CONTROLE E PREVENÇÃO DO PARASITISMO INTESTINAL … · portadores/Doentes de outros parasitas...

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM ESTRATÉGIA SAUDE DA FAMILIA IROHIMA PERDOMO ROJAS CONTROLE E PREVENÇÃO DO PARASITISMO INTESTINAL NA ÀREA DE ABRANGÊNCIA DA ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA GUARANILANDIA NO MUNICÍPIO DE JEQUITINHONHA - MG PEDRA AZUL - MINAS GERAIS 2015

Transcript of CONTROLE E PREVENÇÃO DO PARASITISMO INTESTINAL … · portadores/Doentes de outros parasitas...

UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS CURSO DE ESPECIALIZAO EM ESTRATGIA SAUDE DA FAMILIA

IROHIMA PERDOMO ROJAS

CONTROLE E PREVENO DO PARASITISMO INTESTINAL NA REA DE ABRANGNCIA DA ESTRATGIA SADE DA FAMLIA

GUARANILANDIA NO MUNICPIO DE JEQUITINHONHA - MG

PEDRA AZUL - MINAS GERAIS 2015

IROHIMA PERDOMO ROJAS

CONTROLE E PREVENO DO PARASITISMO INTESTINAL NA REA DE ABRANGNCIA DA ESTRATGIA SADE DA FAMLIA

GUARANILANDIA NO MUNICPIO DE JEQUITINHONHA - MG

Trabalho de Concluso de Curso apresentado ao Curso de Especializao em Estratgia Sade da Famlia, Universidade Federal de Minas Gerais, para obteno do Certificado de Especialista.

Orientadora: Profa. Ms. Maria Dolres Soares Madureira

PEDRA AZUL - MINAS GERAIS 2015

IROHIMA PERDOMO ROJAS

CONTROLE E PREVENO DO PARASITISMO INTESTINAL NA REA DE ABRANGNCIA DA ESTRATGIA SADE DA FAMLIA

GUARANILANDIA NO MUNICPIO DE JEQUITINHONHA - MG

Banca examinadora

Profa. Ms. Maria Dolores Soares Madureira - orientadora

Profa. Dra Selme Silqueira de Matos - UFMG

Aprovado em Belo Horizonte, 18 de Maro de 2015

Dedicatria

A meus filhos: Yuliet, Jesus e Guilherme,

A todo o povo brasileiro.

Agradecimentos

Agradeo professora enfermeira Celsilvania Teixeira Gomes

que com sua exigncia me ajudou na realizao deste projeto.

Estou particularmente agradecida professora Maria Dolores

Soares Madureira, orientadora deste projeto, pela ajuda e a

desinteressada colaborao.

A meus colegas mdicos deste municpio Jequitinhonha, minha

gratido por confiar em mim.

Meu agradecimento a todos os trabalhadores da minha equipe

de sade que assumiram este projeto com altas doses de

dinamismo, energia e criatividade; incansveis e protagonistas

desta experincia, uma apreciao sincera e profunda por dar

seu tempo para trazer as pessoas, famlias, instituies e

comunidades para a sade e afast-las da doena.

Aos trabalhadores do Centro Estadstico da Secretaria

Municipal de Sade que me aportaram todos os dados para

este projeto.

minha colega Nancy Maria Rodriguez Sanchez, meu

reconhecimento por suportar minhas exigncias na hora de

estudos.

Agradeo muito a valiosa ajuda da famlia brasileira Marrero

Oliveira; seus integrantes me acompanharam desde o primeiro

momento neste projeto.

Por ltimo, e por isso no menos importante, obrigada ao

Programa Mais Mdicos por dar-me o privilgio de contribuir

com a sade do povo Brasileiro e ainda ao pequeno povoado

Guaranilndia, por estar num ambiente acadmico que

aumenta os esforos.

"O medicamento real no a cura, mas que precave: Higiene

o medicamento real. Ao invs de reconstruir a escombros

caindo saltando para baixo a membros ngremes - indicar como

longe dele. Aulas de Geografia Antiga, regras e retrica

grandiloquente semelhante nas escolas so dadas: deve ser

em vez departamentos de sade, conselhos de higiene, dicas

prticas, claras e simples ensino do corpo humano, suas

partes, funes, formas de ajustar os a estes, e estes se ligam

a esses, e economizar foras, e ok direta, de modo que l no

aps o reparo. "

Jos Mart

A Amrica, Nova York, Agosto de 1883.

No h fronteiras para o mdico: seu passaporte

universal,sem vencimento e tem uma nica nacionalidade: a

Humanidade.

Juan Francisco Jimnez Borreguero

1951-2014

RESUMO

No Brasil,o parasitismo intestinal causa freqente de consulta mdica sobretudo em reas rurais, como na comunidade de Guaranilndia. Depois de realizado um diagnstico situacional de sade, identificou-se esta doena, como o principal problema de sade que afeta esta comunidade, sendo que as aes de promoo e preveno de sade realizadas pela equipe de sade so insuficientes. O objetivo deste estudo foi elaborar uma proposta de interveno com vista reduo da alta taxa de parasitismo intestinal na rea de abrangncia da Estrategia de Sade da Famlia Guaranilndia, municpio de Jequitinhonha-MG. Os fatores de riscos detectados foram a falta de educao em sade, ausncia de gua tratada, sistema de esgoto e saneamento bsico ineficientes, falta de higiene em reas carentes. Elaborou-se um projeto de interveno onde se planejou aumentar o nivel de conhecimento da populao, a adequao da oferta de consulta demanda agendada e a priorizao da linha de cuidado para pacientes com suspeita de parasitoses intestinais. Espera-se que a implatao deste plano de interveno possibilite melhorar as informaes e a conscientizao da equipe de sade, dos gestores municipais e da populao da rea de abrangncia quanto importncia de se tratar as parasitoses intestinais, mas tambm de evit-las com medidas simples, mas consistentes, de mudanas de hbitos de higiene e saneamento bsico.

Palavras chave: Programa sade da famlia. Educao em sade. Parasitose. Verminose. Prevenao e controle.

ABSTRACT

In Brazil, the intestinal parasitism is frequent cause of medical consultation in rural areas, and in the community of Guaranilandia. Once a situational diagnosis of health, this disease was identified as the main health problem that affects this community, being that actions of promotion and prevention of health carried out by the health team are insufficient. The objective of this study was to elaborate a proposal for intervention with a view to reducing the high rate of intestinal parasitism in the area covered by the family health Strategy Guaranilndia, municipality of Jequitinhonha-MG. The risk factors detected were the lack of health education, absence of treated water, sewer and sanitation system inefficient, lack of hygiene in distressed areas. Elaborated a project of intervention where it planned to increase the level of knowledge of the population, the adequacy of the offer of appointment to demand scheduled and prioritization of line of care for patients with suspected intestinal parasitosis. It is expected that the implementation of this plan of action makes it possible to improve the information and awareness of the health team, municipal managers and the population of the area of coverage regarding the importance of treating intestinal parasitosis, but also to avoid them with simple measures, but consistent, of changes in habits of hygiene and basic sanitation.

