CONTROLE E PROFILAXIA DA BRUCELOSE BOVINA

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CENTRO UNIVERSITÁRIO CESMAC MARIANA PAULA TORRES DE ARAÚJO GOMES CONTROLE E PROFILAXIA DA BRUCELOSE BOVINA: revisão de literatura MACEIÓ-AL 2019/02

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CENTRO UNIVERSITÁRIO CESMAC

MARIANA PAULA TORRES DE ARAÚJO GOMES

CONTROLE E PROFILAXIA DA BRUCELOSE BOVINA:

revisão de literatura

MACEIÓ-AL 2019/02

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MARIANA PAULA TORRES DE ARAÚJO GOMES

CONTROLE E PROFILAXIA DA BRUCELOSE BOVINA:

revisão de literatura

Trabalho de conclusão de curso apresentado como requisito final para conclusão do curso de Medicina Veterinária do Centro Universitário Cesmac, sob orientação do Professor Dr. Rodrigo Antônio Torres Matos e coorientação da Ma. Sonia Luisa Silva Lages.

MACEIÓ-AL

2019/02

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MARIANA PAULA TORRES DE ARAÚJO GOMES

CONTROLE E PROFILAXIA DA BRUCELOSE BOVINA:

revisão de literatura

Trabalho de conclusão de curso apresentado como requisito final para conclusão do curso de Medicina Veterinária do Centro Universitário Cesmac, sob orientação do Professor Dr. Rodrigo Antônio Torres Matos e coorientação da Ma. Sonia Luisa Silva Lages.

APROVADO EM: __/___/___

_____________________________________________

Orientador - Prof. Dr. Rodrigo Antônio Torres Matos

BANCA EXAMINADORA

Prof. Dr. Edson de Figueiredo Gaudencio Barbosa

Prof. Dr. Silvio Romero De Oliveira Abreu

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AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiramente à Deus, por ter me dado forças para conseguir

enfrentar as barreiras dessa longa jornada. Sei que, sem Ele, nada disso seria

possível.

Agradeço aos meus pais, Andréa Paula e José Aloisio. Graças à vocês

consegui realizar meu sonho. Sei o quão difícil foi para que tudo isso pudesse estar

acontecendo e sendo realizado, todo esforço valeu à pena, hoje eu não estaria onde

estou sem o apoio e a ajuda de vocês.

Agradeço aos meus irmãos, pelo companheirismo, auxílio, pela paciência e

pelas palavras de apoio e incentivo durante esse período cansativo e estressante.

Agradeço aos meus avós, Izabel, Jane, José Aloizio e José Francisco, cada

conquista, cada obstáculo e cada meta alcançada até aqui foi com vocês e por

vocês. As palavras de apoio foram essenciais durante toda essa jornada e essa

conquista alcançada é nossa!

Agradeço ao Igor Gabriel, meu companheiro e meu melhor amigo desde o

início dessa jornada, pois sei que me apoiou e me deu forças em todas as escolhas

e decisões que tomei até aqui, os conselhos dados por você foram seguidos, sem

eles eu não estaria aqui hoje..

Agradeço à minha co-orientadora, Sonia Lages, uma mulher maravilhosa que

sempre teve muito carinho, paciência, esteve sempre a disposição para me ajudar, e

é nela em que me espelho pela sua garra e determinação e profissionalismo.

Agradeço ao meu orientador, desde o seu ingresso no curso, surgiu a minha

admiração pelo grande profissional, Rodrigo Antônio Torres Matos, obrigada pelo

aprendizado, pela cobrança, pela amizade cultivada até aqui e por todo apoio e

ajuda.

Agradeço aos amigos que encontrei nessa caminhada, sempre estiveram

dispostos a me ajudar e a me ouvir. A todos que direta e indiretamente fizeram parte

da minha formação, os meus mais sinceros agradecimentos.

