CONTRIBUIÇÃO AO ESTUDO DA VARIAÇÃO SAZONAL DO FITOPLANCTON ... · CONTRIBUIÇÃO AO ESTUDO DA...

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MIRIAM BORGES XAVIER CONTRIBUIÇÃO AO ESTUDO DA VARIAÇÃO SAZONAL DO FITOPLANCTON NA REPRESA BILLINGS - SÃO PAULO Dissertação apresentada a Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo, Departamento de Saúde Ambiental, para a obtenção do título de MESTRE EM SAÚDE PÚBltCA SAO PAULO

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MIRIAM BORGES XAVIER

CONTRIBUIÇÃO AO ESTUDO DA VARIAÇÃO SAZONAL DO

FITOPLANCTON NA REPRESA BILLINGS - SÃO PAULO

Dissertação apresentada a Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo, Departamento de Saúde Ambiental, para a obtenção do título de MESTRE EM SAÚDE PÚBltCA

SAO PAULO

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A C R A D E C I M E N T O S

Ao P~of. D~. Ca~los Celso do Amaral e Silva peta

orientação.

Ao Prof. D~. Aristides Almeida Rocha pelo incenti

vo e apoio constantes.

Ao Prof. Dr. Samuel Murgel Branco peta solicitude

ami g a e sugestões valiosas.

Ao Instituto de Pesca velas facilidades concedidas.

À Dra. Maria Amália Basile Martins pelas valiosas

opo~tunidades concedidas, o aue tornou posslvel a ezecuçao

desse trabalho.

Aos demais colegas e amigos do Instituto de Pesca,

Ma~ia Helena Maier, Ricardo José Trevisan, Mithine Takino

Suzana Sendacz, Marcia Navarro Cipólti, Maria Antunes, Ma~

tiniana Vieira da Silva, Flávio Lona, Luiz Pires Fujiara,

Adalberto José Monteiro JÚnior e Edson Kubo, por me ajuda­

rem de diferentes formas quando se fez necessário.

À Dra. Célia Romano Leite Sant'An~~0 Dr. Carlos Edu

ardo de Mattos Bicudo, 4 Prof. Laine Sormus, pelo auz~tio

prestado na identificação de algas bem como peta leitura

crltica dos manuscritos e sugestões apresentadas.

À Prof. Dra. Helena Apparecida dos Santos Lima Pe­

reira pelo apoio e est{muZo.

À Prof. Dra. Miriam Bertha Burda Kutner peta cola­

boração prestada na identificação das diatomáceas.

À bibliotecária Daisy Pires Noronha, peta padroni­

zaçao das ~eferências bibliográficas.

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Á Sra. Yolanda Cusin Castagna~ Astrid Maria Gomes

dos Reis e Olga Maria Marcelino pela cobertura à nan

quim das ilustrações.

Á Sra. Adelaide Rosas Forte pela colaboração pre~

tada.

À CAPES~ Coordenação do Aperfeiçoamento de

soal de N{vel Superior pelos subs{dios concedidos

a elaboração do presente trabalho.

Pes

para

À Maria Augusta~ sempre companheira e amiga a

quem dedico este trabalho.

A todos aqueles que~ mesmo em pensamento ansiaram

para que esta jornada fosse cumprida.

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! N D I C E

1. INTRODUÇÃO .............................. 2. MATERIAL E ~TODOS ......................

2.1 Caracterização da área estudada .....

2.2 Demarcação dos pontos de amostragem .

2 . 3 C 1 i ma •.••••••.•.•..•••.•••••••.•..•.

2.4 Atividades de Campo ................ .

2.4.1 Amostragem ................... .

2.4.2 Temperatura e Transparência ...

2.5 Atividades de 1aborat6rio ...•..•...•

2.5.1 Variáveis físicas da água .....

2.5.2 Variáveis quÍmicas da água ...•

2.5.3 Variáveis biol6gicas da água ..

3. RESULTADOS

2.5.3.1 Determinação qualitati­

va do fitoplâncton ....•

2.5.3.2 Determinações quantita-

ti v as .•......••.•••..•.

.............................. 4. DISCUSSÃO .............................. .

4.1 Fi top lâncton ....................... .

4.2 Características físicas ....••..•..•.

4.2.1 Radiação solar, insolação e te~

peratura

4.2.2 Cor, Turbidez e Transparência .

4. 3 Características quÍmicas ........... .

.. pag.

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4.3.1 Condutividade elétrica . . . . . . . . . . . 4.3.2 pH . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 4.3.3 Nutrientes (fosfato, amonia, nitri

to, nitrato e sÍlica) •••••• . . . . 4.3.4 Gases (oxigênio dissolvido e oxig~

nio consumido) ................... S. CONCLUSOES E SUGESTOES ..................... 6. REFE~NCIA BIBLIOGRÁFICA . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7. PRANCHAS (1- 26) ......................... .. 14 3

Tab. 1 ........................................ Tab. 2 ........................................ Tab. 3 ........................................ Tab. 4 ........................................ Tab. 5 ........................................ Tab. 6 ........................................ Tab. 7 ........................................ Tab. 8 ........................................ Tab. 9 ........................................ Tab. 10 ....................................... Tab. 11 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Tab. 12 ....................................... Tab. 13 ....................................... Tab. 14 .......................................

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f N D I C E D E F I G U R A S

"" pag.

Fig. 1 . ........................................ . 126

Fi g. 2 .......................................... 12 7

Fig. 3 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 128

Fig. 4 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 129

Fig. 5 .......................................... 130

Fig. 6 .......................................... 131

Fig. 7 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 132

Fig. 8 .......................................... 133

Fig. 9 .......................................... 134

Fig. 10 ......................................... 135

Fig. 11 ......................................... 135

Fig. 12 . ....................................... . 136

Fig. 13 ......................................... 137

Fig. 14 . ....................................... . 138

Fi g. 15 . ....................................... . 139

Fig. 16 ......................................... 140

Fig. 17 . ................................... ~ ... . 141

Fig. 18 . . . . . . . . . . . ............................. . 142

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R E S U M O

Coletas de amostras de água para o estudo do

fitoplâncton foram feitas, quinzenalmente, de outubro de

1977 a setembro de 1978, na Represa Billings, em São Bernar i -do do Campo, Estado de Sao Paulo. Foram amostrados dois lo

cais- estação 1, no braço do Rio Gr~nde e estação 2, no

braço do Rio Pequeno. Procurou-se efetuar um estudo sazonal

característico de clima tropical e subtropical ao abranger

períodos consecutivos de chuva e estiagem.

A distribuição do ''standing-stock" do fito­

plâncton foi feita por contagem de organismos em UPA/ml e

por determinação da clorofila a. Procurou-se relacionar os

resultados obtidos referentes ao fitoplâncton com as variá­

veis fÍsicas e quÍmicas estudadas, quais sejam: temperatu­

ra, cor, turbidez, transparência, condutividade elétrica,

pH, oxigênio dissolvido, oxigênio consumido, amônia, nitri­

to:'~~fato e sÍlica.

O máximo quantitativo da população fitoplanf

tônica foi encontrado no período de estiagem. Qualitativa­

mente, foi obtido no período de chuva.

Geralmente, predominaram Mougeotia sp. (Chlo­

rophyceae) na estação 1 e Microcystis aeruginosa (Cyanophr

ceae) na estação 2, ambas apresentaram variação sazonal a­

centuada, o que nao aconteceu com as Euglenophyceae, as

Chrysophyceae e as Dinophyceae.

A temperatura influe~ncia a distribuição qua!!

titativa do fitoplâncton; quando foram registradas tempera­

turas altas a abundância de fitoplâ.ncton foÍ menor.

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Nas estações estudadas, os teores de amônia

e nitrato apresentaram variação sazonal acentuada, sendo

máximos no período de estiagem. Portanto, houve coinci­

d~ncia no desenvolvimento quantitativo do fitoplâncton e

nutrientes (amônia e nitrato).

Houve uma correspondência evidente entre

os picos de oxigênio dissolvido e a porcentagem de satura­

çao desse gás na água com o pico de fitoplâncton total, ~

videnciando a contribuição de oxigênio pela fotossíntese.

Os dados obtidos referentes ao "standing­

stock" de fi toplâncton (clorofia ! e contagem de organis­

mos), nutrientes (amônia e nitrato) e oxigênio consumido in

dicam que a Represa Billings constitui um ambiente eutrÕfi

co.

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S U M M A R Y

Phytoplankton samples were collected every

two weeks at two stations for a period of one year (Oct.,

1977 - Sept., 1978). The station 1 is located at Rio Gran

de and station 2 at Rio Pequeno in the Billings Reservoir,

São Bernardo do Campo, State of São Paulo.

The standing stock of the phytoplankton was

determined by organisms counting and chlorophyll-a deter­

mination. An attempt was made to correlate phytoplankton

with environmental factors, such as: tide, temperature, c~

lor, turbidity, water transparence, electric condutivity,

pH, dissolved oxygen, consumed oxygen, ammonia, nitrits,

nitrates, phosphates and sílica.

The phytoplankton consisted mainly of Mou­

geotia sp. (Chlorophyceae) at station 1 and Microcytis ae­

ruginosa (Cyanophyceae) at station 2. Both groups showed

a marked seasonal variation, but Euglenophyceae, Chrysophy­

ceae, and Dinophyceae did not show this pattern.

The maximum of phytoplankton was recordeddu­

ring the draught season. Qualitatively, however, the phy­

toplankton maximum was recorded during the rainy season.

It was also noted an influence of the tempe­

rature over the quantitative distribution of the phytoplan~

ton; at high temperatures the phytoplankton abundance was

less significant.

The ammonia and nitrat~ concentrations also

showed a marked seasonal variation, their peaks attained

during the drought period. Therefore, there was a coinci-

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dence in the quantitative development of phytoplankton and

the amount of nutrients (ammonia and nitrates).

The peaks of the dissolv~d oxygen content of

the water, and of the oxygen saturation val~es were very

much related to the phytoplankton peak, showing the oxygen

contribution by photosinthesis.

The data obtained which refer to the standing

stock of phytoplankton (chlorophyll-a and organism counting),

nutrients (ammonia and nitrate) and the consumed oxygen in­

dicate that the Billings Reservoir constitutes an eutrophic

environment.

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1. I N T P O D U rà 0

Em razao da crescente expansao demográfica

mundial, vem ocorrendo un aumento progressivo na demanda de

água, nrincipalmente nara fins energéticos e de abastecimen

to pÚhlico, acarretando, assim, um incremento na construção

de grandes reservatórios. Entretanto, sendo ambientes cie~

tificamente pouco estudados, requerem pesquisas limnolÓgi­

cas, que forneçam elementos necessários ã sua exploração e

controle racionais.

Estudos de ecossistemas lacustres, tais como

lagos e reservatórios de regiões tropicais e subtropicais,

são de grande importância do nonto de vista básico e aplic!

do.

UJ'Ila vez oue o objetivo da linmologia é, se-

gundo KLEEREKOPER (1944), o estudo da correlação e dependê~

cia existentes entre os organismos aquáticos, fazem-se nec~s

sárias investigações aue contribuam para os conhecimentos

básicos sobre vários aspectos da limnologia.

Assim, en lagos africanos. estudos básicos

sobre fÍsico-quÍmica da água, produção primária e "standing

-stock" do fitoplâncton vêm sendo desenvolvidos, entre ou­~úr

tros ./ TALLING (1965, 1966), BHRGIS e colah. (1972), GA!\F

(1972), HICKEL (1973) e AKIYAHA e colab. (1977).

Em lagos da Nova Zelândia foram estudadas va

ri ações sazonais do fi tonlâncton ~or CASSIE (1969) , que es­

tudou e comparou as esnécies de algas encontradas no lar.o

Rotorua, ambiente eutrófico, co~ as de outros lagos, como

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por exemplo, P.otoiti e Ohakuri: BURNS & MITCHEL (19"'·n co!!!_

~l~dr~Mas características da associação algal com o grau de

trofisMo dos la~os Payes e Johnson; GREEN (197fí) estudou

as variações sazonais do fitoplâncton sob o ponto de vis-

ta oualitativo e Quantitativo.

Na India9 JANA (1973) estudou a variação sa

zonal do fitoplâncton de reservatórios, de acordo com as

estações tínicas de clima tropical, verão e chuvas, inver-

no e estia~em. Relacionou ainda, estes dados, com caract~

rfsticas fÍsicas (teNreratura e turbidez) e quÍmicas (oxi­

gênio, nP. alcalinidade e nutrientes). ( L'/_-i,L)

Na Argentina, OLIVE~1realizou um trabalho

limnolÓgico sohre a distribuição horizontal do fitoplânc­

ton de Laguna Salada Grande associando estes dados com as

alterações ohservadas na temperatura, vento, pH e alcalini

dade. Em outros lagos localizados em Buenos Aires, GUARRE

RA (1962, 196R) também realizou estudos limnolÕgicos so­

bre as variações qualitativas e quantitativas do fitonlânc ..,c:J.~ t::aJ

ton relacionando com a transparência .-turbidez e o pP da .. agua.

~o Brasil, segundo MAIER (1977). existe ca

rência de informações científicas básicas sobre fatores de

terminantes da qualidade das águas naturais, o que dificu!

ta uma adequada proteção da flora e fauna aquáticas. Tal !

firmativa é, ainda, corroborada nelo levantamento biblio­

gráfico das ~esouisas limnolÓgicas realizadas em regiões

de clima tropical e subtropical, feito nor Tt~DISI (1976),

onde fica demonstrada a e.scassez desses estudos.

Segundo KLEEREKOPER (1944) • r.rande imnulso

aos estudos limnolÓgicos foi dado pela anti~a Renartição

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de .. ~r,uas e Esr.otos de São 'Paulo (RAE). Entretanto, a pri­

Meira instituição científica no pa{s, que real1zou estudos

limnolÓgicos, foi o !'cnartamento de Botânica da llniversida

de de São Paulo, co~ o Pr. Felix Rawitscher.

Tra~alhos ~ioneiros e preliminares sohre

limnologia das águas da Grande São Paulo foram realizados

ror Potel, na primeira década do século, com apresentação

à ~epartição de ~guas e F.sgotos de São Paulo (RAE), de re­

latórios sohre estudos de hidrobiologia aplicados ã Saúde

PÚblica.

WRií.HT (1<136) estudou aspectos fÍsico-quÍmi_

cos e procedeu a observacões do plâncton das áruas do Est!

do de São Paulo no Peservatório do Rio Grande (Represa Bil

lings), na Represa ~e Santo A~aro (C~arapiranga) e em a­

guas próximas a Amparo e CaMpinas.

KLFEREKrPER (1939) estudou características

fÍsicas, quÍ~icas e biolÓgicas da Represa de Santo Amaro

(Guarapiranga, Estado de São Paulo). Por sinal, esta foi

a primeira represa de clima subtropical a ser estudada me­

todicamente, durante dois anos.

Desde 1958, BRANCO (1958, 1959, 1960, 1961.

1963, 1~65. 1967, 1970, 1971, 1972, 1973) vem desenvolven

do estudos de hidrobiologia sanitária relacionando o fito­

plâncton às características físicas e químicas da água co­

mo, por exemplo, a produção de odor e sabor ea águas desti

nadas ao abastecimento, a proliferação de algas em filtros

utilizados no tratamento de água potável e a oxigenação em

lagoas de estabilização de esgotos.

BRANCO (1964) discute, estudando microrga­

nismos flagelados, a poluição como um fenômeno ecolÓgico.

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Analisou a interferência de despejos que, podem introduzidos

em grande ouantidade no curso de água, modificar suas carac­

terísticas e levar a alterações ecolÓgicas. Estas determi-

nam a substituição da fauna e da flora primitivas por outras

que poderão ser tomadas como indicadoras da nova condição.

Outros trabalhos limnolÓgicos aplicados ao

saneamento foraM desenvolvidos por ROCHA (1972) na Represa

de Americana, Estado de São Paulo, a qual constitui um ambi­

ente poluÍdo em conse0.Uência de despejos de resíduos indus­

triais e esgotos domésticos. ROCHA (1976) estudou também a

Represa de Guarapiranga ahordando aspectos sanitários e a

variação de gnmos de macroinvertebrados-bentônicos, e disc~

tindo as influências de fatores ambientais sobre o bióto~o.

Verificadas as limitaç6es da fauna e flora aquáticas. neste

mesmo estudo é feito um levantamento bibliográfico das nes­

quisas lirnnolÓ~icas já realizadas no Brasil. Maior ênfase é

dada ao Estado de São Paulo, inclusive ã Renresa Billin~s.

REAL & AGUIAR (1972) estudaram diatomáceas du.!_

ci-aqUÍcolas no Rio C.rande do Sul, sob o ponto de vista oua­

litativo, ecolÓgico e de interesse sanitário, a fim de fome

cer conhecimentos básicos oue auxiliassem a pesca e a pisei-

cultura.

~~DAGLIA e colab. (1974) utilizaram bactérias

e diatomáceas corno in0ic~dores biolÓgicos de poluição da -a-

gua do Arroio DilÚvio, eM Porto Alegre, Estado do Rio Gr~nde

do Sul, e verificaram QUe é valida a utilizacão desses micror

r, anisrnos associados para a constatação cas condições ecolór-i

case de poluição num curso d'água. Aconselharam o ernpregc

dessa técnica devendo-se, porém, adequá-la às condições re-

gionais.

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A: E \'E no e c o 1 a b . (19 6 5 , 1 9 6 7) n r c c de r am a

estudos limnolÓgicos da Represa do Rio das Pedras. com a

finalidade de determinar a nrodutividade nacuele reservató

rio.

Desde 1971, TlJ!'\DISI e colah. (1972) vêm de-

senvolvendo estudos linnolÓgicos na Represa do Broa (ou do

Lobo), Estado de São Paulo.

MARINS (1972, 1975) realizou estudos auto-~

colÓgicos da diatomácea MeZosira italiaa (Fhr.) Ktitz. na

Represa do Broa, envolvendo distribuição, "standin1;-stock"

e variação sazonal.

Tll~niSI ft HINO (1977) publicaram um atlas

do fi toplâncton, da Represa do Broa onde apresentaram inf~r

mação taxonômica, discutem a metodologia e descrevew. as téc

nicas utilizadas na pesquisa ecolÓgica do fitoplâncton.

Outros estudos de variações sazonais da pr~

dução nrimária do fi toplâncton, do ''standing-stock" e de

fatores ecolÓgicos no ecossistema lacustre (Represa do

Broa) foram realizados por TlTNDISI (1977), aue considerou

este ambiente estável e ainda não noluÍdo. Propôs auais

as nrincinais direçÕes do fluxo de energia nesse ambiente

e considerou o nanoplâncton corno o principal nrodutor pri-

- . mar1o no ecossistema.

Na Renresa de Ponte Nova, em Salesónolis,

Estado de São Paulo, BASILE 0 CIPCLI (1977) realizaram es-

tudos qualitativose auantitativossobre o fitonlânton.

PENRY (1977) citou no estudo sobre o ciclo

sazonal e as variações diurnas de fatores fÍs1cos e quÍmi-

cos da água, os nrincinais grunos de fitonlâncton e verifi

cou a aualidade sanitária da água da Renresa do Pio Pardo,

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em Botucatu, Estado de São Paulo.

Ouanto à fiscalização e controle de oualida

de de água, pode ser mencionada, em São Paulo, a atuação

da CETESR (Companhia Estadual de Tecnologia de Saneamento

Ambiental), oue é o orgão responsável nelo estudo dos pro­

blemas de poluição e contaminação ambiental, e de água de

abastecimento. Foi, ainda, criada a Comissão Especial do

Alto Tiet~. pelo Ministério de Minas e Energia, que visa a

melhoria das condições sanitárias de sistemas hfclricos da

bacia do Alto Tiet~. Em imbito federal, a SEMA (Secretaria

Esnecial do Meio Ambiente) estabelece as diretrizes nara a

defesa do ambiente.

Conhecendo-se a comnosição do meio aouático

biÓtico e abiÓtico, é nossível apreciar a maneir a nel a qual

o meio pode interferir na vida dos organismos, através do

aumento ou limitação dos elementos que lhes são indispens~

veis e da influ~ncia que os organismos exercem sobre esse

mesmo ambiente. Das enormes dificuldades encontradas na

obtenção desses dados, resulta uma grande escassez de infor

mações sobre alras de água doce~ o aue, até ho j e, vem difi

cultando a elaboração de estudos ecolópicos mais completos.

A bibliografia refere-se nrincipalmente a aspectos narticu

lares da ecologia de algumas al r, as (B~~NCO, 1962).

Fstudos de Ruttner, citados por KLEEREKOPER

(1939), nas !ndias ~olandesas, evidenciam que os cr i térios

da limnologia moderna são ouase que inteiramente baseados

em observacões realizadas em zonas frias e temneradas, as

quais apresentam as estações do ano hem definidas. Para

que esses critérios seja~ anlicáveis às zonas tronicais,

cujas estações do ano não são perfeitamente delimitadas,

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necessitariam sofrer uma nrofunda revisão, baseac 1 3 en obser

vacões locais nrolonradas e nrecisas.

KLEEPEKOPER (1939) demonstra aue muitos dos

imnortantes fatores ecolÓ~icos em lagos de clima tronical

são fundamentalmente diferentes daaueles cue caracterizam

lagos temnerados. As causas dessa diversidade são de cri-

gem rep,ional, climática e edáfica. O conjunto de todos os

fatores rerionais e locais determina as condições ecolÓgi­

cas do amhiente, aue é comnosto de inúmeros elementos físi-

cos, ~uímicos e biolÓgicos, imnrimindo-lhe caráter nróprio.

O estudo da ecologia de águas é fundamntal,

pois o seu conhecimento nermitirá, além do uso adequado das

bacias hidrográficas, a realização de urna piscicultura in-

tensiva e necessária à obtenção de nroteína anima] acessí-

vel à ponulação.

As características básicas da água sao idên-~

ticas, tanto nara aruas correntes quanto nara lap,os e reser

vatórios; entretanto, rios e riachos são sistemas abertos,

onde os organismos utilizam nutrientes aue aí estão em trã~

sito, pois seu temno de residência é relativamente curto,

enquanto aue lagos e reservatórios são sistemas fechados,

onde os nutrientes nodem ser reciclados e utilizados várias

vezes pelos organismos aouáticos. ~

0 renresamento das aguas de uma hacia hidro-

gráfica acarreta modificacões no ambiente, nois, nrovoca al

terações na correnteza da água, no transporte de sÓlidos em

suspensão, na qualidade e quantidade de fauna e flora aauá­

ticas, na capacidade diluidora do corno d'áp,ua, na temnera-

tura e potencial de evanoraçao da agua, nas condições atmo~

féricas e, em casos de grandes reservatórios, nodem chegar

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a pro?OCar abalos sísaicos.

A c:oast1'UÇio · 4e rn~s ln-a JMt! . outro la . !!.\ \

do, progTeSSO Âl regiõe~ c:freunri&iBJtas r"op.-ci-.-clo-lhe:

eDer,ia elétTica, água ,otáwl • ãe:.~ ,· i~pçie ••rícola,

reaeraçã-o e nplari zação da vazão de rios. o tt• possibi 1~

ta o coat.YO-le das enchentes (~ & JIIDOt.A. 1977).

~ ~eral, é aos pafses •• de.nvolYi\nto

ctue se enc:eatTa resei'Yatórios arti fiei a-is cte -i•r porte t

• e• maior aü.ero tTt?NDtSI. 1977).

Atul..-at•, ltá no l•'tado de Sio Paulo vint•

e sete graftdes re-presas, além de -.~os rese~Órios de

menor ,orte (MACM~. 197~. 1977).

A Grande São Paulo COftta. ~r eU~~plo, et1

seu sisteaa de abastecimento, c011 as setaintes JT&ades re­

presas: o la,o Gll&ra-oi ranga, o sis~e•a elo Alto Cotia, a

sistftle at11al ela Catareira e ·a bp~a Bill.iaes. sea&o que

esta Úl tiaa é e.bjeto do ~resente estlldo.

~ um fato bastate dif1aüclo e _.., pol' i­

números autoTes que a uâl i se de lHlTDeti'OS · ~ ~ qatai -C:OS ele - det~ado lecal reflK• _,.EIS O Ui ..... co-

le-ta, etaqUaato qM ~ara..tros bi•~ .. ..,.,, ... _. st,

utória de fatiJres aabiea~is 'P~ • t . ,,.. paa.-.tos·.

S..Sa ceftsi4eTaçã. ..- a .- ct... ~._ i11p0:r-. .

tâacia. priad.p.blent.e .. ~uaaclo se ~ ele esbado que se

Mlaci..ane a CO... de á~Q& ~

caso da Repres.a li 11 iat1S •

o

Seado •~ ea.r.acterísoticas aqaittcas diYersi f! cadas. • ~ .aaiui.s e nptais qae riwna...,e Mlo

eaaat.na • cad.ições ao111ais , a*ieaa. • supra. suas

en&âci·• ~icas e r.u.tri-., . c.- espicie ..

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9

As relaç6es entre os or~anisrnos e c me1o a­

~ uático c as inter-relac6es entre as várias esnécies sao

r c snonsá\·eis nela f'ualidace do nlâncton nue se encontra er.1

la;os ou resen·atÓrios, i CP1 COJTlO nela nrescnca da - . \'8 r1 OS

:ines de '10nulé~ c 6c s , n ue se sucede m, ao lonp.o do te r no. E-

xi stc, no '..-:, .:1l ér (~e ur a c1 istri h uicão geográfica rc ÇJ_i onal

c ur1 a local, t:u·,hém u1:1a (•istrihuicão eJ11 diferentes epocas

~o ano ou durante as cstaç6es do ano.

A im~ortância da variação sazonal do fito­

nlâncton já foi salientada nor vários autores que se dedi-

cam à r>esquisa de ecolop,ia aquática, tais como: HUTCPI~SO!\

(1944), LUND (1954, 1955, 1964) e SKULBERG (1964) en re­

giões de clima temnerado e KLEEREKOPER (1939, 1944 ) , BRA\­

CO (1960) e Tt!NDISI (1972, 1976, 1977) no Brasil.

