Controlo qualidade e processos de fiações de fios para malhas

158
Por: Constantino Monteiro Alves, Eng. Têxtil Ano 2014 Testes Físicos efectuados no Controlo de Qualidade dos Fios de Algodão para Malhas 1 FORMAÇÃO: Controlo da Qualidade

Transcript of Controlo qualidade e processos de fiações de fios para malhas

Page 1: Controlo qualidade e processos de fiações de fios para malhas

Por: Constantino Monteiro Alves, Eng. Têxtil

Ano 2014

Testes Físicos efectuados no Controlo de

Qualidade dos Fios de Algodão para Malhas

1

FORMAÇÃO:

Controlo da Qualidade

Page 2: Controlo qualidade e processos de fiações de fios para malhas

2

O Algodão

Por: Constantino Monteiro Alves, Eng. Têxtil - Janeiro 2014

Page 3: Controlo qualidade e processos de fiações de fios para malhas

O Algodão

3Por: Constantino Monteiro Alves, Eng. Têxtil

O Algodoeiro é uma planta de clima quente, que não suporta o frio. O

período vegetativo varia de cinco a sete meses, dependendo da

quantidade de calor recebida, exige que os Verões sejam quentes e

bastante húmidos.

Os arbustos do algodoeiro conseguem atingir até 7 m de altura. As folhas

são grandes, com três, cinco (até sete) lobos.

Em muitos Países e em muitas zonas algodoeiras a colheita é feita

manualmente, e mesmo no caso de utilização de processos mecanizados,

a colheita é demorada, por vezes varias semanas. De qualquer forma, a

colheita do algodão exige quasi sempre muita mão de obra.

Os principais produtores mundiais de algodão têm sido a China, os

Estados Unidos e o Usbequistão, seguidos por Índia, Paquistão e Brasil.

Page 4: Controlo qualidade e processos de fiações de fios para malhas

O algodão é a principal fibra têxtil de origem vegetal em todo o

mundo. O algodão é uma fibra de semente vegetal (Gossypium

herbaceum). Quando seca, a fibra de algodão é quase

inteiramente composta por celulose (88 a 96%). Além de

celulose, ela contém pequenas porções de proteína, pectina, cera,

cinzas, ácidos orgânicos e pigmentos.

O Algodão

4Por: Constantino Monteiro Alves, Eng. Têxtil

Page 5: Controlo qualidade e processos de fiações de fios para malhas

O Algodão

Trata-se de uma fibra fina, de comprimento variando entre 24 – 28 mm

(Fibra média) e 36 a 38 mm (Fibra longa) e, por não apresentar grandes

exigências em relação ao clima ou ao solo, pode ser produzido em

praticamente todos os continentes.

No entanto, é uma planta de cultura delicada e muito sujeita a pragas, sendo

grande consumidora de desfolhantes, herbicidas e fungicidas.

O seu preço é regulado pela oferta, procura, nível e classificação de

qualidade, especialmente em relação às características da fibra, como, por

exemplo, o índice de uniformidade e o teor de impurezas presentes na

matéria-prima (fardos).

5Por: Constantino Monteiro Alves, Eng. Têxtil

Page 6: Controlo qualidade e processos de fiações de fios para malhas

.

Flor de

algodão

Algodão

maduro.

Cápsula

fechada

Cápsula a

abrir

Etapas e aspecto do seu desenvolvimento:

O Algodão

6Por: Constantino Monteiro Alves, Eng. Têxtil

Page 7: Controlo qualidade e processos de fiações de fios para malhas

Algodão maduro pronto a ser colhido!

O Algodão

7Por: Constantino Monteiro Alves, Eng. Têxtil

Page 8: Controlo qualidade e processos de fiações de fios para malhas

Cor – creme

Toque – agradável e macio

Taxa de recuperação de Humidade

Algodão normal – 8,5%

Algodão mercerizado -10,5%

Absorção de humidade – elevada, cerca de 50% do seu peso em água

Propriedades eléctricas – não cria electricidade estática

CARACTERÍSTICAS DO ALGODÃO

O Algodão

8Por: Constantino Monteiro Alves, Eng. Têxtil

Page 9: Controlo qualidade e processos de fiações de fios para malhas

Composição química

85,5% Celulose

0,5% Óleos e Ceras

5% Pectinas e Matérias Corantes

1% Minerais

8% Água

O Algodão

9Por: Constantino Monteiro Alves, Eng. Têxtil

Page 10: Controlo qualidade e processos de fiações de fios para malhas

Trata-se da matéria prima mais utilizada

no segmento dos TÊXTEIS LAR

As Propriedades mais importantes desta fibra, são:

SER BASTANTE HIGROSCÓPIA;

BOA RETENÇÃO DE HUMIDADE;

SEDOSA;

FLEXIVEL;

TACTO AGRADÁVEL;

HIPO-ALÉRGICA.

O Algodão

10Por: Constantino Monteiro Alves, Eng. Têxtil

Page 11: Controlo qualidade e processos de fiações de fios para malhas

Propriedades térmicas:

Resistência a ácidos:

Resistência a bases:

(Exemplo: mercerização)

Resistência a oxidantes:

Resistência a solventes orgânicos:

Resistência a micro organismos:

Resistência a insectos:

Fraca

Fraca

Excelente

Boa

Boa

Fraca

Boa

O Algodão

11Por: Constantino Monteiro Alves, Eng. Têxtil

Page 12: Controlo qualidade e processos de fiações de fios para malhas

Resistência à luz solar:

Comportamento ao calor e à chama:

Arde com cheiro a papel queimado, libertando um fumo branco.

Suporta temperaturas de passagem a ferro entre os 180ºC e os 220ºC, contudo para tempos de exposição prolongados pode ocorrer degradação.

Exposição prolongada, degrada e amarelece.

O Algodão

12Por: Constantino Monteiro Alves, Eng. Têxtil

Page 13: Controlo qualidade e processos de fiações de fios para malhas

Aplicações

O algodão é uma fibra que confere aos artigos

conforto natural e toque agradável.

Vestuário exterior

Vestuário interior

Têxteis lar

Aplicações técnicas: telas para tendas de campismo,

lonas, telas transportadoras, etc.

O Algodão

13Por: Constantino Monteiro Alves, Eng. Têxtil

Page 14: Controlo qualidade e processos de fiações de fios para malhas

ALGODÃO ORGÂNICO:

O algodão orgânico garante os sistemas sustentáveis no tempo e no espaço,

sem a utilização de agrotoxicos, adubos químicos ou outros produtos

químicos prejudiciais à saúde humana, animal e ao meio ambiente.

Possibilita manter a fertilidade da vida no solo.

14

Tipos de Algodões

Por: Constantino Monteiro Alves, Eng. Têxtil

Page 15: Controlo qualidade e processos de fiações de fios para malhas

ALGODÃO MODIFICADO:

Este tipo foi criado para reduzir o uso de pesticidas. Possibilita a redução

na utilização dos mesmo em cerca de 80 % mais que o algodão normal.

Proporcionam aos agricultores além de benefícios económicos, benefícios

ambientais que são de grande importancia.

15

Tipos de Algodões

Por: Constantino Monteiro Alves, Eng. Têxtil

Page 16: Controlo qualidade e processos de fiações de fios para malhas

16

Tipos de Algodões

ALGODÃO COLORIDO:

O algodão colorido é controlado por um gene dominante.

Geralmente as cores que se consegue obter são:

O Bege, Vermelho, Cinza, Amarela, Castanho escuro e Cinza.

Notar que o comprimento da fibra é mais curto e mais fraco do que algodãobranco, além de necessitarem cuidados especiais entre o plantio e a colheita.

É totalmente natural, necessitando, por isso, de passar pelos mesmosprocessos que normalmente são utilizados no processamento das malhas etecidos em que é utilizado o ALGODÃO TRADICIONAL (BRANCO).

Por: Constantino Monteiro Alves, Eng. Têxtil

Page 17: Controlo qualidade e processos de fiações de fios para malhas

matura; imatura; morta; mercerizada

Estendida numa lamela.

Em corte transversal:

Exemplo de uma fibra de Algodão:

Vista ao Microscópio:

IDENTIFICAÇÃO DAS FIBRAS

Análise do Algodão

17Por: Constantino Monteiro Alves, Eng. Têxtil

Page 18: Controlo qualidade e processos de fiações de fios para malhas

Secção transversal

Secção longitudinal

IDENTIFICAÇÃO DAS FIBRAS

18Por: Constantino Monteiro Alves, Eng. Têxtil

Análise do Algodão

Page 19: Controlo qualidade e processos de fiações de fios para malhas

Algodão Algodão Algodão Algodão

Maduro ainda Maduro Mercerizado

Verde

Camadas de celulose

Lúmen

Cutícula

IDENTIFICAÇÃO DAS FIBRAS

19Por: Constantino Monteiro Alves, Eng. Têxtil

Análise do Algodão

Page 20: Controlo qualidade e processos de fiações de fios para malhas

IDENTIFICAÇÃO DAS FIBRAS

20Por: Constantino Monteiro Alves, Eng. Têxtil

Análise do Algodão

Page 21: Controlo qualidade e processos de fiações de fios para malhas

Principais Testes Físicos

efectuados na Matéria Prima

Natureza – Refere-se à sua classificação como matéria-prima.

Morfologia – A vista longitudinal e o corte transversal que caracterizam a

forma da fibra.

Fibras de algodão Fibras de algodão mercerizado

21Por: Constantino Monteiro Alves, Eng. Têxtil

Page 22: Controlo qualidade e processos de fiações de fios para malhas

HVI (High Volume Instrument) mede:

Comprimento Médio da Fibra (UHM);

Uniformidade de Comprimento (%);

Índice ou Conteúdo de Fibras Curtas;

Finura da fibra;

Resistência;

Alongamento;

Grau e Conteúdo de impurezas (trash).

HVI (High Volume Instrument):

APARELHO PARA CONTROLO DAS FIBRAS ALGODÃO

22Por: Constantino Monteiro Alves, Eng. Têxtil

Principais Testes Físicos

efectuados na Matéria Prima

Page 23: Controlo qualidade e processos de fiações de fios para malhas

HVI (High Volume Instrument):

Comprimento Médio da Fibra (UHM);

Uniformidade de Comprimento (%);

Índice ou Conteúdo de Fibras Curtas;

Finura da fibra;

Resistência;

Alongamento;

Grau e Conteúdo de impurezas (trash).

23Por: Constantino Monteiro Alves, Eng. Têxtil

Principais Testes Físicos

efectuados na Matéria Prima

Page 24: Controlo qualidade e processos de fiações de fios para malhas

Comprimento – É a dimensão da fibra em seu estado natural.

Comprimento Médio da Fibra (UHM): é determinado eletronicamente,

considerando-se o comprimento médio da metade mais longa do feixe de fibras em 32

subdivisões de polegada. Este procedimento reproduz com grande fidelidade o

comprimento visual, executado pelo classificador.

Uniformidade de Comprimento (%): é a relação entre o comprimento médio e o

comprimento médio da metade mais longa do feixe de fibras. No caso do algodão

“upland”, deve-se adoptar como referência de qualidade um mínimo de 83% de

uniformidade.

Índice ou Conteúdo de Fibras Curtas (%): é a frequência expressa em função do

peso ou da quantidade de fibras com comprimento inferior a 12,7 mm. Tem-se como

uma amostra de boa qualidade de algodão aquela que contiver no máximo 7% de

fibras curtas.

