Contextualizao e Misses (2)- Profª. Bárbara Helen Burns

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Contextualização e Missões Profª. Bárbara Helen Burns

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evangélico

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  • Contextualizao e

    Misses

    Prof. Brbara Helen Burns

  • Introduo a Contextualizao

    A. Devocional:

    Atos 14:8-18

    (Eles interpretaram o que ouviram e viam conforme sua cultura o suas crenas. A

    resposta de Paulo tambm foi segundo suas crenas; ele comeou onde eles estavam. No

    entrou com uma polmica sobre os Patriarcas ou a lei, mas sim, sobre a natureza.

    Explicou Deus em termos que eles podiam entender. Saltou "no meio do povo."

    Tambm os confrontou ["crenas vs"]. Antropologia nos ajuda entender as crenas, os

    valores, as estruturas sociais, os significados das coisas de um povo.).

    B. Bibliografia (levar os livros e explic-los)

    C. Definies (copiar e entregar para cada um)

    1. Cultura: O sistema dinmico integrado de padres adquiridos de

    comportamento, idias, e produtos que caracterizam uma sociedade e que a ajuda

    adaptar-se ao ambiente fsica, social e ideacional. Cultura consiste em formas,

    significados, e psicologia, ou pressuposies, cosmoviso, lgica e valores

    (Luzbetak, p. 74).

    2. Antropologia: O estudo dos seres humanos na tentativa de entender como

    pensam e vivem. Responde perguntas como: Por que constroem casas, usam

    roupas, falam lnguas, e organizam famlias? Como criam sociedades e culturas'?

    Como estas, por sua vez, os moldam? Como e por que as pessoas e as culturas

    mudam?

    3. Contextualizao: indefinida at agora. H vrias definies, dependendo de

    pressuposies e pano de fundo. Talvez a definio mais simples e abrangente

    seja a "integrao do Evangelho na cultura". Luzbetak disse que semear, fazer

    discpulos que podem baseado na interpretao correta da Palavra de Deus, construir

    a sua prpria expresso de obedincia e louvor a Deus. integrao do Texto

    com o contexto. Tim Carriker define como ... a expresso e realizao vita l

    do Evange lho dentro de contextos (sociais, pessoais, eclesisticos,

    polticos, econmicos, evangelsticos, etc.) especficos resultando em

    transformaes cognitivas (entendimento), volitivas (prtica) e afetivas (motivao).

    E a expresso do verdadeiro Evangelho em termos relevantes cultura

    receptora. um processo dinmico de duas foras: uma cultura em mudana, e

    uma mensagem ou programa de fora da cultura (Martin, p. 9). ... No tornar

    o evangelho mais agradvel, mas sim, mais compreensvel" (Francisco Leonardo).

    Nesta matria queremos que cada um trace uma definio bblica,

  • "contextualizada" e til para ao missionria no mundo que nos cerca.

    Portanto o estudo da Contextualizao no como fazer - no pragmtico.

    profundamente terico e teolgico. E o por qu. a justificao (ou no)

    teolgica de estratgias missionrias; envolve toda a ao e os resultados do trabalho

    missionrio - a expresso do verdadeiro Evangelho em termos relevantes cultura

    receptora.

    4. Viso do Mundo (Cosmoviso): As proposies bsicas sobre a natureza da

    realidade. A explicao do mundo e seus fenmenos. Envolve reas cognitivas,

    emotivas, e motivacionais (porque fazemos alguma coisa).

    5. Etnocentrismo: a tendncia (que todas as pessoas tm de uma forma

    ou do outra) de julgar os costumes e valores da prpria sociedade como o mais

    corretos (comida, dormida, roupa, casamento, enterro, falar com Deus, etc.) o como

    inferior o comportamento e valores de outros grupos tnicos.

    6. Sincretismo: A mistura de significados antigos e novos, de modo que a

    natureza essencial de cada um se perde.

    7. Aculturao: O aprendizado parcial, ou completo, de uma segunda cultura

    (aprendizado tico).

    8. Enculturao: O processo de aprendizado da prpria cultura, seja por

    ensino, seja por observao (aprendizado mico).

    9. Igreja Autctone: aquelas cujos membros praticam as verdades

    espirituais, sociais e morais do Cristianismo Bblico de uma forma relevante s regras

    culturais de sua prpria sociedade, sendo transformados conforme o poder do

    Evangelho.

    D. O Problemtico: as tenses de contextualizao e prtica missionria:

    1. Identificao vs Confronto (ser amigo e ser profeta)

    2. Irrelevncia vs sincretismo (passar por cima, ou deturpar o verdadeiro

    Evangelho?).

    3. Supracultural vs cultural (quais alguns exemplos ligados com costumes como

    vestimenta, culto, comida, divertimento, famlia?).

    4. Forma vs significado (Hiebert explica que na era colonial e cientfica, forma e

    significado eram iguais imposio de formas e da cultura ocidental). Na era

    positivista e modernista, os dois foram totalmente separados relativismo e

    situacionalismo. Ele indica a necessidade para "Contextualizao Crtica", que

    sabe distinguir quando so iguais e quando no so. Para fazer isto tem que

    conhecer profundamente o texto e contexto original, e a cultural receptora. [Paul

  • Hiebert, The Word Aniong Use. (P. 39 de Insights tambm)

    5. O Evangelho e cultura: (a) O Evangelho vs cultura (h) O Evangelho em

    cultura, (c) O Evangelho para cultura (Insights, pp.52f).

    6. Joo 17: estamos no mundo, mas no somos do mundo. Ef. 4:17: 1 Joo

    2:1517, etc. vs 1 Cor. 9!

    Qual o critrio para decidir? (A Bblia interpretada baseada numa boa exegese

    usando princpios hermenuticas coerentes com as intenes originais dos autores.).

    E. Os Modelos Missionrios na Histria (Luzbetak, cap. 3)

    1. O Modelo Etnocntrico

    a. A intensidade de etnocentrismo de um patriotismo perdovel at a xenofobia

    de Hitler.

    b. Os nveis de etnocentrismo cultural, subcultural, ou familiar (s vezes o

    subcultural mais forte do que cultural).

    c. As formas de etnocentrismo

    1) Paternalismo compaixo mal direcionada que tende a humilhar os

    "beneficiados..

    2) Triunfalismo levar a "civilizao" do missionrio junto com o

    Evangelho (i.e., "Manifest Destiny").

    3) Racismo e diviso de classes a cor ou o tamanho da casa que

    inferioriza a pessoa.

    2. O Modelo Acomodacional ou "indigenizado" um passo a mais de etnocentrismo,

    mas ainda sem respeito para a cultura e povo receptor. impor, em vez de semear.

    a. Respeita e utiliza os pontos bons da cultura.

    b. Tem a tendncia de tratar os nveis superficiais da cultura.

    c. Os agentes principais de mudana eram os missionrios, pessoas de fora da

    cultura que no tinham condies de entender profundamente as ansiedades, os

    valores, a cosmoviso da cultura.

    d. Implantava estruturas do missionrio e esperava que os nacionais as levassem

    para frente.

    3. O Modelo Contextualizado semear, fazer discpulos que podem baseado na

    interpretao correta da Palavra de Deus, construir a sua prpria expresso de obedincia e

    louvor a Deus. integrao do Texto com o contexto.

    A. Caractersticas principais que diferencia Contextualizao dos outros:

    1) Os discpulos e as igrejas locais so os agentes principais da encarnao do

    Evangelho na cultura (no os missionrios ou a igreja enviadora, apesar da

  • necessidade de sempre manter o elo forte com a igreja universal).

    2) O resultado enriquecimento mtuo (no o missionrio enriquecendo os

    receptores).

    3) A profundidade da penetrao do Evangelho bem maior do que os outros

    dois modelos.

    B. Tipos de modelos contextualizados (Luzbetak, p. 79f).

    1) O tipo "traducional" Kraft (geralmente tem uma idia "romntica" da cultura)

    2) O tipo liberacional TL

    3) O tipo "dialtico" (entre o Evangelho, a Igreja universal, histrica e a cultura)

    Luzbetak (RC).

    4) O tipo "crtico" (criterioso, usando critrios bblicos na definio de ao

    missionria), limitando a contextualizao aos parmetros bblicos Hiebort,

    Conn e a maioria dos outros missilogos evanglicos (Beyerhaus, Mayers,

    etc.).

    F. Pr-requisitos para a Contextualizao Bblica do Evangelho:

    1. Conhecer a Bblia no seu contexto

    Deus criou uma cultura pela qual comunicou humanidade. A Bblia descreve

    esta cultura; tambm vista hoje. AT -NT. (i.e. Ex. 23:19, Bailey, Luzbetak, p.

    241) exemplo: Na tribo Tzeltal, no existe palavra para rei. Os missionrios

    perceberam que o problema era fundamental. The problem was something

    much deeper than dynamic equivalence' communication. Paul's question was a

    fundamental one of epistemology, that is, about knowing God in context. But

    Paul and I realized that the problem was ours as well. How could Westerners

    whose mathematics teaches that one does not equal three conceive of a trinitarian

    God? How could North Americans steeped in materilaism think about God as a 'spirit'

    How could two very individualistic missionaries comprehend the 'body' image of

    Pauls' ecclesiology?

    [This was] the bedrock of the problem of contextualizaion a problem much

    deeper than the communication of the gospel by Christians to non-Christians.

    Contextualization is most fundamentally a problem of knowing God within the

    limitations of culturally specific human contexts. God's selfdisclosure in the midst

    of human cultures is like a square peg in a round hole, the dialectical mystery, at

    once revelatory and hidden, whereby we come to know God and to understand that

    we do not fully know God. The first question, then in contextualization is not the

    communication of the gospel so much as the understanding of the gospel, the

  • knowledge of God in context (Charles Van Engen "The New Covenant: Knowing

    God in Context", in What in the World is God Doing, Dean S. Gilliland, ed., pp. 74-

    75).

    Paulo Hiebert (Anthropological Insights for Missionaries) diz: "Since we are all

    given the right to real and interpret the Scriptures, our first task is to remain

    faithful to biblical truth. This begins with careful exegesis, in which the message of

    the Bible is understood within a specific cultural and historical context. Our second

    tyask is to discover what the meaning of the biblical message is for us in our

    particular cultural and historical setting and then determine what our response should

    be. This is hermeneutics. Although the message of the bible is supracultural above

    all cultures it must be understood by people living within their own heritage and

    time frame" (p. 19).

    2. Conhecer voc e o seu contexto

    Quais os pontos que nos ajudaro ou impediro no campo missionrio'? Quais

    aspectos culturais so tomados como bblicos e infalveis? i.e. casar de vestido

    branco cultura? Bblica? De onde veio? Pregar num plpito? Por que fazemos?

    Resultados de fatalismo? (Cita livros que podem ajudar)

    3. Conhecer a cultura receptora

    Quais os significados ligados com as formas? Como comunicar em termos inteligveis?

    Como contextualizar a igreja no novo contexto'? i.e. culto estilo do Oeste'? horrios

    de culto? usar cruz no pescoo anti-cristo? Esprita? As danas so demonacas?

    folclore? sensual? (Antropologia necessria.).