Tendo em vista o relativo desconhecimento,

no Brasil,referente à variação sazonal do fitonlâncton re-

!acionada às características do meio, este estudo anresen-

ta os seguintes objetivos:

1- Verificar a exist~ncia de correlação entre noluição

orgânica e ahundância de fitoplâncton.

2- Gru~os de algas predominantes, em função de efeitos

seletivos causados n. ela noluição. ' .

3- Influ~ncias clim5ticas sobre a diversidade do fito-

plâncton (chuvas, teP1neratura, radiação solar, insol ação,

e te) .

4- Distribuição vertical do fitonlâncton.

5- Diferenças entre as estaç6es 1 e 2. Além disso, a-

través do inter-relacionamento do fitor>lâncton com as ca-

racterísticas físicas e ouÍJ11icas do ambiente aouático,

procurou-se levantar nrohler1as e apresentar sugest6es na-

ra solucioná-los.

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10

"' '' f\ T F P I f'. L "' r r o n o s

:.1 raracterização da área estudada

A Renresa Billings com uma irea de 127

si tua-se na região sudeste do ~~unicínio de São Paulo, Esta

do de São Paulo, nrÓxir10 ã encosta da Serra do ~lar. Segun-

do HUELK (1956), acha-se circundada pela mata subtronical

do Planalto. Seus extremos estão comrreendidos entre 23 9

42'S e 239 45'S e 4(19 27' 11.· e 469 42' \•·, e aura altitu-

de de 746,5 m. De acordo cow Koeppen, o clima nredominan­

te nesta região é o tronical Úmido, sendo esta uma das zo-

nas de maior precipitacão pluviométrica.

As temperaturas médias mais altas sao atin-

gidas nos meses de dezembro a março e o seu declÍnio, 1ni-.. . ciado em fins de abril, atinge valores m1n1mos nos meses

de junho e julho. A temneratura média do ar no Mês nais

quente está entre 21 e 229(, ao passo oue a temneratura mê

dia do mês mais frio esta entre 14 e 159( (SETZEP-, 1966).

O total ~e chuvas do mês mais chuvoso (jan~i

ro) apresenta alturas 01uviométricas de 250 mm e no mês

mais seco (julho) de 30 a 45 mm. As nrecipitações médias

anuais da região estão entre 1300 e 1500 m~ (DAEE, 1972).

Para o estudo das variações sazonais das ca

racterísticas físicas, quÍmicas e biolÓgicas da Renresa

Ril1ings, acompanhou-se o modelo de divisão climát1ca, ou

seja, uma estação chuvosa (outubro-março) e uma de estia-

gem (abril-setembro) (DAEE, 1972).

A Renresa Billings foi construída ~or volta

de 1927, com o ~ronósito de fornecer água para as usinas

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11

hidrel~tricas oertencentes i Light Serviço de Eletr1cidade

S/A e localizadas em Cubatão. O Reservatório Rillings ~

e

formado nelo represamento dos rios que constituem a Bacia

do Rio Pinheiros, tamb~m chamado Rio Grande ou Jurubatuba.

As águas da Renresa Rillings não eram suficientes ~ara ali

mentar as usinas hidrel~tricas.

Por volta de 1950, a barragem de Edgard

de Souza teve sua altura aumentada para permitir a rever­

são das águas dos Rio Pinheiros e Tietê.

Desse modo, o Rio Pinheiros teve o seu cur-

so invertido e as águas destes rios passaram a alimentar a

Represa Billings.

O Rio Tamanduateí percorre áreas industria­

lizadas de São Caetano do Sul, Santo Andr~ e São Paulo e

desagua no Rio Tietê que, como o Rio Pinheiros, atravessa

grande parte da cidade de São Paulo, recebendo esgotos do-

m~sticos e resíduos industriais.

Como consequência do altearnento de Edgard

de Souza e reversao dos Rios Tietê e Pinheiros, a Represa

Billings passou a receber severas cargas poluidoras o que

proporciona uma elevada eutrofização de suas águas. Cd \J<l L

Atrav~s da barragem Sumrnit Control, as águas

da Represa Billings escoam nara a Represa do Rio das Pe-

" dras e, desta,ecanalizado nara as usinas hidrel~tricas,

sendo o efluente lançado no Rio Cubatão, chegando atrav~s

deste at~ o estuário de Santos.

Estando a Pepresa do Rio das Pedras situada

numa cota mais baixa da crista da Serra do ~ar, atGa corno

um reservatório regularizador para o fornecimento constan-

r' f\: ·o r, ,..~,· ... ;;\· .

''!'.' .. .

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te de águas is usinas hidrel~tricas. Sendo assim, os anti

gos afluentes do Rio Pinheiros constituem os braços do Re­

servatório Billings e, entre eles, o Rio Grande e o Rio Pe

queno, objetos do presente estudo. Ambos percorrem rochas

do embasamento cristalino (granito, filitos e gnaisses).

2.2 Demarcação dos pontos de Amostragem

Os locais de pesquisa foram relacionados a­

través de estudospreliminares realizados em setembro e ou­

tubro de 1977. Foram escolhidas duas estações. situadas a

uma altitude de 750 m e localizadas no Município de São Ber

nardo do Campo, Riacho Grande (Fig. 1).

Estação 1 - situada no braço do Rio Grande próxima.

mais ou menos 100 m, à captação de águas da SABESP (Compa­

nhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo) , para os

municÍpios de Santo Andr~. São Caetano do Sul, São Bernar

do do Campo e Diadema.

Estação 2 - sitúa-se no braço do Rio Pequeno, dis­

tando aproximadamente 5 km da estação 1.

2.3 Clima

Para o estudo climatológico da região utili-

~~·~~-se medidas diárias de temperatura média, máxima e míni

ma do ar, velocidade média dos ventos, umidade relativa mé

dia e insolação m~dia. A fluviometria foi estudada atra­

vés de dados do nível da Represa Billings registrados dia­

riamente. Estas medidas foram fornecidas pela Light Ser­

viços de Eletricidade S/A, através do Posto MetereolÓgico

P-12-042, de Pedreira, situado em São Bernardo do Campo,

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13

Estado de São Paulo, cujas coordenadas geográfic~s ~ao 23'

41' 59" Se 46' 40' 11" W.

A pluviometria foi estudada através de medi­

das diárias fornecidas pelo Centro TecnolÓgico de Hidráuli­

ca do Departamento de Ãguas e Energia Elétrica (DAEE) , da

Secretaria de Obras PÚblicas. Esses dados provêm do Posto a...-

Pluviométrico da Estação E3-142R, localizadoV23' 46' Se 46'

32' W em São Bernardo do Campo, Estado de São Paulo.

As medidas diárias de radiação solar foram

est~dadas através de dados fornecidos pelo Instituto Astro­

nômico e Geofísico da Universidade de São Paulo, situado em

São Paulo, Estado de São Paulo, a uma altitude de 800 m e

cujas coordenadas geográficas são 23' 39' 0,6" S 46' 37'

21" w.

2.4 Atividades de Campo

... Foram feitas amostragens quinzenais para ana

lise física, química e biolÓgica da água durante um ano (o~

tubro de 1977 a setembro de 1978). Os padrões convencionais

descritos no ~Standard Methods of Examination of Waste and

Wastewater". (APHA, 1960), no "Methods of Chemical Analisis

of Freshwater" (Go1terman, 1969), e no "Métodos de Microbio

logia" (Schwoerbel, 1975) foram obedecidos tanto nas coletas

como nos métodos analíticos empregados.

2.4.1 Amostragem

As coletas, em sua maioria realizadas entre

9:30 h e 10:00 h. foram feitas primeiramente na estação 1 e

em seguida na estação 2. Seguiu-se uma técnica de amostra-

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14

gem em que na estação 1 as coletas foram realizadas de bor­

do de um barco. aproximadamente a 100m da margem. consti

tuindo-se da água de superfície (0,0 m) e de profundidade

(2 m). enquanto que na estação 2 eram realizadas próximas

ã margem, constituindo-se de águas de superfície (0,0 m).

Água de superfície foi coletada em frascos

de polietileno com capacidade de 1 litro e de 5 litros.

Água de profundidade (2 m) foi coletada em

garrafas ou cilindros marca Hach. modelo OX-10, com capaci­

dade de 300 ml, acondicionada em frascos de polietileno até

completar o volume de 1 litro.

A coleta de água para medidas do oxigênio

dissolvido foi feita na superfície, com frascos de oxigênio

e na profundidade de 2m com a garrafa Hach, modelo OX-10.

Em todas estas amostras, o oxigênio dissolvido foi fixado

imediatamente após a coleta.

2.4.2 Temperatura e transparência

Em cada local de coleta foram realizadas as

determinações da temperatura do ar e da águ~. em 9C, utili­

zando-se um termômetro comum de mercúrio cujo bulbo era mer

gulhado na água ao abrigo do sol. A transparência foi de­

terminada com o auxÍlio de disco de Secchi. sendo a profun­

didade onde o mesmo desapareceu na água medida em metros.

2.5 Atividades de Laboratório

Todas as amostras eram homogenizadas. para~

vitar diferenças entre as sub-amostras a serem analisadas.

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15

2.5.1 Variáveis fÍsicas da água

Para as medidas de turbidez, em FTU, empre­

gou-se turbidímetro e para as de cor, em mg/1 Pt, coloríme

tro, ambos de marca "Hach".

2.5.2 Variáveis químicas da água

Para a condutividade elétrica, medida em

~S/cm, utilizou-se condutivímetro e o pH foi medido com p~

tenciômetro, ambos de marca "Hach".

A amônia foi determinada em mg/1, pelo méto

do colorimétrico de Nessler, e as leituras foram feitas em

espectrofotômetro, no comprimento de onda de 410 nm.

O nitrato foi determinado em mg/1, pelo mé­

todo colorimétrico do ácido feno1 dissulfÔnico. As leitu­

ras foram feitas em espectrofotômetro no comprimento de on

da de 410 nm.

O nitrito foi determinado em mg/1, pelo mé­

todo colorimétrico de Griess, e as leituras foram feitas em

espectrofotômetro, no comprimento de onda de 410 nm.

O fosfato (ortofosfato) foi determinado em

mg/1, pelo método co1orimétrico de Denigés, usando-se clo­

reto estanoso, e as leituras foram feitas no espectrofotô­

metro, no comprimento de onda de 690 nm.

A sÍlica solúvel foi determinada em mg/1,

pelo método colorimétrico de molibdato de amônia. As lei­

turas foram feitas no espectrofotômetro, no comprimento de

onda de 850 nm.

O oxigênio dissolvido foi determinado em

mg/1, pelo método titulométrico de Winkler.

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16

A porcentagem de saturação de oxifenio foi

calculada pelo método nomográfico, a partir dos dados ob­

tidos no item anterior, utilizando-se a tabela proposta

por Truesdale e colab. de acordo com SCHWOERBERL (1975).

O oxigênio consumido do permanganato de p~

tássio foi determinado pelo método titulométrico (ou apr~

ximação), utilizando-se meio ácido (SCHWOERBEL, 1975).

2.5.3 Variáveis biológicas da água

.5.3.1 Determinação qualitativa do fitoplâncton

As amostras do fitoplâncton foram examina­

das ao vivo, para observações de características morfoló­

gicas (forma e localização dos cloroplastos, tipo de lig!

çao entre as células, etc). O material foi examinado en­

tre lâmina e lamínula, utilizando-se microscópio binocular

com contraste-de-fase marca Carl Zeiss Oberkochen, modelo

GFL. Foram feitos desenhos e medidas dos organismos fito­

planctônicos, respectivamente, com câmara-clara binocular

e ocular micrometrada de tambor, ambas de marca Carl Zeiss

Oberkochen, acopladas ao sistema Óptico do microscópio.

Para evidenciação de estruturas celulares

foram usados corantes, tais como, lugol para pirenóides e

solução aquosa de azul de metileno à 4\ para bainha de mu­

cilagem.

Amostras de fitoplâncton foram preservadas,

em frasco de vidro de 300 ml, marca "Wheaton", com sulfa­

to de cobre (4\) e pelo método de Transeau citados por BI­

CUDO & BICUDO (1970).

Cada amostra preservada recebeu um rótulo

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17

com as seguintes informações: data, local de colet~ _nome

do coletor. Encontram-se armazenadas na Seção de ~irnnolo­

gia do Instituto de Pesca, à exceção daquelas coletadas no

início da pesquisa (setembro a outubro de 1977) , devido

perda do material.

.. a

A identificação das algas a nível genero foi

baseada principalmente em SMITH (1950) e BOURRELLY (1966,

1968. 1970).

Para espécies e variedades recorremos a bi-

bliografia mais especializada, tal corno, SMITH (1920),

GEITLER (1932), DESIKACHARY {1955), PRESCOTT (1962) , COCKE

{1967), PHILIPOSE {1967); também foram consultadas obras

mais específicas, como: CHODAT (1926) e UHERKOVICH (1966)

para Scenedesmus~ KOMÃRKOVÃ-LEGNEROVX {1969) para Monora­

phidium e Ankistrodesmus~ KOVÃCIK {1975) para Tetraedron

e REHÃXOVA {1969) para Oocystis.

3.5.3.2 Determinações quantitativas

O "standing-stock" do fi toplâncton foi de­

terminado em função da concentração da clorofila ! e por

contagem de organismos.

Para a determinação da clorofila !• em

mg.m- 3 , as amostras de um litro de água foram filtradas

com auxílio de bomba de vácuo marca Primar e filtro de fi

bra de vidro "Guelman" (47 mm de diâmetro). Os filtros

foram armazenados em geladeira até o momento da extração

feita com acetona 90\ à frio, segundo o método de RICHARDS

& THOMPSON (1952). Utilizou-se para os cálculos teóricos

de clorofila a a equação de STRICKLAND & PARSONS (1968).

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A contagem de algas foi determina~~ . ''Tl ·_rPA/

ml (Unidade Padrão de Ãrea), utilizando-se o métodv de

Sedgwick-Rafter modificado porPalmer, e contagem em campo

contínuo (BRANCO, 1971).

A contagem dos organismos foi feita :.·m mi­

croscópio binocular de marca Wild com câmara de Sedrwick­

-Rafter. As amostras da água foram homogenizadas antes da

contagem, a fim de evitar sedimentação de espécies de al­

gas, como por exemplo, as diatomáceas.

A Tab. 14 é uma relação das espéc: · ~ e va­

riedades identificado nas amostras. Sua variação quantit!

tiva está representada da seguinte maneira:

a) mais de 1500 UPA/ml z muito abundante

b) de 500 a 1500 UPA/ml = abundante

c) de 150 a 500 UPA/m1 • comum

d) de 10 a 150 UPA/m1 • pouco comum

e) menos de 10 UPA/ml • rara

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19

3. R E S U L T A n 0 S

Os dados mensais climatolÓgicos registrados

no período de outuhro de 1977 a seternhro de 1978 referentes

ã temperatura do ar, umidade relativa, pluviometria, radia

ção solar, insolação, vento e fluviornetria (nível da água)

encontram-se na Tab. 1 e Fig. 3.

Todas as variáveis fÍsicas, quÍmicas e bio-

lÓgicas da água, registradas em cada coleta, foram estuda­

das seguindo-se os neríodos característicos do clima tropl

cal, ou seja, um de chuvas e o outro de estiagem. Ao pri­

meiro período correspondem os Meses de outubro a marco e

ao segundo os de ahril a setembro.

Os valores de temneratura do ar, da ã~ua,

cor, turbidez e transparência, suas amnli tudes e Medianas,

nor período de chuva e de estiagem, e anual estão expres-

sos na Tab. 2 e Fig. 4, 8 e 12.

n rer,istro dos valores de concentrações de

nutrientes encontrados na ~

agua, nitrito, amônia, fosfato e

sílica solúvel, suas amnlitudes e medianas, por período de

chuva e estiagem, e anual encontram.se na Tab. 3.

A Fig. 6 mostra as variações dos valores de

amônia, nitrato e sÍlica. Suas amnlit 1des e medianas re-

gistradas nos períodos anual de chuva e de estiagem encon-

tram-se nas Fig. 10 e 11, respectivamente.

Os valores de condutividade elétrica, pP,

oxigênio dissolvido, porcentagem de saturação de oxigênio

e de oxigênio consumido, suas amplitudes e medianas, por

período de chuva e estiagem, e anual estão registrados na

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20

Tab. Lf. A Fig. 5 evidencia as variações da cGndut i ­

vidade elétrica e nP por neríodo de chuva e estiagerr: .

A Fir. 7 relaciona os valores de oxi g~nio

dissolvido, as norcentagens de saturação desse gas e oxig~

nio consumido nor neríodo de chuva e estiagem.

As Fig. 0 e 13 registram os valores t·,.,e,, s·,ús

de condutividade elétricn , nr , oxigênio dissolvido, as ~or

centagens de saturação desse gás e oxigên i o consun ido.

Os valores do "standing-stock ' ' do fi tor>lânc

ton obtidos através da determinação da clorofila ~· nor p~

ríodo de chuva e estiagem, encontram-se na Tah. S.

Os dados obtidos resultantes da contagem do

"s tanding- stock" do fi top lâncton estão repre sen ta dc· s nas

Tab. 7- 12. Nelas sao apresentadas as distribuições qua­

litativa e quantitativa das classes de algas incluindo, ain

da, o grupo das não determinadas, que constitui o fitoplâgc

ton que nao pôde ser identificado (BRANCO, 1971) por ser

difícil sua identificação na falta de bibliografia especi!

Iizada adequada (diatomáceas, flagelados, etc). Encontram

-se ainda nas Tab. 7- 12, os valores totais por neríodo

de chuva e estiagem.

A Tab. 13 e Fig. 15- 17 apresentam as fre­

qtiências relativas (%) das classes Chlorophyceae, Eugleno­

phyceae, Chrysophyceae, Bacillariophyceae, Dinoph" ceae e

Cyanophyceae encontradas nas estações estudadas.

Os dados obtidos de fitoplâncton total está

representadosna Fig. 14.

A variação das densidades po~ulacionais das

espécies de Miaroaystis aeruginosa Ktitz. emend. Elenk.l92 4

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e Anabaena spiroides Bory, 1822

está representada na Fig. 18.

Z.l

observadas na estação ~

A Tab. 14 é uma relação das esnec1es e va-

riedades de fitop1âncton identificado nas amostras.

O fitoplâncton foi representado pelos se­

guintes grupos de algas:

1- Chlorophyceae

Chlamydomonas Ehrenberg, 1833.

Asteroeoeeus Scherffel, 1908.

Raphidionema Lagerheim, 1892.

Oedogonium Link, 1820.

Golenkinia radiata Chodat, 1894 (pl. 3, Fig. 12)

Miaractinium pusilum Fresenius, 1858 (pl. 3, "ig. lO

Micraetinium bornhemiensis (Conrad) Korsikov, 1953 (nl. 3,

Fig. 11)

Dietyosphaerium NMgeli, 1849.

Dimorphococcus A. Braun, 1855.

Pediastrum simpLex Meyen, 1829 (p1. 3, Fi~. 14 - 15)

Pediastrum duplex ~Teyen, 1829 (nl. 3, Fig. 13)

CoeLastrum microporum N~ge1i, 1855 (p1. 4, Fig. lA)

Coelastrum retieuLatum (Dangeard) Senn, 1899.

Botryococcus Ktitzing, 1849.

WesteLla Wi1demann, 1897.

Planktosphaeria G.M. Smith, 1918.

Treubaria Bernard, 1908 (p1. 4, Fig. 18)

Oocystis marssonii Lemmermann, 1898.

Franceia Lemmermann, 1898 (p1. 4, Fig. 17)

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Ankistrodesmus bibraianus Corda, 1838.

Monoraphydium Komárkovã-Legnerovâ, 1969.

KirchnerieZZa obesa (W. West) Schmidle, 1893.

22

Tetraedron minimum (A.Braun) Hansgirg, 1888 (p1. 4, Fig. 19)

Scenedesmus opoZiensis Richter, 1896 (p1. 4, Fig. 20)

Scenedesmus acuminatus Lagerheim, 1882 (p1. 4, Fig. 21)

Crucigenia Morren, 1830.

Tetrastum Chodat, 1895.

Actinastrum hantzschii var. fZuviateZe Schroeder, 1899.

Mougeotia C. Agardh, 1824 (pl. 4, Fig. 22)

Euastrum Ehrenberg, 1832.

Cosmarium Corda, 1834 (p1. 4, Fig. 26)

Micrasterias C. Agardh, 1827.

Xanthidium Ehrenberg, 1837.

Staurastrum Meyen, 1829 (p1. 4, Fig. 23 - 25)

Arthrodesmus Ehxenberg, 1838.

CZosterium Nitzsch, 1817.

2- Euglenophyceae

EugZena Ehrenberg, 1838 (p1. 1, Fig. 3)

Phacus tortus (Lemmermann) Skvortzov, 1928 (pl. 1, Fig. 4)

TracheZomonas Ehrenberg, 1833.

3- Chysophyceae

MaZZomonas Perty, 1852.

Synura Ehrenberg, 1838.

Dinobryon bavariaum (Imhof) Lemmermann, 1903 (nl. 2, r:l· ("r ~ ) . ...., . .

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Dinobryon ay~indriaum Imhof, 1883 (p1. 2, Fig. 6)

4- Bacillariophyceae

Melosira C. Agardh, 1824 (p1. 2, Fig. 1)

CyaLoteLLa Ktltzing, 1834.

Stephanodisaus Ehrenberg, 1845.

Rhiaosolenia Ehrenberg, 1843.

Synsd~a Ehrenberg, 1830.

Nitaschia Hassal, 1845.

5- Dinophyceae

Peridinium Ehrenberg, 1830.

6- Myxophyceae (Cyanophyceae)

Chroocoaaus N~geli, 1849.

23

Miarocystis aeruginosa Ktltz. emend. E1enk., 1924 (pl. 1,

Fi g. 1)

Myzosarcina Printz, 1921.

Oscillatoria Vaucher, 1803.

Anabaena Bory, 1822.

Anabaena spiroides Klebahn, 1895 (pl. 1, Fig. 2)

Raphidiopsis mediterranea Skuja, 1938.

As determinações e contagem do fitoplâncton

efetuadas na Represa Rillings nermitirarn caracterizar o

lago, de acordo com o sistema indicador de PAL~ffiR (1957,

1969) , onde os gêneros de algas são apresentados corno indi

cadores de poluição.

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24

Esse sistema biolÓgico consta de uj '"' lista

gem de 60 generos de algas, em ordem decrescente de resis

t~ncia i poluiçio orginica. Após consultar 165 pesquisa­

dores, Palmer atribui um número a cada um dos gêneros.

Assim, por exemplo, 97 trabalhos assinala­

vam a ocorr~ncia do g~nero Euglena em ambientes de alta

concentraçio de matéria orginica, atingindo, de acordo com

Palmer, um total de 172 pontos. Seguindo essa sistemáti­

ca, Palmer atribuiu um Índice a cada um dos gêneros a se­

guir discriminados e que foram encontrados na Represa em

estudo.

G~NERO GRUPO*

Eug lena

Osaillatoria

Ch lamydomonas

Saenedesmus

Nitzsahia

Synedra

Ankistrodesmus

Phaaus

Me losira

Cyalotella

C los terium

* Grupos de algas

C = alga azul

D = diatornácea

F = flagelado clorofilado

V = alga verde

F

c

c

v

D

D

v

F

D

D

v

~9 DE POt\TOS

172

161

115

112

98

58

57

57

51

47

45

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25

Convém esclarecer ainda o nao tratamento es­

tatístico dos dados obtidos neste trabalho. No estudo das

ponulações, relacionando com os fatores ambientais ou aque­

les advindo da noluição, duas abordagens deve~ ser conside­

radas. Uma refere-se à estática da população e procura de­

terminar, em UM dado instante, a distrihuição 0ualitativa e

quantitativa dos indivíduos. A etana seguinte, dinâmica da

população, visa conhecer a distrihuição e as variações qua~

titativas em função do tempo (SANTOS, 196R).

Para a obtencão de informações necessárias

ao estudo de uma população hiológica, deve-se efetuar uma

prévia caracterização da mesma, delimitando-a geografimente·

e conhecendo o ciclo de vida dos organismos componentes. A~

sim, é necessário caracterizar a estrutura e a distrihuição

espacial dos indivíduos num determinado instante, na região

em que vivem (SANTOS, 1970).

Todas as vezes oue em trabalhos científicos

ou nuramente técnicos for necessário apresentar um resulta­

do obtido, por meio de uma estimação estatística, é conveni

ente fornecer, além da estimativa, uma medida de nrecisão

desta Última.

Wa fase atual-da pesquisa, en oue care­

cemos de recursos materiais, como também o número de amos­

tras é neoueno e anularia uMa adequada medida de nrecisão,

seria temerário qualquer tratamento estatístico dos dados.

~o presente caso, defrontou-se com nroblemas

relativos à pró-rria identificação de algas, onde :1 á vários

pontos de controvérsia entre vários pesquisadores. Final -

mente o conhecimento do ciclo de vida dos organismos ouc é

desconhecido para muitas esnécies brasileiras, exi~iria de-

' ,

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26

moradas investigações de laboratório.

Não é fácil, segundo Prescott, estabelecer

correlações de dados auímicos relacionados com a produção

de algas em um dado momento (BRANCO, 1962).

Levando-se em conta os fatores decorrentes

das características morfolÓgicas e fisiológicas das algas,

deparamos com grandes dificuldades na obtenção desses da

dos resultando, daí, uma grande escassez de informações

que nao pelmitê ! a elaboração de um completo estudo ecoló ,:;. ~

gic~ 1.de a~~ de água doce (BRANCO. 1962).

· Decidiu-se, por~anto, i vista dos problemas ·'

expostos, deixar o estudo estB;tÍstico para o futuro, pro-

curando-se nesta primeira etapa, conhecer a estática da

população, relacionando empÍrica e comparativamente os or

ganismos fitoplantônicos encontrados com os parâmetros fi . .. .

SlCOS e qulmlCOS.

