

    n#estiga$%o: para se responder aos problemas, deve-se usar ainvestiga*+o e abrir m+o das eplica*es preestabelecidas.

    &enerali'a$%o: as eplica*es encontradas pelo pensamento lgico

    devem ter um alcance geral.

    A filosofia grega um modo de pensar e eprimir os pensamentospredominantes da camada cultura ocidental, da ual, em decorr/ncia da coloni!a*+odo 1rasil, ns tambm participamos.

    ( )"SCME)*( D" F+(S(F"

    A refle+o filosfica nasceu na 2rcia no sculo VI a.C., com os filsofos ueantecederam a &crates. A passagem da consci/ncia m'tica e religiosa para aconsci/ncia racional e filosfica n+o foi feita de um salto. 3sses dois tipos de

    consci/ncia coeistiram na sociedade grega, assim como, dentro de certos limites,coeistem na nossa.

    4es'odo, no sculo VIII a.C., relatou o mito da origem do mundo, segundo o ual2aia (5erra) surgiu do Caos inicial e, depois, pelo processo de separao, gerou6rano (Cu) e Ponts (7ar). 6niu-se, ent+o, a 6rano, e deu in'cio 0s gera*es

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    divinas. Como se v/, no mito esses seres primitivos n+o s+o apenas seres danature!a, mas divindades. Alguns filsofos gregos, por sua ve!, eplicam ue, a partirde um estado inicial de indefini*+o, ocorre a separa*+o dos contrrios (uente e frio,seco e 8mido etc.), ue vai gerar os elementos naturais, como o cu de fogo (o sol), 9ar frio, a terra seca e o mar 8mido. Para eles, a ordem do mundo deriva de for*asopostas ue se euilibram reciprocamente, e a unio desses opostos eplica osfen:menos metericos, as esta*es do ano, o nascimento e a morte de tudo o uevive.

    A atitude filosfica reeita as interfer/ncias de deuses, do sobrenatural, buscandocoer/ncia interna, defini*+o dos conceitos, debate e discuss+o.

    Com &crates, essa busca da discuss+o e do rigor levou 0 cria*+o do camadomtodo socrtico ; a 7ai/utica. 3m geral, o mtodo dialgico de &crates constitu'do por dois momentos fundamentais"

    a ironia ue denuncia as verdades feitas e o falso saber daueles uepretendiam redu!ir o verdadeiro ao veross'mil.

    a maiutica, tcnica atravs da ual se consegue observar como ue umaci/ncia desconecida se transforma progressivamente numa ci/ncia

    conecida.

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    -"+(RES

    1. -alores?uando decidimos fa!er algo, estamos a reali!ar uma escola. 7anifestamos

    certas prefer/ncias por umas coisas em ve! de outras. 3vocamos ent+o certosmotivos para ustificar as nossas decises.

    ,. Fatos e #alores5odos estes motivos podem ser apoiados em factos, mas t/m sempre impl'citos

    certos valores ue ustificam ou legitimam as nossas prefer/ncias.

    3emplo" % dia @ de #evereiro de B99@ foi o dia mais importanteda semana, era um domingo.

    #acto" % dia @ de #evereiro de B99@ foi efetivamente um domingo.Valor impl'cito" % domingo como o dia mais importante entre os dias

    da semana.

    /.Fato6m facto algo ue algo ue pode ser comprovado, sobre o ual podemos di!er

    ue a afirma*+o verdadeira ou falsa. %s factos s+o igualmente suscept'veis degerarem consensos universais.

    0. -alorPodemos definir os valores partindo das vrias dimenses em ue usamos" a) os valores s+o critrios segundo os uais valori!amos ou desvalori!amos

    as coisas=

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    b) %s valores s+o as ra!es ue ustificam ou motivam as nossas a*es,tornando-as prefer'veis a outras.

    %s valores reportam-se, em geral, sempre a a*es, ustificam-nas.3emplo" Participar numa manifesta*+o a favor do povo timorense, pode

    significar ue atribu'mos 0 &olidariedade uma enorme importncia. A solidariedade neste caso o valor ue ustifica ou eplica a nossa a*+o.

    Ao contrrio dos factos, os valores apenas implicam a ades+o de gruposrestritos.

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    6tica e Moral: Dois Conceitos de 7ma Mesma Realidade

    7oral um conunto de normas ue regulam o comportamento do omem emsociedade, e estas normas s+o aduiridas pela educa*+o, pela tradi*+o e pelocotidiano. FurJeimeplicava 7oral como a Kci/ncia dos costumesL, sendo algoanterior a prpria sociedade. A 7oral tem carter obrigatrio.

