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    CONTROLE DE PROCESSOS QUMICOS

    ENG 009

    Autor: Prof. Dr. Ricardo de Arajo Kalid [email protected]

    Revisora: Enga Grazziela Gomes

    Laboratrio de Controle e Otimizao de Processos Industriais - LACOI

    Departamento de Engenharia Qumica - DEQ

    Escola Politcnica - EP

    Universidade Federal da Bahia UFBA

    Salvador, junho de 2004.

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    N D I C E G E R A L

    CAPTULO 1. INTRODUO

    CAPTULO 2. FUNO DE TRANSFERNCIA

    CAPTULO 3. ANLISE DA DINMICA DE PROCESSOS

    CAPTULO 4. IDENTIFICAO DA DINMICA DE PROCESSOS

    CAPTULO 5. INSTRUMENTAO E VLVULAS DE CONTROLE

    CAPTULO 6. SISTEMAS LINEARES EM MALHAS FECHADAS

    CAPTULO 7. ESTABILIDADE DE SISTEMAS LINEARES

    CAPTULO 8. ESTRATGIAS DE CONTROLE

    CAPTULO 9. CONTROLE AVANADO

    CAPTULO 10. TEORIA DE CONTROLE MODERNO: ABORDAGEM POR ESPAO DE

    ESTADOS

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    N D I C E

    CAPTULO 1. INTRODUO 1-2

    1.1. MOTIVAO PARA IMPLANTAR UM SISTEMA DA CONTROLE 1-2

    1.2. NORMAS UTILIZADAS EM INSTRUMENTAO 1-6

    N D I C E D E T A B E L A S

    Tabela 1-1: Estratgias para o controle de temperatura de um tanque de aquecimento agitado. 1-5

    Tabela 1-2: Sinais padro de transmisso de informaes. 1-7

    Tabela 1-3: Exemplo de identificao de instrumento. 1-9

    N D I C E D E F I G U R A SFigura 1-1: Exemplo de controle de processo. 1-3

    Figura 1-2: Tanque de aquecimento com agitao. 1-4

    Figura 1-3: Tanque de aquecimento agitado com controle feedback. 1-5

    Figura 1-4: Smbolos gerais para instrumento ou funo programada. 1-7

    Figura 1-5: Letras de identificao de instrumento ou funo programada. 1-8

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    C A P T U L O 1 . I N T R O D U O

    A finalidade do controle de processos manter as variveis de processo nas condies

    desejadas com um mnimo custo operacional.

    Variveis de processo so as propriedades intensivas ou extensivas de uma corrente ou

    substncia.

    Como exemplos de variveis de processo temos:

    Temperatura;

    Presso;

    Vazo;

    Composio; Viscosidade;

    Granulometria;

    Radioatividade;

    Condutividade;

    Dureza;

    Maleabilidade;

    Cor;

    Aroma; Sabor; etc.

    1 . 1 . M o t i v a o p a r a i m p l a n t a r u m s i s t e m a d a c o n t r o l e

    Mudana nas condies de alimentao do processo e no ambiente (perturbaes) esto

    sempre acontecendo e se nenhuma ao for tomada importantes variveis do processo no

    alcanaro as condies desejadas. Porm, esta ao deve ser estabelecida de modo que:

    1. A segurana dos equipamentos e dos trabalhadores,

    2. A qualidade do produto; e

    3. A produo

    sejam asseguradas com um mnimo custo de investimento e/ou operacional.

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    Exemplo 01

    F igura 1 -1 : Exemplo de cont ro le de processo .

    Exemplo 02

    Seja um tanque agitado, aquecido pela condensao do vapor dgua, conforme mostra a

    Figura 1-2. O objetivo deste processo aquecer uma corrente de vazo w e temperatura T 1 at

    alcanar a temperatura T2.

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    T2(t), w

    T1(t), w

    vapor condensado

    F igura 1 -2 : Tanque de aquec imento com ag i tao .

    Vamos considerar duas perguntas:

    Pergunta 1: Quanto de calor deve ser fornecido ao lquido no interior do tanque para

    que atinja a temperatura desejada T2?

    Considerando o tanque bem agitado no existem gradientes internos de temperatura e as

    propriedades do fluido na sada do tanque so as mesmas do interior do tanque (tanque

    perfeitamente agitado).

    O balano de energia em estado estacionrio no tanque indica qual a quantidade de calor

    que deve ser transferida :

    Equao 1 -1 )sssszpssss TTcwQ ,1,.. =

    Mas nas condies de projeto T2 a temperatura de referncia Tr ou temperatura desejada

    (set point), ento podemos escrever a equao de projeto para o aquecedor:

    Equao 1 -2 )ssSPpssss TTcwQ ,1.. =

    Pergunta 2: Mas se as condies mudarem (a vazo de lquido aumentar ou diminuir, a

    temperatura da alimentao oscilar ou se desejarmos uma temperatura na sada maior ou

    menor que a estabelecida no projeto), como iremos atuar sobre o sistema para que a

    temperatura na sada do tanque seja a temperatura desejada (T2 = Tr= TSP) ?

    Existem algumas possibilidades, uma delas medir a temperatura no interior do tanque (T),

    comparar esta com a temperatura desejada (TSP) e atuar sobre a vlvula de controle para que

    esta aumente ou diminua o fluxo de vapor para a serpentina, incrementando ou no a

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    transferncia de energia para o fluido no tanque (veja Figura 1-3). Esta estratgia denomina-se

    controle por retroalimentao (FeedbackControl).