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4. n I s cu s s à o

Os dados obtidos neste trabalho confirmam o

fato de que, considerado sob o aspecto da quantidade total,

o fitoplâncton de represas oue recebem despejos orgânicos

e industriais tende a ser abundante quantitativarnente. Há

também predominância de certos grupos e, pode, ainda, ·

dentro de cada grupo, haver uma divergência específica,

com o aparecimento de um gênero em grande quantidade e au­

sência de outros.

Além disso, considerando a influência sazo­

nal característica de clima tropical, período de chuva e ..

de estiagem, observou-se que na epoca de chuva houve urna

diversidade maior de espécies e uma quantidade menor de

algas em UPA/rnl. Jâ no período de estiagem encontrou-se

urna grande densidade para um número relativamente pequeno

de espécies.

4.1 Fitoplâncton

As algas encontradas nas amostras perten-~

ciarn as classes Chlorophyceae, Chrysophyceae, Bacillario-

phyceae, Dinophyceae e Cyanophyceae.

O presente estudo revelou que houve urna es­

pécie do grupo Chlorophyceae, Mougeotia sp., e outra alga

do grupo Cyanophyceae, Miaroaystis aeruginosa, que predo­

minaram sobre as demais na Represa Billings. Em relação a

essas, a variação quantitativa de outras espécies foi rela

tivamente menor.

Em populações fitoplânctonicas, é freotiente

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28

que uma espécie predomine quantitativamente en certas éno-

cas. Tal predoMinância pode ser tomada como uma indicação

de que a espécie em questão é bem sucedida nas condições

ambientais dominantes (KUTNER, 1972).

As Cyanophyceae apresentaram-se com poucas

espécies, mas dentre elas uma predominou durante quase to­

do o período de estudo. Assim, a responsável pelas gran­

des florações de fitoplâncton na Represa Billings, no iní­

cio do período de chuvas (estação 1) e por quase todo p~

ríodo de estiagem (estação 2) foi Microcystis aeruginosa

(pl. 1, Fig. 1).

Enquanto as Chlorophyceae foram ricas em di

versidade de espécies, dentre estas, somente Mougeot i a s p .

foi contínua, mantendo-se por todo período de estiagem (pl.

4 , Fi g. 2 2) .

houve

Quanto à distribuição vertical na estação 1,

pequenas diferenças qualitativas, sendo a diversi

dade geralmente maior na água de superfície do que a 2 m.

Observou-se que algas do gênero Microcystis concentravam-se

mais na superfície. Trata-se da flutuação dessas cianofí-

ceas, devido aos seus vacúolos gasosos nas células mais ve-

lhas.

PAU~R (1960) mostrou que pr6ximo ao local

de captação de água para abastecimento do ABC São Caetano,

Santo André, São Bernardo e Diadema, na Represa P1llings, ..

quanto mais profundo, aumentava o numero de tipos de algas

na contaRem total, enquanto que o número de col~ni as de Mi-

crocystis diminuía.

Já RAWSON (1956), comparando o grau de tro-

fismo de lagos, afirma que a maior distribuição da profundl

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dade do plincton em lagos oligotr6ficos e a caffi ~d a trofog~

nica concentrada e restrita em lagos eutr6ficos (:o ~c € o

caso da Represa Billings) são uma diferença real, r:as nao

são facilmente medidas.

Quanto às diferenças quantitativas de distri

buição vertical do fitoplincton, foram encontrado s ~ais or

ganismos nas águas de superfície da estação 1, do oue na

profundidade de 2 m, no período de chuvas (Tab. 7 e 9).

No período de estiagem, o fitoplâncton en­

contrado nas águas de superfície e -rrofundidade apresentou

dados quantitativos e qualitativos mais sirnilare~, ~aven­

do-se registrado exceções na obtenção de valores ~aiores

na profundidade de 2 m (Tab. 8 e 10),

Naturalmente, a distribuição do fitonlâncton

está sempre vinculada às características físicas, ~u:rl cas

e às propriedades hidrográficas locais (KUTNER, 1~72 ) .

A estação 1 (superfície) foi a que apresen­

tou maior variedade de algas quando comparadas com a outra

estação. Foram relativamente pobresos números de espécies

encontrados na estação 2.

Os picos de fitoplâncton total (Fig. 1~ ) o­

correram em todos os pontos estudados no inÍcio do neríodo

de estiagem.

A Fig. 15 mostra que1 !"e 5 td cc LeC:d..J a classe

Chlorophyceae predominou na estação 1 (superfície e aos 2 m) ,

enquanto que a Cyanophyceae predominou na estação :, du­

rante o período de chuva•

Clorofila a

De acordo com a quantidade e tipos de pir,-

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30

.. . mentes que possuam os var1os grupos de algas, situam-se e-

las também em níveis diferentes em um lago, conforme a qu~

!idade da luz que as atinge.

Um dos métodos mais adequados para a deter­

minação do "standing-stock" do fitoplâncton é a medida da

clorofila a (RAYMONT, 1967).

Observações sobre a concentração de vários

pigmentos em diferentes profundidades revelam uma concentra

ção máxima de clorofila a a 5 metros de profundidade

(BRANCO, 1962).

As determinações de clorofila ! na Represa

Billings sao reduzidas e não puderam ser estudadas sob o

ponto de vista sazonal. Contudo, pode-se comparar os dados

obtidos na Represa Billings (Tab. 5) com os apresentados

na Represa do Broa por TUNDISI (1977) e, conseqtientemente,

deduziremos que a referida represa constitui um ambiente eu

trófico.

BRANCO (1969) , quando analisou a concentra­

çao de clorofila a na Represa Billings, já havia demonstr~

do tratar-se de um lago tipicamente eutrÓfico. Este mesmo

autor afirma que, segundo NIELSEN (1962). a quantidade má-

xima de algas expressa em clorofila a na camada de produ­

ção é de 0,3 g/m3 . Se aceitarmos esse valor teríamos, já

em 1969, que a produção no referido reservatório corresnon

de de 30 a 50\ do valor máximo.

KAWAI (1976) estudou o perfil das concentr~

çoes de clorofila ! no corpo central da Represa ?ill i ngs

na época da chuva e obteve a concentração máxima ..ie O, 887

mr, /1 na superfície da água, causada pela extrema densidade

da cianofícea Miaroaystis. Ao contrário do que foi observa

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do na época chuvosa, verificou que na estiare ':" v ~oncentr~

ç ões de cloro fi la ! foram quase uni formes na c a!'•;, · .: v e r! i ­

cal e geralmente inferiores i da estação anterior.

Na Represa de Americana, Estado de São Pau­

lo, os picos de oxigênio dissolvido superficial e de fundo,

coincidiram de um modo geral, com os ricos de ci ~ ro[ila a

( Z A ~0 , 19 7 2 ) •

Na Represa do Broa, Estado de São Paulo, a

clorofila a não apresentou um ciclo sazonal com ~1cos carac

terísticos a não ser durante o verão e, segundo

(19 7 7) , este reserva tório é ol i got ró fico.

As concentrações de clorofila a nas

Tl.f~DISI

areas

marginais do Lago Vitória, África, raramente excedem a 5 -3 , mg.m , entretanto, nas margens de ba1as, ji se cnerou a

registrar de 15 a 20 mg.m- 3 (TALLING, 1965).

Para iguas doces tropicais caracterÍL.- zdct S

nela alta temperatura e iluminação intensa, TALLING (1965)

observou que houve uma variação relativamente peouena no

Índice de saturação máxima da fotossíntese por unidade da

clorofila a.

O conhecimento do teor de sais minerais em

relação à concentração de clorofila~ possibilita avaliar

a intensidade dos fenômenos de eutrofização decorrente da

mineralização da matéria orgânica (ROCHA. 1972 ) .

RAWSON (19 56) achou grande di fi C' ll da de eTr

comnarar o nlâncton de lagos oligotróficos e eu · ró f 1cos.

Segundo este autor, o nlâncton de um lago oligotrófico e

caracterizado nor desmídias, oodendo conter u~ ~ rande núme

ro delas. mas a amostra de plâncton node ser dorrtinada por

diatomáceas.

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A eutrofização das águas pode c~usar mudan­

ças qualitativas e quantitativas na vida aquática, nropicl

ando, por exemplo, o desenvolvimento excessivo de algas

(SILVA, 1972).

A poluição caracteriza-se ecologicamente

por uma açao eminentemente seletiva. Alterando a composi­

ção física e auímica do meio, ela o torna impróprio ã vida

de um grande número de es~écies, ao mesmo tempo em que fa­

vorece o desenvolvimento de outras. Mais do que simples

destruição de organts.mos, ela provoca a dast-vuição de um e

quilÍbrio nré•existente para criar outro ciclo biológico.

A ocorrência freqUente de "floração'' das

águas em lagos eutróficos e sua aus~ncia nos oligotróficos

não é questionada. Nos lagos eutróficos. o número de esp~

cies de Chlorococcales nrovavelmente excede o número de es

pécies de Desmidiaceae, enquanto que em lagos oligotróficos

a condição oposta é encontrada (RAWSON, 1956).

A afiraação anterior foi verificada na Re-

presa Billings.

1- Chlorophyceae

Este foi o grupoqve apresentou a maior di­

versidade de espécies durante todo o oeríodo de estudo,

sendo que esta diversidadefai ainda mais pronunciada no pe

ríodo de chuva (Tab. 7 e 12).

TALLINC. (1966) também observou grande va­

riedade de espécies presentes no lago Vitória, África, e

mencionou que das 24 espécies de clorofíceas, todas esti­

veram presentes em baixas concentrações. corno no~ PYPm~l~

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Coelastrum reticulatum, Tetraedron sp, Staurastrum sp, etc.

Na Represa Rillings, ao contrário de TALLING

(1966), verificou-se nue as clorofíceas não anresentaram as

mesmas concentrações entre si e que uma minoria destacou-se

qu~ntitativamente das demais. A P,randeza quantitativa da

rorulaliá.xo rlP,ácea verde ocorreu nrincinalmente no período de

estiaPem e foi fundamentalmente devida a Mougeotia ep, na

estacão 1', aue chegou a alcancar 3.114 UPA/ml.

Já no neríodo em que BRANCO (1966) estudou

as condições sanitárias da Renresa Ri11ings, desmidiáceas

do gênero Staurastrum apareceram em grande número nassando,

até mesmo, a nredominar na altura do Rio Grande.

nERfSIO f, ~~ONTEBELLO (1972) encontraram um

numero reduzido de clorofíceas na Represa Billings, repre-

sentadas nrincinalmente nor Dictyosphaerium, Pediastrum, Oo

cys tis e Ch lam1rdomonas.

ROCI!A f, NARnuzzo (1975) registraram em lagos

eutr6fizacios do 0 arnue Zool6gico do Estado de São Paulo, a

ocorrência de "floracão" de al«:Tns, princinalmente da cloro

fícea Dictyosphaerium nue, neste local em ~rande número, c~n

feriu i igua sahor c odor de neixe. Outras clorofíceas que

tamh~m anarecerarn em rrande quantidade foram Oocystis e An

kis trodesmus.

No lago do Paraue Zool6gico do Estado de São

Paulo, CJTAVES (1978) ohservou nico de clorofíceas no outo-

no (37 ,30%).

O "standinp-stock'' do fitonlâncton no lago

llayes, na Nova Zelândia, foi maior no verão do que no inver

no (BURNS f; }1JTCHEL, 1974).

CASSIE (1969) encontrou um número reduzido

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de cloroffceas no lago Rotorua, Nova Zelindia, de~tre as

quais Mougeotia~ Diatyosphaerium e Aatinast~um hantzsahii

apresentaram-se em maior número, ao passo que, Staurastrum,

Cosmarium, CLosterium, Botryoaoaaus e Pediastrum foram es

norádicas.

Um exem~lo comparativo de zona temperada

foi o do Lago Ray, E.U.A., onde as cloroffceas exibiram um

aumento no outono, nrirnavera e no fim do verão (SCHUMACHER,

1956).

No lago eutrÓfico Vombsjon em Scania. Sué-

cia. de clima temperado, a alga ChLamydomonas, constitui

um dos gêneros que dominou o plãncton após o dePelo (GELI\,

19 71).

Na Represa Billings, durante o período de e ~1"/\VItAS ;-12\)JV\

chuva, a espécie Actinastrum hantzschii(na superfÍcie da

estação 1 e Pediastrum simplez~ na profundidade, estiveram

presentes em todas amostras examinadas.

1:Na estação 1 (profundidade), o gênero Stau­

e ftlo~tOn"-' rastrumVf~encontrad~em todas amostras examinadas e cole

tadas durante o período de estiagem.

2- Euglenophyceae

Os elementos desta classe, apesar ne nao se

rem abundantes, nem constantes (Tab. 14), apresentaram uma &IJ)AI'J)J ~el-O

freqtiencia maior no ponto 2 (Tab. 13) duranteJo neríodo es

tudado.

O trabalho realizado por BRANCO ~ , .~ 64 :; re s ­

salta o fato de que certos cloroflagelados do gênero EugZ~

na são mais resistentes, em relação a outras al ga ~ nu anto

a fenômenos de poluição. Este autor verificou a ~ossibi-

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lidade e conveniência de utilizar microrganismos que, pela

sua presença em água poluÍda, possam ser considerados indi

cadores dessas condições, tendo por base que, na utiliza­

ção de microrganismos indicadores de poluição, somente po­

derão ser representativos das alterações ambientais os mi­

crorganismos que responderem ao maior número possível de

elementos do meio.

presa

O gênero Eugtena teve ocorrência rara na Re

na Represa Billings durante o período de estudo

realizado por DERfSIO & MONTEBELLO (1972), que corresponde

aproximadamente ao período de estiagem. ~

T~achetomonas ocorreu em grande numero na

Represa de Americana (ROCHA, 1971).

3- Chrysophyceae

Este grupo caracterizou-se pela sua rara o­

corrência nas águas da Represa Billings.

Synura foi registrada no período das chu­

vas, tanto na estação 1 (superfície) quanto na 2 (superfí­

cie).

Dinob~cn ciZind~icwm e Dinobryon bavaricum

ocorreram na estação 1, no período de estiagem. Dinobryon

cyZind~icum foi o representante das Chryso~hyceae no lago

Rotorua, Nova Zelândia (CASSIE, 1969).

Synura foi também encontrada na Represa Bil

lings, por DERfSIO & MONTEBELLO (1972), sendo sua freqtiê~

cia também considerada rara.

4- Dinophyceae

Peridinium sp. foi o Único representante

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deste grupo na Represa Billings. Sua maior freotléncia foi

registrada no período de estiagem, exceção feita ao dia

11.01.78 na estaçio 1 (Tab. 13).

O gênero Peridinium também ocorreu no lago

Rotorua, na Nova Zelândia (CASSIE, 1969).

5- Bacillariophyceae

Nas estações estudadas na Represa Rillings,

este grupo apresentou uma freqUência maior no período de

chuvas (Tab. 13 e Fig. 15).

Quanto às diatomáceas mais freqUentes na R~

presa Billings, BRANCO (1966) registrou o gênero Nitzschia.

No período de outubro de 1977 a setembro de 1978, foi re­

gistrada a presença desta diatomácea, mas ela nio se apre­

sentou de maneira freqUente.

No lago do Parque Zool6gico do Estado de Sio

Paulo, CHAVES (1978) registrou aumento das diatomáceas no

verao e outono.

GlEEN (1976) encontrou, estudando o lago o­

ligotr6fico de Ototoa, Nova Zelândia, proporçio maior de

Bacillariophyceae e Chrysophyceae que das demais classes de

algas, no volume algáceo, por todo o ano, particularmente

no inverno.

Comparando os dados anteriores com u~

trabalho de zona temperada, WUJEK (1966) confirmou lnvesti­

gações anteriores realizadas no lago de Michigan, de que

as diatomáceas alcançam seu máximo no inverno.

Quanto à distribuição vertical, durante to­

do o período de estudo (chuva e estiagem), as diatomáceas

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apresentaram-se em maior quantidade na profundid~de de 2 m

da estação 1, do que na superfície (Tab. 13).

A presença quantitativamente maior das dia­

tomáceas na profundidade do que na superfície foi explica-

da por LUND (1954) e confirmada por MARINS (1972), no est~

do da espécie MeLosi~a itaLica~ em que esta alga não apre­

senta um bom desenvolvimento em altas intensidades lumino-

sas e de temperatura.

O poder de afundamento das diatomáceas

grande. Com isto, sua manutenção na região fÓtica desse

ambiente depende da turbulência da água provocada oelo ven

.. e

to (MARINS, 1972).

Constatou-se ainda na Represa Billings que

diatomáceas do gênero Nitzschia não foram encontradas flu­

tuando livremente na água, mas sim envolvidas na mucilagem

das colônias da cianofícea Mic~ocystis ae~uginosa. Isto o-

correu principalmente na estação 1, evidenciando uma asso­

ciação possível entre essas algas.

Este mesmo fenômeno foi observado por BURGIS

e colab. (1973) no lago George ~frica.

GANF (1973) considera que a pequena densid!

de das algas do gênero Mic~ocystis~ em virtude de seus va­

cúolos gasosos, aumenta a probabilidade de sua permanência

dentro da zona eufótica_, e J ao que parece, as diatomáceas,

geralmente de densidade excessiva, característica de um or

ganismo cuja tendência é afundar, aproveitam a turbulência

da água e a associação com a cianofícea do gênero Mi~~ocy~

tis para que possam manter-se na zona eufótica.

A densidade relativa das diatomáceas na a-

gua do lago George, ~frica, indica que elas podem diminuir

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o seu número durante condições de mínima turbulência, con-

forme GANF (1973).

Na Represa Billings, as algas do genero Sy­

nedra predom~naram sohre as demais diatomáceas na estação '

1 (superfície e profundidade), enquanto que o gênero MeZo­

sira esteve presente em~s as amostras examinadas. Tudo

isto ocorreu no período de chuva.

Synedra também foi dominante na Represa de

Americana, Por ocasião do estudo realizado por ROCHA (1971).

No lago Rotorua as diatomáceas foram o gru­

po dominante, principalmente constituído por Synedra e Me

Zosira.

A população de diatomáceas, tais como Step~a

nodiscus, Nitzschia e MeZosira, mostrou diferentes padrões

de distrihuição sazonal no lago Vitória, Ãfrica (TALLING,

1966).

~\a Represa Bi llings, DER!SIO & MONTEBELLO

(1972) verificaram que a diatomácea CycZoteZZa foi um dos

cinco gêneros responsáveis por 88% do total das algas pre­

sentes naquela época. Já no período estudado, de outubro

de 1977 a setembro de 1978, esta diatomácea teve sua ocor-

rência rara.

O fitoplâncton numa camada eufótica de um

lago está geralmente em condições nutrientes deficientes,

menos durante os períodos de circulação (LUND, 1954, 1955).

No caso de um lago raso de região quente,

como é o caso da Represa Billings, a estratificação da á­

gua é fácil e rapidamente anulada pelo vento. Desse modo,

a recirculação de nutrientes ocorre freqUentemente no lago.

A rara ocorrência de MeZosira granuZata na

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água com menos de 1,0 mg/1 de sílica é explicada relo fato

de que populações de Melosi~a podem ser suspensas nela tu!

bulência na coluna de água quando não há nutrientes dispo-

níveis para o seu desenvolvimento (LUND, 1954, 1955).

Em lago de zona temperada LUND (1954, 1955)

registrou o crescimento rápido da diatomâcea Me:osira ita­

lica no período de circulação da água; verificou também

que esse crescimento era exponencial.

Na Represa do Broa, Brasil, foi feito um

trabalho sobre o crescimento sincronizado da diatomâcea Me-

losira italica, em que se confirmou o crescimento exponen­

cial dessa diatomácea no período de maior circulação da .. agua (NAKAMOTO e colab., 1976).

Em estudo com animais bentônicos da Renresa

do Lobo, STRIXINO (1973) observou que larvas de Chironom~-

dae alimentavam-se de Melosi~a.

6- Cyanophyceae

As algas do genero Chroococcus, ~~xosa~cina

e Oacillatoria apareceram muito raramente (Tah. ~e 12).

A_ Fi g. . 17 mostra que as Cvanophvceae

predominaram na estação 2.

Como já foi dito anteriormente, nrincioalm~n

te na estação 1, foi uma observação constante a lssociação

da cianofícea Mic~ocystis ae~u~inosa e a diatomácea Nitas-

chia.

As cianofíceas, principalmente Mi~~oc-tJstis

ae~uginoaa, e, mais raramente, Anabaena spi~oide0 formaram

massas de algas que se concentravam mais intensamente na

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superfície da aguado oue na nrofundidade de 2m . Tah. 13 ) .

Observou-se ainda, na Represa Billings, oue

o vento atuou de maneira decisiva no deslocamento das cia­

nofíceas. Na estação 1, durante o período de floração de

Miaroaystis aeruginosa, a influência do vento foi marcante

nos meses de outubro e dezembro de 1977 (Tab. 3).

O mesmo evento repetiu-se na estação 2, na

época de floração de cianofíceas, quando o vento deslocou

mais fortemente as algas no mês de setemhro de 19 7 R (Tah.

l3) •

A distribuição desigual de Miaroays ti s na

Represa Bi1lings também foi observada nor PALMER. ( 1~60),

que registrou uma maior nuantidade dessa alga nos nrimeiros

10 em da água. Este autor nresume que tal fato se relac1~

ne também ao vento e à corrente de água, fazendo com oue

determinadas espécies se concentrem em determinadas áreas.

Considerações sobre a cranofícea do gênero

Miaroaystis

Devido à grande importância ecolÓgica e sa­

nitária do gênero MiaPoaystis e à controvérsia existente

entre vários pesquisadores quanto à sua sistemática. discu

tem-se. a seguir, os vários trabalhos referentes a essa al

ga do ponto de vista histórico e sistemático.

Mi crocys tis ae ruginosa KUt z. emend. E lenk ..

1924.

Esta espécie é um componente freoUente em

processos de "floração" de águas, embora seja comum a uma

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grande variedade de ambientes aquáticos (PRESCOTT , 1962).

Um ~rupo de estudiosos é da opinião que

Microcystis aeruginosa deve ser usada para indivíduos com

colBnias perfuradas e muito lobada, enquanto o nome Micr~

cystis flos-aauae deve ser aplicado às formas coloniais

globos as não perfuradas. Por exemplo, S~HTH (1920) assim

distingue Microcystis aeruginosa de Microcystis f l os-aquae.

Outros autores de renome, como Elenkin, Os

tentefeld, Virieux, Van Goor, Crow e Denis, defendem a

união de M. aeruginosa e M. flos-aquae numa Única esnécie

( GE I T LER , 19 3 2 ) .

Depois de realizar um estudo crítico de vá

rios trabalhos, ELENKIN (1924) concluiu que se a col5nia

é ou não perfurada, esta é uma característica que acompa­

nha sua idade, na qual inte1'agem vários fatores, tais co­

mo, condições físicas do ambiente (águas correntes) ou

métodos de coleta. Em seguida reduziu Microcystis flos­

-aquae a sinonímia de Microcystis aeruginosa~ consideran­

do duas formas: major e minor (PRESCOTT, 1962).

Segundo NAUMAN, o aspecto da colônia de

Nicrocystis sp. depende do movimento das águas. Em águas

calmas aparecem colônias perfuradas e em águas agitadas

colônias pequenas e homogêneas (GEITLER, 1932).

Os trabalhos de Nauman e Wesenberg-Lund

sao facilmente compreensíveis, porém não demonstram que

todas as formas compactas sejam capazes de dar oripern a

estágios perfurados. Assim, a espécie M.flos-aauae tem

ainda sua existência válida, conforme GEITLER (1932). Por

outro lado, GEITLER (1932) acha que somente as colBnias

velhas são perfuradas e as jovens não. E considera ainda,

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provável que ambas, M. aeruginosa eM. fZos-aquae, sejam a­

penas estágios de uma Única es~écie.

Francis Drouet considera M. aeru pi nosa e ~ .

fZos-aquae como sinônimos da esnécie Anaaystis cianea.

No Brasil, durante as secas excencionais de

1952, 1953 e 1954, houve uma intensa "floração" das águas

ocasionada principalmente por Miarocystis, na Represa Bil-

1ings (BRANCO, 1958).

A influência que essas algas noder i drr. exer­

cer, principalmente soh o ponto de vista de sua toxicidade,

na Represa Billings, fez com que se desenvolvessem estudos

pormenorizados a seu resoeito. Dentre esses destacamos os

realizados por BRANCO (1958, 1959, 1966, 1972) e PALMER

(1960).

Amostras de algas cianofíceas procedentes da

Represa Billings foram enviadas a vários especialistas para

identificação. Em 1952, Francis Drouet classificou sua a­

mostra como sendo Anacystis cianea.

O Dr. J.F. TOLEDO~ Botânico-Chefe da anti2a

seção de Fitotécnica do Instituto de Bo~ãnicR classificou

como M. aeruginosa (hoje sabe-se que é a mesma M.fZos-a­

quae), as algas da Represa Billings que lhe foram enviadas

a pedido do Instituto BiolÓgico (BRANCO, 1959).

"Floração"

Como já foi di to anteriormente, as "flora­

ções" de cianofíceas ocorreram na Represa Billings no perio

do de chuva, na estação 1, devido a Microaystis aeruginosa

e no período de estiagem, na estação 2, devido a Miaroays-

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tis aeruginosa e Anabaena spiroides.

Quanto à ocorrência de "florações" na Repre

sa Billings, no período de chuva, também foram registradas

por BRANCO (1959) , oue obteve a concentração máxima em mea

dos de dezembro, diminuindo depois nos meses seguintes.

PALHER (1960) também encontrou "florações"

de Microcystis na Represa Billings, nos arredores e próxi­

mo do ponto de tomada da Estação de Tratamento de Água de

São Bernardo do Campo.

Em 1966, Branco encontrou Microcystis aeru­

ginosa e Anabaena spiroides na Represa Billings, sendo que

a primeira espécie se apresentou em maior número. persis­

tindo durante todo o ano, formando grumos visíveis à olho

nu, os quais flutuavam em tão grande quantidade ., :1 ponto

de dar à água superficial o aspecto de "sopa de ervilhas"

(BRANCO, 1966).