  • Contextua li zao e a Bblia

    2 Aula

    Devocional: Joo 7:14-24

    I. Objetivos

    A. Que o aluno possa discernir entre princpios bblicos e cultura

    B. Que o aluno tenha oportunidade de praticar a separao entre os dois.

    II. Introduo

    Timothy Warner de Trinity Evangelical Divinity School diz,

    Teologia o fundamento da prpria vida e certamente de todos os t ipos

    de ministrio cristo... Missiologia especialmente precisa de uma base

    teolgica. As cincias sociais so valorosas nas suas contribuies tarefa

    missionria, mas no podemos permitir que dominem. Teologia ainda o

    fundamento para nossa disciplina. No entanto temos que entender que o

    fundamento teolgico histrico bom no providenciou uma superestrutura

    completa; est sempre sendo construda. O estudo da revelao de Deus na Bblia

    sempre acontece dentro da cultura; e, desde que culturas so dinmicas e em

    constante mudana, a aplicao de verdade bblica sempre precisa ser

    responsiva ao processo de mudana. (Trinity World Forum, Fali 1988).

    III. Discusso da leitura (O Evangelho e a Cultura)

    A. Toda cultura manchada/reflete a imagem de Deus (p. 8)

    B. Definies: Cultura (p. 10), cosmoviso (p. 9, 10-11), identificao (eu),

    C. Lugar do Esprito Santo? (P. 11, 14)

    D. Entendimento da Palavra importante (p. 13)

    na sua cultura original

    -Reconhecendo nossas pressuposies (, "culos culturais", tradio, medo da Bblia

    contradiz o que cremos).

    Em obedincia (Mt. 18-20).

    Em comunidade: histrica e presente, exortando uns aos outros.

    E. A cultura julgada pela Bblia, no vice versa (p. 19).

    F. Forma e Significado (p. 12) (desenhar vela na lousa e pedir os alunos descrever os

    significados)

    Forma e significado so separados (geralmente ns confundimos os dois, pensando que

    forma significado). Uma forma em uma cultura no significa a mesma coisa numa

    outra cultura (i.e. danas [religio, social, folclore, sensual], cabelo cumprido

    [espiritual, vaidade, louco, sem higiene, hippie], msicas [drogas, religiosa, sexo, ritos

  • satnicos, folclore, comunidade, romance, amor, etc.]). Para ajudar distinguir a Eugene

    Nida usou dois termos:

    "Correspondncia Formal"--traduo literal da forma (sem significado)

    "Equivalncia Dinmica" --a forma muda, conservando o significado.

    Exemplos:

    1. Paulo Hiebert, (Missiological Insights for Missionaries) diz: "A associao de

    um significado, emoo, ou valor especfico com certo comportamento ou produto

    chamado 'smbolo"' (p. 37). Alguns exemplos:

    Linguagem

    Dinheiro

    Cheiros (ex. perfume)

    Vestimenta (uniformes, mulheres, homens de negcio, etc.).

    O missionrio deve discernir quando a forma e o significado so inseparveis (como

    Meca para os Muulmanos ou a cruz para Cristos, dolos) o quando no so (linguagem,

    simples esttuas, fotos, ritos religiosos [cp. Ceia batista e catlica, indo a igreja para

    louvar ou indo a igreja louvar].) Pessoas de culturas industrializadas tendem separar

    forma e significado, quanto pessoas de culturas em outras culturas tendem a no separ-los.

    2. Minha me e minha cunhada:

    G. Soluo (p. 21)

    IV. Exerccio prtico: Ler Ex. 23:19 e explicar o sentido do mandamento que Deus deu

    sobre leite de cabrito.

    A. O versculo e o mandamento no tm qualquer sentido para ns. (Inclusive por

    muitos anos ningum sabia de nada do seu significado.).

    B. Mas quando estudamos a cultura bblica podemos entender e discernir que h um

    princpio por trs da forma exterior. (Descobriu nos anos de 1930 o pano de

    fundo desta ordem). Na poca havia um rito de fertilidade entre as tribos canaanitas.

    Levavam uma sopa feita com o leite da cabra e o cabrito e aspergiam nos campos de

  • plantao para que produzissem mais.

    C. Qual o princpio? (Idolatria, ritos pagos, imitao do mundo ao redor).

    D. Aplicao: Preencher o quadro

    Ex. 23:19

    A Forma:

    Cabrito cozido no leite

    da sua me

    O Princpio:

    No misturar os ritos pagos

    com a vida cr ist. No

    confiar em outros

    poderes.

    Brasil

    A figa

    Centro Esprita

    Horscopo

    Guardar a Bblia ao lado

    da cama, etc.

    Idem

    Outras Culturas

    Cruz embaixo da cama

    Danas de chuva

    Pular na roa para fazer

    crescer o trigo

    Navajo--ir aos "ways" etc.

    Idem

    O cabrito cozido no leite da sua me tinha sentido para os judeus porque entendiam

    o princpio. Mas no tem sentido para ns porque nossa cultura diferente. Temos que

    descobrir o princpio fundamental para poder fazer a aplicao em nossa cultura sem ser

    uma forma vazia de sentido. Nossa tendncia levar formas reconhecidas por ns alem

    da nossa cultura. O que podemos fazer para evitar isto?

    G. Avaliao (Discusso em conjunto)

    Como podemos avaliar uma cultura na luz de princpios bblicos? Que

    pecado e que no ? De acordo com a Bblia:

    1. Quais so pecados declarados? (adultrio, mentira, roubo, idolatria, acepo

    de pessoas, ira, inveja, maledicncia, doutrinas falsas, orgulho,

    bebedice, glutonaria, etc.).

    2. Quais os provveis pecados, mas que no esto claramente decifrados? Por

    que voc acha que pecado? (Poligamia, fumar, cabelo, vu, caf, acar em

    excesso, coca-cola, etc.).

    3. Quais os pontos neutros? (Roupas, comida, casas, as cerimnias de

    casamento, etc.).

    4. Quais os mandamentos? (Unidade de famlia, justia, paz, amor, ordem

    social, humildade, longanimidade, idade, etc.).

  • Cultura (muda de lugar para lugar)

    Roupa (Luzbetak p. 76)

    Brasil agora

    Brasil em 1950

    A praia

    Os ndios

    A Turquia

    China

    Esccia 15 Sculos atrs

    Princpios Bblicos (no mudam)

    Vaidade Sensualidade Orgulho Gasto demais de $

    No usar a roupa do sexo oposto

    Comida:

    Brasil

    USA

    Inglaterra

    Mxico

    frica

    Frana

    Bangladesh (nada)

    Gluteria

    Vcio

    Prejudicial ao corpo

    Trabalho:

    Profisses

    Pedreiros

    Mdico

    Homem de negcios

    Pode julgar o status pelo salrio

    Motivos--dinheiro, status, forma,

    satisfao

    Orgulho

    Algum quer subir, abaixar o outro.

    Desonestidade

    Famlia:

    Extensa

    Nuclear

    Cls

    Tribos

    Envolvimento de outros

    Poligamia

    Desunio

    Desobedincia

    Falta de oportunidade

    Desamor

    Deslealdade

    Ritos Religiosos:

    Culto srio-quieto

    Culto pentecostal

    Culto comprido

    Outras religies

    Orgulho

    Formas Vazias

    Insinceridade

    Idolatria

    Governos:

    Parlamentar

    Democracia

    Ditadura

    Socialismo

    Comunismo

    Presbiterianismo

    Congregacionalismo

    Injustia

    Opresso

    Falta de liberdade religiosa

  • Concluso:

    Analisar no fcil. Os smbolos culturais variam de cultura para cultura,

    de lugar para lugar, e de poca para poca. Aqui estamos na mesma cultura mas mesmo

    assim no concordamos em

    muitos pontos. Temos reaes emocionais que foram

    programadas pela nossa cultura e ambiente. Muitas vezes cremos que este

    condicionamento cultural bblico quando de fato no . Se ns temos tanto problema

    no prprio Brasil, o que acontecer em uma outra cultura, com condicionamento, filosofia

    bsica, e experincias totalmente diferentes? Vamos impor o que nossa cultura dita s

    nossas emoes? Ou vamos avaliar e agir baseados nos princpios bblicos fundamentais.

    Mais uma vez, temos que evitar isto:

    3. Conhecendo a Bblia

    3. Conhecendo a nossa cultura

    3. Conhecendo a outra cultura receptora

    -No falando logo

    -Analisando, olhando, perguntando, ouvindo .

  • Contextualizao no Antigo Testamento

    A. Objetivos: Que os alunos:

    1. Possam perceber que contextualizao um conceito bblico e histrico;

    2. Comecem a fazer perguntas sobre o modo de viver e comunicar em outras culturas

    bblicas;

    3. Comecem a avaliar mtodos especficos de contextualizao com seus respectivos

    resultados positivos e negativos-,

    4. Comecem a valorizar as Escrituras como o meio principal de resolver problemas da

    vida cotidiana, especialmente os que so relacionados s situaes transculturais.

    B. Devocional: Joo 12:42-43. Perseguio razo para no pregar o verdadeiro

    Evangelho'? (ie., batismo entre os muulmanos?) Quem cria ia mudar de vida, de

    prtica, por isso seriam expulsos.

    C. Plano de Aula:

    1. Introduo: Profetas e contextualizao. Ez 3:15-27

    2. Em grupos pequenos os alunos respondero as seguintes perguntas em relao a

    Jos ou Daniel:

    a. Quais foram os princpios bblicos (ou que Deus deu a eles, mesmo antes da lei)

    que seguiram, apesar de diferenas culturais?

    b. Quais foram os traos culturais que adotaram?

    c. Como eles manifestaram a presena e o poder de Deus'?

    d. Quais foram os resultados'?

    3. Depois de terminar, todos juntos preenchem as seguintes categorias:

  • Categorias Jos Daniel e seus amigos

    Princpios bblicos que no modificaram (ou que No

    Transgrediram)

    Moralidade no adulterou, soube que queria pecar Contra

    Deus (39.9-10). (Nem permitiu

    flirtaes) Temor a Deus (39.9; 42.18)

    Compaixo (39.31)

    Confiana no Senhor (soberania

    de Deus) Perdo irmos, a mulher, o copeiro; no uma pessoa

    amargurada Perseverana

    Sempre deu crdito a Deus

    (40.8; 41.6,25)

    Obedeceram regulamentos de comida (1.8-14)

    No louvaram as imagens

    (3.12-18) (Pergunta: Por que no podiam louv-los? Quais as

    implicaes para umas alas de

    contextualizao hoje?)

    Continuaram orando (6.10) Foram humildes

    Dependiam de Deus (2.27-28)

    Jejuavam (10.12) Confrontou o erro

    (4.25,27;5.22-25)

    Aproveitaram oportunidades de explicar o Deus verdadeiro

    (2.27-30)

    No aceitou crdito (2.37)

    Traos culturais que aprenderam e adotaram:

    Identificao com a cultura

    Roupa - os irmos no o conheceram

    Tirou a barba (Egito)

    Lngua (42:23) (Era fluente para presos e reis. Inspirava

    confiana)

    A explicao do gado (46:31-

    34) Separou na refeio (45:22,

    42:23)

    Esqueceu da famlia (41:51). Participava da vida ali

    (39:22) Usou roupa de linho (Egito)

    (no l Israel)

    Notou quando eram tristes

    (40.6-7)

    Lngua e cultura (1.4,17) tica do corte real

    Nome (no usado

    constantemente, talvez porque eram nomes em honra de deuses

    [Life Application Bible, p

    1475])

    Deus deu profundo conhecimento dos escritos e

    cincia dos Babilnicos.