    T

    T2(t), w

    2(t)

    T1(t), w1(t)

    vapor

    condensado

    TT

    TC

    F igura 1 -3 : Tanque de aquec imento ag i tado com cont ro le feedback .

    Na Tabela 1-1 vemos outras alternativas de estratgias de controle para este processo.

    Tabe la 1 -1 : Es t ra tg ias para o cont ro le de tempera tura de um tanque de aquec imentoag i tado .

    MtodoVarivel

    Medida

    Varivel

    manipuladaClassificao

    01 T Q Feedback

    02 T1 Q Feedforward

    03 T w Feedback

    04 T1 w Feedforward

    05 T1 e T Q Feedback / feedforward

    06 T1 e T w Feedback / feedforward

    Podemos ainda instalar um trocador de calor a montante do tanque de aquecimento para

    diminuir ou eliminar a oscilao na temperatura T1 ou utilizar um tanque com um volume maior

    de modo a diminuir a oscilao na temperatura de sada T.

    Uma vez estabelecida a estratgia de controle necessrio determinar qual a lei ou

    algoritmo de controle para o controlador. Uma possibilidade utilizar o controladorproporcional, no qual a mudana no fluxo de calor proporcional diferena entre a

    temperatura desejada (TSP(t)) e a temperatura medida (T(t)):

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    Equao 1 -3 )()(.)( tTtTKQtQSP

    css +=

    Onde Kc denominado ganho do controlador, este parmetro ajustvel e define a

    intensidade da correo a ser realizada sobre o processo.

    Do discutido anteriormente deduz-se que para definir um sistema de controle necessrio:

    (1) Conhecer o comportamento no estado estacionrio do processo que desejamos

    controlar;

    (2) Conhecer o comportamento dinmico do processo que desejamos controlar;

    (3) Estabelecer quais as variveis de processo que devem ser mantidas o mais

    prximo possvel dos valores desejados (set point), denomina-se de variveis

    controladas;

    (4) Estabelecer quais as variveis de processo que devem ser monitoradas (variveis

    medidas) a fim de conhecer ou inferir os valores das variveis controladas ou das

    variveis de processo que podem interferir no mesmo (perturbaes).

    (5) Estabelecer quais os fluxos de massa e energia que devero ser modificados

    (variveis manipuladas) para manterem as variveis controladas nos seus set point.

    (6) Escolher e dimensionar os instrumentos necessrios para o funcionamento do

    sistema de controle:(a) Sensores das variveis de processo envolvidas ou elementos primrios de

    medio,

    (b) Transmissores e / ou conversores de sinais,

    (c) Indicadores e / ou registradores de sinais,

    (d) Controladores,

    (e) Elementos finais de controle (vlvulas).

    Para estabelecer com sucesso o sistema de controle de um processo temos que conhecer

    seu comportamento dinmico, realizando um estudo de processo em malha aberta, assunto

    que tratado de uma apostila deste autor, que deve ser consultada para maiores detalhes.

    1 . 2 . N o r m a s U t i l i z a d a s e m I n s t r u m e n t a o

    A ISA - The Instrumentation, Systems, and Automation Society estabelece normas eprocedimentos para especificao e instalao de instrumentos para controle de processos,

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    bem como a simbologia a ser adotada nos fluxogramas e documentos (veja Standards and

    Recommended Pratices for Instrumentation and Control editado pela ISA).

    2 . 1 . 1 . S i n a i s d e T r a n s m i s s o

    Existem alguns tipos e faixas padronizadas para transmisso de sinais em sistemas de

    controle:

    Tabe la 1 -2 : S ina is padro de t ransmisso de in formaes .

    Tipo de sinal Valores Representao

    Sinal pneumtico

    psig27a3

    psig30a6

    psig15a3

    representado por

    Sinal eltrico ou eletrnico

    V10a0

    V5a1

    mA20a4

    representado por

    Sinal digital ou discreto oubinrio

    , binrio eltrico

    , binrio pneumtico

    As prximas pginas tm um pequeno resumo da simbologia empregada na confeco de

    fluxogramas para instrumentao e controle de processos.

    F igura 1 -4 : S mbolos gera is para ins t rumento ou funo programada .

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    F igura 1 -5 : Le t ras de ident i f i cao de ins t rumento ou funo programada .

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    Tabe la 1 -3 : Exemplo de ident i f i cao de ins t rumento .

    T RC 210 02 A

    Varivel Funorea de

    atividadesN seqencial

    da malha

    Identificao funcional Identificao da malha

    Sufixo

    Identificao do instrumento

    Onde:

    T Varivel medida ou iniciadora: temperatura;

    R Funo passiva ou de informao: registrador;

    C Funo ativa ou de sada: controlador;

    210 rea de atividades, onde o instrumento ou funo programada atua;

    02 Nmero seqencial da malha;

    A Sufixo.

