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CONTEXTO INICIAL

Golpe da maioridade (dez.1840): liberais articulam a ascensãoantecipada do herdeiro do trono imperial; ameaça defragmentação territorial e uma revolta geral de escravosfavorecem o apoio dos conservadores ao golpe.

Restauração do Conselho de Estado e do Poder Moderador.

Reformulação do Código de Processo Criminal: diminuição dospoderes dos juízes eleitos nas províncias.

Fim das eleições para Presidentes de Província: nomes voltam aser indicados pelo imperador.

Repressão aos movimentos políticos separatistas: Farroupilha(1845).

Explosão de revoltas liberais nas províncias de São Paulo e MinasGerais (derrota nas primeiras eleições gerais do 2º reinado).

Revolução Praiera (1847-48): movimento ocorrido emPernambuco, marcado por ideias liberais e defensor de umamplo programa de reformas políticas e sociais (voto universal,república, fim da escravidão, fim do poder central).

2º REINADO: busca de um equilíbrio político entre liberais e conservadores.

Características do parlamentarismo brasileiro (1847):

Cópia do modelo inglês.

Criação do cargo de Presidente doConselho de Ministros.

Busca de um equilíbrio aparente entreas forças políticas do Império.

O Primeiro Ministro era escolhido peloimperador (Poder Executivo) e não pelopartido de maioria no Parlamento(Poder Legislativo), como ocorre naInglaterra.

Parlamentarismo “às avessas”:aparência liberal, essência autoritária.

ESTRUTURA ECONÔMICA

Expansão da produção cafeeira brasileira a partir da década de 1820.

Preservação das atividades agrícolas tradicionais: tabaco (Bahia),açúcar (Pernambuco), algodão (Maranhão).

Grandes propriedades fundiárias e dependência dos capitais externos.

Presença de capitais ingleses e norte-americanos no financiamento daprodução brasileira.

Cafeicultura (1820-1850):

Concentração produtiva nas regiões do Vale do Paraíba e da Zona daMata.

Rio de Janeiro: Principal porto de escoamento da produção agrícola.

Constituição de uma enriquecida aristocracia cafeeira na região:Barões do Café.

Produção de caráter extensivo e dependente do tráfico negreiro e damão-de-obra escrava.

ECONOMIA CAFEEIRA

QUESTÕES POLÍTICAS E ECONÔMICAS

1843: Fim dos tratados comerciais estabelecidos com aInglaterra em 1810 por D. João VI.

1844: Aprovação das Tarifas Alves Branco (caráter inicialmentefiscal, objetivando um maior acúmulo de recursos pelo Estadoimperial).

1850: Aprovação da Lei Eusébio de Queirós extinguindo o tráficode escravos.

Dentre as consequências imediatas da proibição do tráfico deescravos podemos destacar:

O aumento do custo produtivo do café nas regiões do Vale doParaíba e da Zona da Mata mineira.

Perda da capacidade competitiva do café brasileiro no cenáriointernacional.

Expansão gradativa do tráfico de escravos entre as províncias doimpério.

Aceleração do processo de substituição da mão-de-obra escravapela mão-de-obra livre e assalariada.

Aplicação de somas consideráveis de capitais em atividadesindustriais dinamizadoras do mercado interno brasileiro.

QUESTÕES ECONÔMICAS

1850 – 1860: ERA MAUÁ

Irineu Evangelista de Souza – Barão de Mauá.

Período de modernização dos meios de transporte (navios à vapor,criação de redes férreas interligando as áreas produtivas aos portos),investimento nos serviços públicos (iluminação, limpeza das ruas) einvestimento nas atividades produtivas industriais.

Construção de cerca de 62 fábricas ligadas à produção de bens deconsumo não duráveis (têxteis, vestuário, alimentos, cigarros, bebidas,etc.).

Maior abertura aos investimentos e interesses financeiros ingleses nopaís.

Modernização Conservadora: preservação das estruturas econômicastradicionais e da escravidão.

IMIGRAÇÃO

FASE 1: SISTEMA DE PARCERIA (1847-1857):

Os fazendeiros produtores de café financiavam a vinda deimigrantes europeus para as áreas de plantio.

O imigrante recém-chegado à fazenda começavadevendo as despesas pagas pelo fazendeiro, tais como apassagem, a alimentação e as ferramentas utilizadas,tendo que entregar ao proprietário, como forma depagamento, a partir de um pequeno pedaço de terra“cedido” por este, metade da sua produção.

A outra metade da produção era negociada com oproprietário fundiário, que muitas vezes deduzia daí asdespesas de passagem e alimentação da família doimigrante.

1857: Revolta de imigrantes na fazenda de Ibicaba (SP) emvirtude das precárias condições de moradia e da situaçãode total dependência perante o proprietário fundiário.

IMIGRAÇÃO

FASE 2: IMIGRAÇÃO SUBSIDIADA (1860-1880):

O governo brasileiro ou provincial arcava com as despesas daviagem do imigrante e de sua família.

O imigrante passa a receber um salário fixo, a partir de um cálculo-base sobre a quantidade de pés de café cultivados acrescidos deuma pequena porcentagem nos lucros.