    Gostou dos outros, protegeu os sbios, etc.

    Maneiras que manifestavam o

    poder de Deus (como a

    realidade do seu Deus se tornava relevante aos egpcios

    ou babilnicos?) O ministrio

    deles no meio do povo

    Interpretao de sonhos

    Sabedoria

    Sade (1.15)

    Sabedoria (1.20)

    Inteligncia e o poder de interpretar vises e sonhos

    (2.28-30, 37,45;3.12,18)

    O 4 homem salvos do forno A loucura de Nabucodonossor Interpretao do escrito

    Vs. 1.17 mostra que Deus deu

    tanto habilidade cultural como poder espiritual.

    Os resultados naquelas culturas Priso

    Liberdade e elevao para ser

    pai de Fara e chefe de toda a terra (45.8-9)

    Deus o usou para conservar a

    famlia durante a fome e a nao (45.5,7)

    A cova dos lees

    O Rei Nabucodossor

    reconheceu o poder de Deus (2.47-49), honrou Daniel e seus

    amigos, glorificou a Deus

    (3.28-30), e fez a declarao (4.1-34, 37). Eram uma beno

    para o rei (1.20)

    Drio fez seu decreto (6.25-28)

  • Concluses:

    1. Jos e Daniel mantinham suas prprias convices baseadas no conhecimento de Deus.

    2. Eles se identificavam com muitos costumes do povo. Entravam na vida do povo em

    tudo o que seria permitido por Deus.

    3. Faziam uma grande contribuio para o bem das culturas onde se achavam

    serviam as naes como homens de Deus, com amor e discernimento.

    4. Manifestavam o poder de Deus em milagres, interpretaes de sonhos e escritos, e tinham

    sabedoria e poder. Eles escapavam aos perigos milagrosamente; eram sinais que

    o povo

    podia ver e entender.

    5. Eram autnt icos servos de Deus, se firmando nesta posio e vocao

    mesmo com conseqncias de sofrimento. Viviam com amor no meio das tribulaes

    para serem teis a Deus e ao povo.

    6. Concluso: Contextualizao tem que ter a sua base em princpios bblicos!

    Agora fazer uma comparao com Abro. Como foi que ele agiu numa cultura

    estranha'? (Gen. 12:10-20)

    Princpios divinos que no guardou No adulterar

    No mentir

    Trao cultural que aceitou Deixou sua esposa ser parte das mulheres

    do Fara

    Poder de Deus manifesto Pragas na casa de Fara

    Resultados Fara devolveu Sara

    Concluso e Comparao com Jos e Daniel

    Abrao tinha medo e fez compromissos, com Deus e com Sara. Os resultados

    foram maus. Abrao foi bem tratado naquele momento (o oposto dos outros dois), mas Fara

    foi prejudicado e a nao toda!

    Aplicao:

    1. Contextualizao tem que ter sua base em princpios bblicos e divinos.

    2. Quando Contextualizao excede os limites bblicos, os resultados so negativos,

    mesmo sem efeitos que parecem ser negativos no incio. (Pode ser mais fcil no incio no

    obedecer a Bblia.)

    3. Contextualizao de valor em todos os nveis da vida se feito conforme princpios

    bblicos.

    Ns, como missionrios transculturais, somos os servos de Deus neste mundo, enviados

    para viver e comunicar duma maneira significante e poderosa aos que so necessitados.

  • C o n t e x t u a l i z a o n a V i d a e n o E n s i n o d e J e s u s

    Filipenses 2:1-11

    A. Objetivos: Que o aluno:

    Aprenda que Jesus foi o exemplo principal de contextualizao em misses:

    Possa relacionar os acontecimentos especficos de contextualizao na vida de Jesus

    ao texto de Fp 2:1-11;

    Possa definir especificamente como Jesus foi o modelo de contextualizao;

    Possa aplicar estes princpios sua vida agora de maneiras especficas:

    Possa ver o equilbrio entre ao social e o Evangelho nestes versculos.

    B. Aula:

    1. Em discusso geral, ou em grupos pequenos responder as seguintes perguntas:

    a. Qual o objetivo principal de Fp 2:1-11 ? (Amor/humildade/servio aos outros,

    unidade do corpo [cp com Rm 15])

    b. Como Jesus exemplificou isto na sua vida? O que Ele fez de concreto

    (Encarnao/Servo/Obedincia a/Identificao/sofrimento at a morte)

    1. Abriu mo dos seus direitos

    2. Limitou-se voluntariamente

    3. Identificou com o homem

    4. Participava de tudo na vida humana.

    5. Vivia com seus discpulos, e com os pecadores.

    6. Falou, usando termos e analogias entendidas sobre a terra, pesca, templo,

    7. Tornou gua em vinho--uma necessidade especfica.

    8. Cumpriu a vontade de Deus; glorificou a Deus Pai.

    C. Qual a aplicao missionria? (Identificao/servio/encontro com os

    outros/contextualizao com os limites do pecado/confronto) Ler Willowbank, pp. 26-27.

    1) Renncia de status, independncia, imunidade, invulnerabilidade.

    2) Identificao com as pessoas nos seus contextos

    2. Em discusso compartilha as respostas. Perguntar para o grupo "Podemos

    mandar missionrios arrogantes? Auto-suficientes"?

    3. Em discusso ainda, relacionar Mt 20:20-28 e 23:1-12 com o assunto. Perguntar:

    a. Como Jesus Contextualizou no seu ensinamento nestes textos? (Identificao

    com a cultura [contexto religioso, poltico], confronto, descontextualizao,

    transformao! [cp com 2 Cor 3:l ss])

    b. Qual a ligao com Fp 2?

    c. Como aplic-los no Brasil? (No seguir hierarquias culturais que contrape

  • princpios bblicos. Humildade dos lderes e todos. Investimento no

    desenvolvimento dos outros.)

    4. Palestra relacionando tudo no ministrio de Jesus.

    a. Joo 4:5-26: Atingiu uma necessidade, comeando com a realidade da mulher.

    Quebrou srios costumes (falou com uma mulher no poo era pedir relaes

    sexuais), confronto, aplicao da verdade, transformao de vida. Outro

    exemplo Lucas 9.

    b. Lucas 14:15-24:

    1) 1-6: chocou com sua ao, explicou com lgica--confrontou a religio

    2) 7-14: chocou com seu ensinamento direto--confronto de egocentrismo

    3) 15-24: chocou com as suas parbolas--confronto do etnocentrismo judaico

    (13:29-30)

    c. Resumindo: Jesus curava, libertava, falava atravs de pregao, dilogo,

    perguntas, fazia discpulos com ensinamento profundo e contnuo, baseava os

    ensinamentos no AT, servia--lavando os ps, dando comida, compartilhando,

    enviando para que eles pudessem adquirir experincia, dando sua vida!

    5. Concluso

    a. Jesus investia sua vida em outros.

    b. No havia algo humilde demais para ele fazer.

    c. Dois fatores na vida e ministrio de Jesus so importantes: o processo e o

    contedo. O processo inclui a maneira de atingir necessidades, comeando

    onde a pessoa esta, identificando com, e muitas vezes, quebrando costumes,

    confrontando, explicando, transformando. O contedo o mesmo --toda a

    Palavra de Deus.

    d. Jesus vivia, ensinava, e ministrava dentro de parmetros claros. Ele atingia

    profundamente os homens na sua cultura, fazendo que fatores supraculturais os

    transformasse.

    Supracultural Teologia Revelado

    Cultural Interpretao cultural

    Teologias no so assim:

    Mas assim:

    O Centro o mesmo. Devemos estar indo na direo do centro.

  • c. Como podamos aplicar tudo isto?

    1) Trabalhando numa favela (vamos morar l? Adotar o que? Como comunicar?)

    2) Guetos minoritrios

    3) Vizinhos

    Lucas 14:15-24

    Isaas 44:12-20--o que tem haver com contextualizao? Etnoteologia? Perguntas para

    grupos/grupo

    1. Qual o contexto da histria que Jesus conta? (Acontecimentos anteriores, cosmoviso,

    pessoas, aes, conversas, reaes, banquete numa casa de ricos [reclinando]. Is 25:6 -9

    fala de todos os povos num banquete!)

    2. Dentro do contexto, como voc encara o jogo/colocao/pergunta de vs. 15?

    3. Como voc entende o tom da resposta de Jesus?

    4. Qual o contedo da resposta?

    5. Qual a resposta da audincia, em sua opinio?

    6. Como o estudo do contexto cultural em Bailey ajudou seu entendimento desta cena?

    7. Que tipo de contextualizao fez Jesus aqui? (contextualizao existencial?

    Dogmtica? Usou etnoteologia?)

    8. Como podamos aplicar tudo isto para ns, na realidade brasileira? (Transportando

    princpios bblicos/tem que conhecer as 2 realidades.)

    Nas pregaes/evangelismo, exortando para no rejeitar Jesus

    Em convidar os pobres/outras naes/povos receptores.

  • As B as es B b l i ca s de M is se s

    A V i d a d o A p s t o l o P a u l o

    Atos 13 e 17

    A. Orao

    B. Discusso da leitura (Michael Green em A Misso da Igreja no Mundo de Hoje, capitulo

    3 (especialmente pp.63-64.)) Ler p. 68.

    C. Trabalho em grupos: Preencher o desenho conforme suas descobertas no texto,

    comentrios e dicionrios bblicos:

    D. As concluses

    1. Quais foram os resultados nos dois lugares? (Alguns creram, zombaria, cimes,

    perseguies).

    2. Contextualizao bblica significa que todos vo aceitar a mensagem?

    Nos seguintes textos temos o contedo de duas mensagens, para judeus e para

    gentios. Temos que lembrar que Lucas tem o objetivo de provar para Tefolis que o

    Cristianismo para gentios tambm, assim ele traz detalhadamente o contedo da mensagem

    em Atenas.

    Perguntas para os grupos:

    1. Quais os pontos de contato?

    2. Quais os pontos de confronto?

    3. O que diferente nas duas mensagens? (o pano de fundo e o caminho de chegar)

    Perguntas depois de preencher o quadro:

    1. O que semelhante? (mensagem, objetivos)

    2. Qual o objetivo dos dois grupos?

  • Atos 13.14-52 (17.1-6) Atos 17.18-31

    O Lugar Sinagoga em Tessalonia (17.1) Atos 13. Antioquia da Psidia: na

    sinagoga

    Arepagos em Atenas o lugar dos intelectuais se reunirem para discutir

    suas filosofias, religio e poltica. No

    p do Paterno e com viso ampla da cidade cheia de templos e dolos.

    Os pontos de identificao

    (pontos de contato)

    As Escrituras (17.2)

    Exegese do A.T. (13) juntos;

    Deus de Israel pas; hx; vitrias; poder de Deus; Davi;

    descendente de Davi Jesus; filhos de Abrao; para ns chegou a mensagem

    Estava junto; observava; falava; A

    religio deles/templos/arte. Um altar

    ao deus desconhecido / a cultura deles: o mundo, a natureza, o homem

    Deus Criador e sustentador. Todos tm os mesmos pais. Citou poeta deles.