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    N D I C E

    CAPTULO 2. FUNO DE TRANSFERNCIA 2-2

    2.1. PROPRIEDADES DA FUNO DE TRANSFERNCIA 2-3

    2.2. NATUREZA QUALITATIVA DAS RESPOSTAS DE UM SISTEMA 2-5

    2.3. FUNO DE TRANSFERNCIA COM ENTRADAS E SADAS MLTIPLAS 2-7

    N D I C E D E T A B E L A S

    Tabela 2-1: Razes da Funo de Transferncia. 2-6

    N D I C E D E F I G U R A S

    Figura 2-1: Diagrama de blocos 01. 2-3Figura 2-2: Diagrama de blocos 02. 2-4

    Figura 2-3: Diagrama de blocos 03. 2-4

    Figura 2-4: Localizao das razes da equao caracterstica. 2-6

    Figura 2-5: Funo exponencial [(a) decrescente (b); crescente] e grfico de oscilao [(a) crescente; (b)

    decrescente; (c) amplitude constante]. 2-7

    Figura 2-6: Diagrama de blocos 04. 2-7

    Figura 2-7: Diagrama de blocos 05. 2-8

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    C A P T U L O 2 . F U N O D E T R A N S F E R N C I A

    ... proporciona uma relao direta entre as entradas (distrbios, variveis manipuladas) e as

    sadas (variveis controladas) do processo.

    George Stephanoupolos

    Vamos trabalhar com modelos lineares ou linearizados e variveis desvio:

    Equao 2 -1

    ==

    ==

    ss

    ss

    X-X(t)X(0)-X(t)(t)X

    Y-Y(t)Y(0)-Y(t)(t)Y

    Generalizando, as equaes diferenciais ordinrias com coeficientes constantes so da

    forma:

    Equao 2 -2 =

    =

    =++++=m

    jj

    j

    jn

    n

    nn

    n

    n

    n

    ii

    i

    idt

    XdbYa

    dt

    Yda

    dt

    Yda

    dt

    Yda

    dt

    Yda

    0011

    1

    10

    .........

    Equao 2 -3 Xbdt

    Xdb

    dt

    Xda

    dt

    Xdb

    dt

    Xdbonde

    m

    m

    mm

    m

    m

    m

    jj

    j

    j ........ 011

    1

    10

    ++++=

    =

    Onde, an, an -1, ..., a1, a0 e bm, bm -1, ..., b1, b0 so constantes.

    Em sistemas fisicamente exeqveis n m.

    Assumindo que inicialmente o sistema est relaxado:

    Equao 2 -4 1000 === nkdt

    Ydtk

    k

    ,...,,

    e

    Equao 2 -5 1000 === nldt

    Xdtl

    l,...,,

    Ou seja, o termo relativo s condies iniciais I nulo: I = 0

    Equao transformada:

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    Equao 2 -6 ( ) ( ) ( ) ( ) = = ==

    ==m

    j

    n

    i

    m

    j

    j

    j

    i

    i

    j

    j

    n

    i

    i

    i sXsbsYsasXsbsYsa0 0 00

    )(..)(..).(..).(..

    Equao 2 -7 ( )0.

    .

    )(

    )()(

    0

    0 =+==

    =

    =I

    sa

    sb

    sX

    sYsG

    i

    i

    n

    i

    m

    j

    j

    j

    G(s) chamada de funo de transferncia e obtida apenas se I = 0.

    Equao 2 -8desviodeformaementradadaLaplacededaTransforma

    desviodeformaemsadadaLaplacededaTransformasG

    ,

    ,)( =

    Em diagrama de blocos:

    G(s)

    X(s) Y(s)

    F igura 2 -1 : D iagrama de b locos 01 .

    Em geral a funo de transferncia pode ser representada por uma diviso entre dois

    polinmios em s:

    Equao 2 -9P(s)

    Q(s)G(s)=

    2 . 1 . P r o p r i e d a d e s d a F u n o d e T r a n s f e r n c i a

    P1. Descreve as caractersticas dinmicas de um sistema. Se adotarmos uma funo

    perturbao X(t) na entrada, cuja transformada X(s), a resposta do sistema Y(s) dada por:

    Equao 2 -10 )().()( sXsGsY =

    P2. Se a funo de transferncia a resposta do sistema a perturbao impulso unitrio:

    X(t) = (t), ento X(s) = L{ (t)} = 1, logo:

    Equao 2 -11 )()().()( sGsXsGsY ==

    P3. A equao diferencial do sistema pode ser obtida da funo de transferncia

    substituindo s pelo operador diferencial D d/dt.

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    Equao 2 -12 )(.1

    1.2)(

    1

    1.2)(:.

    22tXtY

    ss

    ssGex

    ++

    +=

    +++

    =DD

    D

    Ou,

    Equao 2 -13 XXYYY +=++ DDD .22

    Equao 2 -14 )()(.)()()(""'" tXtXtYtYtY +=++ 2

    P4. O princpio da superposio vlido (operador linear) para:

    Equao 2 -15 )()()( 21 sXsXsX +=

    Equao 2 -16 )()()().()().()().()( 2121 sYsYsXsGsXsGsXsGsY +=+==

    Em diagrama de blocos:

    PROCESSO

    X1(t)

    Y(t)

    X2(t)

    F igura 2 -2 : D iagrama de b locos 02 .

    G(s)

    X1(s) Y

    1(s)

    G(s)

    X2(s)

    Y2(s)

    +

    +

    Y(s)

    F igura 2 -3 : D iagrama de b locos 03 .

