Controle de trafego aéreo Fatec

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FACULDADE DE TECNOLOGIA DE CARAPICUÍBA CURSO TECNOLÓGICO EM LOGÍSTICA Ana Trindade Beatriz Fernandez Daniele Coelho Luciano Souza Silvana P. Santos TECNOLOGIA EM TRANSPORTES: Controle de Tráfego aéreo

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Descrição de como funciona o controle de tráfego aéreo.

Transcript of Controle de trafego aéreo Fatec

FACULDADE DE TECNOLOGIA DE CARAPICUBA

CURSO TECNOLGICO EM LOGSTICA

Ana Trindade

Beatriz Fernandez

Daniele Coelho

Luciano SouzaSilvana P. SantosTECNOLOGIA EM TRANSPORTES: Controle de Trfego areoCARAPICUBA/SP

2015

Ana Trindade

Beatriz Fernandez

Daniele Coelho

Luciano SouzaSilvana P. Santos

TECNOLOGIA EM TRANSPORTES: Controle de Trfego areo

Trabalho de Pesquisa apresentado matria de Tecnologia em Transportes do curso Tecnolgico de Logstica da Faculdade de Tecnologia de Carapicuba.Orientador: Prof. Silvio Rosa.CARAPICUBA/SP2015Ana Trindade

Beatriz Fernandez

Daniele Coelho

Luciano SouzaSilvana P. Santos

TECNOLOGIA EM TRANSPORTES: Controle de Trfego areo

Carapicuba, 30 de Maio de 2015.

Prof. Silvio Rosa - Carapicuba

RESUMO

A quantidade de avies que trafegam pelos cus diariamente enorme. Chamando ateno sobre a importncia do Controle de Trfego Areo, garantindo assim, vos seguros. Os sistemas de meteorologia e telecomunicao, radares e computadores utilizados no sistema para controlar o espao areo. O presente trabalho de pesquisa vai discorrer sobre a participao do homem e dos equipamentos de alta preciso que conseguem monitorar cada aeronave mesmo quando elas esto fora da viso de torres de comando. Abordando os temas de Gerenciamento do Trfego Areo que envolve o gerenciamento do espao areo, fluxo de trfego areo e o servio de trfego areo como os requisitos necessrios dos profissionais envolvidos nessa operao. Abordando as normas e os mtodos recomendados pela Organizao de Aviao Civil Internacional (OACI).Palavras-chave: Controle, sistema, gerenciamento.ABSTRACT

The number of planes that travel through the skies on a daily basis is huge. Calling the attention on the importance of air traffic control, thus ensuring safe flights. Meteorology and telecommunication systems, radars and computers used in the system to control the airspace. This research paper will discuss the participation of individuals and high-precision equipment that can monitor each aircraft even when they are outside the control towers of sight. Addressing the issues of air traffic management involving the management of airspace, air traffic flow and air traffic service as the requirements of the professionals involved in this operation. Addressing the standards and methods recommended by the International Civil Aviation Organization (ICAO).

Keywords: control, system managemeLISTA DE FIGURAS

Figura 01: Pilotos em voo.....................................................................18Figura 02: Cobertura dos radares no Brasil........................................19Figura 03: Radar do controle do trafego areo ...................................21Figura 04: Transponder .........................................................................22Figura 05: Computadores dos controladores em operao ..............23 SIGLAS

TMA- reas de Controle terminalFIR- Regio de informao de voo

CINDACTA- Centro integrado de defesa area e controle de trfego areo

SIVAN- Sistema de vigilncia da Amaznia DECEA- Departamento de controle do espao areo