    Os mtodos da comunicao

    (canal)

    Discusso

    Palestra, explicao, exposio,

    demonstrando com o A.T. (17.2,3)

    Discusso, dilogo, repostas e

    perguntas, disputa, contenda, usa

    processos de raciocionio.

    Contedo da mensagem At. 17: A morte e a ressurreio

    de Jesus o Messias. At. 13 (refere s outras

    categorias)

    Analise da:

    - Religiosidade do povo - A natureza

    - A existncia de Deus

    - O amor de Deus

    - O Representante de Deus na Terra Aplicao:

    - A identidade do Deus Desconhecido

    -A fidelidade e grandeza de Deus nas Suas obras; Ele a fonte da vida e o

    Dirigente da vida humana (vs 26). A

    humanidade deve buscar este Deus

    (274). - A morte e ressurreio de Seu

    Representante

    - O juzo A necessidade de arrependimento

    O confronto At. 17: Jesus = Messias

    Ressurreio dos mortos

    At. 13: Arrependimento (vs24); ressurreio (30); verdade sobre o

    povo e lideres judeus (27-8);

    perdo do pecado (38); no h justificao na lei de Moiss (39);

    aviso (40-41)

    - No feito com mos - No habita em templos - No ouro nem prata

    No servido por mos

    - Deus no agrada com imagens - A ressurreio (que para os gregos

    no existia)

    - Chamam-os de ignorantes

    - Questiona a cosmoviso dos estoicos e epicureus; eles tambm

    so responsveis diante de Deus e

    portanto necessitam de arrependimento.

    - juzo de Deus

    - Ressurreio (o que os epicureus no aceitavam)

    O Objetivo Jesus Morto, ressureto. Jesus Morto, ressureto.

    Resultados Conflito, alguns judeus

    acreditam, muitos tementes a Deus

    Conflito, alguns judeus acreditam,

    uma mulher e vrios outros.

  • Notas:

    Os Epicureus (fundado por Epicurus [342-270 B.C.].) creram que a realidade

    consiste em tomos de material. Assim os homens no tm alma e no h ressurreio.

    No h interao com os deuses. Assim Paulo diz que Deus no est distante. pecado

    e rebelio que afasta Deus e corrupta contato com Deus.

    Os Estoicos, fundado por Zeno (336-263 B.C.) tambm eram materialistas, mas

    acreditaram em um "logos" divino, ou Razo, que controla o universo. A tarefa da

    humanidade obedecer esta razo dentre de cada um, e assim se demonstra filhos dos

    deuses (Aratas, o poeta citado acreditava nisso como Estoico; Paulo usa como ponto de

    contato, refinando a definio). O mundo para eles cclico, Periodicamente o

    universo se queima e depois comea de novo. No h conceito de ressurreio. Aceitavam

    idolatria como meio de nutrir a chama divino dentro de cada um. Paulo, consciente disso,

    manteve a integridade da sua mensagem, separando-a da crena dos ouvintes. No havia

    sincretismo, mas era compreensvel pelos ouvintes, tanto que reagiram violentamente. Os

    ouvintes sabiam que estavam ouvindo algo de substncia.

    Paulo pede mudana no centro da religio. Por isso enfatiza a unidade da humanidade

    que transpe a relativa diversidade de culturas. Temos uma natureza em comum. A morte

    e ressurreio de Cristo so relevantes a todos os homens (Larkin, 1988:319-21).

    (Tambm, referncia a Atos 14: Em Listra houve um mito que Zeus e Hermes

    chegaram como homens pobres e foram rejeitados pela maioria. Quem os ajudou foi

    honrado. Por isso o povo no queria errar de novo. Tambm falavam uma o utra lngua,

    por isso Paulo e Barnab provavelmente no entenderam tudo. Quando entenderam,

    contextualizaram sua mensagem (HesselGrave o Rommen, 1989:9).)

    The apostles didn't understand the local Lycaonian language and ouly belatedly

    perceived that the mob was about to make animal sacrifice to them as gods. This was

    the most extremem cross-cultural situation the apostles had faced. But in each of the

    towns of that area, pagans turned to Christ and churches were founded, even where

    there were no synagogues. Timothy was a half-Jewish young man won during that tour.

    So the apostles proved that cross-cultural evanglism among the most extreme idolaters

    was not only possible but greatly successful. When they reported back to the Antioch

    church, they all rejoiced how "He had opened a door of faith to the Gentiles" (Gordon Olson,

    What in the World is God Doing?, p. 68).

    Anotaes do Bertil: "A Importncia e o Perigo de Contextualizao na

    Interpretao das Escrituras" (Trabalho para o Mestrado da FTBSP, 1993).

    Apesar do tumulto, o resultado foi unia igreja e Timteo era dessa cidade (vs 21-22

  • e 16.1-2). Zeus (Jpiter) deus chefe e Hermes (Mercrio) era o porta-voz dos deuses.

    Que Deus permitiu que os povos andassem nos seus prprios caminhos mostra que

    o agente, o que controla. Controla a natureza tambm. Bertil conclui:

    1. A cura do homem paraltico mostra que o evangelho de Deus integral, alcana as

    necessidades.

    2. O claro rechao s homenagens previniu um sincretismo mais tarde.

    3. A mensagem no ora s milagre, mas confrontou com a situao pecaminosa dos

    habitantes e chamou de volta da idolatria para o caminho de Deus.

    4. Usou natureza e no as Escrituras para sua comunicao, mostrando-se sensvel ao

    conhecimento prvio do povo.

  • As B ases B b l icas da cont ext ua l i zao

    Os Ensinamentos do Apstolo Paulo

    1 C o r n t i o s 8 - 1 0

    Prof Brbara Helen Burns

    A. Isaas 42:1-12

    B. Orao

    C. Objetivos: Que o aluno

    1. Aprenda por limites na contextualizao, baseados na Bblia

    2. Tenha oportunidades de praticar o processo de fazer decises baseadas na Bblia

    3. Chegue ao ponto de poder aplicar estes mesmos princpios bblicos de

    contextualizao numa cultura diferente.

    D. Aula

    1. Em grupos pequenos preencher o desenho na pgina seguinte.

    2. Numa discusso geral, responder as seguintes perguntas:

    a. Citar pelo menos cinco razes pelas quais deve identificar-se numa cultura

    (objetivos/razes para contextualizao bblica).

    (1) No causa ao outro tropeo (8:9-13-, 10:32)

    (2) Ganh-los (9:19-23; 10:33)

    (3) No pecar contra o Senhor (8:12; 10:14-24)

    (4) Para manifestar a glria de Deus (10:31)

    (5) Para a edificao de outros (10:23)

    (6) Permitir que Jesus atue atravs de ns--humildade (8:1-7)

    b. O limite de contextualizao em 10:14-24 idolatria.

    c. Os dois captulos no se contradizem porque tratam de situaes diferentes.

    (1) dolo no nada (8:4) vs dolo demnio (10:20)

    (2) Pode comer (8:10:23-33) vs no pode participar (10:14-22) (Como encaixa

    em Atos 15:29'?)

    E. Palestra

    Quem pode decidir?

    O que idolatria?

    O que pode fazer/no pode fazer?

    Paulo dava princpios

    No ser escndalo

    No idolatra

    No ter orgulho

  • Amar

    O dolo no nada! (mas o demnio (no pode ter comunho com ele)).

    Paulo conhecia bem a cultura - e por isso podia dar diretrizes

    Mas a pessoa mesmo tinha que escolher em situaes especficas -Na casa dos

    outros

    Na compra

    No lugar

    Tinha que discernir o significado para ele e para os outros ao seu redor! No era

    regrinhas; lista de leis

    Temos liberdade--mas se no edificar ... (Rm. 14-, GI. 5:13,14; 1 Cor. 10:23)

    Para chegar forma numa igreja, evangelizando e ensinando duma forma

    contextualizada, Paulo identificava (I Cor. 9:16-27). O missionrio que no se

    identifica:

    No edifica (escndalo, ningum entende, interpretao errada).

    No humilde

    No tem direito de confronto ou de levar transformao

    Perguntas: Como foi mesmo que Paulo fez em I Cor. 9:16-27? Ele estava

    preocupado com qu? (sincretismo/obedincia)

    Obedecia a lei

    No obedecia a lei

    Circuncidou Timteo (At. 16:1-3).

    No circuncidou Tito (Gl. 2:1-5)

    Fez voto no Templo (At. 21:23-26)

    Que significa no Brasil? No exterior? fcil? ("Esmurrando o corpo")

    F. Comparao dom a leitura de Nicholls, cap. 4:

    1. H verdades supraculturais, imutveis (p. 50).

    2. A partir da supracultural h diferenas de expresso (51).

    3. Se o centro Deus Criador e Salvador (45), idolatria excluda (47).

    4. Aplicao no Brasil (47): manipulao de palavras sagradas, legalismo, etc.

    5. H necessidade de confronto, desculturao (48).

    6. Paulo conhecia o problema em Corinto (48)--a cultura.

    7. Sempre h tenso na interpretao do supracultural e cultural (50).

  • . . . . .......

    I Corntios 8 I Corntios 10:14-22 I Corntios 10:23-33

    O Assunto Tratado - Se podiam comer carne oferecidas

    aos dolos (8:1,4) - Se podiam ir s festas sociais

    ligadas com o templo (8:10) (Morris,

    p. 103)

    - Se podiam participar das festas

    idlatras (10:14-22)

    - Se podiam comprar ou comer carne

    oferecida aos dolos.

    Os atos permitidos - Ao comer os cristos tinham liberdade porque no era nada (8:4-8)

    - Comprar carne no aougue (10:25) - Comer carne servido numa casa

    particular (10:27)

    - Comer carne se ningum importa

    As proibies - Ser escndalo (8:9-13) - Ser orgulhoso na liberdade e

    conhecimento que tinham (8:1-3, 14-

    21)

    - Participar de idolatria associar com os demnios (10:14-21)

    - (Morris, p.119)

    - Participar daquilo que no edifica (10:23)

    - Buscar seu prprio interesse (10:24)

    - Comer carne se algum disser que sacrificada aos dolos (10:28)

    - Comer carne se vai atingir a

    conscincia do outro (10:29)

    - Ser tropeo (10:32)

    Os princpios tirados - Comida no tem nada. No existem

    outros deuses (8:4-6) - Pecar contra o irmo pecar contra Cristo (8:12)

    - Deus vive nos fracos tambm; no

    podemos desprezar ningum.

    - Todas as coisas so de Deus - Zelo para o irmo em Cristo

    - Cuidar da aparncia

    - Fugir da idolatria e tudo que est

    ligado com ela

    - Buscar os interesses dos outros

    - Do Senhor a terra e sua plenitude

    (10:26) (as coisas que Ele fez so boas. Comparar com Rm 2:14-14)

    - Fazer tudo para a Glria de Deus

    (10:31)

    - No ser tropeo - Ganhar muitos

    - Agradar muitos (10:33)

    Aplicao no Brasil

  • A H i s t r i a d a C o n t e x t u a l i z a o

    Brbara Helen Burns

    I. Devocional: Dt 18:9-13

    II. Discusso de Nicholls, pp. 7-20

    III. Pergunta:

    Como ir daqui Para c?