24Por: Constantino Monteiro Alves, Eng. Têxtil

Principais Testes Físicos

efectuados na Matéria Prima

Page 25: Controlo qualidade e processos de fiações de fios para malhas

25Por: Constantino Monteiro Alves, Eng. Têxtil

Principais Testes Físicos

efectuados na Matéria Prima

Page 26: Controlo qualidade e processos de fiações de fios para malhas

26Por: Constantino Monteiro Alves, Eng. Têxtil

Principais Testes Físicos

efectuados na Matéria Prima

Page 27: Controlo qualidade e processos de fiações de fios para malhas

27Por: Constantino Monteiro Alves, Eng. Têxtil

Principais Testes Físicos

efectuados na Matéria Prima

Origem Comprimento

médio

Comprimento

máximo

Índia 12 a 20 mm 20 a 36 mm

EUA 16 a 30 mm 24 a 48 mm

Egipto 20 a 32 mm 36 a 52 mm

Comprimento

O comprimento médio da fibra de algodão varia conforme

a sua origem e é um indicador de qualidade.

Page 28: Controlo qualidade e processos de fiações de fios para malhas

Finura da fibra – É a medida do diâmetro da fibra. No caso do algodão, o Índice

Micronaire, também conhecido como “finura de fibra”, é um índice adimensional,

indicador da resistência de uma determinada massa de fibras a um fluxo de ar, à pressão

constante, em câmara de volume definido.

Este índice, que é fortemente influenciado pelo conteúdo de celulose presente na parede

secundária da fibra, permite estimar a quantidade de fibras que irão compor a secção

transversal do fio e, portanto, sua resistência e regularidade em função de comprimento.

O índice micronaire exerce forte influência na eficiência de limpeza e de remoção de

“neps”, na resistência à rotura e na uniformidade de massa dos fios, bem como no

tingimento de fibras, fios e tecidos.

Micronaire: Trata-se de um aparelho que serve para medir a espessura das paredes das

fibras, e existe uma relação muito directa entre o amadurecimento das fibras e a

grossura das suas paredes

Usualmente comercializa-se algodão entre os limites 3,9 e 4,5 de micronaire, sendo ideais

os compreendidos entre 3,8 a 4,2.

28Por: Constantino Monteiro Alves, Eng. Têxtil

Principais Testes Físicos

efectuados na Matéria Prima

Page 29: Controlo qualidade e processos de fiações de fios para malhas

29Por: Constantino Monteiro Alves, Eng. Têxtil

Principais Testes Físicos

efectuados na Matéria Prima

A FINURA E A MATURAÇÃO DAS FIBRAS.

Uma fibra pode ser fina por má maturação, quando a sua variedade ou

qualidade é do nível médio ou grosso. No entanto, uma fibra bem madura pode

também ser fina desde que a variedade ou tipo de fibra seja do nível fino.

A finura e a maturação influencia, até certo ponto, o título do fio a fiar dado

que as regras de bem fiar impõe que o número de fibras por secção transversal do fio

seja superior a 80.

Assim, por exemplo, um algodão que apresente um índice micronaire ( I.M.)

de 4.0g/polegada, o que equivale a ter uma finura de cerca de 1.26 dTex, originará

num fio Ne 20 ( respectivamente 30 Tex ) a existirem:

N = 30 / 0.126 = 240 fibras por secção transversal

Page 30: Controlo qualidade e processos de fiações de fios para malhas

30Por: Constantino Monteiro Alves, Eng. Têxtil

Principais Testes Físicos

efectuados na Matéria Prima

A FINURA E A MATURAÇÃO DAS FIBRAS

Entretanto, para um algodão que apresente um I.M. = 5.0 ( aproximadamente 1.57

dTex ) o número de fibras por secção transversal será, como se compreende:

N = 30 / 0.157 = 191 fibras por secção transversal

Convém lembrar que o fio produzido com este tipo de fibras vai apresentar, para as

mesmas condições, um maior índice de irregularidade e consequentemente um maior

valor de irregularidade Uster C.V.%.

Page 31: Controlo qualidade e processos de fiações de fios para malhas

31Por: Constantino Monteiro Alves, Eng. Têxtil

Principais Testes Físicos

efectuados na Matéria Prima

A FINURA E A MATURAÇÃO DAS FIBRAS

É evidente que o problema da finura do algodão é tanto mais relevante quanto mais

fino for o fio a produzir, tornando-se uma exigência quando se pretende fiar fios cujo

Ne seja superior a 36 – 40. Com efeito, é possível concluirmos isso mesmo através da

equação:

100

C.V.% lim = ----------------

O que para o nosso caso acima, vamos obter respectivamente:

100 100

C.V.% lim = -------------- = 6.45 % e C.V.% lim = -------------- = 7.20 %

Para análise do Micronaire o aparelho que determina a finura do algodão denomina-se

MICRONAIRE.

Page 32: Controlo qualidade e processos de fiações de fios para malhas

FINURA MICRONAIRE

MATURAÇÃO

MÉTODO CAUSTICAIRE

Inferior a 3.0 Muito Fina Superior a 83 Muito Madura

3.0 a 3.9 Fina

76 a 83 Média4.0 a 4.9 Média

5.0 a 5.9 Grossa 70 a 75 Imatura

Superior a 5.9 Muito

Grossa

Inferior a 70 Muito Imatura

Finura da fibra

32Por: Constantino Monteiro Alves, Eng. Têxtil

Principais Testes Físicos

efectuados na Matéria Prima

No que se refere à classificação das fibras qualquer que seja a razão da finura, é uso

adoptar-se a seguinte escala:

Page 33: Controlo qualidade e processos de fiações de fios para malhas

CLASSIFICAÇÃO DA MATURAÇÃO

( MATURITY RATIO - SEGUNDO E. LORD )

MÉTODO DO MICROSCÓPIO

Muito Maduras 1.00

Acima da Média 1.00 –0.95

Maduras 0.95-0.90

Maduras 0.90-0.85

Abaixo da Média 0.85-0.80

Imaturas 0.80-0.70

Muito Imaturas 0.70

MICRONAIRE / MATURIDADE

33Por: Constantino Monteiro Alves, Eng. Têxtil

Principais Testes Físicos

efectuados na Matéria Prima

Page 34: Controlo qualidade e processos de fiações de fios para malhas

MICRONAIRE / MATURIDADE

Maturidade – É o grau de desenvolvimento da parede da fibra.

Para duas fibras de mesmo diâmetro, a mais madura será

aquela que tiver parede mais espessa na sua secção transversal.

NOTA:

Taxa de maturação segundo E. Lord:

N - D

Taxa de maturação = ------------------ + 0.70

200Sendo:

N - % de fibras normais ( maduras )

D - % de fibras mortas ( imaturas )

34Por: Constantino Monteiro Alves, Eng. Têxtil

Principais Testes Físicos

efectuados na Matéria Prima

Page 35: Controlo qualidade e processos de fiações de fios para malhas

MICRONAIRE / MATURIDADE

Potencial de Formação de Neps em Fibras de Algodão.

Como se pode verificar na tabela anterior, uma fibra está mais

sujeita a originar o aparecimento de neps no fio quando menor

for a sua maturação.

Uma fibra imatura tem uma forte tendência a formar neps

durante o processo de preparação para a FIAÇÃO,

nomedamente nos ABRIDORES, BATEDOR E CARDAS.

35Por: Constantino Monteiro Alves, Eng. Têxtil

Principais Testes Físicos

efectuados na Matéria Prima

Page 36: Controlo qualidade e processos de fiações de fios para malhas

Notar que:

Variações de micronaire devido a falta de

maturidade das fibras do algodão, origina

barramentos dos artigos (malhas e/ou

tecidos) após o tingimento devido a

diferenças de afinidade tinturial.

MICRONAIRE / MATURIDADE

36Por: Constantino Monteiro Alves, Eng. Têxtil

Principais Testes Físicos

efectuados na Matéria Prima

Page 37: Controlo qualidade e processos de fiações de fios para malhas

Notar – diferenças do valor micronaireMICRONAIRE / MATURIDADE

37Por: Constantino Monteiro Alves, Eng. Têxtil

Principais Testes Físicos

efectuados na Matéria Prima

Page 38: Controlo qualidade e processos de fiações de fios para malhas

Notar – diferenças do valor micronaireMICRONAIRE / MATURIDADE

38Por: Constantino Monteiro Alves, Eng. Têxtil

Principais Testes Físicos

efectuados na Matéria Prima

Page 39: Controlo qualidade e processos de fiações de fios para malhas

Tecidos com barramentos devido à falta de homogeneidade das

misturas dos algodões.

Revela-se como barrados, raiados ou “faiscados” devido a

diferenças de afinidade tintorial em artigos tingidos.

Aspecto do defeito:

MICRONAIRE / MATURIDADE

39Por: Constantino Monteiro Alves, Eng. Têxtil

Principais Testes Físicos

efectuados na Matéria Prima

Page 40: Controlo qualidade e processos de fiações de fios para malhas

Tecidos tingidos no mesmo banho apresentando tonalidade

diferente devido à falta de homogeneidade das misturas dos

algodões.

MICRONAIRE / MATURIDADE

40Por: Constantino Monteiro Alves, Eng. Têxtil

Principais Testes Físicos

efectuados na Matéria Prima

Page 41: Controlo qualidade e processos de fiações de fios para malhas

Elasticidade – É a capacidade que a fibra possui de recuperar, total ou parcialmente,

o seu comprimento inicial, após a cessação da força que a deformava .

Resiliência – É a propriedade que as fibras têm de voltarem ao seu estado original

logo que seja retirada a carga ou a força que as comprimiam.

Flexibilidade – É a propriedade que a fibra possui de suportar a flexão.

Fiabilidade – É a propriedade que a fibra possui de se transformar em fio.

Resistência – É a capacidade que a fibra tem de suportar uma carga até romper-se. A

resistência à rotura é expressa em g/tex (universal), sendo que este parâmetro de

qualidade representa a força máxima necessária para romper um feixe de fibras.

Actualmente, espera-se encontrar, para fibras de algodão entre 28 e 29 mm, uma

resistência mínima de 26 g/tex.

41Por: Constantino Monteiro Alves, Eng. Têxtil

Principais Testes Físicos

efectuados na Matéria Prima

Page 42: Controlo qualidade e processos de fiações de fios para malhas

42Por: Constantino Monteiro Alves, Eng. Têxtil

Principais Testes Físicos

efectuados na Matéria Prima

A RESISTÊNCIA DAS FIBRAS

A resistência das fibras é, como se depreende, um parâmetro essencial para a

resistência dos fios, especialmente se os valores daquelas se situam muito

abaixo dos valores normais.

Um algodão que apresente deficiências ao nível de colheita, descaroçamento e

embalagem poderá afectar gravemente a sua resistência à tracção e

consequentemente originar a produção de fios com baixa resistência.

No entanto, convém não esquecer, que a tenacidade das fibras de algodão é,

em geral, muito superior à tenacidade dos fios produzidas com as mesmas o

que indica que a resistência à tracção daquelas contribui numa percentagem

muito pequena para a resistência destes.

Page 43: Controlo qualidade e processos de fiações de fios para malhas

43Por: Constantino Monteiro Alves, Eng. Têxtil

Principais Testes Físicos

efectuados na Matéria Prima

A RESISTÊNCIA DAS FIBRAS

É normal obtermos nas fibras valores de 25 – 30 g/Tex, enquanto para um fio

a sua tenacidade à rotura ronda os 14 – 16 g/Tex.