Key words: Family Health Program. Health education. Parasitosis. Hookworm. Prevention and control.

LISTA DE ABREVIATURAS

CAPS - Centro de Ateno Psicossocial

CEO - Centro de Especialidades Odontolgicas

COPANOR - COPASA Servios de Saneamento Integrado do Norte e Nordeste de

Minas Gerais S/A

ESF - Estratgia de Sade da Famlia

IDHM - Indice de Desenvolvimento Humano

MS - Ministrio da Sade

NASF - Ncleo de Apoio Famlia

OMS - Organizao Mundial de Sade

PIB - Produto Interno Bruto

SIAB - Sistema de Informao da Ateno Bsica

SIM - Sistema de Informao de Mortalidade

TCA - Taxa de Crescimento Anual

TM - Taxa de Mortalidade

TN - Taxa de Natalidade

SUMRIO

1 INTRODUO ....................................................................................................... 11 1.1 O municpio de Jequitinhonha ........................................................................ 11 1.2 Sistema de sade municipal ............................................................................ 14 1.3 Diagnstico situacional de sade .................................................................... 15 2 JUSTIFICATIVA ..................................................................................................... 20 3 OBJETIVOS ........................................................................................................... 21 3.1 Objetivo geral .................................................................................................... 21 3.1 Objetivos especficos........................................................................................ 21 4. PROCEDIMENTOS METODOLGICOS .............................................................. 22 5. REVISO DE LITERATURA ................................................................................ 23 5.1 Parasitismo intestinal ....................................................................................... 23 5.2 Estratgias para controle e preveno das parasitoses intestinais ............. 25 6 PROJETO DE INTERVENO ............................................................................. 27 7 CONSIDERAES FINAIS ................................................................................... 35 REFERNCIAS ......................................................................................................... 36

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1 INTRODUO

Durante vrios anos, a Organizao Mundial da Sade (OMS) vem investindo, com

especial ateno, na luta contra infeces intestinais de etiologias diferentes entre

as quais incluem aquelas produzidas por parasitas. Geralmente a incidncia,

intensidade e prevalncia de parasitas intestinais so maiores em crianas do que

em adultos, possivelmente devido falta de resistncia natural ou adquirida e s

diferenas de comportamento e hbitos (GORRITXO GIL, 2009).

Estas doenas so mais comuns durante a infncia por ter mais oportunidades de

contato com esses parasitas, o nvel mais baixo e, portanto, a tolerncia imune a

eles. Acomete predominantemente crianas em idade pr-escolar e escolar. Como

se desenvolve muda o sistema imunolgico e o corpo tende a ficar susceptvel ao

invasor; por isso que a doena pode se desencadear mais evidente e grave

durante os primeiros 5 anos de vida sintomas (BRASIL, 2013a; MENEZES, 2013).

As estatsticas do Ministrio da Sade, segundo Pria et al. (2010), informam que h

cerca de 25 milhes de ancilostomticos no pas; cerca de 60 milhes

potadores/doentes de Ascaris e Trichuris, e o nmero dificilmente avaliado de

portadores/Doentes de outros parasitas intestinais - amebas, Giardia, Enterobius,

Taenia sp. etc. Limpo e higienizado de qualquer parasitismo intestinal talvez

encontrem cerca de 15 a 20% dos indivduos nas grandes cidades e comunidades

saneadas.

1.1 O municipio de Jequitinhonha

O municpio de Jequitinhonha, com uma rea geogrfica de 3.514,216 km, situa-se

no nordeste do Estado de Minas Gerais e est inserido na regio denominada "Vale

do Jequitinhonha", precisamente no Baixo Jequitinhonha, onde participa, juntamente

com outros municpios, da Associao dos Municpios do Baixo Jequitinhonha, com

uma populao total estimada para 2014 de 25.260 habitantes, com densidade

demogrfica em torno de 6,87 hab./ km (IBGE, 2014).

O topnimo Jequitinhonha, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica

(IBGE, 2014), significa rio largo, cheio de peixes na linguagem indgena Machacalis

12

ou Pataxs, seus primeiros habitantes, sendo que muitos destes foram exterminados

pelas doenas ou invasores que lhes tomaram as terras.

O Povoado que deu origem a atual cidade de Jequitinhonha foi fundado em 29 de setembro de 1811 pelo Alferes Julio Fernandes Leo, que recebera ordem, emanada da Coroa em 1804, no sentido de guarnecer o Rio Jequitinhonha que se supunha ser diamantfero. Inicialmente foram construdas 2 casas, sendo uma no lugar denominado Roda e outra no centro do Povoado, e instaladas as primeiras fazendas de criao e as primeiras lavouras, nas quais se empregavam processos rotineiros e instrumentos primitivos de trabalho. A localizao da cidade se prendeu a razes de segurana militar e circunstncia de ali se achar a barra do rio So Miguel, cujo percurso dava fcil acesso ao local em que foram encontrados ndios que poderiam ser catequizados (IBGE, 2014, sp.).

O ndice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) em 2010 era de 0,615. O

valor do rendimento nominal mediano mensal per capita dos domiclios particulares

permanentes na rea rural de 204,00 reais e na rea urbana de 326,00 reais,

sendo que a proporo de moradores abaixo da linha de pobreza est abaixo de R$

67.00 reais. Para estimar a proporo de pessoas que esto abaixo da linha da

pobreza foi somada a renda de todas as pessoas do domiclio e o total dividido pelo

nmero de moradores, sendo considerado abaixo da linha da pobreza os que

possuem renda per capita at R$ 140,00 (IBGE, 2014; DATASUS/SIAB, 2014).

Em suas atividades econmicas, destacam-se, principalmente, o comrcio, a

agricultura, a fruticultura, dando nfase ao plantio de banana e a pecuria.

A gua no em todos os municipios, o que pode ser observado na tabela 1.

Tabela 1 - Tratamento da gua nos domiclios de Jequitinhonha - MG, 2012-2013.

Tratamento de gua do domiclio

rea urbana rea rural

Filtrada 4, 71194,69% 1, 496---- 92,06% Fervura 37 ----- 0,34% 9---- 0,55% Clorao 1 ----- 0,2% 4---- 0,25% Sem tratamento 246----4,94% 136--- 7,14%

Fonte: DATASUS/SIAB/Censo Demogrfico, 2014.

Quanto ao saneamento bsico em Jequitinhonha, a tabela 2 ilustra a situao.

http://pt.wikipedia.org/wiki/Agriculturahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Pecu%C3%A1ria

13

Tabela 2 - Percentual da populao segundo a situao do saneamento bsico no municpio de Jequitinhonha, 2012-2013.