CGNA- Centro de gerenciamento de navegao area

ANAC- Agncia nacional da aviao civil

ADS-B- Torre de controle de aerdromo

APP- Aplicativo mvel

ACC- Codificao de udio avanado

HF- High Frequency

SUMRIO 10INTRODUO

12CAPTULO 1

121 Histria

141.1 Histria do controle de trfego areo

151.2 Objetivos gerais do controle de trfego areo

151.3 Perspectivas atuais

172 Equipamentos empregados nas atividades de controle de trfego areo

182.1 Como funciona o controle de trfego areo

192.2 Radares

192.3 Radares Primrios e secundrios

202.4 Radares instalados no solo

212.5 Computadores

212.6 Comunicao por rdio

242.7 rgos operacionais

242.7.1 Estao de Telecomunicaes Aeronuticas (Rdio)

242.7.2 Torre de Controle de Aerdromo

242.7.3 Centro de Controle de Aproximao (APP)

252.7.4 Centro de Controle de rea

253 Cartografia aeronutica

263.1 Levantamentos Topogrficos e Geodsicos

263.2 Inspeo em voo

283.4 Meteorologia aeronutica

283.5 Redes de centros meteorolgicos

303.5 Telecomunicaes aeronuticas

324 Gerenciamento do trfego areo

335 Gerenciamento do fluxo areo

346 Servio de trfego areo

357 Acidente que envolveu um problema com os controladores de trfego areo

36Consideraes finais

37Referncia Bibliogrfica

INTRODUO A quantidade de avies que circulam pelos cus diariamente enorme, sendo eles voos internacionais, nacionais, de carga, domsticos, militares, ensaio de voo, lanamentos de sondas e foguetes, voos de asa delta, salto de paraquedas, treinamento de tiros antiareos, entre outros. Para garantir essa convivncia segura e livre de acidentes catastrficos devem se seguir regras e procedimentos de utilizao do espao areo, conhecendo a demanda atual e futura, topografia e infraestrutura (DECEA, 2015). O Brasil tem a responsabilidade de administrar o espao areo territorial (8.511.965 km) e o espao areo sobrejacente rea ocenica, que se estende at o meridiano 10 W, perfazendo um total de 22 milhes de Km. Para isso, os controladores, em parceria com a equipe que est no prprio avio precisam trabalhar em parceria, com ateno necessria para que todas as operaes saiam de acordo com o protocolo. Alm da parte de controle da parte das pessoas, equipamentos de alta preciso so necessrios para o controle de cada aeronave mesmo quando elas esto fora da viso de torres de comando. O controle sobre avies e helicpteros comea antes do embarque. Cada aeronave acompanhada constantemente por pelo menos um controlador de trfego, que pode ter sob sua responsabilidade at sete aeronaves simultaneamente e, portanto, centenas de vidas. Para auxiliar os controladores, existem sistemas de meteorologia e telecomunicao, radares e computadores. Toda transmisso duplicada para cobrir possveis falhas. Afinal, qualquer segundo de cegueira do controle areo pode aumentar a probabilidade de uma tragdia como a do voo 1907 da Gol, que matou 154 passageiros no ano passado (ARAUJO, 2015).A finalidade desta pesquisa de adquirir conhecimentos sobre o Controle de Trfego Areo. Uma pesquisa Exploratria com o objetivo de caracterizar o problema, a sua classificao e sua definio. A modalidade da pesquisa Bibliogrfica, recuperando o conhecimento cientfico acumulado sobre o tema. O objetivo desta pesquisa de analisar como o controle de trfego areo atua no Brasil, conhecendo os procedimentos no sistema de gerenciamento do controle. CAPTULO 1

1 Histria fatdico que a criao do avio um dos maiores legados para a humanidade, mas diferente do que sonhavam seus precursores a indstria aeronutica associou-se indstria da guerra. O primeiro conflito mundial passava a solar sobre as naes, e quem melhor dominasse as tcnicas de projetar e construir aeronaves poderia ter nas mos o destino do mundo. O surgimento de modelos cada vez mais eficientes e letais em combate antecipou o domnio das tcnicas de voar.

Com o fim da primeira guerra, as atenes se voltaram para as potencialidades prticas e econmicas do avio. Nos Estados Unidos e na Europa, se iniciavam os voos regulares com transporte de cargas diversas, desde simples correspondncias, a pequenas encomendas, surgia ento o correio areo no mundo.

De incio os voos ocorriam durante o dia, onde o piloto obtinha contato visual com o terreno. A topografia e construes feitas pelo homem serviam de referncias para a navegao dos pilotos. Mas, com o crescimento da demanda, as empresas de transporte passaram a realizar tambm voos noturnos. Para que se obtivesse algum tipo de segurana nos voos noturnos, os pilotos de orientavam por meio de holofotes e luzes rotativas, dispostas ao longo das rotas, sinalizando o caminho a ser seguido. Aps as luzes, foram implantados os auxlios rdios, estes eram equipamentos que imitiam sinais recebidos por instrumentos a bordo, esta ferramenta passou a viabilizar a navegao das aeronaves. Os sinais dessa ferramenta podiam ser captados a longas distncias, o que permitiu a excluso da navegao visual ponto a ponto. Os auxlios rdios, tambm podiam ser dispostos em nmero bem menor do que se comparado com as lmpadas, o que viabilizou economicamente a proliferao dos trajetos noturnos de mdio e longo alcance.

Enquanto o translado areo de carga se consolidava cada vez mais como meio mais rpido e seguro de transporte, novos modelos de aeronaves foram projetados especificamente para o transporte de passageiros. Em pouco tempo os terminais de partida e chegada dos voos (aeroportos), passaram a ficar congestionados, no ar o trafego areo crescia desordenadamente nos horrios de maior movimento. Os prprios pilotos quem se distanciava entre as aeronaves, isso era possvel por meio do contato e acompanhamento visual de seu deslocamento, fazendo uma analogia aos meios terrestres, como se os avies fossem carros e o cu as vias de trafego. Mas esse grande nmero de aeronaves comeou a elevar os riscos de uma coliso.

Aos poucos se tornava evidente a necessidade de algum tipo de controle sob o trafego areo, por meio de uma ao coordenada que permitisse o ordenamento do fluxo de aeronaves, garantindo maior fluidez, e principalmente, maior segurana nos voos.

As iniciativas de orientao do fluxo areo j praticadas na poca, eram bastante simples e limitadas, nos aeroportos, por exemplo, para sinalizarem pista livre, ou a necessidade de arremetida, agitavam-se bandeiras de diferentes coloraes, posteriormente introduziu-se a biruta, afim de indicar a que direo se seguia o vento, e a pistola de sinais luminosos.

Mais tarde foram montadas estaes em terra, bem equipadas com quadros, mapas, teletipos, que recebiam, projetavam e transmitiam informaes as aeronaves em voo, mas sem grande exatido. Somente gradativamente tornou-se vivel a comunicao terra, ar, mas somente a curtas distancias, permitindo uma conduo mais efetiva do fluxo areo, ainda que de incio restrita a rea dos aeroportos, e a seu entorno. Ainda no era possvel a comunicao de longa distncia atravs de rdio, e nem a rapidez e preciso das informaes, o que fundamental, para um voo seguro.

Com as tecnologias desenvolvidas para a segunda guerra mundial, houve o aperfeioamento da telecomunicao voltada aeronutica, e o emprego do radar na viao civil, o que proporcionou o alcance do monitoramento ao espao areo. Mas, ainda se fazia necessrio um conjunto de regras, os quais ultrapassassem aos padres culturais e barreiras lingusticas, e que atendessem as diferentes estruturas, foi quando em 1944, surge organizao de aviao civil internacional, uma agencia das naes unidas, destinada a promover o desenvolvimento seguro e ordenado da aviao no mundo, estabelecendo padres e regras uniformes necessrias a segurana, eficincia e regularidade das operaes areas.