Valores como a Irregularidade, as Imperfeições, a Torção e a sua

regularidade, o coeficiente de coesão das fibras, etc. são muito mais

determinantes na resistência à tracção do fio.

O aparelho que determina a resistência das fibras à tracção é o dinamómetro,

tipo plano inclinado, PRESSLEY.

O valor da resistência das fibras obtido neste tipo de dinamómetro vem em

PSI ( libras por polegada quadrada ).

Page 44: Controlo qualidade e processos de fiações de fios para malhas

44Por: Constantino Monteiro Alves, Eng. Têxtil

Principais Testes Físicos

efectuados na Matéria Prima

A RESISTÊNCIA DAS FIBRAS

RESISTÊNCIA DAS FIBRAS PSI ( 1000 l f / pol2 )

Com Espaçador Sem Espaçador

Superior a 115 PSIMuito Forte

Superior a 95 PSI Muito Forte

106 a 115 Forte 86 a 95 Forte

96 a 106 Média 76 a 85 Média

86 a 96 Medíocre 66 a 75 Medíocre

Inferior a 86 PSI Fraca Inferior a 65 PSI Fraca

A resistência pode ser medida com espaçador ou sem espaçador e a tabela de

apreciação é a seguinte:

Page 45: Controlo qualidade e processos de fiações de fios para malhas

45Por: Constantino Monteiro Alves, Eng. Têxtil

Principais Testes Físicos

efectuados na Matéria Prima

A RESISTÊNCIA DAS FIBRAS

A resistência pode ser medida com espaçador ou sem espaçador e a tabela de

apreciação é a seguinte:

CARGA DE ROTURA ( l f )

ÍNDICE PRESSLEY = ----------------------------------------MASSA DAS FIBRAS ( mg )

RESISTÊNCIA DAS FIBRAS EM PSI = ÍNDICE PRESSLEY x 10.8 = 1000 l f / pol2

Entretanto, a resistência à tracção das fibras também pode ser medida através dos

sistemas HVI. Neste caso a classificação para avaliação toma as seguintes

distribuições:

Page 46: Controlo qualidade e processos de fiações de fios para malhas

46Por: Constantino Monteiro Alves, Eng. Têxtil

Principais Testes Físicos

efectuados na Matéria Prima

A RESISTÊNCIA DAS FIBRAS

A resistência pode ser medida com espaçador ou sem espaçador e a tabela de

apreciação é a seguinte:

RESISTÊNCIA DAS FIBRAS EM g/Tex

HVI 1/8 (HVICC) Stelometer 1/8 ( ICC)

Superior a 30 Muito Forte Superior a 26 Muito Forte

30 – 28 Forte 25 – 23 Forte

27 – 25 Média 22 – 20 Média

24 – 22 Baixa 19 – 17 Baixa

Inferior a 21 Muito Baixa Inferior a 17 Muito Baixa

Page 47: Controlo qualidade e processos de fiações de fios para malhas

47Por: Constantino Monteiro Alves, Eng. Têxtil

Principais Testes Físicos

efectuados na Matéria Prima

A RESISTÊNCIA DAS FIBRAS

Sendo: Força da Resistência da massa de fibras dividido pela finura da fibra

Para converter g/Tex em PSI , fazer:

17.3 x

Sendo 17.3 o coeficiente de correlação.

Page 48: Controlo qualidade e processos de fiações de fios para malhas

48Por: Constantino Monteiro Alves, Eng. Têxtil

Principais Testes Físicos

efectuados na Matéria Prima

Stelometer com espaçador – Valor do Alongamento em %

Superior a 19.6 % Muito Forte

18.0 a 19.6 Forte

16.4 a 18.0 Médio

14.7 a 16.4 Medíocre

Inferior a 14.7 % Fraco

O aparelho que determina a resistência das fibras e simultaneamente o

alongamento de rotura é o dinamómetro, tipo pêndulo, STELOMETER.

A tabela de valores é a seguinte:

A RESISTÊNCIA/ALONGAMENTO DAS FIBRAS

Page 49: Controlo qualidade e processos de fiações de fios para malhas

Humidade e “Regain”–Humidade é o Percentagem de água que o material possui em

relação ao seu peso húmido (PH). “Regain” é o Percentagem de água que o material

possui em relação ao seu peso seco (PS) até atingir o ponto de equilíbrio quando num

ambiente padronizado de humidade relativa 70º F (21ºC) +/- 2º C e HR 65% +/- 2%

(medida com auxílio de um psicômetro). A percentagem de “regain” é sempre maior

do que o Percentagem de humidade.

Cor, Lustro e Reflectância – A cor é inerente à natureza da fibra. O lustro é o brilho

natural da fibra. A forma da fibra também tem influência no brilho. Quanto mais lisa

e circular, maior brilho a fibra apresenta. A reflectância (Rd %) representa uma

escala que varia do branco ao cinza. Quanto maior a reflectância da fibra, menor será

o seu acinzentamento, e, portanto, maior o interesse para a indústria têxtil.

49Por: Constantino Monteiro Alves, Eng. Têxtil

Principais Testes Físicos

efectuados na Matéria Prima

Page 50: Controlo qualidade e processos de fiações de fios para malhas

Avaliação do Teor de Açucares – Há dois tipos de açucares que podem estarem

presentes no algodão:

1 – O açucar com origem na própria matéria prima;

50Por: Constantino Monteiro Alves, Eng. Têxtil

Principais Testes Físicos

efectuados na Matéria Prima

Page 51: Controlo qualidade e processos de fiações de fios para malhas

2 – O açucar proveniente da deposição de matéria orgânica

(dejectos) de uma mosca e origina o chamado HONEY DEW.

Este “açucar” tem graves implicações durante o processo de

fiação (ver figura no diapositivo seguinte).

51Por: Constantino Monteiro Alves, Eng. Têxtil

Principais Testes Físicos

efectuados na Matéria Prima

MOSCA APHID MOSCA WHITEFLY

Page 52: Controlo qualidade e processos de fiações de fios para malhas

Ou seja:

- Açúcar (melaço) Honey Dew - Presente no algodão e proveniente

dos dejectos dos insectos - Presença Prejudicial.

- Açúcar - Presente no algodão e proveniente da não transformação

do mesmo em celulose - Presença Não Prejudicial.

52Por: Constantino Monteiro Alves, Eng. Têxtil

Principais Testes Físicos

efectuados na Matéria Prima

MOSCA APHID MOSCA WHITEFLY

Page 53: Controlo qualidade e processos de fiações de fios para malhas

Meios de Detecção do HONEY DEW:

53Por: Constantino Monteiro Alves, Eng. Têxtil

Principais Testes Físicos

efectuados na Matéria Prima

O Sistema Detector do Algodão Pegajoso (Sticky Cotton Thermodetector

- SCT) mede os pontos que aderiram fisicamente às folhas de alumínio

por uma amostra de algodão (lint) condicionada, a qual é apertada e

aquecida a 82.5°C durante 12 segundos.

São categorizados Níveis de Viscosidade de acordo com o número de

pintas obtidas em duas folhas de alumínio. É desejável que as folhas de

alumínio apresentem um número muito baixo ou insignificante. O SCT

leva aproximadamente 5 minutos para processar cada amostra, requer

um investimento inicial inferior ao valor de uma MINICARDA de

laboratório.

Page 54: Controlo qualidade e processos de fiações de fios para malhas

Meios de Detecção do HONEY DEW - CONTINUAÇÃO:

54Por: Constantino Monteiro Alves, Eng. Têxtil

Principais Testes Físicos

efectuados na Matéria Prima

OUTRO PROCESSO PARA DETECÇÃO DO HONEY DEW - Aparelhos,

Utensílios, Reagentes e Documentos

- Comprimidos (reagente)

- Balão ERLENMEYER de 250 ml

- Pipeta graduada - 5 ml

- Proveta graduada – 25 ml

- Tubos de ensaio

- Vareta

- Agua destilada

- Fogão

- Balança com sensibilidade de 0.0001 g

Page 55: Controlo qualidade e processos de fiações de fios para malhas

Meios de Detecção do HONEY DEW - CONTINUAÇÃO:

55Por: Constantino Monteiro Alves, Eng. Têxtil

Principais Testes Físicos

efectuados na Matéria Prima

Técnica

1- Efectuar o ensaio depois de deixar condicionar as amostras no mínimo duas (2)

horas em ambiente condicionado de acordo com os valores de Temperatura e

Humidade definidos no Manual de Padrões e Tolerância.

2- Proceder a recolha de uma amostra que seja representativa do lote (ter em conta a

classificação obtida para a totalidade do lote, procedendo à recolha de três (3) amostras

por Grau conforme se indica em 7.

3- Destas três (3) amostras fazer uma (1) amostra por Grau, procurando que as

mesmas sejam representativas.

4- Retirar uma pequena porção 10 gramas) de cada amostra e introduzir cada uma no

balão ERLENMEYER

5- Em balão ERLENMEYER juntar 100 ml de água destilada.

6- Colocar os balões ERLENMEYER no fogão até à fervura e aguardar dez (10 )

minutos.

Page 56: Controlo qualidade e processos de fiações de fios para malhas

Meios de Detecção do HONEY DEW - CONTINUAÇÃO:

56Por: Constantino Monteiro Alves, Eng. Têxtil

Principais Testes Físicos

efectuados na Matéria Prima

7- Retirar os balões ERLENMEYER do fogão.

8- Retirar dos balões ERLENMEYER o algodão espremendo-o, ou então com

a ajuda da vareta pressionar sobre o algodão e verter a mistura numa proveta.

9- Com uma pipeta retirar de cada uma das provetas quinze (15 ) gotas da

solução depositada e verter num outro tubo de ensaio.

10- Colocar neste ultimo tubo de ensaio um comprimido de reagente.

11- Aguardar quinze segundos até acontecer a sua completa dissolução e, em

seguida proceder à comparação da cor obtida com o padrão (Ver em Anexo ).

12- Proceder à classificação.

Page 57: Controlo qualidade e processos de fiações de fios para malhas

Meios de Detecção do HONEY DEW - CONTINUAÇÃO:

57Por: Constantino Monteiro Alves, Eng. Têxtil

Principais Testes Físicos

efectuados na Matéria Prima

AVALIAÇÃO:

Após 15 segundos verifica-se uma alteração da cor do líquido do

tubo de ensaio.

A avaliação do conteúdo de açúcar é determinada da seguinte

forma:

- Cor azul-escura – 0,0% de açúcar;

- Cor verde-escura – 0,25 % de açúcar

- Cor verde-clara – 0,50 % de açúcar

- Cor castanho esverdeado - - 1,00% de açúcar

- Cor Laranja - 2.0 % de açúcar

Page 58: Controlo qualidade e processos de fiações de fios para malhas

IMPLICAÇÕES DA PRESENÇA DO HONEY DEW:

58Por: Constantino Monteiro Alves, Eng. Têxtil

Principais Testes Físicos

efectuados na Matéria Prima

DEPÓSITOS DE AÇUCARES NOS SISTEMAS DE ESTIRAGEM DOS CONTINUOS

Page 59: Controlo qualidade e processos de fiações de fios para malhas

Detecção da Bactéria “CAVITOMA”:

59Por: Constantino Monteiro Alves, Eng. Têxtil

Principais Testes Físicos

efectuados na Matéria Prima

Em certos Países, nomeadamente da América do Sul e por

vezes da Africa Francófona, existe uma bactéria denominada

“Cavitoma” que se infiltra no interior da fibra devorando a

celulose e tornando a fibra “oca”.