DER!SIO & ~10NTEBELLO (1972) observaram na

Represa Billings oue noucos generos de algas eram respons!

veis pela grande quantidade de algas presentes e, dentre

estas, registr~rama presença de Microcystis e Osci Z Zatoria.

KAWAI e colab. (1976) tamhém encontr·c1 ~·<i !Y'O gê­

nero Microcystis como organismo predominante na Represa

Billings.

Nos lagos eutrofizados do Parque Zoológico

do Estado de São Paulo, ROCHA & NARDUZZO (1975) registra­

ram a presença de "floração" do gênero Osci Z l ataria, que

produziram odor e indicavam intensa poluição e concentra­

çao de sais. Ao lado desta cianofícea, apareceu Microcys

tis também em grande quantidade.

As cianofíceas tiveram nesses lagos aumen-

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to no outono e verão e tiveram seu número reduzido na ~ ri­

mavera , sendo que Oscillatoria e Microcyst is p redom inaram,

ao nasso que Anab aena apresentou a menor frequência do gr~

no (CHAVES, 1978).

~ o comece do verao de 1971, no la?o l! a)' es,

\ ova :elândia , o gênero Anabaena dominou o n lâncton e se

acumulou ranidamente na superfície da água (BURNS G \I ITCHEL

10'74).

O lago Johnson, na ~ova Z e1~ndia, € eutr6f i

co e nele a "floração" tem ocorrido desde 1962 (BUR;\S fr

MITCHEL. 1974).

Mi crocy s tis foi comum em j u1ho el e 1961 no

lago Vitoria, Ãfrica (TALLING, 1966).

No lago Ray, de zona temperada, uma" f lora­

ção" de Microcystis aeruginosa ocorreu na !'rimavera e no­

vamente no verao (SCHUMACHER, 1956).

A "floração" de uma determinada espécie de

alga inibe o aparecimento de outras, quer por simples com­

Petição, quer por açao de inibidores produzidos nela alga

que está ocasionando o fenômeno. Tais inibidores podem a­

penas influenciar a velocidade de crescimento ou podem ser

letais às demais espécies de algas (TASSIGNY f1 LEFRl!VE,

1971).

Prescott observou que culturas ahandonadas

de uma determinada espécie de alga dão lugar, Ct ' r to tempo

após a morte destas, à proliferação abundante de outras

que, entretanto, nao vivem em presença da prime :t ra (BRA~­

CO, 1962) •

A idéia de que uma substância secretada ou

originada pela decomposiç~o de uma espécie de a l ga nossa

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estimular o desenvolvimento de outras ..

nao e nova , e mui-

tas pesquisas têm sido realizadas neste sentido.

Clorofíceas e cianofíceas excretam parte

do material assimilado na forma de bainhas e cobertura mu

cilaginosa (MARGALEF, 1976).

Muitos autores acreditam que as substâncias

liberadas pelas algas podem ser tanto nocivas como favorá-

veis para outras algas (PEREIRA, 1978).

Produtos da decomposição de certas esnécies

de algas têm sido adicionados à água destilada, formando

um meio de cultura onde são semeadas outras espécies. Em

muitos casos, tais produtos têm demonstrado efeitos estimu

!antes ou inibidores (SegundoHartman, citado por BRANCO,

1962).

Por outro lado, sao muitas as evidências de

inibições e auto-inibições de proliferação de algas causadas

por esses organismos.

~ curioso assinalar que as "florações" sao,

em geral, causadas por uma Única espécie de alga, desapare

cendo, quase por completo, as outras pertencentes ao mesmo

grupo em "floração" (BRANCO, 1962).

Entretanto, associadas à "floração" podem

haver outras algas, geralmente de outras divisões, que pa­

recem estimuladas pelas próprias substâncias oue funcionam

como inibidoras das primeiras. Além disso, uma mesma subs

tância secretada pela alga pode agir como estimulante, qu!n

do em pequenas concentrações e como inibidora ouando em

concentrações maiores.

Baseada nos trabalhos de TASSIGNY ~ LEFRmTE

(1971), ZAGO (1972) cita que os metabolitos produzi dos ne

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la alga em "floração", podem exercer um efeito ant~_gônico

' sobre outras espécies de algas, sobre animais e sobreelas

mesmas, quando no auge do desenvolvimento. Esta mesma au-

tora, salienta ainda, o fato conhecido de que muitas algas

e entre elas, espécies de Anabaena (A. va~iabilis, A.g~l~

tinosa e A. cylind~icaJ excretam material nitrogenado ria

forma de aminoácidos e polipetídeos.

Por outro lado, há um certo nível em que a

"floração" passa a ser nociva à própria espécie que ~e~~

produzindo. A falta de luz e~ubstâncias nutritivas acaba

desencadeando a queda e finalmente a extinção do fenômeno

(CARVALHO, 1975).

Várias influências podem ser exercidas pe­

las algas sobre a comunidade zooplanctônica. Dentre elas,

citamos a cadeia alimentar.

Na Renresa Billings, o zooplâncton foi nume

ricamente dominado pelos copépodos e cladóceros. ~a esta­

ção 2, o número de rotÍferos foi maior que o de copépodo

(SENDACZ, 1978).

Com exceçao dos copépodos ciclopóides, que

sao carnívoros, o restante do zooplâncton é de filtradores,

alimenta-se diferencialmente do fitoplâncton e pode influe~

ciar na estrutura e sucessão de uma comunidade algácea como,

por exemplo,l\,.a ocorrência das "florações".

PORTER (1977) dividiu o fitoplâncton em três

grupos de acordo com a ação dos filtradores zooplanctônicos.

As maiores distí~c~~~ - entre os grupos foram baseadas no

tamanho e morfologia das algas.

CARVALHO (1975) verificou a inf:uênc: a da

"floração" de algas sobre o :ooplâncton e acha nossÍ':el

que, no caso dos ciclonóides, esta comunidade ooder1a ter

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sido atingida por substâncias tóxicas eliminadas por Anabae

na spiroides.

Sucessão

No estudo das relações entre as várias espé­

cies de algas em uma massa de água, é freqUente ohservar-se

associações de algas pertencentes a diferentes espécies e,

até mesmo, a diferentes divisões sistemáticas (BRANCO, 1962).

Na estação 2 da Represa Billings, Mi~ro~ys­

tis aeruginosa aumentou progressivamente no período de ch~

vas e, em seguida, durante o período de estiagem, a princí­

pio predominou e depois foi decrescendo quantitativamente

até desaparecer no final deste período, quando, então, foi

substituída por "florações" de Anabaena spiroides (Fig. 18).

Ao contrário do que se obteve na estação 2,

em termos de sucessão de algas, PALMER (1960) e

BRANCO (1962) observaram na mesma Represa Billings,

que as proliferações de Anabaena eram sucedidas por "flora­

ções" causadas por Mi~ro~ystis.

Duas sugestões foram levantadas por BRANCO

(1962) para explicar esta Última sucessao. A primeira foi

baseada na possibilidade de que Mi~ro~ystis forneça ao

meio algum elemento indispensável à proliferação da Anabae­

na. Como argumento dessa sugestão, o autor apontou o fato

de que, em uma série de lagos de uma região, podem ser ob­

servadas "florações" de Mi~ro~ystis em um lago e de Anabae­

na em outro localizado nas suas proximidades. A outra su­

gestão está baseada no fato de Anabaena desenvolver-se me­

lhor em águas contendo maiores concentrações de cálcio e

menores de nitrogênio. Quando a água é pobre em cálcio

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rica em nitrogênio, desenvolver-se-ia Mi~ro~ystis em lugar

de Anabaena. Esta segunda sugestão pode ser a que mais

se enquadre nos casos de sucessão ocorridos na Represa Bil

lings.

Segundo McCOMBIE (1953) , o crescimento do

fitoplâncton é influenciado por fatores limitantes e con­

troladores. Entre estes Últimos, podem ser ressaltados a

temperatura, o pH e outros, que determinam o modo pelo qual

o fitoplâncton é capaz de utilizar os fatores limitantes,

tais como, os sais minerais, etc. Em certos períodos, os

efeitos provocados pelos fatores controladores e limitantes

podem dar lugar a efeitos letais, que influenciam deleteria

mente na sobrevivência da alga.

No ambiente aquático, cada espécie de alga

apresenta características inferiores e superiores que con!

tituem o seu limite de tolerância. Entretanto, a composi­

ção física e química da água de um reservatório apresenta

variações que dependem da estação do ano, do período do

dia, do local e da profundidade.

Para cada ecossistema, há uma população de

organismos com um certo grau de exigências em relação aos

elementos que exercem influência sobre o seu desenvolvi­

mento. Já em 1840, Liebig dizia1

em sua lei do mínimo,

que o crescimento dos vegetais é limitado pelo elemento

cuja concentração ou intensidade é inferior a um valor mí

nimo, abaixo do qual as sínteses nao podem ser realizadas.

Esta lei, entretanto, está sujeita a duas

críticas. A primeira, pelos fatores responsávei s pela pr~

liferação de determinada espécie não agirem isoladamente

mas, ao contrário, interrelacionaremr~~A segunda crítica,

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pelos seres vivos viverem sempre dentro de limites. Deste

modo, os vários fatores que intervém no desenvolvimento de

-uma esnécie apresentam valores inferiores ou superiores as

exi~ências desta espécie, mas a lei do mínimo foi estendi-

da e atualmente fala-se em fator limitante. Isto signifi-

ca que quando um fator ecolÓgico está ausente ou reduzido

a níveis inferiores ao mínimo crítico, ou superiores ao

nível máximo tolerável, impedirá o desenvolvimento da esp~

cie considerada.

Fator limitante diz respeito ã disponibili­

dade e intensidade de certos elementos que permitam um de­

senvolvimento Ótimo dos organismos. Depreende-se daí, a

importância deles, quando o controle dos organismos aquãti

cos se faz necessário. Fator limitante, entretanto, nao

é letal, mas sim limita por escasez ou excesso o potencial

de crescimento de uma população (BRANCO, 1964).

4.2 Características fÍsicas

1. Radiação solar, insolação e temperatura

A radiação solar direta é o fator que mais

contribui para o aquecimento da água de reservatórios e 1!

gos. Assim é que, em dias nublados o aquecimento é mais

intenso do que em dias de céu lÍmpido.

Os dados de radiação solar obtidos na Repr~

sa Billin~s apresentaram seu máximo no mês de fevereiro

de 1978, período de chuvas, ocasião em que a diversidade

de fitoplâncton foi maior, e seu valor mínimo ocorreu em

julho de 1978, período de estiagem, quando auant i tativamen

te o fitoplâncton alcançou valores maiores (Tah. 1 e Fig.3).

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As frações das radiações solares oue conse-

guem atravessar a superfície penetrando na massa de agua - PC L0

sao constituídas nela luz e calor.

Os vegetais necessitam da luz para sua sín­

tese orgânica e são eficazes os comprimentos de onda situa

dos em torno do vermelho e, em menor grau, do azul. Isto

ocorre em virtude da maior quantidade de energia destes em

relação aos outros comprimentos de onda oue podem ser absor

vidos pela clorofila.

Tendo os vários comprimentos de onda pode­

res de penetração diferentes na massa de água, estes fato­

res são decisivos na capacidade de desenvolvimento e na

qualidade do plâncton da água. Portanto, a intensidade lu

minosa tem papel preponderante na variação do conteúdo em

clorofila das células das algas. Muitas delas crescem me­

lhor sob baixas intensidades luminosas do que soh altas in

tensidades.

De um modo geral, parece que as clorofíceas

exigem maiores intensidades de luz, enquanto que as diato­

máceas e crisofíceas nâo são muito exigentes quanto à luz.

As cianofíceas revelaram-se mais exigentes com refer~ncia

ã temperatura do que com a intensidade luminosa (BRANCO,

1962).

Na Represa Billings constatou-se, na esta­

çao 1, uma presença maior de clorofíceas na superfície

(Tab. 7 - 10), o que está de acordo com a afirmação aci-

ma de Branco.

A insolação total aquece ma1s ran1 J amente

o ar que a água, mas sendo o calor específico da água mais

elevado que o do ar, seu aquecimento e resfriamento serão

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mais lentos, tornando o ambiente aquático mais estável Clll{'

o terrestre. Parte do calor recebido pela massa de

é resnonsável nela temneratura. Também, devido ao seu ca -

1 o r e sne cí fi co, em de terminadas horas do di a, a temo e r a tu ·-

ra da á p,ua é maior que a do ar.

O f i tonlâncton não mantém constante sua

temperatura interna, tendo, portanto , sua atividade metabó

lica limitada nel a t emneratura ambiente.

Na Renresa Billin?S a temnerat ur a do ~ r va ­

riou de 14,5 9 C a 28 ,59f na estacão 1, durante to do c ~e r Í0

do de observação. Na estação 2 a temneratura ào ar variou

de 11,59( a 28,89C (Tab. 2).

Na estação 1 a temperatura da água sunerfi-

cial variou de 17,89C a 28,59(. De um modo pera1, a temne­

ratura da água de superfície acompanhou a do ar (Fi ~ . 4) .

A temperatura da água a 2 m de profundidade

variou de 17,8'C a 28,09C.

Foram exce ões as temperaturas registradas w 08 ~ :l 3 o f- g

nas coletas de 11.01.78, 03.05.78 e 26.07.78, em que a te~

peratura na profundidade de 2 m foi superior à da superfí­

cie. Nas demais coletas, a temperatura da superfície da

água foi sempre superior à de profundidade, tendo a dife­

rença entre elas atingido um máximo de 29C, sendo 23,8 9 C

na superfície e 21,89C na profundidade de 2m (Tab. 2 e

Fi g. 4) .

Portanto, as temperaturas da água e do ar

mostram um ciclo sazonal normal, com um máximo no oeríodo

de chuva (verão) e um mÍnimo na estiagem (inverno), como e

videncia a Fig. 8.

De um modo geral (Fig. 12), observa-se que

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nao houve grandes variações de temperatura do ar e da á

gua no decorrer do período anual estudado, isto é, de outu

bro de 1977 a setembro de 1978.

A temperatura influencia na distribuição

quantitativa do fitonlincton. Variando-se a temneratura e - ""'\.!). mantendo-se as demais condiçoes semel hantes,\·zonas de cli-

ma ouente, em que os nrocessos metabÓlicos da alga sao mui

to intensos, ocorrerá absorção de uma maior ouantidade de

nutrientes do aue oor algas de clima temperado. Portanto,

nesta Última zona, uma maior nonulação será mantida nara

uma mesma quantidade de nutrientes.

Isto foi muitas vezes confirmado na Renresa

Billinps, onde quantitativamente o fitonlincton foi Menor

nos períodos de alta temperatura (época das chuvas ) e maior

nos períodos de menor temperatura, ou época de est1ag~m

(Tab. 14).

Já em 1959, Branco verificou uma diminuição

do número de algas na Represa Billings, coincidente com a

elevação progressiva da temperatura durante os meses de j!

neiro, fevereiro e março (BRANCO, 1959).

Em clima temoerado, a radiação solar, luz,

calor e a temperatura, geralmente sao fatores limitantes

(KUTNER, 1972), e as estações são bem definidas.

Como consequência disso, as al p. as que ocor-

rem em zona temperatura foram classificadas nor Tran-

seau em 6 grupos, tais como, algas de inverno, nrimavera-

vera, verão, outono, nerenes e efêmeras (BRANCO, 1959). ~

Outro exemplo nesse sentido, e dado por ~"OITA (19 76 ) que

em Albufeira do roxo, em Portugal, realizou um estudo sazo

nal qualitativo e quantitativo dasespécies oue constituem

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o fitonlâncton e agrupou-as em algas de prinavera, verao,

outono e inverno.

As relaç6es entre or ~ anismos fiton lanct6ni

cos e as variaç6es sazonais nas regi6es tronical e sub t!o

nical, porém, são de difÍcil internretação (RR_A. \ CO, 1960),

~rincipalnente pelo fato das esta ç 6e s do ano nã c serem de

finidas , não se tornando nossível f azer o ar runa~ento de

alras segundo o critério escolhido para zona temnerada.

Uma outra influência da luz e da temperat~

ra está na distribuição vertical do fitoplâncton. ~ ara a

assimilação do carbono, o fitonlâncton movimenta- se na

coluna de água em busca do seu "clima de luz" ideal.

Uma elevação da temperatura, com conseatien

te diminuição da viscosidade, causará a descida dos orga-

nismos fitoplanctônicos até às camadas mais frias, mais

viscosas e de maior densidade específica, onde sua susten

tação será mais eficaz e a temperatura mais amena. Por

isto, muitos organismos planctônicos de águas quentes são

providos de estruturas destinadas a retardar sua movimen-

tação vertical (KUTNER, 1972). Algas desmidiâceas como

Staurastrum e clorococales dos generos GoZenkinia~ Miarac

tinium, Tetraedron, Scenedesmus, etc., são providas de

processos espinhosos que aumentam a superfície de contato

de alga com o meio, provocando, assim maior atrito entre ...

ambos, dependente do grau de viscosidade da agua. Ora,

sendo a viscosidade influenciada nela temperatu; ~ da água,

haverá, obviamente, variação da velocidade de queda des-

ses microrganismos. Ressalte-se, ainda, que es s es organis

mos, quando vivos, se ~recipitam muito mais lentar.ente

que quando mortos (BRANCO, 1962).

TUNDISI e colah. (1978 ) evidencio.rar

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uma baixa taxa de afundamento do :ito~lâncton

em lagos do Vale do Rio Doce, Estado de Minas Gerais, qua~

do se registrou a presença de estratificacão térmica. Pa­

ra explicar o ocorrido, afirmaram aue isso pôde ser conse­

guido à custa de uma redução da razão superfÍcie/volume ou

ao aumento dasestruturas ou mecanismos oue auxiliem a manu

tenção da flutuabilidade desses organismos.

Há, realmente, influência sensível da temp~

ratura e viscosidade da água na velocidade de afundamento

das algas, devendo existir, também, influência de algum fa

tor fisiolÓgico. Isto pode estar ligado ao fenômeno de fo

tossíntese por exemplo, uma vez oue, após a exnosicão ~

luz, a alga leva um tempo maior para afundar do oue quando

permanece à sombra. Provavelmente, trate-se de formação

de oxigênio no interior da célula, dando a esta uma menor

densidade, isto é, diminuindo a diferença de peso específi

co (BRANCO, 1960).

A maioria dos vegetais planctônicos tem exi

gências quanto ãs temperaturas máxima e mínima toleradas.

Em algumas espécies, a tolerancia é bastante grande, supor

tando amplas variações (KUTNER & TORGO, 1962).

A maior parte das espécies de algas de água

continental, quando cultivadas em meio artificial, desen­

volve-se melhor em temperaturas situadas entre 15 e 259C.

Entretanto, algumas espécies de cianofíceas dos gêneros A~a

baena e Microcystis têm1

ouando em meio Ótimo quanto a nu­

trientes e luz, melhor desenvolvimento em temperaturas su·

periores a 309C. Muito freqUentemente, as Proliferações

intensas de cianofíceas, que formam "floração" nas águas,

estão relacionadas com a elevação da temperatura ambiente

(BRANCO, 1962).

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Densas populações de algas cianofíceas sao

freouentemente associadas com temneratura da iQua hastante

altas.

Segundo o trabalho de GA.t-.IF (1972), o re gi -

~e de temneratura do lago Georr,e. lago equatorial africano,

varia de 25 a 359l., faixa esta que se enouadra dentro da

temperatura mé~ia Ótima nara cianofíceas, o.uc neste la ~o

se desenvolvem intensa~ente.

Visto que no nlincton de outros lapa s do

leste da Ãfrica, com temneraturas similares, s~o as diato-

máceas que dominam (fiLf-1ftJ·' , 1971), a nresença ele cianofíceas

não deve ser uma simples função da temperatura.

Em lar,os e reservatórios de re gião de clima

temperado, geralmente no verão, a temperatura da água é m~n

tida uniformemente distribuÍda enquanto no inverno ocorre

a estratificação térmica.

As estações do ano nao sao perfeitamente d~

finidas nas regiões tropical e subtropical, e a conhecida

estratificação térmica, que ocorre em lagos das regiões t~m

peradas, praticamente não se verifica nos lagos das regiões

quentes. Aliado a este fator, deve-se ressaltar aue as

pequenas profundidades dos lagos facilitam a ação dos ven­

tos, provocando circulação da água, que destrói praticame~

te qualquer indÍcio de estratificação (BRANCO, l9 6n) .

Segundo BEADLE (1974), o princinal agente

determinante da circulação da água em lagos tron icais e,

conseqtientemente da desestratificaçio térmica . ( o vento,

muito mais provavelmente do que as flutuações snzonais em

radiação solar e a temperatura da atmosfera.

Um dos fatores responsáveis pela turbulência

- -da agua e a velocidade do vento (WELCH. 1952 ) .

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56

Provavelmente seja a nequena viscosidade da

arua quem torne a ação do vento mais decisiva na circulação

da igua nas regi6es de clima quente do que nas regi6es de

clima frio (KLEEREKOPER, 1939).

Os meses de maior média de velocidade do

vento na Renresa Billin~s. no neríodo estudado, foram outu . '

bro e dezembro de 1977 e setembro de 1978 (Tab. le Fig. 3).

NRICHT (1936) observou oue na Represa Bil-

linp.s (Pio Grande ) a diferenca de temPeratura entre a su­

nerfície e o fundo era muito ne0uena evidenciando não ha­

ver urna estratificacão térmica definida. Ainda na Represa

Billings, BPANCO (1966) observou que o pradiente térmico e

a pequena nrofundidade desse reservatório não são suficien

tes para garantir qualouer estabilidade de estratificação,

nois nessas condiç6es urna estratificação não resistiria a

ventos mesmo de neoucna intensidade.

Não houve estratificação térmica na Represa

do Lobo, Estado de São Paulo(TUNDISI e colab., 1972). Is-

to foi confirmado nor nARINS (1972).

~ a Represa do Rio Pardo, Estado de São Pau­

lo, HENRY (1977) também não observou estratificação térrni-

ca.

Em Minas Gerais, no Vale do Rio Doce, TUNDI

SI e colah. (1978) estudaram lapos situados em vales rela-

tivamente nrofundos, o oue imnede a circulação da água por

acão do vento. Como conseoUência, foi registrada urna es-

tratificação térmica considerável, a qual permaneceu por

volta de seis meses.

Fm re~i6es da África tronical, TALLINC

(19fi5) observou uma forte estratificação térmica de janei-

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ro a junho, devido possivelmente a grande profundidade

destes lagos.

4.2.2 Cor, Turbidez e Transparência

llm aumento acentuado da turbidez e da cor

pode reduzir a profundidade de penetração das radiações so

lares e também reter calor nas partículas em susnensão, o

que acarretará o aumento da temperatura da áp.ua das cama-

das superficiais. Portanto, cor e turbidez constituem fato

res responsáveis pela limitação de luz e podem interferir

no desenvolvimento de algas em uma massa de água. Desse

modo, águas claras permitem uma maior proliferação de or­

ganismos fotossintetizantes que águas coloridas ou turvas.

A cor das águas naturais exerce forte ação

seletiva na luz que a atravessa, sendo a principal respon­

sável pela qualidade da luz presente a uma determinada pr~

fundidade (BRANCO, 1964).

Em lagos, a cor pode ser modificada com a

profundidade graças ã ação das radiações ultravioletas so­

bre as substâncias orgânicas, susceptÍveis de alteração

nas camadas superficiais.

A cor real da água é dada pela presença de

substâncias pigmentadas em solução ou em dispersão coloi­

dal, tais como substâncias minerais (ferro, manganês, etc.

ou orgânicas (taninos, etc.) A

O ferro e o manganes constituem~na forma

solúvel de carbonatos, os principais elementos responsá­

veis pela cor das águas naturais. Em presença de elevadas

concentrações de oxigênio, esses carbonatos precipitam-se

sob a forma de hidróxidos insolúveis.

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Em lagos que apresentam altas concentrações

de oxigênio dissolvido na água, que nodem ser decorrentes

da fotossíntese de um grande número de algas que 3Í proli­

feram, é comum observar-se ~recinitação de ferro sobre as

prónrias células de algas des~idiáceas (BRA~CO , 1 ~6 2).

A cor real da á Pua tem ação indicadora de

nl', pois o tamanho das nartículas coloidais varia em fun­

çao do pH, tornando-se em meio ácido maiores e mais numero

sas que em solução básica (BRANCO, 1964).

A cor das águas naturais é geralmente devi-~L~

da a produtos de decom?osição da matéria ~rõnria massa

de água, ou do hÚmus do solo adjacente. Assi~ sendo, há

uma relação quantitativa entre cor e carbono orr.ânico pre­

sente na água.

Os dados registrados de cor na Penresa Ril­

lings, estação 1, mostraram valores máximos de 190 mg/1 Pt

na superfície e 130 mg/1 Pt na profundidade (2 m); ambos

dados foram registrados no período de estiagem. Valores

mínimos, de 30 mg/1 Pt na superfície e 20 mg/1 Pt na prof~

didade (2m), foram encontrados no período das chuvas (Tab.

&).

A Fig. 8 mostra uma nítida variação sazonal

da cor em todas as estações estudadas, sendo esta maior no

período de chuvas na estação 1 e maior no período de estia­

gem na estação 2.

No período anual estudado, de outubro de

1977 a setembro de 1978, as medidas de cor anre sentaram-se

geralmente maiores na estação 2 (Fig. 12).

A cor a~arente da água da Renresa Rillings

nos pontos estudados pode ser causada pelos orr-anismos aqu~

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ticos clorofilados aue aí proliferam em grande numero.