    P5. O denominador de G(s) igualado a zero denominado de equao caracterstica. A

    estabilidade de um sistema linear invariante com o tempo pode ser determinada avaliando as

    razes da equao caracterstica: se todas as razes tm partes reais negativas o sistema

    estvel, caso alguma raiz tenha parte real positiva o sistema instvel. Exemplo:

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    Equao 2 -17).21().21(5.2

    1)(

    2 j

    C

    j

    B

    +

    +=

    ++

    =ssss

    ssG

    Equao caracterstica:

    Equao 2 -18 0522 =+ ss

    Razes da equao caracterstica:

    Equao 2 -19 ( )jr .211 ++=

    Equao 2 -20 ( )jr .212 +=

    Portanto, o sistema instvel pois as razes do denominador da funo de transferncia

    tem parte real positiva.

    P6. As razes do denominador so os plos do sistema e as razes do numerador so os

    zeros do sistema. Quando o nmero de zeros (nz) menor que o nmero de plos (np), diz-se

    que existem (nz np) zeros no infinito; a recproca vlida. Para a Equao 2-17:

    Equao 2 -21 2.j1Pe2.j1P:plos 21 =+=

    Equao 2 -22 == ze1-z:zeros z1

    P7. Em sistemas fsicos exeqveis: nz np.

    2 . 2 . N a t u r e z a Q u a l i t a t i v a d a s R e s p o s t a s d e u mS i s t e m a

    Freqentemente, estamos interessados apenas em determinar a estabilidade do sistema,

    uma forma simples e adequada para os propsitos de controle de processos encontrar as

    razes do denominador da funo de transferncia (plos do sistema) e verificar sua

    localizao no plano complexo. Seja G(s) uma funo de transferncia que pode ser escrita poruma razo de dois polinmios Q(s) e P(s):

    Equao 2 -23

    ( )in

    i

    ps

    sQ

    sP

    sQsGsXsGsY

    n ===

    =0

    )(

    )(

    )()()().()(

    Na Tabela 2-1 vemos as diferentes formas das contribuies da funo transferncia para

    as respostas dos sistemas. Enquanto que na Figura 2-4 podemos verificar a disposio das

    razes da equao caracterstica no plano complexo.

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    Tabe la 2 -1 : Ra zes da Funo de Transfernc ia .

    Razes Caractersticas Termos em (t) para t 0

    p1

    p2, p2*

    p3, p3*

    p4, p4*

    p5

    p6

    Real, < 0

    Complexa, Re < 0

    Complexa, Re = 0

    Complexa, Re > 0

    Real, > 0

    Real, = 0

    C1. e-p1.t

    e-az.t [C1.cos(b2.t) + C2.sen(b2.t)]

    C1.cos(b3.t) + C2.sen(b3.t)

    Ea4.t [C1.cos(b4.t) + C2.sen(b4.t)]

    C1 ep5.t

    C1

    Observaes:

    1. Onde a1, a2, ..., b1, b2, ..., p1, p2, ..., so constantes positivas.2. Se algumas dessas razes so repetidas o termo referente a essa raiz multiplicado por

    uma srie de potncias de t:

    K1 + K2.t + K3.t2 + ... + Kr.t

    r-1, onde r o nmero de repeties.

    3. C1 + C2 + K1 + K2, ... + KR so obtidas a partir das condies iniciais.

    Na Figura 2-4 vemos a disposio dos plos no plano complexo. Observe que as razes

    reais geram respostas no oscilatrias amortecidas (p1), no oscilatrias no amortecidas (p6)

    e no oscilatrias com amplitude crescente (p5), portanto uma resposta instvel; enquanto queas razes complexas originam respostas oscilatrias amortecidas (p2, p2*), no amortecidas (p3,

    p3*) e com amplitudes crescentes (p4, p4*), isto , a sada do sistema instvel. Em outras

    palavras as razes localizadas no semi-eixo direito geram respostas instveis.

    Eixo

    imaginrio

    Eixo

    real

    p4

    p3

    p2

    p1

    p*2

    p6

    p5

    p*3

    p*4

    F igura 2 -4 : Loca l i zao das ra zes da equao carac ter s t ica .

    esquerda do eixo Im: f(t) decresce exponencialmente com t

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    direita do eixo Im: f(t) cresce exponencialmente com t

    Sejam razes mltiplas:

    Na origem: f(t) = tn, cte. para n = 0, crescente para n > 0.

    Figura 2-5: Funo exponencial [(a) decrescente (b); crescente] e grfico de oscilao [(a)

    crescente; (b) decrescente; (c) amplitude constante].

    2 . 3 . F u n o d e T r a n s f e r n c i a c o m E n t r a d a s e S a d a sM l t i p l a s

    Considere a Figura 2-6:

    PROCESSO

    X1(t) Y1(t)

    X2(t) Y2(t)

    F igura 2 -6 : D iagrama de b locos 04 .

    Equao 2 -24

    ( )

    ( )

    ( )

    ( )

    tY

    t

    t

    t

    2

    1

    2

    1 Y

    SADASX

    X

    ENTRADAS

    MODELO MATEMTICO (variveis desvio ou sistema relaxado):

    Equao 2 -25 2121112121111 XbXbYaYa

    dt

    dY... +++=

    Equao 2 -26 2221212221122 XbXbYaYa

    dt

    dY... +++=

    Condies iniciais:

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    Equao 2 -27 0(0)Y(0)Y 21 ==

    Aplicando a Transformada de Laplace e resolvendo para Y1(s) e Y2(s):

    Equao 2 -28 (s)XP(s)

    ]ba)ba[(s(s)X

    P(s)

    ]ba)ba[(s(s)Y 2

    221212221

    211211221

    ++

    +=

    Equao 2 -29 (s)XP(s)

    ]ba)ba[(s(s)X

    P(s)

    ]ba)ba[(s(s)Y 2

    222122111

    112121112

    ++

    +=

    Onde P(s) a equao caracterstica dada por:

    Equao 2 -30 )().(P(s) 2211211222112 aaaasaas +=

    Equao 2 -31

    +=

    +=

    )().()().()(

    )().()().()(

    2221212

    2121111

    sXsGsXsGsY

    sXsGsXsGsY

    Ou em notao matricial:

    Equao 2 -32

    =

    )(

    )(.