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CONTROLE E PROFILAXIA DA BRUCELOSE BOVINA: revisão de literatura BOVINE BRUCELLOSIS CONTROL AND PROPHYLAXIS: literature review

Mariana Paula Torres de Araújo Gomes Graduanda do curso de Medicina Veterinária

[email protected] Rodrigo Antonio Torres Matos

Doutor em Medicina Veterinária [email protected]

Sonia Luisa Silva Lages Mestra em Medicina Veterinária Preventiva

[email protected]

RESUMO

A brucelose é uma zoonose de distribuição mundial causada por bactérias do gênero Brucella, infectando varias espécies de animais e humanos. Objetivou-se com o presente estudo descrever e abordar os principais aspectos relacionados ao controle e profilaxia da brucelose bovina. A brucelose bovina possui agente etiológico conhecido como Brucella abortus, seu principal sinal clínico é o aborto no terço final da gestação, o seu controle e profilaxia é realizado com base no Programa Nacional de Controle e Erradicação da Brucelose e Tuberculose Animal – PNCEBT, instituído pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento - MAPA, possui como estratégia de atuação a adoção de medidas compulsórias (vacinação de bezerras e controle do trânsito), complementada por medidas de adesão voluntária (certificação de propriedades em livres e monitoradas). O diagnóstico consistem em direto, indiretos e oficiais da legislação. Foram descritos aspectos epidemiológicos, da patogenia e clínicos da brucelose bovina. Por ser uma doença infecciosa e de alta patogenicidade, quanto mais rápido for o diagnóstico, mais eficaz se tornará a sua forma de controle. A prevenção através da vacinação, ainda é considerada a melhor forma de manter a bactéria livre dos rebanhos bovinos.

PALAVRAS-CHAVE: Brucella abortus. Monitoramento. Vacinação. Bovino.

ABSTRACT

Brucellosis is a worldwide zoonosis caused by bacteria of the genus Brucella, infecting various species of animals and humans. This study aimed to describe and address the main aspects related to the control and prophylaxis of bovine brucellosis. Bovine brucellosis has an etiological agent known as Brucella abortus, its main clinical sign is abortion in the final third of pregnancy, its control and prophylaxis is performed based on the National Program for Control and Eradication of Animal Brucellosis and Tuberculosis - instituted by The Ministry of Agriculture, Livestock and Supply - MAPA, has as its strategy of action the adoption of compulsory measures (calf vaccination and traffic control), complemented by voluntary adherence measures (certification of properties in free and monitored). The diagnosis consist of direct, indirect and official legislation. Epidemiological, pathogenic and clinical aspects of bovine brucellosis have been described. Because it is an infectious disease with high pathogenicity, the faster the diagnosis, the more effective will be its control. Prevention through vaccination is still considered the best way to keep bacteria free from bovine.

KEYWORDS: Brucella abortus. Monitoring. Vaccination. Bovine.

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 7

2 METODOLOGIA .................................................................................................... 8

3 REVISÃO DE LITERATURA ............................................................................. .. 8

3.1 Histórico ............................................................................................................. 9

3.2 Etiologia e Epidemiologia ................................................................................. 9

3.3 Patogenia .......................................................................................................... 10

3.4 Sinais clínicos ...................................................................................................12

3.5 Diagnóstico ....................................................................................................... 13

3.6 Controle e profilaxia.......................................................................................... 15

3.6.1 Vacinação ........................................................................................................ 15

3.6.2 Controle de trânsito ......................................................................................... 16

3.6.3 Certificação de propriedades livres e monitoradas......................................... 17

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS ...................................................................................19

5 REFERÊNCIAS.......................................................................................................20

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REDE DE BIBLIOTECAS CESMAC

Bibliotecária: Ana Paula de Lima Fragoso Farias – CRB/4 - 2195

SETOR DE TRATAMENTO TÉCNICO

G633c Gomes , Mariana Paula Torres de Araújo Controle e profilaxia da brucelose bovina: revisão de literatura / Mariana Paula Torres de Araújo Gomes – Maceió : 2019 .

22 f. : il.

TCC ( Graduação em Medicina Veterinária ) – Centro Universitário CESMAC , Maceió – AL, 2019. Orientador : Rodrigo Antônio Torres Matos . 1. Brucella abortus . 2. Monitoramento . 3. Vacinação . 4 . Bovino . I. Matos , Rodrigo Antônio Torres . II. Título.