Hoje a organizao de aviao civil internacional conta com 191 pases membros, incluindo o Brasil, o mesmo passou a adotar as matrizes indicadas pela organizao. Assim firmaram-se as bases para a implantao e disseminao para o controle de trafego areo nos moldes de hoje.1.1 Histria do controle de trfego areo no Brasil O segundo conflito mundial havia terminado e a aviao nos cus brasileiros prosseguia em constante expanso, o controle de trafego areo por sua vez, precisava ser implementado no pas, os servios do correio areo nacional alcanavam comunidades e locais at ento remotos, fizeram do avio um elemento estratgico de integrao, e defesa territorial.

Alm de rotas locais e regionais, as aeronaves mais modernas e com maior autonomia, passaram a ser utilizadas em voos intercontinentais. O Brasil com cerca de 8.000 km de costa beirando o oceano Atlntico, tornou-se a porta de entrada para de voos da Europa e da frica em direo ao continente Sul-americano. Mas a ausncia de agncias governamentais voltadas para a gesto e adequao desse novo mercado ainda levavam as companhias areas a contriburem para o aparelhamento e operao de estaes de apoio a seus voos nas rotas e aeroportos de interesse.

A primeira interveno estatal se deu com a criao do departamento de viao civil em 1931, este inicialmente era subordinado ao Ministrio de aviao e obras pblicas, dez anos mais tarde este passou a ser gerenciado pelo Ministrio da aeronutica. O ministrio da aeronutica por meio de sua diretoria de rotas areas se voltou principalmente para o desenvolvimento da infraestrutura aeroporturia e rotas areas.

Foi quando em 1972, foi substituda pela diretoria de eletrnica e proteo ao voo, que por sua vez, lanou o sistema de defesa area e o controle de trafego areo, esse sistema colocou em pratica o conceito de integrao da defesa e vigilncia do espao areo brasileiro a partir dos centros integrados de defesa area e controle de trafego areo, ou CINDACTA. Especificamente para vigilncia e proteo da Amaznia brasileira, foi criado em 1997 o SIVAM (sistema de vigilncia da Amaznia), e finalmente em 2001, a diretoria de eletrnica deu lugar ao departamento de controle do espao areo o DECEA, este lanou o sistema de controle do espao areo brasileiro que teve como foco a implementao de cobertura radar em todo territrio nacional e a busca por autonomia tecnolgica em suas reas de atuao viabilizando no s o ordenamento do fluxo de aeronaves, como tambm, o controle de nosso espao areo.1.2 Objetivos gerais do controle de trfego areo

Segundo a Appa, o controle de trfego areo necessrio para se garantir a segurana, sem o comprometimento o atendimento das operaes civis e militares por meio de processos, sistemas e equipamentos. O gerenciamento a implantao de conceitos, sistemas e equipamentos que deem maior fluidez, regularidade e economia ao trfego areo na rea de responsabilidade do Brasil. 2 Equipamentos empregados nas atividades de controle de trfego areo

Figura 1- Pilotos em voo Os controladores so responsveis por manter as naves a uma distncia segura uma das outras, orientando o pouso e decolagem de cada uma, porm, preciso um plano de voo. Antes de embarcar, o prprio piloto faz um plano de voo, um documento com dados sobre a aeronave, os locais de partida e chegada, horas previstas de pouso e decolagem, rota, altitude e velocidade etc. Os dados vo para a central de controle de trfego areo, que analisa o plano e faz os ajustes necessrios. Em seguida, os controladores do ao piloto as coordenadas para que ele voe so e salvo ( Revista aeroviso, 2011). O Controlador trabalha com padres e regras que so aprovadas e definidas pelas entidades aeronuticas nacionais e internacionais, responsveis pela regulamentao da circulao do trfego areo.2.1 Como funciona o controle de trfego areo

Segundo um artigo da revista aeroviso ( 2011, p. 27):

A torre de controle (TWR) coordena o pouso e a decolagem de aeronaves liberadas pelo APP, alm da movimentao de aeronaves no ptio. O controle de aproximao (APP) coordena o fluxo de aeronaves que vo se encaminhar para o pouso e decolagens em aeroportos, dentro das regies terminais. A cobertura do radar no Brasil atua em uma rea correspondente a 23 milhes de Km, o que inclui o territrio e parte do oceano atlntico. O centro de controle de rea (ACC) coordena as aeronaves em rota, que iro ingressar em outros centros de controles ou nas regies terminais e aeroportos.

Figura 2- Cobertura de radares no Brasil, fonte DECEA.2.2 Radares Os radares so os responsveis em mostrar aquilo que no se v. atravs dele que os controladores e todos os interessados na segurana e monitoramento das aeronaves, melhorando a rota. Ficam posicionados em locais adequados para abrangir a maior rea possvel, e alguns radares esto perto das reas em que o controle areo se posiciona e outros esto mais afastados, em montanhas e localidades altas, para que nenhum espao fique sem monitoramento ( Site Tecmundo).

Figura 3- Radar de controle de trfego areo 2.3 Radares Primrios e secundrios Na aviao existem dois tipos de radares: os primrios e os secundrios. Os primrios fazem o servio que j conhecemos ao enviar um pulso para a atmosfera, que retorna ao bater no objeto e mostra o local em que se encontra aquela aeronave. Entretanto ele no mede dados como altitude ou elevao daquele avio.

J os radares secundrios medem, para o controle de trfego areo, informaes como a altitude das aeronaves. Entretanto, necessrio que o avio possua um aparelho chamado transponder, que recebe e envia dados entre torre de comando e aeronave. Sem ele, a aeronave simplesmente no detectada pelo radar.

Figura 4- Transponder Por isso, na imensa maioria dos casos na aeronutica nacional e internacional, os aeroportos so equipados com os dois tipos de radar ( Site Tecmundo).2.4 Radares instalados no solo Existem tambm os radares instalados no solo para controlar o movimento das aeronaves, principalmente em locais em que a condio climtica tende a no ser favorvel, como no caso de Guarulhos, So Paulo.

