Controles Climáticos Regionais Para a compreensão da dinâmica atmosférica de um lugar...
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Controles Climáticos RegionaisControles Climáticos Regionais Para a compreensão da dinâmica atmosférica de um lugar
consideração dos controles de grande escala, perturbações de meso-escala (regional ou circulação secundária), condições locais de diversas naturezas (climático-botânicos, topográficos...) em interação dinâmica
Controles climáticos: cristalizam-se no espaço geográfico seguindo organização espacial diversa das divisões administrativas, ainda que a definição dos climas segundo essa ordem possa ter interesse para fins de planejamento.
AMÉRICA DO SUL
Situação do escoamento atmosférico médio e condições oceânicas vizinhas reflexo da presença do centros de ação (AP e BP) e perturbações gerais, que influenciam a penetração dos sistemas tropicais e extra-tropicais– muitos mecanismos ao longo o ano: invasão de sistemas +
frios, que contrastam com o domínio de sistemas + quentes e úmidos, da ZCIT, combinados com feições locais...
Unidades Morfológicas e
Massas Oceânicas
Centros de Ação
(Figuras isobáricas de controle)
Correntes Perturbadas (mecanis-mos frontais e suas extensões)
Regiões Climáticas
da América do Sul
Massas de Ar que atuam na América do Sul• Equatorial
• Continental (Ec ou cE): formada na Reg. Amazônica, dominada por BP. Forte convecção, intensificada pelos alísios de NE e SE
• Marítima (Em): sob o Atl. e Pacíf. devido a convergência dos alísios. Deslocamento latitudinal ao longo do ano
• Tropical• Marítima: Tropical Atlântica(Ta) e Tropical Pacífica (Tp)
associadas aos anticiclones do Atl. S e do Pacíf. S. A Tm Pacífica pode ultrapassar os Andes no verão, alimentando a Baixa do Chaco (brisa de montanha)
• Continental (Tc): Grande atividade convectiva, mas pouca precipitação; associação com a Baixa do Chaco
• Polar • Marítima (Pm): associada aos anticiclones migratórios na
região subártica. Estável em sua origem, mas com instabilidade crescente em seu deslocamento em direção a latitudes mais baixas
• Antártica• Continental (A): bastante estável, fria e seca
Mecanismo da Circulação Atmosférica - América do Sul
Massas de Ar
Janeiro
Massas de Ar
Julho
Análise Sinótica
BRASIL Grande extensão latitudinal e longitudinal; grandes
contrates (solo, vegetação, topografia, ocupação do solo...)
Mecanismos físicos que controlam o clima no Brasil• ZCIT - variabilidade espaço-temporal, decisiva nas
condições de tempo e clima• ZCAS (Zona de Convergência do Atl.Sul) – faixa de
nebulosidade persistente, associada a escoamento na baixa troposfera do Sul da Amazônia ao Atlântico Sul central. Extende-se para Leste (orientação NO/SE, ) por milhares de Km., com posição média nos subtrópicos, sendo mais caracterizada no verão
• Outros (alísios, complexos convectivos de mesoescala...)
Centros de Ação– Anticiclone do Atlântico Sul e do Pacífico Sul (dinâmico)– Baixa do Chaco (térmico) no verão / Alta da Bolívia – Altas Pressões Polares– Baixas Pressões Equatoriais
Apesar das especificidades dos climas no Brasil: no geral a variabilidade mais importante precipitação
Região Início Final
Norte ago-dez jun
Nordeste fev mai
Centro oeste set mai
Sudeste set-out abr
Sul jul nov
REGIÃO NORTE
• mecanismos: combinação entre a atuação da ZCIT, anticiclones do Atl. Sul e dos Açores ventos de leste. Eventualmente, penetração de sistema polar (instabilização); localmente: brisas sempre com intensa evapotranspiração
• precipitação predominantemente convectiva, com significativa heterogeneidade espaço-temporal; volumes mais elevados a leste (+4000mm/ano). Sensível ao El Niño (deslocamento da Circulação de Walker, instalando-se aí a subsidência de uma dos ramos da circulação seca)
– período mais chuvoso: Norte: set-dez; Sul: jun-ago
• temperatura: constantemente alta (maor homogeneidade que a precipitação)
REGIÃO CENTRO-OESTE
• influência: Baixa do Chaco, Alta da Bolívia, anticiclones do Atl. Sul (tempo estável, subsidência, pouca nebulosidade, ventos de NE e Leste), além da ZCIT e sistema polar (instabilidade) todos alterados por linhas de instabilidade
– chuvas: grande diferença quantitativa– temperatura: também diversidade mais ao sul
(sist.tropicais e extra-tropicais)REGIÃO NORDESTE
• maior diferenciação: pluviosidade (1600 mm no litoral a < 400 mm no sertão)
• notável variabilidade intra e interanual - influência de mecanismos de circulação meridional de Hadley, zonal de Walker, ZCIT. Sensibilidade a anomalias oceânicas e fatores geográficos locais
REGIÃO SUL
• clima subtropical / temperado: ritmo sazonal mais definido, maior diferenciação térmica
• controles locais: fruto da posição latitudinal, na borda do oceano. Relevo relativamente simples; > extensão de terras entre 300 e 900 m.; (RS predominam altitudes de até 300m.)