    )()(

    )()(

    )(

    )(

    2

    1

    2221

    1211

    2

    1

    sX

    sX

    sGsG

    sGsG

    sY

    sY

    O sistema de Equao 2-32 denominado Matriz das Funes de Transferncia.

    Em diagramas de blocos:

    X1(s)

    X2(s)

    G11(s)

    G12(s)

    G21(s)

    G22(s)

    +

    +

    +

    +

    Y2(s)

    Y1(s)

    F igura 2 -7 : D iagrama de b locos 05 .

    Os sistemas podem ser:

    SISO Single Input Single Output

    SIMO Single Input Multiple Output

    MISO - Multiple Input Single Output

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    MIMO - Multiple Input Multiple Output

    Obs.: Os processos qumicos so, na sua maioria, MIMO-NL.

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    N D I C E

    CAPTULO 3. ANLISE DA DINMICA DE PROCESSOS 3-3

    3.1. ESTUDO DO COMPORTAMENTO DINMICO DE SISTEMAS DE PRIMEIRA ORDEM 3-6

    3.2. ESTUDO DO COMPORTAMENTO DINMICO DE SISTEMAS CAPACITIVOS PUROS 3-22

    3.3. ESTUDO DO COMPORTAMENTO DINMICO DE SISTEMAS DE SEGUNDA ORDEM 3-25

    3.4. COMPORTAMENTO DINMICO DE PROCESSOS TIPO ATRASO-AVANO 3-45

    3.5. COMPORTAMENTO DINMICO DE PROCESSOS COM TEMPO MORTO 3-48

    3.6. EXERCCIOS 3-55

    N D I C E D E T A B E L A S

    Tabela 3-1: Constantes de tempo de elementos primrios de medio. 3-6

    Tabela 3-2: Tempo (t) e valor alcanado pelo sistema PKAtY .)( . 3-11

    Tabela 3-3: Tempo (t) e valor alcanado pelo sistema PKAtY .)( . 3-15

    Tabela 3-4: Classificao dos Sistemas de 2 ordem. 3-27

    Tabela 3-5: Tanques em srie com e sem interao. 3-40

    N D I C E D E F I G U R A S

    Figura 3-1: Desenho esquemtico de um termopoo / termopar. 3-3

    Figura 3-2: Diagrama de blocos 01. 3-6

    Figura 3-3: Diagrama de blocos 02. 3-8

    Figura 3-4: Diagrama de blocos 03. 3-8

    Figura 3-5: Funo degrau de amplitude A. 3-10

    Figura 3-6: Resposta de um sistema de 1 ordem a perturbao degrau. 3-12

    Figura 3-7: Comportamento dinmico de termopares sem (Ts) e com poo (Tc). 3-13Figura 3-8: Funo impulso de amplitude A. 3-14

    Figura 3-9: Resposta de um sistema de 1 ordem a perturbao impulso de amplitude A. 3-15

    Figura 3-10: Resposta real de um sistema de 1 ordem a perturbao impulso de amplitude A. 3-16

    Figura 3-11: Funo pulso de amplitude A. 3-17

    Figura 3-12: Resposta de sistema de 1 ordem a perturbao pulso de amplitude A. 3-19

    Figura 3-13: Funo seno de amplitude A, freqncia e perodo T. 3-20Figura 3-14: Resposta de um sistema de 1 ordem a perturbao seno de amplitude A e freqncia w. 3-22

    Figura 3-15: Diagrama de blocos de um sistema capacitivo. 3-23

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    Figura 3-16: Tanque com vazo de descarga constante. 3-23

    Figura 3-17: Processo capacitivo submetido a perturbao degrau de amplitude A. 3-25

    Figura 3-18: Diagrama de bloco para sistema de 2 ordem. 3-26

    Figura 3-19: Resposta do sistema de 2 ordem superamortecido a perturbao degrau. 3-28

    Figura 3-20: Influncia do fator de amortecimento e do perodo natural de oscilao de um sistema de 2ordem superamortecido a perturbao degrau. 3-29

    Figura 3-21: Influncia do fator de amortecimento na resposta do sistema de 2 ordem subamortecido,submetido a perturbao de amplitude A. 3-30

    Figura 3-22: Caractersticas do sistema de 2 ordem subamortecido submetido a perturbao degrau de

    amplitude A. 3-32

    Figura 3-23: Respostas dos sistemas de 2 ordem a perturbao impulso de amplitude A. 3-34

    Figura 3-24: Dois tanques no-interativos em srie. 3-35

    Figura 3-25: Dois tanques interativos em srie. 3-38

    Figura 3-26: Respostas de sistemas e perturbao degrau de amplitude A. 3-40

    Figura 3-27: Reator CSTR submetido a perturbao na composio e temperatura da alimentao. 3-41