Um caso oatente da influência da cor sobre o

fitoplâncton, registrado por BRANCO (1962), ocorreu nos la

gos artificiais aue formam o sistema Cotia em São Paulo,

Brasil e renresentados nelas Renresas Cachoeira dn Graça e

Pedro Beicht. Embora existam as mesmas esnécies de algas

em ambos os lagos, o n~mero encontrado nopri~ei~o foi mui­

to menor que o existente na Represa de Pedro Beicht. Isto

verificou-se norque a á~ua de Cachoeira da Graça anresen­

tou-se com maior intensidade de cor. Portanto, os fatores

físicos como cor e turbidez, cuja açao se faz sentir atra­

vés da limitação da quantidade de luz que penetra na água,

afetam quantitativamente o plâncton, não interferindo, no

caso das represas consideradas, no tipo de microrganismos

que aí se desenvolveram.

Em lagos eutrofizados, como o do Parque Zo­

olÓgico de São Paulo, o grande número de algas dificulta a

penetração de luz bloqueando, assim, a fotossíntese nas

camadas inferiores da água (ROCHA E NARDUZZO, 1975).

Os dados de turbidez na Represa Billings,

na estação 1, apresentaram valores máximos na superfície

de 18,0 FTU no período de chuva,e na profundidade (2 m)

16,0 FTU no período de estiagem. Quanto aos valores míni­

mos, foram encontrados 2,0 FTU na superfície e 2,2 FTU na

profundidade (2m), ambos no período de estiagem (Tab. 2).

A turbidez não apresentou variação sazonal

nítida na estação 1, mostrando uma variação maior na esta­

ção 2, tanto no período de chuva como no de estiagem (Fig.

12).

Ao longo do/ano estudado, outubro de 1977 a

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setembro de 1978, os valores de turbidez foram maiores na

estação 2, seguido~ não muito de perto,f~~ estação 1 (supe~ ficie) e os menores valores nara a turbidez fora~ registra-

dos na profundidade (2 m) da estação 1. Analisando estes

dados pode-se dizer que a turbidez e a cor não imnedem o de

senvolvimento do fitoplâncton na camada eufótica da Represa

Billings.

Estudos efetuados por BRANCO (1966) na Repr~

sa Billings revelaram que os baixos valores de turhidez e

de cor são alguns dos fatores responsáveis pelo elevado nu­

mero de microrganismos aí encontrados.

BRANCO (1962) fez um estudo comparativo en­

tre as represas de abastecimento de São Paulo - Represa Bil

lings (Rio Grande), lago Guarapiranga e o sistema do Alto

Cotia. Observou, na Tab. 15 a seguir apresentada, que o al

to teor de nitrogênio, bem como a cor e turbidez muito bai­

xas no primeiro manancial, constituíam fatores responsáveis

pelo elevado número de algas que aí se encontrava~. Verifi-

cou, entretanto, que o Cotia, embora com um teor de nitrog~

nio menor que o de Guarapiranga, foi caracterizado geralme~

te por um número de algas mais elevado do que o que se encon

trava neste Último, e isso se devia ã diferença entre os ín

dices de cor e turbidez que se verifica nos dois mananciais.

As constantes dragagens que foram realizadas para a retira­

da permanente de areia do fundo do manancial Guarapiranga

man~v~~ua água turva e contribui~~uito para que~le nãose

formasse um número elevado de algas, apesar de seu teor mi-

neral relativamente alto.

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Tabela 15- Represa Billings, Alto Cotia e Guarapiranga

Dados de turbidez, cor, nitrogênio e algas

Billings

Guarapi ranga

Alto Cotia

(BRANCO, 1962).

Turbidez Cor (ppm) N(ppm) algas (n9/cm 3)

5

13

6. s

31

94

62

1,045 mais de 20.000

0,435 500

0,386 6.000

Em locais ricos em fitoplâncton, a transp!

rência., além de indicar a profundidade de penetração da

luz na coluna de água, mostra, também, a localização apro

ximada do fitoplâncton no período fotossintetizante.

A transparência da água exerce muita infl~

ência na movimentação vertical do fitoplâncton quando es­

te busca o seu "clima de luz" ideal para a assimilação do

carbono.

Na Represa Billings, a Tab. 2 e Fig.4 mos­

tram valores baixos de transparência da água na estação 1,

com um mínimo de 0,70 m no período de estiagem, e um máxi

mo de 2,0 m no período de chuva.

A transparência apresenta variação sazonal

(Fig. 8).

Ao longo do período de outubro de 1977 a

setembro de 1978 a transparência apresenta urna pequena os

cilação (Fig. 12).

Na Represa Billings, a transparência sofreu

influência das alterações na cor e na turbidez da água. Um

dos principais elementos que influencia~3ha redução da

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transnarência, nos nontos estudados, foi a grande quantid~

de de alp:as existentes. Por exemplo, as medidas de trans­

parência efetuadas no lago do Parque ZoolÓgico de São Pau­

lo não ultranassaran os 20 em de profundidade, devido ã a-

hundância de materiais nresentes, tais como: silte, areia

filtrada,~~(ROCP.A 0 NARDUZZO, 1975).

\a Penresa de Americana, LI\R\:ALH0 ( 19"'5) v~

rificou uma diminuição na transnarência da iPua nas esta-

ções chuvosas.

4.3 Característjcas ouímicas

na oualidade e das prono~cões existentes

entre as várias substâncias e gases dissolvidos na água,

dependem, em larga escala, a quantidade e o tipo de orga-

nismos oue vivem nesse ambiente.

4.3.1 Condutividade elétrica

A condutividade elétrica mede a quantidade

total de material ionizado · em uma solução, que node · ser

resultante do suprimento de nutrientes ao meio aquático.

A condutividade elétrica na Represa Billings

anresentou na estação 1 valores mínimos de 55 ~S/cm para a

superfície da água e 40 ~S/cm para a nrofundidade (2 m) ,

ambos no período de estiagem. Valores máximos foram ohser

vados no período de estiapem: 205 ~S/cm para a sunerfície

e 220 ~S/cm para a profundidade de 2 m (Tab. 4 e Fip. 5).

Na estação 2 o valor máximo da condutivida­

de elétrica, de 200 ~S/cm registrado no reríodo de estiagem,

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coincidiu com o da chuvosa e o valor mínimo de sn ,s;cm o­

correu no período de estiagem.

A Fig. 9 evidencia uma pequena variação sa­

zonal da condutividade elétrica na estação 1, enquanto a

estação 2 praticamente não apresentou variação sazonal no

período de chuva e estiagem.

A condutividade elétrica no decorrer do pe­

ríodo anual estudado, de outubro de 1977 a setembro de 1978,

apresentou valores maiores na estação 1, quando comparados

com os da estação 2 (Fig. 13).

Será visto, pela comparaçao a seguir, que

estes dados de condutividade elétrica obtidos na Represa

Billings, comparados com outros trabalhos, revelaram-se al

tos.

Por exemplo, nos lagos do Vale do Rio Doce,

Est•do.de Minas Gerais, Dom Helvécio, Carioca e Bonita, a

condutividade elétrica apresentou-se relativamente baixa,

ao redor de 30 a 48 ~S/cm, com um aumento gradual abaixo da

teTmÓclina resultante nrovavelmente do material em sus­

pensao e material inorgânico no fundo (TUNDISI e colab.

1978).

Segundo GODOI (1964), os ribeirões e rios

de São Paulo apresentaram, em média, de 40 a 55 ~S/cm de

ionização, e, para a ictiofauna, o Ótimo de condutividade

elétrica sitúa-se entre 100 e 550 uS/cm, sendo 1000 uS/crn

o máximo suportado.

Estudos realizados por BONETO (1976) no Rio

Paraná mostraram que a condutividade elétrica arresentou

variações de 38 a 95 uS/cm e assinalaram ainda, a coinci­

dência de que os picos de condutividade aparecem com a qu~

da dos valores de turbidez sugerindo uma correlação negativa.

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4. 3. 2 pH

O pH das águas de lagos e reservat6rios tem

relação direta com a geologia, topografia e tipo de solo

da bacia de drenagem. A variação regional do conteúdo do

diÓxido de carbono é um dos principais responsáveis pelo

pH das águas naturais.

As alRas retiram, para sua síntese orgânica

o gás carbônico da água em que vivem. Este processo tem

enorme importância, pois em águas fracamentes tamnonadas,

durante todo o dia havendo maior intensidade de fotossínte

se, o pH pode elevar-se bastante. Há casos citados na li­

teratura, em que o pH chegou a 10. E à noite, havendo maioi

intensidade de respiração, o pH pode tornar-se ác i do (BRAN

co' 196 2) .

Algumas algas sao exigentes com relação ao

pH, enquanto que outras são mais tolerantes. Algas que

vivem em meio pantanoso ou de vártea exigem geralmente val~

res baixos de pH (de 4 a 6). Outras vi vem em nP nróximos

do neutro (BRANCO, 1962).

O pH medido na Represa Bi llinrs foi sempre ..

superior a 6,0 durante a epoca em que o trabalho foi desen

volvido (Tab. 4 e Fig. 5).

Na âgua de superfície da estação 1 , o valor

mínimo de 6,4 registrado no período de estiage ~ coincidiu

com o da chuvosa. O valor mínimo da profundid ade (2 m)

foi de 6,40 no período de estiagem. Os valores máximos de

pH foram de 9,20 na superfÍcie durante a esta l ao chuvosa

e 8,80 a 2 m de profundidade no período de estiarem. Na

estação 2, o valor máximo 9,0 e mínimo 6,10 foram re gis-

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trados no período de estiagem.

O pH apresentou variação sazonal em todas as

estações de estudo, no período de chuva e estiagem (Fig. 9).

Praticamente o pH não apresentou grandes va­

riações ao longo do período de outuhro de 1977 a setembro

de 19 7 8 (F i g. 1 3) .

A respeito do n~ . deve ser mencionado ainda

que o jornal Diário Popular registrou, n~ dia 27.04.78

(pág. 7), um acidente ocorrido nele despejo de toneladas de

hidróxido de cálcio na Represa Billings nela empresa Elclor,

situada a 20 km do municÍpio de Ribeirão Pires. o que ocasi~

nou uma grande mortandade de neixes. No dia 03.05.78, oua~

do foi realizada a coleta quinzenal de rotina, observou-se

na estação 1, situada prÓxima ã captação de águas para o

abastecimento dos municÍpios do ABC (São Caetano, Santo An­

dré, São Bernardo e niadema)~ presença de peixes mortos boi

ando à superfície e junto às margens da represa. Verifica-

do o pH, detectou-se a alcalinidade da água, que foi cres-

cente principalmente umas semanas anós o acidente.

A grande quantidade de algas na Represa Bil­

lings retirando gás carhônico para dar continuidade ao seu

processo fotossintético elevou, de modo geral, o pH da . a-

gua deste reservatório durante o dia, por quase todo o pe­

ríodo estudado. Ao lado disso, os despejos de hidróxido de

cálcio pela fábrica Elclor agravaram mais a situação do am

biente.

Uma con fi nnação disso foi dada pelos estu­

dos já realizados por BRANCO (1958) na Represa Billings.

que evidenciaram que desde 1953 o aumento do número de al­

gas. em determinadas épocas do ano, ocorre de maneira cícli

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ca correlacionada às variações do pH.

Outra correlação feita por BRANCO (1958)

foi a sazonal, em que, observando os valores de pH das -a-~

guas da Represa Billings, no ponto de tomada de aguas para

o abastecimento do ABC (Santo André, São Caetano, São Ber-

nardo e Diadema), verificou que ele se eleva por ocasião

das secas (ou período de estiagem). Este mesmo autor afir

mou que essa diferença vem se tornando cada vez mais eviden

te indicando, possivelmente, grande proliferações de al­

gas. Há, além disto, oscilações durante cada ano, compre­

endendo os máximos de proliferação de algas ao período de

estiagem.

Em 1966, BRANCO registrou uma variação de

pH na Represa Billings de 7,0 a 7,4.

KLEEREKOPER (1939) registrou na Represa de

Guarapiranga, Estado de São Paulo, variação de pH de 5,9 a

6,9. KAWAI e colab. (1967) registraram na Represa do Rio

das Pedras, Estado de São Paulo, variação de pH da ordem

de 6,4 a 8. O lago Paranoá, em Brasília, Distrito Federal,

apresentou-se quase sempre alcalino na superfície de água

e, às vezes, ligeiramente ácido nas camadas inferiores (KA-

WAI e colab., 197Z).

No período de estiagem (inverno) o valor de

pH na superfície da água, na Represa do Broa, Estado de São

Paulo, foi de 6,1 (máximo) e no período de chuva (verão)

foi de 5,4 (mínimo), TUNDISI (1977) afirma que o nH medido

foi sempre menor que 7 e atribuiu estes valores baixos à

contribuição do solo circundante, o qual é extremamente âci

do.

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4.3.3 Nutrientes

Entre os sais minerais, aqueles que geral-

mente se apresentam em quantidades insuficientes ao fito­

plâncton no ambiente aquático são: fósforo e nitrogênio.

Por esta razao, as águas naturais, desde que não sofram d~

pejos orgânicos e industriais, contêm em geral, pequenas

densidade de algas.

Fosfato

Deficiência em fÓsforo pode acarretar inibi

çao do desenvolvimento do fitoplâncton e resultar em decré

cimo da produtividade do sistema. Nos diversos amhientes

naturais da alga, o fÓsforo está presente princinalmente

como ortofosfato.

Já se provou que, em diferentes algas, a as

similação de fosfato e a incorporação em certas frações -e

maior na luz do que na escuridão. Isso pode ser observado

principalmente, quando em algas cultivadas em meio defici-~

ente de fosfato e adicionado este componente (KUHL, 1968).

Na maioria dos lagos, a assimilação de fos­

foro pelo fitoplâncton e pelas bactérias reduz o conteúdo

de fosfato inorgânico da água.

Os corpos de água que apresentam alguma po­

pulação vegetal, contêm pequena quantidade de fosfato: em

alguns casos, inferior a 0,001 mg/1 (REID & woon, 1976).

As concentrações Ótimas de fósforo na água

necessárias ao desenvolvimento de algas sitúarn-se ao redor

de 0,1 a 1,8 mg/1, sendo que o consumo pelas algas é maior

quando a fonte de nitrogênio é nitrato, do que quando essa

fonte ê amônia (BRANCO, 1969).

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68

Na Represa Billings, os resultados das análi

ses de fosfato revelaram valores mínimos quase sempre aquem

do limite de sensibilidade do método (Tab. 3). A explicação

para estes valores mínimos de fosfato encontrados na referi

da represa pode estar no fato de que, para manter a grande

população fitoplanctônica, todo fosfato deve ter sido tão

rapidamente consumido que tornou difícil sua detecção.

Experiências realizadas em laboratório indi

cam que mais de 95\ do fósforo radioativo adicionado em cul

tura, pode ser gasto pelo fitoplâncton e bactérias em vinte

minutos (REID & WOOD, 1976).

Segundo ROCHA (1971) , o fósforo nao é um fa­

tor limitante em águas que recebem poluição por esgoto dom~s

tico. Em se tratando da Represa Billings, esta afirmativa

enquadra-se perfeitamente.

BRANCO (1958) observou que as maiores concen

trações de fosfato registradas na Represa Billings ocorre­

ram no período de estiagem.

Estudos realizados por HERON (1961) , sobre a

variação sazonal de fosfato em lagos na Inglaterra, verifi-

caram que, entre outras causas, aumentos rápidos na concen-

tração de fosfato podem advir do elevado número de células

mortas depois de uma · floração" algal.

Em águas de reservatórios da fndia, JANA

(1973) encontrou valores altos de fosfato, de 0,25 ppm a

0,55 ppm, durante o inverno e começo de verão.

Amônia, nitrito e nitrato

O nitrogênio pode, na forma molecular , ser

fixado ou por atividade de certas espécies de algas cianofí

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ceas ou de bactérias.

Considerável fixação de nitrogênio ocorreu

no lago George, Ãfrica, por algumas algas azuis, em regiões

com pouca ou nenhuma luz (BURGIS e colab., 1973).

O nitrogênio é encontrado nas águas naturais, ­

de um modo geral, sob a forma estável de nitratos. Entre­

tanto, especialmente no caso de águas que recebem grandes

contribuições em matéria orgânica, podem ser encontradas

quantidades variáveis de compostos mais complexos, instáveis,

que ainda não sofreram total oxidação, tais como: compostos

orgânicos quaternários, amônia e nitritos. Em geral, a pr~

sença destes denuncia a existência de poluição recente, uma

vez que essas substâncias são oxidadas rapidamente na água

graças, principalmente, ã presença de bactérias nitrifican­

tes (BRANCO, 1962).

Muitos autores, principalmente HUTCHINSON

(1967) • demonstraram que certas espécies de algas reduzem

nitrato a nitrito na parede celular.

O nitrato em solução pode ser removido das

águas pela desnitrificação bacteriana e pela redução a ni­

trogênio amoníaca!.

Como indicadores de poluição de água, os co~

postos nitrogenados constituem um dos mais importantes fat~

res de avaliação da qualidade da água. A amônia. por exem­

plo, como produto de decomposição de compostos orgânicos.

quando presente na água em concentrações maiores que 0,2 rng/1,

pode ser forte indício da pr&sença de compostos orgânicos.

Geralmente, em águas não poluídas, amônia e

seus compostos ocorrem em quantidade relativamente pequena ,

menores que 0,1 mg/1 (BRANCO, 1964).

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70

Na Represa Billings, os resuJt '! ':-~" , das análi

ses de nitrito revelaram valores mínimos, quase :- empre, a-

quém do limite de sensibilidade do método (Ta b. :; ) .

YOLLENWEIDER (1963) afirma que o ritrit o se

transforma em nitrato rapidamente em ambiente sur ersat urado

de oxigênio.

Supõe-se que, na Represa Billin gs , es te f a-

to tenha se verificado e a boa oxigenação do amh i ent e atue

de modo a converter nitrito a nitrato tio rani dame nt e que

sua presença não chegue a ser detectada.

Na Represa de Americana, os valore s mais al­

tos de nitrito corresnondem a Rraus de saturação de oxigênio

relativamente baixos (CARVALHO, 1975). ...

Na Represa Billings, durante a eno·: a de estia

gem. na estação 1, a concentração de nitrato apre s entou va­

lor máximo de 0,865 mg/1 na superfície da água e 0, 7 80 mg/1

na profundidade (2m) e o valor mínimo de 0,0 mg/ 1 f oi en­

contrado no período de chuva, tanto na superfície como na

profundidade (2m).

As concentrações de nitrato na estação 1 mos

traram variação sazonal no período de chuva e est i a gem (Tab.

3 e Fi g. 1 O) •

Os teores de nitrato na estação 2 também re­

gistraram valor máximo de 0,765 mg/1, na época de estiagem

e de 0,30 mg/1 na época de chuva (Tab. 3 e Fi g . ó) .

No decorrer do período anual estudado , os va

lores de nitrato foram bem maiores na estação 2 ( Fi g. 11 ) .

Os valores mínimos das concentrações de amô-

nia na superfície da água na estação 1 foram de 0,210 mg/1

e na profundidade de 2m de 0,200 mg/1. Os valore s foram

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de 2,20 mg/1 registrado na superfície e de 1,70 mg/1 na pr~

fundidade de 2m (Tab. 3 e Fig. 6).

Na estação 1 os teores de amônia apresenta­

ram variação sazonal durante o período de chuva e estiagem.

Na estação 2 a concentração de amônia apresen

tou maior amplitude de oscilação durante o neríodo de estia­

gem sendo seu valor mínimo de 0,210 mg/1 e máximo de 2,40

mg/1 (Fig. 6).

A Fig. 10 mostra a variação sazonal da amônia

na estação 2 nos períodos de chuva e estiagem .

Praticamente, não houve . , ao longo do perfo

do anual estudado, grandes variações de amônia (Tab. 3 e Fig.

11).

A presença de amônia na Represa Billings pode

indicar, como já foi dito anteriormente, poluição recente

neste reservatório. Em águas alcalinas (caso da Represa Bi!

lings), a amônia é muito mais tóxica do que em águas ácidas

(HYNES, 1971).

Deve-se lembrar, ainda, ao considerar estes

dados, a existência de variações na concentração salina na

Represa Billings devidas, entre outras coisas, às variações

no recalque da Light Serviços de Eletricidade S/A. e aos des

pejos lançados no p~?i~ Rio Grande. No neríodo de estia-

gem, a "Light'', aumenta a vazao de recalque e conse(luentemen

te o nível daquele reservatório (Tab. 1).

Além disso, na estação 1, que fica prÓxima da

estação de tratamento de água da SABESP, usa-se aplicar al­

gicida, sulfato de cobre no combate às algas (PERFIRA, 1q70).

A composição física e química das águas da

Represa Billings depende, intimamente, da composição das .. a-

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. "

72

guas que circulam através do canal do Rio Pinheiros (BRANCO

& KAV.rAr, 1969).

KlTTNER (1972) mostrou que a disponibi !idade

de nutrientes dissolvidos na ápua, torna-se o fator limita~

te para o desenvolvimento do fitoplâncton marinho, urna vez

que, tanto a temperatura corno a luz propiciam o desenvolv~

mento de algas durante todo o ano. Isto pode explicar a

irregularidade da periodicidade qualitativa e quantitativa

do fitoplâncton de regiões de clima auente.

Em águas que recebem poluição nor esgotos d~

m~sticos, corno~ o caso da Represa Rillings, apesar do enr! ...

quecirnento da agua e~sais minerais ser• favorável . ao de

senvolvirnento do fitoplâncton, ao avaliar-se o grau de in­

fluência de nutrientes sohre as algas, depreende-se que o

nitrogênio passa a ser o fator limitante, embora existindo

em maior quantidade que o fósforo. O fósforo ~exigido pe-

las algas em quantidades cerca de vinte ou trinta vezes me­

nores que o nitrogênio e existe nos esgotos apena-s em quan­

tidades oito vezes menores aue o nitrogênio (esta diferença

tende a decrescer pelo uso crescente de detergentes sintét~

cos ricos em fÓsforo). Assim sendo, no corpo principal da

Represa Billings e nas áreas do Rio Grande, o nitrogênio P!S

sa a ser o mais importante fator limitante. ... ...

Mas e, nas a-

reas menos sujeitas a essa influência, o fÓsforo que possi-

velmente assuma esse panel (BRANCO, 1966).

Portanto, no global, o nitrogênio constitui­

-se no fator de maior limitação, visto que o f5sforo entra

em muito menor porcentagem no metabolismo das algas. Entre

tanto, com relação ao controle de poluição, o fósforo apre-

senta-se corno fator primordial uma vez que, ainda que o /

I

suprimento de nitrogênio deficiente,

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73

este pode ser obtido do ar atmosférico, sendo

impossível exercer um controle sobre o seu teor nas águas.

T~ o f5sforo, sendo fornecido principalmente por despejos,

é de mais fácil controle.

No presente caso, observa-se que os nutrie~

es estudados nao constituem fatores limitantes ao desen­

:olvimento do fitoplincton na Renresa Billings, visto que

sua abundância neste local foi um fato constatado.

A comparação entre os dados obtidos no pri­

meiro levantamento em 1963, e os atuais mostram que no br~

ço do Rio Grande, na Renresa ~illinp,s não houve varia-

ções sensíveis de concentração de sais minerais, com exce­

ção de nitratos (~RANCO, 1966).

KAWAI (1976) afirmou que o aparecimento de

nitrogênio, na forma nitrosa e nítrica, no corpo central

da Represa Rillings, é muito limitado na época da seca (ou

de estiagem), devido à escassez de oxigênio dissolvido. E~

te mesmo autor verificou em alguns meses, na época de chu­

va, quantidades significativas de nitrogênio nitroso e ní­

trico em local próxi~o ã nonte da rodovia dos Imigrantes.

De um modo geral KAWAI (1976) encontrou nitrorênio total

na Represa Billings variando de 5,0 a 13,5 mp,/1, dos quais

55 a 70% sao constituídos de nitrogênio amoniacal, e que

a presença de nitrogênio nitroso e nítrico era praticamente

nula.

Portanto, um lago oligotr5fico tem pequeno

suprimento de nutrientes, ao contrário do que ocorre na eu

trofização artificial, em que o aumento de sais minerais

é decorrente da atividade humana (BEETON & EDMONDSON~ 1972).

Segundo MARGALEF (1974) a eutrofização pode

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ser definida como o enriquecimento das águas com nt ::-rientes

a um ritmo tal que não pode ser compensado pela taxa dos

processos de remineralização total.

A poluição da água decorrente de sais mine­

rais pode trazer prejuÍzo considerável ao reservatório por

criar nele condições propícias ao aparecimento de algas, mui

tas vezes indesejáveis, e que nem sempre causam males dire­

tos, mas condicionam o encarecimento do tratamento desta á-

gua para fins de abastecimento pÚblico, pela necessidade de

aplicação de corretivos, tais como algicidas. carvão ativa­

do ou supercloração a fim de eliminar o gosto ou cheiro pr~

duzido por tais organismos. ..

Portanto, uma agua que se enriquece em sais

de fÓsforo ou nitrogênio torna-se imprópria ao consumo púb!i

co, requerendo processos especiais de tratamento (BRANCO,

1959).

Sob o ponto de vista sanitário, BERGAMIN &

CORREA (1951), GREELEY & HANSEN (1953), BERGAMIN (1954), CAS

TRO (1966) e RODRIGUES (1964) já haviam publicado trabalhos

chamando a atenção para problemas advindos da poluição das

águas da Represa Billings.

KAWAI e colab. (1976) concordam com o fato de

que há uma melhora das condições sanitárias da Represa Bi1-

1ings no período de chuva (Fig. 3).

-BRANCO & KAWAI (1969) prevem para o ano 2000

concentrações de nitrogênio e fósforo na Represa ~illings da

ordem de 40 mg/1 e 2,0 mg/1, respectivamente.

Observou-se, ainda, na Represa Billings varia

çoes qualitativas das algas correspondentesao aumento de con

centração de sais minerais.

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15

Para uma diversidade pequena de algas compa-

rada a um teor quantitativo alto, encontramos um aumento de

amônia e nitrato na época de estiagem.

Nas estações estudadas na Represa Billings,

há uma nítida correspondência entre os picos de fitoplânc­

ton total (Fig. 14) e nitrato no período de estiagem (Fig.

10).