Page 60: Controlo qualidade e processos de fiações de fios para malhas

Detecção da Bactéria “CAVITOMA” - ORIGEM:

60Por: Constantino Monteiro Alves, Eng. Têxtil

Principais Testes Físicos

efectuados na Matéria Prima

Estes microorganismos desenvolvem-se na ausência de luz solar e

sob condições favoráveis e especificas de Temperatura, Humidade,

pH, etc. Notar que as fibras contém nutrientes que possibilitam o seu

fácil desenvolvimento.

Aspecto das fibras contaminadas:

No caso de Fungos:

Pelo seu aspecto característico tonalidade verde-cinza, ou

amarelada.

No caso do Cavitoma:

Não é visível pela observação visual - só no microscópio.

Page 61: Controlo qualidade e processos de fiações de fios para malhas

Determinação da Percentagem de Matéria Não Fibrosa no Algodão.

O valor da matéria não fibrosa pode ser determinado através de dois

aparelhos:

HVI – pela leitura do aspecto de uma amostra representativa do algodão em

análise

SHIRLEY ANALYSER– aparelho que determina, passando a algodão

através de um sistema de separação de impurezas para um compartilmento e

o algodão limpo para outro compartimento, usando para tal um sistema

similar a um LINKER-IN.

61Por: Constantino Monteiro Alves, Eng. Têxtil

Principais Testes Físicos

efectuados na Matéria Prima

Page 62: Controlo qualidade e processos de fiações de fios para malhas

AVALIAÇÃO E CLASSIFICAÇÃO

DO ALGODAO

A avaliação / classificação do algodão é possível através da

análise/controlo efectuada(o) no “High Volume Instrument”

(HVI), ou mediante a comparação com os Padrões Americanos

abaixo indicados:

“Universal Standards for American Cotton”

62Por: Constantino Monteiro Alves, Eng. Têxtil

Page 63: Controlo qualidade e processos de fiações de fios para malhas

Padrões:

“Universal Standards for

American Cotton”

Todas as medidas instrumentais aceites actualmente pelo USDA são

executadas pelo “High Volume Instrument” (HVI), aparelho patenteado pela

Uster Technologies, uma das principais companhias para controle da

qualidade de matéria têxtil.

A qualidade da fibra do algodão é determinada por três factores, a saber:

pela cor do algodão descaroçado;

pela pureza (a ausência de corpos estranhos);

e pela qualidade do processo de descaroçamento, e do

comprimento das fibras.

63Por: Constantino Monteiro Alves, Eng. Têxtil

Page 64: Controlo qualidade e processos de fiações de fios para malhas

Na classificação HVI (High Volume Instrument), a cor do algodão é medida pelo grau

da reflectância (Rd) e de amarelamento (+b). A reflectância indica quão brilhante ou

fosca é uma amostra, e o amarelamento indica o grau de pigmento da cor. Um código

de cor de três números é usado para indicar a classe da cor. Esta classe da cor é

determinada encontrando o quadrante da carta de cor em que os valores do Rd e do

+b se cruzam.

Por exemplo, uma amostra com um valor de Rd de 72 e um valor de +b de 9.0 teria

um código de cor de 41-3.

Na classificação do algodão, a classe da cor do algodão tipo “upland americano” é

determinada usando a carta de cor do HVI (medida pelo instrumento), o qual está

preparado para fornecer os padrões de classe que são distribuídos pelo USDA (os

padrões universais acima mencionados do algodão usados por classificadores (peritos)

para determinar a classe oficial da cor).

Padrões:

“Universal Standards for

American Cotton”

64Por: Constantino Monteiro Alves, Eng. Têxtil

Page 65: Controlo qualidade e processos de fiações de fios para malhas

Padrões:

“Universal

Standards

for

American

Cotton”

Colour Colour Grade Symbol

Good Middling GM

Strict Middling SM

Middling Mid

Strict Low Middling SLM

Low Middling LM

Strict Good Ordinary SGO

White

Good Ordinary GO

Good Middling Light Spotted GM Lt Sp

Strict Middling Light Spotted SM Lt Sp

Middling Light Spotted Mid Lt Sp

Strict Low Middling Light Spotted SLM Lt Sp

Low Middling Light Spotted LM Lt Sp

Light Spotted

Strict Good Ordinary Light Spotted SGO Lt Sp

Good Middling Spotted GM Sp

Strict Middling Spotted SM Sp

Middling Spotted Mid Sp

Strict Low Middling Spotted SGM Sp

Low Middling Spotted LM Sp

Spotted

Strict Good Ordinary Spotted SGO Sp

Strict Middling Tinged SM Tg

Middling Tinged Mid Tg

Strict Low Middling Tinged SLM TgTinged

Low Middling Tinged LM Tg

Strict Middling Yellow Stained SM YSYellow stained

Middling Yellow Stained Mid YS

Below Grade-(Below Good BG 81

Ordinary)BG

Below Grade-(Below Strict Good BG 82

Ordinary Light Spotted)BG

Below Grade-(Below Strict Good BG 83

Ordinary Spotted).BG

Below Grade-(Below Low BG 84

Middling Tinged)BG

Below Grade

Below Grade-(Below Middling Yellow BG 85

Stained)BG

65Por: Constantino Monteiro Alves, Eng. Têxtil

Page 66: Controlo qualidade e processos de fiações de fios para malhas

Padrões:

“Universal Standards

for

American Cotton”

Os Padrões são preparados e é efectuada a sua

Classificação em Laboratório por

PERITOS Qualificados.

66Por: Constantino Monteiro Alves, Eng. Têxtil

Page 67: Controlo qualidade e processos de fiações de fios para malhas

A Classe de resíduos - desperdícios (trash) descreve o

conteúdo de folhas ou de resíduos no algodão. A pureza, com

respeito à presença de corpos estranhos (desperdícios tais

como folhas ou terra), é primordial. Há 7 classes oficiais para

o algodão tipo “upland americano”. Todas são representadas

por padrões físicos oficiais criados e fornecidos pela USDA.

Notar que está oficializada a existência de um grau abaixo,

“Bellow Leaf Grade Cotton” para o “upland americano” de

grau menor que 7.

Padrões:

“Universal Standards for

American Cotton”

67Por: Constantino Monteiro Alves, Eng. Têxtil

Page 68: Controlo qualidade e processos de fiações de fios para malhas

O comprimento da fibra: é definido como o comprimento médio da metade mais

longa das fibras (comprimento médio da metade superior). Por afectar a resistência e

a regularidade do fio, e pela eficiência do processo de fiação, o comprimento da fibra

tem uma grande influência na qualidade e no preço. O comprimento da fibra, medida

em polegadas e em fracções de polegada, é classificado de acordo com os seguintes

códigos:Length (inches) Code Length (inches) Code

< 13/16 24 1-3/16 38

13/16 26 1-7/32 39

7/8 28 1-1/4 40

29/32 29 1-9/32 41

15/16 30 1-5/16 42

31/32 31 1-11/32 43

1 32 1-3/8 44

1-1/32 33 1-13/32 45

1-1/16 34 1-7/16 46

1-3/32 35 1-15/32 47

1-1/8 36 1-1/2 48

1-5/32 37

Padrões:

“Universal Standards for

American Cotton”

68Por: Constantino Monteiro Alves, Eng. Têxtil

Page 69: Controlo qualidade e processos de fiações de fios para malhas

A uniformidade do comprimento: é a relação entre o comprimento médio e o

comprimento médio da metade superior em uma amostra. A medição é efectuada nas

mesmas amostras do algodão que são usadas para medir o comprimento da fibra e é

apresentada em percentagem. Quanto mais elevada a percentagem, maior a

uniformidade. O algodão com um baixo índice da uniformidade provavelmente tem

uma percentagem elevada de fibras curtas e pode ser difícil de processar.

Descriptive Designation Length Uniformity

Very LowBelow 77

Low 77 - 79

Average 80 - 82

High 83 - 85

Very High Above 85

Padrões:

“Universal Standards for

American Cotton”

69Por: Constantino Monteiro Alves, Eng. Têxtil

Page 70: Controlo qualidade e processos de fiações de fios para malhas

A medida da resistência (tenacidade) da fibra é feita fixando um feixe de fibras

das amostras do algodão usadas na medição do comprimento da fibra e

submetendo-o à tracção. Os resultados são relatados nos termos de gramas por

tex (uma unidade do tex é igual ao peso em gramas de 1.000 metros de fibra). Os

termos descritivos listados abaixo podem ser úteis para explicar os resultados da

medição.

Descriptive Designation Strength (grams per tex)

Weak23 & below

Intermediate 24 - 25

Average 26 - 28

Strong 29 - 30

Very Strong 31 & above

Padrões:

“Universal Standards for

American Cotton”

70Por: Constantino Monteiro Alves, Eng. Têxtil

Page 71: Controlo qualidade e processos de fiações de fios para malhas

Controle da Qualidade na Fiação

de Algodão

HVI – Instrumento de medição para altos volumes, mede com precisão e rapidez as

propriedades físicas do algodão, como comprimento, resistência, alongamento, cor e

conteúdo de impurezas da fibra. Faz a separação que permite novos níveis de controle

da armazenagem e seleção de mistura e a regulagem adequada das máquinas do

processo de fiação.

71Por: Constantino Monteiro Alves, Eng. Têxtil

Page 72: Controlo qualidade e processos de fiações de fios para malhas

Máquina para determinar os Neps/grama na Matéria prima antes e durante o

processo de Fiação - Neps Tester:

Mede a quantidade de neps/grama do algodão em véu, entrada/saída das cardas e nas

fitas das penteadeiras. Este controlo permite a avaliação da qualidade do algodão, a

eficiência de cardação e o índice de Neps /grama antes e durante o processo de fiação.

A presença de Neps nos fios de algodão afecta a qualidade e o valor do produto

acabado.