Proporo de Moradores por Tipo de Abastecimento de gua ano 2013

Abastecimento gua rea urbana rea rural

Rede pblica 96.10 26.52 Poo ou nascente (na propriedade) 3.66 70.09 Outra forma 12.0 3.38 Instalao Sanitria 2012 2013 Rede geral de esgoto ou pluvial 57.17 1.23 Fossa sptica 40.48 -- Fossa rudimentar --- 70.52 Vala --- -- Rio, lago ou mar --- 0.5 Outro escoadouro 0.2 0,6 No sabe o tipo de escoadouro - - No tem instalao sanitria 2.35 28.25 Coleta de lixo 2012 2013 Coletado 94.45 18.22 Queimado (na propriedade) / 4.28 62.77 Enterrado (na propriedade) Cu aberto 1.27 19.02 Outro destino --- -- Fonte: DATASUS/SIAB/Censo Demogrfico, 2014

No que se refere educao, a Taxa de Escolarizao (TE) = 2487 /3924 =

0.6337, sendo que de 7 a 14 anos na escola em rea rural so 831 crianas

(78.10%) e em rea urbana temos 2279 pessoas (93.67%). De 15 anos e mais

alfabetizados em rea rural, encontramos 3077 (73.09%) e em rea urbana h

10347 (80.63%) (DATASUS/SIAB, 2014).

Jequitinhonha possui 9 escolas na rede estadual e 37 na rede municipal, sendo 35

destas na zona rural atendendo alunos do ensino fundamental e 13 escolas de

ensino infantil e creches. Possui uma biblioteca pblica municipal.

O municpio conta tambm com um aeroporto, quatro agncias bancrias, campo de

futebol iluminado, trs hotis, assistncia tcnica em aparelhos eletrnicos, loja de

materiais de construo e marmoraria com grande quantidade de mrmores e

granitos, trs clubes de lazer, parque de exposio, quadra poliesportiva, correios,

junta militar, escolas pblicas e particulares, Jornal Informativo Jequitinhonha, Rdio

http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Jornal_Informativo_Jequitinhonha&action=edit&redlink=1

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Santa Cruz, o Instituto Educacional de Jequitinhonha, Instituto Pirmide, a

Associao Comercial de Jequitinhonha (ACAJE), o Sindicato dos Trabalhadores e

Produtores Rurais.

O Vale do Jequitinhonha tem alto potencial energtico, solo frtil e grandes

plantaes de eucalipto. Produz frutas, principalmente bananas, em abundncia,

uma vez que conta com alta tecnologia de irrigao. Um grupo de fruticultores criou

a Associao dos Produtores de Fruticultura Irrigada de Jequitinhonha que

comerciliza os seus produtos para grandes centros consumidores do Rio de Janeiro,

Salvador, Porto Alegre, Belo Horizonte, dentre outras cidades. Conta tambm com a

produo do coco ano, mangas, cachaa (aguardente de cana), mel de abelhas e

outras alm do setor pecurio bastante desenvolvido.

Para incrementar o progresso e recuperar a economia do municpio, a Associao dos Produtores de Fruticultura Irrigada de Jequitinhonha montou, com recursos prprios, o maior polo de irrigao privado do estado de Minas Gerais, gerando mais de quatrocentos empregos diretos e mil empregos indiretos. Afora essas condies, a cidade de Jequitinhonha, especialmente, possui um rico casario edificado no incio do sculo vinte, que se caracteriza por um conjunto arquitetnico ecltico de rara beleza e esplndida harmonia. No territrio do municpio, nas imediaes do Povoado do Caju encontra-se ainda inexplorado um rico stio rupestre. Recentemente grande parte do territrio do municpio, situado na margem esquerda do Rio Jequitinhonha foi declarada pelo Governo Federal como rea de utilidade pblica para fins de implantao da Reserva Florestal da Mata Escura, intocado pedao da Mata Atlntica, com mais de 50 000 hectares. Essa reserva abriga uma rica fauna e se constitui na segunda concentrao de floresta de pau-brasil ainda existente no Pas (MONTEIRO, 2011, sp.).

1.2 Sistema de sade do municpio

A Estratgia Sade da Famlia (ESF), introduzida no Brasil em 1997, foi implantada

no municipio com oito equipes no municpio e uma cobertura de 100% (BRASIL,

1997). Cada equipe composta por pelo menos um mdico, um enfermeiro, um

auxiliar de enfermagem e quatro a doze agentes comunitrios de sade; cada

equipe conta com um cirurgio dentista e tcnico em sade bucal.

O municpio conta com 23 mdicos e 32 enfermeiros, vinculados ESF, com carga

horria semanal de 40 horas e os mdicos de planto fazem 16 horas por semana.

http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Instituto_Educacional_de_Jequitinhonha&action=edit&redlink=1http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Instituto_Pir%C3%A2mide&action=edit&redlink=1http://pt.wikipedia.org/wiki/Vale_do_Jequitinhonhahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Eucaliptohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Irriga%C3%A7%C3%A3ohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Rio_de_Janeiro_(cidade)http://pt.wikipedia.org/wiki/Salvador_(Bahia)http://pt.wikipedia.org/wiki/Porto_Alegrehttp://pt.wikipedia.org/wiki/Belo_Horizontehttp://pt.wikipedia.org/wiki/Cocohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Mangahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Cacha%C3%A7ahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Melhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Abelhahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Pecu%C3%A1riahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Minas_Geraishttp://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Reserva_Florestal&action=edit&redlink=1http://pt.wikipedia.org/wiki/Mata_Escurahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Mata_Atl%C3%A2nticahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Pau-brasil

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Nossa cidade tem oito Unidades Bsicas de Sade (UBS) distribudas nas reas

urbana e rural. Fornecem atendimento bsico em diferentes especialidades como

pediatria, ginecologia, urologia, neurologia, oftalmologia, endocrinologia, entre outros

centros, tambm apoiam nas reas rurais realizao de vacinao, citologia

vaginal. Cada centro tem um total de 21 trabalhador, integrando: um mdico, um

dentista, tres enfermeiras, tres auxiliares de enfermagem, tres funcionrios de

servios gerais e um tcnico em sade bucal; os agentes comunitrios de saude

variam dependendo das comunidades que atende cada USB,.

H uma UBS localizada no centro da comunidade com acesso a toda a populao,

funcionando de 7.00 horas at 11 horas e de 13.00 horas at 17.00 horas de

segunda a sexta feira.

Nossa cidade tem um sistema mdico de emergncia em hospital municipal, conta

com uma ambulancia do Sistema de Ateno de Urgncia Mdica (SAMU) e quatro

ambulancias da Prefeitura disponveis para situaes de emergncia em nosso

municpio.

O sistema de transporte distribudo a todas as reas rurais com um carro para o

transporte de pacientes para a cidade para consultas mdicas e casos de

emergncia; tambm tem uma rede de transporte dentro da cidade para atividades

programadas pela cidade, dois nibus para o encaminhamento de pacientes em

hospitais ou instituies tercirias. Quanto rede de mdia complexidade, possui o

Centro Viva Vida de Referncia Secundria (CVVRS), Centro de HIPERDIA, Centro

de Ateno Psicossocial I (CAPS); rede urgncia e emergncia Hospitalar Nvel IV,

uma USB. Alta Complexidade conta com a rede hospitalar do municpio de Tefilo

Otoni e o Servio de Hemodilise em Itaobim- MG.