Ainda outro radar existente em aeroportos so os de preciso (PAR), que levam o avio de um local at a ponta da cabeceira da pista. Usados tambm em condies de mau tempo, eles mostram informaes completa sobre altitude e distncia. Os controladores tambm ficam sempre de olho nos satlites para recepo de informaes meteorolgicas, alm de sensores que recebem informaes de temperatura, presso e umidade atmosfricas.2.5 Computadores Os computadores que recebem toda essa informao, processam esses dados e apresentam para os Centros de Controle e para a Defesa Area. Os computadores realizam tarefas de estudo e anlise de planos de voo, visualizao dos radares para saber o posicionamento dos avies no ar e muito mais. Toda essa rede interligada de forma que no haja problemas na troca de informaes entre os diversos centros, deixando as viagens mais seguras.

Figura 5- Computadores de controladores em operaes-Imagem da internet2.6 Comunicao por rdio A comunicao muito importante antes, durante e aps qualquer voo. Para que avio e os locais de controle estejam em contato, o rdio um instrumento fundamental. A comunicao se d no apenas entre piloto e torre de comando, e atravs de dispositivos mveis, mas tambm dentro da prpria torre, entre controladores. H tambm a troca de informaes com rgos internacionais, para que as informaes em relao aeronave sejam enviadas e recebidas quando chega ao espao areo internacional.

Antigamente, as aeronaves se comunicavam atravs de ondas de Alta Frequncia (High Frequency ou HF), entretanto, o aumento de companhias e aeronaves no cu foi crescendo. Exatamente por isso, foi preciso organizar melhor o trfego ( Site tecmundo). A aviao moderna atualmente se utiliza no apenas da Alta Frequncia, mas tambm de ondas de Frequncia Muito Alta (Very High Frequency ou VHF). As ondas VHF operam em variaes de 118 a 138 MHz, atravs de frequncia modulada (em comparao, uma rdio FM opera entre 87 e 108 MHz no mesmo tipo de frequncia modulada).

Todavia, a comunicao em VHF pode ser prejudicada em condies meteorolgicas desfavorveis ou em locais com muitos arranha-cus, por exemplo. preciso que a linha entre torre de controle e aeronave esteja desimpedida. Por isso, a Frequncia Muito Alta usada em comunicaes mais prximas. J a comunicao em Alta Frequncia usada para cobrir grandes distncias, quando a aeronave est em alto-mar, por exemplo. Mas assim como a VHF, a Alta Frequncia est fadada a no ser infalvel, principalmente em condies atmosfricas no favorveis. Nessas condies, a comunicao pode ter chiados e falhas. Por isso, assim como no seu rdio de casa, os Centros de Controle possuem vrias frequncias alternativas que podem ser usadas para uma propagao melhor do sinal (Site Tecmundo). Apesar de contar com sistemas organizados para o recolhimento de informaes, a aviao conservadora em termos de novas tecnologias. Entretanto, algumas novidades tendem a surgir na rea para melhorar no apenas a comunicao, mas tambm em termos de navegao e localizao de aeronaves. A fora area americana estuda melhorias como satlites de posicionamento global, redes digitais de comunicao e maior possibilidade de acertos na hora de prever as mudanas meteorolgicas.

A menina dos olhos, entretanto, chamada de Automatic Dependant Surveillance (ADS-B). A tecnologia se utiliza de sistemas de posicionamento global, o GPS, para fornecer informaes seguras sobre a posio da aeronave. Com isso as informaes so recolhidas sem a necessidade de instalao de radares no solo ou transmisses da torre de controle ( Site Tecmundo). O ADS-B conta com pontos positivos e negativos. Entre os bons, o baixo custo de instalao e a simplicidade. J entre os ruins, a perda de sinal do GPS, que pode ser at mesmo fatal. O Brasil tambm possui vrias iniciativas para melhorar a segurana em relao ao trfego areo. Uma delas j est sendo implantada no aeroporto de Congonhas, em So Paulo. Um sistema mais moderno de pouso por instrumentos (ILS Instrument Landing System) denominado de ILS-Cat 1. O instrumento trar no apenas mais segurana no pouso de aeronaves em condies climticas desfavorveis, mas tambm agregar funcionalidades como superviso tcnica distncia ( Site Tecmundo).2.7 rgos operacionais Os servios de controle de trfego areo so prestados basicamente por estes tipos de rgos operacionais segundo o DECEA:2.7.1 Estao de Telecomunicaes Aeronuticas (Rdio)

o rgo de trfego areo que proporciona o Servio de Informao de voo. Sua competncia principal prestar informaes s aeronaves, de modo a inform-las correntemente da existncia de outras aeronaves e obstculos. Existem mais de 90 estaes instaladas nos aerdromos brasileiros ( DECEA). 2.7.2 Torre de Controle de Aerdromo Fornece o Servio de Controle de Aerdromo s aeronaves nas fases de manobra, decolagem, pouso ou sobrevoo de aerdromo. Visa principalmente a evitar colises com outras aeronaves, obstculos e veculos movimentando-se no solo. A rea de jurisdio da TWR abrange o circuito de trfego e a rea de manobras do aerdromo (DECEA).2.7.3 Centro de Controle de Aproximao (APP)