CDU: 636.22

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1 INTRODUÇÃO

A brucelose é uma zoonose de distribuição mundial ocasionada por bactérias

do gênero Brucella, responsável por acarretar elevados prejuízos econômicos em

fazendas de criação de bovinos e bubalinos causando aborto no terço final da

gestação. Existem várias espécies de brucella, tais como a B. melitensis, B. suis, B.

ovis, B. neotomae, B. canis e B. abortus, sendo esta última a espécie que acomete

bovinos e bubalinos (FILHO PIVA et al., 2017; MEIRELLES-BARTOLI, R.B.; SOUSA,

D.B.; MATHIAS, L.A., 2014).

A brucelose é considerada uma doença de caráter ocupacional, com o risco

maior para médicos veterinários, tratadores, profissionais que trabalham em

abatedouros, laboratórios e que tem contato direto com animais infectados

(SANTOS et al., 2007).

Um estudo econômico feito recente no Brasil avaliou os custos da doença

para a pecuária, encontrando gastos de R$ 420,12 e R$ 226,47 para cada 11

fêmeas bovinas infectadas com idade superior a 24 meses especializada em leite e

carne, respectivamente, contabilizando um total de perdas diretas na ordem de R$

892 milhões no ano de 2013 (SANTOS et al., 2013).

No Brasil, com o objetivo de redução da prevalência e incidência da brucelose

bovina, foi instituído o Programa Nacional de Controle e Erradicação da Brucelose e

da Tuberculose Animal (PNCEBT) em 2001 pelo Ministério da Agricultura, Pecuária

e Abastecimento (MAPA), tendo como estratégia principal, não só a erradicação

como também o fortalecimento, organização e desenvolvimento dos serviços de

saúde animal, bem como a renovação da cadeia produtiva de carne e leite no país

(SOLA et al., 2014 ; MEIRELLES-BARTOLI, R.B.; SOUSA, D.B.; MATHIAS, L.A.,

R.B.; SOUSA, D.B.; MATHIAS, L.A., 2014; POESTER et al., 2009).

A Instrução Normativa n°10 do ano de 2017 é a legislação atual que

regulamenta o controle da brucelose, e está pautada nos pilares de vacinação

obrigatória de fêmeas, teste, sacrifício de animais e controle de trânsito (BRASIL,

2017).

Para prevenir a brucelose, a melhor forma é a vacinação com dose única da

cepa 19 de B. abortus (vacina B19), em bezerras entre três e oito meses de idade,

isto confere imunidade, por ter características que são altamente desejáveis a vacina

B19 é altamente atenuada para bovinos; previne o aborto, e causa reações mínimas

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na aplicação, conferem uma proteção de 70% a 80% nos animais que são vacinados

(LAGE et al., 2008). Já as fêmeas acima de oito meses de idade não vacinadas

com B19 e devem, obrigatoriamente, ser vacinadas com a amostra RB51. Pode-se

interferir no diagnóstico sorológico a inconveniência de vacas vacinadas após os oito

meses de idade, além de poder infectar o homem (AIRES, 2018; JARDIM et al.,

2008).

Objetivou-se com o presente estudo descrever e abordar os principais

aspectos relacionados ao controle e profilaxia da brucelose bovina.

2 METODOLOGIA

Trata-se de uma revisão de literatura na qual foram realizadas buscas por

meio de consulta a periódicos como o Scielo, Lilacs, PUBMED, Science Direct,

Elsevier, CAPS, literaturas especializadas como artigos científicos, monografias,

dissertação, revistas, livros e trabalhos acadêmicos, nacionais e internacionais, em

português e inglês, entre os anos de 2003 a 2018 a fim de analisar teoricamente o

assunto de forma qualitativa. Foram utilizados elementos descritores tais como:

Brucella abortus, Monitoramento, Vacinação e Bovino .