Outros recursos da comunidade, incluindo rea de sade so os hospitais, clnicas,

laboratrios, como o Hospital So Miguel de Jequitinhonha, um hospital com

atendimento mdico e odontolgico (Rede de Resposta, Pro Hosp., e

Contratualizao) e algumas clnicas particulares.

1.3 Diagnstico situacional de sade

16

A unidade na qual trabalho est localizada na rea rural, com 624 famlias e 2994

habitantes e funciona de 7.00horas s 11.00 horas e de 13.00horas s 17.00 horas

de segunda a sexta feira.

Nossa rea de abrangncia est localizada na rea rural. Embora a grande maioria

dos moradores armazenem a gua em tanques com tampas, sacos de nylon

selados, so encontrados armazenamentos em lugares pblicos sem tampas e

derramando no cho, o que favorece a rpida transmisso de doenas por insetos

ou outros vetores. H dificuldades com a coleta de lixo comum; como o vago

cavalo sai a cada 48 horas e algumas das comunidades onde trabalhamos so

distantes da cidade, os resduos slidos so enterrados.

A comunidade tem uma escola, posto mdico, igreja, creches, ginsio para

exerccios fsicos e campo futebol; possui os servios de luz eltrica, gua, telefonia

e correios.

A populao apresenta pequenas mudanas na dinmica familiar, apesar de ter

vrios ncleos com problemas de sade, influenciadas por diferentes fatores de

risco (psicolgicos, biolgicos e ambientais), que foram agravados pela existncia de

materiais pobres, alimentos, recursos culturais, social e assim por diante.

A maioria (57%) mora em casas de Tijolo/adobe, taipa revestida, taipa nao revestida,

madeira, material aproveitado; temos variedades de casa, sendo que a minoria

(43%) est em mau estado e tem algum vazamento no teto, pisos quebrados,

paredes entalhadas.

Toda a comunidade de Guaranilndia tem gua potvel, tratada pela COPASA

Servios de Saneamento Integrado do Norte e Nordeste de Minas Gerais S/A

(COPANOR) e ainda em algumas casa continua h canos que trazem gua no

tratada de uma montanha prxima; na maioria das casas os banheiros so dentro de

casa e numa minoria eles so fora das casas. Os lquidos residuais so canalizados

para o rio e os slidos residuais so recolhidos por um carro que os recolhe a cada

48 horas. O restante das comunidades possue casas em condioes estruturais igual

com as mesmas dificuldades: gua no tratada, ingesto de gua de poo e rio,

dejetos slidos so queimados ou enterrados, esgotos a cu aberto.

17

As reas de abrangncia, especificando o nmero de pacientes e a distncia, esto

relacionadas na tabela 3.

Tabela 3 - reas de abrangncia e distncia do posto mdico. reas de abrangncia Distncia do posto mdico

em km. Nmero de pacientes

Guaranilndia 30 km 747 pacientes Transilvnia 8 km 67 pacientes Arazatuba 12 km 116 pacientes Porto Alegre 24 km 203 pacientes Campo Novo 15 km 109 pacientes Crauno 51 km 843 pacientes Ilha do Po 38 km 297 pacientes Brejo 28 km 201 pacientes Santo Antonio 1 18 km 140 pacientes Maranho 22 km 106 pacientes Santo Antonio rural 21 km 104 pacientes Boa Vista 8 km 98 pacientes Total 2994 pacientes

Fonte de informao: estatsticas municipal / SIAB

Neste grfico so observados as reas de cuidados de nosso posto de sade. O

crculo vermelho o nosso centro de sade (Guaranilndia) e o grande crculo no

centro a cidade de Jequitinhonha.

Representao grfica da rea de abrangncia

Fonte de informao: mapa do posto de saude (area de abrangencia)

18

Na tabela 4 pode-se observar a distribuio da populao por sexo e faixa etria,

sendo que a faixa de idade com maior percentual a de 20 a 39 anos (28%) e h

um ligeiro predomnio do sexo feminino (51/9%) na populao total.

Tabela 4 - Estrutura da populao por idade e sexo da rea de abrangencia de Guaranilndia - 2014 Idades Masculino Feminino Total % Masculino % Feminino Menor 1 ano 5 6 11 0,2 0,3 1 a 4 anos 85 98 183 2,8 3,2 5 a 9 anos 97 84 181 3,5 2,8 10 a 14 anos 172 127 299 5,8 4,2 15 a 19 anos 108 91 199 3,6 3,0 20 a 39 anos 471 369 840 15,7 12,3 40 a 49 anos 171 103 274 5,7 3,4 50 a 59 anos 134 123 257 4,4 4,1 60 e mais 196 148 344 6,5 4,9 Total 1439 1555 2994 48,0 51,9

Fonte: Dados estatsticos da rea de abrangncia, 2014.

Nossa unidade conta com 17 trabalhadores: uma mdica, um enfermeiro, uma

auxiliar de enfermagem, doze ACSs, uma dentista, uma tcnica de sade bucal,

uma recepcionista e uma auxiliar de limpeza.

De acordo com os registros da nossa rea de abrangncia em 2013, foram

identificados, quanto s doenas crnicas no transmissveis, 467 pacientes com

hipertenso arterial sistmica, 156 com diabetes mellitus, 58 com cardiopatia

isqumica e 08 com acidentes vasculares cerebrais. Em relao s doenas

crnicas transmissveis foram: tres pacientes com hansenase, 16 com dengue

clssico, um com dengue hemorrgico, cinco com leishimaniose e tres com

esquistossomose.

As principais causas de internao no ano de 2013 foram: descompensao de

diabetes mellitus, acidente vascular cerebral, doena cardiovascular, neoplasia em

fase terminal e os partos.

As principais causas de bitos foram: em pimeiro lugar acidente de trnsito, seguido

de cncer, infarto agudo do miocrdio e edema agudo de pulmo. Neste ano

aconteceram duas mortes de crianas por doenas congnitas. A cobertura vacinal

da populao menor de cinco anos de 93%.

19

Por meio do diagnstico situacional, foram identificados os principais problemas de

sade na rea de abrangncia da Equipe de Sade Guaranilandia, municpio de

Jequitinhonha - MG. Entre eles destacam-se: condio pobre de algumas casas,

falta de higiene nas ruas, alta taxa de Hipertenso Arterial Sistmica (HAS), nmero

grande de desemprego, condies higinicas e sanitrias precrias das ruas,

aumento do nmero de vetores, alto nmero de fumantes, falta de liderana em

sade, alta taxa de parasitismo intestinal.

O problema priorizado foi a alta taxa de parasitismo intestinal e para o seu

enfrentamento este estudo prope a elaborao de projeto de interveno.

20

2 JUSTIFICATIVA

Este projeto justifica-se pela alta taxa de parasitoses intestinais na populao, onde

temos a necessidade urgente de implementar um projeto de interveno de controle

e preveno da parasitose intestinal, alm de unir foras para garantir que a equipe

de sade tenha certeza da medicao especfica ou alternativa, para melhorar a

sade da populao.

