Continuação

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Continuação resumo do capítulo 16 IAPS: Atenção Primária Seletiva: A declaração de Alma-Ata foi criticada por agências internacionais com o argumento de ser muito abrangente e pouco propositiva. Assim, em um contexto mundial de baixo crescimento econômico e maior presença de governos conservadores, deu-se sequência nos anos posteriores, houve uma preferência pela concepção seletiva de APS, em relação a concepção de atenção primária à saúde. Priorizou-se, então, o controle de doenças em países em desenvolvimento, com a colaboração de agências internacionais como Fundação Rockefeller, Banco Mundial e Fundação Ford. No ano seguinte, quatro intervenções conhecidas como GOBI, por suas iniciais, passaram a ser difundidas entre os países pobres, de acordo com a atenção primaria seletiva: Growth Monitoring, Oral Rehydration, Breast Feedin e Immunization. Depois, foram incorporadas a esse pacote as iniciais FFF: Food Supplementtion, Female Literacy e Family Planning. Para refletir? As intervenções da APS seletiva são suficientes para a garantia do direito à saúde? Renovação do debate sobre atenção primária à saúde nas Américas: Após Alma-Ata, imperou nos países em desenvolvimento a implementação de uma APS seletiva. Contudo, a discussão de saúde se ampliou. A compreensão de que a saúde é um direito humano se expandiu e metas que visavam reduzir desigualdade e atingir equidade foram estabelecidas. Atenção primária à saúde: Experiência Europeia Ao contrários de países periféricos, em que se prevaleceu a APS seletiva, nos países europeus, a atenção primária continuou seu desenvolvimento como um dos níveis de atenção do sistema de saúde. Nesses países, os serviços de saúde correspondem a serviços ambulatoriais não especializados de primeiro contato, porta de entrada no sistema de saúde, incluindo diferentes profissionais e um leque abrangente de ações preventivas e de serviços clínicos direcionados a toda a população. Por tais fatos, e por cumprir em parte com os atributos de uma APS robusta, que não se restringe ao primeiro nível, a APS europeia não é considerada seletiva. Final: Uma boa organização dos serviços de atenção primária contribui em geral para maior eficiência do sistema. Pesquisas demonstram que um sistema de porta de entrada obrigatória reduz custos, em especial se operado por umsetor de atenção primaria que disponha de recursos adequados, pois a atenção realizada elo GP demanda custos menosres e resulta em menos.

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Continuação resumo do capítulo 16 IAPS:

Atenção Primária Seletiva:

A declaração de Alma-Ata foi criticada por agências internacionais com o argumento

de ser muito abrangente e pouco propositiva. Assim, em um contexto mundial de baixo

crescimento econômico e maior presença de governos conservadores, deu-se sequência nos

anos posteriores, houve uma preferência pela concepção seletiva de APS, em relação a

concepção de atenção primária à saúde. Priorizou-se, então, o controle de doenças em países

em desenvolvimento, com a colaboração de agências internacionais como Fundação

Rockefeller, Banco Mundial e Fundação Ford.

No ano seguinte, quatro intervenções conhecidas como GOBI, por suas iniciais,

passaram a ser difundidas entre os países pobres, de acordo com a atenção primaria seletiva:

Growth Monitoring, Oral Rehydration, Breast Feedin e Immunization.

Depois, foram incorporadas a esse pacote as iniciais FFF: Food Supplementtion,

Female Literacy e Family Planning.

Para refletir? As intervenções da APS seletiva são suficientes para a garantia do direito

à saúde?

Renovação do debate sobre atenção primária à saúde nas Américas:

Após Alma-Ata, imperou nos países em desenvolvimento a implementação de uma

APS seletiva. Contudo, a discussão de saúde se ampliou. A compreensão de que a saúde é um

direito humano se expandiu e metas que visavam reduzir desigualdade e atingir equidade

foram estabelecidas.

Atenção primária à saúde: Experiência Europeia

Ao contrários de países periféricos, em que se prevaleceu a APS seletiva, nos países

europeus, a atenção primária continuou seu desenvolvimento como um dos níveis de atenção

do sistema de saúde. Nesses países, os serviços de saúde correspondem a serviços

ambulatoriais não especializados de primeiro contato, porta de entrada no sistema de saúde,

incluindo diferentes profissionais e um leque abrangente de ações preventivas e de serviços

clínicos direcionados a toda a população. Por tais fatos, e por cumprir em parte com os

atributos de uma APS robusta, que não se restringe ao primeiro nível, a APS europeia não é

considerada seletiva.

Final:

Uma boa organização dos serviços de atenção primária contribui em geral para maior

eficiência do sistema. Pesquisas demonstram que um sistema de porta de entrada obrigatória

reduz custos, em especial se operado por umsetor de atenção primaria que disponha de

recursos adequados, pois a atenção realizada elo GP demanda custos menosres e resulta em

menos.