Direcionamento de boa parte dos imigrantes – italianos, alemães,belgas - para as áreas do oeste paulista.

Transformações políticas (unificações, revoluções liberais:perseguições políticas) e econômicas (consolidação docapitalismo industrial: precárias condições de vida e trabalho;desemprego.) na Europa favorecem o avanço da imigração para oBrasil.

1850: Aprovação da Lei de Terras. Mecanismo utilizado pelas elitesfundiárias em transformar as terras públicas (devolutas, que nãopossuíssem título de posse) em objetos de compra e venda,favorecendo assim a expansão dos latifúndios e a restrição doacesso à propriedade aos imigrantes europeus.

QUESTÕES DIPLOMÁTICAS E MILITARES

Guerra do Paraguai (1864-1870):

-Aliança entre Paraguai e Uruguai: Solano Lopez e Atanásio Aguirre

acertam os termos referentes aos interesses paraguaios de acesso

ao mar.

-Intervenção brasileira no governo uruguaio de Atanásio Aguirre(Partido Blanco – contra os interesses de Pedro II).

-Reação de Solano Lopez (ultimato) e início do conflito com o

aprisionamento do navio Marquês de Olinda e invasão de Mato

Grosso.

-Criação da Tríplice Aliança: D. Pedro II (Brasil), Bartolomeu Mitre

(Argentina) e Venâncio Flores (Uruguai – Partido Colorado).

-Iniciativa militar paraguaia (1864-65), desenrolar do conflito (1866-

1868), vitória do Brasil e aliados (1869-1870).

-Crise financeira agravada no pós guerra e imposição de pesadas

indenizações financeiras ao governo paraguaio.

QUESTÕES DIPLOMÁTICAS E MILITARES

Reflexos históricos do conflito:

Aumento considerável do déficit público no Brasil e na Argentina (gastosmensurados à um valor correspondente à 11 anos de arrecadação doorçamento imperial brasileiro).

Imposição de pesadas indenizações e ocupação militar do Paraguai por tropasbrasileiras.

Decréscimo da população paraguaia (estima-se que cerca de mais 400.000soldados morreram nos campos de batalha).

Deslocamento do Paraguai à condição de país periférico, tanto em termospolíticos quanto em assuntos econômicos, perante os governos do Brasil e daArgentina na América do Sul.

Consolidação dos Estados Unidos enquanto liderança política e diplomáticano continente americano (mediação do tratado de paz assinado entre Brasil eParaguai em 1872 feita pelo presidente Rutherford Heyes).

CRISE DO 2º REINADO

(1870-1880)

FATORES HISTÓRICOS:

Adesão das elites cafeeiras paulistas, das classes médias urbanas e dosmilitares às idéias republicanas.

1873: Criação do Partido Republicano Paulista (cidade de Itu): defesada autonomia provincial e da criação de um regime políticofederalista, descentralizado.

Oposição da Igreja Católica aos regimes do PADROADO (direitooutorgado pela Igreja Católica ao Estado imperial quanto à gestão dosassuntos administrativos das diversas paróquias, dioceses earquidioceses do Brasil) e BENEPLÁCITO (prerrogativa real de vetar asdecisões provenientes de Roma).

Desconfiança das elites cafeeiras da região do Vale do Paraíba quantoà criação da Lei do Ventre Livre (1871) e posteriormente da Lei dosSexagenários (1885).

CRISE DO 2º REINADO(1870-1880)

Movimento Abolicionista

-Expansão ocorre no decorrer do pós guerra do Paraguai (1870-1880).

-Sociedade Brasileira contra a escravidão: Joaquim Nabuco e Josédo Patrocínio (iniciativa privada e apoio aos planos de fuga dosescravos).

-Crescimento dos quilombos e dos seus respectivos defensores,incluindo membros da corte imperial.

-Periódicos da época: O Abolicionista (J. Nabuco) e Revista Ilustrada(A. Agostini).

-Leis abolicionistas: 1871 (Ventre Livre); 1885 (Sexagenários ouSaraiva-Cotegipe) e 1888 (Áurea).

-Questão central: abolição com indenização ou sem indenização?

PROCLAMAÇÃO DA REPÚBLICA

(1880-1889)

1880: Divisão daspropostas republicanasdentro dos setoresmilitares.

republicanosrevolucionários: propostade derrubada do regimemonárquico pela açãopopular através de umgolpe político,instaurando-se um regimedemocrático.

republicanosevolucionistas: propostade substituição do regimemonárquico através deeleições e ações políticasmoderadas, sem aparticipação efetiva dascamadas populares.

1889: Golpe político deiniciativa das liderançasmilitares no Rio de Janeiro:Marechal Deodoro daFonseca.

Aliança entre militares de altapatente, fazendeirosprodutores de café da regiãodo oeste paulista e membrosdas classes sociaisintermediárias concretiza-seno mês de novembro.

1889-1930: Período deconsolidação das elitescafeeiras paulistas no controledo aparelho de Estadobrasileiro

PROCLAMAÇÃO DA REPÚBLICA(Novembro de 1889)