• atingida pelos principais sistemas das baixas e altas latitudes (anticiclones do Atl. S, do Pacíf. S e polar, baixa do Chaco, tropical continental)
REGIÃO SUDESTE
• posição latitudinal e estar na borda do oceano região de maiores contrastes
– maritimidade / continentalidade,– topografia: não tão elevada mas acidentada,
promovendo turbulência constante e com disposição na borda atlântica WSW-ENE, contrária aos fluxos polares
– diferentes sistemas atmosféricos originados a partir de centros de ação diversos (anticiclones do Atlântico Sul, Pacífico Sul, Polar, Baixa do Chaco, Alta da Bolívia...)
faixa de conflito entre sistemas tropicais e extratropicais, tendo caráter transicional em níveis regional e zonal
Mecanismos de circulação: sob controle da dinâmica da FP; elos destes mecanismos no decorrer do ano tipos de tempo
ESTADO DE SÃO PAULO
• posição latitudinal e fatores geográficos envolvido pelas principais correntes de circulação atmosférica da América do Sul faixa de conflito entre sistemas tropicais e extra-tropicais: correntes tropicais marítimas de E-NE, correntes polares de Sul e correntes do interior de W-NW.
• transição entre os regimes permanentemente úmidos do Brasil Meridional e alternadamente seco é úmido do Brasil Central
• mecanismos gerais da circulação atmosférica: comando da FPA
– contraste entre sistemas antagônicos variados tipos de tempo
Feições Climáticas em São Paulo
Monteiro, 1973
FE IÇ Õ ES C LIM ÁTIC AS IN D IV ID U ALIZAD AS N O S C LIM ASR EG IO N AIS , SEG U N D O AS U N ID AD ES G EO M O R FO LÓ G IC AS
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Depressão
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Ocidental
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Serra(borda do P lanalto)
N orte
Setor N orte
Serra deSão C arlos
“Percée”do Tietê
Serra deBotucatu
O este
SudoesteBacia
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Sul
Contrafortes
Fonte: Monteiro, 1973
Massa Polar atlânica atingindo S.Paulo – trajetória oceânica
CAMPINAS
• na bacia do Piracicaba / Capivari, diferencia-se sobretudo pelas condições de relevo
– Ventos: influência da Serra do Japi e dos Cristais, que contribuem para as famosas rajadas: massas oceânicas úmidas que penetram no continente e se acumulam contra as serras, canalizando-os e induzindo-os para que soprem à sotavento (menor umidade)
– Precipitação: aleatoriedade na distribuição anual, sazonal e mensal, com tendência a aumento a partir da década de 60, seguindo tendência mundial (provavelmente por ação antropogênica);
• verão: 39% dos totais ~675 mm; 50% dos dias chuvosos • primavera: 36% ~342 mm; 30% dos dias chuvosos• inverno: 11% ~117 mm; 14% dos dias chuvosos• outono: 14% ~277 mm; 25% dos dias chuvosos
– Temperatura: média anual: 20,30C também aumento a partir da déc.60
• verão: 22,70C• primavera: 19,60C• inverno: 17,40C• outono: 20,50C