Almeida (2013) ressalta que as aes preventivas constituem o foco principal em

relao ao tratamento das parasitoses intestinais.

A equipe de sade participou ativamente na busca de alternativas para resolver o

problema. Nessa perspectiva a proposta para a realizao desta interveno

vivel. Tambm deseja-se obter uma viso aproximada dos cuidados de sade

primrios para a preveno e controle dos parasitas intestinais na comunidade que

so possveis dentro da assistncia mdica.

21

3 OBJETIVOS

3.1Objetivo geral

Elaborar uma proposta de interveno com vista reduo da alta taxa de

parasitismo intestinal na rea de abrangncia da Estratgia de Sade da Famlia

Guaranilndia, municpio de Jequitinhonha-MG.

3.2 Objetivos Especficos

Realizar uma caracterizao geral da comunidade de abrangncia com vista

reduo do parasitismo intestinal;

Avaliar os aspectos sanitrio e epidemiolgico da rea de abrangncia para a

preveno e controle do parasitismo intestinal;

Identificar fatores de risco associados com a alta incidncia do parasitismo

intestinal.

22

4 PROCEDIMENTOS METODOLGICOS

Para a elaborao do Plano de interveno, foram utilizados os mdulos

Planejamento e avaliao das aes bsicas de sade (CAMPOS; FARIA;

SANTOS, 2010), Iniciao metodologia: textos cientficos

(CORRA; VASCONCELOS; SOUZA, 2013) e o mdulo Processo de trabalho em

sade (FARIA et al., 2009), bem como a literatura adicional e textos bsicos para as

atividades, dados aportados pelo SIAB e IBGE do municpio de Jequitinhonha- MG.

Para a reviso de literatura foi utilizada pesquisa bibliogrfica tambm na base de

dados da Biblioteca Virtual em Sade (BVS) no Scientific Electronic Libray Online

(SciELO) e nos programas do Ministrio da Sade e de Minas Gerais.

Foram utilizados os seguintes descritores para a busca das publicaes:

Programa sade da famlia.

Educao em sade.

Parasitose.

Verminose.

Prevenao e controle.

23

5 REVISO DE LITERATURA

5.1 Parasitismo intestinal

Neves (2005, p.12) define parasitismo como uma associao entre seres vivos, em

que existe unilateralidade de benefcios, sendo um dos associados prejudicados

pela associao. Desse modo, o parasito o agressor, o hospedeiro o que alberga

o parasito.

Parasitismo intestinal , portanto, um processo pelo qual uma espcie se expande

sua capacidade de sobreviver com outras espcies para cobrir suas necessidades

bsicas de vida, que no precisam necessariamente referir-se a questes

nutricionais e abranger funes como a disperso de sementes ou vantagens para a

reproduo das espcies de parasitas. Isto representa um problema de sade global

por causa de sua alta prevalncia e sua distribuio universal que tambm um

problema srio. Os seres humanos so suscetveis a cerca de 300 espcies de

helmintos (os chamados "vermes") mais conhecidos, e mais de 70 por protozorios,

que so amebas e giardia, duas das causas de parasitismo intestinal; entre 20 a

50% da populao mundial afetada pela Giardia e amebas (GMEZ; BUENO,

2009).

As geohelmintases constituem um grupo de doenas parasitrias intestinais que

acometem o homem e so causadas principalmente pelo Ascaris lumbricoides,

Trichuris trichiuria e pelos ancilostomdeos. No Brasil os programas especficos de

controle das geohelmintases ainda so muito incipientes o que contribui para que

essas doenas sejam detectadas pelas unidades de sade de forma passiva. A

prevalncia no pas, segundo estimativa, varia de 2 a 36%, destacando-se em

especial em municpios com baixo ndice de Desenvolvimento Humano (IDHM),

sendo que na populao escolar pode alcanar 70% (SO PAULO, 2013, p.2-3).

Estas doenas so conhecidas desde a antiguidade e suas explicaes estavam

relacionadas a fenmenos ou a espcies diferentes. Atualmente so encontradas

praticamente em todos os pases, dependendo do grau de desenvolvimento e das

condies climticas e ambientais (SILVA, 2005; SILVA; MASSARA, 2005).

24

As doenas parasitrias encontram-se com maior incidncia nas camadas pobres da

populao, onde encontram um campo frtil de proliferao, devido ausncia de

educao e de saneamento bsico (NEVES, 2005).

Fonseca et al. (2010) destacam que essas infeces ocupam uma posio de

destaque entre os problemas de sade da populao brasileira, considerando as

repercusses negativas no organismo do homem e a sua elevada magnitude e

ampla distribuio geogrfica. Silva (2005) corrobora neste sentido ao afirmar que

faltam dados precisos sobre a prevalncia das parasitoses intestinais no Brasil,

geralmente so escassos e fazem parte de trabalhos pontuais de profissionais de

sade.

No perodo compreendido entre 1996 e 2009, foram registrados no Sistema de

Informao de Mortalidade do Ministrio da Sade (SIM/MS) uma mdia de 563

bitos pelos principais helmintos sendo a ascaridase responsvel por uma mdia de

52,4 dos bitos em mdia no perodo analisado (BRASIL, 2013b, p.5).

No perodo de 1995 a 2010, foram detectados em mdia 248.775 casos positivos para A. lumbricoides, 137.826 para Ancylostoma sp. e 82.449 para T. trichiuria. No mesmo perodo a positividade mdia para ascaridase foi de 13,7%, (variao entre 2 a 37,8%), para os ancilostomdeos foi de 8,2% (variao entre 0,3 a 25,1%) e para tricurase 5,1 (variao de 0,1 a 20,9%) (SO PAULO, 2013, p.3).

Por outro lado, em pesquisa realizada no Estado do Amap, Menezes (2013, p.128)

relata que

[...] apesar das evidncias, o cenrio epidemiolgico continua sendo caracterizado pela ausncia de dados, quanto s fontes, perodos de tempo cobertos e procedimentos de coleta. Os bancos de dados das instituies responsveis pela coleta sistemtica dos dados so inexistentes ou se apresentam de forma precria pela ausncia de atualizao peridica e sistemtica, ou no so amplamente disponveis para fins de anlises, dificultando em traar um perfil epidemiolgico.

Geralmente sinais e sintomas das parasitoses intestinais no so muito especficos,

sendo responsveis por significativa morbidade e mortalidade cuja maior prevalncia

em crianas do sexo masculino, o que pode ser explicado pela exposio do

menino, em suas brincadeiras e lazer em ambientes no adequados, como lugares

25

onde no existe saneamento bsico; entretanto a idade e o sexo so variveis

dependendo da exposio ao ambiente contaminado e menor higiene (MILLER et

al., 2003; FERREIRA; ANDRADE, 2005).

A ocorrncia das doenas parasitrias, segundo Almeida (2013, p.130), est na

dependncia, tambm, de fatores como a presena de hospedeiros intermedirios e

vetores, estado de contaminao dos piquetes e instalaes e pelo nmero de

larvas e ovos presentes nesse ambiente.