Prov o Servio de Controle de Aproximao s aeronaves que estejam executando procedimentos para chegar ou partir do aerdromo. Visa, sobretudo, a separao de outras aeronaves ou obstculos. A rea de jurisdio do APP o espao areo denominado rea de Controle de Terminal (TMA) ou Zona de Controle (CTR). Atualmente h 47 APP instalados no Brasil ( DECEA). 2.7.4 Centro de Controle de reaFornece o Servio de Controle de rea s aeronaves quando elas j esto no voo em rota, a fim de garantir a separao entre as mesmas com segurana. A rea de jurisdio do ACC o espao denominado Regio de Informao de Voo (FIR). Essas regies so estabelecidas abrangendo diversas reas de Controle de Terminal (TMA) e rotas de vo, denominadas aerovias. Atualmente h cinco ACC instalados no Brasil (DECEA).3 Cartografia aeronutica A Cartografia abrange o conjunto de estudos e operaes cientficas, artsticas e tcnicas que intervm a partir dos resultados das observaes diretas ou da explorao de uma documentao, com vistas elaborao ou ao estabelecimento dos mapas, assim como sua utilizao. Rene, portanto, as atividades que vo desde o levantamento do campo ou da pesquisa bibliogrfica, at a impresso definitiva e a publicao do mapa elaborado. Suas principais atribuies so:

Assegurar o apoio e a assistncia tcnica aos rgos do Comando da Aeronutica nos assuntos relacionados com geodsica, aerolevantamento, topografia, cartografia, fotogrametria, sensoriamento remoto e outros produtos ligados ao universo cartogrfico;

Executar os planos especficos da Zona de Proteo de Aerdromos;

Gerenciar e disponibilizar as informaes aeronuticas permanentes, apresentadas nas publicaes de AIS, em consonncia com os calendrios pr-estabelecidos;

Representar o Comando da Aeronutica junto aos organismos nacionais e internacionais ligados cartografia aeronutica e s informaes aeronuticas, visando assimilao de novas tecnologias (DECEA).3.1 Levantamentos Topogrficos e Geodsicos

Os levantamentos topogrficos e geodsicos destinam-se a gerar dados necessrios ao desenvolvimento das atividades cartogrficas do ICA, alm de apoiar outros setores, como o de Inspeo em Voo, Controle de Trfego Areo, Meteorologia e os de Engenharia Eletrnica e Telecomunicaes. Os levantamentos topogrficos contemplam:

Apoio fotogramtrico s cartas cadastrais de aerdromos

Levantamentos para confeco de cartas aeronuticas

Levantamentos para confeco de cartas de visibilidade

Escolha de stios para instalao de auxlios navegao area

Orientao de equipamentos. (DECEA).4 Inspeo em vooCom o intuito de garantir a eficincia do Sistema de Controle do Espao Areo Brasileiro (SISCEAB), se faz necessria inspeo em voo, ou como normalmente chamada Inspeo em voo de Equipamentos e Procedimentos Operacionais. Essa inspeo tem como principal objetivo garantir a qualidade e a segurana dos servios prestados pelo DECEA, uma vez que se avalia e confere todos os equipamentos de auxlio navegao area, aproximao e pouso do Brasil (DECEA).

Para o cumprimento dessa misso, em 1973 o DECEA, criou o Grupo Especial de Inspeo em Voo (GEIV), Unidade Area responsvel pelas inspees, onde avaliam:

Segundo o DECEA:

A performance dos controladores de trfego areo;

As informaes aeronuticas contidas nas publicaes pertinentes e nas cartas aeronuticas;

As informaes dos servios meteorolgicos para o meio aeronutico;

Os servios de telecomunicaes;

A acuracidade dos mapas e dos procedimentos de navegao area;

A performance dos radares de vigilncia;

A verificao dos sinais eletrnicos que auxiliam a navegao area;

Outras atividades pertinentes qualidade e segurana do controle do espao areo.

Porm, essa inspeo tambm deve ser efetuada nos equipamentos utilizados para a navegao das aeronaves, j que estes atuam durante todas as fases do voo (decolagem, rota e pouso). Estes equipamentos so denominados como Auxiliares Navegao Area. Eles emitem ondas eletromagnticas, ou seja, transmitem sinais que, atravs dos receptores de bordo das aeronaves e de seus instrumentos associados, fornecem informaes ao piloto para que possavoarna rota (direo) planejada e aterrissar sua aeronave com segurana, independentemente das condies meteorolgicas.

Nessa etapa inspecionada a qualidade desses sinais em voo, fazendo anlises, medies e, quando houver necessidade, correes para que os auxlios atendam aos parmetros previstos.

Segundo o DECEA os Auxlios de Navegao Area so avaliados pela:

Inspeo de Avaliao de Local: Quando os auxlios so inspecionados antes de serem instalados definitivamente nos locais escolhidos;

Inspeo de Homologao: Quando o auxlio, radar ou equipamento de comunicao estiver pronto para entrar em operao;

Inspeo Peridica: Avaliao regular dos auxlios, seguindo uma norma de periodicidade para cada tipo de equipamento;

Inspees Especiais: Ocorrem em situaes fora da normalidade, tais como a efetivao de novos procedimentos de navegao area, reclamao do usurio, manuteno de grande porte, etc.

5 Meteorologia aeronuticaA Meteorologia aeronutica ameteorologiavoltada satividades areas. No Brasil o estudo e as aplicaes da meteorologia aeronutica e realizado peloComando da Aeronutica. O trabalho desses meteorologistas consiste em fazer observaes visuais (quantidade e altura de nuvens, velocidade e direo dos ventos) nos aeroportos, colher dados deestaeseradaresmeteorolgicos, divulgar esses dados aos pilotos e interpretar os dados produzindo previses meteorolgicas especficas para a regio doaeroportoerotas areas.As informaes meteorolgicas so vitais para a segurana das operaes areas, contribuindo para o conforto dos passageiros e facilitando o estabelecimento de rotas mais rpidas, econmicas e de voos regulares.

Cada vez mais, alm da segurana, busca-se um melhor aproveitamento do espao areo, e, nesse contexto, as informaes meteorolgicas so fundamentais.

