CONTRASTES - Ciespi andamento/Contrastes...A fotografia é um dispositivo que convida ao diálogo,...
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CONTRASTES:
infância e cidade
metodologias de escuta
Histórico
2016-2019
Entre 2016 e 2019, oficinas de criação foram realizadas, tendo como ponto
de partida fotografias que compõem a exposição Crianças no Rio de
Janeiro: Contrastes. Teve início com o intercâmbio de experiências entre o
Centro Internacional de Estudos e Pesquisas sobre a Infância -
CIESPI/PUC-Rio e a Universidade de Østfold, da Noruega.
A fotografia é um dispositivo que convida ao diálogo, coloca o foco na
condição das crianças como produtoras de cultura e dá visibilidade aos
diferentes contextos e seus inúmeros contrastes. As fotos deram origem a
imagens que mostram a silhueta de crianças e ocultam os cenários onde
estão inseridas.
Para o desenvolvimento do projeto e de diferentes ações, foram
estabelecidas parceiras institucionais com a direção de duas escolas
públicas, uma creche comunitária e uma escola particular, - Escola
Municipal Luís Delfino, Espaço de Desenvolvimento Infantil Júlia Kubitschek,
Ação Social Padre Anchieta (ASPA) e Escola Parque.
As matrizes instigaram a criação de desenhos e brincadeiras com cerca de
400 alunos, entre 4 e 13 anos, que inspiraram materiais diversos, entre eles,
uma narrativa a ser contada para 53 crianças de 6 meses a 3 anos.
Criação de
narrativas para bebês
Em 2017, a experiência-piloto com a faixa etária de 6 meses a 3 anos e
11 meses foi desenvolvida na Ação Social Padre Anchieta – ASPA,
localizada na Rocinha, que além da creche, oferece espaços voltados
para crianças mais velhas como a brinquedoteca e a biblioteca.
A equipe do CIESPI/PUC-Rio apresentou as silhuetas para um pequeno
grupo de 5 a 7 anos e incentivou a criação de uma história a ser contada
para 4 turmas de berçário e maternal.
A narrativa, criada coletivamente, foi contada tendo como suporte os
desenhos feitos nas outras duas escolas, acrescida de sons e objetos,
incorporados por sugestão das crianças, configurando-se como um canal
de comunicação com os pequeninos.
Oficinas em escolas
públicas:
com cerca de 400 alunos, entre 4 e 13
anos, que deram origem a materiais
diversos, entre eles, uma narrativa a ser
contada para 53 crianças de 1 a 3 anos.
Narrativa para os
pequeninos
Metodologias de
escuta
As oficinas de desenho, brincadeiras e narrativas, nas escolas, foram
propostas como um espaço para ouvir e evidenciar as perspectivas dos
alunos em relação aos ambientes da cidade e aos lugares onde
habitam e transitam.
A proposta das oficinas visa pesquisar temas, aprofundar questões,
sistematizar dados e contribuir para a compreensão de processos de
participação, que permitam que as muitas infâncias se apresentem e
sejam reconhecidas pela sociedade.
A interação com as silhuetas, retiradas das matrizes fotográficas, levou
os participantes a imaginar as ações e os cenários suscitados.
Ouvir e registrar o que as crianças expressam é fundamental para a
efetivação de políticas públicas que priorizem os vários aspectos
necessários para que a infância seja vivida de forma plena.
Exposições:
síntese, devolução e
possibilidade de
circulação
Diferentes modos de
apresentação
Processo de
análise dos
desenhos
A organização e análise do extenso material gerado foram realizadas pela
equipe a partir da criação de mosaicos formados pelos desenhos.
Temas recorrentes e singularidades impensáveis aos olhos dos adultos
foram identificados.
Lugares - Parques, jardins, praia, escola, quadras de esporte, hospital,
bar, mercado, interior da casa, rua, espaço sideral, outros países.