Fonseca et al. (2010), em estudo sobre a prevalncia de geohelmintases em

municpios com baixo IDH, constataram que crianas que moravam em reas com

lixo nas redondezas (48%), cujos pais possuam pouca escolaridade (46,9%), com

um salrio mnimo ou menos como renda familiar (41,4%), moradia com menos de 4

cmodos (41%) e com mais de 5 moradores (44,8%) apresentaram maior frequncia

de crianas infectadas (36,5%) com geohelmintases, confirmando um srio

problema de sade nestes municpios mias pobres. Tal estudo evidencia fatores

relacionados s parasitoses intestinais como: renda familiar, escolaridade dos pais,

nmeros de pessoas no domiclio, lixo prximo s moradias, entre outros.

O Ministrio da Sade (BRASIL, 2013b) recomenda o tratamento coletivo em

localidades cuja prevalncia seja acima de 20%, em reas onde o acesso aos

servios de sade e as condies de saneamento bsico ainda so deficientes.

5.2 Estratgias para controle e preveno das parasitoses intestinais

Rodrigues, Silva e Burity (2011), em trabalho realizado para avaliar o nvel de

conhecimento de alunos do ensino fundamental, destacam a importncia da adoo

de medidas preventivas e profilticas de higiene relacionadas alimentao e ao

meio ambiente, principalmente a lavagem de mos como formas de prevenir

doenas infecciosas e transmissveis.

Para Fernandes et al. (2012, p.40) as nicas medidas preventivas que podem ser

tomadas so as destinadas a cortar o ciclo epidemiolgico dos parasitas portanto

fundamental que medidas como o controle das guas, saneamento bsico, controle

do solo com tecnologia de irrigao e fertilizao adequadas, controle do consumo

26

de carnes e peixes e cuidados de sade com os animais domsticos sejam

tomadas.

Uma conduta efetiva de controle das geohelmintases tratar tambm os

portadores, uma vez que estes vermes no hospedeiro humano no se multiplicam. A

prevalncia da doena pode ser reduzida com administrao de medicamentos de

amplo espectro, bem como a intensidade de infeco no indivduo ou na localidade

tratada (SO PAULO, 2013, p.6).

O Ministrio da Sade (BRASIL, 2013b, p.13) recomenda que em localidades com

condies precrias de saneamento bsico e acesso restrito aos servios de sade

e com prevalncia superior a 20%, o tratamento seja realizado de forma coletiva.

Menezes (2013) enfatiza a importncia da educao em sade no combate das

doenas infectocontagiosas, uma vez que construindo conhecimentos sobre higiene,

ambiente no contaminado, as pessoas diminuem as possibilidades de correrem

riscos de contra-las. Portanto a educao, associada implantao de medidas de

saneamento bsico, constitui uma ferramenta eficiente profilaxia destas doenas.

Refora-se, pois, a importncia de definir estratgias de implantao de aes de

controle e preveno destinadas profilaxia e ao controle de doenas parasitrias

da populao, incluindo intervenes estruturais para a reduo dos fatores de risco,

por meio de programas envolvendo os governos federal, estadual e municipal,

articulados a outros setores da sociedade, melhorando o perfil epidemiolgico

dessas doenas (MENEZES, 2013; FONSECA et al., 2010).

Esta reviso de literatura refora a importncia da equipe de sade definir as

estratgias de interveno. Neste sentido, a nossa equipe de sade tem o objetivo

de diminuir os fatores de risco de acordo com os programas dos governos municipal,

estadual e federal, por meio de vrias medidas sanitrias. Essas medidas incluem o

desenvolvimento de atividades de educao em sade, particularmente com relao

a hbitos pessoais de higiene, particularmente o de lavar as mos antes das

refeies e o uso de calados; evitar a contaminao do solo mediante a instalao

de sistemas sanitrios para eliminao das fezes das pessoas, especialmente nas

zonas rurais (saneamento bsico) e o tratamento das pessoas infectadas.

27

6 PROJETO DE INTERVENO

Apesar de ter pouco tempo de trabalho na Estratgia Sade da Famlia

Guaranilandia no municpio de Jequitinhonha, ao fazer uma caracterizao da rea

de cobertura da nossa rea de sade nos demos conta de que os principais

problemas poderiam ser avaliadas por nossa equipe de sade. Convidamos a

participar deste diagnstico situacional de sade lderes formais e informal, o que

nos ajudou a identificar os problemas, prioriz-los e elaborar o plano de ao que se

baseou nos pressupostos do mtodo de Planejamento Estratgico Situacional

(CAMPOS, FARIA; SANTOS, 2010).

Primeiro passo: Identificao dos problemas

Por meio do diagnstico situacional de sade, foram identificados os principais

problemas de sade da rea de abrangncia da Estratgia de Sade da Famlia

Guaranilndia:

Condio pobre de algumas casas,

Falta de higiene nas ruas,

Alta taxa de hipertenso arterial sistmica

Nmero elevado de desemprego.

Precrias condies higinicas sanitrias das ruas,

Aumento do nmero de vetores,

Alto nmero de fumantes ,

Falta de liderana em sade,

Alta taxa de parasitismo intestinal

Segundo passo: Priorizao do Problema

Definimos a prioridade para os problemas, utilizando tcnicas de "Esquema de

Valores Mobilirios", priorizando os problemas que apresentaram maiores escores.

Os critrios utilizados para a priorizao do problema foram: frequncia, magnitude,

vulnerabilidade, coragem poltica e resolutividade (PRIA et al., 2010).

Este esquema envolveu: seleccionar um conjunto de critrios e dar um valor na

gama de 0 a 2 para cada uma das questes discutidas. Alta frequncia (2 pontos)

28

quanto apresentao do problema, severidade ou magnitude, altamente

vulnerveis a intervenes, s possibilidades de influenci-la; Mdia (1 ponto) -

cumprem os requisitos em parte; Baixa (0 ponto) - no cumprem ou oferecem um

nvel muito baixo de cumprimento.

Como pode ser visto no quadro 1, o problema escolhido como prioridade foi a alta

taxa de parasitismo intestinal.

Quadro 1 - Priorizao dos problemas Problemas Frequncia Magnitude Vulnera

bilidade Coragem poltica

Resolutividade

Mdia

Lugar

Condio pobre de algumas casas

1 2 1 1 1 6 5

Falta de higiene nas ruas

1 1 1 0 0 3 7

Precrias condies higinicas sanitrias das ruas

1 1 1 0 0 3 7

Alta taxa de HAS 2 2 2 1 2 9 2 Aumento do nmero de vetores

2 2 1 1 1 7 4

Alto nmero de fumadores

2 2 2 1 1 8 3

Falta de literacia em sade

1 1 1 1 1 5 6

Alta taxa de parasitismo intestinal

2 2 2 2 2 10 1

Terceiro passo: Descrio do problema

O principal aspecto que nos levou a priorizar o problema, alta taxa de parasitismo

intestinal, foi a dificuldade dos trabalhadores de sade para entrentar este problema;

apesar de serem qualificados e terem uma abordagem estruturada para a realizao

das atividades de preveno e promoo na rea rural, o tempo mnimo entre a

realizao de consultas de demanda espontnea e visitas domiciliares, como

apresentado uma vez por ms em diferentes reas rurais.