3 REVISÃO DE LITERATURA

A brucelose bovina é uma zoonose de distribuição mundial causada por

bactérias intracelulares facultativas pertencentes ao gênero Brucella, seu agente

etiológico é nominado Brucella abortus, ocasiona perdas econômicas e sociais ao

sistema produtivo, além de ocasionar agravos à saúde da população, sendo capaz

de acometer várias espécies de animais domésticos e silvestres (SOLA et al,. 2014;

ROSINHA, 2014; BATAIER NETO, 2009; TILLER, 2010; MARTINS, N. E. X.;

ALMEIDA K. S.; BRITO J. W. D., 2012;). Conhecida há muitos anos por ser uma

antropozoonose, a brucelose é infectocontagiosa, causada por bactérias do gênero

Brucella spp., e é considerada como um significativo problema econômico e sanitário

(MARTINS, N. E. X.; ALMEIDA K. S.; BRITO J. W. D., 2012).

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A maioria das infecções humanas é causada pela B. abortus, pois esta é a

espécie mais difundida nos rebanhos bovinos (LAGE et al., 2008; MEIRELLES-

BARTOLI et al,. 2014).

As medidas para a brucelose bovina é a prevenção e controle em bovinos e

bubalinos que se apoiam em vacinação e diagnóstico, os quais permitem reduzir ou

evitar a exposição dos animais ao agente e aumentar a resistência imunológica do

rebanho, como também na certificação de propriedades livres (PACHECO et al.,

2008).

3.1 Histórico

Segundo Poester (2009) existem registros de que Hipócrates, em 460 a.c.,

fazia referência a pacientes naquela época, com sintomas compatíveis com

brucelose. Em 1859, com os surgimentos de casos de febre ondulante, que eram

seguidos de morte acontecidos na Ilha de Malta, no Mar Mediterrânea sendo por

isso nominada Febre de Malta, a brucelose foi diagnosticada no homem, pela

primeira vez por Marston naquele ano (POESTER et al., 2009; SOLA et al., 2014).

Segundo Sola (2014) em 1887, Sir David Bruce, médico inglês, isolou pela primeira

vez uma bactéria do baço de soldados britânicos, mortos na Ilha de Malta,

denominando-a como Micrococcus melitensis. Um dinamarquês, médico veterinário

patologista conhecido como Bernhard Bang, no século XIX em 1895 isolou uma

bactéria do útero e membranas fetais resultantes do aborto de vacas, identificando-o

como Bacillus abortus (POESTER et al., 2009; SOLA et al., 2014).

No Brasil em 1913, Gonçalves Carneiro diagnosticou o primeiro caso de

brucelose humana e, no ano subsequente Danton Seixas no estado do Rio Grande

do Sul realizou pela primeira vez no país, o diagnóstico clínico da brucelose bovina,

(SOLA et al., 2014).

3.2 Etiologia e epidemiologia

O gênero Brucella é formado por bactérias intracelulares facultativas, não

encapsuladas, imóveis e não esporuladas. Permanecendo viáveis no ambiente com

condições favoráveis de temperatura, umidade e sombreamento as brucelas são

cocobacilos, gram negativos aérobicas. Em cultivo primário cresce em meios, com

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potencial de hidrogênio (pH) alcalino, enriquecidos com 7% de soro ou sangue, em

uma atmosfera com 10% a 20% de dióxido de carbono (MARTINS, N. E. X.;

ALMEIDA K. S.; BRITO J. W. D., 2012; SOLA et al., 2014; BARBOSA, 2009;

MARQUES et al., 2016).

Considerada uma das principais zoonoses, a brucelose bovina apresenta-se

mundialmente distribuída, não sendo observada em países como Canadá, Austrália,

Japão e países europeus tendo sido erradicada, por meio de medidas adotadas por

mais de vinte anos (SOLA et al, 2014; BATAIER NETO et al, 2009). No Brasil a

brucelose bovina apresenta-se disseminada por todo o território brasileiro, com

maior ou menor prevalência dependendo da região estudada, causando perdas

econômicas. A brucelose por ser endêmica apresenta distintos níveis de prevalência

em nível estadual, por exemplo, em Minas Gerais tem-se prevalência da brucelose

em rebanhos na ordem de 3,59%, em Santa Catarina 0,91%, no Mato Grosso do Sul

de 30,6% (BRASIL, 2017; BATAIER NETO et al, 2009; FERREIRA NETO et al.,

2016).