72Por: Constantino Monteiro Alves, Eng. Têxtil

Controle da Qualidade na Fiação

de Algodão

Page 73: Controlo qualidade e processos de fiações de fios para malhas

FIAÇÃO CONVENCIONAL

73Por: Constantino Monteiro Alves, Eng. Têxtil

Controle da Qualidade na Fiação

de Algodão

O Principio da Fiação de ANEL (CONVENCIONAL)

Page 74: Controlo qualidade e processos de fiações de fios para malhas

FIAÇÃO DE ANEL – SISTEMA DE ESTIRAGEM COMPACT

74Por: Constantino Monteiro Alves, Eng. Têxtil

Controle da Qualidade na Fiação

de Algodão

O Principio da Fiação de ANEL – SISTEMA COMPACT

Page 75: Controlo qualidade e processos de fiações de fios para malhas

ANGULO E TENSÃO DE FIAÇÃO – CONVENCIONAL VERSUS COMPACT

75Por: Constantino Monteiro Alves, Eng. Têxtil

Controle da Qualidade na Fiação

de Algodão

O Principio da Fiação de ANEL – SISTEMA COMPACT

Page 76: Controlo qualidade e processos de fiações de fios para malhas

PILOSIDADE DOS FIOS PRODUZIDSO POR FIAÇÃO DE ANEL CONVENCIONAL VERSUS FIAÇÃO COMPACT

76Por: Constantino Monteiro Alves, Eng. Têxtil

Controle da Qualidade na Fiação

de Algodão

O Principio da Fiação de ANEL – SISTEMA COMPACT

Page 77: Controlo qualidade e processos de fiações de fios para malhas

FIAÇÃO A ROTOR (OPEN END)

77Por: Constantino Monteiro Alves, Eng. Têxtil

Controle da Qualidade na Fiação

de Algodão

O Principio da Fiação a ROTOR (OPEN END)

Page 78: Controlo qualidade e processos de fiações de fios para malhas

FIAÇÃO A ROTOR (OPEN END)

78Por: Constantino Monteiro Alves, Eng. Têxtil

Controle da Qualidade na Fiação

de Algodão

O Principio da Fiação a ROTOR (OPEN END)

Page 79: Controlo qualidade e processos de fiações de fios para malhas

FIAÇÃO A ROTOR (OPEN END)

79Por: Constantino Monteiro Alves, Eng. Têxtil

Controle da Qualidade na Fiação

de Algodão

O Principio da Fiação a ROTOR (OPEN END)

Page 80: Controlo qualidade e processos de fiações de fios para malhas

FIAÇÃO A ROTOR (OPEN END)

80Por: Constantino Monteiro Alves, Eng. Têxtil

Controle da Qualidade na Fiação

de Algodão

O Principio da Fiação a ROTOR (OPEN END)

Page 81: Controlo qualidade e processos de fiações de fios para malhas

FIAÇÃO AIR JET

81Por: Constantino Monteiro Alves, Eng. Têxtil

Controle da Qualidade na Fiação

de Algodão

O Principio da Fiação AIR-JET

Page 82: Controlo qualidade e processos de fiações de fios para malhas

SISTEMA DE FIAÇÃO MURATA AIR JET

82Por: Constantino Monteiro Alves, Eng. Têxtil

Controle da Qualidade na Fiação

de Algodão

O Principio da Fiação AIR-JET

Page 83: Controlo qualidade e processos de fiações de fios para malhas

SISTEMA DE FIAÇÃO MURATA VORTEX AIR JET

83Por: Constantino Monteiro Alves, Eng. Têxtil

Controle da Qualidade na Fiação

de Algodão

O Principio da Fiação AIR-JET

Page 84: Controlo qualidade e processos de fiações de fios para malhas

CLASSES DE TIPOS DE FIOS PRODUZIDOS POR FIAÇÃO AIR JET

84Por: Constantino Monteiro Alves, Eng. Têxtil

Controle da Qualidade na Fiação

de Algodão

O Principio da Fiação AIR-JET

Page 85: Controlo qualidade e processos de fiações de fios para malhas

PROCESSOS DE FIAÇÃO AIR JET

MJS (SISTEMA CONVENCIONAL) E MVS (MURATA VORTEX SPINNNING)

85Por: Constantino Monteiro Alves, Eng. Têxtil

Controle da Qualidade na Fiação

de Algodão

O Principio da Fiação AIR-JET

Page 86: Controlo qualidade e processos de fiações de fios para malhas

86Por: Constantino Monteiro Alves, Eng. Têxtil

Controle da Qualidade na Fiação

de Algodão

O Principio da Fiação SIRO SPUN

Page 87: Controlo qualidade e processos de fiações de fios para malhas

87Por: Constantino Monteiro Alves, Eng. Têxtil

Controle da Qualidade na Fiação

de Algodão

TIPOS DE FIOS PRODUZIDOS NO PROCESSO DE FIAÇÃO

SIRO SPUNFios simples:

No caso da produção de fios simples cada mecha dá origem a um só fio .

Fios compostos:

O método siro-spun foi concebido para fios especiais, neste caso , são considerados

todos os fios que tenham na sua formação duas mechas que entram separadas no trem

de estiragem e são unidas unicamente pela torção (siro). Dentro desses fios, ou seja no

meio das duas mechas podem também existir filamentos:

- elásticos (licra)

- não elásticos (core)

Page 88: Controlo qualidade e processos de fiações de fios para malhas

ASPECTO DE UM FIO SIRO SPUN

88Por: Constantino Monteiro Alves, Eng. Têxtil

Controle da Qualidade na Fiação

de Algodão

O Principio da Fiação SIRO SPUN

Page 89: Controlo qualidade e processos de fiações de fios para malhas

COMPARAÇÃO DO TRIANGULO DE FIAÇÃO NORMAL RS, COMPACT E SIRO SPUN

89Por: Constantino Monteiro Alves, Eng. Têxtil

Controle da Qualidade na Fiação

de Algodão

Comparação entre aspecto de fios produzidos em Fiação:

Convencional, Compact e Siro Spun

Page 90: Controlo qualidade e processos de fiações de fios para malhas

ASPECTO DA ALIMENTAÇÃO E DO TREM DE ESTIRAGEM NA FIAÇÃO CORE.

90Por: Constantino Monteiro Alves, Eng. Têxtil

Controle da Qualidade na Fiação

de Algodão

O Principio da Fiação CORE SPUN

Page 91: Controlo qualidade e processos de fiações de fios para malhas

ASPECTO DA ALIMENTAÇÃO E DO TREM DE ESTIRAGEM NA FIAÇÃO CORE.

91Por: Constantino Monteiro Alves, Eng. Têxtil

Controle da Qualidade na Fiação

de Algodão

O Principio da Fiação CORE SPUN

Page 92: Controlo qualidade e processos de fiações de fios para malhas

92Por: Constantino Monteiro Alves, Eng. Têxtil

Controle da Qualidade na Fiação

de Algodão

O Principio da Fiação ELIT TWIST

FIAÇÃO ELIT TWIST

Page 93: Controlo qualidade e processos de fiações de fios para malhas

93Por: Constantino Monteiro Alves, Eng. Têxtil

Controle da Qualidade na Fiação

de Algodão

O Principio da Fiação ELI TWIST

ZONA DE ESTIRAGEM E ASPECTO DE UM FIO PRODUZIDO PELO SISTEMA ELI TWIST

ZONA DE ESTIRAGEM DE

PROCESSO FIAÇÃO ELI TWIST

ASPECTO DE UM FIO PRODUZIDO

EM FIAÇÃO ELI TWIST

Page 94: Controlo qualidade e processos de fiações de fios para malhas

COMPARAÇÃO DOS PARÂMETROS

FÍSICOS

DOS FIOS PRODUZIDOS

NOS

DIFERENTES PROCESSOS DE FIAÇÃO

94Por: Constantino Monteiro Alves, Eng. Têxtil

Controle da Qualidade na Fiação

de Algodão

Page 95: Controlo qualidade e processos de fiações de fios para malhas

95

Controle da Qualidade na Fiação

de Algodão

% Pilosidade (hairiness) Air-Jet

Vortex

R S Siro Torcidos OE Compact

Média L short hair 2.75 3.90 3.24 4.47 4.08 3.21

Média L long hair 5.87 4.48 6.80 5.75 4.71

SD1 short hair 0.32 0.61 0.36 0.63 0.56 0.41

SD2 long hair 0.52 1.21 0.95 1.89 1.14 0.66

Porção short hair 0.42 0.32 0.27 0.22 0.27 0.41

Porção long hair 0.57 0.67 0.73 0.77 0.70 0.57

Total hairiness/cm 3.462 5.30 4.26 6.32 5.34 4.12

SD hairiness 0.77 1.49 1.07 1.99 1.39 1.01

Desvio Bimodal 0.70 0.54 0.47 0.46 0.49 0.70

Estatística

Teste T de Student

189.6 146.24 127.56 125.23 131.4 190.73

COMPARAÇÃO DA PILOSIDADE DOS FIOS PRODUZIDOS NOS DIFERENTES PROCESSOS DE FIAÇÃO

Page 96: Controlo qualidade e processos de fiações de fios para malhas

96Por: Constantino Monteiro Alves, Eng. Têxtil

Controle da Qualidade na Fiação

de Algodão

Tipo de Fiação Convencional RS Eli Te Compact Convencional RS Eli Te Compact

Tipo de Fio Ne 40/1 100% Alg.

Penteado Teia

Ne 40/1 100% Alg.

Penteado Teia

Ne 50/1 100% Alg.

Penteado Teia

Ne 50/1 100% Alg.

Penteado Teia

Comprimento fibra Medium Staple Medium Staple Medium Staple Medium Staple

Ne 40,3 40,1 50,2 50,1

U % Uster 10,1 9,8 9,8 9,5

C.V.% Uster 12,6 12,3 12,3 11,9

Finuras/1000m 1,0 1,0 1,0 0,0

Grossuras /1000m 20,0 10,0 11,0 3,0

Neps 40,0 31,0 14,0 8,0

Pilosidade 4,18 3,65 3,72 3,19

Resistência cN/Tex 19,900 21,300 25,000 26,600

Alongamento 5,6 5,7 5,2 5,3

Page 97: Controlo qualidade e processos de fiações de fios para malhas

97Por: Constantino Monteiro Alves, Eng. Têxtil

Controle da Qualidade na Fiação

de Algodão

Tipo de Fiação Convencional RS Eli Te Compact Convencional RS Eli Te Compact

Tipo de Fio Ne 70/1 100% Alg.

Penteado Teia

Ne 70/1 100% Alg.

Penteado Teia

Ne 50/1 100% Alg.

Penteado Teia

Ne 100/2 100% Alg.

Penteado Teia

Comprimento fibra Long Staple Long Staple Long Staple Long Staple

Ne 70,1 70,0 50,1 100,1/2

U % Uster 11,0 10,5 9,8 9,5

C.V.% Uster 13,8 13,1 12,3 11,9

Finuras/1000m 10,0 6,0 1,0 0,0

Grossuras /1000m 27,0 13,0 11,0 5,0

Neps 24,0 12,0 14,0 10,0

Pilosidade 3,35 2,92 3,72 2,95

Resistência cN/Tex 23,100 24,800 25,000 28,000

Alongamento 5,6 5,7 5,2 5,6

Page 98: Controlo qualidade e processos de fiações de fios para malhas

98Por: Constantino Monteiro Alves, Eng. Têxtil

Controle da Qualidade na Fiação

de Algodão

Tipo de Fiação Convencional RS Eli Te Compact

Tipo de Fio Ne 100/2 100% Alg. Penteado Teia Ne 100/2 100% Alg. Penteado Teia

Comprimento Fibra Long Staple Long Staple

Ne 100,1 100,0

U % Uster 8,9 8,8

C.V.% Uster 11,1 11,0

Finuras/1000m 1,0 0,0

Grossuras /1000m 3,0 3,0

Neps 15,0 10,0

Pilosidade 4,60 2,925

Resistência cN/Tex 26,100 30,100

Alongamento 4,8 5,6

Page 99: Controlo qualidade e processos de fiações de fios para malhas

TESTES LABORATORIAIS

E

APARELHOS UTILIZADOS NO CONTROLO

99Por: Constantino Monteiro Alves, Eng. Têxtil

Controle da Qualidade na Fiação

de Algodão

Page 100: Controlo qualidade e processos de fiações de fios para malhas

100Por: Constantino Monteiro Alves, Eng. Têxtil

Controle da Qualidade na Fiação

de Algodão

Principais controlos a efectuar na recepção dos fios e ou no processo

produtivo - Fiação:

Título;

Torção;

Regularidade;

Imperfeições (Finuras, Grossuras e Neps);

Pilosidade

Resistência e Alongamento;

Defeitos pouco frequentes – Classimat;

Aparência;

Atrito;

Controlo da uniformidade do tingimento.