Quarto passo: Explicao do problema

Escolhemos este problema, porque os parasitas intestinais so comuns em todas as

faixas etrias nas famlias que vivem na rea de abrangncia da ESF; foram

encontrados parasitados em 100% dos indivduos. Claramente, esta situao existe

e vai persistir, porque em paralelo com a alta prevalncia destes parasitas que

endmica, h tambm a falta de educao da populao em relao sua

29

preveno; no tm gua e o sistema de esgoto estabelecido para o controle e

tratamento da gua e saneamento bsico so precrios em reas carentes. As

aes de promoo e preveno realizadas so insuficientes, ficando em segundo

plano uma vez que o atendimento da grande demanda espontnea consome grande

parte do tempo da equipe, atendendo uma populao maior que a estabelecida pelo

Ministrio da Sade. Na UBS h apenas uma equipe de sade para o atendimento

em doze reas rurais.

Quinto passo: Seleo dos ns crticos

N crtico considerado como um tipo de causa de um problema que, quando

atacada capaz de impactar o problema principal e efetivamente transform-lo,

cuja interveno est no espao da equipe (CAMPOS; FARIA; SANTOS, 2010,

p.63).

Os principais ns crticos do problema, alta incidncia de pessoas diagnosticadas

com parasitose intestinal, so:

Pouca informao da populao: dificuldades dos pacientes em receber

orientaes sobre sade devido ao alto grau de analfabetismo ou baixa

escolaridade e desinteresse; hbitos de higiene precrios;

Estrutura do servio de sade: ausncia de consultas especializadas, de

referncia e contra referncia, dificuldades na realizao de exames

laboratoriais;

Processo de trabalho da equipe de sade da famlia inadequado para

enfrentar o problema: pouco tempo pela alta demanda espontnea de

pacientes com doenas agudas e crnicas.

Sexto passo: Desenho das operaes

Segundo Campos, Faria e Santos (2010, p.64) operaes so conjuntos de aes

que devem ser desenvolvidas durante a execuo do plano, portanto as operaes

para enfrentamento dos ns crticos esto desenhados no quadro 2.

30

Quadro 2 - Desenho das operaes para os ns crticos do problema de Parasitoses intestinais

N crtico Operao Resultados esperados

Produtos esperado

Recursos necessrios

Nvel de informao

Saiba mais sobre Parasitoses intestinais

Populao mais informada sobre a doena

Programa de informao a populao

Cognitivo Conhecimentos sobre estratgias de comunicao e pedaggicas Organizacional Organizar agenda Poltico (Articulao Inter setorial) Mobilizao social

Estrutura dos servios de sade

Contribumos com seu melhor cuidado

Garantir das consultas especializadas Garantir os exames de parasitose previstos para o 100% dos casos

Capacitao de Pessoal Contratao de compra de exames e consultas especializadas. Compra de medicamentos

Polticos Deciso de recursos para estruturar o servio Financeiros Garantir os recursos para a pesquisa Cognitivo Elaborao da adequao

Processo de trabalho da equipe de Sade da famlia inadequado para enfrentar o problema

Linha de cuidado

Cobertura de 100% de populao com leses sugestivas de Parasitoses intestinais.

Linha de cuidado para suspeita de Parasitoses intestinais implantada. Protocolos implantados. Recursos humanos capacitados. Gesto de linha de cuidado.

Cognitivo: Elaborao de projeto de linha de cuidado e de protocolos. Poltico: Articulao entre os setores da sade e adeso dos profissionais. Organizacional: Adequao de fluxos (referncia e contrarreferncias).

31

Stimo passo: Identificao dos recursos crticos

Recursos crticos so aqueles indispensveis na execuo de uma operao e no

estando disponveis, devero ser viabilizados por meio de estratgias criadas pela

equipe (CAMPOS; FARIA; SANTOS, 2010).

Quadro 3 - Recursos crticos para o desenvolvimento das operaes definidas para o enfrentamento dos ns crticos do problema alta incidncia de pessoas diagnosticadas de parasitose intestinal

Operao Recursos Saiba mais sobre Parasitoses intestinais

Poltico: conseguir o espao de difuso por automvel com autofalante. Financeiro: para aquisio de recursos audiovisuais, folhetos educativos.

Contribumos com seu melhor cuidado

Poltico: deciso de aumentar os recursos para estruturar o servio.

Linha de cuidado Poltico: articulao entre os setores da sade e adeso dos profissionais Financeiros: recursos necessrios para a estruturao do servio (custeio e equipamentos)

Recursos humanos: Os mdicos, enfermeiro, ACSs , pessoas da escola , lderes

formais e informais.

Recursos materiais: utenslios de limpeza , banners, flyers, folhetos educativos,

material audiovisual, computador com PowerPoint, lminas ilustrativas, quadro,

vdeos, maquetas, flipchart, data show, local para desenvolver atividades de

promoo, conhecimento e habilidades do pessoal.

Oitavo passo: Anlise de viabilidade do plano

Consideramos que os recursos demandados no projeto de interveno so viveis e

a equipe e a populao esto envolvidas no projeto.

A motivao dos atores um aspecto importante a ser considerado na anlise de

viabilidade de um plano (CAMPOS; FARIA; SANTOS, 2010).

32

Quadro 4 - Proposta de aes para a motivao dos atores

Operao/Projeto Recursos crticos

Controle dos recursos crticos Ao

estratgica Ator que controla Motivao

Saiba mais sobre Parasitoses intestinais

Poltico: conseguir espao na divulgao local. Financeiro: para aquisio de recursos audiovisuais, folhetos educativos

Setor de comunicao social Secretrio de Sade

Indiferente Indiferente

Apresentar projeto Apoio das associaes Apresentar projeto Apoio das associaes

Contribumos com seu melhor cuidado

Poltico: deciso de aumentar os recursos para estruturar o servio. Financeiros:recursos necessrios para o equipamento da rede e para custeio de medicamentos e exames

Perfeita municipal Secretario Municipal de Sade Fundo Nacional de Sade

Indiferente Indiferente Indiferente

Apresentar projeto

Linha de cuidado Poltico: articulao entre os setores assistenciais da sade.

Secretrio Municipal de Sade

Favorvel

Nono passo: Elaborao do plano operativo

Na elaborao do plano operativo necessrio designar os responsveis pelas

operaes e aes estratgicas e estabelecer os prazos (CAMPOS; FARIA;

SANTOS, 2010).