Dez Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov1960/ 61 -3,0 -0,4 1,2 -0,4 1,0 -1,0 -0,6 -0,9 -0,5 -1,5 -0,7 1,0
1961/ 62 1,1 -1,3 0,1 1,5 -1,1 -1,1 -0,3 0,0 0,5 -0,1 1,4 -0,5
1962/ 63 0,8 1,7 0,7 -1,3 -1,0 -1,3 -1,1 -0,9 -0,7 -1,4 0,8 1,3
1963/ 64 -2,2 -1,3 2,0 -1,7 -1,0 0,1 -0,3 0,7 -0,5 0,0 1,1 -1,4
1964/ 65 2,5 0,3 1,7 0,2 0,0 -0,1 -0,4 0,7 -0,7 0,0 1,1 0,1
1965/ 66 0,4 -0,6 -0,4 1,3 -0,8 -0,5 -1,1 -0,7 0,1 -0,4 0,2 -1,2
1966/ 67 1,9 0,7 0,4 -0,3 -1,1 -1,1 1,1 -0,3 -0,8 0,1 1,2 1,0
1967/ 68 -1,1 -0,3 -0,7 -0,7 0,6 -0,9 -0,6 -0,7 0,3 -1,1 -0,3 -1,9
1968/ 69 -0,8 -1,2 0,3 -0,9 -0,3 -0,6 -0,2 -0,5 0,1 -0,3 0,1 1,7
1969/ 70 -0,3 1,4 4,3 0,1 -0,6 -0,2 0,2 -0,6 1,8 0,7 -0,5 -0,5
1970/ 71 0,1 -1,8 -1,1 0,7 0,3 -0,2 1,4 -0,1 -0,7 0,0 0,2 -1,0
1971/ 72 -0,4 1,0 1,7 -1,6 0,0 -0,3 -1,0 2,4 1,2 0,4 0,8 0,2
1972/ 73 -1,0 -0,6 -0,5 -0,6 0,3 -0,3 -0,2 1,1 -0,3 -0,4 -0,3 0,2
1973/ 74 -0,2 1,4 -1,3 0,4 -0,7 -1,2 1,7 -0,9 -0,7 -0,9 0,4 0,0
1974/ 75 0,2 -0,4 1,1 -1,4 -0,5 -1,0 -1,0 0,2 -0,9 -1,0 1,4 2,0
1975/ 76 -0,4 0,1 1,1 0,2 0,3 1,3 0,8 2,8 1,9 2,2 0,2 -0,7
1976/ 77 -0,5 1,4 -1,5 -0,4 1,3 -1,1 -0,3 -0,6 -0,1 1,4 -0,6 0,2
1977/ 78 1,1 -2,0 -1,5 -0,8 -1,3 -0,2 0,3 0,8 -0,9 -0,5 0,0 0,6
1978/ 79 -0,5 -1,0 -0,3 -0,4 0,8 0,5 -1,1 0,3 1,3 0,3 0,4 0,3
1979/ 80 0,0 0,5 -0,6 -1,5 2,9 -1,0 0,9 -0,8 0,0 -0,2 -0,7 -0,5
1980/ 81 1,0 -0,4 -1,0 -0,5 -1,1 -0,9 0,4 -0,7 -0,5 -1,3 2,5 0,1
1981/ 82 -1,0 0,2 -0,7 0,8 0,0 -0,8 2,7 -0,2 0,1 -1,4 1,4 0,3
1982/ 83 1,9 0,2 0,9 1,4 1,5 3,1 2,5 0,2 -0,8 3,0 -0,3 0,0
1983/ 84 0,9 -0,6 -1,7 -1,0 1,8 -0,4 -1,1 -0,8 2,5 0,4 -1,3 -0,2
1984/ 85 0,6 -0,7 -0,3 0,7 0,6 -0,2 -0,7 -0,8 -0,5 0,4 -1,5 -0,6
1985/ 86 -1,4 -1,1 0,4 0,7 -0,9 1,0 -1,1 -0,6 3,3 -0,8 -0,7 0,0
1986/ 87 2,7 1,0 -0,9 0,9 -0,3 2,8 0,7 -0,6 -0,6 -0,1 -0,7 -1,7
1987/ 88 -0,2 0,0 0,5 1,3 1,2 0,5 -0,5 -0,9 -0,9 -1,4 0,5 -0,7
1988/ 89 -1,0 -0,4 0,2 -0,9 -1,0 -1,0 -0,1 2,8 -0,2 -0,4 -1,1 1,2
1989/ 90 -0,3 1,8 -0,8 1,9 -0,5 -0,4 -0,6 2,1 0,0 -0,1 -0,7 -0,9
1990/ 91 -1,6 1,6 0,7 2,8 1,4 0,3 -0,3 -0,5 -0,8 -0,5 0,5 -0,7
1991/ 92 0,0 -1,5 -1,4 0,0 -0,6 0,1 -1,1 -0,2 -0,5 0,4 1,7 1,1
1992/ 93 -1,1 -0,5 1,9 -0,4 0,3 0,4 -0,1 -0,6 0,1 1,1 -0,7 -0,6
1993/ 94 -0,2 -0,4 0,9 -0,1 -0,5 -0,3 -0,3 -0,1 -0,9 -1,5 -0,8 0,5
1994/ 95 1,3 -0,8 2,0 1,5 0,8 -0,1 -0,3 0,4 -0,9 -0,1 0,9 -1,1
1995/ 96 0,5 0,8 0,4 0,7 -0,1 -0,7 -0,3 -0,8 -0,2 1,6 0,8 0,5
1996/ 97 0,5 1,1 0,2 -1,3 -0,6 -0,1 1,8 -0,3 -0,2 0,3 -0,4 1,5
1997/ 98 0,5 -0,7 0,5 -0,1 -0,5 0,9 -0,6 -0,7 -0,5 0,3 0,8 -1,2
1998/ 99 1,4 1,8 0,5 -0,2 -0,5 -0,5 0,5 -0,9 -0,9 -0,2 -1,1 -1,3
1999/00 -0,4 0,5 0,8 -0,6 -1,5 -1,3 -0,9 1,3 0,9 0,1 -0,8 2,4
2000/01 0,1 -0,8 1,6 -0,6 -0,9 0,2 -0,6 -0,6 -0,2 0,0 2,0 -0,7
2001/02 -0,1 -0,3 -0,6 -0,5 -1,1 0,3 -1,1 -0,7 1,1 -0,5 -1,0 1,6
-4,1 a -5,0
-3,1 a -4,0
-2,1 a -3,0
-1,1 a -2,0
-1,0 a 1,0
1,1 a 2,0
2,1 a 3,0
3,1 a 4,0
4,1 a 5,0
Anomalias de precipitação - Posto IAC (Campinas)
(VICENTE, 2005)