    Como comunicar o Evangelho da minha cultura para

    aquela cultura ?

    Como comunicar com pessoas onde eles pensam que esto e no onde voc pensa

    que devem estar?

    No uma nova pergunta: os apologistas lutaram com este problema. Como comunicar

    com os judeus? Romanos? Gregos?

    Muitos tipos de modelos de Contextualizao na histria existiam s vezes totalmente

    contraditrios durante a mesma poca. Um exemplo na poca das Redues de

    Paraguai quando no norte alguns padres decidiram caminhar junto com tribos nmades,

    ou morar nas suas vilas (Luzbetak, 1988:96). Por isso no podemos fazer

    generalizaes histricas. "Muito menos podemos culpar o passado, pois no podemos

    julgar eles na luz do nosso conhecimento e contexto social e cultural, esquecendo que

    daqui um pouco ser nossa vez de receber a condenao" (Luzbetak, 1988:84).

    IV. Um Pouco da Histria do Desafio de Contextualizao

    A. Gregrio o Grande (590-604) escreveu para Agostinho na Inglaterra no

    Sculo VII. (Ler Conn, p. ix-x em Kraft e Wisely, 1979, Luzbetak, p. 89)

    Mandou conservar os templos, mas destruir os dolos. (Mais tarde, no entanto, o

    prprio povo pediu para os templos serem destrudos) Agost inho fez

    "adaptao" - mudou o sentido das formas. No mesmo tempo Gregrio usava

    "persuaso" atravs de altos alugueis, tortura, priso para levar a converso (em

    Sardnia, no Inglaterra) (Bosch, 1988:223). Agostinho de Hippo realmente

    comeou esta tendncia quando concordou no uso de multas e confisco de

    propriedade para levar a converso (Ibid).

    B. Bonifcio (672-755) - Confronto ("Encontro de Poder"). Cortou a rvore em

    Geissmar, Alemanha. Quando as pessoas aceitaram o poder de Deus, cada uma

    tinha que fazer uma renncia dos seus dolos, louvor as rvores, prtica aminista,

  • etc. Cada um tinha que responder as seguintes perguntas (Tippett, 1987:260-63):

    "Renuncia o diabo?"

    "Renuncio"

    "E todo salrio do diabo'?"

    "E todas as obras do diabo'!"

    "Acredita em Deus o Pai Todo Poderoso?"

    "Acredita em Cristo o Filho de Deus'?"

    "Acredita no Esprito Santo'?"

    Bonifcio estava pondo em prtica xodo 34:13.

    C. Outros exemplos de confronto:

    Ansgar de Hamburgo foi para Dinamarca e Sucia em 831. O primeiro ato missionrio

    foi declarar que os deuses do povo no tinham poder para livr-los dos inimigos.

    Ele disse:

    Your vows and sacrificas to idols are accursed by God. How long will ye serve

    devils and injure and impoverish yourselves by your useless vows? You have

    made many offerings and more vows and have given a hundred pounds of silver.

    What benefit has it been to you? ... If you desire to make vows, vow and perform your vows to the Lord God omnipontent, who reigns in heaven, and whom I serve...

    If ye seek His help with your whole heart, ye shall perceive that His omnipotent

    power will not fail you (Charles Robinson, Anskar; Apostle of lhe North, trans. from Rimbert's Vita Anskarii [London SPG, 19211, 39, cited in Rommen and

    Hesselgrave, 1989:22).

    O que aconteceu? O povo aceitou e foram libertos de um ataque iminente. Depois

    os missionrios continuaram:

    Alas, wretched people,... ye now understand that it is useless to seek for help from

    demons who cannot succor those who are in trouble. Accept the faith of my Lord Jesus Christ, whom ye have proved to be the true God and who in His compassion has

    brought solace to you who have no refuge from sorrow... Worship the true God who

    rides all things in heaven and carth, submit yourselves to Him, adore His almighty power (ibid.).

    Constantino de Tessalnica tambm demonstra sabedoria no confronto com Islamismo

    em 870 a.C. Foi enviado para os muulmanos para defender a f. Uma das conversas

    foi assim:

    Speak no such despicable blasphemy. How well have we learned from the prophets, fathers and teachers to glorify the Trinity, the Father, the Word and the

    Spirit, three hypostases in one being. And the Word became flesh in the Virgin and

    was born for the sake of our salvation, as your prophet Mohammed bore witness when he wrote the following: 'We sent our spirit to lhe Virgin, having consented the

    She give birth.' For this reason I make the Trinity known to you (Ibid., 24).

    Confronto e utilizao do conhecimento profundo das escrituras e pensamento do

  • outro foram importantes mtodos missionrios.

    D. Cirlio (827-869) e Metdicas (815-885) - dois irmos da Igreja Ortodoxa

    que foram para Morvia em 862 ao convite do rei (j existia Cristianismo l, mas sem

    instruo [Luzbetak, p. 90]). Eles traduziram a Bblia, tinham cultos na lngua

    comum (contra os princpios de Roma), estabeleceram escolas e ordenaram um clero

    nacional. (Metdicas foi preso por vrios anos pelos bispos de Alemanha por causa

    disto [Cirlio j tinha morrido].)

    E. Islndia - no Sculo XI os islandeses fizeram sacrifcios humanos para se livrarem dos

    missionrios que tinham chegados ilha. Os missionrios decidiram mostrar que

    tambm eram dedicados ao seu Deus, e os dois lderes se jogaram no mar (e a

    morte) dizendo que era como "uma ddiva de vitria ao Senhor Jesus Cristo"!

    (Conn em Kraft e Wisley, 1979:xi).)

    F. As Cruzadas - no meio do desastre das cruzadas, Raimundo Lull (1232-1316),

    no esprito de Francisco de Assis, iniciou escolas para treinar missionrios para os

    muulmanos. Tinham que aprender a lngua e os pensamentos/doutrina. Os missionrios

    celtas, Las Casas e outros so exemplos contra o uso da fora. (Destruio [que incluiu

    St Bernardo de Clairvaux que considerou matar um muulmano a morte de um "mal",

    no de uma pessoa] vs comunicao. Usava o paradigma de Lc 14:23 nesta poca!)

    G. Mateus Ricci (1552-1610) - foi para China. Usou a forma de Confucio nismo. Se

    apresentou como um homem sbio do Oeste, como um banze da alta classe ou

    mandarim. Associou-se com a elite. Aceitou como social os ritos aos ancestrais

    (respeito famlia). Concertou relgios (realmente era dar corda...) que ele trouxe para

    l. Em 10 anos comeou uma igreja em que traduziu Deus como "Senhor do

    Cu" e continuou usando o termo "Shery" (Venervel) para Confcio porque referiu

    a qualquer objeto respeitvel. (Identificao/engano'?/Contextualizao sem limites'?)

    H. Roberto Nobili (1577-1616) - nasceu na Roma de uma famlia nobre, entrou na

    ordem dos Jesutas com 17 anos. Foi para ndia e Goa, onde descobriu quais foram

    os costumes que faziam barreiras entre o povo e os missionrios. No incio

    trabalhou com as castas inferiores, mas no entendeu porque s eles aceitavam.

    Depois foi para os de altas castas. Em Goa (Portugus) tinha que ter permisso do rei, s

    falar Portugus, e ir num navio de Portugal. Trabalhou entre paraivas (intocveis).

    Descobriu que eles chamavam os portugueses de "Parangi" - no era

    "Portugus" como ele pensava, mas "aqueles que comem carne, bebem, no tomam

    banho, usam sapatos de couro, ignoram regras sociais"! Os missionrios, tambm, eram

    Parangi!

  • Depois disso ele se tornou um "homem religioso" indiano e adotou a maneira de

    viver e vestir deles, andando na rua, no comia carne, no usava sandlias de couro,

    aprendeu bem a lngua, e ganhou milhares de seguidores. Deixou-os manter casta se

    no interferisse com o Cristianismo (exemplo de Unidade Homognea). No criticou

    nenhum trao cultural - nem casta, nem saci [comp. com Carey!].

    I. Misses Protestantes em maior parte comearam no fim do Sculo XVIII. Os

    missionrios no incio no havia dificuldades de identificao, de posicionar-se contra

    empresas coloniais (eram at rejeitados por elas). Carey, por exemplo, ou Bartolomeu

    Ziegenbalg [1682-1719], o l missionrio para ndia com a Misso Halle-Dinamarqusa,

    estudou Hindusmo e levou seus conhecimentos para Europa. Ali foi informado que o

    trabalho dele era erradicar Hindusmo, e no trazer superstio pag para Europa

    (Conn, 1984:77). Zinzendorf tambm tentou adaptar a mensagem para as culturas:

    instruiu seus missionrios a usarem termos do local e falou que se a maior necessidade

    dele era uma agulha, chamaria o Senhor de agulha! (Hesselgrave e Rommen, 1989:26),

    1

    William Carey outro exemplo, que organizou uma igreja na ndia, no uma

    misso. Ele tinha como alvo principal o treinamento de lderes nacionais para dirigir as

    igrejas. Preocupava-se com justia social, igualdade, amor. O Grupo Serampore disse:

    "Another part of our work is the forming of our native brethren to usefulness, fostering

    every kind of genius, and cherishing every gift and grace in them; in this respect we can

    scarcely be too lavish of our attention to their improvement. It is only by means of native

    preachers we can hope for the universal spread of the Gospel through this immense

    continent" (Wilbert R. Shenk, Internacional Bulletin Jan., 1990).

    As idias de Carey repercutiram em muitos lugares. Uma revista missionria em

    Londres em 1817 publicou o seguinte:

    The Christian church must give the impulse, and must long continue to send forth her

    missionaries to maintain and extend that impulse; but, both with respect to Funds and

    Teachers, a vast portion of the work will doubtless be found ultimately to arise from among the heathen themselves; who, by the gracious influence which accompanies the

    Gospel, will he brought gladly to support, as the Christian Church has ever done, those

    Evangelists whom God, by His Spirit, will call forth from among them (Shenk, Ibid.).

    Mas aps o Iluminismo, tudo se confundiu. A Era da Razo teve sua repercusso em

    misses:

    Confundiram amor com paternalismo. Povos so crianas, os "coitados"

    (resultado do evolucionismo, iluminismo, industrializao).

    Confundiram Cristianismo com a cultura anglo-saxo ou germnica (como os

  • missionrios catlicos confundiram com cultura ibrica), levando a cultura junto ao

    Evangelho. No apreciaram os valores positivos nas outras culturas co mo ordem,

    famlia, lealdade, comunidade.

    -Eram muitas vezes simples, sem muito preparo (apesar do fato que nas igrejas e

    lares a Bblia era mais ensinada do que hoje)

    Construram colnias missionrias - como exemplos de vida crist - e protegidas

    pelos poderes governamentais.

    -Julgaram pobreza=pecado (at hoje tem este problema nas igrejas?)

    "Cultura" = m ("primitiva" - muito ligado com as idias antropolgicas da poca:

    "primitivo" era "inferior")

    Tinham motivos mistos (evangelizar, melhorar a sociedade, comrcio, plantar

    igrejas, amor e compaixo, obedincia).