O plano operativo, incluindo operaes, resultados esperados, aes estratgicas,

responsveis e o prazo, est expresso no quadro 5

33

Quadro 5 - Plano Operativo Operaes Resultados Aes estratgicas Responsvel Prazo Saiba mais sobre Parasitoses intestinais

Populao mais informada sobre as Parasitoses intestinais

Realizao de Palestras de Parasitoses intestinais em cada micro rea. Reprodues de Material audiovisual de Parasitoses intestinais na sala de espera do posto.

Jean Francesco Gomes Fernandes (enfermeiro do ESF) Jean Francesco Gomes Fernandes (enfermeiro do ESF)

Incio um ms Incio um ms

Contribumos com seu melhor cuidado

Adequao da oferta de consulta demanda agendada.

Definir os protocolos de atendimento de pacientes com suspeita de Parasitoses intestinais. Administrar materiais necessrios para avaliao do paciente.

Irohima Perdomo Rojas (mdico do ESF) Secretrio Municipal de Sade: Dr. Haroldo Ferreira dos Santos

Incio em dois meses Um ms

Linha de cuidado

Cobertura de consultas no posto medica e coordenao da avaliao por especialistas dos 100% de pacientes com suspeita de Parasitoses intestinais

Linha de cuidado para pacientes com suspeita de Parasitoses intestinais. Recursos humanos capacitados. Gesto de linha de cuidado proposta.

Irohima Perdomo Rojas (mdica do ESF) Irohima Perdomo Rojas (mdica do ESF) Secretrio Municipal de Sade: Dr. Haroldo Ferreira dos Santos

Incio em dois meses Incio em um ms Incio em trs meses

Dcimo passo: Elaborao da gesto do plano

Para abordar bons resultados por meio de um plano de ao, necessrio, que os

responsveis faam um bom acompanhamento e uma boa coordenao durante sua

execuo, no entanto participar no momento da elaborao das aes e projetos

34

fundamental para o sucesso. Nesta etapa nossa Equipe Guaranilandia definiu o

modelo de gesto do plano e o processo de acompanhamento do mesmo e seus

respectivos instrumentos.

Quadro 6 Gestes do plano Operao Saiba mais sobre Parasitoses intestinais - Coordenao: Gean Francesco Fernandes Gomes Avaliao aps 6 meses do incio do projeto Produtos Responsvel Prazo Situao

atual Justificativa Novo

Prazo Populao mais informada sobre as parasitoses intestinais

Jean Francesco Gomes Fernandes (enfermeiro)

1 ms Programa realizado em todas as micro reas

____

_____

Reprodues de material audiovisual de parasitoses intestinais

Jean Francesco Gomes Fernandes (enfermeiro)

1 ms Concretizado nas micro reas do ESF

_____

_____

Operao Contribumos com seu melhor cuidado - Coordenao: Gean Francesco Fernandes Gomes Avaliao aps 6 meses do incio do Projeto Produtos Responsvel Prazo Situao

atual Justificativa Novo

Prazo Adequao da oferta de consulta demanda agendada. Administrar materiais necessrios para avaliao do paciente.

Jean Francesco Gomes Fernandes (enfermeiro) Secretrio Municipal de Sade: Dr. Haroldo Ferreira dos Santos

2 meses (apresentao e aprovao do projeto) 1 ms

Projeto aprovado Atrasado

_______ Em negociao

_____ 4 meses

Operao Linha de cuidado - Coordenao: Jean Francesco Gomes Fernandes (enfermeiro) Avaliao aps 6 meses do incio do projeto Produtos Responsvel Prazo Situao

atual Justificativa Novo

Prazo Cobertura de consultas no posto medica e coordenao da avaliao por especialistas dos 100% de pacientes com suspeita de Parasitoses intestinais

Jean Francesco Gomes Fernandes (enfermeiro)

2 meses

Programa implantado em todas as micro reas

______

_____

Capacitao dos profissionais

Irohima Perdomo Rojas (mdica)

1 ms Todos os profissionais capacitados

______

_____

35

7 CONSIDERAES FINAIS

Concluimos que importante continuar a aumentar os esforos educacionais para

prevenir parasitas intestinais, desenvolvendo aes educativas de higiene pessoal e

criao de hbitos saudveis para crianas, estendendo a seus familiares e

ambientes domsticos, continuamente, para melhorar e manter as condies de

higiene ideal de sade, ou seja, manter todas as medidas preventivas como:

lavagem das mos, cuidados com alimentos e agua, destino correto do lixo, evitando

a proliferao de vetores.

As parasitas intestinais tambm est lidando com drogas especficas para cada

espcie, dando bons resultados em 100% dos indivduos tratados.

Espera-se que a implatao deste plano de interveno aumente as informaes e a

conscientizao da equipe de sade, dos gestores municipais e da populao da

area de abrangncia quanto importncia de se tratar as parasitoses intestinais,

mas tambm de evit-las com medidas simples, mas consistentes, de mudanas de

hbitos de higiene e saneamento bsico.

36

REFERNCIAS

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SILVA, A. V. M. da; MASSARA, C. L. Ascaris lumbricoides. In: NEVES, D. P. Parasitologia Humana. 11ed. So Paulo: Atheneu, 2005. p.253-259. Disponvel em: http://szb.org.br/blog/conteudos/bibliografias/06-veterinaria/parasitologia-humana.pdf Acesso em: 20 dez. 2014.

http://www.cidades.ibge.gov.br/xtras/perfil.php?lang=&codmun=313580&search=minas-gerais|jequitinhonhahttp://www.cidades.ibge.gov.br/xtras/perfil.php?lang=&codmun=313580&search=minas-gerais|jequitinhonha

Palavras chave: Programa sade da famlia. Educao em sade. Parasitose. Verminose. Prevenao e controle.De acordo com os registros da nossa rea de abrangncia em 2013, foram identificados, quanto s doenas crnicas no transmissveis, 467 pacientes com hipertenso arterial sistmica, 156 com diabetes mellitus, 58 com cardiopatia isqumica e 08 com a...As principais causas de internao no ano de 2013 foram: descompensao de diabetes mellitus, acidente vascular cerebral, doena cardiovascular, neoplasia em fase terminal e os partos.

Para a reviso de literatura foi utilizada pesquisa bibliogrfica tambm na base de dados da Biblioteca Virtual em Sade (BVS) no Scientific Electronic Libray Online (SciELO) e nos programas do Ministrio da Sade e de Minas Gerais.Foram utilizados os seguintes descritores para a busca das publicaes:Programa sade da famlia.Educao em sade.Parasitose.Verminose.Prevenao e controle.MONTEIRO, L. Discursos e Notas Taquigrficas. 12 de maio 2011. Disponvel em: http://www.camara.gov.br/internet/sitaqweb/TextoHTML.asp?etapa=3&nuSessao=107.1.54.O&nuQuarto=64&nuOrador=1&nuInsercao=2&dtHorarioQuarto=00:16&sgFaseSessao=OD%20%20%20%20%20...RODRIGUES, D. C. S.; SILVA, V. V.; BURITY, C. H. F. O reconhecimento de parasitoses intestinais e seus impactos na relao ensino aprendizagem no ensino fundamental. Sade & Ambiente em Revista, v. 6, n.1, 2011.