5.1 Redes de centros meteorolgicos

Responsvel por coletar e consequentemente divulgar todas as informaes a respeito aos fenmenos meteorolgicos, para toda navegao area, onde a prestao desse servio realizada atravs de gerenciadores de tratamento de informaes, ou seja, todos os dados coletados pela rede, so transmitidos a subsistemas responsveis pela visualizao, tratamento e difuso dos dados meteorolgicos (REDEMET).Segundo o DECEA, compes essa rede:

CNMA - Centro Nacional de Meteorologia Aeronutica: Instalado no CINDACTA I, em Braslia-DF, tem suas competncias direcionadas a fenmenos meteorolgicos que predominam a centenas de quilmetros. elo integrante do Sistema Mundial de Previso de rea (WAFS) da OACI e responsvel por receber, armazenar, processar e divulgar os dados globais de tempo significativo e os prognsticos de vento e temperatura em altitude. de sua competncia manter e operar o Banco OPMET e a REDEMET.

CMV - Centro Meteorolgicos de Vigilncia: H quatro Centros Meteorolgicos de Vigilncia no Pas. Eles operam associados aos Centros de Controle de rea (ACC) e so responsveis pela vigilncia das condies meteorolgicas que afetam as operaes areas, dentro da FIR de sua responsabilidade.

CMA - Centro Meteorolgicos de Aerdromo: Tem a finalidade de apoiar as operaes areas e os servios de trfego areo nos aerdromos e de difundir as informaes meteorolgicas e as previses geradas pelos demais centros. Fornece documentao de voo s tripulaes e aos despachantes operacionais de voo, realiza exposies orais e fornece informaes meteorolgicas, observadas ou prognosticadas, que possam contribuir para a segurana do aerdromo e das aeronaves estacionadas.

CMM - Centros Meteorolgicos Militares: Localizados nas bases areas, prestam apoio especfico aviao militar. Para atender s operaes militares em locais restritos, o Comando da Aeronutica ativa CMM Mveis.

Aps estes subsistemas tratarem as informais, elas so dispostas no Branco de dados meteorolgico, o qual segundo o DECEA:

O Servio de Meteorologia Aeronutica opera duas bases de dados. O Banco OPMET visa a atender s necessidades imediatas da navegao area, por intermdio do fornecimento de boletins meteorolgicos rotineiros (METAR, TAF, SPECI, SIGMET), nacionais e internacionais. O Banco de Climatologia Aeronutica destina-se a prover os sumrios climatolgicos dos diversos aerdromos do Pas e a manter uma base estatstica de dados climatolgicos aplicveis aviao e ao planejamento estratgico, tcnico e operacional.

E no Sistema de Divulgao de Informaes Meteorolgicas, onde as informaes so divulgadas atravs de uma Rede de Telecomunicao Fixa (AFTN), ou pelo Web site de meteorologia Aeronutica (REDEMENT). 6 Telecomunicaes aeronuticasSegundo a Infraero,

Os rgos de Telecomunicaes Aeronuticas prestam os servios: Fixo Aeronutico e Mvel Aeronutico.O servio Fixo Aeronutico ocorre entre pontos fixos determinados e se aplica primordialmente para a segurana da Navegao Area e tambm para que a operao dos servios areos seja regular, eficiente e econmica. J o servio Mvel Aeronutico ocorre entre as estaes aeronuticas e estaes das aeronaves.

O Decea diz que em geral, elas so executadas para conceder autorizaes, realizar a vigilncia area e fornecer as informaes de apoio ao voo. A infraestrutura de comunicao comporta de servio mvel aeronutico, servio fixo aeronutico e aeronautical fixed telecommunications Network. O servio mvel aeronutico esta destinado s comunicaes entre os rgos de controle e as aeronaves, formadas por estaes de comunicaes via rdio com mais de 380 estaes no Brasil. O servio fixo aeronutico a comunicao por meio de redes de telefonia, ramais que permitem comunicao imediata. O aeronautical fixed telecommunications Network uma rede internacional que integra os rgos de controle brasileiros aos pases vizinhos. A telecomunicao aeronutica no conceito CNS-ATM a criao do espao contnuo, que permite que as aeronaves disponham de equipamentos que possam ser utilizados em qualquer pas e procedimentos padronizados independentes da regio onde esteja ocorrendo o voo. Segundo o DECEA Conceitualmente, a ATN composto por dois setores: aplicativos e infraestrutura de rede.

Aplicativos so programas de computador que utilizam o conceito cliente/servidor (onde computadores e clientes se comunicam com outros computadores para se servirem de seus dados e recursos).

No caso de comunicao ar-terra, por exemplo, em um terminal de computador a bordo de uma aeronave, o piloto poder estabelecer contato para uma srie de procedimentos operacionais, antes irrealizveis. Conhea os aplicativos:

Aplicativo FIS -Flight Information Service. O piloto pode consultar informaes importantes relativas segurana de voo.

Aplicativo CPDLC -Controller Pilot Data-Link Communication. O piloto comunica-se com os controladores por meio de dados por computador, e no atravs da voz. Esse mtodo apresenta a excepcional vantagem de tornar a comunicao entre independente do idioma e da pronncia.

Aplicativo ADS -Automatic Dependent Surveillance.Os rgos de controle recebem das aeronaves, automaticamente, informaes de posicionamento, que permitiro a visualizao grfica do movimento de aeronaves em regies onde no h cobertura radar, como nas reas ocenicas.

No caso das comunicaes entre rgos de controle (terra-terra), h dois aplicativos:

ATSMHS -Air Traffic Services Message Handling System. Um moderno e potente sistema de correio eletrnico, em substituio aos atuais recursos oferecidos pela rede AFTN.

AIDC -ATS Inter-Facility Data Communications. Um sistema de troca rpida de mensagens, que permite que se estabeleam dilogos de forma instantnea entre controladores de diferentes rgos.