BRANCO (1958) também comparou na Represa Bil

lings os sais minerais com o fitoplâncton e verificou que os

compostos nitrogenados, apesar de aumentarem com a seca (e~

tiagem). diminuem logo em seguida, assim que se intensifica

a proliferação de algas que os consome~rapidamente . ...

Pode-se verificar, por exemplo, nas aguas da

Represa Billings, que nas ocasiões em aue as algas atingem

valores muito elevados, quase todo nitrogênio das águas en­

contra -se sob as formas albuminÓide e amoniacal, enquanto

que em outras épocas encontram-se elevadas concentrações de

nitratos e baixas das duas primeiras formas, principalmente

um pouco antes de se intensificar .a "floração" (BRANCO,

1966).

De um modo semelhante aos resultados obtidos

na Represa Billings, ROCHA (1971) verificou que na Represa

de Americana, devido à estiagem intensa e conseqüente abai-

xamento do nível da água, a concentração de sais minerais,

principalmente nitrato, aumentou consideravelmente. Esta

situação foi aindaagravada pelas altas temperaturas regis­

tradas na ocasião em que ocorreu o desenvolvimento da ciano

fícea Anabaena spiroides, que passou a produzir o fenômeno

conhecido por "floração" das águas.

Outra associação desse tipo foi feita por

CHU (1943) que encontrou, por exemplo, para clorofíceas,

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que 0,4 ppm de nitrato suporta o crescimento de Botryo-

coccus~ mas não o de Pediastrum~ o qual requer urr· mÍnimo

de 7 ,O ppm.

VERDUIN (1954) também associou a mudança do

fitoplâncton com o aumento da fertilidade das águas do la­

go Erie, Canadá.

Ao contrário do que se observou na Represa

Billings, nos lagos do Vale do Rio Doce, Estado de Minas

Gerais, TUNDISI e colab. (1978) evidenciaram que a presen­

ça de uma estratificação térmica durante um período grande

do ano ocasiona bloqueio do material inorgânico que entra

no sistema e vai imediatamente para o fundo e tem, como c~n

seqüência, a ausência de reciclagem permanente de nutrien­

tes para a zona eufótica, além da limitação do desenvolvi

mento da população fitoplanctônica desses lagos .

. As cianofíceas são particularmente exigentes

com relação ao teor de nitrogênio do meio. Vários autores

acreditam que a ocorrência de fenômenos de "floração" das ·

águas, causadas por essas algas, esteja diretamente relacio

nada com a quantidade de nitrogênio na água.

Nas águas da Represa Billings, o paralelismo

entre as duas ocorrências parece indiscutível, segundo obser

vações que foram realizadas com respeito à "floração" que

se verifica anualmente, durante o verão (BRANCO, 1959).

Teores de nitrogênio e fósforo, respectiva-

mente, de 0,30 mg/1 e 0,01 mg/1, são suficientes para de

sencadear a "floração". Logo que esta se inicia, poderá

cair o teor de nitrogênio, se este for quase~nsurnido. Por isso, dados isolados sobre o teor de ni­

tratos, forma assimilável para a maioria das algas, nada

nos dizem sobre a proliferação de alras naquele instante

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(BRANCO. 1964).

Estudos realizados com Microcystis aerugino­

sa em meio de cultura evidenciaram que, com a adição de ni

tratos, era aumentada a quantidade de algasj mais do aue

quando se colocava fósforo. Isso decorre, provavelmente,

por serem as exigências de nitrogênio muito maiores que as

de fÓsforo (BRANCO, 1964).

GERLOFF & SKOOG (1957) realizaram experimen­

tos ~~ laboratório para verificarem as exigências requer!_

das de nitrogênio e fÓsforo no crescimento de Microcystis ~e

~ginoaa nos lagos de Wisconsin. Obtiveram resultados que

indicaram o consumo relativamente maior de nitrogênio pelas

algas do que de fósforo.

Na Represa de Americana, ZAGO (1972 ) verifi­

cou que o nitrato ocorreu em quantidades relativamente altas

durante todo o período estudado, sendo a quantidade mínima

registrada de 0,005 mg/1. A mesma autora afirma oue, prov!

velmente, o intenso consumo pelo fitoplâncton ocasionou uma

grande diminuição de nitrato na época em que ocorreu a "flo

ração".

Após a "floração" de Anabaena spiroides, na

Represa de Americana houve uma redução muito acentuada de

fosfato (CARVALHO, 1975).

A probabilidade de cianofíceas passarem per!o

dos relativamente mais longos na fase anabÕlica do metab~

lismo (reduzindo a luz disponível para outras alras), asso­

ciada com sua habilidade para sobreviver em condições de

baixo oxigênio e disponibilidade nutritiva, pode ser uma me

lhor razão para sua presença dominante no lago George, ~fri

ca (BURGIS e colab. 1973).

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Muitos autores admitem que vários fatores in

fluem na "floração", entre os quais, a diminuição de nutr i -

entes essenciais para a espécie e a predação pelo zooplânc­

ton, possam também causar decréscimo da "floração " .

Em regiões tropicais, nos ecossistemas aquã-

ticos rasos e turbulentos, os ciclos sazonais que os nutri­

entes orgânicos apresentam, parecem ser dependentes da en-

trada de materiais relacionados com a chuva e o vento (TUN-

DISI, 1977).

A chuva parece ser uma das princip ais fontes

naturais de amônia e nitrato. Na maioria dos ambientes de

regiões temperadas, o teor de amônia na água das chuvas ~

e

maior do que o de nitrato; mas, em regiões tropicais, onde

a atividade fotoquímica na camada superior da atmosfera .. e

grande9 há um aumento de formação de nitrato sobre a amônia

(VISSER, 1974).

Na Represa de Guarapiranga, os nitratos aumen

taram quando houve uma elevação do nível e a água inundou

grande extensões rasas da margem (KLEEREKOPER, 1939).

Deficiência de nutrientes orgânicos ou inor­

gânicos sao fatores básicos que podem funcionar como limita~

tes em reservatórios tropicais (TALLING & TALLING, 1965).

Pelos dados obtidos nas estações estudadas e

pela literatura citada, certifica-se que~ Represa Billings,

-geralmente, nao apresenta os sais minerais como fatores limi

tantes.

Já a Represa do Lobo ou Broa em São Carlos,

Estado de São Paulo, apresentou baixa concentração de amônia,

nitrito e nitrato, sendo que este Último esteve presente so-

mente sob a forma de traços (TUNDISI, 1977).

TALLING (1966) demonstrou que variações sazo

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nais representa das pelo "standing- s tock" do fi top 1 imcton

eram influenciadas pelo influxo de nutrientes, pe i a rrec!

pitação e pelos ventos nos lagos de Tanganica e VitÓria.

As concentrações do nitrogênio inorgânico

no solo africano, sao geralmente, baixas e freqUentemente

indetectáveis (VINER, 1969). Então, a habilidade do hete

rocisto das cianofíceas, nessa região, confere uma vanta­

gem biolÓgica para estes organismos.

SÍlica

A sílica ocorre na água em forma de sílica­

tos inorgânicos, de compostos inorgânicos e em forma coloi

dal. A importância da sÍlica para o desenvolvimento normal

de di versos flagelados e de outros organismos, é fun damen­

tal especialmente no caso das diatomáceas, em que as pare­

des silicosas constituem 30\ ou mais do peso seco desses

organismos. Em cultura, diatomáceas desenvolvem-se na au­

sência de sÍlica, mas não formam suas frústulas caracterís

ticas.

A precipitação total está relacionada com a

entrada de nutrientes das regiões circundantes, trazido pe

las águas pluviais. Isto faz com que haja alteração no ba

lanceamento de nutrientes da água, concentrando ou diluin­

do as substâncias nutritivas, dependendo sempre do estado

nutritivo do solo ao redor da represa (MARINS, 1972).

Raramente, a sÍlica constituir-se-á em um

fator mínimo, pois são ricas as fontes de abastecimento

- rochas e solos circunvizinhos - e sua erosão e l ixivia­

mento levam sílica dissolvida para o lago (KLEEREKOPER,

194 4) •

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A concentração mínima de sÍlica na Represa

Billings foi registrada no dia 04.04.78 em todas as esta­

ções de coleta, e esteve por volta de 0,25 mg/1, enauanto

a máxima ocorreu em 10.08.78 e foi de 4,40 mg/1 aos 2 m de

profundidade da estação 1. Todos estes dados foram regis­

trados durante o período de estiagem (Tab. 3 e Fip. . 6).

As concentrações de sÍlica não foraM estuda

das do ponto de vista de variação sazonal, por terem sido

as determinações dos seus valores iniciadas apenas a

22.02.78.

Os dados de sílica obtidos na Represa Bil­

lings durante o período de estudo foram relativamente bai­

xos, enquanto que os de diatomáceas do gênero Synedra e Ni

tasehia apresentaram-se com maior intensidade na época de

chuva.

LUND (1955) mostrou que a causa ~ais impor­

tante da redução da sílica na água foi a alta precipitação.

que reduziu a concentração de sílica por diluição e pelo

aumento da saída de água do ambiente.

A Represa do Broa, Estado de São Paulo, es­

tá situada em solo rico em sÍlica, apesar disso, no mês de

dezembro, MARINS (1975) registrou a queda hrusca do número

de células de MeLosira em conseqtiência da alta precipitação

e baixa turbulência da água.

TUNDISI (1977) também encontrou correspon­

dência no ciclo sazonal de sÍlica com o índice ~ luviomé­

trico na Represa do Broa. Os valores de sílica variaram

de 0,1 a 10,0 mg/1. Este mesmo autor afirmou oue o fato de

MeZosira itaZiaa ser encontrada neste local, durante a

maior parte do ano, em concentrações de sílica relativamen

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te baixas, como mínimo necessário à manutenção de ,~ sa espé-~ ·

cie. deve ter sido principalmente\{ã turbulência n ue ocorre

naquele ecossistema aauático.

Portanto, a concentração da sílica sendo bai

xa, é suplantada pelas peculiaridades da diatomácea MeLosi

l'a_, de se manter em repouso no fundo, e coM a tu r '' t;lênc i a

é trazida para a superfície juntamente com a síl i c3 do se­

dimento, aumentando assim sua concentração na árua (TALLINC

& EVANS, 1962).

Em águas naturais, as concentrações de s í li

ca mais baixas encontradas por LUND (1950) durante a rrima

vera fo~~e 0,1 a 0,5 mg/1 de Si0 2 (dióxido de sj1Íc1n 1 .

As águas naturais são, em geral. ricas em

ortossi1icatos (BRANCO, 1962).

Experiências em laboratório dernon s t r a' r:: r, oue

a concentração de sílica no meio de cultura decresce ra~ida

mente durante o crescimento de diatomiceas, até at i n r i r a -

proximadamente 30 a 40 mg/1, após o que a absorção tornar­

-se-á lenta. Assim, o crescimento de diatomáceas pode ser

limitado pela disponibilidade de sílica. O desenvolvimento

de populaç5es de MeZosil'a i limitado, pelo menos parc i ~ l -

mente. por concentraç5es de 0,5 a 0,8 mg/1 de Si0 2 (JORr,FNSEN ,

19 s 3) .

KILHA.M (1971) considera que a ecolo~i a das

diatomáceas é consideravelmente influenciada nela co nce ntra

ção de sílica.

Na fndia, JANA (1973) observou que as flutu~

çoes de sÍlica eram sempre irregulares e. gera h ente. \ aria

vam de 6,0 a 16,0 ppm.

No lago Geoge .. .(frica, a concentração de si-

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i atos de 20 mg/1 de Sin 2 , segundo VI~EP rl969

ce1; o cresctmento de diatomáceas que, emhora est ·psseT1'1

!1resPntes. nao dominaram hO olâncton.

A demanç1a cc sÍlica em UI" amhiente acuât3ct

é êe ~al maneira que aumenta com o nropresso da eutrn'i:a-

çao. Assir', um aumento da demanda de sílica node ser usa-

do. ')ortanto. C~"'rno um Índice de enriouecimento amhienta1

r T' • LF .\ ' I I : C) ., 1 ' •

TALLI~r (1966) mostrou que no lago Vit6ria,

África, a demanda de sÍlica é baixa e sua concentração na

superfície rera1mente nerrnanece entre 3,0 e 4,5 mg/1. .. . ._ '

4.3.4 Gases

0xigênio nissolvido

Além do oxigênio dissolvido em águas naturais

ter origem na reaeração atmosférica, também node ser deri~a

do de atividade fotossintética de algas. Considera-se uma

água saturada de oxigênio, ouando a concentração de oxigê­

nio dissolvido equivale a 100\ da concentração prevista a

uma dada temperatura. Entretanto, em tardes ensolaradas,

águas que contenham uma grande ouantidade de fitoplâncton

podem chegar a atingir 150% de saturação de oxirênio.

São os seguintes fatores que contribuem na-

ra perda ou ganho de oxigênio na água:

1) pressao atmosférica - A solubilidade do o~i 1 ênio te~

relação direta com a nressao atmosférica, de modr 0ue o a-

baixamento da pressão node levar a uma diminuiç; da quan­

tidade de oxigênio na água.

2) turbulência - aumenta a superfície de di fusão do ox1

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g~nio do ar nara a igua em conseqti~ncia de uma maior aera-

çao.

3) tenperatura - A soluhilidade do oxig~nio varia in-

versamente com a tern'fleratura, de modo que um aumento na tem

peratura pode resultar da dirninuição do teor desse gás na

igua. En virtude dessa denend~ncia, o teor de oxig~nio dis

solvido pode ttr'('e.St~htdr- variações diurnas e sazonais acompa-

nhando a temperatura da ~

a_<:':ua.

4) fotossíntese - Plutuacões na atividade fotossinté-

tica refletem-se n::J ~'-'dhtÍ.J,1d~ de oxi~~nio dissolvido orin­

cipalmente nas iguas calmas, onde vegetais subrnersos dão

grande contribuição para o aunento do teor de oxip~nio dis ~

solvido na agua.

5) respiração dos organisnos e oxidação de natéria

orginica - são nrocessos que utilizam o oxig~nio dissolvi

do na água contrihuindo para seu decréscirno. Pode chegar

um momento em que a distrjhuição de oxig~nio ohtida nela

fotossíntese é anulads. ou consumida pela atividade respir!

tória dos organismos que aí se desenvolvem. t o que se

denomina ponto de connensacão.

A aus~ncia de luz à noite pode levar a uma

situação de total aus~ncia de oxig~nio durante algumas ho­

ras, como conseqti~ncia da resniração não compensada pela

fotos síntese (BRANC'O, 196 7) •

Os dados ahsolutos sobre a quantidade de o-

xig~nio obtidos em climas térmioos diversos

não podem c não devern ser comnarados entre si para apreci!

ções biolÓgicas. Isto porque, enquanto num clima frio um

determinado teor de oxig~nio ainda nerrnite a manifestação

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de determinados nrocessos biolÓ~icos, num clima quente a

mesma quantidade de oxi~ênio pode ser deficiente.

As Tah. 4 e Fip.. 7 Mostram as variações de

oxigênio dissolvido na estação 1.

No ncríodo de estiagem o oxigênio dissolvi-

do, na estação 1, variou entre 4,70 c 8,29 mg/1, e o grau

de saturação de oxi~ênio entre 57,89 e 110,28\ na água de

superfície. ~:a profundidade (2 m) a variação foi de 3,93

a 9,72 m~/1 e o prau de saturação de oxigênio de 57,89 a

124,26\.

No nerfodo de chuvas o oxigênio dissolvido,

na estação 1, vario11 entre 2 ,rn e 7,63 mg/1, e o grau de

saturação de oxigênio entre 26,37 e 163,13% na água de su­

perfície. Na nrofundidade (2m) a variação foi de 4,63 a

9,13 mg/1 e o grau de saturação de oxigênio de 58,52 a

123,49%.

Na estacão 2, no nerfodo de estiagem, o oxi-

gênio dissolvido variou de 2 ,0A a 7,42 mg/1 e o grau de sa

turacão de oxi ,!' ênio variou entre 3A ,n6 a R9 ,23%-,

No per1~

do de chuvas o oxirênio dissolvido variou entre 4,81 e

7,52 mp,/1 e o .rrrau de saturação de oxigênio variou entre

A3,13 a 108,25% (Tah. 4).

A fip. 9 mostra as variações do oxigênio dis

solvido e a ~orcentar.em de saturacão desse gás, evidencia~

do uma tendência sazonal em todas as estações estudadas

nos períodos de chuva e estia~em.

As variações encontradas por JANA (1973) nao

mostraram oualouer tendência estacionai, sendo que o conteú

do de oxigênio dissolvido na água de reservatórios na fndia

variou de 4,0 npm e 12,0 nnrn durante todo o tempo de estu­

oo. Os valores mais baixos de oxigênio dissolvido observa-

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dos foram de 4,0 a 6,4.

No decorrer do período anual estudado na

Represa Billings, de outubro de 1977 a setembro de 1978,

as medidas de oxigênio dissolvido foram relativamente maio

res na estação 1 (superfície) seguido da profundidade

(2 m), e os menores valores foram registrados na estação 2

(Fig. 13), mas, a porcentagem de saturação de oxigênio a­

presentou valores mais homogêneos entre as estações estuda

das (Fig. 13).

Na Represa Billings os picos de oxigênio dis

solvido e porcentagem de saturação desse gás (Fig. 17) CO!

respondem aproximadamente ao pico do fitoplâncton total

(Fig. 14) ocorridos no período de estiagem, isto confirma

a hipótese de que, ao lado de outros fatores, um número e­

levado de algas proporciona uma boa oxigenação do meio aq~á

ti co.

CARVALHO (1975) afirma que o fenômeno da s~

per-saturação em lagos e represas bem iluminados é bastan­

te comum em todas as regiões do mundo, sendo citado por di

versos autores, tais como: GREN (197~), KLEEREKOPER (1939),

RUTNER (1963) e HUTCHINSON (1957). Todos estes autores res

ponsabilizaram a intensa atividade fotossintética pela ocor

rência do fenômeno.

Na Represa de Americana, os valores de oxi­

gênio dissolvido superficial variaram entre 2,20 e 13,80

mg/1, correspondendo a 27,46 e 195,46\ de saturação e ind!

cando, muitas vezes, a influência do fitoplâncton na oxig~

nação da água (ZAGO, 1972).

BISWAS (1966) observou em um lago em Gana,

~frica, que as mudanças no oxigênio dissolvido estão inti-

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mamente associadas com o conteúdo do fitoplâncton. Isto o

corre na superfÍcie, nas profundidades de meio e fundo do

lago. O aumento quantitativo de algas é acompanhado por

uma super saturação de oxigênio dissolvido.

Na região do Estado de São Paulo os períodos

de maiores temperaturas coincidem com os de maior pluviosi

dade. A solubilidade do oxigênio é menor e sua concentra­

ção pode ser diminuída ainda mais devido ã maior demanda

de oxigênio causada pelo aumento do metabolismo dos organis

mos vivos (animais e vegetais) e da velocidade das reações

qu!miea.s. Na Represa Billings constatamos esse fato, pois

no período de chuva os teores de oxigênio foram menores e

quantitativamente os valores de fitoplâncton também foram

reduzidos.

Neste sentido, BRANCO (1964) afirma que a

principal conseqüência da elevação da temperatura da água

de um lago ou reservatório relaciona-se com a perda de oxi

gênio, o que concorda com os estudos das condições sanitá­

rias da Represa de Americana realizados por ROCHA (1971),

que verificou que a elevação da temperatura, tendo como con

seqüência a redução de oxigênio dissolvido na água, foi de

vida à maior atividade biológica por parte dos organismos.

A matéria orgânica também exerce grande in­

fluência nos teores de oxigênio da água, pois retira desta

grandes quantidades de oxigênio necessárias ã sua decompo~i

ção; então, neste caso, devemos considerar como causa pri~

cipal de consumo de oxigênio, nas regiões profundas dos 1!

gos, a mineralização do plâncton depois de sua morte. Por

tanto, um deficit de oxigênio na profundidade pode indicar

que há processos de oxidação.

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Já foi constatado que na Represa Rillings,

quando algas dos gêneros Mia~oaystis ou Anabaena entram em

decomposição na superfície da água, consomem hioquimicame!l

te parte do oxigênio do reservatório (BRANCO, 1959).

As substâncias quÍmicas, esnecialmente os

gases, apesar de dissolvidas, nao se encontram homogeneam~n

te em toda massa de água. Graças principalmente às diferen

ças de densidade e de temperatura que existem nas várias

profundidades, as quais estão relacionadas co~ o ~rau de

solubilidade de substâncias, há uma verdadeira estratifica

ção química que, por sua vez, leva a uma distribuição não

homogênea dos organismos de acordo com suas necessidades

em nutrição e oxigênio originando, pois, uma estratifica­

ção biolÓgica da água.

A análise dos c!a.dc'S quÍmicos da água da

Represa Billings (Rio Grande) evidenciou uma taxa de oxig~

nio ligeiramente mais baixa junto ao fundo (WRIGHT, 1936).

BRANCO' (1966) observou fato semelhante na Represa Billings,

interpretando-o como indício de circulação total, no qual

ocorre temporariamente uma inversão das camadas superficial

e profunda.

Ao contrário do que foi encontrado na Repr~

sa Billings, TUNDISI e colab. (1978) observaram anoxia

parcial próximo ao fundo dos lagos Bonita, Carioca e Dom

Helvécio, em Minas Gerais, o que, provavelmente, se deve à

ausência de uma mistura acentuada no sistema.

~certo que, na Represa Billings, dada sua

grande extensão, ocorre ao longo do trajeto uma auto dep~

ração considerável, principalmente do ponto de vista de e~

tabilização do material orgânico. Essa autodepuração so­

fre ainda, a influência positiva da fotossíntese das algas.

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Neste sentido, foi realizado um estudo sobre

o potencial de au~odepuração da Represa Billings por BRAN­

CO & lAWAI (1969).

Os teores de oxi~ênio dissolvido na água co~s

titue~um dos parâmetros mais empregados no estudo da auto­

depuração. Entretanto, não se deve esquecer que se pode en

contrar águas saturadas de oxigênio com taxa elevada de ma

téria orgânica, como por exemplo, o caso dos lagos de esta­

bilização. Deste modo a saturação de oxigênio é um fator

mais ecolÓgico que sanitário, valioso para a piscicultura,

mas que não indica as condições sanitárias da água para fins

de abastecimento ou recreação (BRANCO, 1970).

querido.

oxigênio.

Oxigênio Consumido

Oxigênio consumido é sinônimo de oxigênio re

oxigênio absorvido, capacidade de consumo de

Na determinação do oxigênio consumido, o ner

-.nganato de potássio pode indicar parte da quantidade de

matéria orgânica presente na água, pois oxida o carbono pr~

sente, nessa matéria. Nas matérias azotadas, o carbono nao

é oxidado, tão rapidamente como nas carbonadas.

Na Represa Billings, o valor mínimo de oxig~

nio censuaido registrado na estação 1, foi de 0,7 mg/1 de

o2 , na superfície e O,fi mg/1 de o2 na profundidade (2m).

Os valores máximos foram de 19,0 mg/1 de o2 na superfície e

20,4 mg/1 de o2 na profundidade (2m). Todos estes dados

foram registrados no período de chuvas. (Tab. 4).

Na estação 2, os valores mínimos de 0,8 mg/1

de o2 e máximos de 14,5 mg/1 de o2 de oxigênio consumido,

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foran registrados tanto no neríodo de chuva quanto no perí~

do de estiageM (Tah. 4 ) .

n oxigênio consumido na Represa Bil l in r s. a­

presentou variaç~o sazonal na i~ua de sunerffcie na cstaçio

1 e 2, no período de chuvn e estia gen (Fi g . 9).

0s JTI3iores valores anuais de oxigênio consu­

mi do , e n t r e ou tu b r o c1 e 1 ~ 7 - n s c t e rn t-· r o de 1 Sl 7 8 na n. e n r e s a B i 1

lings, foram registrados na estacão "' (Fip,. 13 ) .

Os dados de oxigênio consumiC.o,de ur a for~a

mais ou menos indireta, possibilitam a suposicão cc q'-'~- s io

altos os dados de matéria orgânica.

Para se ter uma idéia, de como sao altos

estes valores, comnarados com os de HESS (1961) oue avaliou

o grau de agravamento de poluição do Rio Tietê superior, a­

pós sofrer a influência de uma forte chuva, observou a ue o

oxigênio consumido passou de 12 para 19 ml/1, além das gra~

des alterações registradas na cor, turhidez, odor, etc.

Embora não tenham sido feitas as análises de

DBO e DQO, a maioria dos trabalhos efetuados anteriormente

na Represa Billings por outros pesquisadores tem evidencia­

do a grande quantidade de material autóctone e alóctone na

que la represa (BRANCO, 1966; BRANCO & KAWAI, 1969; KAV\1AI

e colab. 1976).

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S. C O N C LU S 0 E S E S U G E S T O E S

1. A Represa Billings está, de maneira geral, sujeita ao

fenômeno de "floração" nas estações amestradas.

2. A seletividade do meio para o fitoplâncton intensifica­

-se no período de estiagem quando, conseqtlentemente, o

número de espécie é menor.

3. Quanto ao fitoplâncton, as Chlorophyceae (Chlorococca­

les) na estação 1 e as Cyanophyceae (Chroococcaceae) na

estação 2 constituem, quantitativamente, os grupos mais

importantes representados na Represa Billings.

4. As Chlorophyceae e as Cyanophyceae apresentaram varia­

ção sazonal acentuada, não acontecendo o mesmo com as

Euglenophyceae, as Chrysophyceae e as Dinophyceae.

S. Geralmente, predominaram Mougeotia sp. (Chlorophyceae)

na estação 1 e Mi~ro~ystis aeruginosa (Cyanophyceae) na

estação 2, no período estudado.

6. Foram regularmente encontradas pequenas diferenças qua~

titativas e qualitativas do fitoplincton entre as amos­

tras de superfície (valores maiores) e de profundidade

na estação 1.

7. Os dados obtidos referentes ao "standing-stock" de fit~

plâncton, à clorofila! e â contagem de organismos in-

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dicam que a Represa Billings constitui um ambiente eu­

trófico.