    Figura 3-28: Resposta do sistema (Equao 3-184). 3-47

    Figura 3-29: Diagrama plo-zero para o sistema (Equao 3-184) X: localizao do plo, : localizao do

    zero. 3-47

    Figura 3-30: Resposta ao degrau de um sistema superamortecido com um zero. 3-48

    Figura 3-31: Transporte de fluido por uma tubulao em escoamento pisto. 3-49

    Figura 3-32: (a) Resposta ao degrau das aproximaes de Pad de 1 e 2 ordem de um tempo morto puro. (b)

    Resposta ao degrau de um sistema de 1 ordem com tempo morto (m = 0.25P) utilizando aproximaesde Pad de 1 e 2 ordem para

    sme

    . 3-51

    Figura 3-33: Reator gotejante com reciclo. 3-52

    Figura 3-34: Reator com reciclo submetido a perturbao degrau na composio da alimentao: (a) resposta

    completa; (b) detalhe nos instantes iniciais. 3-55

    Figura 3-35: Tanque para alivio de presso. 3-55

    Figura 3-36: Tanque no interativos em srie. 3-57

    Figura 3-37: Tanque de aquecimento. 3-60

    Figura 3-38: Grfico exerccio (7). 3-60

    Figura 3-39: Grfico para exerccio (9). 3-62

    Figura 3-40: Grfico do exerccio (10). 3-63

    Figura 3-41: Grfico do exerccio (11). 3-63

    Figura 3-42: Grfico do exerccio (12). 3-64

    Figura 3-43: Esquema do exerccio (13). 3-64

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    C A P T U L O 3 . A N L I S E D A D I N M I C A D EP R O C E S S O S

    No captulo anterior, verificamos que a modelagem matemtica de processos conduz a

    sistemas de equaes diferenciais. Estas equaes podem ser resolvidas pelo mtodo da

    Transformada de Laplace que conduz s suas respectivas funes de transferncia. Neste

    captulo, estudaremos com mais detalhes alguns tipos de funes de transferncia (1 ordem e

    2 ordem) e a resposta desses sistemas a diversos tipos de perturbaes (degrau, rampa,

    impulso, pulso, seno).

    Prosseguindo com a metodologia adotada, sempre partiremos de um sistema fsico de

    interesse no controle de processos qumicos.Elementos de medio, linhas de transmisso e elementos finais de controle introduzem

    atrasos (lag) dinmicos no sistema de controle. Por exemplo, a Figura 3-1 mostra um termopar

    (thermocouple) inserido em poo de termopar (termopoo, termowell) de massa m e calor

    especfico C.

    Termopoo

    Termopar

    Fluido atemperatura T(t)

    F igura 3 -1 : Desenho esquemt ico de um termopoo / t e rmopar .

    O atraso dinmico introduzido pela combinao termopar/termopoo pode ser estimado seassumimos algumas hipteses simplificadoras:

    a. O termopar e o termopoo esto sempre na mesma temperatura Tm(t), que pode ser

    diferente da temperatura do fluido T(t) que envolve o poo;

    b. No existe perda de calor pela extremidade do poo exposta ao meio ambiente;

    c. A resistncia transferncia de calor determinada pelo inverso do coeficiente global

    de troca trmica R = 1/(UG.A);

    d. Toda capacidade trmica se concentra na massa de metal que compe o poo.

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    Balano de Energia no Poo1

    Equao 3 -1 { } { } { }saientraacumula =

    Equao 3 -2{ } ( )[ ]tT

    dt

    dCmacumula m..=

    Equao 3 -3 { } { } { } { } { }radiaoconduoconvecosaientra ++=

    Equao 3 -4{ } { } ( ) ( )[ ]tTtTAUsaientra mG = .

    Onde,

    Equao 3 -5

    [ ] ( )2../111 mSCJhU iG

    =+= iR

    Substituindo a Equao 3-2 e a Equao 3-4 na Equao 3-1, obtemos

    Equao 3 -6( )[ ] ( ) ( )[ ]tTtTAUtT

    dt

    dCm mGm = ...

    ou

    Equao 3 -7( )[ ] ( ) ( )tTtTtT

    dt

    dmmT =+

    Onde T a constante de tempo do termopoo no estado estacionrio.

    Equao 3 -8

    [ ] ( )[ ] 00.

    .=== m

    G

    T Tdt

    ds

    AU

    Cm

    Equao 3 -9 ssm,ss TT =

    Subtraindo a Equao 3-7 da Equao 3-9:

    Equao 3 -10( )[ ] ( ) ( ) ssm,ssmm,ssmT TtTTtTTtTdt

    d=+ .

    Definindo as variveis desvio:

    1 Devido s hipteses adotadas este modelo denomina-se Modelo de Parmetros

    Concentrados, um modelo mais preciso conduziria a um Sistema de Equaes Diferenciais

    Parciais (SEDP).

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    Equao 3 -11( ) ( ) m,ssmm TtTtT =

    e

    Equao 3 -12( ) ( ) ssTtTtT =

    Ento:

    Equao 3 -13( )[ ] ( ) ( )tTtTtT

    dt

    dmmT =+ ..

    Aplicando a Transformada de Laplace na Equao 3-13:

    Equao 3 -14 ( ) ( ) ( )sTsTTsTs mmmT =+ 0..