Um estudo realizado no Brasil no estado de Minas Gerais no ano de 2012

relatou a ocorrência de um surto de brucelose em um rebanho de aproximadamente

1000 animais, livres da doença há 18 anos, na situação foram encontrados 2 vacas

reagentes à sorologia em que a infecção foi confirmada por meio de isolamento e

identificação do agente, em seguida os animais positivos foram sacrificados

(SOARES FILHO et al 2012).

No Brasil, na região Sul, o estado de Santa Catarina, teve obrigatoriedade da

vacinação de brucelose bovina no ano de 2014, tendo em vista adotada todas as

ações indicadas pelo programa (PNCEBT), tendo o controle da doença no estado.

Foi realizado um estudo epidemiológico no estado, onde identificou-se a prevalência

de animais soropositivos de 0,06%, e a prevalência de focos presentes de 0,32% (

AIRES et al, 2018; BARBOSA, 2009).

A introdução da brucelose no rebanho acontece pela entrada de animais

portadores, em geral assintomáticos. Infecções transplacentárias ou perinatais

podem acontecer, originando infecções latentes. Touros infectados em geral não

transmitem a doença por monta natural, mas o uso do sêmen destes animais em

procedimentos de inseminação, pode ser uma importante fonte de infecção em

fêmeas inseminadas (LAGE et al., 2008; SOLA et al., 2014).

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A transmissão para os humanos se dá por meio da capacidade de penetração

da bactéria pela pele íntegra ou lesada, pelas membranas mucosas, além da

formação de aerossóis, contato direto com bovinos infectados, restos placentários e

manipulação inadequada da vacina (SOLA et al., 2014). Há um grande risco para a

saúde pública decorrente da ingestão de produtos de origem animal, os quais não se

sabem a procedência, tais como de leite cru ou produtos lácteos não submetidos a

tratamento térmico (creme, queijo fresco, iogurte, etc.), oriundos de animais

infectados. A carne crua apresentando restos de tecido linfático e o sangue de

animais infectados podem conter bactérias viáveis, portanto, representam alto risco

para a população consumidora (BRASIL, 2006).

3.3 Patogenia

As bactérias do gênero Brucella são intracelulares, possuem alta

patogenicidade e estão relacionadas com os mecanismos que permitem a sua

entrada, sobrevivência e multiplicação nas células do hospedeiro, mantendo-as

protegidas do sistema imune (SOLA et al., 2014). A bactéria penetra no organismo,

pelas mucosas oral, nasofaríngea, conjuntival ou genital, são drenadas para os

gânglios linfáticos regionais e a partir destes, via linfa ou sangue, se alastram por

todo o organismo, colonizando os órgãos ou tecidos ricos em células do sistema

mononuclear fagocitário, tais como, fígado, medula óssea, gânglios linfáticos, baço,

articulações, órgãos reprodutivos como os testículos, epidídimo, vesícula seminal

nos machos e nas fêmeas de útero gravídico (MEIRELLES-BARTOLI, R.B.; SOUSA,

D.B.; MATHIAS, L.A., 2014). Esse microrganismo induz uma resposta inflamatória

nas membranas, esse processo obstrui a circulação fetal causando necrose nos

cotilédones, evento este que explica o aborto. (MEIRELLES-BARTOLI, R.B.;

SOUSA, D.B.; MATHIAS, L.A., 2014; SOLA et al., 2014). Em bovinos a principal

porta de entrada da B. abortus é a mucosa orofaringeana, a infecção ocorre em

qualquer idade e persiste apenas em animais sexualmente maduros. (SOLA et al.,

2014; PAULIN et al., 2003).