    D a palavra Mtica, 7otta (@NH) defini como um Kconunto de valores ueorientam o comportamento do omem em rela*+o aos outros omens na sociedadeem ue vive, garantindo, outros sim, o bem-estar socialL, ou sea, Mtica a forma ueo omem deve se comportar no seu meio social.

    A 7oral sempre eistiu, pois todo ser umano possui a consci/ncia 7oral ue oleva a distinguir o bem do mal no conteto em ue vive. &urgindo realmente uando oomem passou a fa!er parte de agrupamentos, isto , surgiu nas sociedadesprimitivas, nas primeiras tribos. A Mtica teria surgido com &crates, pois se eigemaior grau de cultura. 3la investiga e eplica as normas morais, pois leva o omem aagir n+o s por tradi*+o, educa*+o ou bito, mas principalmente por convic*+o eintelig/ncia. Vsue! (@NN) aponta ue a Mtica terica e refleiva, enuanto

    a 7oral eminentemente prtica. 6ma completa a outra, avendo um inter-relacionamento entre ambas, pois na a*+o umana, o conecer e o agir s+oindissociveis.

    % comportamento o resultado de normas estabelecidas, n+o sendo, ent+o,uma decis+o natural, pois todo comportamento sofrer um ulgamento. 3 a diferen*aprtica entre 7oral e Mtica ue esta o ui! das morais, assim Mtica uma espciede legisla*+o do comportamento 7oral das pessoas. 7as a fun*+o fundamental amesma de toda teoria" eplorar, esclarecer ou investigar uma determinada realidade.

    A 7oral, afinal, n+o somente um ato individual, pois as pessoas s+o, pornature!a, seres sociais, assim percebe-se ue a 7oral tambm umempreendimento social. 3 esses atos morais, uando reali!ados por livre participa*+o

    da pessoa, s+o aceitas, voluntariamente.Pois assim determina Vasue! (@NN) ao citar 7oral como um Ksistema denormas, princ'pios e valores, segundo o ual s+o regulamentadas as rela*es m8tuasentre os indiv'duos ou entre estes e a comunidade, de tal maneira ue estas normas,dotadas de um carter istrico e social, seam acatadas livres e conscientemente,por uma convic*+o 'ntima, e n+o de uma maneira mecnica, eterna ou impessoalL.

    3nfim, Mtica e 7oral s+o os maiores valores do omem livre. Ambossignificam Krespeitar e venerar a vidaL. % omem, com seu livre arb'trio, vai formandoseu meio ambiente ou o destruindo, ou ele apoia a nature!a e suas criaturas ou elesubuga tudo ue pode dominar, e assim ele mesmo se torna no bem ou no mal desteplaneta. Feste modo, Mtica e a 7oral se formam numa mesma realidade.

    Por" Eenan 1ardine

    REFER8)C"&I$VA, Dos Cndido da= &6

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    *R"!"+3( C(M( C()CE*( F+(S9FC(

    % trabalo, por conseu/ncia, o ue permite ao omem construir seu mundoobetivo e a si mesmo enuanto indiv'duo, buscando a satisfa*+o de suasnecessidades.

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    livre atividade consciente o carter espec'fico do omem= a vida produtiva vidaKgenricaL. 7as a prpria vida surge no trabalo alienado apenas como meio de vida.Alm disso, a vantagem do omem sobre o animal ; isto , o fato de o omem poderfa!er de toda nature!a etra-umana o seu Kcorpo inorgnicoL ; transforma-se, devidoa esta aliena*+o, numa desvantagem, uma ve! ue escapa cada ve! mais ao omem,ao operrio, o seu Kcorpo inorgnicoL, uer como alimento do trabalo, uer comoalimento imediato, f'sico=

    H. A conseu/ncia imediata desta aliena*+o do trabalador da vida genrica, daumanidade, a aliena*+o do omem pelo omem. K3m geral, a proposi*+o de ue oomem se tornou estrano ao seu ser, enuanto pertencente a um g/nero, significaue um omem permaneceu estrano a outro omem e ue, igualmente, cada umdeles se tornou estrano ao ser do omemL. 3sta aliena*+o rec'proca dos omenstem a manifesta*+o mais tang'vel na rela*+o operrio-capitalista.

    M dessa forma, portanto, ue se relacionam capital, trabalo e aliena*+o,promovendo a coisifica*+o ou reifica*+o do mundo, isto , tornando-o obetivo, sendoue suas regras devem ser seguidas passivamente pelos seus componentes. Atomada de consci/ncia de classe e a revolu*+o s+o as 8nicas formas para a

    transforma*+o social.

    Por Do+o #rancisco P. CabralColaborador 1rasil 3scola2raduado em #ilosofia pela 6niversidade #ederal de 6berlndia ; 6#67estrando em #ilosofia pela 6niversidade 3stadual de Campinas - 6