    Mas,

    Equao 3 -15( ) ( ) 000 === ssmssmssmmm TTTTT ,,,

    Ento:

    Equao 3 -16

    ( )

    ( ) 1.1

    +=

    ssT

    sT

    T

    m

    Portanto, para que a temperatura indicada/transmitida pelo termopar esteja o mais prximo

    possvel da temperatura do fluido, ou seja, Tm(t) = T(t), a constante de tempo do conjunto

    termopar/termopoo deve ser minimizada, para isto acontecer a capacitncia trmica dos

    sistema ( )Cm . deve ser mnima, enquanto a facilidade transferncia de calor (UG*A) deve

    ser mxima (resistncia mnima).

    A Equao 3-16 define a funo transferncia de primeira ordem deganho unitrio e

    constante de tempoT, entre a entrada do sistema temperatura do fluido, perturbao T(t) e a sada do sistema temperatura medida Tm(t).

    Podemos representar a funo de transferncia (da Equao 3-16) atravs de um diagrama

    de bloco:

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    1/ Ts + 1

    T(s) Tm(s)

    F igura 3 -2 : D iagrama de b locos 01 .

    Na Tabela 3-1 vemos valores tpicos de constantes de tempo de alguns elementos primrios

    de medio.

    Tabe la 3 -1 : Constan tes de tempo de e lementos pr imr ios de med io .

    Tipo Ordem de m

    Termmetro de vidro Minutos

    Termmetro bimetlico < 1 minuto

    Termmetro a expanso Minutos

    Termopar em bainha Segundos

    Termopar com poo Minutos

    Termmetro a resistncia Segundos a minutos

    Transmisso presso absoluta 0.2 - 1.7 segundos

    Transmisso presso diferencial 0.2 - 1.7 segundosTurbina 0.03 segundos

    Vortex 2.5 segundos

    Em geral, as constantes de tempo dos elementos de medio e transmisso devem ser

    menores que um dcimo da constante de tempo do processo.

    3 . 1 . E s t u d o d o C o m p o r t a m e n t o D i n m i c o d e S i s t e m a s

    d e P r i m e i r a O r d e m

    Genericamente, um sistema de 1 ordem2 definido pela seguinte situao diferencial:

    Equao 3 -17 ( )[ ] ( ) ( )txbtyatydt

    da ...1 =+

    Se ao 0, ento podemos dividir a Equao 3-17 por ao e obtemos:

    2A literatura tambm denomina o sistema de 1 ordem de atraso de primeira ordem (first

    order lag) ou atraso linear (linear lag).

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    Equao 3 -18 ( )[ ] ( ) ( )txKtytydt

    dPP =+ ..

    onde

    Equao 3 -19

    a

    aP

    1=

    Equao 3 -20o

    Pa

    bK =

    Observe que aplicando a Equao 3-18 no estado estacionrio:

    Equao 3 -21 ss.= Pss KY

    E substituindo as variveis desvio:

    Equao 3 -22

    ( ) ( )

    ( ) ( )

    =

    =

    ss

    ss

    XtXtX

    YtYtY

    Obtemos:

    Equao 3 -23

    ( )[ ] ( ) ( )tKtYtYdtd

    PP =+..

    O novo estado estacionrio alcanado aps o sistema sofrer a perturbao X(t) ser:

    Equao 3 -24= .pKY

    logo

    Equao 3 -25

    ( ) ( )( ) ( ) ss

    ss

    -0

    0

    =

    =

    =

    YYYYYp

    ou

    Equao 3 -26entradaiosestacionrestados

    sadaiosestacionrestadosp

    =

    Portanto, o ganho do processo determina o estado estacionrio que o sistema ir atingir

    aps sofrer uma perturbao.

    Aplicando a Transformada de Laplace na Equao 3-23.

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    Equao 3 -27( ) ( ) ( )ssYsYs pp = ...

    mas

    Equao 3 -28( ) ( ) 000 === ssssss YYYYY

    Ento a funo de transferncia de um sistema de 1 ordem dada por:

    Equao 3 -29

    ( )( )( ) 1. +

    =

    =

    ss

    sysG

    p

    p

    E a resposta do sistema ( )sY a uma perturbao ( )sX

    Equao 3 -30

    ( ) ( ) ( ) ( )ss

    ssGsYp

    p +

    == .

    1..

    Em diagramas de blocos:

    G(s)

    ( )sX ( )sY

    F igura 3 -3 : D iagrama de b locos 02 .

    ou

    1. +

    sp

    p

    ( )sX ( )sY

    F igura 3 -4 : D iagrama de b locos 03 .

    Resistncia e Capacitncia

    Os sistemas de 1 ordem so caracterizados pelo ganho KP, que estabelece o seu estado

    estacionrio, e pela sua constante de tempo P, que determina o seu comportamento

    transitrio.

    A constante de tempo pode ser obtida se identificamos a capacitncia C e a resistncia R

    do processo de 1 ordem. Por definio estas propriedades so:

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    Equao 3 -31processodomotrizforadovariao

    processodocapacidadedavariaoC =

    Equao 3 -32resultantefluxodovariao

    processodomotrizforadavariaoR =

    Por definio, a constante de tempo de um processo de 1 ordem o produto da

    capacitncia do processo vezes sua resistncia:

    Equao 3 -33R.Cp =

    Nos exemplos estudados: Nvel de um tanque

    ( ) ( )

    [ ]

    [ ][ ] sRARC

    mAdh

    hAd

    dh

    dv

    C

    msRdq

    dh

    qRhR

    hqarlaescoamentopara

    qghhqmasdq

    dhR

    p =======

    ==

    ==

    ===

    ..