Page 101: Controlo qualidade e processos de fiações de fios para malhas

101Por: Constantino Monteiro Alves, Eng. Têxtil

Controle da Qualidade na Fiação

de Algodão

Título do Fio

Ne – Massa peso em libras de 840 jardas.

neste cálculo podemos utilizar comprimento em

jardas e o peso em gr. Desta forma temos de utilizar o

coeficiente: 0,54 que é determinado através da divisão do

peso de uma libra (453,6 g) / 840 jardas.

ou:

Comprimento em metros/Peso em g x 0,59 – sendo este coeficiente

determinado através de comprimento em metros de 840 jardas

(840jx0,9144cm = 768,096/ peso em g de 1 libra (453,6g)

Logo: 453,6 / 768,096 = 0,59

Page 102: Controlo qualidade e processos de fiações de fios para malhas

102Por: Constantino Monteiro Alves, Eng. Têxtil

Controle da Qualidade na Fiação

de Algodão

Título do Fio

Denier – Massa peso em gramas de 9000 metros de fio.

Nm - Relação: Comprimento em metros / Peso em gramas

Tex – Massa peso em gramas de 1000 metros de fio.

Ktex – Massa peso em gramas de 1 metro de fio.

Dtex – Massa em gramas de 10000 m de fio.

Mtex – Massa em gramas de 100000 m de fio.

Page 103: Controlo qualidade e processos de fiações de fios para malhas

Jardadeira – É através da Jardadeira – obtendo-se meadas de 120 jardas – e com o

auxilio de uma Balança com um mínimo de 3 digitos (0,000) – embora ideal seja com

4 dígitos (0,0000) que se efectua a medição do título do fio.

103Por: Constantino Monteiro Alves, Eng. Têxtil

Controle da Qualidade na Fiação

de Algodão

Page 104: Controlo qualidade e processos de fiações de fios para malhas

104Por: Constantino Monteiro Alves, Eng. Têxtil

Controle da Qualidade na Fiação

de Algodão

Torção do fio

Define o sentido (S ou Z)e o número de torções por metro de

um fio.

TORCIÓMETRO

SENTIDO DAS TORÇÕES:

│Z│ SENTIDO MAIS USUAL PARA UM FIO SINGELO

PARA MALHAS OU TECIDOS TRAMAS OU TEIAS

OU

│S│SENTIDO PARA FIOS DESTINADOS A LINHAS

PARA CONFECÇÃO

Page 105: Controlo qualidade e processos de fiações de fios para malhas

Torciómetro – Mede a quantidade de torções por metro ou por polegada do fio.

105Por: Constantino Monteiro Alves, Eng. Têxtil

Controle da Qualidade na Fiação

de Algodão

Page 106: Controlo qualidade e processos de fiações de fios para malhas

106Por: Constantino Monteiro Alves, Eng. Têxtil

Controle da Qualidade na Fiação

de Algodão

Torção do fio

NOTAR:

A torção tem influência directa na resistência e na

maleabilidade do Fio, da Malha ou de um Tecido!

No entanto:

Maior coeficiente de Torção Maior resistência do fio, com

um limite máximo , o qual sendo ultrapassado a resistência vai

sofrer uma redução progressiva.

Page 107: Controlo qualidade e processos de fiações de fios para malhas

107Por: Constantino Monteiro Alves, Eng. Têxtil

Controle da Qualidade na Fiação

de Algodão

Torção do fio

Valor do Alfa da Torção em função da tipo utilização do fio:

Fio para Malhas – Alfa da Torção: 3,2 - 3,7

Fio para Tramas – Alfa da Torção: 3,8 – 4,2

Fio para Teias - Alfa da Torção: 4,2 – 4,7

Notar que estes coeficientes (Alfa da torção) estão estreitamente

relacionados com o comprimento da fibra utilizada.

Page 108: Controlo qualidade e processos de fiações de fios para malhas

Regularímetro

108Por: Constantino Monteiro Alves, Eng. Têxtil

Controle da Qualidade na Fiação

de Algodão

Page 109: Controlo qualidade e processos de fiações de fios para malhas

Regularímetro – Valores da Irregualidade de um fio:

A regularidade de um fio avalia as variações no fio relativamente ao seu

diâmetro. Notar que nenhum fio de fibras têxteis é totalmente regular, todos

possuem, pelo contrário, zonas mais finas e zonas mais grossas ao longo do seu

comprimento.

A Irregularidade pode variar de acordo com o tipo de fibra (comprimento,

uniformidade e finura das mesmas) e com a finura do fio.

109Por: Constantino Monteiro Alves, Eng. Têxtil

Controle da Qualidade na Fiação

de Algodão

NOTA IMPORTANTE:

Com os dados recolhidos no Regularímetro é possível prever o comportamento do fio

no Processo de Produção das Malhas e a Qualidade do Produto Final.

Regularidade do fio

Page 110: Controlo qualidade e processos de fiações de fios para malhas

Regularímetro – Neste teste é analisada a regularidade do fio, determinando o

coeficiente de variação da massa, os pontos finos e grossos, neps e a pilosidade do fio,

prevendo a qualidade do tecido final. Alguns resultados são fundamentais na

regularidade do fio:

C.V.m %: Percentagem do coeficiente de variação da massa do fio.

Pontos finos: Pontos com 30 mm de comprimento e massa 40% e 50% abaixo da média.

Pontos grossos: Pontos com 30 mm de comprimento e massa 35% e 50% acima da média.

Neps: Pontos com diâmetro de 140% e 200% (fiação anel); 200% e 280% (fiação open-end)

acima da média, em comprimento médio de 3 mm.

Pilosidade: Índice de pilosidade do fio.

Sh(-): Desvio padrão da pilosidade

Diagrama: Indica as variações da secção, avalia anomalias raras ou de longo período não

detectadas pelo espectograma. Ex: curva senoidal.

Espectograma: Indica se as variações são casuais ou periódicas e qual seu comprimento. É

indicado para determinar a localização de defeitos periódicos ou de estiragem.

110Por: Constantino Monteiro Alves, Eng. Têxtil

Controle da Qualidade na Fiação

de Algodão

Page 111: Controlo qualidade e processos de fiações de fios para malhas

Regularidade:

A Irregularidade do fio em termos de massa linear condiciona e muito o aspecto

dos tecidos ou malhas, revelando-se sob a forma de raiados devido à reflexão ou

transmissão da luz, quando se observam os tecidos e as malhas em contra-luz .

Ver figura abaixo:

Diagrama e respectivo Espectrograma:

111Por: Constantino Monteiro Alves, Eng. Têxtil

Controle da Qualidade na Fiação

de Algodão

Page 112: Controlo qualidade e processos de fiações de fios para malhas

Regularidade:

A Irregularidade do fio em termos de massa linear condiciona e muito o aspecto

dos tecidos ou malhas, revelando-se sob a forma de raiados devido à reflexão ou

transmissão da luz, quando se observam os tecidos e as malhas em contra-luz .

Espectrograma: Defeito originado no cilindro da frente de um Continuo de Anel

Moiré provocado por solaina / cilindro da frente ovalizado

(Diâmetro da solaina – 30 mm)

112Por: Constantino Monteiro Alves, Eng. Têxtil

Controle da Qualidade na Fiação

de Algodão

Page 113: Controlo qualidade e processos de fiações de fios para malhas

FINURAS:

NA FOTO:

FINURAS EM FIO CONVENCIONAL

(THIN PLACES IN RING SPUN YARN)

113Por: Constantino Monteiro Alves, Eng. Têxtil

Controle da Qualidade na Fiação

de Algodão

Page 114: Controlo qualidade e processos de fiações de fios para malhas

GROSSURAS:

NA FOTO:

GROSSURAS EM FIO CONVENCIONAL

(THICK PLACES IN RING SPUN YARN)

114Por: Constantino Monteiro Alves, Eng. Têxtil

Controle da Qualidade na Fiação

de Algodão

Page 115: Controlo qualidade e processos de fiações de fios para malhas

NEPS:

NA FOTOS:

NEPS EM FIO CONVENCIONAL

(NEPS IN RING SPUN YARN)

115Por: Constantino Monteiro Alves, Eng. Têxtil

Controle da Qualidade na Fiação

de Algodão

Page 116: Controlo qualidade e processos de fiações de fios para malhas

PILOSIDADE NOS FIOS:

NAS FOTOS :

FIO CONVENCIONAL (RING SPUN YARN)

E FIO COMPACT (COMPACT YARN)

EXEMPLOS DE VARIAÇÃO DE PILOSIDADE NOS FIOS

(ver figuras abaixo) :

116Por: Constantino Monteiro Alves, Eng. Têxtil

Controle da Qualidade na Fiação

de Algodão

Page 117: Controlo qualidade e processos de fiações de fios para malhas

PILOSIDADE NOS FIOS:

117Por: Constantino Monteiro Alves, Eng. Têxtil

Controle da Qualidade na Fiação

de Algodão

Como já se afirmou, a variação entre Bobines (between) e na

Bobine (within), causa:

No Tecido Plano – Listas no sentido da Trama.

Nas Malhas - Aparência enevoada e sem brilho.

Notar ainda que a Pilosidade também é importante para as condições

operacionais nos processos subsequentes:

Fio com elevada pilosidade causam perdas de produção,

especialmente no que diz respeito à aplicação desses fios em

máquinas de alta produção e provoca ainda imagens na malha

produzida (barras ou riscos), bem como um aspecto grosseiro.

Page 118: Controlo qualidade e processos de fiações de fios para malhas

118Por: Constantino Monteiro Alves, Eng. Têxtil

Controle da Qualidade na Fiação

de Algodão

Resistência do fio

O Dinamómetro determina a:

O Dinamómetro Uster Tensorapid III

Resistência e o respectivo C.V.%

Alongamento e o respectivo

C.V.%

…de um dado fio submetido à tracção.

Page 119: Controlo qualidade e processos de fiações de fios para malhas

Dinamômetro – Este teste tem por objectivo medir a resistência à tracção (tenacidade)

e o alongamento (elasticidade) do fio.

Os valores são fornecidos em cN/Tex para a resistência e em % no caso do

alongamento.

119Por: Constantino Monteiro Alves, Eng. Têxtil

Controle da Qualidade na Fiação

de Algodão

Page 120: Controlo qualidade e processos de fiações de fios para malhas

120Por: Constantino Monteiro Alves, Eng. Têxtil

Controle da Qualidade na Fiação

de Algodão

A importância do C.V.% da Resistência e do Alongamento

Resistência do fio

Considerando um Fio:

Ne 20/1 – 100% Algodão fiado em contínuo de Anel

(Largura do Tecido = 190 cm)

Fios iguais em cN/Tex e diferentes em C.V.Fmax

Page 121: Controlo qualidade e processos de fiações de fios para malhas

121Por: Constantino Monteiro Alves, Eng. Têxtil

Controle da Qualidade na Fiação

de Algodão

Resistência do fio

Page 122: Controlo qualidade e processos de fiações de fios para malhas

122Por: Constantino Monteiro Alves, Eng. Têxtil

Controle da Qualidade na Fiação

de Algodão

Resistência do fioPicos de carga da trama x tenacidade do fio

NOTA: As roturas de Trama acorrem nesta faixa de Tenacidade onde o pico de Carga da Trama

é maior do que a Tenacidade do fio!