    O "Manifest Destiny", que teve seu ponto mais forte nos anos de 1880-1920 aconteceu

    em todas as naes ocidentais (Bosch, 1988:299). Alguns resultados disso eram:

    - Aldeias crists (Eliott, 1604-90. - Seu modelo foi levado para outros lugares [ler

    Mendona, p. 103, com uma crtica do livro])

    - Os convertidos tinham que aprender Ingls

    - Todos os aspectos das suas culturas eram repudiados.

    - Muitas vezes o missionrio controlava tudo, pagava tudo, construa tudo,

    dirigia tudo, decidia tudo. (Mesmo quando tinha lderes nacionais, geralmente os

    missionrios se reuniam separadamente e tomaram as decises principais).

    - Ficaram nos lugares mais confortveis - o litoral, ou em centros protegidos pelos

    seus governos.

    - No tinham o benefcio de missiologia, histria, etc. Fizeram geralmente o melhor que

    sabiam. No meio da sociedade daquela poca, eram considerados radicais!

    Abriram novas fronteiras, levaram o Evangelho no mundo inteiro (geograficamente).

    Deixaram exemplos de grandes homens e mulheres de Deus que at agora so modelos

    para ns (Carey, Paton, Judson, Nevius, etc.)

    Robert Speer disse: "No podemos ir ao mundo no cristo diferente do que somos

    e com nada mais do que temos. Mesmo quando temos nos esforado ao mximo de

    desentang le a verdade univer sa l da fo r ma oc identa l. . . sabe mos que no

    conseguimos" (Bosch, 1988:297, citando Hutchison 1987:121).

    V. A Histria da Discusso

    No Sculo XIX, no meio desta ligao entre "Cristianismo," "civilizao," e

    "Milenianismo" (no "pr" ou "ps", mas a esperana que os propsitos de Deus logo

  • iam ser cumpridos atravs do Oeste), vrios estratgias estavam sendo desenvolvidas

    para melhorar a situao.

    A. A "Igreja Indgena" - se tomou o "mais reconhecido conceito de emergir do

    movimento missionrio moderno do Sculo X^X.- (Wilbert R. Shenk, International Bulletin

    Jan., 1990).

    1 . James, pastor congregacionalista pregou sobre o assunto em 1826: "Leu it be a

    great object with us, to render our missions self-supporting, and selfpropagating" Shenk

    explicou a mensagem dele dizendo,

    ...sugeriu que este princpio fora baseado numa observao cuidadosa da natureza humana e a

    dinmica cultural. To somente algum indgena cultura realmente pode entender os costumes,

    idioma e cosmoviso do seu povo. O futuro da evangelizao e desenvolvimento da igreja tem que estar nas mos daqueles nativos a uma cultural particular. Ento, a prioridade no

    trabalho missionrio tem que estar no treinamento da liderana indgena (Shenk, Ibid.).

    2. Henry Venn (1796-1873) - Sc. Ex. da CMS (Inglaterra) de 1841-1872, e

    Rufus Anderson (1796-1880) - Sec. Ex. do American Board of Cortmissioners for

    Foreign Missions (Congregacional/USA) de 1826-1866.

    Foram os primeiros a consolidar as teorias quanto a situao geral de "imperialismo"

    ocidental ligado com Cristianismo. Legaram que a Igreja deve: auto propagar, auto

    sustentar, e auto governar (estas idias j foram propostas pelo prprio missionrio

    William Carey!). Depois de conseguir isto, os missionrios deveriam ir para outros

    lugares e comear de novo. Para esta finalidade eles queriam treinar lderes nacionais

    (no usar escolas como meio de evangelismo). O resultado deste sistema chegou ser

    chamado da A "Igreja Indgena". Mas houve problemas:

    Para preparar os "ministros nativos," Anderson acreditou que os candidatos tinham

    que se separar das suas culturas com a menor idade possvel, e morar na misso. Devia

    durar de 8 a 12 anos. (Anderson acreditou, como os demais, que a cultural Ocidental era

    "Crist.")

    Quando uma misso tentou pr as suas idias em prtica em Serra Leoa, no funcionou por

    ser cedo demais (Stephen Neill). Os seguintes problemas aconteceram:

    a. Focalizou na estrutura da igreja. Os lderes nacionais tinham que aprender as

    estruturas dos missionrios.

    b. Isto causou Institucionalismo - uma preocupao com detalhes de organizao,

    ordem burocrtica, administrao. Apagou a centralidade da natureza da igreja e

    elevou assuntos como se a igreja paga salrios, etc.

    c. Levou ao profissionalismo - clero profissional, pago - elevado e separado.

    d. Isto por sua vez criou secularismo - cultivou costumes do Ocidente como

  • competio, e outros modelos ocidentais. Luzbetak disse,

    Contextualization should be more concerned about worshipping, rather than worship.

    Contextualization should be concerned more about creating a genuinely prayerful "God-is-

    with-us" and "He-is-risen" atmosphere than about rules governing art, however important

    such rules may be for himilies, singing, organ playing, or arrangement of candles and flowers. There is something not quite right when the preacher, clioir, or others are more

    concerned about performing well than they are about worshipping well (p. 383).

    e. Assim assumiu uma idia esttica de cultura - uma cultura s (do missionrio)

    para sempre e para todos!

    3. Dr. John Nevius (1829-1893) - uns bons passos a mais!

    Um missionrio Presbiteriano de Chefoo, China que conhecia as idias de Venn e

    Anderson, mas as levou adiante. Tornou-se cada vez mais descontente com as estratgias

    da sua igreja (que ele nomeou o "Velho Plano") de contratar e pagar evangelistas e obreiros,

    criando dependncia. Construiu umas novas idias (que chamava do "Novo Plano") que

    dispensava esta primeira etapa dos missionrios construrem e formar a igreja para depois

    colocar liderana local. Resumindo, Nevius construiu seu plano baseado em dois princpios

    - estudo sistemtico e profundo da Bblia (que levaria ao louvor, evangelismo e

    avivamento) e independncia econmica. Publicou o livro Planting and Development of

    Missionary Churches in 1885. Visitou Coria em 1890 e deixou suas idias que se

    tornaram base para um crescimento fenomenal:

    a. Cada crente um mestre e um aprendiz - os missionrios tambm!

    b. Cada crente funciona de acordo com os seus dons.

    "Laos" no N.T. "Povo de Deus"--todos (pp. 290-299 de Eternal

    Word)

    c. O missionrio nunca deve ser um pastor, mas com itinerncia ajudar outros serem

    pastores.

    d. Cada crente deve permanecer onde est - no seu trabalho, etc. (sem aldeias) e

    testemunhar. Cada crente um missionrio.

    e. Mtodos e estruturas eclesisticas devem ser desenvolvidos apenas a medida que

  • as pessoas do lugar podem tomar responsabilidade do mesmo. Eles tinham que se

    governar.

    f. A prpria igreja deve chamar aqueles dos seus qualificados para a liderana, quem

    a igreja podia sustentar.

    g. As igrejas tinham que ter arquitetura coreana - feito pelos coreanos dos seus

    prprios recursos. Cada igreja era independente da misso. (exemplos aqui

    Cianorte, ISBEL, etc.)

    h. Tinham que fazer muitos estudos, cursos intensivos (TODOS)

    E Coria hoje? ' Por isso est crescendo! Discpulos de Jesus foram formados,

    homens e mulheres de orao! No oraram para ver crescimento da igreja, mas

    oraram pela seu relacionamento com Deus, e a igreja cresceu. Ns queremos imitar, mas

    os motivos so diferentes (p/ no falar egostas e manipuladoras) e no funciona.

    4. Roland Allen (1868-1947 11895-1903 na China])

    Qualquer interesse nos "trs autos" de 1850 foi esquecido no incio do Sculo XX.

    Roland Allen, reconhecendo isso, enfatizou o Esprito Santo em vez de dependncia em

    dinheiro, a misso, etc. Ele foi o primeiro a falar contra a dependncia das igrejas fundadas

    por missionrios. Ele diz, "Paulo comeava igrejas, ns comeamos misses" (Bosch,

    1988:379). Os missionrios iam com toda a sua mudana, recursos, $, etc. (Ex. 6

    missionrios da LMS levaram 868 carregadores para entra na frica Central no incio do

    trabalho! [Missiology Oct.'861) Allen sentiu a necessidade de ensinar as pessoas a

    depender de Deus, no dos missionr ios, nem em termos financeiros, nem

    espir ituais. Paulo no construiu edifcios (hoje constroem em primeiro lugar, depois

    vidas...) mas fazia verdadeiros discpulos.

    Allen notou trs sintomas de problemas: 1) Nenhuma igreja estava independente ainda,

    2) As prprias misses eram dependentes - ainda pedindo dinhe iro e recursos

    humanos para os mesmos pro jetos de 50 anos, 3) Os resultados em um lugar

    parece como em qualquer outro lugar. Ele disse: "Nossas misses esto trabalhando em

    pases diversos e no meio de povos diferentes, mas todos se aparecem.. . No h

    revelao nova. No h nenhuma descoberta nova de aspectos novos do Evangelho,

    nenhum desenvolvimento de novas formas da vida crist" (Shenk, ibid.). Financiamento

    pelos missionrios causa muitos problemas:

    a. Intrometimento estrangeiro: domnio de fora

    b. Envolvimento em coisas materiais

    c. Representao errada da razo da existncia da misso

    d. Pauperizao dos nacionais, desde que no tem as mesmas condies. (O missionrio

  • deve viver no nvel mais perto possvel do povo).

    e. Dependncia e controle

    f. Restrio do trabalho em apenas um lugar

    g. Levanta a pergunta: "de quem a construo'?" (exemplos no Rio, etc.)

    h. Novos convertidos tm que ser to bem ensinados que eles possam com facilidade pr as

    lies em prtica.

    i. Organizao eclesistica tem que ser lgica e sustentvel dentro da prpria cultura.

    j. A base econmica da igreja tem que encaixar na realidade local, e no depender do

    exterior.

    k. Os Cristos tem que aprender disciplina e responsabilidade mtua.

    1. A nova igreja deve logo exercer seus dons espirituais para servir e crescer

    espiritualmente.

    (Se o pastor/missionrio/professor domina a igreja/campo/sala de aula, os seus

    discpulos vo querer ter o mesmo poder. Seguimos nossos modelos - aquilo que

    vemos, muito mais daquilo que ouvimos!)

    Allen estava preocupado com os ensinamentos da Palavra de Deus quanto mtodos

    missionrios (no com tradies) ( o mesmo problema de hoje -ficamos

    impressionados e influenciados facilmente pelas novidades e no mesmo tempo presos s

    tradies, sem levar a Bblia a srio.)

    Allen negou a relevncia de argumentos baseados em sociologia e antropologia

    (como os de Warneck que dizia que os "nativos" eram inferiores, etc.). Para Allen a

    Igreja cheia do Esprito Santo e reforada pelos sacramentos, portanto o perigo da

    autonomia da Igreja no era em heresias ou o carter dos cristos, mas no paternalismo dos

    missionrios. Por essa razo ele encorajou os missionrios dar plena autoridade

    eclesistica, inclusive o direito de administrar os sacramentos e a Palavra e de ordenar

    novos ministros (Beyerhaus em Kraft e Wisley, 1979:18).