A predileção das brucelas de se disseminarem por órgãos reprodutivos, tais

como: útero gravídico das fêmeas e os testículos, epidídimo e vesícula seminal dos

machos, deve-se a produção do hormônio chamado eritritol - álcool polihídrico que

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atua atraindo as brucelas e funciona como fator estimulante para o seu crescimento

(MEIRELLES-BARTOLI et al., 2014; SOLA et al., 2014; BATAIER NETO et al, 2009).

A porta de entrada se dá através da introdução de bovinos infectados no

rebanho, o contato direto com a pele é um fator determinante para essa infecção,

por isso devem-se introduzir animais preferencialmente de rebanhos livres ou que

sejam sorologicamente negativos (SOLA et al., 2014; FILHO PIVA et al., 2017;

PACHECO et al., 2008). Mesmo diante do fato que há probabilidade do animal ser

sorologicamente negativo e estar no período de incubação, deve-se evitar a entrada

de animais cuja condição sanitária é desconhecida e o rebanho não é vacinado ou

não é submetido à rotina diagnóstica (FILHO PIVA et al., 2017; PACHECO et al.,

2008; LAGE et al., 2008).

3.4 Sinais Clínicos

Os principais sinais clínicos observados nos bovinos infectados estão

relacionados aos problemas reprodutivos. Em fêmeas podem ser observados: aborto

no terço final da gestação, retenção de placenta, lesões nas glândulas mamárias,

bursite, lesões articulares, repetição de cio, nascimento de bezerros fracos,

natimortos e infertilidade temporária ou permanente (figura 1). Nos machos é comum

apresentarem infertilidade por diminuição da qualidade espermática, baixa de libido,

orquite (figura 2), epididimite, artrite, bursite, pode apresentar também degeneração,

aderências e fibrose nos testículos (BATAIER NETO et al., 2009; PACHECO et al.,

2008; LAGE et al., 2008; MEIRELLES-BARTOLI et al., 2014).

Após um ou dois abortos algumas vacas podem ou não apresentar sinais

clínicos, mas continuam a excretar as brucelas contaminando o meio ambiente.

MARQUES et al., 2008).

Em humanos os sinais clínicos mais observados são febres recorrentes,

dores musculares, articulares, cefaleia, sudorese, fraquezas e distúrbios nervosos

(MEIRELLES-BARTOLI et al., 2014; SOLA et al., 2014).

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Figura 1 – Aborto no terço final da gestação em bovino.

Fonte: http://www.grupoapoiar.com/brucelose-e-tuberculose acesso: julho 2019.

Figura 2 – Orquite em um bovino – acúmulo de líquido (exudato) entre o escroto e a Túnica vaginal. Fonte: Adaptado de Atlas de Doenças de Bovinos, Eqüídeos, ovinos e suínos, 2000.

3.5 Diagnóstico

Para a realização do diagnóstico da brucelose, podem ser empregados

métodos indiretos pela pesquisa da resposta imunológica à infecção contra a

Brucella abortus e ainda por métodos diretos por isolamento e identificação da

bactéria (BRASIL, 2006). O método indireto constitui-se em um importante recurso

utilizado nas campanhas de controle e erradicação da doença em bovinos e

bubalinos, os testes sorológicos detectam os anticorpos contra Brucella spp

presentes em diversos fluidos corporais como soro sanguíneo, sêmen, leite e muco

vaginal (SOLA et al., 2014). No método direto incluem o isolamento e a identificação

do agente, a imunohistoquímica e os métodos de detecção de ácidos nucleicos, pela

reação em cadeia da polimerase (PCR) estes métodos são utilizados após a

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manifestação dos sinais clínicos, momento em que o microrganismo já se encontra

disseminado no rebanho, sendo importante a confirmação de focos da doença e a

caracterização do agente (SOLA et al., 2014).

Os métodos de diagnóstico considerados como oficiais, preconizados pelo

MAPA são: Teste do Antígeno Acidificado Tamponado (AAT), o Teste do Anel do

Leite (TAL), o 2 Mercaptoetanol (2-ME), o teste de Fixação do Complemento (FC) e

o Teste de Polarização Fluorescente (FPA). O primeiro é um teste de triagem, o

segundo de monitoramento e os três últimos, confirmatórios (AIRES et al., 2018;

JARDIM et al., 2006; PACHECO et al., 2008; BRASIL, 2006).