Fre

qu

ên

cia

Page 123: Controlo qualidade e processos de fiações de fios para malhas

123Por: Constantino Monteiro Alves, Eng. Têxtil

Controle da Qualidade na Fiação

de Algodão

Resistência do fio

Pontos fracos

Consideram-se pontos fracos as zonas com resistência 60%

abaixo do obtido na zona normal.

Notar:

Defeitos pouco frequentes são pontos fracos.

Os pontos grossos tem menos torção e os pontos finos

possuem poucas fibras na sua secção transversal.

Os Pontos fracos tem uma forte correlação com o C.V.% da

resistência e o alongamento do fio.

Page 124: Controlo qualidade e processos de fiações de fios para malhas

Controlo dos defeitos raros - CLASSIMAT – Determina a quantidade de defeitos

raros no fio devido a problemas de fiação e ou erros na determinação do nível de

depuração a utilizar na Bobinagem.

Nota: no mercado existem vários tipos de Classimat: desde o Classimat 2 até ao

Clasimat 5 (último a entrar no mercado) e o Uster Classimat Quantum.

124Por: Constantino Monteiro Alves, Eng. Têxtil

Controle da Qualidade na Fiação

de Algodão

Defeitos pouco frequentes no fio

Page 125: Controlo qualidade e processos de fiações de fios para malhas

Controlo dos defeitos raros - CLASSIMAT –

Bobinadeira manual de seis (6) cabeças de medida com sistema Classimat 5 acoplado.

125Por: Constantino Monteiro Alves, Eng. Têxtil

Controle da Qualidade na Fiação

de Algodão

Page 126: Controlo qualidade e processos de fiações de fios para malhas

Controlo dos defeitos raros - CLASSIMAT

Estes tipos de defeitos são determinados em 100Km de fio, e tem influencia

directa na produtividade da Fiação e posteriormente se não forem eliminados

no processo de bobinagem, afecta a preparação para a tecelagem

(Urdissagem e Engomagem) bem como a produtividade e qualidade da

tecelagem.

Notar que é de primordial importância definir processos e escolher as

misturas mais adequadas para os evitar na fiação.

No entanto, se forem produzidos, na maior parte das vezes é fácil eliminá-los

– basta definir a curva de depuração mais correcta.

126Por: Constantino Monteiro Alves, Eng. Têxtil

Controle da Qualidade na Fiação

de Algodão

Page 127: Controlo qualidade e processos de fiações de fios para malhas

Controlo dos defeitos raros CLASSIMAT – Imagem de alguns defeitos raros e

respectiva Classificação (níveis).

127Por: Constantino Monteiro Alves, Eng. Têxtil

Controle da Qualidade na Fiação

de Algodão

Page 128: Controlo qualidade e processos de fiações de fios para malhas

Controlo dos defeitos raros CLASSIMAT – Imagem de alguns defeitos raros e aspecto

do mesmo quando presente num dado tecido.

128Por: Constantino Monteiro Alves, Eng. Têxtil

Controle da Qualidade na Fiação

de Algodão

Page 129: Controlo qualidade e processos de fiações de fios para malhas

Controlo dos defeitos raros CLASSIMAT :

Controlo a efectuar: O Controlo deve ser efectuado pelo menos uma vez por mês, por

máquina – Bobinadeira.

Ao longo de um determinado período devem ser controlados todos os depuradores de

cada bobinadeira existente no processo produtivo.

Em todas as bobines amostra recolhidas deve constar o número do fuso/depurador

respectivo.

Amostragem: Deverá ser utilizada uma amostragem de 10 bobines/ensaio.

Metragem: O ensaio deve ser efectuado, considerando o número de bobines utilizado,

entre 100.000 – 200.000 metros.

Condições do ensaio: deve ser efectuado em atmosfera standard, i.e. com uma

temperatura de 20° ± 2°C e uma humidade relativa de 65% ± 2%.

129Por: Constantino Monteiro Alves, Eng. Têxtil

Controle da Qualidade na Fiação

de Algodão

Page 130: Controlo qualidade e processos de fiações de fios para malhas

Controlo dos defeitos raros CLASSIMAT – Classes fornecidas pelo sistema:

130Por: Constantino Monteiro Alves, Eng. Têxtil

Controle da Qualidade na Fiação

de Algodão

Page 131: Controlo qualidade e processos de fiações de fios para malhas

Controlo dos defeitos raros CLASSIMAT

TABELA DE DEFEITOS POUCO FREQUENTES:

131Por: Constantino Monteiro Alves, Eng. Têxtil

Controle da Qualidade na Fiação

de Algodão

Page 132: Controlo qualidade e processos de fiações de fios para malhas

Controlo dos defeitos raros CLASSIMAT – Classes fornecidas pelo sistema:

132Por: Constantino Monteiro Alves, Eng. Têxtil

Controle da Qualidade na Fiação

de Algodão

Defeitos :Grossuras Curtas Defeitos :Grossuras Longas Defeitos :Finuras Longas

Page 133: Controlo qualidade e processos de fiações de fios para malhas

Controlo dos defeitos raros CLASSIMAT – Classes fornecidas pelo sistema:

133Por: Constantino Monteiro Alves, Eng. Têxtil

Controle da Qualidade na Fiação

de Algodão

Defeitos :Grossuras Curtas

Compreende:

16 Classes, (A, B, C e D)

Com limites de 0,1 cm, 1 cm, 2 cm, 4 cm e 8 cm de

comprimento;

e

Secção de: +100%; +150%; +250% e +400%.

Page 134: Controlo qualidade e processos de fiações de fios para malhas

Controlo dos defeitos raros CLASSIMAT – Classes fornecidas pelo sistema:

134Por: Constantino Monteiro Alves, Eng. Têxtil

Controle da Qualidade na Fiação

de Algodão

Defeitos :Grossuras Longas

Classe E = Fio Duplo com comprimento >8cm e secção +100%.

Classes F e G = Zonas grossas com +45% até +100%, e:

Comprimentos: Classe F - de 8 a 32cm

Classe G - >32cm.

Page 135: Controlo qualidade e processos de fiações de fios para malhas

Controlo dos defeitos raros CLASSIMAT – Classes fornecidas pelo sistema:

135Por: Constantino Monteiro Alves, Eng. Têxtil

Controle da Qualidade na Fiação

de Algodão

Defeitos : Finuras Longas

Classe H1 – Zonas finas com -30% a -45% de secção.

Classe H2 – Zonas Finas com de -45% a –75% de secção.

Classes H1 e H2 – Comprimentos entre 8 e 32cm.

Classe I1 – Zonas Finas com –30% a – 45% de secção.

Classe I2 – Zonas Finas com –45% a –75% de secção.

Classes I1 e I2 – Zonas Finas com comprimentos acima de 32 cm

Page 136: Controlo qualidade e processos de fiações de fios para malhas

Controlo dos defeitos raros CLASSIMAT – Classes fornecidas pelo sistema:

136Por: Constantino Monteiro Alves, Eng. Têxtil

Controle da Qualidade na Fiação

de Algodão

GRUPOS DE DEFEITOS

Tipos de Defeitos Grupos

Defeitos não Aceitáveis A4, B4, C4, D4, C3, D3, D2

Defeitos Graves A3, B3, C2, D1, E, F, G, H2, I1, I2

Defeitos Menos Graves (aceitáveis) A2, B2, A1, B1, C1, H1

Page 137: Controlo qualidade e processos de fiações de fios para malhas

Controlo dos defeitos raros CLASSIMAT – Classes fornecidas pelo sistema:

137Por: Constantino Monteiro Alves, Eng. Têxtil

Controle da Qualidade na Fiação

de Algodão

GRUPOS DE DEFEITOS

Tipos de Defeitos Grupos

Neps A3

Grossuras Curtas A1, A2, A3, A4, B1, B2, B3, B4, C1C2, C3, C4, D1, D2, D3, D4

Grossuras Longas F, G

Fios Duplos/Dobragens (fiação) E

Finuras de médio comprimento H1, H2

Finuras Longas I1, I2

Page 138: Controlo qualidade e processos de fiações de fios para malhas

Controlo dos defeitos raros CLASSIMAT – Classes fornecidas pelo sistema:

138Por: Constantino Monteiro Alves, Eng. Têxtil

Controle da Qualidade na Fiação

de Algodão

NOTAR:

1 - PONTOS FINOS E GROSSOS PODEM CAUSAR PARAGENS NO

TEAR CIRCULAR OU RECTO, PODENDO ORIGINAR O

APARECIMENTO DE BURACOS NA MALHA E MESMO PARTIR AS

AGULHAS;

2 - COEFICIENTE DE ATRITO ELEVADO ORIGINA ROTURAS DO

FIO , MAIOR DESGASTE DE AGULHAS E NO CASO DE

ALIMENTAÇÃO NEGATIVA DO TEAR CIRCULAR – ORIGINAR

IRREGULARIDADE NA MALHAS POR DIFERENÇAS DO L.F.A.

Page 139: Controlo qualidade e processos de fiações de fios para malhas

Controlo dos defeitos raros CLASSIMAT – Classes fornecidas pelo sistema:

139Por: Constantino Monteiro Alves, Eng. Têxtil

Controle da Qualidade na Fiação

de Algodão

NOTAR AINDA:

3 –EM GERAL O VALOR DA TORÇÃO DEVE SER O MENOR

POSSÍVEL E CONSTANTE ATENDENDO QUE TEM MUITA

INFLUENCIA , QUER NO TOQUE DA MALHA QUER NA SUA

ESPIRALIDADE.

4 – ELEVADO NÚMERO DE NEPS, IMPUREZAS E GROSSURAS NO

FIO, CAUSAM BURACOS NAS MALHAS, DESGASTE NAS AGULHAS,

BAIXA PRODUTIVIDADE, FALTA DE UNIFORMIDADE NO

TINGIMENTO E ASPECTO UNIFORME DA MALHA.

Page 140: Controlo qualidade e processos de fiações de fios para malhas

Controlo dos defeitos raros CLASSIMAT – Classes fornecidas pelo sistema:

140Por: Constantino Monteiro Alves, Eng. Têxtil

Controle da Qualidade na Fiação

de Algodão

NOTAR AINDA:

5 – ELEVADO C.V. % DO TÍTULO, NO CURTO, MÉDIO E LONGO

COMPRIMENTO;

- VARIAÇÕES PERIÓDICAS E OU ELEVADA IRREGULARIDADE

DE MASSA DOS FIOS, ORIGINAM A PRODUÇÃO DE MALHAS

IRREGULARES E COM MAU ASPECTO.

6 – PILOSIDADE ELEVADA NOS FIOS, CAUSAM PROBLEMAS DE

BARRAMENTO NAS MALHAS.