    A maioria no acreditava nas idias de Allen! (Hoje, sim!)

    5. Outros: No mesmo tempo houve muitos missionrios fazendo trabalhos marcantes

    como Frazer, Isabel Kuhn, H. Taylor, Sophie Mueller, Mary Slessor, Amy Carmichael, etc.

    B. A invocao para "indigenizao" - umas pessoas do movimento conciliar no

    aceitaram mais as idias de "igrejas indgenas." Mudou para "indigenizao" em

    Willingen, Alemanha, 1952.

  • Resumo do desenvolvimento das igrejas conciliares/evanglicas:

    Eles tinham perdido a China - perdido muitos recursos, hospitais, escolas, etc. Por

    isso em Willingen houve muito pessimismo. Sentiram que tinham que reformar o

    mandato missionrio da igreja. Por isso rejeitaram nesta reunio a importncia da

    evangelizao. A nfase foi para a ajuda dada s igrejas existentes, sem pensar em criar

    mais igrejas. Tinham medo de perder de novo. Tambm comearam a unir com a CMI;

    se tornaram "igreja-centrado" - no centrado no mundo, mas preocupado consigo

    mesmo. No meio disto tambm reconheceram que tinham que preparar as igr e jas par a

    fazer a obr a soz inhas. Defin iram, ent o, " ind igene idade" ou "indigenizao"

    como:

    Relacionamento com a terra - razes

    Capacidade de fazer elementos da cultura local cativo a Cristo

    Ministrio treinado para o local (e do local)

    Rejeio de colonialismo (j estava passando mesmo)

    Com isto comearam o FET (Fundo de Educao Teolgico) em 1958-59 em Gana

    com o intuito de ajudar instituies de educao teolgica no mundo inteiro. Shokie Coe

    (Taiwan) e Aharon Sapsezian (Brasileiro de Minas Gerais) eram os diretores.

    C. O termo "Contextualizao" (para mais detalhes verifica Rommen e Hesselgrave,

    Contextualizao, cap. 2.)

    Em 1972 o FET usou pela primeira vez a palavra "contextualizao." Para eles era

    algo "autntico, sempre perfeito, surgindo entre o encontro da Palavra de Deus e seu

    mundo..."---> praxis (Coe). Mas para eles a "Palavra" no a Bblia; a interao

    contnua, contempornea de Deus, sem razes objetivas. As idias sobre inspirao e

    interpretao bblica nesta poca foram informadas em grande parte pela co nfe rnc ia

    de F e Ordem e m Louva m ( B lg ica) . Para e les o contexto contemporneo

    determina o significado do texto. A Bblia demonstra sua autoridade em submeter-se a

    um questionamento recproco entre si e o contexto contemporneo.

  • (Veja Asian Christian Theology, Douglas J. Elwood, ed. [Philadelphia: Westminster,

    1976:48-55. Tambm Missiology, XI, 1 January 1982:95-111 e XIII, 2 April 1985:185-202.)

    A influncia do Evangelho Social (o Modernismo, que veio da Alemanha) j estava

    fortemente instalada no IMC desde o incio (Cp Bosch, pp. 319-327 para um resumo deste

    desenvolvimento, junto com Mendona e Valdir Steurnagel).

    Para FET contextualizao vai alm da indigenizao em que o contexto se toma a

    fonte de verdade teolgica. A igreja necessita prestar ateno para os "sinais" dos

    tempos, que a maneira de Deus falar conosco. A Bblia apenas faz parte da dialtica

    no processo; faz a Palavra de Deus audvel e inspira a f (Hesselgrave, 1994:115).

    Outras diferenas so (refere pginas 17-20 de Nicholls):

    Indigenizao - focalizou nos traos externos da cultura, i.e., msica, smbolos,

    arquitetura, estruturas organizacionais, etc.

    Contextualizao - inclui problemas sociais, economia, privilgio vs opresso.

    Indigenizao - cultura definida em termos estticos, imveis, tradicionais, sem

    mudana.

    Contextualizao - aprecia a flexibilidade das culturas. As culturas so dinmicas,

    mveis.

    Indigenizao - sistemas scio-culturais so fechados. Quando foram formulados

    eles estavam pensando em tribos e cls isolados, como a idia da "unidade homognea."

    Contextualizao - focaliza no nas unidades menores, mas nos sistemas

    econmicos e culturais globais.

    Indigenizao - acontece no campo missionrio. Tem uma idia romntica das

    culturas - otimismo, "a selvagem nobre..

    Contextualizao - v a mo de Deus e de Satans em todas as culturas. Pecado e

    sincretismo existem em nossas culturas tambm.

    Indigenizao - enfatizou problemas mais superficiais. Era no nvel de "como

    fazer" - como comunicar.

    Contextualizao - estuda a natureza, da comunicao, no s como fazer, mas quais

    so os efeitos de comunicao. Como que a comunicao reflete e muda a cosmoviso

    de um povo?

    Indigenizao - queria dar autoridade para os nacionais, mas da maneira do missionrio.

    E era s nas igrejas, no nas outras instituies da misso (hospitais, escolas, etc.)

    Contextualizao - inclui outras estruturas tambm. Queria ser nacional nas bases.

    (Veja (i transparncia (de Luzbetak comparando os dois.)

    Ento os movimentos conciliares no usam mais a palavra contextualizao. "Dilogo"

  • usado pela maioria, significando ajudar os no cristos serem melhor nos seus prprios

    contextos - culturas, religies, e estruturas polticas. "Dilogo" significa que Deus est

    na frente preparando o caminho em outras religies. Ambos, pluralismo ou extremo

    holismo so a base para "dilogo" (Bosch, 1988:486).

    D. O uso de "contextualizao" pelos Evanglicos

    1. Os Evanglicos tinham como pano de fundo a influncia de Eugene Nida e

    Wycliffe. Nida ensinava que a lngua expressa o corao.

    Superfcie lngua

    Nvel mais profundo-

    -Corao

    Ex., na Coria no usa o pronome pessoal porque Budismo no aceita o conceito de

    pessoas como indivduos. Tudo um.

    Ento Nida distinguiu entre forma e significado, criando os dois ternos:

    "Equivalncia Dinmica": "Correspondncia Formal":

    -Traduz o sentido -Traduz a forma, sem preocupar com o

    sentido

    (Veja a transparncia sobre traduo da Bblia baseado em Nida.)

    Nesta altura o conceito era limitado lngua, traduo da Bblia para s tribos

    indgenas. (Mais tarde Charles Kraft leva as implicaes para toda e esfera de vida

    transcultural.)

    Desafios novos influncia ocidental nos campos missionrios, levou a maior

    reflexo na rea de contextualizao (a Teologia de Libertao). A "Nova

    Hermenutica" tambm teve sua influncia: qual a influncia da cultura na

    compreenso da Bblia? Nos escr itores bbl icos? Os evang licos comearam

    perceber os problemas de desconfiana, separao entre teologia e misses, falta de

    reconhecimento que a prpria teologia do missionrio estava contextualizada (no verdade

    absoluta) com influncias histricas e culturais. Chegaram a concluso: na igreja ocidental

    tambm existe sincretismo!

    2. Em 1974 em Lausanne I Byang Kato (lder evanglico africano) usou a palavra pela

    1 vez entre evanglicos, enfatizando a transmisso do Evangelho em termos relevantes

    cultura receptora, no mesmo tempo cuidando a no fazer sincretismo. Kato estava

    preocupado com a probabilidade que contextualizao levaria a distoro do evangelho e

  • da teologia. Ele construiu 10 fundamentos para fazer contextualizao na frica.

    a. Permanecer com os pressupostos fundamentais de Cristianismo histrico.

    b. Expressar Cristianismo no contexto africano, deixando que o Julgue. No permite

    que a cultura tenha precedncia sobre Cristianismo.

    c. Ensinar as Escrituras e as lnguas originais para os homens, para que eles possam

    fazer uma exegese correta da Palavra de Deus.

    d. Estudar as religies no crists, lembrando que secundria, como foi para os

    evangelistas do Novo Testamento.

    e. Fazer evangelismo agressivo, no repetindo os erros dos lderes da igreja africana do

    3 Sculo quando se envolveram demais em discusses doutrinrias.

    f. Formar organizaes baseadas naquilo em que concordam. No deve ser "unity

    at any cosi".

    g. Definir termos teolgicos para evitar sincretismo.

    h. Com cuidado combater os sistemas no bblicos que esto entrando nas igrejas.

    i. Se envolver em ao social, mas no custa da evangelizao. Converses

    verdadeiras resultam em Cristos que revolucionizam as suas sociedades.

    j. Saber que frica precisa dos seus Policrpios, Athanasius, e Martinho Luteros

    que esto prontos a defender a f seja que for o preo.

    (citado em Hesselgrave e Rommen, 1989:110-11)

    Kato criticou John S. Mbiti (que defende uma contextualizao baseada na

    cultura) teologicamente e antropologicamente. Ele acusou Mbiti de no pesquisar as culturas

    africanas suficientemente e de estar fazendo declaraes no verdadeiras (veja pp. 109-110 de

    Hesselgrave e Rommen).

    O grupo em Lausanne que tratou do assunto de contextualizao chegou concluso

    que formas com significados profundos no podiam ser mudadas (ex. cordeiro, sangue,

    cruz), mas formas literrias superficiais no teriam problema. (Veja a transparncia sobre

    traduo.)

    3. Ren Padilla

    Em Lausanne I reclamou que Amrica Latina est sem teologia por causa da

    dependncia na Amrica do Norte. Recebeu de 2' mo, por isso no h comprometimento com

    teologia. ativista, sem reflexo. Disse Padilla que se precisa de lderes profundamente

    arraigados na Palavra de Deus e na sua cultura (justamente o objetivo principal de um curso

    de misses!), sorri ignorar o valor do trabalho de telogos do Ocidente.

    Padilla enfatiza a necessidade de arraigara hermenutica no mtodo histrico-gramatical

    para saber a inteno e significado do escritor original.

  • Contextualizao comea com uma exegese profunda do contexto contemporneo.

    Depois levanta perguntas para apresentar ao texto bblico. O profundo conhecimento do texto

    bblico ajuda responder corretamente e por sua vez fazer perguntas ao contexto

    contemporneo. O interprete enfrenta os pressupostos da sua prpria atitude sobre Deus,

    sua tradio eclesistica o sua cultura, mas deve procurar adquirir a perspectiva dos

    escritores bblicos (do homem em comunho com Deus) o mais possvel.

    Se a Igreja vai revelar Cristo dentro de cultura, deve primeiro experimentar a realidade da morte de Cristo em relao a cultura , . , Morrendo com Cristo, morremos para nossa prpria cultura e

    ento somos capazes de reconhecer com maior objetividade as maneiras em que somos

    condicionados por ela e tambm podemos apreciar os valores em outras culturas diferentes (em

    Kraft. 1979:307).

    4. Orlando Costas (Liberating News: A Theology of Contextual Evangelization,

    1989).

    Sofreu como membro de um grupo minoritrio (Costa Rica) nos Estados Unidos

    quando criana e adolescente. Afirma a necessidade de teologia, colocando como base

    principal dela as Escrituras, e depois a tradio e a experincia. O conhecimento de Deus

    depende da f, da comunho com Ele e do Esprito Santo que revela Jesus Cristo.