Não é recomendado o tratamento para a brucelose animal, pois existe grande

risco de insucesso, em razão à presença intracelular da bactéria, que impede os

antibióticos de alcançarem concentrações ótimas para eliminá-la, é indicado o

afastamento dos soro-positivos do rebanho e da criação, devendo também serem

tais animais identificados com marca especial a fogo daqueles comprovadamente

doentes e identificado por esses testes (BATAIER NETO et al., 2009).

Bovinos reagentes positivos a teste de diagnóstico deverão ser isolados do

rebanho, ter marcação obrigatória no lado direito da face com um “P” contido num

círculo de oito centímetros de diâmetro (Figura 3), no prazo máximo de trinta dias

para ser sacrificado em estabelecimento sob serviço de inspeção oficial (BRASIL,

2017). Nos humanos a brucelose é uma enfermidade muito importante e de difícil

diagnóstico, devido aos sinais clínicos inespecíficos (BRASIL, 2006).

Figura 3 - Animais reagentes positivos a teste de diagnóstico para brucelose serão

marcados a ferro candente no lado direito da face com um “P” contido num círculo

de oito centímetros de diâmetro.

Fonte: BRASIL, PNCBET, 2006.

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3.6 Controle e Profilaxia

3.6.1 Vacinação

O controle da brucelose praticamente se baseia na vacinação de bezerras e

na eliminação de portadores, através de animais com sorologia positiva (RIET-

CORREA, F. et al., 2007). A vacinação de fêmeas bovinas e bubalinas é obrigatória

e deve ser realizada na faixa etária de três a oito meses, utilizando-se dose única de

vacina viva liofilizada, elaborada com amostra 19 de Brucella abortus (B19), onde

deve ser realizada por via subcutânea, na região pré-escapular (BRASIL, 2016). O

uso da vacina contra brucelose não indutora da formação de anticorpos aglutinantes

(RB51) representa uma boa alternativa, às fêmeas acima de oito meses de idade

que não foram vacinadas com a amostra B19, devem ser obrigatoriamente

vacinadas com a amostra RB51. É proibida a vacinação contra brucelose em

machos de qualquer idade, e não permitida a vacinação de fêmeas com a amostra

RB19 em vacas com idade superior a 8 meses (BRASIL, 2016; JARDIM et al., 2006;

AIRES, 2018 ).

A vacinação, com qualquer das amostras de vacina, só pode ser realizada

sob a responsabilidade de Médicos Veterinários, ou agentes cadastrados no serviço

veterinário oficial do estado de atuação (BRASIL, 2006; BRASIL 2017). Precauções

devem ser adotadas durante a vacinação da brucelose, quanto a proteção individual,

o uso de EPIS é indispensável com (luvas, óculos máscaras e avental de manga

longa), e após a utilização da vacina, descartar, agulha, seringa e o frasco (BRASIL,

2006).

Fêmeas vacinadas devem ter marcação obrigatória, no lado esquerdo da

face, com um “V” (Figura 4), acompanhado do algarismo final do ano de vacinação

(BRASIL, 2006; JARDIM et al., 2008)

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Figura 4 – Marcação obrigatória de todas as fêmeas vacinadas, no lado esquerdo

da face, com um “V”, acompanhado do algarismo final do ano de vacinação.

Fonte: BRASIL, (PNCEBT), 2017.

3.6.2 Controle de trânsito

No PNCEBT, é recomendado o controle do trânsito de bovinos ou bubalinos

designados à reprodução e a participação de reprodutores em aglomerações ou

feiras, é feito através da obrigatoriedade de apresentação de exames negativos para

brucelose e a comprovação de vacinação das bezerras de três a oito meses da

propriedade de origem contra a brucelose (AIRES, 2018). São dispensados da

obrigatoriedade somente os animais provindos de propriedade de certificação livre

BRASIL, 2006).