Cenas cotidianas - Crianças com a família, sozinhas ou entre si
brincando, passeando, fazendo yoga, rezando, vendo TV, jogando futebol
e basquete, andando de bicicleta, indo pra escola, aguardando a vez na
fila da Caixa Econômica.
Temas envolvendo morte, religião, personagens de desenho animado,
entre outras, emergiram e se constituíram como ingredientes para troca
de experiências entre crianças e entre crianças e adultos.
Esse conjunto de elementos permeou as reflexões sobre as percepções
das crianças com relação à cidade em que vivem.
2018
Escola Parque
Em dezembro de 2018, foram
desenvolvidas oficinas no Ensino
Fundamental.
• 4ª série - 108 alunos de 9 a 10 anos
• 5ª série - 54 alunos de 10 a 11 anos
Escola Parque
Expansão
2019
Em 2019, o projeto continua...
• Uma exposição foi montada na Escola
Parque;
•Alunos da Escola Municipal Luís Delfino e
da Escola Parque se encontraram na PUC-
Rio para conversarem sobre o projeto e
trocarem experiências sobre suas visões de
cidade.
•A universidade da Noruega iniciou o
projeto em uma escola e o intercâmbio
entre as equipes avança.
Exposição
Escola Parque
Encontro entre as duas
escolas na PUC-Rio
e visita à Escola
Municipal Luís Delfino
Ideias:
Outras infâncias; novas silhuetas; formação de educadores; novas
exposições; outros artigos (formação de adultos)...
Participaçãoem
Seminários
• Dezembro de 2016 – 5ª edição do Seminário de Grupos de Pesquisa sobre Crianças e Infâncias –GRUPECI: Ética e Diversidade na Pesquisa com Crianças e Infâncias na UFSC, Florianópolis: um dos dois trabalhos apresentados pelo Grupo de Pesquisa: Infância, Juventude e Participação Cidadã – PUC-Rio/CIESPI foi - Contrastes: construção de metodologias para escuta e participação infantil, elaborado por Cristina Laclette Porto e Irene Rizzini.
• Março de 2017 - Seminário Internacional Infâncias Sul-Americanas – crianças nas cidades, políticas e participação, na USP, São Paulo: Cristina LaclettePorto apresentou o artigo intitulado - Olhares das crianças sobre suas cidades: reflexões sobre aportes metodológicos.
Artigo revista
http://revistas.ucm.es/index.php/SOCI
Sociedad e InfanciasISSN-e 2531-0720
© 2017. Universidad Complutensede MadridBiblioteca Complutense | EdicionesComplutense
Vídeo • https://www.youtube.com/watch?v=eAw6Djyt9R4
Caderno CIESPI
Disponível em:
http://www.ciespi.org.br/media/Pesquisas%20e%20Politicas%20Publicas/CAD%206.pdf
Principaisaprendizados
• Pensar as crianças nas cidades e como se expressam sobre elas exige expansão do olhar e reflexão sobre as dimensões física, social, emocional e cognitiva em desenvolvimento. E porque não conceber as políticas públicas, integrando múltiplas dimensões e perspectivas, inclusive as infantis e juvenis? Como falar de infância e juventude sem falar de mobilidade e sem abordar a cultura em suas diferentes possibilidades de expressão? Como falar de cultura sem falar de educação em uma conexão dialógica e libertária? Como falar da infância sem pensar a cidade-rua como um espaço de interações sociais?
Principaisaprendizados
• Não há um modelo único a ser replicado e, sim, um processo dinâmico e potente em suas proposições, pois há que se ter o cuidado para que políticas e práticas de participação infantil não sejam enquadradas, engessadas, limitando seu potencial transformador.
• A cidade-rua como lugar de fuga, descuidada e desprovida de prazer, é também lugar de brisa, de canteiros floridos, de céu e de águas do mar. A observação crítica amplia-se, ao levar ao questionamento, à reflexão, à concepção e à proposição de outra cidade pensada e estruturada por e para todos.
Expansões
em processo