Page 141: Controlo qualidade e processos de fiações de fios para malhas

Controlo dos defeitos raros CLASSIMAT:

141Por: Constantino Monteiro Alves, Eng. Têxtil

Controle da Qualidade na Fiação

de Algodão

MATERIAL A APLICAR EM FUNÇÃO DO TIPO DE MATÉRIA PRIMA DO FIO

7.5 Algodão, Lã, Viscose8.5 Para fios com bastante humidade (80%Rh)

6.5 Para fios bastante secos (50% RH)

6 Seda Natural7 Para fios húmidos

5 Para fios secos

5.5Acetato, Acrilonitrilo

Poliamida

50 a 80% RH

50 a 80% RH

4.5 Polipropileno, Polietileno 50 a 80% RH

3.5 Poliester 50 a 80%RH

2.5 Cloreto de Polivinile 50 a 80% RH

Page 142: Controlo qualidade e processos de fiações de fios para malhas

Quadro trapezoidal (espelho ):

Através do espelho é possível avaliar a aparência visual do fio e classificá-lo

comparativamente com os Padrões internacionais da ASTM, sendo:

Classes: A-, A e A+ - para os Penteados; Classes: B-;B; B+ - para “Super” Cardados;

Classes: C-;C; C+ - para Cardados; D-;D;D+ - para Cardados de menor qualidade.

Estas classes abrange os títulos (Ne) de 6 a 40 .

Aparência do fio:

142Por: Constantino Monteiro Alves, Eng. Têxtil

Controle da Qualidade na Fiação

de Algodão

Page 143: Controlo qualidade e processos de fiações de fios para malhas

Quadro trapezoidal (espelho ) – Poder ainda avaliar eventuais defeitos periódicos.

NA IMAGEM O CHAMADO “MOIRÉ” – DEFEITO COM ORIGEM NA

EXCENTRICIDADE DO CILINDRO/SOLAINA DA FRENTE DO TREM DE

ESTIRAGEM DO CONTÍNUO DE ANEL.

143Por: Constantino Monteiro Alves, Eng. Têxtil

Controle da Qualidade na Fiação

de Algodão

Page 144: Controlo qualidade e processos de fiações de fios para malhas

Quadro Trapezoidal (espelho ) – Outro exdemplo de defeitos periódicos

NA IMAGEM O CHAMADO “MOIRÉ” – DEFEITO COM ORIGEM NA

EXCENTRICIDADE DO CILINDRO/SOLAINA DA FRENTE DO TREM DE

ESTIRAGEM DO CONTÍNUO DE ANEL.

144Por: Constantino Monteiro Alves, Eng. Têxtil

Controle da Qualidade na Fiação

de Algodão

Page 145: Controlo qualidade e processos de fiações de fios para malhas

Coeficiente de Atrito do Fio – Mede o coeficiente de atrito do fio, verificando se a

parafinagem está sendo aplicada correctamente ou se o fio é não parafinado.

145Por: Constantino Monteiro Alves, Eng. Têxtil

Controle da Qualidade na Fiação

de Algodão

Atrito do fio

Page 146: Controlo qualidade e processos de fiações de fios para malhas

146Por: Constantino Monteiro Alves, Eng. Têxtil

Controle da Qualidade na Fiação

de Algodão

Atrito do fio

Gráfico de um fio com a mesma resistência e diferentes coeficientes de atrito.

Page 147: Controlo qualidade e processos de fiações de fios para malhas

Coeficiente de Atrito do Fio – Valores Aceitáveis em função do Tipo e Qualidade do

produto.

147Por: Constantino Monteiro Alves, Eng. Têxtil

Controle da Qualidade na Fiação

de Algodão

Título do Fio

Coeficiente de fricção

de fios

Não Parafinados

Coeficiente de Fricção

de fios

Parafinados

Percentagem de Fricção

Diminuição do

Coeficiente de perda %

Algodões Penteados crus 0.285 0.12 – Máx. 0.145 49

Algodões Branqueados 0.30 0.12 – Max. 0.14 53

Lãs cruas 0.33 0.13 – Máx. 0.155 53

Lãs Tingidas 0.32 0.13 – Máx. 0.155 52

Poliester cru 0.42 0.18 – Máx. 0.21 50

Page 148: Controlo qualidade e processos de fiações de fios para malhas

INFORMAÇÕES IMPORTANTES

VALORES EXPERIMENTAIS E DE ACEITAÇÃO DO NÚMERO DE ROTURAS

DE TRAMAS NA TECELAGEM:

148Por: Constantino Monteiro Alves, Eng. Têxtil

Controle da Qualidade na Fiação

de Algodão

PARAGENS DO TEAR POR 100.000 METROS DE FIO:

Page 149: Controlo qualidade e processos de fiações de fios para malhas

INFORMAÇÕES IMPORTANTES

VALORES EXPERIMENTAIS E DE ACEITAÇÃO DE PARAGENS DOS TEARES

POR ROTURA DAS TEIAS.

149Por: Constantino Monteiro Alves, Eng. Têxtil

Controle da Qualidade na Fiação

de Algodão

PARAGENS DO TEAR POR 1 000 000 METROS DE FIO:

Page 150: Controlo qualidade e processos de fiações de fios para malhas

Considerações Finais

150Por: Constantino Monteiro Alves, Eng. Têxtil

NOTAS IMPORTANTES:

Um elevado C.V.% do título a curto, médio e longo termos, variação

periódica ou não da irregularidade e da pilosidade causam barramento no

tecido de uma Malha;

Ao determinarmos as características do fio devemos realizar testes para

podermos determinar uma correcta definição de parâmetros;

Contínuos de Anel de alta velocidade exigem mais das fibras e afectam

negativamente a sua resistência e o seu alongamento;

Teares de alta velocidade exigem fio com mais qualidade e logo menor

índice de roturas;

Page 151: Controlo qualidade e processos de fiações de fios para malhas

Considerações Finais

151Por: Constantino Monteiro Alves, Eng. Têxtil

NOTAS IMPORTANTES – CONTINUAÇÃO:

Ao usar fios iguais o tear moderno e de alta velocidade de inserção terá

certamente menor eficiência;

É muito importante manter a uniformidade do fio

O consumidor deve definir os índices de Qualidade do Produto Final

(IQPF).

É importante estabelecer os requisitos de Qualidade em contrato entre os

Produtores e os Consumidores.

Page 152: Controlo qualidade e processos de fiações de fios para malhas

Considerações Finais

152Por: Constantino Monteiro Alves, Eng. Têxtil

NÍVEL DE QUALIDADE NECESSÁRIO PARA UM FIO MALHAS

Exemplo padrão para um fio 100% Algodão:EXEMPLO PADRÃO PARA FIOS 100% ALGODÃO PENTEADO

Utilização: Malha Trama Teia

C.V. do Título: ≤ 1,5 ≤ 1,8 ≤ 1,8

Tenacidade cN/Tex ≥ 13,000 ≥ 16,000 ≥ 18,000

C.V.% Tenacidade ≤ 6,5 ≤ 6,0 ≤ 6,0

Alongamento % ≥ 5,0 ≥ 6,0 ≥ 6,5

C.V.% do Alongamento ≤ 7,0 ≤ 7,0 ≤ 7,0

Alfa da Torção 3,2 – 3,7 3,8 – 4,2 4,2 – 4,7

C.V.% da Torção ≤ 2,0 ≤ 2,5 ≤ 3,0

Irregularidade C.V.% ≤ 25% Uster 2013 ≤ 25% Uster 2013 ≤ 25% Uster 2013

Defeitos Graves (Classimat)

(Não aceitáveis)

A4,B4,C4,D4, E, A3,B3,C3,D3, C2,D2, D1, I1,I2

Coeficiente de Atrito 0,15 µ

Page 153: Controlo qualidade e processos de fiações de fios para malhas

153Por: Constantino Monteiro Alves, Eng. Têxtil

Controle da Qualidade na Fiação

de Algodão

NOTAR:

1 - PONTOS FINOS E GROSSOS PODEM CAUSAR PARAGENS NO

TEAR CIRCULAR OU RECTO, PODENDO ORIGINAR O

APARECIMENTO DE BURACOS NA MALHA E MESMO PARTIR AS

AGULHAS;

2 - COEFICIENTE DE ATRITO ELEVADO ORIGINA ROTURAS DO

FIO , MAIOR DESGASTE DE AGULHAS E NO CASO DE

ALIMENTAÇÃO NEGATIVA DO TEAR CIRCULAR – ORIGINAR

IRREGULARIDADE NA MALHAS POR DIFERENÇAS DO L.F.A.

Page 154: Controlo qualidade e processos de fiações de fios para malhas

154Por: Constantino Monteiro Alves, Eng. Têxtil

Controle da Qualidade na Fiação

de Algodão

NOTAR AINDA:

3 –EM GERAL O VALOR DA TORÇÃO DEVE SER O MENOR

POSSÍVEL E CONSTANTE ATENDENDO QUE TEM MUITA

INFLUENCIA , QUER NO TOQUE DA MALHA QUER NA SUA

ESPIRALIDADE.

4 – ELEVADO NÚMERO DE NEPS, IMPUREZAS E GROSSURAS NO

FIO, CAUSAM BURACOS NAS MALHAS, DESGASTE NAS AGULHAS,

BAIXA PRODUTIVIDADE, FALTA DE UNIFORMIDADE NO

TINGIMENTO E ASPECTO UNIFORME DA MALHA.

Page 155: Controlo qualidade e processos de fiações de fios para malhas

155Por: Constantino Monteiro Alves, Eng. Têxtil

Controle da Qualidade na Fiação

de Algodão

E AINDA:

5 – ELEVADO C.V. % DO TÍTULO, NO CURTO, MÉDIO E LONGO

COMPRIMENTO;

- VARIAÇÕES PERIÓDICAS E OU ELEVADA IRREGULARIDADE

DE MASSA DOS FIOS, ORIGINAM A PRODUÇÃO DE MALHAS

IRREGULARES E COM MAU ASPECTO.

6 – PILOSIDADE ELEVADA NOS FIOS, CAUSAM PROBLEMAS DE

BARRAMENTO NAS MALHAS.

Page 156: Controlo qualidade e processos de fiações de fios para malhas

As propriedades físicas da fibra determinam a sua qualidade ou o seu valor

tecnológico. No entanto, o conceito de qualidade do algodão sofreu modificações em

função das actualizações tecnológicas.

Muitos dos testes preconizados hoje em dia são realizados pelo “High Volume

Instrument” (HVI), aparelho patenteado pela Uster Technologies, em adição ou como

um substituto para a visão humana, nomeadamente para substituição das análises de

comprimento da fibra, tenacidade, índice micronaire (uma medida da finura do

algodão), grau da cor, cor Rd (reflectância), cor +b (amarelamento), e percentagem de

resíduos ( impurezas – trash).

Apesar destas novas tecnologias serem bastante caras, é vital para os países

produtores de algodão e para as fiações a sua rápida adaptação aos padrões de

qualidade como forma de manterem a sua competitividade no mercado mundial.

Considerações Finais

156Por: Constantino Monteiro Alves, Eng. Têxtil

Page 157: Controlo qualidade e processos de fiações de fios para malhas

Bayer - Fibras 100%. Qualidade final: Algodão. Revista Bayer CropScience, Jun/05: 3-4, 2005.

Bayer - Do campo até o consumidor. Revista Bayer Report, Jan/08: 34-9, 2008.

UNCTAD - United Nations Conference on Trade and Delopment - Commodities Information: Cotton

Quality.

Bibliografia

157Por: Constantino Monteiro Alves, Eng. Têxtil - Janeiro 2014

Page 158: Controlo qualidade e processos de fiações de fios para malhas

OBRIGADO PELA VOSSA ATENÇÃO!

ESTAREI SEMPRE AO VOSSO DISPOR PARA QUALQUER

DÚVIDA QUE POSSA SURGIR.

FIM

158Por: Constantino Monteiro Alves, Eng. Têxtil - Janeiro 2014