De acordo com a Legislação Brasileira (2017), a emissão da GTA (guia de

transito animal) fica condicionada à apresentação do atestado de exame negativo

para brucelose e tuberculose, original ou cópia autenticada pelo serviço veterinário

oficial, emitido por médico veterinário habilitado, o qual deverá permanecer anexado

à via da GTA que acompanha os animais; animais oriundos de estados classificados

como risco muito baixo ou risco desprezível para brucelose ficam dispensados dos

exames referidos no caput, exceto para reprodução.

Para trânsito internacional de bovinos, recomenda-se o teste de FC, utilizado

em muitos países do mundo obtendo sucesso na erradicação da brucelose, refere-

se a um teste de recomendação da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE)

(BRASIL, 2006). Normas sanitárias para participação em exposições, leilões, feiras e

outras aglomerações de animais: a emissão de GTA fica compreendida a atestados

com resultados negativos a testes de diagnósticos, efetuados até 60 dias antes do

início do evento, para animais acima de oito meses de idade (MEIRELLES-

BARTOLI, R.B.; SOUSA, D.B.; MATHIAS, L.A., R.B.; SOUSA, D.B.; MATHIAS, L.A.,

2014; BRASIL, 2006).

A não exigência de controle sanitário no comércio de animais foi apontado

como um importante fator de risco para introdução da brucelose em locais públicos e

aglomerados de animais (FILHO PIVA et al., 2017).

Page 18: CONTROLE E PROFILAXIA DA BRUCELOSE BOVINA

17

3.6.3 Certificação de propriedades livres e monitoradas

O Programa Nacional de Controle e Erradicação da Brucelose e da

Tuberculose Animal (PNCEBT) instituído pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e

Abastecimento (MAPA) tem como plano estratégico adesão da certificação

voluntária de propriedades livres e monitoradas para melhoramentos sanitários e

econômicos (AIRES, 2018). Reduzindo o impacto negativo dessa zoonose na saúde

humana e animal, além de promover a competitividade da pecuária nacional,

gerando aos produtos de origem animal, maior segurança e credibilidade sanitária

(SOLA et al,. 2014; AIRES, 2018; BRASIL, 2006; OLIVEIRA et al., 2013).

A certificação de propriedades livres envolve vacinação em massa em fêmeas

entre 3 a 8 meses de idade, testes em todo rebanho, em um período mínimo de 9

meses, obtendo três testes com resultados negativos consecutivos e sacrifício de

animais positivos. Depois de certificada, ficam obrigadas a repetir os testes

anualmente nas fêmeas de idade igual ou superior a 24 meses, desde que sejam

vacinadas. Os testes serão realizados por médico veterinário habilitado ou por

laboratório, vinculado ao programa (BRASIL, 2017; FRANÇA et al., 2014).

A certificação de propriedades monitoradas envolve testes anuais por

amostragens, quando identificado um reagente positivo, todas as fêmeas com mais

de 24 meses e os machos reprodutivos são testados de acordo com o regulamento

técnico do PNCEBT (SOLA et al., 2014; BRASIL, 2017; BRASIL, 2006). O Processo

de monitoramento, deve ser realizado pelo veterinário habilitado responsável pelo

rebanho na propriedade; os animais devem ser identificados individualmente e

vacinadas todas as bezerras entre três e oito meses de idade com B19. Os animais

reagentes positivos devem ser sacrificados (LAGE et al., 2008).

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4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

A brucelose é uma doença mundialmente distribuída e no Brasil, e que causa

grandes prejuízos econômicos no agronegócio. Devido a esses prejuízos foi

implementado o Programa Nacional de Controle e Erradicação da Brucelose e da

Tuberculose Animal (PNCEBT), criado pelo (MAPA), que tem como objetivo a

diminuição na prevalência e na incidência da brucelose, através do controle e

profilaxia dessa enfermidade. O controle da brucelose envolve vacinação obrigatória

de fêmeas, com idade entre três a oito meses, diagnóstico, sacrifício e a certificação

de propriedades livres ou monitoradas trazendo assim, benefícios sanitários e

econômicos, diminuindo o impacto negativo dessa zoonoses na saúde pública já que

é transmissível ao homem.

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REFERÊNCIAS

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