Infraestrutura de rede serve para que esses aplicativos possam funcionar, necessrio que haja uma infraestrutura atravs da qual possam fluir dados. As caractersticas bsicas desses recursos devem:

Permitir que aeronaves e todos os rgos de controle faam parte de uma mesma rede de troca de informaes, de forma economicamente vivel, ou seja, uma rede que suporte todos os pontos envolvidos para comunicao de dados;

Possibilitar flexibilidade para sua evoluo, ou seja, os recursos devem estar capacitados para incorporar futuras atualizaes de tecnologias mais vantajosas;

Permitir a formao de uma nica rede de comunicao de dados, mesmo empregando meios com diferentes nveis de desempenho e confiabilidade, tais como: comunicao por satlite, enlaces ar-terra via rdio, enlaces terra-terra via rdio, etc.;

Permitir o aproveitamento dos meios de comunicao atualmente existentes.

7 Gerenciamento do trfego areo O Gerenciamento do Trfego Areo tem como objetivo garantir vos seguros, regulares e eficazes, respeitando as condies meteorolgicas reinantes e as limitaes operacionais da aeronave, segundo os parmetros da Organizao de Aviao Civil Internacional (OACI).

Para tanto, devem-se organizar o espao areo, e para isso foram criados trs conceitos especficos: Espao Areo Controlado, Espao Areo No-Controlado e Espao Areo Condicionado.

Segundo o DECEA (2015):

O Espao Areo Controlado: Todos os movimentos areos so controlados por um rgo de trfego areo, no qual os pilotos so orientados a cumprir manobras pr-estabelecidas, com o objetivo de garantir a segurana dos voos das aeronaves. Esses espaos so estabelecidos como: Aerovias (AWY), reas de Controle (TMA) e Zonas de Controle (CTR).

O Espao Areo No-Controlado: As aeronaves voam em ambiente parcialmente conhecido e sujeitas s regras do ar, porm, no existe a prestao do servio de controle do trfego areo. So fornecidos, somente, os servios de informao de voo e de alerta.

O Espao Areo Condicionado: Define ambientes onde so realizadas atividades especficas que no permitem a aplicao dos servios de trfego areo. Alm disso, o espao areo tambm dividido em classes. Essa estruturao fundamental para a ordenao do trfego. A partir dela, controladores, pilotos e demais usurios tm responsabilidades e deveres discriminados de acordo com suas classes.8 Gerenciamento do fluxo areo Este procedimento adotado quando se excede a capacidade da infraestrutura instalada. Consiste em adotar aes necessrias, levando-se em conta trs fases de planejamento: a estratgica, a pr-tatica e a de operaes tticas.

Segundo o DECEA (ANO):

Estratgica: Constitui-se no conjunto de aes realizadas em coordenao com os prestadores de servio aeroporturios e os operadores de aeronaves envolvidos em cada um dos eventos prognosticados.

Pr-ttica: O planejamento pr-ttico tem inicio 24 horas antes da utilizao do espao areo e considera as alteraes na infraestrutura aeronutica e aeroporturia, nas condies meteorolgicas e na demanda do trfego areo.

Operaes tticas: O planejamento das operaes tticas consiste nas aes necessrias diante de situaes imprevisveis (tempo ou falha de equipamento). Alm disso, monitora a evoluo da situao do trfego areo para garantir que as medidas aplicadas tenham os efeitos desejados.

9 Servio de trfego areo

Segundo o decea, o servio de trfego areo :

Consiste na inter-relao entre o operador de um rgo de trfego areo e o piloto da aeronave, por meio de recursos de comunicao, possibilitando que os objetivos sejam entendidos e atendidos. O nvel da complexidade do cenrio de trfego areo determina o tipo de servio a ser oferecido.

Segundo o site Infoescola, antes eram chamados decontroladores de vo, os profissionais passaram por cursos e com a crescente especializao dessa atividade, a nomenclatura utilizada Controladores de Trfego Areo. Para se tornar um Controlador de Trfego Areo, os candidatos devem passar pelo processo seletivo do ICEA - Instituto de Controle do Espao Areo ou na EEAR - Escola de Especialistas da Aeronutica. As duas instituies so daFora Area Brasileira. Na maioria dos pases, esta atividade j reconhecida como profisso, porm no Brasil, apesar da grande importncia desta funo, ainda no h o reconhecimento desta atividade como profisso. Isso se d, pois antes do fatdico acidente entre o Boeing da Gol e o Embraer Legacy, em 29 de setembro de 2006, a maioria dos brasileiros no tinha sequer conhecimento da sua existncia e importncia. A atividade de Controlador de Trfego Areo se torna cada vez mais complexa devido ao crescente nmero de aeronaves que cruzam o espao e tambm ao surgimento de aeronaves cada vez mais modernas e rpidas.

Alm das aulas tericas, os Controladores necessitam de diversas habilidades para exercer, de maneira eficiente, o seu trabalho, como:

Ter agilidade de raciocnio

Possuir controle emocional e raciocnio espacial

Ter capacidade de rpida de adaptao s mudanas operacionais

Capacidade de trabalhar em equipe

Capacidade fsica e orgnica para atuar seja dia ou noite.10 Acidente que envolveu um problema com os controladores de trfego areo O acidente ocorrido em 29 de setembro de 2006 envolvendo um Boing 737-800 da companhia brasileira Gol Trasportes Areos, levou morte de 154 pessoas que estavam a bordo. O avio desapareceu dos radares no percurso de Manaus a Braslia e se chocou com um jato executivo que fazia a etapa Braslia-Manaus, o legacy conseguiu fazer um pouso de emergncia no Campo de provas Brigadeiro Velloso, uma base da Fora Area do Cachimbo. Em funo dos danos causados, o comandante perdeu o controle e entrou em uma trajetria descendente em espiral designada parafuso, ocasionando danos ao avio, desestabilizando e o levando a queda. Os destroos do acidente foram encontrados em uma rea da floresta amaznica na serra do Cachimbo, na regio do norte do estado do mato grosso.