8. A temperatura influencia na distribuição quantitativa

do fitoplâncton. Variando-se a temperatura, as regiões

tropicais e subtropicais serão mais pobres em fitoplân~

ton do que aszonastemperad~ devido à absorção de nutri

entes mais intensa na região quente.

9. O vento constitui fator importante no deslocamento da

cianofícea Miaroayatia aeruginoaa na Represa Billings.

10. No período de chuva, houve coincidência nos valores má­

ximos de radiação solar, insolação e grande diversidade

de espécies fitoplanctônicas.

11. Nas estações estudadas, observou-se a influência decisi

va do fitoplâncton na cor das águas da Represa B~!

lings; a par disso tanto a cor (verde aparente) como \

o fitoplâ~cton apresentaram valores máximos no período !

de estiagem.

12. Nas estações estuda~ps, uma das causas do grande -desen-#

yolvimento de algas na Represa Billings e o enriq~eci-

mento desta por sais minerais (amônia e nitrato).

13. Os teores de amônia e nitrato apresentaram variação sa­

zonal acentuada, sendo os seus valores máximos alcança­

dos no período de estiagem, nas estações estudadas.

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14. Houve uaa correspondência entre os valores máximos de

nutrientes (amônia e nitrato) e o de fitoplâncton ocor

ridos no período de estiagem.

15. A Represa Billings apresenta-se como um ambiente eutró

fico, isto é, rico em nutrientes, e principalmente em

nitrogênio (nitrato e amônia). Como decorrência disto,

nas estações aaostradas é alta a densidade de algas.

16. As concentrações de nitrato vem aumentando progressiv~

aente na Represa Billings. Isto deve-se, certamente,

ao constante incremento do esgoto e resíduos industriais

da Grande São Paulo.

17. Diversaaente ao que ocorre nas zonas temperadas, onde

os fatores limitantes do fitoplâncton são geralmente a

radiação solar e a temperatura, em climas tropical e

subtropical o desenvolvimento do fitoplâncton é condi­

cionado principalmente pela concentração de nutrientes.

18. Confiraa-se a idéia de que nas zonas de clima quente

(tropical e subtropical) , os nutrientes - principalme~

te nitrogênio e fósforo - são usualmente os fatores li­

mitantes ao desenvolvimento de algas.

19. A estação 2 está em piores condições sanitárias do que

a estação 1.

20. A estação 2 apresentou eutrofização mais acelerada do

que a estação 1, o que já se esperava, uma vez que a

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estação 2 está no caminho natural das águas poluídas e

a estação 1 encontra-se em um local mais protegido.

21. Houve uma correspondência evidente entre os picos de

oxigênio dissolvido e porcentagem de saturação desse ..

gas com o pico de fitoplãncton, evidenciando-se a con

tribuição de oxigênio na água pela fotossíntest.

22. O oxigênio consumido apresentou valores maiores em to­

das as estações estudadas, tanto no período de chuva,

quanto no de estiagem.

23. Nas estações estudadas, os valores altos de amônia, ni­

trato e fitoplâncton quantitativo registrados no perí2

do de estiagem, demonstraram as condições críticas nes ..

ta epoca.

24. Os resultados alcançados durante o desenvolver desta

pesquisa evidenciaram a necessidade de estudos pormen~

rizados das relações existentes entre:

24.1 temperatura e afundamento do fitoplâncton;

24.2 distribuição vertical do fitoplâncton e a influ­

ência de intensidades luminosas diferentes;

24.3 estudos sazonais e determinações do "standing­

-stock" do fitoplâncton em lagos eutróficos e oU

gotróficos;

24.4 fitoplâncton e cadeia alimentar do ecossistema;

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24.5 necessidades nutricionais e fatores limitantes

ao fitoplâncton; e

24.6 contribuição das algas na depuração e remoçao da

matéria orgânica em reservatórios.

25. Tendo-se em vista o grande potencial estabilizador a­

presentado por represas como a Billings, recomenda-se

a intensificação de estudos de limnologia aplicada

que permitam o estabelecimento de coeficientes numéri

cos capazes de definir os principais parâmetros de

autodepuração, para uso prático na hidrobiologia sa­

nitária.

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TABELA 1 - Dados mensais Climatológicos e Pluviométrico da água na Represa Billings no

do de outubro de 1977 a setembro de 1978.

íii

~

I~ Nõ

dP -~~ - - (/)

o::

I i ~ ~~ ~ ~ ~ ~ @ 6

- 8 i':i DATA

Média Máxinn Minirro r.€dia r.€dia r.€dia M§à.ia M§dia

out./77 20,5 33,5 14,0 79,4 116,1 3,0 349,2 5,5

nov./77 20,8 31,0 14,0 80,5 189,1 2,9 329,2 4,0

dez ./77 20,5 30,0 12,5 79,7 203,3 3,4 373,1 5,5

jan./78 23,5 34,0 14,0 78,0 171,6 2,7 353,3 5,9

fev./78 23,1 33,5 16,0 77,0 192,1 2,8 401,6 7,3

mar./78 22,8 32,0 17,0 77,5 233,9 2,4 330,8 5,6

abr./78 19,1 29,0 10,0 79,6 56,0 2,7 311,6 6,3

maio/78 1617 29,0 7,5 79,8 123,4 2,2 257,5 5,5

jun./78 16,0 26,0 2,0 75,1 103,7 2,0 241,6 6,2

jul./78 17,3 26,0 9,5 78,3 73,7 2,2 231,8 5,8

ago./78 16,3 29,5 3,0 75,6 135,9 2,5 232,2 5,8

set./78 17,6 27,0 10,5 79,1 52,0 3,1 258,1 6,3

perí9_

~ .M§dia

741,46

741,16

742,07

742,45

742,46

742,87

743,48

743,38

743,79

743,51

742,60

742,63

----------------~- ·----- -

........

........ ~

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Tab. 2 - Repreaa Billinga - Valores da temperatura do ar e da água (°C), turbidez (FTU), côr (~/1 Pt)

e tranaparência ao diaco de Secchi (em) regiatradoa em cada coleta, auaa .-p11tudea e .. dia -

naa calculada• por período de chuva, estiagem e anual.

VARIÂVEIS

.-plitude

e •ediana

M!nimo MáxiJDO

Mediana

Mini mo

Máximo

Mediana

( ano.al) M!niiiO

Máx1110

Mediana

Pontoa de

25/10/77 08/11/77 22/11177 08/12/77 21/12/77

11/01/78

27/01/78

10/02/78 22/02/78

08/03/78

21/03/78

25/10/77 a

21/03/78

04/04/78

H/04/78

03/05/78 18/05/78

01/06/78 15/06/78

29/06/78 12/07/78

26/07/78

10/01/78

23/01/78

06/09/78

21/09/78

04/04/78

a 21/09/78

25/10/77

11

21/09/78

1 2

sup. • sup.

28,5 2015

2615 2210 2410

2110

2510

2610 24,7

2211 26,2

2015

2815 2417

22,0

2412

1715 15,5

1415 1512

2117

1718

2410

2415

2012

2112

2410

14,5

24,5

21,2

1415

28,5

2210

2812

1915 2715 2112

2319

1910 28,8

2610 2315

2115 22,5

191 o 2818 2315

2119

2610

1715

1610 11,5

1810

1918

1710

2410

20,0

2210

21,5

24,2

11,5

26,0 20,0

11,5

2818 21,7

1

sup.

25,0 2310 25,5

23,0 23,9

23,0

2815 2519 2610 24,2

26,8

23,0 28,5

2510

2412

2318

2110 21,0

19,5 17,8

18,5

18,5

19,7

21,0

18,2

18,2

23,1

17,8

24,2

1917

17,8

24,2

2210

l 2

prof. ** sup.

2419 2218 2510 2219 23,9

2311

2810 25,5 26,0

2411 2515

2218 2810

2419

2412

2318

2112

1918

1810 17,8

1810

18,2

2010

2115

1815 18,8

2118

1718

2412 19,8

1718 21,0

2210

24,9

2214 2512 2310 23,2

2310 29,0

2615 2518

24,0

2618

2214 2910

2419

2_4 ,8

2412

2110 20,5

1710

1718

1910

1812

1915

2110

1818

1818

2115

1710

2418

1915

1710

2418

2217

• aup. • auperf!cie •• prof. • profundicSade 12 •1

TURBIDEZ (P'l'U)

l

sup.

115

3,5

1810 310

213

213 1810

315

214

211

218 4,5

218

210

2,4

212

310

214

1510

810

510

2,0

15,0

2,1

210

1810

219

1

prof.

612 7,9

215 215

214

214 7,9

215

2,2

218

215

5,3

215

213

212

215 2,2

512

410

16,0

4,4

2,2

u,o 2,5

2,2

16,0

2,0

2

sup.

1715

83,0

211

212

412

2,1

8310

4,2

2,8

219

715 6,4

1310

510

510 10,0

6,5

a,5 1,0

4,5

6,7

2,5

13,0

6,4

2,1 83,0

517

cOR (mq/1 Pt )

1

•up.

50 80

80 100

30

30 100

80

90

90

110

110 100

75

95

ao llO 100

190

110

115

75

uo 100

30

l90

90

pro f.

50

100

120

20 40

20 120

50

80

90

110

110 90

90

95

80

lOS 130

lOS 120

118

lO 130

lOS

20

l30

100

•up.

115

150

150 150

150

115 15 0

l5ú

180

100

llO 100

150

110

120

95

lSO go

140

130

120

gs 180 120

95

18 C

125

114

TRMS i'

Rl:NCIA

\ffi)

sup.

1,5()

2, 00 1,6 D 0 ,88

1 ,2 0

1,20 ;.,2 C.

1, 70

L 30 l,2 C

1,30

0,so 2, 00

1,10

1,10

1140 1,00

1,20

1,80

1,40

1,15

1,10

0,90

1,00

0,70

0,90

0,70

1180 1,10

0,70

2,00

1,30

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115

Tab. 3- Represa Billings- Valores de nitrito (mg/1), nitrato (~/1), a.ônia (mg/ll, fosfato lmg/1) e s!l!

ca solúvel (mg/1) registrados em cada coleta suas a.plitudes e medianas calculadas por período de

amplitude e -diana

M!niJDO MáxiJDO Mediana

M!nimo

MáxiJDO Mediana

(anual) M!niao

Mix1.o Mediana

chuva, estiagem e anual.

25/10/77 08/11/77

22/11/78

08/12/77

21/12/77

11/01/78

27/01/78

10/02/78

22/02/78

08/03/78

21/03/78

25/10/77

a

21/03/78

04/04/78

19/04/78

03/05/78

18/05/78

01/06/78

15/06/78

29/06/78

12/07/78

26/07/78

10/07/78

23/08/78 06/09/78

21/09/78

04/04/78

4

21/09/78

25/10/77

a 21/09/78

NITRITO (mg/1)

1 1 2

sup~ prof~* sup.

o o 0,160 0,350 0,160

o o o Tr o Tr

o Tr

o

o

o

o Tr

Tr

o o o

o

o

Tr o o Tr

Tr

Tr

o

o 0,160 0,350 0,160

o o o

o o o o Tr Tr Tr Tr

o Tr

o o Tr Tr Tr Tr

Tr o Tr

Tr 0,010

0,009

Tr Tr

Tr Tr Tr 0,013 0,017 0,007

Tr

Tr

Tr

o

Tr

Tr

Tr

o

Tr

Tr

Tr

o 0,013 0,017 0,010

Tr Tr Tr

o o o 0,160 0,350 0,160

'1'r Tr Tr

NITRATO (JD<J/1)

1 1 2

sup. prof. sup.

0,390 0,300 0,320 o o 0,200

0,080 0,140 0,100

0,110 0,100 0,083

0,060 0,091 0,350

0,185 0,140 0,101

0,040 0,060 0,030

0,100 0,100 0,130

0,050 0,130 0,280

0,200 0,120 0,225

0,300 0,470 0,400

Tr o 0,030

0,390 0,470 0,400

0,100 0,120 0,200

0,570 0,300 0,300

0,120 0,120 0,310

0,200 0,330 0,360

0,320 0,250 0,400

0,200 0,270 0,510

0,865 0,780 0,765

0,370 0,405 0,490

0,470 0,330 0,580

0,050 0,098 0,242

0,110 0,090 0,130

0,120 0,190 0,460

o 0,110 0,230

0,050 0,150 0,110

o 0,090 0,110

0,865 0,780 0,765

0,200 0,250 0,360

o o 0,030

0,865 0,780 0,765

0,120 0,140 0,290

• sup. • superfície •• prcf. • profundidAde (2 a)

AMONIA (mg/1)

1 1 2

sup. prof. sup.

0,380 0,415 0,490 0,600 0,400 0,520

0,320 0,300 0,350

0,300 0,250 0,450

0,407 0,462 0,370

0,438 0,420 0,420

0,410 0,410 0,380

0,420 0,350 0,400

0,350 0,380 0,390

0,412 0,3MO 0,36S

0,375 0,420 0,300

0,300 0,250 0,300

0,600 0,420 0,520

0,407 0,400 0,390

0,230 0,250 0,300

0,370 0,400 0,380

0,220 0,240 0,210

0,210 0,210 0,300

0,240 0,200 0,240

2,200 0,680 2,300

0,550 0,610 1,200

0,680 0,650 1,280

1,350 1,300 2,000

0,750 0,700 0,950

1,500 1,700 2,400

1,300 1,500 2,000

1,280 1,200 1,700

0,210 0,200 0,210

2,200 1,700 2,400

0,680 0,650 0,950

0,210 0,200 0,210

2,200 1,700 2,400

0,424 0,412 0,410

FOSFATO (mg/1)

1 2

sup. prof, aup.

o Tr

o Tr

Tr Tr Tr Tr Tr O

o Tr 0,010 0,005 0,005

0,005 0,005 0,009

Tr

Tr

o o Tr

o

Tr

Tr

Tr

Tr

Tr Tr

Tr

Tr

o 0,010 0,005 0,009

0,005 Tr Tr

Tr Tr o o o Tr o Tr Tr

Tr Tr

Tr Tr

o Tr

Tr

o

Tr Tr o o o o o Tr Tr Tr Tr

Tr

" o Tr Tr

o

':'r

Tr

Tr Tr o Tr o Tr Tr Tr

Tr

Tr

o

o Tr Tr

o 0,010 0,005 0,009

Tr Tr Tr

••• 'fr • t.r aço

SfX.ICA SOX.OVEX. (mg/1)

1 1 2

sup. prof. sup.

:..,60 l,oo 2,2c

2,.,.5 2,j~ l,bO é-,2; -. 1,80

c,2J o,.:') o,3o ,I,. 1 Jl; Ü 1 (; 2 ;) 1 ':JÜ

2,45 0,20 1,80

2,0C l,6v 0,30

2,0::, 2,ó5 2,05

3,20 2,90

2,80 2,30

3,00 3,35

3,80 3,80

4,20 4,40

3,80 3,90

3,32 3,68

3,45 3,40

1,60

1,00

1,00

1,40

1,90

2,00

1,70

1,40

0,23 0,25 0,30

4,20 4,40 2,05

3,00 2,90 1,60

0,23

4,20

3,20

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116

Tab. 4 - Represa 81ll1nqs - Valores de condutividede elitr1ca (us/ca), pH, ox1qin1o dissolvido (aq/1), saturação

de oxigênio (,),oxigênio cons~do (~/1 0 21 reqistredos .. ceda coleta, auas .. plitu4ea e mediana• ca!

culadas por per!odos de chuva, estiaq .. e anual.

aaplitude e -.diana

MlniiiO

Náxiao

....Si &Da

Mini IDO

MÁxiiiO

Mediana

(&Dual) MlniiiO

Máxiao

Medi &Da

DATA

25/10/77

08/11/77

22/ll/77

08/12/77

21/12/77

11/0l/78

27/0l/78

10/02/78

22/02/78

08/03/78

21/03/78

25/10/77

4

21/03/78

04/04/78

19/04/78

03/05/78

18/05/78

01/06/78

15/06/78

29/06/78

12/07/78

26/07/78

10/08/78

23/08/78

06/09/78

21/09/78

04/04/78

a

21/09/78

25/10/77

a

21/09/78

condut1v1dade el! trica (ua/ea)

1 2

pH

1 1 2

oxigênio diuo! Yido (mq/1 o2)

1 2

sup.• prot.••sup. aup. pro!. aup. aup, prof. sup.

200 200

190

180

180

180

200

190

140

200

180

175

55

150

180

180

199

160

205

150

197

55

205 180

55

205 110

200

200

115

180

200

115

200

200

140

200

175

160

40

100

190

220

199

170

160

120

U7

40

220

160

40

220 116

92 115

190

200

140

92

200

140

120

160

110

120

50

150

138

200

194

170

103

110

141

50

200

131

50

200 134

6,40

6,80

6,45

6,60

6,60

6,90

9,20 6,80

6,80

6,70

8,25

6,85

6,75

6' 50

6,70

6,65

6,80

8,15 7 ,20

6,70

6,65

8,40

6,40 6,50

9,20 8,40

6,90

6,80

6,50

6,40

6,40

6,70

7,40

6,80

7,15

6,90

7,10 8,10

8,90

6,85

6,90

6,40

6,75

6,50

6,70

6,90

6,75

6,80

7,20

7,20

8,30

1,80

6,40 6,40

8,90 8,80

6,40

9,20

6,40

8,80

6,30

6,60

6,50

6,70

6,60

6,50

8,15

7,15

6,65

6,70

7,95

7,21

5,47

4,66

6,07

6,64

2,01

5,54 6,51

7,63

5,30

7,63

6,30 2,01

8,15 7,63

6,07

7,20

6,75

6,10

6,50

6,80

6,80

7,00

7,10

7,00

7,10

9,00

7,28

8,20

6,80

8,29

5,33

6,42

4,70

5,35

7,21

7,21

8,11

7,98

7,36

7,17

7,80

9,13

4,79

7,54

5,33

7,63

6, 13

5,88

5 , 86

6,32

4,36

7,05

4 '36 9,13

6,13

6,45

8,05

5,33

5,38

3,93

6,81

7,46

6,43

7,21

9,72

6,81

5,88

8,57

6,10 4,70 3,93

9,00 8,29 9,72

7,17 6,81

6,10 2,01 3,93

9,00 8,29 9,72

6,90 6,36

6,04

5,16

6,53

5, 77

5,68

4,81

7,52 5,50

5,54

5,35 fi,70

4,81

7 ,52

5,68

6,22

6,41

3,97

5,27

3,93

4,38

7 ,31

7,42

5,88

6,24

5,98

2,96

5,14

2,96

7,42

5,98

2,96

7,52

s, 7Z

• .ap. • •uperflaie •• prof. • profand14ede (2 •>

saturação de oxtg! oxigênio consWII!

cio (119/1 o 2 l nio (')

2 1 2

aup. pro!. aup, sup. pro!. sup.

97, 78

71,84

63,73

79' 7l

88 ,38

26 ' 37

7~' 19 89 , 50

1 0 5 , 0 1

7 0 , 9<

106,34

26,37

106,34

79.71

91, 00

110,28

67' 51 81,34

57,89

63.77

87,14

87,14

100,34

101,15

88,52

86,23

103,75

57,89

110,28

87,14

26,37

110,28

87,14

123,49

62,66

102,22

81,67 2,3

67, 06 o, 7

88,75 o,a 69,93 75,78 2,0

101,57 74,76 5,1

80,5) 16 3 ,13 6,6

83,48 10&, / 5 18 ,9 80,12 76, 39 :9 , 0

8 6 , 98 76 , 0 3 5 ,3

58,32 71, 5 ~ 3 ,2

96 ,40 9 3,4~ 2 ,4

58 ,32 67, (1 6 1 ,7

123,49 16 3 , 1 3 l ~ .o

83,48 76,3 9 3,2

86,06

10 7,13

67 ,7 5

66,55

47,0 5

81 , 2 4

8'1 ,32

77,27

89,71

124, l6

82,31

71,57

110,16

84,n3

9:..,7?

50 , 35

66,1C

46 , :0

52 ,l7

8~.23

89,18

72,45

79,03

72,79

36,06

65,62

3, 2

2, 6

3,0

2. 5

4,8

4. 2

4 '7

5,8

5,7

5,3

4,5

9,7

8,4

47,05 36,06

124,26 19,23

82,31 72,45

2,6

8,4

4,7

47,05

124,26

82,U

36,06 Q 17

6!1,62 19,0

'15,39 4,6

2, 0

0,6

0,8

2,2

5,5

7,2

1'7, i

20,4

4,4

4,2

2,2

0,6

20,4

4,2

3,5

2,9

3,1

2,4

2,8

4,5

s. 3

5,4

6,8

5,1

4,3

4,2

9,5

2,4

9,5 4,2

0,6

20,4

4,2

1,2

0,8

2,6

2,7

4,5

7,1

l4,S 5,3 4,5

0,9

2,6

0,8

14,5

2,7

~.1

2, 2 5. l

2' 4

4 1)

6,2

4,9

5,6

6,4

5,3

5,8

5,7

8,6

2,2 8,6

5,3

0,1

14,5 5,3

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117

Tab. 5 - Represa Billings - Concentração de clorofila a (mg.m- 3)

DATA

22/02/78

26/07/78

Ponto 1

superfície

17,2

21,7

Ponto 2

superfície

12,8

26,7

Tab. 6 - •standing-stock" e composição do fitoplâncton, para la

gos em vários estágios de eutroficação. (TUNDISI, 1977).

Ultraoligotróficos

Oligotróficos

Mesotróficos

Eutróficos

Distróficos

•standing-stock" do Fitoplâncton _3 Clorofila a mgxm

0,01 - 0,5

0,3 - ~

2,0 - 15

10 - 500

0,1 - 10

Fitoplâncton Dominante

Chrisophyceae Cryptophyceae

Dinophyceae

Bacittariophyceae

Bacittariophyceae Cyanophyceae Chorophyceae

EugZenophyceae

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118

Tab. 7 - Repr.aa B1ll1n9• - Reault&doa qualitat1voa e variação numérica (UPA/al) de aaoatraa de f1t~

plincton referente• à eat.ação 1 (auparttcie) detera1nadoa - cada coleta por perlodo de chuva.

OUTUBRO NOIIEHBRO DEZDIBRO JAHElRO P'EVEREIRC' MARÇO

DATA

CLASSES 25 8 22 12 21 ll 27 10 22 21

Chlorophyceae

ChlaMJido"'o"a• •P 32 18 12 16

Alt1roaoc,,.,, •P 75

Rap.Jr,;dt.oPIIMa •PP O•doqo"i. "'" •P Gc l111ki,.ia radiata 70 79 187 69 17

Nioractt:iNiw"' pwait&~~~~ 28 16 56 48 24 16 12

Ni.oraotiPiiw• borllk.MiiPIIÍ.I 8 4

Dictyoep~aeriu• •P 70 112 !54 105 42

Di.moJ'"pkoaooow• •P l

Pedialtl'w"' •i~~tpLec 19J 58 20 78 97 20 l"• 39 20

Pediaetrv"' dwp!oz 68 23 90 68 23 19

Co• ta a trw"' llt,:OI"OpOPMift 1 32

Bo c: rJiooooow• •P

lr'11t•LLa •P Plcusktolp.ltael'ia 'P 260 88 40

Trewba ria •P

OOCNSiÍ.I lltGl"IIOPIÍ.i 22 lO )) 27

Fl'anclia 'P A11ki1 trodeamua bi.bJOc:a:i.a""'

No1toraphidiw.m

Xirch"•ri1lla ObtUCl

'l'ltPatldl'OPI .W1:JIÍ.II ... L

S01111dlllltWI DpOlÍ.IPIIÍ.I J4 42 164 19 2• 28

S01111diiiiiU• QOIIM''Íit4C:III

1'•traetu"' •P

Aotirta• t,...., ha:l'lt•acrhii 217 94 19 lO 14 )3 28 J.;

lilowg•otio 'P 1200 44 as; Ewa•trwm 1p 15 1S

Coa,ariw"' •P 20 69 )5

laJtthidiwM •p

St12wra•trum •P 63 49 l4 42 39 ]9 42 224 li l 0': 105

Arthrod•••w• lp 3

Cto•t•ria"" •P 8

EU<J1enophyceae

Ewg l1K12 ep 32 13

Pltoowt topotw• 1J 2C

f'ra.clt• Lo•o~tal ap 2 10

Chry~~ophyce ..

s., ... Pt'l •P

Bacillariphyce ..

"' loaira •P 48 29 lO 68 48 76 95 143 95

St•plta,.odiatn•• ap 1 1

lit•aalria 'P 18

sr"•d"" tp 914 293 110 135 125 122 78 2]1 110 112 141

Rlri•o•ol•"'• ap 12 9 12 20 3 9 3 5 2

Cr<>lot•!ta ap

Dinophyce ..

PoridiNh• '" 13 ll 32 365 13

Cyanopllyce ..

AJtabae1112 1piroide1 2l

ANabaeNa app

lili.ttroo~atil aer-wfi~toed 780 500 686 546 647 660 644 301 3!8 26t 84

ltiJ#OI<IPOiJta lp

Oaot l tc:ttor\a •P 88 28 lJ J: llepHdiopai• •edit.:IPNJI•a: 11: 29

•io detand....Soe . 40 16 60 15 80 68 87 92 20 ~·..175 ,, .,

!'OTAL 2582 1217 1240 1243 1684 151J 1033 1387 2201 1!4) 1526

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119

Tab. 8 - Represa Oillinqs - Resultados qualitativos e variação numérica. (UPA/mll obtido• da análiee

de amostras de f1toplãncton referentes à estação 1 lsuperf{ciel determinadoa em ceda eoleta

r>or per Iodo de estiagem.