    Apesar de afirmar uma declarao evanglica sobre a inspirao bblica, aumenta

    bastante a dimenso humana e cultural do condicionamento das Escrituras. "Isto

    significa que para entender, proclamar e ensinar as Escrituras. temos que fazer o mesmo

    exame como qualquer outro documento. Temos que analisar criticamente o

    condicionamento histricos em que a Bblia surgiu para interpretar e comunicar

    adequadamente sua mensagem" (p. 17). Nisto Costas demonstra que ainda filho da Era da

    Razo. Com que instrumento vamos criticar a Bblia? Como vamos decidir o que

    condicionado culturalmente e que no ? Que parte vou aceitar como autoridade, e que

    parte somente para aquela poca?

    A contextualizao de Costas o tipo liberacional e cultural. Est preocupado com

    justia social como manifestao de uma f verdadeira crist. Sem dvida importante,

    especialmente num contexto em que as necessidades so agudas e a igreja parece estar

    cega quanto isso, mas s vezes se torna uma posio esotrica, s para um elite com

    capacidade de oratrio, e no uma responsabilidade de cada membro de cada comunidade

    crist. Aceita que Deus tem "preferncia" para os pobres, como a posio dos da TL.

    Interpreta Isaas 53 como para os cativos de Babilnia, a expiao feita para os pecados

    de Israel (pp. 92-93).

    por isso que Costas crit ica severamente vrios missilogos evanglicos. Eles

    no confrontam suficientemente pecados de opresso social. Ele fala em uma nota de

  • roda p,

    Estes modelos (de Kraft, Dayton, Fraser e Hesselgrave) poderiam oferecer alguma ajuda cultural-

    antropolgica, mas so social e teologicamente deficientes. Pois o reino de Deus uma realidade

    compreensiva e tratisformadora; no nada menos que o poder da nova criao (veja 1 Cor. 4:20;

    2 cor. 5:17). Uma evangelizao que est interessada em apenas descobrir as necessidades sentidas pelo povo para fazer o evan

    gelho relevante (Kraft) ... uma contextualizao superficial

    e profeticamente acrlica. De fato, reflete um escapismo em vista cia realidade do nosso planeta

    m, sob a liderana de principalidades e poderes demonacos presentes em quase todas as situaes humanas (p. 168-69).

    Costas exibe romanticismo e relativismo quanto a relao com a cultura em

    contextualizao. Por exemplo, cita uma orao das missas de quilombos no Brasil: -... O

    Deus de todos os nomes, - Yahweh, Obatala, Olorum, Oio... (p. 25). "Este Deus de

    muitos Nomes, conhecido aos Africanos e Judeus e feito conhecido aos Cristos por

    Jesus,... (p. 26). O sincretismo catlico-africano no Brasil considerado uma positiva

    expresso de contextualizao.

    Em contraste o autor enfatiza em captulo 6 que a mensagem da cruz no pode ser

    compreendida em outras culturas, que sempre uma "vergonha" e impossvel a explicar

    racionalmente. "Deus recusa de sujeitar o mistrio da cruz - de verdade sua estratgia

    para a salvao da humanidade - ao julgamento de sabedoria humana" (p. 105). Assim

    Costas mantm algumas das suas razes evanglicas.

    5. Don Richardson - apresentou a idia da "analgia da redeno." H restos da

    revelao e conhecimento de Deus em todas as tribos. Talvez ele exagera um pouco

    em dizer em O Fator Melquisedeque que todas a tribos tem uma crena num deus

    criador, e que podemos utilizar estas crenas, usando os nomes dos seus deuses na

    traduo de Deus (temos que ver o contedo do conceito destes deuses V. No A.T.

    Deus no permitiu que fosse chamado de Baal, Moloque, Dagom, etc.). Arthur

    Glasser no concorda com Richardson:

    It has frequently been noted that it never seemed to occur to the writers of the Old

    Testament to make any positive estimates of the polytheistic religions of their neighbors...

    Heinz R. Schlette speaks of their regard for other religions as 'extremely negativo' (Towards

    a Theology of Religions [New York: Herder and Herder, 1966], 25] and quotes in

    support such texts as 1 Kings 11:1-13; Jer. 2:26-28; 10:1-16; Is 40:18-20; 44:9-20;

    46:1-7.. Indeed, the gulf between the God of Israel and the gods of the nations is immense.

    Emil Brunner dismisses as wholly untenable the popular opinion that the biblical record of

    repeated acts of divine disclosure has its parallels in other religions.

    ...the O.T. contains no serious reflection on what might be called "authentic

    paganism. ' Its writers felt no constraint to mount any polemic against the essence of

    polytheism or belief in other gods, much less any repudiation of the pagan myths that

    clustered around these gods. They merely denigrated with vehemence any thought of divinity

  • attributed to lhe fetiches representing these alleged nonentities (i.e. Isa 44:9-20)...

    ... Wilhelm Schmidt produced six volumes (1926-35), Der Ursprung der

    Goddesidee, to establish the thesis that monotheism, or the belief in High Gods, can be

    found in the legends of many primitive peoples. At first scholars were impressed with the

    vast amount of data...

    ... Conservative Bible students were likewise excited. All could now contend that the

    existence of poytheistic and animistic religions throughout the world was lhe result of

    widespread devolution from the biblical monotheism extant at the very beginning of the

    human race, record in Genesis.

    On closer examination, however, it became apparent that Schmidt's 'High Gods,'

    although characterized by a sort of solitariness, were far removed from approximating

    biblical monotheism in any recognizable form. It is rather unfortunate that this

    particular application of Schmidt's thesis hs been recently revived and promoted by

    Don Richardson... What he unfortunately overlooks is that all alleged evidente for

    this on Prime Cause of all is so shrouded in mythology, so dependent on the world

    [rather than its Source], and so manipulatable by external forces that no common

    ground exists with the biblical God who is supreme over all (Art Glasser The Word

    Among us, Dean Gilliland, ed., pp 36-38).

    6. Charles Kraft - "Etnoteologia"

    Kraft no usa a palavra "contextualizao" no seu livro, talvez porque no concorda com

    a maior parte das definies dos primeiros a usarem a palavra.

    O que ele aceita deles que a Bblia pode falar diretamente para qualquer um se

    esteja despida das suas formas histricas. Realidade depende da cosmoviso da pessoa e

    uma realidade absoluta no pode ser aproximada. O sentido totalmente separado da

    forma (Hesselgrave e Rommen, 1989:59-60). Etnoteologia aceita que h uma teologia

    absoluta (supracultural), mas o homem no tem condies de conhec-la a no ser em termos

    especficos culturais. Conhecimento de Deus "culture-bound". Qualquer cultura aceitvel a

    Deus como meio de comunicao. (Considera Lv 18.3-4 e 24-25, 30,)

    Assim Kraft d demasiada nfase cultura. A cultura interpreta a Bblia, no vice

    versa, sem a Bblia transformara cultura. (Veja a transparncia do modelo de Loureno

    Rega.) Ele tem uma viso romntica e relativista das culturas (cultura=boa). Don Prive

    reclama que sua etnoteologia est sem critrios e limites externos, correndo srio risco de

    sincretismo ("Epistemologia e Contextualizao: Implicaes para o Currculo" [apostila no

    publicada]).

    Para Kraft a Bblia um "livro de casos" inspirado que mostra o processo de Deus

    na comunicao, sempre modificando conforme as culturas. O processo comea com

    este livro, porm apenas possvel "olhadinhos" para uma Teologia no livro de casos.

  • A Bblia um ponto importante na revelao de Deus (manifesto no fato que ainda

    existe), mas incompreensvel hoje por causa da distncia cultural entre o escritor e leitor. A

    revelao de Deus continua hoje atravs das culturas e suficiente para salvao sem a

    Bblia (pergunta: porque Cornlio tinha que ouvir a mensagem de Pedro, ento?). Por causa

    da comum humanidade, da

    imutabilidade de Deus, o do Esprito Santo (as "pontes

    hermenuticas"), a Bblia como livro de casos capaz de trazer compreenso suficiente

    para salvao e sant ificao. Esta salvao para Kraft envolve submisso a Deus,

    ou como Abrao (para povos mais ligados a cultura do A.T.) ou como os Cristos aps

    Cristo (Larkin, 1988:141, 43-44, 146-47). No precisa introduzir Cristo para ser salvo.

    (Refere a experincia na Colmbia.)

    Kraft extrapola do modelo de traduo da Bblia em que "as expresses culturais, como

    as palavras em uma traduo, devem ser locais e no as da cultura bblica ou da igreja

    enviados ou da Igreja universal" (Luzbetak, 1988:80). A Bblia uma rgua pelo qual

    medimos o sentido cultural no contexto; se equivalente aos casos bblicos aceitos ou

    tolerados por Deus, aceitvel hoje.

    On the divine level, this... context in which God discolsed himself to them.

    The Old Testarnent contains the record of his 'mighty acts' over more than a thousand years

    of history coupled with specific revelations of their meaning. All this took place in the same

    ancient world in which the gods of the peoples round about were likewise allegedly at

    work on behalf of their devotees. But here the similar ity ends, because God's

    might acts consistently reflected his character - his holiness and is grace - and they

    were always positive, redemptive, and powerful. He never followed the pagan gods

    in accomodating hinself to the politically powerful among their devotees, nor to any

    'natural' power that may have been latent within his own people. God's exercise of power

    was radical, for it was always conditioned on the premise that he had separated his people

    from the nations round about and was detemimed to work on their behalf - not primarily

    for their sake but in order to magnify his own name among the nations.... [Dt. 4:33, 341]

    As a result, our interpretation of biblical texts is built upon the certainty that the

    events recoreded in the Old Teatment acutally happened and bear particular

    relationwhip to Israel alone. God was concerned with other peoples and acted on their

    behalf, but not in the same revelatory sense (e.g., Amos 9:7). Martin Noth contends

    that the things that happened in Israel "simply never happened elsewhere" (The

    History of Israel, trans. Stanley Godman [New York: Hareper and Row, 1958]: 333-

    38]... His contention is that "the central elements of Biblical faith are so unique and

    sui generis that they cannot have developed by any natural evolutionary process from

    the pagan world im which they appeared [The Old Testament Against Its Environment

    {London: SCM Press, 1968, p. 7}] e art Glasser "Old Testament Contexualization:

  • Revelation and Its Environment," in The Word Among Us: Contextualizaing Theology for

    Mission Today, Dean S. Gilliland, ed.Dallas: Word Pub. 19891 p. 35).

    H uma separao essencial entre o A.T. e N.T. Apesar do fato que Kraft ajudou

    ajuntar teologia, antropologia e misses, as suas contribuies tm sido prejudicadas pela sua

    posio radical quanto a "equivalncia dinmica" em relao toda a ao missiolgica, no

    apenas na comunicao. (Ler Mirialil Adeney [apostila], Nichols, p. 12, e Conn [Eternal

    Word] pp. 168ff, e Robert Ramseyer [apostila].) " interessante observar que os escritores

    do Novo Testamento no modificam a mensagem do Velho para agradar os Gregos e

    Romanos" (Taylor e Nuflez, 1989:322).

    Para Kraft no h confronto entre teo