Devido gravidade de um acidente areo, no houveram sobreviventes, e foi classificado na poca, o maior acidente envolvendo o Controle de trfego areo brasileiro administrado pelo comando da Aeronutica. A investigao da aeronutica brasileira foi efetuada pelo Centro de Investigaes e preveno de Acidentes Aeronuticos (CENIPA), chefiada no inicio das investigaes pelo coronel Rufino da Silva Ferreira.

As concluses finais levaram a vrios fatores combinados:

No realizao de um adequado planejamento de voo pelos pilotos do jato Legacy;

2. Pressa para decolar e a presso dos passageiros do Legacy, impossibilitando o suficiente conhecimento do plano de voo pelos pilotos;

3. Desligamento inadvertido do transponder, "possivelmente pela pouca experincia dos pilotos" do Legacy;

4. Falta de comunicao entre pilotos e controladores de trfego areo;

5. Falta de entrosamento entre os pilotos do Legacy e pouca experincia em pilotar esse tipo de aeronave;

6. O controle de trfego areo de So Jos dos Campos, Braslia e Manaus, apesar de estar prestando servio de vigilncia radar, no corrigiu o nvel de voo do Legacy nem realizou procedimentos previstos para a certificao de altitude quando passou a no receber as informaes do transponder;

7. Os controladores no transferiram corretamente o trfego de Braslia para Manaus;

8. Os controladores de trfego areo no ofereceram a frequncia prevista para que o jato Legacy se comunicasse adequadamente na regio da Amaznia;

9. A falta de envolvimento dos supervisores dos controladores de trfego areo permitiu que as decises e aes relativas ao jato Legacy fossem tomadas de forma individual, sem o acompanhamento, assessoramento e orientao previstos para o controle de trfego areo. (National Geographic Channel)11 Perspectivas atuais

Atualmente pode-se perceber que nos ltimos dez anos o volume do trfego areo no pas dobrou, segundo o DECEA. Segundo o centro de Gerenciamento de Navegao Area (CGNA), mesmo tendo crescido o numero de voos no pas, diminuiu o percentual de atrasos com mais de 30 minutos. ( Revista Aeroviso, 2011). Para o DECEA, esse resultado relaciona-se com as aes de forma integrada com os demais rgos da aviao civil, como empresas areas, a agncia nacional de aviao civil (ANAC) e a INFRAERO, que a responsvel pela infraestrutura aeroporturia do pas.

Para o DECEA, o planejamento atual para o controle de trafego areo brasileiro foi elaborada levando-se em conta as projees para o ano de 2020.

Uma entrevista fornecida a revista Aeroviso edio de outubro de 2011, o tenente Brigadeiro Ramon Borges Cardoso discorreu sobre o aumento da demanda no perodo da copa do mundo em 2014, afirmou sobre o comprometimento da segurana e da fluidez do trfego areo.

Ele cita tambm que o DECEA desenvolveu um trabalho para adequaes da capacidade do controle do espao areo e a demanda. Para isso ocorrem criaes de novos setores de controle de trfego areo, um aumento dos controladores de trfego areo e da aplicao de novos conceitos e tecnologias para permitir o fluxo eficaz e seguro do trfego areo, focando sempre a manter a capacidade acima da demanda. O DECEA atualiza com grande regularidade a estrutura do espao areo brasileiro, suas rotas e os procedimentos de chegada e sada, aprimoramento de equipamentos e softwares, ferramentas de auxlio deciso para reduzir a carga de trabalho s controladores alm de simuladores para viabilizar uma deteorizao espacial, mais eficaz e menos complexa.

No site do DECEA as perspectivas para o gerenciamento de Trfego Areo diz:

O desenvolvimento tecnolgico dos equipamentos de bordo das aeronaves, o crescimento na utilizao de sistemas mveis de navegao e de transmisso de dados e a automao dos sistemas de controle de trfego areo permitiro melhorias significativas na eficcia do Gerenciamento do Trfego Areo.

A continuidade das implementaes dos conceitos de Reduo da Separao Vertical Mnima (RVSM) e de Performance de Navegao Requerida (RNP), em mbito mundial, permitir o aumento da capacidade de utilizao do espao areo. Isso possibilitar a flexibilidade operacional dos movimentos no espao areo, de modo que as aeronaves possam chegar e partir nos horrios programados e que voos se realizem nos perfis de subida, itinerrio e descida operacionalmente eficazes, possibilitando que a operao seja feita no perfil operacional ideal.

Consideraes finais A importncia do controle de trfego areo e todas as suas atividades relacionadas diretamente e indiretamente so importantes para que acidentes catastrficos no ocorram. Como j observado o aumento do fluxo de trfego areo aumentou a ponto de ocorrer acidentes, como foi o acidente do Boing 737-800 da companhia brasileira Gol Trasportes Areos. uma atividade que exige o conhecimento de muitas tecnologias e uma responsabilidade dividida com os equipamentos em caso de erros, mas que no final das contas, a responsabilidade fica para o controlador. Em relao a acidentes com outros meios de transporte o avio um meio de locomoo seguro, porm, a diferena que quando acontece um acidente areo, a quantidade de mortos enorme. A formao das pessoas responsveis feita em escolas especiais e com a total capacidade para a capacitao desse profissional que deve ter o conhecimento amplo em meteorologia, navegao area, geografia, ingls, conhecimento de aeronaves e tambm de todas as normas de trfego areo. Estudos apontam que 1% dos fatores contribuintes para acidentes areos no pas est relacionado com o controle do trfego areo, demonstrando que nosso espao areo seguro. A organizao das naes unidas (ONU) conclui que o Brasil atinge 95% de conformidade em navegao area. Referncia Bibliogrfica Site http://www.tecmundo.com.br/3908-tecnologia-no-controle-de-trafego-aereo.htmSMAAL, Beatriz. Tcnologia no controle de trfego areo, 19 de maro de 2010, acessado em 15 de maio de 2015.

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