    .

    /

    .min

    f,

    2

    2

    Tanque de aquecimento

    [ ]

    ( ) [ ]

    [ ] sqV

    Cq

    CVRC

    sJ

    C

    CqdH

    dTRTTCq

    C

    JCVCmdTCmH

    dT

    d

    dT

    dHC

    p

    p

    T

    p

    p

    pp

    T

    Tp

    ====

    ====

    ===

    +==

    ..

    ...

    .

    ..

    1

    '...'

    ....

    [ ]

    [ ]

    [ ] sAU

    CmRC

    sJ

    C

    AUdQ

    dRdAUQ

    C

    JCm

    d

    dCm

    G

    G

    G

    ===

    ==

    ==

    ==

    =

    =

    .

    ..

    .

    .

    1

    '..'

    .

    ..

    d

    dQC

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    C o n t r o l e d e P r o c e s s o s- R i c a r d o d e A r a j o K a l i d k a l i d @ u f b a . b r

    3 . 1 . 1 . C o m p o r t a m e n t o d e u m S i s t e m a d e P r i m e i r a Or d e m aP e r t u r b a o D e g r a u

    A funo degrau pode ser descrita matematicamente das seguintes formas:

    Equao 3 -34( ) ( ) t-t.uA+= ssXttX

    Onde,

    A Amplitude de perturbao

    u(t to) Funo degrau unitrio

    Equao 3 -35( ) ( )tXtX ss t.uA+=

    Onde, uto(t) u(t to)

    Equao 3 -36

    =+=

    o,,

    o,

    t,

    t,)(

    tparaXAX

    tparaXtX

    ssoss

    oss p

    Graficamente a funo degrau corresponde a Figura 3-5:

    F igura 3 -5 : Funo degrau de ampl i tude A.

    Aplicando a varivel desvio ( ) ( ) ssXtXtX = na Equao 3-34 e em seguida a

    transformada de Laplace, obtemos a funo perturbao no domnio de Laplace:

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    Equao 3 -37( ) ( ).st.

    s

    = esXA

    Substituindo a Equao 3-37 na Equao 3-30:

    Equao 3 -38

    ( ) ( ) ( )s.tPPs.t .1

    s.s

    .1.

    .s

    +

    =

    +

    = ees

    sYP

    P

    .AA

    Expandindo em fraes parciais:

    Equao 3 -39

    ( ) ( )s.t

    P

    PP

    P

    P.

    1.

    +

    = e

    ss

    sY

    .A

    Aplicando a Transformada Inversa de Laplace:

    Equao 3 -40

    ( ) ( )oP t-t.exp1 u

    =

    P

    tttY

    .A

    Ou

    Equao 3 -41

    ( ) ( )oP t-t.exp1 u

    +=

    Pss

    ttYtY

    .A

    Calculando a razo PKAtY .)( para alguns valores de P construmos a Tabela 3-2:

    Tabe la 3 -2 : Tempo ( t ) e va lo r a lcanado pe lo s is tema PKAtY .)( .

    t to 0.010

    P

    5

    P

    2

    P

    P 2*P 3*P 4*P

    ( )

    p.AtY

    0.000 0.095 0.181 0.394 0.632 0.865 0.950 0.982 1.000

    A partir da curva Pt versus PKAtY .)( , conforme a Figura 3-6, conclumos que todo

    sistema de 1 ordem caracterizado por:

    (a) O sistema alcana 63.2% do valor do estado estacionrio aps decorrer o espao de

    tempo de uma constante de tempo P, isto :

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    Equao 3 -42

    ( )632.0

    p

    =.ApY

    (b) No instante inicial a inclinao da curva unitria, isto :

    Equao 3 -43

    ( )0.1

    0p

    =

    =t

    tY

    dt

    d

    .A

    (c) A interseo da tangente da curva no instante inicial com a assntota da funo no

    estado estacionrio acontece no ponto (1.0, P).

    (d) Para fins prticos, admite-se que o estado estacionrio foi atingido quando um espao

    de tempo equivalente a 3 ou 4 vezes a constante de tempo P.

    F igura 3 -6 : Resposta de um s is tema de 1 o rdem a per tu rbao degrau .

    Observao: Curva vermelha (A) entrada X(t) e curva azul (B) resposta Y(t).

    Comparando a resposta de um termopar sem e com poo, verificamos que o poo introduz

    um atraso dinmico que, a depender do sistema em estudo, no pode ser negligenciado. Veja

    Figura 3-7.

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    F igura 3 -7 : Compor tamento d inmico de te rmopares sem ( T s ) e com poo ( T c ) .Observao: Curva A perturbao; Curva B termopar sem poo Tms(t); Curva C termopar com poo

    Tmc(t).

    3 . 1 . 2 . C o m p o r t a m e n t o d e u m S i s t e m a d e P r i m e i r a O r d e m aP e r t u r b a o I m p u l s o

    A funo impulso pode ser descrita matematicamente das seguintes formas:

    Equao 3 -44( ) ( ) ( ) t-t.t. AA +=+= sstoss XXtX

    Onde A a amplitude da perturbao e (t) denominada Funo Impulso Unitrio ou

    Funo Delta de Dirac.

    Equao 3 -45

    >

    =+

    =+