ABRIL HAlO JUNHO Jur"o AGOSTO SETEMBRO DATA

CLASSES lq 18 15 29 12 26 lO 2) 6 21

C h loro; 1hyceae

C h: •lmy iomonae •P Rarlndtone"'a srp

;olcnk.inia roadiatfl

Mi()r>act i11iu"' pusitum 20 12 28

M~()r~cti~iu"' bornhQ111ienai1 4

:.:tct}I08phaerium •r 14 119 11 21 ll lS 83

P4iZJir.u~ trt,jm B'Lmple:r 39 135 19 71 39 19 19 19 77

Pe.iiar t rum duple:r 90 22 90

·:ntJlastruM "'it:"ropo,.um J2 24 48 24

(OfJlaBtrum l"Btia~Latum 5 25

Welftel !a •P

t' l a11k tosphaf'l T"ia •p 12

Treubari12 •P

'lnrysti" "'tr.l 1'880rti i 13 15

FrrzMt~eia "P AnkistrodP8MU.! b i b 'I" a ·i a,11,.a

Mo~toraphidium

Xirch11eriella obfl8a

Te t l"aedrom minimum

Scenede61'ft.ctt opo Lie"sie 30 109 69 17 19 38 4

,'";cÇ~."sdeel'fu8 aaun:ina twe ll

Crw~igo>nia ap

A.cti'laBtrum harttaeohii 1 Q 366 484 24 14 1 q 42 28 89 19 305 52

Mougeotia np 1443 3114 36~ 192 453 108 792 1305 900 954 468 1482 870

Coemarium sp 3 2 2 1 2 2

$taurae t 1'W"' sp 88 108 119 53 126 126 130 217 35 14 45 lO 11

C!o~ter1.um •P 8 18

F:uqlenor'hyceae

Fu.!Jlena •i' 16

r;.a,_·..,a r.ortu&

:"raehelomonas 8p

Crysophyceae

Dinobryon l'avari a um

Dinof,ryon C'itvJtdricum

Dac1llar1ophyceae

#e~osira np 126 63 52 61 4 7 19 36 95 132 28

Stcpha"udieow, •p l 1 1 1 1

Nitascfr~a •P 2

Synedra sp 75 31 15 10 )) 20 17 25 48

Rlti$OBols'lip: sp 3 11 l

Cyc~tella '•P

Dinophycea.e

Pftridi.nium ep 13 19 83 153 96 38 256 19 H 83

Cyanophyceae

Anabaena spiroid•• 45 32 18

Nicrocyetie a•rwgi,.oea 120 241 350 J4 193 84 60 138 47 62 54 30 14

Os oi~ lat.ol'ia •P Raphidiopsie nr•di t•zora"•a 110 66 187 ll2 198 123 130 69 61 72 129 12 70

Nio determinado• . lO 16 14 23 40 35 14 18 lO i 8

TOTAL 2223 4297 2080 678 1277 875 1318 19~ 1591 1184 1321 m~ 1058

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120

T&b. 9 - Represa B!llinga - Reault.:loa q\Wllitativoa • variação nu.ériea (UPA/all obtido• da análiae

de a.oetraa de fitoplincton referente• àeatação l (profundidade de 2 a} detera1nadoa .. C!,

da coleta por pedodo ele chuYa,

CLASSES

Chlorophyceae

CJtlam!fdO"'o"a' 1p

A•t•roc:toccw• 1p

DATA

Raplu .. dio"'"'a •PP

GoL•"ki,.ia radiata

Nioractú1iw~r pw•i Lw..,

.11\.el'aCtl "'tWIIt bar,..;•"'"'"',:'

DiDt!fo•p,it;au•iw"' 1p

P1d1.a& t rum 1\.tnp l•z

P1dicutr~"' dw.pl•z

Co• La I trwM •i.cropora&M

W11t1l~a ep

Pla,.ktosp~a•ria 1p

Tr•wba,.ia •P

OoCNiti~ ~rare1onii

fpaftcl-ia •P

A,.ki•trod•••w• bibrcia•n••

Kirc~"•ri1lla ob11a

'tl,rtudro,. "'ini.ww•

Sc•"•d•••w• opo~i•~•i• Cr111cig111ia IP

Aa*i"a•trUM ~aNtaea~i\ lloll.glotia •P

l'wa• trw• 1p

Co••ariwn 1p

StauPaltrw• •P

AJ"throdllllfUI lp

Clo•t•riw,. •P

Euq1enopnyceae

Kt~gl.4Jt4 •P

Pllaf:lw• t:ort:at•

tr4eha•to.o~•• •P

ll•lo•ira •p

St4pllaJtodi1ow• •P •ita1chia IP

sr,..dN •P

ltlt<t•o•o z.,,..,;a Cr~t~UltG •P

Dinophyce ..

ANaba•Na •piroid•• ALIICibCI•Il4 •PP llicrocr•ti• c•rufiLIIo•a

Oo•i UGtoria •P •ap~idiop•<• ••4<t•rrâ.•a

25

49

78

45

17

108

35

29

703

9

168

37

20

1389

51

32

12

116

135

36

49

33

232

7

lO

140

961

22

77

92

24

11

65 5

124

no

12

84

164

42

58

46

41

39

l3

66

27

3

u

42

13

52

726

2l

38

147

48

6

58

90

13

1

29

90

52

5

23

704

JAIIEIJID

ll

H

39

20

1

18

29

4l 5

l

582

70

5

924

27

21

16

19

60

98

7l

45

27

63

46

64

564

lO

15

182

1"

12

lO

70

309

5

19

73

842

22

12

52

196

58

15

109

1S

185

1

4

155

18

57

24

15

2380

ll

28

58

2)

84

57

83

68

75

900

21

28

36

40

89

1113

29

112

18

46

17

85

2022

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121

T&b. 10 - Represa. Blllinqa - Resultados qual1tat1.voa e var1açâo numér1ca UPA/nai ot>tLdos .:!,:, anál.:_

se de AJDOitral de fitopláncton referente• i estação l (profundidade de 2 • detenunados

ea cada coleta por per!odo de eatiaq-.

DATA l\BRIL MAIO JUNHO JULHO AGOSTO Sf:TEJ<BRO

CLASSES 19 18 15 29 12 26 lO 2l 21

Chlorophyceae

C h ~a ... vdo"'o"a• •r 15 20 l4 ll 15

GoL•ftkt,.ia ~ad1.ata

Mtera~tt"tW~ pMittw~ 20 20

Dtt'ltJiolplta•rt-.~ 'P 63 32 56 lO " 01.MOrpJtocoacw• •r P•dt(U t rwm '""'P~•z 39 58 58 58 l• 20 38 39 19

Pedt a• t '"""' ::Jwí'! BZ 23 22 45 ,, l<

Co• ~a• t '"""' "!'iOI"Op01"k"' 40 32 16 40

Co1 ~c21t1"M"' r• c i,wLaCa..lll

"''' t•l La '" Ptartktoepltat:tti.a lp 16 12 \[

Tr••wbaroia •r Oooyeti• "'a'"''""it 29

F roa ~te• ia •r An:'(i8ti"'Odifemwl Dto.raia"w' NO'IOl"apJudium 1p

Tttra•drom •in:i~~twm 9 2 l

Sc•rt•d•'"'"'' opoti•,.•i• 52 40 38 ll 21 ll 21 ~ n

sc .... d ....... aaW~~i,.atu• 22

CPucig•,.ia •P

f•tra•trWIII 1p

A~tiNaltrw~ haNt••ohtí 33 367 235 l4 14 10 24 15 145 42 ~ Q: i9

llowg•ot'ia •P uso 2304 210 135 315 60 606 348 816 930 3 7 ~ lH7 ':>Üt·

Co••ori Nll •P 2 1 2 l l

Sta•H•tr._ ., 18 95 42 49 60 74 lOS 112 21 li .. .. e CZ.o•t•ri..,. •P 10 u

Euq1enophyeeu

t .. gz,,.a '" lO 13

Pltoow• cortu• 13

fl"CIOitl tO•ON41 '" 8ae1llar1ophyeaae

N•lolira op 370 19 85 98 133 67 19 2e . ~- 0'

Stlplun&odi,ow• op 1 1 1

61. t••c.ltia •P 63 4

s,,.,drc •P 302 21 2 7 6 27 9 l3 2: " Rlti•QIOLINi<l op 27

Cro loeoll• op 5

Dinophyee-

P•ritli11í.,. •P ll 83 109 45 108 38 339 51 19 s:

Cyanophyce ..

A"GbAIPIG •piro~d•• 45; 27

lliarocrr•tt• a•PMf"i"o•cz 7S 83 62 92 68 57 49 72 14 )

Rcp~idiopoio aediterPa"ea 6l 26 301 394 220 u 6 9 93 87 l8

aio 4etenúna4otl • 12 13 21 ll 2t 25 15 10 11

~AL 3260 3103 lll1 1020 1104 453 1031 713 1535 1104 913 1719 833

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anlliM 4e -«ru 4e ht.Opllftetcm ntereatae ~••taçio z (...,.rtle1el 4et.en1na -

doa - - -leu pow -s- 4e cbuva •

122

OU'I'UUCI .,...., aa..JO .711118DC PIIVDIIJO lWIÇO -CI.UUI 2S I 22 12 2l 11 n 10 22 • 11

Oll.oropll,_..

c-'-•"--•• ., 17 11 23 u A eU roctOocrwe •p 11 u 11

O.d ... -·- ., 10

Gol•••'"""• ... -u ••• •ioN..,tt:tlillll ,..., .... • 21 I .. 12

•i•rcotitl'-...... -.~ .. •(• 6 l

Di:et,oeplta•rl• •P Zl 21 ~

P•d~a•tr•• •'-1'1•• Jt 19 77 ]8

P•diceCPtdl .. t •• 45

Coele•cr ... ftorop•,..... 16 co., ........ ... ,,.,., .. _ 20

Bot.,.,o<Jooe•• •P

W•eteLlo ep

PlGJt*:o•o•pU•P'I.• ., r~••b•ri41 •P

Oocrr•tie -sr••••ii 2 I

Pr~oe1.4 •P

A"'« t• troa••., .. • bibHi:GIId

JloftiOPtJpltidi- ., f•tro•dro• -'"~ 1

Soefll•d••••• opoli• .. t• 21 2 21 1l

Stu••d•••w• e~•-i•et .. C rv .. u.ge•u.a q

f•tra•e.- •P

Aaott,.aet...,. ••u•••JI,;, 15 52 419

lfovf•otta •P 317

Co••d''"'- .. •P

•ioraeceria •P St:awroaet,..... ep 14 11 42 25

CloeteP'iUM ep 2

IQIJl~

r_,L.,.a •P Pltczcw• tort: .. u frat~leel...,..c• ., l4

o.ry~

s, ...... • ,

a.c1llarlopllyceM

.. lD#'Í.N e_p 10 )f lU ll4 57 )8 9 &6 lO 2t

u.,~"""'"•••• ., 1 1 1

.,, .. ""'• ., a s, ... d,... ., .. ' 31 11

nt•o•ol••'• ., s C,olot•lt. •P 14

Olnopll,_

l'eridi~ti- •P 26 ' 45

CyenopbfoeM

.... b ....... • , ........ ' 12 u 11 54

... b ..... • ,,

t•PODd!.-.U ep ' - 3

~Groor•*'• ••~••••• 175 147 14 )OI lll 111 141 , .. sn 224 4t1

O.oi I t.t•ri• ., 2 1 ..,.,~ .. , ..... ~, .......... )2 19 lS 41

Jllo 4ete.rlú....,. • ' 15 1J " 93 10 160 ., 40 15 50

!OIIIL 211 )6) 211 ül Slt 252 471 ... 956 100, 1411

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123

Tal>. 12 - R.apr .. a B1ll1ngo - R.aoultado. qualitativo• e veriaçio nwoérica (tJPAI•lJ obtidos da aná­

u .. de UIOotrao de fitoplineton referente• lut.açio 2 (-r!!ciel deter.inadoo - ca­

da coleta por per{odo de eatiagea.

ABRIL KAIO Jtiii1IO Jt1LHO AGOSTO St:TEMBIIO DATA

CLASSES 19 18 15 29 u 26 lO 23 21

Chlorophyceae

C Ir ta•~do~~to'lal •P 15 lO ,:;ozenk\'lia l"adiata

,'fie,.a-ctÍPfUI.M pw1i twm 28

Nicraotiniw"' ."'or,J,•,.,i•"•,:• Dt.<.• t-.votpJaaert wllt •r 49 77 14 21 182

P•dia•tttul'lf ai.lfltplez 19 l9 19 20

Pedia•tl"um dwp lez 23 22

Coe ta a: ti"WIII Micropol"u"' 24 u 16 24 48

Coe La• trw:m t-#ticwtatw• 10

Bot royoeoccw• •P w., teZ :o1 •P P1.anktoepha•ria •r Oocveti• ~J~tareeo"iL lO

Anktetrod•emue t-ibraia""''

T• t ra•dro" Mirt i~ttW~~"

Sc•"•d••"'"' opolien•i• 65 84 19 13 23

Sc•"•d•'"'"' ac..-i:Jtcltwe 39

C1'1lCige'lia ap

T•tJ"a•twnr •P

AatiNa•trwM ha"t••chii 287 35 103 lO :J2

Jfowg•otia ep )0 318 123 48 15 759 225

Co1•ariu"' 1p l 1 l 1

Stawra•u•w• •P 35 18 1!

C toe t•rilPI •P a

Euc;lenophyce ..

tw.gL•"a 1p

Phatt~t~• toJ-'t:wa Z5 ' 1'Pao.ls•Lo•o"o:• ., Chryaophyce ..

llaZ to"'o"cz• op

Bacillariopbyceaa

II•Z.o•irc •P 285 104 98 57 67 19 19 123 )54 19

St•plla .. odi•ov• ., l 1 l l l 1 l l 1

WHooHG op ' 1 l

s, ... d..., •P 2 70 l

Cvototo l!G ., Dinophyce ..

PePidi.,.i.ldt ep 518 128 345 947 224 64 51 422

Cyanophyc• ..

A"~'~ opiroid•• 19 39 54 18 32 90 270 540 2Z5 387 270 175 108

CJiroooood!OG"v• •P l

lli.t~rDor•~"' o•rMfi~toaa lU I 1113 1141 1015 171 175 196 91 14 21 14

lfcpllitH.opai.• w•fi'í t•PN,..C u .. 148 203 6

Rio deterainacloo • 23 ll 25 lO 10 22 18 12 15

'l'O'rAl. 2&21 217~ ,,., 24"1 551 392 552 669 1727 461 '15 1007 187

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Tab. ll - Repraea 81ll1nqa - Abundlnc1a relativa (') doa 91'Up08 ca.ponentea d.o fltopllncton encontrado• naa eataçõea

da coleta por perlodo da chvva • aatla9aa.

CHLOAOPHYCI:AE EUGLENOPHYCEA& CHRYSOPHYCI:AE BACILLAJIIOPHYCEAE DINOPHYCIIM

,25/10/17

08/ll/77

H/11/77

12/12/77

H/12/77

11/01/71

27/01/78

10/02/78

22/02/78

08/0l/78

21/03/78

25/10/77

• 21/0l/78

04/04/78

19/04/18

03/0S/78

18/0S/18

Ol/06(78

1S(Ot/78

29/06/18

12/07/78

26/07/78

10/08/78

2 J/08(78

06/09/78

21/09/78

OC/04/78

• 21/0~!78

Eata­çio 1 aup.*

26,U

25,)9

27,74

39,66

41,92

14,21

10,65

H,U

70,37

42,34

77,20

10,6S

77,20

77,01

90,30

69,33

48,23

Sl,U

46,63

76,10

83,68

71,78

85,81

72,90

84,51

84,03

46,63

90. )0

• aup. • •u..-erf(cle

hta- Eata-çio 1 ção 2 prot.••

21,47

49,12

54,44

67,77

60,09

11,04

Z4,2t

38,84

79,]7

57,55

83,68

11,04

83,61

70,71

94,04

58,36

30,98

48,37

51,41

79,53

72,51

12,11

92,M

81,49

83, 8)

75,99

30,98

94,04

O,t3

11,29

21,80

17,11

23,81

6,75

7,95

7,21

u,oz

64,)6

42,71

0,9)

64,)6

U,H

27,1)

20,68

5,75

1,5)

6, ..

4,17

0,90

58,89

7,07

ll,79

46,18

10,16

0,90

58,89

s.u­çio 1 aup.

O,U

),71

1,21

0,)2

0,5)

0,066

O,t7

0,50

0,14

1,75

0,070

0,066

3, 71

O,ll

0,19

0,)4

),)9

0,55

1,0)

0,53

0,06)

0,21

o,ou

3,39

Eata­çio 1 prot.

0,51

0,42

0,22

2,)4

0,4)

O,Z2

1, 77

0,12

0,67

1,22

0,54

0,12

2, )4

0,55

O,ll

o,u 1,01

0,09

l,SS

l,li

0,14

0,26

0,36

0,66

0,17

0,09

1,55

•• pro f. • profundidade 12 al

llata­ção 2

2,ll

2,20

0,47

0,16

1,15

0,40

0,61

0,11

l,SO

1,44

0,92

0,11

2,)1

0,96

0,64

0,04

0,29

0,36

0,11

1,28

2,52

0,30

0,04

2,52

Bata­çio 1 aup.

0,07

0,)4

Bata­çio 2

O,Zl

0,04

1,)4

!ata­çio 1 aup.

38,03

21,)6

10,19

12,6)

11,70

1),09

lS,lO

24,00

11,75

11,29

9,76

,, 76

)1,03

9,27

0,11

],85

1,26

5,72

5,8)

0,30

2,83

4,15

0,42

, '16

8, 72

7,28

O, )O

9.27

Bata­ção 1 prot.

53,28

26,74

16,00

13,22

1S,06

8,23

30,50

38,24

14, 5)

15,77

7,22

7,22

5), 28

22,55

1, 42

7, 78

10,10

12,77

16,67

o. 87

4,07

),97

o. 72

5. 04

10,24

I4,H

OI 72

22,55

Eata­ção 2

•• 80

19,94

1,n

Z0,95

23,19

24,21

10,46

2,59

10,85

4,01

'·" 2,59

39,94

lO, 21

8, 21

4,70

2. 62

12,70

5,61

0,36

O,U

1, 68

O, 41

24,27

15, }'>

ll, 23

0,14

J5 ,15

tata­ção 1 ovp.

0,51

1, 07

1,90

24,12

1,26

0,43

o,u

0,61

o,u

24,12

0,51

o,u

12,24

17.49

7,21

1,96

\6,10

1,60

), 41

4. 28

n, •"

17,4'1

•·~:a­ção 1 prof.

1,]7

1," 12,71

62,91

, ,ti

2,26

0,2S

0,)5

0,25

62,9t

0,40

0,19

8,14

9,87

9,9)

lO, 48

5,)]

22,08

4,62

2,08

O, 15

6,12

I). 1 J

] 2. I; ti

~u­ção 2

J, 24

5,00

1,46

0,67

0,67

),11

0,67

5,00

11,36

S,U

U,D2

)9, 44

40,65

16,)2

9,24

24,44

1,18

I, 17

l,:.H

l, 1,

40, f,S

CIANOPHYCEAE

a. ~:a­ção 1 ovp.

]),85

41,01

55,32

46,18

39,19

41,95

61,41

ll,U

17,19

)5, 26

1,06

1,06

6), 41

ll,l7

7,19

25,82

24,48

)0,62

24,69

I~. 78

10,81

6, 79

11, )2

11,8~

'. 17

7. 94

l,l7

),) • 62

&ata­ção 1 prof.

14,74

14,67

27 .ss

7. 71

8,31

• ,12

H,ll

9,74

4,16

17,11

4,01

4,01

21.55

s. 55

1,80

12.10

47,65

26,09

15,23

S, 1 J

IS,I~

0,91

O,fd

11),')1

~.lb

2. 16

0.61

47. f-:,

N~O D~TERMINADOS

Eata~

çio l

81.48

42,42

)9,81

50,74

21.94

64,68

E•ta­çio 1 RUp.

1, 56

1,11

4,84

1, 21

4, 75

4, 49

4~.82 8,42

84, JS 6,6)

64,03

24,69

41,72

24,69

84. 15

5S, 94

57,47

58,55

51,48

l7 ,91

68 ,H

84,42

94, ll

IJ,84

87. J7

sr,. 14

11.91

0,2]

1,H

4,91

0,23

1,42

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0,17

0,67

J, 19

3,13

4. 00

0,72

1,11

o. 84

O, 6H

O, 10

f.o,cn o .. 7G

13,84 0,10

Q4.1l 4 .. o r.

Eata­çio 1 prof.,

1,H

9,05

I, 77

7,16

1,27

9,42

11,15

10,11

0,6l .. )] 4,20

0,61

11, )5

0,25

0,)9

1,15

2,06

2,11

6,18

2,42

2 ,lO

0,65

1,00

0,22

0,2)

I, OI

0,12

6,18

Eet•-ção 2 aap11tuda

),24

4,13

]4,60

10,97

17,91

1,97

)],47

5,07

1,61

4,80

J, 52

1,61 ldft1-

l4,6o Mlxtao

0,12

0,60

1,09

0,]7

0,11

2,60

1, 81

1, 29

1,04

2. s 7

2,H

o. 20

3,74

0.20 Mlnt-.o

1,74 Ml•tao

.... f'-.) J:>.

Page 135: CONTRIBUIÇÃO AO ESTUDO DA VARIAÇÃO SAZONAL DO FITOPLANCTON ... · CONTRIBUIÇÃO AO ESTUDO DA VARIAÇÃO SAZONAL DO FITOPLANCTON NA REPRESA ... e amigos do Instituto de Pesca,

OOTUBR>I17

SS'l'AÇXO 1 1 2

IIOVEHBR> I 77.

SSTAÇXO 1 1 2

~n~p.• prot.••np. np. prof.

Clorophyceae

CAlo.Mdo•onae .,

A• tei"'oocov• •p

Ra.pltidio,.••t~ ap

Oebg<,tv.(• ap

GoleRkiftia ra4iGta Niaraoti,.iw. p-.!l~

NicraotiNi~ bo~~·~•"•i•

DictwoaphaariMa ap

Di•orpho"oottv.e ap

Padiaatr ... ei.pZ..a

Pediaatrw. dKpt.z Coel4a tr.,. .-icroporu. ·

Coelaatr~ r•tiewZat .. Botryeooov.a ap

lfeat.•!la •P

PlaRktoaphaeria ap

rraatbari4 .,

OocN•tia •ar••o•ii 'rGrtcaia ap

A"liatrodaa•w• bibraianMa Nonoraphidi~ .,

Xirchnerielta oh•aa

ratraedron •i"'--­Scaftad•••... opoli.eftaia

Sca,.adaa•ll.a ac~nat••

Crau:igania ap

ratroatau~ ap

Actiftaatrw. P«Wtaachii

llollgaoti« ap

~auzatra. ap

Co••cari.,. •P lli.craat•rio •P l'o.,.Uaidi.a. •P

St;avra•t~ •P Artllrod••m.• •P

Cto•t•ri .. •P

Euglenophyce&e

~vgl•ruz •P

Pllae11.a tortw•

rrat:tlt•lo•oll4•

lia llo•o11a• •P

s,. .... .r.a •P Di.,.obryo~ baoaric ..

Di.,.obryon. crli,.drio.,.

Bac11Lar1opby~

ll•lo•ira •P

C*elot• Z 1.4 •P St•plta .. odi•oke •P Rlai•o•ol•Jiio •P srn.•d.rc .,

•ita•clli.a •P

Nioroorati• .a•Pafi•o•• 111/ZO.tlrCÍ.JIG •p

Oac:rillatoria •P A•abc••o apiroi4.a

A.....ab•••• •PP ClrooooooM•

••p~(diopa(a .. 4i•••..._•

• •

• d

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b

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d

d

d

• • • • d

d

c·-

d

• •

• •

d

• • •

• •

d

• • d

DEZEIIBR> I 77

I:STAÇXO

1 l 2

JAIIEIRQ I 78

l':ST~t.-çAO

1 l 2 aup. prof. aup. aup. prot. •up

• d

d

d

• d

• d

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dos no período -~e setembro de 1'177 a outubro de 1978.

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solvido (mg/1), saturação de oxigênio (%) e ox~

gênio consumido (mg/1 o2) calculadas nor nerío­do de chuva e estiagem.

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Fig. 11 - Represa Rillin?S - Amplitudes e medianas de amônia

(mg/1) e nitrato (mg /1 ) calculadas no neríodo de setemhro de 1977 a outubro de 19~ 8 .

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Fig. 14- Represa Billings- Vanacão do r:itoT"'lârcton total

UPA/ml) durante o neríodo de chuva e estiagem.

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Fig. 15 - Represa Billirigs - Abundância relativa (%) dos grupos Chlorophyceae, Bacillariophyceae e Cya­nophyace encontrados no período de chuva.

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Fig. 16 - Represa Billings - Abundância relativa dos gru­pos Dinophyceae, Chlorophyceae e Cyanophyceae encontrados no período de estiagem.

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Fig. 17 - Represa Billings - Abundância relativa dos gr~

pos Chlorophyceae, Cyanophyceae e Bacillariophr c~ae no perlodo de estiagem.

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P R A N C H A 1

3- Eugtsna Ehrenberg

4- Phaaue to~tus (Lemm.) Skvortzow

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Prancha 2

5 - Melo~i~d c. Ag,rdh, 1824.

6 e 8 - Vinob~yon cylind~cum Imhof, 1883.

7 - Vinob~yon bdv~~icum (1mhof) Lemmermann, 1903·

9 - Pe~idinium Eh~enberg, 1830· I

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P R A N C H A 3

10- Micractinium pusitum Fresenius

11- Micractinium bornhemiensis (Conrad) ~or5hikov

12- GoZenkinia radiata

13- Pediastrum dup'l.e%

14- P~diastrum simpZe%

15- Pediastrum simp'l.e%

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P R A N C H A 4

16- Coetaet~um ~etioutatum (Dangeard) Senn.

17- F~anoéia Lemmermann

18- T~euba~ia Bernard

19- Tet~aed~om minimum (Braun) Hansgirg

20- Soenedeemus opotiensis Richter

21- Scenedesmus aouminatus Lagerheim

22- Mougeotia Agardh

23- Stau~astrum Meyen

24- Staurastrum Meyen

25- Stau~astrum Heyen

26- Cosmarium Corda

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